Tabela 2. – Síntese dos resultados: pacientes com risco cirúrgico intermediário.
Desfechos | Participantes (estudos) | Qualidade da evidência (GRADE) | Efeito relativo (IC de 95%) | Efeito absoluto |
---|---|---|---|---|
Mortalidade (1 ano) | 3222 * † | Alta | OR de 1 (0,79-1,25) | Nenhuma diferença (-22 a +26 a cada 1000) |
AVE (1 ano) | 3707 * † | Moderado ‡ | OR de 0,89 (0,69-1,16) | 8 a menos para cada 1000 (-22 a +11) |
FA (1 ano) | 3692 * † | Alta | OR de 0,27 (0,23-0,33) | 255 a menos para cada 1000 (234 a 269) |
Implante de marca-passo definitivo (1 ano) | 3692 * † | Baixo ‡ § | OR de 2,26 (0,63-8,03) | 87 a mais para cada 1000 (-29 a +338) |
NYHA >=2 (1 ano) | 1120 * | Baixo ‡ // | OR de 0,91 (0,7-1,17) | 20 a menos para cada 1000 (-71 a +35) |
Hemorragia com risco à vida (30 dias) | 2032 † | Moderado // | OR de 0,15 (0,12-0,19) | 330 a menos para cada 1000 (306 a 349) |
Insuficiência renal aguda (30 dias) | 3692 * † | Moderado // | OR de 0,4 (0,26-0,62) | 21 a menos a cada 1000 (13 a 27) |
AVE: acidente vascular cerebral; FA: fibrilação atrial; NYHA: New York Heart Association. * SURTAVI 2017; † PARTNER 2 2016; ‡ Inexatidão devido ao grande intervalo de confiança e/ou nenhum efeito do tratamento; § Inconsistência, pois não houve risco aumentado de implante de marca-passo definitivo com TAVR no estudo PARTNER 2, mas houve um aumento substancial do risco no estudo SURTAVI. Heterogeneidade significativa identificada (I2 97%, valor p [p < 0,0001]). // Limitações metodológicas, uma vez que não é possível excluir o viés de medição pela impossibilidade de obter pacientes e equipes de caráter cego. A avaliação funcional e a gravidade da hemorragia foram consideradas desfechos não objetivos e, portanto, o nível de evidência foi reduzido.