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. 2024 Sep 3;121(8):e20240525. [Article in Portuguese] doi: 10.36660/abc.20240525

Tabela 32. Critérios de interrupção do esforço no TE/TCPE em população pediátrica 7 , 11 , 176 , 177 .

Parâmetro Critérios
Objetivo do exame Os achados diagnósticos foram atingidos, e a continuação do esforço não fornecerá informação adicional relevante. 7
Sintomatologia * Sinais ou sintomas indicam que a continuação do esforço pode comprometer o bem-estar do paciente:
  • Exaustão física.

  • Dor e/ou exaustão da musculatura dos membros inferiores.

  • Claudicação de membros inferiores (limitante), ataxia.

  • Vertigem persistente e limitante, náusea, pré-síncope, síncope.

  • Desconforto ou dor torácica crescente com incremento das cargas do esforço (limitante) ou angina típica (moderada a forte intensidade).

  • Dispneia precoce e desproporcional à intensidade do esforço.

  • Sensação de taquicardia intolerável.

Exame físico/variáveis cardiovasculares e respiratórias
  • Palidez cutânea e de mucosas, sudorese profusa e desproporcional, má perfusão periférica.

  • Taquipneia desproporcional ao esforço, broncoespasmo, estertores crepitantes em bases pulmonares.

  • Queda progressiva e persistente da PAS com aumento da carga de esforço. **

  • Elevação acentuada da PAS ≥250 mmHg. 7 , 200 , 418 ***

  • Elevação da PAD ≥125 mmHg. ***

  • Queda de 10 pontos em relação à saturação de repouso associada a sintomas ou SpO2 <85%.

Eletrocardiográficas
  • Modificações do segmento ST: infradesnivelamento (horizontal e descendente) ou supradesnivelamento do segmento ST de 0,3 mV (3,0 mm).

  • Taquicardia supraventricular não sustentada sintomática ou com repercussão hemodinâmica.

  • Taquicardia supraventricular sustentada (≥30 segundos) mesmo que assintomática ou sem repercussão.

  • Fibrilação atrial ou flutter atrial esforço-induzidos.

  • Aumento da densidade e complexidade de arritmia ventricular com progressão do esforço.

  • Taquicardia ventricular não sustentada (≥3 batimentos/<30 segundos) ou episódio polimórfico.

  • Taquicardia ventricular sustentada (≥30 segundos).

  • Fibrilação ventricular.

  • Bloqueio atrioventricular de 2 ° e 3 ° graus.

  • Prolongamento do QTc >500 ms.

  • Bloqueio de ramo esforço-induzido não distinguível de taquicardia ventricular.

  • Em paciente com CDI, interromper o esforço 10 batimentos abaixo da FC de acionamento do desfibrilador.

  • Queda persistente da FC com o incremento de carga, principalmente em presença de sintomas de baixo débito cardíaco.

Outras
  • A pedido do paciente, independente da ocorrência de anormalidades.

  • Falência dos sistemas de monitorização e/ou registro eletrocardiográfico.

  • Inadaptação e/ou falta de coordenação ao ergômetro.

PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; FC: frequência cardíaca; CDI: cardioversor-desfibrilador implantável; SpO2: saturação de oxigênio por oximetria digital.

*

Crianças, principalmente entre 3 e 7 anos, podem apresentar limitações (associadas ao grau de desenvolvimento cognitivo) para avaliar adequadamente as alterações sensoriais periféricas decorrentes do esforço, sua intensidade e sintomas associados.

**

Queda da pressão arterial sistólica no esforço com valor inferior ao da PAS de repouso ou aumento inicial da PAS no esforço e subsequente queda ≥20 mmHg.

***

Em crianças e adolescentes aparentemente saudáveis e sem intercorrências ou sintomas durante o esforço. Nas cardiomiopatias e CC, atentar para repercussões hemodinâmicas e sintomas, principalmente se a PAS exceder 200 mmHg e a PAD exceder 110 mmHg.