Skip to main content
. 2025 Mar 17;78(Suppl 2):e20240266. doi: 10.1590/0034-7167-2024-0266

Quadro 1. Caracterização dos estudos incluídos (N=08), São Paulo, São Paulo, Brasil. 2023.

Autor, ano e país Objetivo Delineamento e nível de evidência Resultados/conclusão
American Academy of Pediatrics, 2013, Estados Unidos(20) Discorrer sobre estratégias de acolhimento a crianças e adolescentes transexuais nos consultórios médicos. Relatório de especialista; Nível VII Os especialistas indicam como barreiras presunção sexual, ausência da identificação de gênero, ambiência pouco acolhedora com homofobia estrutural. O manuscrito discorre, principalmente, sobre duas estratégias: abordagem da transexualidade de forma acolhedora e educação continuada de profissionais de saúde.
Vance SRJ et al.; 2015; Estados Unidos(21) Explorar as experiências clínicas, o conforto, a confiança dos profissionais e as barreiras para prestar cuidados a jovens transgêneros. Estudo qualitativo; Nível VI Os profissionais relataram como barreiras baixo conhecimento sobre a temática, interações marcadas por julgamentos e preconceitos ligados, principalmente, à baixa frequência de atendimentos aos jovens transexuais, e ausência entre interligação na RAS. As estratégias foram formação, desde a graduação, que se segue na atuação do profissional.
Gridley SJ et al.; 2016; Estados Unidos(22) Compreender as barreiras que os jovens transexuais e seus cuidadores enfrentam no acesso a cuidados de saúde transexuais. Estudo qualitativo; Nível VI Os jovens e seus cuidados referiram como barreira uso do nome registrado, linguagem desatualizada e ofensiva dos profissionais, interações hostis, redução das queixas clínicas e supervalorização do gênero, baixo conhecimento profissional, ausência de protocolos, interligação entre a RAS e baixa cobertura do seguro de saúde. As estratégias foram questionamento do gênero e pronome, educação continuada, formulação de protocolos clínicos e ambientes respeitosos e inclusivos.
Clark BA et al.; 2017; Canadá(23) Analisar as questões do acesso aos cuidados primários entre adolescentes e jovens transgêneros. Estudo qualitativo; Nível VI Os jovens indicaram como barreira para o acesso ao serviço de saúde ausência de espaço acolhedor, associado, principalmente, a experiências anteriores negativas, à cobertura limitada de serviços de saúde e ao medo de que as comunicações não fossem confidenciais. As estratégias indicam a possibilidade futura de teleatendimentos.
Rider GN et al.; 2019; Estados Unidos(24) Analisar as experiências e atitudes dos profissionais de saúde sobre trabalhar com jovens transexuais. Estudo qualitativo; Nível VI Os profissionais indicaram como barreiras medo, principalmente, em questionar o nome social e pronomes, seu baixo conhecimento, interações hostis, que visualizam a realização por colegas, e ausência da interligação entre a RAS. As estratégias referem-se ao desejo de formação profissional, com educação continuada ofertada pelos serviços de saúde.
Eisenberg ME et al.; 2019; Estados Unidos(8) Descrever as experiências, preocupações e necessidades dos adolescentes transexuais nos serviços de saúde. Estudo qualitativo; Nível VI Identificou-se como barreira baixo conhecimento profissional. Como estratégias, dois temas principais foram identificados nos relatos, como questionamento sobre o gênero e pronome, e educação continuada de profissionais de saúde. Ainda, o manuscrito indica a necessidade do enfoque nas queixas de saúde e promoção de um ambiente respeitoso e inclusivo.
Acosta W et al.; 2019; Estados Unidos(25) Compreender a experiência de adolescentes transgêneros nos serviços de saúde. Estudo qualitativo; Nível VI Os adolescentes identificaram como barreiras presunção da sexualidade, ausência de identificação de gênero, com uso repetido do nome registrado, baixo conhecimento profissional que leva a interações hostis. As estratégias foram questionamento sobre gênero e pronome, em caso de uso inconsciente, pedir desculpa, com esforço para respeitar, ofertar espaço de fala, em um ambiente respeitoso e inclusivo, e educação continuada.
Pontes JC et al.; 2020; Brasil(26) Descrever e discutir os significados e as concepções atribuídos por um grupo de profissionais de saúde às categorias “crianças” e “adolescentes” trans e sua relação com as práticas de cuidado realizadas. Estudo qualitativo; Nível VI Observou-se uma redução da transexualidade a etapas transitórias, com interações hostis. Há um número reduzido de profissionais da equipe multiprofissional, e os presentes tendem a reduzir as queixas e supervalorizar o gênero, indicando a ambiência pouco acolhedora, com a homofobia estrutural. As estratégias foram questionamento da identidade de gênero e uso de pronomes, promoção de um espaço de fala, com enfoque nas queixas.