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. 2021 May 13;19:eCE6491. doi: 10.31744/einstein_journal/2021CE6491
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COVID-19 and the increased risk of myopia and digital eye strain

Lorenzo Ferro Desideri 1, Marcos Roberto Tovani-Palone 2
PMCID: PMC8121374  PMID: 34037086

Dear Editor,

The current pandemic of coronavirus disease 2019 (COVID-19), caused by severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2), has had catastrophic effects on human society in several aspects, including social, economic, and public health.(1,2) Severe cases of the disease are often associated with respiratory, renal, and cardiovascular complications, as well as with other related risks.(3,4)

More specifically, the COVID-19 pandemic has considerably modified our lifestyle due to mainly “social distancing” measures that has been adopted to reduce the SARS-CoV-2 infection rates, protect the vulnerable populations, and prevent the collapse of health systems.(5) For these reasons, several changes in our daily routine have occurred, including staring for long periods at computer monitors and television screens.(6)

Currently, ophthalmologists all over the world are alarmed by the risk of an increased incidence of myopia progression, also called “quarantine myopia”, and digital eye strain as a result of the current restriction measures that have led to an imposed home confinement.(7) In fact, a long period of time home is more likely related to longer periods in front of tablets, smartphones, and computer monitors. In this regard, the use of handheld digital devices has been proven to be associated with alterations in the accommodation process (increased lag and concomitant reduced amplitude) and reduced fusional convergence, causing digital eye strain.(8) Moreover, handheld digital devices and computer monitors may reduce the blink rate and affect the tear stability, with the risk of developing dry eye syndrome.(9)

In addition to this, it is widely recognized the negative role played by intense near-work activity (such as reading, studying, watching TV, or playing video games etc.) and a decreased time spent outdoors towards the progression of myopia, probably due to dopaminergic pathways influenced by these environmental factors.(10) It is already known that an increased prevalence of myopia can lead to a higher prevalence of myopia-induced sight-threatening complications, including retinal detachment, retinal tears, and neovascularization in pathological myopias.(11)

Given the current situation, managers and health authorities should consider of paramount importance the expanding of health services to ophthalmological monitoring of the population,(12) in order to prevent the increased prevalence of non-negligible ocular diseases, including myopia and ocular surface disorders (such as digital eye strain). Moreover, educational campaigns on this subject matter should also be implemented as soon as possible, in this case, with a focus on the importance of avoiding spending much time on computer monitors and handheld digital devices in order to preserve ocular health.

REFERENCES

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Einstein (Sao Paulo). 2021 May 13;19:eCE6491. [Article in Portuguese]

COVID-19 e o risco aumentado de miopia e fadiga ocular digital

Lorenzo Ferro Desideri 1, Marcos Roberto Tovani-Palone 2

Caro Editor,

A atual pandemia da doença pelo coronavírus 2019 (COVID-19), causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), tem apresentado efeitos catastróficos para a sociedade em diversos níveis, incluindo problemas sociais, econômicos e de saúde pública.(1,2) Os casos graves da doença estão geralmente associados a sintomas respiratórios, renais e complicações cardiovasculares, assim como a outros riscos relacionados.(3,4)

Mais especificamente, a pandemia da COVID-19 tem modificado significativamente nosso estilo de vida devido, em grande parte, às medidas de “distanciamento social“ que têm sido adotadas a fim de se reduzir as taxas de infecção por SARS-CoV-2, proteger as populações vulneráveis e prevenir o colapso dos sistemas de saúde.(5) Diante disso, diversas mudanças em nosso rotina diária têm ocorrido, como o aumento do tempo de permanência na frente de monitores de computadores e telas de televisores.(6)

Atualmente, oftalmologistas de todo o mundo estão preocupados com o risco de aumento na incidência de casos de progressão de miopia, os quais têm sido denominados de “miopia da quarentena”, além ainda dos números sobre a ocorrência de fadiga ocular digital. Ambas as condições estão relacionadas com as medidas de restrição impostas, que, por sua vez, têm levado a um confinamento doméstico compulsório.(7) De fato, permanecer por mais tempo em casa está provavelmente mais associado a passar mais horas na frente de tablets, smartphones e monitores de computadores.

Nesse contexto, o uso de dispositivos digitais portáteis tem sido associado com alterações no processo de acomodação (aumento do LAG acomodativo e amplitude reduzida), bem como com convergência fusional diminuída, resultando em fadiga ocular digital.(8) Os dispositivos digitais portáteis e monitores de computadores podem reduzir a taxa de piscadas e alterar a estabilidade lacrimal, com risco de desenvolvimento da síndrome do olho seco.(9) Outra questão está relacionada ao impacto negativo da atividade intensa de trabalho de perto (como ler, estudar, assistir à televisão ou jogar videogame etc.) e da redução do tempo gasto em atividades ao ar livre para a progressão da miopia, provavelmente devido à influência desses fatores ambientais sobre as vias dopaminérgicas.(10)

O aumento da prevalência de miopia pode levar a uma maior frequência de complicações da visão decorrentes do próprio distúrbio ocular, incluindo o descolamento e as rupturas de retina bem como a neovascularização associada à miopia patológica.(11)

Dado o cenário atual, é de suma importância para gestores e autoridades de saúde proverem a expansão de serviços de saúde voltados para o acompanhamento oftalmológico da população,(12) a fim de prevenir o aumento da prevalência de doenças oculares não negligenciáveis, incluindo a miopia e os distúrbios da superfície ocular (tal como a fadiga ocular digital). Além disso, campanhas educativas sobre esse assunto devem ser implementadas o mais brevemente possível, com ênfase na importância de evitar a exposição por longos períodos em frente a monitores de computadores e dispositivos digitais por­táteis, com o objetivo de preservar a saúde ocular.


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