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. 2021 Jun 8;116(6):1174–1212. [Article in Portuguese] doi: 10.36660/abc.20210367

Tabela 7.5. Recomendações para o uso de inibidores de SGLT2 na prevenção de piora da função renal em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr).

Recomendação Classe NE Comentários Tabela 2018 Ref.
Inibidores de SGLT2 (dapagliflozin ou empagliflozin) em pacientes com ICFEr para a prevenção da redução da função renal em pacientes com e sem diabetes, com TGF ≥ 20 mL/min/1,73 m2. IIa A NOVA: Os iSGLT2 são úteis para reduzir a piora progressiva da função renal na ICFEr. Nova 95, 96, 98, 104
No estudo EMPEROR-Reduced a taxa anual de redução da TFG foi menor com a empagliflozina do que com o placebo (-0,55 versus −2,28 mL/min/1,73 m2 por ano, p < 0,001) e os pacientes tratados com empagliflozina tiveram menor risco de desfechos renais sérios, independentemente da presença ou ausência de DM2.96 Subanálise do DAPA-HF avaliou a eficácia e segurança da dapagliflozina em pacientes com ICFEr, de acordo com a taxa de filtração glomerular (TFG) basal, bem como os efeitos da dapagliflozina na TFG após a randomização.98 No estudo DAPA-HF, a dapagliflozina não reduziu o desfecho renal composto (RR = 0,71, IC 95% 0,44-1,16, p = 0,17).95 Entretanto, em uma subanálise, a taxa de piora da TFG foi menor com a dapagliflozina (-1,09) versus placebo (-2,87), p < 0,001, em pacientes com ou sem DM2. O estudo DAPA-CKD (Dapagliflozin in Patients with Chronic Kidney Disease) randomizou 4.304 pacientes com doença renal crônica, com TFG de 25-75 mL/min/73 m2 e relação albumina-creatinina urinária de 200-5.000. A dapagliflozina reduziu o desfecho primário (composto por redução sustentada da TFG em pelo menos 50%, doença renal terminal ou morte por causas renais ou CV) (9,2% com dapagliflozina x 14,5% com placebo; [RR = 0,61, IC = 9%, 0,51-0,72; p < 0,001]. Morte ocorreu em 101 (4,5%) do grupo dapagliflozina x 146 (6,8%) grupo placebo (RR = 0,69, IC = 95% 0,53-0,88, p = 0,004). A dapagliflozina reduziu a morte cardiovascular ou a hospitalização por insuficiência cardíaca (0,67, 0,40-1,13 versus 0,70, 0,52-0,94, respectivamente, p de interação = 0,88). Os resultados foram consistentes, em pacientes com ou sem DM2.104 Os dados do EMPEROR-Reduced, DAPA-CKD e da subanálise do DAPA-HF sugerem que o uso dos inibidores de SGLT2 é seguro com ICFEr e com alteração da TFG, independentemente da presença de DM2. Também demonstram que os ISGLT2 podem reduzir a piora da função renal em pacientes com ICFEr.

DM2: diabetes tipo 2; ICFEr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida; iSGLT2: inibidores do cotransportador de sódio e glicose 2; TFG: taxa de filtração glomerular.