Skip to main content
Arquivos Brasileiros de Cardiologia logoLink to Arquivos Brasileiros de Cardiologia
. 2021 Mar 3;116(3):516–658. [Article in Portuguese] doi: 10.36660/abc.20201238
View full-text in English

Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020

Weimar Kunz Sebba Barroso 1,2, Cibele Isaac Saad Rodrigues 3, Luiz Aparecido Bortolotto 4, Marco Antônio Mota-Gomes 5, Andréa Araujo Brandão 6, Audes Diógenes de Magalhães Feitosa 7,8, Carlos Alberto Machado 9, Carlos Eduardo Poli-de-Figueiredo 10, Celso Amodeo 11, Décio Mion Júnior 12, Eduardo Costa Duarte Barbosa 13, Fernando Nobre 14,15, Isabel Cristina Britto Guimarães 16, José Fernando Vilela-Martin 17, Juan Carlos Yugar-Toledo 17, Maria Eliane Campos Magalhães 18, Mário Fritsch Toros Neves 6, Paulo César Brandão Veiga Jardim 2,19, Roberto Dischinger Miranda 11, Rui Manuel dos Santos Póvoa 11, Sandra C Fuchs 20, Alexandre Alessi 21, Alexandre Jorge Gomes de Lucena 22, Alvaro Avezum 23, Ana Luiza Lima Sousa 1,2, Andrea Pio-Abreu 24, Andrei Carvalho Sposito 25, Angela Maria Geraldo Pierin 24, Annelise Machado Gomes de Paiva 5, Antonio Carlos de Souza Spinelli 26, Armando da Rocha Nogueira 27, Nelson Dinamarco 28, Bruna Eibel 29,30, Cláudia Lúcia de Moraes Forjaz 31, Claudia Regina de Oliveira Zanini 1,2, Cristiane Bueno de Souza 9, Dilma do Socorro Moraes de Souza 31, Eduardo Augusto Fernandes Nilson 24,32, Elisa Franco de Assis Costa 1, Elizabete Viana de Freitas 6,33, Elizabeth da Rosa Duarte 34, Elizabeth Silaid Muxfeldt 26,35, Emilton Lima Júnior 36, Erika Maria Gonçalves Campana 6,37, Evandro José Cesarino 38,39, Fabiana Marques 40, Fábio Argenta 41, Fernanda Marciano Consolim-Colombo 42, Fernanda Spadotto Baptista 12, Fernando Antonio de Almeida 3, Flávio Antonio de Oliveira Borelli 43, Flávio Danni Fuchs 44, Frida Liane Plavnik 4,23, Gil Fernando Salles 27, Gilson Soares Feitosa 45, Giovanio Vieira da Silva 12, Grazia Maria Guerra 4,46, Heitor Moreno Júnior 25, Helius Carlos Finimundi 47, Isabela de Carlos Back 48, João Bosco de Oliveira Filho 49, João Roberto Gemelli 50, José Geraldo Mill 51, José Marcio Ribeiro 52,53, Leda A Daud Lotaif 43,54, Lilian Soares da Costa 55, Lucélia Batista Neves Cunha Magalhães 56, Luciano Ferreira Drager 4, Luis Cuadrado Martin 57, Luiz César Nazário Scala 58, Madson Q Almeida 12, Marcia Maria Godoy Gowdak 59, Marcia Regina Simas Torres Klein 24, Marcus Vinícius Bolívar Malachias 52, Maria Cristina Caetano Kuschnir 6, Maria Eliete Pinheiro 60, Mario Henrique Elesbão de Borba 61, Osni Moreira Filho 62, Oswaldo Passarelli Júnior 43, Otavio Rizzi Coelho 25, Priscila Valverde de Oliveira Vitorino 63, Renault Mattos Ribeiro Junior 64, Roberto Esporcatte 6,65, Roberto Franco 57, Rodrigo Pedrosa 8, Rogerio Andrade Mulinari 21, Rogério Baumgratz de Paula 66, Rogério Toshiro Passos Okawa 67,68, Ronaldo Fernandes Rosa 69, Sandra Lia do Amaral 57, Sebastião R Ferreira-Filho 70, Sergio Emanuel Kaiser 6, Thiago de Souza Veiga Jardim 1, Vanildo Guimarães 71, Vera H Koch 24, Wille Oigman 6, Wilson Nadruz 25
PMCID: PMC9949730  PMID: 33909761

Declaração de potencial conflito de interesses dos autores/colaboradores da Diretrizes Brazileiras de Hipertensão Arterial – 2020
Se nos últimos 3 anos o autor/colaborador da Diretriz:
Nomes Integrantes da Diretriz Participou de estudos clínicos e/ou experimentais subvencionados pela indústria farmacêutica ou de equipamentos relacionados à diretriz em questão Foi palestrante em eventos ou atividades patrocinadas pela indústria relacionados à diretriz em questão Foi (é) membro do conselho consultivo ou diretivo da indústria farmacêutica ou de equipamentos Participou de comitês normativos de estudos científicos patrocinados pela indústria Recebeu auxílio pessoal ou institucional da indústria Elaborou textos científicos em periódicos patrocinados pela indústria Tem ações da indústria
Alexandre Alessi Não Não Não Não Não Não Não
Alexandre Jorge Gomes de Lucena Não Não Não Não Não Não Não
Alvaro Avezum Não Não Não Não Não Não Não
Ana Luiza Lima Sousa Não Não Não Não Não Não Não
Andréa Araujo Brandão Não Abbott, Daiichi Sankyo, EMS, Libbs, Novartis, Medley, Merck, Servier Não Não Servier Abbott, Daiichi Sankyo, EMS, Libbs, Novartis, Medley, Merck, Servier Não
Andrea Pio-Abreu Não Não Não Não Não Não Não
Andrei Carvalho Sposito Não Não Não Não Não Não Não
Angela Maria Geraldo Pierin Não Não Não Não Não Não Não
Annelise Machado Gomes de Paiva Não Não Não Não Não Não Não
Antonio Carlos de Souza Spinelli Não Merck, Torrent, Boerhinger, Sandoz Não Não EMS, Aché, Torrent Não Não
Armando da Rocha Nogueira Não Não Não Não Não Não Não
Audes Diógenes de Magalhães Feitosa Não EMS, Servier, Sandoz, Merck, Medtronic e Omron Omron Não Não EMS, Servier e Omron Não
Bruna Eibel Não Não Não Não Não Não Não
Carlos Alberto Machado Não Não Biolab, Omron Não Não Não Não
Carlos Eduardo Poli-de-Figueiredo Não Não Não Fresenius Centro de Pesquisa Clínico da PUCRS, Baxter, Fresenius, Alexion, AstraZeneca. Não Não
Celso Amodeo Não Novartis, NovoNordisk, EMS, ACHE Montecorp Farmasa Não Não ACHE, Montecorp Farmasa Não
Cibele Isaac Saad Rodrigues Não Não Não Não Não Não Não
Cláudia Lúcia de Moraes Forjaz Não Não Não Não Não Não Não
Claudia Regina de Oliveira Zanini Não Não Não Não Não Não Não
Cristiane Bueno de Souza Não Não Não Não Não Não Não
Decio Mion Junior Não Zodiac Não Não Não Zodiac Não
Dilma do Socorro Moraes de Souza Não Não Não Não Não Não Não
Eduardo Augusto Fernandes Nilson Não Não Não Não Não Não Não
Eduardo Costa Duarte Barbosa Não Servier, EMS Não Não Não Não Não
Elisa Franco de Assis Costa Não Não Não Não Abbot Nutrition, Nestlé Health Sciences, Aché, Sandoz, Nutricia Abboot Nutrition Não
Elizabete Viana de Freitas Não Não Não Não Não Não Não
Elizabeth da Rosa Duarte Não Não Não Não Sim, Ache, Bayer, Novartis, Torrent, Servier. Não Não
Elizabeth Silaid Muxfeldt Não Não Não Não Não Não Não
Emilton Lima Júnior Não Servier, Novo Nordisk, Bayer, Biolab, Amgem Não Servier Não Não Não
Erika Maria Gonçalves Campana Não Não Não Não Servier Servier Não
Evandro José Cesarino Não Não Não Não Não Não Não
Fábio Argenta Não Não Não Não Novartis, Bayer, Torrent, Lilly, Boehringer Não Não
Fernanda Marciano Consolim-Colombo Não Merck, Ache, Daiichi Não Não Não Não Não
Fernanda Spadotto Baptista Não Não Não Não Não Não Não
Fernando Antonio de Almeida Não Não Não Não Não Não Não
Fernando Nobre Não Libbs, Cristália Não Não Libbs, Novartis, Servier, Baldacci Daichi Sankio, Libbs, Novartis, Biolab, Servier, Baldacci Não
Flávio Antonio de Oliveira Borelli Não Não Não Não Não Não Não
Flávio Danni Fuchs Não Não Não Não Não Não Não
Frida Liane Plavnik Não Não Não Não Não Não Não
Gil Fernando Salles Não Não Não Não Não Não Não
Gilson Soares Feitosa Não Não Não Não Não Não Não
Giovanio Vieira da Silva Não Ache Não Não Não Ache Não
Grazia Guerra Não Não Não Não Não Não Não
Heitor Moreno Júnior Não Não Não Não Não Não Não
Helius Carlos Finimundi Não Não Não Não Não Não Não
Isabel Cristina Britto Guimarães Não Não Não Não Não Não Não
Isabela de Carlos Back Não Não Não Não Não Não Não
João Bosco de Oliveira Filho Não Não Não Não Novartis, Bristol, AztraZeneca Não Não
João Roberto Gemelli Não Não Não Não Boeringher, Libbs Não Boeringher, Libbs
José Fernando Vilela-Martin Não Não Não Não Não Não Não
Jose Geraldo Mill Não Não Não Não Não Não Não
José Marcio Ribeiro Não Não Não Não Não Não Não
Juan Carlos Yugar-Toledo Não Não Não Não Não Não Não
Leda A. Daud Lotaif Não Não Não Não Não Não Não
Lilian Soares da Costa Não Não Não Não Não Não Não
Lucélia Batista Neves Cunha Magalhães Não Não Não Não Não Não Não
Luciano Ferreira Drager Não Aché, Biolab, Boehringer, Merck ResMed Não Não Aché, Biolab, Merck Não
Luis Cuadrado Martin Não Não Não Não Não Não Não
Luiz Aparecido Bortolotto Não Servier, Novonordisk Não Não Não Não Não
Luiz César Nazário Scala Não Não Não Não Não Não Não
Madson Q. Almeida Não Não Não Não Não Não Não
Marcia Maria Godoy Gowdak Não Não Não Não Não Não Não
Marcia Regina Simas Torres Klein Não Não Não Não Não Não Não
Marco Antônio Mota-Gomes Omron, Beliva Não Omron, Libbs Não Não Omron, Libbs Não
Marcus Vinícius Bolívar Malachias Não Libbs, Biolab Não Não Não Libbs. Biolab Não
Maria Cristina Caetano Kuschnir Não Não Não Não Não Não Não
Maria Eliane Campos Magalhães Não Não Não Não Não Não Não
Maria Eliete Pinheiro Não Não Não Não Não Não Não
Mario Fritsch Toros Neves Não Servier Não Não Não Não Não
Mario Henrique Elesbão de Borba Não EMS Não Não Não Não Não
Nelson Dinamarco Ludovico Não Não Não Não Não Não Não
Osni Moreira Filho Não Biolab, Servier Não Não Não Não Não
Oswaldo Passarelli Júnior Não Não Não Não Não Não Não
Otávio Rizzi Coelho Não Daichi-Sankyo, Boehringer Não Daichi-Sankyo, BAYER, Novo-Nordisk Não Sanofi, Takeda, AstraZeneca, Daichi-Sankyo, Bayer Não
Paulo César Brandão Veiga Jardim Não Servier, Libbs, EMS Não Não Não Servier, Libbs Não
Priscila Valverde Vitorino Não Não Não Não Não Não Não
Renault Mattos Ribeiro Júnior Não Daiichi Sankyo Não Não Não Não Não
Roberto Dischinger Miranda Não EMS, Boehringher Não Não Não EMS, Sanofi, Servier Não
Roberto Esporcatte Não EMS Não Não Não Não Não
Roberto Franco Não Não Não Não Não Não Não
Rodrigo Pedrosa Não Não Não Não Não Não Não
Rogerio Andrade Mulinari Não Não Não Não Não Não Não
Rogério Baumgratz de Paula Não Não Não Não Não Não Não
Rogerio Toshiro Passos Okawa Não Não Não Não Não Não Não
Ronaldo Fernandes Rosa Não Não Não Não Não Não Não
Rui Manuel dos Santos Póvoa Não Não Não Não Não Não Não
Sandra Fuchs Não Não Não Não Não Não Não
Sandra Lia do Amaral Não Não Não Não Não Não Não
Sebastião R. Ferreira-Filho Não Não Não Não Não Não Não
Sergio Emanuel Kaiser Engage, Alecardio, RED-HF, Odissey-Outcomes, SELECT Amgen, Novo Nordisk, Novartis, astrazeneca, Momenta Farma, Daiichi-Sankyo, Pfizer, Baldacci Não Não Não Novartis, Momenta Farma, Farmasa, EMS Não
Thiago de Souza Veiga Jardim Não AstraZeneca, Torrent, Meck, Bayer Não Não Não Não Não
Vanildo Guimarães Não Boehringer, Novartis, Sandoz Não Não Não Não Não
Vera H. Koch Não Não Não Não Não Não Não
Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza Ministério da Saúde, Sociedade Europeia de Hipertensão Arterial, Artery Society, EMS EMS, Libbs, Sandoz, Servier, Cardios, Omron Omron Não EMS, Servier EMS, Servier, Omron Não
Wille Oigman Não Não Não Não Não Não Não
Wilson Nadruz Não Não Não Não Não Não Não

Lista de siglas.

AAS ácido acetilsalicílico FEO feocromocitona
ACS agente comunitário de saúde FEp fração de ejeção preservada
AGA avaliação geriátrica ampla FEr fração de ejeção reduzida
Aix augmentation index FR fatores de risco
AMPA automedida da pressão arterial FRCV fator de risco cardiovascular
AOS apneia obstrutiva do sono GBD global burden diseases (carga global de doenças)
APA adenomas produtores de aldosterona GH hormônio de crescimento
ARP atividade da renina plasmática GR grau de recomendação
AVE acidente vascular encefálico HA hipertensão arterial
AVEH acidente vascular encefálico hemorrágico HAB hipertensão do avental branco
AVEI acidente vascular encefálico isquêmico HAR hipertensão arterial resistente
AVD atividade de vida diária HARf hipertensão arterial refratária
BB betabloqueadores HARV hipertensão arterial renovascular
BCC bloqueador do canal de cálcio HDL high density lipoprotein (lipoproteína de alta densidade)
BRA bloqueador do receptor AT1 da angiotensina II HELPP hemolysis, elevated liver enzymes, low platelets
CB circunferência do braço HM hipertensão mascarada
CH crise hipertensiva HO hipotensão ortostática
CV cardiovascular HPLC high performance liquid cromatography (cromatografia líquida de alta performance)
DAC doença arterial coronária HPP hipotensão pós-prandial
DALYs anos de vida ajustados para incapacidade HS hipertensão sustentada
DAOP doença arterial obstrutiva periférica hs-TnT troponina T de alta sensibilidade
DC débito cardíaco IAM infarto agudo do miocárdio
DCbV doença cerebrovascular IC insuficiência cardíaca
DCNT doença crônica não transmissível ICFEP insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada
DCV doença cardiovascular ICFER insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida
DFM displasia fibromuscular IECA inibidor da enzima conversora de angiotensina
DIU diuréticos IGF-1 insulin-like growth factor-I
DM diabetes melito IMC índice de massa corporal
DMF dilatação mediada pelo fluxo ITB índice tornozelo braquial
DRC doença renal crônica IV intravenosa
E/R espiritualidade ou religiosidade LOA lesão de órgãos-alvo
EA evento adverso MAPA medida ambulatorial da pressão arterial
EAB efeito do avental branco MDO múltiplos danos a órgãos-alvo
EAP edema agudo de pulmão MDPAC medida desacompanhada da pressão arterial no consultório
EAR estenose de artéria renal MEV mudança de estilo de vida
ECR ensaio clínico randomizado MMII membros inferiores
EH emergência hipertensiva MRPA medida residencial da pressão arterial
EM efeito de mascaramento NA noradrenalina
eNOS produção de óxido nítrico pela sintase endotelial NE nível de evidência
ERG escore de risco global NIHSS National Institute of Health Stroke Scale
FA fibrilação atrial NO óxido nítrico
FC frequência cardíaca NOO- peroxinitrito
FE fração de ejeção NPS nitroprussiato de sódio
NT-proBNP N-terminal pro-peptídio natriurético do tipo B SM síndrome metabólica
NTG nitroglicerina SNPS sistema nervoso parassimpático
NV normotensão verdadeira SNS sistema nervoso simpático
OMS Organização Mundial da Saúde SRAA sistema renina-angiotensina aldosterona
ONU Organização das Nações Unidas SUS Sistema Único de Saúde
PA pressão arterial T4 tiroxina
PAD pressão arterial diastólica TC tomografia computadorizada
PAE pressão arterial elevada TG triglicerídeos
PAS pressão arterial sistólica TNM tratamento não medicamentoso
PCH pseudocrise hipertensiva TSH hormônio tireotrófico
PCR proteína C-reativa UH urgência hipertensiva
PE pré-eclâmpsia UTI unidade de terapia intensiva
PNS pesquisa nacional de saúde VM teste funcional de velocidade de marcha
RFG-e ritmo de filtração glomerular estimado VOP velocidade de onda de pulso
RN recém-nascido VOPcf velocidade de onda de pulso carotídeo femural
RNM ressonância nuclear magnética YLL years lost of life (anos de vida perdidos)
RVP resistência vascular periférica    

Sumário

1. Definição, Epidemiologia e Prevenção Primária 528

1.1 Definição de Hipertensão Arterial 528

1.2. Impacto da Hipertensão Arterial nas Doenças Cardiovasculares 528

1.3. Fatores de Risco para Hipertensão Arterial 528

1.3.1. Genética 528

1.3.2. Idade 528

1.3.3. Sexo 528

1.3.4. Etnia 528

1.3.5. Sobrepeso/Obesidade 528

1.3.6. Ingestão de Sódio e Potássio 529

1.3.7. Sedentarismo 529

1.3.8. Álcool 529

1.3.9. Fatores Socioeconômicos 529

1.3.10. Outros Fatores de Risco Relacionados com a Elevação da PA

1.3.11. Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) 529

1.3.12. Dados Epidemiológicos Globais 529

1.4. Prevalência de Hipertensão Arterial no Brazil 530

1.5. Prevenção Primária 530

1.5.1. Introdução 530

1.5.2. Controle do Peso (GR: I; NE: A) 530

1.5.3. Dieta Saudável (GR: I; NE: A) 530

1.5.4. Sódio (GR: I; NE: A) 530

1.5.5. Potássio (GR: I; NE: A) 531

1.5.6. Atividade Física (GR: I; NE: A) 531

1.5.7. Álcool (GR: IIA; NE: B) 531

1.5.8. Fatores Psicossociais (GR: IIb; NE: B) 531

1.5.9. Suplementos Alimentares (GR: I a III; NE: A e B) 531

1.5.10. Tabagismo (GR: I; NE: A) 531

1.5.11. Espiritualidade (GR: I; NE: B) 531

1.6. Estratégias para a Implementação de Medidas Preventivas 532

2. Pressão Arterial e Dano Vascular 535

2.1. Introdução 535

2.2. Pressão Arterial, Desfechos Clínicos e Dano Cardiovascular 535

2.3. Pressão Arterial, Inflamação e Disfunção Endotelial 536

2.4. Pressão Arterial e Rigidez Arterial 536

2.4.1. Índice Tornozelo-Braquial (ITB) 537

2.4.2. Velocidade de Onda de Pulso (VOP) 537

2.4.3. Pressão Central 537

3. Diagnóstico e Classificação 540

3.1. Introdução 540

3.2. Medida da Pressão Arterial no Consultório 540

3.3. Classificação 540

3.4. Medida da Pressão Arterial Fora do Consultório 541

3.5. Efeito do Avental Branco (EAB) e Efeito de Mascaramento (EM) 541

3.6. Hipertensão do Avental Branco (HAB) e Hipertensão Mascarada (HM) 541

3.7. Hipertensão Mascarada Não Controlada e Hipertensão do Avental Branco Não Controlada 542

3.8. Recomendações para Diagnóstico e Seguimento 542

3.9. Pressão Aórtica Central 542

3.10. Genética e Hipertensão Arterial 542

4. Avaliação Clínica e Complementar 548

4.1. História Clínica 548

4.2. Avaliação Clínica 548

4.2.1. Anamnese 548

4.3. Exame Físico 548

4.3.1. Investigação Laboratorial Básica, Avaliação de Lesões Clínicas e subclínicas em Órgãos-Alvo 548

5. Estratificação de Risco Cardiovascular 552

5.1. Introdução 552

5.2. Estratificação de Risco Adicional (Condições Associadas) 552

5.2.1. Lesões em Órgãos-Alvo 553

5.2.2. Presença de Doença Cardiovascular e Renal 553

5.3. Avaliação do Risco Cardiovascular Global 553

5.4. Desafios na Avaliação do Risco Cardiovascular na Hipertensão

Arterial 553

6. Decisão e Metas Terapêuticas 556

6.1. Introdução 556

6.2. O Hipertenso de Risco Baixo ou Moderado 556

6.3. O Hipertenso de Alto Risco 556

6.4. O Hipertenso com Doença Coronária 556

6.5. O Hipertenso com História de Acidente Vascular Encefálico 556

6.6. O Hipertenso com Insuficiência Cardíaca 557

6.7. Hipertenso com Doença Renal Crônica (DRC) 557

6.8. O Hipertenso Diabético 557

6.9. O Hipertenso Idoso 557

7. Equipe Multiprofissional 559

7.1. A Importância da Abordagem Multiprofissional no Controle da Hipertensão 559

7.2. Formação e Atuação da Equipe 559

7.2.1. Profissional Médico – Ações Específicas 559

7.2.2. Profissional Enfermeiro – Ações Específicas 559

7.2.2.1. Ações Específicas da Enfermagem na Atenção Primária 560

7.2.3. Profissional Nutricionista – Ações Específicas 560

7.2.3.1. Consulta do Nutricionista 560

7.2.3.2. Ações Coletivas do Nutricionista 560

7.2.4. Profissional de Educação Física – Ações Específicas 560

7.2.4.1. Ações Coletivas dos Profissionais de Educação Física e Fisioterapia 561

7.3. Ações da Equipe Multiprofissional 561

8. Tratamento não Medicamentoso 562

8.1. Introdução 562

8.2. Tabagismo 562

8.3. Padrão Alimentar 562

8.4. Sódio da Dieta 563

8.5. Potássio 563

8.6. Laticínios 563

8.7. Chocolate e Produtos com Cacau 563

8.8. Café e Produtos com Cafeína 563

8.9. Vitamina D 564

8.10. Suplementos e Substitutos 564

8.11. Perda de Peso 564

8.12. Consumo de Bebidas Alcoólicas 564

8.13. Atividade Física e Exercício Físico 564

8.14. Respiração Lenta 565

8.15. Controle de Estresse 565

8.16. Espiritualidade e Religiosidade 565

9. Tratamento Medicamentoso 568

9.1. Objetivos do Tratamento 568

9.2. Princípios Gerais do Tratamento Medicamentoso 568

9.3. Esquemas Terapêuticos 568

9.3.1. Monoterapia 568

9.3.2. Combinação de Medicamentos 569

9.4. Características Gerais das Diferentes Classes de medicamentos Anti-Hipertensivos 569

9.4.1. Diuréticos (DIU) 569

9.4.1.1. Efeitos Adversos dos Diuréticos 569

9.4.2. Bloqueadores dos Canais de Cálcio (BCC) 569

9.4.2.1. Efeitos Adversos dos Bloqueadores de Canal de Cálcio 570

9.4.3. Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA) 570

9.4.3.1. Efeitos Adversos dos Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina 570

9.4.4. Bloqueadores dos Receptores AT1 da Angiotensina II (BRA) 570

9.4.4.1. Efeitos Adversos dos Bloqueadores dos Receptores AT1 da Angiotensina II 570

9.4.5. Betabloqueadores (BB) 570

9.4.5.1. Efeitos Adversos dos Betabloqueadores 571

9.4.6. Simpatolíticos de Ação Central 571

9.4.6.1. Efeitos Adversos dos Simpatolíticos de Ação Central 571

9.4.7. Alfabloqueadores 571

9.4.7.1. Efeitos Adversos dos Alfabloqueadores 572

9.4.8. Vasodilatadores Diretos 572

9.4.8.1. Efeitos Adversos dos Vasodilatadores Diretores 572

9.4.9. Inibidores Diretos da Renina 572

9.4.9.1. Efeitos Adversos dos Inibidores Diretos da Renina 572

9.5. Associações de Fármacos Anti-hipertensivos 572

10. Hipertensão e Condições Clínicas Associadas 578

10.1. Diabetes Melito (DM) 578

10.1.1. Objetivos do Tratamento 578

10.2. Síndrome Metabólica (SM) 578

10.3. Doença Arterial Coronária (DAC) 578

10.4. Hipertensão na Doença Renal Crônica (DRC) 579

10.4.1. Paciente em Tratamento Conservador – Metas e Tratamento 579

10.4.2. Pacientes em Terapia Renal Substitutiva (TRS): Metas e Tratamento 579

10.5. Insuficiência cardíaca (IC) 579

10.6. Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVEH) e Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVEI) 580

10.6.1. Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico 580

10.6.2. Acidente Vascular Encefálico Isquêmico 580

11. Hipertensão Arterial na Gestação 581

11.1. Epidemiologia 581

11.2. Classificação da Hipertensão Arterial na Gestação 581

11.3. Conceito e Critérios Diagnósticos 581

11.4. Predição e Prevenção de Pré-eclâmpsia 582

11.5. Tratamento não Medicamentoso 582

11.6. Conduta Expectante 582

11.7. Tratamento Medicamentoso 583

11.8 Risco Cardiovascular Futuro 583

12. Hipertensão Arterial na Criança e no Adolescente 586

12.1. Contexto Epidemiológico e Importância da Hipertensão em

Pediatria 586

12.2. Definição e Etiologia 586

12.3. Diagnóstico 586

12.3.1. Métodos de Medida da PA 586

12.4. Anamnese 587

12.5. Exame Físico 587

12.6. Exames Complementares 587

12.7. Monitorização Ambulatorial de Pressão Arterial (MAPA) 587

12.8. Aspectos terapêuticos 587

12.9. Terapêutica não Farmacológica 587

12.10. Terapêutica Farmacológica 588

12.11. Seguimento de Crianças e Adolescentes com HA 588

12.12. Crise Hipertensiva 588

13. Crise Hipertensiva 596

13.1. Definição 596

13.2. Classificação 596

13.3. Principais Aspectos Epidemiológicos, Fisiopatogênicos e

Prognósticos 596

13.3.1. Epidemiologia 596

13.3.2. Fisiopatogenia 596

13.3.3. Prognóstico 596

13.4. Investigação Clinicolaboratorial Complementar 597

13.5. Tratamento Geral da Crise Hipertensiva 597

13.6. Emergências Hipertensivas em Situações Especiais 597

13.6.1. Encefalopatia Hipertensiva 597

13.7. Acidente Vascular Encefálico (AVE) 597

13.7.1. Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVEI) 597

13.7.2. Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVEH) 598

13.7.3. Síndromes Coronarianas Agudas 598

13.7.4. Edema Agudo de Pulmão (EAP) 598

13.7.4.1. Dissecção Aguda de Aorta 598

13.7.5. Pré-eclâmpsia/Eclâmpsia 598

13.7.6. EH pelo Uso de Substâncias Ilícitas 598

13.7.7. Hipertensão Acelerada/Maligna 599

13.7.8. Hipertensão com Múltiplos Danos aos Órgãos-alvo 599

14. Hipertensão Arterial no Idoso 602

14.1. Introdução 602

14.2. Mecanismos Fisiopatológicos 602

14.3. Diagnóstico e Decisão Terapêutica 603

14.4. Tratamento 603

14.4.1.Tratamento Não Medicamentoso 603

14.4.2. Tratamento Farmacológico 604

14.5. Situações Especiais 604

14.5.1. Status Funcional e Fragilidade: Avaliação e Implicações 604

14.5.2. Declínio Cognitivo e Demência 604

14.5.3. Polifarmácia e Adesão 605

14.5.4. Desintensificação e Desprescrição 605

14.5.5. Hipotensão Ortostática e Pós-prandial 605

15. Hipertensão Arterial Secundária 607

15.1. Introdução 607

15.2. Causas Não Endócrinas 607

15.2.1. Doença Renal Crônica (DRC) 607

15.2.2. Hipertensão Renovascular (HARV) 607

15.3. Displasia Fibromuscular 608

15.3.1. Coarctação da Aorta 608

15.3.2. Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) 608

15.3.2.1. Conceito e Epidemiologia 608

15.3.2.2. Apresentação Clínica e Triagem da AOS no Contexto da HA 609

15.3.2.3. Impacto do Tratamento da AOS sobre a PA 609

15.3.2.4. Tratamento Anti-hipertensivo em Pacientes Hipertensos com AOS 609

15.4. Causas Endócrinas 609

15.4.1. Hiperaldosteronismo Primário (HP) 609

15.4.2. Feocromocitoma 610

15.4.3. Hipotireoidismo 610

15.4.4. Hipertireoidismo 610

15.4.5. Hiperparatireoidismo Primário 610

15.4.6. Síndrome de Cushing 611

15.4.7. Obesidade 611

15.4.8. Acromegalia 611

15.5. Causas Medicamentosas, Hormônios e Substâncias Exógenas 611

16. Hipertensão Arterial Resistente e Refratária 619

16.1. Definição e Classificação 619

16.2. Epidemiologia da Hipertensão Arterial Resistente 619

16.3. Fisiopatologia 619

16.4. Investigação Diagnóstica 619

16.5. Tratamento 620

16.5.1. Tratamento Não Farmacológico 620

16.5.2. Tratamento Farmacológico 620

16.5.3. Novos Tratamentos 620

17. Adesão ao Tratamento Anti-Hipertensivo 624

17.1. Introdução 624

17.2. Conceito de Adesão 624

17.3. Métodos de Avaliação da Adesão ao Tratamento 624

17.4. Fatores que Inteferem na Adesão ao Tratamento 624

17.5. Estratégias para promover a adesão ao tratamento

anti-hipertensivo 625

17.6. Conclusão 625

18. Perspectivas 627

18.1. Introdução 627

18.2. Definição, Epidemiologia e Prevenção Primária 627

18.3. Pressão Arterial e Dano Vascular 628

18.4. Biomarcadores Cardíacos 628

18.5. Diagnóstico e Classificação 628

18.6. Avaliação Complementar e Estratificação do Risco

Cardiovascular 629

18.7. Metas e Tratamento 629

Referências 630

1. Definição, Epidemiologia e Prevenção Primária

1.1 Definição de Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica não transmissível (DCNT) definida por níveis pressóricos, em que os benefícios do tratamento (não medicamentoso e/ou medicamentoso) superam os riscos. Trata-se de uma condição multifatorial, que depende de fatores genéticos/epigenéticos, ambientais e sociais ( Figura 1.1 ), caracterizada por elevação persistente da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti-hipertensiva. É aconselhável, quando possível, a validação de tais medidas por meio de avaliação da PA fora do consultório por meio da Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), da Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) ou da Automedida da Pressão Arterial (AMPA) (ver Capítulo 3).

Figura 1.1. – Carey et al. 2008. 6 .

Figura 1.1

Determinantes genéticos/epigenéticos, ambientais e sociais interagem para elevar a PA em hipertensos e na população em geral. ↑aumentado; ↓diminuído. Fonte: Carey et al. 2008. 6

1.2. Impacto da Hipertensão Arterial nas Doenças Cardiovasculares

Por se tratar de condição frequentemente assintomática, a HA costuma evoluir com alterações estruturais e/ou funcionais em órgãos-alvo, como coração, cérebro, rins e vasos. Ela é o principal fator de risco modificável com associação independente, linear e contínua para doenças cardiovasculares (DCV), doença renal crônica (DRC) e morte prematura. Associa-se a fatores de risco metabólicos para as doenças dos sistemas cardiocirculatório e renal, como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose, e diabetes melito (DM). 1 - 6

Além disso, apresenta impacto significativo nos custos médicos e socioeconômicos, decorrentes das complicações nos órgãos-alvo, fatais e não fatais, como: coração: doença arterial coronária (DAC), insuficiência cardíaca (IC), fibrilação atrial (FA) e morte súbita; cérebro: acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico (AVEI) ou hemorrágico (AVEH), demência; rins: DRC que pode evoluir para necessidade de terapia dialítica; e sistema arterial: doença arterial obstrutiva periférica (DAOP). 3 - 6

1.3. Fatores de Risco para Hipertensão Arterial

1.3.1. Genética

Os fatores genéticos podem influenciar os níveis de PA entre 30-50%. 7 No entanto, devido à ampla diversidade de genes, às variantes genéticas estudadas até o momento e à miscigenação em nosso país, não foram identificados dados uniformes com relação a tal fator. Mais detalhes sobre o componente genético da HA podem ser encontrados no Capítulo 3.

1.3.2. Idade

Com o envelhecimento, a PAS torna-se um problema mais significante, resultante do enrijecimento progressivo e da perda de complacência das grandes artérias. Em torno de 65% dos indivíduos acima dos 60 anos apresentam HA, e deve-se considerar a transição epidemiológica que o Brazil vem sofrendo, com um número ainda maior de idosos (≥ 60 anos) nas próximas décadas, o que acarretará um incremento substancial da prevalência de HA e de suas complicações. 7 , 8

1.3.3. Sexo

Em faixas etárias mais jovens, a PA é mais elevada entre homens, mas a elevação pressórica por década se apresenta maior nas mulheres. Assim, na sexta década de vida, a PA entre as mulheres costuma ser mais elevada e a prevalência de HA, maior. Em ambos os sexos, a frequência de HA aumenta com a idade, alcançando 61,5% e 68,0% na faixa etária de 65 anos ou mais, em homens e mulheres, respectivamente. 7

1.3.4. Etnia

A etnia é um fator de risco importante para a HA, mas condições socioeconômicas e de hábitos de vida parecem ser fatores mais relevantes para as diferenças na prevalência da HA do que a implicação étnica propriamente dita. 7 , 8 Dados do Vigitel 2018 mostraram que, em nosso país, não houve uma diferença significativa entre negros e brancos no que diz respeito à prevalência de HA (24,9% versus 24,2%). 9

1.3.5. Sobrepeso/Obesidade

Parece haver uma relação direta, contínua e quase linear entre o excesso de peso (sobrepeso/obesidade) e os níveis de PA. 3 - 6 Apesar de décadas de evidências inequívocas de que a circunferência de cintura (CC) fornece informações independentes e aditivas ao índice de massa corpórea (IMC) para predizer morbidade e risco de morte, tal medida não é rotineiramente realizada na prática clínica. Recomenda-se que os profissionais de saúde sejam treinados para realizar adequadamente essa simples medida e considerá-la como um importante “sinal vital” na prática clínica. 3 - 6

1.3.6. Ingestão de Sódio e Potássio

A ingestão elevada de sódio tem-se mostrado um fator de risco para a elevação da PA, e consequentemente, da maior prevalência de HA. A literatura científica mostra que a ingestão de sódio está associada a DCV e AVE, quando a ingestão média é superior a 2 g de sódio, o equivalente a 5 g de sal de cozinha. 10 Estudos de medida de excreção de sódio mostraram que naqueles com ingestão elevada de sódio, a PAS foi 4,5 mmHg a 6,0 mmHg maior e a PAD 2,3 mmHg a 2,5 mmHg em comparação com os que ingeriam as quantidades recomendadas de sódio. 11

Cabe destacar, ainda, que o consumo excessivo de sódio é um dos principais fatores de risco modificáveis para a prevenção e o controle da HA e das DCV e que, em 2013, US$ 102 milhões dos gastos do SUS com hospitalizações foram atribuíveis ao consumo excessivo de sódio. 12

De maneira inversa, o aumento na ingestão de potássio reduz os níveis pressóricos. Deve ser salientado que o efeito da suplementação de potássio parece ser maior naqueles com ingestão elevada de sódio e entre os indivíduos da raça negra. A ingestão média de sal no Brazil é de 9,3 g/dia (9,63 g/dia para homens e 9,08 g/dia para mulheres), enquanto a de potássio é de 2,7 g/dia para homens e 2,1 g/dia para mulheres. 12 , 13

1.3.7. Sedentarismo

Há uma associação direta entre sedentarismo, elevação da PA e da HA. 3 - 6 Chama a atenção que, em 2018, globalmente, a falta de atividade física (menos de 150 minutos de atividade física por semana ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana) era de 27,5%, com maior prevalência entre as mulheres (31,7%) do que nos homens (23,4%). 14

No Brazil, o inquérito telefônico Vigitel de 2019 identificou que 44,8% dos adultos não alcançaram um nível suficiente de prática de atividade física, sendo esse percentual maior entre mulheres (52,2%) do que entre homens (36,1%). 9

1.3.8. Álcool

O impacto da ingestão de álcool foi avaliado em diversos estudos epidemiológicos. Há maior prevalência de HA ou elevação dos níveis pressóricos naqueles que ingeriam seis ou mais doses ao dia, o equivalente a 30 g de álcool/dia = 1 garrafa de cerveja (5% de álcool, 600 mL); = 2 taças de vinho (12% de álcool, 250 mL); = 1 dose (42% de álcool, 60 mL) de destilados (uísque, vodca, aguardente). Esse limite deve ser reduzido à metade para homens de baixo peso e mulheres. 15 , 16

1.3.9. Fatores Socioeconômicos

Entre os fatores socioeconômicos, podemos destacar menor escolaridade e condições de habitação inadequadas, além da baixa renda familiar, como fatores de risco significativo para HA. 17 , 18

1.3.10. Outros Fatores de Risco Relacionados com a Elevação da PA

Além dos fatores clássicos mencionados, é importante destacar que algumas medicações, muitas vezes adquiridas sem prescrição médica, e drogas ilícitas têm potencial de promover elevação da PA ou dificultar seu controle. Esse tópico será abordado em mais detalhes no Capítulo 15. Entre eles, estão: os inibidores da monoaminaoxidase e os simpatomiméticos, como descongestionantes nasais (fenilefrina), antidepressivos tricíclicos (imipramina e outros), hormônios tireoidianos, contraceptivos orais, anti-inflamatórios não esteroides, carbexonolona e liquorice, glicocorticoides, ciclosporina, eritropoietina, drogas ilícitas (cocaína, cannabis sativa , anfetamina e 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA). 5 , 19

1.3.11. Apneia Obstrutiva do Sono (AOS)

Há clara evidência que sustenta a relação entre a AOS e a HA e o aumento do risco para HA resistente (ver também no Capítulo 15). Os graus leve, moderado e grave da AOS mantém uma relação dose-resposta com a HA. Existe uma associação mais forte de caucasianos e pacientes do sexo masculino à AOS. 3 - 6 , 20

1.3.12. Dados Epidemiológicos Globais

As DCV são a principal causa de morte, hospitalizações e atendimentos ambulatoriais em todo o mundo, inclusive em países em desenvolvimento como o Brazil. 21 Em 2017, dados completos e revisados do Datasus mostraram a ocorrência de 1.312.663 óbitos no total, com um percentual de 27,3% para as DCV. 22 A HA estava associada em 45% destas mortes cardíacas: DAC e IC e de 51,0% das mortes por doença cerebrovascular (DCbV) e um percentual muito pequeno de mortes diretamente relacionadas com a HA (13,0%). Vale ressaltar que a HA mata mais por suas lesões nos órgãos-alvo. 23 ( Figura 1.2 ).

Figura 1.2. – Percentual de óbitos por hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico e insuficiência renal crônica (Brazil, 2000).

Figura 1.2

Fonte: Adaptado de Datasus/MS/SVS/CGIAE 2017. 23

No ano de 2017, dados da Carga Global das Doenças (GBD) indicaram que as DCV foram responsáveis por 28,8 % do total de mortes entre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O estudo GBD revelou que, em 2017, ocorreram quase 18 milhões de mortes por causas CV (31,8% do total de mortes), representando 20,6% do total de anos de vida perdidos (YLL) e 14,7% do total de DALYs (anos de vida ajustados para a incapacidade ou, em outras palavras, anos perdidos de vida saudável). 18 , 21

Ainda, segundo o GBD, observou-se que a elevação da PAS foi o principal fator de risco, responsável por 10,4 milhões de mortes e 218 milhões de DALYs. 21 Foi também responsável por cerca de 40,0% das mortes em portadores de DM, 14,0% da mortalidade materno-fetal na gravidez e 14,7% do total de DALYs para a DRC. 24 - 26

Globalmente, em 2010, a prevalência de HA (≥140/90 mmHg e/ou em uso de medicação anti-hipertensiva) foi de 31,0%, sendo maior entre homens (31,9%) do que entre as mulheres (30,1%). 17 , 18

Um estudo de tendência mundial da PA entre 1975-2015, que avaliou 19,1 milhões de adultos, mostrou que em 2015 o número estimado de adultos com HA era de 1,13 bilhões, sendo 597 milhões de homens e 529 milhões de mulheres, indicando um aumento de 90% no número de pessoas com HA, principalmente nos países de baixa e média rendas. 17 , 18 O estudo mostrou que a prevalência de HA diminuiu nos países de alta renda e em alguns de média, enquanto nos países de baixa renda aumentou ou se manteve constante. Os fatores implicados nesse incremento seriam o envelhecimento da população e a maior exposição aos outros fatores de risco, como ingestão elevada de sódio e baixa de potássio, além do sedentarismo. 17 , 18

1.4. Prevalência de Hipertensão Arterial no Brazil

Os dados de prevalência no país tendem a variar de acordo com a metodologia e a casuística utilizadas. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, 21,4% (IC 95% 20,8-22,0) dos adultos Brazileiros autorrelataram HA, enquanto, considerando as medidas de PA aferidas e uso de medicação anti-hipertensiva, o percentual de adultos com PA maior ou igual que 140 por 90 mmHg chegou a 32,3% (IC 95% 31,7-33,0). Detectou-se que a prevalência de HA foi maior entre homens, além de, como esperado, aumentar com a idade por todos os critérios, chegando a 71,7% para os indivíduos acima de 70 anos ( Tabela 1.1 e Figura 1.3 ). 27

Tabela 1.1. – Prevalência de hipertensão arterial e intervalo de confiança 95% de acordo com três critérios utilizados.

  HA autorreferida (Vigitel) PA medida ≥ 140/90 mmHg (PNS, 2013) PA medida ≥ 140/90 mmHg e/ou uso de medicação anti-hipertensiva (PNS, 2013)
Total 21,4% (20,8-22,0) 22,8% (22,1-23,4) 32,3% (31,7-33,0)
Sexo masculino 18,3 (17,5-19,1) 25,8(24,8-26,7) 33,0 (32,1-34,0)
Sexo feminino 24,2 (23,4-24,9) 20,0 (19,3-20,8) 31,7 (30,9-32,5)

HA: hipertensão arterial; PA: pressão arterial. Fonte: Nilson et al. 2020. 29

Figura 1.3. – Prevalência populacional de hipertensão arterial segundo diferentes critérios diagnósticos, em adultos com 18 anos de idade ou superior, ambos os sexos, por faixa etária (Brazil, 2013).

Figura 1.3

Fonte: Nilson et al., 2020.29

Em 2017, ocorreu um total de 1.312.663 óbitos, com um percentual de 27,3% para as DCV. Essas doenças representaram 22,6% das mortes prematuras no Brazil (entre 30 e 69 anos de idade). No período de uma década (2008 a 2017), foram estimadas 667.184 mortes atribuíveis à HA no Brazil. 21 - 23

Com relação à tendência do coeficiente de mortalidade por 100.000 habitantes de 2000 a 2018, podemos observar um leve aumento no IAM e um importante aumento da HA relatada de forma direta, com incrementos, respectivamente, de 25% e 128%. 23

Quanto à morbidade, podemos observar no período dos últimos dez anos uma tendência de estabilidade das internações (Sistema de Internações Hospitalares do Datasus) por todas as causas e pelas DCV corrigido por habitantes ( Figura 1.3 ). 5 , 23 Em termos de custos ao SUS, a HA tem custos atribuíveis maiores do que os da obesidade e do DM. Em 2018, estimaram-se gastos de US$ 523,7 milhões no SUS, com hospitalizações, procedimentos ambulatoriais e medicamentos. 28

Ao longo da última década, 77% dos custos com hospitalizações no SUS com DAC são representados por DCV associadas à HA e aumentaram 32%, em reais, de 2010 a 2019, passando de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,2 bilhões no período. 28 , 29

1.5. Prevenção Primária

1.5.1. Introdução

A HA tem alta prevalência e é um dos principais fatores de risco para as DCV e renais, apresentando determinantes genéticos, ambientais e sociais combinados. Mostra-se de fácil diagnóstico e seu tratamento é eficaz utilizando-se um arsenal terapêutico diversificado, bastante eficiente e com poucos efeitos adversos. Mesmo assim, seu controle em todo o mundo é pífio, porque se trata de doença frequentemente assintomática, o que dificulta a adesão aos cuidados.

A equação final torna o desafio do tratamento muito elevado, e a prevenção continua a ser a melhor opção em termos de custo-benefício. A abordagem adequada dos fatores de risco para o desenvolvimento da HA deve ser o grande foco do SUS. Nesse quesito, há vários pontos que merecem destaque. Muitos se confundem ou se somam ao tratamento não medicamentoso ( Quadro 1.1 ), descrito detalhadamente no Capítulo 8. 3 , 5 , 6 , 30 , 31

Quadro 1.1. – Principais intervenções que previnem hipertensão arterial.

Modalidade Intervenção NF Dose Diferença de PAS obtida
Controle do Peso Peso/gordura corpórea Alcançar peso ideal. Esperada diminuição de 1mmHg por cada quilo de peso perdido - 2/3 mmHg
Dieta saudável Dieta tipo DASH Dieta rica em frutas, vegetais, grãos e baixo teor de gordura. Redução de gordura saturada e trans - 3 mmHg
Redução da ingestão de sódio Sódio na dieta Ideal < 2 g ou pelo menos redução de 1,0 g/dia - 2/3 mmHg
Aumento da ingestão de potássio Potássio na dieta 3,5 a 5,0 g/dia em dieta rica em potássio - 2 mmHg
Atividade física Aeróbia 150 min/semana -5/7 mmHg
De resistência dinâmica 8 a 10 exercícios para os principais grupos musculares, 1 a 3 séries, 50 a 80% de 1 RM  
De resistência isométrica Exercício de handgrip (preensão de mão) unilateral ou 1 perna, 4 séries, 2 min de contração isométrica, 30% da contração voluntária máximo (CVM), 2-3 min de pausa entre as séries -4/5 mmHg
Ingestão de álcool Consumo de álcool Para quem usa álcool Homens ≤ 2 drinques Mulheres ≤ 1 drinque -4/5 mmHg

NF: não farmacológica; PAS: pressão arterial sistólica; RM: repetição máxima; mmHg: milímetros de mercúrio. Fonte: Adaptado de Carey et al., 2018. 6

1.5.2. Controle do Peso (GR: I; NE: A)

A obesidade geral e a obesidade abdominal foram associadas ao aumento do risco de HA. Por outro lado, a diminuição do peso promove a diminuição da PA tanto em indivíduos normotensos quanto em hipertensos. 3 , 5 , 6 Ser “o mais magro possível” dentro da faixa da normalidade do IMC pode ser a melhor sugestão com relação à prevenção primária da HA. 3 , 5 , 6 , 32 - 36

1.5.3. Dieta Saudável (GR: I; NE: A)

Há várias propostas de dietas para a prevenção da HA, que também favorecem o controle dos hipertensos e contribuem para a saúde como um todo. 5 , 37 Tem destaque, nesse sentido, a dieta DASH e suas variantes (baixa quantidade de gordura, mediterrânea, vegetariana/vegana, nórdica, baixo teor de carboidratos etc.). Os benefícios são ainda maiores quando ocorre em conjunto a redução de ingestão de sódio. 5 , 37 - 40

Todos os documentos sobre o assunto indicam a alimentação com consumo parcimonioso de frutas, verduras, legumes, cereais, leite e derivados, além de indicarem menor quantidade de gordura e sal. 37 - 41 Uma metanálise que comparou algumas variedades dessas dietas com a dieta padrão mostrou maior redução da PAS (-9,73 a -2,32 mmHg) e PAD (-4,85 a -1,27 mmHg) no grupo com dietas adequadas. 39 Devem ser levados em conta os aspectos socioeconômicos e culturais para que ocorra adesão a determinado tipo de recomendação alimentar. 3 , 5 , 6 , 37

1.5.4. Sódio (GR: I; NE: A)

O consumo excessivo de sódio é um dos principais fatores de risco modificáveis para a prevenção e o controle da HA e das DCV. 29 A restrição de sódio mostrou ter um efeito redutor da PA em muitos estudos. Uma metanálise apontou que uma redução de 1,75 g de sódio por dia (4,4 g de sal/dia) está associada a uma redução média de 4,2 e 2,1 mmHg na PAS e na PAD, respectivamente. O efeito redutor na PA com a restrição de sódio é maior em negros, idosos, diabéticos, naqueles que apresentam síndrome metabólica (SM) e na DRC. 37

Recomenda-se que a ingestão de sódio seja limitada a aproximadamente 2 g/dia (equivalente a cerca de 5 g de sal por dia) na população em geral. 3 - 6 A redução eficaz do sal não é fácil e, muitas vezes, há pouca valorização de quais alimentos contêm altos níveis de sal. Convém recomendações para se ter muito cuidado com a quantidade de sal adicionado e com os alimentos com alto teor de sal (produtos industrializados e processados). 3 - 6

A redução no consumo de sal na população Brazileira continua sendo prioridade de saúde pública, mas requer um esforço combinado entre indústria de alimentos, governos nas diferentes esferas e público em geral, já que 80% do consumo de sal envolve aquele contido nos alimentos processados. 3 - 6 , 10 , 12 , 40 O consumo adequado de frutas e vegetais potencializa o efeito benéfico da dieta com baixo teor de sódio sobre a PA. Os substitutos do sal contendo cloreto de potássio e menos cloreto de sódio (30% a 50%) são úteis para reduzir a ingestão de sódio e aumentar a de potássio, apesar de limitações em seu uso. 42

1.5.5. Potássio (GR: I; NE: A)

A relação entre o aumento da suplementação de potássio e a diminuição da HA está relativamente bem compreendida. 43 A suplementação de potássio constitui-se em uma alternativa segura, sem importantes efeitos adversos, com impacto modesto, mas significativo, na PA e pode ser recomendada para a prevenção do aparecimento da HA. 43 - 47 Uma ingestão adequada de potássio, na ordem de 90 a 120 mEq/dia, pode acarretar uma diminuição de 5,3 mmHg na PAS e 3,1 mmHg na PAD. 45 Sua ingestão pode ser aumentada pela escolha de alimentos pobres em sódio e ricos em potássio, como feijões, ervilha, vegetais de cor verde-escura, banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata-inglesa e laranja. 3

1.5.6. Atividade Física (GR: I; NE: A)

O sedentarismo é um dos dez principais fatores de risco para a mortalidade global, causando cerca de 3,2 milhões de mortes a cada ano. 48 , 49 Uma metanálise com 93 artigos e 5.223 indivíduos indicou que o treinamento aeróbico, resistido dinâmico e resistido isométrico reduz a PAS/PAD em repouso em 3,5/2,5, 1,8/3,2 e 10,9/6,2 mmHg, respectivamente, em populações gerais. 50 - 52

Todos os adultos devem ser aconselhados a praticar pelo menos 150 min/semana de atividades físicas moderadas ou 75 min/semana de vigorosas. Os exercícios aeróbicos (caminhada, corrida, ciclismo ou natação) podem ser praticados por 30 minutos em 5 a 7 dias por semana. A realização de exercícios resistidos em 2 a 3 dias por semana também pode ser recomendada. 50 , 52 Para um benefício adicional, em adultos saudáveis, recomenda-se um aumento gradual da atividade física para 300 minutos por semana de intensidade moderada ou 150 minutos por semana de atividade física vigorosa, ou uma combinação equivalente de ambos, idealmente com exercício diário supervisionado. 55

1.5.7. Álcool (GR: IIA; NE: B)

Estima-se que o consumo excessivo de álcool seja responsável por cerca de 10-30% dos casos de HA e por aproximadamente 6% da mortalidade de todas as causas no mundo. 3 - 6 , 15 , 56 - 59 Para os consumidores de álcool, a ingestão de bebida alcoólica deve ser limitada a 30 g de álcool/dia = 1 garrafa de cerveja (5% de álcool, 600 mL); = 2 taças de vinho (12% de álcool, 250 mL); = 1 dose (42% de álcool, 60 mL) de destilados (uísque, vodca, aguardente). Esse limite deve ser reduzido à metade para homens de baixo peso, mulheres e indivíduos com sobrepeso e/ou triglicerídeos elevados. Indivíduos abstêmios não devem ser induzidos a beber. 3 - 6 , 15

1.5.8. Fatores Psicossociais (GR: IIb; NE: B)

O controle do estresse emocional, por diversas técnicas existentes, pode contribuir para a prevenção da HA. carecendo ainda de mais estudos robustos nesse sentido. 3 - 6 , 60 O treino desse controle resulta em: redução da reatividade CV e redução da PA e de sua variabilidade. 61 - 63

1.5.9. Suplementos Alimentares (GR: I a III; NE: A e B)

Os efeitos de redução da PA de suplementos alimentares são, em geral, discretos e heterogêneos. 58 - 68 As substâncias cuja suplementação tem alguma evidência de discreta redução da PA são: vitamina C, peptídeos bioativos derivados de alimentos, alho, fibras dietéticas, linhaça, chocolate amargo (cacau), soja, nitratos orgânicos e ômega 3. 38 , 47 , 69 As suplementações de magnésio, vitaminas combinadas, chá e coenzima Q10 não demonstraram redução significativa da PA. 64 , 65 , 70

1.5.10. Tabagismo (GR: I; NE: A)

Independentemente de seu efeito sobre a PA, abordar este tema mostra-se muito importante, porque o fumo é o único fator de risco totalmente evitável de doença e morte cardiovasculares, e seu enfrentamento precisa ser feito. 3 - 6 , 71 - 75 As estratégias recomendadas pela OMS para o controle do tabagismo seriam do ponto de vista de prevenção: evitar que o jovem experimente cigarro, pois, ao fazê-lo, terá probabilidade superior a 50% de tornar-se dependente, e aplicar a lei antifumo no país, particularmente a proibição de comercialização de produtos de tabaco para menores de idade, além de outras ações dirigidas a esse público. 72 O combate ao tabagismo é difícil, pelas dependências química e psíquica que causa, mas os benefícios da cessação na mortalidade CV já ocorrem a curto prazo. 71 , 73 - 75

O rigor no combate e no controle, a orientação contínua e o apoio psicoemocional incondicional ao tabagista, com a eventual prescrição de medicamentos, têm-se mostrado a abordagem mais eficaz. 73 É também importante a proteção contra a exposição ao fumo passivo que também implica maior risco. 74

1.5.11. Espiritualidade (GR: I; NE: B)

Dentro de um conceito de espiritualidade (E) que transcende religiosidade (R), mas que significa um conjunto de valores morais, emocionais, de comportamento e atitudes com relação ao mundo, temos evidências crescentes de seus benefícios em termos de risco CV, mortalidade e, particularmente, controle pressórico. 76

O estudo de coorte Black Women’s Health Study mostrou que as mulheres que lidavam com as situações de estresse ( coping ), usando a espiritualidade e a religiosidade, tinham um risco menor de desenvolver HA no seguimento de 10 anos (razão da taxa de incidência = 0,87; IC 95% 0,75-1,00), e essa associação era mais forte naquelas que relatavam maior nível de estresse. A pesquisa indicou que as situações de R/E contribuem com uma modulação mais suave de situações da vida cotidiana e trazem benefícios no controle da PA. 77

1.6. Estratégias para a Implementação de Medidas Preventivas

As mudanças no estilo de vida (MEV) são de difícil implementação, e a sociedade como um todo deve participar deste esforço. São importantes programas contínuos de educação em saúde dirigidos a alunos de escolas profissionalizantes; alunos de primeiro e segundo graus; equipes de instituições; empresas; e comunidade. As ações de conscientização são estratégias importantes, por meio de mídia; campanhas temáticas periódicas (Dias Municipal, Estadual e/ou Nacional de Prevenção e Combate à HA – lei federal 10.439 de 30/04/2002, Semana da HA, May Measurement Month da International Society of Hypertension etc.); e ações adicionais: incorporação das ações de prevenção, detecção e controle da HA nos programas de atenção primária à saúde, incluindo crianças e adolescentes e, particularmente, programas de saúde escolar; implementação de programas de assistência multiprofissional; fortalecimento de normas governamentais para reduzir o conteúdo de sódio e gorduras saturadas dos alimentos industrializados; aperfeiçoamento na rotulagem do conteúdo nutricional dos alimentos; e monitorização das ações de prevenção e controle da HA e seus resultados por meio de eficientes indicadores de saúde. 3 - 6

Mensagens principais
Os números que definem a hipertensão arterial são arbitrários, mas se caracterizam como valores em que os benefícios do tratamento (não medicamentoso e/ou medicamentoso) superam os riscos.
A HA é uma condição multifatorial (genética, meio ambiente, hábitos de vida e fatores socioeconômicos).
A HA é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e renais.
A HA tem alta prevalência, é de fácil diagnóstico e possui tratamento adequado, mas é de difícil controle pela baixa adesão.
A prevenção da HA é custo-efetiva e o melhor caminho para a diminuição da morbimortalidade cardiovascular.

2. Pressão Arterial e Dano Vascular

2.1. Introdução

Valores de pressão arterial (PA) elevados têm sido tradicionalmente associados ao risco para cardiopatia isquêmica, acidente vascular encefálico (AVE), doença renal crônica (DRC) e mortalidade precoce. Uma clássica metanálise de 61 estudos observacionais, com seguimento de 12,7 milhões de pessoas-ano e registro de 56.000 mortes por doença arterial coronária (DAC) ou AVE, produziu uma sólida evidência observacional. 78 Essa metanálise demonstrou que o risco inicia-se com valores de PA tão baixos quanto 115 mmHg de PA sistólica (PAS) ou 75 mmHg de PA diastólica (PAD), dobrando a cada 20 mmHg de elevação da PAS ou 10 mmHg de PAD. Apesar da consistência das evidências observacionais, não houve incorporação desses achados na definição do diagnóstico de hipertensão arterial (HA), que permanece há muitos anos em 140/90 mmHg.

Dessa forma, os pacientes continuam sendo classificados como hipertensos com níveis de PA acima de 140/90 mmHg, e indivíduos com PAS entre 120 a 139 mmHg e PAD entre 80 a 89 mmHg são classificados como portadores de PA normal ou pré-hipertensos, sendo que tais pessoas apresentam risco cardiovascular mais elevado em comparação com a PA ótima ou normal. O impacto da pré-hipertensão (sistólica entre 130-139 mmHg e diastólica entre 85-89 mmHg) sobre o risco vascular foi descrito em 2001 por Vasan et al., 79 que analisaram 6.859 participantes do estudo de Framingham. Neste estudo, os autores encontraram um aumento no risco absoluto para eventos cardiovasculares (CV). Vários outros estudos foram publicados a partir daí, analisando-se também pacientes considerados como níveis mais baixos (sistólica entre 120-139 e diastólica 80-89 mmHg), como no estudo de Hisayama, de Fukuhara et al., 80 que também encontraram um aumento no risco de doenças CV.

Diversos outros estudos foram publicados desde o estudo inicial de Vasan et al., o que levou a uma metanálise publicada em 2019 por Han et al., 81 analisando 47 estudos, em uma população de 491.666 indivíduos. Nessa metanálise, após o controle dos múltiplos fatores de risco CV, a pré-hipertensão aumentou em 40% o risco total de doenças, sendo que 12,09% das doenças CV; 13,26% das doenças coronarianas; 24,60% dos infartos do miocárdio (IAM); e 19,15% dos AVE poderiam ser prevenidos com seu controle efetivo.

Diante disso, os pré-hipertensos, mesmo ainda considerados como não hipertensos, deveriam ser melhor avaliados e estratificados. Alguns exames complementares não invasivos são capazes de avaliar o impacto da PA sobre o vaso, analisando o dano vascular precoce, não apenas em populações de hipertensos, mas também em pré-hipertensos, 82 como a dilatação mediada pelo fluxo (DMF), que verifica a função endotelial, e a velocidade de onda de pulso (VOP) e o índice tornozelo-braquial (ITB) que conferem a camada média arterial. Este capítulo tem por objetivo demonstrar o impacto do aumento da PA no risco CV, na disfunção endotelial (dano camada endotelial vascular) e na rigidez arterial (dano camada média vascular) antes mesmo do diagnóstico de HA.

2.2. Pressão Arterial, Desfechos Clínicos e Dano Cardiovascular

Na metanálise de Law et al., 83 a redução de PAS em 10 mmHg em ensaios clínicos randomizados promoveu a prevenção de IAM e AVE na proporção estimada por estudos observacionais para aquela elevação da PA. O mesmo ocorreu em uma metanálise mais recente. 84 Nesse estudo, a redução de risco relativo para eventos CV em ensaios em que os participantes foram tratados para meta de PAS entre 120 e 124 mmHg, em comparação com mais de 160 mmHg, foi de 64%, o que é próximo à redução de risco de 75% para uma redução estimada de 40 mmHg de PAS na metanálise realizada pela Prospective Studies Collaboration. 78 Outras metanálises têm convergido quanto a esses achados, com destaque para a maior delas, com mais de 600.000 participantes de ensaios clínicos analisados. 85 O ensaio clínico SPRINT acrescentou evidência maior aos estudos anteriormente comentados. 86 Pacientes randomizados para uma meta de PAS < 120 mm Hg (tratamento intensivo) tiveram uma redução de 25% na incidência de DCV, em comparação com queles randomizados para PA-alvo inferior a 140 mmHg. Houve redução de 43% na mortalidade por DCV e 27% na mortalidade por todas as causas. Demonstrou-se um benefício similar em um subgrupo de participantes com 75 anos ou mais na linha de base, incluindo aqueles com fragilidade 87 (GR: I NE: A).

Mais recentemente, foram publicados diversos estudos de coorte, muitos com grandes amostras. Eles demonstraram que a elevação da PA propicia riscos similares aos demonstrados para DAC e AVE para a incidência de outros desfechos CV. Entre eles, incluem-se insuficiência cardíaca (IC), com e sem fração de ejeção (FE) preservada, 88 fibrilação atrial, 89 cardiopatias valvares, 90 , 91 doença arterial periférica, 92 doença renal crônica (DRC), 93 , 94 demência 95 , 96 e doença de Alzheimer. 97 Provavelmente, diabetes melito, 98 disfunção erétil 99 e degeneração macular da senilidade 100 decorrem de elevações sustentadas da PA. Essas consequências exteriorizam-se, em geral, depois de muitos anos de exposição aos níveis pressóricos elevados, geralmente em valores que anteriormente não eram associados a risco CV. 101 As consequências da elevação da PA podem ser classificadas em precoces e tardias e englobam a maioria das DCV ( Quadro 2.1 ). A teoria de que a DCV decorre, predominantemente, de desvio à direita da distribuição da PA de toda humanidade foi recentemente proposta. 102

Quadro 2.1. – Consequências precoces e tardias da elevação crônica da PA 25 .

Doenças de apresentação precoce e tardia
  • Acidente vascular encefálico

  • Doença cardíaca coronária

  • Insuficiência cardíaca

  • Morte cardiovascular

Doenças de apresentação tardia
  • Cardiomiopatia hipertensiva

  • Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada

  • Fibrilação atrial

  • Cardiopatia valvar

  • Síndromes aórticas

  • Doença arterial periférica

  • Doença renal crônica

  • Demências

  • Diabetes melito

  • Disfunção erétil

Existem poucas evidências experimentais que demonstram a prevenção de longo prazo da PA elevada. A realização de ensaios clínicos para demonstrar a efetividade de intervenções ainda na fase inicial de elevação da PA e a consequente redução de desfechos é um projeto desafiador, pois exigiria longos períodos de intervenção. Apesar dessa limitação, demonstrou-se, no estudo SPRINT-Mind, que a estratégia de reduzir a PAS a valores inferiores a 120 mmHg associou-se à redução da incidência de desfecho composto por déficit cognitivo leve e demência 103 e de estigmas de Alzheimer na ressonância magnética. 104

À demonstração dos riscos da elevação da PA para a ocorrência de desfechos clínicos, adicionaram-se evidências dos danos vasculares e cardíacos pré-clínicos em valores de PA inferiores aos tradicionalmente utilizados para o diagnóstico de HA. Consequências cardíacas decorrentes dos níveis tensionais discretamente elevados, categorizadas como pré-hipertensão, foram demonstradas. 105 , 106 O estudo PREVER revelou que, nesses casos, a redução da PA leva à redução da massa ventricular estimada por eletrocardiograma, 107 além de reduzir em quase 50% a incidência de HA.

Estimativas de risco atribuível à elevação da PA para a incidência das doenças listadas ( Quadro 2.1 ) têm aumentado progressivamente em anos recentes, com a inclusão de valores mais baixos de PA nos modelos matemáticos. As mais conservadoras atribuem 49% dos infartos e 62% dos AVE à PA superior a 115/75 mmHg. 108

Muitas justificativas são aventadas para explicar sobrevidas centenárias. Curiosamente, mesmo em publicações em que se demonstra que HA e eventos CV ocorrem tardiamente nesses indivíduos, 109 não se atribuiu nexo causal entre aquelas condições. À luz do apresentado nesse capítulo, é natural deduzir que o envelhecimento vascular não é inexorável. 102 Assim, deduz-se que o fundamental para longas existências provavelmente consiste na manutenção de PA em valores realmente normais. Recentemente, demonstrou-se em um seguimento de 14 anos de participantes do estudo MESA 110 ( Multi-Ethinic Study of Atherosclerosis ), livres de outros fatores de risco CV, que a PAS superior a 100 mmHg aumentou o risco de eventos CV em três vezes, em comparação com os integrantes com PAS entre 90 e 99 mmHg.

O conjunto de evidências nos permite supor que, futuramente, os valores de referência para o diagnóstico de HA, assim como para as metas terapêuticas, possam ser modificados para níveis mais próximos do que consideramos como PA ótima ou normal. Entretanto, para que isso ocorra, ainda necessitamos de evidências mais sólidas e robustas.

2.3. Pressão Arterial, Inflamação e Disfunção Endotelial

A HA e suas complicações são mediadas por diversos mecanismos cujo traço comum é a disfunção endotelial, caracterizada pela baixa disponibilidade de óxido nítrico (NO) e pelo consequente desequilíbrio local entre fatores de relaxamento e constrição de arteríolas. 111 A disfunção endotelial decorre do desequilíbrio entre a produção de NO pela sintase endotelial (eNOS) ou a transformação do NO no radical livre peroxinitrito (NOO - ). 112 Nesse caso, a vasodilatação mediada por vários peptídeos, incluindo a bradicinina e angiotensina 1-7, é prejudicada, o que leva ao aumento da resistência vascular periférica e à alteração da permeabilidade endotelial. A instalação de um estado inflamatório crônico em pacientes com HA, pelo aumento na produção de citocinas pró-inflamatórias (como moléculas de adesão leucocitária, endotelina-1, angiotensina II), reduz a expressão da eNOS, 113 - 115 enquanto o aumento do estresse oxidativo acelera a degradação do NO. A baixa disponibilidade local de NO aumenta o tono do músculo liso vascular, induz a proliferação de células musculares lisas da camada média e aumenta a permeabilidade do endotélio. Isso facilita a passagem das lipoproteínas de baixa densidade (LDL-c) para o espaço subendotelial, que parece ser o evento inicial no desenvolvimento da aterosclerose. Dessa forma, a disfunção endotelial estaria na raiz de duas doenças crônicas que geralmente caminham juntas: a HA e a aterosclerose. Portanto, a identificação do grau de disfunção endotelial seria importante para a avaliação do curso clínico da HA. A nível bioquímico, a proteína C-reativa (PCR) ultrassensível parece ser o marcador mais adequado, e disponível clinicamente, para avaliar a disfunção endotelial.

Atualmente, a técnica mais utilizada em pesquisa clínica para a análise da função endotelial in vivo é a DMF medida na artéria braquial. 116 - 119 É um método não invasivo feito com ultrassonografia que se correlaciona com a função endotelial das coronárias 120 , 121 e prediz, de modo independente, a doença CV. 121 , 123 No entanto, sua disponibilidade é reservada. A dilatação dependente do endotélio ocorre pelo relaxamento da artéria braquial em resposta ao aumento do estresse de cisalhamento e da liberação local de NO. 119 A associação entre DMF e prognóstico CV é que ela reflete a biodisponibilidade do NO. 124 A DMF pode melhorar o poder preditivo do risco calculado pelos fatores de risco tradicionais, incluindo hipertensos jovens. 119 , 123 A opção por anti-hipertensivos que aumentam a biodisponibilidade do NO e estatinas pode representar uma opção interessante para o manejo clínico, 5 , 37 , 125 visando a melhorar ou preservar a função endotelial tanto de pacientes assintomáticos quanto naqueles com DAC estabelecida.

2.4. Pressão Arterial e Rigidez Arterial

A avaliação do dano vascular presente na HA tem sido cada vez mais incorporada na prática clínica. Tais danos envolvem alterações da microvasculatura, aterosclerose, aumento da rigidez arterial e disfunção endotelial. 126 No que diz respeito à rigidez arterial, esta provavelmente tem um componente genético, 127 mas também temos dois outros importantes determinantes: a idade e os níveis da PA. 128

A idade tem maior impacto nas artérias proximais (centrais), predominantemente elásticas, do que nas artérias periféricas, predominantemente musculares. As artérias centrais tornam-se mais rígidas com a idade, enquanto as musculares sofrem menos alterações. Com a idade, observamos fragmentação e degeneração da elastina e aumento progressivo do colágeno, acompanhado de depósito de cálcio na camada média arterial, com consequente aumento da rigidez arterial. 128 , 129

O aumento sustentado da PA é um gatilho para o desenvolvimento da hipertrofia da camada média da parede arterial, por promover alterações quantitativas e qualitativas de seus componentes (elastina, colágeno e células musculares lisas) que levam a adaptações mecânicas. 127 , 128 , 130 Tais achados foram descritos, tanto em modelos animais 131 quanto em estudos in vitro e culturas de órgãos ex vivo, 132 , 133 em que células mecanossensitivas responderam ao aumento de estresse com produção de matriz. Portanto, a HA acelera o envelhecimento vascular, uma resposta mecanobiológica local ao aumento de estresse induzido pelo aumento da PA e, consequentemente, da rigidez arterial (rigidez como consequência). 128 , 134

Entretanto, vários estudos demonstraram aumento da rigidez carotídea ou aórtica em indivíduos normotensos, apesar de a PA nestes ser normal. 135 - 138 Artérias mais rígidas representam maior impedância para a ejeção ventricular, o que exige maiores valores de pressão para manter constante o fluxo sanguíneo. Dessa maneira, tal aumento da rigidez arterial também é capaz de levar, a longo prazo, ao aumento da PA e, consequentemente, do risco CV. Os estudos demonstraram que a rigidez arterial poderia preceder a HA, estabelecendo a teoria da rigidez como causa. Humphey et al. (2016) 134 descreveram o mecanismo não como causa ou consequência, mas, sim, como causa e consequência, ou seja, um feedback positivo, um ciclo rigidez-HA-rigidez.

A avaliação do impacto da HA sobre a camada média das artérias pode ser feita por meio de biomarcadores que sejam capazes de detectar o dano e os diferentes graus de acometimento, o impacto na mortalidade, predizer eventos CV, adicionar informações aos fatores de risco estabelecidos, estratificar o risco suficientemente para mudar as recomendações terapêuticas e acrescentar informações que justifiquem seu custo adicional. 139 Os biomarcadores disponíveis para a avaliação da rigidez arterial estão relacionados nos tópicos a seguir.

2.4.1. Índice Tornozelo-Braquial (ITB)

O ITB é a razão entre a pressão sistólica no tornozelo e no braço. 140 É considerado um marcador de rigidez arterial em pacientes sem doença arterial periférica. 141 Pode ser realizado com o uso do Doppler, ou simplesmente através do método oscilométrico, mais barato e disponível, sendo que os valores mensurados através de ambos as técnicas têm uma boa correlação. 142 Segundo uma metanálise publicada em 2008, 143 um ITB ≤ 0,90 foi associado a aproximadamente o dobro de mortalidade idade-ajustada em 10 anos, mortalidade CV e maior taxa de eventos coronários. O uso do ITB resultou em uma reclassificação da categoria de risco CV e uma modificação da terapêutica em 19% dos homens e 36% das mulheres. 143 O ITB como preditor de risco cardiovascular é GR: IIa, NE: B.

2.4.2. Velocidade de Onda de Pulso (VOP)

A VOP tem sido considerada padrão-ouro na avaliação da rigidez arterial, não apenas pela facilidade em sua obtenção, mas também devido ao grande corpo de evidências demonstrando sua associação a doenças CV, independentemente dos fatores de risco tradicionais. 144 , 145

Calcula-se a VOP carotídeo-femoral (VOPc-f) dividindo-se a distância percorrida pelo tempo (VOPc-f= distância/tempo). O tempo pode ser medido diretamente na mesma onda de pulso ou indiretamente por meio da utilização do eletrocardiograma. A padronização de tal medida foi estabelecida pelo grupo europeu no documento de consenso publicado em 2012, 146 sendo um método não invasivo, robusto e validado.

Entre os métodos validados disponíveis atualmente, temos os que utilizam tonometria de pulso 147 , 148 e mecanotransdutores piezoelétricos 149 , 150 e oscilométricos. 151 , 152 Em 2015, a American Heart Association publicou um posicionamento sobre a padronização da utilização desses equipamentos para a avaliação da rigidez arterial. 82

O aumento da rigidez arterial é um preditor de desfechos. Isso foi demonstrado para a VOPc-f em pacientes hipertensos no início dos anos 2000 153 , 154 e confirmado em vários estudos e subsequentemente em duas metanálises. 155 , 156 A primeira metanálise publicada em 2010, 155 com 15.877 pacientes de 17 estudos, demonstrou que o aumento de 1 m/s da VOP, com o risco ajustado para idade, sexo e fatores de risco, elevou em 14% os eventos CV, 15% a mortalidade CV e 15% a mortalidade por todas as causas. Além disso, um aumento de um desvio-padrão estaria associado a um aumento respectivo de 47%, 47% e 42%. A segunda metanálise, publicada em 2014, 156 com 17.635 pacientes, proveniente de 16 estudos, evidenciou que, para cada aumento em um desvio-padrão da VOP, ocorria aumento de risco de 35% para DAC, 54% para AVE e 45% para DCV.

Além de ser um preditor de desfechos, a adição da VOP aos fatores de risco CV tradicionais auxilia na estratificação. O primeiro estudo a demonstrar uma melhora na estratificação de risco ao se adicionar a VOP aos demais fatores de risco CV foi realizado em uma amostra da população geral da coorte de Framingham. 157 Posteriormente, a metanálise de Ben-Shlomo et al. (2014) 156 demonstrou um incremento em 13% na predição de risco em indivíduos com risco intermediário, quando a VOP foi adicionada.

Apesar da relevância da VOP na predição de eventos e na estratificação de risco, seu uso na prática clínica ainda é reduzido. Um grupo europeu publicou em 2019 um escore 158 baseado em variáveis clínicas que poderia identificar indivíduos com prioridade para a avaliação da VOP. Esse escore avalia variáveis clínicas facilmente disponíveis e foi denominado de SAGE, um acrônimo: S ( systolic blood pressure – pressão sistólica braquial), A ( age – idade), G ( fasting plasma glucose – glicemia de jejum) e E ( estimated glomerular filtration rate – estimativa da taxa de filtração glomerular). A elevação da VOP pode ser predita com acurácia por esse escore. Portanto, podemos priorizar a avaliação da rigidez arterial em pacientes hipertensos selecionados, melhorando a implementação do uso de tal medida na prática clínica.

O valor de corte de normalidade da VOP, na maioria dos estudos e diretrizes, é menor que 10 m/s. Entretanto, devido à influência da idade sobre a rigidez arterial, os valores de referências propostos atualmente levam em conta as diferentes faixas etárias e sexo, conforme estabelecidos pelo grupo europeu em 2010 144 utilizando o método tonométrico, e mais recentemente em um trabalho nacional com o método oscilométrico ( Tabela 2.1 ). 159 O VOP como preditor de risco cardiovascular é GR: IIa, NE: A.

Tabela 2.1. – Valores de referência para pressão sistólica central e para velocidade de onda de pulso em população sem e com fatores de risco cardiovascular, Brazileira e europeia 69,84,85 .

  População normal – sem fatores de risco cardiovascular População com fatores de risco cardiovascular
Brazileira 1 Europeia 2 Brazileira 1 Europeia 2
Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens
PASc                
< 30 anos 101 (90-93-113-119) 113 (90-93-113-119) 95 (80-88-102-110) 103 (92-97-109-115) 118 (102-109-127-131) 123 (107-114-132-144) 101 (88-94-110-124) 110 (95-102-120-130)
30-39 anos 109 (96-102-117-123) 114 (96-102-117-123) 98 (84-90-108-119) 103 (88-05-112-120) 120 (102-110-130-143) 125 (108-116-133-141) 111 (92-100-127-141) 114 (95-103-129-144)
40-49 anos 110 (99-103-117-122) 116 (99-103-117-122) 102 (87-93-113-123) 106 (90-97-114-123) 121 (104-110-134-146) 123 (108-115-131-141) 116 (95-104-133-146) 118 (97-106-132-144)
50- 59 anos 110 (97-104-120-124) 112 (97-104-120-124) 110 (93-100-119-127) 110 (96-102-118-126) 124 (106-114-135-146 124 (105-114-134-144) 120 (100-109-134-148) 123 (102-111-137-150)
60- 69 anos 114 (100-103-121-126) 112 (100-105-120-125) 114 (97-105-122-129) 114 (97-105-122-128) 127 (105-115-141-154) 123 (103-112-136-149) 128 (105-115-141-154) 128 (105-115-142-155)
≥ 70 anos 113 (100-103-121-126) 116 (100-103-121-126) 118 (100-109-126-131) 116 (99-107-124-130) 131 (108-118-146-165) 125 (102-111-140-156) 138 (113-126-152-164) 135 (113-124-147-160)
VOP                
< 30 anos 4,9 (4,4-4,5-5,0-5,3) 5,2 (4,9-5,1-5,4-5,7) 6,1 (5,3-7,1) 5,3 (4,7-5,0-5,6-6,0) 5,3 (5,0-5,3-5,8-6,3) 6,7 (5,8-7,9) 7,2 (5,7-9,3) 7,6 (5,9-9,9)
30- 39 anos 5,4 (5,0-5,2-5,8-6,1) 5,7 (5,3-5,5-5,9-6,1) 6,4 (5,2-8,0) 5,8 (5,3-5,5-6,2-6,7) 6,1 (5,5-5,8-6,4-6,7) 7,0 (5,5-8,8) 7,2 (5,5-9,3) 7,6 (5,8-11,2)
40- 49 anos 6,4 (5,7-6,0-6,7-6,9) 6,5 (5,9-6,2-6,8-7,0) 6,9 (5,9-8,6) 6,8 (6,0-6,4-7,2-7,7) 6,8 (6,2-6,4-7,1-7,5) 7,7 (6,5-9,5) 8,1 (6,8-10,8) 9,2 (7,1-13,2)
50- 59 anos 7,5 (6,7-7,0-7,8-8,2) 7,4 (6,9-7,2-7,9-8,0) 8,1 (6,3-10,0) 7,9 (7,1-7,5-8,3-8,8) 7,9 (7,1-7,5-8,3-8,7) 8,4 (7,0-11,3) 9,2 (7,2-12,5) 9,7 (7,4-14,9)
60-69 anos 8,9 (8,1-8,5-9,2-9,4) 8,9 (8,2-8,6-9,1-9,6) 9,7 (7,9-13,1) 9,3 (8,4-8,8-9,8-10,4) 9,2 (8,4-8,7-9,7-10,2) 9,8 (7,9-13,2) 10,7 (8,4-14,1) 12,0 (8,5-16,5)
≥ 70 anos 11,3 (10,2-10,4-12,5-13,2) 11,0 (10,1-10,6-11,6-12,3) 10,6 (8,0-14,6) 11,8 (10,2-10,8-12,9-14,0) 11,2 (9,9-10,4-12,1-13,2) 11,2 (8,6-15,8) 12,7 (9,3-16,7) 13,5 (10,3-18,2)

1 referência Brazileira (oscilometria), 2 referência europeia de PASc, mediana (percentis 10º, 25º, 75º, 90º), 3 referência europeia de VOP (tonometria) mediana (pecentis 10º, 90º). Os valores de referência europeus para VOP não se dividem com relação ao sexo. PASc: pressão arterial sistólica central; VOP: velocidade de onda de pulso.

2.4.3. Pressão Central

A pressão central (aórtica, carotídea) não corresponde à pressão periférica (braquial), devido à amplificação de pulso que ocorre da aorta para a periferia e é mais relevante para a patogênese das doenças CV que a pressão periférica. 160 Atualmente, a pressão central pode ser facilmente acessada de maneira não invasiva, com os mesmos equipamentos utilizados e validados para a medida VOP. 151 , 161 , 162

Os índices hemodinâmicos centrais são preditores independentes de eventos CV futuros e mortalidade por todas as causas, segundo a metanálise de Vlachoupoulos et al., com 11 estudos e um total de 5.648 indivíduos, em um seguimento médio de 45 meses. 160 Os valores de referência para a pressão central foram estabelecidos pelo grupo europeu em 2014 usando o método tonométrico 163 e mais recentemente em um trabalho nacional com equipamentos oscilométricos ( Tabela 2.1 ). 159 A pressão central como preditor de risco cardiovascular é GR: IIa NE: B.

Grau de recomendação Nível de evidência
Pressão arterial acima 120mmHg aumenta o dano vascular e o risco cardiovascular I A
Uso de marcadores séricos para a identificação de disfunção endotelial IIb B
Uso da DMF do sistema braquial arterial (técnica padrão-ouro para a análise da função endotelial in vivo) na identificação de disfunção endotelial IIb B
Uso da DMF para a estratificação de risco cardiovascular IIb B
Rigidez arterial avaliada pela VOP é um preditor independente de risco cardiovascular; e sua avaliação, quando possível, pode aumentar a acurácia dessa estratificação IIa A
ITB é preditor independente de risco cardiovascular IIa B
Pressão central é preditor independente de risco cardiovascular IIa B
Mensagens principais
A pré-hipertensão aumenta o risco cardiovascular.
O dano vascular ocorre não apenas em hipertensos, mas pode estar presente também nos pré-hipertensos.
Há exames não invasivos para a avaliação precoce do dano vascular, mas nem sempre eles estão disponíveis.
A análise da rigidez arterial pela VOP é um preditor independente de risco cardiovascular; e sua avaliação pode ser realizada na prática clínica, quando disponível.
Outros métodos como o ITB e a medida central da pressão arterial também podem ser utilizados na avaliação do risco cardiovascular. A DMF é mais utilizada no âmbito da pesquisa.

3. Diagnóstico e Classificação

3.1. Introdução

A avaliação inicial de um paciente com hipertensão arterial (HA) inclui a confirmação do diagnóstico, a suspeita e a identificação de causa secundária, além da avaliação do risco cardiovascular (CV). As lesões de órgão-alvo (LOA) e as doenças associadas também devem ser investigadas. Fazem parte dessa avaliação: a medida da pressão arterial (PA) no consultório e/ou fora dele, utilizando-se técnica adequada e equipamentos validados e calibrados, a obtenção de história médica (pessoal e familiar), a realização de exame físico e a investigação clínica e laboratorial. Propõem-se avaliações gerais a todos os hipertensos e avaliações complementares apenas para grupos específicos. 164

3.2. Medida da Pressão Arterial no Consultório

A PA deve ser medida em toda avaliação por médicos, de qualquer especialidade, e por todos os profissionais da saúde devidamente capacitados. Exclusivamente aos médicos cabem o diagnóstico de HA e seus fenótipos, assim como a conduta relacionada a tais diagnósticos.

Os esfigmomanômetros auscultatórios ou oscilométricos são os métodos preferidos para medir a PA. Esses dispositivos devem ser validados de acordo com as condições e os protocolos padronizados, 165 e sua calibração deve ser verificada anualmente, no caso dos oscilométricos, e a cada seis meses no caso dos auscultatórios ou de acordo com as orientações do Inmetro/Ipem. 166 A PA deve ser inicialmente medida nos dois braços e idealmente estabelecida por medição simultânea. Caso ocorra uma diferença > 15 mmHg da PAS entre os braços, há o aumento do risco CV, 167 o qual pode estar relacionado com a doença vascular ateromatosa. Todas as medidas subsequentes devem ser realizadas no braço com valores mais elevados da PA. Na suspeita de HA secundária à coartação da aorta, a medida deverá ser realizada também nos membros inferiores, utilizando-se manguitos apropriados para a circunferência do braço ou da coxa ( Quadro 3.1 ). 164

Quadro 3.1. – Dimensões do manguito de acordo com a circunferência do membro.

Circunferência Denominação do manguito Largura do manguito Comprimento da bolsa
≤ 6 cm Recém-nascido 3 cm 6 cm
6-15 cm Criança 5 cm 15 cm
16-21 cm Infantil 8 cm 21 cm
22-26 cm Adulto pequeno 10 cm 24 cm
27-34 cm Adulto 13 cm 30 cm
35-44 cm Adulto grande 16 cm 38 cm
45-52 cm Coxa 20 cm 42 cm

Fonte: Malachias et al., 2017. 164

Em idosos, diabéticos, disautonômicos ou naqueles em uso de anti-hipertensivos, a PA também deve ser medida 1 minuto e 3 minutos após estar em pé (imóvel). 168 A hipotensão ortostática é definida como uma redução na PAS ≥ 20 mmHg ou na PAD ≥ 10 mmHg dentro do 3 o minuto em pé e está associada a um risco aumentado de mortalidade e eventos cardiovasculares. 169

Os Quadros 3.2 e 3.3 resumem os procedimentos e etapas recomendados para a medida adequada da PA. Enfatiza-se que a medida inadequada da PA pode levar a classificação imprecisa, superestimação ou subestimação da verdadeira PA do paciente e, consequentemente, tratamento desnecessário ou até mesmo ausência de tratamento em hipertensos mal avaliados. Diante da simplicidade da medida realizada pela técnica oscilométrica, a utilização de dispositivo oscilométrico de braço pode ser preferível ao auscultatório, quando as duas técnicas estiverem disponíveis. 170 As diferenças para a realização da medida da PA entre as duas técnicas são destacadas no Quadro 3.3 .

Quadro 3.2. – Medida da pressão arterial no consultório.

O paciente deve sentar-se confortavelmente em um ambiente silencioso por 5 minutos, antes de iniciar as medições da PA. Explique o procedimento ao indivíduo e oriente a não conversar durante a medição. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do procedimento.
Certifique-se de que o paciente NÃO:
  • •Está com a bexiga cheia;

  • •Praticou exercícios físicos há, pelo menos, 60 minutos;

  • •Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos;

  • •Fumou nos 30 minutos anteriores.

Três medidas de PA devem ser realizadas, com intervalo de 1 a 2 minutos; e medidas adicionais somente se as duas primeiras leituras diferirem em > 10 mmHg. Registre em prontuário a média das duas últimas leituras da PA, sem “arredondamentos” e o braço em que a PA foi medida.
Medidas adicionais podem ter que ser realizadas em pacientes com valores instáveis da PA devido a arritmias. Nos pacientes com FA, os métodos auscultatórios devem ser preferencialmente usados, pois a maioria dos dispositivos automáticos não foi validada para a medida da PA. *
Use o manguito adequado para a circunferência do braço.
O manguito deve ser posicionado ao nível do coração. A palma da mão deve estar voltada para cima e as roupas não devem garrotear o braço. As costas e o antebraço devem estar apoiados; as pernas, descruzadas; e os pés, apoiados no chão.
Meça a PA nos dois braços na primeira visita, de preferência simultaneamente, para detectar possíveis diferenças entre os braços. Use o braço com o maior valor como referência.
Para pesquisar hipotensão ortostática, meça inicialmente a PA (de preferência, em posição supina, após o paciente estar nesta posição em repouso por 5 minutos; na impossibilidade de o indivíduo ficar na posição supina, pode-se de forma alternativa, embora não ideal, realizar a medida com o paciente sentado), e depois medir a PA 1 minuto e 3 minutos após a pessoa ficar em pé. As medições da PA em repouso e em pé devem ser realizadas em todos os pacientes na primeira consulta e também consideradas em visitas subsequentes em idosos, diabéticos, disautonômicos e pessoas em uso de anti-hipertensivo.
Registre a frequência cardíaca. Para excluir arritmia, use palpação do pulso.
Informe o valor de PA obtido para o paciente.

FA: fibrilação atrial; PA: pressão arterial. * A maioria dos dispositivos automáticos registra a forma de onda de pressão sistólica individual mais alta em vez de uma média de vários ciclos cardíacos em pacientes com FA, o que levando à superestimação da PA.

Quadro 3.3. – Etapas para a realização da medida da pressão arterial.

Etapas
1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre o acrômio e o olécrano.
2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço.
3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital.
4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial.
5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial.*
6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva.*
7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação.*
8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo).*
9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, depois, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação.*
10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff).*
11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e, depois proceder, à deflação rápida e completa*.
12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero.*

PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica. * Itens realizados exclusivamente na técnica auscultatória.

No estudo Systolic Blood Pressure Intervention Trial (SPRINT), 86 utilizou-se uma nova modalidade de medida da PA no consultório sem a presença do profissional de saúde, denominada medida desacompanhada da PA no consultório (MDPAC). Nessa modalidade, o paciente, depois de devidamente treinado, realiza sua própria medida em sala reservada para essa finalidade. Os participantes do SPRINT seguiram um protocolo no qual aguardavam em uma sala silenciosa por cinco minutos; em seguida, um aparelho automático realizava a medida a PA por três vezes, com intervalos de um minuto, registrando os valores obtidos. A MDPAC melhora a reprodutibilidade da medida da PA, e o efeito do avental branco pode ser substancialmente reduzido ou mesmo eliminado. 171 , 172 Na MDPAC, os valores obtidos são semelhantes ou mesmo inferiores aos obtidos pela medida ambulatorial da PA (MAPA) na vigília ou pela medida residencial da PA (MRPA). 173 Contudo, mostra-se fundamental lembrar que a medida convencional da PA no consultório é a base de todos os dados epidemiológicos e clínicos disponíveis atualmente.

Nos indivíduos obesos, o uso de um manguito com tamanho e forma ideais em relação ao braço do paciente é de importância primordial. A escolha do manguito apropriado depende não apenas da circunferência do braço, mas também de sua forma. 174 Manguitos mais longos e largos são necessários nesses pacientes para não haver superestimação da PA. A abordagem do antebraço deve ser considerada válida e pode ser usada em contextos clínicos para medir a PA, quando a medição do braço for desafiadora na obesidade grave (circunferência superior a 50 cm, em que não há manguito disponível). Assim, o pulso auscultado deve ser o radial, embora haja restrições a tal prática. 175 , 176 Ocorre uma especial dificuldade em braços largos e curtos, em forma de cone, nos quais manguitos de grandes dimensões não se adaptam. Nesses casos, o uso de monitores de pulso validados também pode ser considerado. 177 , 178

3.3. Classificação

Os limites de PA considerados normais são arbitrários. 164 , 179 Os valores que classificam o comportamento da PA em adultos por meio de medidas casuais ou de consultório estão expressos no Quadro 3.4 . São considerados hipertensos os indivíduos com PAS ≥ 140 mmHg e/ou PAD ≥ 90 mmHg. Quando utilizadas as medidas de consultório, o diagnóstico de HA deverá ser sempre validado por medições repetidas, em condições ideais, em duas ou mais visitas médicas em intervalo de dias ou semanas; ou de maneira mais assertiva, realizando-se o diagnóstico com medidas fora do consultório (MAPA ou MRPA), excetuando-se aqueles pacientes que já apresentem LOA ou doença CV. 37 Define-se a classificação de acordo com a PA do consultório e pelo nível mais elevado de PA, sistólica ou diastólica.

Quadro 3.4. – Classificação da pressão arterial de acordo com a medição no consultório a partir de 18 anos de idade.

Classificação* PAS (mHg)   PAD (mmHg)
PA ótima < 120 e < 80
PA normal 120-129 e/ou 80-84
Pré-hipertensão 130-139 e/ou 85-89
HA Estágio 1 140-159 e/ou 90-99
HA Estágio 2 160-179 e/ou 100-109
HA Estágio 3 ≥ 180 e/ou ≥ 110

HA: hipertensão arterial; PA: pressão arterial; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica. *A classificação é definida de acordo com a PA no consultório e pelo nível mais elevado de PA, sistólica ou diastólica. **A HA sistólica isolada, caracterizada pela PAS ≥ 140 mmHg e PAD < 90 mmHg, é classificada em 1, 2 ou 3, de acordo com os valores da PAS nos intervalos indicados. ***A HA diastólica isolada, caracterizada pela PAS < 140 mmHg e PAD ≥ 90 mmHg, é classificada em 1, 2 ou 3, de acordo com os valores da PAD nos intervalos indicados.

Indivíduos com PAS ≥ 140 mmHg e PAD > 90 mmHg são definidos como portadores de HA sistólica isolada, enquanto a presença de níveis de PAS > 140 mmHg e PAD ≥ 90 mmHg caracteriza a HA diastólica isolada. Tanto a HA sistólica isolada quanto a HA diastólica isolada apresentam maior prevalência de HA do avental branco (HAB). 180

Com relação à diretriz Brazileira anterior, 164 a PA normal passa a ser denominada PA ótima e a pré-hipertensão, a ser dividida em PA normal e pré-hipertensão. Os indivíduos com PAS entre 130 e 139 e PAD entre 85 e 89 mmHg passam a ser considerados pré-hipertensos, pois esta população apresenta consistentemente maior risco de doença CV, doença arterial coronária e acidente vascular encefálico do que a população com níveis entre 120 e 129 ou 80 e 84 mmHg. Há também maior risco de ser portadores de HA mascarada (HM). 181 , 182 Consequentemente, indivíduos pré-hipertensos devem ser monitorados mais de perto.

3.4. Medida da Pressão Arterial Fora do Consultório

A PA fora do consultório pode ser obtida através da MAPA ou da MRPA, respeitando-se suas indicações e limitações. 183 - 187 As medidas da PA fora do consultório devem ser estimuladas. As principais vantagens e desvantagens da medida da PA fora do consultório são resumidas no Quadro 3.5 , enquanto suas principais indicações, além das indicações específicas para a MRPA, são mostradas no Quadro 3.6 .

Quadro 3.5. – Vantagens e desvantagens da medida da pressão arterial fora do consultório.

  • • Maior número de medidas obtidas

  • • Refletem as atividades usuais dos examinandos

  • • Pode identificar HA do avental branco e HA mascarada

  • • Maior engajamento dos pacientes com o diagnóstico e o seguimento

MAPA MRPA
  • • Leituras noturnas

  • • Permite medições em condições de vida real

  • • Uso em pacientes com cognição prejudicada e nos raros casos de comportamento obsessivo

  • • Permite avaliar a variabilidade da PA em períodos curtos de tempo

  • • Evidência prognóstica mais robusta

  • • Baixo custo e amplamente disponível

  • • Medição em um ambiente domiciliar, que pode ser mais relaxado do que o do consultório

  • • Permite avaliar a variabilidade da PA no dia a dia

  • • Envolvimento do paciente na medição da PA

  • • Maior adesão ao tratamento

  • • Custo elevado

  • • Disponibilidade por vezes limitada

  • • Pode ser desconfortável

  • • Somente PA em repouso

  • • Potencial para erro de medição

  • • Não tem leitura noturna

HA: hipertensão arterial; MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial; MRPA: monitorização residencial da pressão arterial; PA: pressão arterial.

Quadro 3.6. – Indicações para MAPA ou MRPA.

MAPA ou MRPA
  • A pesquisa de HA do avental branco é mais comum, particularmente nas seguintes situações:

  • • HA estágio 1 no consultório

  • • Elevação acentuada da PA no consultório, com ausência de LOA

  • A pesquisa de HA mascarada é mais comum, particularmente nas seguintes situações:

  • • Pré-hipertensão no consultório

  • • PA normal no consultório em pacientes com LOA ou com alto risco CV

Confirmação do diagnóstico de HA resistente
Avaliação do controle da HA, especialmente em pacientes de alto risco CV
Indivíduos com resposta exacerbada da PA ao exercício
Presença de grande variabilidade da PA no consultório
Avaliação de sintomas sugestivos de hipotensão durante o tratamento
Indicações específicas para MAPA:
Avaliação da PA durante o sono e/o descenso vigília/sono (p. ex., suspeita de HA noturna, apneia obstrutiva do sono, doença renal crônica, diabetes, HA endócrina ou disfunção autonômica)
Investigação de hipotensão postural e pós-prandial em pacientes não tratados e tratados

HA: hipertensão arterial; PA: pressão arterial; LOA: lesão de órgão-alvo; MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial; MRPA: monitorização residencial da pressão.

A MAPA e a MRPA não devem ser confundidas com a automedida da PA (AMPA), realizada com equipamento automático do próprio paciente, que não obedece a nenhum protocolo preestabelecido. As medidas são realizadas aleatoriamente e feitas por decisão do próprio paciente ou até a pedido médico. 188

A pandemia provocada pela covid-19 acelerou o processo de telemedicina (teleconsulta, teleorientação e telemonitoramento), que acreditamos ser irreversível. No momento presente, o SUS já realiza teleorientação sobre a covid-19, e algumas operadoras de saúde suplementar já a adotaram. Nesse cenário, a AMPA surge como uma possibilidade para contribuir no diagnóstico, no acompanhamento e no tratamento dos hipertensos. Para isso, sugere-se a utilização de equipamentos oscilométricos de boa qualidade, ou seja, validados e preferencialmente de braço. Caso seja utilizado o de punho, o que deve ser desestimulado, preferem-se aqueles validados, com sensor de altura e movimento. Sugere-se um número mínimo de sete medidas realizadas no período de 16 a 72 horas. Até o momento, sugerem-se valores de normalidade iguais aos da MRPA, embora estudos específicos ainda precisam ser realizados para comparar os valores de PA obtidos pelas diferentes técnicas. 187 , 189

A definição de HA de acordo com a PA no consultório está mostrada no Quadro 3.7 . Quando comparados com os valores da PA no consultório, os valores da MRPA são geralmente mais baixos, e o limiar de diagnóstico para HA é ≥ 130/80 mmHg (equivalente à PA no consultório ≥ 140/90 mmHg). 180 , 190 - 192 A MRPA fornece valores de PA mais reprodutíveis e está mais fortemente relacionada com a LOA, particularmente à hipertrofia ventricular esquerda, e a predição de morbimortalidade CV do que a PA do consultório. 188 , 193 Há também evidências de que a MRPA pode ter um efeito benéfico na adesão à medicação e no controle da PA, 194 , 195 especialmente quando combinada com orientação e aconselhamento. 196 O telemonitoramento e os aplicativos de smartphone podem oferecer vantagens adicionais à MRPA, 197 , 198 como auxílio à memória das medidas da PA e uma maneira conveniente de armazenar e editar os dados da PA em laudo digital.

Quadro 3.7. – Definição de hipertensão arterial de acordo com a pressão arterial de consultório, monitorização ambulatorial da pressão arterial e monitorização residencial da pressão arterial.

Categoria PAS (mmHg)   PAD (mmHg)
PA no consultório ≥ 140 e/ou ≥ 90
MAPA 24 horas ≥ 130 e/ou ≥ 80
Vigília ≥ 135 e/ou ≥ 85
Sono ≥ 120 e/ou ≥ 70
MRPA ≥ 130 e/ou ≥ 80

HA: hipertensão arterial; PA: pressão arterial; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial; MRPA: monitorização residencial da pressão arterial.

A MAPA é melhor preditor de risco CV e de LOA do que a PA do consultório. 199 Além disso, a média ambulatorial da PA de 24 horas demonstrou ter uma melhor relação com eventos não fatais ou fatais, 200 , 201 como eventos coronários fatais e não fatais e acidente vascular encefálico. 202 - 205

3.5. Efeito do Avental Branco (EAB) e Efeito de Mascaramento (EM)

A diferença da PA entre as medidas obtidas no consultório e fora dele é denominada EAB ou EM, quando seus valores são, respectivamente, positivos ou negativos. Com base em estudos de MRPA, diferenças iguais ou superiores a 15 mmHg na PAS e/ou 9 mmHg na PAD indicam EAB significativa, enquanto diferenças iguais ou inferiores a -1 mmHg na PAS e/ou PAD indicam EM significativa. 180 Essas situações não mudam o diagnóstico, ou seja, se o indivíduo é normotenso, permanecerá normotenso; e, se é hipertenso, continuará sendo hipertenso. Contudo, talvez seja útil para identificar indivíduos com risco de ter diferenças relevantes na PA dentro e fora do consultório, o que pode contribuir para um melhor manejo terapêutico.

3.6. Hipertensão do Avental Branco (HAB) e Hipertensão Mascarada (HM)

No diagnóstico da HA, são possíveis vários fenótipos. Define-se a normotensão verdadeira (NV) como as medidas da PA no consultório e fora do consultório normais, a HA sustentada (HS) quando ambas são anormais, a HAB quando a PA é elevada no consultório, mas é normal fora dele, e HM quando a PA é normal no consultório, mas é elevada fora dele. 206 , 207 Suas prevalências estimadas no Brazil são demonstradas na Figura 3.1 . 208 , 209

Figura 3.1. – Diagnósticos possíveis na hipertensão arterial (fenótipos).

Figura 3.1

MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial; MRPA: monitorização residencial da pressão arterial.

Embora a prevalência varie entre os estudos, a HAB pode ser detectada em cerca de 15 a 19% dos indivíduos no consultório, alcançando 30 a 40% naqueles com PA elevada no consultório. É mais comum nos pacientes com HA estágio 1. 210 - 212

A presença de LOA e o risco de eventos CV associados à HAB são menores do que na HS. 205 , 213 , 214 No entanto, em comparação com a NV, a HAB está associada a maior atividade adrenérgica, maior prevalência de fatores de risco metabólicos, LOA mais frequente e maior risco para desenvolver diabetes melito e progressão para HS e hipertrofia ventricular esquerda. 215 , 216 Na HAB, os valores da PA fora do consultório tendem a ser mais altos do que na NV, o que pode explicar o aumento do risco a longo prazo de eventos CV. 217 - 221

Assim como a HAB, a prevalência de HM pode variar bastante entre as populações. Contudo, de maneira geral, a HM pode ser detectada em cerca de 7 a 8% dos indivíduos no consultório, podendo atingir aproximadamente 15% dos pacientes normotensos. 222 , 223 Vários fatores podem elevar a PA fora do consultório com relação à PA do consultório, como idade avançada, sexo masculino, tabagismo, consumo de álcool, atividade física, HA induzida pelo exercício, ansiedade, estresse, obesidade, diabetes melito, doença renal crônica e história familiar de HA. A HM está associada à dislipidemia, à disglicemia, à LOA, à pré-hipertensão e à atividade adrenérgica e aumenta o risco de desenvolver diabetes melito e HS. 183 , 185 , 198 , 207 , 224 - 226 Metanálises de estudos prospectivos indicam que a incidência de eventos CV é cerca de duas vezes maior na HM do que na NV, sendo comparável à da HA. 210 , 227 , 228

3.7. Hipertensão Mascarada Não Controlada e Hipertensão do Avental Branco Não Controlada

Os termos HAB e HM foram originalmente definidos para pessoas que não estavam sendo tratadas para HA. Entretanto, em pacientes em uso de medicações anti-hipertensivas também pode haver comportamentos discrepantes da PA dentro e fora do consultório. Nesse contexto, utilizam-se as seguintes nomenclaturas para os pacientes tratados com anti-hipertensivos: HA mascarada não controlada, quando a PA está controlada no consultório, mas elevada fora dele; HA do avental branco não controlada quando a PA está elevada no consultório, mas normal fora dele; HA sustentada não controlada, quando a PA no consultório e a fora dele estão elevadas; e HA controlada, quando a PA está normal no consultório e fora dele. 218 As prevalências desses fenótipos no Brazil são demonstradas na Figura 3.2 . 213 , 214

Figura 3.2. – Fenótipos em hipertensos tratados.

Figura 3.2

MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial; MRPA: monitorização residencial da pressão arterial.

3.8. Recomendações para Diagnóstico e Seguimento

A HA é uma condição habitualmente assintomática. Por isso, deve ser avaliada em todo atendimento médico e em programas estruturados de triagem populacional. Nestes últimos, mais de 50% dos portadores de HA não sabiam que tinham a doença. 229 , 230 As medidas da PA devem ser realizadas em intervalos regulares, com a frequência conforme a classificação de PA ( Figura 3.3 ). Pessoas saudáveis com uma PA ótima no consultório (< 120/80 mmHg) ou com PA normal (120-129/80-84 mmHg) devem ter a PA medida novamente pelo menos anualmente e nas consultas médicas. Pacientes com pré-hipertensão (130-139/85-89 mmHg) devem ter a PA medida anualmente ou, preferencialmente antes, devido às altas taxas de progressão para HA. Além disso, nos casos suspeitos de HM, a MAPA ou a MRPA devem ser realizadas para detectar tal fenótipo.

Figura 3.3. – Triagem e diagnóstico de hipertensão arterial.

Figura 3.3

PA: pressão arterial; MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial; MRPA: monitorização residencial da pressão arterial; NV: normotensão verdadeira; HAB: hipertensão do avental branco; HM: hipertensão mascarada; HS: hipertensão sustentada

Como a PA pode ter alta variabilidade, o diagnóstico de HA não deve se basear exclusivamente na medida da PA em apenas uma consulta médica, a menos que esteja substancialmente elevada (HA estágio 3) ou haja diagnóstico estabelecido de LOA ou de doença CV. Para os demais pacientes, as medidas repetidas da PA em visitas subsequentes no consultório devem ser utilizadas para confirmar uma elevação persistente, bem como para classificar o estágio da HA. Quanto maior o estágio da HA, maior deverá ser o número de visitas e menor o intervalo de tempo entre elas. Assim, pacientes em estágio 2 ou 3 poderão requerer mais visitas com intervalos de tempo mais curtos entre as visitas (dias ou semanas), enquanto aqueles com estágio 1 poderão requerer visitas após alguns meses, especialmente quando não há LOA e o risco CV é baixo.

A diretriz recomenda o uso de medidas de PA fora do consultório ( Figura 3.3 ) como uma estratégia alternativa às avaliações repetidas da PA dentro dele para confirmar o diagnóstico de HA, desde que sejam logística e economicamente viáveis. 231 Tal abordagem pode também gerar informações clínicas complementares relevantes, como a detecção de HAB e HM 213 , 214 , 232 ( Quadro 3.6 e Figura 3.3 ).

O teste ergométrico não é recomendado para a avaliação diagnóstica da HA, devido a várias limitações, inclusive a falta de padronização da metodologia e das definições. Atualmente, não há consenso sobre a resposta normal da PA durante o exercício.

3.9. Pressão Aórtica Central

Várias técnicas têm permitido a medida da PA aórtica (PA central) por meio de algoritmos específicos a partir de medidas de PA obtidas no braço. 233 , 159 Vários estudos mostraram reduções diferentes na PA central em comparação com a PA braquial com o uso de alguns anti-hipertensivos e, embora a PA central pareça ser um melhor preditor de eventos CV do que a PA braquial, o valor prognóstico incremental da medida da PA central ainda necessita de mais evidências. 160 , 234

A HA espúria (HA sistólica isolada nos jovens com PA central normal) parece ser a condição mais evidente para o uso da PA central (quando disponível) na prática clínica, o que configura a primeira indicação da medida da PA central. Isso ocorre em uma pequena fração de jovens, principalmente homens atletas, e ainda não está claro se esses pacientes estão sob menor risco CV do que o sugerido pela PA convencional. 235 - 237

É importante ressaltar que as limitações do valor prognóstico da PA central não se aplicam a parâmetros associados a tais medidas, como a velocidade de onda de pulso (VOP) e o augmentation index (AIx), cujos valores prognósticos estão bem estabelecidos. 238

3.10. Genética e Hipertensão Arterial

Considera-se a HA primária uma doença multifatorial, mas com forte componente genético. Estudos em famílias e em gêmeos demonstram uma herdabilidade de 30 a 50%. 239 , 240 A maioria desse risco genético é transmitido de forma poligênica, ou seja, através da contribuição de centenas de variações de DNA que, em conjunto, aumentam o risco de desenvolvimento do fenótipo hipertensivo, após interação com fatores ambientais. Um estudo recente com mais de 1 milhão de pacientes demonstrou que variações de DNA em mais de 900 genes estão associadas ao controle da PA, o que explica cerca de 27% da herdabilidade do controle da PA. 240 Esse estudo abre caminho para o uso futuro de painéis genéticos de avaliação de risco de HA, que poderiam ajudar a guiar os esforços preventivos.

Em contraste com a HA primária, diversas formas secundárias de HA são causadas por mutação em um gene único (HA monogênica), de herança familiar, como o hiperaldosteronismo familiar, a síndrome de Liddle, a hiperplasia adrenal congênita e as formas herdadas de feocromocitoma e paraganglioma ( Quadro 3.8 ). 240 , 241 Essas causas devem ser investigadas nos pacientes com suspeita de HA secundária. O diagnóstico genético preciso pode levar não somente ao tratamento adequado, como também permitir o aconselhamento genético familiar e o rastreio precoce em membros assintomáticos da família.

Quadro 3.8. – Causas de hipertensão monogênica.

Condição Modo de herança Genes envolvidos
Síndrome de Liddle Autossômico dominante SCNN1B e SCNN1G
Hiperplasia adrenal congênita Autossômico recessivo CYP11B1
Autossômico recessivo CYP17A1
Síndrome de aparente excesso mineralocorticoide Autossômico recessivo HSD11B2
Síndrome de Geller Autossômico dominante NR3C2
Síndrome de Gordon (pseudo-hipoaldosteronismo tipo II) Autossômico dominante WNK4
Autossômico dominante WNK1
Autossômico recessivo ou dominante KLHL3
Autossômico dominante CUL3
Hiperaldosteronismo familiar tipo I Autossômico dominante CYP11B1
Hiperaldosteronismo familiar tipo II Autossômico dominante CLCN2
Hiperaldosteronismo familiar tipo III Autossômico dominante KCNJ5
Hiperaldosteronismo familiar tipo IV Autossômico dominante CACNA1H
Recomendação GR NE
Recomenda-se que a PA seja classificada como HA ótima, normal, pré-hipertensão ou estágios 1 a 3, de acordo com a PA do consultório. I C
Programas de triagem para HA são recomendados. Todos os adultos (≥ 18 anos) devem ter a PA no consultório medida e registrada em seu prontuário médico e estar cientes da PA. 160 , 234 I B
Diante da simplicidade da medida realizada pela técnica oscilométrica, a utilização de dispositivo automático de braço pode ser preferível ao auscultatório, quando as duas técnicas estiverem disponíveis. I C
Indica-se a medida da PA, anualmente, se a PA do consultório for > 140/90 mmHg. I C
Recomenda-se que a PA no consultório seja medida em ambos os braços pelo menos na primeira consulta, porque uma diferença de PAS entre os braços > 15 mmHg é sugestiva de doença ateromatosa e está associada a um risco CV aumentado. 167 I A
Se uma diferença entre os braços < 15mmHg da PA for registrada, recomenda-se que todas as leituras subsequentes da PA usem o braço com uma leitura mais alta da PA. I C
Recomenda-se que o diagnóstico de HA seja baseado em medições repetidas da PA em consultório em mais de uma consulta, exceto quando é HA estágio 3 e especialmente em pacientes de alto risco. Em cada consulta, três medidas da PA devem ser registradas, com 1 a 2 minutos de intervalo, e medidas adicionais devem ser realizadas se as duas primeiras leituras diferirem em > 10 mmHg. A PA do paciente é a média das duas últimas leituras da PA. I C
Recomenda-se que o diagnóstico de HA seja baseado em medição de PA fora do consultório com MAPA e/ou MRPA , desde que essas medidas sejam viáveis (logisticamente e economicamente). I C
A PA fora do consultório (ou seja, MAPA ou MRPA ) é especificamente recomendada para várias indicações clínicas, como identificação da HAB e HM, quantificação dos efeitos do tratamento e identificação de possíveis causas de efeitos colaterais (p. ex., hipotensão sintomática). 164 , 170 , 180 , 201 , 209 I A
A pressão de pulso, a variabilidade da PA e a PA central podem ser consideradas, mas atualmente são pouco utilizadas para o uso clínico de rotina. Podem fornecer informações adicionais úteis em algumas circunstâncias e são ferramentas valiosas para a pesquisa. IIb C
O teste genético deve ser considerado em centros especializados para pacientes com suspeita de causas raras monogênicas de HA secundária ou para aqueles com feocromocitoma. 240 - 242 IIa B
O teste genético de rotina para pacientes hipertensos não é recomendado. III C

PA: pressão arterial; CV: cardiovascular; HAB: hipertensão do avental branco; HM: hipertensão mascarada; MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial; MRPA: monitorização residencial da pressão arterial.

Mensagens principais
Recomenda-se que a PA seja classificada como ótima, normal, pré-hipertensão ou estágios 1 a 3, de acordo com a PA do consultório.
Programas de triagem para HA são recomendados. Todos os adultos (≥ 18 anos) devem ter a PA medida no consultório e registrada em seu prontuário médico e estar cientes dos valores aferidos.
Indica-se a medida da PA, anualmente, se a PA do consultório > 140/90 mmHg.
Recomenda-se que o diagnóstico de HA seja baseado em medições repetidas da PA em consultório, em mais de uma consulta, ou pela medida de PA fora do consultório com MAPA e/ou MRPA, desde que essas medidas sejam viáveis.
A PA fora do consultório (ou seja, MAPA ou MRPA) é especificamente recomendada para várias indicações clínicas, como identificação da HAB e da HM, quantificação dos efeitos do tratamento e identificação de possíveis causas de efeitos colaterais (p. ex., hipotensão sintomática).

4. Avaliação Clínica e Complementar

4.1. História Clínica

A avaliação clínica do paciente hipertenso deve ser feita seguindo-se o método tradicional, constituído por anamnese, exame físico e laboratorial. O Quadro 4.1 contempla um resumo dos objetivos. O seguimento de todas as etapas permitirá o diagnóstico correto da hipertensão arterial (HA) e estratificar o risco cardiovascular e renal, contribuindo para estabelecer a estratégia terapêutica mais adequada.

Quadro 4.1. – Avaliação clínica e laboratorial.

Realizar medidas acuradas da PA para a confirmação diagnóstica de HA (Capítulo 2)
Questionar sobre história familiar de HA
Identificar fatores de risco cardiovasculares e renais associados
Pesquisar LOA (subclínicas ou manifestas clinicamente)
Investigar a presença de outras doenças
Questionar sobre fármacos e drogas que possam interferir na PA
Aplicar escore de risco CV global (Capítulo 5)
Rastrear indícios de HA secundária (Capítulo 15)

PA: pressão arterial; HA: hipertensão arterial; LOA: lesões em órgãos-alvo; CV: cardiovascular.

4.2. Avaliação Clínica

4.2.1. Anamnese

Deve ser realizada anamnese, com história clínica completa, perguntas obrigatórias sobre o tempo de diagnóstico e tratamentos anti-hipertensivos instituídos previamente (medicamentos e doses). Além disso, convém apurar os sintomas que indiquem a evolução da doença hipertensiva, especialmente a presença de lesão de órgãos-alvo (LOA). São importantes os antecedentes pessoais e a construção de uma linha de tempo que permita melhor compreensão do quadro clínico.

A história familiar também deve ser obtida para corroborar o diagnóstico de HA primária 243 (GR: I; NE: B). Durante a consulta, deve ser questionada, entre outros, a existência de: fatores de risco específicos para doença cardiovascular (DCV) e renal, 244 - 246 comorbidades e aspectos biopsicossociais, culturais e socioeconômicos. 244 , 245 , 247 É fundamental avaliar o uso de outros medicamentos, fármacos e drogas lícitas e ilícitas, que não anti-hipertensivos, que possam interferir na PA (Capítulo 9), bem como pesquisar indícios na história clínica que sugiram causas secundárias de HA, conforme detalhado no Capítulo 15.

4.3. Exame Físico

Um exame físico minucioso deve ser realizado, com medida correta e repetida da PA e da frequência cardíaca (FC), como já descrito no Capítulo 3, além de se procurar sinais de LOA e de achados que possam sugerir causas secundárias de HA.

Os dados antropométricos, peso e altura, assim como o cálculo do índice de massa corporal (IMC) 248 e da circunferência abdominal (CA), 248 têm seus valores de normalidade definidos pela World Obesity Federation (disponíveis on-line em https://www.worldobesity.org/. A avaliação deve contemplar palpação e ausculta cardíaca e de carótidas, além de verificação dos pulsos. A medida do índice tornozelo braquial (ITB) também é incentivada, assim como a fundoscopia. 249 , 250 Realiza-se o cálculo do ITB por meio da razão entre a pressão arterial sistólica (PAS) do braço e a do tornozelo, tanto esquerdo quanto direito. A relação PAS braço/PAS tornozelo normal é acima de 0,90. A obstrução leve caracteriza-se por ITB entre 0,71-0,90; moderada 0,41-0,70; e grave 0,00-0,40 (GR: IIa, NE: B). É ferramenta importante tanto para o diagnóstico de doença arterial obstrutiva periférica quanto para o prognóstico de eventos cardiovasculares. 250

Em alguns casos, pode ser indicada a medida da pressão arterial sistólica central (PASc) com o intuito de detectar a hipertensão sistólica isolada no jovem (hipertensão espúria no jovem), pois, diferentemente da medida na artéria braquial, a PASc não se encontra elevada (GR: IIa, NE: B) (Capítulo 3). 251 , 252 No Quadro 4.2 , pode ser encontrado um resumo do exame físico.

Quadro 4.2. – Avaliação do exame físico.

1. Obter medidas repetidas e acuradas em ambos os braços da PA (vide Capítulo 3)
2. Medir parâmetros antropométricos: peso, altura, FC, CA e cálculo do IMC
3. Procurar sinais de lesões em órgãos-alvo
4. Detectar características de doenças endócrinas como Cushing, hiper ou hipotireoidismo
5. Examinar a região cervical: palpação e ausculta das artérias carótidas, verificação de estase jugular e palpação de tireoide
6. Avaliar o aparelho cardiovascular: desvio de ictus e propulsão à palpação; na ausculta, presença de B3 ou B4, hiperfonese de segunda bulha, sopros e arritmias
7. Avaliar o sistema respiratório: ausculta de estertores, roncos e sibilos
8. Observar as extremidades: edemas, pulsos em membros superiores e inferiores (na presença de pulso femorais diminuídos, sugere coartação de aorta, doença da aorta ou ramos)
9. Palpar e auscultar o abdômen: frêmitos, sopros, massas abdominais indicativas de rins policísticos e tumores (podem sugerir causas secundárias ou LOA)
10. Detectar déficits motores ou sensoriais no exame neurológico
11. Realizar fundoscopia ou retinografia (quando disponível): identificar aumento do reflexo dorsal, estreitamento arteriolar, cruzamentos arteriovenosos patológicos, hemorragias, exsudatos e papiledema (sinais de retinopatia hipertensiva)

PA: pressão arterial, FC: frequência cardíaca; CA: circunferência abdominal; IMC: índice de massa corpórea.

4.3.1. Investigação Laboratorial Básica, Avaliação de Lesões Clínicas e subclínicas em Órgãos-Alvo

A avaliação complementar tem como objetivo detectar lesões clínicas ou subclínicas em órgãos-alvo, no sentido de melhor estratificar o risco cardiovascular (CV). Para a estratificação do risco CV global, deverão ser levados em conta, além dos fatores de risco clássicos ( Quadro 4.3 ), os novos fatores de risco que vêm sendo identificados, embora nem todos ainda não tenham sido incorporados em escores clínicos. 253 , 254 Nesta investigação, destacam-se alterações da glicemia ou da hemoglobina glicada, a obesidade abdominal (síndrome metabólica), a pressão de pulso > 65 mmHg em idosos, a história de pré-eclâmpsia/eclâmpsia e a história familiar de HA (em hipertensos limítrofes). 254

Quadro 4.3. – Fatores de risco cardiovascular adicionais.

Idade (mulher > 65 anos e homem > 55 anos)
Tabagismo
Dislipidemia: triglicerídeos (TG) > 150 mg/dL em jejum; LDL-c > 100 mg/dL; HDL-c < 40 mg/dL
Diabetes melito (DM) já confirmado (glicemia de jejum de, pelo menos, 8 horas ≥ 126 mg/dL, glicemia aleatória ≥ 200 mg/dL ou HbA1c ≥ 6,5%) ou pré-diabetes (glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dL ou HbA1c entre 5,7 e 6,4%)
História familiar prematura de DCV: em mulher < 65 anos e homem < 55 anos
Pressão de pulso em idosos (PP = PAS – PAD) > 65 mmHg
ITB ou VOP anormais
História patológica pregressa de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia
Obesidade central: IMC < 24,9 Kg/m 2 (normal); entre 25 e 29,9 Kg/m 2 (sobrepeso); > 30 Kg/m 2 (obesidade)
Relação cintura/quadril (C/Q)
  • Cintura abdominal = mulher < 88 cm e homem < 102 cm

  • Cintura: C = no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca lateral

  • Quadril Q = ao nível do trocanter maior

  • Cálculo (C/Q) = mulher: C/Q ≤ 0,85; homens: C/Q ≤ 0,95

Perfil de síndrome metabólica
C: cintura, Q: quadril, C/Q: relação cintura quadril, ITB: índice tornozelo braquial, PP: pressão de pulso, IMC: índice de massa corpórea.

A alteração da velocidade de onda de pulso (VOP), quando disponível, é um exame que denota LOA, podendo reclassificar os pacientes de risco CV intermediário para risco elevado (GR: IIa, NE: A) (Capítulo 2). 156 A avaliação laboratorial básica (Quadros 4.4 e 4.5 ) deve fazer parte da rotina inicial de todo paciente hipertenso. 253 São recomendadas: dosagem sérica de potássio, ácido úrico, creatinina, glicemia e perfil lipídico; e realização de um exame sumário de urina e de eletrocardiograma, para possível detecção de hipertrofia ventricular esquerda.

Quadro 4.4. – Exames complementares de rotina.

Análise de urina (GR: I, NE: C)
Potássio plasmático (GR: I, NE: C)
Creatinina plasmática (GR: I, NE: B)
Glicemia de jejum (GR: I, NE: C) e HbA1c (GR: I, NE: C)
Estimativa do ritmo de filtração glomerular (GR: I, NE: B)
Colesterol total, HDLc e triglicerídeos plasmáticos (GR: I, NE: C) *
Ácido úrico plasmático (GR: I, NE: C)
Eletrocardiograma convencional (GR: I, NE: B) **

* O LDLc é calculado pela seguinte fórmula: LDLc = colesterol total – (HDLc + triglicerídeos/5) (quando a dosagem de triglicerídeos for abaixo de 400 mg/dL). 259 * O LDLc também tem sido dosado por alguns laboratórios, fazendo parte da rotina laboratorial. ** Critério de detecção de HVE – Sokolow-Lyon: SV 1 + RV 5,6 > 35 mm – Cornell Voltagem: RaVL + SV 3 > 20 mm (mulher), > 28 mm (homem). 260 , 261

Quadro 4.5. – Exames recomendados a populações indicadas.

Radiografia de tórax: tem indicação no acompanhamento do paciente hipertenso nas situações de suspeita clínica de acometimento cardíaco (GR: IIa, NE: C) e/ou pulmonar ou para a avaliação de hipertensos com acometimento de aorta em que o ecocardiograma não está disponível. 262
Ecocardiograma: é mais sensível que o eletrocardiograma quanto ao diagnóstico de hipertrofia do ventrículo esquerdo (HVE) e agrega valores na avaliação de formas geométricas de hipertrofia e tamanho do átrio esquerdo, nas funções sistólica e diastólica. Está indicado quando houver indícios de HVE no eletrocardiograma ou em pacientes com suspeita clínica de insuficiência cardíaca (GR: IIa, NE: B). Considera-se HVE quando a massa do ventrículo esquerdo indexada para a superfície corpórea é igual ou superior a 116 g/m 2 no homem e 96 g/m 2 na mulher. 263
Albuminuria ou relação proteinúria/creatininúria ou albuminúria/creatininúria: exame útil para os hipertensos diabéticos, com síndrome metabólica ou com dois ou mais fatores de risco, pois mostrou prever eventos cardiovasculares fatais e não fatais (valores normais < 30 mg/g de creatinina (GR: I, NE: B). 264
Ultrassonografia de carótidas: indicado na presença de sopro carotídeo, sinais de doença cerebrovascular ou presença de doença aterosclerótica em outros territórios. O aumento na espessura íntima-média (EIM) das carótidas e/ou a identificação de placas de aterosclerose prediz a ocorrência de acidentes vasculares cerebrais e infarto do miocárdio, independentemente de outros fatores de risco CV. Valores da EIM > 0,9 mm têm sido considerados como anormais, assim como o encontro de placas ateroscleróticas (GR: I, NE: A). 265 , 266
Ultrassonografia renal ou com Doppler: necessária em pacientes com massas abdominais ou sopro abdominal (GR: IIa, NE: B). 267
Hemoglobina glicada (HbA1c): indicada quando a glicemia de jejum for maior que 99 mg/dL, na presença de história familiar ou de diagnóstico prévio de DM2 e obesidade (GR: IIa, NE: B). 268
Teste ergométrico: está indicado na suspeita de doença coronária estável, diabetes melito ou antecedente familiar para doença coronária em pacientes com pressão arterial controlada (GR: IIa, NE: C). 269
MAPA/MRPA: ver as indicações dos métodos no Capítulo 3 (GR: I, NE: A). 186
Medida da velocidade da onda de pulso (VOP), quando disponível: indicada em hipertensos de baixo e médio risco, sendo considerado um método útil para avaliação da rigidez arterial, ou seja, do dano vascular. VOP com valores acima de 10m/s são considerados anormais na população em geral, porém já existem valores de referência ajustados para decis de idade e sexo (GR: IIa, NE: A). 139 , 270 , 271
Ressonância nuclear magnética (RNM) do cérebro: indicada em pacientes com distúrbios cognitivos e demência para detectar infartos silenciosos e micro-hemorragias (GR: IIa, NE: C). 272

Para a avaliação da função renal, devemos obter o ritmo de filtração glomerular estimado calculado pelas fórmulas do Modification of Diet in Renal Diseases (MDRD) 255 ou, preferencialmente, pelo Chronic Kidney Diseases Epidemiology Collaboration (CKD-EPI), 256 que podem ser obtidas no site http://mdrd.com/.

Na Figura 4.1 , temos ritmo de filtração glomerular estimado (RFG-e) com a interpretação dos valores para a classificação em estágios (E1 a E5) e o prognóstico da doença renal crônica, levando-se em conta a categoria de albuminúria, de acordo com o Kidney Diseases Improving Global Outcomes (KDIGO). 257 , 258 As cores expressam o prognóstico renal e a conduta. O verde indica bom prognóstico e baixo risco; o amarelo, risco intermediário, devendo-se monitorizar o paciente; o laranja, alto risco, mau prognóstico, com obrigatoriedade de referenciar para o especialista; e o vermelho, risco muito alto, mau prognóstico e obrigatoriedade de referenciar para o especialista.

Figura 4.1. – Prognóstico da doença renal crônica de acordo com o ritmo de filtração glomerular e a albuminúria.

Figura 4.1

DRC: Doença renal crônica, RFG-e: ritmo de filtração glomerular estimado; KDIGO: Kidney Diseases Improving Global Outcomes.

Com relação à avaliação renal:

  • • Recomenda-se que o laboratório de análises clínicas disponibilize o resultado do exame de dosagem de creatinina acompanhado do resultado do RFG-e (GR: I, NE: B);

  • • Não recomendamos a dosagem de clearance de creatinina (urina de 24h), exceto para alteração significativa da massa muscular (amputação), superfície corporal de extremos e instabilidade clínica (GR: I, NE: B);

  • • Recomenda-se que se investigue a proteinúria/albuminúria utilizando-se pela ordem de importância: razão albuminúria/creatininúria (RAC), razão proteinúria/creatininúria (RPC); urinálise por fita de proteinúria total com leitura automática e urinálise por fita de proteinúria total com leitura manual. Recomenda-se que os laboratórios clínicos relatem RAC e RPC de qualquer amostra de urina e não apenas suas concentrações (GR: I, NE: B).

Mensagens principais
A anamnese e o exame físico devem ser completos buscando sempre a medida correta da PA, a análise dos parâmetros antropométricos e a detecção de sintomas e sinais de comprometimento em órgãos-alvo e de indícios de causas secundárias de hipertensão.
No paciente hipertenso, é importante a pesquisa de comorbidades (diabetes melito, dislipidemias e doenças renais e da tireoide, entre outras), para melhor tratamento e estratificação do risco CV.
Os exames complementares de rotina preconizados nessas diretrizes são básicos, de fácil disponibilidade e interpretação, baixo custo e obrigatórios para todos os pacientes, pelo menos na primeira consulta e anualmente. Outros exames podem ser necessários para as populações indicadas.
É fundamental pesquisar lesões em órgãos-alvo, tanto clínicas quanto subclínicas, para orientação terapêutica mais completa.

5. Estratificação de Risco Cardiovascular

5.1. Introdução

Está amplamente estabelecida a relação causal, linear e contínua entre o aumento da pressão arterial (PA) e o risco de doença cardiovascular (DCV) em ambos os sexos, todas as idades e todos os grupos étnicos. 85 A PA atua de forma sinérgica com outros fatores de risco (FR) para DCV, e seu efeito pró-aterogênico será tanto maior quanto maior o for o número e a intensidade desses fatores adicionais. 78 , 273 A DCV é uma condição multifatorial que depende de interações sinérgicas em todo o complexo causal responsável por seu desenvolvimento. Além disso, o aumento modesto de vários FR pode desencadear maior incremento no risco cardiovascular (CV) que a elevação acentuada de apenas um único FR. 273 , 274 Assim, quantificar o risco do paciente hipertenso, ou seja, a probabilidade de determinado indivíduo desenvolver DCV em um determinado período de tempo é parte essencial do processo e pode nortear estratégias preventivas e de tratamento. 37 , 164 , 275

Vale destacar que o impacto do controle da hipertensão arterial (HA) será tanto maior quanto maior for o risco absoluto individual e o risco global estimado. 276 - 278 Digno de nota é o conceito de risco residual que representa a magnitude do risco que permanece depois que os FR tradicionais são controlados. 279 Admite-se que o controle parcial dos FR e/ou a instituição tardia de medidas terapêuticas eficazes sejam elementos centrais na geração do risco CV residual no paciente hipertenso. Apesar da escassez de ferramentas para identificar o risco residual, está claro que a precocidade e a precisão no controle dos FR são ferramentas essenciais no controle dele. 279 Dessa maneira, a abordagem abrangente de todos os FR justifica-se plenamente. Nesse sentido, quando identificados, os FR potencialmente modificáveis devem ser informados aos pacientes hipertensos com o objetivo de melhorar a eficácia das medidas farmacológicas e não farmacológicas implementadas. 37 , 164 , 275

A estimativa de risco CV não deve ser obtida de modo intuitivo ou pela mera soma dos FR presentes, mas por métodos que considerem sua natureza complexa e multifatorial. 4 Deve ser feita por meio de equações ou algoritmos, 4 , 280 , 281 instrumentos que estimam o risco baseados em modelos de regressão com múltiplas variáveis e desenvolvidos a partir de estudos populacionais, recomendados em várias diretrizes em todo o mundo. 4 , 280 , 281 Mesmo médicos experientes erram em mais de 50% dos casos quando estimam o risco sem a utilização de uma equação ou um algoritmo. 282

Deve ser ressaltada, entretanto, a ausência de dados populacionais Brazileiros nesses modelos de estimativa de risco, o que os torna menos precisos na avaliação do risco CV em nossa população. Em outras palavras, o risco aferido pelos escores internacionais pode estar subestimado por deixar de considerar os FR mais prevalentes ou relevantes em nossa população. Para atenuar essa limitação e evitar subdiagnosticar pacientes em alto risco, a presente diretriz recomenda identificar outros marcadores, denominados fatores modificadores de risco, para reclassificar o risco em indivíduos considerados de risco moderado (a ser detalhado adiante).

A classificação do risco CV depende dos níveis da PA, dos FRCV associados, da presença de lesões em órgãos-alvo (LOA), que são lesões estruturais e/ou funcionais decorrentes da HA em vasos, coração, cérebro, rins e retina, e/ou da existência de DCV ou doença renal estabelecidas. 37 , 164 , 275 Diferentes escores foram desenvolvidos e vêm sendo aplicados para classificar os pacientes hipertensos em categorias de baixo, moderado e alto riscos CV. 37 , 164 , 275 Entretanto, novos biomarcadores, precursores e preditores de doença parecem ainda ser necessários para melhorar a predição de risco e reduzir a diferença entre o risco calculado e as taxas de eventos observadas, sobretudo nos indivíduos estratificados como de risco moderado. 283 - 285 A incorporação de ferramentas para a avaliação do risco relativo versus risco vitalício e períodos de avanço do risco ao longo da vida também se justifica, especialmente na avaliação de jovens com baixo risco absoluto, mas com alto risco relativo para DCV bem como no idoso, cuja estimativa de risco continua sendo um desafio pela acelerada modificação da expectativa de vida e pela funcionalidade nestes últimos anos. 285

5.2. Estratificação de Risco Adicional (Condições Associadas)

Na maioria dos pacientes hipertensos, coexistem ou agregam-se outros fatores reconhecidos como capazes, per se, determinar ou incrementar o aparecimento e desenvolvimento da DCV, independentemente dos valores da PA. 37 , 275 , 286 - 288 As condições associadas, quer por sua prevalência na população em geral, quer pela força de sua associação a eventos CV, devem ser identificadas no paciente hipertenso, por meio de história clínica, exame físico e exames complementares. 37 , 164 , 275 Assim, devem ser procurados: a) os FR coexistentes na HA ( Quadro 5.1 ); b) as LOA ( Quadro 5.2 ); c) a presença de DCV e renal estabelecida.

Quadro 5.1. – Fatores de risco coexistentes na hipertensão arterial.

Sexo masculino
Idade: > 55 anos no homem e > 65 anos na mulher
DCV prematura em parentes de 1 o grau (homens < 55 anos e mulheres < 65 anos)
Tabagismo
Dislipidemia: LDL-colesterol ≥100mg/dL e/ou não HDL-colesterol 130 mg/dL e/ou HDL-colesterol ≤ 40mg/dL no homem e ≤ 46mg/dL na mulher e/ou TG >150 mg/dL
Diabetes melito
Obesidade (IMC ≥ 30 kg/m 2 )

Quadro 5.2. – Lesões em órgãos-alvo.

Hipertrofia ventricular esquerda
ECG (índice Sokolow-Lyon (SV1 + RV5 ou RV6) ≥ 35 mm; RaVL > 11 mm; Cornell voltagem > 2440 mm.ms ou Cornell índice > 28 mm em homens e > 20 mm em mulheres (GR: I, NE: B)
ECO: IMVE ≥ 116 g/m 2 nos homens ou ≥ 96 g/m 2 nas mulheres (GR: IIa, NE: B)
ITB < 0,9 GR (GR: IIa, NE: B)
Doença renal crônica estágio 3 (RFG-e entre 30 e 60 mL/min/1,73m 2 )
Albuminúria entre 30 e 300 mg/24h ou relação albumina/creatinina urinária 30 a 300 mg/g (GR: I, NE: B)
VOP carótido-femoral > 10 m/s (GR: IIa, NE: A)

ECG: eletrocardiograma; ECO: ecocardiograma; IMVE: índice de massa ventricular esquerda; ITB: índice tornozelo-braquial; RFG-e: ritmo de filtração glomerular estimado; VOP: velocidade de onda de pulso.

A identificação de tais condições é importante não apenas para estimar o risco a que se expõe o paciente hipertenso em seu respectivo estágio de hipertensão, bem como para que os FR controláveis sejam alvos de intervenção terapêutica própria, com a intensidade que a gradação de risco lhe demande. 37 , 164 , 275 Devem ser priorizados os FR de mais fácil identificação e os mais prevalentes, bem como aqueles cuja associação ao risco CV esteja solidamente estabelecida ( Quadro 5.1 ).

Conforme exposto no Quadro 5.1 , os fatores relacionados neste devem ser considerados na estimativa do risco CV, respeitando-se os critérios diagnósticos vigentes. A idade apresenta correlação linear com HA e risco de complicações CV, como infarto do miocárdio (IAM) e acidente vascular encefálico (AVE), sendo tal linearidade mais evidente com o AVE. Para o IAM, há uma acentuação do grau de associação dependente do sexo que se inicia aos 55 anos no homem e aos 65 anos na mulher. 287 Tabagismo, quantificado como carga maço/ano, tabagismo passivo e outras formas de tabagismo, como charutos, cachimbos e cigarros eletrônicos, são considerados elementos centrais no risco CV. Já a dislipidemia caracteriza-se por elevações do conteúdo de colesterol da lipoproteína de baixa densidade (LDL) ou do conjunto de lipoproteínas aterogênicas obtido pela subtração da liproproteina de alta densidade (HDL) do colesterol total, ou seja, não HDL-colesterol. A consideração do valor de HDL-colesterol permanece indicada como estimativa de risco e possui limiares distintos em homens e mulheres. Os triglicerídeos (TG) elevados também caracterizam dislipidemia, particularmente quando associados a redução da HDL-colesterol ou em níveis superiores a 500 mg/dL, quando o tratamento específico está indicado e há possibilidade de pancreatite. O diabetes melito deve ser diagnosticado pelos seguintes critérios: glicemia plasmática em jejum de > 126 mg/dL; hemoglobina glicada > 6,5%, aferida por cromatografia líquida de alta performance (HPLC); ou ainda, glicemia > 200mg/dL, após 2 h de sobrecarga oral de glicose no teste oral de tolerância ou em glicemia aleatória. A obesidade deve ser considerada quando o índice de massa corporal (IMC) for > 30kg/m 2 ou quando a medida da cintura abdominal (CA) for > 80 cm em mulheres ou > 94 cm em homens de descendência europeia ou africana ou > 90 cm naqueles de descendência asiática. 289

5.2.1. Lesões em Órgãos-Alvo

A estimativa de risco no paciente hipertenso deve ser complementada pela identificação da presença de LOA, que são frequentes, muitas vezes subdiagnosticadas, não estando geralmente incluídas nos escores de estratificação de risco. Elas causam aumento adicional do risco CV, notadamente quando várias coexistem no mesmo indivíduo 5 , 6 , 7 ( Quadro 5.2 ).

5.2.2. Presença de Doença Cardiovascular e Renal

A presença de doenças cardiovascular e renal documentadas determina o risco aumentado de eventos CV no hipertenso. 37 , 164 , 275 , 290 - 292 A doença cerebrovascular deve ser considerada em quaisquer das seguintes manifestações: AVE isquêmico, hemorragia encefálico ou acidente isquêmico transitório. A doença arterial coronariana deve englobar angina, IAM, isquemia miocárdica silenciosa, cirurgia de revascularização miocárdica ou intervenção coronariana prévias. A insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção preservada (FEp) ou a reduzida (FEr) devem ser igualmente consideradas como doença cardiovascular manifesta, 86 , 275 bem como a fibrilação atrial (FA). 293 Da mesma maneira, a doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) sintomática 294 e a doença de aorta relacionada com aneurismas, hematomas ou ulcerações constituem manifestações cardiovasculares com grande impacto no risco CV global. Pela estreita associação ao risco CV, devem ser considerados como indicadores de risco alto a doença renal crônica estágio 4 ou superior, identificada como ritmo de filtração glomerular estimado (RFG-e) < 30 mL/min/1,73m 2 , relação albuminúria/creatininúria em amostra isolada (> 300 mg/g creatinina); e proteinúria/creatininúria em amostra isolada (> 300 mg/g creatinina). Por fim, retinopatia atribuível ao processo hipertensivo, como hemorragias; exsudatos; e papiledema também são condições indicativas de alto risco. 37 , 275

No Qaudro 5.3 , estão expostas as principais razões para que se deva realizar a estimativa de risco levando-se em conta, além do valor pressórico, a presença de fatores coexistentes de risco cardiovascular, LOA e de DCV e/ou renal. Incluem estabelecimento de prognóstico com razoável precisão de estimativa e distinção dos casos que exigem intensificação da terapêutica. 37 , 275

Quadro 5.3. – Razões para realizar a estimativa de avaliação de risco (GR: I NE: C).

Estimar o risco de eventos cardiovasculares em médio e longo prazos
Determinar o nível de atenção à saúde, como frequência dos atendimentos
Determinar a precocidade de início do tratamento farmacológico
Determinar a intensidade do controle dos fatores de risco modificáveis

O Quadro 5.4 é de grande valia na estratificação de risco do paciente hipertenso. Vale lembrar que os FR mencionados se referem àqueles com valor epidemiológico estabelecido, facilidade de obtenção na maioria das situações clínicas e comprovado valor prognóstico. Auxilia na compreensão do impacto da progressão de risco associado aos diferentes graus de PA, presença de FR, LOA ou doença cardiovascular e/ou renal, em indivíduos de meia-idade.

Quadro 5.4. – Classificação dos estágios de hipertensão arterial de acordo com o nível de PA, presença de FRCV, LOA ou comorbidades.

FR, presença de LOA ou doença PA (mmHg)
Pré-hipertensão PAS 130-139 PAD 85-89 Estágio 1 PAS 140-159 PAD 90-99 Estágio 2 PAS 160-179 PAD 100-109 Estágio 3 PAS > 180 PAD > 110
Sem FR Sem risco adicional Risco baixo Risco moderado Risco alto
1 ou 2 FR Risco baixo Risco moderado Risco alto Risco alto
≥ 3 FR Risco moderado Risco alto Risco alto Risco alto
LOA, DRC estágio 3, DM, DCV Risco alto Risco alto Risco alto Risco alto

PA: pressão arterial; FR: fator de risco; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; LOA: lesão em órgão-alvo, DRC: doença renal crônica; DM: diabetes melito; DCV: doença cardiovascular.

Nos pacientes considerados de risco moderado, tem sido recomendada a realização de testes, quando disponíveis e factíveis, e nunca de forma generalizada, para a identificação de marcadores subclínicos de LOA com o objetivo de incrementar a acurácia do risco estimado. 82 , 295 , 296 Destacam-se a avaliação da HVE através da ecocardiografia, que também registra parâmetros de função ventricular, e o índice de massa ventricular esquerda (IMVE) (GR: IIa, NE: B), a albuminúria, preferencialmente pela relação albuminúria/creatininúria e a realização do ITB (GR: IIa, NE: B). Biomarcadores vasculares de incorporação clínica mais recente, como a velocidade de onda de pulso carotídeo-femoral (VOPcf), também podem contribuir para reclassificar o risco CV desses indivíduos (GR: IIa, NE: A), 296 , 297 além de conferir pior prognóstico naqueles com doença já estabelecida. 139 , 298 Tal aspecto é de particular importância em indivíduos jovens, que têm menor risco relativo e nos quais há oportunidade de prevenção da deterioração irreversível da estrutura e da função da parede arterial.

Outras condições também têm sido reconhecidas como capazes de influenciar ou modificar o risco CV do paciente hipertenso classificado como de risco moderado, porém com menor poder discriminatório. 37 , 275 Sua identificação não é recomendada para o reconhecimento de pacientes de alto risco ou naqueles sem nenhum dos fatores coexistentes de risco acima elencados ( Quadro 5.5 ).

Quadro 5.5. – Fatores que podem modificar o risco do paciente hipertenso.

História familiar ou nos pais de início precoce de hipertensão arterial
Nível muito elevado de um FR individual, incluindo HA estágio 3
Eclâmpsia/pré-eclâmpsia prévia
Apneia do sono
Pressão de pulso > 60 (em pacientes idosos)
Ácido úrico > 7 mg/dL (homens) e > 5,7 mg/dL (mulheres) (GR: I, nível: C)
Proteína C-reativa ultrassensível > 2mg/L (GR: I, nível: B)
FC > 80 bpm
Síndrome metabólica*
Sedentarismo
Fatores psicossociais e econômicos
Distúrbios inflamatórios crônicos

FR: fatores de risco: HA: hipertensão arterial; FC: frequência cardíaca. *Para que se defina a presença de síndrome metabólica pelos critérios da International Diabetes Federation (IDF) é necessário haver obesidade central, definida como circunferência abdominal > 80 cm em mulheres ou > 94 cm em homens de descendência europeia ou africana ou > 90 cm naqueles de descendência asiática, além de dois entre os quatro fatores a seguir: triglicerídeos > 150 mg/dL, HDL-C baixo (< 40 mg/dL em homens e < 50 mg/dL em mulheres), hipertensão arterial; glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL ou DM tipo 2 previamente diagnosticado. 289

5.3. Avaliação do Risco Cardiovascular Global

A estratificação de risco CV global não é específica para o paciente hipertenso e tem como objetivo determinar o risco global de um indivíduo entre 30 e 74 anos de desenvolver DCV em geral nos próximos 10 anos. 3 , 4 , 280 , 281 , 299 Vale ressaltar que a HA é um dos FRCV com maior impacto relativo – portanto, presente em todas as equações de estimativa de risco global. Além disso, a mitigação do risco CV não será efetiva sem que se considere o conjunto de elementos que determinam o curso clínico do paciente hipertenso. Uma forma prática e ágil de calcular o risco CV global é utilizar a Calculadora para Estratificação de Risco Cardiovascular recomendada e disponibilizada pelo Departamento de Aterosclerose da SBC em seu site e disponível para os sistemas Android e IOS. 3

5.4. Desafios na Avaliação do Risco Cardiovascular na Hipertensão Arterial

Várias condições clínicas podem interferir na estratificação do risco CV do paciente hipertenso e, entre essas, destaca-se a idade. Em curto prazo, enquanto os pacientes idosos têm maior risco absoluto, os jovens apresentam menor risco absoluto, mesmo com perfil de risco desfavorável. 37 Em longo prazo ou no risco ao longo da vida, a influência da idade sobre o risco CV inverte-se, passando a ter maior perda de longevidade aqueles que manifestam os FR em idade jovem.

Outra limitação é a duração da exposição à doença ou ao FR. Escores que utilizam a opção binária (sim/não) para condições clínicas como DM e tabagismo na avaliação do risco cardiovascular não consideram a duração dessas condições. Portanto, pacientes com maior tempo de exposição terão maior risco CV quando comparados com indivíduos com menor tempo de exposição aos mesmos fatores. 37 Por isso, as incorporações de novas ferramentas para a avaliação do risco relativo versus risco vitalício e períodos de avanço do risco parecem ser necessárias, especialmente nos jovens com baixo risco absoluto, mas com alto risco relativo para DCV. 280 , 299 O conceito de “idade vascular” e “idade cardiometabólica” podem auxiliar nessa estratégia. 300 , 301

A influência da duração do tratamento anti-hipertensivo também pode interferir na estimativa de risco. Nos pacientes hipertensos com início recente de tratamento, deve ser considerada a pressão arterial antes do início do tratamento, enquanto nos pacientes com maior tempo de tratamento deverão ser consideradas as medidas atuais de pressão arterial. 37

O momento de aferição e o valor de PA a ser considerado na estratificação de risco CV e os diferentes fenótipos de HA também devem ser levados em consideração. Nesse sentido, a medida da PA fora do consultório tem sido cada vez mais estimulada. Medidas domiciliares, monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) têm trazido importantes informações complementares, embora ainda se considere a medida de PA de consultório como referência para o diagnóstico e a avaliação de eficácia do tratamento. 37 , 164 , 302 Nesse sentido, a recomendação da realização da MAPA vem sendo ampliada para a confirmação do diagnóstico de HA, com maior correlação de suas medidas com LOA e morbidade e mortalidade cardiovascular quando comparadas com as medidas casuais de PA. 303 Nessa mesma direção, diferentes padrões de HA, como a hipertensão mascarada, a hipertensão sistólica isolada e a ausência de descenso noturno ou mesmo aumento da PA durante o sono, também parecem conferir risco cardiovascular distinto. 304 , 305 Desse modo, as limitações apontadas devem ser levadas em consideração na individualização da estimativa de risco CV do paciente hipertenso na prática clínica.

Mensagens principais
Mais de 50% dos pacientes hipertensos têm FRCV adicionais.
A presença de um ou mais FRCV adicionais aumenta o risco de doença coronariana, cerebrovascular, renal e arterial periférica nos pacientes hipertensos.
A identificação dos FR adicionais deve fazer parte da avaliação diagnóstica do paciente hipertenso, especialmente quando há história familiar de DCV.
O risco CV deve ser estimado em todos os pacientes hipertensos por meio de escores simples, baseados nos níveis de PA e na presença de FR adicionais e comorbidades ( Quadro 5.1 ).
Uma estimativa confiável do risco CV pode ser feita de forma prática por meio da identificação de FR, como idade > 65 anos, sexo (homens > mulheres), frequência cardíaca (> 80 bpm), aumento do peso corporal, diabetes melito, elevação do LDL-c, história familiar de DCV, história familiar de HAS, tabagismo e fatores psicossociais e/ou socioeconômicos; de LOA: presença de HVE, DRC moderada a grave (RFG-e < 60 mL/min/1,73m2) ou de outra avaliação que confirme presença de LOA e de doenças prévias: DAC, IC, AVE, DAOP, FA e DRC estágio 3 ou maior.
CV: cardiovascular; ERG: escore de risco global; DCV: doença cardiovascular; DRC: doença renal crônica; FR: fator de risco; LOA: lesão de órgão-alvo; HVE: hipertrofia ventricular esquerda; RFG-e: ritmo de filtração glomerular estimado; IC: insuficiência cardíaca; AVE: acidente vascular encefálico; DAOP: doença arterial obstrutiva periférica; FA: fibrilação atrial.

6. Decisão e Metas Terapêuticas

6.1. Introdução

Um dos objetivos específicos do tratamento do paciente hipertenso é obter o controle pressórico alcançando a meta de pressão arterial (PA) previamente estabelecida. Tal meta deve ser definida individualmente, sempre considerando a idade e a presença de doença cardiovascular (DCV) ou de seus fatores de risco (FR). De forma geral, deve-se reduzir a PA visando a alcançar valores menores que 140/90 mmHg e não inferiores a 120/70 mmHg (GR: I, NE: A). Nos indivíduos mais jovens e sem FR, podem-se alcançar metas mais baixas com valores inferiores a 130/80 mmHg.

6.2. O Hipertenso de Risco Baixo ou Moderado

A estimativa de risco cardiovascular (CV) é extremamente importante no paciente hipertenso, pois define possíveis diferenças na meta de PA a ser alcançada. Os pacientes hipertensos sem muitos FR adicionais devem ser avaliados sob duas óticas distintas: hipertensos com níveis pressóricos significativamente elevados sem outros FR (hipertensão estágio 2 – risco moderado) e aqueles com elevações menores de PA (hipertensão estágio 1 – baixo risco).

Os benefícios de se tratar os hipertensos sem outros fatores de risco CV associados que apresentam valores de PA significativamente elevados (> 160 mmHg) já estão bem estabelecidos e vêm sendo sistematicamente recomendados por diretrizes nacionais e internacionais. 5 , 37 , 164 Por outro lado, há carência de evidências científicas derivadas de estudos randomizados que justifiquem o tratamento do paciente hipertenso estágio 1 com baixo risco CV. Tal fato ocorre porque o grande número de participantes e o tempo prolongado de seguimento necessários praticamente inviabilizam um estudo randomizado controlado conduzido em pacientes com essas características. Assim, metanálises de dados individuais de participantes de estudos randomizados conduzidos com hipertensos estágio 1 sem DCV prévia nos auxiliam a definir a melhor conduta. 306 - 308 Um desses estudos evidenciou que o tratamento do hipertenso de baixo risco não reduziu os desfechos de doença arterial coronariana (DAC), os eventos CV ou a mortalidade CV, em um seguimento de quatro a cinco anos. 306 Houve, entretanto, uma tendência para a redução de acidente vascular encefálico (AVE) e mortalidade total, sendo que tais diminuições seriam claramente obtidas com um tempo de seguimento maior ou mais participantes incluídos nos estudos. Uma segunda metanálise, que incluiu cerca de 9.000 participantes de cinco estudos randomizados, evidenciou a redução do desfecho composto (DAC e AVE) em 34% e na mortalidade por todas as causas em 19% pela redução da pressão arterial sistólica (PAS) em 7 mmHg com tratamento medicamentoso. 307 Uma terceira publicação demonstrou que a redução de doenças CV e de mortalidade quando a PA inicial era maior ou igual a 140/90 mmHg, sendo que o mesmo resultado não foi observado com valores iniciais menores. 308 Todos esses achados foram reforçados pelos resultados de uma análise de subgrupo do estudo Heart Outcomes Prevention Evaluation (HOPE)-3. Neste estudo, mesmo que os hipertensos estágio 1 fossem classificados como de risco CV intermediário, o tratamento anti-hipertensivo com redução média de 6 mmHg na PAS, reduziu em 27% eventos CV maiores. 309 Com base em tais dados, o tratamento medicamentoso pode ser iniciado em combinação com o tratamento não medicamentoso no hipertenso estágio 1 de baixo risco cardiovascular (GR: I, NE: A).

Com relação à meta pressórica no hipertenso de baixo risco CV, também faltam dados específicos provenientes de estudos randomizados. Uma metanálise recente e dados de um grande estudo observacional sugerem que metas pressóricas inferiores a 140/90 mmHg devem ser obtidas nesses pacientes, sendo que as maiores reduções em desfechos CV são obtidas com valores de PAS entre 120-130mmHg. 85 , 310 Assim, para tais pacientes recomendamos uma meta abaixo de 140/90 mmHg e, se tolerada, próximo a 120/80 mmHg ( Quadro 6.1 ) (GR: I, NE: B).

Quadro 6.1. – Metas pressóricas gerais a serem obtidas com o tratamento anti-hipertensivo.

Meta Risco cardiovascular
Baixo ou moderado Alto
PA sistólica (mmHg) < 140 120-129
PA diastólica (mmHg) < 90 70-79

6.3. O Hipertenso de Alto Risco

Em geral, o hipertenso com três ou mais FR, diabético, com lesões em órgãos-alvo (LOA), doença CV ou renal é considerado de alto risco. Na prática clínica, os exemplos mais comuns de indivíduos com alto risco CV são os pacientes hipertensos com DAC, história prévia de AVE, com insuficiência cardíaca e doença renal crônica (DRC), e quando a HA está associada ao diabetes melito (DM). Essas comorbidades são abordadas no Capítulo 10 ( Condições Clínicas Associadas ), mas as metas para cada uma dessas situações clínicas estão discutidas adiante. Convém lembrar que o alto risco depende não apenas da presença de FR e de LOA, mas também do estágio da HA, conforme o Quadro 5.4 , podendo um hipertenso ter FR ou LOA, mas em estágio 3 de HA ( Quadro 6.1 ).

6.4. O Hipertenso com Doença Coronária

A HA consiste em um importante FR independente para o desenvolvimento de isquemia miocárdica. Antes dos 50 anos, a PA diastólica (PAD) é o principal preditor de risco de DAC, enquanto após os 60 anos de idade a PAS se mostra mais importante. 311 Na população mais idosa, a PAD torna-se inversamente relacionada com o risco de DAC, e a pressão de pulso torna-se o preditor mais forte para DAC. 311 Em uma metanálise que incluiu quase 1 milhão de adultos, a DAC fatal foi correlacionada com os níveis de PA a partir de 115/75 mmHg para todas as idades. 78 Nesse caso, o tratamento anti-hipertensivo em pacientes com DAC deve procurar resultar em PA < 130/80 mmHg, mas não inferior a 120/70 mmHg. Nos pacientes com evidência de isquemia miocárdica, a PAD deve ser reduzida com cautela até 70 mmHg, especialmente nos diabéticos e nos mais idosos. 312 Convém muito cuidado na redução da PAS nos idosos com DAC e com elevada pressão de pulso, pois isso pode resultar em valores muito baixos de PAD e propiciar isquemia miocárdica. 313

6.5. O Hipertenso com História de Acidente Vascular Encefálico

A HA é o FR mais importante para AVE isquêmico (AVEI) e hemorrágico (AVEH), demonstrando uma relação direta com os níveis pressóricos. Nos indivíduos mais jovens sem doença CV ou renal estabelecida, manter a PA na faixa ótima ou normal, com uma meta de 120/80 mmHg, pode ser mais eficaz para a prevenção cerebrovascular primária. Para aqueles com um ou mais episódios prévios de AVE, a meta mais adequada para a prevenção secundária deve ser avaliada conforme o tipo de AVE e o tempo pós-evento (Tabela 10.2). Nos casos crônicos de prevenção secundária, o preconizado é manter a PAS entre 120 e 130 mmHg (GR: I, NE: A). 314 Nos mais idosos ou com doença coronária associada, situação relativamente comum, o fenômeno da curva J deve ser considerado quando a PA alcança valores abaixo de 120/70 mmHg, com maior risco para eventos CV e mortalidade. 315

6.6. O Hipertenso com Insuficiência Cardíaca

A HA é considerada FR para as duas formas de apresentação de insuficiência cardíaca (IC), ou seja, com fração de ejeção reduzida e com fração de ejeção preservada. O tratamento adequado da HA reduz a incidência de IC. Ainda não houve estudos clínicos específicos na população com IC comparando diferentes metas de tratamento. As recomendações são, então, extrapoladas das evidências em outras populações de alto risco, nas quais a redução da PA mostrou maior proteção contra eventos CV, embora com potencial aumento dos efeitos colaterais. Nos pacientes que já apresentam IC com fração de ejeção reduzida, o controle pressórico diminui a mortalidade e a taxa de reinternação por descompensação cardíaca. A meta adequada nessa população é < 130/80 mmHg, mas com o cuidado de manter acima de 120/70 mmHg. 316 Naqueles com fração de ejeção preservada, a melhor forma de tratamento permanece incerta e, portanto, recomenda-se adotar uma estratégia de tratamento semelhante aos pacientes com fração de ejeção reduzida. 317 , 318

6.7. Hipertenso com Doença Renal Crônica (DRC)

A PA elevada está presente na maioria dos pacientes com DRC, o que aumenta o risco de doenças CV, DRC e morte. O estudo Systolic Blood Pressure Intervention Trial (SPRINT) concluiu que a PA sistólica < 120 mmHg diminuiu o risco de doença CV e a mortalidade em adultos não diabéticos com alto risco CV, muitos dos quais com DRC. Entretanto, não foi capaz de retardar a progressão da DRC. 319 É notório que, nesse estudo, a PA foi aferida com dispositivos automatizados e frequentemente desacompanhada, uma técnica que geralmente resulta em valores inferiores aos medidos no consultório. 320 , 321 A redução absoluta do risco pode ser maior entre aqueles com albuminúria, devido à forte associação entre albuminúria e doença CV e renal, mas os efeitos da redução intensiva da PA sobre o risco de DCV parecem ser similares pelo nível de albuminúria. 322 , 323 As evidências atuais indicam uma meta de PA < 130/80 mmHg em pacientes com DRC, independentemente da presença de DM. 275 , 324 , 325 Nos pacientes com DRC terminal, os benefícios do controle intensivo da PA são incertos, pois os estudos são de curta duração, e os efeitos hemodinâmicos podem levar à maior redução do ritmo de filtração glomerular (RFG). Independentemente da meta a ser alcançada, a redução da PA no paciente com DRC sempre exige atenção na medida correta da PA e monitorização dos eventos adversos, sobretudo das anormalidades eletrolíticas e da diminuição do RFG. 325

6.8. O Hipertenso Diabético

No paciente hipertenso DM, obtém-se a prevenção da morbidade e da mortalidade com o controle da glicemia, a normalização da PA e a redução dos outros fatores de risco CV. 326 Manter a PA controlada no indivíduo diabético é essencial para a proteção renal, o que reduz a albuminúria, além de ser importante para diminuir o risco de AVE e de hipertrofia ventricular esquerda (HVE). 327 , 328 Evidências de ensaios clínicos randomizados, metanálises e estudos observacionais em diabéticos hipertensos indicam que uma redução da PAS para 130-139 mmHg, com valores próximos a 130 mmHg, protege eficazmente contra complicações CV e renais. 307 , 329 A PAD pode ser reduzida para 70-79 mmHg sem comprometer a proteção e a segurança do indivíduo. Por outro lado, não há dados conclusivos que diminuir a PAS para < 130 mmHg leva a uma maior proteção CV e renal. Valores de PAS < 120 mmHg devem ser evitados. Portanto, a meta recomendada em diabéticos é < 130/80 mmHg (GR: IIa, NE: B).

Alcançar uma meta de PAS mais baixa implica necessidade de maior número de anti-hipertensivos, o que eleva o risco de efeitos adversos graves. 330 Na prática, as metas ideais de PA podem variar entre os hipertensos diabéticos, de acordo com a idade e a presença de LOA. Por exemplo, não há dados disponíveis em pacientes com diabetes de início recente, sem complicações e, portanto, com riscos CV e renal relativamente baixos. Nesses casos, níveis pressóricos mais baixos podem ser mais bem tolerados e resultar em maior benefício em médio e longo prazos. De forma geral, o controle da PA é mais difícil nos indivíduos diabéticos do que naqueles não diabéticos. Além disso, não é raro o hipertenso diabético demonstrar níveis satisfatórios de PA na consulta e valores elevados na MAPA ou na MRPA, caracterizando, assim, a hipertensão mascarada. Tal observação reforça a necessidade de medidas da PA fora do consultório para uma melhor avaliação de controle no hipertenso diabético. 331

6.9. O Hipertenso Idoso

A complexidade do hipertenso idoso é abordada no Capítulo 14. As metas de PA para a população idosa devem levar em conta, além da idade cronológica (considerando ≥ 60 anos nos países de baixa renda e ≥ 65 anos nos demais, de acordo com a maioria das sociedades internacionais), 37 , 275 o estado funcional, a fragilidade e as comorbidades presentes. Dessa forma, o alvo terapêutico deve ter equilíbrio entre os potenciais benefícios e prejuízos com os valores de PA atingidos.

Na maioria dos ensaios clínicos que mostraram benefício do tratamento da PA em pacientes idosos, o alvo para a PAS variou entre 140 e 150 mmHg, em que se observou a maior redução de eventos CV e fatais. 37 , 332 No estudo HYVET, que incluiu pacientes com idade acima de 80 anos ativos e não frágeis, além de redução da PAS > 150 mmHg (média 144 mmHg), evidenciou-se reduções significantes na mortalidade, AVE fatal e também IC. 333 Em metanálise e revisão sistemática incluindo nove estudos, os autores demonstraram robusta evidência de que reduções > 150/90 mmHg trazem redução de mortalidade, AVC e eventos cardíacos em idosos. 334 No entanto, recentes ensaios clínicos mostraram evidências de benefícios de metas mais baixas de PA em pacientes idosos. 87 , 335 No subgrupo de indivíduos do estudo SPRINT com mais de 75 anos de idade, 87 o grupo de tratamento intensivo que atingiu uma média de PA-alvo de 124/62 mmHg teve uma redução significativa de eventos CV e IC e também de morte por todas as causas quando comparado com a meta menos intensiva, na qual a média alcançada foi 135/67 mmHg. Neste estudo, sugere-se um benefício do tratamento mais intensivo mesmo nos idosos mais frágeis, mas houve maior incidência de quedas e maior ocorrência de prejuízo da função renal no controle mais intensivo. Outro dado relevante no estudo SPRINT é que a medida de PA foi realizada sem supervisão e costuma ser mais baixa do que a convencional. Assim, a meta atingida equivale a valores entre 130-139 mmHg, se comparada com a medida realizada nos estudos anteriores. 321 Em outra metanálise, Bavish et al. 335 demonstraram que o controle de PA mais agressivo em pacientes com idade ≥ 65 anos reduziu mais eventos CV, mas apresenta muitas limitações metodológicas e revelou maior ocorrência de insuficiência renal no grupo de controle mais intensivo.

De maneira geral, a recomendação de metas para pacientes idosos Brazileiros ≥ 60 anos é alcançar valores de acordo com sua condição global (hígidos ou frágeis), conforme o Quadro 6.2 , também constante do Capítulo 14. Em idosos, o correto é tratar metas como individuais, considerando-se a qualidade de vida do paciente, o risco de quedas, a fragilidade, a independência e a presença de comorbidades.

Quadro 6.2. – Metas de tratamento para idosos considerando a condição global e a medida da pressão arterial no consultório.

  PAS de consultório PAD de consultório
Condição global 1 Limiar de tratamento Meta pressórica 4 , 5 Limiar de tratamento Meta 8
Hígidos 2 ≥140 (I, A) 130-139 (I, A) 6 ≥90 70-79
Idosos frágeis 3 ≥160 (I, C) 140-149 (I, C) 7 ≥90 70-79

1: mais importante a condição funcional que idade cronológica; 2: incluindo fragilidade leve; 3: fragilidade moderada a severa; 4: incluindo idosos com comorbidades: DM, DAC, DRC, ACV/EIT (não se refere à fase aguda); 5: avaliar ativamente a tolerabilidade, inclusive possíveis sintomas atípicos; 6: umna meta mais rígida (125-135 mmHg) pode ser obtida em casos selecionados, especialmente em idosos motivados, com < 80 anos, apresentando ótima tolerabilidade ao tratamento; 7: limites mais elevados em caso de sobrevida limitada e ausência de sintomas. A redução da PA deve ser gradual; 8: PAD = evitar < 65-70 mmHg em portadores de DAC clinicamente manifesta.

Mensagens principais
Nos hipertensos de risco CV baixo ou moderado, a meta de tratamento é alcançar valores inferiores a 140/90 mmHg.
No hipertenso com DAC, a meta terapêutica é obter PA<130/80 mmHg, mas a PA diastólica deve ser mantida com valores acima de 70 mmHg.
Para os hipertensos com IC ou episódio prévio de AVE, o tratamento anti-hipertensivo deve ser titulado até alcançar a meta de PA<130/80 mmHg, mas a concomitância de doença DAC e idade avançada, comum em tal situação, limita a redução da PA até 120/70 mmHg.
Nos hipertensos com DRC, o objetivo do tratamento é alcançar PA < 130/80 mmHg, mas sempre com monitorização de eventos adversos, especialmente redução da função renal e alterações eletrolíticas.
O tratamento da hipertensão nos indivíduos diabéticos deve procurar manter valores < 130/80 mmHg, evitando-se a redução acentuada da PA para valores inferiores a 120/70 mmHg.

7. Equipe Multiprofissional

7.1. A Importância da Abordagem Multiprofissional no Controle da Hipertensão

A hipertensão arterial (HA) não controlada continua sendo fator de risco cardiovascular (FRCV) amplamente prevalente no Brazil e no mundo. Diversos estudos nacionais e internacionais demonstraram, de forma consistente, a superioridade do controle da pressão arterial (PA) com a abordagem multiprofissional, comparada com o tratamento convencional, com acréscimo na qualidade da assistência, melhor adesão e sucesso terapêutico, redução de FRCV, morbidade e mortalidade CV. 336 - 341 Cuidados dispensados por equipes e decisões tomadas de forma compartilhada estão associados à redução de custos e a melhores resultados no tratamento da HA. 342 , 343

Vários objetivos exigem diferentes estratégias de atuação, entre as quais assistência centrada no paciente, capacidade de integração entre os profissionais, compartilhamento de objetivos e metas e colaboração na tomada de decisões, com a participação do próprio paciente. 344 Um estudo longitudinal Brazileiro, retrospectivo, com o objetivo de avaliar o efeito da intervenção multiprofissional em hipertensos idosos com 80 anos ou mais (n = 71), acompanhados em serviço especializado por um tempo médio de 15,2 anos mostrou a redução dos valores da PA e o aumento das taxas de controle dela, com otimização do tratamento. 345

Uma revisão sistemática composta por 80 estudos realizados nos Estados Unidos, no período de 1980 a 2012, mostrou a eficácia do atendimento em equipe. Observou-se o aumento de 12% nas taxas de controle da PA, com a redução da mediana da PA sistólica (PAS) de -5,4 mmHg e da PA diastólica (PAD) de -1,8 mmHg, principalmente quando enfermeiros e farmacêuticos compunham a equipe. Tais resultados foram observados em diversas configurações multiprofissionais e em diferentes grupos populacionais norte-americanos. 346

Uma equipe multiprofissional forma-se a partir de ações integradas entre todos os seus membros. O que determina essa unidade não é apenas a dimensão espacial, mas principalmente o desenvolvimento de ações conjuntas, em que cada categoria profissional atua como ator independente em ações específicas de sua profissão, porém reconhecendo e associando suas ações aos demais membros da equipe.

A atuação multiprofissional tem sido utilizada com sucesso em serviços de atenção primária 347 , secundária 336 e terciária 341 à saúde. O nível de complexidade das ações profissionais pode distanciá-los de uma ação conjunta. Por outro lado, é na promoção da saúde e no nível de atenção primária que as atuações têm maior poder de integração, e o desempenho da equipe concretiza-se de forma efetiva. O trabalho em equipe tem vantagens como incentivar o paciente a replicar seus conhecimentos e atitudes, favorecer ações de pesquisa em serviço e proporcionar crescimento profissional aos membros da equipe e, consequentemente, da instituição. 337 , 343 , 348 - 350

A implementação da abordagem multidisciplinar exige mudanças organizacionais nos níveis de atenção do sistema de saúde, destacando sua importância também com relação a cuidados em home care . 336 A abordagem multidisciplinar da HA classifica-se com grau de recomendação I, nível de evidência A ( Quadro 7.1 ). 351 Portanto, a assistência à saúde passa a ter a característica central de um trabalho coletivo e complexo, em que a interdisciplinaridade e a multiprofissionalidade são necessárias. 341 , 347 , 352 Existem atribuições comuns a todos os membros da equipe e atribuições especificas a cada função (GR: I, NE: A).

Quadro 7.1. – Estratégias de atuação da equipe multiprofissional centradas no paciente.

Estratégias Descrição Exemplos Membro da Equipe
Educação do paciente Abordagem didática ou interativa para informar e educar os pacientes Sessões educativas presenciais 389 Materiais impressos presenciais 389 , 390 Materiais impressos via correio 390 Meios audiovisuais e Educação a distância 391 MED, ENF, FARM, NUT, PSI, ACS
Apoio social Envolvimento de familiares, amigos ou outros indivíduos para ajudar os pacientes a utilizarem os fármacos, conforme prescrito Reuniões de grupos de apoio 347 , 350 Educação familiar 348 FAM, AM, CD, ACS, ASS
Letramento e motivação do paciente Motivar os pacientes a tomar a medicação, conforme prescrito, e remover obstáculos que prejudiquem sua motivação Intervenções motivacionais 386 , 389 Implantar ações de letramento em saúde 362 , 392 , 393 MED, ENF, NUT, PSI EF, FIS, AM, CD, FAM
Automonitoramento da PA e uso de tecnologias Envolver os pacientes a monitorar a PA e a adesão ao tratamento Automedidas da PA 391 Monitorização residencial da PA 394 , 395 Telemonitoramento da PA 343 , 390 , 396 , 397 MED, ENF, PAC, FAM, CD, ACS
Comunicação ou interação com os prestadores de serviços e entre membros da equipe Melhorar a comunicação entre os pacientes e a equipe multiprofissional e outros prestadores e entre membros da equipe Treinamento de habilidades de comunicação entre pacientes e a equipe multiprofissional e entre membros da equipe 390 Intervenções digitais interativas 350 , 358 , 359 , 398 MED, ENF, NUT, EF, FIS, PSI, ASS. ACS
Facilitar o acesso aos serviços de saúde Facilitar o agendamento de consultas em horários compatíveis com as necessidades dos pacientes Pacientes de outros municípios Idosos dependentes de acompanhamento de terceiros 345 , 399 ACS, ASS

AM: Amigo; ACS: agentes comunitários de saúde; ASS: assistente social; CD: cuidadores; ENF: enfermeiro; EF: profissional de educação física; FAM: familiar; FARM: farmacêutico; FIS: fisioterapia, MED: médico; NUT: nutricionista; PAC: paciente; PS: psicólogo.

7.2. Formação e Atuação da Equipe

7.2.1. Profissional Médico – Ações Específicas

No nível primário, há a participação do médico generalista e, nos demais níveis, a presença de cardiologista, nefrologista e especialista em hipertensão. As ações específicas do médico são as seguintes: 341

  • • Consulta médica (detalhada no Capítulo 4).

  • • Responsável por diagnóstico, estratificação de risco e orientação das condutas terapêuticas não farmacológicas e farmacológicas.

  • • Avaliação clínica dos pacientes, pelo menos, duas vezes por ano.

  • • Referência e contra referência dentro do sistema de saúde.

Além do médico, a participação de profissionais de diversas áreas da saúde (enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, nutricionistas, profissionais de educação física, fisioterapeutas, pedagogos, psicólogos), com formação de equipes multiprofissionais no atendimento de hipertensos, ocorre há várias décadas nos países desenvolvidos. 353 , 354

7.2.2. Profissional Enfermeiro – Ações Específicas

As ações específicas do enfermeiro são as seguintes:

  • • Promover o acolhimento dos pacientes, identificando conjuntamente com o usuário os diversos obstáculos e barreiras presentes no cotidiano e incentivar apoio seu enfrentamento.

  • • Capacitar as pessoas para aumentar seu controle sobre os determinantes que influenciam o autocuidado e, assim, melhorar sua saúde. As habilidades avançadas de comunicação, técnicas de mudança de comportamento, educação do paciente e habilidades de aconselhamento são elementos essenciais que aprimoram os sistemas de saúde e mostram-se necessárias para auxiliar os pacientes com problemas crônicos. 355 O próprio Ministério da Saúde (MS) destaca que o desenvolvimento de ações referentes à promoção de saúde e à prevenção das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), em especial a HA e o diabetes melito (DM), é um enorme desafio. 356

  • • Incentivar o autocuidado.

  • • Planejar estratégias para promover e avaliar a adesão dos pacientes às condutas prescritas com técnicas educacionais, motivacionais, cognitivas e uso das tecnologias. 344 , 357 - 361

  • • Promover ações educacionais para o letramento em saúde com os usuários. 344 , 362

  • • Visitas domiciliares, visando a reforçar a utilização da medicação e colaborar no gerenciar de cuidados e/ou de tecnologia para promover o uso correto, como ajudar o usuário a criar rotinas e hábitos para a tomada da medicação. 363 , 364

7.2.2.1. Ações Específicas da Enfermagem na Atenção Primária

As equipes que atuam na atenção básica devem procurar seguir o princípio do “cuidado centrado na pessoa”, no qual o indivíduo é o ator principal das ações de cuidado de forma singularizada. Os profissionais devem ajudar o usuário a desenvolver conhecimentos, aptidões, competências e confiança necessária para gerir e tomar decisões embasadas sobre sua própria saúde de maneira mais efetiva. O cuidado é construído com as pessoas, de acordo com suas necessidades e potencialidades na busca de uma vida independente e plena. Para tanto, o MS publicou a Portaria 2.436, de 21 de setembro de 2017, 365 que determina diretrizes para as ações da equipe de enfermagem, como:

  • • Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias vinculadas às equipes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações entre outras), em todos os ciclos de vida.

  • • Realizar consulta de enfermagem e procedimentos, solicitar exames complementares e prescrever medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão.

  • • Realizar e/ou supervisionar acolhimento com escuta qualificada e classificação de risco, de acordo com protocolos estabelecidos.

  • • Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas que possuem condições crônicas no território, junto aos demais membros da equipe.

  • • Realizar atividades em grupo e encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços, conforme fluxo estabelecido pela rede local.

  • • Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas por técnicos/auxiliares de enfermagem, agente comunitário de saúde (ACS) e agentes de combate a endemias em conjunto com os outros membros da equipe. 365

  • • Supervisionar as ações do técnico/auxiliar de enfermagem e ACS.

  • • Implementar e manter atualizados rotinas, protocolos e fluxos relacionados com sua área de competência na Unidade Básica de Saúde.

  • • Exercer outras atribuições conforme legislação profissional, que sejam de responsabilidade na sua área de atuação.

7.2.3. Profissional Nutricionista – Ações Específicas

Uma recente metanálise 366 mostrou que a orientação nutricional é mais efetiva na diminuição da PA quando ser realiza esta por equipe multidisciplinar composta por nutricionista. Na atenção primária, a consulta do nutricionista mostrou ser mais efetiva na melhora da qualidade da dieta. 367

7.2.3.1. Consulta do Nutricionista 367,368

Na consulta com o nutricionista, devem ser contemplados os seguintes pontos:

  • • Anamnese alimentar com avaliação da rotina de consumo, número de refeições, horários, alimentos ingeridos e quantidades, além da frequência de consumo de alimentos cardioprotetores.

  • • Avaliação antropométrica: medida de peso e altura, medida da circunferência abdominal e cálculo do índice de massa corporal.

  • • Prescrição e orientação da dieta com base no diagnóstico médico e exames laboratoriais.

  • • Acompanhamento das mudanças dietéticas e evolução antropométrica.

  • • Participação em ações com a população.

7.2.3.2. Ações Coletivas do Nutricionista

As ações devem ser as seguintes:

  • • A orientação nutricional deve ser centrada nas mudanças de impacto na diminuição da PA: perda de peso, 369 , 370 aumento do consumo de frutas e vegetais 371 - 373 e diminuição do consumo de sódio. 374 , 375

  • • Atualmente, a utilização de recursos tecnológicos gratuitos na área de nutrição representa um importante recurso de informação em larga escala, e seu uso deve ser incentivado. 376 , 377

7.2.4. Profissional de Educação Física – Ações Específicas

O comportamento sedentário (tempo sentado ou vendo TV/celular/computador) e a inatividade física (prática de atividades físicas AF aquém do adequado para a saúde) constituem um importante problema de saúde pública, pois elevam os custos do tratamento e reduzem a expectativa de vida. 378 - 380 Cabe ao profissional de educação física aplicar as recomendações expostas no Capítulo 8 para minimizar esses comportamentos. Nesse sentido, o profissional deve:

  • • Recomendar a redução do comportamento sedentário nas populações adulta e adolescente.

  • • Incentivar o cumprimento das recomendações mínimas de atividades físicas (AF) para toda a população por meio de ações coletivas detalhadas a seguir. A prática dessas atividades contribui para reduzir a mortalidade por doenças cardiovasculares, mesmo quando há comportamento sedentário. 381

  • • Programar, ministrar e supervisionar programas de exercícios físicos (EF), presenciais ou a distância, individuais ou em grupo, adequados às realidades locais e às características específicas de cada pessoa. Convém fazer uso de recursos tecnológicos (celular, internet, games , vídeos etc.) para motivar a participação, controlar a frequência e a intensidade de execução e dar dicas de como aumentar a atividade física regular diária;

  • • Realizar avaliações pré-participação, indicar a avaliação médica prévia nos casos recomendados e fazer reavaliações regulares para verificar a efetividade da prática e ajustar sua progressão.

7.2.4.1. Ações Coletivas dos Profissionais de Educação Física e Fisioterapia

  • • Dentro da equipe multiprofissional, deve-se estimular, por meio dos pacientes, dos representantes da comunidade e da sociedade civil, o desenvolvimento de AF comunitárias, visto que as atividades de lazer são benéficas para a manutenção da qualidade de vida na comunidade. 382

  • • O profissional de educação física, dentro da equipe, deve demonstrar, por meio de resultados positivos, que a prevenção e o tratamento da HA depende da combinação da redução do comportamento sedentário e do aumento da AF com outros fatores, como uma alimentação saudável e a redução de peso corporal, estresse, consumo de sal e álcool, fumo etc. Além disso, deve incentivar a adesão ao tratamento medicamentoso e à medida frequente da PA, favorecendo melhor controle da doença.

  • • A criação de Ligas e Associações de portadores de HA é uma estratégia que aumenta a adesão do paciente ao tratamento, e esses profissionais podem participar da equipe de saúde que auxilia essas instituições.

  • • Atividades pontuais, como Campanhas de Prevenção e Combate à Hipertensão, são estratégias eficientes e importantes para que os pacientes recebam informações de saúde. Os profissionais de educação física e fisioterapia têm atuação importante nesse contexto.

7.3. Ações da Equipe Multiprofissional

Nos níveis primário e secundário de atenção, além do médico, a equipe multiprofissional pode ser composta por enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem, nutricionista, psicólogo, assistente social, profissional de educação física, fisioterapeuta, farmacêutico, musicoterapeuta, funcionários administrativos e agentes comunitários de saúde, não sendo necessária a existência de todos componentes para o início da ação. 383 , 384

Considerando a Política Nacional de Atenção Básica (Portaria 2.436, de 21 de setembro de 2017), a qual define em seu Art. 2 o , “a atenção básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária”. 365

As superposições de funções poderão ser minimizadas pelo estabelecimento de regras claras e pela harmonia entre o grupo. Deve-se considerar que o processo educativo e as mudanças de atitudes são lentas, sendo essenciais para o alcance das metas a uniformização da linguagem e a prática de uma comunicação clara, objetiva e equilibrada. 343 Os membros da equipe devem atuar de acordo com as especificidades de suas formações, respeitando os limites definidos pelas diretrizes e pelos respectivos conselhos profissionais. Também é importante conhecer a ação individual dos outros membros. 347 , 384

A formação de equipes multiprofissionais no atendimento de hipertensos ocorre há várias décadas nos países desenvolvidos. 341 , 348 , 350 , 385 As ações educativas e terapêuticas podem ser desenvolvidas com grupos de pacientes, seus familiares e a comunidade, considerando que a implementação de qualquer um dos métodos deve respeitar as particularidades sociais e culturais, locais e regionais. Estratégias mais modernas podem envolver mídias sociais e técnicas de educação a distância. 338 , 351 , 357 , 362 , 386 , 387 Alguns exemplos de estratégias de atuação de equipe multiprofissional centradas no paciente, com evidências de melhor controle da PA, são expressos no Quadro 7.1 .

Em uma recente análise sobre o futuro da HA, Dzau & Balatbat 388 afirmaram que, até os dias atuais, o atendimento ao hipertenso tem sido feito por prestadores de cuidados não alinhados, de modo fragmentado, com informações isoladas, sendo necessárias melhores condições de coordenação e integração entre os prestadores de cuidados, em diferentes locais. Com relação ao futuro, explicam que o controle ou a prevenção da HA dependerão da convergência bem-sucedida e de avanços das ciências tecnológicas e digitais, biotecnológicas e biomédicas, com destaque para a atuação multidisciplinar. 388

Mensagens principais
No contexto da atenção primária ao hipertenso, compete ao médico realizar: diagnóstico, estratificação de risco, conduta terapêutica não farmacológica e farmacológica, pelo menos duas vezes por ano.
O atendimento populacional deve ter como principais orientações a manutenção de peso dentro da faixa de normalidade, o aumento do consumo de frutas e vegetais e a diminuição do consumo de sódio na dieta.
Dentro da equipe multiprofissional, o profissional de educação física deve recomendar a redução do comportamento sedentário e estimular a recomendação mínima de atividade física, visando à aquisição de hábitos saudáveis para a manutenção da qualidade de vida na comunidade.
O cuidado de enfermagem deve ser centrado na pessoa, aumentando-se o acesso às informações básicas, de modo compreensível e que auxilie na decisão do autocuidado através de ações individuais e coletivas, por meio de consulta de enfermagem, visita domiciliar e atividades educacionais em grupo.
Estratégias de atuação de equipe multiprofissional centradas no paciente, com evidências de melhor controle da PA devem ser implementadas pela equipe multiprofissional.

8. Tratamento Não Medicamentoso

8.1. Introdução

Pressão arterial (PA) elevada, tabagismo, obesidade, dieta não saudável e atividade física insuficiente são fatores de risco cardiovasculares (FRCV) estabelecidos e alvos de intervenções para controle da hipertensão arterial (HA). Nos últimos anos, algumas modalidades terapêuticas não convencionais têm sido investigadas, envolvendo adoção de respiração lenta, musicoterapia e espiritualidade. Neste capítulo sobre o tratamento não medicamentoso (TNM), discutem-se as evidências que embasam as condutas recomendadas sobre tabagismo, padrão alimentar, sódio, potássio, laticínios, chocolate e produtos com cacau, vitamina D, suplementos e substitutos, perda de peso, consumo de bebidas alcoólicas, atividade e exercício físicos, respiração lenta, controle de estresse, espiritualidade e religiosidade.

8.2. Tabagismo

O tabagismo persiste como um dos principais FRCV, e o consumo não apenas de cigarro, mas também de charuto, cigarrilha, cachimbo, narguilé e cigarro eletrônico, permanece particularmente elevado em alguns países e associado a risco CV aumentado 400 (GR: I, NE: A). No Brazil, verificou-se uma tendência decrescente nos últimos 15 anos, mas não uniformemente distribuída 401 (GR: IIa, NE: B). O tabagismo apresenta potencial considerável de causar dano, como aceleração de processos aterotrombóticos e elevação temporária da PA. O uso de tabaco eleva a PA cerca de 5 a 10 mmHg, em média, 402 mas não há estudos mostrando o efeito benéfico da cessação do tabagismo sobre o controle da HA. Independentemente, deve ser enfatizada a cessação, devido ao risco CV e de neoplasias. 403 Os medicamentos para a cessação (como bupropiona de liberação sustentada, vareniclina, goma de nicotina, pastilha, spray nasal e adesivos) são eficazes para ajudar os fumantes a parar com o tabagismo 404 (GR: IIa, NE: B).

8.3. Padrão Alimentar

Os padrões alimentares considerados saudáveis têm sido associados à redução da PA. A dieta DASH ( Dietary Approaches to Stop Hypertension ) foi capaz de reduzir a PA, sendo o efeito atribuído ao maior consumo de frutas, hortaliças, laticínios com baixo teor de gordura e cereais integrais, além de consumo moderado de oleaginosas e redução no consumo de gorduras, doces e bebidas com açúcar e carnes vermelhas. O efeito hipotensor decorre do padrão de dieta ( Quadro 8.1 ), mais do que de seus componentes individuais – alto teor de potássio, cálcio, magnésio e fibras, com quantidades reduzidas de colesterol e gordura total e saturada 405 , 406 (GR: I, NE: A). A associação da dieta DASH com restrição de sódio 406 resultou em redução na PA sistólica (PAS) de 11,5 mmHg nos indivíduos hipertensos e 7,1 mmHg nos normotensos, em comparação com a dieta com alto teor de sódio. Metanálises de ensaios clínicos randomizados confirmaram o efeito redutor na PA 406 , 407 (GR: I, NE: A). Alguns estudos sugerem que a adesão à dieta DASH está associada a menor risco de acidente vascular encefálico (AVE) 408 , 409 (GR: IIa, NE: B), mortalidade cardiovascular 410 (GR: I, NE: A) e doença renal 411 (GR: I, NE: A).

Quadro 8.1. – Exemplo de porções e quantidades de alimentos recomendados em dieta do tipo DASH a serem consumidas diariamente ou por semana por quem dispende cerca de 2.000 kcal/dia.

Grupo de alimentos Porções diárias Tamanho das porções/unidade
Frutas 4-5 1 fruta média 1/4 de xícara de frutas secas 1/2 xícara de frutas frescas, congeladas ou enlatadas 177 mL de suco de frutas
Vegetais 4-5 1 xícara de vegetais com folhas crus 1/2 xícara de vegetais cozidos 177 mL de suco de vegetais
Laticínios dietéticos 2-3 237 mL de leite 1 xícara de iogurte 42 g de queijo
Grãos e derivados** 7-8 1 fatia de pão 1 xícara de cereal pronto para comer* 1/2 xícara de arroz cozido, macarrão ou cereal
Carnes magras, aves e peixes ≤ 2 85 g de carne magra cozida, aves sem pele ou peixes
Nozes, sementes e leguminosas secas*** 4-5 por semana 1/3 xícara ou 42 g de nozes 1 colher de sopa ou 14 g de sementes 1/2 xícara de feijão seco cozido

* Os tamanhos das porções variam entre 1/2 xícara e 1 1/4 de xícara. ** Milho, aveia, granola, arroz integral. *** Castanha-de-caju, castanha-do-pará, amêndoas, amendoim, feijão, lentilha. Adaptado de Fuchs, 2001.422

A dieta do Mediterrâneo, assim como a DASH, é rica em frutas, hortaliças e cerais integrais, além de ser pobre em carnes vermelhas. Apresenta teor elevado de gorduras, devido ao consumo de quantidades generosas de azeite de oliva (rico em ácidos graxos monoinsaturados) e inclui o consumo de peixes e oleaginosas, além da ingestão moderada de vinho tinto 412 (GR: IIa, NE: B). Essa dieta reduz o risco de problemas cardiovasculares 413 , 414 (GR: IIa, NE: A), mas os efeitos sobre a pressão são modestos 414 - 417 (GR: IIa, NE: B).

8.4. Sódio da Dieta

A ingestão habitual de sódio em todo o mundo foi estimada em 4 g/dia 418 (GR: IIa, NE: B), enquanto a ingestão recomendada para indivíduos hipertensos e para a população em geral é até 2 g/dia 419 (GR: I, NE: A). Mais do que depender de adesão individual à restrição de sódio, que diminui a longo prazo, estão em andamento iniciativas governamentais junto à indústria alimentícia para reduzir o teor de sódio dos alimentos. Dados epidemiológicos mostram que a ingestão de sódio se associa diretamente à elevação da PA, e ensaios clínicos randomizados caracterizaram o efeito hipotensor da restrição de sódio. A prova de conceito apoia-se ainda em curva dose-resposta, mostrando que mesmo uma pequena redução no consumo de sódio consegue produzir efeito, que é mais pronunciado em indivíduos hipertensos, em negros e em idosos 420 (GR: I, NE: A). A restrição na ingestão de sódio para ± 1.800 mg/dia associou-se à redução de 5,4 mmHg na PAS em indivíduos hipertensos 421 (GR: I, NE: A). São exemplos de alimentos ricos em sódio: carnes processadas (presunto, mortadela, salsicha, linguiça, salame), bacon , carne-seca, nuggets ; enlatados (extrato de tomate, conserva de milho, de ervilhas), queijos (amarelos: parmesão, provolone, prato), temperos prontos (Arisco ® , Sazon ® , molho de soja [ shoyu ], molho inglês, ketchup , mostarda, maionese, extrato concentrado, temperos prontos, amaciantes de carne e sopas desidratadas) e lanches industrializados ( chips , batata frita e salgadinhos). 422 Uma parte da estratégia para reduzir o sal é ler os rótulos nutricionais de todos os alimentos e escolher aqueles com baixo teor de sal (cloreto de sódio) e outras formas de sódio, destacando-se o consumo de vegetais frescos, congelados ou enlatados “sem adição de sal” e o uso de ervas, especiarias e misturas de temperos sem sal para cozinhar e à mesa. Convém cozinhar arroz, macarrão e cereal quente sem sal e escolher alimentos com baixo teor de sódio, preterindo alimentos congelados, pizza, misturas embaladas, sopas ou caldos enlatados e molhos para salada. Sempre que possível, convém lavar os alimentos enlatados, como o atum, para remover o sódio. Alguns tipos de sal de cozinha (sal rosa do Himalaia e sal marinho, entre outros) apresentam o mesmo conteúdo de cloreto de sódio que o sal de cozinha ou o sal grosso.

8.5. Potássio

As dietas com alto teor de sódio geralmente possuem baixo teor de potássio, as quais estão associadas à maior incidência de HA. Vários ensaios clínicos randomizados conduzidos em agregados populacionais testaram a substituição do sal de cozinha à base de cloreto de sódio por apresentações de sal com baixo teor de sódio e elevado de potássio, os quais resultaram em redução da PA 423 - 428 (GR: I, NE: A). A magnitude do efeito sobre a pressão varia com o consumo de sódio na dieta e a extensão da substituição para fontes alternativas de alimentação dos habitantes daquela população. Uma metanálise prévia 428 (GR: I, NE: A) teve efeito confirmado para substituição a curto e longo prazos em indivíduos adultos e idosos, embora o efeito hipotensor pareça ser mais pronunciado em indivíduos hipertensos, com uma diferença média resumida, com relação ao grupo controle, de -8,87 mmHg (IC95%: -11,19 a -6,55) na PAS e -4,04 mmHg (IC95%: -5,70 a -2,39) na PA diastólica (PAD) 42 (GR: I, NE: A). Uma metanálise de intervenções com restrição de sódio mostrou que seis estudos com dois meses a três anos com alta qualidade que utilizaram substitutos do sal (cloreto de potássio em substituição ao cloreto de sódio variando de 25% a 50%) reduziram significativamente a PAS (-5,7 mmHg; IC95% -8,5 a -2,8) e a PAD (-2,0 mmHg; IC95% -3,5 a -0,4) na China 429 (GR: I, NE: A). São alimentos ricos em potássio: damasco, abacate, melão, leite desnatado, iogurte desnatado, folhas verdes, peixes (linguado e atum), feijão, laranja, ervilha, ameixa, espinafre, tomate e uva-passa.

8.6. Laticínios

Os laticínios representam um grupo heterogêneo de alimentos, e seu impacto sobre a saúde deve ser avaliado considerando todos os seus componentes. Apesar de serem ricos em ácidos graxos saturados (na versão integral), podem conter constituintes com potencial efeito benéfico, como a proteína do soro do leite ( whey protein ), os fosfolipídios da membrana dos glóbulos de gordura, o cálcio, o magnésio, o potássio, os probióticos e as vitaminas K 1 e K 2 . 430 , 431 (GR: IIa, NE: B). Estudos de coorte sugerem que o consumo de laticínios apresenta associação inversa ao risco de doenças CV 432 , 433 (GR: IIa, NE: B). Alguns ensaios clínicos randomizados sugerem efeito hipotensor modesto, em especial, os realizados com laticínios pobres em gordura 434 , 435 (GR: IIa, NE: A) e com proteínas do leite 436 (GR: IIa, NE: B). Cabe ressaltar que as diretrizes alimentares preconizam consumo de laticínios com baixo teor de gorduras 437 , 438 (GR: IIa, NE: B).

8.7. Chocolate e Produtos com Cacau

Uma metanálise de dez ensaios clínicos randomizados (n = 297) identificou a redução de 4,5 mmHg (IC 95%: 3,3 a 5,9) e 2,5 mmHg (IC 95%: 1,2 a 3,9) nas pressões sistólica e diastólica, respectivamente, com o consumo aumentado de produtos com cacau. Os estudos foram muito heterogêneos e as intervenções, variadas 439 (GR: IIa, NE: A). Observaram-se resultados similares, mas de menor magnitude, em uma metanálise mais recente 440 (GR: IIa, NE: A). Dois aspectos merecem destaque, embora o número de estudos seja maior na metanálise mais recente. Um foi que persistiu a heterogeneidade entre os trials , com quantias variáveis de flavonóis. O segundo aspecto é que o consumo de chocolate ou produtos do cacau acrescenta calorias à dieta, que precisam ser equilibrados com algum grau de restrição alimentar.

8.8. Café e Produtos com Cafeína

O café, além de ser rico em cafeína ( Quadro 8.2 ), possui compostos bioativos como polifenóis, em especial os ácidos clorogênicos, o magnésio e o potássio, que podem favorecer a redução da PA. 441 A cafeína é capaz de elevar agudamente a PA, por mais de três horas, mas o consumo regular leva à tolerância. 442 A ingestão de café a longo prazo não tem sido associada a maior incidência de HA. 443 Pelo contrário, as metanálises de estudos de coorte mostram que o consumo de café se associou a um efeito discreto de redução no risco de hipertensão 443 , 444 (GR: IIb, NE: B). Na falta de evidências experimentais robustas, recomenda-se que o consumo de café não exceda quantidades baixas a moderadas (≤ 200 mg de cafeína) (GR: IIa, NE: B).

Quadro 8.2. – Conteúdo de cafeína em bebidas cafeinadas.

  Volume (mL) Cafeína (mg)
Café passado 355 235
Café instantâneo 237 63
Café expresso 30 63
Café descafeinado 237 2
Chá-preto 237 47
Chá-verde 237 28
Chá de camomila 237 0

Adaptado de van Dam RM, Hu FB, Willett WC, 2020. 442

8.9. Vitamina D

Apesar de alguns estudos observacionais sugerirem que a deficiência de vitamina D está associada à elevação da pressão ou à maior incidência de hipertensão 445 , 446 (GR: IIb, NE:A), os estudos com suplementação de vitamina D apresentam resultados inconsistentes 447 - 449 (GR: IIb, NE: A). Portanto, o papel da vitamina D no controle da pressão ainda não está estabelecido.

8.10. Suplementos e Substitutos

Além da redução de sódio nos alimentos processados, dispõem-se de alternativas para minimizar o efeito deletério do sódio e, ao mesmo tempo, propiciar benefício do potássio. Realizou-se um ensaio clínico randomizado em indivíduos chineses com doença cardiovascular prévia ou PAS superior a 160 mmHg, que receberam aleatoriamente uma combinação de 65% de cloreto de sódio, 25% de cloreto de potássio e 10% de sulfato de magnésio ou sal de cozinha com 100% de cloreto de sódio. A intervenção resultou em uma redução média de 3,7 mmHg (1,6 a 5,9) na pressão sistólica, a qual alcançou o efeito máximo em 12 meses, diminuindo 5,4 mmHg (2,3 a 8,5) 426 (GR: IIa, NE: B). Um ensaio clínico randomizado conduzido em indivíduos hipertensos e suas famílias detectou resultados similares, mas de menor magnitude, após 36 meses 28 (GR: I, NE: A).

Apesar de a suplementação de cálcio poder exercer um efeito discreto na prevenção de hipertensão 450 (GR: IIa, NE: B), não está estabelecido seu papel no tratamento. Uma metanálise de 12 ensaios clínicos randomizados identificou que o uso de multivitaminas e multiminerais foi capaz de reduzir a PA em indivíduos com doenças crônicas. Em uma análise de subgrupo de 58 indivíduos hipertensos, houve a redução de 7,98 mmHg (14,95 a 1,02) na PAS, mas, para PAD, a significância foi limítrofe 451 (GR: IIa, NE: B).

8.11. Perda de Peso

Foi bem registrado o efeito hipertensor do ganho de peso. Há uma relação praticamente linear entre PA e índices de obesidade. A adiposidade corporal excessiva, especialmente a visceral, é um fator de risco importante para a elevação da PA, que pode ser responsável por 65 a 75% dos casos de HA. 452 A perda ponderal reduz a PA, mesmo sem alcançar o peso corporal desejável. Em uma metanálise incluindo 25 estudos, a perda ponderal de 5,1 kg reduziu, em média, a PAS em 4,4 mmHg e a PAD em 3,6 mmHg 453 (GR: I, NE: A). Para indivíduos com sobrepeso ou obesidade, a perda ponderal é uma recomendação essencial no tratamento da HA. A avaliação da adiposidade corporal não deve ser limitada à análise do índice de massa corporal (IMC), mas, sim, incluir parâmetros de adiposidade corporal central, como a circunferência da cintura (CC). O ideal é alcançar e manter um peso corporal saudável, representado pelo IMC (kg/m 2 ) < 25 em adultos (GR: I, NE: A) e, segundo o Ministério da Saúde, IMC entre 22 e < 27 em idosos, e CC (cm) < 90 em homens e < 80 em mulheres. As evidências de uma metanálise com dados de participantes em quatro continentes mostraram que, para cada cinco unidades acima de um IMC > 25, o risco de morte prematura aumentou cerca de 31%, assim como o risco de 49% para mortalidade cardiovascular 454 (GR: IIa, NE: B).

8.12. Consumo de Bebidas Alcoólicas

Há relação linear entre consumo de bebidas alcoólicas e PA, e o consumo abusivo está associado a maior prevalência de HA. Um metanálise recente, incluindo 36 ensaios clínicos randomizados e 2.865 participantes, detectou que, em indivíduos que bebiam até dois drinques por dia, a redução no consumo de bebidas alcoólicas não se associou à redução significativa da PA. Contudo, em indivíduos que bebiam mais do que dois drinques por dia, a redução no consumo de bebidas alcoólicas associou-se à maior redução da PA, cerca de 5,5 mmHg (6,70 a 4,30) na PAS e 3,97 (4,70 a 3,25) na PAD. Essa redução foi mais pronunciada naqueles que bebiam seis drinques ou mais por dia e reduziram a ingestão em cerca de 50% 15 (GR: IIa, NE: B). Entre indivíduos que consomem bebidas alcoólicas, a ingestão não deve ultrapassar 30 g de álcool/dia, ou seja, uma garrafa de cerveja (5% de álcool, 600 mL), ou duas taças de vinho (12% de álcool, 250 mL) ou uma dose (42% de álcool, 60 mL) de destilados (uísque, vodca, aguardente). Esse limiar deve ser reduzido à metade para homens com baixo peso, mulheres, indivíduos com sobrepeso e/ou triglicerídeos elevados. Indivíduos abstêmios não devem ser induzidos a consumir bebidas alcoólicas. 15

8.13. Atividade Física e Exercício Físico

A atividade física (AF) refere-se a qualquer movimento corporal que aumente o gasto energético acima daquele em repouso, como locomoção e atividades laborais, domésticas e de lazer. O exercício físico (EF), por sua vez, refere-se à AF estruturada, organizada e com objetivo específico, como melhorar a saúde e/ou a aptidão física. 455 O comportamento sedentário é o tempo gasto em atividades de baixo dispêndio energético (≤ 1,5 MET), como aquelas executadas na posição sentada, reclinada ou deitada (assistir à TV, utilizar o computador, jogar videogame ou trabalhar). 456 A redução do tempo sedentário, mesmo que por curto período de tempo, diminui o risco de mortalidade 457 (GR: IIb, NE: B).

A prática regular de AF diminui a incidência de HA. 458 Além disso, os hipertensos que alcançam as recomendações de prática de AF para a saúde apresentam uma redução de 27 a 50% no risco de mortalidade, mas níveis menores também apresentam efeito benéfico 53 (GR: I, NE: A). No tratamento da HA, benefícios adicionais podem ser obtidos com EF estruturados, realizando-se o treinamento aeróbico complementado pelo resistido. O treinamento aeróbico possui comprovado efeito reduzindo a PA de consultório e ambulatorial, enquanto os treinamentos resistidos dinâmico e isométrico de handgrip (preensão manual) reduzem a PA de consultório, mas não há evidências de diminuição da PA ambulatorial. 459 O Quadro 8.3 apresenta a magnitude do efeito desses treinamentos (GR: I, NE: A). 459 - 461

Quadro 8.3. – Magnitude de redução da pressão arterial de indivíduos hipertensos com o treinamento físico.

Treinamento Pressão sistólica/diastólica
Aeróbico 459 -12,3/-6,1 mmHg*
Aeróbico 459 -8,8/-4,9 mmHg**
Resistido dinâmico (musculação) 460 -5,7/-5,2 mmHg
Resistido isométrico de preensão manual (handgrip) 461 -6,5/-5,5 mmHg

* Pressão de consultório. ** Monitorização ambulatorial da pressão arterial.

Outras modalidades de treinamento, como o realizado em meio líquido, 462 a ioga, 463 o tai chi chuan 464 e o treinamento intervalado de alta intensidade, 465 entre outros, também parecem reduzir a PA de consultório de hipertensos. No entanto, não há evidência documentada de efeitos sobre a pressão ambulatorial nem de seus potenciais riscos, de modo que eles ainda não são recomendados. O Quadro 8.4 apresenta as recomendações de prática de atividade física e exercício.

Quadro 8.4. – Recomendações de prática de atividade física e exercício físico.

Redução do Comportamento Sedentário - NE:B GR:IIb
Levantar por 5 minutos a cada 30 minutos sentado
Recomendação Atividade Física populacional - NE:A. GR:I
Realizar, pelo menos, 150 minutos por semana de atividade física moderada
Treinamento Físico - Aeróbico complementado pelo Resistido - NE:A. GR:I
Prescrição do Treinamento Aeróbico – Obrigatório
Modalidades diversas: andar, correr, dançar, nadar, entre outras
Frequência: 3 a 5 vezes por semana (mais vezes - melhor)
Duração: 30 a 60 minutos por sessão (mais tempo - melhor)
Intensidade moderada definida por:
1) Maior intensidade conseguindo conversar (sem ficar ofegante)
2) Sentir-se entre “ligeiramente cansado” e “cansado” (11 a 13 na escala de Borg 20)
3) Manter a frequência cardíaca (FC) de treino na faixa calculada por: FCtreino = (FCmáxima – FCrepouso) x % + FCrepouso Onde: FC máxima : deve ser obtida num teste ergométrico máximo, feito em uso dos medicamentos regulares, ou pelo cálculo da FC máxima prevista pela idade (220-idade). Essa fórmula não pode ser usada em indivíduos hipertensos com cardiopatias, em uso de betabloqueadores ou inibidores de canais de cálcio não diidropiridínicos. FC repouso : deve ser medida após 5 min de repouso deitado % : utilizar 40% como limite inferior e 60% como superior
Prescrição do Treinamento Resistido – Complementar
2 a 3 vezes/semana
8 a 10 exercícios para os principais grupos musculares, dando prioridade para execução unilateral, quando possível
1 a 3 séries
10 a 15 repetições até a fadiga moderada (repetição na qual há redução da velocidade de movimento) – aproximadamente 60% de 1RM
Pausas longas passivas – 90 a 120 s

Para a prescrição de AF e EF leves a moderados em indivíduos sem doença cardíaca, cerebrovascular ou renal, pode-se prescindir de uma avaliação médica prévia. Caso surjam sintomas durante a prática, deve-se interromper a atividade e procurar o médico. Indivíduos hipertensos com comorbidades, sintomas ou que pretendem fazer atividades de alta intensidade ou competitivas devem se submeter à avaliação médica prévia. 466 Recomenda-se o teste ergométrico para avaliar a aptidão física e prescrever exercícios físicos, 467 o que possibilita avaliar a resposta da PA ao esforço e confirmar a presença de doença coronariana nos indivíduos sintomáticos ou com múltiplo fatores de risco. A sessão de treinamento não deve ser realizada se a PA estiver acima de 160/105 mmHg, e recomenda-se medir a PA durante o exercício aeróbico em hipertensos hiper-reativos e diminuir a intensidade se ela estiver acima de 180/105 mmHg (GR: IIa, NE: C).

8.14. Respiração Lenta

A respiração lenta ou guiada requer redução da frequência respiratória para menos de 6 a 10 respirações/minuto durante 15-20 minutos/dia para promover a redução na PA casual. O ensaios clínicos randomizados utilizando respiração lenta guiada ( device guided breathing; Resperate device ® ), analisados em metanálise prévia, não resultaram em redução significativa de PA após a exclusão de cinco estudos nos quais a indústria do equipamento estava envolvida. 468 Uma metanálise recente, agregando seis trials de exercícios de respiração lenta voluntária em comparação com a respiração natural, detectou uma redução de 6,36 mmHg (IC95%: 10,32 a 2,39) na PAS e 6,39 mmHg (IC95%: 7,30 a 5,49) na PAD, em comparação aos controles, em ensaios clínicos randomizados com até seis meses de duração. 469 As evidências existentes demonstram que, a curto prazo, exercícios voluntários de respiração lenta podem reduzir a PAS e a PAD de pacientes com HA portadores de doença CV (GR: IIa, NE: A). Um ensaio clínico, realizado com um número reduzido de participantes, mostrou que a respiração lenta reduz a pressão em repouso de indivíduos com HA isolada, além das respostas aos exercícios estáticos e dinâmicos 470 (GR: IIb, NE: B).

A associação de audição musical à respiração profunda, em comparação com ouvir música, apenas não resultou em redução estatisticamente significativa de PA. Participantes de ambos os grupos de intervenção obtiveram redução clinicamente significativa de PA 471 (GR: IIb, NE: B).

8.15. Controle de Estresse

De modo geral, as técnicas usadas no manejo de estresse não apresentam evidências robustas de eficácia, sejam terapias comportamentais, meditação transcendental (GR: IIb, NE: B), outras técnicas de meditação (GR: III, NE: C), ioga (GR: III, NE: C), terapias de relaxamento (GR: III, NE: C) e abordagens de biofeedback (GR: IIb, NE: B). Entre os procedimentos, a respiração lenta guiada apresentou mais evidências do que as disponíveis para acupuntura (GR: III, NE B). As indicações clínicas mostram apenas tendência à redução da PA, sejam usadas separadamente ou em conjunto 472 (GR: IIa, NE: B). Em duas metanálises, a musicoterapia se associou à redução significativa da PAS, 473 , 474 enquanto em outra foi observada apenas tendência à redução da PA 475 (GR: IIb; NE: A).

A meditação pode ser entendida como a experiência de esvaziar a mente, tornando-a livre de pensamentos; a prática de focar a concentração em um único objeto até conscientizar-se do objeto; a contemplação de um aspecto da realidade; ou ainda desenvolver determinada qualidade mental ou mesmo comportamental. 476 , 477 Uma revisão sistemática mostrou que a meditação transcendental reduziu em cerca de 4 mmHg a PAS e 2 mmHg a PAD 478 (GR: IIb, NE: B). Contudo, os mecanismos pelos quais a meditação reduz a PA não foram completamente elucidados, e apontaram-se limitações metodológicas nesses estudos. 479

8.16. Espiritualidade e Religiosidade

A espiritualidade está associada aos aspectos físicos, psicológicos e sociais, o que possibilita a visão integral do ser humano, colocando-o no centro da atenção e do tratamento 480 (GR: IIb, NE:C). Pode ser considerada como um conjunto de valores morais, mentais e emocionais que norteiam pensamentos, comportamentos e atitudes 3 , 481 (GR: I, NE: B). Diferencia-se de religião, entendida como sistema organizado de crenças, práticas e símbolos destinados a facilitar a proximidade com o transcendente ou o Divino 3 , 481 (GR: I, NE: B).

Estudos sugerem a associação entre índices de espiritualidade ou religiosidade (E/R) e taxas de mortalidade por todas as causas, mortalidade CV e câncer, bem como qualidade de vida 482 - 485 (GR: I, NE: B). Os mecanismos envolvidos envolvem modificações favoráveis de estilo de vida e em FRCV, como redução nos níveis séricos de glicose, colesterol, fibrinogênio, cortisol e citocinas inflamatórias 481 , 486 (GR: I, NE: B).

Dados os aspectos multidimensionais da E/R, assim como as características das populações estudadas, estudos observacionais avaliando a associação a PA e/ou risco de HA apresentam resultados heterogêneos, porém a maioria sugere efeitos benéficos. 77 , 481 , 487 , 488 No estudo SWAN ( Study of Women’s Health Across the Nation ), com mais de 1.600 mulheres de meia-idade, as práticas espirituais diárias não se revelaram protetoras para a PAS ou a HA. 489 Já no Chicago Community Adult Health Study , a frequência religiosa não se associou à HA, enquanto o hábito de orar apresentou associação positiva. A espiritualidade esteve associada à HA diastólica, enquanto o significado de perdão foi associado a menor PAD e menor probabilidade de ocorrência de HA. 490 Em outro estudo, a maior frequência religiosa associou-se à redução da PAD, mas não à PAS 491 (GR: IIa, NE: B).

Em uma revisão recente, observou-se que elementos de E/R podem interferir na adesão ao tratamento farmacológico de forma positiva, mas em outros estudos os efeitos foram opostos ou mistos, principalmente em doenças graves e crônicas 492 (GR: IIa, NE: C). O profissional de saúde deve identificar quais são as demandas e as expectativas do paciente, prover o apoio adequado e superar conflitos. Para tal, perguntas abertas ou questionários semiestruturados podem ser úteis 3 , 493 (GR: I, NE: B). Apesar de evidências provenientes de estudos observacionais correlacionarem E/R e HA, são poucos os estudos clínicos avaliando os efeitos de intervenções nesse domínio, principalmente em doenças CV graves, nas doenças crônicas ou em cuidados paliativos 481 , 494 (GR: IIb, NE: B).

Mensagens principais
Os indivíduos hipertensos devem ser avaliados quanto ao hábito de fumar, e deve ser buscada a cessação do tabagismo, se necessário com o uso de medicamentos, pelo aumento do risco CV.
A dieta tipo DASH e semelhantes – aumento no consumo de frutas, hortaliças, laticínios com baixo teor de gordura e cereais integrais, além de consumo moderado de oleaginosas e redução no consumo de gorduras, doces e bebidas com açúcar e carnes vermelhas – deve ser prescrita.
O consumo de sódio deve ser restrito a 2 g/dia, com substituição de cloreto de sódio por cloreto de potássio, se não existirem restrições.
O peso corporal deve ser controlado para a manutenção de IMC < 25 kg/m2.
Realizar, pelo menos, 150 minutos por semana de atividade física moderada. Deve ser estimulada ainda a redução do comportamento sedentário, levantando-se por 5 minutos a cada 30 minutos sentado.

9. Tratamento Medicamentoso

9.1. Objetivos do Tratamento

A proteção cardiovascular (CV) consiste no objetivo primordial do tratamento anti-hipertensivo. A redução da pressão arterial (PA) é a primeira meta, com o objetivo maior de reduzir desfechos CV e mortalidade associados à hipertensão arterial (HA). 5 , 37 , 164 , 495 Os resultados de metanálises de estudos clínicos randomizados em pacientes hipertensos mostraram que a redução de PA sistólica de 10 mmHg e diastólica de 5 mmHg com fármacos se acompanha de diminuição significativa do risco relativo de desfechos maiores: 37% para acidente vascular encefálico (AVE), 22% para doença arterial coronariana (DAC), 46% para insuficiência cardíaca (IC) , 20% para mortalidade CV e 12% para mortalidade total. 83 , 85 , 307 , 308 , 496 , 497 Observa-se que os benefícios são maiores quanto maior o risco CV, mas ocorrem mesmo em pacientes com pequenas elevações da PA com risco CV baixo a moderado. 307 , 308 , 496

Destaca-se que, em sua maioria, esses achados provêm de estudos clínicos com hipertensos acima de 50 anos e de alto risco CV, em acompanhamento raramente maior que cinco anos. Portanto, os benefícios para indivíduos jovens, de risco baixo a moderado e em prazo mais longo de tratamento representam extrapolações da evidência científica disponível. 498 Em especial nesse grupo de pacientes, infere-se que a avaliação do impacto dos medicamentos anti-hipertensivos na proteção de órgãos-alvo pode ser útil como indicador indireto de sucesso do tratamento, notadamente a redução da massa ventricular esquerda 499 , 500 e da albuminúria. 501 Dessa maneira, o tratamento adequado em indivíduos abaixo de 50 anos é fortemente recomendado.

9.2. Princípios Gerais do Tratamento Medicamentoso

A maioria dos pacientes hipertensos necessitará de fármacos em adição às modificações do estilo de vida para alcançar a meta pressórica. 5 , 37 , 83 , 164 , 307 , 307 , 308 , 495 , 497 , 502 O Quadro 9.1 mostra as recomendações de início de tratamento com intervenções no estilo de vida e do tratamento farmacológico de acordo com a pressão arterial, a idade e o risco cardiovascular.

Quadro 9.1. – Início de tratamento com intervenções no estilo de vida e tratamento farmacológico de acordo com a pressão arterial, a idade e o risco cardiovascular.

Situação Abrangência Recomendação Classe Nível de evidência
Início de intervenções no estilo de vida Todos os estágios de hipertensão e pressão arterial 130-139/85-89mmHg Ao diagnóstico I A
Início de terapia farmacológica Hipertensos estágio 2 e 3 Ao diagnóstico I A
Hipertensos estágio 1 de moderado e alto risco cardiovascular Ao diagnóstico I B
Hipertensos estágio 1 e risco cardiovascular baixo Indivíduos com PA 130-139/85-89 mmHg e DCV preexistente ou alto risco cardiovascular Aguardar 3 meses pelo efeito de intervenções no estilo de vida IIa B
Hipertensos idosos frágeis e/ou muito idosos PAS≥160 mmHg I B
Hipertensos idosos hígidos PAS≥140mmHg I A
Indivíduos com PA 130-139/85-89 mmHg sem DCV preexistente e risco cardiovascular baixo ou moderado Não recomendado III  

As cinco principais classes de fármacos anti-hipertensivos – diuréticos (DIU), bloqueadores dos canais de cálcio (BCC), inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA) e betabloqueadores (BB) demonstraram reduções significativas da PA comparadas com placebo, acompanhadas de diminuições consideráveis dos desfechos CV fatais e não fatais, benefício relacionado fundamentalmente com a redução da PA. 5 , 37 , 83 , 164 , 307 , 308 , 495 , 497 Os BB são úteis quando há certas condições clínicas específicas: pós-infarto agudo do miocárdio (IAM) e angina do peito, IC com fração de ejeção reduzida (ICFEr), para o controle da frequência cardíaca (FC) e em mulheres com potencial de engravidar. 5 , 37 , 164 , 495 Outras classes de fármacos, como os alfabloqueadores, os simpatolíticos de ação central, os antagonistas da aldosterona e os vasodilatadores diretos, não foram amplamente estudadas em ensaios clínicos e associam-se a maior taxa de eventos adversos e devem ser usadas quando não há controle da PA em uso de combinações utilizando-se as principais classes de fármacos já mencionadas. 37 , 164 , 495 , 503 , 504

São características desejáveis do fármaco anti-hipertensivo:

  • • Ter demonstrado a capacidade de reduzir a morbidade e a mortalidade CV;

  • • Ser eficaz por via oral;

  • • Ser bem tolerado;

  • • Ser administrado preferencialmente em dose única diária;

  • • Poder ser usado em associação;

  • • Ter controle de qualidade em sua produção.

  • Além disso, recomenda-se:

  • • Utilizar por um período mínimo de quatro semanas, antes de modificações, salvo em situações especiais;

  • • Não utilizar medicamentos manipulados, pois não são submetidos a controle da farmacocinética e farmacovigilância;

  • • O paciente deverá ser orientado sobre a importância do uso contínuo da medicação anti-hipertensiva, da eventual necessidade de ajuste de doses, da troca ou da associação de medicamentos e ainda do eventual aparecimento de efeitos adversos;

  • • Não há evidências suficientes para a recomendação rotineira da administração noturna de fármacos anti-hipertensivos, exceto em condições especiais.

9.3. Esquemas Terapêuticos

O tratamento com medicamentos pode ser iniciado com monoterapia ou com combinação de fármacos. Ênfase deve ser dada ao uso de combinação de fármacos como estratégia preferencial para a maioria dos pacientes hipertensos ( Figura 9.1 ).

Figura 9.1. – Fluxograma de tratamento medicamentoso.

Figura 9.1

9.3.1. Monoterapia

A monoterapia pode ser a estratégia anti-hipertensiva inicial para pacientes com HA estágio 1 com risco CV baixo 37 , 164 , 495 ou com PA 130-139/85-89 mmHg de risco CV alto 307 ou para indivíduos idosos e/ou frágeis 4 ( Figura 9.1 ). Nesses perfis de pacientes, a redução da PA desejada é pequena ou deve ser feita de maneira gradual, de modo a evitar eventos adversos. 37 , 164 , 495 , 502

O tratamento deve ser individualizado; e a escolha inicial do medicamento, basear-se nas características gerais desejáveis dos medicamentos anti-hipertensivos já descritas, nas particularidades individuais, na presença de doenças associadas e lesões de órgãos-alvo (LOA) e nas condições socioeconômicas. 5 , 37 , 164 , 495

As classes de anti-hipertensivos consideradas preferenciais 5 , 37 , 164 , 495 para o controle da PA em monoterapia inicial são:

Os BB podem ser considerados como fármaco inicial em situações específicas, 5 , 37 , 83 , 164 , 307 , 495 , 497 conforme já descrito anteriormente, e mais frequentemente são usados em associação a outros fármacos. A posologia pode ser ajustada na tentativa de alcançar a meta pressórica recomendada.

9.3.2. Combinação de Medicamentos

A combinação de fármacos é a estratégia terapêutica preferencial para a maioria dos hipertensos, independentemente do estágio da HA e do risco CV associado 5 , 37 , 164 , 495 , 502 - 507 ( Figura 9.1 ). O início do tratamento deve ser feito com combinação dupla de medicamentos que tenham mecanismos de ação distintos, sendo exceção a essa regra a associação de DIU tiazídicos com poupadores de potássio. Caso a meta pressórica não seja alcançada, ajustes de doses e/ou a combinação tripla de fármacos estarão indicados. Na sequência, mais fármacos deverão ser acrescentados até ser alcançado o controle da PA. 502 - 504

O racional para a associação de fármacos baseia-se no incremento do efeito anti-hipertensivo quando se atua em mecanismos fisiopatológicos distintos por ações sinérgicas e pela inibição da ativação dos mecanismos contrarregulatórios. 502 , 503 Além disso, a combinação de fármacos pode reduzir potencialmente a ocorrência de efeitos colaterais, pelo uso de menor dose de cada um dos fármacos envolvidos na combinação ou pela capacidade que um dos fármacos pode ter de antagonizar os efeitos adversos do outro. 502 , 503 São aspectos de interesse a maior adesão ao tratamento e a redução da inércia terapêutica. As combinações em doses fixas e em comprimido único são preferenciais por se associarem a maior adesão ao tratamento e, por consequência, melhores resultados clínicos. 502 , 503

O início do tratamento com combinação de fármacos em doses fixas associa-se à redução do risco de desfechos CV quando comparado com o tradicional início do tratamento com monoterapia, com mais rápido alcance da meta pressórica e com a proteção de órgãos-alvo e desfechos CV a longo prazo. 502 - 507

9.4. Características Gerais das Diferentes Classes de medicamentos Anti-Hipertensivos

A Quadro 9.2 apresenta, por classe terapêutica, a lista de medicamentos anti-hipertensivos disponíveis no Brazil.

Quadro 9.2. – Lista de medicamentos anti-hipertensivos disponíveis no Brazil.

Classe Classe e Medicamento Dose diária habitual (mg) Freq.* Comentários e recomendações
Diuréticos tiazídicos e similares Hidroclorotiazida 25-50 1 Doses mais elevadas dos tiazídicos e similares aumentam o efeito diurético sem adicionar ação anti-hipertensiva.
Clortalidona 12,5-25 1
Indapamida 1,5 1
Diuréticos de alça Furosemida 20-240 1-3 Utilizada em insuficiência renal crônica (IRC), insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e estados de retenção de líquidos (edema).
Bumetanida 1-4 1-3
Diuréticos poupadores de potássio Espironolactona 25-100 1-2 Pode provocar hiperpotassemia, particularmente na IRC e quando associada a inibidores da ECA ou BRA.
Amilorida 2,5-5 1 Disponível unicamente associada à hidroclorotiazida ou à clortalidona.
Bloqueadores dos canais de cálcio (BCC) di-hidropiridínicos Anlodipino 2,5-10 1 Evite o uso em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. Pode provocar edema de membros inferiores relacionado com a dose utilizada.
Felodipino 2,5-10 1
Nifedipino 10-60 1-3
Nitrendipino 10-30 1
Manidipino 10-30 1
Lacidipino 2-6 1
Lercanidipino 10-20 1
Levanlodipino 2,5-5 1
Bloqueadores dos canais de cálcio (BCC) não di-hidropiridínicos Verapamila 120-360 1-2 Evite o uso em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. Evite a associação com betabloqueadores e em pacientes com bradicardia.
Diltiazem 80-240 1-2
Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA) Captoprila 25-150 2-3 Evite o uso em mulheres em idade fértil, pois há grande risco de malformações fetais e outras complicações na gestação. Contraindicada em associação a outros inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona, exceto espironolactona na ICC. Risco de hiperpotassemia em pacientes com insuficiência renal ou que estejam recebendo suplementação de potássio.
Enalaprila 5-40 1-2
Benazeprila 10-40 1-2
Lisinoprila 10-40 1
Fosinoprila 10-40 1
Ramiprila 2,5-20 1-2
Perindoprila 2,5-10 1
Bloqueadores dos receptores AT1 da Angiotensina II (BRA) Losartana 50-100 1-2 Mesmas recomendações feitas aos IECA.
Valsartana 80-320 1
Irbesartana 150-300 1
Candesartana 8-32 1
Olmesartana 20-40 1
Telmisartana 20-80 1
Betabloqueadores (BB) não cardiosseletivos Propranolol 80-320 2-3 A retirada abrupta dos BB deve ser evitada, pois pode provocar taquicardia reflexa e mal-estar.
Nadolol 40-160 1  
Pindolol 10-60 1 Possui atividade simpatomimética intrínseca que proporciona menor bradicardia.
Betabloqueadores cardiosseletivos Atenolol 50-100 1-2  
Metoprolol 50-200 1  
Bisoprolol 5-20 1  
Nebivolol 2,5-10 1 Ação vasodilatadora via óxido nítrico.
Carvedilol 12,5-50 1-2 Efeito alfabloqueador produz menor bradicardia.
Simpatolíticos de ação central Metildopa 500-2.000 2  
Clonidina 0,2-0,9 2 A retirada abrupta da clonidina pode provocar hipertensão rebote (crise hipertensiva) por liberação de catecolaminas na terminação sináptica.
Rilmenidina 1-2 1-2  
Alfabloqueadores Prazosina 1-20 2-3 Iniciar com dose baixa antes de deitar-se, pois pode provocar hipotensão ortostática. Aumentar progressivamente a cada 2 dias. Há outros alfabloqueadores no mercado indicados exclusivamente para a hipertrofia benigna de próstata (tansulosina, alfuzosina, silodosina).
Doxazosina 1-16 1
Vasodilatadores diretos Hidralazina 50-200 2-3 Pode provocar retenção de sódio e água, hipervolemia e taquicardia reflexa. Deve ser usada em associação com diuréticos de alça. Síndrome lupus-like em dose alta.
Inibidores diretos de renina Alisquireno 150-300 1 Mesmas recomendações feitas aos IECA e BRA.

9.4.1. Diuréticos (DIU)

O mecanismo da ação anti-hipertensiva dos DIU relaciona-se inicialmente a seus efeitos natriuréticos, com a diminuição do volume circulante e do volume extracelular. Após quatro a seis semanas, o volume circulante praticamente normaliza-se, e ocorre redução da resistência vascular periférica (RVP). Os DIU reduzem a PA e diminuem a morbidade e a mortalidade CV. 508 - 510 O efeito anti-hipertensivo não está diretamente ligado às doses utilizadas, porém os efeitos colaterais guardam relação com a dose e a potência da ação diurética. Deve-se dar preferência aos DIU tiazídicos (hidroclorotiazida) ou similares (clortalidona e indapamida) em doses baixas, pois são mais suaves e com maior tempo de ação, reservando-se os DIU de alça (furosemida e bumetanida) às condições clínicas com retenção de sódio e água, como a insuficiência renal (creatinina > 2,0 mg/dL ou o ritmo de filtração glomerular estimado ≤ 30 mL/min/1,73m 2 ) e situações de edema (IC, síndrome nefrítica). Os DIU poupadores de potássio (espironolactona e amilorida) costumam ser utilizados em associação aos tiazídicos ou DIU de alça. A espironolactona tem sido habitualmente utilizada como o quarto medicamento a ser associado aos pacientes com HA resistente e refratária. Esse aspecto é abordado de forma mais extensa no capítulo 16 dessas formas mais graves de HA.

Há maior potência diurética da clortalidona com relação à hidroclorotiazida, quando comparadas dose a dose, e sua meia-vida mais prolongada credenciou-a a ser indicada como DIU preferencial em pacientes com HA resistente ou refratária. Isso porque a retenção de sódio e volume é um mecanismo importante na resistência ao tratamento. 504 Já a indicação da clortalidona como DIU preferencial em função de promover maior redução de eventos CV é controversa, pois a metanálise e os estudos observacionais incluindo grande número de usuários são discordantes. 495 , 511 , 512 Por outro lado, como seria esperado pelo efeito diurético mais intenso, tais estudos registraram maior frequência de efeitos adversos da clortalidona, particularmente os distúrbios hidreletrolíticos e metabólicos. A indapamida, um tiazídico-símile, cujo uso tem crescido nos últimos anos, a exemplo da clortalidona, tem maior potência e efeito diurético mais prolongado e, como as medicações anteriores, apresenta comprovados efeito anti-hipertensivo e redução de eventos CV com bom perfil metabólico. 513 Dessa forma, não há dados definitivos que sustentem a preferência pela clortalidona para o tratamento anti-hipertensivo do indivíduo com função renal normal, mas se pode utilizá-la quando se deseja maior efeito diurético, em especial na HA resistente, pois é mais potente que a hidroclorotiazida.

9.4.1.1. Efeitos Adversos dos Diuréticos

Os principais efeitos adversos dos DIU são fraqueza, cãibras, hipovolemia e disfunção erétil. A hipopotassemia é o efeito metabólico mais comum e, frequentemente acompanhada de hipomagnesemia, que podem provocar arritmias ventriculares, sobretudo a extrassistolia. A hipopotassemia também reduz a liberação de insulina, aumentando a intolerância à glicose e o risco de desenvolver diabetes melito tipo 2. O aumento do ácido úrico é um efeito quase universal dos DIU, podendo precipitar crises de gota nos indivíduos com predisposição.

O uso de DIU em doses baixas diminui o risco dos efeitos adversos, sem prejuízo da eficácia anti-hipertensiva, especialmente quando em associação a outras classes de medicamentos. A espironolactona pode causar ginecomastia e hiperpotassemia, sendo este distúrbio eletrolítico mais frequente em pacientes com déficit de função renal. Há relatos de que a indapamida pode ter um melhor perfil metabólico em comparação com a hidroclorotiazida. 513

9.4.2. Bloqueadores dos Canais de Cálcio (BCC)

Esta classe de medicamentos bloqueia os canais de cálcio na membrana das células musculares lisas das arteríolas, reduz a disponibilidade de cálcio no interior das células dificultando a contração muscular e, consequentemente, diminui a RVP por vasodilatação. 514 , 515

Os BCC são classificados em dois tipos básicos: os di-hidropiridínicos e os não di-hidropiridínicos. Os di-hidropiridínicos (anlodipino, nifedipino, felodipino, manidipino, levanlodipino, lercanidipino, lacidipino) exercem efeito vasodilatador predominante, com mínima interferência na FC e na função sistólica, sendo, por isso, mais frequentemente usados como medicamentos anti-hipertensivos.

Os BCC não di-hidropiridínicos, como as difenilalquilaminas (verapamila) e as benzotiazepinas (diltiazem), têm menor efeito vasodilatador e agem na musculatura e no sistema de condução cardíacos. Por isso, reduzem a FC, exercem efeitos antiarrítmicos e podem deprimir a função sistólica, principalmente nos pacientes que já tenham disfunção miocárdica, devendo ser evitados nessa condição.

Convém dar preferência aos BCC de ação prolongada para evitar oscilações indesejáveis na FC e na PA. São anti-hipertensivos eficazes e reduzem a morbidade e mortalidade CV. 307 , 515 - 517 Um estudo de desfecho reafirmou a eficácia, a tolerabilidade e a segurança do uso dessa classe de medicamentos no tratamento da HA de pacientes com DAC, 518 constituindo-se em alternativa aos BB quando esses não puderem ser utilizados, ou em associação, na angina refratária.

9.4.2.1. Efeitos Adversos dos Bloqueadores de Canal de Cálcio

O edema maleolar costuma ser o efeito colateral mais registrado e resulta da própria ação vasodilatadora (mais arterial que venosa), promovendo a transudação capilar. A cefaleia latejante e as tonturas são comuns. O rubor facial é mais comum com os BCC di-hidropiridínicos de ação rápida. A hipercromia do terço distal das pernas (dermatite ocre) e a hipertrofia gengival são efeitos adversos ocasionais.

Os efeitos adversos costumam ser dose-dependentes, podem causar intolerância aos BCC di-hidropiridínicos e, às vezes, resultam em resistência ao tratamento. Nesses casos, pode ser testada a utilização de BCC lipofílicos (manidipino, lercanidipino, lacidipino) ou o levanlodipino em baixas doses. A verapamila e o diltiazem podem agravar a IC, além de causar bradicardia e bloqueio atrioventricular. Observa-se a obstipação intestinal com a verapamila. 516

9.4.3. Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA)

São medicamentos anti-hipertensivos eficazes que têm como ação principal a inibição da enzima conversora de angiotensina I, responsável a um só tempo pela transformação de angiotensina I em angiotensina II (vasoconstritora) e pela redução da degradação da bradicinina (vasodilatadora). São eficazes no tratamento da HA, reduzindo a morbidade e mortalidade CV. 307 Mostram-se medicações comprovadamente úteis em muitas outras afecções CV, como em ICFEr e antirremodelamento cardíaco pós-IAM, além de possíveis propriedades antiateroscleróticas. Também retardam o declínio da função renal em pacientes com doença renal do diabetes ou de outras etiologias, especialmente na presença de albuminúria. 519

9.4.3.1. Efeitos Adversos dos Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina

Habitualmente, são bem tolerados pela maioria dos pacientes hipertensos, sendo a tosse seca seu principal efeito colateral, acometendo 5 a 20% dos usuários. O edema angioneurótico e a erupção cutânea ocorrem mais raramente. 520 Um fenômeno observado quando se administra a pacientes com insuficiência renal é a piora inicial da função renal, habitualmente discreta, provocada pela adaptação da hemodinâmica intraglomerular (vasodilatação da arteríola eferente e redução da pressão de filtração glomerular) que resulta em elevação da ureia e da creatinina séricas. 521 Entretanto, essa piora inicial da função renal é um mecanismo protetor, pois evita a hiperfiltração glomerular e reduz a progressão da doença renal crônica. 522 Se a perda da função renal for importante (> 30%), deve-se retirar o medicamento e investigar a possibilidade de estenose bilateral das artérias renais ou estenose de artéria renal em rim único funcionante.

Os IECA e outros bloqueadores do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) podem provocar hiperpotassemia em pacientes com insuficiência renal, sobretudo nos diabéticos, e o uso é contraindicado na gravidez, pelo risco de complicações fetais. 523 , 524 Por isso, seu emprego deve ser cauteloso e frequentemente monitorado em adolescentes e mulheres em idade fértil.

9.4.4. Bloqueadores dos Receptores AT1 da Angiotensina II (BRA)

Os BRA antagonizam a ação da angiotensina II pelo bloqueio específico dos receptores AT1, responsáveis pelas ações próprias da angiotensina II (vasoconstrição, estímulo da proliferação celular e da liberação de aldosterona). No tratamento da HA, especialmente em populações de alto risco CV ou com comorbidades, proporcionam a redução da morbidade e da mortalidade CV e renal (doença renal do diabetes). 525 - 531

9.4.4.1. Efeitos Adversos dos Bloqueadores dos Receptores AT1 da Angiotensina II

São incomuns os efeitos adversos relacionados com os BRA, sendo o exantema raramente observado. De forma semelhante aos IECA, os BRA podem promover a redução inicial da filtração glomerular por vasodilatação das arteríolas eferentes, diminuindo a pressão de filtração glomerular, mas esse efeito é nefroprotetor a longo prazo. 529 - 531 Pelas mesmas razões dos IECA, podem causar hipercalemia, especialmente na presença de insuficiência renal, e são contraindicados na gravidez, devendo os mesmos cuidados ser tomados em mulheres em idade fértil.

9.4.5. Betabloqueadores (BB)

Os BB têm ações farmacológicas complexas. Promovem a diminuição inicial do débito cardíaco e da secreção de renina, com a readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas. 532 , 533

Eles podem ser diferenciados em três categorias, de acordo com a seletividade para ligação aos receptores adrenérgicos: 1) não seletivos – bloqueiam tanto os receptores adrenérgicos beta-1, encontrados principalmente no miocárdio, quanto os beta-2, encontrados no músculo liso, nos pulmões, nos vasos sanguíneos e em outros órgãos (propranolol, nadolol e pindolol, este último apresentando atividade simpatomimética intrínseca, agindo como um agonista adrenérgico parcial e produzindo menos bradicardia); 2) cardiosseletivos – bloqueiam preferencialmente os receptores beta-1 adrenérgicos (atenolol, metoprolol, bisoprolol e nebivolol, que é o mais cardiosseletivo); e 3) com ação vasodilatadora – manifesta-se por antagonismo ao receptor alfa-1 periférico (carvedilol) e por produção de óxido nítrico (nebivolol). 532 - 535 O propranolol mostra-se também útil em pacientes com tremor essencial, prolapso de válvula mitral, síndromes hipercinéticas (hipertireoidismo e síndrome do pânico), cefaleia de origem vascular e hipertensão portal. 532 , 533

Uma metanálise 536 que incluiu mais de 130 mil pacientes com hipertensão primária comparou os BB a outras classes de medicamentos anti-hipertensivos, a placebo ou a sem tratamento. Observou-se que, comparativamente com os demais agentes anti-hipertensivos (DIU, BCC, IECA, BRA), os BB aumentam em 16% o risco de AVE. Quando comparados com placebo ou pacientes sem tratamento, os BB reduzem o AVE, mas apenas metade do que seria esperado para a redução pressórica observada. A metanálise 534 também identificou que o atenolol, comparado com os demais anti-hipertensivos, aumenta o risco de AVE em 26% e a mortalidade geral em 8%, ambos estatisticamente significantes. Essa é a principal razão para tal diretriz recomendar os BB como medicação anti-hipertensiva inicial apenas nos casos em que têm indicação específica.

9.4.5.1. Efeitos Adversos dos Betabloqueadores

Broncoespasmo, bradicardia, distúrbios da condução atrioventricular, vasoconstrição periférica, insônia, pesadelos, depressão, astenia e disfunção sexual. Os BB são contraindicados em pacientes com asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus. Podem acarretar intolerância à glicose, induzir ao aparecimento de novos casos de diabetes melito, hipertrigliceridemia, elevação do colesterol-LDL e redução do colesterol-HDL. O impacto sobre o metabolismo da glicose é potencializado quando são utilizados em combinação com DIU. Os BB de terceira geração (carvedilol e nebivolol) têm impacto neutro ou até podem melhorar o metabolismo da glicose e lipídico, possivelmente pelo efeito vasodilatador, com diminuição da resistência à insulina e melhora da captação de glicose pelos tecidos periféricos. 532 , 535 Estudos com o nebivolol também têm encontrado menor disfunção sexual, possivelmente em decorrência do efeito sobre a síntese de óxido nítrico endotelial. 532 , 535

9.4.6. Simpatolíticos de Ação Central

Os alfa-agonistas de ação central agem por meio do estímulo dos receptores alfa-2 que estão envolvidos nos mecanismos simpatoinibitórios. 537 Os efeitos bem definidos dessa classe são: diminuição da atividade simpática e do reflexo dos barorreceptores, o que contribui para a bradicardia relativa e a hipotensão notada na posição ortostática; discreta diminuição na RVP e no débito cardíaco; redução nos níveis plasmáticos de renina; e retenção de fluidos. São representantes desse grupo: metildopa, clonidina e o inibidor dos receptores imidazolínicos rilmenidina. 538 , 539 A clonidina age também nos receptores alfa-2 pré-sinápticos, que impedem a liberação de norepinefrina. Esta se acumula na terminação nervosa e, ao ser interrompida abruptamente, pode provocar crise adrenérgica pela liberação descontrolada. 537 A rilmenidina, apesar de apresentar algum agonismo aos receptores alfa-2 centrais, exibe maior afinidade com os sítios de ligação dos receptores imidazolínicos do subtipo I, característica que confere menos efeitos indesejáveis que a clonidina. 538

Os medicamentos dessa classe não apresentam efeitos metabólicos e não interferem na resistência periférica à insulina nem no perfil lipídico. A metildopa encontra sua principal indicação na HA durante a gestação, pois é usada por um curto período da vida, com grande experiência clínica em sua utilização nesse tempo, e apresenta o melhor perfil de segurança para a gestante e para o feto. 537 , 539 O uso da clonidina pode ser favorável em situações de HA associada a síndrome das pernas inquietas, 540 retirada de opioides, 541 flushes da menopausa, 542 diarreia associada à neuropatia diabética 543 e hiperatividade simpática em pacientes com cirrose alcoólica. 544

9.4.6.1. Efeitos Adversos dos Simpatolíticos de Ação Central

A metildopa pode provocar reações autoimunes, como febre, anemia hemolítica, galactorreia e disfunção hepática, que, na maioria dos casos, desaparecem com a interrupção do uso. No desenvolvimento de uma reação adversa, a metildopa pode ser substituída por outro alfa-agonista central. 539

A clonidina apresenta risco do efeito rebote com a descontinuação, especialmente quando associada aos betabloqueadores, e pode ser perigosa em situações pré-operatórias. 537 A retirada gradual em duas a quatro semanas evita o efeito rebote. Os medicamentos dessa classe apresentam reações adversas decorrentes da ação central, como sonolência, sedação, boca seca, fadiga, hipotensão postural e disfunção erétil. 537 , 539

9.4.7. Alfabloqueadores

Os medicamentos dessa classe agem como antagonistas competitivos dos receptores alfa-1 pós-sinápticos, reduzindo a RVP sem mudanças no débito cardíaco. 539 Promovem maior redução pressórica quando na posição ortostática e na taquicardia reflexa. Por isso, é comum a hipotensão postural, comumente descrita na primeira dose. O efeito hipotensor mostra-se discreto como monoterapia, sendo a preferência pelo uso associado. Apresentam contribuição favorável e discreta no metabolismo lipídico e glicídico. 539 Os representantes dessa classe utilizados como medicamentos anti-hipertensivos são a doxazosina e a prazosina.

Uma ação coadjuvante benéfica dos bloqueadores alfa-1 é o relaxamento da musculatura do assoalho prostático, a qual favorece o esvaziamento da bexiga nos pacientes com hiperplasia prostática benigna (HPB). Por isso, alguns alfabloqueadores são também utilizados em homens com HPB, em particular a doxazosina, a tansulosina, a alfuzosina e a silodosina.

9.4.7.1. Efeitos Adversos dos Alfabloqueadores

Podem provocar hipotensão sintomática na primeira dose. O fenômeno de tolerância é frequente, necessitando aumento da dose para manter o efeito anti-hipertensivo (taquifilaxia). A incontinência urinária em mulheres pode ser causada pelo uso de alfabloqueadores. Há evidência de que os pacientes tratados com doxazosina têm maior risco de incidência de IC. 539

9.4.8. Vasodilatadores Diretos

Os medicamentos dessa classe, ativos por via oral, são a hidralazina e o minoxidil. Atuam diretamente, relaxando a musculatura lisa arterial, levando à redução da RVP. 539

9.4.8.1. Efeitos Adversos dos Vasodilatadores Diretores

Os efeitos colaterais da hidralazina são cefaleia, flushing , taquicardia reflexa e reação lupus-like (dose-dependente). 539 Seu uso pode também acarretar anorexia, náusea, vômito e diarreia. Os vasodilatadores podem provocar retenção de sódio e água, com o aumento do volume circulante e da taquicardia reflexa. Um efeito colateral frequente do minoxidil é o hirsutismo, que ocorre em aproximadamente 80% dos pacientes.

9.4.9. Inibidores Diretos da Renina

O alisquireno, único representante da classe disponível comercialmente, promove a inibição direta da ação da renina com a consequente diminuição da formação de angiotensina II. 545 Outras ações podem contribuir para a redução da PA e a proteção tissular, como redução da atividade plasmática de renina, 545 bloqueio de receptor celular próprio de renina/pró-renina 546 e diminuição da síntese intracelular de angiotensina II. 547

Estudos de eficácia anti-hipertensiva comprovam sua ação anti-hipertensiva, em monoterapia e em associação, de intensidade semelhante aos demais bloqueadores do SRAA e com aparente benefício adicional de redução da proteinúria em indivíduos com doença renal. 548 , 549 Não existem, contudo, evidências de seus benefícios sobre a morbidade e a mortalidade CV em hipertensos e pré-hipertensos. 550 , 551

9.4.9.1. Efeitos Adversos dos Inibidores Diretos da Renina

Apresentam boa tolerabilidade. Rash cutâneo, diarreia (especialmente com doses elevadas, acima de 300 mg/dia), aumento de creatinafosfoquinase e tosse podem ocorrer em menos de 1% dos usuários. Seu uso é contraindicado na gravidez pelas mesmas razões dos IECA e BRA.

9.5. Associações de fármacos anti-hipertensivos

A terapia anti-hipertensiva inicial com combinação de fármacos parece estar associada à redução do risco de desfechos CV quando comparada com o tradicional início do tratamento com monoterapia. 552 A combinação inicial de dois fármacos em comparação com a associação sequencial promove um controle mais rápido, podendo reduzir em até cinco vezes mais a PA, 506 com evidente impacto sobre LOA e desfechos CV a longo prazo. Uma metanálise demonstrou que a terapia de combinação em dose fixa com dois medicamentos aumentou em 24% a adesão quando comparada com a combinação em separado. 553 Há, contudo, poucos estudos especificamente destinados a avaliar combinações de fármacos sobre desfechos CV.

O estudo ACCOMPLISH 554 comparou as combinações benazeprila-hidroclorotiazida e benazeprila-anlodipino. A diferença na PA sistólica/diastólica entre os dois grupos, embora significante, foi apenas 0,9/1,1 mmHg menor no braço anlodipino. Observou-se uma redução no risco do desfecho primário composto de IAM não fatal, AVE, internação por angina instável, cirurgia de revascularização miocárdica e ressuscitação cardiopulmonar a favor do grupo benazeprila-anlodipino. A escolha da hidroclorotiazida neste estudo sofreu críticas devido à duração de seu efeito inferior a 24 horas, ao contrário do efeito prolongado do anlodipino. Todavia, uma publicação não encontrou diferenças significativas na PA de 24 horas entre os grupos. 555 Em pacientes com índice de massa corporal (IMC) > 30 kg/m 2 , não se observaram diferenças no desfecho primário entre os dois grupos. 556 Outra análise pré-especificada demonstrou redução adicional da progressão de doença renal com a associação benazeprila-anlodipino. 557

O estudo ASCOT-BPLA 558 comparou uma estratégia baseada em anlodipino, seguida da adição de perindoprila, se necessário, versus atenolol, seguido de bendroflumetiazida. Cerca de 78% dos pacientes em cada grupo usaram a terapia combinada para o controle tensional. Não houve diferenças no desfecho primário composto de IAM não fatal e DAC fatal, mas desfechos secundários como AVE, eventos coronarianos fatais, mortalidade CV e mortalidade por todas as causas foram significativamente menores no grupo baseado em anlodipino. O desenvolvimento de diabetes de novo foi 30% maior no grupo tratado com BB e tiazídico. O subestudo CAFE 234 revelou redução mais significativa da pressão aórtica central com a combinação anlodipino-perindoprila e atribuiu-se a este achado, ao menos parcialmente, a maior redução de desfechos secundários neste grupo.

No estudo multicêntrico VALUE, 527 pacientes de alto risco CV receberam tratamentos anti-hipertensivos baseados em valsartana ou anlodipino. Cerca de 25% dos pacientes em ambos os grupos necessitaram da adição de 12 a 25 mg de hidroclorotiazida para o controle da PA. Apesar da maior e mais precoce redução tensional no grupo anlodipino, o desfecho cardíaco primário combinado ao fim de quatro anos foi similar entre os grupos, assim como as taxas de IAM fatal e morte por todas as causas. Houve menos casos de IC com valsartana e menos AVE e IAM não fatal com anlodipino.

No HOPE-3, 309 primariamente dirigido ao estudo da ação de fármacos em pacientes pré-hipertensos em risco CV intermediário, o recurso de uma estratégia inicial baseada na combinação fixa candesartana-hidroclorotiazida promoveu a redução de 27% no risco do desfecho composto de morte CV, IAM não fatal e AVE nos indivíduos considerados como hipertensos estágio 1. Contudo, nenhum benefício foi observado em pré-hipertensos.

Os estudos PROGRESS, 291 que avaliou pacientes com doença cerebrovascular prévia; ADVANCE, 559 o qual analisou indivíduos com diabetes tipo 2; e HYVET, 560 que estudou pessoas com 80 ou mais anos de idade, utilizaram a intervenção baseada em indapamida e perindoprila, tendo demonstrado benefícios da associação de DIU a IECA na redução de problemas como AVE e disfunções vasculares; na composição de desfechos micro e macrovasculares; e em morte, AVE e IC, respectivamente.

A associação de BB a tiazídicos reduziu os desfechos CV, quando testada contra placebo em estudos antigos, envolvendo especialmente pacientes idosos, 509 , 561 , 562 mas foi inferior à associação de tiazídicos e losartana no estudo LIFE, 526 no qual ofereceu menor proteção contra AVE e favoreceu distúrbios no metabolismo da glicose. O uso de combinações fixas de tiazídicos com atenolol e outros BB deve ficar restrito às indicações específicas dessa classe de fármacos, 5 , 164 , 495 face à indução de potenciais distúrbios metabólicos dos DIU, como resistência a insulina, hiperglicemia, hiperuricemia e hipopotassemia.

A associação de bloqueadores de canais de cálcio di-hidropiridínicos com diuréticos tiazídicos pode revelar-se especialmente útil em idosos com hipertensão sistólica isolada ou em casos de contraindicação ao uso de bloqueadores do SRA ou de restrições a seu emprego, devido a riscos potenciais, como nas mulheres em idade fértil.

O polígono da Figura 9.2 apresenta as combinações preferenciais (conectadas em traço verde), a contraindicada (em tracejado vermelho) e as combinações possíveis, porém menos estudadas (em linha pontilhada). 1 Em hipertensos em estágio 3 e em hipertensos resistentes, busca-se otimizar o tratamento tríplice com os fármacos preferenciais – IECA ou BRA, BCC di-hidropridínico e DIU tiazídico ou similar. 37 , 503 , 504 Um estudo avaliou a única combinação fixa tríplice disponível em nosso meio, valsartana-anlodipino-hidroclorotizida em pacientes com HA estágios 2 e 3, tendo demonstrado reduções médias de 39,7 mmHg na PA sistólica e de 24,7 mmHg na diastólica, significativamente maiores que combinações duplas envolvendo os mesmos fármacos. 563

Figura 9.2. – Esquema preferencial de associações de medicamentos, de acordo com mecanismos de ação e sinergia.

Figura 9.2

Fonte: Malachias et al., 2016. 164

O não alcance da meta pressórica com o esquema tríplice exige a utilização de um quarto fármaco, cuja opção preferencial atual é a espironolactona. 37 , 564 - 567 BB, clonidina 564 e doxazosina 567 são opções de associações de 4 o ou 5 o fármacos, havendo ainda a possibilidade de adição de hidralazina 164 nos casos de intolerância a alguma das opções anti-hipertensivas anteriores e na HA resistente. 503 , 504 No estudo PATHWAY 2, 567 o uso de amilorida revelou-se tão eficaz quanto a espironolactona, oferecendo um tratamento substituto para a HA resistente. Contudo, o fármaco não está disponível em formulação industrializada em nosso meio. O estudo ReHOT 564 demonstrou eficácia da clonidina similar à da espironolactona como 4 o fármaco no controle de pacientes com HA resistente. No entanto, na análise da PA ambulatorial de 24 horas, a espironolactona revelou-se superior.

O tratamento com associações de dois bloqueadores do sistema renina-angiotensina, como IECA com BRA ou qualquer um dos dois com inibidor de renina, é contraindicado, pois promoveu o aumento de efeitos adversos, sem a redução de desfechos CV. 568 - 569

O Quadro 9.3 apresenta os principais ensaios clínicos em que foram utilizadas associações de fármacos anti-hipertensivos; e o Quadro 9.4 , os principais níveis de evidência e grau de recomendação sobre o tratamento farmacológico. A Figura 9.1 apresenta as etapas habituais da associação de fármacos para o controle da HA.

Quadro 9.3. – Estudos de combinações de fármacos no tratamento da hipertensão arterial.

Estudo Comparador Perfil de pacientes Diferença na PAS (mmHg) Desfecho primário (redução % de risco relativo de eventos) p
Associação de diuréticos
PREVER 179 (amilorida + clortalidona) Losartana Hipertensos estágio 1 -2,2 Não avaliado. Maior redução da PAS com diuréticos sem aumento da glicemia
Associação de inibidores da ECA e diuréticos
PROGRESS 291 (perindoprila + indapamida) Placebo AVE prévio ou AIT -9 -28% AVE <0,001
ADVANCE 559 (perindoprila + indapamida) Placebo Diabetes -5,6 -9% eventos macro e microvasculares 0,04
HYVET 560 (indapamida + perindoprila) Placebo Hipertensos ≥80 anos -15 -34% eventos CV <0,001
Associação de inibidores da ECA e bloqueadores de canais de cálcio (anlodipino)
ACCOMPLISH 554 (benazeprila + anlodipino) Benazeprila + diurético Hipertensos de alto risco -0,9 -19,6% eventos CV compostos <0,001
ASCOT BPLA 558 (anlodipino + perindoprila) Betabloqueador + diurético Hipertensos com 3 ou mais fatores de risco -2,7 Diferença não significativa * NS
Associação de bloqueadores de receptores de angiotensina (olmesartana) e bloqueadores de canais de cálcio
COLM 570 (olmesartana + BCC) Olmesartana + diurético Japoneses hipertensos idosos com doença CV ou fatores de risco 0 Diferença não significativa NS
Associação de bloqueadores de receptores de angiotensina e diuréticos
LIFE 526 (losartana + diurético) Betabloqueador +diurético Hipertensos com HVE -1,1 -13% eventos CV 0,02
Associação de bloqueadores de canais de cálcio e diuréticos
FEVER 571 (felodipino + diurético) Diurético + placebo Hipertensos -4 -34% eventos CV <0,001
Associação de bloqueadores de canais de cálcio e inibidores da ECA
SYST-EUR 572 (IECA + BRA + diurético) Placebo Idosos com HSI -10 -31% eventos CV <0,001
SYST-CHINA 573 (IECA + BRA + diurético) Placebo Idosos com HSI -9 -37% eventos CV <0,004
Associação de betabloqueadores e diuréticos
Coope e Warrender 574 (atenolol e diurético) Placebo Hipertensos idosos -18 -42% AVE <0,003
SHEP 509 (clortalidona e atenolol) Placebo Hipertensos idosos -13 -36% AVE <0,001
STOP-H 561 (betabloqueador e diurético) Placebo Idosos com HSI -23 -40% eventos CV <0,004
STOP-H2 562 (IECA e BCC) Tratamento padrão (BB e diuretico) Hipertensos idosos 0 Sem diferenças em eventos CV
Combinação de dois antagonistas do sistema renina-angiotensina
ONTARGET 568 (telmisartana + ramipril) IECA ou BRA Pacientes de alto risco Piora de desfechos renais
ALTITUDE 569 (alisquireno + BRA) IECA ou BRA Diabéticos de alto risco Piora de desfechos renais
Combinação em dose fixa de bloqueador de canal de cálcio, bloqueador dos receptores de angiotensina e diurético
Calhoun et al. 563 (BRA + diuretico+ BCC) BRA + diurético a ou BCC b + diurético ou BRA + BCC c Hipertensos estágio 2 e 3 a: -7,6 b: -8,2 c: -6,2 Não avaliado
TRIUMPH 575 (telmisartana + anlodipino + clortalidona) Tratamento habitual ao fim de 6 meses: Monoterapia em 65% e combinação de 2 fármacos em 29% Hipertensos -8,8 Não avaliado

Adaptado de ESC, 2018. 37 AIT: acidente isquêmico transitório; HSI: hipertensão sistólica isolada; HVE: hipertrofia ventricular esquerda; NS: não significativo. * diferenças significativas em vários desfechos secundários a favor do braço IECA + anlodipino; (a) BRA + diurético (b) BRA + diurético ou BCC (c) diurético ou BRA + BCC.

Quadro 9.4. – Tratamento medicamentoso: níveis de evidência e grau de recomendação.

Associações de fármacos NE GR
As classes de fármacos preferenciais para o tratamento anti-hipertensivo são os DIU tiazídicos ou similares, BCC, IECA e BRA, por demonstrarem efetiva redução da PA e do risco de desfechos CV. Os BB devem ser considerados em situações clínicas específicas (DAC, IC e controle da FC) A I
O tratamento da HA pode ser iniciado com associação de duas classes de fármacos desde a HA estágio 1 B I
O início do tratamento com combinação de dois fármacos deve ser feito com um IECA, ou BRA, associado a DIU tiazídico ou similar ou BCC A I
O tratamento da HA em pacientes de alto risco CV com a combinação de um IECA e um BCC di-hidropiridínico é preferencial à combinação de um IECA e um DIU tiazídico em pacientes não obesos B I
Quando não se atinge o controle da PA com combinação de dois fármacos, deve ser prescrita a combinação de três fármacos, habitualmente um IECA, ou BRA, associado a DIU tiazídico ou similar e BCC A I
Quando não se atinge o controle da PA com a combinação de três fármacos, a espironolactona deve ser acrescentada preferencialmente ao esquema terapêutico B I
O tratamento da HA com combinações fixas possibilita a maior adesão B IIa
O tratamento da HA com a combinação de dois antagonistas do sistema renina-angiotensina é contraindicado A III
Mensagens principais
Os objetivos primordiais do tratamento anti-hipertensivo são a redução da pressão arterial e do risco de desfechos CV e mortalidade associados à hipertensão arterial.
O tratamento medicamentoso deve se associar às medidas não medicamentosas, e as classes de anti-hipertensivos preferenciais para o uso em monoterapia ou combinação são: diurético tiazídico ou similar, BCC, inibidores da enzima conversora de angiotensina, bloqueadores dos receptores de angiotensina e betabloqueadores (com indicações específicas).
A combinação de fármacos é a estratégia inicial recomendada para hipertensos estágio 1 de moderado e alto risco e estágios 2 e 3, preferencialmente em comprimido único. A monoterapia deve ser considerada para hipertensos estágio 1 de baixo risco e para muito idosos e/ou indivíduos frágeis.
O início do tratamento com combinação de dois fármacos deve ser feito com um IECA, ou BRA, associado a DIU tiazídico ou similar ou BCC. Em pacientes de alto risco não obesos, as combinações com BCC são as preferenciais.
Quando não se atinge o controle da PA com combinação de dois fármacos, deve ser prescrita a combinação de três fármacos, habitualmente um IECA, ou BRA, associado a DIU tiazídico ou similar e BCC; caso necessário, acrescentar espironolactona em seguida.

10. Hipertensão e Condições Clínicas Associadas

10.1. Diabetes Melito (DM)

A hipertensão arterial (HA) é um achado comum nos pacientes com DM, especialmente no tipo 2. As evidências mostram benefícios na redução da PA nessa população, com consequente redução de eventos macro e microvasculares e da mortalidade. Entre estes, estão: menor frequência de doença renal crônica (DRC), 307 , 329 retinopatia diabética e albuminúria. 576 Os dados contemporâneos mostram uma importante redução do risco cardiovascular (CV) em portadores de DM, muito embora ainda seja uma doença de elevada prevalência e importante fator de risco (FR) para as doenças cardiovasculares (DCV). 577 , 578 A relação DM e HA mostra-nos dados relevantes, como a presença de HA em 40% dos pacientes recém-diagnosticados com DM tipo 2 579 e 50% dos portadores de DM tipo 2 desenvolverem HA antes do aparecimento de albuminúria. Por tratar-se de população de muito alto risco CV, a avaliação da excreção urinária de albumina, da creatinina, do fundo de olho e da presença de disautonomia deverá fazer parte da investigação. 580

10.1.1. Objetivos do Tratamento

Estudos clínicos aleatorizados mostraram benefícios no tratamento anti-hipertensivo dessa população, como menor incidência de acidente vascular encefálico (AVE), síndromes coronárias e DRC, quando alcançados níveis de PA inferiores a 140/90 mmHg. Em uma metanálise de 13 ensaios clínicos envolvendo pacientes com DM, uma pressão arterial sistólica (PAS) entre 131-135 mmHg diminuiu o risco de mortalidade por todas as causas em 13%, enquanto um controle mais intensivo da PAS ≤ 130 mmHg foi associado a maior redução de AVE. 581 Outra metanálise mostrou a redução significativa de mortalidade com média alcançada de PAS igual a 138 mm Hg e uma redução significativa de AVE com média alcançada de 122 mmHg. 576 Portanto, o controle da PA é importante na redução do risco de complicações micro e macrovasculares e deve ser mantido, se esses benefícios forem sustentados (GR: I, NE: A).

O tratamento não medicamentoso rigoroso impõe-se para todos os hipertensos diabéticos. Uma PA de consultório ≥ 140/90 mmHg indica a necessidade de tratamento medicamentoso. Todos os medicamentos utilizados na redução da PA podem ser usados em pacientes diabéticos. Evidências suportam o uso preferencial dos bloqueadores do SRAA, em particular em pacientes com lesões de órgãos-alvo (LOA). 526 , 582 - 584 O controle da PA frequentemente requer múltipla terapia, e um bloqueador dos canais de cálcio (BCC) e/ou um diurético (DIU) são classes recomendadas na associação aos bloqueadores do SRAA. 506 , 585 A associação de duas ou mais classes em única formulação galênica deve ser cogitada, levando-se em consideração ser essa uma população de alto risco em que a adesão ao tratamento é de fundamental importância.

10.2. Síndrome Metabólica (SM)

A SM caracteriza-se por uma associação de fatores de risco CV, incluindo obesidade central, elevação de glicemia e dislipidemia típica (elevação de triglicerídeos e níveis reduzidos de HDL colesterol) associada a elevação da PA. 586 - 588 Tais alterações metabólicas são encontradas em 30 a 40% dos portadores de HA, 589 e a presença da elevação da pressão arterial (PA) na SM eleva o risco CV global por ativar mecanismos que se associam a estados pro-trombótico e pro-inflamatório. 590 Assim, a investigação da presença das alterações metabólicas da SM e da obesidade central é imprescindível no paciente com HA. As mudanças no estilo de vida (MEV) visando a redução do peso, redução do consumo de sódio e controle da disglicemia e dislipidemia são recomendadas as todos os pacientes em tais condições. 591 O tratamento medicamentoso deve ser iniciado sempre quando PA for ≥ 140/90 mmHg, pois não existem evidências de benefícios do uso de medicamentos anti-hipertensivos na SM com PA normal. 592 A escolha dos medicamentos anti-hipertensivos deve priorizar as classes terapêuticas que possam melhorar ou, ao menos, não agravar a resistência insulínica, como os inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA), os bloqueadores dos receptores AT 1 da angiotensina II (BRA) e os BCC. DIU e betabloqueadores (BB), com exceção dos vasodilatadores de ação direta, podem ser indicados como medicamentos adicionais. 593

10.3. Doença Arterial Coronária (DAC)

Evidências epidemiológicas robustas associam a HA à DAC. Dados do estudo INTERHEART demonstraram que 25% dos infartos (IAM) podem ser atribuídos à HA. 286 Um metanálise que avaliou o impacto da PA encontrou uma redução média de 17% de DAC para cada 10 mmHg de diminuição da PAS. 85

O tratamento da HA associada a DAC, que inclui pacientes pós-IAM, com angina de peito e revascularização miocárdica (RVM), deve contemplar preferencialmente BB, IECA ou BRA, além de estatinas e aspirina. Os BB são benéficos após IAM, especialmente no período até dois anos após o evento agudo. 83 Do mesmo modo, os IECA e os BRA testados nessa condição também demonstraram efeito benéfico. 83 , 594 , 595 Em pacientes com DAC crônica e múltiplos fatores de risco, como HA, os IECA associam-se à redução de desfechos clínicos relevantes 596 (NE: I; GR: A).

Com relação à meta de PA a ser atingida, deve-se considerar a possibilidade de efeito da curva J, demonstrado em diferentes estudos, 597 - 600 em que a redução excessiva, sobretudo da pressão arterial diastólica (PAD), talvez precipite eventos CV em pacientes com DAC obstrutiva. Assim, o objetivo é alcançar uma PAS < 130 mm Hg e PAD <80 mm Hg (GR: IIa; NE: B), devendo-se evitar níveis abaixo de 120/70 mmHg. 601 Medicamentos adicionais, como BCC e diuréticos tiazídicos, 181 podem ser utilizados para alcançar essas metas de PA.

10.4. Hipertensão na Doença Renal Crônica (DRC)

10.4.1. Paciente em Tratamento Conservador – Metas e Tratamento

Na DRC, a meta de PA a ser alcançada continua indefinida, e as evidências dependem de morbidades associadas. 602 Pacientes não diabéticos, tratados para alvos estritos (<130/80 mmHg), apresentaram retardo na progressão da doença, apenas em subgrupos com proteinúria, não sendo possível avaliar eventos CV 603 , 604 (GR: IIa; NE: A). Por outro lado, uma metanálise mostrou diminuição de mortalidade com o tratamento intensivo da HA. 605 Em diabéticos, observam-se redução da albuminúria, melhora da retinopatia e redução de AVE com metas estritas, porém sem efeitos em outros desfechos CV 581 , 606 , 607 (GR: IIa; NE: A).

Estudo em 9.361 pacientes não diabéticos, dos quais 2.646 com DRC, observou-se a redução de eventos CV da ordem de 25% no grupo tratado para a obtenção de PAS inferior a 120 mm Hg. Isso sugere um provável benefício dessa estratégia na proteção CV de pacientes com DRC 86 (GR: I; NE: A).

Com relação ao tratamento medicamentoso, os IECA ou os BRA estão indicados em hipertensos com ou sem albuminúria, sendo proscrita sua associação 608 (GR: I; NE: A). Os diuréticos tiazídicos 83 ou de alça, estes últimos no caso de DRC estágios G4-G5, e os BCC são eficazes, principalmente em associação a IECA ou BRA 609 (GR: I; NE: A). Os BB estão indicados na DAC e na insuficiência cardíaca (IC) associada. 610 Antagonistas dos receptores mineralocortocoides são medicamentos que diminuem a proteinúria, porém podem causar hiperpotassemia. Ensaios clínicos com novos antagonistas dessa classe são aguardados. 611

A presente diretriz recomenda em adultos com HA e DRC, diabéticos ou não, meta de PA < 130/80 mmHg. Metas mais estritas podem ser almejadas em casos selecionados, sob estrita vigilância e após compartilhamento de riscos com o paciente.

10.4.2. Pacientes em Terapia Renal Substitutiva (TRS): Metas e Tratamento

O manejo da HA em pacientes sob tratamento dialítico é desafiador, especialmente devido à sobrecarga de volume que aumenta a variabilidade da PA, superestimando-a na pré-diálise e subestimando-a depois dela. 612 Não existem evidências acerca do nível ideal de PA em pacientes em diálise, mas os valores mais aceitos imediatamente antes e após a hemodiálise (HD) são 140/90 mmHg e ≤130/80 mmHg, respectivamente 613 , 614 (GR: IIa; NE: C). Nesses pacientes, existe uma associação (paradoxal), em U, entre a PAS medida na unidade de diálise e o risco de DCV, com valores superiores a 160 mmHg ou <110 mmHg, implicados no aumento da mortalidade 614 , 615 (GR: IIa; NE: B).

Nessa população, as medidas residenciais de PA são mais reprodutíveis, fornecem informações relevantes para decisões terapêuticas e associam-se a melhor controle da PA 613 (GR: IIa; NE: B). Assim, médias sistólicas obtidas por medidas domiciliares associam-se linearmente ao aumento do risco CV. 615 , 616 Além da hipervolemia, a rigidez arterial é causa importante de hipertensão sistólica em pacientes com DRC em estágio 5D. Esse fenótipo específico reflete a aceleração do processo arteriosclerótico e o envelhecimento vascular prematuro nesta população. 616 Outros mecanismos, como a apneia do sono, 617 a hiperatividade simpática 618 e o uso de eritropoetina, também devem ser considerados. 616

O tratamento da HA em pacientes em tratamento diálitico é eficaz em apenas 1/3 dos indivíduos, e ainda mais difícil de ser obtido, em especial devido à instabilidade hemodinâmica durante as sessões. Isso pode ocasionar hipo ou hipertensão intradialítica, piorando o prognóstico CV 619 (GR: IIa; NE: B).

O tratamento deve ser iniciado por medidas que visem à obtenção do “peso-seco”, como restrição hidrossalina e ultrafiltração na hemodiálise 620 (GR: IIa; NE: A). Não obstante, cerca de 60% dos pacientes sob tratamento dialítico necessitam de três ou mais anti-hipertensivos, em diversas combinações, para o controle da HA 620 (GR: IIa; NE: A). Nessa população, a hiperatividade do sistema nervoso simpático (SNS) tem papel importante na gênese da HA e na DCV. Em consonância, o bloqueio beta-adrenérgico foi superior à inibição da ECA na prevenção da morbidade CV e no controle da PA em pacientes com hipertrofia ventricular esquerda (HVE) sob tratamento hemodialítico. 618 Em indivíduos transplantados renais, os BCC e os BRA consistem na primeira opção, pois há evidências de que previnam a perda do enxerto 621 , 622 (GR: I; NE: A).

A presente diretriz sugere a individualização do tratamento em TRS, respeitando-se as comorbidades, a farmacocinética e o efeito cardioprotetor do medicamento.

10.5. Insuficiência cardíaca (IC)

A HA tem papel fundamental na fisiopatologia da IC, levando ao aparecimento de HVE e à disfunção diastólica e sistólica do ventrículo esquerdo. 623 - 625 É o maior FR para seu desenvolvimento, geralmente antecedendo a síndrome clínica em vários anos. Na IC com fração de ejeção preservada (ICFEP), a HA é ainda mais frequente, sendo o FR mais encontrado, com prevalência de até 90%. 626

O diagnóstico precoce da HA e seu tratamento adequado podem reduzir significativamente o risco de desenvolvimento de IC, sobretudo em idosos. As estratégias medicamentosas para o controle da PA promovem reduções de aproximadamente 50% na incidência de IC em adultos e, na população com idade > 80 anos, diminuições de 64%. 560 , 627 - 628 O estudo SPRINT, com meta de redução de PAS mais intensa (< 120 mmHg) em população de alto risco CV, demonstrou uma redução de 27% em mortalidade total e de 38% no desenvolvimento de IC. 86 , 629 O impacto do tratamento anti-hipertensivo na prevenção de IC foi observado com várias classes de anti-hipertensivos, como os BB, os DIU, os BCC e os IECA. 630

A meta da PA no contexto de IC deve ser similar à preconizada para indivíduos com alto risco CV, ou seja < 130/80 mmHg. 631 O tratamento da HA no contexto de IC deve considerar o tipo de apresentação, isto é, com fração de ejeção preservada (ICFEP) ou reduzida (ICFER) ( Quadro 10.1 ). A primeira opção de terapêutica anti-hipertensiva na ICFER deve contemplar medicações que promovam bloqueio neuro-hormonal, em doses otimizadas e apresentem evidência científica comprovada de redução de mortalidade. 632 Tais medicações são os bloqueadores de SRAA, os BB e os antagonistas da aldosterona. A associação sacubitrila/valsartana é uma nova opção de tratamento com impacto em redução de mortalidade na ICFER, mas ainda sem evidências dos benefícios na HA. 633

Quadro 10.1. – Tratamento anti-hipertensivo nos pacientes com insuficiência cardíaca.

Tratamento anti-hipertensivo em portadores de IC
Recomendações CR NE
Portadores de HA e IC (FER e FEP) devem ter meta pressórica <130/80 mmHg I C
Em ICFER, devem ser utilizados anti-hipertensivos com comprovada redução de mortalidade (BB/IECA/BRA/espironolactona) I A
Em ICFEP, todos os agentes anti-hipertensivos podem ser utilizados I C
Bloqueadores de canal de cálcio não di-hidropiridínicos e alfabloqueadores estão contraindicados na ICFER III C

CR: classe de recomendação; ICFEP: insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada; ICFER: insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida; NE: nível de evidência.

Se os níveis pressóricos ainda permanecerem elevados, apesar do bloqueio neuro-hormonal, podem ser associados a DIU; combinação dos vasodilatadores hidralazina e nitrato; ou BCC di-hidropiridínicos. Os BCC não di-hidropiridínicos, como diltiazem e verapamila, e os BB são contraindicados. 631

Devido à forte associação entre ICFEP e HA, o tratamento anti-hipertensivo está indicado na maioria dos pacientes. Os diuréticos devem ser utilizados para o controle da PA e de sintomas relacionados com a hipervolemia, mas os ensaios clínicos aleatorizados não demonstraram benefício na redução de mortalidade em pacientes com ICFEP. Apesar da falta de evidências de benefícios de medicações que promovam o bloqueio do SRAA e do SNS em reduzir mortalidade em ICFEP, tais substâncias devem ser utilizadas com o objetivo de controle pressórico. 634 - 639 As demais classes de anti-hipertensivos também podem ser utilizadas.

Existe uma curva em forma de J na relação entre níveis de PAS e mortalidade CV, principalmente na ICFER. 640 , 641 Dados derivados de ensaios clínicos, como Copernicus, DigTrial, Val-HeFT e PARADIGM-HF , 318 , 642 - 644 comprovaram a relação entre menores valores de PA e maiores taxas de mortalidade.

Na ICFEP, a associação entre níveis de PA e desfechos clínicos ainda permanece controversa. 317 , 318 Os níveis de PA nesse grupo de pacientes devem ser mantidos na meta de 120-129/70-79 mmHg.

10.6. Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVEH) e Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVEI)

O acidente vascular encefálico isquêmico (AVEI) e o hemorrágico (AVEH) são as manifestações mais comuns da lesão vascular causada pela HA, sendo a principal causa de mortes e incapacidade nesses pacientes. 292 A prevenção de todos os tipos de AVE pode ser conseguida mantendo-se PA dentro das metas com os tratamentos instituídos (ver Capítulo 6) 291 , 645 - 652 (GR: IIa; NE: B).

10.6.1. Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico

Se houver aumento da PA, podem ocorrer maior probabilidade de expansão do hematoma, aumento do risco de morte e pior prognóstico. 653 Estudos robustos sugerem que reduzir a PA (dentro de 6 h) para valores <140/90 mmHg não diminuiu eventos primários importantes, inclusive mortalidade. 654 Assim, não deve ser recomendada imediata redução da PA nos casos de AVEH, a menos que o valor da PAS esteja > 220 mmHg.

10.6.2. Acidente Vascular Encefálico Isquêmico

Os benefícios da redução da PA no AVE são menos claros, porém uma consideração deve ser feita para os pacientes candidatos a trombólise, pois, nesse caso, se a PA estiver com valores > 180/105 mmHg, poderá haver maior chance de hemorragias. 655 , 656 Uma metanálise sugere que a redução pressórica no AVEI poderia ter efeito neutro na mortalidade. 657 , 658

O Quadro 10.2 , modificado das Diretrizes ESC e ESH, 37 apresenta as recomendações para a meta e a terapêutica em pacientes com AVE agudo e doença cerebrovascular.

Quadro 10.2. – Recomendações para a meta e a terapêutica em pacientes com AVE agudo e doença cerebrovascular.

Recomendações CR NE
AVEH Não reduzir a PA em pacientes com PAS < 220 mmHg Se PAS for ≥ 220 mmHg, usar medicamentos IV, com PAS-alvo de 180 mmHg III IIa A B
AVEI Não é recomendado reduzir a PA, exceto em pacientes elegíveis para trombólise. Nesse caso, manter a PA<180/105 mmHg III IIa B B
Ataque isquêmico transitório Redução imediata I A
Meta: manter PAS entre 120-130 mmHg após o evento I A
Prevenção secundária Usar bloqueadores do sistema renina-angiotensina + bloqueadores dos canais de cálcio ou diuréticos tiazídicos I A

AVEH: acidente vascular encefálico hemorrágico; AVEI: acidente vascular encefálico isquêmico; CR: classe de recomendação; NE: nível de evidência; PAS: pressão arterial sistólica.

Mensagens principais
O controle da PA é importante na redução do risco de complicações micro e macrovasculares e deve ser mantido, se esses benefícios forem sustentados (GR: I, NE: A). Uma PA de consultório ≥ 140/90 mm Hg indica a necessidade de tratamento medicamentoso, preferencialmente com MEV e uso de bloqueadores do SRAA, podendo ser acrescentados DIU e BCC para alcançar a meta pressórica <140/90 mmHg.
O tratamento medicamentoso deve ser iniciado em SM sempre quando a PA estiver ≥ 140/90 mmHg, priorizando-se o emprego de anti-hipertensivos metabolicamente neutros ou que melhorem a sensibilidade à insulina, como os IECA, os BRA e os BCC.
No paciente portador de DRC, a meta de PA é <130/80 mmHg, podendo ser mais estrita em casos selecionados. Nos pacientes dialíticos, a obtenção do “peso-seco” é fundamental. Cerca de 60% dos pacientes sob tratamento dialítico necessitam de 3 ou mais anti-hipertensivos, em diversas combinações, para o controle da HA. No transplantado renal, os BCC e os BRA constituem-se a primeira opção terapêutica.
Não é recomendada a imediata redução da PA nos casos de AVEH, a menos que o valor da PAS seja ≥ 220 mm Hg, quando se deve utilizar medicamentos IV, com PAS-alvo de 180 mmHg.
Portadores de HA e IC (FER e FEP) devem ter meta pressórica <130/80 mm Hg. Em ICFER, convém realizar esse controle com BB, BRA e espironolactona, enquanto em ICFEP todos os anti-hipertensivos podem ser utilizados.
O tratamento da HA associada a DAC, que inclui pacientes pós-IAM, com angina de peito e revascularização miocárdica (RVM), deve contemplar preferencialmente os betabloqueadores, os IECA ou os BRA, além de estatinas e ácido acetilsalicílico com meta pressórica <130/80 mmHg.
As curvas J ou U são características observadas em pacientes portadores de DAC, devendo-se evitar níveis abaixo de 120/70 mm Hg. Em DRC, principalmente em dialíticos, PAS com valores superiores a 160 mmHg ou <110 mmHg são implicadas no aumento da mortalidade.

11. Hipertensão Arterial na Gestação

11.1 Epidemiologia

Os distúrbios hipertensivos da gestação constituem algumas das principais causas de mortalidade materna e perinatal em todo o mundo. A hipertensão crônica está presente em 0,9-1,5% das grávidas, e estima-se que a pré-eclâmpsia (PE) complica de 2 a 8% das gestações globalmente. 659 , 660 Tais síndromes são fatores causais relacionados com os óbitos materno e perinatal, podendo causar limitações definitivas à saúde materna e problemas graves decorrentes da prematuridade associada às indicações precoces de intervenção (prematuridade eletiva). 660 No Brazil, a PE é a principal causa de parto prematuro terapêutico, 661 e estimam-se uma incidência de 1,5% para PE e uma de 0,6% para eclâmpsia. 662 A prevalência da eclâmpsia em áreas mais desenvolvidas do país é de 0,2%, com mortalidade de 0,8%, 661 enquanto em regiões menos favorecidas essa prevalência sobe para 8,1%, com taxa de mortalidade materna correspondente a 22,0%. 663

11.2 Classificação da Hipertensão Arterial na Gestação

Recomendamos as definições e a classificação propostas pelo comitê do American College of Obstetrician and Gynecologists (ACOG), 664 , 665 apresentada no Quadro 11.1 (GR: IIb, NE B).

Quadro 11.1. – Definições e classificação dos distúrbios hipertensivos na Gestação.

DEFINIÇÕES
Hipertensão gestacional PAS ≥140 mmHg e/ou PAD ≥90 mmHg, ou ambos, medida em duas ocasiões com pelo menos 4 horas de intervalo.
Hipertensão gestacional grave PAS ≥160 mmHg e/ou PAD ≥110 mmHg, ou ambas, medidas em duas ocasiões com, pelo menos, 4 horas de intervalo.
Proteinúria Proteinúria > 300 mg em 24 horas, razão proteinúria/creatinina urinária de 0,3 g/g de creatinina ou ++ em fitas reagentes (idealmente, quantificar).
CLASSIFICAÇÃO
Pré-eclâmpsia (com ou sem sinais de gravidade) PAS ≥140 mmHg ou PAD ≥90 mmHg, ou ambos, em geral após 20 semanas de gestação e frequentemente com proteinúria*. Na ausência de proteinúria, pode-se considerar o diagnóstico quando houver sinais de gravidade: trombocitopenia (< 100.000.109/L), creatinina > 1,1 mg/dL ou 2x creatinina basal, elevação de 2x das transaminases hepáticas, EAP, dor abdominal, sintomas visuais ou cefaleia, convulsões, sem outros diagnósticos alternativos.
Hipertensão crônica HA diagnosticada ou presente antes da gestação ou antes das 20 semanas de gestação; ou HA diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez e que não normaliza no período pós-parto.
Hipertensão crônica com pré-eclâmpsia sobreposta Pré-eclâmpsia em mulher com história de HA antes da gravidez ou antes de 20 semanas de gestação.
Hipertensão gestacional PAS ≥140 mmHg ou PAD ≥90 mmHg, ou ambas, em mulher com PA previamente normal, após 20 semanas de gestação, medida em duas ocasiões com, pelo menos, 4 horas de intervalo, sem proteinúria ou sinais de gravidade, e que retorna ao normal no período pós-parto.
OUTRAS DEFINIÇÕES DIAGNÓSTICAS
Eclâmpsia Convulsões tônico-clônicas na ausência de outras condições causais.
Síndrome HELLP Hemólise, elevação de enzimas hepáticas e trombocitopenia.
Síndrome de encefalopatia posterior reversível (PRES) e síndrome da vasoconstrição encefálico reversível Ocorre PRES com alteração de imagem pela presença de edema vasogênico e sinais hiperintensos na porção posterior do cérebro na RNM, além de estar associado a alterações visuais, convulsão, cefaleia e alteração de sensório. A síndrome da vasoconstrição cerebral reversível caracteriza-se por estreitamento de artérias do cérebro com cefaleia em trovoada ou sinais neurológicos focais.

PA: pressão arterial, PAS: pressão arterial sistólica, PAD: pressão arterial diastólica, HA: hipertensão arterial, EAP: edema agudo de pulmão; PRES: síndrome de encefalopatia posterior reversível

11.3 Conceito e Critérios Diagnósticos

Define-se hipertensão na gestação quando há pressão arterial sistólica (PAS) ≥ 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica (PAD) ≥ 90 mmHg, considerando-se o 5 o ruído de Korotkoff, confirmada por outra medida realizada com o intervalo de quatro horas. A medida deve ser obtida, preferencialmente, na posição sentada ou alternativamente em decúbito lateral esquerdo, com manguito de tamanho adequado. O método manual auscultatório é o padrão-ouro, pois dispositivos automatizados tendem a subestimar a pressão arterial (PA), sobretudo na pré-eclâmpsia grave. A monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) é superior à medida de consultório e a monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) na não gestante. Na gestante, ajuda a evitar o tratamento desnecessário na hipertensão arterial (HA) do avental branco, sendo útil no manejo da hipertensão gestacional de alto risco e na detecção de HA mascarada. 37 O papel da MAPA e da MRPA ainda é controverso na gestação. A Sociedade Internacional para o Estudo da Hipertensão na Gestação (ISSHP) recomenda o uso da MAPA antes da vigésima semana de gestação e a MRPA para o seguimento. 666 O ponto de corte para diagnóstico de HA é ≥ 135/85 mmHg com a MAPA na vigília e ≥ 130/80 mmHg com a MRPA (Capítulo 3).

As definições e a classificação dos distúrbios hipertensivos na gestação estão no Quadro 11.1 .

11.4 Predição e prevenção de pré-eclâmpsia

Não é recomendada suplementação de cálcio (> 1g ao dia) para gestantes com ingestão normal de cálcio 667 (GR: III, NE: A), e, sim, naquelas com baixa ingestão de cálcio e em risco moderado e aumentado de pré-eclâmpsia 667 (GR: I, NE: A).

Baixas doses de ácido acetilsalicílico (AAS) (75 a 150 mg/dia) ao final do primeiro trimestre da gestação podem ser úteis na prevenção primária de pré-eclâmpsia em gestantes com risco moderado e aumentado para pré-eclâmpsia 668 - 670 (GR: I, NE: A). No entanto, o uso não é recomendado na ausência de risco 669 (GR: III, NE: A).

A predição de PE deve ser feita, preferencialmente, no 1 o trimestre por meio de avaliação que leva em conta a história clínica materna – fatores de risco – associada à ultrassonografia com Doppler que verifica se há resistência ao fluxo nas artérias uterinas. Existem também exames laboratoriais que avaliam a angiogênese como dosagem da endoglina solúvel, PIGF ( placental endotelial growth factor ), sFlt-1 ( soluble fms-like tyrosine kinase receptor-1 ) e razão sFlt-1/PlGF que são promissores, mas ainda não estão disponíveis na prática clínica. 666

Nas pacientes consideradas de alto risco de PE, o uso de cálcio, na população com baixa ingesta (< 600 mg/dia), na dose 1,0 a 2g/dia, reduz risco de PE de forma efetiva. 667 O uso de AAS em baixas doses (75-150 mg/dia) para a prevenção de eclâmpsia encontra-se resumido no Quadro 11.2 . Preferencialmente, deve ser iniciado antes de 16 semanas, sem aumento de complicações maternas ou fetais, e encontra-se nas recomendações de diretrizes internacionais como o NICE 2019, 671 da OMS 672 e do Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia (ACOG). 664 Um estudo 670 realizado com 1.776 pacientes, com dose de 150 mg de ácido acetilsalicílico comparada com placebo iniciado entre 11 e 14 semanas, mostrou um total de eventos (PE) de 1,6% no grupo do ácido acetilsalicílico contra 4,3% no grupo placebo (OR: 0,38, IC95% 0,2 a 0,74, p = 0,004). Isso ratifica o efeito protetor do ácido acetilsalicílico em gestantes de alto risco.

Quadro 11.2. – Recomendações para uso de AAS na prevenção de pré-eclâmpsia.

Risco Fator de risco Recomendação
Alto PE prévia com desfecho fetal adverso Gestação múltipla HA crônica DM tipo 1 ou 2 Doença renal Doença autoimune (LES/SAAF) Recomenda-se ácido acetilsalicílico baixa dose para 1 ou mais desses critérios.
Moderado Nuliparidade Obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2) História familiar de PE (mãe ou irmã) Idade ≥ 35 anos História obstétrica prévia ruim (PIG, Prematuridade, baixo peso, mais de 10 anos de intervalo entre as gestações) Considerar uso de ácido acetilsalicílico em baixa dose, se paciente apresentar mais de 1 fator de risco.

PE: pré-eclâmpsia; HA: hipertensão arterial; DM: diabetes melito; SAAF: síndrome do anticorpo antifosfolipídeo; LES: lúpus eritematoso sistêmico; IMC: índice de massa corporal; PIG: pequeno para a idade gestacional.

A Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (Figo) propõe em seu documento de rastreamento e prevenção de 2019 673 o uso de uma calculadora de risco da Fetal Medicine Foundation para a indicação do ácido acetilsalicílico para a prevenção de pré-eclâmpsia. Ela é útil e pode ser acessada no link https://fetalmedicine.org/research/assess/preeclampsia/first-trimester.

11.5. Tratamento Não Medicamentoso

O tratamento não medicamentoso isoladamente não deve ser utilizado em situações de PAS acima de 160 mmHg persistente por mais de 15 minutos (GR: III, NE: B). Sugere-se o repouso relativo em hospital ou hospital-dia, com monitoramento, para pré-eclâmpsia (GR: IIa, NE: B). A internação hospitalar deve ser indicada em pacientes com hipertensão grave na gestação (GR: I, NE: B).

O tratamento não medicamentoso não deve ser utilizado isoladamente em situações de HA grave persistente por > 15 min 674 para evitar lesão neurológica irreversível, pois valores de PAS > 155 mmHg, em especial > 160 mmHg, são detectados imediatamente antes da ocorrência de AVE. 675 A hipertensão diastólica grave (> 105 ou 110 mmHg) não ocorre antes da maioria dos acidentes vasculares encefálicos (AVE) de gestantes com pré-eclâmpsia grave. 676

Uma revisão sistemática indica que não há diferença nos desfechos entre o repouso rígido e o repouso relativo em mulheres com hipertensão e proteinúria. 677 O repouso relativo no hospital, em comparação com a atividade rotineira em casa, reduz o risco de hipertensão grave. Não há indicação de repouso rotineiramente para a hipertensão na gestação. 677 Desfechos clínicos semelhantes entre atendimentos em unidades de cuidados pré-natais ou admissão hospitalar ocorrem para mães e recém-nascidos, mas as mulheres podem ter preferência pelo tratamento em hospital-dia. 678

Não há indicações específicas para os cuidados durante a internação, mas é necessário o monitoramento da condição materna e do feto. A PA deve ser medida periodicamente, com a avaliação diária do peso e da diurese, além de orientação sobre sinais premonitórios. Convém realizar exames laboratoriais (hemograma com plaquetas, enzimas hepáticas, ácido úrico, creatinina e proteinúria) uma a duas vezes por semana. O feto pode ser acompanhado pela avaliação do crescimento e dos movimentos fetais, do bem-estar fetal e do perfil biofísico fetal, além de ultrassonografia.

11.6. Conduta expectante

A conduta expectante não é recomendada a partir de 37 semanas de gestação em mulheres com hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia 679 (GR: III, NE: B). Sugere-se conduta expectante entre 34 e 37semanas de gestação em mulheres estáveis, sem piora clínica ou hipertensão grave 680 (GR: IIa, NE: B).

O parto precoce em pacientes com PE pode estar associado à diminuição da mortalidade. 681 O momento ideal de parto antes de 32 a 34 semanas é um dilema, devido à incerteza no balanço entre a segurança da mãe (término da gestação) e a maturidade fetal (expectante). 681 Após 34 semanas, a sobrevida mostra-se alta, e o parto do bebê e da placenta é efetivo em países desenvolvidos. 681 Existe tendência de tentar postergar o parto até as 37 semanas, se for considerado seguro.

O estudo HYPTAT comparou a indução de parto com o monitoramento expectante para hipertensão grave ou PE sem sinais de gravidade (na época, considerada como leve) após 36 semanas. 679 Mulheres no grupo intervenção tiveram risco 29% menor de piora de desfecho materno, sem afetar o desfecho neonatal, e os autores sugerem que não se indica o tratamento expectante até as 37 semanas. 679 No HYPTAT-II, com gestações entre 34 a 37 semanas com HA não grave, a conduta expectante aumentou o risco materno com relação a parto imediato, mas diminuiu a ocorrência de síndrome do estresse respiratório neonatal. 680 Portanto, não se justifica o parto imediato; e considera-se o monitoramento expectante até que a situação clínica piore. Se o parto antes de 34 semanas for indicado e a condição clínica materna e fetal permitir a espera de 48 horas para a resolução, pode-se considerar o uso de corticosteroides para a maturação pulmonar fetal. 682

11.7. Tratamento medicamentoso

O tratamento medicamentoso urgente é indicado em caso de hipertensão grave 674 , 675 e na presença de sinais premonitórios (GR: I, NE: B). Não existe consenso com relação ao valor de PA para indicar quando o tratamento medicamentoso deve ser iniciado. Sugere-se iniciar o tratamento medicamentoso quando a PA estiver acima de 150-160/100-110 mmHg 665 , 674 , 676 com o objetivo de manter a PA entre 120-160/80-100 mmHg (GR: IIb, NE: B).

A escolha do medicamento anti-hipertensivo depende da experiência do médico assistente e da familiaridade com o medicamento escolhido e dos efeitos colaterais 683 (GR: IIb, NE: B). O uso de IECA, BRA e IDR é contraindicado na gestação (GR: I, NE: B), e atenolol e prazosin devem ser evitados se possível 683 , 684 (GR: IIa, NE: B).

Recomenda-se o uso de sulfato de magnésio para a prevenção e o tratamento da eclâmpsia (GR: I, NE: B). Para evitar mortes maternas, uma PAS > 160 mmHg deve ser considerada para o tratamento urgente, 676 valor este alinhando com as demais diretrizes internacionais e nacionais que utilizam o ponto de corte de 160 mmHg. 164

O início de medicação para gestantes com hipertensão abaixo de 160/110 mmHg é ainda controverso, exceto em gestantes com lesão de órgão-alvo (LOA). Uma revisão sistemática da Cochrane 685 mostrou que tratar HA leve a moderada não reduz significativamente a morbidade materna, fetal e do recém-nascido.

Entretanto, o estudo CHIPS, 686 , 687 que avaliou o tratamento agressivo (PAD até 85 mmHg) versus o tratamento não agressivo (PAD até 100 mmHg), em análise post hoc , mostrou um aumento importante de hipertensão grave e desfechos fetais desfavoráveis, como perda fetal, necessidade de UTI por mais de 48h, prematuridade e baixo peso. Desse modo, novos estudos estão avaliando se o início de medicação deveria ser a partir de 140/90 mmHg. 665

A meta do controle da HA, de acordo com a ACOG, deve ser a PAS > 120 e < 160 mmHg, e PAD > 80 e < 110mmhg, já que tanto a hipertensão quanto a hipotensão induzida podem prejudicar a perfusão placentária e, consequentemente, o crescimento fetal. O objetivo é prevenir a progressão de LOA, complicações cardíacas e cerebrovasculares, além das complicações obstétricas e fetais. 665

A terapia medicamentosa deve ser iniciada como monoterapia pelos medicamentos considerados de primeira linha (metildopa, nifedipina de ação prolongada ou betabloqueadores – exceto atenolol). Caso não ocorra o controle adequado, associar outro medicamento de primeira linha ou de segunda linha (diurético tiazídico, clonidina e hidralazina), evitando-se a combinação de medicamentos da mesma classe farmacológica. Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) e bloqueadores do receptor da angiotensina (BRA) são formalmente contraindicados na gestação, pelo risco de malformação fetal que pode levar a insuficiência renal intrauterina, assim como os antagonistas dos receptores de mineralocorticoides, pelo bloqueio hormonal, e o atenolol, pelo alto risco de restrição de crescimento fetal relacionado com seu uso. Evitar também o uso de diuréticos em pacientes com PE, pela possibilidade de piorar a depleção do volume intravascular. 665 , 688 Um estudo comparando a eficácia de labetalol, nifedipina de ação prolongada e metildopa para o manejo de HA grave na gestação sugeriu que todas as classes de medicamentos eram opções viáveis, porém a nifedipina de ação prolongada foi mais efetiva do que o labetalol e a metildopa. 689

O tratamento para emergência hipertensiva na gestante pode ser feito tanto com nifedipina (10 mg) por via oral quanto com hidralazina IV. Há uma tendência atual de preferência para a nifedipina 10 mg, que pode ser repetida na dose de 10 a 20 mg a cada 20 a 30 minutos VO, se não houver resposta após a terceira dose fazer hidralazina IV na dose de 5 mg a cada 20 a 30 minutos até a dose de 15 mg. 674

Em situações excepcionais, como a presença de edema agudo de pulmão e hipertensão grave e refratária, o uso de nitroprussiato de sódio pode ser considerado como a opção preferencial para o controle urgente da PA, 690 por no máximo 4 horas, pelo risco de impregnação fetal pelo cianeto.

Na HA do puerpério, nas pacientes não hipertensas crônicas, a HA costuma se resolver dentro da 1 a semana (5 a 6 dias), mas nesse período ainda há risco de complicações como AVE, edema agudo de pulmão (EAP) e insuficiência renal. O risco de eclâmpsia nesse período também existe, e entre 32% a 44% das mulheres podem ter convulsões no puerpério. 691

As puérperas podem receber qualquer medicação anti-hipertensiva, e o que limita a escolha é o aleitamento. Assim, devemos priorizar os anti-hipertensivos que passam em quantidade menor pelo leite materno.

O Quadro 11.3 mostra as principais medicações anti-hipertensivas disponíveis no Brazil e sua relação com o aleitamento. 692 - 694 O tratamento dos picos hipertensivos nas puérperas pode ser feito de forma convencional. Um estudo comparando captopril com a clonidina para controle de HA (PAS ≥ 180 mmHg e PAD ≥ 110 mmHg) verificou que não houve diferença significante entre eles, apenas uma tendência de a clonidina ser melhor no 3 o dia do puerpério. 695 Ambas foram consideradas efetivas e seguras para tratar puérperas com emergência hipertensiva. 696

Quadro 11.3. – Ações dos medicamentos no aleitamento materno.

Fármacos Excreção no leite Aleitamento materno
Nifedipina Pouca excreção Permitido
Anlodipino Estudos insuficientes Incerto (aparentemente seguro)
Diltiazem, verapamila Estudos insuficientes Incerto (usar outro medicamento)
Clonidina Excreção aumentada Evitar
IECA: enalaprila, captoprila Pouca excreção Permitido sem restrição Permitido Permitido
Lisinoprila, ramiprila Estudos insuficientes Incerto (aparentemente seguro)
BRA: losartana, valsartana candesartana, olmesartana, telmisartana Estudos insuficientes Incerto (usar outro medicamento)
Hidroclorotiazida Pouca excreção Usar dose baixa (< 50 mg)
Clortalidona Pouca excreção Eliminação lenta no RN – evitar. Usar em dose baixa
Furosemida Estudos insuficientes Pode diminuir o leite. Somente utilizar se houver necessidade clínica
Espironolactona Pouca excreção Permitido
Atenolol Excreção aumentada Evitar
Metoprolol Pouca excreção Permitido
Carvediolol Estudos insuficientes Incerto
Propranolol Pouca excreção Permitido
Bisoprolol Estudos insuficientes Incerto (aparentemente seguro)
Hidralazina Pouca excreção Permitido
Metildopa Pouca excreção Permitido

11.8. Risco cardiovascular futuro

As síndromes hipertensivas da gravidez são um marcador de risco futuro (I: A), e as mulheres em tal situação devem ser abordadas de forma mais atenta e integral para a prevenção efetiva de doença cardiovascular e renal (GR: I, NE: C). Pacientes que desenvolvem qualquer tipo de HA durante a gestação, principalmente com desfechos ruins como prematuridade e PE precoce, têm aumento consistente do risco de DCV e renal no futuro. 696 - 699 O risco de ser hipertensa crônica aumenta 3 a 4 vezes; e o de AVE, 1,8 vezes. Do mesmo modo, o risco de doença arterial coronariana (DAC) dobra com o envelhecimento. 696 , 697

Em estudo prospectivo, 698 a HA na gestação foi associada a maior incidência de DAC (HR: 1,8; IC 95%: 1,3 a 2,6; p <0,001), IC (HR: 1,7; IC 95%: 1,04 a 2,60; p = 0,03), estenose aórtica (HR: 2,9; IC 95%: 1,5 a 5,4; p <0,001) e insuficiência mitral (HR: 5,0; IC 95%: 1,5 a 17,1; p = 0,01), o que mostra um aumento de risco CV global de 30%. Dados do registro norueguês mostram que PE está associada a risco 3 a 15 vezes maior de DRC estágio V. 699 As síndromes hipertensivas da gravidez são um marcador de risco futuro, e essas mulheres devem ser abordadas de forma mais atenta e integral para uma prevenção efetiva de DCV e renal.

Mensagens principais
Classificação Pré-eclâmpsia, hipertensão crônica, pré-eclâmpsia sobreposta e hipertensão gestacional.
Prevenção Cálcio e ácido acetilsalicílico em pacientes de alto risco.
Tratamento não medicamentoso Não deve ser utilizado em situações de PAS acima de 160 mmHg persistente por mais de 15 minutos. Repouso relativo em hospital com monitoramento para pré-eclâmpsia. Internação em pacientes com hipertensão grave na gestação.
Conduta expectante Sugere-se conduta expectante entre 34 e 37 semanas de gestação em mulheres estáveis, sem piora clínica ou hipertensão grave.
Tratamento medicamentoso Indica-se tratamento medicamentoso urgente em caso de hipertensão grave e na presença de sinais premonitórios. Sugere-se iniciar tratamento medicamentoso quando a PA estiver acima de 150-160/100-110 mmHg, com o objetivo de manter a PA entre 120-160/80-100 mmHg. A escolha do medicamento anti-hipertensivo depende da experiência do médico assistente e da familiaridade com o fármaco escolhido e dos efeitos colaterais. Recomenda-se o uso de sulfato de magnésio para a prevenção e o tratamento da eclâmpsia.

12. Hipertensão Arterial na Criança e no Adolescente

12.1. Contexto Epidemiológico e Importância da Hipertensão em Pediatria

A prevalência da pressão arterial elevada (PAE) e da hipertensão arterial (HA) em crianças e adolescentes vem aumentando nos últimos anos. A prevalência atual de HA na idade pediátrica mostra-se de 3% a 5%, enquanto a de PAE é estimada entre 10-15%. 700 , 701 Na faixa etária de 7 a 12 anos, as prevalências de PAE e HA são de 4,7% e 1,9% respectivamente, ambas mais prevalentes entre os obesos. 702

O Estudo dos Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) avaliou 73.399 estudantes Brazileiros de 12 a 17 anos. A prevalência total de PAE no Brazil foi de 14,5%, taxa máxima de 29,3%, nos meninos entre 15-17 anos. A prevalência geral de HA foi de 9,6%, do mesmo modo, mais elevada entre os mais velhos. O estudo mostrou que 17,8% da prevalência de HA nos adolescentes pode ser atribuída à obesidade. 703

Na maioria das vezes, a HA pediátrica é assintomática, mas até 40% das crianças hipertensas apresentam hipertrofia ventricular esquerda (HVE) na ocasião de seu diagnóstico inicial. A HVE, apesar de oligossintomática na infância, é um precursor de arritmias e IC em adultos. 704 A HA pediátrica, também pode estar associada ao desenvolvimento de outras alterações de órgãos-alvo, como o aumento do espessamento da camada média-intimal da carótida, a redução da distensibilidade arterial e o estreitamento arteriolar na retina. Recomenda-se que a medida da PA seja realizada no mínimo anualmente, a partir dos 3 anos de idade. 705

12.2. Definição e Etiologia

Nas crianças e nos adolescentes, as definições de PAE e HA estão relacionadas com as curvas de distribuição normal da pressão arterial (PA) e sua distribuição por percentis. Utiliza-se para isso o método auscultatório, levando-se em consideração sexo, idade e percentil de altura da criança. 164 , 706 , 707

Em 2017, foram feitas modificações nos valores normativos da PA e nas recomendações para o diagnóstico e o manejo da HA na faixa etária pediátrica, 5 , 705 após a exclusão de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade. O termo pré-hipertensão foi substituído por PAE. As novas recomendações, apresentadas adiante, redefinem o estadiamento da HA na infância e na adolescência, simplificam as recomendações para a avaliação preventiva da PA em consultas pediátricas de rotina, racionalizam o manejo inicial dos pacientes com diagnóstico de PAE ou HA e ampliam a importância da avaliação por MAPA no diagnóstico e no manejo da HA pediátrica.

O Quadro 12.1 apresenta a definição atualizada de PA normal, PA elevada, estágios 1 e 2 de HA na criança e no adolescente, de acordo com idade, sexo e percentil de altura. 705 Quanto mais jovem a criança e com maiores elevações da PA, maior a chance de se tratar de HA secundária. As nefropatias parenquimatosas e obstrutivas e a estenose de artéria renal são responsáveis por aproximadamente 60-90% desses casos, podendo acometer todas as faixas etárias. Distúrbios endócrinos, como o excesso de mineralocorticoide, corticoide ou catecolaminas; doenças da tireoide; e hipercalcemia – associada ao hiperparatireiodismo – correspondem a aproximadamente 5% dos casos. Diagnostica-se a coarctação da aorta em 2% dos casos, sendo 5% dos casos atribuíveis a outras etiologias, como efeitos adversos de fármacos vasoativos e imunossupressores, abuso de medicamentos esteroides, alterações no sistema nervoso central e aumento da pressão intracraniana. 164 , 705 - 707

Quadro 12.1. – Definição atualizada da pressão arterial de acordo com a faixa etária.

Crianças de 1 a 13 anos de idade Crianças com idade ≥13 anos
PA normal: < P90 para idade, sexo e altura PA normal: < 120 / < 80 mm Hg
Pressão arterial elevada: PA ≥ P90 e < 95 percentil para idade, sexo e altura ou PA 120/80 mmHg mas < P95 (o que for menor) Pressão arterial elevada: PA120 / <80 mmHg a PA129 / <80 mm Hg
Hipertensão estágio 1: PA ≥ P95 para idade, sexo e altura até < P95 + 12 mmHg ou PA entre 130/80 até 139/89mmHg (o que for menor) Hipertensão estágio 1: PA 130/80 ou até 139/89 mm Hg
Hipertensão estágio 2: PA ≥ P95 + 12 mmHg para idade, sexo e altura ou PA ≥ 140/90 mmHg (o que for menor) Hipertensão estágio 2: PA ≥ 140/90mmHg

PA: pressão arterial; P: percentil. Adaptado de Flynn et al., 2017. 705

A HA primária parece ser a forma mais comum de HA no adolescente. É mais prevalente associada ao sobrepeso, à obesidade ou à história familiar de HA.

12.3. Diagnóstico

12.3.1. Métodos de Medida da PA

A medida da PA em crianças é recomendada em toda avaliação clínica. Convém ser medida anualmente em crianças e adolescentes ≥ 3 anos de idade, devendo-se respeitar as padronizações de medida estabelecidas. As crianças < 3 anos deverão ter a PA medida em situações específicas. A medida de PA deve ser repetida em todas as consultas no caso de condições de risco como obesidade, doença renal, coarctação de aorta, DM ou utilização crônica de medicamentos reconhecidamente associados a elevação de PA. A execução correta da técnica de medida de PA, segundo padronização previamente estabelecida, mostra-se condição obrigatória para a obtenção de valor fidedigno de medida e categorização correta da PA pediátrica. 176 , 705 Deve ser medida preferencialmente no braço direito, com o paciente deitado até os 3 anos de idade e, nas crianças maiores, em posição sentada com o braço apoiado ao nível do coração, utilizando o manguito correto. O comprimento da bolsa inflável deve ser de 80% a 100% da circunferência do braço (CB) e a largura de, pelo menos, 40% da CB. Convém a PA ser avaliada conforme descrito no Capítulo 3. Observar, pelo método auscultatório, se os sons de Korotkoff são ouvidos até 0 mmHg. Considera-se como PAD o ponto em que o som se abafa (Korotkoff fase IV). Na primeira consulta, a PA deve ser avaliada nos quatro membros e, quando realizada em membros inferiores (MMII), coloca-se o paciente em decúbito ventral, utilizando-se manguito de tamanho apropriado colocado na coxa e o estetoscópio sobre a artéria poplítea. A PAS em MMII costuma ser 10% a 20% mais elevada do que a PA medida na artéria braquial. 164 Os Quadros 12.2 e 12.3 apresentam os valores de PA normal, PA elevada e HA estágios 1 e 2, de acordo com sexo, idade e percentil de altura, adaptados da publicação de Flynn et al., 2017. 705 Alguns autores consideram o método oscilométrico como alternativa inicial de triagem adequada para crianças e adolescentes, o que justificaria a construção de quadros utilizando dispositivos validados. 708 , 709 No Brazil, Jardim et al. elaboraram uma curva de pressão arterial para adolescentes escolares de 12 a 17 anos sem excesso de peso, pelo método oscilométrico. 710

Quadro 12.2. – Valores de pressão arterial para meninos de acordo com a idade e o percentil de estatura.

graphic file with name 0066-782X-abc-116-03-516-gt01-en.jpg

Quadro 12.3. – Valores de pressão arterial para meninas de acordo com a idade e o percentil de estatura.

graphic file with name 0066-782X-abc-116-03-0516-gt02.jpg

Adaptado de Flynn et al, 2017. 705

As seguintes condições clínicas de risco determinam a necessidade de medida rotineira de PA em crianças < 3 anos de idade: prematuridade, muito baixo peso ao nascer, restrição de crescimento intrauterino, antecedente de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal ou de cateterização umbilical pós-natal, cardiopatias congênitas operadas ou não, infecção urinária de repetição, hematúria ou proteinúria, nefrouropatias, transplante de órgãos sólidos, doença oncológica ou transplante de medula óssea, uso crônico de medicamentos com reconhecido efeito de elevação de PA, doenças sistêmicas associadas a HA (neurofibromatose, esclerose tuberosa, anemia falciforme, entre outras) e evidência de hipertensão intracraniana. 705

Com relação à medida de PA do recém-nascido (RN), sugere-se que seja avaliada por metodologia oscilométrica. Uma compilação de valores normativos para PA no período neonatal está disponível para neonatos a partir de 15 dias de vida e idade gestacional pós-natal entre 26 a 44 semanas ( Quadro 12.4 ). 711 Dispositivos oscilométricos, devidamente validados para a faixa etária pediátrica, podem ser usados para a avaliação inicial da PA. Se houver suspeita de PA elevada com base em leituras oscilométricas, medidas confirmatórias devem ser realizadas por metodologia auscultatória. O diagnóstico de HA pediátrica baseia-se na confirmação de valores de PA ≥ percentil 95 em três visitas diferentes por metodologia auscultatória. 705 O Quadro 12.5 oferece uma opção simplificada de valores de PA que sugerem a necessidade de avaliação clínica adicional. 705 , 711

Quadro 12.4. – Valores estimados de pressão arterial após duas semanas de vida em neonatos de 26 a 44 semanas de idade pós-concepção.

Idade pós-concepção Percentil 50 Percentil 95 Percentil 99
44 semanas      
PAS 88 105 110
PAD 50 68 73
PAM 63 80 85
42 semanas      
PAS 85 98 102
PAD 50 65 70
PAM 62 76 81
40 semanas      
PAS 80 95 100
PAD 50 65 70
PAM 60 75 80
38 semanas      
PAS 77 92 97
PAD 50 65 70
PAM 59 74 79
36 semanas      
PAS 72 87 92
PAD 50 65 70
PAM 57 72 71
34 semanas      
PAS 70 85 90
PAD 40 55 60
PAM 50 65 70
32 semanas      
PAS 68 83 88
PAD 40 55 60
PAM 50 65 70
30 semanas      
PAS 65 80 85
PAD 40 55 60
PAM 48 65 68
28 semanas      
PAS 60 75 80
PAD 38 50 54
PAM 45 58 63
26 semanas      
PAS 55 72 77
PAD 30 50 56
PAM 38 57 63

PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; PAM: pressão arterial média. Adaptado de Dionne et al., 2012. 711

Adaptado de Flynn et al., 2017. 705

Quadro 12.5. – Valores de PA considerados como sinal de alerta para a necessidade de avaliação clínica adicional segundo a idade cronológica.

Idade Sexo masculino Sexo feminino
PAS PAD PAS PAD
1 98 52 98 54
2 100 55 101 58
3 101 58 102 60
4 102 60 103 62
5 103 63 104 64
6 105 66 105 67
7 106 68 106 68
8 107 69 107 69
9 107 70 108 71
10 108 72 109 72
11 110 74 111 74
12 113 75 114 75
≥13 120 80 120 80

PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica. Adaptado de Flynn et al., 2017. 705

12.4. Anamnese

Devem ser detalhados dados de nascimento, crescimento e desenvolvimento, antecedentes pessoais de doenças renais, urológicas, endócrinas, cardíacas e neurológicas e hábitos de vida, bem como o uso de medicamentos e outra substâncias que possam alterar a PA. A investigação de antecedentes familiares para HA, doenças renais e outros FRCV é fundamental. Crianças ≥ 6 anos de idade não necessitam ser submetidas a rastreamento extensivo para causas secundárias de HA, se apresentarem antecedentes familiares positivos para HA, sobrepeso ou obesidade e/ou não apresentarem anamnese ou exame físico sugestivos de causas secundárias de HA. 705 , 712

12.5. Exame Físico

Ao exame físico, deve-se calcular o índice de massa corporal (IMC) 713 e procurar indícios de HA secundária (ver Capítulo 15). 714

12.6. Exames complementares

Os exames laboratoriais e de imagem solicitados têm como objetivo definir a etiologia (primária ou secundária) e detectar lesão de órgãos-alvo (LOA) e fatores de risco cardiovasculares (FRCV) associados à HA (Quadros 12.6 e 12.7 ). 705 , 715 A avaliação de órgãos-alvo deve ser realizada em cada criança e adolescente com HA classificada nos estágios 1 e 2. O estudo do sono, por meio da polissonografia, está indicado para crianças e adolescentes com transtorno de sono detectado pela anamnese. 705

Quadro 12.6. – Investigação inicial de crianças e adolescentes com HA.

Hemograma completo
Função renal e eletrólitos (incluindo cálcio, fósforo e magnésio)
Perfil lipídico
Acido úrico sérico
Glicemia de jejum
Exame de urina tipo 1 e urocultura
Fundoscopia
Radiografia de tórax
Ecodopplercardiograma
US renal e de vias urinárias com Doppler de artérias renais
US: ultrassonografia.

Quadro 12.7. – Sugestão para estadiamento da PA ambulatorial em crianças e adolescentes.

Classificação PA no consultório PAS/PAD ambulatorial Carga sistólica/diastólica
PA normal < P90 < P95 <25%
Hipertensão avental branco ≥ P95 < P95 <25%
PA elevada ≥ P90 ou > 120/80mmHg < P 95 ≥ 25%
Hipertensão mascarada < P95 < P95 ≥ 25%
Hipertensão ambulatorial > P95 > P95 (> P90 HA 2aria) 25 a 50%
Hipertensão ambulatorial grave >P95 > P95 > 50%

PA: pressão arterial; P: percentil. Adaptado de Flynn et al., 2017. 705

12.7. Monitorização Ambulatorial de Pressão Arterial (MAPA)

A MAPA deve ser realizada para a confirmação da HA em crianças e adolescentes com medidas de PA de consultórios compatíveis com PA elevada por, pelo menos, um ano ou com valores de PA compatíveis com HA estágio 1 em três consultas ambulatoriais. 705 Deve também ser considerada como parte da investigação de rotina nos casos de HA secundária, DRC, diabetes melito (DM), apneia obstrutiva do sono (AOS), obesidade, pós-operatório de coarctação de aorta, prematuridade, transplante de órgãos sólidos e HARf. O procedimento deve seguir técnicas padronizadas e utilizar monitores validados para uso pediátrico e dados normativos pediátricos. 716

As 6 as diretrizes de MAPA e as 4 as diretrizes de monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) trazem as informações necessárias para a análise da MAPA em crianças e adolescentes. 186 A categorização da PA pela MAPA leva em conta, além da medida de PA, os parâmetros da chamada carga pressórica e a presença de dipping de PA durante o sono, conforme demonstrado no Quadro 12.7 . 713

12.8. Aspectos Terapêuticos

Os principais objetivos do tratamento da HA na infância e na adolescência são evitar a LOA e a manutenção da HA na vida adulta. Seu planejamento depende da etiologia da HA, do risco cardiovascular (CV) associado ou não a outras doenças de base e da presença de LOA (NE: C). 705

12.9. Terapêutica Não Farmacológica

A terapêutica não farmacológica deve ser introduzida para todos os pacientes pediátricos com valores de PA acima do percentil 90 ou PA < 130/80 (≥ 13 anos de idade) (NE: C). 705 Inclui redução de peso, exercício físico, intervenção dietética e controle de estresse. A associação entre estas quatro medidas tem efeito potencializado, quando comparado com o efeito individual de cada intervenção. 705

A redução de peso apresenta bons resultados, sendo que a utilização da abordagem motivacional parece ser o método mais eficaz no controle da associação entre obesidade e HA na infância (NE: C). 717 Toda criança/adolescente deve realizar, pelo menos, 300 min/semana de atividades físicas moderadas/vigorosas para a manutenção a saúde. Além disso, deve-se limitar o tempo de comportamento sedentário (tempo sentado ou deitado) da população dessa faixa etária. O exercício físico estruturado apresenta maior impacto sobre os valores de PAS. 717 Recomenda-se a execução de exercícios aeróbicos (30-60 minutos) em intensidade moderada, pelo menos, três vezes por semana, se possível diariamente. 705 O treinamento resistido pode ser realizado em complemento. Esportes competitivos não são recomendados para pacientes com HA estágio 2 ainda não controlada (NE:C). 718

A intervenção dietética deve incluir a restrição do consumo de sódio, assim como pode incluir a suplementação de potássio e cálcio. Estudos observacionais demonstram o efeito positivo de polifenóis do azeite de oliva. 705 , 719 Recomenda-se a dieta DASH, com ênfase no aumento de alimentos de origem vegetal e na redução da ingestão de açúcares e doces. Tal medida é especialmente eficaz na HA associada à obesidade (NE: B). 719 - 721 Recomenda-se ainda o controle de estresse nessa faixa etária, podendo ser utilizadas diferentes formas de meditação, mindfulness ou ioga (NE: C). 705

12.10. Terapêutica Farmacológica

A terapêutica farmacológica deve ser iniciada para casos pediátricos com HA sintomática, secundária a DRC ou DM, presença de LOA, HA estágio 2 sem causa modificável aparente e HA persistente não responsiva à mudança de estilo de vida (MEV) (NE: B). 705 O tratamento tem como alvo a redução da PA abaixo do percentil 90 (NE: C). Inicia-se com um agente anti-hipertensivo em sua menor dose e aumenta-se a dose a cada duas a quatro semanas até o alvo. Caso não seja suficientemente efetivo, adicionam-se outras classes de medicamentos em sequência. Como muitas classes de medicamentos determinam retenção de sal e água, recomenda-se considerar a associação de tiazídico como segundo medicamento. Os eventos adversos associados à utilização dos agentes anti-hipertensivos em crianças e adolescentes têm-se mostrado, em geral, de grau menor (NE: B). 705 , 722

A utilização de todas as classes de anti-hipertensivos parece segura, pelo menos, a curto prazo. 722 No entanto, diretrizes internacionais recentes recomendam a utilização preferencial de inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA), BRA, BCC de ação longa ou DIU tiazídicos como fármacos de primeira linha. No caso de necessidade de um terceiro anti-hipertensivo, recomendam-se alfabloqueadores, BB, simpatolíticos de ação central ou poupadores de potássio (NE: C). 705 , 722

Sugere-se que, na HA secundária, a escolha do anti-hipertensivo seja feita em consonância com o princípio fisiopatológico envolvido, considerando as comorbidades presentes em cada caso. 719 - 726 Em pacientes com HA resistente, deve-se instituir maior redução da ingestão de sódio, além de pesquisa detalhada da utilização de substâncias ou alimentos que causam HA, detalhamento da adesão ao esquema terapêutico e otimização máxima deste esquema (NE: C). 705

Em caso de não resposta a monoterapia por mais de 6 meses, considera-se o encaminhamento ao especialista em HA na criança e no adolescente (NE: C). 727 O Quadro 12.8 apresenta os medicamentos utilizados em pediatria e suas doses. 705 , 725 , 726

Quadro 12.8. – Medicamentos anti-hipertensivos utilizados em crianças e adolescentes no Brazil.

Fármaco Idade Dose inicial Dose máxima Intervalo
Clonidina > 12 a 0,2 mg/dia 2,4 mg/dia 12h
Atenolol   0,5-1 mg/kg/dose 2 mg/kg/dia (máx. 100 mg/dia) 12-24 h
Propranolol   1-2 mg/kg/dose 4 mg/kg/dia (máx. 640 mg/dia) 8-12 h
Anlodipino 1-5 anos 0,1 mg/kg/dose 0,6 mg/kg/dia (máx. 5 mg/dia) 24 h
  > 6 anos 2,5 mg/dia 10 mg/dia 24 h
Isradipino Criança 0,05-0,1 mg/kg/dose 0,6 mg/kg/dia (máx. 10 mg/dia) 8-12 h
Felodipino > 6 anos 2,5 mg/dia 10 mg/dia 24 h
Nifedipino XL   0,25-0,5 mg/kg/dose 3 mg/kg/dia (máx. 120 mg/dia) 12-24 h
Candesartana 1-5 anos 0,02 mg/kg/dose (máx. 4 mg/dia) 0,4 mg/kg/dia (máx. 16 mg/dia) 12-24 h
Olmesartana > 6 anos < 35 kg: 10 mg/dia < 35 kg: 20 mg/dia 24h
    > 35 kg: 20 mg/dia > 35 kg: 40 mg/dia 24 h
Losartana > 6 anos 0,7 mg/kg/dia (máx. 50 mg/dia) 1,4 mg/kg/dia (máx. 100 mg/dia) 24 h
Valsartana > 6 anos 1,3 mg/kg/dia 2,7 mg/kg/dia (máx. 160 mg/dia) 24 h
Prazosina > 12 anos 0,05-0,1 mg/kg/dose 0,5 mg/kg/dia 8 h
Furosemida   0,5-2 mg/kg/dose 6 mg/kg/dia 4-12 h
Espironolactona   1 mg/kg/dose 3,3 mg/kg/dia 6-12 h
Clortalidona > 40 kg 0,3 (máx. 50 mg/dia) 2 mg/kg/dia 24 h
Hidroclorotiazida   1 mg/kg/dose 2 mg/kg/dia (máx. 37,5 mg/dia)  
Benazeprila > 6 anos 0,2 (máx. 10 mg/dia) 0,6 mg/kg/dia (máx. 40 mg/dia) 24 h
Captoprila Lactente 0,05 mg/kg/dose 6 mg/kg/dia 6-24h
  Criança 0,5 mg/kg/dose 6 mg/kg/dia 8 h
Enalaprila > 1 mês 0,08 mg/kg/dose 0,6 mg/kg/dia (máx. 40 mg/dia) 12-24 h
Fosinoprila > 6 anos 0,2 mg/kg/dose (máx. 10 mg/dia) 0,6 mg/kg/dia (máx. 40 mg/dia) 24 h
Lisinoprila > 6 anos 0,07 mg/kg/dose (máx. 5 mg/dia) 0,6 mg/kg/dia (máx. 40 mg/dia) 24 h
Ramiprila   1,6 mg/m 2 /dia 0,6 mg/kg/dia 24 h
Hidralazina   0,75 mg/kg/dose 7,5 mg/kg/dia (máx. 200 mg/dia) 6 h
Minoxidila < 12 anos 0,2 mg/kg/dose 50 mg/dia 6-8 h
  < 12 anos 5 mg/dia 100 mg/dia  

Máx.: máximo; h: horas.

12.11. Seguimento de Crianças e Adolescentes com HA

A frequência do acompanhamento de crianças e adolescentes com HA dependerá de sua gravidade e sua necessidade de tratamento. Nos pacientes submetidos apenas a terapia não farmacológica, deve-se acompanhar clinicamente a cada 3 a 6 meses, utilizando a MRPA como adjuvante do controle.

Nos que necessitarem medicação, logo após a introdução inicial, o seguimento deve ser quinzenal ou mensal até a determinação da dose ideal ou da necessidade de associação. Em uma fase intermediária, a cada 4 a 6 semanas, e trimestralmente quando a HA estiver controlada.

Na consulta de seguimento, devem-se detalhar a adesão e os efeitos colaterais. A solicitação de exames laboratoriais dependerá da medicação utilizada, da gravidade da HA e das doenças de base existentes, assim como a frequência de checagem de LOA dependerá da doença de base e da gravidade da HA. A solicitação da MAPA no seguimento está indicada quando não houver controle da HA ou nos casos de risco de hipertensão mascarada (HM), como no pós-operatório tardio de coarctação de aorta (NE: C). 705

12.12. Crise Hipertensiva

A emergência hipertensiva (EH) e a urgência hipertensiva (UH) estão definidas no Capítulo 13. 727 Não há consenso quanto ao nível de PA para definir EH, 728 embora alguns autores sugiram como ponto de corte 20% acima do estágio 2 de HA (> percentil 99). 729 Já a Associação Americana de Pediatria (AAP) define EH como qualquer condição em que a criança apresenta PA acima do estágio 2 de HA. A AAP alerta, no entanto, que crianças com PA > percentil 95 + 30mmHg correm maior risco de complicações. Geralmente, as EH são secundárias a doença subjacente que necessita investigação, 705 e seu tratamento deve ser realizado com o paciente internado, na maioria das vezes em UTI, com medicação intravenosa (IV). Pacientes com UH, sem sinais de comprometimento de órgãos-alvo, podem fazer uso inicialmente de alfa-agonistas centrais, vasodilatadores ou BCC. 705 O objetivo do tratamento é reduzir a PA em 25% nas primeiras 8h, seguida de uma redução lenta em torno de 24-48h, até alcançar o percentil 95, uma vez que a redução rápida poderá acarretar danos, principalmente cerebrais. 730 , 731 O Quadro Quadro 12.9 apresenta os medicamentos mais utilizados na EH pediátrica (NE: C).

Quadro 12.9. – Principais medicamentos e doses pediátricas utilizados para controle da emergência hipertensiva.

Medicamento Via Dose Início da ação Duração
Nitroprussiato de sódio IV 0,5-10 µg/kg/min Segundos Somente durante a infusão
Labetamol IV 0,25-3 mg/kg/h ou dose em bolo de 0,2-1 mg/kg seguida de infusão de 0,25-3 mg/kg/h 2-5 min 2-4 h
Nicardipina IV 1-3 µg/kg/min 2-5 min 30 min-4 h, maior quanto mais longo o uso
Hidralalizina IV IM 0,2-0,6 mg/kg em bolo IV ou IM, máx. = 20mg 10-30 min 4-12 h
Esmolol IV Ataque 100-500 µg/kg seguido de infusão 50-300 µg/kg/min Segundos 10-30 min
Fentolamina IV 0,05-0,1 mg/kg em bolo máx. = 5 mg/dose Segundos 15-20 min

IV: intravenoso; IM: intramuscular; min.: minuto; h: hora. Adaptado de Flynn et al., 2017. 705

Mensagens principais
Toda criança e adolescente ≥ 3 anos de idade deve ter a PA verificada anualmente.
Crianças < 3 anos de idade devem ter a PA medida em caso de prematuridade, muito baixo peso ao nascer, restrição de crescimento intrauterino, antecedente de internação em UTI neonatal, cardiopatias congênitas, nefrouropatias, transplante de órgãos sólidos, doença oncológica, uso crônico de medicações que elevam a PA, doenças sistêmicas associadas a HA e evidência de hipertensão intracraniana.
Toda criança/adolescente ≥ 3 anos de idade, com excesso de peso, uso crônico de medicações que elevam a PA, doença renal, coarctação de aorta e diabetes, deve ter sua PA verificada em qualquer avaliação clínica.
Será feito o diagnóstico de HA na criança e no adolescente no ambulatório, quando pelo método auscultatório a PA estiver > percentil 95 em três visitas distintas, de acordo com idade, sexo e percentil de estatura.
Em crianças e adolescentes com diagnóstico de HA, as metas referentes à terapia não farmacológica e farmacológica devem ser a redução da PA < percentil 90 de acordo com idade, sexo e percentil de estatura e <130/80mmHg em adolescentes ≥ 13 anos de idade.

13. Crise Hipertensiva

13.1. Definição

Os termos urgência e emergência hipertensiva surgiram como proposta para uma classificação operacional da crise hipertensiva (CH), em 1993, pelo V Joint National Committee on Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure . 732

As urgências hipertensivas (UH) são situações clínicas sintomáticas em que há elevação acentuada da pressão arterial (PA) (definida arbitrariamente como PA sistólica (PAS) ≥ 180 e/ou diastólica (PAD) ≥ 120 mm Hg) sem lesão aguda e progressiva em órgãos-alvo (LOA) e sem risco iminente de morte. 5 , 164 , 733 , 734

Já as emergências hipertensivas (EH) são situações clínicas sintomáticas em que há elevação acentuada da PA (definida arbitrariamente como PAS ≥ 180 e/ou PAD ≥ 120 mm Hg) com LOA aguda e progressiva, com risco iminente de morte. 5 , 164 , 733 , 734

Uma condição comum nos setores de emergência é a pseudocrise hipertensiva (PCH). Na PCH, não há LOA aguda ou risco imediato de morte. Geralmente, ocorre em hipertensos tratados e não controlados, ou em hipertensos não tratados, com medidas de PA muito elevadas, mas oligossintomáticos ou assintomáticos. Também se caracteriza como PCH a elevação da PA diante de evento emocional, doloroso, ou de algum desconforto, como enxaqueca, tontura rotatória, cefaleias vasculares e de origem musculoesquelética, além de manifestações da síndrome do pânico. 733 , 734

13.2. Classificação

A EH não é definida pelo nível da PA, apesar de frequentemente muito elevada, mas predominantemente pelo status clínico do paciente. Pode manifestar-se como um evento cardiovascular, cerebrovascular, renal ou com envolvimento de múltiplos órgãos ou mesmo na forma de pré-eclâmpsia com sinais de gravidade/eclâmpsia. Nesse contexto, o Quadro 13.1 mostra a classificação das EH. O Quadro 13.2 diferencia UH da EH com relação ao diagnóstico, prognóstico e conduta.

Quadro 13.1. – Classificação das emergências hipertensivas.

EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS
  • Cerebrovasculares

  • • Encefalopatia hipertensiva

  • • Acidente vascular encefálico isquêmico

  • • Acidente vascular encefálico hemorrágico

  • • Hemorragia subaracnóidea

  • Cardiocirculatórias

  • • Dissecção aguda de aorta

  • • Edema agudo de pulmão com insuficiência ventricular esquerda

  • • Síndromes coronarianas agudas

  • Renais/comprometimento de múltiplos órgãos

  • • Hipertensão acelerada/maligna

  • • Hipertensão MDO

  • • Crises adrenérgicas graves

  • • Crise do feocromocitoma

  • • Dose excessiva de drogas ilícitas (cocaína, crack, LSD)

  • • Hipertensão na gestação

  • • Eclâmpsia

  • • Pré-eclâmpsia com sinais de gravidade

  • • Síndrome “HELLP”

  • • Hipertensão grave em final de gestação

MDO: múltiplos danos aos órgãos-alvo. HELPP: hemolysis, elevated liver enzymes, low platelets. Adaptado de Malachias et al., 2016; 164 Bortolotto et al., 2018; 733 Martion & Ribeiro, 2015; 734 Whelton et al., 2018 5 ; Cremesp, 2004; 746 Williams et al., 2018; 37 Ma et al., 2020. 778

Quadro 13.2. – Diagnóstico, prognóstico e conduta nas urgências e emergências hipertensivas.

Urgência Emergência
Nível pressórico elevado acentuado Nível pressórico elevado acentuado
Sem LOA aguda e progressiva Com LOA aguda e progressiva
Combinação medicamentosa oral Fármaco parenteral
Sem risco iminente de morte Com risco iminente de morte
Acompanhamento ambulatorial precoce (7 dias) Internação preferencial em UTI

LOA: lesão em órgãos-alvo; UTI: unidade de tratamento intensivo.

13.3. Principais Aspectos Epidemiológicos, Fisiopatogênicos e Prognósticos

13.3.1. Epidemiologia

A CH responde por 0,45% a 0,59% de todos os atendimentos de emergência hospitalar e EH por 25% de todos os casos de CH. O acidente vascular encefálico isquêmico (AVEI) e o edema agudo de pulmão (EAP) são as situações mais encontradas nas EH. 735 - 737 É condição clínica de incidência decrescente nas últimas décadas. 738 - 740

13.3.2. Fisiopatogenia

Tendo em vista que a PA sistêmica é resultante do produto do débito cardíaco (DC) pela resistência vascular periférica (RVP), elevações agudas da PA podem resultar de alterações nessas variáveis. Assim, aumento do volume intravascular, da RVP, produção reduzida de vasodilatadores endógenos e/ou ativação de sistemas vasoconstrictores podem precipitar maior vasorreatividade resultando em CH. 741 , 742 A autorregulação tissular é suplantada, particularmente nos leitos vasculares cerebral e renal, causando isquemia local, o que desencadeia um círculo vicioso de vasoconstrição, lesão endotelial e ativação plaquetária, do sistema da coagulação e do sistema imune, com proliferação miointimal, necrose fibrinoide de arteríolas e isquemia em órgãos-alvo. 741 - 743 A curva de autorregulação é deslocada para a direita nos hipertensos crônicos, o que faz com que tanto o nível de PA atingido quanto a velocidade da elevação sejam importantes na gênese da EH. Por outro lado, esse deslocamento da curva de autorregulação predispõe à isquemia tissular em reduções agressivas da PA no tratamento das EH. 742 , 743

13.3.3. Prognóstico

A letalidade da EH, caso não tratada, é de aproximadamente 80% ao final de um ano, 739 e o tratamento anti-hipertensivo efetivo associa-se à melhora substancial em seu prognóstico. 740 A sobrevida de até 5 anos é maior em indivíduos com UH do que com EH. 735 , 744

13.4. Investigação Clinicolaboratorial Complementar 164,733,734

É essencial a realização de uma história clínica direcionada para a causa possível. A investigação clínica e a solicitação de exames devem prover a adequada avaliação da PA e a presença de LOA agudas. A PA deve ser medida inicialmente nos dois braços, de preferência em um ambiente calmo, e repetidamente até a estabilização (no mínimo, três medidas). Deve-se rapidamente coletar informações sobre a PA habitual do paciente e as situações que possam desencadear um aumento da PA e comorbidades; o uso de fármacos anti-hipertensivos ou sua descontinuação (particularmente inibidores adrenérgicos); ou a utilização de substâncias que aumentem a PA (ver Capítulo 15). Uma abordagem sistematizada com a avaliação de sinais/sintomas, exame físico e investigação complementar auxilia na verificação da presença de LOA aguda ou progressiva, mostrada no Quadro Quadro 13.3 .

Quadro 13.3. – Investigação clínico-complementar de acordo com as lesões de órgãos-alvo das emergências hipertensivas.

Principais lesões nas EH Sintomas Exame físico Investigação complementar a critério clínico
Cardiovasculares
  • - Dor ou desconforto no tórax, abdome ou dorso;

  • - Dispneia; fadiga; tosse.

  • - FC, ritmo, alteração de pulso, galope, estase jugular, congestão pulmonar, abdominal e periférica;

  • - Sopros cardíacos e vasculares;

  • - Palpação de pulsos nos quatro membros.

  • - ECG, saturação de O2, radiografia de tórax, marcadores de necrose miocárdica, BNP, desidrogenase láctica;

  • - Ecocardiograma;

  • - Angiotomografia, TC de tórax e RNM de tórax.

Neurológicas
  • - Tontura; cefaleia;

  • - Visão, audição ou fala alterada

  • - Nível de consciência ou coma; agitação, delírio ou confusão; convulsão; déficits focais; rigidez de nuca.

  • - TC crânio; RNM crânio.

Renais
  • - Alteração no volume e na frequência miccional.

  • - Edema ou desidratação;

  • - Alterações no aspecto da urina (hematúria);

  • - Massas e sopros abdominais.

  • - Urina I; creatinina; ureia; Na+; K+; cloro; gasometria.

Fundo de olho
  •  

  • - Papiledema; hemorragias; exsudatos.

  • - Alterações nos vasos como espasmos, cruzamentos arteriovenosos patológicos, espessamento na parede arterial e aspecto em fio de prata ou cobre.

Exames complementares mínimos
  • - ECG, radiografia de tórax, marcadores de necrose miocárdica, hemograma com plaquetas, creatinina, urina I e potássio.

EH: emergência hipertensiva; FC: frequência cardíaca; ECG: eletrocardiograma; BNP: peptídeo natriurético atrial; TC: tomografia computadorizada; RNM: ressonância nuclear magnética. Adaptado de Malachias et al., 2016; 164 Bortolotto et al., 2018; 733 Martion & Ribeiro, 2015; 734 Whelton et al., 2018; 5 Vilela-Martin et al., 2020. 747

13.5. Tratamento Geral da Crise Hipertensiva

O tratamento da UH ( Figura 13.1 ) deve ser iniciado após um período de observação em ambiente calmo, condição que ajuda a afastar casos de PCH (conduzidos somente com repouso ou uso de analgésicos ou tranquilizantes). Para o tratamento agudo, indicam-se a captoprila e a clonidina. A captoprila, na dose de 25-50mg, tem seu pico máximo de ação em 60 a 90 minutos, enquanto a clonidina apresenta ação rápida, em torno de 30 a 60 minutos, na dose de 0,100 a 0,200mg. O uso de cápsulas de nifedipina de liberação rápida deve ser proscrito no tratamento das UH, por não ser seguro nem eficaz, além de provocar reduções rápidas e acentuadas da PA, o que pode resultar em isquemia tecidual. 745 , 746

Figura 13.1. – Fluxograma de atendimento da crise hipertensiva.

Figura 13.1.

Adaptada de Whelton et al., 2018. 5

Não há evidência de ensaios clínicos randomizados mostrando que os anti-hipertensivos reduzem a morbidade ou a mortalidade em indivíduos com EH. No entanto, baseando-se na experiência clínica e na evolução dos pacientes tratados, o tratamento anti-hipertensivo é benéfico e reduz a mortalidade. O tratamento dos pacientes com EH visa à redução rápida da PA com a finalidade de impedir a progressão das LOA. Os indivíduos devem ser admitidos preferencialmente em UTI, tratados com anti-hipertensivos intravenosos (IV) e monitorados cuidadosamente durante a terapia para evitar hipotensão. As recomendações gerais de redução da PA para EH devem ser (GR: I; NE: C): 5 , 164

  • • PA média ≤ 25% na 1 a hora;

  • • PA 160/100-110 mmHg nas próximas 2 a 6 h;

  • • PA 135/85 mmHg em um período de 24-48 h subsequentes.

Entretanto, as EH devem ser abordadas considerando o sistema ou o órgão-alvo acometido.

13.6. Emergências Hipertensivas em situações especiais

O Quadro 13.4 mostra os medicamentos indicados para as principais EH.

Quadro 13.4. – Medicamentos usados por via parenteral para o tratamento das emergências hipertensivas.

Fármacos Modo de administração e dosagem Início Duração Indicações Eventos adversos e precauções
Nitroprussiato de Sódio (vasodilatador arterial e venoso estimula a formação de GMPc) Infusão contínua 0,25-10 mg/kg/min IV Imediato 1-2 min Maioria das emergências hipertensivas Intoxicação por cianeto, hipotensão grave, náuseas, vômitos. Cuidado na insuficiência renal e hepática e pressão intracraniana alta. Proteger da luz.
Nitroglicerina (vasodilatador arterial e venoso) Infusão contínua IV 5-15mg/h 2-5 min 3-5 min Insuficiência coronariana, Insuficiência ventricular esquerda com EAP Cefaleia, taquicardia reflexa, taquifilaxia, flushing, meta-hemoglobinemia
Metoprolol (bloqueador beta-adrenérgico seletivo) 5 mg IV (repetir 10/10 min, se necessário até 20 mg) 5-10 min 3-4 h Insuficiência coronariana Dissecção aguda de aorta (em combinação com NPS) Bradicardia, BAV avançado, insuficiência cardíaca, broncoespasmo
Esmolol (bloqueador beta-adrenérgico seletivo de ação ultrarrápida) Ataque: 500μg/kg Infusão intermitente IV 25-50 μg/kg/min ↑ 25 μg/kg/min cada 10-20min. Máximo 300 μg/kg/min 1-2 min 1-20 min Dissecção Aguda de Aorta (em combinação com NPS) Hipertensão pós-operatória grave Náuseas, vômitos, BAV 1o grau, broncoespasmo, hipotensão
* Fentolamina (bloqueador α-adrenérgico) Infusão contínua IV: 1-5mg. Máximo 15mg 1-2 min 3-5 min Excesso de catecolaminas Taquicardia reflexa, flushing, tontura, náuseas, vômitos
* Trimetafan (bloqueador ganglionar do SNS e SNPS) Infusão contínua IV: 0,5-1,0 mg/min. ↑ 0,5mg/min até o máximo de 15mg/min 1-5 min 10 min Excesso de catecolaminas Dissecção aguda de aorta Taquifilaxia
Hidralazina (vasodilatador de ação direta) 10-20 mg IV ou 10-40 mg IM 6/6 h 10-30 min 3-12 h Eclâmpsia Taquicardia, cefaleia, vômitos. Piora da angina e do infarto. Cuidado com pressão intracraniana elevada
Diazóxido (vasodilatador da musculatura lisa arteriolar) Infusão IV 10-15min 1-3 mg/kg Máximo 150 mg 1-10 min 3-18 h Encefalopatia hipertensiva Retenção de sódio, água, hiperglicemia e hiperuricemia
* Fenoldopam (agonista seletivo dopaminérgico) Infusão contínua IV 0,1-1,6 μg/kg/min 5-10 min 10-15 min Insuficiência renal aguda Cefaleia, náuseas, rubor
* Nicardipina (bloqueador dos canais de cálcio) Infusão contínua IV 5-15mg/h 5-10 min 1-4 h Acidente vascular encefálico Encefalopatia hipertensiva Insuficiência ventricular esquerda com EAP Taquicardia reflexa, flebite evitar em pacientes com insuficiência cardíaca ou isquemia miocárdica
* Labetalol (bloqueador alfa/beta-adrenérgico) Ataque: 20-80mg 10-10min IV Infusão contínua IV 2mg/min (máximo 300mg/24h) 5-10 min. 2-6 h Acidente vascular encefálico Dissecção aguda de aorta (em combinação com NPS) Náuseas, vômitos, BAV, broncoespasmo, hipotensão ortostática
Enalaprilato (inibidor da ECA) Infusão intermitente IV 5,0 mg 6/6h até 20 mg 15 min. 4-6 h Insuficiência ventricular esquerda com EAP Hipotensão, insuficiência renal, gestação
Furosemida (diurético de alça) 20-60 mg IV (repetir após 30 min) 2-5 min 30-90 min. Insuficiência ventricular esquerda com EAP Situações de hipervolemia como DRC, GNDA Hipopotassemia

* Não disponíveis no Brazil. NPS = nitroprussiato de sódio; IV = intravenoso; EAP = edema agudo de pulmão; BAV = bloqueio atrioventricular; SNS = sistema nervoso simpático; SNPS = sistema nervoso parassimpático; ECA = enzima de conversão da angiotensina; DRC = doença renal crônica; GNDA= glomerulonefrite difusa aguda. Adaptado de Malachias et al., 2016; 16 4 Bortolotto et al., 2018; 733 Martion & Ribeiro, 2015; 734 Whelton et al., 2018; 5 Vilela-Martin et al., 2020. 747

13.6.1. Encefalopatia Hipertensiva 747,748

A encefalopatia hipertensiva é uma EH neurológica caracterizada por sinais e/ou sintomas de edema cerebral secundário à elevação súbita e/ou mantida da PA. Geralmente, ocorre em hipertensos crônicos que desenvolvem hipertensão acelerada-maligna ou nos indivíduos previamente normotensos que apresentam elevações súbitas da PA, que cursam com falência dos mecanismos de autorregulação da perfusão cerebral. O início é insidioso e evolui com cefaleia, náuseas ou vômitos. Podem surgir alterações do campo visual, fotopsia, visão turva, alucinações visuais, confusão mental, coma, crises convulsivas generalizadas e hiper-reflexia. O objetivo do tratamento consiste em diminuir a PA de forma lenta porque reduções intensas e rápidas podem provocar hipoperfusão cerebral e perda do mecanismo de autorregulação cerebral. Recomenda-se o uso de nitroprussiato de sódio (NPS) em nosso meio. Em outros países, estão disponíveis e indicados nicardipina, clevidipina, labetalol ou fenoldopam. Nas primeiras 24 a 48 h, anti-hipertensivos de ação oral devem ser iniciados para o melhor controle da PA.

13.7. Acidente Vascular Encefálico (AVE)

A hipertensão é o principal fator de risco para o AVE, principalmente o hemorrágico (AVEH). 749 O diagnóstico baseia-se no exame neurológico completo; e, para avaliação da gravidade do quadro, deve ser utilizada a escala do National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS). A TC e a RNM de crânio possibilitam definir o tipo do AVE (AVEI em 85% ou AVEH em 15% dos casos) e o território envolvido. 164 , 750 A RNM é mais sensível do que a TC para os infartos incipientes.

13.7.1. Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVEI)

A PA frequentemente diminui espontaneamente em um período de 90 a 120 minutos durante a fase aguda. As recomendações são as seguintes:

  1. 1. Em caso de AVEI com indicação de trombólise, recomenda-se uma redução da PA < 185/110 mmHg antes da terapia fibrinolítica (GR: I; NE: B). 5 , 652 Se a PA permanecer > 185/110 mmHg, a terapêutica trombolítica não deverá ser administrada. Essa recomendação também se aplica a indivíduos que serão submetidos à trombectomia. 751 A PA deve ser mantida < 180/105 mmHg nas primeiras 24h após trombólise.

  2. 2. A redução inicial da PA em 15% pode ser aplicada nos casos de PA muito elevada (≥ 220/120 mm Hg) e com outras EH associadas (dissecção de aorta, eventos coronarianos agudos, eclâmpsia, pós-trombólise e/ou EAP) (GR: I; NE: C). 5 , 652

  3. 3. Em pacientes com PA ≥ 220/120 mmHg que não receberem trombolítico e não apresentarem outras EH que necessitem de tratamento anti-hipertensivo, o benefício de iniciar ou reiniciar tratamento da hipertensão nas primeiras 48 a 72h é incerto. Parece ser prudente reduzir PA em 15% durante as primeiras 24 h após o início do AVEI (GR: IIb; NE: C). 5 , 652

  4. 4. Iniciar ou reiniciar a terapia anti-hipertensiva durante a hospitalização em pacientes com PA ≥ 140/90 mmHg, que estejam neurologicamente estáveis, é seguro para melhorar o controle de PA a longo prazo (NE: B; CR: IIa). 5 , 652

  5. 5. Nos demais casos de AVEI, a redução da PA em 5 a 7 dias após o evento tem efeitos neurológicos controversos, sendo necessária a individualização do tratamento (GR: I; NE: A). 652

13.7.2. Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVEH)

A elevação da PA aumenta o risco de expansão do hematoma e o risco de morte, além de piorar o prognóstico da recuperação neurológica. No entanto, as evidências não são conclusivas para a rápida redução da PA. O edema cerebral ocorre em 30% dos casos e normalmente ocorre nas primeiras 24 h. Nesses casos, a craniectomia descompressiva e a transferência para centros especializados deve ser realizada (GR: I; NE: B). 5 , 752

Para indivíduos com apresentação aguda (< 6 h do início do AVEH):

  1. 1. PAS > 220 mmHg – considerar a redução da PA com infusão IV contínua e o monitoramento frequente da PA (GR: IIa; NE: C). 5 , 752

  2. 2. PAS entre 150 a 220 mmHg – reduzir a PA abaixo de 140 mmHg não apresenta benefícios para diminuir mortalidade ou incapacidade grave e é potencialmente perigoso (GR: III; NE: A). 5 , 752 Considerar alvo de PAS < 180 mmHg. 37

13.7.3. Síndromes Coronarianas Agudas

As síndromes coronarianas podem estar acompanhadas de elevação da PA, devido a um reflexo desencadeado pelo miocárdio isquêmico. Em consequência, o aumento da RVP eleva a demanda de oxigênio pelo miocárdio. O objetivo é reduzir a pós-carga sem aumentar a FC ou sem reduzir exageradamente a pré-carga, pois isso levaria a um incremento no consumo de oxigênio pelo miocárdio. A meta de PAS < 140 mmHg (evitar < 120 mmHg) e PAD entre 70-80 mmHg deve ser buscada, utilizando-se esmolol, metoprolol ou nitroglicerina (GR: I; NE: A). Os nitratos IV reduzem a RVP, melhoram a perfusão coronariana e têm importante efeito venodilatador sistêmico, diminuindo a pré-carga e o consumo de oxigênio pelo miocárdio. O uso de hidralazina, NPS ou nifedipina não está indicado, pois pode promover o roubo de fluxo. 164 , 733 Recomendam-se:

  1. a) A nitroglicerina (NTG) IV é indicada nas primeiras 48 horas para o tratamento de hipertensão, isquemia persistente e IC, desde que não haja hipotensão, infarto do ventrículo direito ou uso de inibidores da fosfodiesterase tipo 5 nas 48 horas anteriores (GR: I; NE: B). O uso de NTG não deve excluir a terapêutica com outras intervenções de redução de mortalidade comprovadas, como betabloqueadores (BB) ou IECA. 753 , 754

  2. b) BB IV em indivíduos com hipertensão que não apresentem: 1) sinais de IC; 2) evidência clínica de baixo DC; 3) aumento do risco para choque cardiogênico; ou 4) outras contraindicações relativas ao bloqueio beta (GR: IIa, NE: B). 753 , 756

13.7.4. Edema Agudo de Pulmão (EAP)

Cerca de 1/3 dos pacientes admitidos com EAP e EH têm a função ventricular esquerda preservada, e a isquemia miocárdica também pode estar envolvida na fisiopatogenia do EAP associado à EH. 755 , 756 A EH com EAP deve ser preferencialmente controlada em UTI, com medicação IV, monitoramento e diminuição gradativa da PA. NTG e NPS são utilizados com a finalidade de reduzir a pré e a pós-carga. O uso de diurético de alça também diminui a sobrecarga de volume e, consequentemente, a PA. Em alguns casos, o uso de pressão positiva contínua não invasiva de vias respiratórias pode ser indicado para reduzir o edema pulmonar e o retorno venoso. 747 , 748 , 757

13.7.4.1. Dissecção Aguda de Aorta

Em pacientes com dor precordial e elevação da PA, sempre considerar a dissecção aguda de aorta. A progressão da dissecção está relacionada com o valor de PA e a velocidade de ejeção ventricular. 758 É importante obter o controle adequado da dor (analgesia por opiáceos IV), o FC < 60 bpm e a PAS entre 100 e 120mmHg (GR: I; NE: B). 5 , 747 , 758 A PAS < 120 mmHg deve ser alcançada em 20 min. O uso isolado de NPS não é ideal, pois promove o aumento da FC e da velocidade de ejeção aórtica, podendo piorar a dissecção. 5 , 747 , 758 Assim, o NPS deve ser associado ao BB, inicialmente IV, de ação rápida e titulável (metoprolol, labetalol ou esmolol), para diminuir a FC. Em pacientes asmáticos, os bloqueadores dos canais de cálcio (BCC) não dihidropiridínicos podem ser usados como alternativa.

13.7.5. Pré-eclâmpsia/Eclâmpsia (ver Capítulo 11)

13.7.6. EH pelo Uso de Substâncias Ilícitas

As substâncias ilícitas que elevam a PA têm ação simpaticomimética, potencializando o efeito das catecolaminas, entre elas as anfetaminas e seu derivado ilegal ecstasy, além da cocaína e sua forma para fumar, o crack . 5 , 759 , 760 As anfetaminas aumentam a PA em dose-dependente, 761 causando taquicardia, palpitações, sudorese e arritmias, enquanto o ecstasy tem outros efeitos, além do aumento da FC e PA (síndrome serotoninérgica). 762

Quando a cocaína é utilizada por via intranasal, ocorre o aumento repentino e perigoso dos níveis da PA, observado 15 minutos após o uso. Em caso de hipertensão preexistente, pode haver maiores elevações da PA. 763 A vasoconstrição induzida pela cocaína depende da descarga simpática central, que se encontra suprimida com função barorreceptora intacta. Quando o tamponamento barorreflexo está prejudicado, ocorrem vasoconstrição adrenérgica excessiva e CH. 764

Nos casos mais leves, podem-se usar benzodiazepínicos e NTG sublingual. Nos mais graves, provavelmente será necessária terapia IV, e os agentes de escolha são NTG, NPS ou fentolamina. 759 , 760 É importante evitar os BB, pois podem levar à estimulação do receptor alfa-adrenérgico na presença do bloqueio beta-adrenérgico, causando espasmo de coronária. 763 Uma exceção pode ser o carvedilol, capaz de atenuar aumentos da FC e PA induzidos por cocaína na forma de crack . 765 Os BCC também podem ser usados nos casos de IAM devido ao uso de cocaína, situação em que a vasoconstrição coronariana seja a causa presumida. 760

Um complicador dessas intoxicações, seja como UH ou EH, é a ingestão concomitante de altas doses de cafeína (presente em energéticos), nicotina ou álcool, fato que aumenta o nível de NA plasmática. 766 Particularmente, a associação de álcool mais cocaína tem efeito tóxico maior do que o uso isolado de cada um, 767 , 768 aumentando o risco de morte súbita em 18 a 25 vezes, 769 por elevar a biodisponibilidade da cocaína. 770 O tratamento inclui o uso de BB, alfabloqueadores e BCCa, este administrado antes ou depois do consumo da cocaína. 760 , 771

13.7.7. Hipertensão Acelerada/Maligna

A hipertensão maligna caracteriza-se pela presença de hipertensão em geral grave, retinopatia com papiledema, com ou sem insuficiência renal e/ou cardíaca, necrose fibrinoide de arteríolas renais e endarterite obliterante, podendo apresentar evolução clínica rapidamente progressiva e fatal. A elevação da PA na presença de hemorragias retinianas e exsudatos ao fundo de olho, mas sem papiledema, é denominada hipertensão acelerada. Atualmente, os termos “maligna” e “acelerada” são considerados intercambiáveis, sendo o termo hipertensão acelerada/maligna mais usado para definir essa EH que, apesar de menos frequente, representa uma forma devastadora de elevação aguda da PA. 747 , 772 , 773 Seu prognóstico mostra-se quase sempre fatal, se não for reconhecida ou não tratada adequadamente, com uma mortalidade de cerca de 80% em dois anos, principalmente em decorrência de IC e DRC. 774 , 775 O tratamento eficaz da hipertensão maligna melhorou consideravelmente a sobrevida, mas ainda cursa com alto índice de complicações. 776 O modo mais racional de manuseá-la é preveni-la, instituindo-se tratamento precoce e eficiente para a hipertensão. Indivíduos com hipertensão grave que apresentem HVE importante e insuficiência renal devem ser acompanhados como previamente portadores de hipertensão acelerada/maligna.

Os pacientes devem ser internados para controle intensivo da PA com fármacos vasodilatadores de ação imediata, como NPS, que promove controle rápido da PA e torna os indivíduos mais responsíveis à terapêutica anti-hipertensiva clássica. 164 , 732 Durante o controle agudo, deve-se instituir anti-hipertensivos de uso oral, incluindo diuréticos, bloqueadores do sistema renina-angiotensina, BB, vasodilatadores de ação direta (hidralazina), agonistas adrenérgicos centrais (clonidina e metildopa) e BCC, quando necessário o uso de vários farmacos. 747 , 774 O uso de BB é melhor indicado nos casos de congestão pulmonar, devido à disfunção diastólica decorrente de grave HVE. A redução da PA deve ser gradual, mantendo-se níveis de PAD não inferiores a 100 mmHg nos primeiros dias de tratamento. Pode ocorrer deterioração inicial da função renal com elevação de creatinina, devido ao mecanismo de autorregulação do fluxo renal estar desviado para níveis muito superiores aos dos hipertensos leves ou dos normotensos. Assim, deve-se aguardar um período de readaptação para o retorno da creatinina aos valores basais. Às vezes, o tratamento dialítico pode ser necessário na fase mais aguda. O tratamento anti-hipertensivo dessa condição modificou a sobrevida de forma impactante (GR: IIa; NE: B).

13.7.8. Hipertensão com Múltiplos Danos aos Órgãos-alvo

A hipertensão com múltiplos danos aos órgãos-alvo (MDO), conhecida em inglês como MOD ( hypertension with multi organ damage ), é definida pela presença concomitante de envolvimento de três dos quatro sistemas a seguir: 777

  • • Renal (rápida deterioração da função renal ou proteinúria);

  • • Cardíaco (HVE importante ou disfunção sistólica, ou anormalidades da repolarização ventricular, ou aumento de troponina);

  • • Neurológico (AVE ou encefalopatia hipertensiva);

  • • Hematológico (hemólise microangiopática).

A definição da hipertensão MDO (na presença de acometimento de múltiplos órgãos-alvo) dispensa a presença de lesões fundoscópicas graus III ou IV de Keith-Wagener, que podem ocorrer tardiamente. 778 , 779 Ao comparar a hipertensão MDO com a hipertensão acelerada-maligna, observa-se que apresentam patogenia, significado clínico e prognóstico análogos, o que implica manejo clínico semelhante (GR: IIa; NE: B). 777 , 780

Mensagens principais
Crise hipertensiva: elevação aguda da pressão arterial (PA) sistólica ≥ 180 mm Hg e/ou PA diastólica ≥120 mmHg, que pode resultar ou não em lesões de órgãos-alvo (LOA), que é dividida em urgência hipertensiva (elevação da PA sem LOA e sem risco de morte iminente. Isso permite a redução da PA em 24 a 48 h) e emergência hipertensiva (elevação da PA com LOA aguda ou em progressão e risco imediato de morte; requer redução rápida e gradual da PA em minutos a horas, com medicamentos intravenosos).
A emergência hipertensiva pode se manifestar como um evento cardiovascular, cerebrovascular, renal e com envolvimento de múltiplos órgãos ou também na forma de pré-eclâmpsia com sinal de gravidade/eclâmpsia.
A elevação da PA sem LOA aguda e progressiva afasta EH.
Hipertensão arterial mal controlada por falta de adesão, hipertensão de difícil controle, urgência hipertensiva e pseudocrise hipertensiva são situações comuns de elevação da PA sem LOA aguda ou progressiva.
A gravidade da condição clínica não é determinada pelo nível absoluto da PA, e, sim, pela magnitude e tempo de sua elevação. A definição numérica serve como um parâmetro, mas não deve ser usada como critério diagnóstico absoluto.

14. Hipertensão Arterial no Idoso

14.1. Introdução

A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) consideram idoso todo indivíduo com 60 anos ou mais. Nos países de alta renda, onde a expectativa de vida é mais alta, o limite foi aumentado para 65 anos. 781 Existe uma faixa etária especial chamada de “muito idosos”, composta por aqueles com idade igual ou superior a 80 anos que representam o grupo de maior crescimento percentual populacional. 782

A prevalência de multimorbidade aumenta com a idade, de forma que mais de 2/3 dos muito idosos têm duas ou mais doenças crônicas. 783 , 784 Em estudo de base nacional da população idosa (ELSI-Brazil), mais de 60% tinham múltiplas doenças crônicas; e a hipertensão arterial (HA) foi a segunda mais prevalente, ficando atrás apenas da dor lombar crônica. 785 Esses pacientes geralmente recebem múltiplos fármacos em esquemas terapêuticos de difícil gerenciamento que aumentam o custo e o risco de interações medicamentosas.

Existe relação direta e linear da pressão arterial (PA) com a idade, sendo a prevalência de HA de aproximadamente 7% na população de 18 a 39 anos, chegando a mais de 60% na faixa etária acima de 65 anos. O estudo de Framingham demonstrou que quase 2/3 dos homens e 3/4 das mulheres apresentam HA aos 70 anos. 786 , 787

Embora estudos epidemiológicos tenham sugerido maior sobrevida em pessoas com 80 anos ou mais que apresentem níveis mais altos de PA, isso pode ser causado, em parte, pelo fato daqueles com PA baixa terem maior multimorbidade e fragilidade e, portanto, menor probabilidade de sobreviver. Na população geriátrica, a HA é o principal fator de risco (FR) modificável para morbidade e mortalidade cardiovascular, 786 mesmo nas idades mais avançadas. É fundamental ressaltar que a HA é FR modificável para declínio cognitivo, demência e perda de funcionalidade. 787 , 788

Na avaliação de sobrevida média em idosos, não se deve usar a expectativa de vida “ao nascer”, mas, sim, a expectativa de vida “em vida”. Dessa forma, as expectativas de vida ao alcançar 80 anos, em 2018, foram de 10,4 anos para mulheres e 8,6 para homens, tempo mais que suficiente para obter os benefícios com o tratamento da HA.

14.2. Mecanismos Fisiopatológicos

A pressão arterial diastólica (PAD) aumenta até cerca de 50 anos, estabiliza-se dos 50 aos 60 anos e diminui posteriormente, enquanto a pressão arterial sistólica (PAS) tende a aumentar durante toda a vida. Assim, a pressão de pulso (PP = PAS – PAD), um indicador hemodinâmico útil de rigidez vascular arterial, aumenta com a idade. Essas alterações são consistentes com a noção de que, em pessoas mais jovens, a PA é determinada em grande parte pela resistência vascular periférica (RVP), enquanto em indivíduos mais velhos se mostra determinada pela rigidez dos grandes vasos arteriais centrais. 789 - 791

O espessamento da parede arterial e a disfunção endotelial observadas durante o envelhecimento são acompanhadas de aumento na rigidez e redução na complacência vasculares, atribuídas a uma série de fatores, como maior sensibilidade ao sal, estresse hemodinâmico crônico, fragmentação e desalinhamento das fibras de elastina, com substituição por fibras colágenas, o que facilita a deposição de íons cálcio. 792

O enrijecimento aórtico, em decorrência do envelhecimento vascular, aumenta as velocidades de propagação da onda de pulso arterial (VOP) em direção à circulação periférica (centrífuga) e das ondas reflexas que retornam ao coração (centrípeta). A superposição dessas duas ondas na fase protomesossistólica causa o aumento da PAS e o alargamento da PP observadas nos idosos. 793

Atualmente, considera-se a medida da VOP carotídeo-femoral padrão-ouro para avaliar a rigidez arterial dos vasos centrais. Idosos com velocidades menores que 7,6 m/s, na ausência de comorbidades, são considerados portadores de boa saúde vascular e corresponderam, em amostra isolada, menos de 4% da população de indivíduos com mais de 60 anos. 794 , 795 Em determinada área urbana no Brazil, os valores da VOP encontrados em idosos, ajustados para a PA, idade e gênero, foram em média de 9,1 m/s para normotensos e de 9,4 m/s para os hipertensos não controlados. 796 Por outro lado, em muito idosos, a amplificação da PP pode ser melhor preditora de eventos e de mortalidade que a VOP. 797

14.3. Diagnóstico e Decisão Terapêutica

A investigação da HA nos idosos pode ser dificultada pela presença de múltiplas comorbidades e polifarmácia. As orientações do Capítulo 3 referentes à medida da PA e aos exames físico e laboratorial devem ser seguidas também para essa faixa etária. No entanto, a investigação de causas secundárias de HA deve ser conduzida com cuidado, avaliando-se os riscos e os benefícios de cada procedimento (ver Capítulo 15). 798

A avaliação clínica dos pacientes idosos e, especialmente, dos muito idosos difere da tradicional. Primeiramente, o médico deve reconhecer que a consulta exigirá um tempo maior, devido a vários fatores, como: complexidade das múltiplas condições associadas, lentidão física e cognitiva do paciente e presença de familiares e cuidadores, com os quais o médico deverá discutir pontos inerentes às condições clínicas e terapêuticas propostas. 799 Os muito frágeis podem necessitar de consultas adicionais, devido à exaustão do paciente. 800

Em face da maior variabilidade pressórica e de algumas peculiaridades, a medida da PA pode resultar em valores inexatos. Os principais fatores que interferem na medida da PA em idosos são: 1. hiato auscultatório; 2. pseudo-hipertensão; e 3. variações posturais e pós-prandiais. 801 (ver Capítulo 3)

A monitorização da PA fora do consultório, ambulatorial (MAPA) ou residencial (MRPA), é cada vez mais valorizada e indicada no diagnóstico da HAS no idoso. 180 , 186 A automedida da PA, apesar das limitações, também deve ser considerada (ver Capítulo 3).

O tratamento e o controle pressórico adequados da HA em idosos e muito idosos têm benefícios inequívocos, com redução expressiva de AVE, IAM, IC e mortalidade, 87 , 509 , 572 , 802 , 803 além da prevenção do declínio cognitivo e, provavelmente, de demência. 103 , 804 - 806 Por outro lado, os níveis exatos de PA considerados para tratamento nos idosos, assim como as metas com o tratamento, têm sido foco de debates, 180 com divergências entre diferentes diretrizes. 5 , 37 , 807 Todas, porém, assim como esta diretriz, consideram fundamental a avaliação individualizada. Recomenda-se que, até mesmo acima da idade cronológica, convém ponderar condição funcional, cognição, grau de fragilidade, expectativas do paciente, comorbidades, lesão de órgãos-alvo e risco CV global, polifarmácia e tolerabilidade ao tratamento. Os valores pressóricos recomendados em idosos, tanto para o início de tratamento quanto para as metas a serem obtidas estão descritos no Quadro 14.1 .

Quadro 14.1. – Recomendações para o tratamento da hipertensão em idosos.

  PAS de consultório PAD de consultório
Condição global 1 Limiar de tratamento Meta pressórica 4 , 5 Limiar de tratamento Meta 8
Hígidos 2 ≥140 (I, A) 130-139 (I, A) 6 ≥90 70-79
Idosos frágeis 3 ≥160 (I, C) 140-149 (I, C) 7 ≥90 70-79

1: mais importante a condição funcional que a idade cronológica; 2: incluindo fragilidade leve; 3: fragilidade moderada a severa; 4: incluindo idosos com comorbidades: DM, DAC, DRC, ACV/EIT (não se refere à fase aguda); 5: avaliar ativamente a tolerabilidade, inclusive possíveis sintomas atípicos: 6: a meta mais rígida (125-135 mmHg) pode ser obtida em casos selecionados, especialmente em idosos motivados, < 80 anos, apresentando ótima tolerabilidade ao tratamento; 7: limites mais elevados em caso de sobrevida limitada e ausência de sintomas. Redução da PA deve ser gradual; 8: PAD = evitar < 65-70 mmHg em portadores de DAC clinicamente manifesta. Obs.: o monitoramento fora do consultório (MAPA/MRPA) deve ser realizado às mudanças de terapia ou anualmente devido à maior variabilidade da PA com envelhecimento, maior risco de hipotensão ortostática e menor tolerabilidade ao tratamento inadequado da hipertensão do avental branco e mascarada.

14.4. Tratamento

A estratégia terapêutica no idoso, especialmente naqueles com mais de 80-85 anos, não pode ser única ( Quadro 14.2 ). Por isso, mais importante que a idade, deve-se considerar: a presença de comorbidades, a autonomia, o status funcional e o grau de fragilidade para planejar o tratamento (GR: I; NE: C). Tal estratificação é capaz de predizer melhor as possíveis complicações, no curto e no longo prazos, em diferentes comorbidades. 808 , 809 Nenhuma intervenção terapêutica deve ser negada ou retirada apenas com base na idade (GR: I; NE: C).

Quadro 14.2. – Desafios no tratamento da HAS no idoso.

A maioria dos idosos é de hipertensos, com alta prevalência de HSI.
Os desafios não se restringem à idade, mas principalmente às condições funcional, social, nutricional e mental.
A sobrevida está mais relacionada com o status funcional global que a idade per se.
O diagnóstico da HA no idoso requer o conhecimento de suas peculiaridades e o uso frequente de monitorização fora do consultório.
As dificuldades terapêuticas estão ligadas a adesão, presença ou não de polifarmácia, hipotensão ortostática e comorbidades, como incontinência urinária e fadiga, entre outros, comuns nos idosos.
A avaliação clínica deve incluir testes funcionais, como a velocidade de marcha e a Escala de Fragilidade Clínica.
O tratamento previne eventos CV, morte e declínio cognitivo, mesmo em idades avançadas.
As MEV funcionam, mas exigem um cuidado maior.
DIU, BCC, IECA/BRA devem ser usados em monoterapia ou em combinação, como terapia inicial; BB, quando houver indicação formal.
A perda de peso e de reserva orgânica nas idades avançadas pode estar associada à diminuição gradativa da PA e implicar a desintensificação do tratamento.
Em idosos em cuidados paliativos por doenças avançadas ou fragilidade severa, o objetivo principal do tratamento é o controle de sintomas.

BB: betabloqueadores; BC: bloqueadores dos canais de cálcio; BRA: bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II; CV: cardiovasculares; DIU: diuréticos; HA: hipertensão arterial; HSI: hipertensão sistólica isolada; IECA: inibidores da enzima conversora da angiotesina; MEV: mudanças de estilo de vida.

14.4.1.Tratamento Não Medicamentoso

Todas as medidas de mudanças de estilo de vida (MEV) que se aplicam no indivíduo jovem (ver capítulo 8) são válidas para o idoso (GR: I; NE: B), porém convém um cuidado maior e considerar o real benefício – e potencial risco – de cada uma. Os idosos são mais sal-sensíveis, sendo a restrição salina mais eficaz nessa faixa etária. 420 O estudo TONE mostrou que, para cada 80 mmol de sódio (=2,0 g de sal) de diminuição de consumo de sal por dia, houve a redução de 4,3 mmHg na PAS e de 2,0 mmHg na PAD. Quando ocorreu queda simultânea de peso, o efeito de redução da PA foi potencializado. 810 A diminuição excessiva da ingestão de sal pode induzir hiponatremia e perda de apetite, levando a desnutrição. As dietas ricas em potássio devem ser incentivadas, 811 porém convém ter maior cautela com o risco de hipercalemia, devido à presença frequente de doença renal crônica (DRC) e do uso de fármacos que reduzem a excreção de potássio.

Exercícios físicos, aeróbicos e resistidos são fundamentais nos idosos e devem ser orientados. 52 Em idosos, especialmente nos frágeis ou sarcopênicos, a redução do peso sem exercício físico e do consumo adequado de proteínas pode reduzir a massa muscular e piorar a funcionalidade.

O tabagismo e o uso consumo inadequado de álcool ainda têm certa prevalência na idade avançada e devem ser abordados. Do mesmo modo, todos os medicamentos em uso pelo paciente devem ser revisados, pois alguns deles podem elevar a pressão.

Na indicação de MEV, o médico deve levar em consideração a presença e o grau de fragilidade, a capacidade funcional e demais aspectos clínicos e sociais do paciente. O acompanhamento por equipe multidisciplinar (ver Capítulo 7) e o envolvimento de seus familiares/cuidadores são ainda mais importantes nos pacientes idosos.

14.4.2. Tratamento Farmacológico

Na escolha do(s) anti-hipertensivo(s) para idosos, devem-se considerar elevada prevalência de comorbidades, contraindicações específicas, prováveis interações medicamentosas e custo, bem como a disponibilidade do fármaco e e a experiência clínica com o mesmo (GR: I; NE: C). É prudente iniciar com monoterapia ou combinação em doses baixas e, se necessário, realizar aumento ou combinação gradual de anti-hipertensivos, com intervalo mínimo de duas semanas (GR: I; NE: C).

No Capítulo 9, estão descritos os detalhes sobre quando dar preferência ou evitar determinados anti-hipertensivos e sobre suas combinações. Destacamos aqui as peculiaridades para o idoso.

O anti-hipertensivo inicial pode ser um diurético tiazídico (ou similar), um bloqueador dos canais de cálcio (BCC) ou um bloqueador do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA): inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA) ou bloqueador do receptor AT 1 da angiotensina II (BRA). As quatro classes têm um grande número de estudos clínicos e são referência em diretrizes de idosos. 807 - 809 As indicações e cuidados no monitoramento são, em geral, semelhantes aos adultos (ver Capítulo 9).

Os betabloqueadores (BB) não devem ser utilizados como monoterapia inicial em idosos, 809 exceto na presença de algumas comorbidades, em que podem ter, inclusive, indicação obrigatória, como insuficiência cardíaca (IC) ou insuficiência coronariana aguda (GR; I; NE: A). 812 , 813 Pacientes com asma brônquica ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), mas com indicação clínica para o uso de BB, devem ser tratados com BB cardiosseletivo de forma cuidadosa e após compensação respiratória, não devendo ser privados dos benefícios do medicamento. 814 Quando usados em combinação com fármacos inibidores da acetilcolinesterase, comumente utilizados na doença de Alzheimer, podem induzir bradicardia severa. 815

Outras classes de anti-hipertensivos (medicamentos de ação central, antagonistas da aldosterona e vasodilatadores diretos), bem como outras modalidades de tratamento invasivo no sistema simpático, devem ser vistas como exceção e não habituais para o tratamento do idoso (GR: III; NE: C) (ver Capítulo 9).

O risco de quedas em idosos pode aumentar nas primeiras semanas de tratamento com o uso dos DIU e, no primeiro dia, com as demais classes. A longo prazo, o uso de anti-hipertensivos pode até mesmo ter um efeito protetor. 816 , 817

14.5. Situações Especiais

Existe certa divergência de resultados entre estudos observacionais e ensaios clínicos randomizados (ECR). Isso se deve, principalmente, ao fato de os idosos frágeis e multimórbidos estarem pouco representados nos ECR e pelo alto risco de vieses nos estudos observacionais e não randomizados, nos quais a melhor sobrevida naqueles com PA elevada pode ser explicada porque estes apresentam melhor reserva orgânica. 818 - 822

14.5.1. Status Funcional e Fragilidade: Avaliação e Implicações

Em idosos e, especialmente nos muito idosos, deve-se ter atenção especial ao status funcional e à fragilidade. A Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), utilizando escalas e testes de forma sistematizada, possibilita identificar com precisão a condição do global do idoso e montar estratégias para a abordagem terapêutica. 823 , 824 Apesar de ser a forma ideal de avaliação, pode ser necessária a presença de um geriatra ou um gerontólogo. Na assistência cotidiana do hipertenso idoso, o clínico deve realizar a avaliação da funcionalidade e da capacidade para a execução das atividades de vida diária. 825 , 826

Recomenda-se o uso rotineiro do teste funcional da velocidade de marcha (VM) por ser facilmente aplicado na rotina de atendimento e por ter demonstrado clara discriminação prognóstica de sobrevida. 827 , 828 São considerados como frágeis ou em risco de fragilidade aqueles com VM < 0,8 m/s (ou incapacidade de caminhar 6 metros em menos de 8 segundos), devendo-se aprofundar a investigação. 820 , 829 Para complementação, sugere-se utilizar a “Escala Clínica de Fragilidade” já traduzida e validada para o Brazil, 830 a partir da Clinical Frailty Scale do Canadá, amplamente testada e utilizada, por sua simplicidade, sua confiabilidade e sua visão global do paciente, além de determinar o prognóstico. 827 , 828 , 831 , 832

A fragilidade está associada a maior risco de HA, doença subclínica, eventos CV e mortalidade. 821 , 833 - 835 O controle adequado da HA pode influenciar a trajetória da fragilidade. Por outro lado, graus avançados de fragilidade estão associados a menores valores de PA, menor índice de massa corporal (IMC), menor massa muscular, pior cognição e maior mortalidade. 335 , 836

Aqueles funcionalmente ativos, independentes e sem comorbidades graves apresentam reserva orgânica e sobrevida média suficientes para obter os maiores benefícios de tratamento anti-hipertensivo e devem, desde que bem toleradas, ter metas pressóricas semelhantes aos idosos mais jovens (GR: I; NE: B). 335 , 805 , 825 , 831 No outro extremo, aqueles com perda funcional importante, sarcopenia, fragilidade ou demência avançada e incapacidade para as atividades de autocuidado, todo o tratamento deve ser reavaliado e as metas, pressóricas revistas. 821 , 825 , 831 , 837 O objetivo primordial é o de melhora de sintomas e de qualidade de vida. Os idosos mais frágeis foram sistematicamente excluídos dos diversos estudos clínicos, sendo, portanto, fundamentais estudos clínicos específicos para tal população. 307 , 821

Entre esses extremos, estão os idosos em situação funcional intermediária, com múltiplas comorbidades não CV, que podem gerar grandes desafios para a decisão terapêutica. Neles, uma avaliação mais aprofundada pode ser fundamental para definir o real risco/benefício e a individualização das várias estratégias terapêuticas. 307 , 825 , 831 , 838 , 839

14.5.2. Declínio Cognitivo e Demência

Além de bem estabelecida como principal causa de AVE, a HA também foi implicada como fator patogênico no comprometimento cognitivo, tanto de origem vascular quanto da doença de Alzheimer, que são as principais causas de demência no idoso, de forma mais marcante a longo prazo. 840 - 842

Em vários estudos epidemiológicos, o uso de anti-hipertensivos esteve associado a menor declínio cognitivo e demência, especialmente no longo prazo. 843 Os ECR mostraram redução de lesão de substância branca e do declínio cognitivo com tratamento da HA, sendo o tratamento intensivo ainda mais eficiente. 5 , 37 , 844 A redução de quadros demenciais ainda não foi claramente comprovada por ECR. Isso pode ocorrer porque nos ECR a cognição não era o desfecho primário, pela falta de uniformidade na definição de demência e nos testes utilizados, assim como pela curta duração dos estudos. 806 , 845

14.5.3. Polifarmácia e Adesão

A polifarmácia, definida pelo uso regular de cinco ou mais medicações, é mais frequente quanto maior a idade. 846 Está associada a maior chance de eventos adversos (EA), interações farmacológicas e piora na adesão ao tratamento. 845

A falta de adesão ao tratamento farmacológico mostra-se um problema frequente nos idosos e uma das principais causas do controle inadequado da PA. Alguns determinantes da má adesão à terapêutica instituída são a baixa compreensão da doença, a polifarmácia, as inúmeras tomadas diárias e os efeitos colaterais. 847 Nesse sentido, recomendamos, especialmente nos idosos sob polifarmácia, a revisão periódica de cada um dos fármacos em uso, a avaliação de EA 848 e que o tratamento anti-hipertensivo apresente o menor número possível de comprimidos ao dia, com a utilização de anti-hipertensivos em combinações fixas de dose única diária, além da ênfase às medidas não farmacológicas (GR: I; NE: A) (ver Capítulo 17).

14.5.4. Desintensificação e Desprescrição

Em diferentes situações clínicas, pode ser necessária a diminuição gradativa da dose ou até a suspensão de anti-hipertensivos, como: na hipotensão sintomática; em reações adversas; na PAS abaixo da meta de forma persistente detectada dentro ou fora do consultório; 822 - 824 na alteração da meta pressórica para valores menos rígidos (lembrando que a PA tende diminuir na idade muito avançada, resultante da diminuição progressiva da reserva orgânica e maior fragilidade); e nos cuidados paliativos no fim de vida. 837

Um ponto-chave no tratamento da HA em idosos e, especialmente, em muito idosos, é o monitoramento criterioso dos EA e da tolerabilidade, com atenção aos sinais e sintomas atípicos. A descontinuação de anti-hipertensivos parece ser segura a curto prazo, porém sem benefícios demonstrados na cognição ou na funcionalidade para atividades de vida diária (AVD). 838 , 849 , 850

14.5.5. Hipotensão Ortostática e Pós-prandial

Devido à rigidez arterial, as variações de volume interferem de forma significativa no controle da HA. Os idosos têm menor resposta dos barorreceptores à hipotensão; por isso, são mais propensos a hipotensão ortostática (HO) e a hipotensão pós-prandial (HPP). Associa-se a isso maior frequência de doenças neurodegenerativas. 851 Em torno de 20% dos idosos apresentam HO e aproximadamente 30% dos idosos institucionalizados têm hipotensão após as refeições. 852 , 853 Em razão diso, os idosos devem ser cuidadosamente monitorados para HO e HPP (GR: I; NE: B).

Em ECR, o controle da HA mostrou a diminuição de eventos CV sem aumento do no risco de HO ou quedas com lesão. 854 - 856 A HA mal controlada e determinados anti-hipertensivos, como os alfabloqueadores, podem provocar ou piorar a HO. A melhor opção para seu controle é o uso de medidas não medicamentosas como hidratação adequada, dieta normossódica, mudança lenta de decúbito, elevação da cabeceira e uso de meias elásticas. 853

Nos casos de hipotensão pós-prandial, o idoso deve evitar refeições copiosas e grande consumo de carboidratos e de álcool. Também não deve realizar exercícios após as refeições. Além disso, a prescrição farmacológica deve ser revisada, reduzindo-se ao máximo a polifarmácia e tendo atenção especial a medicamentos que possam estar contribuindo para a HO ou a HPP, como DIU, simpatolíticos, nitratos e antidepressivos tricíclicos.

Mensagens principais
A prevalência de HA aumenta progressivamente com a idade, assim como de outros FR, elevando acentuadamente o risco CV entre os idosos.
Deve-se ter atenção às peculiaridades na medida da pressão para o diagnóstico correto, sendo que a avaliação da PA fora do consultório (AMPA, MRPA, MAPA) é fundamental no idoso, pelo maior risco no caso de tratamento inapropriado.
Os status funcional e cognitivo devem ser avaliados. A decisão terapêutica e a meta de PA devem se basear mais na condição funcional e na sobrevida do que na idade cronológica.
O tratamento reduz o risco CV e de declínio cognitivo. As comorbidades, que se apresentam em maior frequência no idoso, devem nortear os fármacos de escolha ou a ser evitados.
Um atenção especial deve ser direcionada à rede de suporte familiar, à presença de polifarmácia, à adesão e ao maior risco de HO.

15. Hipertensão Arterial Secundária

15.1. Introdução

A hipertensão arterial secundária é a forma de hipertensão arterial (HA) decorrente de uma causa identificável, que pode ser tratada com uma intervenção específica, a qual determina a cura ou a melhora do controle pressórico. A real prevalência de HA secundária é desconhecida, mas se estima entre 10 e 20%, 857 podendo ser maior ou menor, conforme a população avaliada (especialmente idade), os recursos diagnósticos disponíveis e a experiência do médico responsável. Deve ser investigada diante de indícios (história clínica, exame físico ou exames de rotina) que levem à sua suspeita clínica 258 - 860 ( Quadro 15.1 ).

Quadro 15.1. – Indícios de hipertensão arterial secundária.

1 Hipertensão estágio 3 antes dos 30 anos ou após os 55 anos
2 Hipertensão resistente ou refratária
3 Utilização de hormônios exógenos, fármacos ou demais substâncias que possam elevar a PA (ver Quadro 15.7 )
4 Tríade do feocromocitoma: crises de palpitações, sudorese e cefaleia
5 Indícios de apneia obstrutiva do sono
6 Fácies típica ou biótipo de doenças que cursam com hipertensão arterial
7 Presença de sopros em territórios arteriais ou massas abdominais
8 Assimetria ou ausência de pulsos em MMII
9 Hipopotassemia espontânea ou severa induzida por diuréticos (< 3,0 mEq/L)
10 Exame de urina anormal (hematúria glomerular (dismórfica) ou presença de albuminúria/proteinúria), diminuição do RFG estimado, aumento de creatinina sérica ou alterações de imagem renal

As principais causas de hipertensão arterial secundária, que serão exploradas neste capítulo estão demonstradas na Figura 15.1 . A investigação diagnóstica pode ser direcionada pela idade do paciente e pelo tipo de indício Quadro 15.2 . Os portadores de HA secundária estão sob maior risco CV e renal e apresentam maior impacto nos órgãos-alvo, devido a níveis mais elevados e sustentados de PA, bem como por ativação de mecanismos hormonais e moleculares. 859 , 861

Figura 15.1. – Causas de HA secundária: não endócrinas, endócrinas e por uso de hormônios exógenos ou de medicamentos, drogas e substâncias exógenas.

Figura 15.1.

Quadro 15.2. – Principais causas de HA secundária, não endócrinas e endócrinas, sinais indicativos e rastreamento diagnóstico.

Achados clínicos Suspeita diagnóstica Achados adicionais
Causas não endócrinas
Edema, anemia, anorexia, fadiga, creatinina e ureia elevados e alterações do sedimento urinário ou nos exames de imagem Doença renal parenquimatosa Creatinina e cálculo da RFG-e (I: B), US renal, exame sumário de urina (I: C) para pesquisa de proteinúria/hematúria dismórfica. Razão albuminúria ou proteinúria/creatininúria nos casos indicados (GR: I; NE: B)
HA de aparecimento súbito ou com piora sem causa aparente antes dos 30 anos ou após 55 anos, HAR ou HA refratária ou HAM, sopro abdominal, EAP súbito, alteração da função renal inexplicável ou por medicamentos que bloqueiam o SRAA, assimetria entre o tamanho dos rins > 1,5 cm Estenose de artéria renal US com Doppler renal com medida de velocidade de fluxo e índice de resistividade (rastreio, mas observador dependente) (GR: I; NE: B) e/ou renograma radioisotópico com captoprila (GR: III; NE: C), angiografia por RNM (RFG-e >30 mL/min, por subtração digital ou BOLD) (GR; I; GE: B) ou TC espiral (RFG-e > 60 mL/min (GR: I; NE: B) Padrão-ouro: arteriografia renal convencional (GR: I, NE: A)
Maior frequência em homens ou mulheres pós menopausa, ronco na maioria das noites, fragmentação do sono com pausas ou engasgos, sonolência excessiva diurna, sono não reparador, fadiga, nicturia, cefaleia matinal, SM Apneia obstrutiva do sono (AOS) Questionários apresentam baixa precisão para triagem Padrão-ouro: polissonografia ou poligrafia residencial. IAH< 5 eventos/h: sem AOS; IAH 5-14,9 eventos/h: AOS leve; IAH 15-29,9 eventos/h: AOS moderada; IAH ≥30 eventos/h: AOS importantes (ou grave)
Fraqueza em MMII, pulsos em MMII ausentes ou de amplitude diminuída, HA com PAS 10 mmHg > em MMSS com relação aos MMSS, sopro sistólico interescapular e no tórax Coarctação de aorta Radiografia de tórax, ecocardiograma para rastreio Angiografia de tórax por TC ou preferencialmente, RNM aorta (padrão-ouro). Angiografia invasiva, apenas quando necessários dados adicionais
Causas endócrinas
HAR ou HARf e/ou com hipopotassemia (não obrigatória) e/ou com nódulo adrenal Hiperaldosteronismo primário (hiperplasia ou adenoma) Determinações de aldosterona (>15 ng/dL) e atividade/ concentração de renina plasmática; cálculo da relação aldosterona/renina > 30 Testes confirmatórios (ver Quadro 15.7 ) Exames de imagem: TC com cortes finos ou RNM. Coleta seletiva de aldosterona e cortisol em veias adrenais, para identificar subtipo, quando indicado (GR: I; NE: B)
HA paroxística com a tríade composta por cefaleia, sudorese e palpitações Feocromocitoma e paragangliomas Metanefrinas plasmáticas livres e/ou metanefrinas fracionadas urinárias (GR: I, NE: A). TC (GR: IIa, NE: B) (rastreamento), RNM (GR: I; NE: B) e cintilografia (GR: IIa, NE: C) nos casos indicados
Fadiga, ganho de peso, perda de cabelo, HA diastólica, fraqueza muscular, sonolência Hipotireoidismo Rastreamento: TSH e T4 livre (GR: I, NE: B)
Intolerância ao calor, perda de peso, taquicardia/palpitações, exoftalmia, hipertermia, reflexos exaltados, tremores, bócio Hipertireoidismo Rastreamento: TSH e T4 livre (GR: I; NE: B).
Litíase urinária, osteoporose, depressão, letargia, fraqueza ou espasmos musculares, sede, poliúria, polidpsia, constipação Hiperparatireoidismo (hiperplasia ou adenoma) Cálcio total e/ou iônico, fósforo, PTH, calciúria de 24h e dosagem de vitamina D (GR: I; NE: B)
Ganho de peso, diminuição da libido, fadiga, hirsutismo, amenorreia, “fácies em lua cheia”, “giba dorsal”, estrias purpúreas, obesidade central, hipopotassemia Síndrome de Cushing (hiperplasia, adenoma e excesso de produção de ACTH) Cortisol basal, cortisol salivar à meia-noite, cortisol urinário livre de 24h e teste de supressão com dexametasona ou betametasona: tomar dexametasona 1 mg às 23-24h e dosar cortisol matinal (7-8h) do dia seguinte. TC, RNM (GR: I; NE: B)
Aumento da gordura central ou generalizada Obesidade classe 1: IMC de 30 a < 35 kg/m 2 classe 2: IMC de 35 a < 40 kg/m 2 classe 3: IMC ≥ 40 kg/m 2 IMC (peso em kg/altura em m2) e da circunferência abdominal (>102 cm homem e 88 cm mulher) Exames de imagem: DEXA (padrão-ouro), TC, RNM (estudos clínicos) (GR; I; NE: B)
HA em até 30% dos casos, além de diabetes, HVE e AOS. Outros sintomas: defeitos visuais, paralisia de nervos cranianos, cefaleia, macrognatia, crescimento de pés e mãos, hipertrofia de tecidos moles, macroglossia, complicações musculoesqueléticas Acromegalia Dosagem de IGF-1 (I, B), nível sérico de GH e GH pós sobrecarga oral de glicose (I, B) Localização: RNM de sela túrcica (preferencial) ou TC de sela túrcica

AOS: apneia obstrutiva do sono; HAR: hipertensão arterial resistente; HAM: hipertensão arterial maligna; RFG-e: ritmo de filtração glomerular estimado; EAP: edema agudo de pulmão; SRAA: sistema renina-angiotensina-aldosterona; TC: tomografia computadorizada; RNM: ressonância nuclear magnética; BOLD: blood oxygen level-dependent; DEXA: dual-energy x-ray absorptiometry scanning; IAH: índice de apneia e hipopneia; IMC: índice de massa corporal; ACTH: adrenocorticotropina; TSH: hormônio tireoestimulante; PTH: paratormônio; IGF-1: fator de crescimento insulina-símile tipo 1; GH: hormônio do crescimento; HVE: hipertrofia ventricular esquerda. MMII: membros inferiores; MMSS: membros superiores.

15.2. Causas Não Endócrinas

15.2.1. Doença Renal Crônica (DRC)

Define-se DRC por sua causa e por anormalidades de função ou morfologia persistentes por mais de três meses, com implicações para a saúde. Caracteriza-se por ritmo de filtração glomerular estimado (RFG-e) < 60 mL/min. ou alterações no exame de urina, especialmente albuminúria (30 mg/24 h ou razão albuminúria/creatininúria 30 mg/g), e/ou na morfologia renal (GR:I; NE: C). 862 A classificação e o prognóstico da DRC dão-se pelo RFG-e e pelos valores de albuminúria (capítulo 4). A HA é causa e consequência de DRC e aumenta progressivamente de acordo com o declínio da função renal, atingindo 90% dos pacientes em estágio 5 (GR: I; NE: A). 863 , 864

Os pacientes hipertensos devem dosar a creatinina sérica, acompanhada do cálculo do RFG-e (GR: I; NE: B) e realizar um exame de urina (GR: I; NE: C) para o rastreamento de DRC. 859 A ultrassonografia renal, a tomografia computadorizada (TC) ou a ressonância nucler magnética (RNM) podem ser necessárias. Reserva-se a biópsia renal quando há, além da HA, declínio rápido do RFG-e ou presença de hematúria glomerular e/ou proteinúria/albuminúria. 865 A HA acelera a progressão da DRC, e a redução da PA atenua sua evolução. 863 , 864 As metas de tratamento e a terapêutica indicada para o controle da PA em pacientes com DRC estão descritas nos Capítulos 6 a 9.

15.2.2. Hipertensão Renovascular (HARV)

A HARV é causa comum e potencialmente reversível de HA secundária, devido a uma estenose parcial ou total, uni ou bilateral da artéria renal (EAR) ou de seus ramos, desencadeando e mantendo isquemia renal significante. Isso geralmente ocorre com obstruções superiores a 70%. 164 Sua prevalência e sua etiologia variam conforme a idade e o nível pressórico. Em adultos jovens, especialmente do sexo feminino, a HARV é mais frequentemente causada por displasia fibromuscular (DFM). Em idosos, a causa mais comum consiste em aterosclerose, geralmente acompanhada por aterosclerose periférica e/oucoronariana. 866 Os indicadores clínicos de HARV são apresentados no Quadro 15.3 .

Quadro 15.3. – Indicadores clínicos de hipertensão renovascular.

Início de hipertensão arterial antes de 30 anos
Início de hipertensão arterial grave após 55 anos, associada à doença renal crônica e à insuficiência cardíaca congestiva
Hipertensão arterial e sopro abdominal
Hipertensão arterial com piora rápida e persistente em paciente previamente controlado
Hipertensão arterial resistente ou refratária
Crise hipertensiva com lesões em órgãos-alvo (insuficiência renal aguda, insuficiência cardíaca congestiva, encefalopatia hipertensiva, retinopatia hipertensiva grau 3-4)
Piora da função renal após tratamento com bloqueadores do sistema renina angiotensina
Atrofia renal não justificada, assimetria renal ou piora de função renal inexplicada
Edema agudo de pulmão

Aboyans et al., 2018.867

Em pacientes com potenciais sinais de HARV, recomenda-se considerar testes diagnósticos em pacientes com menos morbidades nos quais esteja indicado o tratamento de revascularização. 867 , 868 As manifestações clínicas da doença renovascular são heterogêneas. Muitas lesões evoluem com repercussão hemodinâmica mínima e são silenciosas, até progredirem para níveis críticos associados a ativação de mecanismos fisiopatológicos hipertensivos e de isquemia renal. Os procedimentos de revascularização são indicados para os portadores de DFM e para os portadores de etiologia aterosclerótica que não conseguem controlar a PA ou tenham perda progressiva da função renal ou descompensação clínica cardiológica (edema agudo de pulmão, insuficiência cardíaca e angina refratária). 869 Uma investigação custo-efetiva sugere a seleção apropriada do candidato e exames de avaliação anatômica e funcional da estenose. 866

O padrão-ouro ainda é a arteriografia renal convencional, porém ela se mostra invasiva e não deve ser utilizada como procedimento inicial (GR: I; NE: B). A angiografia por RNM por subtração digital ou método BOLD (GR: II; NE: B) ou a TC espiral têm igual acurácia e maior sensibilidade e especificidade que a ultrassonografia (GR: I; NE: B). A US com Doppler renal é o método não invasivo recomendado para o rastreamento com sensibilidade e especificidade estimadas respectivamente em 75% e 90%. 267 , 869 - 871

Os objetivos do tratamento da HARV são a redução da morbidade e da mortalidade associadas à elevação da PA e a proteção da circulação e da função dos rins. Estudos clínicos randomizados 872 e metanálise 873 demonstraram 874 , 875 que o tratamento medicamentoso é igual ao da revascularização, com taxas similares de controle da PA e mortalidade cardiovascular.

Recomenda-se a utilização de fármacos que bloqueiam o SRAA para reduzir a hiperfiltração no rim contralateral e a proteinúria na HARV unilateral com monitorização adequada do potássio e da creatinina. A eficácia da otimização farmacológica é importante elemento para a decisão sobre a indicação de procedimento invasivo. 874 A HARV aterosclerótica demanda mudança do estilo de vida, cessação do tabagismo, controle glicêmico e prescrição de estatinas e antiagregantes, a menos que contraindicados. 874 , 876

Se a meta pressórica não puder ser alcançada e/ou outras condições clínicas estiverem associadas, como HAR ou HARf, disfunção renal progressiva, episódios de EAP, o procedimento invasivo pode ser recomendado, com a devida concordância do paciente. O real benefício do tratamento invasivo é controverso, e ensaios clínicos são necessários para identificar a população específica que se beneficiaria com este tipo de tratamento. 877 , 878 As recomendações para diagnóstico de doença renovascular são apresentadas no Quadro 15.4 .

Quadro 15.4. – Recomendações para diagnóstico de doença renovascular.

Recomendação GR NE
Doppler de artérias renais (triagem), tomografia computadorizada espiral, angiografia por ressonância magnética nuclear I B
A angiografia por subtração digital ou BOLD pode ser indicada para confirmar o diagnóstico de estenose de artéria renal detectada por outros métodos em paciente com alta probabilidade de doença renovascular IIB C
Cintilografia renal, dosagem de renina antes e pós-administração de captoprila e dosagem de renina em veia renal não indicados para o screening de estenose de artéria renal III C

Aboyans et al., 2018. 867

15.3. Displasia Fibromuscular

A displasia fibromuscular (DFM) é uma doença idiopática, segmentar, estenosante, não aterosclerótica e não inflamatória da musculatura das artérias pequenas e médias. Tais lesões podem ser sintomáticas ou clinicamente silenciosas, hemodinamicamente significativas ou não. Aproximadamente 80 a 90% dos pacientes acometidos são do sexo feminino. O primeiro consenso internacional 879 recomenda uma classificação angiográfica em DFM focal e multifocal. O Doppler de artérias renais é o exame preconizado de rastreamento. Os demais exames de imagem coincidem com aqueles utilizados para a HARV de origem aterosclerótica: TC espiral, se RFG-e > 60 mL/min ou RNM, se RFG-e > 30 mL/min. 879 A angiografia das artérias renais é o padrão-ouro para a identificação da lesão na artéria renal. Recomenda-se mensuração do gradiente translesional para a determinação do significado hemodinâmico da estenose, sobretudo nas lesões multifocais. A identificação de outros segmentos vasculares acometidos pela doença e a pesquisa de aneurismas e dissecções são recomendáveis 880 ( Figura 15.2 ).

Figura 15.2. – Fluxograma de investigação do paciente com suspeita de estenose de artéria renal.

Figura 15.2.

A angioplastia isolada é o procedimento indicado; e a utilização do stent , para os casos de complicações (dissecção ou ruptura arterial). Na ausência de contraindicação, a terapia contínua antiplaquetária com ácido acetilsalicílico na posologia de 75 a 100 mg/dia está indicada para a prevenção de complicações trombóticas, podendo por um período curto de quatro a seis semanas ser utilizada terapia antiplaquetária dupla. 881 Recomenda-se a realização do Doppler de artérias renais após 30 dias da angioplastia, repetindo a cada seis meses durante os primeiros dois anos e, depois, anualmente para detectar reestenose. 879 Todos os pacientes devem ser seguidos de rotina, a rigor, anualmente por avaliação clínica e de imagem.

15.3.1. Coarctação da Aorta

A coarctação da aorta é uma alteração congênita que leva a constrição da aorta geralmente justaductal, proximal ao canal arterial ou ao ligamento. Costuma ser subdiagnosticada, com apresentação clínica variada, desde sintomas precoces ao nascimento (crítica) até assintomática na fase adulta, 882 que depende da localização e da severidade da coarctação, bem como da presença frequente de outras doenças cardíacas congênitas que modificam seu prognóstico. 883 A definição de coarctação significante requer gradiente de pressão pré e pós-coarctação > 20 mmHg. A suspeita clínica baseia-se em sintomas (HA resistente ou refratária, epistaxes, cefaleia, fraqueza nas pernas aos esforços, manifestações de IC, angina, dissecção da aorta ou hemorragia cerebral) e no exame físico (presença de HA em membros superiores [MMSS] com PAS pelo menos 10 mmHg maior na artéria braquial com relação à artéria poplítea; ausência ou diminuição dos pulsos em membros inferiores [MMII]; sopro sistólico interescapular e no tórax). 164 O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem: radiografia do tórax (aorta torácica com dilatações pré e pós-estenose, corrosão de costelas); ecocardiograma, principal exame de rastreio (protuberância posterior, istmo expandido, arco aórtico transverso e jato contínuo de alta velocidade no local da coarctação); e angiografia por TC ou RNM 884 quando a janela acústica for inadequada. A RNM é considerada o padrão-ouro para a avaliação e o seguimento pós-intervenção e, em adultos jovens, dispensa a realização da angiografia invasiva no pré-operatório, que está indicada quando as imagens de outros métodos não conseguem visualizar a coarctação, e em indivíduos mais velhos que podem ter DAC. O tratamento intervencionista inclui: angioplastia, implante de endoprótese vascular ou cirurgia aberta (hipoplasia do arco aórtico e/ou necessidade de ressecção da coarctação). A mortalidade operatória é muito baixa e o prognóstico mostra-se relativamente bom, embora pacientes portadores de coarctação da aorta tenham uma maior e mais precoce incidência de doenças CV que a população geral, devendo fazer acompanhamento contínuo. 885 A resposta da PA ao tratamento intervencionista depende da duração da HA antes da cirurgia e da idade do paciente. 886 Embora muitos reduzam a PA após o procedimento invasivo, uma grande proporção desenvolve HA exercício induzida. Os medicamentos anti-hipertensivos de escolha tanto para o periodo pré-operatório quanto para a PA residual após a cirurgia são os betabloqueadores (BB) e os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) ou o bloqueador do receptor AT1 da angiotensina II (BRA). 885 , 887 Os bloqueadores do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) devem ser utilizados com cuidado no pré-operatório para não ocorrer diminuição importante de fluxo sanguíneo distal à coarctação desencadeando lesão renal aguda. 885 , 887

15.3.2. Apneia Obstrutiva do Sono (AOS)

15.3.2.1. Conceito e Epidemiologia

A AOS é uma condição clínica caracterizada pelo colapso intermitente das vias aéreas superiores durante o sono, acarretando obstruções totais (apneias) e parciais (hipopneias). 888 As pausas respiratórias levam a maior esforço respiratório e geram redução da pressão intratorácica que aumentam a pressão transmural do ventrículo esquerdo, as quedas cíclicas da saturação de oxigênio (hipóxia intermitente), a hipercapnia (usualmente discreta) e a fragmentação do sono. 889 Entre os mecanismos envolvidos com a HA, podemos citar a ativação do sistema nervoso simpático, a inflamação sistêmica, o aumento na produção de espécies reativas de oxigênio e a disfunção endotelial, entre outras. 889

Classicamente, dividimos a gravidade da AOS pela soma dos eventos de apneia e hipopneia (o chamado índice de apneia e hipopneia, IAH) determinados pelo exame objetivo do sono: IAH < 5 eventos/h: sem AOS; IAH 5-14,9 eventos/h: AOS leve; IAH 15-29,9 eventos/h: AOS moderada; e IAH ≥ 30 eventos/h: AOS importante (ou grave). A prevalência da AOS é alta na população geral e depende dos critérios diagnósticos adotados. Em adultos, acomete cerca de 9,6% das mulheres e 24,8% dos homens. 890 Nos pacientes com HA em geral, estima-se que 56% tenham algum grau de AOS. 891 - 894 Em hipertensos resistentes, a prevalência revela-se > 60% e é, provavelmente, a causa mais comumente associada à HA secundária, 895 não significando que ela seja a causa isolada na maioria dos casos. Embora tenhamos evidências de que pacientes com AOS normotensos evoluem com maior incidência de HA independente de outros fatores de risco, 896 , 897 na prática clínica a AOS frequentemente surge em um indivíduo previamente hipertenso. No entanto, isso não minimiza a importância da AOS: existem evidências de que a associação da AOS e HA está relacionada com a maior frequência de lesão de órgãos-alvo do que pacientes hipertensos sem AOS. 895 , 896

15.3.2.2. Apresentação Clínica e Triagem da AOS no Contexto da HA

Na população geral, alguns fatores predisponentes, sintomas clínicos e sinais devem ser avaliados durante o exame do paciente e podem reforçar a suspeita diagnóstica de AOS 888 ( Quadro 15.5 ). A prevalência de AOS é duas a três vezes maior nos homens que nas mulheres, mas também comum entre as mulheres, sobretudo após a menopausa.

Quadro 15.5. – Frequência dos principais fatores de risco e de sintomas/sinais clínicos sugestivos da apneia obstrutiva do sono (AOS).
Características Medidas
Fatores de risco Razão de chances (odds ratio)
Sobrepeso vs. eutrófico 2,3-3,4
Obeso vs. eutrófico 4,0-10,5
Sexo masculino vs. feminino 1,7-3,0
Idade (a cada aumento de 10 anos) 1,4-3,2
Período pós-menopausa em mulheres 2,8-4,3
Sintomas clínicos e sinais Prevalência, %
Sonolência excessiva, fadiga ou sono não reparador 73-90
Relato de ronco na maioria das noites 50-60
Pausas respiratórias e engasgos observadas por outra pessoa 10-15
Nocturia (2 ou mais vezes por noite) 30
Refluxo gastresofágico durante à noite 50-75
Cefaleia matinal 12-18

Adaptado de Gottlieb et al., 2020.888

No entanto, muitos desses sintomas e sinais podem ser menos destacados na HA. Por exemplo, a sonolência diurna muitas vezes não está presente na HA, especialmente nos pacientes com HA resistente. 899 Os questionários para triar a AOS população geral não apresentam um bom desempenho, sobretudo nos pacientes com HA resistente. 900 - 903 É importante mencionar que alguns achados no padrão da PA podem ajudar na triagem de pacientes com AOS. Dados recentes sugerem que as alterações do padrão de descenso noturno, especialmente a forma ascensão da PA (média da PA no sono mais alta do que na vigília), aumentam a chance para a presença da AOS em cerca de três a quatro vezes. 904

15.3.2.3. Impacto do Tratamento da AOS sobre a PA

O tratamento considerado de escolha para AOS, especialmente nos casos moderados a grave, é o uso de um aparelho gerador de pressão positiva contínua na via aérea, o CPAP (derivado do inglês continuous positive airway pressure ”). 888 Outros tratamentos da AOS como o avanço mandibular, os exercícios orofaríngeos, a terapia posicional e as cirurgias são boas opções para casos menos graves e selecionados. 905

Em linhas gerais, o impacto do tratamento da AOS sobre a PA é modesto (em torno de 2 a 3 mmHg). 906 Esses resultados são parcialmente justificados por alguns fatores: 1) muitos estudos e metanálises misturaram pacientes normotensos, hipertensos controlados e hipertensos não controlados; 906 e 2) a adesão nem sempre adequada ao uso do CPAP. 906 Estudos randomizados mostraram que o impacto do tratamento da AOS sobre a PA é maior em pacientes com HAR (em torno de 5 mmHg em média), mas, em geral, não levam ao controle pressórico desses pacientes. 907 - 909 Um estudo mostrou que a presença de alteração do descenso noturno foi um preditor de melhor resposta do CPAP na redução da PA em pacientes com AOS. 910 Outro achado ainda pouco compreendido é que indivíduos com sonolência excessiva apresentam uma maior redução da PA. 911 A Quadro 15.6 detalha algumas características preditoras de melhor resposta pressórica com o CPAP. 911

Quadro 15.6. – Preditores de melhor resposta pressórica com o CPAP.
Características clínicas
Pacientes com melhor adesão ao CPAP (usualmente > 4 horas por noite)
Pacientes com sonolência excessiva diurna
Pacientes com hipertensão resistente
Pacientes com alteração do descenso noturno da PA

15.3.2.4. Tratamento Anti-hipertensivo em Pacientes Hipertensos com AOS

Até o momento, não há evidências conclusivas de que haja alguma classe de anti-hipertensivos preferencial para pacientes hipertensos com AOS. 905 Alguns pontos sobre este tópico merecem destaque:

  1. 1. O efeito de anti-hipertensivos, em geral, parece ser mais eficaz do que o CPAP na redução da PA, mas a associação de CPAP mais anti-hipertensivo tem alguns benefícios adicionais – particularmente na PA noturna; 912

  2. 2. O tratamento farmacológico da HA, embora mais eficaz do que o CPAP isoladamente, não melhora na maioria das vezes a gravidade da AOS e os sintomas com ela relacionados. Mesmo o efeito de alguns diuréticos e da restrição de sal sobre a gravidade da AOS (motivada pela teoria do deslocamento rostral de fluidos à noite favorecendo o colapso das vias aéreas superiores) 913 tem resultado muito modesto na severidade da AOS. 914 , 915

15.4. Causas Endócrinas

15.4.1. Hiperaldosteronismo Primário (HP)

A HA acompanhada de supressão da atividade da renina plasmática (ARP) e aumento da excreção de aldosterona caracteriza a síndrome de aldosteronismo primário. 916 O HP era considerado uma forma rara de HA secundária (1%) e, na atualidade, pode estar presente em 22% dos pacientes com HAR. 917 , 918 Gordon et al. observaram que a incidência de HP na população de hipertensos primários está entre 5 a 15%, provavelmente cerca de 12 %. 919 A hiperplasia adrenal cortical bilateral é a causa mais frequente de HP (50-60%), enquanto os adenomas produtores de aldosterona (APA) são responsáveis por 40% dos casos de HP. 920 O carcinoma adrenal cortical produtor de aldosterona e a hiperplasia adrenal cortical unilateral são causas mais raras de HP.

Os principais testes confirmatórios para HP são apresentados no Quadro 15.7 . 920 - 924 O fluxograma de investigação diagnóstica é apresentado na Figura 15.3 .

Quadro 15.7. – Testes confirmatórios para hiperaldosteronismo primário.

Teste Procedimento Dosagens Resultado Desvantagens
Teste da infusão salina Infusão de 2L de soro fisiológico 0,9% em 4h (iniciar entre às 8 e 9h30). Na posição sentada, apresenta maior sensibilidade para o diagnóstico de HP. K+, Aldosterona (A), renina (R) no tempo 0 e após 4h. Sentado: valores de A > 6,0 a 10 ng/dL ao final do teste são positivos. Valor de corte de maior sensibilidade/especificidade é 6,0 ng/dL. Deitado: valores de A > 6,8 a 10 ng/dL ao final do teste são positivos. Valor de corte de maior sensibilidade / especificidade é 6,8 ng/dL. Efeitos colaterais: crise hipertensiva, hipervolemia e hipocalemia. Contraindicado em pacientes com HA grave, IC descompensada, insuficiência renal e hipocalemia grave.
Teste da Captoprila Captoprila 50 mg oral com o paciente permanecendo sentado por 2h. A, R, K+ e cortisol nos tempos 0, 1h e 2h. Valor de A > 8,5-13,9 ng/dL ou supressão da A > 30%. Subtrair a queda percentual do cortisol da queda percentual da A. Efeito colateral: hipotensão Teste seguro, mas com baixa reprodutibilidade. Indicado para pacientes com insuficiência renal.
Teste da fludrocortisona Fludrocortisona 0,1 mg 6/6h por 4 dias. Controle de K+ a cada 6h. Dosar A e R às 10h do 5o dia. Positivo de A > 6 ng/dL com R suprimida. Efeitos colaterais: Crise hipertensiva, hipervolemia e hipocalemia. Contraindicado em pacientes com HA grave, IC descompensada, insuficiência renal e hipocalemia grave. Considerado padrão-ouro, mas precisa ser realizado sob internação sendo pouco viável na prática clínica.
Teste da furosemida intravenosa Administrar furosemida 40 mg EV e estimular deambulação por 2h. Dosar A, R e K+ antes e após 2h de deambulação intermitente. Positivo se APR <2 ng/mL/h ou Renina <13 uUI/mL. Efeito colateral: hipocalemia e hipotensão. Vantagem: bem tolerado e de fácil execução, é ideal para os pacientes com contraindicação a sobrecarga de sódio.

HP: hiperaldosteronismo primário; A: aldosterona; APR: atividade plasmática de renina; R: renina.

Figura 15.3. – Fluxograma de investigação diagnóstica de hiperaldosteronismo primário.

Figura 15.3.

Adaptado de Vilela & Almeida, 2016. 924

O exame de imagem de melhor acurácia é a TC de cortes finos, e a RM não mostra vantagens. O cateterismo de veias adrenais com coleta sanguínea simultânea de aldosterona e cortisol tem por objetivo identificar a origem da secreção de aldosterona, sendo considerado o exame de maior acurácia na diferenciação dos diferentes subtipos de HP. Está indicado nos pacientes com adrenais normais ou com alterações bilaterais na TC.

Além disso, o cateterismo de veias adrenais está indicado nos pacientes com nódulos adrenais pequenos (<1,5 cm) e idade de diagnóstico da HA superior a 40 anos, devido à possibilidade de tratar-se de um adenoma não funcionante. 920 - 924 Trata-se de método invasivo e dependente de experiência do radiologista. O tratamento preferencial em APA é a adrenalectomia unilateral, preferencialmente laparoscópica, a menos que contraindicada.

Em HP por hiperplasia, o tratamento é realizado com antagonistas mineralocorticoides (espironolactona 50 a 400 mg/dia). 920 - 924 O alvo principal do tratamento medicamentoso deve ser o desbloqueio da renina (além do controle pressórico e da correção da hipcalemia), a fim de reduzir a incidência cumulativa de eventos cardiovasculares. 925

15.4.2. Feocromocitoma

Os feocromocitomas (FEO) são tumores de células cromafins do eixo simpático-adrenomedular secretores de catecolaminas. 926 De 10% a 15% são extradrenais (paragangliomas); 10%, bilaterais; e 15-20%, malignos (podendo variar de 2 a 50%, conforme o defeito genético). 927 A incidência de feocromocitoma e paraganglioma é de cerca de 0,6 casos por 100.000 pessoas-ano.

Os sintomas são a tríade clássica de cefaleia, sudorese profusa e palpitações com HAR/HARf ou paroxística (50%; picos hipertensivos alternados com momentos de PA normal). A concomitância da tríade clássica com crise hipertensiva tem sensibilidade de 89% e especificidade de 67% para o diagnóstico. 926

O diagnóstico de feocromocitoma ou paraganglioma requer a comprovação do excesso de liberação de catecolaminas e a documentação anatômica do tumor. O diagnóstico laboratorial baseia-se na dosagem dos metabólitos de catecolaminas no sangue e na urina. A elevação das metanefrinas plasmáticas livres (metanefrina e normetanefrina) tem sensibilidade de 97% e especificidade de 93% 926 (GR: I; NE: A), mas, devido a seu maior custo, indica-se metanefrina urinária isolada ou associada às catecolaminas urinárias (epinefrina, norepinefrina e dopamina). Embora menos sensível, os valores aumentados (> 2 vezes o limite superior da normalidade) das catecolaminas urinárias indicam alta probabilidade diagnóstica. 242 A dosagem de metanefrinas urinárias tem sensibilidade superior às catecolaminas urinárias e ao ácido vanilmandélico para o diagnóstico de FEO e paragangliomas (recomendação não graduada). 928

As situações clínicas de estresse agudo (doença aguda, sepse, IAM, IC descompensada) e o uso de antidepressivos tricíclicos, agentes antipsicóticos e levodopa, entre outros, podem cursar com o aumento das catecolaminas (normalmente < 2x o limite superior da normalidade). Tais fármacos devem ser suspensos 2 semanas antes das dosagens para evitar resultados falso-positivos. Os métodos de imagem para a localização são TC, preferencialmente (GR: 2; NE: B), ou RNM (FEO apresenta hipersinal em T2), com sensibilidade de 89% e 98% respectivamente, para tumores adrenais. 929 A RM é superior na identificação de paragangliomas ou doença metastática linfonodal (GR: I; NE: B). A cintilografia de corpo inteiro com 123I-MIBG ou 68Ga DOTATE-PET-CT é muito eficaz em localizar FEO e paragangliomas, doença metastática ou múltiplos tumores cromafins (GR: IIa; NE: C). 930 , 931

O tratamento preferencial é cirúrgico, minimamente invasivo (GR: I; NE: B), devendo-se fazer preparo pré-operatório com alfa-1-bloqueadores (doxazosina ou prazosina) e hidratação adequada com o aumento da ingesta oral de sódio por, pelo menos, duas semanas antes da cirurgia. 932 O tratamento medicamentoso crônico inclui alfa-1-bloqueadores, BB (apenas após início de alfa-1-bloqueadores, quando houver taquicardia sintomática), BCC, IECA e agonistas de ação central. 932 A crise hipertensiva paroxística do FEO é uma emergência e deve ser tratada com nitroprussiato de sódio ou fentolamina injetável e reposição volêmica, se necessária. 926

A remoção total e precoce da neoplasia proporciona, em geral, remissão total dos sintomas e cura da HA, além de prevenir a doença metastática. 927 , 929 Em FEO malignos, com metástases não passíveis de ressecção, indica-se terapia sistêmica com MIBG-131. A quimioterapia citotóxica está indicada na progressão de doença após uma dose cumulativa elevada de MIBG-131 ou na doença metastática que não capta MIBG. O ácido zoledrônico está indicado para reduzir a dor e o risco de fratura na doença óssea metastática. 927 , 929 O acompanhamento clínico, bioquímico e radiológico dos pacientes é essencial para a detecção de recorrências ou metástases na forma maligna e de outro tumor nas síndromes familiares. 242

15.4.3. Hipotireoidismo

Na maior parte das vezes, o quadro clínico do hipotireoidismo é inespecífico, com fadiga, sonolência e ganho de peso (discreto na maioria dos casos). Os pacientes com hipotireoidismo apresentam níveis baixos de tiroxina (T4) livre e elevação do hormônio tireotrófico (TSH), que são exames de rastreamento (GR: IIa; NE: B). 933 No hipotireoidismo subclínico, o T4 livre está normal e o TSH, elevado. No hipotireoidismo, existe um risco maior de HA diastólica. 934 O hipotireoidismo aumenta a resistência vascular e o volume extracelular, mas a elevação na PA costuma ser discreta (<150/100 mmHg).

15.4.4. Hipertireoidismo

O hipertireoidismo eleva o débito cardíaco em consequência do aumento do consumo periférico de oxigênio e do aumento da contratilidade cardíaca. 935 A HA sistólica é comum, mas a prevalência da HA depende da gravidade do hipertireoidismo. Ocorre fibrilação atrial em 10-20% dos pacientes com hipertireoidismo, sendo mais comum acima dos 60 anos de idade. 936 O quadro clínico é mais proeminente na doença de Graves (palpitação, perda de peso, exoftalmia, bócio, tremores de extremidades, pele quente e intolerância ao calor, entre outros sintomas) ou adenoma tóxico, enquanto pode ser mais oligossintomático em indivíduos idosos com bócio multinodular tóxico. O diagnóstico baseia-se na dosagem da tiroxina (T4) livre e do hormônio tireotrófico (TSH) (GR: IIa; NE: B). Tipicamente, o T4L está elevado com o TSH suprimido. 937 No hipertireoidismo subclínico, o T4 livre está normal e o TSH suprimido. A presença do anticorpo antirreceptor de TSH é diagnóstico da doença de Graves, mas pode estar ausente em aproximadamente 10% dos casos.

15.4.5. Hiperparatireoidismo Primário

A frequência de HA em pacientes com hiperparatireoidismo primário varia de 10 a 60%. 938 A maioria dos pacientes com hiperparatireoidismo primário é composta por assintomáticos, enquanto o restante pode apresentar poliúria e polidipsia, osteoporose, constipação, litíase renal e HA. Os mecanismos envolvidos na HA não estão definidos, não havendo uma correlação direta entre níveis de PTH e calcemia com a gravidade da HA. A HA no hiperparatireoidismo primário agrava-se com o comprometimento da função renal pela hipercalcemia. A investigação laboratorial é feita pela dosagem de calcemia (cálcio total e/ou iônico), fósforo, PTH e cálcio total em urina de 24h. 939 É importante dosar e repor vitamina D (principalmente se < 20 ng/dL) para excluir hiperparatireoidismo secundário a deficiência de vitamina D do hiperparatireoidismo primário normocalcêmico.

15.4.6. Síndrome de Cushing

A síndrome de Cushing iatrogênica (pelo uso de corticoide exógeno) é relativamente comum, ao contrário da síndrome de Cushing endógena que se mostra rara. Entre as causas endógenas, a doença de Cushing (adenoma hipofisário produtor de ACTH) é responsável por 85% dos casos, enquanto 15% dos casos são causados por tumores ou hiperplasia adrenal (causas ACTH independentes). A HA ocorre em 75-80% dos pacientes com síndrome de Cushing. Os mecanismos da HA são estímulo pelo cortisol da ação vasopressora das catecolaminas, ação do cortisol nos receptores mineralocorticoides e ativação do SRAA pelo aumento da produção hepática de angiotensinogênio. O diagnóstico laboratorial do hipercortisolismo é feito pela dosagem de cortisol basal (útil para excluir uso exógeno de dexametasona ou betametasona), cortisol salivar a meia-noite e cortisol em urina de 24h, além de teste de depressão com dexametasona 1 mg (tomar dexametasona 1 mg às 23h e dosar o cortisol sérico entre 7-8 h na manhã do dia seguinte). A investigação radiológica deve ser feita com TC de adrenal ou RM de hipófise nos casos de hipercortisolismo ACTH-dependente. Os exames de imagem só devem ser realizados após o diagnóstico clínico e laboratorial de hipercortisolismo. O tratamento do Cushing endógeno depende da etiologia do hipercortisolismo. A conduta pode ser cirúrgica ou medicamentosa. 940

15.4.7. Obesidade

A distribuição excessiva de gordura visceral é acompanhada de importantes alterações hormonais, inflamatórias e endoteliais. 941 Todos estes mecanismos ativam uma cascata de eventos que liberam citocinas e adipocinas, aumentam a resistência à insulina e determinam a hiperatividade do SRAA e do SNS, causando retenção de sódio e água, com consequente HA e aumento do risco CV e renal. Inúmeros estudos demonstraram uma estreita associação entre o aumento da PA e o ganho de peso. A estratégia de redução de peso (ver Capítulo 8) é uma recomendação fundamental para a diminuição da PA e do risco CV, bem como de doenças associadas, como a AOS. 942 , 943

Do ponto de vista prático, embora haja críticas por desconsiderar raça/etnia, idade, sexo e outros parâmetros, categoriza-se a obesidade, de acordo com o IMC (kg/m 2 ), em classe 1: IMC de 30 a < 35; classe 2: IMC de 35 a < 40; e classe 3: IMC ≥ 40. A medida da circunferência abdominal também pode ajudar no diagnóstico de obesidade central. Estudos complementares como bioimpedância e exames de imagem mais fidedignos e muito caros podem ser realizados, principalmente em estudos clínicos, como dual-energy x-ray absorptiometry scanning (DEXA), TC e RNM. 944 - 945

15.4.8. Acromegalia

A acromegalia, esporádica ou familiar, em aproximadamente 98% dos casos, gerada por adenomas hipofisários secretores do hormônio de crescimento (GH). O excesso de GH estimula a secreção hepática de insulin-like growth factor-I (IGF-1), que causa a maioria das manifestações clínicas.

São mais comuns entre os 30 e 50 anos e classificam-se como microadenomas (com menos de 1 cm) ou macroadenomas (com 1 cm ou mais). Mais de 70% dos tumores causadores de acromegalia são do segundo tipo. A HA pode ocorrer em aproximadamente 30% dos casos e é de natureza multifatorial, com componente de retenção hidrossalina, efeito direto antinatriurético do GH, hiperatividade do SRAA, do SNS e disfunção endotelial, além de disglicemia, hipertrofia ventricular esquerda (HVE) e AOS. Outros sintomas podem ser visualizados no Quadro 15.2 . 947

A avaliação laboratorial inicia-se com a dosagem de IGF-1 e GH séricos (GR: I; NE: B). Um valor muito baixo de GH (abaixo de 0,4 ng/mL) exclui o diagnóstico de acromegalia, especialmente se associado a nível sérico de IGF-1 normal. A dosagem de GH após sobrecarga de glicose (75 g) possibilita a demonstração da não supressão da secreção de GH (GR: I; NE: B). A dosagem de IGF-1 e o teste de supressão de GH após sobrecarga de glicose são também empregados para a avaliação de resposta ao tratamento. A RNM de sela túrcica é o melhor exame de imagem para a identificação do tumor e, se contraindicada, pode ser substituída por TC de sela túrcica (GR: IIa; NE: B). 946 - 948 O tratamento da acromegalia pode envolver procedimentos cirúrgicos, radioterapia e terapia medicamentosa com análogos da somatostatina, sendo que a octreotida, a lanreotida e a cabergolina estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). 949

15.5. Causas Medicamentosas, Hormônios e Substâncias Exógenas

É causa relativamente comum e subestimada de agravamento ou mesmo indução de HA, frequentemente contornável ou reversível. Uma anamnese completa de todos os fármacos, drogas e suplementos em uso deve ser realizada em todo hipertenso. 859

Os mecanismos hipertensores são bastante diversos, por vezes multifatoriais, como retenção de volume (glicocorticoides, cetoconazol, anticoncepcionais orais, terapia andrógena, anti-inflamatório não esteroide [AINE]), hiperatividade simpática (descongestionantes, anfetaminas, Inibidor da monoamina oxidase [IMAO], antidepressivos, outros medicamentos utilizados em psiquiatria e cocaína, inibidores de calcineurina) e hiperatividade do SRAA (imunossupressores). 950 É boa prática clínica informar aos pacientes hipertensos quando os medicamentos associados podem resultar em piora do controle pressórico. 951

A inibição da angiogênese por inibição do fator de crescimento vascular endotelial é uma estratégia antineoplásica em uso em variados contextos oncológicos. Apresenta como comum efeito colateral elevações de pressão arterial, inclusive agudamente. 952 Os mecanismos envolvidos são ativação do sistema da endotelina, disfunção endotelial e rarefação capilar. Recomenda-se que a pressão arterial esteja abaixo de 140/90 mmHg para iniciar essa forma de tratamento e que seja monitorado o comportamento da pressão arterial durante a terapia 953 (ver Quadro 15.8 ).

Quadro 15.8. – Medicamentos, hormônios, substâncias exógenas ilícitas e lícitas relacionadas com o desenvolvimento ou agravamento de HA.

MEDICAMENTOS MECANISMOS
Imunossupressores (inibidores de calcineurina) Ciclosporina e tacrolimo Aumentam síntese de prostaglandinas e diminuem excreção de Na+, H2O e K+
Anti-inflamatórios não esteroides (AINE) e analgésicos Inibidores da cicloxigenase 1 e 2 Acetaminofeno Diminuição de prostaglandinas e retenção de Na+ e volume
Simpaticomiméticos Descongestionantes nasais (efedrina, pseudoefedrina, fenilefrina Estimulam sistema nervoso central
Anorexígenos/sacietógenos Anfepramona, sibutramina Aumentam secreção de noradrenalina
Antidepressivos e fármacos de uso psiquiátrico Tricíclicos, inibidores da monoamino-oxidase (IMAO), lítio, fluoxetina, selegilina, carbamazepina, clozapina, buspirona, duloxetina, velafaxina e desvenlafaxina Aumentam secreção de norepinefrina, causando hiperatividade simpática
Antifúngicos Cetoconazol, anfotericina B Retenção de volume
Alcaloides do ergot Bromocriptina  
Terapia antirretrovirais combinada (TARV)    
Antineoplásicos inibidores do VEGF (vascular endothelial growth fator) Axitinibe, bevacizumabe, ponatinibe, pazopanibe, regorafenibe, sorafenibe, sunitinibe Disfunção endotelial e diminuição de óxido nítrico
HORMÔNIOS EXÓGENOS  
Glicocorticoides Retenção de Na+ e volume
Eritropoetina recombinante humana Alteração em produção e sensibilidade dos agentes vasopressores endógenos, ação vasopressora direta e remodelamento arterial
Hormônios sexuais (terapia de reposição estrogênica (estrogênios conjugados e estradiol; anticoncepcionais orais) Estimulam a produção de angiotensinogênio
Hormônio de crescimento (GH) Multifatorial
SUBSTÂNCIAS EXÓGENAS  
Álcool Hiperatividade simpática
Anfetaminas Hiperatividade simpática
Cocaína Hiperatividade simpática
Suplementos advindos de plantas  
Alcaçuz (liquorice)  
Ginseng  
Ginkgo biloba  
Mensagens principais
Na ausência de sinais clínicos sugestivos de hipertensão secundária em adultos, as indicações para avaliação adicional são hipertensão resistente e início precoce ou tardio de hipertensão arterial e/ou elevação súbita da PA.
As principais causas da hipertensão secundária não endócrina e endócrina, os sinais indicativos e os métodos de rastreamento e diagnóstico são apresentados na Tabela 15.2.
A causa mais comum de hipertensão secundária é o aldosteronismo primário (AP). A razão aldosterona/renina mostra-se o melhor teste inicial para a indicação de avaliação adicional de AP. A HA paroxística com a tríade composta por cefaleia, sudorese e palpitações ocorre no feocromocitoma
A estenose da artéria renal deve ser investigada quando ocorre o aumento da creatinina ≥ 50% após o uso de IECA ou BRA. A HA grave de início recente ocorre em indivíduos > 55 anos, com sopro abdominal e diferença de tamanho do rim contralateral > 1,5 cm. A HA é grave em pacientes com aterosclerose ou edema pulmonar recorrente. Em adultos jovens com HA grave, deve ser pesquisada displasia fibromuscular da artéria renal.
Outras causas de hipertensão secundária requerem métodos, de diagnóstico específico, conhecimento especializado e experiência na interpretação de resultados. O tratamento deve ser orientado por especialistas em centros de referência.

16. Hipertensão Arterial Resistente e Refratária

16.1. Definição e Classificação

Define-se hipertensão arterial resistente (HAR) como a PA de consultório que permanece com valores ≥140/90 mmHg, com o uso de três ou mais classes de fármacos anti-hipertensivos com ações sinérgicas, em doses máximas preconizadas ou toleradas, sendo um deles preferencialmente um diurético tiazídico. Quando o paciente necessita do uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos para alcançar o controle da PA, ele também é considerado um hipertenso resistente, porém controlado (PA < 140/90 mmHg) ( Figura 16.1 ). 164 , 504 , 564 , 954

Figura 16.1. – Classificação da hipertensão arterial de acordo com o número de medicamentos anti-hipertensivos e controle da pressão arterial.

Figura 16.1

Já a hipertensão refratária (HARf) é definida como um subgrupo de pacientes com HAR verdadeira, que mantém a PA não controlada (PA ≥ 140/90 mmHg), mesmo estando em uso de cinco ou mais fármacos anti-hipertensivos, incluindo a espironolactona e um diurético de longa ação ( Figura 16.1 ). 955 Define-se a hipertensão arterial pseudorresistente como a falha no controle da PA relacionada com hipertensão do avental branco, falha na técnica de verificação da PA, inércia terapêutica ou falha na adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico propostos ( Figura 16.2 ). 164 , 504 , 564 , 954 A identificação dos pacientes com HAR verdadeira impõe, portanto, o afastamento da pseudorresistência e das condições a ela associadas ( Figura 16.2 ), sendo fundamental para estabelecer abordagens específicas. 164 , 504 , 564 , 954

Figura 16.2. – Classificação da hipertensão arterial resistente.

Figura 16.2

Adaptado de: Malachias et al., 2016; 164 Carey et al., 2018; 954 Yugar-Toledo, 2020; 504 Krieger et al., 2018. 564 HAR: hipertensão arterial resistente.

16.2. Epidemiologia da Hipertensão Arterial Resistente

Em estudos populacionais, a prevalência de HAR está estimada entre 12 a 15% da população hipertensa. 164 , 504 , 564 , 954 No Brazil, o estudo multicêntrico ReHOT 564 encontrou uma prevalência de 11,7% de HAR. A HARf corresponde a 3,6% dos hipertensos resistentes. 164

As principais características clínicas e condições associadas aos portadores de HAR estão destacadas no Quadro 16.1 . 164 , 504 , 564 , 954 , 956 A piora no prognóstico desses pacientes está associada especialmente aos seguintes fatores: exposição prolongada a níveis pressóricos elevados, danos em órgãos-alvo, excesso de mineralocorticoides (aldosterona) e consumo elevado de sódio. 164 , 504 , 564 , 954 , 956

Quadro 16.1. – Características clínicas e condições associadas a HAR.

Características clínicas Condições associadas
  • • Idade mais avançada

  • • Afrodescendentes

  • • Obesidade

  • • PAS mais elevada

  • • Não dipper na MAPA

  • • Hipervolemia (mesmo em uso de diuréticos)

  • • Ingestão excessiva de sal

  • • Sedentarismo • EAB (30%)

  • • Presença de HVE

  • • DM

  • • Síndrome metabólica

  • • IRC

  • • Albuminúria

Adaptado de: Malachias et al., 2016; 164 Carey et al., 2018; 954 Yugar-Toledo, 2020; 504 Krieger et al., 2018; 564 Gaddan et al., 2008; 957 Shimosawa, 2013. 958 DM: diabetes melito; EAB: efeito do avental branco; HAR: hipertensão arterial resistente; HVE: hipertrofia ventricular esquerda; IRC: insuficiência renal crônica; MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial; PAS: pressão arterial sistólica.

16.3. Fisiopatologia

Assim como a fisiopatologia da hipertensão arterial primária é multifatorial, na HAR e na HARf múltiplos fatores também estão envolvidos na sua gênese. Isso determina diferentes graus de refratariedade aos fármacos anti-hipertensivos ( Figura 16.1 ).

A HAR depende mais do aumento de volemia do que a HARf, devido à importante persistência de retenção de fluidos, sensibilidade aumentada ao sódio, hiperaldosteronismo e disfunção renal. Além disso, maior expansão de conteúdo plasmático torácico, concentração de aldosterona urinária, discreta supressão da atividade de renina 957 e elevada relação aldosterona/renina plasmática, assim como altos níveis de peptídeos natriuréticos atrial e cerebral (BNP) são observados nesses indivíduos. 958 - 960 Essa relação entre volume e pressão elevada é a principal base fisiopatológica demonstrada em vários estudos 955 , 957 - 960 ( Figura 16.3 ) e justifica o uso de diuréticos na terapêutica de pacientes com HAR. 961

Figura 16.3. – Mecanismos fisiopatológicos predominantes na hipertensão resistente.

Figura 16.3

FC: Frequência cardíaca. Indivíduos refratários (não controlados) com cinco classes de anti-hipertensivos estão incluídos no grupo refratário (3-5%).

Em contraste, os portadores de HARf tem predominantemente hiperatividade do sistema nervoso simpático e maior rigidez vascular. 962 Valores mais elevados de velocidade de onda de pulso denotando rigidez vascular exacerbada e níveis elevados de citocinas, como o fator de necrose tumoral-α, 963 podem mediar o dano vascular em hipertensos refratários. 964 Outros fatores, como idade, obesidade, apneia obstrutiva do sono (AOS), descendência afro-americana, adipocinas alteradas, disfunção endotelial e maior atividade das metaloproteinases-2 e -9 e das moléculas de adesão, também estão envolvidos no processo. 504 , 954 , 895 Polimorfismos genéticos, especialmente do SRAA e da enzima óxido nítrico sintase endotelial, vêm sendo correlacionados com a HARf 965 (Figuras 16.4 e 16.5).

Figura 16.4. – Sistemas biomoleculares mediando o desequilíbrio entre a síntese aumentada de aldosterona, a retenção de sódio, a AOS, a atividade aumentada do SRAA (receptores AT1 e AT2) e a cardiopatia hipertensiva e resistência vascular total aumentada, induzidas principalmente pela expansão do volume plasmático (retenção de sal e excesso de aldosterona) e pela hiperatividade simpática.

Figura 16.4

SAOS: síndrome da apneia obstrutiva do sono; SNS: sistema nervoso simpático; Células JG: células juxta-glomerulares; FA oxidados: ácidos graxos oxidados; VE: ventrículo esquerdo; VAS: vias aéreas superiores; SRAA: sistema renina-angiotensina-aldosterona.

16.4. Investigação Diagnóstica

A rigor, os hipertensos resistentes devem ser acompanhados em serviços especializados em HA capazes de oferecer uma abordagem multidisciplinar. A investigação diagnóstica baseia-se em quatro pilares: 341 , 504 , 954 , 966

  1. a) Pseudorresistência : afastar aferição incorreta da PA (em especial, a largura do manguito em obesos), inércia clínica terapêutica, má adesão ao tratamento e uso de medicamentos que elevam a PA (ver Capítulo 15). 504 , 954 , 967

  2. b) Avaliação de fatores de risco cardiovasculares (CV), lesões de órgãos-alvo (LOA) e doença CV estabelecida : uma vez confirmada a HAR, deve ser iniciada a investigação diagnóstica com exames específicos, conforme a orientação desta diretriz de hipertensão com relação ao comprometimento de LOA e à hipertensão secundária. A ocorrência de comorbidades associadas deve ser detectada com exames especializados de acordo com a suspeita clínica.

  3. c) Monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e monitorização residencial da pressão arterial (MRPA): o diagnóstico da HAR baseia-se na PA de consultório, 504 , 954 porém a avaliação da pressão fora do consultório (MAPA ou MRPA) é fundamental para a exclusão do efeito do avental branco e da hipertensão mascarada. 504 , 954 , 968 A conduta diagnóstica e terapêutica deve basear-se nas pressões da MAPA ou MRPA. 504 , 954 , 968 , 969 Pacientes com níveis pressóricos elevados na vigília e/ou no sono (HAR verdadeira ou HA mascarada) deverão ter sua medicação ajustada e a MAPA repetida após o ajuste terapêutico. 504 , 954 , 968 , 969 Os pacientes com a MAPA controlada devem ter seu esquema terapêutico mantido, independentemente dos valores da PA de consultório. Nesses indivíduos, a MAPA deve ser repetida semestral ou anualmente. 968 , 969 A MRPA também pode ser utilizada quando disponível. Apesar de não avaliar o período noturno e superestimar os níveis pressóricos, apresenta uma concordância moderada no diagnóstico, com alta especificidade e baixa sensibilidade. 970

  4. d) Investigação de causas secundárias: as causas secundárias são mais comuns nos hipertensos resistentes do que nos não resistentes, sendo a mais prevalente a AOS (80%), seguida do hiperaldosteronismo (6-23%), renovascular (estenose de artéria renal) (2,5-20%) e doença do parênquima renal (2 a 10%). 504 , 954 , 895 A investigação de alterações da função tireoidiana (1-3%) também se justifica. 504 , 954

16.5. Tratamento ( Quadro 16.2 )

Quadro 16.2. – Tratamento da hipertensão arterial resistente.

Intervenção GR NE
Institua e incentive MEV I B
Otimize tratamento com três medicações: hidroclorotiazida, clortalidona ou indapamida,* IECA ou BRA, e BCC† I B
Adicione espironolactona como 4a medicação I A
Adicione BB e/ou clonidina como 5 a /6 a medicação† IIA B
Adicione sequencialmente vasodilatadores de ação direta IIB C
Prescreva uma ou mais das medicações à noite ao deitar-se IIB B
Verifique e melhore a adesão ao tratamento I C
Não utilize tratamentos invasivos, exceto em protocolos de pesquisa III B

*Com taxa de filtração glomerular ≤ 30 mL/min ou ICC, usar diurético de alça. †Com doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e taquiarritmias, os BBs substituem os BCCs no tratamento triplo inicial. BB: betabloqueador; BCC: bloqueadores de canais de cálcio; BRA: bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II; IECA: inibidores da enzima conversora de angiotensina; MEV: mudanças de estilo de vida.

16.5.1. Tratamento Não Farmacológico

Todos os pacientes com HAR devem ser orientados e incentivados a adotar modificações de estilo de vida 971 (ver Capítulo 8).

16.5.2. Tratamento Farmacológico

O princípio básico do tratamento farmacológico é a associação de medicamentos anti-hipertensivos que tenham ação sobre a maioria dos mecanismos fisiopatológicos de elevação da PA: a expansão do volume intravascular, a ativação simpática e do SRAA e a resistência vascular periférica aumentada. 504 , 954 , 972 O melhor tratamento triplo deve incluir um diurético (DIU) tiazídico, um bloqueador do SRAA (inibidor da ECA ou bloqueador dos receptores AT1 da angiotensina (BRA) II) e um bloqueador dos canais de cálcio (BCC) di-hidropiridínico de longa duração, em doses plenas e toleradas a intervalos adequados. Na presença de doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca ou taquiarritmias, um betabloqueador (BB) deve substituir o BCC no esquema terapêutico inicial com três medicações.

O uso correto de DIU é essencial no tratamento da HAR: a clortalidona (25 mg/dia) ou a indapamida (1,5mg/dia) são os diuréticos de escolha desde que haja um ritmo de filtração glomerular estimado (RFG-e) superior a 30 mL/min. Entretanto, no momento da elaboração deste texto, somente a hidroclorotiazida está disponível na rede pública de saúde no Brazil. Em pacientes com doença renal crônica estágios 4 ou 5 e insuficiência cardíaca com retenção de volume, o DIU de alça (furosemida) deve ser utilizado em lugar dos tiazídicos e administrados de acordo com a necessidade com relação ao controle volêmico e pressórico. A espironolactona (antagonista da aldosterona, 25 a 50 mg/dia) é a medicação de escolha a ser acrescentada como 4 o fármaco nos pacientes aderentes ao tratamento e com HAR verdadeira. 564 , 567 Nos intolerantes à espironolactona, a amilorida (5 a 10 mg/dia) pode ser utilizada. 973

Nos pacientes sem controle pressórico após a adição de espironolactona, os BB (principalmente aqueles com efeito vasodilatador) ou os alfa-agonistas de ação central (clonidina) 564 são as medicações de 5 a /6 a linhas. Caso o controle pressórico ainda não seja alcançado, os vasodilatadores diretos (hidralazina e minoxidila) podem ser utilizados como medicações de 7 a opção 974 , 975

A cronoterapia dirigida pela MAPA, com pelo menos uma das medicações anti-hipertensivas administrada à noite (sobretudo os bloqueadores do SRAA e os BB), melhorou o controle pressórico e reverteu o padrão não dipper em pacientes com HAR, além de reduzir a morbimortalidade cardiovascular. 976

A adesão ao tratamento é fundamental para o controle pressórico. Entretanto, até 50% dos pacientes com HAR são parcial ou completamente não aderentes ao tratamento farmacológico. 977

16.5.3. Novos Tratamentos

Diversos tratamentos invasivos, como denervação simpática renal endovascular, terapia de ativação e de modulação do barorreflexo carotídeo, ablação do corpo carotídeo e anastomose arteriovenosa ilíaca central, não estão aprovados e não devem ser utilizados no tratamento de hipertensos resistentes, exceto em protocolos de pesquisa. 5 , 978

Mensagens principais
São considerados hipertensos resistentes os indivíduos aderentes ao tratamento em uso de três ou mais classes de fármacos anti-hipertensivos em doses otimizadas que não apresentam pressão arterial controlada.
Os hipertensos refratários são os aderentes não controlados com 5 ou mais classes de fármacos anti-hipertensivos em doses otimizadas.
No Brazil, a prevalência de hipertensão arterial resistente verdadeira é de 11,7% (Estudo ReHot).
A hipertensão resistente depende mais de volume, enquanto na hipertensão refratária predomina a hiperatividade simpática.
Fundamental nas três classes de fármacos iniciais no tratamento da hipertensão resistente usar diurético, bloquear o sistema renina-angiotensina-aldosterona e utilizar vasodilatadores de ação direta.

17. Adesão ao Tratamento Anti-Hipertensivo

17.1. Introdução

A implementação do tratamento anti-hipertensivo com medidas farmacológicas e não farmacológicas visa, principalmente, a reduzir a morbidade e a mortalidade decorrentes dos valores elevados da pressão arterial (PA). Apesar da efetividade e da eficácia comprovadas do tratamento, os índices de controle da hipertensão arterial (HA) ainda são insatisfatórios na maioria dos países, inclusive o Brazil. 979 Um estudo nacional de revisão sistemática e metanálise realizado na atenção primária à saúde mostrou que a taxa de controle da HA variou de 43,7% a 67,5%. 980 Os motivos para a falta de controle dos hipertensos são diversos, mas um dos fatores de maior peso nesse cenário é certamente a falta de adesão ao tratamento por diferentes motivos.

17.2. Conceito de Adesão

Um documento da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado em 2003 981 definiu a adesão como o “grau em que o comportamento de uma pessoa – tomar o medicamento,seguir uma dieta e/ou executar mudanças no estilo de vida (MEV) – corresponde às recomendações acordadas com um prestador de assistência à saúde”. O principal motivo do controle inadequado da HA parece ser o não cumprimento do tratamento a longo prazo, tanto em MEV quanto no que se refere à observação da prescrição médica medicamentosa. Em 2012, em um novo documento da OMS, os autores diferenciam os processos, como a adesão aos medicamentos e o manejo da adesão. 982 De acordo com tal diretriz, a adesão ao medicamento é um processo caracterizado por três grandes componentes: o início, a implementação e a descontinuação. O início é o tempo desde a prescrição até a tomada da primeira dose do medicamento; a implementação corresponde à coincidência entre a dose que o paciente toma e a dosagem prescrita; e a descontinuação marca a interrupção, quando se omite a próxima dose a ser tomada e se interrompe o tratamento posteriormente. 982

Apesar de várias terminologias utilizadas como sinônimos de adesão, como aderência, observância, complacência, fidelidade, compliance , a palavra mais apropriada para o tratamento proposto da HA é adesão. Os problemas de adesão nem sempre são fáceis de se detectar e quantificá-los é ainda mais difícil. Para melhorar o controle da HA, é importante reunir esforços no sentido de identificar os pacientes não aderentes ao tratamento proposto. O abandono mostra-se frequente nos primeiros meses do tratamento, além de os pacientes poderem tomar os medicamentos em desacordo com a prescrição médica. Tal situação é descrita na literatura desde a década de 1970 983 e mantém-se em publicações mais recentes. 984 , 985 A falta de adesão ao tratamento é frequentemente definida quando os hipertensos fazem uso de menos de 80% dos medicamentos prescritos. No entanto, pode variar ao longo de um contínuo de zero e até ultrapassar 100% naqueles que usam mais do que foi prescrito, o que também se considera não adesão ao tratamento.

17.3. Métodos de Avaliação da Adesão ao Tratamento

Existem várias formas para medir a adesão ao tratamento medicamentoso anti-hipertensivo na prática clínica e em pesquisa, sendo classificados como métodos diretos os que há comprovação objetiva da tomada do medicamento pelo paciente; e métodos indiretos aqueles em que estratégias diversas estimam ou não a tomada do medicamento prescrito. A escolha do melhor método dependerá da finalidade do uso da informação obtida, dos recursos disponíveis para a avaliação, da aceitação, da conveniência para o paciente do método a ser utilizado e dos custos envolvidos. 986 Medir a adesão ao tratamento é uma tarefa complexa. Não há um método considerado padrão-ouro que represente as várias dimensões que envolvem o processo. 344

A OMS sugere o uso de um método indireto associado a um método direto para a medida da adesão 984 para doenças crônicas. No contexto da HA, os métodos indiretos acabam sendo os mais utilizados, pois os métodos diretos ainda carecem de validação, são caros e estão somente disponíveis em ambientes de pesquisa.

As escalas estruturadas de autorrelato são muito empregadas em pesquisa clínica, como a escala de adesão terapêutica de Morisky-Green. A Escala de Adesão Terapêutica de Oito Itens de Morisky 987 foi criada a partir da escala anterior de quatro itens, 988 apresentando maior confiabilidade (α= 0,83 versus α= 0,61) e possui validação para o português Brazileiro. 989 O escore total é classificado de acordo com a seguinte pontuação: 8 pontos indicam alta adesão; entre 6 e 7, moderada adesão; e inferior a 6, baixa adesão. Outro instrumento é o Questionário de Adesão a Medicamentos – Qualiaids (QAM-Q), criado em nosso meio, com três perguntas. As medidas de precisão para detectar a não adesão mostraram sensibilidade de 62,5% e especificidade de 85,7%, área sob a curva ROC de 74,1% e valor preditivo positivo de 90,9%. 990

Um artigo de revisão sobre adesão e HA salienta a importância de aumentar a disponibilidade e a acessibilidade de medidas mais precisas de avaliação da adesão. Destaca, ainda, que essa é a razão pela qual diretrizes recentes enfatizam a necessidade de abordar a adesão aos medicamentos como uma questão importante no tratamento da HA. 991 O Quadro 17.1 esclarece as vantagens e desvantagens dos vários métodos de avaliação da adesão à terapia medicamentosa. 992

Quadro 17.1. – Vantagens e desvantagens dos vários métodos de avaliação da adesão à terapia medicamentosa.

MÉTODOS VANTAGENS DESVANTAGENS
MÉTODOS DIRETOS
Análise biológica em sangue ou urina Objetivo e permite a determinação da concentração do medicamento. Custo elevado. Pode ser afetado por fatores biológicos e pela “adesão do avental branco”*
Adição de marcador Objetivo e pode ser usado no placebo em pesquisa clínica. Requer ensaios quantitativos de alto custo e coleta de amostragem de fluidos corporais.
Tomada supervisionada Preciso. Pacientes podem esconder os comprimidos embaixo da língua e depois descartá-los. Difícil aplicação na rotina ambulatorial de pacientes com hipertensão, podendo ser reservado para os casos de hipertensão resistente e refratária.
MÉTODOS INDIRETOS
Questionários estruturados de adesão (escalas de autorrelato) Simples, fácil, barato e muito utilizado. Suscetível a erros com aumento do tempo de intervalo entre as consultas. Os resultados podem ser distorcidos pelos pacientes.
Impressão do médico Fácil e barato. Baixa sensibilidade.
Contagem manual de comprimidos Objetivo, quantificável e de fácil execução. Requer a colaboração do paciente em retornar os medicamentos. Dados podem ser alterados pelos indivíduos.
Reabastecimento de receitas Objetivo e de fácil obtenção de dados. Requer programa de computação e centralização dos registros e das farmácias.
Resposta clínica Simples e de fácil execução. Outros fatores, além da adesão, podem afetar a resposta clínica.
Dispositivos eletrônicos Preciso e identifica padrões nas tomadas. Os resultados são facilmente quantificáveis. Método de alto custo, o qual requer visitas de retorno e processamento dos dados gerados.

* “Adesão do avental branco”: situação em que o paciente se torna mais aderente ao tratamento recomendado antes da coleta de exames laboratoriais ou da consulta médica.

17.4 Fatores que Inteferem na Adesão ao Tratamento

A adesão ao tratamento é um processo complexo e multidimensional no qual se identificam barreiras reunidas em cinco dimensões ( Quadro 17.2 ) 985 , 993 - 996 que podem fornecer uma visão mais abrangente para os profissionais de saúde, visando a intervenções eficazes para o melhor controle da PA. Fatores como idade, renda, escolaridade e etnia/raça destacam-se principalmente em locais com predomínio de baixo nível socioeconômico. O sistema de saúde ofertado e as características da equipe de saúde também podem influenciar a adesão dos hipertensos. Quanto à doença e ao tratamento, ressaltam-se a cronicidade e a ausência de sintomatologia da HA, o tratamento para toda a vida e o esquema medicamentoso complexo em alguns casos, além de efeitos indesejáveis e interações dos fármacos. Nos aspectos relacionados com o paciente, acrescentam-se a falta de envolvimento com sua problemática de saúde e o esquecimento do uso de medicamentos.

Quadro 17.2. – Fatores que interferem na adesão ao tratamento anti-hipertensivo.

 
  • FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS

  • • Sexo;

  • • Idade; • Baixa escolaridade;

  • • Baixa renda;

  • • Minorias raciais/etnicidade;

  • • Acesso a transporte, distância e moradia em zona rural;

  • • Situações de desastres e pandemia.

  • FATORES RELACIONADOS COM O TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

  • • Falta de medicamentos nos serviços de saúde;

  • • Custo de aquisição dos medicamentos;

  • • Efeitos adversos;

  • • Esquemas posológicos complexos;

  • • Esquema terapêutico inadequado;

  • • Tratamento contínuo e prolongado.

  • FATORES RELACIONADOS COM AS EQUIPES E O SISTEMA DE SAÚDE

  • • Relacionamento médico/paciente inadequado;

  • • Ausência de atendimento em equipe multiprofissional;

  • • Tratamento não individualizado;

  • • Falha de identificar a não adesão;

  • • Comunicação ineficaz;

  • • Sobrecarga de trabalho da equipe de saúde;

  • • Falta de atualização.

  • FATORES RELACIONADOS COM O PACIENTE

  • • Negação do diagnóstico;

  • • Falta de percepção do benefício do tratamento;

  • • Conhecimento inadequado da doença e de seu tratamento;

  • • Esquecimento de tomar a medicação;

  • • Baixa motivação e autoestima;

  • • Medo de dependência e dos efeitos adversos dos medicamentos.

  • FATORES RELACIONADOS COM A DOENÇA

  • • Ausência de sintomas;

  • • Complicações a longo prazo;

  • • Presença de outras comorbidades associadas;

  • • Abuso de álcool e drogas ilícitas;

  • • Interferência na qualidade de vida.

17.5. Estratégias para promover a adesão ao tratamento anti-hipertensivo

A falta de adesão ao tratamento tem como principal consequência a falta de controle da HA e, portanto, o aumento de lesões em órgãos-alvo (LOA) e da morbimortalidade cardiovascular (CV). Essas consequências, por sua vez, têm grande impacto econômico, devido a maiores gastos de atendimentos de saúde e aposentadorias precoces. Por isso, a adoção de estratégias com o objetivo de promover uma melhor adesão ao tratamento anti-hipertensivo, seja de forma isolada ou em conjunto, sintetizadas no Quadro 17.3 , tem como finalidade a mudança desse cenário. 197 , 997 - 1006

Quadro 17.3. – Estratégias para promover a adesão ao tratamento anti-hipertensivo.

 
  • INTERVENÇÕES NO PACIENTE

  • • Estratégias motivacionais;

  • • Monitorização da pressão arterial domiciliar (medir a PA em casa);

  • • Serviços de telemonitoramento a distância;

  • • Educação em saúde para promover autocuidado;

  • • Usos de lembretes e caixas organizadoras de medicamentos;

  • • Incentivar apoio familiar e social;

  • • Sessões de educação em grupo;

  • • Envio de mensagem por telefonia móvel.

  • INTERVENÇÕES NO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

  • • Evitar doses elevadas em monoterapia;

  • • Escolha de medicamentos com menor perfil de eventos adversos;

  • • Esquemas com melhor comodidade posológica:

  • •Dose única diária;

  • •Dois ou três anti-hipertensivos combinados no mesmo comprimido;

  • • Receituário de fácil entendimento (escrito ou impresso);

  • • Tratamento diferenciado de acordo com características clínicas e demográficas (negros, idosos, mulheres, obesos, diabéticos).

  • INTERVENCÕES NAS EQUIPES E SISTEMAS DE SAÚDE

  • • Estabelecer vínculo com o paciente (fixar equipe de atendimento);

  • • Comunicação clara;

  • • Convocação de faltosos às consultas;

  • • Visitas domiciliares;

  • • Atuação de equipe multidisciplinar (médico, enfermeiro, farmacêutico, educador físico, nutricionista, psicólogo, assistente social, agentes comunitários de saúde);

  • • Facilitar acesso aos medicamentos.

Entre todas as estratégias disponíveis, as mais factíveis de serem implementadas no Brazil e com maiores evidências, destacam-se:

  • • Automedida da PA (Grau de Recomendação I/Nível de Evidência B);

  • • Esquemas posológicos com maior comodidade: menores doses possíveis, tomada em dose única diária, associação de anti-hipertensivos em um mesmo comprimido (Grau de Recomendação I/Nível de Evidência A);

  • • Implementação de equipes multiprofissionais no cuidado de pacientes hipertensos com médico, enfermeiro, farmacêutico, educador físico, nutricionista, psicólogo, assistente social e agentes comunitários de saúde (Grau de Recomendação I/Nível de Evidência B).

17.6. Conclusão

Otimizar os índices de adesão ao tratamento anti-hipertensivo contribui para a diminuição dos custos de morbidade, mortalidade e com a assistência à saúde. Atualmente, dispõe-se de arsenal terapêutico por meio de tratamento medicamentoso e não medicamentoso com eficácia comprovada. A adesão às propostas de tratamento e consequente controle dos hipertensos ainda é um grande desafio para todos profissionais de saúde. Dessa maneira, reunir esforços para atender às reais necessidades da população hipertensa mostra-se tarefa primordial para a mudança do atual panorama no contexto da HA.

Mensagens principais
Os índices de controle da HA ainda são insatisfatórios no Brazil. Os motivos para a falta de controle dos hipertensos são diversos, mas um dos fatores de maior peso neste cenário é a falta de adesão ao tratamento.
A adesão ao tratamento é um processo complexo e multidimensional no qual se identificam barreiras relacionadas com as condições sociodemográficas, o tratamento medicamentoso, os sistemas de saúde, o paciente e a doença propriamente dita.
Os problemas de adesão nem sempre são fáceis de se detectar, e quantificá-los é ainda mais difícil.
Medir a adesão ao tratamento é uma tarefa complexa. Não há um método considerado padrão-ouro que represente as várias dimensões que envolvem o processo.
Entre todas as estratégias disponíveis para a melhora da adesão, as mais factíveis de serem implementadas no Brazil e com maiores evidências são: Automedida da pressão arterial (GR: I, NE: B); Esquemas posológicos com maior comodidade: menores doses possíveis, tomada em dose única diária, associação de anti-hipertensivos em um mesmo comprimido (GR: I, NE: A); Implementação de equipes multiprofissionais no cuidado de pacientes hipertensos com médico, enfermeiro, farmacêutico, educador físico, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, musicoterapeuta, assistente social e agentes comunitários de saúde (GR: I / NE: B).

18. Perspectivas

18.1. Introdução

O objetivo deste capítulo é discutir, com base na evolução do conhecimento científico relativo à doença hipertensiva nas últimas décadas e nas evidências mais atuais, os possíveis avanços e ajustes que permearão nosso dia a dia no enfrentamento dos desafios do diagnóstico, do tratamento e do acompanhamento do paciente hipertenso. Ressalta-se que, diferentemente dos capítulos anteriores desta diretriz, que foram rigorosamente fundamentados em níveis de evidências cientificas e graus de recomendação, este foi idealizado visando a apresentar possíveis horizontes racionais, com base no conhecimento que temos até esse momento, dessa doença multifatorial e complexa, cujas consequências cardiovasculares (CV), cerebrais e renais determinam morbidade e mortalidade impactantes, a ponto de ser a principal causadora de morte em todo o mundo.

18.2. Definição, Epidemiologia e Prevenção Primária

Com o aumento gradativo na expectativa de vida nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, a prevalência da hipertensão arterial (HA) tende a aumentar ainda mais. Em média, observou-se o ganho de 1,4 ano por década de vida após os 60 anos em países desenvolvidos e 1,2 ano nos países latino-americanos no período de 1980 até 2011. 1007 Sabidamente, à medida que envelhecemos, observa-se um aumento nas cifras tensionais e, a partir dos 60 anos, prevalece o incremento da pressão arterial sistólica (PAS) com descenso da pressão diastólica (PAD). Isso proporciona maior pressão de pulso (PP). Todos esses aspectos são importantes a serem considerados na avaliação do risco relacionado e para as estratégias de tratamento a serem adotadas ( Figura 18.1 ). 180 , 1008

Figura 18.1. – Comportamento da pressão arterial sistólica e diastólica ao longo da vida e por sexo.

Figura 18.1

Fonte: Ji H et al., 2020. 1008

Esses aspectos epidemiológicos reforçam a importância do diagnóstico precoce e da identificação de lesões subclínicas associadas à HA, assim como o controle adequado da pressão arterial (PA) já nas fases iniciais da doença hipertensiva com o objetivo de diminuir ainda mais o risco CV. 1009 No futuro, conforme novas e robustas evidências epidemiológicas, os valores de referência para o diagnóstico, assim como para a estratégia de início de tratamento e metas de controle da PA, poderão ser revisados.

18.3. Pressão Arterial e Dano Vascular

O aumento do risco CV a partir de valores de 115 mmHg para a PAS e 75 mmHg para a PAD é algo bem conhecido, 78 e as medidas de PA continuam a ser o marcador diagnóstico da doença hipertensiva. No entanto, a ciência tenta avançar com o melhor entendimento e a aplicabilidade clínica de biomarcadores capazes de identificar precocemente o dano vascular no contexto da doença hipertensiva, antes mesmo da maior elevação dos valores de PA. O objetivo é aumentar a precisão na estratificação de risco CV em indivíduos considerados de risco baixo ou intermediário. 82 , 139 , 1010

As avaliações da pressão sistólica central e da rigidez arterial pela medida da velocidade de onda de pulso (VOP) ancoram-se em evidências robustas a fim de identificar precocemente dano vascular e ser capazes de identificar e reestratificar aqueles indivíduos que, inicialmente considerados como de risco baixo e intermediário, na verdade podem apresentar risco mais elevado. Além disso, os valores de VOP superiores a 10 m/s podem caracterizar a presença de lesão subclínica em órgão-alvo, 156 , 298 , 1011 e o aumento na pressão sistólica central é preditor do desenvolvimento de HA. 1012 Outra forma de avaliar o dano vascular é a capacidade de identificar a perda ou a diminuição da funcionalidade do endotélio, bem como entender a fisiopatogenia relacionada, que perpassa pela predisposição genética e pelo envelhecimento cronológico, além de alterações nas atividades inflamatória e imunológica, na sensibilidade à insulina e nas lipoproteínas ricas em colesterol. 112 , 114

Atualmente, o método mais empregado para analisar a função endotelial in vivo é a dilatação fluxo mediada (DFM), mas permanece ainda restrito no campo da pesquisa. 118 É possível que, à medida que novas evidências sejam produzidas no contexto da doença hipertensiva e das doenças CV, esse método venha a ser mais fidedigno e seguro para ser incorporado à prática clínica, objetivando identificar ainda mais precocemente o dano vascular. 1013 , 1014

18.4. Biomarcadores Cardíacos

Embora muito se tenha evoluído na busca por marcadores que estimem o dano arterial, não podemos subestimar exames identificadores de risco CV, como a demonstração de hipertrofia ventricular esquerda (HVE) por eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma, ressonância magnética ou, mais modernamente, escore de cálcio coronariano, entre outros. 1015 , 1016 Há robustas evidências que incentivam a utilização dos peptídeos natriuréticos do tipo B, N-terminal pro-peptídio natriurético do tipo B (NT-proBNP) e do peptídeo natriurético do tipo B (BNP), assim como a troponina T de alta sensibilidade (hs-TnT) na estratificação de risco de eventos CV fatais ou não fatais, ou morte por todas as causas. Os peptídeos natriuréticos do tipo B são secretados pelos miócitos em resposta contrarregulatória às sobrecargas de volume ou de pressão na parede miocárdica, ao aumento do tônus simpático e à vasoconstrição, mas também integram o estresse CV e hemodinâmico de várias fontes. 1017 As troponinas cardíacas são proteínas estruturais do aparelho contrátil dos miócitos cardíacos que são liberadas na circulação após o dano celular. 1018

Um estudo recente revelou que a simples elevação de NT-proBNP e/ou hs-TnT, em pacientes com pré-hipertensão, foi capaz de discriminar cerca de 1/3 daqueles que apresentariam desfechos CV e internações por insuficiência cardíaca (IC) em 10 anos e que, possivelmente, poderiam se beneficiar de tratamento medicamentoso. 1019 Também se demonstrou que o NT-proBNP conseguiu estimar o risco de morte por todas as causas e desfechos CV não fatais em pacientes diabéticos hipertensos de alto risco, em 2,6 anos, com a mesma habilidade preditiva que todo o conjunto das 20 mais significativas variáveis clínicas e laboratoriais frequentemente utilizadas, como hs-TnT, idade, albumina, história de IC, frequência cardíaca, história de acidente vascular encefálico (AVE), HbA1c, tabagismo, HVE no ECG, onda Q no ECG, história de fibrilação atrial, qualquer bloqueio de ramo no ECG, relação albumina/creatinina na urina, PAS, sexo, história de doença arterial coronária, colesterol de lipoproteína de baixa densidade, ritmo de filtração glomerular estimado, uso de insulina e PAD. 1020

18.5. Diagnóstico e Classificação

O diagnóstico da HA, baseado nos resultados da medida de consultório e atendendo aos preceitos básicos de técnica e aparelhos adequadamente utilizados, é definido como ≥ 140 mmHg para a PAS e ≥ 90 mmHg para a PAD. 164 Nas últimas diretrizes internacionais de HA, tem sido recomendado que o diagnóstico da HA, sempre que possível, seja baseado na medida do consultório, preferencialmente realizada de forma desacompanhada, ou então por meio de medidas fora do consultório (MAPA e MRPA). Além disso, discute-se se os valores de referência para definir a presença de HA deveriam ser ainda mais baixos. 37 , 164 , 186 , 1021

Parece claro que identificar a HA, com ou sem tratamento, de acordo com seus fenótipos, permite uma estratificação de risco e uma definição de estratégia de tratamento mais individualizadas. 180 , 212 Outro aspecto interessante a ser abordado é o uso da automedida da pressão arterial (AMPA) como método capaz de aumentar a atenção do paciente para com sua doença e propiciar maior adesão ao tratamento, além de oferecer ao profissional de saúde maiores informações sobre o comportamento da PA no dia a dia do indivíduo. 1022

Com a pandemia da covid-19, é fundamental reconhecer o desenvolvimento mundial de técnicas de telemedicina. Aparentemente, o monitoramento a distância por meio de plataformas digitais e aplicativos para hipertensos surgiu para ficar, facilitando o diálogo entre a equipe de saúde e o paciente e a consequente troca de informações e ajustes benéficos nas mudanças no estilo de vida e mesmo no tratamento, com foco na prevenção e no melhor controle da doença. No entanto, a tecnologia digital pode expandir ainda mais no âmbito da hipertensão, assim como ocorreu no cenário do diabetes melito, possibilitando o desenvolvimento cada vez mais preciso de ferramentas de monitorização contínua da PA, sem cuffs , e em sincronia com smartphones , hoje disponíveis para a maioria da população mundial. 388 , 1023 , 1024

Por fim, é possível que nos anos vindouros o olhar mais atento ao paciente com níveis pressóricos ≥ 130 mmHg para a PAS e ≥ 85 mmHg para a PAD (hoje considerado como pré-hipertenso nesta e em outras diretrizes) mude o entendimento sobre o conceito do diagnóstico da HA. 1025

18.6. Avaliação Complementar e Estratificação do Risco Cardiovascular

A utilização de biomarcadores para a identificação precoce de lesões subclínicas, bem como do maior risco CV, mesmo em fases iniciais de elevação da PA, traz a expectativa de que, em indicações específicas, convém iniciar precocemente os cuidados para com esse indivíduo. 139 Entre os biomarcadores, existem aqueles que avaliam o dano vascular. Alguns deles, como a medida do índice tornozelo-braquial (ITB), o escore de cálcio ou a medida da VOP, 298 , 1011 apresentam evidências para as proposições anteriormente descritas, embora não largamente disponíveis na prática clínica. Enquanto isso, outros, como a DFM, ainda estão aplicados apenas no campo da pesquisa. 118 Ademais, estuda-se atualmente uma série de substâncias relacionadas com a inflamação e que, em última análise, estão intimamente ligadas ao processo de disfunção do endotélio e à aterosclerose, mas ainda necessitam de evidências mais robustas para uma eventual aplicação na prática clínica. 180 , 271 , 1014 , 1022 , 1026

No contexto da estratificação de risco CV, a incorporação progressiva de biomarcadores permitirá, especialmente nos hipertensos de risco intermediário, separar com maior precisão o verdadeiro nível de risco desse indivíduo. Esse tipo de abordagem traz a possibilidade de uma prática médica mais personalizada, com maior assertividade nas decisões relacionadas com a classificação e o tratamento. 156 , 298 , 1011

Ainda, pensando na medicina de precisão, geralmente baseada em genômica e também metabolômica, ressalta-se que já existem escores clínicos validados capazes de identificar pacientes com maior chance da doença hipertensiva precoce, bem como valores de referência para a população Brazileira de alguns desses biomarcadores, corrigidos para sexo e idade. Certamente, a possibilidade de marcadores menos sofisticados vai ao encontro da melhora da precisão desejada para indicar avaliações específicas em pacientes clinicamente pré-selecionados, como habitualmente já é realizado na investigação de HA secundária, quando existem indícios clínicos e exame de rastreamento positivo. 158 , 159

18.7. Metas e Tratamento

Conforme todos os avanços e comprovações científicas sobre o racional apontado nos tópicos anteriores, é plausível pensar que, para situações peculiares, o início precoce do tratamento e a busca por metas mais baixas de controle da PA possam ser indicados para prevenir os desfechos relacionados com o aumento da PA e minimizar o chamado risco residual. 307 , 1027 Além disso, a estratégia de tratamento medicamentoso baseado em combinações duplas ou mesmo triplas de anti-hipertensivos (em doses baixas), mesmo nas fases iniciais da doença, deve ganhar cada vez mais espaço nas recomendações de diretrizes, e a monoterapia talvez se mostre uma estratégia interessante como abordagem para os indivíduos hoje considerados como pré-hipertensos de risco alto ou naqueles com alterações em biomarcadores ( Figura 18.2 ). 307 , 1023 , 1028 , 1029

Figura 18.2. – O octeto medicamentoso para o tratamento da hipertensão arterial.

Figura 18.2

Fonte: Feitosa et al., 2020.1028 TIAZ*: diurético de longa duração tiazídico ou tiazídico-símile até 30 mL/minuto de ritmo de filtração glomerular estimado e na ausência de hipervolemia, senão trocar por diurético de alça; iSRA: inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona; BCC: bloqueador do canal de cálcio di-hidropiridínico; BB: betabloqueador; α2A: agonista alfa-2 de ação central; α1B: bloqueador alfa-1-adrenérgico; VD: vasodilatador arterial direto; BB, que pode ser indicado antes em condições clínicas específicas.

Pode ser que, no horizonte da doença hipertensiva, conforme os estudos atualmente em curso, tenhamos como objetivo o controle dos parâmetros periféricos e centrais da PA, desde que se comprove nessa estratégia uma capacidade de maximizar a redução dos principais desfechos CV e renais. 1030 , 1031 Por fim, embora pareça longínquo, há a possibilidade real no tratamento da HA do uso cada vez maior de ferramentas moleculares altamente específicas, caso da interferência mediada por RNA. Nada mais é que do que o silenciamento gênico pós-transcricional ( post transcription gene silencing – PTGS) da expressão excessiva de determinada proteína de interesse. 388 , 1032 A terapia gênica, no caso da HA, aparece como promissora e já comprovada por estudos experimentais, em que o gene-alvo codifica o angiotensinogênio hepático. No entanto, há um caminho a ser perseguido para sua aplicação clínica, após se comprovar seletiva, eficaz e principalmente segura. Embora tantas perspectivas importantes estejam em foco, aparentemente o maior desafio de todos, no Brazil e no mundo, é bem mais simples de ser ultrapassado e inclui metas de melhorar o diagnóstico e tratar adequadamente e em equipe, com melhor controle da pressão arterial, visando a alcançar uma redução significativa na morbidade e na mortalidade cardiovascular e renal.

Footnotes

Nota: Estas diretrizes se prestam a informar e não a substituir o julgamento clínico do médico que, em última análise, deve determinar o tratamento apropriado para seus pacientes.

Referências

  • 1.Forouzanfar MH, Liu P, Roth GA, Ng M, Biryukov S, Marczak L, et al. Global burden of hypertension and systolic blood pressure of at least 110 to 115 mm Hg, 1990–2015. JAMA . 2017;317(2):165–182. doi: 10.1001/jama.2016.19043. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 2.Anderson AH, Yang W, Townsend RR, Pan Q, Chertow GM, Kusek JW, et al. Time-updated systolic blood pressure and the progression of chronic kidney disease: a cohort study. Ann. Intern. Med. . 2015;162(4):258. doi: 10.7326/M14-0488. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 3.Précoma DB, Oliveira GMM, Simão AF, Dutra OP, Coelho OR, Izar MCO, et al. Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brazileira de Cardiologia – 2019. Arq Bras Cardiol . 2019;113(4):787–891. [Google Scholar]
  • 4.Arnett DK, Blumenthal RS, Albert MA, Buroker AB, Goldberger ZD, Hahn EJ, et al. 2019, ACC/AHA Guideline on the Primary Prevention of Cardiovascular Disease. JACC . 2019;74(10):e177–e232. doi: 10.1016/j.jacc.2019.03.010. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 5.Whelton PK, Carey RM, Aronow WS, Casey DE, Jr., Collins KJ, Himmelfarb CD, et al. Guideline for Prevention, Detection, Evaluation and Management of High Blood Pressure in Adults. J Am Coll Cardiol . 2017;201:23976. doi: 10.1016/j.jacc.2017.11.006. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 6.Carey RM, Muntner P, Bosworth HB, Whelton PK. Prevention and Control of Hypertension. JACC Health Promotion Series. J Am Coll Cardiol . 2018;71(19):2199–2269. doi: 10.1016/j.jacc.2018.07.008. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 7.Menni C, Mangino M, Zhang F, Clement G, Snieder H, Padmanabhan S, et al. Heritability analyses show visit-to-visit blood pressure variability reflects different pathological phenotypes in younger and older adults: evidence from UK twins. J Hypertens . 2013;31(12):2356–2361. doi: 10.1097/HJH.0b013e32836523c1. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 8.Singh GM, Danaei G, Pelizzari PM, Lin JK, Cowan MJ, Stevens GA, et al. The age associations of blood pressure, cholesterol, and glucose: analysis of health examination surveys from international populations. Circulation . 2012;125(18):2204–2211. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.111.058834. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 9.Brazil. Ministério da Saúde . Vigitel Brazil, 2016: Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico . Brasília: 2016. [Google Scholar]
  • 10.Mente A, O’Donnell M, Rangarajan S, McQueen M, Dagenais G, Wielgosz A, et al. Urinary sodium excretion, blood pressure, cardiovascular disease, and mortality: a community-level prospective epidemiological cohort study. Lancet . 2018;392(10146):496–506. doi: 10.1016/S0140-6736(18)31376-X. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 11.Elliott P, Stamler J, Nichols R, Dyer AR, Stamler R, Kesteloot H, et al. Intersalt revisited: further analyses of 24 hours sodium excretion and blood pressure within and across populations. BMJ . 1996;312(7041):1249–1253. doi: 10.1136/bmj.312.7041.1249. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 12.Mill JG, Malta DC, Machado ÍE, Pate A, Pereira CA, Jaime PC, et al. Estimativa do consumo de sal pela população Brazileira: resultado da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Rev Bras Epidemiol . 2019;22(suppl 2) doi: 10.1590/1980-549720190009.supl.2. http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v22s2/1980-5497-rbepid-22-s2-e190009-supl-2.pdf [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 13.Araujo MC, Bezerra IN, Barbosa F dos S, Junger WL, Yokoo EM, Pereira RA, et al. Consumo de macronutrientes e ingestão inadequada de micronutrientes em adultos. Rev Saude Publica . 2013;47 doi: 10.1590/S0034-89102013000700004. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 14.Guthold R, Stevens GA, Riley LM, Bull FC. Worldwide trends in insufficient physical activity from 2001 to 2016: a pooled analysis of 358 population-based surveys with 1.9 million participants. Lancet Glob. Health. . 2018;6(10):e1077–e1086. doi: 10.1016/S2214-109X(18)30357-7. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 15.Roerecke M, Kaczorowski J, Tobe SW, Gmel G, Hasan OSM, Rehm J. The effect of a reduction in alcohol consumption on blood pressure: a systematic review and meta-analysis. Lancet Public Health . 2017;2(2):e108–e120. doi: 10.1016/S2468-2667(17)30003-8. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 16.Fuchs FD, Chambless LE, Whelton PK, Nieto FJ, Heiss G. Alcohol consumption and the incidence of hypertension: the Atherosclerosis Risk in Communities Study. Hypertension . 2001;37(5):1242–1250. doi: 10.1161/01.hyp.37.5.1242. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 17.Mills KT, Bundy JD, Kelly TN, Reed JE, Kearney PM, Reynolds K, et al. Global disparities of hypertension prevalence and control: a systematic analysis of population-based studies from 90 countries. Circulation . 2016;134(6):441–450. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.115.018912. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 18.NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC) Worldwide trends in blood pressure from 1975 to 2015: a pooled analysis of 1479 population-based measurement studies with 19·1 million participants. Lancet . 2017;389(10064):37–55. doi: 10.1016/S0140-6736(16)31919-5. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 19.Plavnik FL. Hipertensão arterial induzida por drogas: como detectar e tratar. Rev Bras Hipertens . 2002;9:185–191. [Google Scholar]
  • 20.Ahmad M, Makati D, Akbar S. Review of and Updates on Hypertension in Obstructive Sleep Apnea. Int J Hypertens . 2017;2017:1848375. doi: 10.1155/2017/1848375. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 21.GBD 2016 Causes of Death Collaborators Global, regional, and national age-sex specific mortality for 264 causes of death, 1980- 2016: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study. Lancet . 2017;390(10100):1151–1210. doi: 10.1016/S0140-6736(17)32152-9. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 22. Lancet . Vol. 390. Geneva: World Health Organization; 2016. 2008. [Cited in 2020 Mar 10]. pp. 1151–1210.Causes of Death; online database. http://www.who.int/healthinfo/global_burden_disease/cod_2008_sources_methods.pdf . [Google Scholar]
  • 23.Brazil. Ministério da Saúde DATASUS/MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM . [Acesso em 19 de abr 2020]. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10uf.def/2017-CID http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?ibge/cnv/poptuf.def .
  • 24.Khan KS, Wojdyla D, Say L, Gulmezoglu AM, Van Look PFA. WHO analysis of causes of maternal death: a systematic review. Lancet . 2006;367(9516):1066–1074. doi: 10.1016/S0140-6736(06)68397-9. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 25.Udani S, Lazich I, Bakris GL. Epidemiology of hypertensive kidney disease. Nat Rev Nephrol . 2011;7(1):11–21. doi: 10.1038/nrneph.2010.154. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 26.Brazil. Ministério da Saúde. DATASUS Sistema de Informações Hospitalares do SUS(SIH/SUS) [Acessado em 19/03/2020]. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/nruf.def/2008-2018/ http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?ibge/cnv/poptuf.def .
  • 27.Malta DC, Gonçalves RPF, Machado IE, Freitas MIF, Azeredo C, Szwarcwald CL, et al. Prevalência da hipertensão arterial segundo diferentes critérios diagnósticos. Pesquisa Nacional de Saúde. Rev Bras Epidemiol . 2018;21(sup 1):E180021. doi: 10.1590/1980-549720180021.supl.1. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 28.Nilson EAF, Andrade RCS, Brito DA, Oliveira ML. Custos atribuíveis à obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde em 2018. Rev Panam Salud Publica . 2020;44:e32. doi: 10.26633/RPSP.2020.32. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 29.EAF, Silva EN, Jaime PC. Developing and applying a costing tool for hypertension and related cardiovascular disease: attributable costs to salt/sodium consumption. J Clin Hypertens . 2020;22(4):642–648. doi: 10.1111/jch.13836. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 30.Dickey RA, Janick JJ. Lifestyle modifications in the prevention and treatment of hypertension. Endocr Pract . 2001;7(5):392–399. doi: 10.4158/EP.7.5.392. (Ger). [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 31.Perumareddi P. Prevention of hypertension related to cardiovascular disease. Prim Care . 2019;46(1):27–39. doi: 10.1016/j.pop.2018.10.005. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 32.Jiang SZ, Lu W, Zong XF, Ruan HY, Liu Y. Obesity and hypertension (Review) Exp Ther Med . 2016;12(4):2395–2399. doi: 10.3892/etm.2016.3667. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 33.Jayedi A, Rashidy-Pour A, Khorshidi M, Shab-Bidar S. Body mass index, abdominal adiposity, weight gain and risk of developing hypertension: a systematic review and dose-response meta-analysis of more than 2.3 million participants. Obes Rev . 2018;19(5):654–667. doi: 10.1111/obr.12656. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 34.Zhao Y, Qin P, Sun H, Liu Y, Liu D, Zhou Q, et al. Metabolically healthy general and abdominal obesity are associated with increased risk of hypertension. Br J Nutr . 2020;123(5):583–591. doi: 10.1017/S0007114519003143. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 35.Ross R, Neeland IJ, Yamashita S, Shai I, Seidell J, Magni P, et al. Waist circumference as a vital sign in clinical practice: a Consensus Statement from the IAS and ICCR Working Group on Visceral Obesity. Nat Rev Endocrinol . 2020;16(3):177–187. doi: 10.1038/s41574-019-0310-7. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 36.Semlitsch T, Jeitler K, Berghold A, Horvath K, Posch N, Poggenburg S, et al. Long-term effects of weight-reducing diets in people with hypertension. Cochrane Database Syst Rev . 2016;3:CD008274. doi: 10.1002/14651858.CD008274.pub3. Mar 2. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 37.Williams B, Mancia G, Spiering W, Agabiti RE, Azizi M, Burnier M, et al. 2018 ESC/ESH Guidelines for the management of arterial hypertension: The Task Force for the management of arterial hypertension of the European Society of Cardiology and the European Society of Hypertension: The Task Force for the management of arterial hypertension of the European Society of Cardiology and the European Society of Hypertension. J Hypertens . 2018;36(10):1953–2041. doi: 10.1097/HJH.0000000000001940. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 38.Schwingshackl L, Chaimani A, Schwedhelm C, Toledo E, Pünsch M, Hoffmann G, et al. Comparative effects of different dietary approaches on blood pressure in hypertensive and pre-hypertensive patients: A systematic review and network meta-analysis. Crit Rev Food Sci Nutr . 2019;59(16):2674–2687. doi: 10.1080/10408398.2018.1463967. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 39.Pergola G, D’Alessandro A. Influence of Mediterranean Diet on Blood Pressure. Nutrients . 2018;10(1700):1–6. doi: 10.3390/nu10111700. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 40.Ozemek C, Laddu DR, Arena R, Lavie CJ. The role of diet for prevention and management of hypertension. Curr Opin Cardiol . 2018;33(4):388–393. doi: 10.1097/HCO.0000000000000532. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 41.Grillo A, Salvi L, Coruzzi P, Salvi P, Parati G. Sodium Intake and Hypertension. Nutrients . 2019;11(9):1970. doi: 10.3390/nu11091970. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 42.Jafarnejad S, Mirzaei H, Clark CCT, Taghizadeh M, Ebrahimzadeh The hypotensive effect of salt substitutes in stage 2 hypertension: a systematic review and meta-analysis. BMC Cardiovasc Disord . 2020;20(98):1–15. doi: 10.1186/s12872-020-01347-x. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 43.Whelton PK, He J, Cutler JA, Brancati FL, Appel LJ, Follmann, et al. Effects of oral potassium on blood pressure. Meta-analysis of randomized controlled clinical trials. J Am Med Assoc . 1997;277(20):1624–1632. doi: 10.1001/jama.1997.03540440058033. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 44.Stone MS, Martyn L, Weaver CM. Potassium Intake, Bioavailability, Hypertension, and Glucose Control. Nutrients . 2016;8(444):1–13. doi: 10.3390/nu8070444. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 45.Filippini T, Violi F, D’Amico R, Vinceti M. The effect of potassium supplementation on blood pressure in hypertensive subjects: A systematic review and meta-analysis. Int J Cardiol . 2017;230:127–135. doi: 10.1016/j.ijcard.2016.12.048. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 46.Poorolajal J, Zeraati F, Soltanian AR, Sheikh V, Hooshmand E, Maleki A. Oral potassium supplementation for management of essencial hypertension: A meta–analysis of randomized controlled trials. Plos One . 2017;12(4):1–6. doi: 10.1371/journal.pone.0174967. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 47.Caligiuri SPB, Pierce GN. A review of the relative efficacy of dietary, nutritional supplements, lifestyle, and drug therapies in the management of hypertension. Crit Rev Food Sci Nutr . 2017;57(16):3508–3527. doi: 10.1080/10408398.2016.1142420. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 48.World Health Organization. (WHO) Global status report on noncommunicable diseases . Geneva: 2014. ISBN 978 92 4 156485 4. [Google Scholar]
  • 49.Lim SS, Vos T, Flaxman AD, Danaei G, Shibuya K, Adair-Rohani H, et al. A comparative risk assessment of burden of disease and injury attributable to 67 risk factors and risk factor clusters in 21 regions, 1990– 2010: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010. Lancet . 2012;380(9859):2224–2260. doi: 10.1016/S0140-6736(12)61766-8. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 50.Cornelissen VA, Smart NA. Exercise training for blood pressure: a systematic review and meta-analysis. J Am Heart Assoc . 2013;2(1) doi: 10.1161/JAHA.112.004473. e004473. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 51.Carlson DJ, Dieberg G, Hess NC, Millar PJ, Smart NA. Isometric exercise training for blood pressure management: a systematic review and meta-analysis. Mayo Clin Proc . 2014;89(3):327–334. doi: 10.1016/j.mayocp.2013.10.030. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 52.Inder JD, Carlson DJ, Dieberg G, McFarlane JR, Hess NC, Smart NA. Isometric exercise training for blood pressure management: a systematic review and meta-analysis to optimize benefit. Hypertens Res . 2016;39(2):88–94. doi: 10.1038/hr.2015.111. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 53.Leitzmann MF, Park Y, Blair A, Ballard-Barbash R, Mouw T, Hollenbeck AR, et al. Physical activity recommendations and decreased risk of mortality. Arch Intern Med . 2007;167(22):2453–2460. doi: 10.1001/archinte.167.22.2453. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 54.Rossi A, Dikareva A, Bacon SL, Daskalopoulou SS. The impact of physical activity on mortality in patients with high blood pressure: a systematic review. J Hypertens . 2012;30(7):1277–1288. doi: 10.1097/HJH.0b013e3283544669. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 55.Piepoli MF, Hoes AW, Agewall S, Albus C, Brotons C, Catapano AL, et al. 2016 European Guidelines on cardiovascular disease prevention in clinical practice. The Sixth Joint Task Force of the European Society of Cardiology and Other Societies on Cardiovascular Disease Prevention in Clinical Practice (constituted by representatives of 10 societies and by invited experts) Eur Heart J . 2016;37(29):2315–2381. doi: 10.1093/eurheartj/ehw106. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 56.MacMahon S. Alcohol consumption and hypertension. Hypertension . 1987;9(2):111–121. doi: 10.1161/01.hyp.9.2.111. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 57.Lang T, Cambien F, Richard JL, Bingham A. Mortality in cerebrovascular diseases and alcoholism in France. Presse Med . 1987;16(28):1351–1354. [PubMed] [Google Scholar]
  • 58.Fuchs FD, Chambless LE, Folsom AR, Eigenbrodt ML, Duncan BB, Gilbert A, et al. Association between alcoholic beverage consumption and incidence of coronary heart disease in whites and blacks: the Atherosclerosis Risk in Communities Study. Am J Epidemiol . 2004;160(5):466–474. doi: 10.1093/aje/kwh229. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 59.World Health Organization.(WHO) Global status report on alcohol and health . Geneva: 2014. [Google Scholar]
  • 60.Johnson HM. Anxiety and Hypertension: Is There a Link? A Literature Review of the Comorbidity Relationship Between Anxiety and Hypertension. 66 Curr Hypertens Rep . 2019;21(9) doi: 10.1007/s11906-019-0972-5. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 61.Dalmazo AL, Fetter C, Goldmeier S, Irigoyen MC, Pelanda LC, Barbosa ECD, et al. Stress and Food Consumption Relationship in Hypertensive Patients. Arq Bras Cardiol . 2019;113(3):374–380. doi: 10.5935/abc.20190175. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 62.Denollet J, Gidron Y, Vrints CJ, Conraads VM. Anger, suppressed anger, and risk of adverse events in patients with coronary artery disease. Am J Cardiol . 2010;105(11):1555–1560. doi: 10.1016/j.amjcard.2010.01.015. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 63.Bai Z, Chang J, Chen C, Li P, Yang K, Chi I. Investigating the effect of transcendental meditation on blood pressure: a systematic review and meta-analysis. J Hum Hypertens . 2015;29(11):653–662. doi: 10.1038/jhh.2015.6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 64.Tankeu AT, Agbor VN, Noubiap JJ. Calcium supplementation and cardiovascular risk: A rising concern. J Clin Hypertens . 2017;19(6):640–646. doi: 10.1111/jch.13010. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 65.Manson JE, Cook NR, Lee IM, Christen W, Bassuk SS, Mora S, et al. Vitamin D Supplements and Prevention of Cancer and Cardiovascular Disease. N Engl J Med . 2018;380(1):33–44. doi: 10.1056/NEJMoa1809944. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 66.Amoh-Mensah K, Ankomah SE, KariKari AK, Arthur JA. Prevention of Hypertension: A critical review of the Health benefits of Salt, Garlic, Fish oil, Chocolate and Vitamin D. Int J Med Sci Tech . 2017;7(7):38–46. [Google Scholar]
  • 67.Paula TP, Kramer CK, Viana LV, Azevedo MJ. Effects of individual micronutrients on blood pressure in patients with type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis of randomized clinical trials. Sci Rep . 2017;7(40751):1–12. doi: 10.1038/srep40751. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 68.Gröber U, Schimidt J, Kisters K. Magnesium in Prevention and Therapy. Nutrients . 2015;7:8199–8226. doi: 10.3390/nu7095388. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 69.Padwal R, Hackam D, Khan N, Tobe S. Primary prevention of CVD: modification of diet in people with hypertension. BMJ Clin Evid . 2016;2016 Jan. pii:0214. [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 70.Flowers N, Hartley L, Todkill D, Stranges S, Rees K. Co-enzyme Q10 supplementation for the primary prevention of cardiovascular disease. Cochrane Database Syst Rev . 2014;(12):CD010405. doi: 10.1002/14651858.CD010405.pub2. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 71.National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion (US) Office on Smoking and Health . The Health Consequences of Smoking-50 Years of Progress: A Report of the Surgeon General . Atlanta: Centers for Disease Control and Prevention; 2014. [PubMed] [Google Scholar]
  • 72.World Health Organization. (WHO) Report on the global tobacco epidemic . Geneva: 2017. [Google Scholar]
  • 73.Center for Disease Control and Prevention How Tobacco Smoke Causes Disease: The Biology and Behavioural Basis for Smoking-attributable Disease. A Report of the Surgeon General . 2010 [PubMed] [Google Scholar]
  • 74.Jha P, Ramasundarahettige C, Landsman V, Rostron B, Thun M, Anderson RN, et al. 21st-centuryhazards of smoking and benefits of cessation in the United States. N Engl J Med . 2013;368(4):341–350. doi: 10.1056/NEJMsa1211128. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 75.Khoramdad M, Vahedian-azimi A, Karimi L, Rahimi-Bashar F, Amini H, Sahebkar A. Association between passive smoking and cardiovascular disease: A systematic review and meta-analysis. IUBMB Life . 2020;72(4):677–686. doi: 10.1002/iub.2207. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 76.VanderWeele TJ, Balboni TA, Koh HK. Health and Spirituality. JAMA . 2017;318(6):519–520. doi: 10.1001/jama.2017.8136. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 77.Cozier YC, Yu J, Wise LA, VanderWeele TJ, Balboni TA, Argentieri MA, et al. Religious and Spiritual Coping and Risk of Incident Hypertension in the Black Women’s Health Study. Ann Behav Med . 2018;52(12):989–998. doi: 10.1093/abm/kay001. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 78.Lewington S, Clarke R, Qizilbash N, Peto R, Collins C. Age-specific relevance of usual blood pressure to vascular mortality: a meta-analysis of individual data for one million adults in 61 prospective studies. Lancet . 2002;360(9349):1903–1913. doi: 10.1016/s0140-6736(02)11911-8. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 79.Vasan RS, Larson MG, Leip EP, Evans JC, O’Donnell CJ, Kannel WB, et al. Impact of high-normal blood pressure on the risk of cardiovascular disease. N Engl J Med . 2001;345(8):1291–1297. doi: 10.1056/NEJMoa003417. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 80.Fukuhara M, Arima H, Ninomiya T, Hata J, Yonemoto K, Doi Y, et al. Impact of lower range of prehypertension events in a general population: the Hysayama Study. J Hypertens . 2012;30(5):893–900. doi: 10.1097/HJH.0b013e328351d380. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 81.Han M, Li Q, Liu L, Zhang D, Ren Y, Zhao Y, et al. Prehypertension and risk of cardiovascular diseases: a meta-analysis of 47 cohort studies. J Hypertens . 2019;37(12):2325–2332. doi: 10.1097/HJH.0000000000002191. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 82.Townsend RR, Wilkinson IB, Schiffrin EL, Avolio AP, Chirinos JA, Cockcroft JR, et al. Recommendations for Improving and Standardizing Vascular Research on Arterial Stiffness. Hypertension . 2015;66(3):698–722. doi: 10.1161/HYP.0000000000000033. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 83.Law MR, Morris JK, Wald NJ. Use of BP lowering drugs in the prevention of cardiovascular disease: meta-analysis of 147 randomised trials in the context of expectations from prospective epidemiological studies. BMJ . 2009;338(338):b1665. doi: 10.1136/bmj.b1665. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 84.Bundy JD, Li C, Stuchlik P, Bu X, Bu X, Kelly TN, et al. Systolic blood pressure reduction and risk of cardiovascular disease and mortality: a systematic review and network meta-analysis. JAMA Cardiol . 2017;2(7):775–781. doi: 10.1001/jamacardio.2017.1421. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 85.Ettehad D, Emdin CA, Kiran A, Anderson SG, Callender T, Emberson J, et al. Blood pressure lowering for prevention of cardiovascular disease and death: a systematic review and meta- analysis. Lancet . 2016;387(10022):957–967. doi: 10.1016/S0140-6736(15)01225-8. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 86.Wright JT, Jr, Williamson JD, Whelton PK, Snyder JK, Sink KM, Rocco MV, et al. SPRINT Research Group A randomized trial of intensive versus standard blood-pressure control. N Engl J Med . 2015;373(22):2103–2116. doi: 10.1056/NEJMoa1511939. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 87.Williamson JD, Supiano MA, Applegate WB, Berlowitz DR, Campbell RC, Chertow GM, et al. Intensive vs standard blood pressure control and cardiovascular disease outcomes in adults aged ≥75 years: a randomized clinical trial. JAMA . 2016;315(24):2673–2682. doi: 10.1001/jama.2016.7050. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 88.Ho JE, Enserro D, Brouwers FP, Kizer JR, Shah SJ, Psaty BM, et al. Predicting heart failure with preserved and reduced ejection fraction: The International Collaboration on Heart Failure Subtypes. Circ Heart Fail . 2016;9(6) doi: 10.1161/CIRCHEARTFAILURE.115.003116. pii:003026. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 89.Emdin CA, Anderson SG, Salimi-Khorshidi G, Woodward M, MacMahon S, Dwyer T, et al. Usual blood pressure, atrial fibrillation and vascular risk: evidence from 4.3 million adults. Int J Epidemiol . 2017;46(1):162–162. doi: 10.1093/ije/dyw053. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 90.Rahimi K, Mohseni H, Kiran A, Tran J, Nazarzadeh M, Rahimian F, et al. Elevated blood pressure and risk of aortic valve disease: a cohort analysis of 5.4 million UK adults. Eur Heart J . 2018;(39):3596–3603. doi: 10.1093/eurheartj/ehy486. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 91.Rahimi K, Mohseni H, Otto CM, Conrad N, Tran J, Nazarzadeh M, et al. Elevated blood pressure and risk of mitral regurgitation: A longitudinal cohort study of 5.5 million United Kingdom adults. PLoS Med . 2017;14(10):e1002404. doi: 10.1371/journal.pmed.1002404. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 92.Emdin CA, Anderson SG, Callender T, Conrad N, Salimi-Khorshidi G, Mohseni H, et al. Usual blood pressure, peripheral arterial disease, and vascular risk: cohort study of 4.2 million adults. BMJ . 2015;351:h4865. doi: 10.1136/bmj.h4865. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 93.Hsu CY, McCulloch CE, Darbinian J, Go AS, Iribarren C. Elevated blood pressure and risk of end-stage renal disease in subjects without baseline kidney disease. Arch Intern Med . 2005;165(8):923–928. doi: 10.1001/archinte.165.8.923. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 94.Kanno A, Kikuya M, Ohkubo T, Hashimoto T, Satoh M, Hirose T, et al. Pre-hypertension as a significant predictor of chronic kidney disease in a general population: the Ohasama Study. Nephrol. Dial Transplant . 2012;27(8):3218–3223. doi: 10.1093/ndt/gfs054. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 95.Emdin CA, Rothwell PM, Salimi-Khorshidi G, Kiran A, Conrad N, Callender T, et al. Blood pressure and risk of vascular dementia: evidence from a primary care registry and a cohort study of transient ischemic attack and stroke. Stroke . 2016;47(6):1429–1435. doi: 10.1161/STROKEAHA.116.012658. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 96.Walker KA, Sharrett R, Wu A, Schneider AL, Alber M, Lutsey PL, et al. Association of midlife to late-life blood pressure patterns with incident dementia. JAMA . 2019;322(6):535–545. doi: 10.1001/jama.2019.10575. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 97.Joas E, Bäckman K, Gustafson D, Ostling S, Waern M, Guo X, et al. Blood pressure trajectories from midlife to late life in relation to dementia in women followed for 37 years. Hypertension . 2012;59(4):796–801. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.111.182204. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 98.Emdin CA, Anderson SG, Woodward M, Rahimi K. Usual blood pressure and risk of new-onset diabetes. J Am Coll Cardiol . 2015;66(14):1552–1562. doi: 10.1016/j.jacc.2015.07.059. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 99.Ning L, Yang L. Hypetension might be a risk factor for erectile dysfunction: a meta-analysis. Andrologia . 2017;49(4) doi: 10.1111/and.12644. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 100.Chakravarthy U, Wong TY, Fletcher A, Piault E, Evans C, Zlateva G, et al. Clinical risk factors for age-related macular degeneration: a systematic review and meta-analysis. 10:31 BMC Ophthalmol . 2010;10(31) doi: 10.1186/1471-2415-10-31. Dec 13. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 101.Fuchs FD. Essentials of hypertension . Cham, Switzerland: Springer; 2018. [DOI] [Google Scholar]
  • 102.Fuchs FD, Whelton PK. High Blood Pressure and Cardiovascular Disease. Hypertension . 2020;75(2):285–292. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.119.14240. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 103.Williamson JD, Pajewski NM, Auchus AP, Bryan RN, Chelune G, Cheung AK, et al. Effect of Intensive vs Standard Blood Pressure Control on Probable Dementia: A Randomized Clinical Trial. JAMA . 2019;321(6):553–561. doi: 10.1001/jama.2018.21442. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 104.Nasrallah IM, Pajewski NM, Auchus AP, Chelune G, Cheung AK, Cleveland ML, et al. SPRINT Research Group Association of intensive versus standard blood pressure control with cerebral write matter lesions. JAMA . 2019;322(6):524–534. doi: 10.1001/jama.2019.10551. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 105.Markus MR, Stritzke J, Lieb W, Mayer B, Luchner A, Döring A, et al. Implications of persistent prehypertension for ageing-related changes in left ventricular geometry and function: the MONICA/KORA Augsburg study. J Hypertens . 2008;26(10):2040–2049. doi: 10.1097/HJH.0b013e328308da55. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 106.Santos AB, Gupta DK, Bello NA, Gori M, Claggett B, Fuchs FD, et al. Prehypertension is associated with abnormalities of cardiac structure and function in the atherosclerosis risk in communities Study. Am J Hypertens . 2016;29(5):568–574. doi: 10.1093/ajh/hpv156. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 107.Fuchs SC, Poli-de-Figueiredo Carlos E, Figueiredo JA, Neto, Scala LC, Whelton PK, Mosele F, et al. Effectiveness of chlorthalidone plus amiloride for the prevention of hypertension: the PREVER-Prevention randomized clinical trial. J Am Heart Assoc . 2016;5(12):e004248. doi: 10.1161/JAHA.116.004248. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 108.World Health Organization. (WHO) The world health report 2002 - Reducing Risks, Promoting Healthy Life (Internet) Geneva: 2002. [Google Scholar]
  • 109.Andersen SL, Sebastiani P, Dworkis DA, Feldman L, Perls TT. Health span approximates life span among many supercentenarians: compression of morbidity at the approximate limit of life span. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. . 2012;67(4):395–405. doi: 10.1093/gerona/glr223. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 110.Whelton SP, McEvoy JW, Shaw L, Psaty BM, Lima JAC, Budoff M, et al. Association of Normal Systolic Blood Pressure Level with Cardiovascular Disease in the Absence of Risk Factors. JAMA Cardiol . 2020;5(9):1011–1018. doi: 10.1001/jamacardio.2020.1731. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 111.Kanel WB, Larson M. Long Term epidemiologic prediction of coronary disease. The Framingham Experience. Cardiology . 1993;82(2-3):137–152. doi: 10.1159/000175864. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 112.Konukoglu D, Uzun H. Endothelial Dysfunction and Hypertension. Adv Exp Med Biol . 2017;956:511–540. doi: 10.1007/5584_2016_90. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 113.Bautista LE, Lopez-Jaramillo P, Vera LM, Casas JP, Otero AP, Guaracao AI. Is C-reactive protein an independent risk factor for essential hypertension? J Hypertens . 2001;19(5):857–861. doi: 10.1097/00004872-200105000-00004. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 114.Boos CJ, Lip GY. Is hypertension an inflammatory process? Curr Pharm Des . 2006;12(13):1623–1635. doi: 10.2174/138161206776843313. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 115.Grundy SM. Inflammation, hypertension, and the metabolic syndrome. JAMA . 2003;290(22):3000–3002. doi: 10.1001/jama.290.22.3000. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 116.Corretti MC, Anderson TJ, Benjamin EJ, Celermajer D, Charbonneau F, Creager MA, et al. Guidelines for the ultrasound assessment of endothelial-dependent flow-mediated vasodilation of the brachial artery: a report of the International Brachial Artery Reactivity Task Force. J Am Coll Cardiol . 2002;39(2):257–265. doi: 10.1016/s0735-1097(01)01746-6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 117.Thijssen DHJ, Black MA, Pyke KE, Padilla J, Atkinson G, Harris RA, et al. Assessment of flow-mediated dilation in humans: a methodological and physiological guideline. Am J Physiol Heart Circ Physiol . 2011;300(1):2–12. doi: 10.1152/ajpheart.00471.2010. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 118.Thijssen DHJ, Bruno RM, van Mil ACCM, Holder SM, Faita F, Greyling A, et al. Expert consensus and evidence-based recommendations for the assessment of flow-mediated dilation in humans. Eur Heart J . 2019;40(30):2534–2547. doi: 10.1093/eurheartj/ehz350. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 119.Moens AL. Flow-mediated vasodilation: a diagnostic instrument, or an experimental tool? Chest . 2005;127(6):2254–2263. doi: 10.1378/chest.127.6.2254. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 120.Celermajer DS, Sorensen KE, Gooch VM, Spiegelhalter DJ, Miller OI, Sullivan ID, et al. Non-invasive detection of endothelial dysfunction in children and adults at risk of atherosclerosis. Lancet . 1992;340(8828):1111–1115. doi: 10.1016/0140-6736(92)93147-f. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 121.Takase B, Uehata A, Akima T, Nagai T, Nishioka T, Hamabe A, et al. Endothelium-dependent flow-mediated vasodilation in coronary and brachial arteries in suspected coronary artery disease. Am J Cardiol . 1998;82(12):1535–1539. doi: 10.1016/s0002-9149(98)00702-4. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 122.Ras RT, Streppel MT, Draijer R, Zock PL, et al. Flow-mediated dilation and cardiovascular risk prediction: a systematic review with meta-analysis. Int J Cardiol . 2013;168(1):344–351. doi: 10.1016/j.ijcard.2012.09.047. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 123.Inaba Y, Chen JA, Bergmann SR. Prediction of future cardiovascular outcomes by flow-mediated vasodilatation of brachial artery: a meta-analysis. Int J Cardiovasc Imaging . 2010;26(6):631–640. doi: 10.1007/s10554-010-9616-1. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 124.Green D, Jones H, Thijssen D, Cable NT, Atkinson G. Flow-Mediated Dilation and Cardiovascular Event Prediction: Does Nitric Oxide Matter? Hypertension . 2011;57(3):363–369. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.110.167015. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 125.Soloviev MA. Correction of endothelial dysfunction in patients with arterial hypertension. Bull Exp Biol Med . 2011;151(2):183–185. doi: 10.1007/s10517-011-1284-1. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 126.Persu A, Plaen JF. Recent insights in the development of organ damage caused by hypertension. Acta Cardiologica . 2004;59(4):369–381. doi: 10.2143/AC.59.4.2005202. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 127.Laurent S, Boutouyrie P, Lacolley P. Structural and Genetic Bases of Arterial Stiffness. Hypertension . 2005;45(6):1050–1055. doi: 10.1161/01.HYP.0000164580.39991.3d. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 128.Safar ME, Asmar R, Benetos A, Blacher J, Boutouyrie P, Lacolley P, et al. Interaction Between Hypertension and Arterial Stiffness. An Expert Reappraisal. Hypertension . 2018;72(4):796–805. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.118.11212. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 129.Laurent S, Cockcroft J, Van Bortel L, Boutouyrie P, Giannattasio C, Hayoz D, et al. Expert consensus document on arterial stiffness: methodological issues and clinical applications. Eur Heart J . 2006;27(21):2588–2605. doi: 10.1093/eurheartj/ehl254. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 130.Fridez P, Makino A, Kakoi D, Miyazaki H, Meister J, Hayashi K, et al. Adaptation of Conduit Artery Vascular Smooth Muscle Tone to Induced Hypertension. Ann Biomed Eng . 2002;30(7):905–916. doi: 10.1114/1.1507326. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 131.Bardy N, Merval R, Benessiano J, Samuel JL, Tedgui A. Pressure and angiotensin-II synergistically induce aortic fibronectin expression in organ culture model of rabbit aorta. Circ Res . 1996;79(1):70–78. doi: 10.1161/01.res.79.1.70. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 132.Humphrey JD, Dufrense E, Schwartz MA. Mechanotransduction and extracellular matrix homeostasis. Nat Rev Mol Cell Biol . 2014;15(12):802–812. doi: 10.1038/nrm3896. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 133.Liao D, Arnett DK, Tyroler HA, Riley WA, Chambless LE, Szklo M, et al. Arterial stiffness and the development of hypertension. Hypertension . 1999;34(2):201–206. doi: 10.1161/01.hyp.34.2.201. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 134.Humphrey JD, Harrison DG, Figueroa CA, Lacolley P, Laurent S. Central Artery Stiffness in Hypertension and Aging: A Problem with Cause and Consequence. Circ Res . 2016;118(3):379–381. doi: 10.1161/CIRCRESAHA.115.307722. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 135.Dernellis J, Panaretou M. Aortic stiffness is an independent predictor of progression to hypertension in nonhypertensive subjects. Hypertension . 2005;45(3):426–431. doi: 10.1161/01.HYP.0000157818.58878.93. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 136.Kaess BM, Rong J, Larson MG, Hamburg NM, Vita JA, Levy D, et al. Aortic stiffness, blood pressure progression, and incident hypertension. JAMA . 2012;308(9):875–881. doi: 10.1001/2012.jama.10503. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 137.Weisbrod RM, Shiang T, Al Sayah L, Fry JL, Bajpai S, Reinhart-King CA, et al. Arterial stiffening precedes systolic hypertension in diet-induced obesity. Hypertension . 2013;62(6):1105–1110. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.113.01744. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 138.Van Gorp AW, van Ingen Schenau DS, Hoeks APG, Struijker Boudier HAJ, Mey JGR, Reneman RS. In spontaneously hypertensive rats alterations in rat aortic wall properties precede development of hypertension. Am J Physiol . 2000;278(4):1241–1247. doi: 10.1152/ajpheart.2000.278.4.H1241. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 139.Vlachopoulos C, Xaplanteris P, Aboyans V, Brodmann M, Cífkova R, Cosentino F, et al. The role of vascular biomarkers for primary and secondary prevention. A position paper from the European Society of Cardiology Working Group on peripheral circulation Endorsed by the Association for Research into Arterial Structure and Physiology (ARTERY) Society. Atherosclerosis . 2015;241(2):507–532. doi: 10.1016/j.atherosclerosis.2015.05.007. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 140.Aboyans V, Criqui MH, Abraham P, Allison MA, Creager MA, Diehm C, et al. Measurement and interpretation of the ankle-brachial index: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation . 2012;126(24):2890–2909. doi: 10.1161/CIR.0b013e318276fbcb. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 141.Rabkin SW, Him S, Sweeney C. Ankle-Brachial Index as an Indicator of Arterial Stiffness in Patients Without Peripheral Artery Disease. Angiology . 2012;63(2):150–154. doi: 10.1177/0003319711410307. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 142.Umemura S, Arima H, Arima S, Asayama K, Dohi Y, Hirooka Y, et al. The Japanese Society of Hypertension Guidelines for the Management of Hypertension (JSH 2019) Hypertens Res . 2019;42(9):1235–1481. doi: 10.1038/s41440-019-0284-9. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 143.Fowkes FGR, Murray GD, Butcher I, Heald CL, Lee RJ, Chambless LE, et al. Ankle Brachial Index Combined with Framingham Risk Score to Predict Cardiovascular Events and Mortality: A Meta-Analysis. JAMA . 2008;300(2):197–208. doi: 10.1001/jama.300.2.197. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 144.Mattace-Raso FUS, Hofman A, Verwoert GC, Wittemana JCM, Wilkinson I, Cockcroft J, et al. Determinants of Pulse Wave Velocity in Healthy People and in the Presence of Cardiovascular Risk Factors: ‘Establishing Normal and Reference Values’. Eur Heart J . 2010;31(19):2338–2350. doi: 10.1093/eurheartj/ehq165. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 145.Boutouyrie P, Bruno RM. The Clinical Significance and Application of Vascular Stiffness Measurements. Am J Hypertens . 2019;32(1):4–11. doi: 10.1093/ajh/hpy145. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 146.Van Bortel L, Laurent S, Boutouyrie P, Chowienczyk P, Cruickshank JK, Backer T, et al. Expert Consensus Document on the Measurement of Aortic Stiffness in Daily Practice Using Carotid-Femoral Pulse Wave Velocity. J Hypertens . 2012;30(3):445–448. doi: 10.1097/HJH.0b013e32834fa8b0. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 147.Butlin M, Qasem A. Large Artery Stiffness Assessment Using SphygmoCor Technology. Pulse . 2016;4(4):180–192. doi: 10.1159/000452448. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 148.Weber T, Ammer M, Rammer M, Adji A, O’Rourke MF, Siegfried Wassertheurer S, et al. Noninvasive determination of carotid–femoral pulse wave velocity depends critically on assessment of travel distance: a comparison with invasive measurement. Journal of Hypertension . 2009;27(8):1624–1630. doi: 10.1097/HJH.0b013e32832cb04e. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 149.Stea F, Bozec E, Millasseau S, Khettab H, Boutouyrie P, Laurent S. Comparison of the Complior Analyse device with Sphygmocor and Complior SP for pulse wave velocity and central pressure assessment. J Hypertens . 2014;32(4):873–880. doi: 10.1097/HJH.0000000000000091. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 150.Sztrymf B, Jacobs F, Chemla D, Richard C, Millasseau S. Validation of the new Complior sensor to record pressure signals non-invasively. J Clin Monit Comput . 2013;27(6):613–619. doi: 10.1007/s10877-013-9477-y. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 151.Jones CR, Taylor K, Chowienczyk P, Poston L, Shennan AH. A validation of the Mobil O Graph (version 12) ambulatory blood pressure monitor. Blood Pressure Monitoring . 2000;5(4):233–238. doi: 10.1097/00126097-200008000-00007. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 152.Hametner B, Wassertheurer S, Kropf J, Mayer C, Eber B, Weber T. Oscillometric estimation of aortic pulse wave velocity: comparison with intra-aortic catheter measurements. Blood Press Monit . 2013;18(3):173–176. doi: 10.1097/MBP.0b013e3283614168. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 153.Laurent S, Boutouyrie P, Asmar R, Gautier I, Laloux B, Guize L, et al. Aortic stiffness is an independent predictor of all-cause and cardiovascular mortality in hypertensive patients. Hypertension . 2001;37(5):1236–1241. doi: 10.1161/01.hyp.37.5.1236. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 154.Boutouyrie P, Tropeano AI, Asmar R, Gautier I, Benetos A, Lacolley P, et al. Aortic stiffness is an independent predictor of primary coronary events in hypertensive patients: a longitudinal study. Hypertension . 2002;39(1):10–15. doi: 10.1161/hy0102.099031. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 155.Vlachopoulos C, Aznaouridis K, Stefanadis C. Prediction of cardiovascular events and all-cause mortality with arterial stiffness: a systematic review and meta-analysis. J Am Coll Cardiol . 2010;55(13):1318–1327. doi: 10.1016/j.jacc.2009.10.061. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 156.Ben-Shlomo Y, Spears M, Boustred C, May M, Anderson SG, Benjamin EJ, et al. Aortic pulse wave velocity improves cardiovascular event prediction: an individual participant meta-analysis of prospective observational data from 17,635 subjects. J Am Coll Cardiol . 2014;63(7):636–646. doi: 10.1016/j.jacc.2013.09.063. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 157.Mitchell GF, Hwang SJ, Vasan RS, Larson MG, Pencina MJ, Hamburg NM, et al. Arterial stiffness and cardiovascular events: the Framingham Heart Study. Circulation . 2010;121(4):505–511. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.109.886655. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 158.Xaplanteris P, Vlachopoulos C, Protogerou AD, Aznaouridis K, Terentes-Printzios D, Argyris AA, et al. A clinical score for prediction of elevated aortic stiffness: derivation and validation in 3943 hypertensive patients. J Hypertens . 2019;37:339–334. doi: 10.1097/HJH.0000000000001904. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 159.Paiva AMG, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Silveira FS, Silveira MS, Okawa RTP, et al. Reference values of office central blood pressure, pulse wave velocity, and augmentation index recorded by means of the Mobil-O-Graph PWA monitor. Hypertens Res . 2020 doi: 10.1038/s41440-020-0490-5. Jun 12.doi: 10.1038/s41440-020-0490 online ahead of print. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 160.Vlachopoulos C, Aznaouridis K, O’Rourke MF, Safar M, Baou K, Stefanadis C. Prediction of cardiovascular events and all-cause mortality with central haemodynamics: a systematic review and meta-analysis. Eur Heart J . 2013;31:1865–1871. doi: 10.1093/eurheartj/ehq024. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 161.Ding FH, Fan WX, Zhang RY, Zhang Q, Li Y, Wang JG. Validation of the Noninvasive Assessment of Central Blood Pressure by the SphygmoCor and Omron Devices Against the Invasive Catheter Measurement. American Journal of Hypertension . 2011;24(12):1306–1311. doi: 10.1038/ajh.2011.145. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 162.Pereira T, Maldonado J, Coutinho R, Cardoso E, Laranjeiro M, Andrade I, et al. Invasive validation of the Complior Analyse in the assessment of central artery pressure curves: a methodological study. Blood Press Monit . 2014;19(5):280–287. doi: 10.1097/MBP.0000000000000058. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 163.Herbert A, Cruickshank JK, Laurent S, Boutouyrie P, Collaboration on behalf of The Reference Values for Arterial Measurements. Establishing reference values for central blood pressure andi ts amplification in a general healthy population and according to cardiovascular risk factors. Eur Heart J . 2014;35(44):3122–3123. doi: 10.1093/eurheartj/ehu293. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 164.Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL, Rodrigues CIS, Brandão AA, Neves MFT, et al. 7ª Diretriz Brazileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol . 2016;107(3) Supl.3:1–83. [Google Scholar]
  • 165.Stergiou GS, Alpert B, Mieke S, Asmar R, Atkins N, Eckert S, et al. A universal standard for the validation of blood pressure measuring devices: Association for the Advancement of Medical Instrumentation/European Society of Hypertension/International Organization for Standardization (AAMI/ESH/ISO) Collaboration Statement. J Hypertens . 2018;36(3):472–478. doi: 10.1097/HJH.0000000000001634. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 166.Brazil. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia Portaria n.46 de 22 de janeiro de 2016. Esfigmomanometros . [Acesso em 25 fev 2020]. http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC002373.pdf Internet.
  • 167.Clark CE, Taylor RS, Shore AC, Ukoumunne OC, Campbell JL. Association of a difference in systolic blood pressure between arms with vascular disease and mortality: a systematic review and meta-analysis. Lancet . 2012;379(9819):905–914. doi: 10.1016/S0140-6736(11)61710-8. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 168.Saedon NI, Pin Tan M, Frith J. The Prevalence of Orthostatic Hypotension: A Systematic Review and Meta-Analysis. J Gerontol A Biol Sci Med Sci . 2020;75(1):117–122. doi: 10.1093/gerona/gly188. Jan 1. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 169.Fagard RH, Cort P. Orthostatic hypotension is a more robust predictor of cardiovascular events than nighttime reverse dipping in elderly. Hypertension . 2010;56(1):56–61. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.110.151654. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 170.Leung AA, Daskalopoulou SS, Dasgupta K, McBrien K, Butalia S, Zarnke KB., et al. Hypertension Canada’s 2017 Guidelines for Diagnosis, Risk Assessment, Prevention, and Treatment of Hypertension in Adults. Can J Cardiol . 2017;33(5):557–576. doi: 10.1016/j.cjca.2017.03.005. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 171.Myers MG. A short history of automated office blood pressure - 15 years to SPRINT. J Clin Hypertens (Greenwich) . 2016;18:721–724. doi: 10.1111/jch.12820. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 172.Parati G, Pomidossi G, ParatiR Casadei, Mancia G. Lack of alerting reactions to intermitent cuff inflations during noninvasive blood pressure monitoring. Hypertension . 1985;7:597–601. doi: 10.1161/01.hyp.7.4.597. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 173.Myers MG, Godwin M, Dawes M, Kiss A, Tobe SW, Kaczorowski J. Measurement of blood pressure in the office: recognizing the problem and proposing the solution. Hypertension . 2010;55:195–200. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.109.141879. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 174.Palatini P, Asmar R. Cuff challenges in blood pressure measurement. J Clin Hypertens . 2018;20:1100–1103. doi: 10.1111/jch.13301. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 175.Leblanc MÈ, Auclair A, Leclerc J, Bussières J, Agharazii M, Hould FS, et al. Blood pressure measurement in severely obese patients: validation of the forearm approach in different arm positions. Am J. Hypertens . 2019;32(2):175–185. doi: 10.1093/ajh/hpy152. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 176.Pickering TG, Hall JE, Appel LJ, Falkner BE, Graves J, Hill MN, et al. Recommendations for blood pressure measurement in humans and experimental animals: part 1: blood pressure measurement in humans: a statement for professionals from the Subcommittee of Professional and Public Education of the American Heart Association Council on High Blood Pressure Research. Circulation . 2005;111(5):697–716. doi: 10.1161/01.CIR.0000154900.76284.F6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 177.Senarclens, et al. Brachial or wrist blood pressure in obese patients:which is the best? Blood Pressure Monitoring . 2008;13:149–151. doi: 10.1097/MBP.0b013e3282fd16e3. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 178.Irving G, Holden J, Stevens R, McManus RJ. Which cuff should I use? Indirect blood pressure measurement for the diagnosis of hypertension in patients with obesity: a diagnostic accuracy review. BMJ Open . 2016;6:e012429. doi: 10.1136/bmjopen-2016-012429. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 179.Fuchs FD, Scala LC, Vilela-Martin JF, de Mello RB, Mosele F, Whelton PK, et al. Effectiveness of chlorthalidone/amiloride versus losartan in patients with stage I hypertension: results from the PREVER-treatment randomized trial. J Hypertens . 2016;34(4):798–806. doi: 10.1097/HJH.0000000000000837. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 180.Feitosa ADM, Mota-Gomes MA, Barroso WS, Miranda RD, Barbosa ECD, Pedrosa RP, et al. Relationship between office isolated systolic or diastolic hypertension and white-coat hypertension across the age spectrum: a home blood pressure study. J Hypertens . 2020;38(4):663–670. doi: 10.1097/HJH.0000000000002320. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 181.Weber MA, Schiffrin EL, White WA, Mann S, Lindbolm LH, Venerson JG, et al. Clinical practice guidelines for the management of hypertension in the community: a statement by the American Society of Hypertension and the International Society of Hypertension. J Hypertens . 2014;32(1):3–15. doi: 10.1097/HJH.0000000000000065. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 182.Egan BM, Stevens-Fabry S. Prehypertension-prevalence, health risks, and management strategies. Nat Rev Cardiol . 2015;12(5):289–300. doi: 10.1038/nrcardio.2015.17. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 183.Parati G, Stergiou G, O’Brien E, Asmar R, Beilin L, Bilo G, et al. European Society of Hypertension Working Group on Blood Pressure Monitoring and Cardiovascular Variability European Society of Hypertension practice guidelines for ambulatory blood pressure monitoring. J Hypertens . 2014;32(7):1359–1366. doi: 10.1097/HJH.0000000000000221. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 184.Stergiou GS, Parati G, Vlachopoulos C, Achimastos A, Andreadis E, Asmar R, et al. Methodology and technology for peripheral and central blood pressure and blood pressure variability measurement: current status and future directions - Position statement of the European Society of Hypertension Working Group on blood pressure monitoring and cardiovascular variability. J Hypertens . 2016;34(9):1665–1677. doi: 10.1097/HJH.0000000000000969. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 185.O’Brien E, Parati G, Stergiou G, Asmar R, Beilin L, Bilo G, et al. European Society of Hypertension Working Group on Blood Pressure M. European Society of Hypertension position paper on ambulatory blood pressure monitoring. Hypertens . 2013;31(9):1731–1768. doi: 10.1097/HJH.0b013e328363e964. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 186.Nobre F, Mion D, Jr., Gomes MAM, Barbosa ECD, Rodrigues CIS, Neves MFT, et al. 6ª Diretrizes de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial e 4ª Diretrizes de Monitorização Residencial da Pressão Arterial. Arq Bras Cardiol . 2018;110(5) Supl.1:1–29. [Google Scholar]
  • 187.Souza WK, Jardim PC, Porto LB, Araújo FA, Sousa AL, Salgado CM. Comparison and correlation between self-measured blood pressure, casual blood pressure measurement and ambulatory blood pressure monitoring. Arq Bras Cardiol . 2011;97(2):148–155. doi: 10.1590/s0066-782x2011005000076. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 188.Bliziotis IA, Destounis A, Stergiou GS. Home versus ambulatory and office blood pressure in predicting target organ damage in hypertension: a systematic review and meta-analysis. J Hypertens . 2012;30(7):1289–1299. doi: 10.1097/HJH.0b013e3283531eaf. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 189.WK, Jardim PC, Brito LP, Araújo FA, Sousa AL. Self measurement of blood pressure for control of blood pressure levels and adherence to treatment. Arq Bras Cardiol . 2012;98(2):167–174. doi: 10.1590/s0066-782x2012005000010. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 190.Park JS, Rhee MY, Namgung J, Lee SY, Cho DK, Choi TY, et al. Comparison of Optimal Diagnostic Thresholds of Hypertension With Home Blood Pressure Monitoring and 24-Hour Ambulatory Blood Pressure Monitoring. Am J Hypertens . 2017;30(12):1170–1176. doi: 10.1093/ajh/hpx115. Nov 6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 191.Niiranen TJ, Asayama K, Thijs L, Johansson JK, Ohkubo T, et al. Outcome-Driven Thresholds for Home Blood Pressure Measurement: International Database of HOme blood pressure in relation to Cardiovascular Outcome. Hypertension . 2012;61(1):27–34. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.111.00100. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 192.D, Asayama K, Ohkubo T, Kikuya M, Kanno A, Hara A, et al. Stroke Risk in Treated Hypertension Based on Home Blood Pressure: the Ohasama Study. Am J Hypertens . 2010;23(5):508–514. doi: 10.1038/ajh.2010.15. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 193.Ward AM, Takahashi O, Stevens R, Heneghan C. Home measurement of blood pressure and cardiovascular disease: systematic review and meta-analysis of prospective studies. J Hypertens . 2012;30(3):449–456. doi: 10.1097/HJH.0b013e32834e4aed. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 194.McManus RJ, Mant J, Bray EP, Holder R, Jones MI, Greenfield S, et al. Telemonitoring and selfmanagement in the control of hypertension (TASMINH2): a randomised controlled trial. Lancet . 2010;376(9736):163–172. doi: 10.1016/S0140-6736(10)60964-6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 195.McManus RJ, Mant J, Haque MS, Bray EP, Bryan S, Greenfield SM, et al. Effect of self-monitoring and medication self-titration on systolic blood pressure in hypertensive patients at high risk of cardiovascular disease: the TASMIN-SR randomized clinical trial. JAMA . 2014;312(8):799–808. doi: 10.1001/jama.2014.10057. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 196.Tucker KL, Sheppard JP, Stevens R, Bosworth HB, Bove A, Bray EP, et al. Self-monitoring of blood pressure in hypertension: a systematic review and individual patient data meta-analysis. PLoS One . 2017;14:e1002389. doi: 10.1371/journal.pmed.1002389. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 197.Omboni S, Gazzola T, Carabelli G, Parati G. Clinical usefulness and cost effectiveness of home blood pressure telemonitoring: meta-analysis of randomized controlled studies. J Hypertens . 2013;31(3) doi: 10.1097/HJH.0b013e32835ca8dd. 455–67; discussion 467–8. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 198.Parati G, Omboni S. Role of home blood pressure telemonitoring in hypertension management: an update. Blood Press Monit . 2010;15(6):285–295. doi: 10.1097/MBP.0b013e328340c5e4. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 199.Gaborieau V, Delarche N, Gosse P. Ambulatory blood pressure monitoring versus self-measurement of blood pressure at home: correlation with target organ damage. J Hypertens . 2008;26(10):1919–1927. doi: 10.1097/HJH.0b013e32830c4368. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 200.Clement DL, Buyzere ML, Bacquer DA, Leeuw PW, Duprez DA, Fagard RH, et al. Prognostic value of ambulatory blood-pressure recordings in patients with treated hypertension. N Engl J Med . 2003;348(24):2407–2415. doi: 10.1056/NEJMoa022273. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 201.Sega R, Facchetti R, Bombelli M, Cesana G, Corrao G, Grassi G, et al. Prognostic value of ambulatory and home blood pressures compared with office blood pressure in the general population: follow-up results from the Pressioni Arteriose Monitorate e Loro Associazioni (PAMELA) study. Circulation . 2005;111(14):1777–1783. doi: 10.1161/01.CIR.0000160923.04524.5B. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 202.ABC-H Investigators, Roush GC, Fagard RH, Salles GF, Pierdomenico SD, Reboldi G, Verdecchia P, et al. Prognostic impact from clinic, daytime, and night-time systolic blood pressure in nine cohorts of 13,844 patients with hypertension. J Hypertens . 2014;32(12):2332–2340. doi: 10.1097/HJH.0000000000000355. discussion 2340. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 203.Fagard RH, Celis H, Thijs L, Staessen JA, Clement DL, Buyzere ML, et al. Daytime and nighttime blood pressure as predictors of death and cause-specific cardiovascular events in hypertension. Hypertension . 2008;51(1):55–61. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.107.100727. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 204.Parati G, Ochoa JE, Bilo G, Agarwal R, Covic A, Dekker FW, et al. Hypertension in chronic kidney disease part 2: role of ambulatory and home blood pressure monitoring for assessing alterations in blood pressure variability and blood pressure profiles. Hypertension . 2016;67(6):1102–1110. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.115.06896. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 205.Piper MA, Evans CV, Burda BU, Margolis KL, O’Connor E, Whitlock EP. Diagnostic and predictive accuracy of blood pressure screening methods with consideration of rescreening intervals: a systematic review for the U.S. Preventive Services Task Force. Ann Intern Med . 2015;162(3):192–204. doi: 10.7326/M14-1539. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 206.Mancia G, Zanchetti A. White-coat hypertension: misnomers, misconceptions and misunderstandings. What should we do next? J Hypertens . 1996;14(9):1049–1052. doi: 10.1097/00004872-199609000-00001. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 207.Bobrie G, Clerson P, Menard J, Postel-Vinay N, Chatellier G, Plouin PF. Masked hypertension: a systematic review. J Hypertens . 2008;26(9):1715–1725. doi: 10.1097/HJH.0b013e3282fbcedf. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 208.Feitosa ADM, Mota-Gomes MA, Miranda RD, Barroso WS, Barbosa ECB, Pedrosa RP, et al. Impact of 2017 ACC/AHA hypertension guidelines on the prevalence of white-coat and masked hypertension: A home blood pressure monitoring study. J Clin Hypertens . 2018;20(12):1745–1747. doi: 10.1111/jch.13422. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 209.Paiva AMG, Gomes MICM, Campana EMG, Feitosa ADM, Sposito AC, Mota-Gomes MA, et al. Impact of hypertension phenotypes on the office and 24-h pulse wave velocity and augmentation index in individuals with or without antihypertensive medication use. Hypertens Res . 2019;42(12):1989–1995. doi: 10.1038/s41440-019-0323-6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 210.Fagard RH, Cornelissen VA. Incidence of cardiovascular events in whitecoat, masked and sustained hypertension versus true normotension: a meta-analysis. J Hypertens . 2007;25(11):2193–2198. doi: 10.1097/HJH.0b013e3282ef6185. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 211.Staessen JA, O’Brien ET, Amery AK, Atkins N, Baumgart P, Cort P, et al. Ambulatory blood pressure in normotensive and hypertensive subjects: results from an international database. J Hypertens . 1994;12(7) Suppl:S1–12. [PubMed] [Google Scholar]
  • 212.Barroso WKS, Feitosa ADM, Barbosa ECD, Miranda RD, Vitorino PVO, Brandão AA, et al. Prevalence of Masked and White-Coat Hypertension in Pre-Hypertensive and Stage 1 Hypertensive patients with the use of TeleMRPA. Arq Bras Cardiol . 2019;113(5):970–975. doi: 10.5935/abc.20190147. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 213.Huang Y, Huang W, Mai W, Cai X, An D, Liu Z, et al. White-coat hypertension is a risk factor for cardiovascular diseases and total mortality. J Hypertens . 2017;35(4):677–688. doi: 10.1097/HJH.0000000000001226. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 214.Briasoulis A, Androulakis E, Palla M, Papageorgiou N, Tousoulis D. White-coat hypertension and cardiovascular events: a meta-analysis. J Hypertens . 2016;34(4):593–599. doi: 10.1097/HJH.0000000000000832. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 215.Kikuya M, Ohkubo T, Metoki H, Asayama K, Hara A, Obara T, et al. Day-by-day variability of blood pressure and heart rate at home as a novel predictor of prognosis: the Ohasama study. Hypertension . 2008;52(6):1045–1050. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.107.104620. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 216.Rassi G, Seravalle G, Trevano FQ, Dell’oro R, Bolla G, Cuspidi C, Arenare F, Mancia G. Neurogenic abnormalities in masked hypertension. Hypertension . 2007;50(3):537–542. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.107.092528. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 217.Parati G, Omboni S, Staessen J, Thijs L, Fagard R, Ulian L, et al. Limitations of the difference between clinic and daytime blood pressure as a surrogate measure of the ‘white-coat’ effect. Syst-Eur investigators J Hypertens . 1998;16(1):23–29. doi: 10.1097/00004872-199816010-00005. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 218.Banegas JR, Ruilope LM, de la Sierra A, de la Cruz JJ, Gorostidi M, Segura J, et al. High prevalence of masked uncontrolled hypertension in people with treated hypertension. Eur Heart J . 2014;35(46):3304–3312. doi: 10.1093/eurheartj/ehu016. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 219.Mancia G. Clinical significance of white-coat hypertension. J Hypertens . 2016;34(4):623–626. doi: 10.1097/HJH.0000000000000879. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 220.Mancia G. White-coat hypertension: growing evidence in favour of its adverse prognostic significance. J Hypertens . 2017;35(4):710–712. doi: 10.1097/HJH.0000000000001289. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 221.Mancia G, Grassi G. The heterogeneous nature of white-coat hypertension. J Am Coll Cardiol . 2016;68(19):2044–2046. doi: 10.1016/j.jacc.2016.08.043. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 222.Mancia G, Bombelli M, Cuspidi C, Facchetti R, Grassi G. Cardiovascular risk associated with white-coat hypertension: pro side of the argument. Hypertension . 2017;70(4):668–675. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.117.08903. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 223.Mancia G, Fagard R, Narkiewicz K, Redon J, Zanchetti A, Bohm M, et al. 2013 ESH/ESC guidelines for the management of arterial hypertension: the Task Force for the Management of Arterial Hypertension of the European Society of Hypertension (ESH) and of the European Society of Cardiology (ESC) Eur Heart J . 2013;34(28):2159–2219. doi: 10.1093/eurheartj/eht151. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 224.Pierdomenico SD, Cuccurullo F. Prognostic value of white-coat and masked hypertension diagnosed by ambulatory monitoring in initially untreated subjects: an updated meta analysis. Am J Hypertens . 2011;24(1):52–58. doi: 10.1038/ajh.2010.203. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 225.Lurbe E, Torro I, Alvarez V, Nawrot T, Paya R, Redon J, Staessen JA. Prevalence, persistence, and clinical significance of masked hypertension in youth. Hypertension . 2005;45(4):493–498. doi: 10.1161/01.HYP.0000160320.39303.ab. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 226.Mancia G, Facchetti R, Bombelli M, Grassi G, Sega R. Long-term risk of mortality associated with selective and combined elevation in office, home, and ambulatory blood pressure. Hypertension . 2006;47(5):846–853. doi: 10.1161/01.HYP.0000215363.69793.bb. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 227.Bobrie G, Chatellier G, Genes N, Clerson P, Vaur L, Vaisse B, et al. Cardiovascular prognosis of “masked hypertension” detected by blood pressure self-measurement in elderly treated hypertensive patients. JAMA . 2004;291(11):1342–1349. doi: 10.1001/jama.291.11.1342. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 228.Franklin SS, Thijs L, Li Y, Hansen TW, Boggia J, Liu Y, et al. Response to masked hypertension in untreated and treated patients with diabetes mellitus: attractive but questionable interpretations and response to Is masked hypertension related to diabetes mellitus? Hypertension . 2013;62(4):e23–e25. doi: 10.1161/hypertensionaha.113.01700. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 229.Chow CK, Teo KK, Rangarajan S, Islam S, Gupta R, Avezum A, et al. Prevalence, awareness, treatment, and control of hypertension in rural and urban communities in high-, middle-, and low-income countries. JAMA . 2013;310(9):959–968. doi: 10.1001/jama.2013.184182. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 230.Lindholt JS, Sogaard R. Population screening and intervention for vascular disease in Danish men (VIVA): a randomised controlled trial. Lancet . 2017;390(10109):2256–2265. doi: 10.1016/S0140-6736(17)32250-X. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 231.Hodgkinson J, Mant J, Martin U, Guo B, Hobbs FD, Deeks JJ, et al. Relative effectiveness of clinic and home blood pressure monitoring compared with ambulatory blood pressure monitoring in diagnosis of hypertension: systematic review. BMJ . 2011;342:d3621. doi: 10.1136/bmj.d3621. Jun 24. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 232.Vinyoles E, Felip A, Pujol E, de la Sierra A, Dura R, del Rey RH, et al. Clinical characteristics of isolated clinic hypertension. J Hypertens . 2008;26(3):438–445. doi: 10.1097/HJH.0b013e3282f3150b. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 233.Picone DS, Schultz MG, Otahal P, Aakhus S, Al-Jumaily AM, Black JA, et al. Accuracy of cuff-measured blood pressure: systematic reviews and meta-analyses. J Am Coll Cardiol . 2017;70(5):572–586. doi: 10.1016/j.jacc.2017.05.064. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 234.Williams B, Lacy PS, Thom SM, Cruickshank K, Stanton A, Collier D, et al. Differential impact of blood pressure-lowering drugs on central aortic pressure and clinical outcomes: principal results of the Conduit Artery Function Evaluation (CAFE) study. Circulation . 2006;113(9):1213–1215. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.105.595496. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 235.Lurbe E, Redon J. Isolated systolic hypertension in young people is not spurious and should be treated: con side of the argument. Hypertension . 2016;68(2):276–280. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.116.06548. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 236.McEniery CM, Franklin SS, Cockcroft JR, Wilkinson IB. Isolated systolic hypertension in young people is not spurious and should be treated: pro side of the argument. Hypertension . 2016;68(2):269–275. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.116.06547. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 237.Miall WE, Oldham PD. The hereditary factor in arterial blood-pressure. BMJ . 1963;1(5323):75–80. doi: 10.1136/bmj.1.5323.75. Jan. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 238.Snieder H, Hayward CS, Perks U, Kelly RP, Kelly PJ, Spector TD SO. Heritability of central systolic pressure augmentation: a twin study. Hypertension . 2000;35(2):574–579. doi: 10.1161/01.hyp.35.2.574. Feb. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 239.Evangelou E, Warren HR, Mosen-Ansorena D, Mifsud B, Pazoki R, Gao H, et al. Genetic analysis of over 1 million people identifies 535 new loci associated with blood pressure traits. Nat Genet . 2018;50(10):1412–1425. doi: 10.1038/s41588-018-0205-x. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 240.Raina R, Krishnappa V, Das A, Amin H, Radhakrishnan Y, Nair NR, et al. Overview of Monogenic or Mendelian Forms of Hypertension. 263 Front Pediatr . 2019;7 doi: 10.3389/fped.2019.00263. Jul 01. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 241.Favier J, Amar L, Gimenez-Roqueplo AP. Paraganglioma and phaeochromocytoma: from genetics to personalized medicine. Nat Rev Endocrinol . 2015;11(2):101–111. doi: 10.1038/nrendo.2014.188. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 242.Lenders JW, Duh QY, Eisenhofer G, Gimenez-Roqueplo AP, Grebe SK, Murad MH, et al. Pheochromocytoma and paraganglioma: an endocrine society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab . 2014;99(6):1915–1942. doi: 10.1210/jc.2014-1498. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 243.Murabito JM, Nam BH, D’Agostino RB, Sr, Lloyd-Jones DM, O’Donnell CJ, Wilson PW. Accuracy of offspring reports of parenteral cardiovascular disease history: the Framingham Offspring Study. Ann Intern Med . 2004;140(6):434–440. doi: 10.7326/0003-4819-140-6-200403160-00010. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 244.Chobanian AV, Bakris GL, Black HR, Cushman WC, Green LA, Izzo J, Jr., et al. Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure. Hypertension . 2003;42(6):1206–1252. doi: 10.1161/01.HYP.0000107251.49515.c2. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 245.Berry JD, Dyer A, Cai X, Garside DB, Ning H, Thomas A, et al. Lifetime risks of cardiovascular disease. N Engl J Med . 2012;366(4):321–329. doi: 10.1056/NEJMoa1012848. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 246.Wilson PW, Kannel WB, Silbershatz H, D’Agostino RB. Clustering of metabolic factors and coronary heart disease. Arch Intern Med . 1999;159(10):1104–1109. doi: 10.1001/archinte.159.10.1104. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 247.Egan BM, Li J, Hutchison FN, Ferdinand KC. Hypertension in United States, 1999 to 2012: progress toward Healthy People 2020 goals. Circulation . 2014;130(19):1692–1699. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.114.010676. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 248.Obesity Classification – World Obesity Federation [Cited in 2020 Jan 12]. https://www.worldobesity.org/about/about-obesity/obesity-classification?_ga=2.27200504.476223329.1582981112-571126236.1582981112 .
  • 249.Carter SA. Indirect systolic pressures and pulses waves in arterial occlusive disease of the lower extremities. Circulation . 1968;37(4):624–637. doi: 10.1161/01.cir.37.4.624. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 250.Newman AB, Siscovick DS, Manolio TA, Polak J, Fried LP, Borhani NO, et al. Ankle-arm index as a marker of atherosclerosis in the Cardiovascular Health Study. Cardiovascular Health Study (CHS) Collaborative Reserch Group. Circulation . 1993;88(3):837–845. doi: 10.1161/01.cir.88.3.837. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 251.Rourke MF, Adji A. Guidelines on guidelines: focus on isolated systolic hypertension in youth. J Hypertens . 2013;31(4):649–654. doi: 10.1097/HJH.0b013e32835d8230. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 252.Brandão AA, Amodeo C, Alcantara C, Barbosa E, Nobre F, Pinto F, et al. I Posicionamento Luso-Brazileiro de Pressão Arterial Central. Arq Bras Cardiol . 2017;108(2):100–108. doi: 10.5935/abc.20170011. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 253.Mancia G, Narkiewiczk, Redon J, Zanchetti A, Bohm M, Christiaens T, et al. 2013 ESH/ESC Guidelines for the management of arterial hypertension: theTask Force for the management of arterial hypertension of the European Society of Hypertension (ESH) and of the European Society of Cardiology (ESC) J Hypertens . 2013;31(7):1281–1357. doi: 10.1097/01.hjh.0000431740.32696.cc. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 254.D’Agostino RB, Sr, Vasan RS, Pencina MJ, Wolf PA, Cobain M, Massaro JM, WBl Kannel. General cardiovascular risk profile for use in primary care: the Framingham Heart Study. Circulation . 2008;117(6):743–753. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.107.699579. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 255.Levey AS, Bosch JP, Lewis JB, Greene LT, Rogers N, Roth D. A more accurate accurate method to estimate GFR from serum creatinine: a new prediction equation. Modification of Diet in Renal Disease Study Group Ann Intern Med . 1999;130(6):461–470. doi: 10.7326/0003-4819-130-6-199903160-00002. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 256.A New Equation to Estimate Glomerular Filtration Rate. Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI) Ann Intern Med . 2009;150(9):604–612. doi: 10.7326/0003-4819-150-9-200905050-00006. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 257.Levey AS, Eckardt K-U, Dorman NM, Christiansen SL, Hoorn EJ, Ingelfinger JR, et al. Nomenclature for kidney function and disease: report of a Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Consensus Conference. Kidney Inter . 2020;97(6):1117–1129. doi: 10.1016/j.kint.2020.02.010. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 258.KDIGO CKD Work Group KDIGO 2012 clinical practice guideline for the evaluation and management of chronic kidney disease. Kidney Int . 2013;3(1) Suppl:1–150. doi: 10.1038/ki.2013.243. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 259.Friedewald WT, Levi RI, Fredrickson DS. Estimation of the concentration of low density lipoproteins cholesterol in plasma without use of the ultracentrifuge. Clin Chem . 1972;18:499–502. [PubMed] [Google Scholar]
  • 260.Sokolow M, Lyon TP. The ventricular complex in left ventricular hypertrophy as obtained by unipolar precordial and limb leads. Am Heart J . 1949;37(2):161–186. doi: 10.1016/0002-8703(49)90562-1. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 261.Casalle PN, Devereux RB, Alonso DR, Campo E, Kligfield P. Improved sex specific criteria of left ventricular hypertrophy for clinical and computer interpretation of electrocadiograms: validation with autopsy findings. Circulation . 1987;75(3):565–572. doi: 10.1161/01.cir.75.3.565. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 262.Rayner BL, Goodman H, Opie LH. The Chest Radiograph. A useful investigationin the evaluation of hypertensive patients. Am J Hypertens . 2004;17(6):507–510. doi: 10.1016/j.amjhyper.2004.02.012. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 263.Marwick TH, Gillebert TC, Aurigemma G, Chirinos J, Derumeaux G, Galderisi M, et al. Recommendations on the Use of Echocardiography in Adult Hypertension: A Report from the European Association of Cardiovascular Imaging (EACVI) and the American Society of Echocardiography (ASE) J Am Soc Echocardiogr . 2015;28(7):727–754. doi: 10.1016/j.echo.2015.05.002. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 264.Tsioufis C, Kokkinos P, Macmanus C, Thomopoulos C, Faselis C, Doumas M, et al. Left ventricular hypertrophy as a determinant of renal outcome in patients with high cardiovascular risk. J Hypertens . 2010;28(11):2299–2308. doi: 10.1097/HJH.0b013e32833d95fe. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 265.Nambi V, Chambless L, Folsom AR, He M, Hu Y, Mosley T, et al. Carotid intima-media thickness and presence or absence of plaque improves prediction of coronary heart disease risk: the ARIC (Atherosclerosis Risk In Communities) study. J Am Coll Cardiol . 2010;55:1600–1607. doi: 10.1016/j.jacc.2009.11.075. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 266.Polak JF, Szklo M, O’Leary DH. Carotid intima-media thickness score, positive coronary artery calcium score, and incident coronary heart disease: the Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis. J Am Heart Assoc . 2017;6(1):e004612. doi: 10.1161/JAHA.116.004612. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 267.Vasbinder GB, Nelemans PJ, Kessels AG, Kroon AA, Leeuw PW, van Engelshoven JM. Diagnostic tests for renal artery stenosis in patients suspected of having renovascular hypertension: a meta-analysis. Ann Intern Med . 2001;135(6):401–411. doi: 10.7326/0003-4819-135-6-200109180-00009. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 268.Selvin E, Steffes MW, Zhu H, Matsushita K, Wagenknecht L, Pankow J, et al. Brancati Glycated hemoglobin, diabetes, and cardiovascular risk in nondiabetic adults. N Engl J Med . 2010;362(9):800–811. doi: 10.1056/NEJMoa0908359. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 269.Chin D, Battistoni A, Tocci G, Passerini J, Parati G, Volpe M. Non-invasive diagnostic testing for coronary artery disease in the hypertensive patient: potential advantages of a risk estimation-based algorithm. Am J Hypertens . 2012;25:1226–1235. doi: 10.1038/ajh.2012.90. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 270.Safar ME, Levy BI, Struijker-Boudier H. Current perspectives on arterial stiffness and pulse pressure in hypertension and cardiovascular diseases. Circulation . 2003;107(22):2864–2869. doi: 10.1161/01.CIR.0000069826.36125.B4. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 271.Mikael LR, Paiva AMG, Mota-Gomes M, Sousa ALL, Jardim PCBV, Vitorino PVO, et al. Envelhecimento vascular e rigidez arterial. Arq Bras Cardiol . 2017;109(3):253–258. doi: 10.5935/abc.20170091. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 272.Leeuw FE, Groot JC, Oudkerk M, Witteman JC, Hofman A, van Gijn J, Breteler MMB. Hypertension and cerebral white matter lesions in a prospective cohort study. Brain . 2002;125(4):765–772. doi: 10.1093/brain/awf077. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 273.NCD Risk Factor Collaboration Worldwide trends in blood pressure from 1975 to 2015: a pooled analysis of 1479 population-based measurement studies with 19.1 million participants. Lancet . 2017;389(10064):37–55. doi: 10.1016/S0140-6736(16)31919-5. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 274.Kearney PM, Whelton M, Reynolds K, Muntner P, Whelton PK, He J. Global Burden of hypertension: analysis of worldwide data. Lancet . 2005;365(9455):217–223. doi: 10.1016/S0140-6736(05)17741-1. Jan 15-21. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 275.Ungera T, Borghib C, Charcharc F, Khanf NA, Poulterh NR, Prabhakarani D, et al. International Society of Hypertension global hypertension practice guidelines. Hypertension . 2020;75(6):1334–1357. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.120.15026. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 276.Wilson PW, D’Agostino RB, Levy D, Belanger AM, Silbershatz H, Kannel WB. Prediction of coronary heart disease using risk factor categories. Circulation . 1998;97(18):1837–1847. doi: 10.1161/01.cir.97.18.1837. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 277.Neaton JD, Wentworth D. Serum cholesterol, blood pressure, cigarette smoking, and death from coronary heart disease. Overall findings and differences by age for 316,099 white men. Multiple Risk Factor Intervention Trial Research Group. Arch Intern Med . 1992;152(1):56–64. [PubMed] [Google Scholar]
  • 278.Blood Pressure Lowering Treatment Trialists C. Blood pressure-lowering treatment based on cardiovascular risk: a meta-analysis of individual patient data. Lancet . 2014;384(9943):591–598. doi: 10.1016/S0140-6736(14)61212-5. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 279.Matsura Y, Kanter JE, Bornfeldt KE. Highlighting Residual Atherosclerotic Cardiovascular Disease. Arterioscler Thromb Vasc Biol . 2019;39(1):e1–e9. doi: 10.1161/ATVBAHA.118.311999. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 280.Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, Beam C, Birtcher KK, Blumenthal RS, et al. AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA Guideline on the Management of Blood Cholesterol: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. Circulation . 2019;139(25):e1082–e1143. doi: 10.1161/CIR.0000000000000625. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 281.Mach F, Baigent C, Catapano AL, Koskinas KC, Casula M, Badimon L, et al. ESC/EAS Guidelines for the management of dyslipidaemias: lipid modification to reduce cardiovascular risk 2020. Eur Heart J . 2020;41(1):111–188. doi: 10.1093/eurheartj/ehz455. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 282.Sposito AC, Ramires JA, Jukema JW, Molina JC, Silva PM, Ghadanfar MM, Wilson PW. Physicians’ attitudes and adherence to use of risk scores for primary prevention of cardiovascular disease: cross-sectional survey in three world regions. Curr Med Res Opin . 2009;25(5):1171–1178. doi: 10.1185/03007990902846423. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 283.Hlatky MA, Greenland P, Arnett DK, Ballantyne CM, Criqui MH, Elkin, et al. Criteria for evaluation of novel markers of cardiovascular risk: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation . 2009;119(7):2408–2416. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.109.192278. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 284.Cooney MT, Dudina AL, Graham IM. Value and Limitations of Existing Scores for the Assessment of Cardiovascular Risk A Review for Clinicians. J Am Coll Cardiol . 2009;54(14):1209–1227. doi: 10.1016/j.jacc.2009.07.020. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 285.Rapsomaniki E, Timmis A, George J, et al. Blood pressure and incidence of twelve cardiovascular diseases: lifetime risks, healthy life-years lost, and age-specific associations in 1.25 million people. Lancet . 2014;383(9932):1899–1911. doi: 10.1016/S0140-6736(14)60685-1. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 286.Yusuf S, Hawken S, Ounpuu S, Dans T, Avezum A, Lanas F, et al. Effect of potentially modifiable risk factors associated with myocardial infarction in 52 countries (the INTERHEART study): case-control study. Lancet . 2004;364(9438):937–952. doi: 10.1016/S0140-6736(04)17018-9. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 287.Wang OJ, Wang Y, Chen J, Krumholz HM. Recent Trends in Hospitalization for Acute Myocardial Infarction. Am J Cardiol . 2012;109(11):1589–1593. doi: 10.1016/j.amjcard.2012.01.381. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 288.Tunstall-Pedoe H, Kuulasmaa K, Amouyel P, Arveiler D, Rajakangas AM, Pajak A. Myocardial infarction and coronary deaths in the World Health Organization MONICA Project. Registration procedures, event rates, and case-fatality rates in 38 populations from 21 countries in four continents. Circulation . 1994;90(1):583–612. doi: 10.1161/01.cir.90.1.583. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 289.International Diabetes Federation IDF Consensus Worldwide Definition of the Metabolic Syndrome . 2006. [Cited in 2020 Mar 10]. https://www.idf.org/e-library/consensus-statements/60-idfconsensus-worldwide-definitionof-the-metabolic-syndrome.html .
  • 290.Perrone-Filardi P, Coca A, Galderisi M, Paolillo S, Alpendurada F, Simone G, et al. Noninvasive cardiovascular imaging for evaluating subclinical target organ damage in hypertensive patients: a consensus article from the European Association of Cardiovascular Imaging, the European Society of Cardiology Council on Hypertension and the European Society of Hypertension. J Hypertens . 2017;35(9):1727–1741. doi: 10.1097/HJH.0000000000001396. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 291.PROGRESS Collaborative Group Randomised trial of a perindopril-based blood-pressure-lowering regimen among 6,105 individuals with previous stroke or transient ischaemic attack. Lancet . 2001;358(9287):1033–1041. doi: 10.1016/S0140-6736(01)06178-5. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 292.Manning LS, Mistri AK, Potter J, Rothwell PM, Robinson TG. Short-term blood pressure variability in acute stroke: post hoc analysis of the controlling hypertension and hypotension immediately post stroke and continue or stop post-stroke antihypertensives collaborative study trials. Stroke . 2015;46(6):1518–1524. doi: 10.1161/STROKEAHA.115.009078. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 293.Grundvold I, Skretteberg PT, Liestol K, Erikssen G, Kjeldsen SE, Arnesen H, Erikssen J, Bodegard J. Upper normal blood pressures predict incident atrial fibrillation in healthy middle-aged men: a 35-year follow-up study. Hypertension . 2012;59(2):198–204. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.111.179713. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 294.Singer DR, Kite A. Management of hypertension in peripheral arterial disease: does the choice of drugs matter? Eur J Vasc Endovasc Surg . 2008;35(6):701–708. doi: 10.1016/j.ejvs.2008.01.007. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 295.Sehestedt T, Jeppesen J, Hansen TW, Wachtell K, Ibsen H, Torp-Petersen C, et al. Risk prediction is improved by adding markers of subclinical organ damage to SCORE. Eur Heart J . 2010;31(7):883–891. doi: 10.1093/eurheartj/ehp546. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 296.Orlova IA, Nuraliev EY, Yarovaya EB, Ageev FT. Prognostic value of changes in arterial stiffness in men with coronary artery disease. Vasc Health Risk Manag . 2010;6:1015–1–21. doi: 10.2147/VHRM.S13591. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 297.Cecelja M, Chowienczyk P. Dissociation of aortic pulse wave velocity with risk factors for cardiovascular disease other than hypertension: a systematic review. Hypertension . 2009;54(6):1328–1336. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.109.137653. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 298.Chirinos JA, Segers P, Hughes T, Townsend R. Large-Artery Stiffness in Health and Disease JACC State-of-the-Art Review. J Am Coll Cardiol . 2019;74(9):1237–1263. doi: 10.1016/j.jacc.2019.07.012. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 299.Bertoluci MC, Moreira RO, Faludi A, Izar MC, Schaan BD, Valerio CM, et al. Brazilian guidelines on prevention of cardiovascular disease in patients with diabetes: a position statement from the Brazilian Diabetes Society (SBD), the Brazilian Cardiology Society (SBC) and the Brazilian Endocrinology and Metabolism Society (SBEM) Diabetol Metab Syndr . 2017;9(53) doi: 10.1186/s13098-017-0251-z. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 300.Daskalopoulou SS, Rabi DM, Zarnke KB, Dasgupta K, Nerenberg K, Cloutier L, et al. The 2015 Canadian Hypertension Education Program recommendations for blood pressure measurement, diagnosis, and assessment of risk, prevention, and treatment of hypertension. Can J Cardiol . 2015;31(5):549–568. doi: 10.1016/j.cjca.2015.02.016. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 301.British Cardiac Society. British Hypertension Society. Diabetes UK. HEART UK. Primary Care Cardiovascular Society. Stroke Association JBS 2: Joint British Societies’ guidelines on prevention of cardiovascular disease in clinical practice. Heart . 2005;91(Suppl 5):v1–52. doi: 10.1136/hrt.2005.079988. 6. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 302.Sánchez RA, Boggia J, Peñaherrera E, Barroso WS, Barbosa E, Villar R, et al. Ambulatory blood pressure monitoring over 24 h: A Latin American Society of Hypertension position paper-accessibility, clinical use and cost effectiveness of ABPM in Latin America in year 2020. J Clin Hypertens . 2020;22(4):527–543. doi: 10.1111/jch.13816. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 303.O’Brien E, Parati G, Stergiou G, Asmar R, Beilin L, et al. European Society of Hypertension Working Group on Blood Pressure Monitoring. J Hypertens . 2013;31(9):1731–1768. Sep. [Google Scholar]
  • 304.Banegas JR, Ruilope LM, de la Sierra A, Vinyoles E, Gorostidi M, et al. Relationship between clinic and ambulatory blood-pressure measurements and mortality. N Engl J Med . 2018;378(16):1509–1520. doi: 10.1056/NEJMoa1712231. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 305.Hansen TW, Li Y, Boggia J, Thijs L, Richart T, Staessen JA. Predictive role of the nighttime blood pressure. Hypertension . 2011;57(1):3–10. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.109.133900. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 306.Diao D, Wright JM, Cundiff DK, Gueyffier F. Pharmacotherapy for mild hypertension. et al. Cochrane Database Syst Rev . 2012;(8) doi: 10.1002/14651858.CD006742.pub2. CD006742. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 307.Thomopoulos C, Parati G, Zanchetti A. Effects of blood pressure lowering on outcome incidence in hypertension. 1. Overview, meta-analyses, and meta-regression analyses of randomized trials. J Hypertens . 2014;32(12):2285–2295. doi: 10.1097/HJH.0000000000000378. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 308.Brunstrom M, Carlberg B. Association of blood pressure lowering with mortal- ity and cardiovascular disease across blood pressure levels: a systematic review and meta-analysis. JAMA Intern Med . 2018;178(1):28–36. doi: 10.1001/jamainternmed.2017.6015. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 309.Lonn EM, Bosch J, López-Jaramillo P, Zhu J, Liu L, Pais P, et al. Blood-pressure lowering in intermediate-risk persons without cardiovascular disease. N Engl J Med . 2016;374(21):2009–2020. doi: 10.1056/NEJMoa1600175. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 310.Lee CJ, Ryu J, Kim HC, Ryu DR, Ihm SH, Kim YJ, et al. Clinical benefit of treatment of stage-1, low-risk hypertension Korean national health insurance database analysis. Hypertension . 2018;72(6):1285–1293. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.118.11787. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 311.Franklin SS, Larson MG, Khan SA, Wong ND, Leip EP, Kannel WB, et al. Does the relation of blood pressure to coronary heart disease risk change with aging?: The Framingham Heart Study. Circulation . 2001;103(9):1245–1249. doi: 10.1161/01.cir.103.9.1245. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 312.Mahtta D, Elgendy IY, Pepine CJ. Optimal medical treatment of hypertension in patients with coronary artery disease. Expert Rev Cardiovasc. . 2018;16(11):815–823. doi: 10.1080/14779072.2018.1534069. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 313.Rosendorff C, Lackland DT, Allison M, Aronow WS, Black HR, Blumenthal RS, et al. Treatment of hypertension in patients with coronary artery disease: A scientific statement from the American Heart Association, American College of Cardiology, and American Society of Hypertension. J Am Coll Cardiol . 2015;65(18):1998–2038. doi: 10.1016/j.jacc.2015.02.038. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 314.Yannoutsos A, Dreyfuss CT, Safar ME, Blacher J. Optimal blood pressure target in stroke prevention. Curr Opin Neurol . 2017;30(1):8–14. doi: 10.1097/WCO.0000000000000407. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 315.Béjot Y. Targeting blood pressure for stroke prevention: current evidence and unanswered questions. J Neurol . 2019 doi: 10.1007/s00415-019-09443-5. Online ahead of print. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 316.Pinho-Gomes AC, Rahimi K. Management of blood pressure in heart failure. Heart . 2019;105(8):589–595. doi: 10.1136/heartjnl-2018-314438. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 317.Tsimploulis A, Lam PH, Arundel C, Singh SN, Morgan CJ, Faselis C, et al. Systolic Blood Pressure and Outcomes in Patients With Heart Failure With Preserved Ejection Fraction. JAMA Cardiol . 2018;3(4):288–297. doi: 10.1001/jamacardio.2017.5365. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 318.Tsujimoto T, Kajio H. Low diastolic blood pressure and adverse outcomes in heart failure with preserved ejection fraction. Int J Cardiol . 2018;263:69–74. doi: 10.1016/j.ijcard.2018.04.031. Jul 15. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 319.Cheung AK, Rahman M, Reboussin DM, Craven TE, Greene T, Kimmel PL, et al. Effects of intensive BP control in CKD. J Am Soc Nephrol . 2017;28(9):2812–2823. doi: 10.1681/ASN.2017020148. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 320.Filipovsky J, Seidlerova J, Kratochvil Z, Karnosova P, Hronova M, Mayer O., Jr Automated compared to manual office blood pressure and to home blood pressure in hypertensive patients. Blood Press . 2016;25(4):228–234. doi: 10.3109/08037051.2015.1134086. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 321.Kjeldsen SE, Lund-Johansen P, Nilsson PM, Mancia G. Unattended blood pressure measurements in the systolic blood pressure intervention trial: implications for entry and achieved blood pressure values compared with other trials. Hypertension . 2016;67(5):808–812. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.116.07257. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 322.Heerspink HJ, Ninomiya T, Perkovic V, Woodward M, Zoungas S, Cass A, et al. Effects of a fixed combination of perindopril and indapamide in patients with type 2 diabetes and chronic kidney disease. Eur Heart J . 2010;31(23):2888–2896. doi: 10.1093/eurheartj/ehq139. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 323.Ku E, Gassman J, Appel LJ, Smogorzewski M, Sarnak MJ, Glidden DV, et al. BP control and long-term risk of ESRD and mortality. J Am Soc Nephrol . 2017;28(2):671–677. doi: 10.1681/ASN.2016030326. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 324.Chang AR, Appel LJ. Target Blood Pressure for Cardiovascular Disease Prevention in Patients with CKD. Clin J Am Soc Nephrol . 2018;13(10):1572–1574. doi: 10.2215/CJN.02130218. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 325.Chang AR, Lóser M, Malhotra R, Appel LJ. Blood pressure goals in patients with CKD: A review of evidence and guidelines. Clin J Am Soc Nephrol . 2019;14(1):161–169. doi: 10.2215/CJN.07440618. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 326.Associati American Diabetes. on. Cardiovascular Disease and Risk Management: Standards of Medical Care in Diabetes-2020. Diabetes Care . 2020;43(Suppl 1):S111–S134. doi: 10.2337/dc20-S010. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 327.Toklu B, Bangalore S. Blood pressure lowering in patients with type 2 diabetes improves cardiovascular events including mortality, but more intensive lowering to systolic blood pressure less than 130 mm Hg is associated with further reduction in stroke and albuminuria without further reduction in cardiac events. Evid Based Med . 2015;20(5):183–184. doi: 10.1136/ebmed-2015-110197. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 328.Soliman EZ, Byington RP, Bigger JT, Evans G, Okin PM, Goff DC, et al. Effect of Intensive Blood Pressure Lowering on Left Ventricular Hypertrophy in Patients With Diabetes Mellitus: Action to Control Cardiovascular Risk in Diabetes Blood Pressure Trial. Hypertension . 2015;66(6):1123–1129. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.115.06236. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 329.Brunström M, Carlberg B. Effect of antihypertensive treatment at different blood pressure levels in patients with diabetes mellitus: Systematic review and meta-analyses. BMJ . 2016;24(352):i717. doi: 10.1136/bmj.i717. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 330.Cushman WC, Evans GW, Byington RP, Goff DC, Grimm RH, Cutler JA, et al. Effects of intensive blood-pressure control in type 2 diabetes mellitus. N Engl J Med . 2010;362(17):1575–1585. doi: 10.1056/NEJMoa1001286. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 331.Boer IH, Bangalore S, Benetos A, Davis AM, Michos ED, Muntner P, et al. Diabetes and hypertension: A position statement by the American diabetes association. Diabetes Care . 2017;40(9):1273–1284. doi: 10.2337/dci17-0026. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 332.Wright JT, Jr, Fine LJ, Lackland DT, Ogedegbe G, Dennison Himmelfarb CR. Evidence supporting a systolic blood pressure goal of less than 150 mmHg in patients aged 60 years or older: the minority view. Ann Intern Med . 2014;160(7):499. doi: 10.7326/M13-2981. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 333.Beckett N, Peters R, Leonetti G, et al. Subgroup and per-protocol analyses from the Hypertension in the Very Elderly Trial. J Hypertens . 2014;32(7):1478–1487. doi: 10.1097/HJH.0000000000000195. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 334.Weiss J, Freeman M, Low A, Fu R, Kerfoot A, Paynter R, et al. Benefits and harms of intensive blood pressure treatment in adults aged 60 years or older: A systematic review and meta-analysis. Ann Intern Med . 2017;166(6):419–429. doi: 10.7326/M16-1754. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 335.Bavishi C, Bangalore S, Messerli FH. Outcomes of Intensive Blood Pressure Lowering in Older Hypertensive Patients. J Am Coll Cardiol . 2017;69(5):486–493. doi: 10.1016/j.jacc.2016.10.077. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 336.Community Preventive Services Task F. Team-based care to improve blood pressure control: recommendation of the Community Preventive Services Task Force. Am J Prev Med . 2014;47(1):100–102. doi: 10.1016/j.amepre.2014.03.003. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 337.Weinstein E, Rucker LM. Team-based care to improve control of hypertension in an inner city practice. Healthc (Amst). . 2016;4(1):52–56. doi: 10.1016/j.hjdsi.2015.10.006. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 338.Mansoor SM, Krass I, Aslani P. Multiprofessional interventions to improve patient adherence to cardiovascular medications. J Cardiovasc Pharmacol Ther . 2013;18(1):19–30. doi: 10.1177/1074248412442001. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 339.Carter BL, Rogers M, Daly J, et al. The potency of team-based care interventions for hypertension: a meta-analysis. Arch Intern Med . 2009;169(19):1748–1755. doi: 10.1001/archinternmed.2009.316. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 340.Walsh JM, McDonald KM, Shojania KG, Sundaram V, Nayak S, Lewis R, et al. Quality improvement strategies for hypertension management: a systematic review. Med Care . 2006;44(7):646–657. doi: 10.1097/01.mlr.0000220260.30768.32. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 341.Potthoff SA, Vonend O. Multidisciplinary Approach in the Treatment of Resistant Hypertension. 9 Curr Hypertens Rep . 2017;19(1) doi: 10.1007/s11906-017-0698-1. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 342.David G, Gunnarsson C, Saynisch PA, Chawla R, Nigam S. Do patient-centered medical homes reduce emergency department visits? Health Serv Res . 2015;50(2):418–439. doi: 10.1111/1475-6773.12218. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 343.Jacob V, Chattopadhyay SK, Thota AB, et al. Economics of Team-based Care in Controlling Blood Pressure: A Community Guide Systematic Review. Am J Prev Med . 2015;49(5):772–783. doi: 10.1016/j.amepre.2015.04.003. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 344.Peacock E, Krousel-Wood M. Adherence to Antihypertensive Therapy. Med Clin North Am . 2017;101(1):229–245. doi: 10.1016/j.mcna.2016.08.005. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 345.Jardim LM, Jardim TV, Souza WK, Barroso de Souza WKS, Pimenta CD, Sousa AL, et al. Multiprofessional Treatment of High Blood Pressure in Very Elderly Patients. Arq Bras Cardiol . 2017;108(1):53–59. doi: 10.5935/abc.20160196. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 346.Proia KK, Thota AB, Njie GJ, Finnie R, Hopkins D, Mukhtar Q, et al. Team-based care and improved blood pressure control: a community guide systematic review. Am J Prev Med . 2014;47(1):86–99. doi: 10.1016/j.amepre.2014.03.004. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 347.Kuhmmer R, Lazzaretti RK, Guterres CM, Raimundo FV, Leite LE, Delabary TS, et al. Effectiveness of multidisciplinary intervention on blood pressure control in primary health care: a randomized clinical trial. 456 BMC Health Serv Res . 2016;16(1) doi: 10.1186/s12913-016-1703-0. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 348.Strumpf E, Ammi M, Diop M, Laniel JF, Tousignant P. The impact of team-based primary care on health care services utilization and costs: Quebec’s family medicine groups. J Health Econ . 2017;55:76–94. doi: 10.1016/j.jhealeco.2017.06.009. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 349.Norouzi Z, Jafarnejad F, Khadivzadeh T, Esmaily H, Headjazi A. Comparison of the effect of standardized patient-based training with team-based learning on the knowledge of midwifery students in providing services to victims of rape. 267 J Educ Health Promot . 2019;8 doi: 10.4103/jehp.jehp_237_18. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 350.Kravetz JD, Walsh RF. Team-Based Hypertension Management to Improve Blood Pressure Control. J Prim Care Community Health . 2016;7(4):272–275. doi: 10.1177/2150131916645580. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 351.Boulware LE, Daumit GL, Frick KD, Minkovitz CS, Lawrence RS, Powe NR. An evidence-based review of patient-centered behavioral interventions for hypertension. Am J Prev Med . 2001;21(3):221–232. doi: 10.1016/s0749-3797(01)00356-7. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 352.Overwyk KJ, Dehmer SP, Roy K, Maciosek MV, Hong Y, Baker-Goering MM, et al. Modeling the Health and Budgetary Impacts of a Team-based Hypertension Care Intervention That Includes Pharmacists. Med Care . 2019;57(11):882–889. doi: 10.1097/MLR.0000000000001213. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 353.Tagliacozzo DM, Luskin DB, Lashof JC, Ima K. Nurse intervention and patient behavior: an experimental study. Am J Public Health . 1974;64(6):596–603. doi: 10.2105/ajph.64.6.596. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 354.Dickey FF, Mattar ME, Chudzik GM. Pharmacist counsling increases drug regimen compliance. Hospitals . 1975;49(9):85–86. 88. [PubMed] [Google Scholar]
  • 355.Brazil. Ministério da Saúde . Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: o que se tem produzido para o seu fortalecimento . Brasília: 2018. [Google Scholar]
  • 356.Brazil. Ministério da Saúde . Síntese de evidências para políticas de saúde: adesão ao tratamento medicamentoso por pacientes portadores de doenças crônicas . Brazilia: 2018. [Google Scholar]
  • 357.Marquez Contreras E, Marquez Rivero S, Rodriguez Garcia E, Ramos LLG, Vilas JCP, Suarez AB, et al. Specific hypertension smartphone application to improve medication adherence in hypertension: a cluster-randomized trial. Curr Med Res Opin . 2019;35(1):167–173. doi: 10.1080/03007995.2018.1549026. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 358.Hallberg I, Ranerup A, Bengtsson U, et al. Experiences, expectations and challenges of an interactive mobile phone-based system to support self-management of hypertension: patients’ and professionals’ perspectives. Patient Prefer Adherence . 2018:467–476. doi: 10.2147/PPA.S157658. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 359.Hallberg I, Ranerup A, Bengstsson U, Kjellgren K. Supporting the self-management of hypertension: Patients’ experiences of using a mobile phone-based system. J Hum Hypertens . 2016;30(2):141–146. doi: 10.1038/jhh.2015.37. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 360.Schoenthaler A, de la Calle F, Pitaro M, Lum A, Chaplin W, Mogavero J, et al. A Systems-Level Approach to Improving Medication Adherence in Hypertensive Latinos. J Gen Intern Med . 2020;35(1):182–189. doi: 10.1007/s11606-019-05419-3. 2019/10/19. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 361.Schoenthaler A, La Calle F, Barrios-Barrios M, Garcia A, Pitaro M, Lum A, et al. A practice-based randomized controlled trial to improve medication adherence among Latinos with hypertension: study protocol for a randomized controlled trial. Trials . 2015;16 doi: 10.1186/s13063-015-0815-x. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 362.Delavar F, Pashaeypoor S, Negarandeh R. The effects of self-management education tailored to health literacy on medication adherence and blood pressure control among elderly people with primary hypertension: A randomized controlled trial. Patient Educ Couns . 2020;103:336–342. doi: 10.1016/j.pec.2019.08.028. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 363.Serene Olin S, Kutash K, Pollock M, et al. Developing quality indicators for family support services in community team-based mental health care. Adm Policy Ment Health . 2014;41:7–20. doi: 10.1007/s10488-013-0501-9. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 364.Ranerup A, Hallberg I. Actors and intentions in the development process of a mobile phone platform for self-management of hypertension. Inform Health Soc Care . 2015;40:299–318. doi: 10.3109/17538157.2014.924948. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 365.Brazil. Ministério da Saúde . Política Nacional de Atenção Básica. Portaria no 2.436, de 21 de setembro de 2017 . Brasília: 2017. [Google Scholar]
  • 366.Riegel GR, Ribeiro PAB, Rodrigues MP, et al. Efficacy of nutritional recommendations given by registered dietitians compared to other healthcare providers in reducing arterial blood pressure: Systematic review and meta-analysis. Clin Nutr . 2018;37(2):522–531. doi: 10.1016/j.clnu.2016.12.019. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 367.Mitchell LJ, Ball LE, Ross LJ, et al. Effectiveness of Dietetic Consultations in Primary Health Care: A Systematic Review of Randomized Controlled Trials. J Acad Nutr Diet . 2017;117:1941–1962. doi: 10.1016/j.jand.2017.06.364. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 368.Sladdin I, Chaboyer W, Ball L. Patients’ perceptions and experiences of patient-centred care in dietetic consultations. J Hum Nutr Diet . 2018;31(2):188–196. doi: 10.1111/jhn.12507. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 369.Riaz H, Khan MS, Siddiqi TJ, Usman MS, Shah N, Goyal A, et al. Association Between Obesity and Cardiovascular Outcomes: A Systematic Review and Meta-analysis of Mendelian Randomization Studies. JAMA Netw Open . 2018;1(7):e183788. doi: 10.1001/jamanetworkopen.2018.3788. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 370.Dwivedi AK, Dubey P, Cistola DP. Association Between Obesity and Cardiovascular Outcomes: Updated Evidence from Meta-analysis Studies. Curr Cardiol Rep . 2020;22(4) doi: 10.1007/s11886-020-1273-y. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 371.Zhao CN, Meng X, Ya Li, Li S, Tang GY, Li HB. Fruits for Prevention and Treatment of Cardiovascular Diseases. Nutrients . 2017;9(6):598. doi: 10.3390/nu9060598. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 372.Mellendick K, Shanahan L, Wideman L, calkins S, Keane S, Lovelady C., et al. Diets Rich in Fruits and Vegetables Are Associated with Lower Cardiovascular Disease Risk in Adolescents. Nutrients . 2018;10(2):136. doi: 10.3390/nu10020136. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 373.Alissa EM, Ferns GA. Dietary fruits and vegetables and cardiovascular diseases risk. Crit Rev Food Sci Nutr . 2017;57(9):1950–1962. doi: 10.1080/10408398.2015.1040487. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 374.Aminde LN, Cobiac LJ, Veerman JL. Potential impact of a modest reduction in salt intake on blood pressure, cardiovascular disease burden and premature mortality: a modelling study. Open Heart . 2019;6(1):e000943. doi: 10.1136/openhrt-2018-000943. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 375.He FJ, Tan M, Ma Y, et al. Salt Reduction to Prevent Hypertension and Cardiovascular Disease: JACC State-of-the-Art Review. J Am Coll Cardiol . 2020;75:632–647. doi: 10.1016/j.jacc.2019.11.055. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 376.Graham GN, Ostrowski M, Sabina AB. Population health-based approaches to utilizing digital technology: a strategy for equity. J Public Health Policy . 2016;37:154–166. doi: 10.1057/s41271-016-0012-5. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 377.Grahame JA. Digital Note-Taking: Discussion of Evidence and Best Practices. J Physician Assist Educ . 2016;27(1):47–50. doi: 10.1097/JPA.0000000000000054. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 378.Zhao R, Bu W, Chen Y, Chen X. The Dose-Response Associations of Sedentary Time with Chronic Diseases and the Risk for All-Cause Mortality Affected by Different Health Status: A Systematic Review and Meta-Analysis. J Nutr Health Aging . 2020;24(1):63–70. doi: 10.1007/s12603-019-1298-3. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 379.Ozemek C, Lavie CJ, Rognmo O. Global physical activity levels - Need for intervention. Prog Cardiovasc Dis . 2019;62(2):102–107. doi: 10.1016/j.pcad.2019.02.004. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 380.Rezende LF, Rabacow FM, Viscondi JY, Luiz O, Matsudo V. Effect of physical inactivity on major noncommunicable diseases and life expectancy in Brazil. J Phys Act Health . 2015;12(3):299–306. doi: 10.1123/jpah.2013-0241. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 381.Ekelund U, Brown WJ, Steene-Johannessen J, Wang M, Owen N, Powell KE, et al. Do the associations of sedentary behaviour with cardiovascular disease mortality and cancer mortality differ by physical activity level? A systematic review and harmonised meta-analysis of data from 850 060 participants. Br J Sports Med . 2019;53(14):886–894. doi: 10.1136/bjsports-2017-098963. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 382.Ferreira T, Cipolotti M, Marques B, Miranda M. A inserção do Profissional de Educação Física nos Núcleos de Apoio a Saúde da Família: visão dos profissionais. Rev Bras Ativ Fís Saúde . 2016;21(3):228–236. [Google Scholar]
  • 383.Balamurugan A, Adolph S, Faramawi M, George M. Community Team-Based Care for Hypertension Management: A Public-Private Partnership in Rural Arkansas. J Ark Med Soc . 2017;113(7):150–154. [PubMed] [Google Scholar]
  • 384.Sidney S. Team-Based Care: A Step in the Right Direction for Hypertension Control. Am J Prev Med . 2015;49(5):e81–e82. doi: 10.1016/j.amepre.2015.05.014. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 385.Santschi V, Wuerzner G, Chiolero A, Brurnand B. Team-based care for improving hypertension management among outpatients (TBC-HTA): study protocol for a pragmatic randomized controlled trial. 39 BMC Cardiovasc Disord . 2017;17(1) doi: 10.1186/s12872-017-0472-y. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 386.Al-Rubaey MG, Shwaish MI. Impact of hypertension education on treatment compliance among hypertensive patients in Baghdad 2017. J Pak Med Assoc . 2019;69(Suppl 3):S9–S12. [PubMed] [Google Scholar]
  • 387.Chen Y, Li X, Jing G, Pan B, Long B, Zhi Tong B, et al. Health education interventions for older adults with hypertension: A systematic review and meta-analysis. Public Health Nurs . 2020;37(3):461–469. doi: 10.1111/phn.12698. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 388.Dzau VJ, Balatbat CA. Future of Hypertension. Hypertension . 2019;74(3):450–457. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.119.13437. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 389.Conn VS, Ruppar TM, Chase JA, Enriquez M, Cooper P. Interventions to Improve Medication Adherence in Hypertensive Patients: Systematic Review and Meta-analysis. Curr Hypertens Rep . 2015;17 doi: 10.1007/s11906-015-0606-5. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 390.Conn VS, Ruppar TM, Chase JD. Blood pressure outcomes of medication adherence interventions: systematic review and meta-analysis. J Behav Med . 2016;39:1065–1075. doi: 10.1007/s10865-016-9730-1. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 391.Mistry N, Keepanasseril A, Wilczynski NL, Nieuwlaat R, Ravall M, Haynes B, et al. Technology-mediated interventions for enhancing medication adherence. J Am Med Inform Assoc . 2015;22:e177–e193. doi: 10.1093/jamia/ocu047. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 392.Lindahl B, Norberg M, Johansson H, Lindvall K, Ng N, Nordin M, et al. Health literacy is independently and inversely associated with carotid artery plaques and cardiovascular risk. Eur J Prev Cardiol . 2020;27(2):209–215. doi: 10.1177/2047487319882821. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 393.Earl GL, Harris EM, Dave M, Jiang JE. Implementing a health literacy module fostering patient-centered written communication in a cardiovascular prevention elective course. Curr Pharm Teach Learn . 2019;11(7):702–709. doi: 10.1016/j.cptl.2019.03.008. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 394.Fletcher BR, Hartmann-Boyce J, Hinton L, McManus RJ. 10. The Effect of Self-Monitoring of Blood Pressure on Medication Adherence and Lifestyle Factors: A Systematic Review and Meta-Analysis. Am J Hypertens . 2015;28(10):1209–1221. doi: 10.1093/ajh/hpv008. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 395.Fletcher BR, Hinton L, Hartmann-Boyce J. Self-monitoring blood pressure in hypertension, patient and provider perspectives: A systematic review and thematic synthesis. Patient Educ Couns . 2016;99(2):210–219. doi: 10.1016/j.pec.2015.08.026. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 396.Bengtsson U, Kjellgren K, Hallberg I, Lundin M, Makitalo A. Patient contributions during primary care consultations for hypertension after self-reporting via a mobile phone self-management support system. Scand J Prim Health Care . 2018;36(1):70–79. doi: 10.1080/02813432.2018.1426144. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 397.McLean G, Band R, Saunderson K, Murray HP, Little P, McManus RJ, et al. Digital interventions to promote self-management in adults with hypertension systematic review and meta-analysis. J Hypertens . 2016;34(4):600–612. doi: 10.1097/HJH.0000000000000859. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 398.Thakkar J, Kurup R, Laba TL. Mobile Telephone Text Messaging for Medication Adherence in Chronic Disease: A Meta-analysis. JAMA Intern Med . 2016;176(3):340. doi: 10.1001/jamainternmed.2015.7667. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 399.John JR, Tannous WK, Jones A. Effectiveness of a patient-centered medical home model of primary care versus standard care on blood pressure outcomes among hypertensive patients. Hypertens Res . 2020;43(9):892–902. doi: 10.1038/s41440-020-0431-3. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 400.Yan R, Li W, Yin L, Wang Y, Bo J, PURE-China Investigators Cardiovascular Diseases and Risk-Factor Burden in Urban and Rural Communities in High-, Middle-, and Low-Income Regions of China: A Large Community-Based Epidemiological Study. J Am Heart Assoc . 2017;6(2):e004445. doi: 10.1161/JAHA.116.004445. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 401.Malta DC, Silva AGD, Machado ÍE, Sá ACMGN, Santos FMD, Prates EJS, Cristo EB. Trends in smoking prevalence in all Brazilian capitals between 2006 and 2017. J Bras Pneumol . 2019;45(5):e20180384. doi: 10.1590/1806-3713/e20180384. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 402.Piper MA, Evans CV, Burda BU, Margolis KL, O’Connor E, Smith N, et al. Screening for High Blood Pressure in Adults: A Systematic Evidence Review for the U.S. Rockville MD: Agency Research and Quality; 2014. Evidence Synthesis No. 121. AHRQ / Publication No. 13-05194-EF-1. [PubMed] [Google Scholar]
  • 403.Bhatnagar A, Maziak W, Eissenberg T, Ward KD, Thurston G, King BA, et al. Water Pipe (Hookah) Smoking and Cardiovascular Disease Risk: A Scientific Statement from the American Heart Association. Circulation . 2019;139(19):e917–e936. doi: 10.1161/CIR.0000000000000671. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 404.Leone FT, Zhang Y, Evers-Casey S, Evins AE, Eakin MN, Fathi J, et al. Initiating Pharmacologic Treatment in Tobacco-Dependent Adults. An Official American Thoracic Society Clinical Practice Guideline. Am J Respir Crit Care Med . 2020;202(2):e5–e31. doi: 10.1164/rccm.202005-1982ST. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 405.Appel LJ, Moore TJ, Obarzanek E, Vollmer WM, Svetkey LP, Sacks FM, et al. A clinical trial of the effects of dietary patterns on blood pressure. N Engl J Med . 1997;336(16):1117–1124. doi: 10.1056/NEJM199704173361601. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 406.Sacks FM, Svetkey LP, Vollmer WM, Appel LJ, Bray GA, Harsha D, et al. Effects on blood pressure of reduced dietary sodium and the Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) diet. N Engl J Med . 2001;344:3–10. doi: 10.1056/NEJM200101043440101. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 407.Filippou CD, Tsioufis CP, Thomopoulos CG, Mihas CC, Dimitriadis KS, Sotiropoulou LI, et al. Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) diet and blood pressure reduction in adults with and without hypertension: A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Adv Nutr . 2020;11(5):1150–1160. doi: 10.1093/advances/nmaa041. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 408.Larsson SC, Wallin A, Wolk A. Dietary Approaches to Stop Hypertension diet and incidence of stroke: results from 2 prospective cohorts. Stroke . 2016;47(4):986–990. doi: 10.1161/STROKEAHA.116.012675. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 409.Mertens E, Markey O, Geleijnse JM, Lovegrove JA, Gibens DI. Adherence to a healthy diet in relation to cardiovascular incidence and risk markers: evidence from the Caerphilly Prospective Study. Eur J Nutr . 2018;57(3):1245–1258. doi: 10.1007/s00394-017-1408-0. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 410.Soltani S, Arablou T, Jayedi A, Salehi-Abargouei A. Adherence to the dietary approaches to stop hypertension (DASH) diet in relation to all-cause and cause-specific mortality: a systematic review and dose-response meta-analysis of prospective cohort studies. Nutr J . 2020;19(1) doi: 10.1186/s12937-020-00554-8. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 411.Mozaffari H, Ajabshir S, Alizadeh S. Dietary Approaches to Stop Hypertension and risk of chronic kidney disease: A systematic review and meta-analysis of observational studies. Clin Nutr . 2020;39(7):2035–2044. doi: 10.1016/j.clnu.2019.10.004. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 412.Martínez-González MA, Gea A, Ruiz-Canela M. The mediterranean diet and cardiovascular health. Circ Res . 2019;124(5):779–798. doi: 10.1161/CIRCRESAHA.118.313348. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 413.Dinu M, Pagliai G, Casini A, Sofi F. Mediterranean diet and multiple health outcomes: an umbrella review of meta-analyses of observational studies and randomised trials. Eur J Clin Nutr . 2018;72(1):30–43. doi: 10.1038/ejcn.2017.58. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 414.Rosato V, Temple NJ, La Vecchia C, Castellan G, Tavani A, Guercio V. Mediterranean diet and cardiovascular disease: a systematic review and meta-analysis of observational studies. Eur J Nutr . 2019;58(1):173–191. doi: 10.1007/s00394-017-1582-0. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 415.Nissensohn M, Román-Viñas B, Sánchez-Villegas A, Piscopo S, Serra-Majem L. The effect of the mediterranean diet on hypertension: a systematic review and meta-analysis. J Nutr Educ Behav . 2016;48(1):42. doi: 10.1016/j.jneb.2015.08.023. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 416.Jennings A, Berendsen AM, de Groot LCPGM, Feskens EJM, Brzozowska A, Sicinska E, et al. Mediterranean-style diet improves systolic blood pressure and arterial stiffness in older adults. Hypertension . 2019;73(3):578–586. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.118.12259. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 417.Domenech M, Roman P, Lapetra J, Garcia de la Corte FJ, Sala-Vila A, de la Torre R, et al. Mediterranean diet reduces 24-hour ambulatory blood pressure, blood glucose, and lipids: one-year randomized, clinical trial. Hypertension . 2014;64(1):69–76. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.113.03353. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 418.Fuchs SF. Estudo PREVER: Mudanças de Estilo de Vida . Porto Alegre: Engenho de Idéias; 2011. 47 p. [Google Scholar]
  • 419.Powles J, Gahimi S, Micha R, Khatibzadeh S, Shi P, Ezzati M, et al. Global, regional and national sodium intake in 1990 and 2010: a systematic analysis of 24h urinary sodium excretion and dietary surveys worldwide. BMJ Open . 2013;3(12):e003733. doi: 10.1136/bmjopen-2013-003733. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 420.World Health Organization. WHO . Guideline: Sodium intake for adults and children . Geneva: 2012. [PubMed] [Google Scholar]
  • 421.Huang L, Trieu K, Yoshimura S, Neal B, Woodward M, Campbell NRC, et al. Effect of dose and duration of reduction in dietary sodium on blood pressure levels: systematic review and meta-analysis of randomised trial. m315 BMJ . 2020;368 doi: 10.1136/bmj.m315. Feb 24. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 422.He FJ, Li J, Macgregor GA. Effect of longer term modest salt reduction on bloodpressure: Cochrane systematic review and meta-analysis of randomised trials. BMJ . 2013;346:f1325. doi: 10.1136/bmj.f1325. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 423.Bernabe-Ortiz A, Sal Y Rosas VG, Ponce-Lucero V, Cárdenas MK, Carrillo-Larco RM, Diez-Canseco F, et al. Effect of salt substitution on community-wide blood pressure and hypertension incidence. Nat Med . 2020;26(3):374–378. doi: 10.1038/s41591-020-0754-2. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 424.Marklund M, Singh G, Greer R, Cudhea F, Matsushita K, Micha R, Brady T, et al. Estimated population wide benefits and risks in China of lowering sodium through potassium enriched salt substitution: modelling study. m824 BMJ . 2020;369 doi: 10.1136/bmj.m824. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 425.Binia A, Jaeger J, Hu Y, Singh A, Zimmermann D. Daily potassium intake and sodium-to-potassium ratio in the reduction of blood pressure: a meta-analysis of randomized controlled trials. J Hypertens . 2015;33(8):1509–1520. doi: 10.1097/HJH.0000000000000611. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 426.China Salt Substitute Study Collaborative Group Salt substitution: a low-cost strategy for blood pressure control among rural Chinese. A randomized, controlled trial. J Hypertens . 2007;25(10):2011–2018. doi: 10.1097/HJH.0b013e3282b9714b. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 427.Zhou B, Wang HL, Wang WL, Wu XM, Fu LY, Shi JP. Long-term effects of salt substitution on blood pressure in a rural north Chinese population. J Hum Hypertens . 2013;27(7):427–433. doi: 10.1038/jhh.2012.63. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 428.Peng Y-G, Li W, Wen X-X, Li Y, Hu J-H, Zhao L-C. Effects of salt substitutes on blood pressure: a meta-analysis of randomized controlled trials. Am J Clin Nutr . 2014;100(6):1448–1454. doi: 10.3945/ajcn.114.089235. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 429.Jin A, Xie W, Wu Y. Effect of salt reduction interventions in lowering blood pressure in Chinese populations: a systematic review and meta-analysis of randomised controlled trials. BMJ Open . 2020;10(2):e032941. doi: 10.1136/bmjopen-2019-032941. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 430.Thorning TK, Bertram HC, Bonjour JP, Groot L, Dupont D, Feeney R, et al. Whole dairy matrix or single nutrients in assessment of health effects: current evidence and knowledge gaps. Am J Clin Nutr . 2017;105(5):1033–1045. doi: 10.3945/ajcn.116.151548. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 431.Mozaffarian D, Wu JHY. Flavonoids, dairy foods, and cardiovascular and metabolic health: a review of emerging biologic pathways. Circ Res . 2018;122(2):369–384. doi: 10.1161/CIRCRESAHA.117.309008. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 432.Dehghan M, Mente A, Rangarajan S, Sheridan P, Mohan V, Igbal R, et al. Association of dairy intake with cardiovascular disease and mortality in 21 countries from five continents (PURE): a prospective cohort study. Lancet . 2018;392(10161):2288–2297. doi: 10.1016/S0140-6736(18)31812-9. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 433.Buendia JR, Li Y, Hu FB, Cabral HJ, Bradlee ML, Quatromoni PA, et al. Regular yougurt intake and risk of cardiovascular disease among hypertensive adults. Am J Hypertens . 2018;31(5):557–565. doi: 10.1093/ajh/hpx220. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 434.Machin DR, Park W, Alkatan M, Mouton M, Tanaka H. Hypotensive effects of solitary addition of conventional nonfat dairy products to the routine diet: a randomized controlled trial. Am J Clin Nutr . 2014;100(1):80–87. doi: 10.3945/ajcn.114.085761. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 435.Rietsema S, Eelderink C, Joustra ML, van Vliet IMY, van Londen M, Corpeleijn E, et al. Effect of high compared with low dairy intake on blood pressure in overweight middle-aged adults: results of a randomized crossover intervention study. Am J Clin Nutr . 2019;110(2):340–348. doi: 10.1093/ajcn/nqz116. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 436.Hidayat K, Du HZ, Yang J, Chen GC, Zhang Z, Lin ZN, Qin LQ. Effects of milk proteins on blood pressure: a meta-analysis of randomized control trials. Hypertens Res . 2017;40(3):264–270. doi: 10.1038/hr.2016.135. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 437.Brazil . Ministério da Saúde . Guia Alimentar Para a População Brazileira . 2ª ed. Brasília: 2014. [Google Scholar]
  • 438.Dietary Guidelines Advisory Committee . Scientific Report of the 2015 Dietary Guidelines Advisory Committee: Advisory Report to the Secretary of Health and Human Services and the Secretary of Agriculture . U.S. Department of Agriculture, Agricultural Research Service; Washington(DC): 2015. [Google Scholar]
  • 439.Desch S, Schmidt J, Kobler D, Sonnabend M, Eitel I, Sareban M, et al. Effect of cocoa products on blood pressure: systematic review and meta-analysis. Am J Hypertens . 2010;23(1):97–103. doi: 10.1038/ajh.2009.213. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 440.Effect of cocoa on blood pressure. Cochrane Database Syst Rev . 2017;4(4):CD008893. doi: 10.1002/14651858.CD008893.pub3. Apr 25. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 441.Mesas AE, Leon-Munoz LM, Rodriguez-Artalejo F, Lopez-Garcia E. The effect of coffee on blood pressure and cardiovascular disease in hypertensive individuals: a systematic review and meta-analysis. Am J Clin Nutr . 2011;94(4):1113–1126. doi: 10.3945/ajcn.111.016667. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 442.van Dam RM, Hu FB, Willett WC. Coffee, caffeine, and health. N Engl J Med . 2020;383(4):369–378. doi: 10.1056/NEJMra1816604. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 443.D´Elia L, La Fata E, Galletti F, Scalfi L, Strazzullo P. Coffee consumption and risk of hypertension: a dose-response meta-analysis of prospective studies. Eur J Nutr . 2019;58(1):271–280. doi: 10.1007/s00394-017-1591-z. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 444.Grosso G, Micek A, Godos J, Pajak A, Sciacca S, Bes-Rastrollo M, Galvano F, Martinez-Gonzalez MA. Long-Term Coffee Consumption Is Associated with Decreased Incidence of New-Onset Hypertension: A Dose-Response Meta-Analysis. Nutrients . 2017;9(8):890. doi: 10.3390/nu9080890. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 445.Ke L, Mason RS, Mpofu E, Vingren JL, Li Y, Graubard BI, et al. Hypertension and other cardiovascular risk factors are associated with vitamin D deficiency in an urban Chinese population: a short report. J Steroid Biochem Mol Biol . 2017;173:286–291. doi: 10.1016/j.jsbmb.2016.11.011. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 446.Zhang D, Cheng C, Wang Y, Sun H, Yu S, Xue Y, et al. Effect of vitamin D on blood pressure and hypertension in the general population: an update meta-analysis of cohort studies and randomized controlled trials. Prev Chronic Dis . 2020;17 doi: 10.5888/pcd17.190307. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 447.Pilz S, Gaksch M, Kienreich K, Grubler M, Verheyen N, Fahrleitner-Pammer A, et al. Effects of vitamin D on blood pressure and cardiovascular risk factors: a randomized controlled trial. Hypertension . 2015;65(6):1195–1201. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.115.05319. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 448.Arora P, Song Y, Dusek J, Plotnikoff G, Sabatine MS, Cheng S, et al. Vitamin D therapy in individuals with prehypertension or hypertension: the DAYLIGHT trial. Circulation . 2015;131(3):254–262. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.114.011732. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 449.Shu L, Huang K. Effect of vitamin D supplementation on blood pressure parameters in patients with vitamin D deficiency: a systematic review and meta-analysis. J Am Soc Hypertens . 2018;12(7):488–496. doi: 10.1016/j.jash.2018.04.009. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 450.Cormick G, Ciapponi A, Cafferata ML, Belizán JM. Calcium Supplementation for Prevention of Primary Hypertension. Cochrane Database Syst Rev . 2015 doi: 10.1002/14651858.CD010037.pub2. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 451.Li K, Liu C, Kuang X, Deng Q, Zhao F, Li D. Effects of Multivitamin and Multimineral Supplementation on Blood Pressure: A Meta-Analysis of 12 Randomized Controlled Trials. Nutrients . 2018;10(8):1018. doi: 10.3390/nu10081018. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 452.Hall JE, do Carmo JM, Silva AA, Wang Z, Hall ME. Obesity, kidney dysfunction and hypertension: mechanistic links. Nat Rev Nephrol . 2019;15(6):367–385. doi: 10.1038/s41581-019-0145-4. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 453.Neter JE, Stam BE, Kok FJ, Grobbee DE, Geleijnse JM. Influence of weight reduction on blood pressure: a meta-analysis of randomized controlled trials. Hypertension . 2003;42(5):878–884. doi: 10.1161/01.HYP.0000094221.86888.AE. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 454.Global BMI Mortality Collaboration. Di Angelantonio E, ShN Bhupathiraju, Wormser D, Gao P, Kaptoge S, Berrington de Gonzalez A, et al. Body-mass index and all-cause mortality: individual-participant-data meta-analysis of 239 prospective studies in four continents. Lancet . 2016;388(10046):776–786. doi: 10.1016/S0140-6736(16)30175-1. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 455.Caspersen CJ, Powell KE, Christenson GM. Physical activity, exercise, and physical fitness: definitions and distinctions for health-related research. Public Health Rep . 1985;100(2):126–131. [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 456.US Department of Health and Human Services Physical Activity Guidelines for Americans 2018 . [Cited in 2020 Apr 12]. https://health.gov/sites/default/files/201909/Physical_Activity_Guidelines_2nd_edition.pdf
  • 457.Ekelund U, Steene-Johannessen J, Brown WJ. Does physical activity attenuate, or even eliminate, the detrimental association of sitting time with mortality? A harmonized meta-analysis of data from more than 1 million men and women. Lancet . 2016;388(10051):1302–1310. doi: 10.1016/S0140-6736(16)30370-1. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 458.Liu X, Zhang D, Liu Y, Sun X, Han C, Wang B, et al. Dose-response associations between physical activity and incident hypertension: a systematic review and meta-analysis of cohort studies. Hypertension . 2017;69(5):813–820. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.116.08994. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 459.Cao L, Li X, Yan P, Wang X, Li M, Li R, et al. The effectiveness of aerobic exercise for hypertensive population: A systematic review and meta-analysis. J Clin Hypertens . 2019;21(7):868–876. doi: 10.1111/jch.13583. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 460.MacDonald HV, Johnson BT, Huedo-Medina TB, Livingston J, Forsyth KC, Kraemer WJ, et al. Dynamic Resistance Training as Stand- Alone Antihypertensive Lifestyle Therapy: A Meta-Analysis. J Am Heart Assoc . 2016;5(10) doi: 10.1161/JAHA.116.003231. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 461.Jin YZ, Yan S, Yuan WX. Effect of isometric handgrip on resting blood pressure in adults: a meta-analysis of randomized controlled trials. J Sports Med Phys Fitness . 2017;57(1-2):154–160. doi: 10.23736/S0022-4707.16.05887-4. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 462.Igarashi Y, Nogami Y. The effects of regular aquatic exercise on blood pressure: a meta-analysis of randomized controlled trials. Eur J Prev Cardiol . 2018;25(2):190–199. doi: 10.1177/2047487317731164. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 463.Cramer H, Langhorst J, Dobos G, Lauche R. Yoga for metabolic syndrome: a systematic review and meta-analysis. Eur J Prev Cardiol . 2016;23(18):1982–1993. doi: 10.1177/2047487316665729. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 464.Zhong D, Li J, Yang H, Li Y, Huang Y, Xiao Q, et al. Tai Chi for Essential Hypertension: a Systematic Review of Randomized Controlled Trials. Curr Hypertens Rep . 2020;22(3) doi: 10.1007/s11906-020-1031-y. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 465.Costa EC, Hay JL, Kehler DS, Boreskie KF, Arora RC, Umpierre D, et al. Effects of High-Intensity Interval Training Versus Moderate- Intensity Continuous Training on Blood Pressure in Adults with Pre- to Established Hypertension: a Systematic Review and Meta-Analysis of Randomized Trials. Sports Med . 2018;48(9):2127–2142. doi: 10.1007/s40279-018-0944-y. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 466.Riebe D, Franklin BA, Thompson PD, Garber CE, Whitfield GP, Magal M, Pescatello LS. Updating ACSM’s Recommendations for Exercise Preparticipation Health Screening. Med Sci Sports Exerc . 2015;47(11):2473–2479. doi: 10.1249/MSS.0000000000000664. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 467.Meneguelo RS, et al. III Diretrizes da Sociedade Brazileira de Cardiologia sobre Teste Ergométrico. Arq Bras Cardiol . 2010;95(5):1–26. doi: 10.1590/S0066-782X2010000800001. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 468.Mahtani KR, Nunan D, Heneghan CJ. Device-guided breathing exercises in the control of human blood pressure: systematic review and meta-analysis. J Hypertens . 2012;30(5):852–860. doi: 10.1097/HJH.0b013e3283520077. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 469.Zou Y, Zhao X, Hou YY, Liu T, Wu Q, Huang YH, et al. Meta-Analysis of Effects of Voluntary Slow Breathing Exercises for Control of Heart Rate and Blood Pressure in Patients with Cardiovascular Diseases. Am J Cardiol . 2017;120(1):148–153. doi: 10.1016/j.amjcard.2017.03.247. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 470.Ubolsakka-Jones C, Tongdee P, Jones DA. The effects of slow loaded breathing training on exercise blood pressure in isolated systolic hypertension. Physiother Res Int . 2019;24(4) doi: 10.1002/pri.1785. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 471.Kow FP, Adlina B, Sivasangari S, Punithavathi N, Ng KK, Ang AH, et al. The impact of music guided deep breathing exercise on blood pressure control - A participant blinded randomised controlled study. Med J Malaysia . 2018;73(4):233–238. [PubMed] [Google Scholar]
  • 472.Brook RD, Appel LJ, Rubenfire M, Ogedegbe G, Bisognano JD, Elliott WJ, et al. Beyond medications and diet: alternative approaches to lowering blood pressure: a scientific statement from the American Heart Association. Hypertension . 2013;61(6):1360–1383. doi: 10.1161/HYP.0b013e318293645f. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 473.Bradt J, Dileo C, Potvin N. Music for stress and anxiety reduction in coronary heart disease patients. Cochrane Database of Systematic Reviews . 2013;12:CD006577. doi: 10.1002/14651858.CD006577.pub3. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 474.Do Amaral MAS, Neto MG, Queiroz JG, Martins PRS, Filho, Saquetto M B, Carvalho VO. Effect of music therapy on blood pressure of individuals with hypertension: A systematic review and Meta-analysis. Int J Cardiol . 2016;214:461–464. doi: 10.1016/j.ijcard.2016.03.197. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 475.Kühlmann AYR, Etnel JRG, Roos-Hesselink JW, Jeekel J, Bogers AJJC, Takkenberg JJM. Systematic review and meta-analysis of music interventions in hypertension treatment: a quest for answers. 69 BMC Cardiovasc Disord . 2016;16 doi: 10.1186/s12872-016-0244-0. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 476.Maynard BR, Solis MR, Miller VL, Brendel KE. Mindfulness-based interventions for improving cognition, academic achievement, behavior, and socioemotional functioning of primary and secondary school students. Campbell Systematic Reviews . 2017 doi: 10.4073/CSR.2017.5. [DOI] [Google Scholar]
  • 477.Goyal M, Singh S, Sibinga EMS, Gould NF, Rowland-Seymour A, Sharma R, et al. Meditation Programs for Psychological Stress and Well-being A Systematic Review and Meta-analysis. JAMA Intern Med . 2014;174(3):357–368. doi: 10.1001/jamainternmed.2013.13018. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 478.Ooi SL, Giovino M, Pak SC. Transcendental meditation for lowering blood pressure: An overview of systematic reviews and meta-analyses. 83 Complement Ther Med . 2017;34:26–34. doi: 10.1016/j.ctim.2017.07.008. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 479.GN, Lange RA, Bairey-Merz CN, Davidson RJ, Jamerson K, Mehta PK, et al. American Heart Association Council on Clinical Cardiology. Council on Cardiovascular and Stroke Nursing. Council on Hypertension Meditation and Cardiovascular Risk Reduction: A Scientific Statement From the American Heart Association. J Am Heart Assoc . 2017;6(10):e002218. doi: 10.1161/JAHA.117.002218. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 480.Steinhauser KE, Fitchett G, Handzo GF, Johnson KS, Koenig HG, Pargament KI, et al. State of the Science of Spirituality and Palliative Care Research Part I: Definitions, Measurement, and Outcomes. J Pain Symptom Manag . 2017;54(3):428–440. doi: 10.1016/j.jpainsymman.2017.07.028. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 481.Lucchese FA, Koenig HG. Religion, spirituality and cardiovascular disease: research, clinical implications, and opportunities in Brazil. Rev Bras Cir Cardiovasc . 2013;28(1):103–128. doi: 10.5935/1678-9741.20130015. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 482.Chida Y, Steptoe A, Powell LH. Religiosity/Spirituality and Mortality. Psychother Psychosom . 2009;78(2):81–90. doi: 10.1159/000190791. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 483.Li S, Stampfer MJ, Williams DR, VanderWeele TJ. Association of Religious Service Attendance With Mortality Among Women. JAMA Intern Med . 2016;176(6):777. doi: 10.1001/jamainternmed.2016.1615. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 484.VanderWeele TJ, Yu J, Cozier YC, Wise L, Argentieri MA, Rosenberg L, et al. Attendance at Religious Services, Prayer, Religious Coping, and Religious/Spiritual Identity as Predictors of All-Cause Mortality in the Black Women’s Health Study. Am J Epidemiol . 2017;185(7):515–522. doi: 10.1093/aje/kww179. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 485.Abu HO, Ulbricht C, Ding E, Allison JJ, Salmoirago-Blotcher E, Goldberg RJ, et al. Association of religiosity and spirituality with quality of life in patients with cardiovascular disease: a systematic review. Qual Life Res . 2018;27(11):2777–2797. doi: 10.1007/s11136-018-1906-4. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 486.Shattuck EC, Muehlenbein MP. Religiosity/Spirituality and Physiological Markers of Health. J Relig Health . 2020;59(2):1035–1054. doi: 10.1007/s10943-018-0663-6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 487.Spence ND, Farvid MS, Warner ET, et al. Religious Service Attendance, Religious Coping, and Risk of Hypertension in Women Participating in the Nurses’ Health Study II. Am J Epidemiol . 2020;189(3):193–203. doi: 10.1093/aje/kwz222. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 488.Holt-Lunstad J, Steffen PR, Sandberg J, Jensen B. Understanding the connection between spiritual well-being and physical health: an examination of ambulatory blood pressure, inflammation, blood lipids and fasting glucose. J Behav Med . 2011;34(6):477–488. doi: 10.1007/s10865-011-9343-7. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 489.Fitchett G, Powell LH. Daily spiritual experiences, systolic blood pressure, and hypertension among midlife women in SWAN. Ann Behav Med . 2009;37(3):257–267. doi: 10.1007/s12160-009-9110-y. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 490.Buck AC, Williams DR, Musick MA, Sternthal MJ. An examination of the relationship between multiple dimensions of religiosity, blood pressure, and hypertension. Soc Sci Med . 2009;68(2):314–322. doi: 10.1016/j.socscimed.2008.10.010. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 491.Suh H, Hill TD, Koenig HG. Religious Attendance and Biological Risk: A National Longitudinal Study of Older Adults. J Relig Health . 2019;58(4):1188–1202. doi: 10.1007/s10943-018-0721-0. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 492.Badanta-Romero B, Diego-Cordero R, Rivilla-García E. Influence of Religious and Spiritual Elements on Adherence to Pharmacological Treatment. J Relig Health . 2018;57(5):1905–1917. doi: 10.1007/s10943-018-0606-2. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 493.Oliveira JA, Anderson MI, Lucchetti G, Pires EV, Gonçalves LM. Approaching Spirituality Using the Patient-Centered Clinical Method. J Relig Health . 2019;58(1):109–118. doi: 10.1007/s10943-017-0534-6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 494.Balboni TA, Fitchett G, Handzo GF, et al. State of the Science of Spirituality and Palliative Care Research Part II: Screening, Assessment, and Interventions. J Pain Symptom Manage . 2017;54(3):441–453. doi: 10.1016/j.jpainsymman.2017.07.029. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 495.Hypertension Task Force of the Latin American Society of. Guidelines on the management of arterial hypertension and related comorbidities in Latin America. Journal of Hypertension . 2017;35 doi: 10.1097/HJH.0000000000001418. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 496.Collaboration Blood Pressure Lowering Treatment Trialists’. Blood pressure-lowering treatment based on cardiovascular risk: a meta-analysis of individual patient data. Lancet . 2014;384(9943):591–598. doi: 10.1016/S0140-6736(14)61212-5. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 497.Turnbull F, Collaboration Blood Pressure Lowering Treatment Trialists’. Effects of different blood-pressure-lowering regimens on major cardiovascular events: results of prospectively-designed overviews of randomised trials. Lancet . 2003;362(9395):1527–1535. doi: 10.1016/s0140-6736(03)14739-3. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 498.Sytkowski PA, D’Agostino RB, Belanger AJ, Kannel WB. Secular trends in long-term sustained hypertension, long-term treatment, and cardiovascular mortality. Circulation . 1996;93(4):697–703. doi: 10.1161/01.cir.93.4.697. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 499.Bang CN, Devereux RB, Okin PM. Regression of electrocardiographic left ventricular hypertrophy or strain is associated with lower incidence of cardiovascular morbidity and mortality in hypertensive patients independent of blood pressure reduction - A LIFE review. J Electrocardiol . 2014;47(5):630–635. doi: 10.1016/j.jelectrocard.2014.07.003. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 500.Fagard RH, Celis H, Thijs L, Wouters S. Regression of left ventricular mass by antihypertensive treatment: a meta-analysis of randomized comparative studies. Hypertension . 2009;54(5):1084–1091. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.109.136655. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 501.Ibsen H, Olsen MH, Wachtell K, Borch-Johnsen K, Lindholm LH, Mogensen CE, et al. Reduction in albuminuria translates to reduction in cardiovascular events in hypertensive patients: losartan intervention for endpoint reduction in hypertension study. Hypertension . 2005;45(2):198–202. doi: 10.1161/01.HYP.0000154082.72286.2a. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 502.Mancia G, Rea F, Corrao G, Grassi G. Two-Drug Combinations as First-Step Antihypertensive Treatment. Circ Res . 2019;124(7):1113–1123. doi: 10.1161/CIRCRESAHA.118.313294. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 503.Póvoa R, Barroso WS, Brandão AA, Jardim PC, Barroso O, Passarelli O, Jr, et al. I Brazilian position paper on antihypertensive drug combination. Arq Bras Cardiol . 2014 doi: 10.5935/abc.20140023. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 504.Yugar-Toledo JC, Moreno H, Júnior, Gus M, Rosito GBA, Scala LCN, Muxfeldt ES, et al. Brazilian Position Statement on Resistant Hypertension - 2020. Arq Bras Cardiol . 2020;114(3):576–596. doi: 10.36660/abc.20200198. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 505.Gradman AH, Basile JN, Carter BL, Bakris GL, American Society of Hypertension Writing Group Combination therapy in hypertension. J Am Soc Hypertens . 2010;4(1):42–50. doi: 10.1016/j.jash.2010.02.005. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 506.Wald DS, Law M, Morris JK, Bestwick JP, Wald NJ. Combination therapy versus monotherapy in reducing blood pressure: metaanalysis on 11,000 participants from 42 trials. Am J Med . 2009;122(3):290–300. doi: 10.1016/j.amjmed.2008.09.038. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 507.Law MR, Wald NJ, Morris JK, Jordan RE. Value of low dose combination treatment with blood pressure lowering drugs: analysis of 354 randomised trials. BMJ . 2003;326(7404):1427. doi: 10.1136/bmj.326.7404.1427. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 508.Psaty BM, Smith NL, Siscovick DS, Koepsell TD, Weiss NS, Heckbert SR, et al. Health outcomes associated with antihypertensive therapies used as first-line agents: a systematic review and meta-analysis. JAMA . 1997;277(9):739–745. [PubMed] [Google Scholar]
  • 509.Prevention of stroke by antihypertensive drug treatment in older persons with isolated systolic hypertension: final results of the Systolic Hypertension in the Elderly Program (SHEP) SHEP-Cooperative Research Group JAMA . 1991;265(24):3255. [PubMed] [Google Scholar]
  • 510.ALLHAT Officers and Coordinators for the ALLHAT Collaborative Research Group. The Antihypertensive and Lipid-Lowering Treatment to Prevent Heart Attack Trial Major outcome in high-risk hypertensive patients to angiotensin-converting enzyme inhibitor or calcium channel blocker vs. diuretic: the Antihypertensive and Lipid-Lowering Treatment to Prevent Heart Attack Trial (ALLHAT) JAMA . 2002;228(23):2981–2997. doi: 10.1001/jama.288.23.2981. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 511.Dhalla IA, Gomes T, Yao Z, Nagge J, Persaud N, Hellings C, et al. Chlorthalidone versus hydrochlorothiazide for the treatment of hypertension in older adults: a population-based cohort study. Ann Intern Med . 2013;158(6):447. doi: 10.7326/0003-4819-158-6-201303190-00004. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 512.Hripcsak G, Suchard MA, Shea S, Chen R, You SC, Pratt N, et al. Comparison of Cardiovascular and Safety Outcomes of Chlorthalidone vs Hydrochlorothiazide to Treat Hypertension. JAMA Intern Med . 2020;180(4):542. doi: 10.1001/jamainternmed.2019.7454. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 513.Roush GC, Ernst ME, Kostis JB, Tandon S, Sica DA. Head-to-Head Comparisons of Hydrochlorothiazide With Indapamide and Chlorthalidone. Hypertension . 2015;65(5):1041–1046. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.114.05021. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 514.Elliott WJ, Ram CV. Calcium channel blockers. J Clin Hypertens . 2011;13(9):687–689. doi: 10.1111/j.1751-7176.2011.00513.x. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 515.Messerli FH. Calcium antagonists in hypertension: from hemodynamics to outcomes. Am J Hypertens . 2002;15(7) doi: 10.1016/s0895-7061(02)02950-3. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 516.Elliott WJ, Bandari A. The role of calcium antagonists in stroke prevention. J Clin Hypertens . 2005;7:5–8. doi: 10.1111/j.1524-6175.2005.04446.x. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 517.Nathan S, Pepine CJ, Bakris GL. Calcium antagonists: effects on cardiorenal risk in hypertensive patients. Hypertension . 2005;46(4):637–642. doi: 10.1161/01.HYP.0000184541.24700.c7. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 518.Rollins G. Calcium antagonist and beta blocker regimens found equally effective in hypertensive patients with coronary artery disease. Rep Med Guidel Outcomes Res . 2004;15(2) 1, 5-6. [PubMed] [Google Scholar]
  • 519.Vejakama P, Thakkinstian A, Lertrattananon D, Ingsathit A, Ngarmukos C, Attia J. Reno-protective effects of renin-angiotensin system blockade in type 2 diabetic patients: a systematic review and network meta-analysis. Diabetologia . 2012;55(3):566–578. doi: 10.1007/s00125-011-2398-8. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 520.Baram M, Kommuri A, Sellers SA, Cohn JR. ACE inhibitor-induced angioedema. J Allergy Clin Immunol Pract . 2013;1(5):442–445. doi: 10.1016/j.jaip.2013.07.005. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 521.Ryan MJ, Tuttle KR. Elevations in serum creatinine with RAAS blockade: why isn’t it a sign of kidney injury? Curr Opin Nephrol Hypertens . 2008;17(5):443–449. doi: 10.1097/MNH.0b013e32830a9606. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 522.Maschio G, Alberti D, Janin G, Locatelli F, Mann JF, Motolese M, et al. Effect of the angiotensin-converting-enzyme inhibitor benazepril on the progression of chronic renal insufficiency. The Angiotensin-Converting-Enzyme Inhibition in Progressive Renal Insufficiency Study Group N Engl J Med . 1996;334(15):939–945. doi: 10.1056/NEJM199604113341502. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 523.Polifka JE. Is there an embryopathy associated with first-trimester exposure to angiotensin-converting enzyme inhibitors and angiotensin receptor antagonists? A critical review of the evidence. Birth Defects Res A Clin Mol Teratol . 2012;94(8):576–598. doi: 10.1002/bdra.23027. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 524.Laube GF, Kemper MJ, Schubiger G, Neuhaus TJ. Angiotensin-converting enzyme inhibitor fetopathy: long-term outcome. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed . 2007;92(5):F402–F403. doi: 10.1136/adc.2006.101717. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 525.Dahlof B, Devereux R, Kjeldsen S, Julius S, Beevers G, Faire U, et al. Cardiovascular morbidity and mortality in the losartan intervention or endpoint reduction in hypertension study (LIFE): a randomized trial against atenolol. Lancet . 2002;359(9311):995–1003. doi: 10.1016/S0140-6736(02)08089-3. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 526.Lindholm LH, Ibsen H, Dahlof B, Devereux RB, Beevers G, Faire U, et al. Cardiovascular morbidity and mortality in patients with diabetes in the Losartan Intervention For Endpoint reduction in hypertension study (LIFE): a randomized trial against atenolol. Lancet . 2002;359(9311):1004–1010. doi: 10.1016/S0140-6736(02)08090-X. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 527.Julius S, Kejdelsen SE, Weber M, Brunner HR, Ekman S, Hansson L, et al. Outcomes in hypertensive patients in high cardiovascular risk treated with regimens based on valsartan and amlodipine: the VALUE randomised trial. Lancet . 2004;363(9426):2022–2031. doi: 10.1016/S0140-6736(04)16451-9. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 528.Pfeffer MA, Swedberg K, Granger CB, Held P, McMurray JJ, Michelson EL, et al. Effects of candesartan on mortality and morbidity in patients with chronic heart failure: the CHARM Overall programme. Lancet . 2003;362(9386):759–766. doi: 10.1016/s0140-6736(03)14282-1. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 529.Brenner BM, Cooper ME, Zeeuw D, Keane WF, Mitch WE, Parving HH, et al. Effects of losartan on renal and cardiovascular outcomes in patients with type 2 diabetes and nephropathy. N Engl J Med . 2001;345(12):861–869. doi: 10.1056/NEJMoa011161. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 530.Lewis EJ, Hunsicker LG, Clarke WR, Berl T, Pohl MA, Lewis JB, et al. Renoprotective effect of the angiotensin receptor antagonist irbersartan in patients with nephropathy due to type 2 diabetes. N Eng J Med . 2001;345(12):851–860. doi: 10.1056/NEJMoa011303. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 531.Parving HH, Lehnert H, Brochner-Mortensen J, Gomis R, Andersen S, Arner P, Irbesartan in Patients with Type 2 Diabetes and Microalbuminuria Study Group The effect of irbersartan on the development of diabetic nephropathy in patients with type 2 diabetes. N Engl J Med . 2001;345(12):870–878. doi: 10.1056/NEJMoa011489. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 532.Helfand M, Peterson K, Christensen V, Dana T, Thakurta S. Drug class review: Beta adrenergic blockers. Update 4 . 2009. [Cited in 2020 apr 21]. Internet. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK47172/ [PubMed]
  • 533.López-Sendón J, Swedberg K, McMurray J, Tamargo J, Maggioni AP, Dargie H, et al. Expert consensus document on beta-adrenergic receptor blockers. Eur Heart J . 2004;25(15):1341–1362. doi: 10.1016/j.ehj.2004.06.002. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 534.Dulin B, Abraham WT. Pharmacology of carvedilol. Am J Cardiol . 2004;93(9):3–6. doi: 10.1016/j.amjcard.2004.01.003. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 535.Pedersen ME, Cockcroft JR. The vasodilatory beta-blockers. Curr Hypertens Rep . 2007;9(4):269–277. doi: 10.1007/s11906-007-0050-2. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 536.Lindholm LH, Carlberg B, Samuelsson O. Should beta blockers remain first choice in the treatment of primary hypertension? A meta-analysis. Lancet . 2005;366(9496):1545–1553. doi: 10.1016/S0140-6736(05)67573-3. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 537.Vongpatanasin W, Kario K, Atlas SA, Victor RG. Central sympatholitic drugs. J Clin Hypertens . 2011;13(9):658–661. doi: 10.1111/j.1751-7176.2011.00509.x. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 538.Atlas D, Diamant S, Zonnenschein R. Is the imidazoline site a unique receptor? A correlation with clonidine-displacing substance activity. Am J Hypertens . 1992;5(4 Pt 2):83S. doi: 10.1093/ajh/5.4.83s. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 539.Kaplan NM, Victor RG. Clinical hypertension . 11th ed. China: Wolters Kluwer; 2015. pp. 198–262. [Google Scholar]
  • 540.Wagner ML, Walters AS, Coleman RG, Hening WA, Grasing K, Chokroverty S. Randomized double-blind, placebo-controlled study of clonidine in restless legs syndrome. Sleep . 1996;19(1):52–58. doi: 10.1093/sleep/19.1.52. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 541.Bond WS. Psychiatric indications for clonidine. J Clin Psychopharmacol . 1986;6(2):81–87. [PubMed] [Google Scholar]
  • 542.Pandya KJ, Raubertas RF, Flynn PJ, Hynes HE, Rosenbluth RJ, Kirshner JJ, et al. Oral clonidine in postmenopausal patients with breast cancer experiencing tamoxifen-induced hot flashes: a University of Rochester Cancer Center Community Clinical Oncology Program study. Ann Intern Med . 2000;132(10):788–793. doi: 10.7326/0003-4819-132-10-200005160-00004. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 543.Fedorak RN, Field M, Chang EB. Treatment of diabetic diarrhea with clonidine. Ann Intern Med . 1985;102(2):197–199. doi: 10.7326/0003-4819-102-2-197. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 544.Esler M, Dudley F, Jennings G, Debinski H, Lambert G, Jones P, et al. Increased sympathetic nervous activity and the effects of its inhibition with clonidine in alcoholic cirrohosis. Ann Intern Med . 1992;116(6):446–455. doi: 10.7326/0003-4819-116-6-446. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 545.Müller DN, Derer W, Dechend R. Aliskiren-mode of action and preclinical data. J Mol Med . 2008;86(6):659–662. doi: 10.1007/s00109-008-0330-6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 546.Danser AH. (Pro)renin receptors: are they biologically relevant? Curr Opin Nephrol Hypertens . 2009;18(1):74–78. doi: 10.1097/MNH.0b013e3283196aaf. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 547.Singh VP, Le B, Khode R, Baker KM, Kumar R. Intracellular angiotensin II production in diabetic rats is correlated with cardiomyocyte apoptosis, oxidative stress, and cardiac fibrosis. Diabetes . 2008;57(12):3297–3306. doi: 10.2337/db08-0805. Erratum in: Diabetes. 2009;58(3):770. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 548.Musini VM, Fortin PM, Bassett K, Wright JM. Blood pressure lowering efficacy of renin inhibitors for primary hypertension. Cochrane Database Syst Rev . 2008;(4):CD007066. doi: 10.1002/14651858.CD007066.pub2. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 549.Heerspink HJL, Persson F, Brenner BM, Chaturvedi N, Brunel P, McMurray JJ, et al. Renal outcomes with aliskiren in patients with type 2 diabetes: a prespecified secondary analysis of the ALTITUDE randomised controlled trial. Lancet Diabetes Endocrinol . 2016;4(4):309–317. doi: 10.1016/S2213-8587(15)00469-6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 550.Bjerre HL, Christensen JB, Buus NH, Simonsen U, Su J. The role of aliskiren in the management of hypertension and major cardiovascular outcomes: a systematic review and meta-analysis. J Hum Hypertens . 2019;33(11):795–806. doi: 10.1038/s41371-018-0149-8. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 551.Zhang JT, Chen KP, Guan T, Zhang S. Effect of aliskiren on cardiovascular outcomes in patients with prehypertension: a meta-analysis of randomized controlled trials. Drug Des Devel Ther . 2015;9:1963–1971. doi: 10.2147/DDDT.S75111. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 552.Gradman AH, Parisé H, Lefebvre P, Falvey H, Lafeuille MH, Duh MS. Initial combination therapy reduces the risk of cardiovascular events in hypertensive patients: a matched cohort study. Hypertension . 2013;61(2):309–318. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.112.201566. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 553.Bangalore S, Kamalakkannan G, Parkar S, Messerli FH. Fixed-Dose Combinations Improve Medication Compliance: A Meta-Analysis. Am J Med . 2007;120(8):713–719. doi: 10.1016/j.amjmed.2006.08.033. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 554.Jamerson K, Weber MA, Bakris GL, Dahlöf B, Pitt B, Shi V, et al. Benazepril plus Amlodipine or Hydrochlorothiazide for Hypertension in High-Risk Patients. N Engl J Med . 2008;359(23):2417–2428. doi: 10.1056/NEJMoa0806182. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 555.Jamerson KA, Bakris GL, Weber MA. 24-Hour Ambulatory Blood Pressure in the ACCOMPLISH Trial. N Engl J Med . 2010;363(1):98–98. doi: 10.1056/NEJMc1001410. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 556.Weber MA, Jamerson K, Bakris GL, Weir MR, Zappe D, Zhang Y, et al. Effects of body size and hypertension treatments on cardiovascular event rates: subanalysis of the ACCOMPLISH randomised controlled trial. Lancet . 2013;381(9866):537–545. doi: 10.1016/S0140-6736(12)61343-9. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 557.Bakris GL, Sarafidis PA, Weir MR, Dahlöf B, Pitt B, Jamerson K, et al. Renal outcomes with different fixed-dose combination therapies in patients with hypertension at high risk for cardiovascular events (ACCOMPLISH): a prespecified secondary analysis of a randomised controlled trial. Lancet . 2010;375(9721):1173–1181. doi: 10.1016/S0140-6736(09)62100-0. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 558.Dahlöf B, Sever PS, Poulter NR, Wedel H, Beevers DG, Caulfield M, et al. Prevention of cardiovascular events with an antihypertensive regimen of amlodipine adding perindopril as required versus atenolol adding bendroflumethiazide as required, in the Anglo-Scandinavian Cardiac Outcomes Trial-Blood Pressure Lowering Arm (ASCOT-BPLA): a multicentre randomised controlled trial. Lancet . 2005;366(9489):895–906. doi: 10.1016/S0140-6736(05)67185-1. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 559.Patel A, ADVANCE Collaborative Group. MacMahon S, Chalmers J, Neal B, Woodward M, et al. Effects of a fixed combination of perindopril and indapamide on macrovascular and microvascular outcomes in patients with type 2 diabetes mellitus (the ADVANCE trial): a randomised controlled trial. Lancet . 2007;370(9500):829–840. doi: 10.1016/S0140-6736(07)61303-8. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 560.Beckett NS, Peters R, Fletcher AE, Staessen JA, Liu L, Dumitrascu D, et al. Treatment of Hypertension in Patients 80 Years of Age or Older. N Engl J Med . 2008;358(18):1887–1898. doi: 10.1056/NEJMoa0801369. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 561.Dahlöf B, Hansson L, Lindholm LH, Scherstén B, Ekbom T, Wester P-O. Morbidity and mortality in the Swedish Trial in Old Patients with Hypertension (STOP-Hypertension) Lancet . 1991;338(8778):1281–1285. doi: 10.1016/0140-6736(91)92589-t. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 562.Hansson L, Lindholm LH, Ekbom T, Dahlöf B, Lanke J, Scherstén B, et al. Randomised trial of old and new antihypertensive drugs in elderly patients: cardiovascular mortality and morbidity the Swedish Trial in Old Patients with Hypertension-2 study. Lancet . 1999;354(9192):1751–1756. doi: 10.1016/s0140-6736(99)10327-1. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 563.Calhoun DA, Lacourcière Y, Chiang YT, Glazer RD. Triple antihypertensive therapy with amlodipine, valsartan, and hydrochlorothiazide: a randomized clinical trial. Hypertension . 2009;54(1):32–39. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.109.131300. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 564.Krieger EM, Drager LF, Giorgi DMA, Pereira AC, Barreto JAS, Filho, Nogueira AR, et al. Spironolactone Versus Clonidine as a Fourth-Drug Therapy for Resistant Hypertension: The ReHOT Randomized Study (Resistant Hypertension Optimal Treatment) Hypertension . 2018;71(4):681–690. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.117.10662. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 565.Dahal K, Kunwar S, Rijal J, Alqatahni F, Panta R, Ishak N, et al. The Effects of Aldosterone Antagonists in Patients With Resistant Hypertension: A Meta-Analysis of Randomized and Nonrandomized Studies. Am J Hypertens . 2015;28(11):1376–1385. doi: 10.1093/ajh/hpv031. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 566.Liu G, Zheng XX, Xu YL, Lu J, Hui RT, Huang XH. Effect of aldosterone antagonists on blood pressure in patients with resistant hypertension: a meta-analysis. J Hum Hypertens . 2015;29(3):159–166. doi: 10.1038/jhh.2014.64. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 567.Williams B, MacDonald TM, Morant S, Webb DJ, Sever P, McInnes G, et al. Spironolactone versus placebo, bisoprolol, and doxazosin to determine the optimal treatment for drug-resistant hypertension (PATHWAY-2): a randomised, double-blind, crossover trial. Lancet . 2015;386(10008):2059–2068. doi: 10.1016/S0140-6736(15)00257-3. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 568.Mann JF, Schmieder RE, McQueen M, Dyal L, Schumacher H, Pogue J, et al. Renal outcomes with telmisartan, ramipril, or both, in people at high vascular risk (the ONTARGET study): a multicentre, randomised, double-blind, controlled trial. Lancet . 2008;372(9638):547–553. doi: 10.1016/S0140-6736(08)61236-2. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 569.Parving H-H, Brenner BM, McMurray JJV, Zeeuw D, Haffner SM, Solomon SD, et al. Cardiorenal End Points in a Trial of Aliskiren for Type 2 Diabetes. N Engl J Med . 2012;367(23):2204–2213. doi: 10.1056/NEJMoa1208799. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 570.Ogihara T, Saruta T, Rakugi H, Saito I, Shimamoto K, Matsuoka H, et al. Combinations of olmesartan and a calcium channel blocker or a diuretic in elderly hypertensive patients: a randomized, controlled trial. J Hypertens . 2014;32(10):2054–2063. doi: 10.1097/HJH.0000000000000281. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 571.Liu L, Zhang Y, Liu G, Li W, Zhang X, Zanchetti A. The Felodipine Event Reduction (FEVER) Study: a randomized long-term placebo-controlled trial in Chinese hypertensive patients. J Hypertens . 2005;23(12):2157–2172. doi: 10.1097/01.hjh.0000194120.42722.ac. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 572.Staessen JA, Fagard R, Thijs L, Celis H, Arabidze GG, Birkenhäger WH, et al. Randomised double-blind comparison of placebo and active treatment for older patients with isolated systolic hypertension. The Systolic Hypertension in Europe (Syst-Eur) Trial Investigators Lancet . 1997;350(9080):757–764. doi: 10.1016/s0140-6736(97)05381-6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 573.Liu L, Wang JG, Gong L, Liu G, Staessen JA. Comparison of active treatment and placebo in older Chinese patients with isolated systolic hypertension. Systolic Hypertension in China (Syst-China) Collaborative Group J Hypertens . 1998;16(12):1823–1829. doi: 10.1097/00004872-199816120-00016. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 574.Coope J, Warrender TS. Randomised trial of treatment of hypertension in elderly patients in primary care. Br Med J Clin Res . 1986;293(6555):1145–1151. doi: 10.1136/bmj.293.6555.1145. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 575.Webster R, Salam A, Silva HA, Selak V, Stepien S, Rajapakse S, et al. Fixed Low-Dose Triple Combination Antihypertensive Medication vs Usual Care for Blood Pressure Control in Patients With Mild to Moderate Hypertension in Sri Lanka: A Randomized Clinical Trial. JAMA . 2018;320(6):566–579. doi: 10.1001/jama.2018.10359. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 576.Emdin CA, Rahimi K, Neal B, Callender T, Perkovic V, Patel A. Blood pressure lowering in type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis. JAMA . 2015;313(6):603–615. doi: 10.1001/jama.2014.18574. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 577.Benjamin EJ, Virani SS, Callaway CW, Chamberlain AM, Chang AR, Cheng S, et al. Heart disease and stroke statistics – 2018 update: a report from the American Heart Association. Circulation . 2018;137(12) doi: 10.1161/CIR.0000000000000558. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 578.Gaede P, Vedel P, Larsen N, Jensen Gunnar VH, Parving H-H, Pedersen O. Multifactorial intervention and cardiovascular disease in patients with type 2 diabetes. N Engl J Med . 2003;348(5):383–393. doi: 10.1056/NEJMoa021778. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 579.Hypertension in Diabetes Study (HDS): I. Prevalence of hypertension in newly presenting type 2 diabetic patients and the association with risk factors for cardiovascular and diabetic complications. J Hypertens . 1993;11(3):309–317. doi: 10.1097/00004872-199303000-00012. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 580.James PA, Oparil S, Carter BL, Cushman WC, Dennison-Himmelfarb C, Handler J, et al. 2014 evidence-based guideline for the management of high blood pressure in adults: report from the panel members appointed to the Eighth Joint National Committee (JNC 8) JAMA . 2014;311(5):507. doi: 10.1001/jama.2013.284427. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 581.Bangalore S, Kumar S, Lobach I, Messerli FH. Blood pressure targets in subjects with type 2 diabetes mellitus/impaired fasting glucose: observations from traditional and Bayesian random-effects meta-analyses of randomized trials. Circulation . 2011;123(24):2799–2810. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.110.016337. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 582.Niskanen L, Hedner T, Hansson L, Lanke J, Niklason A, CAPPP Study Group Reduced cardiovascular morbidity and mortality in hypertensive diabetic patients on first-line therapy with an ACE inhibitor compared with a diuretic/ beta-blocker-based treatment regimen: a sub analysis of the Captopril Prevention Project. Diabetes Care . 2001;24(12):2091–2096. doi: 10.2337/diacare.24.12.2091. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 583.Ostergren J, Poulter NR, Sever PS, Dahlof B, Wedel H, Beevers G, et al. The Anglo-Scandinavian Cardiac OutcomesTrial: blood pressure-lowering limb: effects in patients with type II diabetes. J Hypertens . 2008;26(11):2103. doi: 10.1097/HJH.0b013e328310e0d9. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 584.Weber MA, Bakris GL, Jamerson K, Weir M, Kjeldsen SE, Devereux RB, et al. Cardiovascular events during differing hypertension therapies in patients with diabetes. J Am Coll Cardiol . 2010;56(1):77–85. doi: 10.1016/j.jacc.2010.02.046. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 585.Tocci G, Paneni F, Palano F, Sciarretta S, Ferrucci A, Kurtz T, et al. Angiotensin-converting enzyme inhibitors, angiotensin II receptor blockers and diabetes: a meta-analysis of placebo-controlled clinical trials. Am J Hypertens . 2011;24(5):582–590. doi: 10.1038/ajh.2011.8. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 586.Yanai H, Tomono Y, Ito K, Furutani N, Yoshida H, Tada N. The underlying mechanisms for development of hipertension in the metabolic syndrome. Nutr J . 2008;7(10) doi: 10.1186/1475-2891-7-10. Apr 17. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 587.Alberti KG, Zimmet P, Shaw J. Metabolic Syndrome - a new world-wide definition. A consensus statement from the International Diabetes Federation. Diabet Med . 2006;23(5):469–480. doi: 10.1111/j.1464-5491.2006.01858.x. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 588.Lebovitz HE, Banerji MA. Point: visceral adiposity is causally related to insulin resistance. Diabetes Care . 2005;28(9):2322–2325. doi: 10.2337/diacare.28.9.2322. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 589.Kahn R, Buse J, Ferrannini E, Stern M. The metabolic Syndrome: Time for a critical appraisal: Joint statement from American Diabetes Association and European Association for the Study of Diabetes. Diabetes Care . 2005;84(Supll 1):3–28. doi: 10.2337/diacare.28.9.2289. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 590.Gagliardi ART. Obesidade central, bases hormonais e moleculares da síndrome metabólica. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo . 2004;14(4):557–566. [Google Scholar]
  • 591.Tuomilehto J, Lindstrom J, Eriksson JG, Valle TT, Hamalainen H, Ilanne-Parikka P, et al. Prevention of type 2 diabetes mellitus by changes in life style among subjects with impaired glucose tolerance. N Engl J Med . 2001;344(18):1343–1350. doi: 10.1056/NEJM200105033441801. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 592.Grundy SM, Cleeman JI, Daniels SR, Donato KA, Eckel RH, Franklin BA, et al. Diagnosis and management of the metabolic syndrome: an American Heart Association/National Heart, Lung, and Blood Institute Scientific Statement. Circulation . 2005;112(17):2735–2752. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.105.169404. Erratum in: Circulation. 2005;112(17):e298. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 593.Stears AJ, Woods SH, Watts MM, Burton TJ, Graggaber J, Mir FA, Brown MJ. A double-blind, placebo-controlled, crossover trial comparing the effects of amiloride and hydrochlorothiazide on glucose tolerance in patients with essential hypertension. Hypertension . 2012;59(5):934–942. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.111.189381. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 594.Borghi C, Bacchelli S, Degli Esposti D, Bignamini A, Magnani B, Ambrosioni E. Effects of the administration of an angiotensin-converting enzyme inhibitor during the acute pHAe of myocardial infarction in patients with arterial hypertension. SMILE Study Investigators. Survival of Myocardial Infarction Long-term Evaluation. Am J Hypertens . 1999;12(7):665–672. doi: 10.1016/s0895-7061(99)00042-4. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 595.Gustafsson F, Kober L, Torp-Pedersen C, Hildebrandt P, Ottesen MM, Sonne B, et al. Long-term prognosis after acute myocardial infarction in patients with a history of arterial hypertension. TRACE study group Eur Heart J . 1998;19(4):588–594. doi: 10.1053/euhj.1997.0822. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 596.Arnold JM, Yusuf S, Young J. Prevention of heart failure in patients in the heart outcomes prevention evaluation (HOPE) study. Circulation . 2003;107(9):1284–1290. doi: 10.1161/01.cir.0000054165.93055.42. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 597.Messerli FH, Mancia G, Conti CR, Hewkin AC, Kupfer S, Champion A, et al. Dogma disputed: can aggressively lowering blood pressure in hypertensive patients with coronary artery disease be dangerous? Ann Intern Med . 2006;144(12):884–893. doi: 10.7326/0003-4819-144-12-200606200-00005. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 598.Sleight P, Redon J, Verdecchia P, Mancia G, Gao P, Fagard R, et al. ONTARGET investigators Prognostic value of blood pressure in patients with high vascular risk in the Ongoing Telmisartan Alone and in combination with Ramipril Global Endpoint Trial study. J Hypertens . 2009;27(7):1360–1369. doi: 10.1097/HJH.0b013e32832d7370. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 599.Zanchetti A, Mancia G. Longing for clinical excellence: a critical outlook into the NICE recommendations on hypertension management--is nice always good? J Hypertens . 2012;30(4):660–668. doi: 10.1097/HJH.0b013e328351b4e4. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 600.Mancia G, Parati G, Bilo G, Gao P, Fagard R, Redon J, et al. Ambulatory blood pressure values in the Ongoing Telmisartan Alone and in Combination with Ramipril Global Endpoint Trial (ONTARGET) Hypertension . 2012;60(6):1400–1406. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.112.199562. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 601.Vidal-Petiot E, Ford I, Greenlaw N, Ferrari R, Fox KM, Tardif JC, et al. Cardiovascular event rates and mortality according to achieved systolic and diastolic blood pressure in patients with stable coronary artery disease: an international cohort study. Lancet . 2016;388(10056):2142–2152. doi: 10.1016/S0140-6736(16)31326-5. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 602.Xie X, Atkins E, Lv J, Bennett A, Neal B, Ninomiya T, et al. Effects of intensive blood pressure lowering on cardiovascular and renal outcomes: updated systematic review and meta-analysis. Lancet . 2016;387(10017):435–443. doi: 10.1016/S0140-6736(15)00805-3. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 603.Wright JT, Jr, Bakris G, Greene T, Agodoa LY, Appel LJ, Charleston J, et al. African American Study of Kidney Disease and Hypertension Study Group: Effect of blood pressure lowering and antihypertensive drug class on progression of hypertensive kidney disease: Results from the AASK trial. JAMA . 2002;288(19):2421–2431. doi: 10.1001/jama.288.19.2421. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 604.Klahr S, Levey AS, Beck GJ, Caggiula AW, Hunsicker L, Kusek JW, et al. Modification of Diet in Renal Disease Study Group: The effects of dietary protein restriction and blood-pressure control on the progression of chronic renal disease. N Engl J Med . 1994;330(13):877–884. doi: 10.1056/NEJM199403313301301. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 605.Malhotra R, Nguyen HA, Benavente O, Mete M, Howard BV, Mant J, et al. Association between more intensive vs less intensive blood pressure lowering and risk of mortality in chronic kidney disease stages 3 to 5: a systematic review and meta-analysis. JAMA Intern Med . 2017;177(10):1498–1505. doi: 10.1001/jamainternmed.2017.4377. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 606.Reboldi G, Gentile G, Angeli F, Ambrosio G, Mancia G, Verdecchia P, et al. Effects of intensive blood pressure reduction on myocardial infarction and stroke in diabetes: a meta-analysis in 73,913 patients. J Hypertens . 2011;29(7):1253–1269. doi: 10.1097/HJH.0b013e3283469976. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 607.Cushman WC, Evans GW, Byington RP, Goff DC, Jr, Grimm RH, Cutler JA, et al. ACCORD Study Group Effects of intensive blood-pressure control in type 2 diabetes mellitus. N Engl J Med . 2010;362(17):1575–1585. doi: 10.1056/NEJMoa1001286. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 608.Fried LF, Emanuele N, Zhang JH, Brophy M, Conner TA, Duckworth W, et al. VA NEPHRON-D Investigators Combined angiotensin inhibition for the treatment of diabetic nephropathy. N Engl J Med . 2013;369(20):1892–1903. doi: 10.1056/NEJMoa1303154. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 609.Bakris GL, Sarafidis PA, Weir MR, Dahlöf B, Pitt B, Jamerson K, et al. ACCOMPLISH Trial Investigators Renal outcomes with different fixed-dose combination therapies in patients with hypertension at high risk for cardiovascular events (ACCOMPLISH): a prespecified secondary analysis of a randomized controlled trial. Lancet . 2010;375(9721):1173–1181. doi: 10.1016/S0140-6736(09)62100-0. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 610.Foody JM, Farrell MH, Krumholz HM. beta-blocker therapy in heart failure: Scientific review. JAMA . 2002;287(7):883–889. doi: 10.1001/jama.287.7.883. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 611.Clinical Trial . Efficacy and Safety of Finerenone in Subjects with Type 2 Diabetes Mellitus and the Clinical Diagnosis of Diabetic Kidney Disease ( NCT02540993) US: National Institutes of Health; 2020. [Google Scholar]
  • 612.Agarwal R, Peixoto AJ, Santos SF, Zoccali C. Pre- and post-dialysis blood pressures are imprecise estimates of interdialytic ambulatory blood pressure. CJASN . 2006;1(3):389–398. doi: 10.2215/CJN.01891105. May. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 613.Silva GV, Barros S, Abensur H, Ortega KC, Mion D., Jr Cochrane Renal Group Prospective Trial Register: CRG060800146 Home blood pressure monitoring in monitoring in blood pressure control among hemodialysis patients: an open randomized clinical trial. Nephrol Dial Transplant . 2009;24(12):3805–3811. doi: 10.1093/ndt/gfp332. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 614.Georgianos PI, Agarwal R. Blood pressure and mortality in long-term hemodialysis-time to move forward. Am J Hypertens . 2017;30(3):211–222. doi: 10.1093/ajh/hpw114. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 615.Bansal N, McCulloch CE, Lin F, Alper A, Anderson AH, Cuevas M, et al. Blood pressure and risk of cardiovascular events in patients on chronic hemodialysis: the CRIC study (Chronic Renal Insufficiency Cohort) Hypertension . 2017;70(2):435–443. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.117.09091. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 616.Georgianos PI, Agarwal R. Systolic and diastolic hypertension among patients on hemodialysis: Musings on volume overload, arterial stiffness, and erythropoietin. Semin Dial . 2019;32(6):507–512. doi: 10.1111/sdi.12837. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 617.Tada T, Kusano KF, Ogawa A, Iwasaki J, Sakuragi J, Kusano I, et al. The predictors of central and obstructive sleep apnoea in haemodialysis patients. Nephrol Dial Transplant . 2007;22:1190–1197. doi: 10.1093/ndt/gfl748. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 618.Agarwal R, Sinha AD, Pappas MK, Abraham TN, Tegegne GG, et al. Hypertension in hemodialysis patients treated with atenolol or lisinopril: A randomized controlled trial. Nephrol Dial Transplant . 2014;29(3):672–681. doi: 10.1093/ndt/gft515. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 619.Kishnan N, Peixoto AJ. We hold antihypertensives prior to dialysis. Semin Dial . 2016;29(4):323–325. doi: 10.1111/sdi.12498. Jul. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 620.Agarwal R, Sinha AD. Clinical pharmacology of antihypertensive therapy for the treatment of hypertension in chronic kidney disease. Clin J Am Soc of Nephrol . 2019;14(5):757–764. doi: 10.2215/CJN.04330418. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 621.Cross NB, Webster AC, Masson P, O’ Connel PJ, Craig JC, et al. Antihypertensive treatment for kidney transplant recipients. Transplantation . 2009;88(1):7–18. doi: 10.1097/TP.0b013e3181a9e960. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 622.Ibrahim HN, Jackson S, Connaire J, Matas A, Ney A, Najafian B, et al. Angiotensin II blockade in kidney transplant recipients. J Am Soc Nephrol . 2013;24(2):320–327. doi: 10.1681/ASN.2012080777. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 623.Stokes J, 3rd, Kannel WB, Wolf PA, D’Agostino RB, Cupples LA. Blood pressure as a risk factor for cardiovascular disease the framingham study-30 years of follow-up. Hypertension . 1989;13(5) doi: 10.1161/01.hyp.13.5_suppl.i13. I-13-I–18. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 624.Kannel WB. Incidence and epidemiology of heart failure. Heart Fail Rev . 2000;5(2):167–173. doi: 10.1023/A:1009884820941. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 625.Goyal D, Macfadyen RJ, Watson RD, Lip GYH. Ambulatory blood pressure monitoring in heart failure: A systematic review. Eur J Heart Fail . 2005;7(2):149–156. doi: 10.1016/j.ejheart.2004.05.010. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 626.Pfeffer MA. Heart Failure and Hypertension Importance of Prevention Heart failure Randomized clinical trials Antihypertensive agents Prevention. 2017;101(1):19–28. doi: 10.1016/j.mcna.2016.08.012. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 627.Moser M, Hebert PR. Prevention of disease progression, left ventricular hypertrophy and congestive heart failure in hypertension treatment trials. J Am Coll Cardiol . 1996;27(5):1214–1218. doi: 10.1016/0735-1097(95)00606-0. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 628.Tadic M, Cuspidi C, Frydas A, Grassi G. The role of arterial hypertension in development heart failure with preserved ejection fraction: just a risk factor or something more? Heart Fail Rev . 2018;23(5):631–639. doi: 10.1007/s10741-018-9698-8. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 629.Kostis JB, Davis BR, Cutler J, Grimm RH, Berge KG, Cohen JD, et al. Prevention of heart failure by antihypertensive drug treatment in older persons with isolated systolic hypertension. J Am Med Assoc . 1997;278(3):212–216. [PubMed] [Google Scholar]
  • 630.Thomopoulus C, Parati G, Zanchetti A. Effects of blood pressure-lowering treatment .6.Prevention of heart failure and new-onset heart failure–meta-analyses of randomized trials. J Hypertens . 2016;34(3):373–384. doi: 10.1097/HJH.0000000000000848. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 631.Yancy CW, Jessup M, Bozkurt B, Butler J, Casey DE, Jr, Colvin MM, et al. 2017 ACC/AHA/HFSA Focused Update of the 2013 ACCF/AHA Guideline for the Management of Heart Failure: A Report of the American College of Cardiology / American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines and the Heart Failure Society of America. Circulation . 2017;136(6):e137–e161. doi: 10.1161/CIR.0000000000000509. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 632.Rohde LEP, Montera MW, Bocchi EA, Clausell NO, Albuquerque DC, Rassi S, et al. Diretriz Brazileira de insuficiência cardíaca crônica e aguda. Arq Bras Cardiol . 2018;111(3):436–539. doi: 10.5935/abc.20180190. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 633.McMurray JJ, Packer M, Desai AS, Gong J, Lefkowitz MP, Rizkala AR, et al. PARADIGM-HF Investigators and Committees Angiotensin-neprilysin inhibition versus enalapril in heart failure. N Engl J Med . 2014;371(11):993–1004. doi: 10.1056/NEJMoa1409077. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 634.Yusuf S, Pfeffer MA, Swedberg K, Granger CB, Held P, McMurray JJV, et al. Effects of candesartan in patients with chronic heart failure and preserved left-ventricular ejection fraction: The CHARM-preserved trial. Lancet . 2003;362(9386):777–781. doi: 10.1016/S0140-6736(03)14285-7. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 635.Forman D, Gaziano JM. Irbesartan in patients with heart failure and preserved ejection fraction. Curr Cardiovasc Risk Rep . 2009;3(5):311–312. [Google Scholar]
  • 636.Cleland JGF, Tendera M, Adamus J, Freemantle N, Polonski L, Taylor J. The perindopril in elderly people with chronic heart failure (PEP-CHF) study. Eur Heart J . 2006;27(19):2338–2345. doi: 10.1093/eurheartj/ehl250. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 637.Yamamoto K, Origasa H, Hori M. Effects of carvedilol on heart failure with preserved ejection fraction: The Japanese Diastolic Heart Failure Study (J-DHF) Eur J Heart Fail . 2013;15(1):110–118. doi: 10.1093/eurjhf/hfs141. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 638.Pitt B, Pfeffer MA, Assmann SF, Boineau R, Anand IS, Claggett B, et al. Spironolactone for heart failure with preserved ejection fraction. N Engl J Med . 2014;370(15):1383–1392. doi: 10.1056/NEJMoa1313731. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 639.Solomon SD, McMurray JJV, Anand IS, Ge J, Lam CSP, Maggioni AP, et al. Angiotensin–neprilysin inhibition in heart failure with preserved ejection fraction. N Engl J Med . 2019;381(17):1609–1620. doi: 10.1056/NEJMoa1908655. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 640.Lee TT, Chen J, Cohen DJ, Tsao L. The association between blood pressure and mortality in patients with heart failure. Am Heart J . 2006;151(1):76–83. doi: 10.1016/j.ahj.2005.03.009. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 641.Kalantar-Zadeh K, Block G, Horwich T, Fonarow GC. Reverse epidemiology of conventional cardiovascular risk factors in patients with chronic heart failure. J Am Coll Cardiol . 2004;43(8):1439–1444. doi: 10.1016/j.jacc.2003.11.039. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 642.Rouleau JL, Roecker EB, Tendera M, Mohacsi P, Krum H, Katus HA, et al. Influence of pretreatment systolic blood pressure on the effect of carvedilol in patients with severe chronic heart failure: The Carvedilol Prospective Randomized Cumulative Survival (COPERNICUS) study. J Am Coll Cardiol . 2004;43(8):1423–1429. doi: 10.1016/j.jacc.2003.11.037. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 643.Anand IS, Rector TS, Kuskowski M, Thomas S, Holwerda NJ, Cohn JN. Effect of baseline and changes in systolic blood pressure over time on the effectiveness of valsartan in the Valsartan Heart FailureTrial. Circ Heart Fail . 2008;1(1):34–42. doi: 10.1161/CIRCHEARTFAILURE.107.736975. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 644.Böhm M, Young R, Jhund PS, Solomon SD, Gong J, Lefkowitz MP, et al. Systolic blood pressure, cardiovascular outcomes and efficacy and safety of sacubitril/ valsartan (LCZ696) in patients with chronic heart failure and reduced ejection fraction: Results from PARADIGM-HF. Eur Heart J . 2017;38(15):1132–1143. doi: 10.1093/eurheartj/ehw570. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 645.Rashid P, Leornardi-Bee J, Bath P. Blood pressure reduction and secondary prevention of stroke and other vascular events: a systematic review. Stroke . 2003;34(11):2741–2748. doi: 10.1161/01.STR.0000092488.40085.15. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 646.PATS Collaborating Group Poststroke antihypertensive treatment study: a preliminary result. Chin Med J (Engl). . 1995;108(9):710–717. [PubMed] [Google Scholar]
  • 647.Gueyffier F, Boissel JP, Boutitie F, Pocock S, Coope J, Cutler J, et al. Effect of antihypertensive treatment in patients having already suffered from stroke. Gathering the evidence. The INDANA (IN-dividual Data Analysis of Antihypertensive intervention trials) Project Collaborators Stroke . 1997;28(12):2557–2562. doi: 10.1161/01.str.28.12.2557. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 648.Liu L, Wang Z, Gong L, Zhang Y, Thijs L, Staessen JA, et al. Blood pressure reduction for the secondary prevention of stroke: a Chinese trial and a systematic review of the literature. Hypertens Res . 2009;32(11):1032–1040. doi: 10.1038/hr.2009.139. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 649.Schrader J, Luders S, Kulschewski A, Hammersen F, Plate K, Berger J, et al. MOSES Study Group Morbidity and mortality after stroke, eprosartan compared with nitrendipine for secondary prevention: principal results of a prospective randomized controlled study (MOSES) Stroke . 2005;36(6):1218–1226. doi: 10.1161/01.STR.0000166048.35740.a9. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 650.Yusuf S, Diener HC, Sacco RL, Cotton D, Ounpuu S, Lawton WA, et al. ProFESS Study Group Telmisartan to prevent recurrent stroke and cardiovascular events. N Engl J Med . 2008;359(12):1225–1237. doi: 10.1056/NEJMoa0804593. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 651.White CL, Pergola PE, Szychowski JM, Talbert R, Cervantes-Arriaga A, Clark HD, et al. SPS3 Investigators Blood pressure after recent stroke: baseline findings from the secondary prevention of small subcortical strokes trial. Am J Hypertens . 2013;26(9):1114–1122. doi: 10.1093/ajh/hpt076. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 652.Powers WJ, Rabinstein AA, Ackerson T, Adeoye OM, Bambakidis NC, Becker K, et al. 2018 Guidelines for the Early Management of Patients With Acute Ischemic Stroke: A Guideline for Healthcare Professionals From the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke . 2018;49(3):e46–e110. doi: 10.1161/STR.0000000000000158. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 653.Rodriguez-Luna D, Pineiro S, Rubiera M, Ribo M, Coscojuela P, Pagola J, et al. Impact of blood pressure changes and courseon hematoma growth in acute intracerebral hemorrhage. Eur J Neurol . 2013;20(9):1277–1283. doi: 10.1111/ene.12180. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 654.Anderson CS, Heeley E, Huang Y, Wang J, Stapf C, Delcourt C, et al. INTERACT2 Investigators Rapid blood-pressure lowering in patients with acute intracerebral hemorrhage. N Engl J Med . 2013;368(25):2355–2365. doi: 10.1056/NEJMoa1214609. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 655.Ahmed N, Wahlgren N, Brainin M, Castillo J, Ford GA, Kaste M, et al. Relationship of blood pressure, antihypertensive therapy, and outcome inischemic stroke treated with intravenous thrombolysis: retrospective analysisfrom Safe Implementation of Thrombolysis in Stroke-International StrokeThrombolysis Register (SITS-ISTR) Stroke . 2009;40(7):2442–2449. doi: 10.1161/STROKEAHA.109.548602. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 656.Wu W, Huo X, Zhao X, Liao X, Wang C, Pan Y, et al. Relationship between blood pressure and outcomes in acute ischemic strokepatients administered lytic medication in the TIMS-China Study. PLoS One . 2016;11(2):e0144260. doi: 10.1371/journal.pone.0144260. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 657.Lee M, Ovbiagele B, Hong KS, Wu YL, Lee JE, Rao NM, et al. Effect of blood pressure lowering in early ischemic stroke: meta-analysis. Stroke . 2015;46(7):1883–1889. doi: 10.1161/STROKEAHA.115.009552. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 658.Zhao R, Liu FD, Wang S, Peng JL, Tao XX, Zheng B, et al. Blood pressure reduction in the acute phase of an ischemic stroke does not improve short- or longtermdependency or mortality: a meta-analysis of current literature. Medicine(Baltimore) . 2015;94(23):e896. doi: 10.1097/MD.0000000000000896. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 659.Bateman BT, Bansil P, Hernandez-Diaz S, Mhyre JM, Callaghan WM, Kuklina EV. Prevalence, trends, and out-comes of chronic hypertension: a nationwide sample of delivery admissions. Am J Obstet Gynecol . 2012;206(2):134.e1–134.e8. doi: 10.1016/j.ajog.2011.10.878. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 660.Steegers EA, von Dadelszen P, Duvekot JJ, Pijnenborg R. Pre-eclampsia. Lancet . 2010;376(9741):631–644. doi: 10.1016/S0140-6736(10)60279-6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 661.Ramos JGL, Sass N, Costa SHM. Preeclampsia. Rev Bras Ginecol Obstet . 2017;39(9):496–512. doi: 10.1055/s-0037-1604471. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 662.Abalos E, Cuesta C, Grosso AL, Chou D, Say L. Global and regional estimates of preeclampsia and eclampsia: a systematic review. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol . 2013;170(1):1–7. doi: 10.1016/j.ejogrb.2013.05.005. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 663.Giordano JC, Parpinelli MA, Cecatti JG, Haddad SM, Costa ML, Surita FG, et al. The burden of eclampsia: results from a multicenter study on surveillance of severe maternal morbidity in Brazil. PLoS One . 2014;9(5):e97401. doi: 10.1371/journal.pone.0097401. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 664.American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) ACOG Practice Bulletin No. 202: Gestational Hypertension and Preeclampsia. Obstet Gynecol . 2019;133(1):e1–e25. doi: 10.1097/AOG.0000000000003018. Jan. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 665.American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) ACOG Practice Bulletin No. 203: Chronic Hypertension in Pregnancy. Obstet Gynecol . 2019;133(1):e26–e50. doi: 10.1097/AOG.0000000000003020. Jan. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 666.Brown MA, Magee LA, Kenny LC, Karumanchi SA, McCarthy FP, Saito S, et al. The hypertensive disorders of pregnancy: ISSHP classification, diagnosis & management recommendations for international practice. Pregnancy Hypertens . 2018;13:291–310. doi: 10.1016/j.preghy.2018.05.004. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 667.Hofmey GJ, Lawrie TA, Atallah ÁN, Duley L. Calcium supplementation during pregnancy for preventing hypertensive disorders and related problems. Cochrane Database Syst Rev . 2014;6:CD001059. doi: 10.1002/14651858.CD001059.pub4. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 668.CLASP: a randomized trial of low-dose aspirin for the prevention and treatment of pre-eclampsia among 9364 pregnant women. CLASP (Collaborative Low dose Aspirin Study in Pregnancy) Collaborative Group Lancet . 1994;343(8898):619–629. [PubMed] [Google Scholar]
  • 669.Duley L, Henderson-Damart DJ, Meher S, King JF. Antiplatelet agents for preventing pre-eclampsia and its complications. Cochrane Database of Syst Rev . 2004;(1):CD 004659. doi: 10.1002/14651858.CD004659. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 670.Rolnik DL, Wright D, Poon L, O’Gorman N, Syngelaki A, Paco Matallana C, et al. Aspirin versus placebo in pregnancies at high risk of preterm preeclampsia. N Engl J Med . 2017;377(7):613–622. doi: 10.1056/NEJMoa1704559. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 671. Hypertension in pregnancy: diagnosis and management NICE guideline Published . Jun 25, 2019. [Cited in 2019 may 23]. Internet. www.nice.org.uk/guidance/ng133 .
  • 672.World Health Organization. WHO . Recommendations for Prevention and Treatment of Pre-Eclampsia and Eclampsia . Geneve: 2011. [PubMed] [Google Scholar]
  • 673.Poon LC, Shennan A, Hyett JA, Kapur A, Hadar E, Divakar H, et al. The International Federation of Gynecology and Obstetrics (FIGO) initiative on pre-eclampsia: A pragmatic guide for first-trimester screening and prevention. Int J Gynaecol Obstet . 2019;145(Suppl 1):1–33. doi: 10.1002/ijgo.12802. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 674.American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) ACOG Committee Opinion No. 767: Emergent Therapy for Acute-Onset, Severe Hypertension During Pregnancy and the Postpartum Period. Obstet Gynecol . 2019;133(2):e174–e180. doi: 10.1097/AOG.0000000000003075. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 675.Martin JN, Jr, Thigpen BD, Moore RC, Rose CH, Cushman J, May W. Stroke and severe preeclampsia and eclampsia: a paradigm shift focusing on systolic blood pressure. Obstet Gynecol . 2005;105(2):246–254. doi: 10.1097/01.AOG.0000151116.84113.56. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 676.Cantwell R, Clutton-Brock T, Cooper G, Dawson A, Drife J, Garrod D, et al. Saving Mothers’ Lives: Reviewing maternal deaths to make motherhood safer: 2006-2008. The Eighth Report of the Confidential Enquiries into Maternal Deaths in the United Kingdom. BJOG . 2011;118(Suppl 1):1–203. doi: 10.1111/j.1471-0528.2010.02847.x. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 677.Meher S, Abalos E, Carroli G. Bed rest with or without hospitalisation for hypertension during pregnancy. Cochrane Database Syst Rev . 2005;19(4):CD003514. doi: 10.1002/14651858.CD003514.pub2. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 678.Dowswell T, Middleton P, Weeks A. Antenatal day care units versus hospital admission for women with complicated pregnancy. Cochrane Database of Syst Rev . 2009;(4):CD001803. doi: 10.1002/14651858.CD001803.pub2. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 679.Koopmans CM, Bijlenga D, Groen H, Vijgen SMC, Aarnoudse JG, Bekedam DJ, et al. Induction of labour versus expectant monitoring for gestational hypertension or mild pre-eclampsia after 36 weeks’ gestation (HYPITAT): a multicentre, open-label randomised controlled trial. Lancet . 2009;374(9694):979–988. doi: 10.1016/S0140-6736(09)60736-4. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 680.Broekhuijsen K, van Baaren GJ, van Pampus MG, Ganzevoort W, Sikkema JM, Woiski MD, et al. Immediate delivery versus expectant monitoring for hypertensive disorders of pregnancy between 34 and 37 weeks of gestation (HYPITAT-II): an open-label, randomised controlled trial. Lancet . 2015;385(9986):2492–2501. doi: 10.1016/S0140-6736(14)61998-X. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 681.Ronsmans C, Campbell O. Quantifying the fall in mortality associated with interventions related to hypertensive diseases of pregnancy. BMC Public Health . 2011;11(Suppl 3):S8. doi: 10.1186/1471-2458-11-S3-S8. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 682.Peraçoli JC, Borges VTM, Ramos JG, Cavalli RC, Costa SHAM, Oliveira LG, et al. Pre-eclampsia/Eclampsia. Rev Bras Ginecol Obstet . 2019;41(5):318–332. doi: 10.1055/s-0039-1687859. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 683.Duley L, Henderson-Smart DJ, Meher S. Drugs for treatment of very high blood pressure during pregnancy. Cochrane Database Syst Rev . 2006;(3):CD001449. doi: 10.1002/14651858.CD001449.pub2. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 684.control Centers for disease, prevention Postmarketing surveillance for angiotensin-converting enzyme inhibitor use during the first trimester of pregnancy – United States, Canada and Israel, 1987-1995. JAMA . 1997;277(15):1193–1194. [PubMed] [Google Scholar]
  • 685.Abalos E, Duley L, Steyn DW. Antihypertensive drug therapy for mild to moderate hypertension during pregnancy. Cochrane Database of Syst Rev . 2014;6(2):CD002252. doi: 10.1002/14651858.CD002252.pub3. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 686.Magee LA, von Dadelszen P, Rey E, Ross S, Asztalos E, Murphy KE, et al. Less-tight versus tight control of hypertension in pregnancy. N Engl J Med . 2015;372(5):407–417. doi: 10.1056/NEJMoa1404595. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 687.Magee LA, von Dadelszen P, Singer J, Lee T, Rey E, Ross S, et al. The CHIPS randomized controlled trial (Control of Hypertension in Pregnancy Study): is severe hypertension just an elevated blood pressure? Hypertension . 2016;68(5):1153–1159. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.116.07862. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 688.Butalia S, Audibert F, Côté AM, Firoz T, Logan AG, Magee LA, et al. Hypertension Canada’s 2018. Guidelines for the Management of Hypertension in Pregnancy. Can J Cardiol . 2018;34(5):526–531. doi: 10.1016/j.cjca.2018.02.021. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 689.Easterling T, Mundle S, Bracken H, Parvekar S, Mool S, Magee LA, et al. Oral antihypertensive regimens (nifedipine retard, labetalol, and methyldopa) for management of severe hypertension in pregnancy: an open-label, randomised controlled trial. Lancet . 2019;394(10203):1011–1021. doi: 10.1016/S0140-6736(19)31282-6. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 690.Sass N, Itamoto CH, Silva MP, Torloni MR, Atallah NA. Does sodium nitroprusside kill babies? A systematic review. Sao Paulo Med J . 2007;125:108–111. doi: 10.1590/S1516-31802007000200008. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 691.Townsend R, O’Brien P, Khalil A. Current best practice in the management of hypertensive disorders in pregnancy. Integr Blood Press Control . 2016:79–94. doi: 10.2147/IBPC.S77344. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 692. Drugs and Lactation Database (LactMed) Bethesda (MD): National Library of Medicine (US); 2006. [Cited in 2019 May 12]. Internet. Internet. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK501922/ [Google Scholar]
  • 693.Regit-Azgrosek V, Roos-Hesselink JW, Bauersachs J, Blomström-Lundqvist C, Cífková R, Bonis M, et al. 2018 ESC guidelines for the management of cardiovascular diseases during pregnancy. Eur Heart J . 2018;39(34):3165–3241. doi: 10.1093/eurheartj/ehy340. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 694.Halpern DG, Weinberg CR, Pinnelas R, Mehta-Lee S, Economy KE, Valente AM. Use of Medication for Cardiovascular Disease During Pregnancy: JACC State-of-the-Art Review. J Am Coll Cardiol . 2019;73(4):457–476. doi: 10.1016/j.jacc.2018.10.075. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 695.Noronha C C, Neto, Maia SSB, Katz L, Coutinho IC, Souza AR, Amorim MM. Clonidine versus Captopril for Severe Postpartum Hypertension: A Randomized Controlled Trial. Plos One . 2017;12(1):e0168124. doi: 10.1371/journal.pone.0168124. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 696.Ray JG, Vermeulen MJ, Schull MJ, Redelmeier DA. Cardiovascular health after maternal placental syndromes (CHAMPS): population-based retrospective cohort study. Lancet . 2005;366(9499):1797–1803. doi: 10.1016/S0140-6736(05)67726-4. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 697.Bellamy L, Casas JP, Hingorani AD, Williams DJ. Pre-eclampsia and risk of cardiovascular disease and cancer in later life: systematic review and meta-analysis. 974 BMJ . 2007;335(7627) doi: 10.1136/bmj.39335.385301.BE. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 698.Honigberg MC, Zekavat SM, Aragam K, Klarin D, Bhatt DL, Scott NS, et al. Long-Term Cardiovascular Risk in Women With Hypertension During Pregnancy. J Am Coll Cardiol . 2019;74(22):2743–2754. doi: 10.1016/j.jacc.2019.09.052. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 699.Vikse BE, Irgens LM, Leivestad T, Skjaerven R, Iversen BM. Preeclampsia and the risk of end-stage renal disease. N Engl J Med . 2008;359(8):800–809. doi: 10.1056/NEJMoa0706790. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 700.Sorof JM, Lai D, Turner J, Poffenbarger T, Portman RJ. Overweight, ethnicity, and the prevalence of hypertension in school-aged children. Pediatrics . 2004;113(3):475–482. doi: 10.1542/peds.113.3.475. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 701.McNiece KL, Poffenbarger TS, Turner JL, Franco KD, Sorof JM, Portman RJ. Prevalence of hypertension and prehypertension among adolescents. J Pediatr . 2007;150(6):640–644. doi: 10.1016/j.jpeds.2007.01.052. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 702.Brian KK, Elena K, Margaret DC, Yachim O, David SF, Cynthia LO. Prevalence of and trends in dyslipidemia and blood pressure among us child and adolescents 1999-2012. Jama Pediatr . 2015;169(3):272–279. doi: 10.1001/jamapediatrics.2014.3216. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 703.Bloch VK, Klein CH, Szklo M, Kuschnir MCC, et al. Prevalências de hipertensão arterial e obesidade Brazileiros. Rev. Saúde Pública . 2016;50(supl 1):1–13. [Google Scholar]
  • 704.Brady TM, Redwine KM, Flynn JT, American Society of Pediatric Nephrology Screening blood pressure measurement in children: are we saving lives? Pediatr Nephrol . 2014;29(6):947–950. doi: 10.1007/s00467-013-2715-1. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 705.Flynn JT, Kaelber DC, Baker-Smith CM, Blowey D, Carroll AE, et al. Subcommittee on Screening and Management of High Blood Pressure in Children Clinical Practice Guideline for Screening and Management of High Blood Pressure in Children and Adolescents. Pediatrics . 2017;140(3):e20171904. doi: 10.1542/peds.2017-1904. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 706.National High Blood Pressure Education Program Working Group on Hypertension Control in Children and Adolescents Update on the 1987 Task Force Report on High Blood Pressure in Children and Adolescents: a working group report from the National High Blood Pressure Education Program. Pediatrics . 1996;98(4 Pt 1):649–658. [PubMed] [Google Scholar]
  • 707.National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in Children and Adolescents The Fourth Report on the Diagnosis, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure in Children and Adolescents. Pediatrics . 2004;114(2):555–576. [PubMed] [Google Scholar]
  • 708.Kulaga Z, Litwin M, Grajda A, Kułaga K, Gurzkowska B, Gó´zd´ zM, et al. Oscillometric blood pressure percentiles for Polish normal-weight school-aged children and adolescents. J Hyper-tens . 2012;30(10):1942–1954. doi: 10.1097/HJH.0b013e328356abad. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 709.Neuhauser HK, Thamm M, Ellert U, Hense HW, Rosario AS. Blood pressure percentiles by age and height from nonover-weight children and adolescents in Germany. Pediatrics . 2011;127(4):e978–e988. doi: 10.1542/peds.2010-1290. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 710.Jardim TV, Rosner B, Bloch KV, Kuschnir MC, Szklo M, Jardim PC. Blood pressure reference values for Brazilian adolescents: data from the Study of Cardiovascular Risk in Adolescents (ERICA Study) J Pediatr . 2020;96(2):168–176. doi: 10.1016/j.jped.2018.09.003. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 711.Dionne JM, Abitbol CL, Flynn JT. Hypertension in infancy: diagnosis, management and outcome. Pediatr Nephrol . 2012;27(1):17–32. doi: 10.1007/s00467-010-1755-z. published correction appears in Pediatr Nephrol. 2012;27(1):159-60. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 712.Report of the second task force on blood pressure control in children–1987. Task force on blood pressure control in children. National Heart, Lung, and Blood Institute, Bethesda, Maryland. Pediatrics . 1987;79(1):1–25. [PubMed] [Google Scholar]
  • 713.Guimarães IC, Almeida AM, Santos AS, Barbosa DB, Guimarães AC. Blood pressure: effect of body mass index and of waist circumference on adolescents. Arq Bras Cardiol . 2008;90(6):426–432. doi: 10.1590/s0066-782x2008000600007. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 714.Sr Daniels. Moss & Adams . Heart disease in infants, children and adolescents . Philadelphia: Williams & Wilkins; 2013. Coronary risk factors in children; pp. 1514–1548. [Google Scholar]
  • 715.Lurbe E, Cifkova R, Cruickshank JK, Dillon MJ, Ferreira I, Invitti C, et al. Management of high blood pressure in children and adolescents: recommendations of the European Society of Hypertension. J Hypertens . 2009;27(9):1719–1742. doi: 10.1097/HJH.0b013e32832f4f6b. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 716.Flynn JT, Daniels SR, Hayman LL, Maahs DM, McCrindle BW, Mitsnefes M, Zachariah JP, Urbina EM. Update: ambulatory blood pressure monitoring in children and adolescents: a scientific statement from the American Heart Association. Hypertension . 2014;63(5):1116–1135. doi: 10.1161/HYP.0000000000000007. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 717.Hansen HS, Hyldebrandt N, Froberg K, Nielsen JR. Blood pressure and physical fitness in a population of children—the Odense Schoolchild Study. J Hum Hypertens . 1990;4(6):615–620. [PubMed] [Google Scholar]
  • 718.McCambridge TM, Benjamin HJ, Brenner JS, Cappetta CT, Demorest RA, Gregory AJ, et al. Athletic participation by children and adolescents who have systemic hypertension. Pediatrics . 2010;125(6):1287–1294. doi: 10.1542/peds.2010-0658. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 719.Rios-Leyvraz M, Bloetzer C, Chatelan A, Bochud M, Burnier M. Sodium intake and blood pressure in children with clinical conditions: A systematic review with meta-analysis. J Clin Hypertens (Greenwich). . 2019;21(1):118–126. doi: 10.1111/jch.13436. Jan. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 720.Bricarello P L, Poltronieri F, Fernandes R, Retondario A, Morais EBST, Vasconcelos FAG. Effects of the Dietary Approach to Stop Hypertension (DASH) diet on blood pressure, overweight and obesity in adolescents: A systematic review. Clin Nutr ESPEN . 2018;28:1–11. doi: 10.1016/j.clnesp.2018.09.003. Dec. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 721.Miller JZ, Wienberger MH, Christian JC. Blood pressure response to potassium supplement in normotensive adults and children. Hypertension . 1987;10(4):437–442. doi: 10.1161/01.hyp.10.4.437. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 722.Chaturvedi S, Lipszyc DH, Licht C, Craig JC, Parekh P. Pharmacological interventions for hypertension in children. Evid Based Child Health . 2014;9(3):498–580. doi: 10.1002/ebch.1974. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 723.Prichard BN, Cruickshank JM, Graham BR. Beta-adrenergic blocking drugs in the treatment of hypertension. Blood Press . 2001;10(5-6):366–386. doi: 10.1080/080370501753400665. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 724.Bullo M, Tschumi S, Bucher BS, Bianchetti MG, Simonetti GD. Pregnancy outcome following exposure to angiotensin converting enzyme inhibitors or angiotensin receptor antagonists: a systematic review. Hypertension . 2012;60(2):444–450. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.112.196352. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 725.Ferguson MA, Flynn JT. Rational use of antihypertensive medications in children. Pediatr Nephrol . 2014;29(6):979–988. doi: 10.1007/s00467-013-2510-z. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 726.Blowey DL. Update on the pharmacologic treatment of hypertension in pediatrics. J Clin Hypertens (Greenwich). . 2012;14(6):383–387. doi: 10.1111/j.1751-7176.2012.00659.x. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 727.Nerenberg KA, Zarnke KB, Leung AA, Dasgupta K, Butalia S, et al. Hypertension Canada Hypertension Canada’s 2018 Guidelines for Diagnosis, Risk Assessment, Prevention, and Treatment of Hypertension in Adults and Children. Can J Cardiol . 2018 May;34(5):506–525. doi: 10.1016/j.cjca.2018.02.022. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 728.2016 European Society of Hypertension guidelines for the management of high blood pressure in children and adolescents. J Hypertens . 2016;34(10):1887–1920. doi: 10.1097/HJH.0000000000001039. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 729.Wu HP, Yang WC, Wu YK, Zhao L, Chen CY, Fu YC. Clinical significance of blood pressure ratios in hypertensive crisis in children. Arch Dis Child . 2012;97(3):200–205. doi: 10.1136/archdischild-2011-300373. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 730.Chandar J, Zilleruelo G. Hypertensive crisis in children. Pediatr Nephrol . 2012;27(5):741–751. doi: 10.1007/s00467-011-1964-0. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 731.Yang WC, Zhao LL, Chen CY, Wu YK, Chang YJ, Wu HP. First-attack pediatric hypertensive crisis presenting to the pediatric emergency department. 200 BMC Pediatrics . 2012;12 doi: 10.1186/1471-2431-12-200. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 732.The fifth report of the Joint National Committee on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure (JNC V) Arch Intern Med . 1993;153(2):154–183. [PubMed] [Google Scholar]
  • 733.Bortolotto LA, Silveira JV, Vilela-Martin JF. Crises Hipertensivas: Definindo a gravidade e o tratamento. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo . 2018;28(3):254–259. [Google Scholar]
  • 734.Martin JFV, Ribeiro JM. Moreira MC, Montenegro ST, Paola AAV, et al. Livro Texto da Sociedade Brazileira de Cardiologia . 2 ed. Barueri (SP): Manole; 2015. Urgências e Emergências Hipertensivas; pp. P.922–P.930. [Google Scholar]
  • 735.Martin JF, Higashiama E, Garcia E, Luizon MR, Cipullo JP. Hypertensive crisis profile. Prevalence and clinical presentation. Arq Bras Cardiol . 2004;83(2):131–136. doi: 10.1590/s0066-782x2004001400004. 125-30. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 736.Pinna G, Pascale C, Fornengo P, Arras S, Piras C, Panzarasa P, et al. Hospital admissions for hypertensive crisis in the emergency departments: a large multicenter Italian study. PLoS One . 2014;9(4):e93542. doi: 10.1371/journal.pone.0093542. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 737.Vilela-Martin JF, Vaz-de-Melo RO, Kuniyoshi CH, Abdo AN, Yugar-Toledo JC. Hypertensive crisis: clinical-epidemiological profile. Hypertens Res . 2011;34(3):367–371. doi: 10.1038/hr.2010.245. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 738.Pierin AMG, Flórido CF, Santos JD. Hypertensive crisis: clinical characteristics of patients with hypertensive urgency, emergency and pseudocrisis at a public emergency department. Einstein (Sao Paulo) . 2019;17(4):eAO4685. doi: 10.31744/einstein_journal/2019AO4685. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 739.Keith NM, Wagener HP, Barker NW. Some different types of essential hypertension: their course and prognosis. Am J Med Sci . 1974;268(6):336–345. doi: 10.1097/00000441-197412000-00004. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 740.Velasco I, Cuadrado L, Fontana A, Reijaili WA, Balbi AL, Barretti P, Franco RJS. Cuadro clínico y evolución de 77 pacientes con hipertensión arterial maligna: comparación de dos épocas y de diferentes niveles de creatinina. Nefrologia . 1993;13(Suppl 5):8–13. [Google Scholar]
  • 741.Almeida FA, Stella RC, Voos A, Ajzen H, Ribeiro AB. Malignant hypertension: a syndrome associated with low plasma kininogen and kinin potentiating factor. Hypertension . 1981;3(6 Pt 2):II–46-9. doi: 10.1161/01.hyp.3.6_pt_2.ii-46. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 742.Ault MJ, Ellrodt AG. Pathophysiologic events leading to the end-organ effects of acute hypertension. Am J Emerg Med . 1985;3(6):10–15. doi: 10.1016/0735-6757(85)90227-x. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 743.Strandgaard S, Paulson O. Cerebral autoregulation. Stroke . 1984;15(3):413–416. doi: 10.1161/01.str.15.3.413. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 744.Martin JFV, Kuniyoshi CH, Andrade LG, Yugar-Toledo JC, Loureiro AC, Cipullo JP. Fatores Preditores de Mortalidade em Pacientes com Crise Hipertensiva. 201 Arq Bras Cardiol . 2007;89(Supl 1) [Google Scholar]
  • 745.Grossman E, Messerli FH, Grodzicki T, Kowey P. Should a moratorium be placed on sublingual nifedipine capsules given for hypertensive emergencies and pseudoemergencies? JAMA . 1996;276(16):1328–1331. [PubMed] [Google Scholar]
  • 746. CREMESP elabora parecer sobre uso de nifedipina . 2004. [citado 2020 Jul 15]. https://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Jornal&id=323 .
  • 747.Vilela-Martin JF, Yugar-Toledo JF, Rodrigues MC, Barroso WS, Bronze L, Torres F, et al. Luso-Brazilian Position Statement on Hypertensive Emergencies – 2020. Arq Bras Cardiol . 2020;114(4):736–751. doi: 10.36660/abc.20190731. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 748.van den Born BH, Lip GYH, Brguljan-Hitij J, Cremer A, Segura J, Morales E, et al. ESC Council on hypertension position document on the management of hypertensive emergencies. Eur Heart J Cardiovasc Pharmacother . 2019;5(1):37–46. doi: 10.1093/ehjcvp/pvy032. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 749.O’Donnell MJ, Chin SL, Rangarajan S, Xavier D, Liu L, Zhang H, et al. Global and regional effects of potentially modifiable risk factors associated with acute stroke in 32 countries (INTERSTROKE): a case-control study. Lancet . 2016;388(10046):761–775. doi: 10.1016/S0140-6736(16)30506-2. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 750.Truelsen T, Heuschmann PU, Bonita R, Arjundas G, Dalal P, Damasceno A, et al. Standard method for developing stroke registers in low-income and middle-income countries: experiences from a feasibility study of a stepwise approach to stroke surveillance (STEPS Stroke) Lancet Neurol . 2007;6(2):134–139. doi: 10.1016/S1474-4422(06)70686-X. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 751.Jovin TG, Chamorro A, Cobo E, Miquel MA, Molina CA, Rovira A, et al. Thrombectomy within 8 hours after symptom onset in ischemic stroke. N Engl J Med . 2015;372(24):2296–2306. doi: 10.1056/NEJMoa1503780. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 752.Hemphill J.C., 3rd Guidelines for the Management of Spontaneous Intracerebral Hemorrhage: A Guideline for Healthcare Professionals From the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke . 2015;46(7):2032–2060. doi: 10.1161/STR.0000000000000069. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 753.Ibanez B, James S, Agewall S, Antunes MJ, Bucciarelli-Ducci C, Bueno H, et al. 2017 ESC Guidelines for the management of acute myocardial infarction in patients presenting with ST-segment elevation. The Task Force for the management of acute myocardial infarction in patients presenting with ST-segment elevation of the European Society of Cardiology (ESC) Eur Heart J. . 2018;39(2):119–177. doi: 10.1093/eurheartj/ehx393. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 754.Amsterdam EA, Wenger NK, Brindis RG, Casey DE, Jr, Ganiats TG, Holmes DR, Jr, et al. American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. Society for Cardiovascular Angiography and Interventions. Society of Thoracic Surgeons. American Association for Clinical Chemistry 2014 AHA/ACC Guideline for the management of patients with non–ST-elevation acute coronary syndromes. A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol . 2014;64(24):e139–e228. doi: 10.1016/j.jacc.2014.09.017. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 755.Gandhi SK, Powers JC, Nomeir AM, Fowle K, Kitzman DW, Rankin KM, et al. The pathogenesis of acute pulmonary edema associated with hypertension. N Engl J Med . 2001;344(1):17–22. doi: 10.1056/NEJM200101043440103. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 756.Kumar R, Gandhi SK, Little WC. Acute heart failure with preserved systolic function. Crit Care Med . 2008;36(Suppl):S52–S56. doi: 10.1097/01.CCM.0000296271.08591.D2. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 757.Comitê Coordenador da Diretriz de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Brazileira de Cardiologia. Rohde LEP, Montera MW, Bocchi EA, Albuquerque DC, Clausell NO, Rassi S, et al. Diretriz Brazileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. Arq Bras Cardiol . 2018;111(3):436–539. doi: 10.5935/abc.20180190. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 758.Bossone E, La Bounty TM, Eagle KA. Acute aortic syndromes: Diagnosis and management, an update. Eur Heart J . 2018;39(9):739–749. doi: 10.1093/eurheartj/ehx319. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 759.Frishman WH, Del Vecchio A, Sanal S, Ismail A. Cardiovascular manifestations of substance abuse part 2: alcohol, amphetamines, heroin, cannabis, and caffeine. Heart Dis . 2003;5(4):253–271. doi: 10.1097/01.hdx.0000080713.09303.a6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 760.Frishman WH, Del Vecchio A, Sanal S, Ismail A. Cardiovascular manifestations of substance abuse part 1: cocaine. Heart Dis . 2003;5(3):187–201. doi: 10.1097/01.hdx.0000074519.43281.fa. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 761.Lester SJ, Baggott M, Welm S, et al. Cardiovascular effects of 3, 4-methylenedioxy-methamphetamine. A double-blind, placebo-controlled trial. Ann Intern Med . 2000;133(12):969–973. doi: 10.7326/0003-4819-133-12-200012190-00012. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 762.Gahlinger PM. Club drugs: MDMA, gamma-hydroxybutyrate (GHB), Rohypnol, and ketamine. Am Fam Physician . 2004;69(11):2619–2627. [PubMed] [Google Scholar]
  • 763.Lange RA, Ciggarroa RG, Flores ED, McBride W, Kim AS, Wells PJ, et al. Potentiation of cocaine induced coronary vasoconstriction by beta adrenergic blockade. Ann Intern Med . 1990;112(12):897–903. doi: 10.7326/0003-4819-112-12-897. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 764.Tuncel M, Wang Z, Arbique D, Fadel PJ, Victor RG, Vongpatanasin W. Mechanism of the blood pressure-raising effect of cocaine in humans. Circulation . 2002;105(9):1054–1059. doi: 10.1161/hc0902.104714. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 765.Sofuoglu M, Brown S, Babb DA, Pentel PR, Hatsukami DK. Carvedilol affects the physiological and behavioral response to smoked cocaine in humans. Drug Alcohol Depend . 2000;60(1):69–76. doi: 10.1016/s0376-8716(99)00143-x. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 766.Sordo L, Indave BI, Barrio G, Degenhardt L, de la Fuente L, Bravo MJ. Cocaine use and risk of stroke: a systematic review. Drug Alcohol Depend . 2014;142:1–13. doi: 10.1016/j.drugalcdep.2014.06.041. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 767.Wilson LD, Jeromin J, Garvey L, Dorbandt A. Cocaine, ethanol, and cocaethylene cardiotoxicity in an animal model of cocaine and ethanol abuse. Acad Emerg Med . 2001;8(3):211–222. doi: 10.1111/j.1553-2712.2001.tb01296.x. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 768.Mehta MC, Jain AC, Billie M. Effects of cocaine and alcohol alone and in combination on cardiovascular performance in dogs. Am J Med Sci . 2002;324(2):76–83. doi: 10.1097/00000441-200208000-00006. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 769.Wilkerson RD. Cardiovascular effects of cocaine: enhancement by yohimbine and atropine. J Pharmacol Exp Ther . 1989;248(1):57–61. [PubMed] [Google Scholar]
  • 770.Perez-Reyes M, Jeffcoat AR. Ethanol/cocaine interactions: cocaine and cocaethylene plasma concentrations and their relationship to subjective and cardiovascular effects. Life Sci . 1992;51(8):553–563. doi: 10.1016/0024-3205(92)90224-d. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 771.Melchert RB, Eselin JA, O’Dell JF, Welder AA. Effects of nitrendipine on cocaine induced toxicity evaluated in primary myocardial cell cultures. J Pharmaceut Sci . 1991;80(7):700–704. doi: 10.1002/jps.2600800718. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 772.Bortolotto LA. Hipertensão acelerada-maligna. Rev Bras Hipertens . 2014;21(4):203–208. [Google Scholar]
  • 773.Ahmed ME, Walker JM, Beevers DG, Beevers M. Lack of difference between malignant and accelerated hypertension. Br Med J (Clin Res Ed). . 1986;292(6515):235–237. doi: 10.1136/bmj.292.6515.235. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 774.Kincaid-Smith P, McMichael J, Murphy EA. The clinical course and pathology of hypertension with papilloedema (malignant hypertension) Q J Med . 1958;27(105):117–153. [PubMed] [Google Scholar]
  • 775.Clough C, Beevers D, Beevers M. The survival of malignant hypertension in blacks, whites and Asians in Britain. J Hum Hypertens . 1990;4(2):94–96. [PubMed] [Google Scholar]
  • 776.Lip G, Beevers M, Beevers D. Complications and survival of 315 patients with malignant-phase hypertension. J Hypertens . 1995;13(8):915–924. doi: 10.1097/00004872-199508000-00013. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 777.Cremer A, Amraoui F, Lip GY, Morales E, Rubin S, Segura J, et al. From malignant hypertension to hypertension-MOD: a modern definition for an old but still dangerous emergency. J Hum Hypertens . 2016;30(8):463–466. doi: 10.1038/jhh.2015.112. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 778.Ma H, Jiang M, Fu Z, Wang Z, Shen P, Shi H, et al. Clinical value of multiorgan damage in hypertensive crises: A prospective follow-up study. J Clin Hypertens. (Greenwich). . 2020;22(5):914–923. doi: 10.1111/jch.13848. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 779.Lip GY, Beevers M, Dodson PM, Beevers DG. Severe hypertension with lone bilateral papilloedema: a variant of malignant hypertension. Blood Press . 1995;4(6):339–342. doi: 10.3109/08037059509077618. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 780.Amraoui F, van Montfrans GA, van den Born BJ. Value of retinal examination in hypertensive encephalopathy. J Hum Hypertens . 2010;24(4):274–279. doi: 10.1038/jhh.2009.82. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 781.World Health Organization. (WHO) World Report on Ageing and Health 2015 . [Cited in 2020 Feb 10]. http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/186463/1/9789240694811_eng.pdf?ua=1 .
  • 782.United Nations Department of Economic and Social Affairs Population Division. World Population Ageing . 2015. [Cited in 2019 Feb 10]. http://www.un.org/en/development/desa/population/publications/pdf/ageing/WPA2015_Report.pdf
  • 783.Barnett K, Mercer SW, Norbury M, Watt G, Wyke S, Guthrie B. Epidemiology of multimorbidity andimplications for health care, research, and medical education: a cross-sectional study. The Lancet . 2012;380(9836):37–43. doi: 10.1016/S0140-6736(12)60240-2. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 784.Yarnall AJ, Sayer AA, Clegg A, Rockwood K, Parker S, Hindle JV. New horizons in multimorbidity in older adults. Age Ageing . 2017;46(6):882–888. doi: 10.1093/ageing/afx150. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 785.Nunes BP, Batista SRR, Andrade FB, Souza PRB, Junior, Lima-Costa MF, Facchini LA. Multimorbidity: The Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil) Rev Saude Publica . 2018;52(Suppl 2):10s. doi: 10.11606/S1518-8787.2018052000637. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 786.Peters R, Beckett N, McCormack T, Fagard R, Fletcher A, Bulpitt C. Treating hypertension in the very elderly—benefits, risks, and future directions, a focus on the hypertension in the very elderly trial. Eur Heart J . 2014;35(26):1712–1718. doi: 10.1093/eurheartj/eht464. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 787.Iadecola C. Hypertension and Dementia. Hypertension . 2014;64(1):3–5. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.114.03040. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 788.Costa AM, Filho, Mambrini JVM, Malta DC, Lima-Costa MF, Peixoto SV. Contribution of chronic diseases to the prevalence of disability in basic and instrumental activities of daily living in elderly Brazilians: the National Health Survey (2013) Cad. Saúde Pública (Online) . 2018;34(1):e00204016. doi: 10.1590/0102-311X00204016. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 789.Kelly R, Hayward C, Avolio A, O’Rourke M. Noninvasive determination of age-related changes in the human arterial pulse. Circulation . 1989;80(6):1652–1659. doi: 10.1161/01.cir.80.6.1652. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 790.Franklin SS, Wt Gustin, Wong ND, Larson MG, Weber MA, Kannel WB, et al. Hemodynamic patterns of age-related changes in blood pressure. The Framingham Heart Study Circulation . 1997;96(1):308–315. doi: 10.1161/01.cir.96.1.308. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 791.Pearson JD, Morrell CH, Brant LJ, Landis PK, Fleg JL. Age-associated changes in blood pressure in a longitudinal study of healthy men and women. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. . 1997;52(3):M177–M183. doi: 10.1093/gerona/52a.3.m177. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 792.Lakatta EG. Central arterial aging and the epidemic of systolic hypertension and atherosclerosis. J Am Soc Hypertens . 2007;1(5):302–340. doi: 10.1016/j.jash.2007.05.001. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 793.O’Rourke MF, Nichols WW. Aortic diameter, aortic stiffness, and wave reflection increase with age and isolated systolic hypertension. Hypertension . 2005;45(4):652–658. doi: 10.1161/01.HYP.0000153793.84859.b8. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 794.Niiranen TJ, Lyass A, Larson MG, Hamburg NM, Benjamin EJ, Mitchell GF, et al. Prevalence, Correlates, and Prognosis of Healthy Vascular Aging in a Western Community-Dwelling Cohort: The Framingham Heart Study. Hypertension . 2017;70(2):267–274. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.117.09026. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 795.Freitas EGB, Souza DF, Ferreira SR., Filho Probability of At Least One High Arterial Blood Pressure Measurement in Elderly Patients with Healthy Vascular Aging in Two Years of Follow-Up. Kidney Blood Press Res . 2018;43(6):1765–1771. doi: 10.1159/000495634. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 796.Mendonca GS, Souza DF, Alvarenga Cunha Brunelli AC, Oliveira Peres CI, Freitas EGB, Lacerda GN, et al. Arterial stiffness in elderly patients with normotension and hypertension in Brazil. J Clin Hypertens (Greenwich). . 2018;20(9):1285–1293. doi: 10.1111/jch.13358. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 797.Benetos A, Gautier S, Labat C, et al. Mortality and Cardiovascular Events Are Best Predicted by Low Central/Peripheral Pulse Pressure Amplification But Not by High Blood Pressure Levels in Elderly Nursing Home Subjects: the PARTAGE (Predictive Values of Blood Pressure and Arterial Stiffness in Institutionalized Very Aged Population) study. J Am Coll Cardiol . 2012;60(16):1503–1511. doi: 10.1016/j.jacc.2012.04.055. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 798.Rimoldi SF, Scherrer U, Messerli FH. Secondary arterial hypertension: when, who, and how to screen? Eur Heart J . 2014;35(19):1245–1254. doi: 10.1093/eurheartj/eht534. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 799.Quinn TJ, McArthur K, Ellis G, Stott DJ. Functional assessment in older people. BMJ . 2011;343:d4681. doi: 10.1136/bmj.d4681. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 800.Benetos A, Petrovic M, Strandberg T. Hypertension Management in Older and Frail Older Patients. Circ Res . 2019;124(7):1045–1060. doi: 10.1161/CIRCRESAHA.118.313236. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 801.Campana EMG, Freitas EV, Brandão AA, et al. Freitas EV, Py L.eds. Tratado de Geriatria e Gerontologia . Rio de Janeiro: GEN; 2016. Hipertensão Arterial no Idoso; pp. 507–521. [Google Scholar]
  • 802.Beckett NS, Peters R, Fletcher AE, et al. Treatment of hypertension in patients 80 years of age or older. N Engl J Med . 2008;358(18):1887–1898. doi: 10.1056/NEJMoa0801369. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 803.Corrao G, Rea F, Monzio Compagnoni M, Merlino L, Mancia G. Protective effects of antihypertensive treatment in patients aged 85 years or older. J Hypertens . 2017;35(7):1432–1431. doi: 10.1097/HJH.0000000000001323. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 804.Hansson L, Lithell H, Skoog I, Baro F, Banki CM, Carbonin PU, et al. Study on COgnition and Prognosis in the Elderly (SCOPE) Blood Press . 1999;8(3):177–183. doi: 10.1080/080370599439715. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 805.Peters R, Beckett N, Forette F, et al. Incident dementia and blood pressure lowering in the Hypertension in the Very Elderly Trial cognitive function assessment (HYVET-COG): a double-blind, placebo controlled trial. Lancet Neurol . 2008;7(8):683–689. doi: 10.1016/S1474-4422(08)70143-1. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 806.White WB, Wakefield DB, Moscufo N, et al. Effects of Intensive Versus Standard Ambulatory Blood Pressure Control on Cerebrovascular Outcomes in Older People (INFINITY) Circulation . 2019;140(20):1626–1635. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.119.041603. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 807.Feitosa GS, Filho, Peixoto JM, Pinheiro JES, et al. Updated Geriatric Cardiology Guidelines of the Brazilian Society of Cardiology - 2019. Arq Bras Cardiol . 2019;112(5):649–705. doi: 10.5935/abc.20190086. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 808.Butrous H, Hummel SL. Heart Failure in Older Adults. Can J Cardiol . 2016;32(9):1140–1147. doi: 10.1016/j.cjca.2016.05.005. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 809.Stortecky S, Schoenenberger AW, Moser A, Kalesan B, Juni P, Carrel T, et al. Evaluation of multidimensional geriatric assessment as a predictor of mortality and cardiovascular events after transcatheter aortic valve implantation. JACC Cardiovasc Interv . 2012;5(5):489–496. doi: 10.1016/j.jcin.2012.02.012. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 810.Whelton PK, Appel LJ, Espeland MA, et al. Sodium reduction and weight loss in the treatment of hypertension in older persons: a randomized controlled trial of nonpharmacologic interventions in the elderly (TONE) TONE Collaborative Research Group JAMA . 1998;279(11):839–846. doi: 10.1001/jama.279.11.839. published correction appears in JAMA 1998 Jun 24;279(24):1954. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 811.Mente A, O’Donnell MJ, Rangarajan S, et al. Association of urinary sodium and potassium excretion with blood pressure. N Engl J Med . 2014;371(7):601–611. doi: 10.1056/NEJMoa1311989. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 812.Bangalore S, Messerli FH, Kostis JB, Pepine CJ. Cardiovascular protection using beta-blockers: a critical review of the evidence. J Am Coll Cardiol . 2007;50(7):563–572. doi: 10.1016/j.jacc.2007.04.060. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 813.Wiysonge CS, Bradley HA, Volmink J, Mayosi BM, Opie LH. Beta-blockers for hypertension. Cochrane Database Syst Rev . 2017;1(1):CD002003. doi: 10.1002/14651858.CD002003.pub5. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 814.Finks SW, Rumbak MJ, Self TH. Treating Hypertension in Chronic Obstructive Pulmonary Disease. N Engl J Med . 2020;382(4):353–363. doi: 10.1056/NEJMra1805377. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 815.Isik AT, Soysal P, Stubbs B. Cardiovascular Outcomes of Cholinesterase Inhibitors in Individuals with Dementia: A Meta-Analysis and Systematic Review. J Am Geriatr Soc . 2018;66(9):1805–1811. doi: 10.1111/jgs.15415. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 816.Kahlaee HR, Latt MD, Schneider CR. Association Between Chronic or Acute Use of Antihypertensive Class of Medications and Falls in Older Adults. A Systematic Review and Meta-Analysis. Am J Hypertens . 2018;31(4):467–479. doi: 10.1093/ajh/hpx189. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 817.Ang HT, Lim KK, Kwan YH, Há YC, Lim JY. A Systematic Review and Meta-Analyses of the Association Between Anti-Hypertensive Classes and the Risk of Falls Among Older Adults. Drugs Aging . 2018;35(7):625–635. doi: 10.1007/s40266-018-0561-3. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 818.Mühlbauer V, Dallmeier D, Brefka S, Bollig C, Voigt-Radloff S, Denkinger M. The pharmacological treatment of arterial hypertension in frail, older patients— a systematic review. Dtsch Arztebl Int . 2019;116:23–30. doi: 10.3238/arztebl.2019.0023. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 819.Vetrano DL, Palmer KM, Galluzzo L, et al. Hypertension and frailty: a systematic review and meta-analysis. BMJ Open . 2018;8(12):e024406. doi: 10.1136/bmjopen-2018-024406. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 820.Delgado J, Masoli JAH, Bowman K, et al. Outcomes of Treated Hypertension at Age 80 and Older: Cohort Analysis of 79,376 Individuals. J Am Geriatr Soc . 2017;65(5):995–1003. doi: 10.1111/jgs.14712. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 821.Masoli JAH, Delgado J, Pilling L, Strain D, Melzer D. Blood pressure in frail older adults: associations with cardiovascular outcomes and all-cause mortality. Age Ageing . 2020 doi: 10.1093/ageing/afaa028. published online ahead of print, 2020 Mar 5. afaa028. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 822.Benetos A, Labat C, Rossignol P, et al. Treatment with multiple blood pressure medications, achieved blood pressure, and mortality in older nursing home residents: the PARTAGE Study. JAMA Intern Med . 2015;175(6):989. doi: 10.1001/jamainternmed.2014.8012. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 823.Wu C, Smit E, Peralta CA, Sarathy H, Odden MC. Functional Status Modifies the Association of Blood Pressure with Death in Elders: Health and Retirement Study. J Am Geriatr Soc . 2017;65(7):1482–1489. doi: 10.1111/jgs.14816. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 824.Soobiah C, Daly C, Blondal E, Ewusie J, Ho J, Elliott MJ, Yue R, Holroyd-Leduc J, Liu B, Marr S, Basran J, Tricco AC, Hamid J, Straus SE. An evaluation of the comparative effectiveness of geriatrician-led comprehensive geriatric assessment for improving patient and healthcare system outcomes for older adults: a protocol for a systematic review and network meta-analysis. 65 Syst Rev . 2017;6(1) doi: 10.1186/s13643-017-0460-4. Mar 24. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 825.Rockwood K, Song X, MacKnight C, et al. A global clinical measure of fitness and frailty in elderly people. CMAJ . 2005;173(5):489–495. doi: 10.1503/cmaj.050051. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 826.Rockwood K, Song X, Mitnitski A. Changes in relative fitness and frailty across the adult lifespan: evidence from the Canadian National Population Health Survey. CMAJ . 2011;183:E487–E494. doi: 10.1503/cmaj.101271. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 827.Afilalo J, Eisenberg MJ, Morin JF, et al. Gait speed as an incremental predictor of mortality and major morbidity in elderly patients undergoing cardiac surgery. J Am Coll Cardiol . 2010;56(20):1668–1676. doi: 10.1016/j.jacc.2010.06.039. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 828.Studenski S, Perera S, Patel K, Rosano C, et al. Gait speed and survival in older adults. JAMA . 2011;305(1):50. doi: 10.1001/jama.2010.1923. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 829.Odden MC, Moran AE, Coxson PG, Peralta CA, Goldman L, Bibbins-Domingo K. Gait Speed as a Guide for Blood Pressure Targets in Older Adults: A Modeling Study. J Am Geriatr Soc . 2016;64(5):1015–1023. doi: 10.1111/jgs.14084. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 830.Rodrigues M.K., Nunes Rodrigues I., Vasconcelos Gomes da Silva D.J., et al. Clinical Frailty Scale: Translation and Cultural Adaptation Into the Brazilian Portuguese Language. et al. J Frailty Aging . 2020 doi: 10.14283/jfa.2020.7. Published online Feb 14, 2020 7. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 831.Darvall JN, Greentree K, Braat MS, Story DA, Lim WK. Contributors to frailty in critical illness: Multi-dimensional analysis of the Clinical Frailty Scale. J Crit Care . 2019;52:193–199. doi: 10.1016/j.jcrc.2019.04.032. Aug. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 832.Chong E, Ho E, Baldevarona-Llego J, Chan M, Wu L, Tay L. Frailty and Risk of Adverse Outcomes in Hospitalized Older Adults: A Comparison of Different Frailty Measures. J Am Med Dir Assoc . 2017;18(7):638.e7–63.e11. doi: 10.1016/j.jamda.2017.04.011. Jul. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 833.Atkins JL, Delgado J, Pilling LC, et al. Impact of Low Cardiovascular Risk Profiles on Geriatric Outcomes: Evidence From 421,000 Participants in Two Cohorts. J Gerontol A Biol Sci Med Sci . 2019;74(3):350–357. doi: 10.1093/gerona/gly083. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 834.Nadruz W, Jr, Kitzman D, Windham BG, et al. Cardiovascular Dysfunction and Frailty Among Older Adults in the Community: The ARIC Study. J Gerontol A Biol Sci Med Sci . 2017;72(7):958–964. doi: 10.1093/gerona/glw199. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 835.Aprahamian I, Sassaki E, dos Santos MF, et al. Hypertension and frailty in older adults. J Clin Hypertens . 2018;20:186–192. doi: 10.1111/jch.13135. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 836.Ravindrarajah R, Hazra NC, Hamada S, et al. Systolic Blood Pressure Trajectory, Frailty, and All-Cause Mortality >80 Years of Age: Cohort Study Using Electronic Health Records. Circulation . 2017;135(24):2357–2368. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.116.026687. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 837.Gulla C, Flo E, Kjome RL, Husebo BS. Deprescribing antihypertensive treatment in nursing home patients and the effect on blood pressure. J Geriatr Cardiol . 2018;15(4):275–283. doi: 10.11909/j.issn.1671-5411.2018.04.011. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 838.Warwick J, Falaschetti E, Rockwood K, et al. No evidence that frailty modifies the positive impact of antihypertensive treatment in very elderly people: an investigation of the impact of frailty upon treatment effect in the HYpertension in the Very Elderly Trial (HYVET) study, a double-blind, placebo-controlled study of antihypertensives in people with hypertension aged 80 and over. 78 BMC Med . 2015;13 doi: 10.1186/s12916-015-0328-1. Published 2015 Apr 9. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 839.Russo G., Liguori I., Aran L., et al. Impact of SPRINT results on hypertension guidelines: implications for “frail” elderly patients. J Hum Hypertens . 2018;32:633–638. doi: 10.1038/s41371-018-0086-6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 840.Scheltens P, Blennow K, Breteler MM, et al. Alzheimer’s disease. Lancet . 2016;388(10043):505–517. doi: 10.1016/S0140-6736(15)01124-1. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 841.Abell JG, Kivimäki M, Dugravot A, et al. Association between systolic blood pressure and dementia in the Whitehall II cohort study: role of age, duration, and threshold used to define hypertension. Eur Heart J . 2018;39(33):3119–3125. doi: 10.1093/eurheartj/ehy288. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 842.Gottesman RF, Schneider AL, Albert M, Alonso A, Bandeen-Roche K, Coker L, Coresh J, Knopman D, Power MC, Rawlings A, Sharrett AR, Wruck LM, Mosley TH. Midlife hypertension and 20-year cognitive change: the atherosclerosis risk in communities neurocognitive study. JAMA Neurol . 2014;71:1218–1227. doi: 10.1001/jamaneurol.2014.1646. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 843.Iadecola C, Gottesman RF. Neurovascular and Cognitive Dysfunction in Hypertension. Circ Res . 2019;124(7):1025–1044. doi: 10.1161/CIRCRESAHA.118.313260. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 844.Ngandu T, Lehtisalo J, Solomon A, et al. A 2 year multidomain intervention of diet, exercise, cognitive training, and vascular risk monitoring versus control to prevent cognitive decline in at-risk elderly people (FINGER): a randomised controlled trial. Lancet . 2015;385(9984):2255–2263. doi: 10.1016/S0140-6736(15)60461-5. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 845.Flores LM, Mengue SS. Drug use by the elderly in Southern Brazil. Rev Saúde Pública . 2005;39(6):924–929. doi: 10.1590/s0034-89102005000600009. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 846.Fulton MM, Allen ER. Polypharmacy in the elderly: a literature review. J Am Acad Nurse Pract . 2005;17(4):123–132. doi: 10.1111/j.1041-2972.2005.0020.x. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 847.Gellad WF, Grenard JL, Marcum ZA. A systematic review of barriers to medication adherence in the elderly: looking beyond cost and regimen complexity. Am J Geriatr Pharmacother . 2011;9(1):11–23. doi: 10.1016/j.amjopharm.2011.02.004. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 848.Scott IA, Hilmer SN, Reeve E, et al. Reducing inappropriate polypharmacy: the process of deprescribing. JAMA Intern Med . 2015;175(5):827–834. doi: 10.1001/jamainternmed.2015.0324. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 849.Moonen JE, Foster-Dingley JC, Ruijter W, et al. Effect of Discontinuation of Antihypertensive Treatment in Elderly People on Cognitive Functioning--the DANTE Study Leiden: A Randomized Clinical Trial. JAMA Intern Med . 2015;175(10):1622–1630. doi: 10.1001/jamainternmed.2015.4103. published correction appears in JAMA Intern Med. 2016 Feb;176(2):284. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 850.Luymes CH, Poortvliet RKE, van Geloven N, et al. Deprescribing preventive cardiovascular medication in patients with predicted low cardiovascular disease risk in general practice - the ECSTATIC study: a cluster randomised non-inferiority trial. 5 BMC Med . 2018;16(1) doi: 10.1186/s12916-017-0988-0. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 851.Gibbons CH, Schmidt P, Biaggioni I, et al. The recommendations of a consensus panel for the screening, diagnosis, and treatment of neurogenic orthostatic hypotension and associated supine hypertension. J Neurol . 2017;264(8):1567–1582. doi: 10.1007/s00415-016-8375-x. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 852.Rutan GH, Hermanson B, Bild DE, Kittner SJ, LaBaw F, Tell GS. Orthostatic hypotension in older adults. The Cardiovascular Health Study. Hypertension . 1992;19:508. doi: 10.1161/01.hyp.19.6.508. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 853.Jansen RW, Lipsitz LA. Postprandial hypotension: epidemiology, pathophysiology, and clinical management. Ann Intern Med . 1995;122:286. doi: 10.7326/0003-4819-122-4-199502150-00009. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 854.Gangavati A, Hajjar I, Quach L, et al. Hypertension, orthostatic hypotension, and the risk of falls in a community-dwelling elderly population: the maintenance of balance, independent living, intellect, and zest in the elderly of Boston study. J Am Geriatr Soc. . 2011;59(3):383–389. doi: 10.1111/j.1532-5415.2011.03317.x. published correction appears in J Am Geriatr Soc. 2011 May;59(5):960. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 855.Margolis KL, Palermo L, Vittinghoff E, et al. Intensive blood pressure control, falls, and fractures in patients with type 2 diabetes: the ACCORD trial. J Gen Intern Med . 2014;29(12):1599–1606. doi: 10.1007/s11606-014-2961-3. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 856.Juraschek SP, Taylor AA, Wright JT, Jr, et al. Orthostatic Hypotension, Cardiovascular Outcomes, and Adverse Events: Results From SPRINT. Hypertension . 2020;75(3):660–667. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.119.14309. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 857.Hirsch AT, Haskal ZJ, Hertzer NR, Bakal CW, Creager MA, Halperin JL, et al. ACC/AHA 2005 guidelines for the management of patients with peripheral arterial disease (lower extremity, renal, mesenteric, and abdominal aortic): executive summary a collaborative report from the American Association for Vascular Surgery/Society for Vascular Surgery, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, Society for Vascular Medicine and Biology, Society of Interventional Radiology, and the ACC/AHA Task Force on Practice Guidelines (Writing Committee to Develop Guidelines for the Management of Patients With Peripheral Arterial Disease) endorsed by the American Association of Cardiovascular and Pulmonary Rehabilitation; National Heart, Lung, and Blood Institute; Society for Vascular Nursing; TransAtlantic Inter-Society Consensus; and Vascular Disease Foundation. J Am Coll Cardiol . 2006;47(6):1239–1312. doi: 10.1016/j.jacc.2005.10.009. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 858.Charles L, Triscott J, Dobbs B. Secondary Hypertension: Discovering the Underlying Cause. Am Fam Physician . 2017;96(7):453–461. [PubMed] [Google Scholar]
  • 859.Hirsch JS, Hong S. The Demystification of Secondary Hypertension: Diagnostic Strategies and Treatment Algorithms. 90 Current Treatment Options in Cardiovascular Medicine . 2019;21(12) doi: 10.1007/s11936-019-0790-8. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 860.Siddiqui MA, Mittal PK, Little BP, Miller FH, Akduman EI, Ali K, et al. Secondary Hypertension and Complications: Diagnosis and Role of Imaging. Radiographics : a review publication of the Radiological Society of North America, Inc. . 2019;39(4):1036–1055. doi: 10.1148/rg.2019180184. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 861.Cingolani OH. Cardiovascular Risks and Organ Damage in Secondary Hypertension. Endocrinol Metab Clin North Am . 2019;48(4):657–666. doi: 10.1016/j.ecl.2019.08.015. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 862.Summary of Recommendation Statements. Kidney Int . 2013;3(1) Suppl (2011):5–14. doi: 10.1038/kisup.2012.77. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 863.Pugh D, Gallacher PJ, Dhaun N. Management of Hypertension in Chronic Kidney Disease. Drugs . 2019;79(4):365–379. doi: 10.1007/s40265-019-1064-1. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 864.Sinha AD, Agarwal R. Clinical Pharmacology of Antihypertensive Therapy for the Treatment of Hypertension in CKD. Clinical Journal of the American Society of Nephrology . 2019;14(5):757–764. doi: 10.2215/CJN.04330418. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 865.Chapter 2: Definition, identification, and prediction of CKD progression. Kidney Int . 2013;3(1) Suppl (2011).:63–72. doi: 10.1038/kisup.2012.65. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 866.Herrmann SM, Textor SC. Current Concepts in the Treatment of Renovascular Hypertension. Am J Hypertens . 2018;31(2):139–149. doi: 10.1093/ajh/hpx154. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 867.Aboyans V, Ricco JB, Bartelink MEL, Bjorck M, Brodmann M, Cohnert T, et al. 2017 ESC Guidelines on the Diagnosis and Treatment of Peripheral Arterial Diseases, in collaboration with the European Society for Vascular Surgery (ESVS): Document covering atherosclerotic disease of extracranial carotid and vertebral, mesenteric, renal, upper and lower extremity arteriesEndorsed by: the European Stroke Organization (ESO)The Task Force for the Diagnosis and Treatment of Peripheral Arterial Diseases of the European Society of Cardiology (ESC) and of the European Society for Vascular Surgery (ESVS) Eur Heart J . 2018;39(9):763–816. doi: 10.1093/eurheartj/ehx095. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 868.Anderson JL, Halperin JL, Albert NM, Bozkurt B, Brindis RG, Curtis LH, et al. Management of patients with peripheral artery disease (compilation of 2005 and 2011 ACCF/AHA guideline recommendations): a report of the American College of Cardiology Foundation/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. Circulation . 2013;127(13):1425–1443. doi: 10.1161/CIR.0b013e31828b82aa. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 869.Parikh SA, Shishehbor MH, Gray BH, White CJ, Jaff MR. SCAI expert consensus statement for renal artery stenting appropriate use. Catheter Cardiovasc Interv . 2014;84(7):1163–1171. doi: 10.1002/ccd.25559. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 870.Harvin HJ, Verma N, Nikolaidis P, Hanley M, Dogra VS, Goldfarb S, et al. ACR Appropriateness Criteria((R)) Renovascular Hypertension. Journal of the American College of Radiology . 2017;14(11s):S540–S549. doi: 10.1016/j.jacr.2017.08.040. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 871.Rountas C, Vlychou M, Vassiou K, Liakopoulos V, Kapsalaki E, Koukoulis G, et al. Imaging Modalities for Renal Artery Stenosis in Suspected Renovascular Hypertension: Prospective Intraindividual Comparison of Color Doppler US, CT Angiography, GD-Enhanced MR Angiography, and Digital Substraction Angiography. Renal Failure . 2007;29(3):295–302. doi: 10.1080/08860220601166305. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 872.Zeller T, Krankenberg H, Erglis A, Blessing E, Fuss T, Scheinert D, et al. A randomized, multi-center, prospective study comparing best medical treatment versus best medical treatment plus renal artery stenting in patients with hemodynamically relevant atherosclerotic renal artery stenosis (RADAR) – one-year results of a pre-maturely terminated study. 380 Trials . 2017;18(1) doi: 10.1186/s13063-017-2126-x. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 873.Raman G, Adam GP, Halladay CW, Langberg VN, Azodo IA, Balk EM. Comparative Effectiveness of Management Strategies for Renal Artery Stenosis: An Updated Systematic Review. Ann Intern Med . 2016;165(9):635–649. doi: 10.7326/M16-1053. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 874.Cooper CJ, Murphy TP, Cutlip DE, Jamerson K, Henrich W, Reid DM, et al. Stenting and medical therapy for atherosclerotic renal-artery stenosis. N Engl J Med . 2014;370(1):13–22. doi: 10.1056/NEJMoa1310753. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 875.Wheatley K, Ives N, Gray R, Kalra PA, Moss JG, Baigent C, et al. Revascularization versus medical therapy for renal-artery stenosis. N Engl J Med . 2009;361(20):1953–1962. doi: 10.1056/NEJMoa0905368. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 876.Nicholson J, Alderman M, Pickering T, Teichman S, Sos T, Laragh J. CIGARETTE SMOKING AND RENOVASCULAR HYPERTENSION. The Lancet . 1983;322(8353):765–766. doi: 10.1016/s0140-6736(83)92298-5. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 877.Piaggio D, Bracale U, Pecchia L, Di Taranto MD, Sodo M, Bracale UM. Endovascular Treatment versus Medical Therapy for Hypertensive Patients with Renal Artery Stenosis: An Updated Systematic Review. Annals of vascular surgery . 2019;61:445–454. doi: 10.1016/j.avsg.2019.04.050. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 878.Noory E, Sritharan K, Zeller T. To Stent or Not to Stent? Update on Revascularization for Atherosclerotic Renovascular Disease. 45 Curr Hypertens Rep . 2016;18(6) doi: 10.1007/s11906-016-0655-4. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 879.Gornik HL, Persu A, Adlam D, Aparicio LS, Azizi M, Boulanger M, et al. First International Consensus on the diagnosis and management of fibromuscular dysplasia. Vascular medicine (London, England). . 2019;24(2):164–189. doi: 10.1177/1358863X18821816. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 880.Bolen MA, Brinza E, Renapurkar RD, Kim ESH, Gornik HL. Screening CT Angiography of the Aorta, Visceral Branch Vessels, and Pelvic Arteries in Fibromuscular Dysplasia. JACC Cardiovascular imaging . 2017;10(5):554–561. doi: 10.1016/j.jcmg.2016.04.010. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 881.Weinberg I, Gu X, Giri J, Kim SE, Bacharach MJ, Gray BH, et al. Anti-platelet and anti-hypertension medication use in patients with fibromuscular dysplasia: Results from the United States Registry for Fibromuscular Dysplasia. Vascular medicine (London, England). . 2015;20(5):447–453. doi: 10.1177/1358863X15584982. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 882.Rao PS. Coarctation of the aorta. Seminars in nephrology . 1995;15(2):87–105. [PubMed] [Google Scholar]
  • 883.Godart F. Management of aortic coarctation at the adult age. Archives des maladies du coeur et des vaisseaux . 2007;100(5):478–483. [PubMed] [Google Scholar]
  • 884.Dijkema EJ, Leiner T, Grotenhuis HB. Diagnosis, imaging and clinical management of aortic coarctation. Heart . 2017;103(15):1148–1155. doi: 10.1136/heartjnl-2017-311173. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 885.Torok RD, Campbell MJ, Fleming GA, Hill KD. Coarctation of the aorta: Management from infancy to adulthood. World journal of cardiology . 2015;7(11):765–775. doi: 10.4330/wjc.v7.i11.765. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 886.Martins JD, Zachariah J, Selamet Tierney ES, Truong U, Morris SA, Kutty S, et al. Impact of Treatment Modality on Vascular Function in Coarctation of the Aorta: The LOVE - COARCT Study. J Am Heart Assoc . 2019;8(7):e011536. doi: 10.1161/JAHA.118.011536. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 887.Cangussú LR, Lopes MR, RHdA Barbosa. The importance of the early diagnosis of aorta coarctation. Revista da Associação Médica Brazileira . 2019;65:240–245. doi: 10.1590/1806-9282.65.2.240. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 888.Gottlieb DJ, Punjabi NM. Diagnosis and Management of Obstructive Sleep Apnea: A Review. JAMA . 2020;323(14):1389–1400. doi: 10.1001/jama.2020.3514. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 889.Drager LF, Togeiro SM, Polotsky VY, Lorenzi G., Filho Obstructive sleep apnea: a cardiometabolic risk in obesity and the metabolic syndrome. J Am Coll Cardiol . 2013;62(7):569–576. doi: 10.1016/j.jacc.2013.05.045. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 890.Tufik S, Santos-Silva R, Taddei JA, Bittencourt LR. Obstructive sleep apnea syndrome in the Sao Paulo Epidemiologic Sleep Study. Sleep Med . 2010;11(5):441–446. doi: 10.1016/j.sleep.2009.10.005. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 891.Fletcher EC, DeBehnke RD, Lovoi MS, Gorin AB. Undiagnosed sleep apnea in patients with essential hypertension. Ann Intern Med . 1985;103(2):190–195. doi: 10.7326/0003-4819-103-2-190. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 892.Williams AJ, Houston D, Finberg S, Lam C, Kinney JL, Santiago S. Sleep apnea syndrome and essential hypertension. Am J Cardiol . 1985;55(8):1019–1022. doi: 10.1016/0002-9149(85)90738-6. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 893.Sjostrom C, Lindberg E, Elmasry A, Hagg A, Svardsudd K, Janson C. Prevalence of sleep apnoea and snoring in hypertensive men: a population based study. Thorax . 2002;57(7):602–607. doi: 10.1136/thorax.57.7.602. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 894.Drager LF, Genta PR, Pedrosa RP, Nerbass FB, Gonzaga CC, Krieger EM, et al. Characteristics and predictors of obstructive sleep apnea in patients with systemic hypertension. Am J Cardiol . 2010;105(8):1135–1139. doi: 10.1016/j.amjcard.2009.12.017. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 895.Pedrosa RP, Drager LF, Gonzaga CC, Sousa MG, Paula LK, Amaro AC, et al. Obstructive sleep apnea: the most common secondary cause of hypertension associated with resistant hypertension. Hypertension . 2011;58(5):811–817. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.111.179788. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 896.Peppard PE, Young T, Palta M, Skatrud J. Prospective study of the association between sleep-disordered breathing and hypertension. N Engl J Med . 2000;342(19):1378–1384. doi: 10.1056/NEJM200005113421901. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 897.Marin JM, Agusti A, Villar I, Forner M, Nieto D, Carrizo SJ, et al. Association between treated and untreated obstructive sleep apnea and risk of hypertension. JAMA . 2012;307(20):2169–2176. doi: 10.1001/jama.2012.3418. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 898.Drager LF, Bortolotto LA, Figueiredo AC, Silva BC, Krieger EM, Lorenzi G., Filho Obstructive sleep apnea, hypertension, and their interaction on arterial stiffness and heart remodeling. Chest . 2007;131(5):1379–1386. doi: 10.1378/chest.06-2703. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 899.Drager LF, Bortolotto LA, Krieger EM, Lorenzi G., Filho Additive effects of obstructive sleep apnea and hypertension on early markers of carotid atherosclerosis. Hypertension . 2009;53(1):64–69. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.108.119420. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 900.Gus M, Goncalves SC, Martinez D, Abreu Silva EO, Moreira LB, Fuchs SC, et al. Risk for Obstructive Sleep Apnea by Berlin Questionnaire, but not daytime sleepiness, is associated with resistant hypertension: a case-control study. Am J Hypertens . 2008;21(7):832–835. doi: 10.1038/ajh.2008.184. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 901.Netzer NC, Stoohs RA, Netzer CM, Clark K, Strohl KP. Using the Berlin Questionnaire to identify patients at risk for the sleep apnea syndrome. Ann Intern Med . 1999;131(7):485–491. doi: 10.7326/0003-4819-131-7-199910050-00002. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 902.Margallo VS, Muxfeldt ES, Guimaraes GM, Salles GF. Diagnostic accuracy of the Berlin questionnaire in detecting obstructive sleep apnea in patients with resistant hypertension. J Hypertens . 2014;32(10):2030–2036. doi: 10.1097/HJH.0000000000000297. discussion 7. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 903.Giampa SQC, Pedrosa RP, Gonzaga CC, Bertolami A, Amodeo C, Furlan SF, et al. Performance of NoSAS score versus Berlin questionnaire for screening obstructive sleep apnoea in patients with resistant hypertension. J Hum Hypertens . 2018;32(7):518–523. doi: 10.1038/s41371-018-0072-z. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 904.Genta-Pereira DC, Furlan SF, Omote DQ, Giorgi DMA, Bortolotto LA, Lorenzi G, Filho, et al. Nondipping Blood Pressure Patterns Predict Obstructive Sleep Apnea in Patients Undergoing Ambulatory Blood Pressure Monitoring. Hypertension . 2018;72(4):979–985. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.118.11525. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 905.Drager LF, Lorenzi G, Filho, Cintra FD, Pedrosa RP, Bittencourt LRA, Poyares D, et al. Arq Bras Cardiol . 2018;111(2):290–340. doi: 10.5935/abc.20180154. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 906.Fatureto-Borges F, Lorenzi G, Filho, Drager LF. Effectiveness of continuous positive airway pressure in lowering blood pressure in patients with obstructive sleep apnea: a critical review of the literature. Integr Blood Press Control . 2016;9:43–47. doi: 10.2147/IBPC.S70402. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 907.Pedrosa RP, Drager LF, Paula LKG, Amaro ACS, Bortolotto LA, Lorenzi G., Filho Effects of OSA treatment on BP in patients with resistant hypertension: a randomized trial. Chest . 2013;144(5):1487–1494. doi: 10.1378/chest.13-0085. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 908.Martinez-Garcia MA, Capote F, Campos-Rodriguez F, Lloberes P, Diaz de Atauri MJ, Somoza M, et al. Effect of CPAP on blood pressure in patients with obstructive sleep apnea and resistant hypertension: the HIPARCO randomized clinical trial. JAMA . 2013;310(22):2407–2415. doi: 10.1001/jama.2013.281250. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 909.Oliveira AC, Martinez D, Massierer D, Gus M, Goncalves SC, Ghizzoni F, et al. The antihypertensive effect of positive airway pressure on resistant hypertension of patients with obstructive sleep apnea: a randomized, double-blind, clinical trial. Am J Respir Crit Care Med . 2014;190(3):345–347. doi: 10.1164/rccm.201403-0479LE. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 910.Castro-Grattoni AL, Torres G, Martínez-Alonso M, Barbé F, Turino C, Sánchez-de-la-Torre A, et al. Blood pressure response to CPAP treatment in subjects with obstructive sleep apnoea: the predictive value of 24-h ambulatory blood pressure monitoring. Eur Respir J . 2017;50(4) doi: 10.1183/13993003.00651-2017. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 911.Montesi SB, Edwards BA, Malhotra A, Bakker JP. The effect of continuous positive airway pressure treatment on blood pressure: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. J Clin Sleep Med . 2012;8(5):587–596. doi: 10.5664/jcsm.2170. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 912.Pepin JL, Tamisier R, Barone-Rochette G, Launois SH, Levy P, Baguet JP. Comparison of continuous positive airway pressure and valsartan in hypertensive patients with sleep apnea. Am J Respir Crit Care Med . 2010;182(7):954–960. doi: 10.1164/rccm.200912-1803OC. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 913.Yumino D, Redolfi S, Ruttanaumpawan P, Su MC, Smith S, Newton GE, et al. Nocturnal rostral fluid shift: a unifying concept for the pathogenesis of obstructive and central sleep apnea in men with heart failure. Circulation . 2010;121(14):1598–1605. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.109.902452. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 914.Gaddam K, Pimenta E, Thomas SJ, Cofield SS, Oparil S, Harding SM, et al. Spironolactone reduces severity of obstructive sleep apnoea in patients with resistant hypertension: a preliminary report. J Hum Hypertens . 2010;24(8):532–537. doi: 10.1038/jhh.2009.96. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 915.Fiori CZ, Martinez D, Montanari CC, Lopez P, Camargo R, Sezera L, et al. Diuretic or sodium-restricted diet for obstructive sleep apnea-a randomized trial. Sleep . 2018;41(4) doi: 10.1093/sleep/zsy016. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 916.Conn JW. Primary aldosteronism. J Lab Clin Med . 1955;45(4):661–664. [PubMed] [Google Scholar]
  • 917.Calhoun DA. Is there an unrecognized epidemic of primary aldosteronism? Pro. Hypertension . 2007;50(3):447–453. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.106.086116. discussion -53. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 918.Kline GA, Prebtani APH, Leung AA, Schiffrin EL. Primary aldosteronism: a common cause of resistant hypertension. CMAJ . 2017;189(22):E773–E778. doi: 10.1503/cmaj.161486. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 919.Gordon RD, Ziesak MD, Tunny TJ, Stowasser M, Klemm SA. Evidence that primary aldosteronism may not be uncommon: 12% incidence among antihypertensive drug trial volunteers. Clin Exp Pharmacol Physiol . 1993;20(5):296–298. doi: 10.1111/j.1440-1681.1993.tb01687.x. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 920.Funder JW, Carey RM, Mantero F, Murad MH, Reincke M, Shibata H, et al. The Management of Primary Aldosteronism: Case Detection, Diagnosis, and Treatment: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline. J Clin Endocrinol Metab . 2016;101(5):1889–1916. doi: 10.1210/jc.2015-4061. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 921.Morera J, Reznik Y. MANAGEMENT OF ENDOCRINE DISEASE: The role of confirmatory tests in the diagnosis of primary aldosteronism. Eur J Endocrinol . 2018 doi: 10.1530/EJE-18-0704. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 922.Stowasser M, Ahmed AH, Cowley D, Wolley M, Guo Z, McWhinney BC, et al. Comparison of Seated With Recumbent Saline Suppression Testing for the Diagnosis of Primary Aldosteronism. 2018;103(11):4113–4124. doi: 10.1210/jc.2018-01394. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 923.Nanba K, Tamanaha T, Nakao K, Kawashima ST, Usui T, Tagami T, et al. Confirmatory testing in primary aldosteronism. The Journal of clinical endocrinology and metabolism . 2012;97(5):1688–1694. doi: 10.1210/jc.2011-2504. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 924.Vilela LAP, Almeida MQ. Diagnosis and management of primary aldosteronism. Arch Endocrinol Metab . 2017;61(3):305–312. doi: 10.1590/2359-3997000000274. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 925.Hundemer GL, Curhan GC, Yozamp N, Wang M, Vaidya A. Cardiometabolic outcomes and mortality in medically treated primary aldosteronism: a retrospective cohort study. Lancet Diabetes Endocrinol . 2018;6(1):51–59. doi: 10.1016/S2213-8587(17)30367-4. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 926.van Berkel A, Lenders JW, Timmers HJ. Diagnosis of endocrine disease: Biochemical diagnosis of phaeochromocytoma and paraganglioma. European journal of endocrinology . 2014;170(3):R109–R119. doi: 10.1530/EJE-13-0882. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 927.Martucci VL, Pacak K. Pheochromocytoma and paraganglioma: diagnosis, genetics, management, and treatment. Current problems in cancer . 2014;38(1):7–41. doi: 10.1016/j.currproblcancer.2014.01.001. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 928.Lenders JW, Pacak K, Walther MM, Linehan WM, Mannelli M, Friberg P, et al. Biochemical diagnosis of pheochromocytoma: which test is best? Jama . 2002;287(11):1427–1434. doi: 10.1001/jama.287.11.1427. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 929.Tsirlin A, Oo Y, Sharma R, Kansara A, Gliwa A, Banerji MA. Pheochromocytoma: a review. Maturitas . 2014;77(3):229–238. doi: 10.1016/j.maturitas.2013.12.009. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 930.Pacak K, Eisenhofer G, Ahlman H, Bornstein SR, Gimenez-Roqueplo AP, Grossman AB, et al. Pheochromocytoma: recommendations for clinical practice from the First International Symposium. October 2005. Nature clinical practice Endocrinology & metabolism . 2007;3(2):92–102. doi: 10.1038/ncpendmet0396. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 931.Calabrò D, Allegri V, Fanti S, Ambrosini V. 68Ga-DOTANOC and 18F-DOPA PET/CT: a site-specific approach to the imaging of parangliomas of the head and neck and of the abdomen. European Journal of Nuclear Medicine and Molecular Imaging . 2019;46(6):1393. doi: 10.1007/s00259-019-04299-3. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 932.Bravo EL. Pheochromocytoma: an approach to antihypertensive management. Annals of the New York Academy of Sciences . 2002;970:1–10. doi: 10.1111/j.1749-6632.2002.tb04408.x. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 933.Jonklaas J, Bianco AC, Bauer AJ, Burman KD, Cappola AR, Celi FS, et al. Guidelines for the treatment of hypothyroidism: prepared by the american thyroid association task force on thyroid hormone replacement. Thyroid . 2014;24(12):1670–1751. doi: 10.1089/thy.2014.0028. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 934.Jian WX, Jin J, Qin L, Fang WJ, Chen XR, Chen HB, et al. Relationship between thyroid-stimulating hormone and blood pressure in the middle-aged and elderly population. Singapore Med J . 2013;54(7):401–405. doi: 10.11622/smedj.2013142. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 935.Klein I, Ojamaa K. Thyroid hormone and the cardiovascular system: from theory to practice. J Clin Endocrinol Metab . 1994;78(5):1026–1027. doi: 10.1210/jcem.78.5.8175954. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 936.Frost L, Vestergaard P, Mosekilde L. Hyperthyroidism and risk of atrial fibrillation or flutter: a population-based study. Arch Intern Med . 2004;164(15):1675–1678. doi: 10.1001/archinte.164.15.1675. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 937.Ross DS, Burch HB, Cooper DS, Greenlee MC, Laurberg P, Maia AL, et al. 2016 American Thyroid Association Guidelines for Diagnosis and Management of Hyperthyroidism and Other Causes of Thyrotoxicosis. Thyroid . 2016;26(10):1343–1421. doi: 10.1089/thy.2016.0229. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 938.Richards AM, Espiner EA, Nicholls MG, Ikram H, Hamilton EJ, Maslowski AH. Hormone, calcium and blood pressure relationships in primary hyperparathyroidism. J Hypertens . 1988;6(9):747–752. doi: 10.1097/00004872-198809000-00009. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 939.Bilezikian JP. Primary Hyperparathyroidism. The Journal of clinical endocrinology and metabolism . 2018;103(11):3993–4004. doi: 10.1210/jc.2018-01225. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 940.Nieman LK, Biller BMK, Findling JW, Murad MH, Newell-Price J, Savage MO, et al. Treatment of Cushing’s Syndrome: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism . 2015;100(8):2807–2831. doi: 10.1210/jc.2015-1818. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 941.Fantin F, Giani A, Zoico E, Rossi AP, Mazzali G, Zamboni M. Weight Loss and Hypertension in Obese Subjects. 1677 Nutrients . 2019;11(7) doi: 10.3390/nu11071667. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 942.Saliba LJ, Maffett S. Hypertensive Heart Disease and Obesity: A Review. Heart Fail Clin . 2019;15(4):509–517. doi: 10.1016/j.hfc.2019.06.003. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 943.Seravalle G, Grassi G. Obesity and hypertension. Pharmacol Res . 2017;122:1–7. doi: 10.1016/j.phrs.2017.05.013. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 944.Ping Z, Pei X, Xia P, Chen Y, Guo R, Hu C, et al. Anthropometric indices as surrogates for estimating abdominal visceral and subcutaneous adipose tissue: A meta-analysis with 16,129 participants. Diabetes research and clinical practice . 2018;143:310–319. doi: 10.1016/j.diabres.2018.08.005. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 945.Nimptsch K, Konigorski S, Pischon T. Diagnosis of obesity and use of obesity biomarkers in science and clinical medicine. Metabolism . 2019;92:61–70. doi: 10.1016/j.metabol.2018.12.006. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 946.Katznelson L, Atkinson J, Cook D, Ezzat S, Hamrahian A, Miller K. American Association of Clinical Endocrinologists Medical Guidelines for Clinical Practice for the Diagnosis and Treatment of Acromegaly-2011 Update. Endocrine Practice . 2011;17(Supplement 4):1–44. doi: 10.4158/ep.17.s4.1. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 947.Pablos-Velasco P, Venegas EM, Alvarez Escola C, Fajardo C, Miguel P, Gonzalez N, et al. Diagnosis, treatment and follow-up of patients with acromegaly in a clinical practice setting in Spain: the ACROPRAXIS program Delphi survey. Pituitary . 2020;23(2):129–139. doi: 10.1007/s11102-019-01012-3. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 948.Silverstein JM, Roe ED, Munir KM, Fox JL, Emir B, Kouznetsova M, et al. Use of electronic health records to characteristize a rare disease in the U.S. : treatment comorbidities and follow-up trends among patients with a confirmed diagnosis of acromegaly. Endocr Pract . 2018;24(6):517–526. doi: 10.4158/EP-2017-0243. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 949.Brazil. Ministério daSaúde. Secretaria da Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos . Portaria Conjunta n.2, de 07 de janeiro de 2019. Aprova o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da Acromeagalia . Brazilia: 2019. [Google Scholar]
  • 950.Grossman E, Messerli FH. Drug-induced hypertension: an unappreciated cause of secondary hypertension. Am J Med . 2012;125(1):14–22. doi: 10.1016/j.amjmed.2011.05.024. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 951.Diaconu CC, Dediu GN, Iancu MA. Drug-induced arterial hypertension - a frequently ignored cause of secondary hypertension: a review. Acta cardiologica . 2018:1–7. doi: 10.1080/00015385.2017.1421445. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 952.Versmissen J, Mirabito Colafella KM, Koolen SLW, Danser AHJ. Vascular Cardio-Oncology: Vascular Endothelial Growth Factor inhibitors and hypertension. Cardiovasc Res . 2019;115(5):904–914. doi: 10.1093/cvr/cvz022. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 953.Rizzoni D, Ciuceis C, Porteri E, Agabiti-Rosei C, Agabiti-Rosei E. Use of Antihypertensive Drugs in Neoplastic Patients. High Blood Press Cardiovasc Prev . 2017;24(2):127–132. doi: 10.1007/s40292-017-0198-z. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 954.Carey RM, Calhoun DA, Bakris GL, Brook RB, Daugherty SL, Dennison-Himmelfarb CR, et al. Resistant hypertension: detection, evaluation, and management: a scientific statement from the American Heart Association. Hypertension . 2018;72(5):e53–e90. doi: 10.1161/HYP.0000000000000084. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 955.Calhoun DA, Booth JN, Oparil S, Irvin MR, Shimbo D, Lackland DT, et al. Refractory hypertension: determination of prevalence, risk factors, and comorbidities in a large, population-based cohort. Hypertension . 2014;63(3):451–458. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.113.02026. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 956.Resistant hypertension: patient characteristics, risk factors, co-morbidities and outcomes. J Hum Hypertens . 2014;28(4):213–217. doi: 10.1038/jhh.2013.77. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 957.Gaddam KK, Nishizaka MK, Pratt-Ubunama MN, Pimenta E, Aban I, Oparil S, et al. Characterization of resistant hypertension: association between resistant hypertension, aldosterone, and persistent intravascular volume expansion. Arch Intern Med . 2008;168(11):1159–1164. doi: 10.1001/archinte.168.11.1159. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 958.Shimosawa T. Salt, the renin-angiotensin-aldosterone system and resistant hypertension. Hypertens Res . 2013;36(8):657–660. doi: 10.1038/hr.2013.69. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 959.Calhoun DA. Refractory and Resistant Hypertension: Antihypertensive Treatment Failure versus Treatment Resistance. Korean Circ J . 2016;46(5):593–600. doi: 10.4070/kcj.2016.46.5.593. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 960.Eirin A, Textor SC, Lerman LO. Emerging concepts for patients with treatment-resistant hypertension. Trends Cardiovasc Med . 2016;26(8):700–706. doi: 10.1016/j.tcm.2016.05.004. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 961.Judd EK, Calhoun DA, Warnock DG. Pathophysiology and treatment of resistant hypertension: the role of aldosterone and amiloride-sensitive sodium channels. Semin Nephrol . 2014;34(5):532–539. doi: 10.1016/j.semnephrol.2014.08.007. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 962.Dudenbostel T, Acelajado MC, Pisoni R, Li P, Oparil S, Calhoun DA, et al. Refractory hypertension: evidence of heightened sympathetic activity as a cause of antihypertensive treatment failure. Hypertension . 2015;66(1):126–133. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.115.05449. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 963.Barbaro NR, Araújo TM, Tanus-Santos JE, Anhê GF, Fontana V, Moreno H. Vascular Damage in Resistant Hypertension: TNF-Alpha Inhibition Effects on Endothelial Cells. Biomed Res Int . 2015:1–8. doi: 10.1155/2015/631594. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 964.Barbaro NR, Fontana V, Modolo R, Faria AP, Sabbatini AR, Fonseca FH, et al. Increased arterial stiffness in resistant hypertension is associated with inflammatory biomarkers. Blood Press . 2015;24(1):7–13. doi: 10.3109/08037051.2014.940710. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 965.Yugar-Toledo JC, Martin JF, Krieger JE, Pereira AC, Demacq C, Coelho OR, et al. Gene variation in resistant hypertension: multilocus analysis of the angiotensin 1-converting enzyme, angiotensinogen, and endothelial nitric oxide synthase genes. DNA Cell Biol . 2011;30(8):555–564. doi: 10.1089/dna.2010.1156. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 966.Aronow WS. Approaches for the management of resistant hypertension in 2020. 3 Curr Hypertens Rep . 2020;22(1) doi: 10.1007/s11906-019-1013-0. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 967.Corrêa NB, Faria AP, Ritter AM, Sabbatini AR, Almeida A, Brunelli V, et al. A practical approach for measurement of antihypertensive medication adherence in patients with resistant hypertension. J Am Soc Hypertens . 2016;10(6):510–516. doi: 10.1016/j.jash.2016.03.194. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 968.Lazaridis AA, Sarafidis PA, Ruilope LM. Ambulatory Blood Pressure Monitoring in the Diagnosis, Prognosis, and Management of Resistant Hypertension: Still a Matter of our Resistance? 78 Curr Hypertens Rep . 2015;17(10) doi: 10.1007/s11906-015-0590-9. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 969.Muxfeldt ES, Salles GF. How to use ambulatory blood pressure monitoring in resistant hypertension. Hypertens Res . 2013;36:385–389. doi: 10.1038/hr.2013.17. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 970.Muxfeldt ES, Barros GS, Viegas BB, Carlos FO, Salles GF. Is home blood pressure monitoring useful in the management of patients with resistant hypertension? Am J Hypertens . 2015;28(2):190–199. doi: 10.1093/ajh/hpu145. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 971.Ozemek C, Tiwari S, Sabbahi A, Carbone S, Lavie CJ. Impact of therapeutic lifestyle changes in resistant hypertension. Prog Cardiovasc Dis . 2020;63(1):4–9. doi: 10.1016/j.pcad.2019.11.012. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 972.Acelajado MC, Hughes ZH, Oparil S, Calhoun DA. Treatment of resistant and refractory hypertension. Circ Res . 2019;124(7):1061–1070. doi: 10.1161/CIRCRESAHA.118.312156. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 973.Williams B, MacDonald TM, Morant SV, Webb DJ, Sever P, McInnes GT, et al. Endocrine and haemodynamic changes in resistant hypertension, and blood pressure responses to spironolactone or amiloride: the PATHWAY-2 mechanisms substudies. Lancet . Diabetes Endocrinol. . 2018;6(6):464–475. doi: 10.1016/S2213-8587(18)30071-8. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 974.Hermida RC, Crespo JJ, Domínguez-Sardiña M, Otero A, Moyá A, Ríos MT, et al. Bedtime hypertension treatment improves cardiovascular risk reduction: the Hygia Chronotherapy Trial. Eur Heart J . 2019 doi: 10.1093/eurheartj/ehz754. Oct 22/ehz754 Online ahead of print.. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 975.Berra E, Azizi M, Capron A, Høieggen A, Rabbia F, Kjeldsen SE, et al. Evaluation of adherence should become an integral part of assessment of patients with apparently treatment-resistant hypertension. Hypertension . 2016;68(2):297–306. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.116.07464. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 976.Kunz M, Lauder L, Ewen S, Böhm M, Mahfoud F. The current status of devices for the treatment of resistant hypertension. Am J Hypertens . 2020;33(1):10–18. doi: 10.1093/ajh/hpz161. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 977.Muxfeldt ES, Chedier B, Rodrigues CIS. Hipertensão resistente e refratária: duas faces de uma mesma doença? J Bras Nefrol . 2019;41(2):266–274. doi: 10.1590/2175-8239-JBN-2018-0108. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 978.Alessi A, Brandao AA, Coca A, Cordeiro AC, Nogueira AR, Diogenes de Magalhaes F, et al. First Brazilian position on resistant hypertension. Arq Bras Cardiol . 2012;99(1):576–585. doi: 10.1590/s0066-782x2012000700002. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 979.Geldsetzer P, Manne-Goehler J, Marcus ME, et al. The state of hypertension care in 44 low-income and middle-income countries: a cross- sectional study of nationally representative individual-level data from 1·1 million adults. Lancet . 2019;394(10199):652–662. doi: 10.1016/S0140-6736(19)30955-9. Aug 24. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 980.Picon RV, Dias-da-Costa JS, Fuchs FD, Olinto MTA, Choudhry NK, Fuchs SC. Hypertension Management in Brazil: Usual Practice in Primary Care. A Meta-Analysis. Int J Hypertens . 2017;2017:1274168. doi: 10.1155/2017/1274168. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 981.World Health Organization (WHO). Adherence to long-term therapies: evidence for action . Geneva: 2003. [Google Scholar]
  • 982.Vrijens B, Geest S, Hughes DA, Przemyslaw K, Demonceau J, Ruppar T, et al. ABC Project Team A new taxonomy for describing and defining adherence to medications. Br J Clin Pharmacol . 2012;73:691–705. doi: 10.1111/j.1365-2125.2012.04167.x. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 983.Haynes RB, Sackett DL, Gibson ES, Taylor DW, Hackett BC, Roberts RS, et al. Improvement of medication compliance in uncontrolled hypertension. Lancet . 1976;1(7972):1265–1268. doi: 10.1016/s0140-6736(76)91737-2. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 984.Gialamas A, Yelland LN, Ryan P, Willson K, Laurence CO, Bubner TK, et al. Does point-of-care testing lead to the same or better adherence to medication? A randomised controlled trial: the PoCT in General Practice Trial. Med J Austr . 2009;191(9):487. doi: 10.5694/j.1326-5377.2009.tb02910.x. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 985.Naderi SH, Bestwick JP, Wald DS. Adherence to drugs that prevent cardiovascular disease: meta-analysis on 376,162 patients. Am J Med . 2012;125(9):882–887. doi: 10.1016/j.amjmed.2011.12.013. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 986.Gupta P, Patel P, Horne R, Buchanan H, Williams B, Tomaszewski M. How to Screen for Non-Adherence to Antihypertensive Therapy. 89 Curr Hypertens Rep . 2016;18(12) doi: 10.1007/s11906-016-0697-7. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 987.Morisky DE, Ang A, Krousel-Wood M, Ward HJ. Predictive validity of a medication adherence measure in an outpatient setting. J Clin Hypertens . 2008;10(5):348–354. doi: 10.1111/j.1751-7176.2008.07572.x. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar] [Retracted]
  • 988.Morisky DE, Green LW, Levine DM. Concurrent and predictive validity of a self-reported measure of medication adherence. 1986;24(1):67–74. doi: 10.1097/00005650-198601000-00007. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 989.Oliveira AD, Filho, Morisky DE, Neves SJF, Costa FA, Lyra DP., Junior The 8-item Morisky Medication Adherence Scale: Validation of a Brazilian–Portuguese version in hypertensive adults. Res Social Adm Pharm . 2014;10:554–561. doi: 10.1016/j.sapharm.2013.10.006. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 990.Santa Helena ET, Nemes MIB, Eluf J., Neto Desenvolvimento e validação de questionário multidimensional para medir não-adesão ao tratamento com medicamentos. 2008;42(4):764–767. doi: 10.1590/s0034-89102008000400025. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 991.Burnier M, Egan BM. Adherence in Hypertension A Review of Prevalence, Risk Factors, Impact, and Management. Circ Res . 2019;124:1124–1140. doi: 10.1161/CIRCRESAHA.118.313220. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 992.Osterberg L, Blaschke T. Adherence to medication. N Engl J Med . 2005;353(5):487–497. doi: 10.1056/NEJMra050100. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 993.Dhar L, Dantas J, Ali M. A systematic review of factors influencing medication adherence to hypertension treatment in developing countries. Open J Epidemiol . 2017;7(3):211–250. [Google Scholar]
  • 994.Abegaz TM, Shehab A, Gebreyohanne EA. Nonadherence to Antihypertensive Drugs: A Systematic Review Meta-Analysis. Medicine . 2017;96(4):e5641. doi: 10.1097/MD.0000000000005641. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 995.Glynn LG, Murphy AW, Smith SM, Schroeder K, Fahey T. Interventions used to improve control of blood pressure in patients with hypertension. Cochrane Database Syst Rev . 2010;(3):CD005182. doi: 10.1002/14651858.CD005182.pub4. Mar 17. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 996.van der Laan DM, Elders PJM, Boons CCLM, Beckeringh JJ, Nijpels G, Hugtenburg JG. Factors associated with antihypertensive medication non-adherence: a systematic review. J Hum Hypertens . 2017;31(11):687–694. doi: 10.1038/jhh.2017.48. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 997.Gupta AK, Arshad S, Poulter NR. Compliance, safety, and effectiveness of fixed-dose combinations of antihypertensive agents: a meta-analysis. Hypertension . 2010;55(2):399–407. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.109.139816. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 998.Santschi V, Chiolero A, Colosimo AL, Platt RW, Taff. P, Burnier M, Burnand B, Paradis G. Improving blood pressure control through pharmacist interventions: a meta-analysis of randomized controlled trials. J Am Heart Assoc . 2014;3(2):e000718. doi: 10.1161/JAHA.113.000718. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 999.Rudd P, Miller NH, Kaufman J, Kraemer HC, Bandura A, Greenwald G, Debusk RF. Nurse management for hypertension. A system approaches. Am J Hypertens . 2004;17(10):921–927. doi: 10.1016/j.amjhyper.2004.06.006. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1000.Checchi KD, Huybrechts KF, Avorn J, Kesselheim AS. Electronic medication packaging devices and medication adherence: a systematic review. JAMA . 2014;312(12):1237. doi: 10.1001/jama.2014.10059. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1001.Burnier M, Wuerzner G, Struijker-Boudier H, Urquhart J. Measuring, analyzing, and managing drug adherence in resistant hypertension. Hypertension . 2013;62(2):218–225. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.113.00687. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1002.Christensen A, Osterberg LG, Hansen EH. Electronic monitoring of patient adherence to oral antihypertensive medical treatment: a systematic review. J Hypertens . 2009;27(8):1540–1551. doi: 10.1097/HJH.0b013e32832d50ef. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1003.Parati G, Torlasco C, Omboni S, Pellegrini D. Smartphone applications for hypertension management: a potential game-changer that needs more control. 48 Curr Hypertens Rep . 2017;19(6) doi: 10.1007/s11906-017-0743-0. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1004.Naik AD, Kallen MA, Walder A, Street RL., Jr Improving hypertension control in diabetes mellitus: the effects of collaborative and proactive health communication. Circulation . 2008;117(11):1361–1368. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.107.724005. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1005.Conn VS, Ruppara TM, Enriqueza M, Cooper P. Medication adherence interventions that target subjects with adherence problems: Systematic Review and Meta-analysis. Res Social Adm Pharm . 2016;12(2):218–246. doi: 10.1016/j.sapharm.2015.06.001. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1006.Medication Adherence Outcomes of 771 Intervention Trials: Systematic Review and Meta-Analysis. Prev Med . 2017;99:269–276. doi: 10.1016/j.ypmed.2017.03.008. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1007.Mathers CD, Stevens GA, Boerma T, White RA, Tobias MI. Causes of international increases in older age life expectancy. Lancet . 2015;385(9967):540–548. doi: 10.1016/S0140-6736(14)60569-9. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1008.Ji H, Kim A, Ebinger JE, Niiranen TJ, Claggett BL, Merz NB, et al. Sex Differences in Blood Pressure Trajectories Over the Life Course. JAMA Cardiol . 2020;5(3):19–26. doi: 10.1001/jamacardio.2019.5306. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1009.Olsen MH, Angell S, Asmar S, Boutouyrie P, Burger D, Chirinos JA, et al. A call to action and a lifecourse strategy to address the global burden of raised blood pressure on current and future generations: The Lancet Commission on hypertension. Lancet . 2016;388(10060):2665–2712. doi: 10.1016/S0140-6736(16)31134-5. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1010.Brandão AB, Amodeo C, Alcantara C, Barbosa E, Nobre F, et al. I Luso Brazilian Positioning Paper on Central Arterial Pressure. Arq Bras Cardiol . 2017;108(2):100–108. doi: 10.5935/abc.20170011. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1011.Hamczyk Nevado RM, Barettino A, Fuster V, Andrés V. Biological Versus Chronological Aging. J Am Coll Cardiol . 2020;75(8):919–930. doi: 10.1016/j.jacc.2019.11.062. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1012.Sugiura T, Takase H, Machii M, Nonaka D, Ohno K, et al. Central blood pressure predicts the development of hypertension in the general population. Hypertens Res . 2020;43(11):1301–1308. doi: 10.1038/s41440-020-0493-2. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1013.Matsuzawa Y, Kwon TG, Lennon RJ, Lerman LO, Lerman A. Prognostic Value of Flow-Mediated Vasodilation in Brachial Artery and Fingertip Artery for Cardiovascular Events: A Systematic Review and Meta-Analysis. J Am Heart Assoc . 2015;134(11):e002270. doi: 10.1161/JAHA.115.002270. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1014.Wu MY, Li CJ, Hou MF, Chu PY. New Insights into the Role of Inflammation in the Pathogenesis of Atherosclerosis. Int J Mol Sci . 2017;18(10):2034. doi: 10.3390/ijms18102034. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1015.Grossman C, Levin M, Koren-Morag N, Bornstein G, Leibowitz A, Ben-Zvi I, et al. Left Ventricular Hypertrophy Predicts Cardiovascular Events in Hypertensive Patients with Coronary Artery Calcifications. Am J Hypertens . 2018;31(3):313–320. doi: 10.1093/ajh/hpx181. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1016.McEvoy JW, Martin SS, Dardari ZA, Miedema MD, Sandfort V, Yeboah J, et al. Coronary artery calcium to guide a personalized risk-based approach to initiation and intensification of antihypertensive therapy. Circulation . 2017;135(2):153–165. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.116.025471. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1017.Kerkelä R, Ulvila J, Magga J. Natriuretic Peptides in the Regulation of Cardiovascular Physiology and Metabolic Events. J Am Heart Assoc . 2015;4(10):e002423. doi: 10.1161/JAHA.115.002423. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1018.Willeit P, Welsh P, Evans JDW, Tschiderer I, Boachie C, Jukema JW, et al. High-Sensitivity Cardiac Troponin Concentration and Risk of First-Ever Cardiovascular Outcomes in 154,052 Participants. J Am Coll Cardiol . 2017;70(5):558–568. doi: 10.1016/j.jacc.2017.05.062. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1019.Pandey A, Patel KV, Vongpatanasin W, c Ayers, Berritz JD, Mentz RJ, et al. Incorporation of Biomarkers Into Risk Assessment for Allocation of Antihypertensive Medication According to the 2017 ACC/AHA High Blood Pressure Guideline: A Pooled Cohort Analysis. Circulation . 2019;140(25):2076–2088. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.119.043337. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1020.Malachias MVB, Jhund PS, Claggett BL, Wijkman MO, Bentley-Lewis R, Chaturvedi N, et al. NT-pro BNP by Itself Predicts death and cardiovascular events in high-risk patients with type 2 Diabetes Mellitus. J Am Heart Assoc . 2020;9(19):017462. doi: 10.1161/JAHA.120.017462. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1021.lar R, Sánchez R, Boggia R, Peñaherrera, Lopez J, Barroso WS. Recommendations for home blood pressure monitoring in Latin American countries: A Latin American Society of Hypertension position paper. J Clin Hypertens(Greenwich). . 2020;22(4):544–554. doi: 10.1111/jch.13815. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1022.Shimbo D, Artenian N, Basile JN, Krakoff LR, Margolis K, Rackotz MK, et al. Self-measured blood pressure monitoring at home. A Joint Policy Statement From the American Heart Association and American Medical Association. Circulation . 2020;142(4):e42–e63. doi: 10.1161/CIR.0000000000000803. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1023.Mukherjee R, Ghosh S, Gupta B, Chakravarty T. A Universal Noninvasive Continuous Blood Pressure Measurement System for Remote Healthcare Monitoring. Telemed J E Health. . 2018;24(10):803–810. doi: 10.1089/tmj.2017.0257. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1024.Bard DM, Joseph JI, van Helmond N. Cuff-Less Methods for Blood Pressure Telemonitoring. 40 Front Cardiovasc Med . 2019;6 doi: 10.3389/fcvm.2019.00040. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1025.Fuchs FD, Whelton PK. High Blood Pressure and Cardiovascular Disease. Hypertension . 2020;75(2):285–292. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.119.14240. Feb. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1026.Arterial stiffness, atherosclerosis and cardiovascular risk: Pathophysiologic mechanisms and emerging clinical indications. Vasc Pharmacol . 2016;77:1–7. doi: 10.1016/j.vph.2015.11.083. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1027.Morales SA, Coca A, Olsen MH, Sanchez RA, Sebba-Barroso WK, Kones R, et al. Clinical Perspective on Antihypertensive Drug Treatment in Adults With Grade 1 Hypertension and Low-to-Moderate Cardiovascular Risk: An International Expert Consultation. Curr Probl Cardiol . 2017;42(7):198–225. doi: 10.1016/j.cpcardiol.2017.03.001. Jul. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1028.Feitosa AD, Gomes MM, Passarelli O, Júnior, Barroso WKS, Miranda RDS, Barbosa EDB, et al. Pharmacological Treatment of Hypertension: From the Golden Trio. Octet Arq Bras Cardiol . 2020;115(2):270–272. doi: 10.36660/abc.20190780. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1029.Campana E, Cunha V, Glaveckaite S, Gruev I, Lamirault G, Lehmann E. The use of single-pill combinations as first-line treatment for hypertension: translating guidelines into clinical practice. J Hypertensi . 2020;38 doi: 10.1097/HJH.0000000000002598. 000-000 ahead of print. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 1030.Laurent S, Chatellier G, Azizi M, Calvet D, Choukroun G, Danchin N, et al. A Strategy for Preventing Cardiovascular and Renal Events based on Arterial Stiffness. [Cited in 2020 Jul 20]; Protocol of the SPARTE Study . https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02617238 . [Google Scholar]
  • 1031.Barroso WKS, Inuzuka S, Guimarães GC, Pacífico RP, Melo VA, Oliveira LF, et al. Pharmacological Management of Hypertension Guided by Central or Peripheral Blood Pressure Measurement: Comparison of Two Strategies on the Incidence of Intermediate Outcome. 4 Artery Research . 2020;26(1):1. [Google Scholar]
  • 1032.Arendse LB, Danser AHJ, Poglitsch M, Touyz RM, Burnett JC, Llorens-Cortesc, et al. novel therapeutic approaches targeting the renin-angiotensin system and associated peptides in hypertension and heart failure. Pharmacol Rev . 2019;71(4):539–570. doi: 10.1124/pr.118.017129. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
Arq Bras Cardiol. 2021 Mar 3;116(3):516–658. [Article in English]

Brazilian Guidelines of Hypertension – 2020

Weimar Kunz Sebba Barroso 1,2, Cibele Isaac Saad Rodrigues 3, Luiz Aparecido Bortolotto 4, Marco Antônio Mota-Gomes 5, Andréa Araujo Brandão 6, Audes Diógenes de Magalhães Feitosa 7,8, Carlos Alberto Machado 9, Carlos Eduardo Poli-de-Figueiredo 10, Celso Amodeo 11, Décio Mion Júnior 12, Eduardo Costa Duarte Barbosa 13, Fernando Nobre 14,15, Isabel Cristina Britto Guimarães 16, José Fernando Vilela-Martin 17, Juan Carlos Yugar-Toledo 17, Maria Eliane Campos Magalhães 18, Mário Fritsch Toros Neves 6, Paulo César Brandão Veiga Jardim 2,19, Roberto Dischinger Miranda 11, Rui Manuel dos Santos Póvoa 11, Sandra C Fuchs 20, Alexandre Alessi 21, Alexandre Jorge Gomes de Lucena 22, Alvaro Avezum 23, Ana Luiza Lima Sousa 1,2, Andrea Pio-Abreu 24, Andrei Carvalho Sposito 25, Angela Maria Geraldo Pierin 24, Annelise Machado Gomes de Paiva 5, Antonio Carlos de Souza Spinelli 26, Armando da Rocha Nogueira 27, Nelson Dinamarco 28, Bruna Eibel 29,30, Cláudia Lúcia de Moraes Forjaz 31, Claudia Regina de Oliveira Zanini 1,2, Cristiane Bueno de Souza 9, Dilma do Socorro Moraes de Souza 31, Eduardo Augusto Fernandes Nilson 24,32, Elisa Franco de Assis Costa 1, Elizabete Viana de Freitas 6,33, Elizabeth da Rosa Duarte 34, Elizabeth Silaid Muxfeldt 26,35, Emilton Lima Júnior 36, Erika Maria Gonçalves Campana 6,37, Evandro José Cesarino 38,39, Fabiana Marques 40, Fábio Argenta 41, Fernanda Marciano Consolim-Colombo 42, Fernanda Spadotto Baptista 12, Fernando Antonio de Almeida 3, Flávio Antonio de Oliveira Borelli 43, Flávio Danni Fuchs 44, Frida Liane Plavnik 4,23, Gil Fernando Salles 27, Gilson Soares Feitosa 45, Giovanio Vieira da Silva 12, Grazia Maria Guerra 4,46, Heitor Moreno Júnior 25, Helius Carlos Finimundi 47, Isabela de Carlos Back 48, João Bosco de Oliveira Filho 49, João Roberto Gemelli 50, José Geraldo Mill 51, José Marcio Ribeiro 52,53, Leda A Daud Lotaif 43,54, Lilian Soares da Costa 55, Lucélia Batista Neves Cunha Magalhães 56, Luciano Ferreira Drager 4, Luis Cuadrado Martin 57, Luiz César Nazário Scala 58, Madson Q Almeida 12, Marcia Maria Godoy Gowdak 59, Marcia Regina Simas Torres Klein 24, Marcus Vinícius Bolívar Malachias 52, Maria Cristina Caetano Kuschnir 6, Maria Eliete Pinheiro 60, Mario Henrique Elesbão de Borba 61, Osni Moreira Filho 62, Oswaldo Passarelli Júnior 43, Otavio Rizzi Coelho 25, Priscila Valverde de Oliveira Vitorino 63, Renault Mattos Ribeiro Junior 64, Roberto Esporcatte 6,65, Roberto Franco 57, Rodrigo Pedrosa 8, Rogerio Andrade Mulinari 21, Rogério Baumgratz de Paula 66, Rogério Toshiro Passos Okawa 67,68, Ronaldo Fernandes Rosa 69, Sandra Lia do Amaral 57, Sebastião R Ferreira-Filho 70, Sergio Emanuel Kaiser 6, Thiago de Souza Veiga Jardim 1, Vanildo Guimarães 71, Vera H Koch 24, Wille Oigman 6, Wilson Nadruz 25

Declaration of potential conflict of interests of authors/collaborators of the Brazilian Guidelines of Hypertension – 2020
If, within the last 3 years, the author/collaborator of the guideline:
Names of guideline collaborators Participated in clinical and/or experimental studies sponsored by pharmaceutical or equipment companies related to this statement Spoke at events or activities sponsored by industry related to this statement Was (is) a member of a board of advisors or a board of directors of a pharmaceutical or equipment industry Participated in normative committees of scientific research sponsored by industry Received personal or institutional funding from industry Wrote scientific papers in journals sponsored by industry Owns stocks in industry
Alexandre Alessi No No No No No No No
Alexandre Jorge Gomes de Lucena No No No No No No No
Alvaro Avezum No No No No No No No
Ana Luiza Lima Sousa No No No No No No No
Andréa Araujo Brandão No Abbott, Daiichi Sankyo, EMS, Libbs, Novartis, Medley, Merck, Servier No No Servier Abbott, Daiichi Sankyo, EMS, Libbs, Novartis, Medley, Merck, Servier No
Andrea Pio-Abreu No No No No No No No
Andrei Carvalho Sposito No No No No No No No
Angela Maria Geraldo Pierin No No No No No No No
Annelise Machado Gomes de Paiva No No No No No No No
Antonio Carlos de Souza Spinelli No Merck, Torrent, Boerhinger, Sandoz No No EMS, Aché, Torrent No No
Armando da Rocha Nogueira No No No No No No No
Audes Diógenes de Magalhães Feitosa No EMS, Servier, Sandoz, Merck, Medtronic e Omron Omron No No EMS, Servier e Omron No
Bruna Eibel No No No No No No No
Carlos Alberto Machado No No Biolab, Omron No No No No
Carlos Eduardo Poli-de-Figueiredo No No No Fresenius Centro de Pesquisa Clínico da PUCRS, Baxter, Fresenius, Alexion, AstraZeneca. No No
Celso Amodeo No Novartis, NovoNordisk, EMS, ACHE Montecorp Farmasa No No ACHE, Montecorp Farmasa No
Cibele Isaac Saad Rodrigues No No No No No No No
Cláudia Lúcia de Moraes Forjaz   No No No No No No No
Claudia Regina de Oliveira Zanini No No No No No No No
Cristiane Bueno de Souza No No No No No No No
Decio Mion Junior No Zodiac No No No Zodiac No
Dilma do Socorro Moraes de Souza No No No No No No No
Eduardo Augusto Fernandes Nilson No No No No No No No
Eduardo Costa Duarte Barbosa No  Servier, EMS No No No No No
Elisa Franco de Assis Costa No No No No Abbot Nutrition, Nestlé Health Sciences, Aché, Sandoz, Nutricia Abboot Nutrition No
Elizabete Viana de Freitas No No No No No No No
Elizabeth da Rosa Duarte No No No No Sim, Ache, Bayer, Novartis, Torrent, Servier. No No
Elizabeth Silaid Muxfeldt No No No No No No No
Emilton Lima Júnior No Servier, Novo Nordisk, Bayer, Biolab, Amgem  No Servier No No No
Erika Maria Gonçalves Campana No No No No Servier Servier No
Evandro José Cesarino No No No No No No No
Fábio Argenta No No No No Novartis, Bayer, Torrent, Lilly, Boehringer No No
Fernanda Marciano Consolim-Colombo No  Merck, Ache, Daiichi No No Não No No
Fernanda Spadotto Baptista No No No No Não No No
Fernando Antonio de Almeida No No No No Não No No
Fernando Nobre No Libbs, Cristália No No Libbs, Novartis, Servier, Baldacci Daichi Sankio, Libbs, Novartis, Biolab, Servier, Baldacci No
Flávio Antonio de Oliveira Borelli No No No No No No No
Flávio Danni Fuchs No No No No No No No
Frida Liane Plavnik No No No No No No No
Gil Fernando Salles No No No No No No No
Gilson Soares Feitosa No No No No No No No
Giovanio Vieira da Silva No Ache No No No Ache No
Grazia Guerra No No No No No No No
Heitor Moreno Júnior No No No No No No No
Helius Carlos Finimundi No No No No No No No
Isabel Cristina Britto Guimarães No No No No No No No
Isabela de Carlos Back No No No No No No No
João Bosco de Oliveira Filho No No No No Novartis, Bristol, AztraZeneca No No
João Roberto Gemelli No No No No Boeringher, Libbs No Boeringher, Libbs
José Fernando Vilela-Martin No No No No No No No
Jose Geraldo Mill No No No No No No No
José Marcio Ribeiro  No No No No No No No
Juan Carlos Yugar-Toledo No No No No No No No
Leda A. Daud Lotaif No No No No No No No
Lilian Soares da Costa No No No No No No No
Lucélia Batista Neves Cunha Magalhães No No No No No No No
Luciano Ferreira Drager No Aché, Biolab, Boehringer, Merck ResMed No No Aché, Biolab, Merck No
Luis Cuadrado Martin No No No No No No No
Luiz Aparecido Bortolotto No Servier, Novonordisk No No No No No
Luiz César Nazário Scala No No No No No No No
Madson Q. Almeida No No No No No No No
Marcia Maria Godoy Gowdak No No No No No No No
Marcia Regina Simas Torres Klein No No No No No No No
Marco Antônio Mota-Gomes Omron, Beliva No Omron, Libbs No No Omron, Libbs No
Marcus Vinícius Bolívar Malachias No Libbs, Biolab No No No Libbs. Biolab No
Maria Cristina Caetano Kuschnir No No No No No No No
Maria Eliane Campos Magalhães No No No No No No No
Maria Eliete Pinheiro No No No No No No No
Mario Fritsch Toros Neves No Servier No No No No No
Mario Henrique Elesbão de Borba No EMS No No No No No
Nelson Dinamarco Ludovico No Não No No No No No
Osni Moreira Filho No Biolab, Servier No No No No No
Oswaldo Passarelli Júnior No No No No No No No
Otávio Rizzi Coelho No Daichi-Sankyo, Boehringer No Daichi-Sankyo, BAYER, Novo-Nordisk No Sanofi, Takeda, AstraZeneca, Daichi-Sankyo, Bayer No
Paulo César Brandão Veiga Jardim No Servier, Libbs, EMS No No No Servier, Libbs No
Priscila Valverde Vitorino No No No No No No No
Renault Mattos Ribeiro Júnior No Daiichi Sankyo No No No No No
Roberto Dischinger Miranda No EMS, Boehringher No No No EMS, Sanofi, Servier No
Roberto Esporcatte No EMS No No No No No
Roberto Franco No No No No No No No
Rodrigo Pedrosa No No No No No No No
Rogerio Andrade Mulinari No No No No No No No
Rogério Baumgratz de Paula No No No No No No No
Rogerio Toshiro Passos Okawa No No No No No No No
Ronaldo Fernandes Rosa No No No No No No No
Rui Manuel dos Santos Póvoa No No No No No No No
Sandra Fuchs No No No No No No No
Sandra Lia do Amaral No No No No No No No
Sebastião R. Ferreira-Filho No No No No No No No
Sergio Emanuel Kaiser Engage, Alecardio, RED-HF, Odissey-Outcomes, SELECT Amgen, Novo Nordisk, Novartis, astrazeneca, Momenta Farma, Daiichi-Sankyo, Pfizer, Baldacci No No No Novartis, Momenta Farma, Farmasa, EMS No
Thiago de Souza Veiga Jardim No AstraZeneca, Torrent, Meck, Bayer No No No No No
Vanildo Guimarães No Boehringer, Novartis, Sandoz No No No No No
Vera H. Koch No No No No No No No
Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza Ministério da Saúde, Sociedade Europeia de Hipertensão Arterial, Artery Society, EMS EMS, Libbs, Sandoz, Servier, Cardios, Omron Omron No EMS, Servier EMS, Servier, Omron No
Wille Oigman No No No No No No No
Wilson Nadruz No No No No No No No

List of Abbreviations.

ABI ankle-brachial index GBD global burden diseases
ABPM ambulatory blood pressure monitoring GH growth hormone
AC arm circumference GRS global risk score
ACEI angiotensin-converting enzyme inhibitor GST gait speed test
ADL activity of daily living HBP high blood pressure
AE adverse event HBPM home blood pressure monitoring
AF atrial fibrillation HC hypertensive crisis
Aix augmentation index HDL high-density lipoprotein
AMI acute myocardial infarction HE hypertensive emergency
APA aldosterone-producing adenomas HELPP hemolysis, elevated liver enzymes, low platelets
APE acute pulmonary edema HF heart failure
ARB angiotensin II AT1 receptor blocker HFpEF heart failure with preserved ejection fraction
ASA acetylsalicylic acid HFrEF heart failure with reduced ejection fraction
BB beta-blockers HPLC high-performance liquid chromatography
BE blinding effect HR heart rate
BMI body mass index hs-TnT high-sensitivity troponin T
BP blood pressure HT hypertension
CAD coronary artery disease HTPC hypertensive pseudocrisis
CCB calcium channel blocker HU hypertensive urgency
cfPWV carotid-femoral pulse wave velocity ICU intensive care unit
CGA comprehensive geriatric assessment IGF-1 insulin-like growth factor-1
CHW community health worker IV intravenous
CKD chronic kidney disease LE level of evidence
CO cardiac output LLs lower limbs
CRP C-reactive protein LR level of recommendation
CT computed tomography LSC lifestyle change
CV cardiovascular MH masked hypertension
CVD cerebrovascular disease MNR magnetic nuclear resonance
CVD cardiovascular disease MOD multi-organ damage
CVRF cardiovascular risk factor MS metabolic syndrome
DALYs disability-adjusted life years NB newborn
DBP diastolic blood pressure NCD noncommunicable disease
DIU diuretics NE norepinephrine
DM diabetes mellitus NIHSS National Institute of Health Stroke Scale
EF ejection fraction NO nitric oxide
eGFR estimated glomerular filtration rate NOO- peroxynitrite
eNOS endothelial nitric oxide synthase NPT nonpharmacological treatment
EOD end-organ damage NT-proBNP N-terminal pro b-type natriuretic peptide
FMD fibromuscular dysplasia NTG nitroglycerin
FMD flow-mediated dilation OH orthostatic hypotension
OSA obstructive sleep apnea RHT resistant hypertension
PE pre-eclampsia RVH renovascular hypertension
PEF preserved ejection fraction SBP systolic blood pressure
PHEO pheochromocytoma SHT sustained hypertension
PNS Brazilian National Health Survey SMBP self-measured blood pressure
PNS parasympathetic nervous system SNP sodium nitroprusside
POAD peripheral occlusive atherosclerotic disease SNS sympathetic nervous system
PPH postprandial hypotension SUS Brazilian Unified Health System
PRA plasma renin activity T4 thyroxine
PVR peripheral vascular resistance TG triglycerides
PWV pulse wave velocity TNT true normotension
R/S religiosity and spirituality TSH thyroid-stimulating hormone
RAAS renin-angiotensin-aldosterone system UAOBPM unobserved automated office blood pressure measurement
RAS renal artery stenosis UN United Nations
RCT randomized controlled trial WCE white-coat effect
REF reduced ejection fraction WCH white coat hypertension
RF risk factors WHO World Health Organization
RfHT refractory hypertension YLL years of life lost

Content

1. Definition, Epidemiology, and Primary Prevention 528

1.1 Definition of Hypertension 528

1.2. Impact of Hypertension on Cardiovascular Diseases 528

1.3. Risk Factors for Hypertension 528

1.3.1. Genetics 528

1.3.2. Age 528

1.3.3. Sex 528

1.3.4. Race/Ethnicity 528

1.3.5. Overweight/Obesity 528

1.3.6. Sodium and Potassium Intake 528

1.3.7. Sedentary lifestyle 529

1.3.8. Alcohol 529

1.3.9. Socioeconomic Factors 529

1.3.10. Other Risk Factors for High BP 529

1.3.11. Obstructive Sleep Apnea (OSA) 529

1.3.12. Global Epidemiological Data 529

1.4. Prevalence of Hypertension in Brazil 529

1.5. Primary Prevention 530

1.5.1. Introduction 530

1.5.2. Weight Control (LR: I; LEE: A) 530

1.5.3. Healthy Diet (LR: I; LE: A) 530

1.5.4. Sodium (LR: I; LE: A) 530

1.5.5. Potassium (LR: I; LE: A) 530

1.5.6. Physical Activity (LR: I; LE: A) 530

1.5.7. Alcohol (LR: IIA; LE: B) 531

1.5.8. Psychosocial Factors (LR: IIb; LE: B) 531

1.5.9. Dietary Supplements (LR: I to III; LE: A and B) 531

1.5.10. Smoking (LR: I; LE: A) 531

1.5.11. Spirituality (LR: I; LE: B) 531

1.6. Strategies for the Implementation of Preventive Measures 531

2. Blood Pressure and Vascular Damage 535

2.1. Introduction 535

2.2. Blood Pressure, Clinical Outcomes, and Cardiovascular Damage 535

2.3. Blood Pressure, Inflammation, and Endothelial Dysfunction 536

2.4. Blood Pressure and Arterial Stiffness 536

2.4.1. Ankle-Brachial Index (ABI) 536

2.4.2. Pulse Wave Velocity (PWV) 537

2.4.3. Central Blood Pressure 537

3. Diagnosis and Classification 540

3.1. Introduction 540

3.2. Blood pressure measurement at the physician's office 540

3.3. Classification 540

3.4. Out-of-Office Blood Pressure Measurement 541

3.5. White-Coat Effect (WCE) and Masking Effect (ME) 541

3.6. White Coat Hypertension (WCH) and Masked Hypertension (MH) 541

3.7. Uncontrolled Masked and White Coat Hypertension 541

3.8. Diagnosis and Follow-Up Recommendations 541

3.9. Central Aortic Pressure 542

3.10. Genetics and Hypertension 542

4. Clinical and Complementary Assessment 548

4.1. Clinical History 548

4.2. Clinical Assessment 548

4.2.1. History-Taking 548

4.3. Physical Examination 548

4.3.1. Basic Laboratory Investigation, Assessment of Subclinical and Clinical End-Organ Damage 548

5. Cardiovascular Risk Stratification 552

5.1. Introduction 552

5.2. Additional Risk Stratification (Associated Conditions) 552

5.2.1. End-Organ Damage 553

5.2.2. Presence of Cardiovascular and Renal Disease 553

5.3. Assessment of Global Cardiovascular Risk 553

5.4. Challenges of Cardiovascular Risk Assessment in Hypertension 553

6. Therapeutic Decision and Targets 556

6.1. Introduction 556

6.2. Low- or Moderate-Risk Hypertensive Patients 556

6.3. High-Risk Hypertensive Patients 556

6.4. Hypertensive Patients with Coronary Disease 556

6.5. Hypertensive Patients with History of Stroke 556

6.6. Hypertensive Heart Failure Patients 557

6.7. Hypertensive Patients with Chronic Kidney Disease (CKD) 557

6.8. Diabetic Hypertensive Patients 557

6.9. Older Hypertensive Patients 557

7. Multidisciplinary Team 559

7.1. The Importance of a Multidisciplinary Approach to Hypertension Control 7.2. Team Composition and Work 559

7.2.1. Medical Professional: Specific Actions 559

7.2.2. Nursing Professional: Specific Actions 559

7.2.2.1. Nursing-Specific Actions in Primary Care 559

7.2.3. Nutrition Professional: Specific Actions 560

7.2.3.1. Dietetic Consultation 560

7.2.3.2. Collective Actions by Nutritionists 560

7.2.4. Physical Education Professional: Specific Actions 560

7.2.4.1. Collective Actions by Physical Education and Physical Therapy Professionals 560

7.3. Multidisciplinary Team Actions 561

8. Nonpharmacological Treatment 562

8.1. Introduction 562

8.2. Smoking 562

8.3. Dietary Patterns 562

8.4. Sodium Intake 563

8.5. Potassium 563

8.6. Dairy Products 563

8.7. Chocolate and Cocoa Products 563

8.8. Coffee and Caffeinated Products 563

8.9. Vitamin D 563

8.10. Supplements and Substitutes 564

8.11. Weight Loss 564

8.12. Alcohol Consumption 564

8.13. Physical Activity and Physical Exercise 564

8.14. Slow Breathing 565

8.15. Stress Control 565

8.16. Religiosity and Spirituality 565

9. Pharmacological Treatment 568

9.1. Treatment Objectives 568

9.2. General Principles of Pharmacological Treatment 568

9.3. Therapy Regimens 568

9.3.1. Monotherapy 568

9.3.2. Drug Combinations 568

9.4. General Characteristics of Different Classes of Antihypertensive Medications 569

9.4.1. Diuretics (DIUs) 569

9.4.1.1. Adverse Effects of Diuretics 569

9.4.2. Calcium Channel Blockers (CCBs) 569

9.4.2.1. Adverse Effects of Calcium Channel Blockers 570

9.4.3. Angiotensin-Converting Enzyme Inhibitors (ACEIs) 570

9.4.3.1. Adverse Effects of Angiotensin-Converting Enzyme Inhibitors 9.4.4. Angiotensin II AT1 Receptor Blockers (ARBs) 570

9.4.4.1. Adverse Effects of Angiotensin II AT1 Receptor Blockers 570

9.4.5. Beta-Blockers (BBs) 570

9.4.5.1. Adverse Effects of Beta-Blockers 571

9.4.6. Centrally Acting Sympatholytics 571

9.4.6.1. Adverse Effects of Centrally Acting Sympatholytics 571

9.4.7. Alpha-blockers 571

9.4.7.1. Adverse Effects of Alpha-Blockers 571

9.4.8. Direct-Acting Vasodilators 571

9.4.8.1. Adverse Effects of Direct-Acting Vasodilators 571

9.4.9. Direct Renin Inhibitors 571

9.4.9.1. Adverse Effects of Direct Renin Inhibitors 572

9.5. Antihypertensive Drug Combinations 572

10. Hypertension and Associated Clinical Conditions 578

10.1. Diabetes Mellitus (DM) 578

10.1.1. Treatment Objectives 578

10.2. Metabolic Syndrome (MS) 578

10.3. Coronary Artery Disease (CAD) 578

10.4. Hypertension in Chronic Kidney Disease (CKD) 578

10.4.1. Patient in Conservative Treatment: Goals and Treatment 578

10.4.2. Patients in Renal Replacement Therapy (RRT): Goals and Treatment 579

10.5. Heart Failure (HF) 579

10.6. Hemorrhagic Stroke and Ischemic Stroke 580

10.6.1. Hemorrhagic Stroke 580

10.6.2. Ischemic Stroke 580

11. Hypertension in Pregnancy 581

11.1. Epidemiology 581

11.2. Classification of Hypertension in Pregnancy 581

11.3. Concept and Diagnostic Criteria 581

11.4. Prediction and prevention of pre-eclampsia 581

11.5. Nonpharmacological treatment 582

11.6. Expectant management 582

11.7. Pharmacological treatment 582

11.8 Future Cardiovascular Risk 583

12. Hypertension in Children and Adolescents 586

12.1. Epidemiological Context and Importance of Hypertension in Pediatrics 586 12.2. Definition and Etiology 586

12.3. Diagnostic 586

12.3.1. BP Measurement Methods 586

12.4. History-Taking 587

12.5. Physical Examination 587

12.7. Ambulatory Blood Pressure Monitoring (ABPM) 587

12.8. Therapeutic Aspects 587

12.9. Nonpharmacological Therapy 587

12.10. Pharmacological Therapy 587

12.11. Follow-up of Children and Adolescents with HT 588

12.12. Hypertensive Crisis 588

13. Hypertensive Crisis 596

13.1. Definition 596

13.2. Classification 596

13.3. Major Epidemiological, Pathophysiological, and Prognostic Aspects 596

13.3.1. Epidemiology 596

13.3.2. Pathophysiology 596

13.3.3. Prognosis 596

13.4. Complementary Clinical and Laboratory Investigation 597

13.5. General Treatment of Hypertensive Crisis 597

13.6. Hypertensive Emergencies in Special Situations 597

13.6.1. Hypertensive Encephalopathy 597

13.7. Stroke 597

13.7.1. Ischemic Stroke 597

13.7.2. Hemorrhagic Stroke 598

13.7.3. Acute Coronary Syndromes 598

13.7.4. Acute Pulmonary Edema (APE) 598

13.7.4.1. Acute Aortic Dissection 598

13.7.5. Pre-eclampsia/Eclampsia 598

13.7.6. HE from Illicit Drug Use 598

13.7.7. Accelerated/Malignant Hypertension 598

13.7.8. Hypertension with Multi-Organ Damage 599

14. Hypertension in Older Adults 602

14.1. Introduction 602

14.2. Physiopathological Mechanisms 602

14.3. Diagnosis and Therapeutic Decision 603

14.4. Treatment 603

14.4.1. Nonpharmacological Treatment 603

14.4.2. Pharmacological Treatment 603

14.5. Special Situations 604

14.5.1. Functional Status and Frailty: Assessment and Implications 604

14.5.2. Cognitive Decline and Dementia 604

14.5.3. Polypharmacy and Adherence 604

14.5.4. Deintensification and Deprescription 605

14.5.5. Orthostatic and Postprandial Hypotension 605

15. Secondary Hypertension 606

15.1. Introduction 606

15.2. Nonendocrine Causes 606

15.2.1. Chronic Kidney Disease (CKD) 606

15.2.2. Renovascular Hypertension (RVH) 606

15.3. Fibromuscular Dysplasia 607

15.3.1. Coarctation of the Aorta 607

15.3.2. Obstructive Sleep Apnea (OSA) 607

15.3.2.1. Concept and Epidemiology 607

15.3.2.2. Clinical Presentation and Screening of OSA in Hypertension 608

15.3.2.3. Impact of Treatment of OSA on BP 608

15.3.2.4. Antihypertensive Treatment in Hypertensive Patients with OSA 608

15.4. Endocrine Causes 608

15.4.1. Primary Hyperaldosteronism (PH) 608

15.4.2. Pheochromocytoma 609

15.4.3. Hypothyroidism 609

15.4.4. Hyperthyroidism 609

15.4.5. Primary Hyperparathyroidism 609

15.4.6. Cushing's Syndrome 610

15.4.7. Obesity 610 15.4.8. Acromegaly 610 15.5. Pharmacological Causes, Hormones, and Exogenous Substances 610

16. Resistant and Refractory Hypertension 618 16.1. Definition and Classification 618 16.2. Epidemiology of Resistant Hypertension 618 16.3. Pathophysiology 618 16.4. Diagnostic Investigation 618 16.5. Treatment 618 16.5.1. Nonpharmacological Treatment 618 16.5.2. Pharmacological Treatment 619 16.5.3. New Treatments 619

17. Adherence to Antihypertensive Treatment 622

17.1. Introduction 622

17.2. Concept and Adherence 622

17.3. Treatment Adherence Assessment Methods 622

17.4. Factors Interfering in Adherence to Treatment 623

17.5. Strategies to promote adherence to antihypertensive treatment 623

17.6. Conclusion 623

18. Perspectives 625

18.1. Introduction 625

18.2. Definition, Epidemiology, and Primary Prevention 625

18.3. Blood Pressure and Vascular Damage 625

18.4. Cardiac Biomarkers 625

18.5. Diagnosis and Classification 625

18.6. Complementary Assessment and Cardiovascular Risk Stratification 626

18.7. Goals and Treatment 626

Reference 628

1. Definition, Epidemiology, and Primary Prevention

1.1. Definition of Hypertension

Hypertension (HT) is a chronic noncommunicable disease (NCD) defined by blood pressure levels for which the benefits of treatment (nonpharmacological and/or pharmacological) outweigh the risks. HT is a multifactorial condition, depending on genetic/epigenetic, environmental, and social factors ( Figure 1.1 ), characterized by persistent high blood pressure (BP), ie, systolic blood pressure (SBP) equal to or greater than 140 mm Hg and diastolic blood pressure (DBP) equal to or greater than 90 mm Hg, measured using the appropriate technique, on at least two different occasions, in the absence of antihypertensive medication. When possible, it is advised that these measurements be validated by assessing BP outside the physician's office using ambulatory blood pressure monitoring (ABPM), home blood pressure monitoring (HBPM), or self-measured blood pressure (SMBP) (see Chapter 3).

Figure 1.1. – Schematic description of major determinants of blood pressure and hypertension and their interactions n adults. Genetic/epigenetic, environmental, and social determinants interact to increase the BP of hypertensive patients and in the general population. ↑increased; ↓decreased.

Figure 1.1

Source: Carey et al. 2008. 6

1.2. Impact of Hypertension on Cardiovascular Diseases

As an often asymptomatic condition, BP usually progresses to structural and/or functional change to end organs, such as the heart, brain, kidneys, and blood vessels. It is the primary modifiable risk factor, independently, linearly, and continuously associated, for cardiovascular disease (CVD), chronic kidney disease (CVD), and early death. It is associated with metabolic risk factors for cardiocirculatory and renal diseases, such as dyslipidemia, abdominal obesity, glucose intolerance, and diabetes mellitus (DM). 1 - 6

In addition, it has a significant impact on socioeconomic and medical costs due to fatal and nonfatal complications to end organs, such as: heart: coronary artery disease (CAD), heart failure (HF), atrial fibrillation (AF), and sudden death; brain: stroke, ischemic stroke, hemorrhagic stroke, and dementia; kidneys; CKD that may require dialysis therapy; and arterial system: peripheral occlusive atherosclerotic disease (POAD). 3 - 6

1.3. Risk Factors for Hypertension

1.3.1. Genetics

Genetic factors may influence BP levels from 30 to 50%. 7 However, due to wide genetic diversity, the gene variants we have studied thus far and Brazilian miscigenation, uniform data for this factor have yet to be identified. Further details about the genetic component of HT can be found in Chapter 3.

1.3.2. Age

SBP becomes a more significant problem with age, the result of the progressive hardening and decreased compliance of the great arteries. Approximately 65 percent of people age 60 or older have HT, and we should take into consideration Brazil's ongoing epidemiological transition, with an even greater number of older adults (age ≥ 60) in the coming decades leading to a substantial increase in the prevalence of HT and its complications. 7 , 8

1.3.3. Sex

Among younger cohorts, BP is higher in men, but rises faster by decade in women. Therefore, in their sixth decades, women's BP is usually higher than men's, as is the prevalence of HT. For both sexes, the frequency of HT rises with age, reaching 61.5% and 68.0% for men and women age 65 or older, respectively. 7

1.3.4. Race/Ethnicity

Race and ethnicity are important risk factors for HT, but socioeconomic status and lifestyle seem to be more relevant for the differing prevalence of HT than race and ethnicity themselves. 7 , 8 The Vigitel 2018 data show that, in Brazil, there was no significant differences between blacks and whites regarding the prevalence of HT (24.9% versus 24.2%). 9

1.3.5. Overweight/Obesity

There seems to be a direct, continuous, and almost linear relationship between overweight/obesity and BP levels. 3 - 6 Despite decades of unequivocal evidence that waist circumference (CC) provides both independent and additive information to body mass index (BMI) for predicting morbidity and risk of death, this parameter is not routinely measured in clinical practice. It is recommended that health professionals be trained to properly perform this simple measurement and consider it as an important “vital sign” in clinical practice. 3 - 6

1.3.6. Sodium and Potassium Intake

High sodium intake has been shown to be a risk factor for high BP and consequently for the greater prevalence of HT. The literature shows that sodium intake is associated with CVD and stroke when mean intake is greater than 2 g of sodium, equivalent to 5 g of table salt. 10 Sodium excretion studies show that, for those with high sodium intake, SBP was 4,5-6.0 mm Hg higher, and DBP 2.3-2.5 mm Hg higher, than for those at recommended sodium intake levels. 11

It should also be stressed that excess sodium intake is one of the main modifiable risk factors for preventing and controlling HT and CVD, and that the Brazilian Unified Health System (SUS) spent USD 102 million in 2013 alone on hospitalizations attributable to excess sodium intake. 12

Conversely, increased sodium intake reduces blood pressure levels. It is worth highlighting that the effects of potassium supplementation seems to be greater for those with high sodium intake and for black people. Mean salt intake in Brazil is 9.3 g/day (9.63 g/day for men and 9.08 g/day for women), while potassium intake is 2.7 g/day for men and 2.1 g/day for women. 12 , 13

1.3.7. Sedentary lifestyle

There is a direct association between a sedentary lifestyle, high BP, and HT. 3 - 6 It should be noted that, globally in 2018, the rate of lack of physical activity (less than 150 minutes of physical activity per week or 75 minutes of vigorous physical activity per week) was 27.5%, with greater prevalence among women (31.7%) than men (23.4%). 14

In Brazil, the 2019 Vigitel phone survey found that 44.8% of adults did not perform sufficient levels of physical activity, and rates were worse for women (52.2%) than for men (36,1%). 9

1.3.8. Alcohol

The impact of alcohol intake has been investigated in various epidemiological studies. There is greater prevalence of HT or high blood pressure levels for those taking six or more doses per day, equivalent to 30 g of alcohol/day = 1 bottle of beer (5% alcohol, 600 mL); = 2 glasses of wine (12% alcohol, 250 mL); = 1 dose (42% alcohol, 60 mL) of distilled beverages (whiskey, vodka, spirits). That threshold should be cut in half for low-weight men and for women. 15 , 16

1.3.9. Socioeconomic Factors

Socioeconomic factors include lower educational levels, inadequate living conditions, and low family income as significant risk factors for HT. 17 , 18

1.3.10. Other Risk Factors for High BP

In addition to the classic factors listed above, it is important to stress that some medications, often acquired without prescription, have the potential to promote high BP or make it harder to control, as do illicit drugs. The subject will be discussed in more detail in Chapter 15. These include monoamine oxidase inhibitors and sympathomimetic, such as decongestants (phenylephrine), tricyclic antidepressants (imipramine and others), thyroid hormones, oral contraceptives, nonsteroidal anti-inflammatory drugs, carbenoxolone and liquorice, glucocorticoids, cyclosporine, erythropoietin, and illicit drugs (cocaine, cannabis, amphetamine and 3,4-methylenedioxymethamphetamine (MDMA)). 5 , 19

1.3.11. Obstructive Sleep Apnea (OSA)

There is clear evidence behind the relation between OSA and HT and increased risk of resistant HT (see also Chapter 15). Mild, moderate, and severe OSA has a dose-response relationship with HT. There is a stronger association for Caucasian and male patients with OSA. 3 - 6 , 20

1.3.12. Global Epidemiological Data

CVD are the main cause of death, hospitalization, and outpatient medical visits worldwide, including developing countries such as Brazil. 21 In 2017, complete and revised data from Datasus showed a total of 1 312 663 deaths, 27.3% of which from CVD. 22 HT was associated with 45% of cardiac deaths (CAD and HF), 51.0% of deaths from cerebrovascular disease (CVD), and a small percentage of deaths directly related to HT (13.0%). It should be stressed that HT kills more by causing end-organ damage 23 ( Figure 1.2 ).

Figure 1.2. – Percentage of deaths from hypertension, acute myocardial infarction, stroke, and chronic renal failure (Brazil, 2000).

Figure 1.2

In 2017, data from Global Burden of Disease (GBD) indicated that CVD accounted for 28.8% of total deaths from noncommunicable diseases (NCD). The GBD study found that there were almost 18 million deaths from CV causes in 2017 (31.8% of total deaths), accounting for 20.6% of total years of life lost (YLL) and 14,7% total DALYs (disability-adjusted life years, ie, years of healthy life lost). 18 , 21

Also according to GBD, SBP increase was found to be the main risk factor, responsible for 10.4 million deaths and 218 million DALYs. 21 It also accounts for approximately 40.0% of deaths of DM patients, 14.0% of maternal and fetal mortality during pregnancy, and 14.7% of total DALYs from CKD. 24 - 26

Globally, in 2010, HT prevalence (≥140/90 mm Hg and/or use of antihypertensive medication) was 31.0%, higher for men (31.9%) than for women (30.1%). 17 , 18

A study on worldwide trends in blood pressure from 1975 to 2015 assessing 19.1 million adults found that, in 2015, there was an estimated 1.13 billion adults with HT (597 million men and 529 million women), suggesting a 90% increase in the number of people with HT, especially in low- and medium-income countries. 17 , 18 The study found that HT prevalence decreased in high-income countries and some medium-income ones, but increased or held steady in lower-income nations. The factors implicated in that increase are likely population aging and greater exposure to other risk factors, such as high sodium and low potassium intake, in addition to sedentary lifestyles. 17 , 18

1.4. Prevalence of Hypertension in Brazil

Countrywide prevalence data tend to vary according to the methodology and sample chosen. According to the 2013 Brazilian National Health Survey, 21.4% (95% CI 20.8-22.0) of Brazilian adults self-report HT, while BP readings and the use of antihypertensive medications indicate that the share of adults with BP at or above 140/90 mm Hg is approximately 32.3% (95% CI 31.7-33.0). HT prevalence was found to be higher among men and, as expected, to increase with age regardless of other parameters, reaching 71.7% for individuals age 70 and older ( Table 1.1 and Figure 1.3 ). 27

Table 1.1. – Prevalence of hypertension and 95% confidence interval according to three criteria.

  Self-reported HT (Vigitel) Measured BP ≥ 140/90 mm Hg (PNS, 2013) Measured BP ≥ 140/90 mm Hg and/or use of antihypertensive medication (PNS, 2013)
Total 21;4% (20;8-22;0) 22;8% (22.1-23.4) 32.3% (31.7-33.0)
Male 18.3 (17.5-19.1) 25.8 (24.8-26.7) 33.0 (32.1-34.0)
Female 24.2 (23.4-24.9) 20.0 (19.3-20.8) 31.7 (30.9-32.5)

HT: hypertension; BP: blood pressure. Source: Nilson et al. 2020. 29

Figure 1.3. – Population prevalence of hypertension according to various diagnostic criteria, in adults 18 or older, both genders, by age group (Brazil, 2013).

Figure 1.3

Source: Nilson et al., 2020. 29

In 2017, there was a total of 1 312 663 deaths, 27.3% of which from CVD, accounting for 22.6% of all early deaths in Brazil (ages 30 to 69). In one ten-year period (2008 through 2017), it is estimated that 667 184 could be attributed to HT in Brazil. 21 - 23

In the death rate per 100 000 inhabitants from 2000 to 2018, we can see a slight uptick in AMI and a jump in direct HT, with 25% and 128% increases, respectively. 23

As for morbidity, we can see the population-adjusted hospitalization trend has been stable over the last ten years (Datasus Hospitalization System) both for all causes and for CVD ( Figure 1.3 ). 5 , 23 More of the Brazilian health system's costs can be attributed to HT than to obesity and DM. In 2018, it is estimated that SUS spent USD 523.7 million in hospitalizations, outpatient procedures, and medications. 28

Over the last decade, CVD associated with HT account for 77% of the Brazilian Unified Health System's (SUS) hospitalization costs from CAD, and they increased 32% from 2010 to 2019 in Brazilian reais, from R$ 1.6 billion to R$ 2.2 billion over the same period. 28 , 29

1.5. Primary Prevention

1.5.1. Introduction

HT is highly prevalent and a major risk factor for CVD and kidney disease, combining genetic, environmental, and social determinants. It is easily diagnosable and effectively treatable by a diverse and highly efficiency therapeutic arsenal with few adverse effects. Even so, globally, the fact that it is an often asymptomatic disease means adherence to care is difficult and it remains mostly uncontrolled worldwide.

That equation makes treatment extremely challenging, and prevention remains the best option from a cost-benefit perspective. An adequate approach to risk factors for HT should be a major point of focus for SUS (the Brazilian Unified Health System). Several aspects of that issue deserve further consideration. Many are interwoven or ad to nonpharmacological treatment ( Chart 1.1 ), detailed in Chapter 8. 3 , 5 , 6 , 30 , 31

Chart 1.1. – Main interventions that prevent hypertension.

Modality NP Intervention Dose Difference in SBP measured
Weight control Body weight/fat Reach ideal weight. Expected decrease of 1mm Hg per kg of body weight lost - 2/3 mm Hg
Healthy diet DASH diet Diet rich in fruits, vegetables, grain, and low fat content Reduction in saturated and trans fats - 3 mm Hg
Lower sodium intake Sodium intake Ideal < 2 g or at least 1.0 g/day less - 2/3 mm Hg
Increased potassium intake Potassium intake 3.5 to 5,0 g/day in a potassium-rich diet - 2 mm Hg
Physical activity Aerobic 150 min/week - 5/7 mmHg
Dynamic resistance 8 to 10 exercises for the major muscle groups, 1 to 3 sets, 50 to 80% of 1 RM  
Isometric resistance Unilateral handgrip exercise or 1 leg, 4 sets, 2 min isometric contraction, 30% of maximum voluntary contraction (MVC), 2-3 min break between sets - 4/5 mm Hg
Alcohol intake Alcohol consumption For alcohol drinkers Men ≤ 2 drinks Women ≤ 1 drink - 4/5 mm Hg

 mm Hg: millimeters of mercury; NP: nonpharmacological; RM: repetition maximum; SBP: systolic blood pressure. Source: Adapted from Carey et al., 2018. 6

1.5.2. Weight Control (LR: I; LEE: A)

Overall and central obesity are associated with increased risk of HT. On the other hand, weight loss promoted lower BP both for normotensive and for hypertensive individuals. 3 , 5 , 6 Being “as lean as possible” within the normal BMI range may be the best suggestion for primary prevention of HT. 3 , 5 , 6 , 32 - 36

1.5.3. Healthy Diet (LR: I; LE: A)

Several diets have been proposed for HT prevention which also favor hypertension control and contribute to health as a whole. 5 , 37 One major proposal to that end is the DASH diet and its variants (low fat, Mediterranean, vegetarian/vegan, Nordic, low carbohydrate content, etc.). The benefits are even greater when combined with lower sodium intake. 5 , 37 - 40

Every report on the subject recommends eating healthy amounts of fruits, greens, vegetables, cereal, milk, and dairy products, as well as lowering salt and fat intake. 37 - 41 A meta-analysis compared varieties of these diets with the standard diet and found a greater decrease in SBP (-9.73 to -2.32 mm Hg) and DBP (-4.85 to -1.27 mm Hg) in the proper diet group. 39 Socioeconomic and cultural aspects have to be taken into account to ensure adherence to a given kind of dietary recommendation. 3 , 5 , 6 , 37

1.5.4. Sodium (LR: I; LE: A)

Excess sodium intake is one of the main modifiable risk factors for preventing and controlling HT and CVD. 29 Sodium restriction has been shown to lower BP in several studies. A meta-analysis found that a 1.75 g decrease in daily sodium intake (4.4 g of salt/day) is associated with a mean decrease of 4.2 and 2.1 mm Hg in SBP and DBP, respectively. The BP decrease from sodium restriction is greater in blacks, older adults, diabetic patients, and individuals suffering from metabolic syndrome (MS) and CKD. 37

In the general population, individuals are recommended to restrict their sodium intake to approximately 2 g/day (equivalent to about 5 g of salt per day). 3 - 6 Effectively lowering salt intake is not easy, and low-salt foods are often underappreciated. Patients should be advised to take care with how much salt they add to their food and not to eat high-salt items (industrialized and processed foods). 3 - 6

Decreasing Brazilian salt intake remains a high public health priority, but requires combined efforts from the food industry, all levels of government, and the public in general, since 80% of salt comes from processed foods. 3 - 6 , 10 , 12 , 40 Adequate intake of fruits and vegetables leverages the beneficial effects of a low-sodium diet on BP. Salt substitutes with potassium chloride and less sodium chloride (30 to 50%) are useful to help lower sodium intake and increase potassium intake, despite their restrictions. 42

1.5.5. Potassium (LR: I; LE: A)

The relationship between potassium supplementation and lowering HT is relatively well understood. 43 Potassium supplementation represents a safe alternative, with no major adverse effects and modest but significant impact on BP, and can be recommended to help prevent the onset of HT. 43 - 47 Adequate potassium intake, on the order of 90 to 120 mEq/day, may lead to a 5.3 mm Hg decrease in SBP and a 3.1 mm Hg decrease in DBP. 45 Its intake can increase by opting for sodium-poor and potassium-rich foods, such as beans, peas, dark leafy greens, bananas, melons, carrots, beets, dried fruit, tomatoes, potatoes, and oranges. 3

1.5.6. Physical Activity (LR: I; LE: A)

A sedentary lifestyle is one of the ten most important risk factors for global mortality, causing approximately 3.2 million deaths per year. 48 , 49

A meta-analysis of 93 papers and 5223 individuals showed that aerobic, dynamic resistance and isometric resistance training lower SBP and DBP at rest by 3.5/2.5, 1.8/3.2 and 10.9/6.2 mm Hg, respectively, in the general population. 50 - 52

All adults should be advised to practice at least 150 min/week of moderate physical activity or 75 min/week of vigorous activity. Aerobic exercises (walking, running, bicycling, or swimming) may be practiced for 30 minutes 5 to 7 times per week. Resistance training two to three days per week is also recommended. 50 , 52 For additional benefits, in healthy adults, a gradual increase in physical activity to 300 minutes per week of moderate-intensity physical activity or 150 minutes per week of vigorous physical activity, or an equivalent combination of the two, ideally with supervised daily physical exercise. 55

1.5.7. Alcohol (LR: IIA; LE: B)

Alcohol consumption is estimated to account for approximately 10 to 30% of HT cases and approximately 6% of all-cause mortality worldwide. 3 - 6 , 15 , 56 - 59 Among drinkers, intake should not exceed 30 g of alcohol/day, ie, 1 bottle of beer (5% alcohol, 600 mL), two glasses of wine (12% alcohol, 250 mL), or one 1 dose (42% alcohol, 60 mL) of distilled beverages (whiskey, vodka, spirits). That threshold should be cut in half for low-weight men, women, the overweight, and/or those with high triglycerides. Teetotalers should not be encouraged to drink. 3 - 6 , 15

1.5.8. Psychosocial Factors (LR: IIb; LE: B)

There is a wide variety of techniques used to control emotional stress and contribute to HT prevention, but there is still a dearth of robust studies on the subject. 3 - 6 , 60 Practicing emotional stress control can help CV reactivity, BP itself, and BP variability. 61 - 63

1.5.9. Dietary Supplements (LR: I to III; LE: A and B)

The effects of dietary supplements on lowering BP are usually small and heterogeneous. 58 - 68 There is evidence that the following supplements can help lower BP to a small degree: vitamin C, food-derived bioactive peptides, garlic, dietary fiber, flaxseed, dark chocolate (cocoa), soy, organic nitrates, and Omega-3 fatty acids. 38 , 47 , 69 Magnesium supplements, multivitamins, tea, and coenzyme Q10 have not been shown to lead to significant decreases in BP. 64 , 65 , 70

1.5.10. Smoking (LR: I; LE: A)

Regardless of its impact on BP, tackling this issue is critical, since smoking is the only completely avoidable risk factor for cardiovascular disease and death, and fighting it is paramount. 3 - 6 , 71 - 75 From a prevention standpoint, the WHO recommends the following strategies for tobacco control: prevent the young from trying cigarettes, since the odds of becoming addicted for those who try are over 50%; and enforce the country's tobacco legislation, particularly the prohibition of marketing tobacco products to minors, in addition to other activities directed at this age group. 72 Chemical and psychological addiction makes the fight against smoking hard, but the benefits of cessation for CV mortality are apparent in the short run. 71 , 73 - 75

Rigor in fighting and controlling tobacco use, continuous guidance and unconditional psycho-emotional support for smokers, and occasionally prescribing medication have been shown to be the most effective approach. 73 It is also important to protect individuals against exposure to secondhand smoking, which also implies greater risk. 74

1.5.11. Spirituality (LR: I; LE: B)

There is growing evidence that spirituality (S), a concept transcending religiosity (R), signifying a set of moral, emotional, behavioral, and attitudinal values toward the world, provides benefits in terms of CV risk, mortality, and, in particular, blood pressure control. 76

The Black Women’s Health Study showed that women who coped with stressful situations through spirituality and religiosity had lower risk of developing HT over a 10-year follow-up period (incidence ratio = 0.87; 95% CI 0.75-1.00), and the association was stronger for those reporting higher levels of stress. The survey also found that R/S situations helped modulate and smooth out the challenges of daily life and brought benefits in terms of BP control. 77

1.6. Strategies for the Implementation of Preventive Measures

Lifestyle changes (LSCs) are hard to implement, and society as a whole should work together to support that effort. It is important to establish and support ongoing health education programs directed at K-12 and vocational school students, staff, corporations, and the community. Using the media to raise awareness is an important strategy; periodic focused campaigns (City, State and/or National Hypertension and Prevention Day—Federal Law 10.439 from April 30, 2002, HT Week, the International Society of Hypertension's May Measurement Month, etc.); and additional actions: incorporating HT prevention, detection, and control to primary health care programs, including children and adolescents, and particularly in school health programs; deploying multidisciplinary care programs; strengthening government norms to lower the saturated fat and sodium content of industrialized foods; enhancing nutrition fact labels; and using efficient health indicators to monitor HT prevention and control actions and their results. 3 - 6

Key Takeaways
The numbers defining hypertension are arbitrary, but represent values for which the benefits of treatment (nonpharmacological and/or pharmacological) outweigh the risks.
HT is a multifactorial condition (genetics, environment, life habits and socioeconomic factors).
HT is a major risk factor for cardiovascular and kidney diseases.
HT is highly prevalent, easily diagnosed and can be properly treated, but low adherence means it is hard to control.
HT prevention is cost-effective and also the best way to decrease cardiovascular morbidity and mortality.

2. Blood Pressure and Vascular Damage

2.1. Introduction

High blood pressure (BP) values are traditionally associated with risk for ischemic heart disease, stroke, chronic kidney disease (CKD), and early death. A classic meta-analysis of 61 prospective studies, tracking 12.7 million persons-year and a record of 56 000 deaths from coronary artery disease (CAD) or stroke, produced solid observational evidence. 78 That meta-analysis showed that the risk begins with BP values as low as 115 mm Hg for systolic BP (SBP) or 75 mm Hg for diastolic BP (DBP), doubling for every 20 mm Hg increase in SBP or 10 mm Hg increase in DBP. Despite observational evidence, these findings have not been integrated with the definition of hypertension (HT) diagnosis, which has remained at 140/90 mm Hg for many years.

Thus, patients are still classified as hypertensive with BP levels above 140/90 mm Hg, and individuals with SBP from 120 to 139 mm Hg and DBP from 80 to 89 mm Hg are classified as having normal BP or as prehypertensives, but these have higher cardiovascular risk in comparison with their peers with normal or optimum BP levels. The impact of prehypertension (systolic BP 130-139 mm Hg, diastolic BP 85-89 mm Hg) on vascular risk was described in 2001 by Vasan et al., 79 who analyzed 6859 participants in the Framingham Heart Study. In that study, the authors found an increase in absolute risk for cardiovascular (CV) events. Several other studies have since been published, and their analysis included lower risk patients (systolic BP 120-139, diastolic BP 80-89 mm Hg), such as the Hisayama study, by Fukuhara et al., 80 which also found increased risk for CV disease.

Several other studies have been published since the early work by Vasan et al., which has led to a meta-analysis by Han et al. 81 in 2019, which analyzed 47 studies and a total population of 491 666 individuals. In that meta-analysis, after controlling for multiple CV risk factors, prehypertension increased the total risk of disease by 40%, including that 12.09% of CV disease, 13.26% of coronary diseases, 24;60% of myocardial infarctions (MIs), and 19.15% of strokes could have been prevented if prehypertension was effectively controlled.

That leads to the conclusion that prehypertensive individuals, even if not considered actually hypertensives, should be better assessed and stratified. Noninvasive complementary examinations can evaluate the impact of BP on vessels and analyze early vascular damage both in hypertensive and prehypertensive patients, 82 such as flow-mediated dilation (FMD), which checks endothelial function, and pulse wave velocity (PWV) and ankle-brachial index (ABI), which check the medial layer. The goal of this chapter is to show the impact of increased BP on CV risk, on endothelial dysfunction (damage to the vascular endothelial layer) and arterial stiffness (damage to the vascular medial layer) before HT is diagnosed.

2.2. Blood Pressure, Clinical Outcomes, and Cardiovascular Damage

In the meta-analysis by Law et al., 83 lowering SBP by 10 mm Hg in randomized controlled trials led to AMI and stroke prevention at the same rate estimated by observational studies for the same BP increase. The same was true for a more recent meta-analysis. 84 In this study, the relative risk reduction for CV events in trials where participants were treated to achieve SBP targets from 120 to 124 mm Hg, compared to over 160 mm Hg, was 64%, close to the 75% risk reduction for an estimated 40 mm Hg decrease in SBP from the Prospective Studies Collaboration meta-analysis. 78 Other meta-analyses have converged for these findings, and the largest included 600 000 participants from clinical trials. 85 The SPRINT clinical trial added more evidence to the studies discussed above. 86 The incidence of CVD decreased by 25% in patients randomized for a SBP < 120 mm Hg (intensive treatment), compared to those randomized for a target BP level below 140 mm Hg. There was a 43% decrease in CVD mortality and a 27% decrease in all-cause mortality. A similar benefit was found for participants 75 or older over the baseline, including frail individuals 87 (LR: I LE: A).

More recently, several cohort studies with large sample sizes have come out showing that increased BP creates similar risks for other CV outcomes as those found for CAD and stroke. These include heart failure (HF), with and without preserved ejection fraction (EF), 88 atrial fibrillation, 89 valvular heart disease, 90 , 91 peripheral arterial disease, 92 chronic kidney disease (CKD), 93 , 94 dementia, 95 , 96 and Alzheimer's disease. 97 Diabetes mellitus, 98 erectile dysfunction, 99 and age-related macular degeneration 100 are likely consequences of sustained high BP. In general, these consequences are externalized after many years of exposure to high blood pressure levels, usually to values previously not associated with CV risk. 101 The consequences of high BP can be classified by onset as early or late and comprise most CVD ( Chart 2.1 ). Recently, authors have theorized that CVD is predominantly caused by the rightward shift of the BP distribution curve on a global scale. 102

Chart 2.1. – Early and late-onset consequences of chronic high BP 25 .

Early- and late-onset diseases
Stroke Coronary heart disease Heart failure Cardiovascular death
Late-onset disease
Hypertensive cardiomyopathy Heart failure with preserved ejection fraction Atrial fibrillation Valvular heart disease Aortic syndromes Peripheral arterial disease Chronic kidney disease Dementia Diabetes mellitus Erectile Dysfunction

There is little experimental evidence showing the long-term prevention of high BP. Running clinical trials to show the effectiveness of interventions in the early stages of high BP and, consequently, in decreasing outcomes is a major challenge, since it would require long intervention periods. Despite this limitation, the SPRINT-Mind trials showed that the strategy of lowering SBP to below 120 mm Hg was associated with the decreased incidence of mild cognitive impairment and dementia 103 as well as Alzheimer's markers in magnetic resonance imaging. 104

In addition to increased risk of clinical outcomes from high BP, there was also evidence of preclinical vascular and cardiac damage from BP readings lower than those traditionally used to diagnose HT. Cardiac consequences have also been found from mildly elevated blood pressure levels, categorized as prehypertension. 105 , 106 The PREVER trial found that, in these cases, lowering BP leads to smaller ECG-estimated ventricular mass, 107 as well as an almost 50% decrease in HT.

Risk estimates for increased incidence for the diseases listed in Chart 2.1 have increased significantly in recent years as lower BP values were included in mathematical models. The most conservative attribute 49% of infarctions and 62% of strokes to BP above 115/75 mm Hg. 108

Many justifications have been offered to explain centenarians' life spans. Curiously, even reports that found late onset of HT and CV events for these individuals 109 did not attribute a causal relationship between those conditions. Considering the discussion above, it is natural to conclude that vascular aging is not inexorable. 102 Therefore, it can be deduced that the key for very long life spans probably consists of maintaining BP at actually normal values. More recently, the 14-year follow-up of participants in the MESA (Multi-Ethinic Study of Atherosclerosis) study 110 with no other CV risk factors found that SBP above 100 mmGg increased the risk of CV events threefold compared to participants with SBP between 90 and 99 mm Hg.

The evidence available allow us to hypothesize that, in the future, reference values for a HT diagnosis, as well as therapeutic targets, may be changed and brought closer to levels we now consider normal or optimum BP. More solid and robust evidence is still needed before that change can occur, however.

2.3. Blood Pressure, Inflammation, and Endothelial Dysfunction

HT and its complications are mediated by various mechanisms sharing one common trait, ie, endothelial dysfunction, characterized by the low availability of nitric oxide (NO) and the consequent local imbalance between arteriole relaxing and contracting factors. 111 Endothelial dysfunction is a consequence of the imbalance between endothelial NO synthase (eNOS) or the transformation of NO into the free radical peroxynitrite (NOO-). 112 In that case, vasodilation mediated by several peptides, including bradykinin and angiotensin 1-7, is impaired, leading to increased peripheral vascular resistance and alterations in endothelial permeability. The onset of a chronic inflammatory state in HT patients via the increased production of proinflammatory cytokines (eg, leukocyte adhesion molecules such as endothelin-1 and angiotensin II) decreases eNOS expression, 113 - 115 while increased oxidative stress accelerates NO degradation. Reduced local NO availability increases smooth vascular muscle tone, induces smooth muscle cell proliferation in the medial layer, and increases endothelial permeability, facilitating the passage of low-density lipoprotein (LDL-c) into the subendothelial space, which seems to be the initial event behind the onset of atherosclerosis. Thus, endothelial dysfunction would be at the root of two chronic diseases that usually go together, ie, HT and atherosclerosis. Therefore, identifying the degree of endothelial dysfunction might be an important step in assessing the clinical course of HT. At the biochemical level, ultrasensitive C-reactive protein (CRP) seems to be the most adequate clinically available marker to assess endothelial dysfunction.

Currently, the most widely used technique for analyzing endothelial function in vivo in clinical settings is brachial artery FMD, 116 - 119 a noninvasive ultrasound method correlated with coronary endothelial function 120 , 121 and an independent predictor of CV disease. 121 , 123 However, its availability is limited. Endothelium-dependent dilation is a consequence of brachial artery relaxation in response to increased shear stress and local release of NO. 119 The association between FMD and CV prognosis is that it reflects the bioavailability of NO. 124 FMD may improve the predictive power of risk calculations based on traditional risk factors, including for young hypertensive patients. 119 , 123 Antihypertensive medications that increase the bioavailability of NO and statins may be an interesting option for clinical management 5 , 37 , 125 in order to maintain or preserve endothelial function for both asymptomatic patients and those with established CAD.

2.4. Blood Pressure and Arterial Stiffness

Assessments of vascular damage, a common finding in HT, are increasingly part of clinical practice. The damage involves microvascular alterations, atherosclerosis, increased arterial stiffness, and endothelial dysfunction. 126 There is probably a genetic component to arterial stiffness, 127 but there are also two other important determinants: age and BP levels. 128

Age has greater impact on proximal (central) arteries, predominantly elastic, than on peripheral arteries, predominantly muscular. Central arteries grow stiffer with age, while muscular arteries change less. With age comes elastin fragmentation and generation and progressive accumulation of collagen, accompanied by calcium deposits in the medial layer of arteries, and consequently increased arterial stiffness. 128 , 129

Sustained BP increases trigger the onset of arterial medial hypertrophy, as it causes quantitative and qualitative alterations in the components of the arterial walls (elastin, collagen, and smooth muscle cells), leading to mechanical adaptations. 127 , 128 , 130 These findings have been described both for animal models 131 and for in vitro studies and ex vivo organ cultures, 132 , 133 where mechanosensitive cells respond to increased stress with extracellular matrix production. Therefore, HT accelerates vascular aging, a local mechanobiological response to increased induced stress from higher BP and, consequently, greater arterial stiffness (stiffness as a consequence). 128 , 134

However, several studies have found increased carotid or aortic stiffness in normotensive individuals, despite normal BP levels. 135 - 138 Stiffer arteries create higher impedance for ventricular ejection, requiring higher blood pressure to keep blood flow constant. Thus, increased arterial stiffness may also lead to increased BP in the long run and, consequently, to CV risk. Studies have shown that arterial stiffness may precede HT, theorizing stiffness as a cause. Humphey et al. (2016) 134 described the mechanism as neither cause nor consequence alone, but rather as both, ie, a positive feedback loop where stiffness leads to HT and HT leads to stiffness.

The impact of HT on the medial layer of arteries may be assessed using biomarkers capable of detecting damage and various levels of impairment, determining impact on mortality, predicting CV events, adding information to known risk factors, sufficiently stratifying risk to change therapeutic recommendations, and adding information to justify additional costs. 139 Biomarkers available for assessing arterial stiffness can be found in the following subsections.

2.4.1. Ankle-Brachial Index (ABI)

ABI is the ratio between systolic pressure in the ankle and the arm, 140 considered a marker for arterial stiffness in patients without peripheral arterial disease. 141 It may be measured using Doppler ultrasound or simply applying the oscillometric method, cheaper and more easily available, and readings obtained using both techniques are strongly correlated. 142 According to a 2008 meta-analysis, 143 ABI ≤ 0.90 is associated with approximately twice the 10-year age-adjusted mortality, CV mortality, and higher rate of coronary events. Using ABI has led to the reclassification of CV risk categories and changing therapies for 19% of men and 36% of women. 143 ABI as a predictor of cardiovascular risk is LR: IIa, LE: B.

  Level of recommendation Level of evidence
Blood pressure above 120 mm Hg increases vascular damage and cardiovascular risk I A
Use of serum markers to identify endothelial dysfunction IIb B
Use of brachial artery FMD (the gold standard technique for in vivo endothelial function analysis) in identification of endothelial dysfunction IIb B
Use of FMD for cardiovascular risk stratification IIb B
Arterial stiffness assessed with PWV is an independent predictor of cardiovascular risk, and its assessment, when possible, may make the risk stratification more accurate IIa A
ABI is an independent predictor of cardiovascular risk IIa B
Central blood pressure is an independent predictor of cardiovascular risk IIa B
Key Takeaways
Prehypertension increases cardiovascular risk.
Vascular damage is not found only in the hypertensive and may also be found in prehypertensives.
There are noninvasive tests to assess early vascular damage, but they are not always available.
Arterial stiffness analysis with PWV is an independent predictor of cardiovascular risk, and it may be assessed in clinical practice, when available.
Other methods, such as ABI and central blood pressure, may also be used to assess cardiovascular risk. FMD is more widely used in research settings.

2.4.2. Pulse Wave Velocity (PWV)

PWV is considered the gold standard for arterial stiffness assessments due both to how easy it is to obtain and to the large body of evidence showing its association with CV disease regardless of traditional risk factors. 144 , 145

Carotid-femoral PWV (cfPWV) is determined by dividing traveled distance by travel time (cfPWV = distance/time). The time may be measured directly in the same pulse wave or indirectly using an electrocardiogram. This noninvasive, robust and validated measure was standardized in an expert consensus document published by a European group in 2012. 146

Currently available validated methods include pulse tonometry 147 , 148 and piezoelectric 149 , 150 and oscillometric mechanotransducers. 151 , 152 In 2015, the American Heart Association published a position paper on standardizing the use of these devices to assess arterial stiffness. 82

Increased arterial stiffness is predictive of outcomes. This was shown for cfPWV in hypertensive patients in the early 2000s 153 , 154 and confirmed in several studies and two subsequent meta-analyses. 155 , 156 The first meta-analysis, from 2010, 155 included 15877 patients from 17 trials, and showed that, risk-adjusted for age, sex, and risk factors, a 1 m/s increase in PWV led to a 14% increase in CV events, 15% in CV mortality, and 15% in all-cause mortality. In addition, a one standard deviation increase was associated to increases of 47%, 47%, and 42%, respectively. The second meta-analysis, published in 2014, 156 featuring 17635 patients from 16 trials, found that, for every one standard deviation increase in PWV, the risk increased 35% for CAD, 54% for stroke, and 45% for CVD.

As well as predicting outcomes, adding PWV to traditional CV risk factors helps with stratification. The first study to show improved risk stratification from adding PWV to other CV risk factors was performed on a population sample from the Framingham cohort. 157 Later, the meta-analysis by Ben-Shlomo et al. (2014) 156 showed a 13% increase in risk prediction for individuals at intermediate risk when PWV was added.

Though PWV is relevant for event prediction and risk stratification, it is still little used in clinical practice. In 2019, a European group published a score 158 based on clinical variables to prioritize individuals for PWV assessments. The score assesses easily available clinical variables and is known by the acronym SAGE: S ( systolic blood pressure ), A ( age ), G ( fasting plasma glucose ), and E ( estimated glomerular filtration rate ). PWV increases can be predicted accurately from that score. Therefore, we can prioritize arterial stiffness assessments for select hypertensive patients, improving its deployment in clinical practice.

The cutoff value for normal PWV, in most studies and guidelines, is under 10 m/s. However, due to the influence of age on arterial stiffness, current proposed reference values take into account the various age ranges and sex, as established by the European group in 2010 144 using tonometry, and more recently in a Brazilian study using oscillometric devices ( Table 2.1 ). 159 PWV as a predictor of cardiovascular risk is LR: IIa, LE: A.

Table 2.1. – Reference values for central systolic pressure and pulse wave velocity in Brazilian and European populations with and without cardiovascular risk factors69,84,85.

Normal population — no cardiovascular risk factors Population with cardiovascular risk factors Normal population — no cardiovascular risk factors Population with cardiovascular risk factors
Brazilian 1 European2 Brazilian 1 European2 Brazilian 1 European3 Brazilian 1 European3
CBP Women Men Women Men Women Men Women Men PWV Women Men Women Men High normal Stage I HT Stage II HT
< 30 years 101 (90-93-113-119) 113 (90-93-113-119) 95 (80-88-102-110) 103 (92-97-109-115) 118 (102-109-127-131) 123 (107-114-132-144) 101 (88-94-110-124) 110 (95-102-120-130) < 30 years 4.9 (4.4-4.5-5.0-5.3) 5.2 (4.9-5.1-5.4-5.7) 6.1 (5.3-7.1) 5.3 (4.7-5.0-5.6-6.0) 5.3 (5.0-5.3-5.8-6.3) 6.7 (5.8-7.9) 7.2 (5.7-9.3) 7.6 (5.9-9.9)
30-39 years old 109 (96-102-117-123) 114 (96-102-117-123) 98 (84-90-108-119) 103 (88-05-112-120) 120 (102-110-130-143) 125 (108-116-133-141) 111 (92-100-127-141) 114 (95-103-129-144) 30-39 years old 5.4 (5.0-5.2-5.8-6.1) 5.7 (5.3-5.5-5.9-6.1) 6.4 (5.2-8.0) 5.8 (5.3-5.5-6.2-6.7) 6.1 (5.5-5.8-6.4-6.7) 7.0 (5.5-8.8) 7.2 (5.5-9.3) 7.6 (5.8-11.2)
40-49 years old 110 (99-103-117-122) 116 (99-103-117-122) 102 (87-93-113-123) 106 (90-97-114-123) 121 (104-110-134-146) 123 (108-115-131-141) 116 (95-104-133-146) 118 (97-106-132-144) 40-49 years old 6.4 (5.7-6.0-6.7-6.9) 6.5 (5.9-6.2-6.8-7.0) 6.9 (5.9-8.6) 6.8 (6.0-6.4-7.2-7.7) 6.8 (6.2-6.4-7.1-7.5) 7.7 (6.5-9.5) 8.1 (6.8-10.8) 9.2 (7.1-13.2)
50- 59 years old 110 (97-104-120-124) 112 (97-104-120-124) 110 (93-100-119-127) 110 (96-102-118-126) 124 (106-114-135-146 124 (105-114-134-144) 50-59 years old00-109-134-148) 123 (102-111-137-150) 60-69 years old 4.9 (4.4-4.5-5.0-5.3) 5.2 (4.9-5.1-5.4-5.7) 6.1 (5.3-7.1) 5.3 (4.7-5.0-5.6-6.0) 5.3 (5.0-5.3-5.8-6.3) 6.7 (5.8-7.9) 7.2 (5.7-9.3) 7.6 (5.9-9.9)
60- 69 years old 114 (100-103-121-126) 112 (100-105-120-125) 114 (97-105-122-129) 114 (97-105-122-128) 127 (105-115-141-154) 123 (103-112-136-149) 128 (105-115-141-154) 128 (105-115-142-155) 60-69 years old 8.9 (8.1-8.5-9.2-9.4) 8.9 (8.2-8.6-9.1-9.6) 9.7 (7.9-13.1) 9.3 (8.4-8.8-9.8-10.4) 9.2 (8.4-8.7-9.7-10.2) 9.8 (7.9-13.2) 10.7 (8.4-14.1) 12.0 (8.5-16.5)
≥ 70 years 113 (100-103-121-126) 116 (100-103-121-126) 118 (100-109-126-131) 116 (99-107-124-130) 131 (108-118-146-165) 125 (102-111-140-156) 138 (113-126-152-164) 135 (113-124-147-160) 70 years 11.3 (10.2-10.4-12.5-13.2) 11.0 (10.1-10.6-11.6-12.3) 10.6 (8.0-14.6) 11.8 (10.2-10.8-12.9-14.0) 11.2 (9.9-10.4-12.1-13.2) 11.2 (8.6-15.8) 12.7 (9.3-16.7) 13.5 (10.3-18.2)

2.4.3. Central Blood Pressure

Central (aortic, carotid) blood pressure does not correspond to peripheral (brachial) blood pressure due to pulse amplification from the aorta to the periphery; the former is more relevant for CV pathogenesis than the latter. 160 Currently, central blood pressure can be easily measured by noninvasive methods using the same equipment utilized and validated for measuring PWV. 151 , 161 , 162

Central hemodynamic indices are independent predictors of future CV events and all-cause mortality according to the meta-analysis by Vlachoupoulos et al., which included 11 studies and a total of 5648 individuals with a mean follow-up period of 45 months. 160 Central blood pressure reference values were established by the European group in 2014 using tonometry, 163 and more recently in a Brazilian study with oscillometric devices ( Table 2.1 ). 159 Central blood pressure as a predictor of cardiovascular risk is LR: IIa LE: B.

3. Diagnosis and Classification

3.1. Introduction

The initial assessment of a patient with hypertension (HT) comprises diagnostic confirmation, suspicion, and identification of the secondary cause, and assessment of cardiovascular (CV) risks. End-organ damage (EOD) and associated diseases should also be investigated. The assessment comprises blood pressure (BP) measurement in and/or out of the office, using proper techniques and validated and well calibrated equipment, taking the patient's medical history (personal and family), physical examination, and clinical and laboratory investigation. All hypertensive patients should undergo general assessments, in addition to complementary assessments for specific groups. 164

3.2. Blood Pressure Measurement at the Physician's Office

All medical assessments should include blood pressure measurements, whatever their specialty, and all other health care professionals should be properly trained in the process. Diagnosing HT and its phenotypes, as well as the management of the diagnosis, is the exclusive province of physicians.

Auscultatory or oscillometric sphygmomanometers are the preferred instruments for BP measurement. These devices should be validated according to standardized protocols and conditions, 165 and their calibration checked annually (for oscillometric devices) or every six months (for auscultatory devices), or following Inmetro/Ipem recommendations. 166 Initially, BP should be measured in both arms, preferably by simultaneous double arm measurement. If the difference between arms is > 15 mm Hg for SBP, there is increased CV risk, 167 which may be connected to atheromatous vascular disease. All subsequent measurements should be performed on the arm with the highest BP values. If HT secondary to coarctation of the aorta is suspected, blood pressure should also be measured in the lower limbs, using properly sized cuffs for arm or thigh circumference ( Chart 3.1 ). 164

Chart 3.1. – Cuff dimensions by limb circumference.

Circumference Cuff denomination Cuff width Bladder length
≤ 6 cm Newborn 3 cm 6 cm
6-15 cm Toddler 5 cm 15 cm
16-21 cm Child 8 cm 21 cm
22-26 cm Small adult 10 cm 24 cm
27-34 cm Adult 13 cm 30 cm
35-44 cm Large adult 16 cm 38 cm
45-52 cm Thigh 20 cm 42 cm

Source: Malachias et al., 2017. 164

In older adults, diabetic patients, dysautonomia patients, or individuals taking antihypertensive medications, BP should also be measured 1 minute and 3 minutes after standing up (motionless). 168 Orthostatic hypotension is defined as a SBP decrease ≥ 20 mm Hg or a DBP decrease PAD ≥ 10 mm Hg within the 3rdminute standing up and is associated with higher risk of mortality and cardiovascular events. 169

Charts 3.2 and 3.3 summarize the procedures and steps recommended for proper BP measurement. It should be stressed that improper BP measurements may lead to inaccurate classification, overestimating or underestimating the patient's true BP, and consequently to unnecessary treatment or lack of treatment for misassessed hypertensive patients. Given the simplicity of measuring BP by oscillometry, using a brachial oscillometric device may be preferable to auscultation when both techniques are available. 170 The differences between both techniques for measuring BP are highlighted in Chart 3.3 .

Chart 3.2. – Blood pressure measurement at the physician's office.

The patient should seat comfortably in a quiet environment for 5 minutes before BP measurement can begin. Explain the procedure to the individual and instruct them not to talk during the measurement. Possible doubts should be clarified before or after the procedure.
Make sure the patient does or has NOT: • Have a fuller bladder; • Exercised within the last 60 minutes; • Had coffee or alcohol or eaten; • Smoked within the last 30 minutes.
Three BP measurements should be taken, at 1 to 2 minute intervals; additional measurements should only be performed if the first two readings differ by > 10 mm Hg. Record in the patient's chart the mean of the last two BP readings, without rounding it up or down, and the arm used for the measurement.
Additional measurements may have to be performed for patients with unstable BP due to heart arrhythmias. In patients with AF, auscultatory methods are preferable, since most automated devices have not been validated for BP measurement.*
Use properly sized cuffs for arm circumference.
The cuff should be positioned at heart level. The patient should have their palm up and their clothing should not compress their arm. Patients should have back and forearm supported, legs uncrossed, and feet planted on the ground.
Measure BP in both arms during the first visit, preferably both simultaneously, to detect possible differences between arms. The arm with the higher reading provides the reference value.
In investigating orthostatic hypotension, first measure BP (preferably in supine position, after the patient has been supine for 5 minutes; if the individual is unable to remain in supine position, the measurement may alternately be taken with the patient sitting, though that position is not ideal), then take additional BP readings 1 minute and 3 minutes after the person stands up. BP should measured at rest and standing for all patients in their first visit and also considered in subsequent visits for older adults, diabetes patients and dysautonomic patients, as well as those on any antihypertensive medication.
Record the heart rate. To rule out arrhythmia, use palpation of the pulse.
Inform the patient of the BP reading.

AF: atrial fibrillation; BP: blood pressure.*Most automated devices register the highest individual systolic blood pressure reading instead of averaging out several cardiac cycles for AF patients, leading BP to be overestimated.

Chart 3.3. – Steps of blood pressure measurement.

Steps
1. Measure arm circumference at the midpoint between the acromion and the olecranon.
2. Choose cuff sized to match the arm.
3. Place cuff snugly 2 to 3 cm from the cubital fossa.
4. Centralize the compressive part of the cuff on the brachial artery.
5. Estimate BP level based on palpation of the radial pulse.*
6. Palpate the brachial artery on the cubital fossa and place the stethoscope’s diaphragm without excessive compression;*
7. Inflate cuff rapidly until the estimated SBP level obtained on palpation is exceeded by 20-30 mm Hg;*
8. Proceed to deflate slowly (2 mm Hg per second).*
9. Determine SBP by auscultation of the first sound (Korotkoff phase I), then slightly increase the deflation velocity.*
10. Determine DBP when the sounds disappear (Korotkoff phase V).*.
11. Auscultate until 20-30 mm Hg below the last sound to confirm its disappearance, then proceed to rapid and complete deflation.*.
12. If heart beats persist until zero, determine DBP on the muffling of sounds (Korotkoff phase IV) and write down the values of SBP/DBP/zero.*

DBP: diastolic blood pressure; SBP: systolic blood pressure. * Items performed exclusively in the auscultatory technique

In the Systolic Blood Pressure Intervention Trial (SPRINT), 86 a new mode of measuring BP at the physician's office without an attending health care professional was used, known as unobserved automated office blood pressure measurement (UAOBPM). In this technique, after duly instructed, the patient measures their own blood pressure in a room set aside for that purpose. In SPRINT, participants followed a protocol where they waited in a quiet room for five minutes, then an automated device measured their BP three times, with one minute intervals, and recorded the readings. UAOBPM improves BP measurement reproducibility, and the white-coat effect may be significantly lowered or even eliminated. 171 , 172 In UAOBPM, readings are similar or lower than those obtained via ambulatory blood pressure monitoring (ABPM) or home blood pressure monitoring (HBPM). 173 However, one cannot forget that conventional office BP measurement is the basis for all currently available clinical and epidemiological data.

For obese individuals, optimum cuff size and shape to fit the patient's arm is critical. Proper cuff choice depends on both the circumference and the shape of the arm. 174 Longer and wider cuffs are required for measurements in these patients to avoid overestimating BP. The forearm approach should be considered valid and may be used in clinical settings for BP measurement when severe obesity makes measurement in the upper arm too challenging (arm circumference greater than 50 cm, for which there are no cuffs available). In these situations, the radial pulse should be auscultated, though there are limitations to that practice. 175 , 176 Cone-shaped, wide, short arms that do not fit large cuffs represent a particular challenge for BP measurement. The use of validated heart rate monitors should also be considered in these cases. 177 , 178

3.3. Classification

The BP limits considered normal are arbitrary. 164 , 179 The values used to classify BP in adults by using casual or office measurements are shown in Chart 3.4 . Individuals are considered hypertensives if SBP ≥ 140 mm Hg and/or DBP ≥ 90 mm Hg. When using office measurements, the hypertension diagnosis should always be validated with repeated readings, under ideal conditions, on at least two visits made days or weeks apart; or more assertively by using out-of-office measurements (ABPM or HBPM), except for patients already presenting with EOD or CV disease. 37 Patient classification follows the office BP measure and the highest BP level, either systolic or diastolic.

Chart 3.4. – Classification of blood pressure from in-office measurement, ages 18 and up.

Classification* SBP (mm Hg)   DBP (mm Hg)
Optimum BP < 120 and < 80
Normal BP 120-129 and/or 80-84
Prehypertension 130-139 and/or 85-89
Stage 1 HT 140-159 and/or 90-99
Stage 2 HT 160-179 and/or 100-109
Stage 3 HT ≥ 180 and/or ≥ 110

BP: blood pressure; DBP: diastolic blood pressure; HT: hypertension; SBP: systolic blood pressure. * Classification follows office BP and the highest BP level, either systolic or diastolic. ** Isolated systolic HT, characterized by SBP ≥ 140 mm Hg and DBP < 90 mm Hg, is classified as 1, 2 or 3, according to SBP values at the intervals indicated. *** Isolated diastolic HT, characterized by SBP < 140 mm Hg and DBP ≥ 90 mm Hg, is classified as 1, 2 or 3, according to SBP values at the intervals indicated.

Individuals with SBP ≥ 140 mm Hg and DBP < 90 mm Hg are classified as having isolated systolic HT, while SBP < 140 mm Hg and DBP ≥ 90 mm Hg is characteristic of isolated diastolic HT. Both isolated systolic HT and isolated diastolic HT have higher rates of white-coat HT (WCH). 180

In the previous Brazilian guidelines, 164 what was then called normal BP is now known as optimum BP, while prehypertension is now divided into normal BP and prehypertension. Individuals with SBP from 130 to 139 and DBP from 85 to 89 mm Hg are now considered prehypertensive, since that population has shown a consistently higher risk of CV disease, coronary artery disease, and stroke than populations with BP between 120 and 129 or 80 and 84 mm Hg. They are also at greater risk of having masked hypertension (MH). 181 , 182 Consequently, prehypertensive individuals should be monitored closely.

3.4. Out-of-Office Blood Pressure Measurement

Out-of-office BP may be measured using ABPM or HBPM, following its indications and restrictions. 183 - 187 Out-of-office BP measurements should be encouraged. The major advantages and disadvantages of out-of-office BP measurement are summarized in Chart 3.5 , while its primary indications, as well as specific indications for HBPM, can be found in Chart 3.6 .

Chart 3.5. – Advantages and disadvantages of out-of-office blood pressure measurement.

• Greater number of measurements • Reflects usual activities of patients • May identify white-coat HT and masked HT • Greater patient engagement with diagnosis and follow-up
ABPM HBPM
  • • Night readings

  • • Allows measurement in real-life conditions

  • • Use in patients with cognitive impairments and in rare cases of obsessive behavior

  • • Allows short-term assessment of BP variability

  • • More robust prognostic evidence

  • • Low cost and widely available

  • • Measurement at home may be more relaxed than at the physician's office

  • • Allows assessment of day-to-day BP variability

  • • Patient engagement in BP measurement

  • • Higher adherence to treatment

  • • High cost

  • • Potentially limited availability

  • • May be uncomfortable

  • • Only BP at rest

  • • Potential measurement error

  • • No night reading

ABPM: ambulatory blood pressure monitoring; BP: blood pressure; HBPM: home blood pressure monitoring; HT: hypertension.

Chart 3.6. – Indications for ABPM or HBPM.

ABPM or HBPM
  • White-coat HT investigation is more frequent, particularly in the following situations:

  • • Stage 1 HT at the physician's office

  • • Very high BP at the physician's office in the absence of EOD

  • Investigating masked HT is more frequent, particularly in the following situations:

  • • Prehypertension at the physician's office

  • • Normal BP at the physician's office for patients with EOD or high-risk CV

Confirmation of resistant HT diagnosis
HT control assessment, especially for high CV risk patients
Individuals with exaggerated BP response to physical exercise
Presence of high variability in office BP
Assessment of symptoms of hypotension during treatment
Specific indications for ABPM:
BP assessment during sleep and/or wakefulness dip/dip (eg suspected noctunal hypertension, obstructive sleep apnea, chronic kidney disease, diabetes, endocrine HT, or autonomic dysfunction)
Investigation of postural and postprandial hypotension in treated and untreated patients

ABPM: ambulatory blood pressure monitoring; BP: blood pressure; DBP: diastolic blood pressure; HBPM: home blood pressure monitoring; HT: hypertension; SBP: systolic blood pressure.

ABPM and HBPM should not be mistaken for self-measured blood pressure (SMBP), performed by patients themselves using automated devices, which do not follow any pre-established protocol. The measurements are made at random, at the patient's discretion or as requested by the physician. 188

The COVID-19 pandemic has accelerated the development of telemedicine (televist, telecounseling, and telemonitoring), a change we believe to be irreversible. Currently, the Brazilian Unified Health System (SUS) already provides COVID-19 telecounseling, and supplementary health care services have already adopted it as well. Here, SMBP has the possibility of contributing to diagnosis, follow-up and treatment for hypertensive patients. To that end, this guideline recommends the use of high-quality oscillometric devices, ie, preferably brachial cuff-based devices that have been validated. Wrist blood pressure monitors should be discouraged, but where used, give preference to validated devices that include height and motion sensors. A minimum of seven measurements, performed during a 16- to 72-hour period, is recommended. Thus far, recommended normal values are the same as for HBPM, though specific studies and trials are still needed to compare BP values observed using each technique. 187 , 189

The definition of hypertension by BP at the physician's office is shown on Chart 3.7 . Compared to office BP readings, HBPM values are usually low, and the diagnostic threshold for BP is ≥ 130/80 mm Hg (equivalent to office BP ≥ 140/90 mm Hg). 180 , 190 - 192 HBPM offers more reproducible BP values and is more strongly related to EOD, particularly left ventricular hypertrophy, and to CV morbidity and mortality than office BP. 188 , 193 There is also evidence that HBPM may offer a beneficial effect in terms of adherence to medication and BP control, 194 , 195 especially when combined with guidance and counseling. 196 Telemonitoring and smartphone applications may offer additional advantages for HBPM, 197 , 198 such as BP measurement reminders and a convenient way to store and edit BP data in a digital report.

Chart 3.7. – Definition of home blood pressure monitoring according to office blood pressure, ambulatory blood pressure monitoring, and home blood pressure monitoring.

Category SBP (mm Hg)   DBP (mm Hg)
Office BP ≥ 140 and/or ≥ 90
24-hour ABPM ≥ 130 and/or ≥ 80
Daytime ≥ 135 and/or ≥ 85
Sleep ≥ 120 and/or ≥ 70
HBPM ≥ 130 and/or ≥ 80

ABPM: ambulatory blood pressure monitoring; BP: blood pressure; DBP: diastolic blood pressure; HBPM: home blood pressure monitoring; HT: hypertension; SBP: systolic blood pressure.

ABPM is a better predictor of CV risk and EOD than office BP. 199 In addition, 24-hour ambulatory BP means are better correlated with fatal or nonfatal events, 200 , 201 such as fatal and nonfatal coronary events and strokes. 202 - 205

3.5. White-Coat Effect (WCE) and Masking Effect (ME)

The difference in BP between measurements taken at the physician's office and out of it is known as WCE or ME, when the values are positive or negative, respectively. Based on HBPM trials, differences equal to or higher than 15 mm Hg for SBP and/or 9 mm Hg for DBP indicate significant WCE, while differences equal to or lower than -1 mm Hg for SBP and/or DBP indicate significant ME. 180 These scenarios do not change the diagnosis; ie, if the individual is normotensive, they remain normotensive, and if hypertensive, they remain hypertensive. However, it may be useful in identifying individuals at risk of significant BP differences at and out of the physician's office, which may contribute to better therapeutic management.

3.6. White Coat Hypertension (WCH) and Masked Hypertension (MH)

Several different phenotypes are possible for an HT diagnosis. True normotension (TNT) is defined as normal attended and unattended BP measurements, sustained HT (SHT) when both are abnormal, WCH when BP is high at the physician's office but normal outside it, and MH when BP is normal at the office, but high outside it. 206 , 207 Estimated prevalence rates in Brazil can be found in Figure 3.1 . 208 , 209

Figure 3.1. – Possible diagnoses in hypertension (phenotypes).

Figure 3.1

ABPM: ambulatory blood pressure monitoring; HBPM: home blood pressure monitoring.

Though the prevalence varies between studies, WCH can be found in approximately 15 to 19% of individuals at the office and up to 30 to 40% of individuals with high BP at the office. It is more common among patients with stage 1 hypertension. 210 - 212

The presence of EOD and the risk of CV events associated with WCH are lower than in SHT. 205 , 213 , 214 However, compared to TNT, WCH is associated with higher adrenergic activity, higher prevalence of metabolic risk factors, more frequent EOD and higher of developing diabetes mellitus, and progressing to SHT and left ventricular hypertrophy. 215 , 216 In WCH, out-of-office BP values tend to be higher than in TNT, which might explain the increased long-term risk of CV events. 217 - 221

Like WCH, the prevalence of MH may vary significantly across populations. However, overall, MH may be found in approximately 7 to 8% of individuals at the physician's office, and may total circa 15% of normotensives. 222 , 223 Several factors can elevate out-of-office BP compared to office BP, such as being older, male, smoking, alcohol consumption, physical activity, exercise-induced hypertension, anxiety, stress, obesity, diabetes mellitus, chronic kidney disease, and family history of HT. MH is associated with dyslipidemia, dysglycemia , EOD, prehypertension, and adrenergic activity and increases the risk of progression to diabetes mellitus and SHT. 183 , 185 , 198 , 207 , 224 - 226 Meta-analyses of prospective studies report that the incidence of CV events is approximately twice as high in MH than in TNT, and comparable to that in HT. 210 , 227 , 228

3.7. Uncontrolled Masked and White Coat Hypertension

WCH and MH were originally defined for people who were not being treated for HT. However, patients on antihypertensive medications may also have divergent BP behaviors in and out of the physician's office. The following terms are used for patients treated with antihypertensives: uncontrolled masked HT, when BP is controlled at the office, but high out of it; uncontrolled white-coat HT, when BP is high at the office, but normal out of it; uncontrolled sustained HT, when BP is high at and out of the office; and controlled HT, when BP is normal at and out of the office. 218 Figure 3.2 shows the prevalence rates for these four phenotypes in Brazil. 213 , 214

Figure 3.2. – Fenótipos em hipertensos tratados.

Figure 3.2

MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial; MRPA: monitorização residencial da pressão arterial.

3.8. Diagnosis and Follow-Up Recommendations

HT is a habitually asymptomatic condition. Therefore, it should be assessed during doctor's visits and as part of structured population-based screening programs. In the latter, over 50% of HT patients did not known they had the disease. 229 , 230 BP should be measured at regular intervals, with frequency determined by BP classification ( Figure 3.3 ). Healthy individuals with optimum office BP (< 120/80 mm Hg) or normal BP (120-129/80-84 mm Hg) should have their BP measured at least one a year and during medical appointments. Patients suffering from prehypertension (130-139/85-89 mm Hg) should have their BP measured annually, or preferably more often than that, due to the high rates of progression to HT. In addition, if MH is suspected, ABPM or HBPM should be deployed to investigate the phenotype.

Figure 3.3. – Screening and diagnosis of hypertension.

Figure 3.3

ABPM: ambulatory blood pressure monitoring; BP: blood pressure; HBPM: home blood pressure monitoring; MH: masked hypertension; SHT: sustained hypertension; TNT: true normotension; WCH: white coat hypertension.

Since BP may be highly variable, a diagnosis of HT should not be based exclusively on BP values at a single visit, unless it is significantly elevated (stage 3 HT) or there is an established diagnosis of EOD or CV disease. For other patients, repeated BP measurements in subsequent visits to the physician's office should be used to verify persistent high BP as well as to stage the disease. The higher the stage, the more frequent the appointments should be and the shorter the interval between them. Therefore, stages 2 and 3 patients may require more frequent visits (days or weeks apart), while stage 1 patients may require visits after a few months, especially when there is no EOD and CV risk is low.

The guideline recommends the use of out-of-office BP measurements ( Figure 3.3 ) as an alternate strategy for repeated office BP measurements to confirm the HT diagnosis, as long as they are logistically and economically feasible. 231 This approach may also generate relevant supplementary clinical information, such as detecting WCH and MH 213 , 214 , 232 ( Chart 3.6 and Figure 3.3 ).

The exercise stress test is not recommended for the diagnostic assessment of HT due to several limitations, including lack of standardization in methods and definitions. Currently, there is no consensus about normal BP response to physical exercise.

3.9. Central Aortic Pressure

Several techniques have enabled the measurement of aortic BP (central BP) using algorithms based on brachial BP readings. 233 , 159 Several studies show different reductions for central BP compared to brachial BP for select antihypertensive medications, and though central BP seems to be a better predictor of CV events than brachial BP, the added prognostic value of measuring central BP still requires more evidence. 160 , 234

Spurious HT (isolated systolic HT in young individuals with normal central BP) seems to be clearest case for use of central BP (when available) in clinical practice, making it the first indication for central BP measurement. It is found in a small fraction of young individuals, especially male athletes, but it remains unclear whether these patients are at lower CV risk than suggested by conventional BP measurements. 235 - 237

It should be stressed that the prognostic limitations of central BP are not applicable to other parameters associated with said measurements, such as pulse wave velocity (PWV) and augmentation index (AIx), which have well-established prognostic values. 238

3.10. Genetics and Hypertension

Primary hypertension is a multifactorial, but with a strong genetic component. Family and twin studies have shown 30 to 50% heritability levels. 239 , 240 Most of the genetic risk is polygenic, ie, it comes from the contribution of hundreds of DNA variants that, taken together and after interacting with the environment, increase the risk of developing a hypertensive phenotype. A recent study of over 1 million patients showed that DNA variations in over 900 genes are associated with BP control, explaining approximately 27% of the heritability of BP control. 240 The study paves the way for the use of gene panels to assess HT risk, which might help guide preventive efforts.

In contrast with primary HT, various forms of secondary HT are caused by heritable single-gene mutations (monogenic HT), such as familial hyperaldosteronism, Liddle's syndrome, congenital adrenal hyperplasia, and hereditary pheochromocytoma and paraganglioma ( Chart 3.8 ). 240 , 241 These causes should be investigated in patients suspected of secondary HT. Genetic diagnoses need to take into consideration proper treatment as well as allow genetic counseling for families and early screening for asymptomatic family members.

Chart 3.8. – Causes of monogenic hypertension.

Condition Mode of inheritance Genes involved
Liddle's Syndrome Autosomal dominant SCNN1B and SCNN1G
Congenital adrenal hyperplasia Autosomal recessive CYP11B1
Autosomal recessive CYP17A1
Apparent mineralocorticoid excess syndrome Autosomal recessive HSD11B2
Geller Syndrome Autosomal dominant NR3C2
Gordon syndrome (pseudohypoaldosteronism type II) Autosomal dominant WNK4
Autosomal dominant WNK1
Autosomal recessive or dominant KLHL3
Autosomal dominant CUL3
Familial hyperaldosteronism type I Autosomal dominant CYP11B1
Familial hyperaldosteronism type II Autosomal dominant CLCN2
Familial hyperaldosteronism type III Autosomal dominant KCNJ5
Familial hyperaldosteronism type IV Autosomal dominant CACNA1H
Recommendation LR LE
BP should be classified as optimum, normal, prehypertension or stages 1 to 3, depending on BP measurement at the physician's office. I C
HT screening programs are recommended. All adults (≥ 18 years old) should have their BP measured at the physician's office, have their values recorded in their files, and be made aware of their BP. 160 , 234 I B
Given the simplicity of measuring BP by oscillometry, using an automated brachial oscillometric device may be preferable to auscultation when both techniques are available. I C
Annual BP measurement is indicated if the office BP is < 140/90 mm Hg. I C
It is recommended that BP be measured in both arms, at least on the first visit, since differences in SBP greater than 15 mm Hg across arms might suggest atheromatous disease and is associated with increased CV risk. 167 I A
If a difference in BP < 15mm Hg is found, it is recommended that all subsequent BP readings use the arms with the highest BP value. I C
It is recommended that the HT diagnosis be based on repeated office BP measurements, on multiple visits, except for stage 3 HT and especially for high-risk patients. Three BP measurements should be taken at each appointment, at 1 to 2 minute intervals; additional measurements should only be performed if the first two readings differ by > 10 mm Hg. The patient's BP is the mean of the last two BP readings. I C
It is recommended that the HT diagnosis be based on out-of-office BP measurements using ABPM and/or HBPM, as long as these measurement techniques are feasible (logistically and economically). I C
Out-of-office BP (ie, ABPM or HBPM) is specifically recommended for various clinical indications, such as identifying WCH and MH, quantifying treatment effects and identifying possible causes of side effects (eg, symptomatic hypotension). 164 , 170 , 180 , 2 01,209 I A
Pulse pressure, BP variability and central BP may be considered, but are currently little used in routine clinical practice. They may provide useful additional information in certain circumstances and stand as valuable research instruments. IIb C
Genetic testing should be considered in specialized centers for patients suspected of rare monogenic causes of secondary HT or for those with pheochromocytoma. 240 - 242 IIa B
Routine genetic testing for hypertensive patients is not recommended. III C

  ABPM: ambulatory blood pressure monitoring; BP: blood pressure; CV: cardiovascular; HBPM: home blood pressure monitoring; MH: masked hypertension; WCH: white coat hypertension.

Key Takeaways
BP should be classified as optimum, normal, prehypertension or stages 1 to 3, depending on office BP.
HT screening programs are recommended. All adults (≥ 18 years old) should have their BP measured at the physician's office, have their values recorded in their files, and be made aware of their BP.
Annual BP measurement is indicated if the office BP is < 140/90 mm Hg.
It is recommended that the HT diagnosis be based on repeated office BP measurements, on multiple visits, or on out-of-office BP measured by ABPM and/or HBPM when either or both are feasible.
Out-of-office BP (ie, ABPM or HBPM) is specifically recommended for various clinical indications, such as identifying WCH and MH, quantifying treatment effects and identifying possible causes of side effects (eg, symptomatic anemia hypotension).

4. Clinical and Complementary Assessment

4.1. Clinical History

The clinical assessment of hypertensive patients should follow the traditional methodology, consisting of taking their hypertensive patient, physical examination, and laboratory tests. Chart 4.1 summarizes the objectives. Following every step of the process will enable physicians to correctly diagnose hypertension (HT) and stratify cardiovascular and renal risks, contributing to a more adequate therapeutic strategy.

Chart 4.1. – Clinical and laboratory assessment.

Perform accurate BP measurements for diagnostic confirmation of HT (Chapter 2)
Ask about family history of HT
Identify associated renal and cardiovascular risk factors
Investigate EOD (subclinical or clinically manifested)
Investigate presence of other diseases
Ask about drugs and medications that may interfere with BP
Apply global CV risk score (Chapter 5)
Screen for signs of secondary HT (Chapter 15)

BP: blood pressure; CV: cardiovascular; EOD: end-organ damage; HT: hypertension.

4.2. Clinical Assessment

4.2.1. History-Taking

A full patient history should be taken, including mandatory questions about timing of diagnosis and prior antihypertensive treatments (medications and dosage). In addition, symptoms indicating the progress of hypertension, especially the presence of end-organ damage (EOD), should be investigated. It is also important to establish the patient's personal history and to build a timeline to better understand their clinical condition.

Family histories should also be taken to corroborate a diagnosis of primary HT 243 (LR: I; LE: B). During the appointment, the patient should be asked, among others, about the presence of specific cardiovascular disease (CVD) and kidney disease risk factors, 244 - 246 comorbidities and biopsychosocial, cultural, and socioeconomic aspects. 244 , 245 , 247 Assessing the use of other nonantihypertensive medications, whether legal or illegal drugs, that might interfere with BP (Chapter 9) is critical, as is investigating the patient's clinical history for signs suggesting secondary causes of HT, as detailed in Chapter 15.

4.3. Physical Examination

A detailed physical examination should be performed, with proper and repeated BP and heart rate (HR) measurements, as described in Chapter 3, as well as the search for signs of EOD and findings that might suggest secondary causes of HT.

Anthropometric data, such as weight, height, as well as body mass index (BMI) calculation, 248 and abdominal circumference (AC) , 248 have normal reference values defined by the World Obesity Federation (available online at https://www.worldobesity.org/ . The assessment should include palpation and auscultation of the heart, carotid arteries, and pulses. Measuring the ankle-brachial index (ABI) is also encouraged, as is fundoscopy. 249 , 250 To calculate ABI, divide brachial systolic blood pressure (SBP) by ankle SBP for both the left and the right side. The normal arm/ankle SBP ratio is higher than 0.90. Mild obstruction is characterized by ABI from 0.71 to 0.90; moderate, from 0.41 to 0.70; and severe, from 0.00 to 0.40 (LR: IIa, LE: B). It is an important tool for diagnosing peripheral occlusive atherosclerotic disease and to determine the prognosis for cardiovascular events. 250

In some cases, measuring central blood pressure (CBP) in order to detect isolated systolic hypertension in young individuals (spurious hypertension of youth) may be recommended, since, unlike brachial artery readings, CBP is not high in these situations (LR: IIa, LE: B) (Chapter 3). 251 , 252 Chart 4.2 shows a summary of the physical examination.

Chart 4.2. – Physical examination assessment.

1. Take repeated, accurate BP measurements in both arms (see Chapter 3)
2. Measure anthropometric parameters: weight, height, HR, AC, and BMI.
3. Look for signs of end-organ damage
4. Investigate signs of endocrine disease, such as Cushing's syndrome and hyper or hypothyroidism
5. Examine cervical region: palpation and auscultation of carotid arteries, check of jugular stasis, and thyroid palpation
6. Cardiovascular system assessment: displaced apex beat and propulsion to palpation; in auscultation, presence of S3 or S4, hyperphonetic second heart sound, murmurs, and arrhythmias
7. Assess respiratory system: listen for rales, rhonchi, and wheezing
8. Observe extremities: edemas, upper and lower limb pulses (decreased femoral pulse suggests coarctation of the aorta, aortic disease or aortic arch disease)
9. Abdominal palpation and auscultation: fremitus, bruit, abdominal masses suggestive of polycystic kidney disease and tumors (may suggest secondary causes or EOD)
10. Detect sensory and motor deficits in neurological examination
11. Perform fundoscopy or retinography (when available0: identify increased dorsal reflex, arterioral narrowing, pathological arteriovenous crossings, hemorrhages, exudates, and papilledema (signs of hypertensive retinopathy)

AC: abdominal circumference; BMI: body mass index; BP: blood pressure; HR: heart rate.

4.3.1. Basic Laboratory Investigation, Assessment of Subclinical and Clinical End-Organ Damage

The goal of complementary assessment is to detect subclinical or clinical end-organ damage to better stratify cardiovascular (CV) risk. To stratify global CV risk, in addition to classical risk factors ( Chart 4.3 ), other, recently-identified risk factors should also be considered, although not all have been incorporated into clinical scores. 253 , 254 Important elements in this investigations include altered glycemia or glycated hemoglobin, abdominal obesity (metabolic syndrome), pulse pressure > 65 mm Hg in older adults, history of pre-eclampsia/eclampsia, and family history of HT (for borderline hypertensive patients). 254

Chart 4.3. – Additional cardiovascular risk factors.

Age (women > 65 years old and men > 55 years old)
Smoking
Dyslipidemia: fasting triglycerides (TG) > 150 mg/dL; LDL-c > 100 mg/dL; HDL-c < 40 mg/dL
Confirmed diabetes mellitus (DM) (fasting plasma glucose of at least 8 hours ≥ 126 mg/dL, random blood glucose ≥ 200 mg/dL or HbA1c ≥ 6.5%) or pre-diabetes (fasting plasma glucose from 100 to 125 mg/dL or HbA1c from 5.7 to 6.4%)
Family history of premature CVD: in women < 65 and men < 55
Pulse pressure in older adults (PP = SBP – DBP) > 65 mm Hg
Abnormal ABI or PWV
Past pathological history of pre-eclampsia or eclampsia
Central obesity: BMI < 24.9 Kg/m 2 (normal); from 25 to 29.9 Kg/m 2 (overweight); > 30 Kg/m 2 (obesity)
Waist-hip ratio (WHR)
Abdominal circumference = women < 88 cm and men < 102 cm Waist: C = at the midpoint between the last rib and the iliac crest Hip H = at the level of the greater trochanter Calculation (WHR) = women: WHR ≤ 0.85; men: WHR ≤ 0.95
Metabolic syndrome profile

ABI: ankle-brachial index; BMI: body mass index; H: hip; PP: pulse pressure; W: waist; WHR: waist-hip ratio.

Changes in pulse wave velocity (PWV), when available, are indicative of EOD, and may reclassify intermediate CV risk patients as high-risk (LR: IIa, LE: A) (Chapter 2). 156 Basic laboratory assessment ( Chart 4.4 and 4.5 ) should be part of the initial routine for all hypertensive patients. 253 The recommended tests are serum potassium, uric acid, creatinine, glycemia, and lipid profile, as well as urinalysis and an electrocardiogram for possible left ventricular hypertrophy.

Chart 4.4. – Routine complementary examinations.

Urinalysis (LR: I, LE: C)
Plasma potassium (LR: I, LE: C)
Plasma creatinine (LR: I, LE: B)
Fasting plasma glucose (LR: I, LE: C) and HbA1c (LR: I, LE: C)
Estimated glomerular filtration rate (LR: I, LE: B)
Total cholesterol, HDL-C and serum triglycerides (LR: I, LE: C) *
Plasma uric acid (LR: I, LE: C)
Conventional electrocardiogram (LR: I, LE: B) **

* LDL-C is calculated using the following formula: LDL-C = total cholesterol - (HDL-C + triglycerides/5) (when triglycerides < 400 mg/dL). 259 * LDL-C may also be measured in routine laboratory work. ** Sokolow-Lyon criteria for LVH: SV1+ RV5.6> 35 mm – Cornell voltage: RaVL + SV3> 20 mm (women), > 28 mm (men). 260 , 261

Chart 4.5. – Recommended tests for indicated populations.

Chest X-ray: indicated for follow-up of hypertensive patient in case of clinical suspicion of cardiac involvement (LR: IIa, LE: C) and/or pulmonary involvement and to assess hypertensive patients with aortic involvement for whom an echocardiogram is not available. 262
Echocardiogram: more sensitive than an electrocardiogram to diagnose left ventricular hypertrophy (LVH), adds value in the assessment of the geometry of left atrial hypertrophy and size of the left atrium, as well as analysis of systolic and diastolic function. Indicated when there are signs of LVH in the electrocardiogram or for patients with clinical suspicion of heart failure (LR: IIa, LE: B). LVH is diagnosed when the left ventricular mass adjusted for body surface area is equal to or greater than 116 g/m 2 for men and 96 g/m 2 for women. 263
Albuminuria or urine protein/creatinine ratio or urine albumin/creatinine ratio: useful test for diabetic hypertensive patients, patients with metabolic syndrome or two or more risk factors, since it is predictive of fatal and nonfatal cardiovascular events (normal values < 30 mg/g of creatinine (LR: I, LE: B). 264
Carotid ultrasound: indicated in the presence of carotid bruit, signs of cerebrovascular disease, or presence of atherosclerotic disease in other areas. Increased carotid intima-media thickness (IMT) and/or the identification of atherosclerosis plaque formation is predictive of stroke and myocardial infarction, regardless of other CV risk factors. IMT values > 0.9 mm are considered abnormal, as is the finding atherosclerotic plaques (LR: I, LE: A). 265 , 266
Doppler or non-Doppler renal ultrasound: necessary for patients with abdominal masses or abdominal murmur (LR: IIa, LE: B). 267
Glycated hemoglobin (HbA1c): indicated when fasting plasma glucose is higher than 99 mg/dL, family history or previous diagnosis of type 2 DM and obesity (LR: IIa, LE: B). 268
Exercise stress test: indicated in suspected stable coronary disease, diabetes mellitus or family history of coronary disease in patients with controlled blood pressure (LR: IIa, LE: C). 269
ABPM/HBPM: see indications for methods in Chapter 3 (LR: I, LE: A). 186
Pulse wave velocity (PWV) measurement, when available: indicated for low- to moderate-risk hypertensives, considered a useful method to assess arterial stiffness, ie, vascular damage. PWV values higher than 10m/s are considered abnormal for the general population, but there are adjusted reference values for age and sex deciles available (LR: IIa, LE: A). 139 , 270 , 271
Brain magnetic nuclear resonance (MNR): indicated in patients with cognitive disorders and dementia to detect silent cerebral infarcts and microbleeds (LR: IIa, LE: C). 272

To assess renal function, one should obtain the estimated glomerular filtration rate using the Modification of Diet in Renal Diseases (MDRD) 255 formula or, preferably, the Chronic Kidney Diseases Epidemiology Collaboration (CKD-EPI) 256 formula, available at http://mdrd.com/.

Figure 4.1 shows the estimated glomerular filtration rate (eGFR) accompanied by staging (stages 1 through 5) and prognosis for chronic kidney disease and considering albuminuria levels, according to the Kidney Diseases Improving Global Outcomes (KDIGO) guidelines. 257 , 258 The colors indicate renal prognosis and management. Green means low risk and good prognosis; yellow, intermediate risk, patient should be monitored; orange, high risk, poor prognosis, mandatory referral to specialist; red, very high risk, poor prognosis, mandatory referral to specialist.

Figure 4.1. – Prognosis for chronic kidney disease by glomerular filtration rate and albuminuria.

Figure 4.1

CKD: Chronic kidney disease, eGFR: estimated glomerular filtration rate; KDIGO: Kidney Diseases Improving Global Outcomes.

In terms of renal assessment:

It is recommended that the clinical laboratory make the creatinine test results available along with the eGFR results (LR: I, LE: B);

Creatinine clearance results (24 h urine) are not recommended, except for significant changes in muscle mass (amputation), body surface at the extremities and clinical instability (LR: I, LE: B);

It is recommended that the urine protein to albumin ratio be analyzed, in order of importance: urine albumin to creatinine ratio (ACR), urine protein to creatinine ratio (PCR), protein urine test strips with automated or manual reading. It is recommended that clinical laboratories report ACR and PCR for all urine samples and not just their concentrations (LR: I, LE: B).

Key Takeaways
A full medical history and physical examination should always include proper BP measurement, analysis of anthropometric parameters and investigation of signs and symptoms of end-organ impairment and secondary causes of hypertension.
In hypertensive patients, it is important to investigate comorbidities (diabetes mellitus, dyslipidemia, and kidney and thyroid disease, among others) to improve CV risk stratification and treatment.
The routine supplementary tests recommended in this guideline are basic, easily available and easy to interpret, low-cost and mandatory for all patients, at least in their first visit and once a year. Other tests are required for indicated populations.
Investigating end-organ damage, both clinical and subclinical, is essential for fuller therapeutic guidance.

5. Cardiovascular Risk Stratification

5.1. Introduction

There is a widely established causal, linear, and continuous relation between increased blood pressure (BP) and risk of cardiovascular disease (CVD) for both sexes, all ages, and all ethnic groups. 85 BP interacts synergically with other CVD risk factors (RFs), and its pro-atherogenic effect is proportional to the number and intensity of these additional factors. 78 , 273 CVD is a multifactorial condition, dependent on synergic interactions in the whole causal system responsible for its development. In addition, modest increases in several RFs may trigger greater increases in cardiovascular (CV) risk than sharp increases in a single RF. 273 , 274 Therefore, quantifying risk for hypertensive patients, ie, the probability of a given individual developing CVD during a given period, is an essential part of the process and can help guide preventive and treatment strategies. 37 , 164 , 275

It should be stressed that the impact of hypertension (HT) control is proportional to the absolute individual risk and to the global estimated risk. 276 - 278 It is noteworthy that the concept of residual risk represents the magnitude of the risk remaining after traditional risk factors are under control. 279 Partial RF control and/or late onset of effective therapeutic measures may be key elements for residual CV risk in hypertensive patients. Despite the lack of tools for the identification of residual risk, it is clear that early and accurate RF control is essential. 279 Thus, a comprehensive approach to all RFs is fully justified. To that end, when identified, hypertensive patients should be told about risk factors potentially subject to change in order to improve the efficacy of both pharmacological and nonpharmacological measures. 37 , 164 , 275

CV risk should not be estimated intuitively or by simply adding up the RFs observed, but rather through the application of methods that take into consideration its complex and multifactorial nature. 4 The process should be based on equations or algorithms, 4 , 280 , 281 instruments that estimate risk based on multivariate regression models based on population-level studies and are recommended by multiple guidelines worldwide. 4 , 280 , 281 Even experienced physicians make mistakes in over 50% of cases when estimating risk without the aid of equations or algorithms. 282

However, one cannot forget the lack of Brazilian population data for these risk estimate models, making them less accurate for assessing CV in Brazil. In other words, international scores may underestimate risk by failing to consider the most prevalent or relevant RFs in Brazil. To mitigate that limitation and prevent the underdiagnosis of high-risk patients, this guideline recommends the identification of other markers, known as risk-modifying factors, to reassess risk in individuals classified as being at moderate risk (see details below).

CV risk classification depends on BP levels, associated CVRFs, presence of end-organ damage (EOD), structural and/or functional damage from HT to vessels, heart, brain, kidneys, and retina, and/or presence of established CVD or kidney disease. 37 , 164 , 275 Different scoring systems have been developed and applied to classify hypertensives as low, moderate and high CV risk patients. 37 , 164 , 275 However, new biomarkers, precursors, and predictors still seem necessary to improve risk prediction and lower the difference between calculated risk and event rates, especially in individuals classified as being at moderate risk. 283 - 285 Adding relative versus lifetime risk assessment tools risk advancement periods throughout the life cycle, especially for assessing young individuals at low absolute risk but high relative risk of CVD, as well as in older adults, for whom risk estimates are still challenging due to rapid changes in life expectancy and function in latter years. 285

5.2. Additional Risk Stratification (Associated Conditions)

Several factors known to, by themselves, determine or accelerate the onset of CVD, regardless of BP values, can coexist or add to each other in most hypertensive patients. 37 , 275 , 286 - 288 Associated conditions, whether from their prevalence in the general population or the strength of their association with CV events, should be identified in hypertensive patients by their clinical history, physical examination, and complementary testing. 37 , 164 , 275 Therefore, the examination should look for: a) coexisting RFs in HT ( Chart 5.1 ); b) EOD ( Chart 5.2 ); c) presence of established kidney disease and CVD.

Chart 5.1. – Coexisting risk factors for hypertension.

Male
Age: > 55 years for men and > 65 years for women
Premature CVD in 1st degree relatives (men < 55 years old and women < 65 years old)
Smoking
Dyslipidemia: LDL cholesterol ≥100 mg/dL and/or non-HDL cholesterol 130 mg/dL and/or HDL cholesterol ≤ 40 mg/dL for men and ≤ 46 mg/dL for women and/or TG >150 mg/dL
Diabetes mellitus
Obesity (BMI ≥ 30 kg/m 2 )

Chart 5.2. – End-organ damage.

Left ventricular hypertrophy
ECG (Sokolow-Lyon index (SV1 + RV5 or RV6) ≥ 35 mm; RaVL > 11 mm; Cornell voltage > 2440 mm.ms or Cornell index > 28 mm in men and > 20 mm in women (LR: I, LE: B)
ECHO: LVMI ≥ 116 g/m 2 in men or ≥ 96 g/m 2 in women (LR: IIa, LE: B)
ABI < 0.9 GR (LR: IIa, LE: B)
Stage 3 chronic kidney disease (eGFR between 30 and 60 mL/min/1.73m 2 )
Albuminuria from 30 to 300 mg/24 h or urinary albumin to creatinine ratio of 30 to 300 mg/g (LR: I, LE: B)
Carotid-femoral PWV > 10 m/s (LR: IIa, LE: A)

 ABI: ankle-brachial index; ECG: electrocardiogram; ECHO: echocardiogram; eGFR: estimated glomerular filtration rate; LVMI: left ventricular mass index; PWV: pulse wave velocity.

Identifying these conditions is important both to develop an estimate of the risk to which the hypertensive patient is exposed in their current stage and to make sure that controllable RFs will be targeted by adequate therapeutic interventions, as intensive as their degree of risk requires. 37 , 164 , 275 The most prevalent and most easily identifiable RFs should be prioritized, as well as those for which there is solid evidence of association with CV risk ( Chart 5.1 ).

The factors listed in Chart 5.1 need to be taken into accounting when estimating CV risk, in accordance with current diagnostic criteria. Age is linearly correlated with HT and risk of CV complications, such as myocardial infarction (AMI) and stroke, and that linearity is more evident for strokes. For AMI, the level of association rises sharply with sex, beginning at age 55 for men and 65 for women. 287 Smoking, quantified by pack-year load, secondhand smoking and other forms of tobacco use, such as cigars, pipes, and vapes, are considered central elements for CV risk. Dyslipidemia is characterized by increased low-density lipoprotein (LDL) or the atherogenic lipoprotein profile obtained by subtracting high-density lipoprotein (HDL) from total cholesterol, ie, non-HDL cholesterol. HDL cholesterol levels are still indicated for risk estimates and has separate thresholds for men and women. High triglycerides (TG) are also characteristic of dyslipidemia, particularly when associated with decreased HDL cholesterol or at levels above 500 mg/dL; in this case, there is indication for specific treatment and pancreatitis should be considered. The criteria for diagnosing diabetes mellitus are fasting plasma glucose > 126 mg/dL; glycated hemoglobin > 6.5%, measured by high-performance liquid chromatography (HPLC); or glucose > 200mg/dL 2 h after oral glucose overload in oral glucose tolerance test or random blood glucose. Obesity should be considered when body mass index (BMI) is > 30kg/m 2 or when abdominal circumference (AC) is > 80 cm in women or > 94 cm in men of European or African descent or > 90 cm in men of Asian descent. 289

5.2.1. End-Organ Damage

Risk estimates for hypertensive patients should be supplemented with the investigation of EOD, which is frequent, often underdiagnosed, and usually not included in risk stratification scores. They cause additional increases in CV risk, especially when coexisting in a single individual 5 , 6 , 7 ( Chart 5.2 ).

5.2.2. Presence of Cardiovascular and Renal Disease

The presence of documented cerebrovascular and renal disease determines the increased risk of CV events in hypertensive patients. 37 , 164 , 275 , 290 - 292 Cerebrovascular disease should be considered in case of ischemic stroke, brain hemorrhage, or transient ischemic attack. Coronary artery disease includes angina, AMI, silent myocardial ischemia, myocardial revascularization surgery, or prior coronary interventions. Heart failure (HF) with preserved ejection fraction (pEF) or reduced ejection fraction (rEF) should also be considered in manifested cardiovascular disease, 86 , 275 as well as atrial fibrillation (AF). 293 Likewise, symptomatic peripheral occlusive atherosclerotic disease (POAD) 294 and aortic disease related with aneurysms, hematomas, or ulcerations represent cardiovascular manifestations with major impact on global CV risk. Because of its close association with CV risk, stage 4 or higher chronic kidney disease should be considered an indicator of high risk, identified by estimated glomerular filtration rate (eGFR) < 30 mL/min/1.73m 2 , urine albumin/creatinine ratio in an isolated sample (> 300 mg/g creatinine); and urine protein/creatinine in an isolated sample (> 300 mg/g creatinine). Finally, retinopathy attributable to the hypertensive process, such as hemorrhages, exudates, and papilledema, also indicates high risk. 37 , 275

Chart 5.3 shows the main reasons for performing risk estimates, taking into consideration, in addition to blood pressure levels, the presence of coexisting cardiovascular risk factors, EOD, and kidney and/or cardiovascular disease. These include establishing a reasonably accurate prognostic estimate and distinguishing cases requiring more intensive therapeutic regimens. 37 , 275

Chart 5.3. – Reasons to perform risk assessments (LR: I LE: C).

Estimating medium- and long-term risk of cardiovascular events
Determining health care level, such as frequency of service
Determining early timing of pharmacological treatment onset
Determining intensity of control of modifiable risk factors

Chart 5.4 is especially important for risk stratification for hypertensive patients. It is worth considering that the RFs mentioned above are only those with established epidemiological value, easily obtainable in most clinical settings, and with proven prognostic value. It helps us understand how the progression of risks associated with the presence of different BP levels and presence of RFs, EOD, or cardiovascular and/or kidney disease impact middle-aged individuals.

Chart 5.4. – Hypertension staging by BP level, presence of CVRFs, EOD, or comorbidities.

RR, presence of EOD or disease BP (mm Hg)
Prehypertension SBP 130-139 DBP 85-89 Stage 1 SBP 140-159 DBP 90-99 Stage 2 SBP 160-179 DBP 100-109 Stage 3 SBP > 180 DBP > 110
No RF No additional risk Low risk Moderate risk High Risk
1 or 2 RFs Low risk Moderate risk High Risk High Risk
≥ 3 RFs Moderate risk High Risk High Risk High Risk
EOD, stage 3 CVD, DM, CVD High Risk High Risk High Risk High Risk

BP: blood pressure; CKD: chronic kidney disease; CVD: cardiovascular disease; DBP: diastolic blood pressure; DM: diabetes mellitus; EOD: end-organ damage; RF: risk factor; SBP: systolic blood pressure.

In moderate-risk patients, tests are recommended when feasible and available, but never in an overgeneralized process, to identify subclinical EOD markers in order to make risk estimates more accurate. 82 , 295 , 296 Echocardiograms to assess LVH, which also record ventricular function parameters, and left ventricular mass index (LVMI) are important (LR: IIa, LE: B), as is albuminuria, preferably in the urine albumin/creatinine ratio, and ABI calculation (LR: IIa, LE: B). Vascular biomarkers added more recently to clinical practice, such as carotid-femoral pulse wave velocity (cfPWV), may also contribute for the reclassification of CV risk for these individuals (LR: IIa, LE: A), 296 , 297 as well as establish a worse prognosis for patients with established CV disease. 139 , 298 This aspect is particularly important for young individuals, who have lower relative risk and for whom there is the opportunity to prevent irreversible structural and functional damage to the arterial walls.

Other conditions are also known to influence or change CV risk for hypertensive patients classified as at moderate risk, but have lower discriminative power. 37 , 275 Its identification is not recommended for the identification of high-risk patients or for those without any of the coexisting risk factors discussed above ( Chart 5.5 ).

Chart 5.5. – Factors modifying risks for hypertensive patients.

Family history or parental history of early-onset hypertension
Very high individual RF, including stage 3 HT
Prior eclampsia/pre-eclampsia
Sleep apnea
Pulse pressure > 60 (in older patients)
Uric acid > 7 mg/dL (men) and > 5.7 mg/dL (women) (LR: I, LE: C)
High-sensitivity C-reactive protein > 2mg/L (LR: I, LE: B)
HR > 80 bpm
Metabolic syndrome*
Sedentary lifestyle
Psychosocial and economic factors
Chronic inflammatory disease

HR: heart rate; HT: hypertension; RF: risk factor. * According to the criteria established by the International Diabetes Federation (IDF), metabolic syndrome requires central obesity, defined as abdominal circumference > 80 cm in women or > 94 cm in men of European or African descent or > 90 cm in men of Asian descent, as well as any two of the following four factors: triglycerides > 150 mg/dL, low HDL-C (< 40 mg/dL in men and < 50 mg/dL in women), hypertension; fasting plasma glucose ≥ 100 mg/dL or previously diagnosed type 2 diabetes mellitus. 289

5.3. Assessment of Global Cardiovascular Risk

Global CV risk stratification is not specific for hypertensive patients, and its objective is to determine the risk of a given individual ages 30 to 74 to develop CVD in general over the next 10 years. 3 , 4 , 280 , 281 , 299 It should be stressed that the relative impact of HT is one of the highest for any CVRFs, and therefore used in all global risk estimate equations. In addition, CV risk cannot be effectively mitigated without taking into consideration all the elements that determine the clinical course of hypertensive patients. A quick and practical way of calculating global CV risk is to use the Cardiovascular Risk Stratification Calculator recommended and provided by the SBC Atherosclerosis Department on its website, available for Android and iOS devices. 3

5.4. Challenges of Cardiovascular Risk Assessment in Hypertension

Several clinical conditions can impact CV risk stratification for hypertensive patients, and age is one of the most important. In the short run, while older patients have higher absolute risk, the young have lower absolute risk even when they have an unfavorable risk profile. 37 In the long run or for their lifetime risk, the influence of age on CV risk flips, and longevity loss becomes highest for those who had RFs when young.

Another limitation is the duration of exposure to the disease or RF. Scoring instruments that use binary (yes or no) choices for clinical conditions such as DM and smoking to assess cardiovascular risk do not take into consideration the duration of these conditions. Therefore, patients with longer exposure times have higher CV risk compared to individuals exposed to the same factors for shorter periods. 37 This means that incorporating new instruments to assess relative versus lifetime risk and periods of risk increase seem to be necessary, especially for young adults with low absolute risk but high relative risk for CVD. 280 , 299 The concepts of “vascular age” and “cardiometabolic age” can be helpful in that strategy. 300 , 301

The influence of the duration of antihypertensive treatment can also impact the risk estimate. In hypertensive patient who have recently started treatment, blood pressure before onset of treatment should be considered, while in patients who have been in treatment for longer periods, current blood pressure readings should be used. 37

The timing and value of BP readings to be considered in CV risk stratification and different HT phenotypes should also be taken into account. Therefore, out-of-office BP measurements are increasingly encouraged. Home measurements, ambulatory blood pressure monitoring (ABPM), and home blood pressure monitoring (HBPM) have led to important complementary information, though office BP readings are still the reference for diagnosis and to assess treatment efficacy. 37 , 164 , 302 To that end, the recommendation for ABPM has been widened to include confirming the diagnosis of HT, considering the higher correlation of ABPM readings with EOD and cardiovascular morbidity and mortality compared to casual BP measurements. 303 Likewise, different HT patterns, such as masked hypertension, isolated systolic hypertension, and absence of nighttime dipping, or even increased BP during sleep, also seem to lead to different degrees of cardiovascular risk. 304 , 305 Thus, these limitations should be taken into consideration when customizing CV risk estimates for hypertensive patients in clinical practice.

Key Takeaways
Over 50% of hypertensive patients have additional CVRFs.
The presence of one or more additional CVRFs increases the risk of coronary, cerebrovascular, renal, and peripheral artery disease in hypertensive patients.
Identifying additional RFs should be part of diagnostic assessments of hypertensive patients, especially when there is family history of CVD.
CV risk should be estimated for all hypertensive patients using a simple scoring system, based on BP levels and the presence of additional RFs and comorbidities ( Chart 5.1 ).
CV risk can be estimated practically and reliably by identifying RFs, such as age > 65, sex (men > women), heart rate (> 80 bpm), increased body weight, diabetes mellitus, high LDL-c, family history of CVD, family history of SHT, smoking, and psychosocial and/or socioeconomic factors; for EOD: presence of LVH, moderate to severe CKD (eGFR < 60 mL/min/1.73m 2 ) or other assessment confirming presence of EOD and prior diseases: CAD, HF, stroke, POAD, AF, and stage 3 or higher CKD.

AF: atrial fibrillation; CKD: chronic kidney disease; CV: cardiovascular; CVD: cardiovascular disease; EOD: end-organ damage; eGFR: estimated glomerular filtration rate; GRS: global risk score; HF: heart failure; LVH: left ventricular hypertrophy; POAD: peripheral occlusive atherosclerotic disease; RF: risk factor.

6. Therapeutic Decision and Targets

6.1. Introduction

One of the specific goals of treatment for hypertensive patients is to achieve blood pressure control by hitting a previously established blood-pressure (BP) target. That target should be defined on an individual basis, and always take into account age and presence of cardiovascular disease (CVD) or risk factors (RFs). In general, BP decreases should target BP levels below 140/90 mm Hg, but not lower than 120/70 mm Hg (LR: I, LE: A). In younger individuals without RFs, lower targets, with values below 130/80 mm Hg, are achievable.

6.2. Low- or Moderate-Risk Hypertensive Patients

Cardiovascular (CV) risk estimates are extremely important in hypertensive patients, as they determine possible differences in BP targets. Hypertensive patients with few additional FR should be assessed from two perspectives: hypertensives with significantly high blood pressure levels without other RFs (stage 2 hypertension: moderate risk) and those with smaller BP increases (stage 1 hypertension: low risk).

The benefits of treating hypertensive patients without other associated CV risk factors with significantly high BP readings (> 160 mm Hg) are well established and have long been systematically recommended by Brazilian and international guidelines. 5 , 37 , 164 On the other hand, there is too little scientific evidence from randomized trials justifying treatment for stage 1 hypertensive patients with low CV risk. The reason is that the large number of participants and long follow-up period required mean that a controlled randomized trial with participants with those characteristics would be infeasible. Therefore, meta-analyses of individual data from participants in randomized trials with stage 1 hypertensive patients with no prior CVD can help us determine the best course of action. 306 - 308 One such study found that treating low-risk hypertensive patients did not lead to a decrease in coronary artery disease (CAD) outcomes, CV events, or CV mortality in a four- to five-year follow-up period. 306 There was, however, a trend of low stroke and total mortality rates, with both decreases clearly achieved as follow-up times grew longer or as more patients were added to the studies. A second meta-analyses, including approximately 9 000 participants from five randomized trials, found that lowering systolic blood pressure (SBP) by 7 mm Hg with pharmacological treatment led to a 34% decrease in composite outcomes (CAD and stroke) and a 19% decrease in all-cause mortality. 307 A third study found lower CV disease and mortality when the initial BP was equal to or higher than 140/90 mm Hg, and the same result was not found for lower initial values. 308 All these outcomes are supported by a subgroup analysis from the Heart Outcomes Prevention Evaluation (HOPE)-3 trial. In that study, even if stage 1 hypertensive patients were classified as having intermediate CV risk, antihypertensive treatment with a 6 mm Hg mean decrease in SBP led to a 27% decrease in major CV events. 309 Based on this date, pharmacological treatment can be initiated for stage 1 hypertensive patient with low cardiovascular risk, combined with nonpharmacological treatment (LR: I, LE: A).

In terms of blood-pressure targets for low CV risk hypertensive patients, there is also too little specific data from randomized trials. A recent meta-analysis and data from a large observational study suggest that blood-pressure targets below 140/90 mm Hg should be set and achieved for these patients, with larger decreases in CV outcomes attained from SBP readings between 120 and 130mm Hg. 85 , 310 Therefore, for these patients, targets below 140/90 mm Hg are recommended, and closer to 120/80 mm Hg, if tolerated ( Chart 6.1 ) (LR: I, LE: B).

Chart 6.1. – General blood-pressure targets for antihypertensive treatment.

Target Cardiovascular risk
Low or moderate High
Systolic blood pressure (mm Hg) < 140 120-129
Diastolic blood pressure (mm Hg) < 90 70-79

6.3. High-Risk Hypertensive Patients

In general, hypertensive patients with three or more RFs, diabetic patients, those with end-organ damage (EOD), CV disease, or kidney disease are considered to be at high risk. In clinical practice, the most frequent examples of individuals with high CV risk are hypertensive patients with CAD, prior history of stroke, heart failure and chronic renal failure (CRF), and HT associated with diabetes mellitus (DM). These comorbidities are discussed in Chapter 10 ( Associated Clinical Conditions ), but the targets for each of these clinical situations are discussed below. Keep in mind that high risk depends not only on RFs and EOD, but also on HT staging, as shown in Chart 5.4 , and a patient may have RF or EOD but also have stage 3 HT ( Chart 6.1 ).

6.4. Hypertensive Patients with Coronary Disease

HT is an important independent RF for the onset of myocardial ischemia. Before age 50, diastolic BP (DBP) is the main predictor for CAD risk, while SBP is more important after age 60. 311 In older populations, DBP is inversely related with CAD risk, and pulse pressure becomes a stronger predictor of CAD. 311 In a meta-analysis including nearly 1 million adults, fatal CAD was correlated with BP levels equal to and higher than 115/75 mm Hg for all ages. 78 In that case, antihypertensive treatment for CAD patients should result in BP < 130/80 mm Hg, but no lower than 120/70 mm Hg. In patients with evidence of myocardial ischemia, DBP should be cautiously lowered to 70 mm Hg, especially in diabetic patients and in the very old. 312 Lowering SBP in older patients with CAD and high pulse pressure requires great care, since they may lead to very low DBP values and trigger myocardial ischemia. 313

6.5. Hypertensive Patients with History of Stroke

HT is the most important RF for ischemic and hemorrhagic stroke and is directly related to blood pressure levels. In younger individuals with no history of established CV or renal disease, keeping BP within the normal or optimum range, targeting a BP level of 120/80 mm Hg, may be the most effective for of primary prevention for cerebrovascular disease. For those with one or more prior strokes, the most adequate target for secondary prevention should be assessed according to type of stroke and post-event time (Table 10.2). In chronic cases of secondary prevention, keeping SBP from 120 to 130 mm Hg is recommended (LR: I, LE: A). 314 For older adults or those with associated coronary disease, a relatively common scenario, the J-curve phenomenon should be taken into consideration when BP falls below 120/70 mm Hg, with higher risk of CV events and mortality. 315

6.6. Hypertensive Heart Failure Patients

Hypertension is considered a risk factor for both forms of heart failure, ie, with reduced ejection fraction and with preserved ejection fraction. Adequate treatment for HT lowers the incidence of HF. No clinical trials specifically for the HF population have compared different treatment goals. Therefore, recommendations are extrapolated from the evidence from other high-risk populations, for which lowering BP has been shown to be most protective against CV events, though with potentially increased side effects. In patients already suffering from HF with reduced ejection fraction, blood pressure control decreases mortality and readmission rates for cardiac decompensation. The proper target for this population is < 130/80 mm Hg, but taking care to keep it above 120/70 mm Hg. 316 In patients with preserved ejection fraction, the best form of treatment remains uncertain, so the recommended treatment strategy is similar to that for patients with reduced ejection fraction. 317 , 318

6.7. Hypertensive Patients with Chronic Kidney Disease (CKD)

Most CKD patients have high BP, which increases the risk of CV diseases, CKD, and death. The Systolic Blood Pressure Intervention Trial (SPRINT) study concluded that systolic BP < 120 mm Hg lowered the risk of CV disease and mortality for nondiabetic adults with high CV risk, many of whom have CKD. However, it could not halt the progression of CKD. 319 Notoriously, in that study, BP was measured using automated devices, frequently unattended, which usually results in lower readings than office BP measurements. 320 , 321 The absolute decrease in risk may be greater for patients with albuminuria due to the strong association between albuminuria and kidney and CV disease, but the effects of intensive decreases in BP on the risk of CVD seem to be similar by albuminuria level. 322 , 323 Current evidence indicates a BP target of < 130/80 mm Hg for CKD patients, regardless of DM. 275 , 324 , 325 In patients with end-stage CKD, the benefits of intensive BP control are uncertain due to their short duration and to hemodynamic effects possibly leading to greater decreases in glomerular filtration rate (GFR). Regardless of targets, BP decreases in CKD patients always requires attention to proper BP measurements and monitoring adverse events, especially electrolyte abnormalities and decreases in GFR. 325

6.8. Diabetic Hypertensive Patients

In hypertensive DM patients, morbidity and mortality prevention comes from glycemic control, BP normalization, and lowering other CV risk factors. 326 Keeping BP under control is keep for renal protection in diabetic individuals, as it lowers albuminuria, in addition to its importance in lowering the risk of stroke and left ventricular hypertrophy (LVH). 327 , 328 Evidence from randomized controlled trials, meta-analyses and observational studies with hypertensive diabetes patients shows that lowering SBP to 130-139 mm Hg, with values closer to the lower bound of 130 mm Hg, effectively protects against CV and renal complications. 307 , 329 DBP may be lowered to 70-79 mm Hg without compromising individual protection and safety. On the other hand, there is no conclusive data indicating that lowering SBP to < 130 mm Hg leads to higher CV and renal protection. SBP values < 120 mm Hg should be avoided. Therefore, for diabetic patients, the recommended target is < 130/80 mm Hg (LR: IIa, LE: B).

Achieving a lower SBP target implies the need for a larger number of antihypertensive medications, increasing the risk of severe adverse effects. 330 In practice, ideal BP targets can vary across diabetic hypertensive patients by age and presence of EOD. For instance, there is no data available for recent-onset diabetes patients with no complications and, therefore, relatively low CV and renal risks. In these cases, very low blood pressure levels may be more easily tolerated and result in greater medium- and long-term benefits. Overall, BP control is harder for patients with diabetes than for patients without diabetes. In addition, diabetic hypertensive patients often have satisfactory office BP levels, but high ABPM or HBPM readings, characterizing masked hypertension. This reinforces the need for out-of-office BP measurement in order to better assess BP control in diabetic hypertensive patients. 331

6.9. Older Hypertensive Patients

The complexities of older hypertensive patients are discussed in Chapter 14. BP targets for older populations should consider functional status, frailty and comorbidities in addition to chronological age (≥ 60 in low-income countries and ≥ 65 in all others, according to most international associations). 37 , 275 Therefore, the therapeutic goal should balance the potential benefits and harm from BP targets.

In most clinical trials that show the benefit of treating BP in older patients, the SBP target ranged from 140 to 150 mm Hg, with greater decreases in deaths and CV events. 37 , 332 In the HYVET trial, which included active and nonfrail patients over 80 years old, in addition to lowering SBP < 150 mm Hg (mean: 144 mm Hg), there were significant decreases in mortality, fatal strokes, and HF. 333 In a meta-analysis and systematic review of nine studies, the authors found robust evidence that decreases < 150/90 mm Hg lower mortality and fewer strokes and cardiac events in older adults. 334 However, recent clinical trials have found evidence for benefits from lower BP targets for older patients. 87 , 335 In the SPRINT trial subgroup consisting of individuals over age 75, 87 the intensive treatment group that achieved a mean target BP level of 124/62 mm Hg had significant decreases in CV events and HF as well as all-cause mortality compared to the group with a less intensive target, for which the average BP level achieved was 135/67 mm Hg. That study suggests that more intensive treatment may be beneficial even for frailer older adults, but the incidence of falls was higher, as was the incidence of impaired kidney function, in the more intensive blood pressure control group. Another relevant data point from the SPRINT trial is that BP measurements were unsupervised, and these readings tend to be lower than those obtained with conventional methods. Therefore, the target achieved is equivalent to BP values from 130 to 139 mm Hg when compared to readings from previous studies. 321 In another meta-analysis, Bavish et al. 335 showed that more aggressive BP control for patients ≥ 65 years old led to greater decreases in CV events, but it has several methodological restrictions and found greater rates of renal failure in the more intensive control group.

Overall, recommended targets for Brazilian patients ≥ 60 years old is to achieve levels matching their global condition (healthy or frail), as shown in both Chart 6.2 and Chapter 14. In older adults, targets should be treated individually, taking into account patients' quality of life, risk of falls, frailty, independence, and presence of comorbidities.

Chart 6.2. – Treatment goals for older adults considering global condition and office blood pressure measurement.

  Office SBP Office DBP
Global condition 1 Treatment threshold Blood-pressure target 4 , 5 Treatment threshold Target 8
Healthy 2 ≥140 (I, A) 130-139 (I, A) 6 ≥90 70-79
Frail older adults 3 ≥160 (I, C) 140-149 (I, C) 7 ≥90 70-79

  1: functional status is more important than chronological age; 2: including light frailty; 3: moderate to severe frailty; 4: including older adults with comorbidities: DM, CAD, CKD, stroke/TIA (not acute stage); 5: actively assess tolerability, including possible atypical symptoms; 6: stricter target (125-135 mm Hg) may be achieved in selected cases, especially for motivated older adults, < 80 years old, with optimum treatment tolerability; 7: higher limits in case of limited survival and absence of symptoms. BP reductions should be gradual; 8: DBP = avoid < 65-70 mm Hg in clinically manifested CAD patients.

Key Takeaways
In low to moderate CV risk hypertensive patients, the treatment goal is to achieve values below 140/90 mm Hg.
In hypertensives with CAD, the therapeutic target is to have BP < 130/80 mm Hg, but diastolic BP should be kept above 70 mm Hg.
For hypertensive patients with HF or who have had a stroke, antihypertensive treatment should be titrated until achieving the target of BP < 130/80 mm Hg, but the presence of CAD and advanced age, both common in that scenario, limits the ability to lower BP down to 120/70 mm Hg.
In hypertensive patients with CKD, the treatment goal is BP < 130/80 mm Hg, but always monitoring patients for adverse events, especially impaired kidney function and electrolyte abnormalities.
Hypertension treatment in diabetic patients should try to keep BP levels < 130/80 mm Hg, but avoid sharp decreases in BP to levels below 120/70 mm Hg.

7. Multidisciplinary Team

7.1. The Importance of a Multidisciplinary Approach to Hypertension Control

Uncontrolled hypertension (HT) remains a widely prevalent cardiovascular risk factor (CVRF) in Brazil and throughout the world. Various Brazilian and international studies have consistently shown the superiority of blood pressure (BP) control using a multidisciplinary team approach when compared to conventional treatment, including higher quality care, higher adherence and therapeutic success rates, fewer CVRFs, and lower CV morbidity and mortality. 336 - 341 Shared patient care and decision-making are associated with lower costs and better results in HT treatment. 342 , 343

Different objectives require different strategies, including patient-centered care, integration between multiple professionals, shared goals and targets, and collaborative decision-making with patient participation. 344 A Brazilian retrospective longitudinal study with the goal of evaluating the effect of multidisciplinary care in hypertensive patients age 80 and older (n = 71), treated by a specialized service for an average of 15.2 years, found lower BP values, increased BP control rates and treatment optimization. 345

A systematic review of 80 U.S. studies from 1980 to 2012 showed the efficacy of team-based care. There was a 12% increase in BP control rates, with median systolic BP (SBP) decrease of -5.4 mm Hg and median diastolic BP (DBP) decrease of -1.8 mm Hg, especially when the team included nurses and pharmacists. These results were found in various multidisciplinary setups and for various American population groups. 346

A multidisciplinary team is established through actions that integrate the contributions from all of its members. The spatial element is not the single determinant of this unit; more important is the practice of developing joint actions, where each discipline acts as an independent agent in its own realm, but always acknowledging and collaborating with the actions of other team members.

Multidisciplinary work has been used successfully in primary 347 , secondary, 336 and tertiary 341 health care settings. The high complexity of professional activities may drive them away from joint efforts. On the other hand, it is in health promotion and in the level of primary care that we find the greatest potential for integration and where team performance is most effectively embodied. Teamwork has advantages such as encouraging patients to reproduce knowledge and attitudes, favoring research activities in care, and providing opportunities for growth for team members and, consequently, for the institutions themselves. 337 , 343 , 348 - 350

Deploying a multidisciplinary approach requires organizational change at the health care system level, also important in home care settings. 336 A multidisciplinary approach to HT has level of recommendation I and level of evidence A ( Chart 7.1 ). 351 Therefore, health care becomes a fundamentally collective and complex form of work, requiring interdisciplinarity and multidisciplinarity. 341 , 347 , 352 Some duties and responsibilities are shared by all team members, others are specific to each role (LR: I, LE: A).

Chart 7.1. – Strategies for patient-centered multidisciplinary teams.

Strategies Description Examples Team Member
Patient Education Educational or interactive approach to inform and educate patients In-person educational sessions 389 In-person print material 389 , 390 Mailed print material 390 Audiovisual media and Distanceeducation 391 PHY, NUR, PHARM, NUT, PSY, CHW
Social support Engagement of family members, friends, or other individuals to help patients take medications as prescribed Support group meetings 347 , 350 Familyeducation 348 FAM, FR, CT, CHW, SS
Patient literacy and motivation Motivating patients to take their medication as prescribed and eliminate obstacles that negatively impact that motivation Motivational interventions 386 , 389 Implement health literacy initiatives 362 , 392 , 393 PHY, NUR, NUT, PSY PE, PT, FR, CT, FAM
BP self-monitoring and technology use Engage patients in monitoring BP and adhering to treatment Self-measured BP 391 Home BP monitoring 394 , 395 BP telemonitoring 343 , 390 , 396 , 397 PHY, NUR, PAT, FAM, CT, CHW
Communication or interaction with service providers and among team members Improving communication between patients and multidisciplinary team and other service providers and among team members Training communication skills between patients and multidisciplinary team and among team members 390 Interactive digital interventions 350 , 358 , 359 , 398 PHY, NUR, NUT, PE, PT, PST, SS. CHW
Facilitating access to health care services Facilitating scheduling of appointments at times compatible with patient needs Patients from out of town Older adults depending on accompaniment by third parties 345 , 399 CHW, SS

  CHW: community health worker; CT: caretaker; FAM: family member; FR: Friend; NUR: nurse; NUT: nutritionist; PE: physical education professional; PHARM: pharmacist; PHY: physician; PSY: psychologist; PT: physical therapist; SS: social worker; PAT: patient. Source: Peacock & Krousel-Wood, 2016. 344

7.2. Team Composition and Work

7.2.1. Medical Professional: Specific Actions

General practitioners are involved in primary care, while cardiologists, nephrologists, and hypertension specialists are present at the other levels. The activities specific to physicians are as follows: 341

  • • Medical visit (detailed in Chapter 4).

  • • Responsible for diagnosis, risk stratification, and prescription of pharmacological and nonpharmacological therapy.

  • • Clinical assessment of patients at least twice a year.

  • • Referral and counter-referral within the health care system.

In addition to physicians, professionals from various health care disciplines (nurses, pharmacists, social workers, nutritionists, physical education professionals, physical therapists, educators, psychologists) have established multidisciplinary teams to provide care for hypertensive patients for several decades in developed countries. 353 , 354

7.2.2. Nursing Professional: Specific Actions

The activities specific to nurses are as follows:

  • • Performing patient intake, identifying alongside users the various obstacles and barriers in their daily lives, and encouraging the coping process.

  • • Enabling people to increase their control over factors impacting self-care, improving their health. Advanced communication skills, behavior change techniques, patient education, and counseling skills are key elements to improve and enhance health care systems, necessary to help patients with chronic conditions. 355 The Brazilian Ministry of Health stresses that developing actions focused on health promotion and prevention of noncommunicable disease (NCD), especially HT and diabetes mellitus (DM), is an enormous challenge. 356

  • • Encouraging self-care.

  • • Planning strategies to promote and assess patient adherence to prescribed behaviors using educational, motivational, cognitive and technological approaches. 344 , 357 - 361

  • • Promoting educational health-literacy initiatives for users. 344 , 362

  • • Home visits to reinforce medication use and help manage care and/or technologies to promote proper use, such as helping users establish medication intake habits and routines. 363 , 364

7.2.2.1. Nursing-Specific Actions in Primary Care

Teams working in basic care should try to follow the principle of “person-centered care,” in which individuals are the main agents of personalized care. Professionals should help users develop the knowledge, aptitudes, competences and trust needed to more effectively manage and make informed decisions about their own health. Management plans are designed for people, according to their needs and their possibilities to pursue a full and independent lifestyle. To that end, the Ministry of Health published Ordinance 2.436, dated September 21, 2017, 365 establishing guidelines for the actions and activities of nursing staff, such as:

  • • Providing health care services to the individuals and families serve by the team and, when indicated or required, at homes and/or other community spaces (schools, associations, etc.) at every step of patients' life cycles.

  • • Performing nursing visits and procedures, requesting supplementary tests and prescribing medication in accordance with protocol, clinical and therapeutic guidelines and other technical standards, as established by federal, state, municipal or Federal District managers, in accordance with legislation and regulations.

  • • Performing and/or supervising patient intake with qualified listening and risk classification, following established procedures.

  • • Performing risk stratification and developing a care plan for individuals with chronic conditions in their territory alongside other team members.

  • • Performing group activities and referring users to other services, when necessary, following the flow rules established by the local health care network.

  • • Planning, managing and assessing the actions of nursing technicians and assistants, community health workers (CHW), and endemic disease control agents together with other team members. 365

  • • Supervising the actions of nursing technicians/assistants and CHW.

  • • Implementing and updating routines, protocols, and flows connected to their area of expertise at their primary health care unit.

  • • Performing other duties under their purview in accordance with legislation.

7.2.3. Nutrition Professional: Specific Actions

A recent meta-analysis 366 showed that nutritional counseling is more effective in lowering BP when provided by a multidisciplinary team including a nutritionist. In primary care, dietetic consultations were found to be the most effective in improving diet quality. 367

7.2.3.1. Dietetic Consultation 367,368

Visits to nutritionists should include the following items:

  • • Nutritional history with an assessment of eating routine, number of meals, meal times, types and quantity of food, and frequency of cardioprotective foods.

  • • Anthropometric assessment: height, weight, and abdominal circumference measurement and body mass index calculation.

  • • Prescribe and guide diet based on medical diagnosis and laboratory examinations.

  • • Monitor diet changes and anthropometric evolution.

  • • Take part in actions involving the population.

7.2.3.2. Collective Actions by Nutritionists

The following actions are recommended:

  • • Nutritional guidance should center of impactful changes in BP reduction: weight loss, 369 , 370 increased intake of fruits and vegetables, 371 - 373 and lower sodium intake. 374 , 375

  • • Currently, the use of free technological resources in nutrition represent an important large-scale information resource and should be encouraged. 376 , 377

7.2.4. Physical Education Professional: Specific Actions

Sedentary behavior (time sitting, watching TV or at the cellphone or computer) and physical inactivity (physical activity habits below recommended levels) represent a major public health issue, as they increase treatment costs and lower life expectancy. 378 - 380 Physical education professionals have the task of applying the recommendations found in Chapter 8 to minimize these behaviors. To that end, the professional should:

  • • Recommend less sedentary behavior in adult and adolescent populations.

  • • Encourage meeting minimum physical activity (PA) recommendations for the whole population through the collective actions detailed below. Practicing these activities contributes to lowering cardiovascular mortality even in case of sedentary behavior. 381

  • • Plan, teach and supervise physical exercise (PE) programs, in person or at a distance, individually or in groups, matching local networks and the specific characteristics of each individual. Professionals should make use of technological resources (cellphones, Internet, video games, videos, etc.) to encourage participation, monitor the frequency and intensity of exercises, and teach individuals how to increase their daily regular physical activity levels;

  • • Perform pre-participation assessments, indicate prior medical evaluation for recommended cases, and perform regular reassessments to verify the effectiveness of physical activity practices and adjust them as they evolve.

7.2.4.1. Collective Actions by Physical Education and Physical Therapy Professionals

  • • Within multidisciplinary teams, developing community-based PA should be encouraged, through patients and representatives from the community and civil society organizations, given that leisure activities improve quality of life for the community.382

  • • As team members, physical education professionals should use positive results to show that treating and preventing HT depends on a combination of decreasing sedentary behavior and increasing physical activity with other factors, such as a healthy diet, weight loss, less stress, decreased salt and alcohol intake, smoking cessation, etc. In addition, adherence to pharmacological treatment and frequent BP readings should be encouraged in order to help control the disease.

  • • The strategy of establishing Leagues and Associations of people who suffer from HT helps increase patients' adherence to treatment, and these professionals could join the health care teams working alongside these institutions.

  • • One-off activities, such as Hypertension Prevention Campaigns and Fight Against Hypertension Campaigns, are important and efficient strategies to help patients learn about their health. Physical education and physical therapy professionals have an important role in this setting.

7.3. Multidisciplinary Team Actions

At the primary and secondary care level, in addition to physicians, the multidisciplinary teams can include nurses, nursing technician/assistants, nutritionists, psychologists, social workers, physical education professionals, physical therapists, pharmacists, music therapists, managerial staff, and community health workers, though not all role are required before the team can act. 383 , 384

According to the National Primary Care Policy (Ordinance 2.436, dated September 21, 2017), defines, in Article 2, that “primary care is the set of individual, familial and collective actions that involve the promotion, prevention, protection, diagnosis, treatment, rehabilitation, damage reduction, palliative care, and surveillance, based on practices of comprehensive care and qualified management, performed by a multidisciplinary team and directed toward the population of a given territory over which the teams assume responsibility.” 365

Role overlaps can be minimized by establishing clear rules and working on group harmony. Keep in mind that the education and attitude changes are slow process, and that standardized, clear, objective and balanced communication is critical to achieve one's goals. 343 Team members should work within the boundaries of their specific roles and education, as determined by guidelines and their respective boards. The individual actions of other team members should also be acknowledged. 347 , 384

Multidisciplinary teams have been used to treat hypertensive patients in developed countries for several decades. 341 , 348 , 350 , 385 Educational and therapeutic actions may involve groups of patients, family members and the community as a whole, and the methods deployed should always take into consideration the specificities of local and regional societies and cultures. Modern approaches may involve social media and distance education techniques. 338 , 351 , 357 , 362 , 386 , 387 Examples of the work of patient-centered multidisciplinary teams, with evidence of better BP control, can be found in Chart 7.1 .

In a recent analysis on the future of HT, Dzau & Balatbat 388 state that, to this day, care delivery for hypertensive patients is fragmented, service providers are not aligned, and the information is siloed, and that better health care coordination and integration across different care settings and providers is needed. They also claim that, in the future, controlling or preventing HT will depend on the successful convergence of advances in digital, biotechnological, and biomedical sciences, with a special role for multidisciplinary work. 388

Key Takeaways
In primary care for hypertensive patients, physicians are responsible for diagnosis, risk stratification, and pharmacological and nonpharmacological therapeutic management, at least twice a year.
At the population level, the most important guidelines are to keep body weight within the reference range, increase intake of fruits and vegetables, and lower sodium intake.
In multidisciplinary teams, physical education professionals should recommend decreased sedentary behavior and encourage individuals to meet minimum physical activity requirements in order to acquire healthy habits and improve quality of life for the community.
Nursing care should be person-centered, making basic information more accessible and understandable and aiding individual and collective self-care decision-making through nursing visits, home visits, and educational group activities.
Strategies for patient-centered multidisciplinary teams, with evidence of better BP control, should be deployed by multidisciplinary teams themselves.

8. Nonpharmacological Treatment

8.1. Introduction

High blood pressure (BP), smoking, obesity, unhealthy diets, and insufficient physical activity are established cardiovascular risk factors (CVRFs) and the target of interventions for hypertension (HT) control. In recent years, unconventional therapies have been investigated, involving the adoption of slow breathing, music therapy, and spirituality. In this chapter on nonpharmacological treatment (NPT), we discuss the evidence behind recommendations for smoking, eating habits, sodium, potassium, dairy, chocolate and cocoa products, vitamin D, supplements and substitutes, weight loss, alcohol consumption, physical activity and exercise, slow breathing, stress control, and spirituality and religiosity.

8.2. Smoking

Smoking remains one of the most important CVRFs, and in addition to cigarettes, the use of cigars, cigarillos, pipes, hookahs and vapes remains particularly high in certain countries and is associated with increased CV risk 400 (LR: I, LE: A). In Brazil, smoking has trended downward in the last 15 years, but the decrease has not been uniformly distributed 401 (LR: IIa, LE: B). Smoking has considerable potential to cause damage, such as accelerating atherothrombotic processes and temporarily increasing BP. On average, tobacco use increases BP by 5 to 10 mm Hg, 402 but there are no studies showing the beneficial effects of smoking cessation on HT control. Regardless, cessation should be emphasized due to the risk of CV disease and neoplasia. 403 Medications for smoking cessation (such as sustained-release bupropion, varenicline, nicotine gum, drops, nasal spray, and patches) are effective in helping smokers quit 404 (LR: IIa, LE: B).

8.3. Dietary Patterns

Healthy eating patterns are associated with lower BP. The DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) diet is capable of lowering BP, with the effect attributed to the increase in fruit, vegetable, low-fat dairy and whole-grain intake, as well moderate consumption of nuts and lower fat, candy, sugary beverages, and red meat. The hypotensive effect is due more to the dietary pattern ( Chart 8.1 ) than to its individual components—high sodium, calcium, magnesium and fiber content, with lower levels of cholesterol and total and saturated fat 405 , 406 (LR: I, LE: A). The association between the DASH diet with sodium restriction 406 has resulted in a decrease in systolic BP (SBP) of 11.5 mm Hg for hypertensive individuals and 7.1 mm Hg for normotensives compared to a high-sodium diet. Meta-analyses of randomized controlled trials confirm the BP reduction effect 406 , 407 (LR: I, LE: A). Some studies suggest that adherence to the DASH diet is associated with lower risk of stroke 408 , 409 (LR: IIa, LE: B), cardiovascular mortality 410 (LR: I, LE: A) and kidney disease 411 (LR: I, LE: A).

Chart 8.1. – Example of food portions and quantities recommended in DASH diet for daily or weekly intake for individuals consuming 2000 kcal/day.

Food group Daily portions Portion size/unit
Fruit 4-5 1 medium fruit 1/4 cup of dried fruit 1/2 cup fresh, frozen, or canned fruit 177 mL fruit juice
Vegetables 4-5 1 cup raw leafy green vegetable 1/2 cup of cooked vegetables 177 mL vegetable juice
Diet dairy products 2-3 237 mL milk 1 cup of yogurt 42 g cheese
Grains and derivatives** 7-8 1 slice of bread 1 cup of ready-to-eat cereal* 1/2 cup cooked cereal, rice, or pasta
Lean meat, poultry, and fish ≤ 2 85 g cooked lean meat, skinless poultry, or fish
Nuts, seeds and legumes*** 4-5 times a week 1/3 cup or 42 g nuts 1 tablespoon or 14 g seeds 1/2 cup of cooked dried beans

* Portion sizes range from 1/2 cup to 1 1/4 cup. ** Corn, oat, granola, whole rice. *** Cashew nut, Brazil nut, almonds, peanuts, beans, lentils. Adapted from Fuchs, 2001. 422

Like DASH, the Mediterranean diet is rich in fruits, vegetables, and whole grains and low in red meat. It has a high fat content due to the large amounts of olive oil (source of monounsaturated fatty acids) and includes the consumption of fish and nuts, as well moderate intake of red wine 412 (LR: IIa, LE: B). The diet decreases the risk of cardiovascular issues 413 , 414 (LR: IIa, LE: A), but its effects on blood pressure are modest 414 - 417 (LR: IIa, LE: B).

8.4. Sodium Intake

Worldwide habitual sodium intake is estimated at 4 g/day 418 (LR: IIa, LE: B), while the recommended intake for hypertensive individuals and for the general population is 2 g/day 419 (LR: I, LE: A). Not to depend on individual adherence to sodium restriction, which decreases in the long run, governments are now working with the food industry to lower sodium content in their products. Epidemiological data show that sodium intake is directly associated with high BP, and randomized controlled trials have shown the hypotensive effect of sodium restriction. The proof of concept is based on the dose-response curve, showing that even a small decrease in sodium intake can have an effect, stronger in hypertensive individuals, blacks and older adults 420 (LR: I, LE: A). Restricting sodium intake to about 1800 mg/day is associated with a 5.4 mm Hg decrease in SBP for hypertensive individuals 421 (LR: I, LE: A). Examples of sodium-rich foods include processed meats (ham, bologna, sausages, salami), bacon, dried meat, chicken nuggets; canned food (tomato extract, corn, peas), cheese (yellow cheese: Parmesan, provolone, prato), ready-made seasonings (Arisco®, Sazon®, soy sauce [shoyu], Worcestershire sauce, ketchup, mustard, mayo, concentrated extracts, meat tenderizers, and instant soup) and industrialized snacks (potato chips, French fries, and other snacks). 422 One part of salt restriction diets is to read the nutrition facts labels on all foods and choose those lower on salt (sodium chloride) and other sources of sodium, giving preference to fresh, frozen or “no salt added” canned vegetables, and to use herbs, spices, and saltless mixes to cook and season food. One should cook rice, pasta, and cereals without salt and choose items with low sodium content, deprecating frozen foods, pizza, ready-made mixes, canned soups and creams, and salad dressings. Whenever possible, wash off canned foods, such as tuna, to lower sodium intake. Some forms of salt (pink Himalayan salt and sea salt, among others) have the same sodium chloride content as table salt and rock salt.

8.5. Potassium

High-sodium diets are usually low on potassium, associated with higher incidence of HT. Several randomized controlled trials in population clusters have tested replacing sodium chloride table salt with low-sodium, high-potassium salt products, and led to decreases in BP 423 - 428 (LR: I, LE: A). The magnitude of the effect on blood pressure varies with dietary sodium intake and the extent of its replacement by alternative sources of food in the population. A prior meta-analysis 428 (LR: I, LE: A) confirmed the effect of sodium replacement for younger and older adults in the short and long term, though the hypotensive effect seems to be more pronounced for hypertensive individuals, with a mean difference of -8.87 mm Hg (95% CI: -11.19 to -6.55) in SBP and -4.04 mm Hg (95% CI: -5.70 to -2.39) in diastolic BP (DBP) over the control group 42 (LR: I, LE: A). A meta-analysis of sodium restriction interventions found that, in six high-quality studies, ranging from two months to three years, salt substitutes (potassium chloride replacing sodium chloride from 25 to 50%) significant lowered SBP (-5.7 mm Hg; 95% CI -8.5 to -2.8) and DBP (-2.0 mm Hg; 95% CI -3.5 to -0.4) in China 429 (LR: I, LE: A). Potassium-rich foods include apricot, avocado, melon, skim milk, leafy greens, fish (flounder and tuna), beans, orange, peas, prune, spinach, tomato, and raisins.

8.6. Dairy Products

Dairy consists of a heterogeneous food group, and its impact on health should be assessed in terms of all of its components. Though rich in saturated fatty acids (in whole milk), they may contain potentially beneficial elements, such as whey protein, phospholips from the fat globule membrane, calcium, magnesium, potassium, probiotics, and vitamins K1and K2 430 , 431 (LR: IIa, LE: B). Cohort studies suggest dairy consumption is inversely associated with CV risk disease 432 , 433 (LR: IIa, LE: B). Some randomized controlled trials suggest a modest hypotensive effect, especially for nonfat dairy product 434 , 435 (LR: IIa, LE: A) and milk proteins 436 (LR: IIa, LE: B). Keep in mind that dietary guidelines recommend the consumption of low-fat dairy products 437 , 438 (LR: IIa, LE: B).

8.7. Chocolate and Cocoa Products

A meta-analysis of ten randomized controlled trials (n = 297) found a 4.5 mm Hg decrease (95% CI: 3.3 to 5.9) and a 2.5 mm Hg decrease (95% CI: 1.2 to 3.9) in systolic and diastolic blood pressure, respectively, from increase consumption of cocoa products. The studies were very heterogeneous and the interventions, diverse 439 (LR: IIa, LE: A). A recent meta-analysis found similar but weaker results 440 (LR: IIa, LE: A). Two aspects deserve attention, though the more recent meta-analysis had more studies. One was that heterogeneity persisted across trials with variable amounts of flavonoids. The second is that increased intake of chocolate or cocoa products adds calories to the diet, which must then be set off by some degree of dietary restriction.

8.8. Coffee and Caffeinated Products

In addition to caffeine ( Chart 8.2 ), coffee is also rich in bioactive compounds, such as polyphenols, especially chlorogenic acids, magnesium, and potassium, which may favor lower BP. 441 Caffeine can cause sharp increases in BP for over three hours, but regular consumption leads to tolerance. 442 Long-term coffee intake has not been associated with higher incidence rates of HT. 443 On the contrary, meta-analyses of cohort studies show that coffee intake is associated with a mild decrease in hypertension risk 443 , 444 (LR: IIb, LE: B). In the absence of robust experimental evidence, it is recommended that coffee intake should not exceed low to moderate amounts (≤ 200 mg of caffeine) (LR: IIa, LE: B).

Chart 8.2. – Caffeine content of caffeinated beverages.

  Volume (mL) Caffeine (mg)
Drip coffee 355 235
Instant coffee 237 63
Espresso 30 63
Decaf 237 2
Black tea 237 47
Green tea 237 28
Cammomile tea 237 0

Adapted from van Dam RM, Hu FB, Willett WC, 2020. 442

8.9. Vitamin D

Despite some observational studies suggesting vitamin D deficiency being associated with higher blood pressure or higher incidence rates of hypertension 445 , 446 (LR: IIb, LE: A), studies on vitamin D supplementation have found inconsistent results 447 - 449 (LR: IIb, LE: A). Therefore, the role of vitamin D in blood pressure control is still unclear.

8.10. Supplements and Substitutes

In addition to lowering sodium intake from processed foods, other alternatives enable us to minimize the harmful effects from sodium consumption and, at the same time, enjoy the beneficial effects of potassium. In a randomized controlled trial, Chinese participants with prior cardiovascular disease or SBP above 160 mm Hg were selected at random to receive a combination of 65% sodium chloride, 25% potassium chloride, and 10% magnesium sulfate or 100%-sodium chloride table salt. The intervention resulted in a mean decrease of 3.7 mm Hg (1.6 to 5.9) in systolic pressure, with maximum effect in 12 months, a 5.4 mm Hg (2.3 to 8.5) decrease 426 (LR: IIa, LE: B). A randomized controlled trial with hypertensive individuals and their families found similar but weaker results after 36 months 28 (LR: I, LE: A).

Though calcium supplementation may have a mild effect on preventing hypertension 450 (LR: IIa, LE: B), its role in treatment has not yet been established. A meta-analysis of 12 randomized controlled trials found the use of multivitamin and multimineral supplements lowered BP in individuals suffering from chronic diseases. In a subgroup consisting of 58 hypertensive individuals, the analysis found a 7.98 mm Hg (14.95 to 1.02) decrease in SBP, but negligible significance for its impact on DBP 451 (LR: IIa, LE: B).

8.11. Weight Loss

The hypertensive effect of weight gain is well known. The relationship between BP and obesity rates is practically linear. Excess body fat, especially visceral fat, is a major risk factor for increased BP, which may be responsible for 65 to 75% of cases of HT. 452 Weight loss lowers BP even without reaching the desired weight. In a meta-analysis of 25 studies, losing 5.1 kg in weight led to a mean decrease of 4.4 mm Hg in SBP and 3.6 mm Hg in DBP 453 (LR: I, LE: A). For overweight and obese individuals, weight loss is always an essential recommendation in HT treatment. Body fat assessments should not limit themselves to body mass index (BMI), but rather include central adiposity parameters, such as waist circumference (WC). Ideally, individuals should attain and maintain a healthy body weight, defined as BMI (kg/m 2 ) < 25 in adults (LR: I, LE: A) and, according to the Brazilian Ministry of Health, from 22 to < 27 in older adults, as well as WC (cm) < 90 for men and < 80 for women. Evidence from a meta-analysis including participants from four continents shows that, for every 5-unit increases in BMI above > 25, the risk of early death increases approximately 31%, as does the 49% risk of cardiovascular mortality 454 (LR: IIa, LE: B).

8.12. Alcohol Consumption

There is a linear relationship between alcohol consumption and BP, and alcohol abuse is linked to higher rates of HT. A recent meta-analysis, including 36 randomized controlled trials and 2865 participants, found that, for up to two drinks a day, lowering alcohol intake was not associated with significant decreases in BP. However, for individuals who took more than two drinks a day, lowering alcohol intake was associated with a greater decrease in BP, approximately 5.5 mm Hg (6.70 to 4.30) in SBP and 3.97 (4.70 to 3.25) in DBP. The decrease was more pronounced for those who drank six or more drinks a day and lowered their intake by approximately 50% 15 (LR: IIa, LE: B). Among drinkers, intake should not exceed 30 g of alcohol/day, ie, 1 bottle of beer (5% alcohol, 600 mL), two glasses of wine (12% alcohol, 250 mL), or one 1 dose (42% alcohol, 60 mL) of distilled beverages (whiskey, vodka, spirits). That threshold should be cut in half for low-weight men, women, the overweight, and/or those with high triglycerides. Teetotalers should not be encouraged to drink alcohol. 15

8.13. Physical Activity and Physical Exercise

Physical activity (PA) refers to any body motion that increases energy expenditure above consumption at rest, such as walking, working, housework, and leisure activities. Physical exercise (PE), in turn, refers to structured, organized, and purposeful PA, with goals like improving health and/or fitness. 455 Sedentary behavior is spent in low energy expenditure activities (≤ 1.5 MET), such as those performed sitting, reclining, or lying down (watching TV, sitting at the computer, playing video games, or working). 456 Decreasing sedentary time, even for small periods, lowers the mortality risk 457 (LR: IIb, LE: B).

Regular physical exercise lowers the incidence of HT. 458 In addition, hypertensives who follow PA health recommendations show a 27 to 50% decrease in mortality risk, but lower levels of PA also produce benefits 53 (LR: I, LE: A). In HT treatment, additional benefits may be obtained from structure PE, with aerobic training supplemented by resistance training. Aerobic training has a proven effect in lowering office and ambulatory BP, while dynamic resistance training and isometric handgrip resistance training lower office BP, but there is no evidence that it lowers ambulatory BP. 459 Chart 8.3 shows the magnitude of the effect of that training (LR: I, LE: A). 459 - 461

Chart 8.3. – Magnitude of blood pressure reduction in hypertensive individuals with physical training.

Training Systolic/diastolic blood pressure
Aerobic 459 -12.3/-6.1 mm Hg*
Aerobic 459 -8.8/-4.9 mm Hg**
Dynamic resistance training 460 -5.7/-5.2 mm Hg
Isometric handgrip resistance training 461 -6.5/-5.5 mm Hg

* Office blood pressure. ** Ambulatory blood pressure monitoring.

Other forms of training, such as aquatic exercise, 462 yoga, 463 tai chi, 464 and high-intensity interval training , 465 among others, also seem to lower office BP for hypertensive patients. However, there is no documented evidence on their effects on ambulatory blood pressure nor on their potential risks, so they are still not recommended. Chart 8.4 lists physical activity and physical exercise recommendations.

Chart 8.4. – Physical activity and physical exercise recommendations.

Recommendations
Decrease sedentary behavior – LR: IIb, LE: B
Stand for 5 minutes for every 30 minutes sitting down.
Recommended physical activity at population level – LR: I, LE: A
Perform at least 150 minutes of moderate physical activity per week
Physical training – aerobics supplemented with resistance training – LR: I, LE: A
Prescription of aerobic training – mandatory
Various modalities: walking, running, dancing and swimming, among others.
Frequency: 3 to 5 times per week (more often is better)
Duration: 30 to 60 minutes per session (longer is better)
Moderate intensity defined by:
1) Highest intensity still able to have a conversation (without panting)
2) Feeling “slightly tired” to “tired” (11 to 13 in the Borg scale)
3) Keep heart rate (HR) during training in the following range: HRtraining = (HRmax – HRrest) x % + HRrest Where: HRmax: obtained either on a maximum exercise test, using the regular medications, or by calculating maximum HR estimated for age (220 - age). The formula may not be used with hypertensive patients suffering from heart disease, taking beta-blockers or taking dihydropyridine calcium channel blockers. HRrest: measured after 5-minute rest lying down. % : use 40% as lower threshold and 60% as upper threshold.
Prescription of endurance training – complementary
2 to 3 times a week
8 to 10 exercises for the major muscle groups, prioritizing unilateral execution, when possible
1 to 3 sets
10 to 15 repetitions up to moderate fatigue (repetition with decreased motion speed) – approximately 60% of 1RM
Long passive pauses – 90 to 120 s

Light to moderate PA and PE may be prescribed to for individuals without heart, cerebrovascular, or renal disease without prior medical assessment. If symptoms appear during PA or PE, it should be interrupted and the individual should seek medical help. Hypertensive individuals with comorbidities, who are symptomatic or who intend to participate in high-intensity or competitive activities should undergo a prior medical evaluation. 466 The exercise stress test is recommended to evaluate physical fitness and to prescribe physical exercise, 467 enabling an assessment of BP response to physical effort and check for coronary disease in symptomatic individuals or those with multiple risk factors. Training sessions should be canceled if BP is above 160/105 mm Hg; measuring BP during aerobic training is recommended for hypertensive individuals who exhibit hyper-reactivity, and the intensity of the physical activity should be lowered if BP is above 180/105 mm Hg (LR: IIa, LE: C).

8.14. Slow Breathing

Slow or guided breathing requires respiratory rate reduction to 6-10 breaths/minute for 15-20 minutes/day to promote casual BP reduction. Randomized controlled trials on device guided breathing (Resperate device®), analyzed in a previous meta-analysis, found no significant decrease in BP after excluding five studies involving industry participation. 468 A recent meta-analysis, combining six voluntary slow breathing exercise trials compared to natural breathing, found a 6.36 mm Hg decrease in SBP (95% CI: 10.32 to 2.39) and a 6.39 mm Hg decrease in DBP (95% CI: 7.30 to 5.49) in DBP compared to control group participants in randomized controlled trials lasting up to six months. 469 Existing evidence shows that, in the short run, voluntary slow breathing exercises can lower SBP and DBP in HT patients with CV disease (LR: IIa, LE: A). In a clinical trial with a small number of participants, slow breathing was shown to lower blood pressure at rest for individuals with isolated HT, in addition to responses to static and dynamic exercises 470 (LR: IIb, LE: B).

The association between listening to music and deep breathing, in comparison with listening to music only, did not result in statistically significant BP reductions. Participants from both treatment groups achieved clinically significant BP reductions 471 (LR: IIb, LE: B).

8.15. Stress Control

Overall, no robust evidence on the efficacy of techniques used in stress management has been found, including behavioral therapies, transcendental meditation (LR: IIb, LE: B), other meditation techniques (LR: III, LE: C), yoga (LR: III, LE: C), relaxation therapies (LR: III, LE: C), and biofeedback approaches (LR: IIb, LE: B). There is more evidence for guided slow breathing than there is available for acupuncture (LR: III, LE B). Clinical indications show only a trend towards lowering BP, whether used separately or in combination 472 (LR: IIa, LE: B). In two meta-analyses, music therapy was associated with a significant reduction in SBP, 473 , 474 while in a third only its tendency to lower BP was observed 475 (LR: IIb; LE: A).

Meditation can be seen as the experience of emptying one's mind and making it devoid of thought; the practice of focusing one's concentration on a single object until becoming aware of that object; contemplating a single aspect of reality; or developing a given mental or even behavioral quality. 476 , 477 A systematic review showed that transcendental meditation led to a 4 mm Hg decrease in SBP and a 2 mm Hg decrease in DBP 478 (LR: IIb, LE: B). However, the mechanisms through which meditation lowers BP are not fully understood, and others have criticized these studies for methodological limitations. 479

8.16. Religiosity and Spirituality

Spirituality is associated with physical, psychological and social aspects, enabling a more holistic view of human beings and placing them at the center of attention and of treatment 480 (LR: IIb, LE: C). It may be considered a set of moral, mental and emotional values that guide thoughts, behaviors, and attitudes 3 , 481 (LR: I, LE: B). Religion, in turn, is understood as an organized system of beliefs, practices, and symbols with the purpose of bringing its adherents closer to the transcendental or the divine 3 , 481 (LR: I, LE: B).

Studies suggest there is an association between religiosity and spirituality (R/S) and all-cause mortality, cancer, and CV mortality, as well as quality of life 482 - 485 (LR: I, LE: B). The relevant mechanisms involve favorable changes in lifestyle and CVRFs, such as lower levels of serum glucose, cholesterol, fibrinogen, cortisol, and inflammatory cytokines 481 , 486 (LR: I, LE: B).

Given the multidimensional aspects of R/S and the characteristics of study populations, observational studies that assess the association between BP and/or HT risk have found heterogeneous results, but most suggest beneficial effects. 77 , 481 , 487 , 488 In the SWAN (Study of Women’s Health Across the Nation) study, with over 1600 middle-aged women as participants, daily spiritual practices were not found to be protective for SBP or HT. 489 In the Chicago Community Adult Health Study, frequency of religious attendance was not associated with HT, while the habit of prayer had a positive association. Spirituality was connected to diastolic HT, while the meaning of forgiveness was associated with lower DBP and lower probability of HT. 490 In a different study, more frequent religious attendance was associated with lower DBP, but not lower SBP 491 (LR: IIa, LE: B).

A recent review found that elements of R/S may interfere positively in adherence to pharmacological treatment, but other studies have found opposite or mixed effects, especially for severe and chronic diseases 492 (LR: IIa, LE: C). Health care professionals should learn to identify patient demands and expectations, provide adequate support, and overcome conflicts. Open-ended questions or semistructured surveys can be useful to that end 3 , 493 (LR: I, LE: B). Despite the fact that evidence from observational studies correlate R/S and HT, few clinical trials have assessed the effects of interventions in this area, especially for severe CV diseases, chronic diseases or palliative care 481 , 494 (LR: IIb, LE: B).

Key Takeaways
Hypertensive individuals should be assessed in terms of smoking habits, and smoking cessation should be pursued, with the help of medications if needed, since it increases CV risk.
Diets like DASH, which increase fruit, vegetable, low-fat dairy, and whole-grain intake as well fostering moderate consumption of nuts and lower fat, candy, sugary beverages, and red meat consumption, should be prescribed
Daily sodium intake should be restricted to 2 g/day, with sodium chloride replaced by potassium chloride where there are no restrictions.
Body weight should be controlled to maintain BMI < 25 kg/m 2 .
Individuals should perform at least 150 minutes of moderate physical activity per week Decreasing sedentary behavior should be encouraged, with individuals standing for 5 minutes for every 30 minutes spent sitting down.

9. Pharmacological Treatment

9.1. Treatment Objectives

Cardiovascular (CV) protection is the primary objective of antihypertensive treatment. Lower blood pressure (BP) is the first goal, while the greater objective is to reduce the CV outcomes and mortality linked to hypertension (HT). 5 , 37 , 164 , 495 Meta-analyses of randomized clinical trials studying hypertensive patients show that decreasing systolic BP by 10 mm Hg and diastolic BP by 5 mm Hg with medications is accompanied by a significant decrease in relative risk for major outcomes: 37% for risk of stroke, 22% for coronary artery disease (CAD), 46% for heart failure (HF), 20% for CV mortality, and 12% for all-cause mortality. 83 , 85 , 307 , 308 , 496 , 497 The higher the CV risk, the greater the benefits, but there are benefits even for patients with small BP elevations and low to moderate CV risk. 307 , 308 , 496

It should be stressed that these findings come mostly from clinical trials involving high CV risk hypertensives age 50 and older, and follow-up is rarely longer than five years. Therefore, the befits for young individuals, for low- to moderate-risk individuals, and from longer treatment periods are extrapolated from the scientific evidence available. 498 In particular, for this patient group, we infer that assessing the impact of antihypertensive medications in protecting end-organs may be a useful indirect indicator for treatment effectiveness, especially reduction of left ventricular mass 499 , 500 and albuminuria. 501 Thus, adequate treatment for individuals below the age of 50 is strongly recommended.

9.2. General Principles of Pharmacological Treatment

Most hypertensive patients require medications in addition to lifestyle changes in order to achieve their blood-pressure targets. 5 , 37 , 83 , 164 , 307 , 307 , 308 , 495 , 497 , 502 Chart 9.1 shows the recommended treatment onset for lifestyle interventions and pharmacological treatment according to blood pressure, age, and cardiovascular risk.

Chart 9.1. – Onset of treatment with lifestyle interventions and pharmacological treatment according to blood pressure, age, and cardiovascular risk.

Status Scope Recommendation Class Level of evidence
Onset of lifestyle interventions All stages of hypertension and blood pressure 130-139/85-89mm Hg To diagnosis I A
Onset of pharmacological treatment Stage 2 and 3 hypertensive patients To diagnosis I A
Stage 1 hypertensives at moderate to high cardiovascular risk To diagnosis I B
Stage 1 hypertensives and low cardiovascular risk Individuals with BP 130-139/85-89 mm Hg and preexisting CVD or at high cardiovascular risk Wait 3 months for effects of lifestyle interventions IIa B
Frail older adults and/or oldest old hypertensives SBP ≥ 160 mm Hg I B
Healthy older hypertensive patients SBP ≥ 140mm Hg I A
Individuals with BP 130-139/85-89 mm Hg without preexisting CVD and at low to moderate cardiovascular risk Not recommended III  

The five main classes of antihypertensive medication—diuretics (DIUs), calcium channel blockers (CCBs), angiotensin-converting enzyme inhibitors (ACEIs), angiotensin II receptor blockers (ARBs), and beta-blockers (BBs)—have shown to significantly lower BP compared to placebos, as well as produce significant decreases in fatal and nonfatal CV outcomes, and this benefit is fundamentally linked to the BP decrease. 5 , 37 , 83 , 164 , 307 , 308 , 495 , 497 BBs are useful in specific clinical conditions: post-acute myocardial infarction (AMI), chest angina, HF with reduced ejection fraction (HFrEF), heart rate (HR) control, and women of childbearing age. 5 , 37 , 164 , 495 Other classes, such as alpha-blockers, centrally acting sympatholytics, aldosterone antagonists and direct vasodilators, have not been as widely studied in clinical trials, are associated with higher rates of adverse events, and should only be used when BP control has not been achieved with combinations based on the primary medication classes mentioned above. 37 , 164 , 495 , 503 , 504

The desirable features of antihypertensive medications are that they:

  • • Have shown the ability to reduce CV morbidity and mortality;

  • • Be effective orally;

  • • Be well tolerated;

  • • Preferably be administered in a single daily dose;

  • • Able of being used in association;

  • • Have quality control in its production.

  • Additional recommendations are:

  • • Use for at least four weeks, before any change, except for special situations;

  • • Do not use compound medications, which are not subject to pharmacokinetic control and pharmacovigilance;

  • • Patients are instructed about the importance of continuous use of antihypertensive medication, the occasional need for dose adjustments and switching or combination of drugs, and the occasional onset of adverse effects;

  • • There is no sufficient evidence for recommending routine nocturnal administration of antihypertensive medications, except under special conditions.

9.3. Therapy Regimens

Pharmacological treatment may start as monotherapy or as drug combinations. It should be emphasized that the use of drug combinations is the preferred strategy for most hypertensive patients ( Figure 9.1 ).

Figure 9.1. – Flow chart for pharmacological treatment.

Figure 9.1

9.3.1. Monotherapy

Monotherapy can be the initial antihypertensive strategy for stage 1 HT patients at low CV risk 37 , 164 , 495 , with BP 130-139/85-89 mm Hg at high CV risk 307 or older adults and/or frail individuals 4 ( Figure 9.1 ). For these patient profiles, the desired BP decrease is small and should be achieved gradually in order to prevent adverse events. 37 , 164 , 495 , 502

Treatment should be individualized, and the initial choice of medication should be based on the general desirable characteristics of the antihypertensive medications described previously, on individuals particularities, on the presence of associated diseases and end-organ damage (EOD), and on socioeconomic conditions. 5 , 37 , 164 , 495

The preferred classes of antihypertensive medication 5 , 37 , 164 , 495 for BP control in the initial monotherapy are as follows:

BBs may be considered as the initial drug in certain situations, 5 , 37 , 83 , 164 , 307 , 495 , 497 as described above, and are more frequently used in combination with other medications. Dosages may be adjusted in order to achieve recommended blood-pressure targets.

9.3.2. Drug Combinations

Drug combination are the preferred therapeutic strategy for most hypertensive patients, regardless of HT staging and associated CV risk 5 , 37 , 164 , 495 , 502 - 507 ( Figure 9.1 ). Treatment should begin with a combination of two medications with different mechanisms of actions, except for the association of thiazide DIUs and potassium-sparing DIUs. If the blood-pressure target is not reached, adjusting doses and/or adding a third drug are indicated. Next, more medications are added until the BP control is achieved. 502 - 504

The rationale for drug combinations is based on the incremental antihypertensive effect when working on different physiopathological mechanisms by synergistic actions and by inhibiting the activation of counter-regulatory mechanisms. 502 , 503 In addition, drug combinations have the potential of decreasing the rate of side effects due to the lower dose of each combined medication or the ability of one drug to antagonize the adverse effects of another. 502 , 503 Higher adherence to treatment and decreased therapeutic inertia are important benefits. Fixed-dose and single-pill combinations are preferable, as they are associated with higher adherence to treatment and, consequently, to better clinical results. 502 , 503

The onset of fixed-dose drug combination treatment is associate with decreased risk of CV outcomes compared to the traditional onset of treatment with monotherapy, faster achievement of blood-pressure targets, protection of end-organs, and long-term CV outcomes. 502 - 507

9.4. General Characteristics of Different Classes of Antihypertensive Medications

Chart 9.2 lists the antihypertensive medications available in Brazil, divided by therapeutic class.

Chart 9.2. – List of antihypertensive medications available in Brazil.

Class Class and Medication Usual daily dose (mg) Freq.* Comments and recommendations
Thiazide and thiazide-like diuretics Hydrochlorothiazide 25-50 1 Higher doses of thiazides and thiazide-like medications increase the diuretic effect without increasing antihypertensive action.
Chlorthalidone 12.5-25 1
Indapamide 1.5 1
Loop diuretics Furosemide 20-240 1-3 Used in chronic renal failure (CRF), congestive heart failure (CHF), and fluid retention conditions (edema).
Bumetanide 1-4 1-3
Potassium-sparing diuretics Spironolactone 25-100 1-2 May cause hyperpotassemia, particularly in CRF and when associated with ARBs or ACE inhibitors.
Amiloride 2.5-5 1 Available only in combination with hydrochlorothiazide or chlorthalidone
Dihydropyridine calcium channel blockers (CCBs) Amlodipine 2.5-10 1 Avoid use in patients with heart failure and reduced ejection fraction. May cause lower limb edema depending on dose.
Felodipine 2.5-10 1
Nifedipine 10-60 1-3
Nitrendipine 10-30 1
Manidipine 10-30 1
Lacidipine 2-6 1
Lercanidipine 10-20 1
Levamlodipine 2.5-5 1
Nondihydropyridine calcium channel blockers (CCBs) Verapamil 120-360 1-2 Avoid use in patients with heart failure and reduced ejection fraction. Avoid association with beta-blockers and in patients with bradycardia.
Diltiazem 80-240 1-2
Angiotensin-converting enzyme inhibitors (ACEIs) Captopril 25-150 2-3 Avoid use in women of childbearing age due to the high risk of fetal malformations and other gestational complications. Contraindicated in combination with other renin-angiotensin-aldosterone system inhibitors, except spironolactone for CHF. Risk of hyperpotassemia for patients suffering from renal failure or receiving potassium supplementation.
Enalapril 5-40 1-2
Benazepril 10-40 1-2
Lisinopril 10-40 1
Fosinopril 10-40 1
Ramipril 2.5-20 1-2
Perindopril 2,5-10 1
Angiotensin II AT 1 receptor blockers (ARBs) Losartan 50-100 1-2 Same recommendations as ACEIs.
Valsartan 80-320 1
Irbesartan 150-300 1
Candesartan 8-32 1
Olmesartan 20-40 1
Telmisartan 20-80 1
Noncardioselective beta-blockers (BBs) Propranolol 80-320 2-3 Avoid sudden withdraw of BBs, as it may cause reflex tachycardia and discomfort.
Nadolol 40-160 1  
Pindolol 10-60 1 Has intrinsic sympathomimetic activity, leading to less bradycardia.
Cardioselective beta-blockers Atenolol 50-100 1-2  
Metoprolol 50-200 1  
Bisoprolol 5-20 1  
Nebivolol 2.5-10 1 Vasodilatory action via nitric oxide.
Carvedilol 12.5-50 1-2 Alpha-blocker effect produces less bradycardia.
Centrally acting sympatholytics Methyldopa 500-2.000 2  
Clonidine 0.2-0.9 2 Abrupt clonidine withdraw may cause rebound hypertension (hypertensive crisis) via catecholamine release at synaptic endings.
Rilmenidine 1-2 1-2  
Alpha-blockers Prazosine 1-20 2-3 Initiate with low dose before lying down since it may trigger orthostatic hypotension. Progressively increase every 2 days. Other alpha-blockers are exclusively available for benign prostate hyperplasia (tamsulosin, alfuzosin, silodosin).
Doxazosin 1-16 1
Direct-acting vasodilators Hydralazine 50-200 2-3 May cause sodium and fluid retention, hypervolemia, and reflex tachycardia. Must be used in combination with loop diuretic. Lupus-like syndrome at high dose.
Direct renin inhibitors Aliskiren 150-300 1 Same recommendations as ACEIs and ARBs.

9.4.1. Diuretics (DIUs)

The mechanisms of antihypertensive action of DIUs are initially related to their natriuretic effects, with a decrease in the circulating volume and extracellular volume. After 4-6 weeks, circulating volume normalizes and a reduction in peripheral vascular resistance (PVR) occurs. Diuretics lower BP and CV morbidity and mortality. 508 - 510 Their antihypertensive effect is not directly related to their doses, but side effects are associated with dose and potency of diuretic action. Thiazide (hydrochlorothiazide) or thiazide-like (chlorthalidone and indapamide) DIUs at low doses should be preferred, because they are milder and longer-acting. Loop DIUs (furosemide and bumetanide) should be reserved for clinical conditions featuring sodium and fluid retention, such as renal failure (creatinine > 2.0 mg/dL or estimated glomerular filtration rate ≤ 30 mL/min/1.73m 2 ) and edema (HF or nephritic syndrome). Potassium-sparing DIUs (spironolactone and amiloride) are usually associated with a thiazide or loop DIU. Spironolactone is habitually used as the fourth medication in drug combinations for patients with resistant and refractory HT. This aspect is discussed in further detail in the chapter 16 to those more severe forms of HT.

Chlorthalidone has higher diuretic potency than hydrochlorothiazide, compared at proper doses, and its longer half-life made it the preferential DIU for resistant or refractory HT, since sodium and fluid retention is an important mechanism in resistance to treatment. 504 The indication of chlorthalidone as the preferred DIU because it promotes a higher decrease in CV events is controversial, as a meta-analysis and observational studies with large numbers of participants were not in agreement. 495 , 511 , 512 On the other hand, as expected from the more intense diuretic effect, these studies have found greater rates of adverse effects for chlorthalidone, particularly hydroelectrolytic and metabolic disorders. Indapamide, a thiazide-like, which has been growing in use in recent years, like chlorthalidone, has greater potency and longer-acting diuretic effect; like previous medications, it has proven antihypertensive effect, decreases CV events and has a positive metabolic profile. 513 Thus, there is no definitive data behind the preference for chlorthalidone in antihypertensive treatment for individuals with normal renal function, but it may be used when a larger diuretic effect is desirable, especially in resistant HT, as it is more potent than hydrochlorothiazide.

9.4.1.1. Adverse Effects of Diuretics

Major adverse effects of diuretics are weakness, cramps, hypovolemia, and erectile dysfunction. Hypopotassemia is the most common metabolic effect, often accompanied by hypomagnesemia, which can induce ventricular arrhythmias, mainly extrasystole. Hypopotassemia also leads to insulin secretion, increasing glucose intolerance, and the risk of developing type 2 diabetes mellitus. Uric acid increase is an almost universal effect of DIUs, and may trigger gout crises in predisposed individuals.

The use of low doses of DIUs decreases the risk of adverse effects without hindering their antihypertensive efficacy, especially when associated with other drug classes. Spironolactone may cause gynecomastia and hyperpotassemia, and the latter is the most frequent electrolyte disorder in patients with impaired renal function. There are reports that indapamide may have a better metabolic profile than hydrochlorothiazide. 513

9.4.2. Calcium Channel Blockers (CCBs)

This medication class blocks the calcium channels in smooth muscle cell membranes in the arterioles, lowers calcium availability inside cells to impair muscle contraction, and consequently decreases peripheral vascular resistance by vasodilation. 514 , 515

CCBs can be divided into two basic forms: dihydropyridines and nondihydropyridines. Dihydropyridines (amlodipine, nifedipine, felodipine, manidipine, levamlodipine, lercanidipine, lacidipine) are predominant vasodilators, with minimum interference in HR and systolic function, and therefore are more often used as antihypertensive agents.

Nondihydropyridines, such as diphenylalkylamines (verapamil) and benzothiazepines (diltiazem), have a lower vasodilating effect, and act on the heart musculature and the cardiac conduction system. Thus, they lower HR, have an antiarrhythmic effect and can depress systolic function, primarily in patients already suffering from myocardial dysfunction, and should be avoided in individuals with that condition.

Long-acting CCBs should be preferred to prevent unwanted oscillations in HR and BP. They are effective antihypertensive medications that reduce CV morbidity and mortality. 307 , 515 - 517 An outcome study has reaffirmed the efficacy, tolerability and safety of this drug class HT treatment in CAD patients, 518 making it an alternative to BBs when the latter cannot be used, or in combination for cases of refractory angina.

9.4.2.1. Adverse Effects of Calcium Channel Blockers

Ankle swelling is usually the most common side effect, resulting from the vasodilating action (more arterial than venous), which causes capillary transudation. Throbbing headaches and dizziness are common. Facial blushing is more common with fast-acting dihydropyridine CCBs. Hyperchromia of the distal third of the legs (ochre dermatitis) and gingival hypertrophy are two occasional adverse effects.

Adverse effects are usually dose-dependent, may cause intolerance to dihydropyridine CCBs and may result in resistance to treatment. In these cases, lipophilic CCBs (manidipine, lercanidipine, lacidipine) may be tested, or levamlodipine at low doses. Verapamil and diltiazem can worsen HF, as well as bradycardia and atrioventricular block. Verapamil has been found to cause constipation. 516

9.4.3. Angiotensin-Converting Enzyme Inhibitors (ACEIs)

Angiotensin-converting enzyme inhibitors are effective antihypertensive drugs whose primary action is inhibiting angiotensin I converting enzyme, responsible for both transforming angiotensin I into angiotensin II (vasoconstrictor) and lowering bradykinin degradation (vasodilator). They are effective for HT treatment, lowering CV morbidity and mortality. 307 They have been shown to be useful in many other CV conditions, such as HFrEF and post-AMI anti-remodeling, and may have antiatherosclerotic properties. They also delay renal function decline in patients with diabetic nephropathy or kidney diseases of other etiologies, especially in case of albuminuria. 519

9.4.3.1. Adverse Effects of Angiotensin-Converting Enzyme Inhibitors

Usually well-tolerated by most hypertensive patients, its major side effect is dry coughs, affecting 5 to 20% of patients. Angioneurotic edema and skin rashes are rare. 520 When administered to renal failure patients, it can initially worsen renal function, usually discretely, due to adjustments in intraglomerular hemodynamics (vasodilation of efferent arterioles and lower glomerular filtration pressure) resulting in higher plasma creatinine and urea rates. 521 However, the initial loss of renal function is a protective mechanism, since it prevents glomerular hyperfiltration and slows down the progression of chronic kidney disease. 522 In case of major loss of renal function (> 30%), the medication should be withdrawn and the possibility of bilateral renal artery stenosis or renal artery stenosis in solitary functioning kidney.

ACEIs and other renin-angiotensin-aldosterone system (RAAS) blockers may cause hyperpotassemia in patients with renal failure, especially diabetic patients, and are contraindicated during pregnancy due to the risk of fetal complicactions. 523 , 524 Therefore, they should be carefully monitored when administered to adolescents and women of childbearing age.

9.4.4. Angiotensin II AT1 Receptor Blockers (ARBs)

ARBs antagonize angiotensin II action via the specific blockade of AT1 receptors, responsible for the primary effects of angiotensin II (vasoconstriction, cell proliferation and aldosterone release). In HT treatment, especially in populations at high CV risk or with comorbidities, they decrease CV and renal (diabetic nephropathy) morbidity and mortality 525 - 531

9.4.4.1. Adverse Effects of Angiotensin II AT1 Receptor Blockers

Adverse effects related to ARBs are not common, with exanthema observed in rare occasions. Like ACEIs, ARBs may promote an initial decrease in glomerular filtration via vasodilation of efferent arterioles, lowering glomerular filtration pressure, but the effect is nephroprotective in the long run. 529 - 531 Similarly to ACEIs, ARBs may cause hypercalcemia, especially in the presence of renal failure, and are contraindicated during pregnancy, and the same care should be taken for women of childbearing age.

9.4.5. Beta-Blockers (BBs)

Beta-blockers have complex pharmacological actions. They promote an initial decrease in cardiac output and renin secretion, with readaptation of baroreceptors and decrease in catecholamines in nervous synapses. 532 , 533

They can be divided into three categories, according to selectivity in adrenergic receptor binding: 1) nonselective: block both beta-1 adrenergic receptors, found mainly in the myocardium, and beta-2 receptors, found in smooth muscle, the lungs, blood vessels and other organs (propranolol, nadolol and pindolol, the latter displaying intrinsic sympathomimetic activity, acting as a partial adrenergic agonist and producing less bradycardia); 2) cardioselective: preferentially block beta-1 adrenergic receptors (atenolol, metoprolol, bisoprolol and nebivolol, which is the most cardioselective); and 3) vasodilator: manifests as peripheral alpha-1 adrenergic receptor antagonism (carvedilol) and nitric oxide production (nebivolol). 532 - 535 Propranolol is useful to patients with essential tremor, mitral valve prolapse, hyperkinetic syndromes (hyperthyroidism and panic disorder), vascular headache, and portal hypertension. 532 , 533

A meta-analysis 536 including over 130 thousand primary hypertension patients compared BBs to other classes of antihypertensive medications, placebos, and no treatment. It found that compared to other antihypertensive medications (DIUs, CCBs, ACEIs, ARBs), beta-blockers increase the risk of stroke by 16%. Compared to placebo or untreated patients, beta-blockers the lower risk of stroke, but only half as much as would be expected from observed blood pressure decreases. The meta-analysis 534 also found that compared to other antihypertensive medications, atenolol increases the risk of stroke by 26% and overall mortality by 8%, both significant results. This is the main reason this guideline recommends BBs as an initial antihypertensive medication only in cases for which there is a specific indication.

9.4.5.1. Adverse Effects of Beta-Blockers

The adverse effects are bronchospasm, bradycardia, atrioventricular conduction disorders, peripheral vasoconstriction, insomnia, nightmares, depression, asthenia, and sexual dysfunction. BBs are contraindicated for patients with asthma, chronic obstructive pulmonary disease (COPD), and second- and third-degree atrioventricular block. They may lead to glucose intolerance, induce onset of diabetes mellitus, hypertriglyceridemia, high LDL-cholesterol, and low HDL-cholesterol. The impact on glucose metabolism is potentiated when combined with DIUs. Third-generation BBs (carvedilol and nebivolol) have neutral impact or may even improve the glucose and lipid metabolism, possibly because of their vasodilatory effect, with decrease in insulin resistance and improvement of glucose uptake by peripheral tissues. 532 , 535 Studies on nebivolol have also found less sexual dysfunction, possibly due to its effect on endothelial nitric oxide synthesis. 532 , 535

9.4.6. Centrally Acting Sympatholytics

Centrally acting alpha-agonists stimulate the alpha-2 receptors involved in sympatho-inhibitory mechanisms. 537 Their well-defined effects are as follows: a decrease in sympathetic activity and baroreceptor reflex, contributing to relative bradycardia and orthostatic hypotension; mild decrease in PVR and cardiac output; lower plasma renin levels; and fluid retention. Representatives of that group include methyldopa, clonidine, and the imidazoline receptor inhibitor rilmenidine. 538 , 539 Clonidine also acts on presynaptic alpha-2 receptors, which prevent norepinephrine release. It accumulates in nerve endings and, when withdrawn suddenly, the uncontrolled release may cause an adrenergic crisis. 537 Despite some central alpha-2 agonism, rilmenidine has greater affinity for subtype I imidazoline receptor binding sites, causing fewer undesirable effects than clonidine. 538

This class of medication has no unwanted metabolic effects and do not interfere with peripheral resistance to insulin or to the lipid profile. Methyldopa is primarily indicated for HT during pregnancy, as it is used for short periods, there is a large body of experience with its use during this period, and it has a better safety profile for pregnant women and for fetuses. 537 , 539 Clonidine can be useful in HT associated with restless legs syndrome, 540 opioid withdrawal, 541 menopausal hot flashes, 542 diarrhea associated with diabetic neuropathy, 543 and sympathetic hyperactivity in patients with alcoholic cirrhosis. 544

9.4.6.1. Adverse Effects of Centrally Acting Sympatholytics

Methyldopa can cause autoimmune reactions, such as fever, hemolytic anemia, galactorrhea, and liver dysfunction, which, in most cases, disappear with cessation of use. If an adverse reaction occurs, methyldopa can be replaced by another central alpha-agonist. 539

There is a risk of rebound effect from the discontinuation of clonidine, especially when combined with beta-blockers, and can be dangerous in the preoperative period. 537 Gradual withdrawal over two to four weeks prevents the rebound effect. Medications in this class have adverse reactions due to their central action, such as drowsiness, sedation, dry mouth, fatigue, postural hypotension, and erectile dysfunction. 537 , 539

9.4.7. Alpha-blockers

Alpha-blockers act as competitive antagonists of postsynaptic alpha-1 receptors, decreasing PVR without changes in cardiac output. 539 They promote greater blood pressure decreases in standing position and in reflex tachycardia. Therefore, postural hypotension is common, often found after the first dose. The hypotensive effect is mild in monotherapy, the combined use being preferred. They have favorable and discrete action on the lipid and glucose metabolisms. 539 Medications in this class used as antihypertensives include doxazosin, prazosin, and terazosin.

A beneficial adjunct action of alpha-1 blockers is the relaxation of the pelvic floor musculature, which helps patients with benign prostatic hyperplasia (BPH) empty their bladders. Therefore, alpha-blockers are also used in men with BPH, particularly doxazosin, tamsulosin, alfuzosin, and silodosin.

9.4.7.1. Adverse Effects of Alpha-Blockers

Alpha-blockers may cause symptomatic hypotension on the first dose. Tolerance is a frequent phenomenon, requiring increasing doses to maintain the antihypertensive effect (tachyphylaxis). Alpha-blockers may cause urinary incontinence in women. There is evidence that patients treated with doxazosin are at higher risk for HF. 539

9.4.8. Direct-Acting Vasodilators

The oral medications in this class are hydralazine and minoxidil. They act directly by relaxing arterial smooth muscles, leading to a PVR decrease. 539

9.4.8.1. Adverse Effects of Direct-Acting Vasodilators

The side effects of hydralazine are headache, flushing, reflex tachycardia, and lupus-like reaction (dose-dependent). 539 In addition, it can cause anorexia, nausea, vomiting, and diarrhea. Vasodilators may cause sodium and fluid retention, with increased circulating volume and reflex tachycardia. A side effect of minoxidil is hirsutism, found in approximately 80% of the patients.

9.4.9. Direct Renin Inhibitors

Aliskiren, the only representative of this drug class commercially available, causes direct renin inhibition with consequent decrease in angiotensin II production. 545 Other actions may contribute to BP lowering and tissue protection, such as the reduction in plasma renin activity, 545 renin/prorenin receptor blockade, 546 and decrease in intracellular angiotensin II production. 547

Antihypertensive efficacy studies have confirmed its antihypertensive activity in monotherapy and in combination, at a similar level as other RAAS blockers and with the apparent additional benefit of lowering proteinuria in kidney disease patients. 548 , 549 However, there is no evidence of its benefits on CV morbidity and mortality for hypertensive and prehypertensive patients. 550 , 551

9.4.9.1. Adverse Effects of Direct Renin Inhibitors

They are well tolerated. Skin rashes, diarrhea (especially at high doses above 300 mg/day), creatine phosphokinase increases, and coughing may occur in less than 1% of patients. They are contraindicated during pregnancy for the same reasons as ACEIs and ARBs.

9.5. Antihypertensive drug combinations

Initial antihypertensive drug combination therapy seems to be associated with decreased risk of CV outcomes compared to the traditional onset of treatment with monotherapy. 552 Initial two-drug combinations, compared to sequential association promotes quicker control and may lower BP up to five times more, 506 with clear impact on EOD and long-term CV outcomes. A meta-analysis found that fixed-dose two-drug combinations improve adherence by 24% compared with a free-drug component regimen. 553 However, few studies focus specifically on assessing drug combinations on CV outcomes.

The ACCOMPLISH study 554 compared benazepril combined with hydrochlorothiazide and with amlodipine. The difference in systolic and diastolic BP between the two groups, though significant, was only 0.9/1.1 mm Hg lower in the amlodipine arm. There was a decrease in risk of primary outcomes, consisting of nonfatal AMI, stroke, hospitalization for unstable angina, myocardial revascularization surgery, and cardiopulmonary resuscitation, in favor of the benazepril-amlodipine group. The choice of hydrochlorothiazide in that study was criticized because its effect lasts less than 24 hours, unlike the longer-acting amlodipine. However, a different report found no significant differences in 24-hour BP across groups. 555 In patients with body mass index (BMI) > 30 kg/m 2 , there were no differences in primary outcomes between the two groups. 556 Another prespecified analysis found an addition decrease in kidney disease progressions from a benazepril-amlodipine combination. 557

The ASCOT-BPLA study 558 compared a strategy based on amlodipine adding perindopril as required versus atenolol adding bendroflumethiazide. Approximately 78% of patients in each group used combination therapy for hypertension control. There were no differences in primary outcomes, consisting of nonfatal AMI and fatal CAD, but secondary outcomes, such as stroke, fatal coronary events, CV mortality, and all-cause mortality, were all significantly lower for the amlodipine group. De novo diabetes development rates were 30% higher for the group treated with BBs and thiazide. The CAFE sub-study 234 found a more significant decrease in central aortic pressure from an amlodipine-perindopril combination and attributed it, at least in part, to the greater decrease in secondary outcomes for the group.

In the multicenter VALUE trial, 527 high CV risk patients received antihypertensive treatment based on valsartane or amlodipine. Approximately 25% of patients in both groups required the addition of 12 to 25 mg of hydrochlorothiazide for BP control. Despite the higher and earlier blood pressure decrease in the amlodipine group, the combined primary cardiac outcome at the end of four years was similar for both groups, as were the fatal AMI and all-cause mortality rates. There were fewer HF cases with valsartane and fewer nonfatal AMI and stroke cases with amlodipine.

In HOPE-3, 309 directed primarily to studying the effects of medications in prehypertensive patients at intermediate CV risk, an initial strategy based on a fixed-dose combination of candesartan and hydrochlorothiazide led to a 27% decrease in the composite outcome risk of CV death, nonfatal AMI, and stroke in stage 1 hypertension individuals. However, no benefits have been found for prehypertensives.

The PROGRESS trial, 291 which assessed patients with prior cerebrovascular disease; the ADVANCE trial, 559 which studied individuals with type 2 diabetes; and HYVET, 560 which studied patients 80 years of age or older, used an intervention based on perindopril and indapamide and showed the benefits of combining DIUs and ACEIs to lower issues such as stroke and vascular dysfunction; macro- and microvascular outcomes; and death, stroke, and HF, respectively.

Combining BBs and thiazides lowered CV outcomes when compared to a placebo in older trials, especially those involving older patients, 509 , 561 , 562 but underperformed the combination of thiazides and losartan in the LIFE trial, 526 where it provided less protection against stroke and favored glucose metabolic disorders. The use of fixed-dose combinations of thiazides with atenolol and other BBs should be restricted to specific indications for this class 5 , 164 , 495 given the induction of potential metabolic disorders from DIUs, such as insulin resistance, hyperglycemia, hyperuricemia, and hypopotassemia.

The combination of dihydropyridine calcium channel blockers and thiazide diuretics may be especially useful for older adults with isolated systolic hypertension or in cases where the use of RAAS blockers are contraindicated or restricted due to their potential risks, such as in women of childbearing age.

The polygon in Figure 9.2 shows the preferred (connected by a green line), contraindicated (red line) and possible but less often studied (dotted line) combinations. 1 In stage 3 hypertension and resistant hypertension patients, the goal is to optimize the triple treatment with preferred medications—ACEIs or ARBs, dihydropyridine CCBs, and thiazide or thiazide-like DIUs. 37 , 503 , 504 A clinical trial assessed the fixed triple combination of amlodipine, valsartan, and hydrochlorothiazide, all available in Brazil, for stages 2 and 3 HT patients, and found mean decreases of 39.7 mm Hg in systolic BP and 24.7 mm Hg in diastolic BP, significantly higher than two-drug combinations involving the same medications. 563

c1232. – Preferential associations of drugs according to mechanisms of action and synergy.

c1232

Source: Malachias et al., 2016.164

Failing to reach the blood-pressure target with triple therapy requires the use of a fourth drug, and the current preferred medication is spironolactone. 37 , 564 - 567 BBs, clonidine, 564 and doxazosin 567 are options for 4thor 5thdrugs, and hydralazine 164 may also be added in cases of intolerance to any of the previous antihypertensive options and in resistant HT. 503 , 504 In the PATHWAY 2 study, 567 amiloride use was shown to be as effective as spironolactone, providing an alternate treatment for resistant HT. However, the medication is not available from manufacturers in Brazil. The ReHOT study 564 showed that the efficacy of clonidine is similar to that of spironolactone as the 4thmedication for resistant HT patients. However, in 24-hour ambulatory BP analysis, spironolactone outperformed clonidine.

Treatment combining two renin-angiotensin system blockers, such as an ACEI with an ARB or any of the two with renin inhibitors, is contraindicated, since they lead to an increase in adverse effects without decreasing CV outcomes. 568 - 569

Chart 9.3 lists the major clinical trials that used combinations of antihypertensive medications, while Chart 9.4 shows the primary levels of evidence and level of recommendation of pharmacological treatments. Figure 9.1 shows the usual steps of combining medications for HT control.

Chart 9.3. – Drug combination studies for hypertension treatment.

Study Comparator regimen Patient profile Difference in SBP (mm Hg) Primary outcome (% relative risk reduction) p
Combinations of diuretics
PREVER 179 (amiloride + chlorthalidone) Losartan Stage 1 hypertensive patients -2.2 Not assessed. Greater SBP decrease with diuretics without glucose increase
Association of ACE inhibitors and diuretics
PROGRESS 291 (perindopril + indapamide) Placebo Prior stroke or TIA -9 -28% stroke < 0.001
ADVANCE 559 (perindopril + indapamide) Placebo Diabetes -5.6 -9% macrovascular and microvascular events 0.04
HYVET 560 (indapamide + perindopril) Placebo Hypertensive patients ≥ 80 years -15 -34% CV events < 0.001
Combination of ACE inhibitors and calcium channel blockers (amlodipine)
ACCOMPLISH 554 (benazepril + amlodipine) Benazepril + diuretic High-risk hypertensive patients -0.9 -19.6% compound CV events < 0.001
ASCOT BPLA 558 (amlodipine + perindopril) Beta-blocker + diuretic Hypertensive patients with 3 or more risk factors -2.7 Difference not significant * NS
Combination of angiotensin receptor blockers (olmesartan) and calcium channel blockers
COLM 570 (olmesartan + CCB) Olmesartan + diuretic Older hypertensive Japanese patients with CV disease or risk factors 0 Difference not significant NS
Combination of angiotensin receptor blockers and diuretics
LIFE 526 (losartan + diuretic) Beta-blocker + diuretic Hypertensive patients with LVH -1.1 -13% CV events 0.02
Combination of calcium channel blockers and diuretics
FEVER 571 (felodipine + diuretic) Diuretic + placebo Hypertensive patients -4 -34% CV events < 0.001
Combination of calcium channel blockers and ACE inhibitors
SYST-EUR 572 (ACEI + ARB + diuretic) Placebo Older adults with ISH -10 -31% CV events < 0.001
SYST-CHINA 573 (ACEI + ARB + diuretic) Placebo Older adults with ISH -9 -37% CV events < 0.004
Combinations of beta-blockers and diuretics
Coope and Warrender 574 (atenolol and diuretic) Placebo Older hypertensive patients -18 -42% stroke < 0.003
SHEP 509 (chlorthalidone and atenolol) Placebo Older hypertensive patients -13 -36% stroke < 0.001
STOP-H 561 (beta-blocker and diuretic) Placebo Older adults with ISH -23 -40% CV events < 0.004
STOP-H2 562 (ACEI and CCB) Standard treatment (BB and diuretic) Older hypertensive patients 0 No difference in CV events
Combination of two renin-angiotensin system antagonists
ONTARGET 568 (telmisartan + ramipril) ACEI or ARB High-risk patients Worse renal outcomes
ALTITUDE 569 (aliskiren + ARB) ACEI or ARB High-risk diabetic patients Worse renal outcomes
Combination of fixed-dose calcium channel blocker, angiotensin receptor blocker, and diuretic
Calhoun et al. 563 (ARB + diuretic + CCB) ARB + diureticaor CCBb+ diuretic or ARB + CCBc Stage 2 and 3 hypertensive patients a: -7.6 b: -8.2 c: -6.2 Not assessed
TRIUMPH 575 (telmisartan + amlodipine + chlorthalidone) Usual treatment at the end of 6 months: Monotherapy in 65% and two-drug combination in 29% Hypertensive patients -8.8 Not assessed

Adapted from ESC, 2018. 37 ISH: isolated systolic hypertension; LVH: left ventricular hypertrophy; NS: not significant; TIA: transient ischemic attack. * significant differences in various secondary outcomes favoring ACEI + amlodipine; (a) ARB + diuretic (b) ARB + diuretic or CCB (c) diuretic or ARB + CCB.

Chart 9.4. – Pharmacological treatment: levels of evidence and level of recommendation.

Drug combinations LE LR
The preferential medication classes for antihypertensive treatment are thiazide or thiazide-like DIUs, CCBs, ACEIs, and ARBs, as they have been shown to effectively lower BP and the risk of CV outcomes. BBs should be considered for specific clinical scenarios (CAD, HF and HR control) A I
HT treatment may be initiated with two-drug class combinations starting in stage 1 HT B I
Two-drug treatments should begin with an ACEI or ARB combined with a thiazide or thiazide-like DIU or a CCB A I
HT treatment for high CV risk patients combining an ACEI and a dihydropyridine CCB is preferred over combining an ACEI and a thiazide DIU for nonobese patients B I
When two medications combined are unable to control BP, patients should be prescribed three drugs, usually an ACEI or ARB combined with a thiazide or thiazide-like DIU and a CCB A I
When three medications combined are unable to control BP, preference should be given to adding spironolactone to the therapy regimen B I
HT treatment with fixed combinations enables higher adherence rates B IIa
HT treatment combining two renin-angiotensin system antagonists is contraindicated A III
Key Takeaways
The primary objectives of antihypertensive treatment are lowering blood pressure and the risk of CV outcomes and mortality associated with hypertension.
Pharmacological treatment should be combined with nonpharmacological measures, and the preferred antihypertensive classes for use in monotherapy or combination therapies are: thiazide or thiazide-like diuretics, CCBs, angiotensin-converting enzyme inhibitors, angiotensin receptor blockers, and beta-blockers (with specific indications).
Combining medications is the first recommended strategy for moderate- to high-risk stage 1 hypertensive patients and stages 2 and 3 patients, preferably in a single pill. Monotherapy should be considered for low-risk stage 1 hypertensive patients and for oldest old and/or frail individuals.
Two-drug treatments should begin with an ACEI or ARB combined with a thiazide or thiazide-like DIU or a CCB. In nonobese high-risk patients, CCB combinations are preferred.
When two medications combined are unable to control BP, patients should be prescribed three drugs, usually an ACEI or ARB combined with a thiazide or thiazide-like DIU and a CCB; if needed, add spironolactone next.

10. Hypertension And Associated Clinical Conditions

10.1. Diabetes Mellitus (DM)

Hypertension (HT) is a frequent finding in DM patients, especially type 2 diabetes. Evidence shows the benefits of lowering BP for this population, with subsequent lower rates of macro and microvascular events and lower mortality. These include lower rates of chronic kidney disease (CKD), 307 , 329 diabetic retinopathy, and albuminuria. 576 Current data show a major reduction in cardiovascular (CV) risk for DM patients, though it remains a high-prevalence illness and an important risk factor (RF) for cardiovascular disease (CVD). 577 , 578 The relationship between DM and HT provides relevant data, such as the presence of HT in 40% of recently-diagnosed patients with type 2 DM 579 and that 50% of type DM patients become hypertensive before the onset of albuminuria. This population is at high CV risk, so assessing urinary albumin and creatinine excretion, fundus health, and dysautonomia should be part of the investigation. 580

10.1.1. Treatment Objectives

Randomized clinical trials show the benefits of antihypertensive treatment for this population, such as the lower incidence of stroke, coronary syndromes, and CKD when BP levels below 140/90 mm Hg are achieved. In a meta-analysis of 13 clinical trials involving DM patients, systolic blood pressure (PAS) between 131 and 135 mm Hg decreased all-cause mortality risk by 13%, while more intensive SBP control to ≤ 130 mm Hg was associated with a greater decrease in strokes. 581 A second meta-analysis found significant decreases in mortality from achieving a mean SBP of 138 mm Hg and a significant decrease in strokes with a mean of 122 mm Hg. 576 Therefore, BP control is important to lower the risk of micro and macrovascular complications and should be maintained if these benefits are to be sustained (LR: I, LE: A).

Rigorous nonpharmacological treatment is required for all diabetic hypertensive patients. Office BP ≥ 140/90 mm Hg indicates the need for pharmacological treatment. All medications used in lowering BP may be administered to diabetic patients. The evidence supports the preferential use of RAAS blockers, particularly for patients with end-organ damage (EOD). 526 , 582 - 584 BP often requires combination therapy, and calcium channel blockers (CCBs) and/or diuretics (DIUs) are the recommended drug classes for combinations with RAAS inhibitors. 506 , 585 Combining two or more classes in a single galenic formulation should be considered, taking into account that adherence to treatment is paramount in this high-risk population.

10.2. Metabolic Syndrome (MS)

MS is characterized by a set of CV risk factors, including central obesity, high glycemia, and typical dyslipidemia (high triglycerides and low HDL-cholesterol levels) associated with increased BP. 586 - 588 These metabolic changes are found in 30 to 40% of HT patients, 589 and the presence of high blood pressure (BP) in MS increases global CV risk by triggering mechanisms associated with prothrombotic and pro-inflammatory states. 590 Therefore, investigating metabolic alterations from MS and central obesity is indispensable for HT patients. Lifestyle changes (LSCs) for weight loss, lower sodium intake, and controlling dysglycemia and dyslipidemia are recommended for all patients in these conditions. 591 Pharmacological treatment should be initiated whenever BP ≥ 140/90 mm Hg, since there is no evidence of benefit in the use of antihypertensive agents for MS with normal BP levels. 592 The choice of antihypertensive medications should prioritize therapeutic classes capable of improving insulin resistance, or at least not make it worse, such as angiotensin-converting enzyme inhibitors (ACEIs), angiotensin II AT1receptor blockers (ARBs), and CCBs. DIUs and beta-blockers (BBs), except for direct-acting vasodilators, may be indicated as additional medications. 593

10.3. Coronary Artery Disease (CAD)

Robust epidemiological evidence connects HT to CAD. Data from the INTERHEART study show that 25% of infarctions (AMI) may be attributable to HT. 286 A meta-analysis assessing the impact of BP found a mean decrease of 17% in CAD for every 10 mm Hg decrease in SBP. 85

Treatment for HT associated with CAD, which includes post-AMI patients with chest angina and myocardial revascularization (MRV), should preferably comprise BBs, ACEIs, or ARBs, in addition to statins and acetylsalicylic acid. Beta-blockers are beneficial after AMI, especially within 2 years from the acute event. 83 Similarly, ACEIs and ARBs tested on that condition have also proven beneficial. 83 , 594 , 595 In patients with chronic CAD and multiple risk factors, such as HT, ACEIs have been found to lower relevant clinical outcomes 596 (LE: I; LR: A).

Regarding BP target, it is worth considering the likelihood of the J-curve effect, found in different studies, 597 - 600 in which the excessive BP decreases, mainly in diastolic blood pressure (DBP), can trigger CV events in patients with obstructive CAD. Thus, the goal is to achieve SBP < 130 mm Hg and DBP < 80 mm Hg (LR: IIa; LE: B), while levels below 120/70 mm Hg should be avoided. 601 Additional medications, such as CCBs and thiazide diuretics, 181 may be administered to achieve those BP targets.

10.4. Hypertension in Chronic Kidney Disease (CKD)

10.4.1. Patient in Conservative Treatment: Goals and Treatment

In CKD, BP levels to be achieved remain undetermined, and the evidence depends on associated morbidities. 602 Nondiabetic patients treated with strict targets (< 130/80 mm Hg) showed slower disease progression only in subgroups with proteinuria, and CV events could not be assessed 603 , 604 (LR: IIa; LE: A). On the other hand, a meta-analysis has found lower mortality with intensive treatment for HT. 605 In diabetic patients, strict targets led to decreased albuminuria, improved retinopathy and fewer strokes, but no impact on other CV outcomes 581 , 606 , 607 (LR: IIa; LE: A).

A study with 9361 nondiabetic patients, out of which 2646 had CKD, found a decrease in CV events in the order of 25% for the treatment group that sought SBP below 120 mm Hg. This suggests the probable benefits provided by this strategy in CV protection for CKD patients 86 (LR: I; LE: A).

In terms of pharmacological treatment, ACEIs or ARBs are indicated for hypertensive patients with or without albuminuria, and its use in combination therapy is proscribed 608 (LR: I; LE: A). Thiazide 83 or loop diuretics, the latter for G4 and G5 CKD, and CCBs are effective, especially in combination with ACEIs or ARBs 609 (LR: I; LE: A). BBs are indicated for CAD and associated heart failure (HF). 610 Mineralocorticoid receptor antagonists lower proteinuria, but may cause hyperpotassemia. Clinical trials of new antagonists in this class are in progress. 611

This guideline recommends a BP target < 130/80 mm Hg for adults with HT and CKD, whether diabetic or not. Stricter targets may be sought in select cases, under strict vigilance and after patients have been informed of the risks.

10.4.2. Patients in Renal Replacement Therapy (RRT): Goals and Treatment

Managing HT in patients undergoing dialysis treatment can be a challenge, especially due to the volume overload that increases BP variability, overestimating it pre-dialysis and overestimating it afterward. 612 There is no evidence regarding optimum BP levels for dialysis patients, but the most often accepted values immediately before and after hemodialysis (HD) are 140/90 mm Hg and ≤130/80 mm Hg, respectively 613 , 614 (LR: IIa; LE: C). For these patients, there is a (paradoxical) U-shaped association between SBP measured at the dialysis unit and CVD risk, with values above 160 mm Hg or < 110 mm Hg implicated in increased mortality 614 , 615 (LR: IIa; LE: B).

In this population, home BP readings are more reproducible, provide relevant information for therapeutic decisions, and are better associated with BP control 613 (LR: IIa; LE: B). Systolic means from home measurements are linearly associated with increased CV risk. 615 , 616 In addition to hypervolemia, arterial stiffness is an important cause of systolic hypertension in stage 5D CKD patients. This specific phenotype reflects the acceleration of the atherosclerosis process and premature vascular aging in this population. 616 Other mechanisms, such as sleep apnea, 617 sympathetic hyperactivity, 618 and erythropoietin use, should also be considered. 616

HT treatment for patients undergoing dialysis treatment is only effective for 1/3 of individuals, and is even harder to achieve due to hemodynamic instability during sessions, which may cause intradialytic hypotension or hypertension, leading to poorer CV prognoses 619 (LR: IIa; LE: B).

Treatment should start with measures focusing on achieving “dry weight,” such as salt and water restriction and ultrafiltration in dialysis 620 (LR: IIa; LE: A). Regardless, approximately 60% of dialysis patients require three or more antihypertensives, in several combinations, to control HT 620 (LR: IIa; LE: A). In this population, sympathetic nervous system (SNS) hyperactivity has a major role in the origins of HT and in CVD. Accordingly, beta blockade was superior to ACE inhibition in preventing CV morbidity and in BP control for patients with left ventricular hypertrophy (LVH) undergoing hemodialysis treatment. 618 In kidney transplant patients, CCBs and ARBs are the first option, since there is evidence that they prevent graft loss 621 , 622 (LR: I; LE: A).

This guideline suggests the individualization of treatment in RRT, considering comorbidities, pharmacokinetics, and the cardioprotective effect of medications.

10.5. Heart Failure (HF)

HT has a key role in the pathophysiology of HF, leading to the onset of LVH and left ventricular diastolic and systolic dysfunction. 623 - 625 It is the greatest RF for the disease, and usually precedes the clinical syndrome by several years. In HF with preserved ejection fraction (HFpEF), HT is even more frequent, and it is the most common RF, with prevalence rates of up to 90%. 626

Early diagnosis of HT and adequate treatment can significantly lower the risk of developing HF, especially for older adults. Pharmacological strategies for BP control promote decreases of approximately 50% in HF incidence in adults, and a 64% decrease for those age 80 and older. 560 , 627 - 628 The SPRINT trial, with a stronger SBP decrease target (< 120 mm Hg) for a high CV risk population, found a decrease of 27% in total mortality and 38% in progression to HF. 86 , 629 The impact of antihypertensive treatment on preventing HF has been found for various classes of antihypertensive medication, such as BBs, DIUs, CCBs, and ACEIs. 630

BP targets in HF settings should be similar to those recommended for high CV risk individuals, ie, < 130/80 mm Hg. 631 HT treatment in HF should consider its presentation, ie, whether with preserved ejection fraction (HFpEF) or reduced ejection fraction (HFrEF) ( Chart 10.1 ). The first therapeutic antihypertensive option for HFrEF should supplement medications promoting neurohormonal blockade, be dose-optimized, and have scientific evidence proving it reduces mortality. 632 These medications are RAAS blockers, BBs, and aldosterone antagonists. The sacubitril/valsartane combination is a new treatment option impacting mortality reduction in HFrEF, but still with no evidence of benefits for HT. 633

Chart 10.1. – Antihypertensive treatment for heart failure patients.

Antihypertensive treatment for HF patients
Recommendations RC LE
The blood-pressure target for HT and HF patients (REF and PEF) should be < 130/80 mm Hg I C
In HFrEF, antihypertensive medications with proven effect on mortality rates (BBs/ACEIs/ARBs/spironolactone) should be used I A
In HFpEF, all antihypertensive drugs may be used. I C
Nondihydropyridine calcium channel blockers and alpha-blockers are contraindicated for HFrEF. III C

HFpEF: heart failure with preserved ejection fraction; HFrEF: heart failure with reduced ejection fraction; LE: level of evidence; RC: recommendation class.

If blood pressure levels remain high despite the neurohormonal blockade, they can also be combined with DIUs; vasodilator hydralazine-nitrate combination; or dihydropyridine CCBs. Nondihydropyridine CCBs, such as diltiazem and verapamil, and BBs are contraindicated. 631

Due to the strong association between HFpEF and HT, antihypertensive treatment is indicated for most patients. Diuretics should be used for BP control and for symptoms connected to hypervolemia, but randomized clinical trials have not found lower mortality rates for HFpEF patients. Despite the lack of evidence about the benefits of SNS and RAAS blockers to lower HFpEF mortality, these substances should still be used for blood pressure control. 634 - 639 Other classes of antihypertensives may also be used.

The relationship between SBP levels and CV mortality follows a J-shaped curve, especially for HFrEF. 640 , 641 Data from clinical trials such as Copernicus, DigTrial, Val-HeFT and PARADIGM-HF 318 , 642 - 644 have verified the relationship between lower BP values and higher mortality rates.

In HFpEF, the association between BP levels and clinical outcomes remains controversial. 317 , 318 In that patient group, BP levels should be kept within the 120-129/70-79 mm Hg target range.

10.6. Hemorrhagic Stroke and Ischemic Stroke

Ischemic and hemorrhagic stroke are the most frequent manifestations of the vascular damage caused by HT and are the leading cause of death and impairment for those patients. 292 Preventing all forms of stroke is possible by achieving BP target levels with adequate treatment (see Chapter 6) 291 , 645 - 652 (LR: IIa; LE: B).

10.6.1. Hemorrhagic Stroke

High BP increases the likelihood of hematoma expansion, leading to worse prognosis and increased risk of death. 653 Robust studies suggest that lowering BP (within 6 h) to values <140/90 mm Hg does not lower the rates of primary events, including mortality. 654 Therefore, immediately lowering BP for hemorrhagic stroke cases is not recommended unless SBP levels are > 220 mm Hg.

10.6.2. Ischemic Stroke

The benefits of lowering BP for strokes are less clear, but should be considered for thrombolysis candidates, since, in their case, if BP > 180/105 mm Hg, there may be a greater risk of hemorrhaging. 655 , 656 A meta-analysis suggests that lowering blood pressure in ischemic strokes may have a neutral effect on mortality. 657 , 658

Chart 10.2 , adapted from the ESC and ESH guidelines, 37 lists therapeutic targets and recommendations for acute stroke and cerebrovascular disease patients.

Chart 10.2. – Therapeutic targets and recommendations for acute stroke and cerebrovascular disease patients.

Recommendations RC LE
AVEH Do not lower BP in patients with SBP < 220 mm Hg If SBP ≥ 220 mm Hg, use IV medications, with target SBP 180 mm Hg III IIa A B
AVEI Lowering BP is not recommended, except for patients eligible for thrombolysis. In that case, maintain BP < 180/105 mm Hg III IIa B B
Transient ischemic attack Immediate decrease I A
Goal: keep SBP between 120 and 130 mm Hg after event I A
Secondary prevention Use renin-angiotensin system blockers + calcium channel blockers or thiazide diuretics I A

  LE: level of evidence; RC: recommendation class; SBP: systolic blood pressure.

Key Takeaways
BP control is important to lower the risk of micro and macrovascular complications and should be maintained if these benefits are to be sustained (LR: I, LE: A). Office BP ≥ 140/90 mm Hg indicates the need for pharmacological treatment preferably accompanied by LSCs and the use of RAAS blockers, while DIUs and CCBs may be added to achieve a blood-pressure target of <140/90 mm Hg.
Pharmacological treatment should be initiated for MS whenever BP ≥ 140/90 mm Hg, prioritizing the use of metabolically neutral antihypertensives or those that improve insulin sensitivity, such as ACEIs, ARBs, and CCBs.
In CKD patients, the BP target is <130/80 mm Hg, and may be stricter in select cases. In dialysis patients, achieving “dry weight” is key. Approximately 60% of dialysis patients require 3 or more antihypertensives, in several combinations, to control HT. For kidney transplant patients, CCBs and ARBs represent their first therapeutic option.
Immediately lowering BP for hemorrhagic stroke cases is not recommended unless SBP levels are ≥ 220 mm Hg; if so, use IV medications, with target SBP 180 mm Hg.
For HT and HF (PEF and REF) patients, the blood-pressure target should be <130/80 mm Hg. In HFrEF, blood pressure levels should be controlled with BBs, ARBs, and spironolactone, while all antihypertensives may be used for HFpEF.
Treatment for HT associated with CAD, which includes post-AMI patients with chest angina and myocardial revascularization (MRV), should preferably comprise beta-blockers, ACEIs, or ARBs, in addition to statins and acetylsalicylic acid, with a blood-pressure target of < 130/80 mm Hg.
J- or U-shaped curves are often seen in CAD patients, and levels below 120/70 mm Hg are to be avoided. In CKD, especially in dialysis patients, SBP levels above 160 mm Hg or <110 mm Hg have been implicated in increased mortality.

11. Hypertension in Pregnancy

11.1 Epidemiology

Hypertensive disorders of pregnancy is one of the leading causes of maternal and perinatal mortality throughout the world. From 0.9 to 1.5% of pregnant women have chronic hypertension, and it is estimated that pre-eclampsia (PE) complicates 2 to 8% of pregnancies globally. 659 , 660 Those syndromes are causal factors associated with perinatal and maternal death, may permanently impair maternal health and may cause major issues from preterm birth associated with early indications for intervention (elective preterm birth). 660 In Brazil, PE is the leading cause of provider-initiated preterm birth, 661 and the estimated incidence rates are 1.5% for PE and 0.6% for eclampsia. 662 The prevalence of eclampsia in the more developed regions of Brazil is 0.2%, with an 0.8% mortality rate, 661 while prevalence rates in less developed regions rise to 8.1%, with a corresponding mortality rate of 22.0%. 663

11.2. Classification of Hypertension in Pregnancy

We recommend the definitions and classification put forth by the A merican College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), 664 , 665 which can be found in Chart 11.1 (LR: IIb, LE: B).

Chart 11.1. – Definition and classification of hypertensive disorders in pregnancy.

DEFINITIONS
Gestational hypertension SBP ≥140 mm Hg and/or DBP ≥ 90 mm Hg, or both, measured twice and at least two hours apart.
Severe gestational hypertension SBP ≥ 160 mm Hg and/or DBP ≥110 mm Hg, or both, measured twice and at least two hours apart.
Proteinuria Proteinuria > 300 mg in 24 h, urine protein/creatinine ratio of 0.3 g/g of creatinine or ++ in reagent strips (quantification is ideal).
CLASSIFICATION
Pre-eclampsia (with or without severe features) SBP ≥140 mm Hg or DBP ≥ 90 mm Hg, or both, in general after 20 weeks of gestation and often with proteinuria*. In the absence of proteinuria, the diagnosis can be made in the presence of severe features: thrombocytopenia (< 100 000 109/L), creatinine > 1.1 mg/dL or 2x baseline creatinine, two-fold elevation in liver transaminases, APE, abdominal pain, visual symptoms or headaches, seizures, no alternative diagnoses.
Chronic hypertension HT diagnosed or present before pregnancy or before 20th gestational week; or HT first diagnosed during pregnancy but that does not normalize after childbirth.
Chronic hypertension with overlapping pre-eclampsia Pre-eclampsia in women with a history of HT before pregnancy or before the 20th gestational week.
Gestational hypertension SBP ≥140 mm Hg or DBP ≥90 mm Hg, or both, in women with previously normal BP, after 20 gestational weeks, measured twice and at least 4 hours apart, without proteinuria or severe features, and returning to normal after childbirth.
OTHER DIAGNOSTIC DEFINITIONS
Eclampsia Tonic-clonic seizures in the absence of other causal conditions.
HELLP Syndrome Hemolysis, elevated liver enzymes, and thrombocytopenia.
Posterior reversible encephalopathy syndrome (PRES) and reversible cerebral vasoconstriction syndrome PRES with imaging abnormalities is established by the presence of vasogenic edema and hyperintensities in the posterior aspect of the brain in MNR, as well as association with visual disturbances, seizures, headaches, and sensory alterations. Reversible cerebral vasoconstriction syndrome is characterized by the narrowing of cerebral arteries with thunderclap headache or focal neurological signs.

APE: acute pulmonary edema; BP: blood pressure; DBP: diastolic blood pressure; HT: hypertension; PRES: posterior reversible encephalopathy syndrome; SBP: systolic blood pressure.

11.3. Concept and Diagnostic Criteria

Hypertension in pregnancy is defined as the presence of systolic blood pressure (SBP) ≥ 140 mm Hg and/or diastolic blood pressure (DBP) ≥ 90 mm Hg, considering the fifth Korotkoff sound, confirmed by another measurement after a 4-hour interval. Ideally, the measurement should be taken with the patient sitting down or in left lateral decubitus position, with a properly sized cuff. The manual auscultatory method is the gold standard, since automated devices may underestimate blood pressure (BP), especially in severe pre-eclampsia. Ambulatory blood pressure monitoring (ABPM) is superior to BP measurements at the physician's office and home blood pressure monitoring (HBPM) for nonpregnant women. For pregnant women, it helps avoid unnecessary treatment for white coat hypertension (WCH) and is useful in managing high-risk gestational hypertension and in detecting masked hypertension. 37 The role of ABPM and HBPM is still controversial in pregnancy. The International Society for the Study of Hypertension in Pregnancy (ISSHP) recommends the use of ABPM before the 20th gestational week and HBPM for follow-up. 666 The cutoff point for HT is ≥ 135/85 mm Hg for daytime ABPM and ≥ 130/80 mm Hg for HBPM (Chapter 3).

The definition and classification of hypertensive disorders in pregnancy can be found in Chart 11.1 .

11.4. Prediction and prevention of pre-eclampsia

Calcium supplementation (> 1 g/day) is not recommended for pregnant women with normal calcium intake 667 (LR: III, LE: A), but is recommended for those with low calcium intake and at intermediate to high risk of pre-eclampsia 667 (LR: I, LE: A).

Low doses of acetylsalicylic acid (ASA) (75- 150 mg/day) at the end of the first gestational trimester can be useful for primary prevention of pre-eclampsia in pregnant women at intermediate to high risk of pre-eclampsia 668 - 670 (LR: I, LE: A). However, its use is not recommended in the absence of risk 669 (LR: III, LE: A).

Pre-eclampsia prediction should preferentially be performed during the 1st semester using assessment methods that take into consideration maternal clinical history (risk factors) associated with Doppler ultrasound to check for flow resistance in the uterine arteries. There are also promising laboratory tests to assess angiogenesis, such as serum soluble endoglin, PIGF (placental endotelial growth factor), sFlt-1 (soluble fms-like tyrosine kinase receptor-1), and sFlt-1/PlGF ratio, but which are still not available in clinical practice. 666

In patients at high risk for PE, the use of calcium for low-intake populations (< 600 mg/day), a dose of 1.0 to 2g/day effectively lowers the risk of PE. 667 Chart 11.2 summarizes the use of ASA at low doses (75-150 mg/day) for eclampsia prevention. It should be initiated preferably before the 16th week, with no increase in maternal or fetal complications, and is recommended by international guidelines such as NICE 2019, 671 the WHO's 672 and that of the American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG). 664 A study 670 involving 1776 patients, comparing acetylsalicylic acid at 150 mg and a placebo, starting at 11 to 14 weeks, found a total event rate (PE) of 1.6% for the acetylsalicylic acid group and 4.3% for the placebo group (OR: 0.38, 95% CI 0.2 to 0.74, p = 0.004). This confirms the protective effect of acetylsalicylic acid for high-risk pregnant women.

Chart 11.2. – Recommendations for ASA use in pre-eclampsia prevention.

Risk Risk factor Recommendation
High Prior PE with adverse fetal outcome Multiple gestation Chronic HT DM type 1 or 2 Kidney disease Autoimmune disorder (SLE/APS) Low-dose acetylsalicylic acid is recommended for 1 or more of these criteria.
Moderate Nulliparity Obesity (BMI ≥ 30 kg/m 2 ) Family history of PE (mother or sister) Age ≥ 35 years Poor obstetric history (SGA, preterm, low weight, more than ten years between pregnancies) Consider using low-dose acetylsalicylic acid if patient has more than one risk factor.

APS: antiphospholipid antibody syndrome; BMI: body mass index; DM: diabetes mellitus; HT: hypertension; PE: pre-eclampsia; SGA: small for gestational age; SLE: systemic lupus erythematosus.

In its 2019 report on screening and prevention, 673 the International Federation of Gynecology and Obstetrics (FIGO) suggests the use of the Fetal Medicine Foundation risk calculator to determine when acetylsalicylic acid is indicated in pre-eclampsia prevention. This useful tool is available at https://fetalmedicine.org/research/assess/pre-eclampsia/first-trimester.

11.5. Nonpharmacological Treatment

For SBP persisting above 160 mm Hg for more than 15 minutes, nonpharmacological treatment alone should not be used (LR: III, LE: B). Relative rest at hospital or day hospital with monitoring is suggested for pre-eclampsia (LR: IIa, LE: B). Hospitalization is indicated for patients with severe gestational hypertension (LR: I, LE: B).

Nonpharmacological treatment alone should not be used to treat severe HT persisting for > 15 min 674 to prevent irreversible neurological damage, since SBP values > 155 mm Hg, especially > 160 mm Hg, are detected immediately before a stroke. 675 Severe diastolic hypertension (> 105 or 110 mm Hg) does not develop before most strokes in pregnant women with severe pre-eclampsia. 676

A systematic review found no differences in outcomes between strict rest and relative rest for pregnant women with hypertension and proteinuria. 677 Relative rest at hospital, as compared with routine house activity, reduces the risk of severe hypertension. Rest is not routinely indicated for gestational hypertension. 677 Prenatal care units and hospital admissions have similar clinical outcomes for mothers and newborns, but women may prefer treatment at day hospitals. 678

Although there is no indication for specific care during hospitalization, maternal and fetal monitoring is required. Blood pressure should be measured periodically, with daily weight and diuresis assessment, and patients should be instructed about warning signs. Laboratory tests (CBC with platelet count, liver enzymes, uric acid, creatinine and proteinuria) should be performed once to twice a week. Fetal follow-up comprises assessment of growth, movements, well-being and biophysical profile, as well as ultrasound.

11.6. Expectant Management

Expectant management is not recommended after 37 gestational weeks for women with gestational hypertension and prehypertension 679 (LR: III, LE: B). Expectant management is suggested between the 34th and 37th gestational weeks for stable women, without clinical worsening or severe hypertension 680 (LR: IIa, LE: B).

Premature delivery for patients with PE can be associated with decreased mortality. 681 Optimum delivery time before the 32nd to 34th weeks poses a dilemma due to the uncertainty in the balance between maternal safety (end of pregnancy) and fetal maturity (expectant). 681 After the 34th week, survival is high and baby and placenta delivery is effective in developed countries. 681 Physicians tend to delay birth until the 37th week, if it is considered safe.

The HYPITAT study compared induction of labor versus expectant monitoring for severe hypertension or PE without signs of severity (at the time, called mild PE) after the 36th week. 679 Women in the intervention group had a 29% lower risk of worse maternal outcomes, without affecting neonatal outcomes, suggesting that expectant treatment up to 37 weeks is not indicated. 679 In the HYPTAT-II study, in nonsevere HT between the 34th and 37th gestational weeks, expectant management increased maternal risk as compared to immediate delivery, but decreased the occurrence of neonatal respiratory distress syndrome. 680 Therefore, immediate delivery is not justified, and expectant monitoring should be considered until the clinical situation worsens. If labor inducing labor before the 34th week is indicated and both maternal and fetal clinical statuses allow a 48-hour wait to see if the situation resolves, corticosteroid use for fetal pulmonary maturation may be considered. 682

11.7. Pharmacological Treatment

Urgent pharmacological treatment is indicated for severe hypertension 674 , 675 and in the presence of warning signs (LR: I, LE: B). There is no consensus BP value to indicate when pharmacological treatment should be initiated. Pharmacological treatment should be initiated when BP is above 150-160/100-110 mm Hg 665 , 674 , 676 with the goal of keeping it in the 120-160/80-100 mm Hg range (LR: IIb, LE: B).

The choice of the antihypertensive medication depends on the attending physician’s experience and familiarity with the drug chosen and its side effects 683 (LR: IIb, LE: B). The use of ACEIs, ARBs, and direct renin inhibitors is contraindicated in pregnancy (LR: I; LE: B), and atenolol and prazosin should be avoided if possible 683 , 684 (LR: IIa, LE: B).

Magnesium sulfate is recommended for eclampsia prevention and treatment (LR: I, LE: B). To avoid maternal deaths, SBP > 150-160 mm Hg should indicate urgent treatment, 676 in line with other Brazilian and international guidelines, which set the cutoff point at 160 mm Hg. 164

When to initiate pharmacological treatment for pregnant hypertensives with BP below 160/110 mm Hg is still controversial, except for pregnant women with end-organ damage (EOD). Cochrane's systematic review 685 showed that treating mild to moderate HT does not significantly lower maternal, fetal, and newborn morbidity.

However, the CHIPS trial, 686 , 687 which assessed aggressive treatment (DBP up to 85 mm Hg) versusnonaggressive treatment (DBP up to 100 mm Hg) in a post-hoc analysis, found a major increase in severe hypertension and unfavorable fetal outcomes, such as miscarriages, ICU stays longer than 48 hours, preterm birth, and low weight. Thus, new studies are assessing whether to administer medication starting at 140/90 mm Hg. 665

According to ACOG, the HT control target should be SBP > 120 and < 160 mm Hg, and DBP > 80 and < 110 mm Hg, since both hypertension and induced hypotension may harm placental perfusion and, consequently, fetal growth. The goal is to prevent the progression of EOD and cardiac and cerebrovascular complications, as well as obstetric and fetal complications. 665

Pharmacological therapy should begin as monotherapy using first-line medications (methyldopa, long-acting nifedipine, or beta-blockers, except atenolol). If proper control is not achieved, combine it with another first-line medication or a second-line one (thiazide diuretic, clonidine, and hydralazine); avoid combining medications from the same pharmacological class. Angiotensin-converting enzyme (ACE) inhibitors and angiotensin receptor blockers (ARBs) are formally contraindicated in case of pregnancy due to the risk of fetal malformation, which may lead to intrauterine renal failure, as are mineralocorticoid receptor antagonists, due to hormonal blockade, and atenolol, due to the high risk of fetal growth restriction associated with its use. Diuretics should also be avoided for PE patients due to the possibility of increasing intravascular volume depletion. 665 , 688 A study comparing the efficacy of labetalol, long-acting nifedipine and methyldopa for managing severe gestational hypertension suggests that all medication classes were viable options, but long-acting nifedipine was more effective than labetalol and methyldopa. 689

Hypertensive emergencies in pregnant women may be treated with oral nifedipine (10 mg) or with IV hydralazine. Currently, the trend is to prefer nifedipine 10 mg, which may be repeated in 10 to 20 mg orally every 20 to 30 minutes, and if patients are unresponsive after the third dose, 5 mg of IV hydralazine every 20 to 30 minutes up to a dose of 15 mg. 674

In exceptional situations, such as acute pulmonary edema and refractory severe hypertension, the use of sodium nitroprusside may be considered the preferential option for urgent BP control 690 for a maximum of 4 hours due to the risk of fetal cyanide poisoning.

In postpartum hypertension for nonchronic hypertensive patients, HT usually resolves within the 1stweek (5 to 6 days), but the risk of complications such as stroke, acute pulmonary edema (APE), and renal failure remains during this period. There is also risk of eclampsia during this period, and 32 to 44% of women may have postpartum seizures. 691

Postpartum women may take all antihypertensive medications, and breastfeeding is the only limiting factor. Therefore, physicians should prioritize antihypertensives excreted in breast milk to a lesser extent.

Chart 11.3 lists the main antihypertensive medications available in Brazil in terms of breastfeeding. 692 - 694 Hypertensive crises in postpartum women may be treated in the conventional manner. A study comparing captopril and clonidine for HT control (SBP ≥ 180 mm Hg ad DBP ≥ 110 mm Hg) found no significant difference between the two, only a tendency for clonidine to perform better on the 3rdday postpartum. 695 Both were considered safe and effective for treating hypertensive emergencies in postpartum women. 696

Chart 11.3. – Actions of medications on breastfeeding.

Drugs Excretion in breast milk Breastfeeding
Nifedipine Little excretion Allowed
Amlodipine Insufficient studies Unclear (apparently safe)
Diltiazem, verapamil Insufficient studies Unclear (use other medication)
Clonidine Increased excretion Avoid
ACEI: enalapril, captopril Little excretion Allowed without restrictions Allowed Allowed
Lisinopril, ramipril Insufficient studies Unclear (apparently safe)
ARB: losartan, valsartan, candesartan, olmesartan, telmisartan Insufficient studies Unclear (use other medication)
Hydrochlorothiazide Little excretion Use low dosage (< 50 mg)
Chlorthalidone Little excretion Slow elimination in newborns – avoid. Use low dosage
Furosemide Insufficient studies May decrease breast milk supply. Use only in case of clinical need
Spironolactone Little excretion Allowed
Atenolol Increased excretion Avoid
Metoprolol Little excretion Allowed
Carvedilol Insufficient studies Unclear
Propranolol Little excretion Allowed
Bisoprolol Insufficient studies Unclear (apparently safe)
Hydralazine Little excretion Allowed
Methyldopa Little excretion Allowed

11.8. Future Cardiovascular Risk

Hypertensive disorders of pregnancy are a marker of future risk (I: A), and a more careful and integrated approach should be adopted for these women in order to effectively prevent cardiovascular and kidney disease (LR: I, LE: C). Patients who develop any form of HT during pregnancy, especially with negative outcomes, such as preterm birth and early PE, experience a consistent increase in risk of future CVD and kidney disease. 696 - 699 The risk of chronic hypertension is 3 to 4 times higher, while risk of stroke is 1.8 times higher. Likewise, the risk of coronary artery disease (CAD) doubles with age. 696 , 697

In a prospective study, 698 gestational HT was associated with greater incidence of CAD (HR: 1.8; 95% CI: 1.3 to 2.6; p < 0.001), HF (HR: 1.7; 95% CI: 1.04 to 2.60; p = 0.03), aortic stenosis (HR: 2.9; 95% CI: 1.5 to 5.4; p < 0.001), and mitral insufficiency (HR: 5.0; 95% CI: 1.5 to 17.1; p = 0.01), showing a 30% global CV risk increase. Norwegian data show that PE is associated with a 3- to 15-fold increase in risk of stage 5 CKD. 699 Hypertensive disorders of pregnancy are a marker of future risk, and a more careful and integrated approach should be adopted for these women in order to effectively prevent CVD and kidney disease.

Key Takeaways
Classification Pre-eclampsia, chronic hypertension, overlapping pre-eclampsia, and gestational hypertension.
Prevention Calcium and acetylsalicylic acid for high-risk patients.
Nonpharmacological treatment Should not be used for persistent SBP above 160 mm Hg for more than 15 minutes. Relative rest at hospital with monitoring for pre-eclampsia. Hospitalization of pregnant patients with severe HT.
Expectant management Expectant management is suggested between the 34th and 37th gestational weeks for stable women, without clinical worsening or severe hypertension.
Pharmacological treatment Urgent pharmacological treatment is indicated for severe hypertension and in the presence of warning signs. Pharmacological treatment should be initiated when BP is above 150-160/100-110 mm Hg, with the goal of keeping it in the 120-160/80-100 mm Hg range. The choice of the antihypertensive medication depends on the attending physician’s experience and familiarity with the drug chosen and its side effects. Magnesium sulfate is recommended for eclampsia prevention and treatment.

12. Hypertension in Children and Adolescents

12.1. Epidemiological Context and Importance of Hypertension in Pediatrics

The prevalence of high blood pressure (HBP) and hypertension (HT) in children and adolescents has increased in recent years. The current prevalence of HT in the pediatric age group ranges from 3% to 5%, while HBP is estimated at 10-15%. 700 , 701 In children ages 7 to 12, HBP and HT prevalence rates are 4.7% and 1.9% respectively, and both are more prevalent among the obese. 702

The Brazilian Study of Cardiovascular Risks in Adolescents (ERICA) evaluated 73399 Brazilian students ages 12 to 17. Total HBP prevalence in Brazil was 14.5%, and the highest rate was 29.3% for boys ages 15 to 17. The overall prevalence of HT was 9.6%, likewise highest among older children. The study found that 17.8% of prevalence rates for HT among adolescents is attributable to obesity. 703

Pediatric HT is usually asymptomatic, but as many as 40% of hypertensive children have left ventricular hypertrophy (LVH) at their initial diagnosis. Though oligosymptomatic in childhood, LVH is a precursor to arrhythmias and HF in adults. 704 Pediatric HT is also associated with the development of other changes to end-organs, such as increased carotid intima-media thickness, lower arterial distensibility, and retinal arteriolar narrowing. Blood pressure measurements from the age of 3 onwards are recommended, at least annually. 705

12.2. Definition and Etiology

In children and adolescents, the definitions of HBP and HT are related to the normal distribution curve for blood pressure (BP) and their percentile distributions. The measurement uses auscultation, taking into consideration sex, age, and height percentile of the child. 164 , 706 , 707

In 2017, normative BP scores and HT diagnosis and management recommendations for pediatric HT, excluding overweight and obese children and adolescents, were changed. 5 , 705 The term prehypertension has been replaced by HBP. The new recommendations, below, redefine HT staging for children and adolescents, simplify recommendations for preventive assessment in routine pediatric visits, structure the initial management of patients diagnosed with HBP or HT, and increase the importance of ABPM readings in diagnosis and management for pediatric HT.

Chart 12.1 presents up-to-date definitions of normal BP, high BP and stages 1 and 2 HT in children and adolescents by age, sex, and height percentile. 705 The younger the child and the higher the BP, the greater the chance of secondary HT. Parenchymal and obstructive nephropathies and renal artery stenosis are responsible for approximately 60 to 90% of cases and can affect all age ranges. Endocrine disorders, such as excessive mineralocorticoid, corticoid or catecholamine secretion, thyroid diseases, and hypercalcemia associated with hyperparathyroidism, account for approximately 5% of cases. Coarctation of the aorta is diagnosed in 2% of cases, while 5% of cases are attributed to other etiologies, such as adverse effects of vasoactive and immunosuppressant drugs, steroid abuse, central nervous system changes, and increased intracranial pressure. 164 , 705 - 707

Chart 12.1. – Updated definition of blood pressure according to age group.

Children 1 to 13 years old Children ages ≥13 years old
Normal BP: < P90 for age, sex, and height Normal BP: < 120 / < 80 mm Hg
High blood pressure: BP ≥ P90 and < 95th percentile for age, sex, and height or BP 120/80 mm Hg but < P95 (whichever is lowest) High blood pressure: BP 120 / <80 mm Hg to PA129 / <80 mm Hg
Stage 1 hypertension: BP ≥ P95 for age, sex, and height up to < P95 + 12 mm Hg or BP between 130/80 and té 139/89mm Hg (whichever is lowest) Stage 1 hypertension: BP 130/80 or up to 139/89 mm Hg
Stage 2 hypertension: BP ≥ P95 + 12 mm Hg or age, sex and height or BP ≥ 140/90 mm Hg (whichever is lowest) Stage 2 hypertension: BP ≥ 140/90 mm Hg

BP: blood pressure; P: percentile. Adapted from Flynn et al., 2017. 705

Primary HT seems to be the most common form of HT in adolescents It is most often associated with overweight, obesity, and family history of HT.

12.3. Diagnostic

12.3.1. BP Measurement Methods

Measuring BP in children is recommended at every clinical assessment. It should be measured annually in children and adolescents ≥ 3 years old, taking into consideration established measurement standards. For children under the age of 3, blood pressure measurements should be performed in certain situations. BP measurements should be repeated at every appointment under conditions, such as obesity, kidney disease, coarctation of the aorta, DM or chronic use of medications known to be associated with increased BP. Correctly measuring BP, following the standards established above, is a precondition for obtaining reliable readings and properly categorizing pediatric BP. 176 , 705 Preferably, it should be measured in the right arm, with the patient lying down until the age of three, and, in older children, with the patient sitting down, their arms lying at heart level, using an adequately sized cuff. The air bag should be 80 to 100% as long as the arm circumference (AC) and at least 40% as wide as the AC. Blood pressure assessments should follow the procedures described in Chapter 3. Use the auscultatory method to check for audible Korotkoff sounds to 0 mm Hg. The point where sounds become muffled is considered for DBP (Korotkoff phase IV). During the first appointment, BP should be measured on the four limbs, and when measured on lower limbs (LLs), the patient should be placed in ventral decubitus position, using an appropriately-sized cuff on their thigh and placing the stethoscope on their popliteal artery. SBP at the LLs is usually 10 to 20% higher than BP measured at the brachial artery. 164 Charts 12.2 and 12.3 list normal BP, high BP and stages 1 and 2 HT by sex, age, and height percentile, adapted from Flynn et al., 2017. 705 Some authors consider the oscillometric method adequate for initial screening in children and adolescents, which would justifying developing tables using validated devices. 708 , 709 In Brazil, Jardim et al. have developed a blood pressure reference curve for nonoverweight adolescents ages 12 to 17 using the oscillometric method. 710

Chart 12.2. – Blood pressure levels for boys by age and height percentile.

graphic file with name 0066-782X-abc-116-03-516-gt01-en.jpg

Chart 12.3. – Blood pressure levels for girls by age and height percentile.

graphic file with name 0066-782X-abc-116-03-516-gt02-en.jpg

Adapted from Flynn et al, 2017. 705 705

The following clinical risk conditions determine the need for routine BP measurement for children 3 < years old: preterm birth, very low birth weight, intrauterine growth restriction, history of stay at neonatal intensive care unit (ICU) or umbilical catheterization after birth, congenital heart disease with or without surgical repair, recurring urinary tract infections, hematuria or proteinuria, nephropathy, solid organ transplantation, oncological disorders or bone marrow transplantation, chronic use of medications known to increase BP, system disorders associated with HT (neurofibromatosis, tuberous sclerosis, sickle cell anemia, among others), and evidence of intracranial hypertension. 705

The oscillometric method is recommended for measuring BP in newborns (NB). Normative BP values for the neonates 15 days old and older and gestational age after birth of 26 to 44 weeks can be found in Chart 12.4 . 711 Oscillometric devices, duly validated for pediatric age groups, may be used for initial BP assessments. If elevated BP is suspected from oscillometric readings, auscultation should be used to verify the finding. Pediatric HT diagnoses are based on confirming BP values ≥ 95th percentile in three different visits using auscultation. 705 Chart 12.5 provides a simplified list of BP values suggesting the need for additional clinical assessments. 705 , 711

Chart 12.4. – Estimated blood pressure levels at two weeks for neonates 26 to 44 weeks since conception.

Age since conception 50th Percentile 95th Percentile 99th Percentile
44 weeks      
SBP 88 105 110
DBP 50 68 73
MAP 63 80 85
42 weeks      
SBP 85 98 102
DBP 50 65 70
MAP 62 76 81
40 weeks      
SBP 80 95 100
DBP 50 65 70
MAP 60 75 80
38 weeks      
SBP 77 92 97
DBP 50 65 70
MAP 59 74 79
36 weeks      
SBP 72 87 92
DBP 50 65 70
MAP 57 72 71
34 weeks      
SBP 70 85 90
DBP 40 55 60
MAP 50 65 70
32 weeks      
SBP 68 83 88
DBP 40 55 60
MAP 50 65 70
30 weeks      
SBP 65 80 85
DBP 40 55 60
MAP 48 65 68
28 weeks      
SBP 60 75 80
DBP 38 50 54
MAP 45 58 63
26 weeks      
SBP 55 72 77
DBP 30 50 56
MAP 38 57 63

DBP: diastolic blood pressure; MAP: mean arterial pressure; SBP: systolic blood pressure. Adapted from Dionne et al., 2012. 711

Chart 12.5. – BP values considered warning signs for additional clinical assessment by chronological age.

Age Male Female
SBP DBP SBP DBP
1 98 52 98 54
2 100 55 101 58
3 101 58 102 60
4 102 60 103 62
5 103 63 104 64
6 105 66 105 67
7 106 68 106 68
8 107 69 107 69
9 107 70 108 71
10 108 72 109 72
11 110 74 111 74
12 113 75 114 75
≥13 120 80 120 80

DBP: diastolic blood pressure; SBP: systolic blood pressure. Adapted from Flynn et al., 2017. 705

12.4. History-Taking

Detailed data on birth, growth and development, personal antecedents of kidney, urological, endocrine, heart and neurological diseases, and lifestyle should be collected, in addition to data on the use of medications and other substances that may cause BP alterations. In addition, family antecedents for HT, kidney disease, and other CVRFs should be carefully assessed. Children ≥ 6 years old do not require extensive screening for secondary causes of HT in the presence of positive family history of HT, overweight, or obesity, and/or their history or physical examination do not suggest secondary causes. 705 , 712

12.5. Physical Examination

On physical examination, the patient's body mass index (BMI) should be calculated 713 and the physician should investigate signs of secondary HT (see Chapter 15). 714

12.6. Additional tests

Laboratory and imaging tests are aimed at defining the etiology of HT (primary or secondary) and detecting end-organ damage (EOD) and cardiovascular risk factors (CVRFs) associated with HT (Charts 12.6 and 12.7 ). 705 , 715 End-organ assessments should be performed in all children and adolescents with stages 1 and 2 HT. Sleep study by use of polysomnography is indicated for children and adolescents with sleep disorders detected while taking their histories.705

Chart 12.6. – Initial investigation in children and adolescents with HT.

Complete blood count
Kidney function and electrolytes (including calcium, phosphorus and magnesium)
Lipid profile
Serum uric acid
Fasting glycemia
Urinalysis and urine culture
Fundoscopy
Chest X-ray
Doppler echocardiography
Kidney and urinary tract ultrasound and Doppler ultrasound of renal arteries

US: ultrasound.

Chart 12.7. – Suggested ambulatory BP staging in children and adolescents.

Classification Office BP Ambulatory SBP/DBP Systolic/diastolic load
Normal BP < P90 < P95 <25%
White-coat hypertension ≥ P95 < P95 <25%
High BP ≥ P90 or > 120/80 mm Hg < P 95 ≥ 25%
Masked hypertension < P95 < P95 ≥ 25%
Ambulatory hypertension > P95 > P95 (> P90 secondary HT) 25 to 50%
Severe ambulatory hypertension >P95 > P95 > 50%

BP: blood pressure; P: percentile. Adapted from Flynn et al., 2017. 705

12.7. Ambulatory Blood Pressure Monitoring (ABPM)

ABPM should be used to confirm HT in children and adolescents with office BP readings compatible with high BP for at least a year or with BP readings corresponding to stage 1 HT in three outpatient visits. 705 It should also be considered in routine examinations for secondary HT, CKD, diabetes mellitus (DM), obstructive sleep apnea (OSA), obesity, post-operative coarctation of the aorta, preterm birth, solid organ transplantation, and RfHT. The procedure should follow standard techniques and use monitors validated for pediatric use as well as pediatric reference data. 716

The 6thABPM guidelines and 4thhome blood pressure monitoring (HBPM) guidelines provide the information required to analyze ABPM data from children and adolescents. 186 BP categorization using ABPM data takes into account, in addition to BP readings, blood pressure load parameters, and BP dipping during nighttime sleep, as shown in Chart 12.7 . 713

12.8. Therapeutic Aspects

The primary objectives of treating HT during childhood and adolescence is preventing EOD and continued HT in adulthood. The plan depends on the etiology of HT, cardiovascular (CV) risk associated with other underlying diseases, and the presence of EOD (LE: C). 705

12.9. Nonpharmacological Therapy

Nonpharmacological therapy should be introduced to all pediatric patients with BP levels above the 90th percentile or BP < 130/80 (≥ 13 years old) (LE: C). 705 This includes weight loss, physical exercise, dietary intervention, and stress control. The combination of these four measures leverages their impact compared to the individual effect of each intervention. 705

Weight loss provides good results, and the use of a motivational approach seems to be the most effective method for controlling the association between obesity and HT in childhood (LE: C). 717 All children and adolescents should perform at least 300 minutes of moderate to vigorous physical activity per week for their health. In addition, sedentary behavior (time spent sitting or lying down) should be restricted for this age group. Structured physical exercise has greater impact on SBP values. 717 It is recommended that they perform moderate-intensity aerobic exercises (30-60 minutes) at least three times a week, and daily if possible. 705 Resistance training can be added to this regimen. Competitive sports are not recommended for patients with uncontrolled stage 2 HT (LE:C). 718

Dietary interventions should include restricted sodium intake and may include potassium and calcium supplementation. Observational studies have shown the positive effects of the polyphenols found in olive oil. 705 , 719 This guideline recommends the DASH diet, which emphasizes plant-based foods and decreased intake of sugar and sweets. This measure is especially effective for HT associated with obesity (LE: B). 719 - 721 Stress control is also recommended for this age group, and may be achieved with various forms of meditation, mindfulness, and yoga (LE: C). 705

12.10. Pharmacological Therapy

Pharmacological therapy should be initiated for children with symptomatic HT, secondary to CKD or DM, presence of EOD, stage 2 HT with no apparent modifiable cause, and persistent HT nonresponsive to lifestyle changes (LSCs) (LE: B). 705 The treatment target is to lower BP below the 90th percentile (LE: C). Treatment should begin with an antihypertensive agent at its lowest dose, increased every two to four weeks until the target level is achieved. If this regimen is not sufficiently effective, other medication classes are added in sequence. Since many medication classes increase sodium and fluid retention, considering thiazide diuretics is recommended as the second medication for combination therapies. Overall, adverse events associated with the use of antihypertensive agents in children and adolescents have been mild (LE: B). 705 , 722

All classes of antihypertensive drugs seem safe, at least in the short run. 722 However, recent international guidelines recommend preferential use of angiotensin-converting enzyme inhibitors (ACEIs), ARBs, long-acting CCBs, or thiazide DIUs as first-line medications. If a third antihypertensive is needed, the recommended medications are alpha-blockers, BBs, centrally acting sympatholytics, or potassium-sparing diuretics (LE: C). 705 , 722

In secondary HT, the choice of antihypertensive should follow the physiopathological principle involved, taking into account the comorbidities present in each case. 719 - 726 Patients with resistant HT require stronger decreases in sodium intake, as well as detailed investigation of their consumption of substances or foods causing HT, adherence to therapy regimen, and maximum optimization of said regimen (LE: C). 705

If the patient does not respond to monotherapy for longer than six months, their referral to a specialist in HT in children and adolescents should be considered (LE: C). 727 Chart 12.8 provides a list of medications used in pediatric settings and their dosage. 705 , 725 , 726

Chart 12.8. – Antihypertensive medications prescribed to children and adolescents in Brazil.

Medication Age Initial dose Maximum dose Interval
Clonidine > 12 to 0.2 mg/day 2.4 mg/day 12 h
Atenolol   0.5-1 mg/kg/dose 2 mg/kg/day (max. 100 mg/day) 12-24 h
Propranolol   1-2 mg/kg/dose 4 mg/kg/day (max. 640 mg/day) 8-12 h
Amlodipine 1-5 years 0.1 mg/kg/dose 0.6 mg/kg/day (max. 5 mg/day) 24 h
  > 6 years 2.5 mg/day 10 mg/day 24 h
Isradipine Toddler 0.05-0.1 mg/kg/dose 0.6 mg/kg/day (max. 10 mg/day) 8-12 h
Felodipine > 6 years 2.5 mg/day 10 mg/day 24 h
Nifedipine XL   0.25-0.5 mg/kg/dose 3 mg/kg/day (max. 120 mg/day) 12-24 h
Candesartan 1-5 years 0.02 mg/kg/dose (max. 4 mg/day) 0.4 mg/kg/day (max. 16 mg/day) 12-24 h
         
Olmesartan > 6 years < 35 kg: 10 mg/day < 35 kg: 20 mg/day 24 h
    > 35 kg: 20 mg/day > 35 kg: 40 mg/day 24 h
Losartan > 6 years 0.7 mg/kg/day (max. 50 mg/day) 1.4 mg/kg/day (max. 100 mg/day) 24 h
Valsartan > 6 years 1.3 mg/kg/day 2.7 mg/kg/day (max. 160 mg/day) 24 h
Prazosine > 12 years 0.05-0.1 mg/kg/dose 0.5 mg/kg/day 8 h
Furosemide   0.5-2 mg/kg/dose 6 mg/kg/day 4-12 h
Spironolactone   1 mg/kg/dose 3.3 mg/kg/day (100 mg/day) 6-12 h
Chlorthalidone > 40 kg 0.3 (max. 50 mg/day) 2 mg/kg/day 24 h
Hydrochlorothiazide   1 mg/kg/dose 2 mg/kg/day (max. 37.5 mg/day)  
Benazepril > 6 years 0.2 (max. 10 mg/day) 0.6 mg/kg/day (max. 40 mg/day) 24 h
Captopril Infant 0.05 mg/kg/dose 6 mg/kg/day 6-24 h
  Toddler 0.5 mg/kg/dose 6 mg/kg/day 8 h
Enalapril > 1 month 0.08 mg/kg/dose 0.6 mg/kg/day (max. 40 mg/day) 12-24 h
Fosinopril > 6 years 0.2 mg/kg/dose (max. 10 mg/day) 0.6 mg/kg/day (max. 40 mg/day) 24 h
Lisinopril > 6 years 0.07 mg/kg/dose (max. 5 mg/day) 0.6 mg/kg/day (max. 40 mg/day) 24 h
Ramipril   1.6 mg/m2/day 6 mg/m2/day 24 h
Hydralazine   0.75 mg/kg/dose 7.5 mg/kg/day (max. 200 mg/day) 6 h
Minoxidil < 12 years 0.2 mg/kg/dose 50 mg/day 6-8 h
  > 12 years 5 mg/day 100 mg/day  

h: hours; Max.: maximum.

12.11. Follow-up of Children and Adolescents with HT

Frequency of follow-up in children and adolescents with HT depends on severity and need for treatment. Patients undergoing nonpharmacalogical therapy only should have clinical follow-up visits every 3 to 6 months, with HBPM as an adjuvant for blood pressure control.

For patients requiring medications, soon after treatment onset, follow-up visits should be scheduled every 15 to 30 days after establishing the optimum dose or need for combination. In an intermediate stage, visits should be scheduled every 4 to 6 weeks, and quarterly once HT is controlled.

Follow-up appointments should included a detailed analysis of adherence and side effects. Requesting laboratory tests depends on the medications used and severity of HT and underlying diseases; likewise, how frequently the patient is tested for EOD depends on the underlying disease and on the severity of HT. Requesting ABPM is indicated when there is no HT control or when there is risk of masked hypertension (MH), such as the late post-operative period after surgical correction for coarctation of the aorta (LE: C). 705

12.12. Hypertensive Crisis

Hypertensive emergencies (HEs) and hypertensive urgencies (HUs) are defined in Chapter 13. 727 There is no consensus BP level that defines HE, 728 though some authors suggest a cutoff point 20% above stage 2 HT (> 99th percentile). 729 The American Academy of Pediatrics (AAP), in turn, defines HE as any condition in which a child has BP above stage 2 HT. However, the AAP warns that children with BP > 95th percentile + 30 mm Hg run a higher risk of complications. In general, HEs are secondary to underlying diseases still requiring investigation, 705 and most often should be treated with intravenous (IV) medication administered to hospitalized patients, often in the ICU. Patients with HUs and no signs of end-organ impairment may initially receive central alpha-agonists, vasodilators or CCBs. 705 The objective of treatment is to lower BP by 25% during the first 8 hours, followed by a slow decrease over 24 to 48 hours, until reaching the 95th percentile, since accelerated decreases may cause damage, especially to the brain. 730 , 731 Chart 12.9 shows the most frequently used medications in pediatric HEs (LE: C).13. Crise Hipertensiva

Chart 12.9. – Major pediatric medications and doses used to control hypertensive emergencies.

Medication Route Dose Beginning of action Duration
Sodium nitroprusside IV 0.5-10 µg/kg/min Seconds Only during infusion
Labetalol IV 0.25-3 mg/kg/h or bolus 0.2-1 mg/kg followed by infusion of 0.25-3 mg/kg/h 2-5 min 2-4 h
Nicardipine IV 1-3 µg/kg/min 2-5 min 30 min-4 h, the greater, the longer the use
Hydralazine IV IM Bolus 0.2-0.6 mg/kg IV or IM, max. = 20mg 10-30 min 4-12 h
Esmolol IV Attack 100-500 µg/kg followed by infusion 50-300 µg/kg/min Seconds 10-30 min
Phentolamine IV Bolus 0.05-0.1 mg/kg max. = 5 mg/dose Seconds 15-20 min

  h: hour; IM: intramuscular; IV: intravenous; min: minute. Adapted from Flynn et al., 2017. 705

Key Takeaways
All children and adolescents ≥ 3 years old should have their BP measured annually.
Children 3 < years old should undergo BP measurements in case of preterm birth, very low birth weight, intrauterine growth restriction, history of stay at neonatal ICU, congenital heart disease, nephropathy, solid organ transplantation, oncological disorders, chronic use of medications known to increase BP, system disorders associated with HT, and evidence of intracranial hypertension.
All children and adolescents ≥ 3 years old should have their BP measured at every medical visit in case of overweight, chronic use of medications known to increase BP, kidney disease, coarctation of the aorta, and diabetes.
Children and adolescents should be diagnosed with HT when BP measured by auscultation in three separate visits is above the 95th percentile for their age, sex, and height percentile.
In children and adolescents diagnosed with HT, the pharmacological and nonpharmacological treatment goals should be to lower BP to below the 90th percentile for age, sex, and height percentile and to < 130/80 mm Hg in adolescents ≥ 13 years old.

13. Hypertensive Crisis

13.1. Definition

The terms hypertensive urgency and hypertensive emergency were proposed as an operational classification of hypertensive crises (HCs) in 1993 by the V Joint National Committee on Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure. 732

Hypertensive urgencies (HUs) are symptomatic clinical situations in which there is significant blood pressure (BP) elevation (arbitrarily defined as systolic BP (SBP) DBP ≥ 180 mm Hg and/or diastolic BP (DBP) ≥ 120 mm Hg) without acute and progressive end-organ damage (EOD) and no imminent risk of death. 5 , 164 , 733 , 734

Hypertensive emergencies (HEs), in turn, are symptomatic clinical situations in which there is significant BP elevation (arbitrarily defined as SBP ≥ 180 mm Hg and/or DBP ≥ 120 mm Hg) with acute and progressive EOD and imminent risk of death. 5 , 164 , 733 , 734

A common condition at emergency rooms is the hypertensive pseudocrisis (HTPC). In HTPCs, there is no acute EOD or immediate risk of death. In general, it is seen in uncontrolled hypertensive patients undergoing treatment, or in untreated hypertensive patients, with very high BP measurements, but who are either olygosymptomatic or asymptomatic. High BP after an emotional, painful or uncomfortable event, such as migraines, dizziness, vascular and musculoskeletal headaches and panic attacks also characterize HTPC. 733 , 734

13.2. Classification

HE is not defined by BP level, though it is often very high, but predominantly by the patient's clinical status. It can manifest as a cardiovascular, cerebrovascular, renal, or multi-organ event, or even as pre-eclampsia with severe features or eclampsia. Chart 13.1 shows the classification of HEs. Chart 13.2 differentiates HUs from HEs in terms of diagnosis, prognosis, and management.

Chart 13.1. – Classification of hypertensive emergencies.

HYPERTENSIVE EMERGENCIES
  • Cerebrovascular

  • • Hypertensive encephalopathy

  • • Ischemic stroke

  • • Hemorrhagic stroke

  • • Subarachnoid hemorrhage

  • Cardiocirculatory

  • • Acute aortic dissection

  • • Acute pulmonary edema with left ventricular failure

  • • Acute coronary syndromes Kidney/multiple organ failure

  • • Accelerated/malignant hypertension • MOD hypertension

  • • Severe adrenergic crises

  • • Pheochromocytoma crisis

  • • Drug overdose (cocaine, crack cocaine, LSD)

  • • Gestational hypertension

  • • Eclampsia

  • • Pre-eclampsia with severe features

  • • HELLP syndrome

  • • Severe hypertension at the end of pregnancy

MOD: multi-organ damage. HELPP: hemolysis, elevated liver enzymes, low platelets. Adapted from Malachias et al., 2016; 164 Bortolotto et al., 2018; 733 Martion & Ribeiro, 2015; 734 Whelton et al., 2018 5 ; Cremesp, 2004; 746 Williams et al., 2018; 37 Ma et al., 2020. 778

Chart 13.2. – Diagnosis, prognosis, and management of hypertensive urgencies and emergencies.

Urgency Emergency
Markedly high BP level Markedly high BP level
Without acute and progressive EOD With acute and progressive EOD
Oral drug combination Parenteral medication
No imminent risk of death Imminent risk of death
Early outpatient follow-up care (7 days) Preferential ICU admission

EOD: end-organ damage; ICU: intensive care unit.

13.3. Major Epidemiological, Pathophysiological, and Prognostic Aspects

13.3.1. Epidemiology

Hypertensive crises account for 0.45 to 0.59% of all hospital emergency treatments, while HEs account for 25% of all cases of HC. Ischemic stroke and acute pulmonary edema (APE) are the most common conditions found in HEs 735 - 737 , with decreasing incidence in recent decades. 738 - 740

13.3.2. Pathophysiology

Since systemic BP is the product of cardiac output (CO) by peripheral vascular resistance (PVR), acute increases in BP may be the result of changes to those variables. Therefore, increased intravascular volume and PVR, reduced production of endogenous vasodilators, and/or activation of vasoconstrictor systems may precipitate greater vascular reactivity, resulting in HC. 741 , 742 Tissue autoregulation is compromised, particularly in the cerebral and renal vascular beds, resulting in local ischemia, which triggers a vicious circle of vasoconstriction, endothelial damage and activation of the platelet, coagulation and immune system, with myointimal proliferation, arteriole fibrinoid necrosis, and end-organ ischemia. 741 - 743 The autoregulation curve shifts to the right in chronic hypertensive patients, making both actual BP level and rate of increase important to the genesis of HE. On the other hand, that shift in the autoregulation curve predisposes patients to tissue ischemia in aggressive BP reductions in HE treatment. 742 , 743

13.3.3. Prognosis

The one-year mortality rate for untreated HE is approximately 80%, 739 and effective antihypertensive treatment is associated with significant improvements in prognosis. 740 Five-year survival rates are higher for individuals with HU than those with HE. 735 , 744

13.4. Complementary Clinical and Laboratory Investigation 164,733,734

Taking a clinical history directed to the potential cause of the disease is critical. Clinical and laboratory investigation and requesting tests should provide for the proper assessment of BP and the presence of acute EOD. Initially, BP should be measured in both arms, preferably in a calm environment, and repeatedly until stabilization (minimum of three measurements). Data on the patient’s typical BP should be rapidly collected, as well as information on situations that can trigger BP increases and comorbidities; the use or discontinuation of antihypertensive medications (particularly adrenergic antagonists); or the use of substances that can increase BP (see Chapter 15). A systematic approach, including an assessment of signs and symptoms, physical examination and complementary investigation, helps determine the presence of acute and progressive EOD, as shown in Chart 13.3 :

Chart 13.3. – Clinical and complementary investigation by end-organ damage of hypertensive emergencies.

Primary damage in HE Symptoms Physical examination Complementary investigation at physician's discretion
Cardiovascular
  • - Chest, abdominal, or back pain or discomfort;

  • - Dyspnea; fatigue; coughing.

  • - HR, heart rhythm, pulse changes, gallop rhythm, jugular venous distension, and pulmonary, abdominal, and peripheral congestion;

  • - Heart and vascular murmurs;

  • - Four-limb blood pressure palpation.

  • - ECG, O2saturation, chest X-ray, myocardial necrosis markers, BNP, lactate dehydrogenase;

  • - Echocardiogram;

  • - Angiotomography, chest CT, and chest MNR.

Neurological
  • - Dizziness; headaches;

  • - Impaired sight, hearing or speech;

  • - Consciousness or coma level; agitation, delirium or confusion; seizures; focal deficits; neck stiffness.

  • - Head CT; head MNR

Renal
  • - Change in urination frequency and volume;

  • - Edema or dehydration;

  • - Change in urine aspect (hematuria);

  • - Abdominal masses and murmurs.

  • - Urine I; creatinine; urea; Na+; K+; chlorine; blood gas analysis.

Fundus
  •  

  • - Papilledema; hemorrhages; exudates;

  • - Vascular changes, such as spasms, pathological arteriovenous crossings, arterial wall thickening, and silver

  • - or copper-wire aspect.

Minimum additional tests
  • - ECG, chest X-ray, myocardial necrosis markers, CBC with platelet count, creatinine, urine I, and potassium.

BNP: atrial natriuretic peptide; CT: computed tomography; ECG: electrocardiogram; HE: hypertensive emergency; HR: heart rate; MNR: magnetic nuclear resonance. Adapted from Malachias et al., 2016; 164 Bortolotto et al., 2018; 733 Martion & Ribeiro, 2015; 734 Whelton et al., 2018; 5 Vilela-Martin et al., 2020. 747

13.5. General Treatment of Hypertensive Crisis

Treatment of HU ( Figure 13.1 ) should begin after a period of clinical observation in a calm environment, which helps rule out cases of pseudocrisis (treated only with rest or the use of painkillers or tranquilizers). Captopril and clonidine are indicated for acute treatment. Captopril, at a dose of 25-50mg, has peak action within 60 to 90 minutes, while clonidine is fast-acting, working in approximately 30 to 60 minutes, at a dose of 0.100 to 0.200mg. The use of immediate-release nifedipine capsules to treat HU should be banned, because it is neither safe nor effective, and causes rapid and marked BP reductions, which can result in tissue ischemia. 745 , 746

Figure 13.1. – Patient care flow chart for hypertensive crisis.

Figure 13.1

Adapted from Whelton et al., 2018. 5

There is no evidence from randomized controlled trials showing antihypertensives reduce morbidity and mortality for individuals with HE. However, based on clinical experience and the progress of patients under treatment, antihypertensive treatment is beneficial and cuts mortality. The treatment of patients with HE is aimed at rapid BP reduction to prevent the progression of EOD. Individuals should be preferentially admitted to the ICU, treated with intravenous (IV) antihypertensives, and carefully monitored during treatment to prevent hypotension. The general recommendations for BP reduction for HE are (LR: I; LE: C): 5 , 164

  • • Mean BP ≤ 25% in the 1st hour;

  • • BP 160/100-110 mm Hg in 2 to 6 h;

  • • BP 135/85 mm Hg in 24-48 hours.

However, HEs should be approached considering the impaired system or end-organ.

13.6. Hypertensive Emergencies in Special Situations

Chart 13.4 shows the medications indicated for the main forms of HE.

Chart 13.4. – Parenteral medications used to treat hypertensive emergencies.

Drugs Route of administration and dosage Beginning Duration Indications Adverse events and precautions
Sodium nitroprusside (arterial and venous vasodilator, stimulates cGMP formation) Continuous infusion 0.25-10 mg/kg/min IV Immediate 1-2 min Most hypertensive emergencies Cyanide poisoning, severe hypotension, nausea, vomiting. Attention in kidney and liver failure and high intracranial pressure. Protect from light.
Nitroglycerin (arterial and venous vasodilator) Continuous IV infusion 5-15mg/h 2-5 min 3-5 min Coronary failure, left ventricular failure with APE Headache, reflex tachycardia, tachyphylaxis, flushing, metahemoglobinemia
Metoprolol (selective beta-adrenergic blocker) 5 mg IV (repeat every 10 min, if necessary up to 20 mg) 5-10 min 3-4 h Coronary failure Acute aortic dissection (in combination with SNP) Bradycardia, advanced AVB, heart failure, bronchospasm
Esmolol (ultra-rapid selective beta-adrenergic blocker) Attack: 500μg/kg Intermittent IV infusion 25-50 μg/kg/min ↑ 25 μg/kg/min every 10-20 min. Maximum 300 μg/kg/min 1-2 min 1-20 min Acute aortic dissection (in combination with SNP) Severe postoperative hypertension Nausea, vomiting, 1st-degree atrioventricular block, bronchospasm, hypotension
* Phentolamine (alpha-adrenergic blocker) Continuous IV infusion: 1-5mg. Maximum 15mg 1-2 min 3-5 min Excess of catecholamines Reflex tachycardia, flushing, dizziness, nausea, vomiting
* Trimethaphan (SNS and PSNS ganglionic blocker) Continuous IV infusion: 0.5-1.0 mg/min. ↑ 0.5mg/min up to maximum of 15mg/min 1-5 min 10 min Excess of catecholamines Acute aortic dissection Tachyphylaxis
Hydralazine (direct-acting vasodilator) 10-20 mg IV or 10-40 mg IM every 6 h 10-30 min 3-12 h Eclampsia Tachycardia, headache, vomiting. Worsening of angina and infarction. Attention to high intracranial pressure
Diazoxide (vasodilator of arteriolar smooth muscle) IV infusion 10-15 min 1-3 mg/kg Maximum 150 mg 1-10 min 3-18 h Hypertensive encephalopathy Retention of sodium, water, hyperglycemia, and hyperuricemia
* Fenoldopam (selective dopaminergic agonist) Continuous IV infusion 0.1-1.6 μg/kg/min 5-10 min 10-15 min Acute renal failure Headache, nausea, flushing
* Nicardipine (calcium channel blocker) Continuous IV infusion 5-15mg/h 5-10 min 1-4 h Stroke Hypertensive encephalopathy Left ventricular failure with APE Reflex tachycardia, phlebitis, avoid in patients with heart failure or myocardial ischemia
* Labetalol (alpha- and beta-adrenergic blocker) Attack: 20-80 mg IV every 10 min Continuous IV infusion 2mg/min (maximum 300 mg/24 h) 5-10 min. 2-6 h Stroke Acute aortic dissection (in combination with SNP) Nausea, vomiting, atrioventricular block, bronchospasm, orthostatic hypotension
* Enalapril (ACE inhibitor) Intermittent IV infusion 5.0 mg every 6 h up to 20 mg 15 min. 4-6 h Left ventricular failure with APE Hypotension, kidney failure, gestation
Furosemide (loop diuretic) 20-60 mg IV (repeat after 30 min) 2-5 min 30-90 min. Left ventricular failure with APE Hypervolemic conditions, such as CKD, ADGN Hypopotassemia

* Not available in Brazil. ACEI = angiotensin-converting enzyme inhibitors; ADGN = acute diffuse glomerulonephritis; APE = acute pulmonary edema; AVB = atrioventricular block; CKD = chronic kidney disease; IV = intravenous; PNS = parasympathetic nervous system; SNP = sodium nitroprusside; SNS = sympathetic nervous system. Adapted from Malachias et al., 2016; 164 Bortolotto et al., 2018; 733 Martion & Ribeiro, 2015; 734 Whelton et al., 2018; 5 Vilela-Martin et al., 2020. 747

13.6.1. Hypertensive Encephalopathy 747,748

Hypertensive encephalopathy is a neurological HE characterized by signs and/or symptoms of cerebral edema secondary to sudden and/or sustained BP elevation. In general, it is found in chronic hypertensive patients who develop accelerated/malignant hypertension or in previously normotensive individuals with sudden increases in BP progressing to the failure of cerebral perfusion autoregulation mechanisms. It is also characterized by insidious onset and progresses with headaches, nausea, or vomiting. There may be changes to the visual field, photopsia, blurred vision, visual hallucinations, confusion, coma, generalized convulsive crises, and hyperreflexia. Treatment consists of slowly lowering BP, since rapid and intense decreases may cause cerebral hypoperfusion and loss of cerebral autoregulation mechanism. Sodium nitroprusside (SNP) is recommended in Brazil. In other countries, the following medications are available: nicardipine, clevidipine, labetalol, and fenoldopam. In the first 24 to 48 h, oral antihypertensives should be administered to better control BP.

13.7. Stroke

Hypertension is the primary risk factor for strokes, especially hemorrhagic strokes. 749 Diagnosis is based on a full neurological examination; for severity assessment purposes, use the National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS). Head CTs and MNRs enable physicians to define the type of stroke (ischemic stroke in 85% of cases, hemorrhagic stroke in 15% of cases) and the area involved. 164 , 750 For incipient infarctions, an MNR is more sensitive than a CT.

13.7.1. Ischemic Stroke

BP often decreases spontaneously within 90 to 120 minutes during the acute phase. The recommendations are as follows:

  1. 1. In case of ischemic stroke with indication for thombolysis, BP reduction < 185/110 mm Hg before fibrinolytic therapy is recommended (LR: I; LE: B). 5 , 652 If BP remains > 185/110 mm Hg, thrombolytic therapy should not be administered. That recommendation also applies to individuals who are to undergo thrombectomy. 751 BP should be maintained < 180/105 mm Hg in the first 24 hours after thrombolysis.

  2. 2. An initial 15% decrease in BP can be applied in cases of very high BP (≥ 220/120 mm Hg) and other associated HEs (aortic dissection, acute coronary events, eclampsia, post-thrombolysis, and/or APE) (LR: I; LE: C). 5 , 652

  3. 3. In patients with BP ≥ 220/120 mm Hg that have not received thrombolytics and do not present with other HE requiring antihypertensive treatment, the benefit of starting or restarting treatment for hypertension in the first 48 to 72 h is unclear. It seems prudent to reduce BP by 15% during the first 24 h after the beginning of the ischemic stroke (LR: IIb; LE: C). 5 , 652

  4. 4. Starting or restarting antihypertensive therapy during hospitalization for neurologically stable patients with BP ≥ 140/90 mm Hg is safe for improving long-term BP control (LE: B; LR: IIa). 5 , 652

  5. 5. In other cases of ischemic stroke, reducing BP within 5 to 7 days of the event has controversial neurological effects requiring treatments be tailored for individual patients (LR: I; LE: A). 652

13.7.2. Hemorrhagic Stroke

Elevated BP increases the risk of hematoma expansion and death, in addition to worsening the prognosis for neurological recovery. However, there is no conclusive evidence in favor of rapid reductions of BP. Cerebral edema occurs in 30% of cases, usually during the first 24 hours. In those cases, decompressive craniectomy should be performed and patients transferred to specialized centers (LR: I; LE: B). 5 , 752

For individuals with acute presentation (< 6 h from onset of hemorrhagic stroke):

  1. 1. SBP > 220 mm Hg – consider BP reduction with continuous IV infusion and frequent BP monitoring (LR: IIa; LE: C). 5 , 752

  2. 2. SBP from 150 to 220 mm Hg – lowering BP below 140 mm Hg provides no benefits in terms of lower mortality or severe impairment and is potentially dangerous (LR: III; LE: A). 5 , 752 Consider a target SBP < 180 mm Hg. 37

13.7.3. Acute Coronary Syndromes

Coronary syndromes can be accompanied by BP elevation due to a reflex triggered by the ischemic myocardium. Consequently, higher PVR increases myocardial oxygen demand. The goal is to reduce the afterload without increasing the heart rate or reducing preload too much, since it would lead to increased myocardial oxygen consumption. The goal should be SBP < 140 mm Hg (avoid < 120 mm Hg) and DBP between 70 and 80 mm Hg using esmolol, metoprolol, or nitroglycerin (LR: I; LE: A). Intravenous nitrates reduce PVR, improve coronary perfusion, and have an important systemic vasodilator effect, reducing preload and myocardial oxygen consumption. Hydralazine, SNP, and nifedipine use is contraindicated, since it may promote flow steal. 164 , 733 The recommendations are:

  1. a) Intravenous nitroglycerin (NTG) is indicated in the first 48 hours for treatment of hypertension, persistent ischemia3 and HF, as long as hypotension, right ventricular infarction, or use of phosphodiesterase type 5 inhibitors have not been present in the previous 48 h (LR: I; LE: B). NTG use should not exclude other interventions that have proven to reduce mortality, such as beta-blockers (BBs) or ACEIs. 753 , 754

  2. b) The use of IV BBs is indicated for hypertensive individuals who do not present with: 1) signs of HF; 2) clinical evidence of low CO; 3) increased risk for cardiogenic shock; or 4) other contraindications for beta blockade (LR: IIa, LE: B). 753 , 756

13.7.4. Acute Pulmonary Edema (APE)

Approximately one third of the patients admitted with APE and HE have preserved left ventricular function, and myocardial ischemia may also be involved in the pathophysiology of APE associated with HE. 755 , 756 HE with APE should be controlled primarily in an ICU setting, with IV medication, monitoring, and gradual BP reduction. NTG and SNP are used to lower preload and afterload. Loop diuretic use also lower volume overload and, consequently, BP. In some cases, the use of noninvasive continuous positive airway pressure may be indicated for decreasing pulmonary edema and venous return.747,748,757

13.7.4.1. Acute Aortic Dissection

In patients with precordial pain and high BP, acute aortic dissection should always be considered. The progression of dissection is related to BP level and ventricular ejection velocity. 758 Achieving proper pain management (IV opiates for analgesia), HR < 60 bpm, and SBP between 100 and 120mm Hg are important (LR: I; LE: B). 5 , 747 , 758 SBP < 120 mm Hg should be achieved in 20 minutes. The use of SNP in isolation is not ideal, since it increases HR and aortic ejection velocity, potentially worsening the dissection. 5 , 747 , 758 Thus, SNP should be associated with a BBs, initially IV, short, and titrable (metoprolol, labetalol, or esmolol), to decrease the heart rate. Alternately for asthma patients, nondihydropyridine calcium channel blockers (CCBs) may be used.

13.7.5. Pre-eclampsia/Eclampsia (see Chapter 11)

13.7.6. HE from Illicit Drug Use

Illicit substances that increase BP are sympathomimetics, potentiating the effect of catecholamines, including amphetamines and ecstasy, their illegal derivative, in addition to powder cocaine and smokable crack cocaine. 5 , 759 , 760 Amphetamine use causes a dose-dependent increase in BP, 761 leading to tachycardia tachycardia, palpitations, sweating, and arrhythmias, while ecstasy has other effects in addition to HR and BP increases (serotoninergic syndrome). 762

Intranasal cocaine use leads to a sudden and dangerous increases in BP levels within 15 minutes of use. In case of preexisting hypertension, higher BP elevations may occur. 763 Cocaine-induced vasoconstriction depends on the central sympathetic discharge, which s suppressed by the intact baroreceptor function. When the baroreflex tamponade is impaired, the result is adrenergic vasoconstriction and HC. 764

In lighter cases, benzodiazepines and sublingual NTG may be administered. In more severe cases, IV therapy will probably be required, the agents of choice are NTG, SNP, or phentolamine. 759 , 760 It is important to avoid BBs, since they may lead to alpha-adrenergic receptor stimulation in the presence of beta blockade, thus causing a coronary spasm. 763 An exception might be carvedilol, which is capable of mitigating HR and BP increases induced by smoking crack cocaine. 765 CCBs may also be used in cases of cocaine-induced AMI, where the assumed cause is coronary vasoconstriction. 760

A complicating factor of those intoxications, whether they are HUs or HEs, is the concomitant ingestion of high doses of caffeine (present in energy drinks), nicotine, or alcohol, which increase plasma NE levels. 766 In particular, alcohol and cocaine use in combination has a greater toxic effect than the use of either alone, 767 , 768 increasing the risk of sudden death 18- to 25-fold 769 due to increased bioavailability of cocaine. 770 Treatment includes the use of BBs, alpha-blockers, and CCBs, the latter administered before or after cocaine intake. 760 , 771

13.7.7. Accelerated/Malignant Hypertension

Malignant hypertension is characterized by the presence of severe general hypertension, retinopathy with papilledema, with or without renal and/or heart failure, fibrinoid necrosis of renal arterioles, and endarteritis obliterans, and may present with rapidly progressive and fatal clinical evolution. Elevated BP in the presence of retinal hemorrhages and exudates in the funds, but in the absence of papilledema, is known as accelerated hypertension. Currently, the terms “malignant” and “accelerated” are considered interchangeable, with “accelerated/malignant hypertension” used more often to define this form of HE, which, though less frequent, represents a devastating form of acute BP elevation. 747 , 772 , 773 The prognosis is almost always fatal if not properly recognized and left untreated, with two-year mortality rates of approximately 80%, primarily due to HF and CKD. 774 , 775 Effective treatment of malignant hypertension has significantly improved survival, but it is still accompanied by a high rate of complications. 776 The most rational way to manage is to prevent it by treating hypertension early and effectively. Individuals with severe hypertension who present with major LVH and renal failure should be treated as prior accelerated/malignant hypertension patients.

Patients should undergo intensive BP control using immediate-action vasodilator medications, such as SNP, which promotes fast BP control and makes individuals more responsive to classic antihypertensive therapeutics. 164 , 732 During acute control, oral antihypertensives should be administered, including diuretics, renin-angiotensin system blockers, BBs, direct-acting vasodilators (hydralazine), central adrenergic agonists (clonidine and methyldopa), and CCBs, when multiple medications are required. 747 , 774 BB use is indicated for cases of pulmonary congestion caused by diastolic dysfunction due to severe LVH. BP reductions should be gradual, keeping DBP levels above 100 mm Hg during the first few days of treatment. There may be an initial impairment in kidney function with high creatinine levels since the mechanism of autoregulation of renal flow is shifted to much higher levels than those found in mild hypertensive patients and normotensive individuals. Therefore, an adjustment period is required before returns to baseline levels. Sometimes, dialysis treatment may be required during the most acute stage. Antihypertensive treatment for this condition has had a significant impact on survival (LR: IIa; LE: B).

13.7.8. Hypertension with Multi-Organ Damage

Hypertension with multi-organ damage (MOD) is defined by the concurrent involvement of three of the four systems listed below: 777

  • • Renal (rapid decline of kidney function or proteinuria);

  • • Cardiac (major LVH or systolic dysfunction, or ventricular repolarization abnormalities, or increased troponin);

  • • Neurological (stroke or hypertensive encephalopathy);

  • • Hematological (microangiopathic hemolysis).

The definition of MOD hypertension (in the presence of multi-organ impairment) does not require the presence of Keith-Wagener Grade III or IV changes, which may be found at a later stage. 778 , 779 When comparing MOD hypertension to accelerated/malignant hypertension, the two are found to have analogous pathogeny, clinical significance, and prognosis, implying similar clinical management (LR: IIa; LE: B). 777 , 780

Key Takeaways
Hypertensive crisis: acute elevation of systolic blood pressure (BP) ≥ 180 mm Hg and/or diastolic BP ≥120 mm Hg, which may or may not result in end-organ damage (EOD), divided into hypertensive urgencies (BP increase without EOD and no imminent risk of death, allowing for BP reduction within 24 to 48 h) and hypertensive emergencies (BP increase with acute EOD or in progress and immediate risk of death, requiring rapid and gradual BP decrease within minutes to hours using intravenous medication).
Hypertensive emergencies may manifest as a cardiovascular, cerebrovascular, renal or multi-organ event, or even as pre-eclampsia with severe features or eclampsia.
High BP without acute and progressive EOD rules out HE.
Uncontrolled hypertension from low adherence, difficult-to-control hypertensive pseudocrises, hypertensive urgencies, and hypertensive pseudocrises are common situations of high BP without acute or progressive EOD.
The severity of the clinical condition is not determined by absolute BP levels, but rather by the magnitude and timing of the increase. Numerical values act as a parameter, but should not be applied as absolute diagnostic criteria.

14. Hypertension in Older Adults

14.1. Introduction

The United Nations (UN) and the World Health Organization (WHO) consider as older adults all individuals age 60 and older. In high-income countries, where life expectancies are greater, the threshold has been raised to 65. 781 A special age group known as the “oldest old,” consisting of individuals ages 80 or older, represents the fastest-growing segment of the population. 782

The prevalence of multimorbidity increases with age, and over two thirds of the oldest old suffer from two or more chronic illnesses. 783 , 784 Based on a country-level study of the older adult population (ELSI-Brazil), over 60% of older adults suffered from multiple chronic illnesses, and hypertension (HT) was the second most prevalent, second only to chronic back pain. 785 These patients usually take multiple medications with hard-to-manage therapy regimens that increase their cost and the risk of drug interactions.

There is a direct and linear relationship between blood pressure (BP) and age, with the prevalence of HT going from approximately 7% in individuals ages 18 to 39 to over 60% in those 65 and older. The Framingham has shown that nearly two thirds of men and three fourths of women have HT at age 70. 786 , 787

Though epidemiological studies have suggested greater survival rates for individuals age 80 and older with high levels of BP, this may in part be caused by the fact that people with low BP have higher rates of multimorbidity and frailty, and therefore lower probability of survival. In the geriatric population, HT is the primary modifiable risk factor (RF) for cardiovascular morbidity and mortality, 786 even at more advanced ages. It is critical that we stress that HT is a modifiable RF for cognitive decline, dementia and disability. 787 , 788

In assessing mean survival rates for older adults, one should not use life expectancy at birth, but rather life expectancy “at life.” Therefore, life expectancy at age 80, in 2018, was 10.4 years for women and 8.6 years for men, more than enough time to enjoy the benefits of treatment for HT.

14.2. Physiopathological Mechanisms

Diastolic blood pressure (DBP) increases until approximately age 50, stabilizes from 50 to 60 and then decreases, while systolic blood pressure (SBP) tends to increase throughout the lifespan. Therefore, pulse pressure (PP = SBP – DBP), a useful hemodynamic index of arterial stiffness, increases with age. These changes are consistent with the idea that, for younger individuals, BP is largely determined by peripheral vascular resistance (PVR), while for older adults it is determined by central arterial stiffness. 789 - 791

The arterial wall thickening and endothelial dysfunction observed during the aging process are accompanied by increased stiffness and lower vascular compliance, attributed to a wide range of factors, such as salt sensitivity, chronic hemodynamic stress, and elastin fiber fragmentation and misalignment, with replacement by collagen fibers, facilitating the deposition of calcium ions. 792

Aortic stiffening caused by vascular aging accelerates pulse wave velocity (PWV) towards peripheral circulation (centrifugal) and reflected waves returning to the heart (centripetal). The overlap of those two waves during the proto-mesosystolic phase leads to the increases in SBP and wider PP seen in older adults. 793

Currently, carotid-femoral PWV measurement is considered the gold standard to assess central arterial stiffness. In the absence of comorbidities, older adults with velocities under 7.6 m/s are considered to have good vascular health and, in an isolated sample, represent fewer than 4% of individuals age 60 and older. 794 , 795 In a given urban region of Brazil, PWV values found in older adults, adjusted for BP, age and gender, averaged 9.1 m/s for normotensive individuals and 9.4 m/s for uncontrolled hypertensives. 796 On the other hand, for many older adults, PP amplification may be a better predictor of events and mortality than PWV. 797

14.3. Diagnosis and Therapeutic Decision

The presence of multiple comorbidities and polypharmacy may make investigating HT in older adults more difficult. Chapter 3 guidelines on BP measurement and physical and laboratory examinations should also be followed for this age group. However, the investigation of secondary causes of HT should proceed carefully and consider the risks and benefits for each procedure (see Chapter 15). 798

The clinical assessment of older patients, especially the oldest old, is different from traditional assessments. First, physicians should recognize that the appointment will require more time due to several factors, such as: complexity of multiple associated conditions, physical and cognitive slowness of patient, and presence of caretakers and family members, with whom the physician will have to discuss the issues inherent to the relevant therapeutics and clinical conditions. 799 Very frail older adults may require additional visits due to patient exhaustion. 800

BP measurements may produce inaccurate values due to greater blood pressure variability and a few idiosyncrasies. Major factors interfering with BP measurement in older adults are: 1. auscultatory gap; 2. pseudohypertension; and 3. postural and postprandial variations. 801 (see Chapter 3)

Out-of-office BP monitoring, either ambulatory (ABPM) or at home (HBPM), is increasingly valued and indicated as a diagnostic tool for SHT in older adults.. 180 , 186 Despite its limitations, self-measured BP should also be considered (see Chapter 3).

Proper blood pressure treatment and control for hypertensive older adults and the oldest old has unequivocal benefits, such as significant decreases in stroke, AMI, HF, and mortality, 87 , 509 , 572 , 802 , 803 in addition to preventing cognitive decline and possibly dementia. 103 , 804 - 806 On the other hand, exact BP levels for treating older patients, as well as treatment targets, have been the subject of debate, 180 and different guidelines provide different recommendations. 5 , 37 , 807 However, all guidelines, including this one, consider it key to perform individualized assessments. In addition to chronological age, we recommend weighing functional fitness, cognition, degree of frailty, patient expectations, comorbidities, end-organ damage and global CV risk, polypharmacy, and treatment tolerability. Recommended blood-pressure levels for older adults, both for initiating treatment and blood-pressure targets, can be found in Chart 14.1 .

Chart 14.1. – Hypertension treatment recommendations for older adults.

  Office SBP Office DBP
Global condition 1 Treatment threshold Blood-pressure target 4 , 5 Treatment threshold Target 8
Healthy 2 ≥140 (I, A) 130-139 (I, A) 6 ≥90 70-79
Frail older adults 3 ≥160 (I, C) 140-149 (I, C) 7 ≥90 70-79

1: functional status is more important than chronological age; 2: including light frailty; 3: moderate to severe frailty; 4: including older adults with comorbidities: DM, CAD, CKD, stroke/TIA (not acute stage); 5: actively assess tolerability, including possible atypical symptoms; 6: stricter target (125-135 mm Hg) may be achieved in selected cases, especially for motivated older adults, < 80 years old, with optimum treatment tolerability; 7: higher limits in case of limited survival and absence of symptoms. BP reductions should be gradual; 8: DBP = avoid < 65-70 mm Hg in clinically manifested CAD patients. Note: out-of-office BP monitoring (ABPM/HBPM) should follow changes to the therapy regimen or be performed annually due to greater variability in BP with age, higher risk of orthostatic hypotension, and lower tolerability to inadequate treatment of white coat and masked hypertension.

14.4. Treatment

There is no single therapeutic strategy for older adults, especially those over the age of 80 to 85 ( Chart 14.2 ). Therefore, other factors should be considered above age itself while planning the treatment: presence of comorbidities, autonomy, functional status, and degree of frailty (LR: I; LE: C). That stratification is a better predictor of possible complications both in the short and the long term in relation to different comorbidities. 808 , 809 No therapeutic intervention should be denied or withdrawn based on age alone (LR: I; LE: C).

Chart 14.2. – Challenges in treating SHT in older adults.

Most older adults are hypertensive, with high prevalence of ISH.
The challenges are not limited to age, but primarily to functional, social, nutritional, and mental status.
Survival rate is more closely tied to global functional status than to age itself.
A diagnosis of HT in older adults requires acknowledging their idiosyncrasies and the frequent use of out-of-office monitoring.
Therapeutic challenges are connected to adherence, presence or absence of polypharmacy, orthostatic hypotension, and comorbidities, such as urinary incontinence and fatigue, among others, common in older adults.
Clinical assessments should include functional tests, such as gait speed and the Clinical Frailty Scale.
Treatment prevents CV events, death, and cognitive decline, even at advanced ages.
LSCs work, but require greater care.
DIUs, CCBs, ACEIs/ARBs should be used in isolation or combined as initial therapies; BBs, when there is formal indication for their use.
Weight loss and loss of organ reserve at advanced ages may be associated with gradual decreases in BP and may imply in treatment deintensification.
In older adults receiving palliative care for advanced disease or severe frailty, the primary treatment objective is symptom control.

ACEI: angiotensin-converting enzyme inhibitor; ARB: angiotensin II AT1 receptor blocker; BB: beta-blocker; CCB: calcium channel blocker; CV: cardiovascular; DIU: diuretic; HT: hypertension; ISH: isolated systolic hypertension; LSC: lifestyle changes.

14.4.1. Nonpharmacological Treatment

All lifestyle change (LSC) measures that apply to younger individuals (see Chapter 8) are valid for older adults as well (LR: I; LE: B), but require greater care and more thoughtful consideration of their actual benefits—and potential risks. Older adults are more salt-sensitive, and dietary salt restrictions are more effective for this age group. 420 The TONE study showed that there was a 4.3 mm Hg decrease in SBP and a 2.0 mm Hg decrease in DBP for for every 80 mmol of sodium (= 2.0 g of salt) reduction in daily salt intake. Combined with concurrent weight loss, the BP reduction effect was potentiated. 810 Excess reduction in salt intake may lead to hyponatremia and loss of appetite and can cause malnutrition. Potassium-rich diets should be encouraged, 811 but require greater attention to the risk of hypercalcemia due to the frequent presence of chronic kidney disease (CKD) and the use of medications that lower potassium excretion.

Physical exercise and aerobic and resistance training are critical for older adults and should be recommended. 52 In older adults, especially the frail and sarcopenic, weight loss without physical exercise and adequate protein intake may lead to loss of muscle mass and worse functional fitness.

Smoking and alcohol abuse are still prevalent in older populations and should be discussed. Likewise, all medications in use by the patient need to be analyzed, as some may cause BP increases.

In recommending LSCs, physicians should consider the patient's degree of frailty, functional fitness, and other social and clinical aspects. Follow-up by a multidisciplinary team (see Chapter 7) and family/caretaker engagement are even more important for older patients.

14.4.2. Pharmacological Treatment

In choosing antihypertensive medication(s) for older adults, physicians should consider the high rates of comorbidities, specific contraindications, likely drug interactions and cost, as well as the availability of and clinical experience with the medication (LR: I; LE: C). Prudence dictates initiating monotherapy or combination therapy at low doses and, if needed, increase or gradually combine antihypertensives at intervals of at least two weeks (LR: I; LE: C).

Chapter 9 details when to give preference or to avoid specific antihypertensives and their combinations. Here, we highlight aspects peculiar to older patients.

The first antihypertensive may be a thiazide (or thiazide-like) diuretic, a calcium channel blocker (CCB), or a renin-angiotensin-aldosterone system (RAAS) blocker: an angiotensin-converting enzyme inhibitor (ACEI), or an angiotensin II AT1receptor blocker (ARB). A large number of clinical trials have studied these four classes, and they are widely used in guidelines for older adults. 807 - 809 In terms of monitoring, indications and care are similar to those for other adults (see Chapter 9).

Beta-blockers (BBs) should not be used as initial monotherapy for older adults, 809 except in the presence of certain comorbidities, which may actually make their indication mandatory, such as heart failure (HF) or acute coronary failure (LR; I; LE: A). 812 , 813 Patients suffering from bronchial asthma or chronic obstructive pulmonary disease (COPD), but with clinical indication for BBs, should be carefully treated with cardioselective BBs and after receiving respiratory compensation, and should bot be deprived of their benefits. 814 When used in combination with acetylcholinesterase inhibitors, frequently used for Alzheimer's disease, they may induce severe bradycardia. 815

Other classes of antihypertensives (centrally acting medications, aldosterone antagonists and direct vasodilators), as well as other invasive treatments of the sympathetic nervous system, should be seen as the exception and not used as a matter of course to treat older patients (LR: III; LE: C) (see Chapter 9).

The risk of falls in older adults can increase during the first weeks of treatment with DIUs, and with all other medication classes in the first day. In the long run, antihypertensives may actually have protective effects. 816 , 817

14.5. Special Situations

There is some disagreement between results from observational studies and those from randomized clinical trials (RCTs). They come primarily from the fact that frail, multimorbid older adults are underrepresented in RCTs and the high risk of bias in nonrandomized and observational studies, where the longer survival of patients with high BP may be explained by their greater organ reserve. 818 - 822

14.5.1. Functional Status and Frailty: Assessment and Implications

In older adults, and especially in the oldest old, functional status and frailty require special attention. With the use of systematic tests and scales, the comprehensive geriatric assessment (CGA) enables an accurate global assessment of older adults and the development of therapeutic strategies. 823 , 824 Though the ideal form of assessment, it may require the presence of a geriatrician or gerontologist. In day-to-day care for older hypertensive patients, clinicians should assess functional status and capacity to perform the activities of daily living. 825 , 826

Routine use of the gait speed test (GST) is recommended, as it is easily performed as part of regular visits and has been shown to be a prognostic predictor of survival. 827 , 828 Patients are considered frail or at risk of frailty when GST < 0.8 m/s (unable to walk 6 m in less than 8 seconds), requiring further investigation. 820 , 829 In addition, this guideline recommends the use of the “Escala Clínica de Fragilidade,” which has already been translated into Brazilian Portuguese and validated in Brazil, 830 based on the Canadian Clinical Frailty Scale , widely tested and deployed, as it is simple and reliable, provides a global view of patient condition, and determines the prognosis. 827 , 828 , 831 , 832

Frailty is associated with higher risk of HT, subclinical disease, CV events, and death. 821 , 833 - 835 Adequate HT control may influence the trajectory of frailty. On the other hand, advanced levels of frailty are associated with lower BP values, lower body mass index (BMI), less muscle mass, impaired cognition, and higher mortality. 335 , 836

Functionally active and independent patients with no severe comorbidities have enough organ reserve and mean survival to enjoy most of the benefits from antihypertensive treatment and should, if well tolerated, have the same blood-pressure targets as younger older adults (LR: I; LE: B). 335 , 805 , 825 , 831 On the other end of the scale, individuals with major functional loss, sarcopenia, frailty, or advanced dementia, or unable to perform self-care activities, should have their whole treatment regimen and blood-pressure targets reassessed. 821 , 825 , 831 , 837 The primary goal is to improve symptoms and quality of life. Frailer older adults were systematically excluded from several clinical trials, so studies focused specifically on this population are key. 307 , 821

Between the two extremes we find older adults with intermediate functional status and multiple non-CV comorbidities who may require very challenging therapeutic decisions. For them, deeper assessments may be critical to define the real risk-benefit ratio and to individualize therapeutic strategies. 307 , 825 , 831 , 838 , 839

14.5.2. Cognitive Decline and Dementia

In addition to its well-known role as the primary cause of strokes, HT has also been implicated as a pathogenic factor in cognitive impairment, both vascular and from Alzheimer's disease, the main causes of dementia in older adults, and more markedly in the long run. 840 - 842

In several epidemiological studies, use of antihypertensive medications is associated with less cognitive decline and dementia, especially in the long run. 843 RCTs have found decreased white matter damage and cognitive decline from treatment for HT, with intensive treatment even more efficient in that regard. 5 , 37 , 844 RCTs have not yet clearly proven decreased dementia. This may be because cognition was not the primary outcome in those RCTs, the lack of uniformity in the definition of dementia and in what tests were used, or the short duration of the trials. 806 , 845

14.5.3. Polypharmacy and Adherence

Polypharmacy, defined as the regular use of five or more medications, is increasingly frequent with age, 846 and is associated with higher probability of adverse events (AE), drug interactions, and worse adherence to treatment. 845

Improper adherence to pharmacological treatment is a frequent issue for older adults and one of the primary causes of inadequate BP control. Determinants of poor adherence to therapeutic regimens include misunderstanding the disease, polypharmacy, multiple daily doses, and side effects. 847 To that end, this guideline recommends, especially for older adults with polypharmacy, the periodic review of each prescribed medication, AE assessments, 848 and that antihypertensive treatment include as few pills and tablets per day as possible, using single-tablet fixed-dose combinations, in addition to emphasizing nonpharmacological measures (LR: I; LE: A) (see Chapter 17).

14.5.4. Deintensification and Deprescription

In different clinical situations, it may be necessary to gradually lower dosage or even deprescribe antihypertensive medications; these include symptomatic hypotension; adverse reactions; persistently below-target SBP detected out-of-office or at the physician's office; 822 - 824 changing blood-pressure targets to less rigid levels (keeping in mind that BP tends to decrease at very advanced ages due to progressively lower organ reserve and greater frailty); and end-of-life palliative care. 837

A key issue in treating HT in older adults, especially in the oldest old, is the careful monitoring of AEs and tolerability, with special attention to atypical signs and symptoms. Discontinuing antihypertensives seems to be safe in the short run, but without proven benefits for cognition or functional fitness to perform the activities of daily living (ADLs). 838 , 849 , 850

14.5.5. Orthostatic and Postprandial Hypotension

Because of arterial stiffness, variations in volume significantly interfere with HT control. Older adults have weaker baroreceptor reflex to hypotension, and so are likely to be subject to orthostatic hypotension (OH) and postprandial hypotension (PPH). A higher rate of neurodegenerative disease is also associated with this condition. 851 Approximately 20% of older adults have OH and around 30% of institutionalized older adults experience hypotension after meals. 852 , 853 Therefore, older adults should be carefully monitored for OH and PPH (LR: I; LE: B).

In RCT, HT control led to fewer CV events with no increased risk of OH or falls with injuries. 854 - 856 Poorly controlled HT and certain antihypertensive medications, such as alpha-blockers, can cause or worsen OH. The best option to control OH is to use nonpharmacological interventions, such as adequate hydration, adequate sodium intake, slow rise from decubitus, higher headrests, and compression socks. 853

In postprandial hypotension, older adults should avoid large meals and high intake of alcohol and carbohydrates. They should also avoid exercising after meals. In addition, medication prescriptions should be revised in order to lower polypharmacy as much as possible, paying special attention to drugs that may be contributing to OH or PPH, such as DIU, sympatholytics, nitrates, and tricyclic antidepressants.

Key Takeaways
HT prevalence increases progressively with age, as do other RFs, leading to sharp rises in CV risk among older adults.
Proper diagnosis requires caution with the peculiarities of blood pressure measurement, and out-of-office BP reagins (SMBP, HBPM, ABPM) are key in older adults, for whom inadequate treatment poses more risk.
Functional and cognitive status should be evaluated. Therapeutic decisions and BP targets should be based on functional status and survival over chronological age.
Treatment lowers CV risk as well as the risk of cognitive decline. Comorbidities, more frequent in older adults, should guide what medications are chosen or avoided.
Special attention should be given to family support networks, polypharmacy, adherence, and higher risk of OH.

15. Secondary Hypertension

15.1. Introduction

Secondary hypertension is the form of hypertension (HT) due to an identifiable cause and treatable by a specific intervention which can improve or resolve blood pressure control. The actual prevalence of secondary HT is unknown, but estimated at 10 to 20%, 857 and may be higher or lower, depending on the population cohort (especially in terms of age), diagnostic resources available and physician expertise. It should be investigated when signs (clinical history, physical examination, or routine tests) lead to clinical suspicion 258 - 860 ( Chart 15.1 ).

Chart 15.1. – Signs of secondary hypertension.

1 Stage 3 hypertension before age 30 or after 55
2 Resistant or refractory hypertension
3 Use of exogenous hormones, medications or other substances that may increase BP (see Chart 15.7 )
4 Pheochromocytoma triad: palpitations, sweating, and headaches
5 Signs of obstructive sleep apnea
6 Typical facies or phenotype for diseases that progress to hypertension
7 Presence of bruits in arterial areas or abdominal masses
8 Asymmetry or absence of LL pulse
9 Spontaneous or diuretic-induced severe hypopotassemia (< 3.0 mEq/L)
10 Abnormal urine test (glomerular hematuria (dysmorphic) or presence of albuminuria/proteinuria), lower estimated GFR, increased serum creatinine, or alterations in renal imaging

The main causes of secondary hypertension, discussed in this chapter, are shown in Figure 151 . Diagnostic investigation can focus on the age of the patient and the type of sign, as seen in Chart 15.2 . Patients with secondary HT are under higher CV and renal risk and have more end-organ damage due to higher and more sustained BP levels, as well as the activation of hormonal and molecular mechanisms. 859 , 861

Figure 15.1. – Causes of secondary HT: nonendocrine, endocrine, and due to use of exogenous hormones, medications, drugs, or exogenous substances.

Figure 15.1.

Chart 15.2. – Major endocrine and nonendocrine causes of secondary HT, signs, and diagnostic screening.

Clinical findings Diagnostic suspicion Additional findings
Nonendocrine causes
Edema, anemia, anorexia, fatigue, high creatinine and urea, and changes in urinalysis or imaging examinations Renal parenchymal disease Creatinine and eGFR calculation (I: B), renal US, urinalysis (I: C) for dysmorphic proteinuria/hematuria. Albuminuria or proteinuria/urine creatinine ratio where indicated (LR: I; LE: B)
Sudden-onset HT or apparently unexplained worsening before age 30 or after 55, resistant or refractory HT or MHT, abdominal murmur, sudden APE, unexplained alteration in renal function or caused by RAAS blockers, kidney asymmetry > 1.5 cm Renal artery stenosis Renal Doppler US with flow velocity measurement and resistivity index (screening, but observer-dependent) (LR: I; LE: B) and/or captopril radioisotope renography (LR: III; LE: C), MNR angiography (eGFR > 30 mL/min, BOLD or digital subtraction) (LR; I; LE: B) or spiral CT (eGFR > 60 mL/min (LR: I; LE: B) Gold standard: conventional renal arteriography (LR: I, LE: A)
Higher frequency in men or postmenopausal women, snoring on most nights, sleep fragmentation with respiratory pauses or choking, excessive daytime sleepiness, nonrestorative sleep, fatigue, nocturia, morning headaches, MS Obstructive sleep apnea (OSA) Surveys have low accuracy for screening purposes Gold standard: polysomnography or home respiratory polygraphy. AHI < 5 events/h: no OSA; AHI 5-14.9 events/h: mild OSA; AHI 15-29.9 events/h: moderate OSA; AHI ≥ 30 events/h: severe OSA
Weakness in LLs, absent pulse or diminished amplitude, HT with SBP 10mm Hg > in ULs over ULs, interscapular and thoracic systolic murmur Coarctation of the aorta Chest X-ray, screening echocardiogram CT angiography of the chest or, preferably, aortic MNR (gold standard) Invasive angiography, only when additional data are required
Endocrine causes
RHT or RfHT and/or with hypopotassemia (non obligatory) and/or with adrenal nodule Primary hyperaldosteronism (hyperplasia or adenoma) Aldosterone measurements (>15 ng/dL) and plasma renin activity/concentration; aldosterone/renin ratio > 30 Confirmatory testing (see Chart 15.7 ) Imaging examinations: thin-slice CT or MNR. Selective aldosterone and cortisol adrenal sampling to identify subtype, when indicated (LR: I; LE: B)
Paroxysmal HT with triad consisting of headaches, sweating, and palpitations Pheochromocytoma and paragangliomas Free plasma metanephrines and/or urinary fractionated metanephrines (LR: I, LE: A). CT (LR: IIa, LE: B) (screening), MNR (LR: I; LE: B) and scintigraphy (LR: IIa, LE: C) where indicated
Fatigue, weight gain, hair loss, diastolic HT, muscle weakness, sleepiness Hypothyroidism Screening: TSH and free T4 (LR: I, LE: B)
Increased sensitivity to heat, weight loss, tachycardia/palpitations, exophthalmos, hyperthermia, hyperreflexia, tremors, goiter Hyperthyroidism Screening: TSH and free T4 (LR: I; LE: B)
Renal lithiasis, osteoporosis, depression, lethargy, muscle weakness or spasms, thirst, polyuria, polydipsia, constipation Hyperparathyroidism (hyperplasia or adenoma) Total and/or ionized calcium, phosphorus, PTH, 24-hour urine calcium and vitamin D level (LR: I; LE: B)
Weight gain, decreased libido, fatigue, hirsutism, amenorrhea, moon face, “buffalo hump”, purple striae, central obesity, hypopotassemia Cushing’s syndrome (hyperplasia, adenoma and excess secretion of ACTH) Baseline cortisol, midnight salivary cortisol, 24-h urinary free cortisol, and betamethasone or dexamethasone suppression test (take 1 mg dexamethasone between 11 PM and midnight and measure serum cortisol level at 7-8 AM of the following morning). CT, MNR (LR: I; LE: B)
Increased visceral or central fat Obesity Class 1: BMI 30 to < 35 kg/m 2 Class 2: BMI 35 to < 40 kg/m 2 Class 3: BMI ≥ 40 kg/m 2 BMI (weight in kg/height in m 2 ) and abdominal circumference (> 102 cm in men and 88 cm in women) Imaging examinations: DEXA (gold standard), CT, MNR (clinical trials) (LR; I; LE: B)
HT in up to 30% of cases, in addition to diabetes, LVH, and OSA. Other symptoms: visual defects, cranial nerve palsy, headaches, macrognathism, growth of feet and hands, soft tissue hypertrophy, macroglossia, musculoskeletal complications Acromegaly IGF-1 (I, B) measurement, GH serum level and GH after oral glucose overload (I, B) Location: sella turcica MNR (preferred) or CT scan

ACTH: adrenocorticotropic hormone; AHI: apnea–hypopnea index; APE: acute pulmonary edema; BMI: body mass index; BOLD: blood oxygen level-dependent; CT: computed tomography; DEXA: dual-energy x-ray absorptiometry scanning; eGFR: estimated glomerular filtration rate; GH: growth hormone; IGF-1: insulin-like growth factor 1; LVH: left ventricular hypertrophy; MHT: malignant hypertension; MNR: magnetic nuclear resonance; OSA: obstructive sleep apnea; PTH: parathormone; RAAS: renin-angiotensin-aldosterone system; RHT: resistant hypertension; TSH: thyroid-stimulating hormone. LLs: lower limbs; ULs: upper limbs.

15.2. Nonendocrine Causes

15.2.1. Chronic Kidney Disease (CKD)

CKD is defined by its cause and by functional or morphological abnormalities persisting for over three months with consequences for the patient's health. It is characterized by an estimated glomerular filtration rate (eGFR) < 60 mL/min or alterations in urine tests, especially albuminuria (30 mg/24 h or 30 mg/g albumin/creatinine ratio) and/or in renal morphology (LR: I; LE: C). 862 CKD classification and prognosis are based on eGFR and albuminuria levels (Chapter 4). HT is both cause and consequence of CKD and becomes progressively worse as kidney function declines, affecting 90% of stage 5 patients (LR: I; LE: A). 863 , 864

Tests for hypertensive patients should include serum creatinine and eGFR calculation (LR: I; LE: B) as well as urine test (LR: I; LE: C) for CKD screening. 859 Renal ultrasound, computed tomography (CT), or magnetic nuclear resonance (MNR) may also be necessary. Kidney biopsies are only required when there are rapid declines in eGFR, glomerular hematuria, and/or proteinuria/albuminuria in addition to HT. 865 HT accelerates the progression of CKD, and lowering BP attenuates the course of CKD. 863 , 864 Treatment goals and therapy regimens indicated for BP control in CKD patients can be found in Chapters 6 through 9.

15.2.2. Renovascular Hypertension (RVH)

Renovascular hypertension (RVH) is a common and potentially reversible cause of secondary HT due to partial or total, uni- or bilateral renal artery stenosis (RAS) or of one of its branches, triggered and maintained by significant renal ischemia. It is usually found in obstructions greater than 70%. 164 Its prevalence and etiology vary with age and blood pressure levels. In young adults, especially women, RVH is more frequently caused by fibromuscular dysplasia (FMD). In older adults, the most common cause is atherosclerosis, usually accompanied by peripheral and/or coronary atherosclerosis. 866 The clinical indicators of RVH can be found in Chart 15.3 .

Chart 15.3. – Clinical indicators of renovascular hypertension.

Onset of hypertension before age 30
Onset of severe hypertension after age 55 associated with chronic kidney disease and congestive heart failure
Hypertension and abdominal murmur
Rapidly progressive and persistent hypertension in previously well-controlled patient
Resistant or refractory hypertension
Hypertensive crisis with end-organ damage (acute renal failure, congestive heart failure, hypertensive encephalopathy, grade 3 and 4 hypertensive retinopathy)
Worse renal function after treatment with renin-angiotensin system blockers
Unexplained renal atrophy, renal asymmetry, or unexplained worse renal function
Acute pulmonary edema

Aboyans et al., 2018. 867

In patients with potential signs of RVH, the physician should consider diagnostic tests for those with fewer morbidities for whom revascularization treatment is indicated. 867 , 868 Renovascular disease has heterogenous clinical manifestations. The damage may evolve with minimal or even silent hemodynamic repercussions before progressing to critical levels associated with triggering hypertensive physiopathological mechanisms and renal ischemia. Revascularization procedures are indicated for FMD patients and patients with atherosclerotic etiology who cannot control BP or are suffering progressive loss of renal function or decompensated heart failure (acute pulmonary edema, heart failure and refractory angina). 869 A cost-effective investigation requires proper selection of candidates as well as anatomical and functional assessment of the stenosis. 866

The gold standard is still conventional renal arteriography, but it is invasive and should not be used as the first procedure (LR: I; LE: B). BOLD or digital subtraction MNR angiography (LR: II; LE: B) and spiral CT are as accurate as ultrasounds, and have higher sensitivity and specificity (LR: I; LE: B). Renal Doppler US is the recommended noninvasive method for screening purposes, with 75% sensitivity and 90% specificity. 267 , 869 - 871

The treatment objectives for RVH are reducing the morbidity and mortality associated with high BP and protecting renal function and circulation. Randomized clinical trials 872 and a meta-analysis 873 have shown 874 , 875 that pharmacological treatment matches revascularization, with similar rates of BP control and cardiovascular mortality.

RAAS-blocking medication is recommended to lower hyperfiltration in the contralateral kidney and proteinuria in unilateral RVH with adequate potassium and creatinine monitoring. The efficacy of pharmacological optimization is an important element for decisions about whether an invasive procedure is indicated. 874 Atherosclerotic RVH requires lifestyle changes, smoking cessation, glycemic control, and prescription of statins and antiplatelet drugs, unless contraindicated. 874 , 876

If the blood-pressure target cannot be reached and/or there are other associated clinical conditions, such as RHT or RfHT, progressive kidney dysfunction or APE episodes, the invasive procedure may be recommended, conditional on the patient's acceptance. The actual benefits of invasive treatment are controversial, and clinical trials are still needed to identify the specific population that would benefit from this sort of treatment. 877 , 878 Diagnostic recommendations for renovascular disease can be found in Chart 15.4 .

Chart 15.4. – Recommendations for diagnosis of renovascular disease.

Recommendation LR LE
Doppler ultrasound of renal arteries (screening), spiral computed tomography, magnetic resonance angiography I B
BOLD or digital subtraction angiography may be indicated to confirm diagnosis of renal artery stenosis detected by other methods in patients with high probability of renovascular disease IIB C
Renal scintigraphy, serum renin before and after captopril and venous renin not indicated for screening renal artery stenosis III C

Aboyans et al., 2018. 867

15.3. Fibromuscular Dysplasia

Fibromuscular dysplasia (FMD) is an idiopathic, segmental, stenotic, nonatherosclerotic, and noninflammatory disease of the small- and medium-caliber muscular arteries. The lesions may be symptomatic or clinically silent, hemodynamically significant or not. Approximately 80 to 90% of patients are females. The First International Consensus 879 recommends angiographic classification for focal and multifocal FMD. For screening purposes, Doppler ultrasound of renal arteries is recommended. Other imaging examinations coincide with those used for atherosclerotic RVH: spiral CT if eGFR > 60 mL/min or MNR if eGFR > 30 mL/min. 879 Renal artery angiography is the gold standard to identify damage to the renal artery. Measuring the translesional gradient to determine the hemodynamic significance of the stenosis is recommended, especially in multifocal lesions. Identification of other vascular segments affected by the disease and investigation of aneurysms and dissections are recommended 880 ( Figure 152 ).

Figure 15.2. – Flow chart for investigation of patient suspected of having renal artery stenosis.

Figure 15.2.

Isolated angioplasty is the recommended procedure, with stenting in case of complications (arterial rupture or dissection). In the absence of contraindications, continuous antiplatelet therapy with acetylsalicylic acid at 75 to 100 mg/day is indicated to prevent thrombotic complications, and dual antiplatelet therapy may be used for a short period of four to six weeks. 881 Doppler ultrasound of renal arteries 30 days after angioplasty is recommended, repeated every six months for the first two years and annually afterward, to detect restenosis. 879 As a matter of course, all patients should be included in follow-up, and optimally undergo yearly clinical and imaging assessments.

15.3.1. Coarctation of the Aorta

Coarctation of the aorta is a congenital anomaly leading to narrowing of the aorta, usually juxtaductal, proximal to the ductus arteriosus or ligament. It is usually underdiagnosed, with diverse clinical presentation, from early symptoms at birth (severe) to asymptomatic into adulthood, 882 depending on the site and severity of the coarctation as well as the frequent presence of other congenital heart diseases impacting prognosis. 883 The definition of significant coarctation requires pre- and post-coarctation pressure gradient > 20 mm Hg. Clinical suspicion is based on symptoms (resistant or refractory HT, epistaxis, headache and weakness of the legs on exertion, manifestations of HF, angina, aortic dissection, or intracerebral hemorrhage) and physical examination (hypertension in the upper limbs [ULs] with SBP at least 10 mm Hg higher in the brachial artery than in the popliteal artery; absent or diminished pulse in lower limbs [LLs]; interscapular and thoracic systolic murmur). 164 Diagnosis is based on imaging examinations: chest X-ray (thoracic aorta with pre- and post-stenosis dilations, costal corrosion); echocardiogram, the primary screening examination (posterior protrusion, expanded isthmus, transverse aortic arch, and high-velocity continuous jet through the coarctation site); CT or MNR angiography 884 in case of poor acoustic window. The MNR is considered the gold standard for assessment and post-intervention follow-up and, in young individuals, does not require invasive preoperative angiography, indicated when other imaging methods cannot provide visualization of the coarctation, and in older individuals who may have CAD. Intervention treatment includes angioplasty, implantation of vascular endoprosthesis, or open surgery (hypoplasia of the aortic arch and/or need for coarctation resection). The perioperative mortality rate is very low and prognosis is relatively good, though patients with coarctation of the aorta have higher and earlier incidence of CV disease than the general population and require continuous monitoring. 885 The BP response to intervention treatment depends on the duration of AH prior to surgery and the patient’s age.. 886 Though many lower BP after an invasive procedure, most develop exercise-induced HT. The drugs of choice for both the preoperative period and residual BP after surgery are beta-blockers (BBs) and angiotensin-converting enzyme inhibitors (ACEIs) or angiotensin II AT1 receptor blockers (ARBs). 885 , 887 Renin-angiotensin-aldosterone system blockers (SRAA) should be used with caution in the preoperative period in order to avoid major decreases in blood flow distally from the coarctation, which would trigger acute kidney damage. 885 , 887

15.3.2. Obstructive Sleep Apnea (OSA)

15.3.2.1. Concept and Epidemiology

OSA is a clinical condition characterized by the intermittent collapse of the upper airways during sleep, causing total (apnea) and partial (hypopnea) obstructions. 888 Respiratory pauses lead to greater respiratory efforts and lower intrathoracic pressure, which cause increased left ventricle transmural pressure, cyclical dips in oxygen saturation (intermittent hypoxia), hypercapnia (usually mild), and sleep fragmentation. 889 The mechanisms involved with HT include activation of the sympathetic nervous system, systemic inflammation, increased production of reactive oxygen species, and endothelial dysfunction, among others. 889

Traditionally, OSA severity is determined by adding up apnea and hypopnea events (known as apnea-hypopnea index [AHI]), as determined by objective sleep testing: AHI < 5 events/h: no OSA; AHI 5-14.9 events/h: mild OSA; AHI 15-29.9 events/h: moderate OSA; AHI ≥ 30 events/h: severe OSA. The prevalence of OSA in the general population is high, depending on the diagnostic criteria adopted. In adults, it affects approximately 9.6% of women and 24.8% of men. 890 In hypertensive patients in general, it is estimated that 56% suffer from some degree of OSA. 891 - 894 For those with resistant HT, the prevalence is estimated at > 60% and is likely the most frequent cause associated with secondary HT, 895 though it does not mean OSA is the only cause in most cases. Though there is evidence that normotensive OSA patients progress to higher incidence rates of HT regardless of other risk factors, 896 , 897 in clinical practice, OSA frequently arises in previously hypertensive individuals. However, this in no way minimizes the importance of OSA: there is evidence that the association between OSA and HT is linked to higher rates of end-organ damage compared to hypertensive patients without OSA. 895 , 896

15.3.2.2. Clinical Presentation and Screening of OSA in Hypertension

In the general population, some predisposing factors and clinical signs and symptoms should be assessed during examination and may reinforce the clinical suspicion of OSA 888 ( Chart 15.5 ). OSA prevalence rates are two to three times higher in men than in women, but is also common in the latter group, especially after menopause.

Chart 15.5. – Frequency of primary risk factors and symptoms/clinical signs suggestive of obstructive sleep apnea (OSA).
Characteristics Measures
Risk factors Odds ratio
Overweight vs eutrophic 2.3-3.4
Obese vs eutrophic 4.0-10.5
Male vs female 1.7-3.0
Age (10-year increments) 1.4-3.2
Postmenopausal (for women) 2.8-4.3
Clinical signs and symptoms Prevalence (%)
Excessive sleepiness, fatigue, or nonrestorative sleep 73-90
Reported snoring most nights 50-60
Respiratory pauses and choking observed by other person 10-15
Nocturia (2 or more times per night) 30
Nighttime gastroesophageal reflux 50-75
Morning headaches 12-18

Adapted from Gottlieb et al., 2020. 888

However, many of these signs and symptoms may be less prominent in HT. For instance, daytime sleepiness is often absent in HT, especially in patients with resistant HT. 899 Screening surveys for OSA in the general population perform poorly, especially in resistant HT patients. 900 - 903 It should be mentioned that some findings in BP patterns may help screen for patients with OSA. Recent data suggest that changes in nighttime BP dipping, especially the ascending waveform (mean BP during sleep higher than when awake), increase the odds of OSA three to four times. 904

15.3.2.3. Impact of Treatment of OSA on BP

The treatment of choice for OSA, especially in moderate to severe cases, is the use of a continuous positive airway pressure (CPAP) device. 888 Mandibular advancement, oropharyngeal exercises, positional therapy, and surgery can be used in less severe and select cases of OSA. 905

Overall, treatment of OSA has a modest impact on BP (around 2 to 3 mm Hg). 906 These results are partially justified by the following factors: 1) many trials and meta-analyses combine controlled and uncontrolled hypertensive and normotensive participants; 906 and 2) adherence to CPAP use is not always adequate. 906 Randomized trials have shown that the impact of OSA treatment on BP is greater for RHT patients (circa 5 mm Hg, on average), but generally do not lead to blood pressure control them. 907 - 909 A study found that the presence of altered nighttime dipping was a predictor of better response from CPAP use in lowering BP for OSA patients. 910 Another poorly understood finding is that individuals afflicted with excessive sleepiness have greater decreases in BP. 911 Chart 15.6 details a few predictors of better blood pressure response to CPAP use. 911

Chart 15.6. – Predictors of better blood pressure response to CPAP use.
Clinical characteristics
Patients with better adherence to CPAP (usually > 4 hours per night)
Patients with excessive daytime sleepiness
Patients with resistant hypertension
Patients with altered nighttime BP dipping

15.3.2.4. Antihypertensive Treatment in Hypertensive Patients with OSA

Thus far, there is no conclusive evidence than any particular class of antihypertensive medication is preferable for hypertensive patients suffering from OSA. 905 A few aspects deserve to be highlighted here:

In general, the effect of antihypertensives seems to be more effective than CPAP use on lowering BP, but combining CPAP use and an antihypertensive has additional benefits, especially for nighttime BP; 912

Though more effective than CPAP alone, pharmacological treatment for HT usually does not improve the severity and symptoms of OSA. Even the effect of some diuretics and salt restriction on OSA severity (based on the theory that overnight rostral fluid shift favors upper airway collapsibility) 913 has a very modest impact on the severity of OSA. 914 , 915

15.4. Endocrine Causes

15.4.1. Primary Hyperaldosteronism (PH)

HT accompanied by supressed plasma renin activity (PRA) and increased aldosterone excretion characterizes primary aldosteronism. 916 PH was considered a rare form of secondary HT (1%), but may currently be found in 22% of RHT patients. 917 , 918 Gordon et al. found the incidence of PH in the primary hypertensive population to range from 5 to 15%, and to probably be approximately 12%. 919 Bilateral cortical adrenal hyperplasia is the most frequent cause of PH (50-60%), while aldosterone-producing adenomas (APA) account for 40% of PH cases. 920 Aldosterone-producing cortical adrenal carcinomas and unilateral cortical adrenal hyperplasia are less frequent causes of PH.

The main confirmatory tests for PH are listed in Chart 15.7 , 920 - 924 while the diagnostic investigation flow chart can be found in Figure 15.3 .

Chart 15.7. – Confirmatory testing for primary hyperaldosteronism.

Test Procedure Dosage Results Disadvantages
Saline infusion test Infusion of 2 L of 0.9% saline solution over 4 h (start from 8 to 9:30). In the sitting position, has higher sensitivity for PH diagnosis. K+, aldosterone (A), renin (R) at t = 0 and after 4 h. Sitting: A values > 6.0 to 10 ng/dL at the end of the test are positive. The cutoff value with highest sensitivity/specificity is 6.0 ng/dL. Lying: A values > 6.8 to 10 ng/dL at the end of the test are positive. The cutoff value with highest sensitivity/specificity is 6.8 ng/dL. Side effects: hypertensive crisis, hypervolemia Contraindicated for patients with severe HT, decompensated HF, renal failure, and severe hypokalemia.
Captopril challenge test 50 mg of captopril orally with patient remaining sitting for 2 h. A, R, K+and cortisol at times 0, 1 h, and 2 h. A > 8.5-13.9 ng/dL or suppression of A > 30%. Subtract percentage cortisol decrease from percentage A decrease. Side effects: hypotension Safe test, but with low reproducibility. Indicated for patients suffering from renal failure.
Fludrocortisone test Fludrocortisone 0.1 mg every 6 h for 4 days. K+control every 6 h. Measure A and R at 10 h of the 5 th day. Positive A > 6 ng/dL with suppressed R. Side effects: Hypertensive crisis, hypervolemia, and hypokalemia. Contraindicated for patients with severe HT, decompensated HF, renal failure, and severe hypokalemia. Considered the gold standard, but must be performed under hospital admission, since it is unfeasible in clinical practice.
Intravenous furosemide test Administer furosemide 40 mg IV and stimulate 2 hours of walking. Measure A, R and K+before and after 2 hours of intermittent walking. Positive if PRA < 2 ng/mL/h or Renin < 13 uUI/mL. Side effects: hypokalemia and hypotension. Advantage: well tolerated and easy to perform, ideal for patients with contraindications for sodium overload

A: aldosterone; PH: primary hyperaldosteronism; PRA: plasma renin activity; R: renin.

Figure 15.3. – Flow chart of diagnostic investigation of primary hyperaldosteronism.

Figure 15.3.

Adapted from Vilela & Almeida, 2016. 924

The most accurate imaging examination is the thin-slice CT, and MR provides no advantages. The goal of adrenal venous catheterization with concurrent blood sampling for aldosterone and cortisol is to identify the source of aldosterone secretion, and is considered the most accurate test to differentiate PH subtypes. It is recommended for patients with normal adrenal glands or bilateral abnormalities in CT scans.

In addition, adrenal venous catheterization is indicated in patients with small adrenal nodules (< 1.5 cm) and age 40 or older at HT diagnosis, as it may be a nonfunctioning adenoma. 920 - 924 The method is invasive and depends on the radiologist's experience. The treatment of choice for APA is unilateral adrenalectomy, preferably laparoscopic, unless contraindicated.

In hyperplastic HT, treatment consists of mineralocorticoid antagonists (spironolactone 50 to 400 mg/day). 920 - 924 The primary target of pharmacological treatment should be the renin blockade (in addition to blood pressure control and correcting hypercalcemia ) in order to lower the cumulative incidence of cardiovascular events. 925

15.4.2. Pheochromocytoma

Pheochromocytomas (PHEO) are catecholamine-secreting chromaffin-cell tumors of the sympathetic adrenomedullary axis. 926 Ten to 15% are extra-adrenal (paragangliomas), 10% are bilateral, and 15 to 20% are malignant (from 2 to 50%, depending on genetic defect). 927 The incidence rate for pheochromocytoma and paraganglioma is 0.6 cases per 100 000 persons-year.

The symptoms are the classic triad: headaches, profuse sweating, and palpitations with RHT/RfHT or paroxysmal HT (50%; hypertensive crises alternating with normal BP periods). The simultaneous presence of the classic triad and a hypertensive crisis has 89% diagnostic sensitivity and 67% diagnostic specificity. 926

Pheochromocytoma or paraganglioma diagnosis requires confirmation of excess catecholamine secretion and documenting the anatomy of the tumor. Laboratory diagnosis is based on blood and urine catecholamine metabolite levels. Free plasma metanephrine (metanephrine and normetanephrine) has 97% sensitivity and 93% specificity, 926 (LR: I; LE: A), but because of its higher cost, urine metanephrine isolated or associated with urine catecholamines (epinephrine, norepinephrine, and dopamine) is indicated. Though less sensitive, high urine catecholamine values (> 2 times the upper bound) indicate high diagnostic probability. 242 Urine metanephrine levels are more sensitive than urine catecholamine and vanillylmandelic acid for PHEO and paraganglioma diagnoses (ungraded recommendation). 928

In acute stress situations (acute illness, sepsis, AMI, decompensated HF) and the use of tricyclic antidepressants, antipsychotics agents, and levodopa, among others, it may be accompanied by increased catecholamine levels (usually < 2x the upper limit of normality). The medication should be suspended two weeks before sample collection to prevent false positives. The imaging tests to locate adrenal tumors are CTs (preferably; LR: 2; LE: B) and MNRs (hypersignal at T2 for PHEO), with 89% and 98% sensitivity, respectively. 929 An MRI is superior in the identification of paraganglioma or lymph node metastases (LR: I; LE: B). Whole-body scintigraphy using 123I-MIBG or 68Ga DOTATE-PET-CT is very effective at locating PHEOs and paragangliomas, metastases or multiple chromaffin-cell tumors (LR: IIa; LE: C). 930 , 931

The preferential treatment is minimally invasive surgery (LR: I; LE: B), and preoperative preparation should include alpha-1-blockers (doxazosin or prazosin) and adequate hydration with increased oral sodium intake for at least 2 weeks prior to surgery. 932 The chronic pharmacological treatment includes alpha1-blockers, BBs (only after beginning alpha1- blockers, in the presence of symptomatic tachycardia), CCBs, ACEIs, and central action agonists. 932 The paroxysmal hypertensive crisis of PHEO is an emergency, and should be treated with sodium nitroprusside or injectable phentolamine and volume replacement, if necessary. 926

Total and early removal of the neoplasm usually determines total remission of symptoms and cure of AH, in addition to preventing metastatic disease. 927 , 929 For malignant PHEO with unresectable metastases, systemic therapy with MIBG-131 is indicated. Cytotoxic chemotherapy is indicated in case of disease progression after high cumulative dose of MIBG-131 or in case of metastasis without MIBG uptake. Zoledronic acid is indicated to fight pain and lower fracture risk in patients with bone metastases. 927 , 929 Clinical, biochemical and radiological follow-up of patients is essential to detect malignant recurrences or metastases as well as other tumors in familial syndromes. 242

15.4.3. Hypothyroidism

The clinical signs of hypothyroidism are usually nonspecific, including fatigue, sleepiness and weight gain (mild in most cases). Patients with hypothyroidism have low levels of free thyroxine (T4) and high levels of thyroid-stimulating hormone (TSH), both screening tools for the condition (LR: IIa; LE: B). 933 In subclinical hypothyroidism, free T4 is normal and TSH is elevated. In hypothyroidism, there is higher risk of diastolic HT. 934 Hypothyroidism increases vascular resistance and extracellular volume, but BP increases are usually mild (< 150/100 mm Hg).

15.4.4. Hyperthyroidism

Hyperthyroidism increases cardiac output due to increased peripheral oxygen consumption and increased cardiac contractility. 935 Systolic HT is common, but HT prevalence depends on the severity of hyperthyroidism. Atrial fibrillation occurs in 10 to 20% of hyperthyroidism patients, and is more frequent in patients age 60 and over. 936 The most prominent clinical conditions are Graves' disease (palpitations, weight loss, exophthalmos, goiter, tremors of the extremities, warm skin, and heat intolerance, among other symptoms) or toxic adenoma, which may be more oligosymptomatic in older individuals with toxic multinodular goiters. Diagnosis is based on free thyroxine (T4) and thyroid-stimulating hormone (TSH) levels (LR: IIa; LE: B). usually, free T4 is high and TSH is suppressed. 937 In subclinical hyperthyroidism, free T4 is normal and TSH is suppressed. The presence of TSH antireceptor antibodies is diagnostic for Graves' disease, but may be absent in approximately 10% of cases.

15.4.5. Primary Hyperparathyroidism

The frequency of HT in patients with primary hyperparathyroidism ranges from 10 to60%. 938 Most patients with primary hyperparathyroidism are asymptomatic, while the rest may present with polyuria, polydipsia, osteoporosis, constipation, renal calculi, and HT. The mechanisms involved in HT are undefined, and there is no direct correlation between PHT levels and calcemia with severity of HT. In primary hyperparathyroidism, HT becomes more severe with impaired renal function due to hypercalcemia. Laboratory investigation involves testing calcemia (total and/or ionized calcium), phosphorus, PTH, and 24-hour urine calcium. 939 Vitamin D levels (especially if < 20 ng/dL) should also be measured and supplemented to rule out secondary hyperparathyroidism and vitamin D deficiency from normocalcemic primary hyperparathyroidism.

15.4.6. Cushing's Syndrome

Iatrogenic Cushing's syndrome (from the use of exogenous corticoids) is relatively common, unlike endogenous Cushing's syndrome, which is rare. Among endogenous causes, Cushing's syndrome (ACTH-secreting pituitary adenoma) is responsible for 85% of cases, while 15% are caused by adrenal hyperplasia or tumors (ACTH-independent causes). HT can be found in 75-80% of Cushing's syndrome patients. The mechanisms of HT are the cortisol-enhanced vasopressor effect of catecholamines, the effect of cortisol on mineralocorticoid receptors, and RAAS activation through increased liver production of angiotensinogen. Laboratory diagnosis of hypercortisolism uses baseline cortisol (useful to rule out exogenous use of dexamethasone or betamethasone), midnight salivary cortisol, and 24-h urinary cortisol, in addition to the dexamethasone suppression test (take 1 mg dexamethasone at 11 PM and measure serum cortisol level at 7-8 AM of the following morning). Radiological investigation should be based on adrenal CT scans or pituitary MRI for ACTH-dependent hypercortisolism. Imaging examinations should only be performed after clinical and laboratory diagnosis of hypercortisolism. Treatment of endogenous Cushing's syndrome depends on the etiology of the hypercortisolism. It can be managed surgically or with medications. 940

15.4.7. Obesity

Excessive visceral fat is accompanied by major hormonal, inflammatory and endothelial abnormalities. 941 All these mechanisms trigger a cascade of cytokine and adipokine release, increasing insulin resistance and determining RAAS and SNS hyperactivity, causing water and sodium retention and, consequently, HT and increased CV and renal risk. Countless studies have shown the close association between increased BP and weight gain. Adopting a weight loss strategy (see Chapter 8) is a key recommendation to lower BP and decrease CV risk as well as associated diseases, such as OSA. 942 , 943

From a practical standpoint, though it has been criticized for ignoring race/ethnicity, age, sex, and other parameters, obesity is categorized according to BMI (kg/m 2 ) as class 1. BMI 30 to < 35; class 2, BMI 35 to < 40; and class 3, BMI ≥ 40. Measuring abdominal circumference can also help diagnose central obesity. Further studies, such as bioimpedance and more accurate and very expensive imaging examinations may be performed, especially in clinical trials, such as dual-energy x-ray absorptiometry scanning (DEXA), CT and MNR. 944 - 945

15.4.8. Acromegaly

In approximately 98% of cases, sporadic or familial acromegaly is caused by growth hormone-secreting pituitary adenomas. Excess growth hormone (GH) stimulates hepatic secretion of insulin-like growth factor-1 (IGF-1), the cause of most clinical manifestations.

They are more frequent between ages 30 and 50 and can be divided into microadenomas (smaller than 1 cm) and macroadenomas (1 cm or larger). The second kind accounts for over 70% of tumors causing acromegaly. HT can occur in approximately 30% of cases and is multifactorial in nature, with a hydrosaline retention component, direct antinatriuretic effect of GH, RAAS and hyperactivity, and endothelial dysfunction, in addition to dysglycemia, left ventricular hypertrophy (LVH) and OSA. Other symptoms can be found in Chart 15.2 . 947

Laboratory assessment begins with serum IGF-1 and GH levels (LR: I; LE: B). Very low GH levels (below 0.4 ng/mL) rule out acromegaly, especially when associated with normal IGF-1 serum levels. GH level after glucose overload (75 g) can demonstrate the nonsuppression of GH secretion (LR: I; LE: B). IGF-1 levels and GH suppression testing after glucose overload are also employed to evaluate response to treatment. Sella turcica MNR is the best imaging examination to identify the tumor and, if contraindicated, may be replaced by a sella turcica CT scan (LR: IIa; LE: B). 946 - 948 Acromegaly treatment may involve surgical procedures, radiotherapy, and pharmacological treatment with somatostatin analogs, with octreotide, lanreotide, and cabergoline available in the Brazilian Unified Health System (SUS). 949

15.5. Pharmacological Causes, Hormones, and Exogenous Substances

It is a relatively common and underestimated cause of worsening HT or even its induction, frequently circumventable or reversible. A full history of all medications, drugs and supplements in use should be taken for all hypertensive patients. 859

Hypertensive mechanisms vary widely and may be multifactorial, such as volume retention (glucocorticoids, ketoconazole, oral contraceptives, androgen therapy, nonsteroidal anti-inflammatory drugs [NSAID]), sympathetic hyperactivity (decongestants, amphetamines, monoamine oxidase inhibitors [MAOIs], antidepressants, other psychiatric medications, cocaine, calcineurin inhibitors), and RAAS hyperactivity (immunosuppressants). 950 Good clinical practice dictates that hypertensive patients should be informed when combining medications can lead to worse blood pressure control. 951

Angiogenesis inhibition via endothelial vascular growth factor inhibition is an antineoplastic strategy applied in various oncology settings. Blood pressure increases, even acute ones, are a common side effect. 952 The mechanisms involved are the activation of the endothelin system, endothelial dysfunction, and capillary rarefaction. It is recommended that blood pressure be below 140/90 mm Hg before initiating this form of treatment and that BP monitoring continue throughout the therapy 953 (see Chart 15.8 ).

Chart 15.8. – Medications, hormones, and exogenous legal and illegal substances related to the development or increased severity of HT.

MEDICATIONS MECHANISMS
Immunosuppressants (calcineurin inhibitors) Cyclosporin and tacrolimus Increase prostaglandin synthesis and decrease excretion of Na+, H2O, and K+
Nonsteroidal anti-inflammatory drugs (NSAID) and analgesics Cycloxigenase-1 and -2 inhibitors Acetaminophen Decreased prostaglandins and Na+and fluid retention
Sympathomimetics Nasal decongestants (ephedrine, pseudoephedrine, phenylephrine) Stimulate the central nervous system
Anorexigenic/satietogenic medications Amfepramone, sibutramine Increase norepinephrine secretion
Antidepressants and psychiatric medications Tricyclics, monoamine oxidase inhibitors (MAOI), lithium, fluoxetine, selegiline, carbamazepine, clozapinem buspirone, duloxetine, venlafaxine, and desvenlafaxine Increased norepinephrine secretion, causing sympathetic hyperactivity
Antifungal medicines Ketoconazole, amphotericin B Fluid retention
Ergot alkaloids Bromocriptine  
Combination antiretroviral therapy (CART)    
VEGF (vascular endothelial growth fator) antineoplastic inhibitors Axitinib, bevacizumab, ponatinib, pazopanibe, regorafenib, sorafenib, sunitinib Endothelial dysfunction and lower nitric oxide
EXOGENOUS HORMONES  
Glucocorticoids Na+and fluid retention
Human recombinant erythropoietin Abnormal production and sensitivity to endogenous vasopressor agents, direct vasopressor action, and arterial remodeling
Sex hormones (estrogen-replacement therapy (conjugated estrogens and estradiol; oral contraceptives)) Stimulate angiotensinogen production
Growth Hormone (GH) Multifactorial
EXOGENOUS SUBSTANCES  
Alcohol Sympathetic hyperactivity
Amphetamines Sympathetic hyperactivity
Cocaine Sympathetic hyperactivity
Plant-based supplements  
Liquorice  
Ginseng  
Ginkgo biloba  
Key Takeaways
In the absence of clinical signs suggestive of secondary hypertension in adults, the indications for additional assessment are resistant hypertension and early- or late-onset hypertension and/or sudden BP increase.
Major causes of secondary hypertension, both endocrine and nonendocrine, signs, and diagnostic and screening methods can be found in Table 15.2.
The most frequent cause of secondary hypertension is primary aldosteronism (PA). The aldosterone/renin ratio is the best initial test to determine the need for additional PA assessments. Paroxysmal HT with triad consisting of headaches, sweating, and palpitations is found in pheochromocytoma.
Renal artery stenosis should be investigated when creatinine levels increase ≥ 50% after ACEI or ARB use. Recent-onset severe HT occurs in individuals > 55 years old with abdominal murmur and a > 1.5 cm size difference in the contralateral kidney. HT is severe in patients suffering from atherosclerosis or recurrent pulmonary edema. In young adults with severe HT, fibromuscular dysplasia of the renal artery should be considered.
Other causes of secondary hypertension require more specific diagnostic methods, expert knowledge, and experience in interpreting results. Treatment should be directed by specialists from referral centers.

16. Resistant And Refractory Hypertension

16.1. Definition and Classification

Resistant hypertension (RHT) is defined as office BP that remains ≥ 140/90 mm Hg with the use of three or more classes of antihypertensive medications with synergistic action, in maximum tolerated or recommended doses, one of which preferably a thiazide diuretic. When patients require four or more antihypertensive medications to achieve BP control, they are considered resistant but controlled hypertensives (BP < 140/90 mm Hg) ( Figure 16.1 ). 164 , 504 , 564 , 954

Figure 16.1. – Classification of hypertension according to number of antihypertensive medications and blood pressure control.

Figure 16.1

Refractory hypertension (RfHT) is defined as a subgroup of patients with true RHT that maintain uncontrolled BP (BP ≥ 140/90 mm Hg), even when using four or more antihypertensives, including spironolactone and a long-acting diuretic ( Figure 16.1 ). 955 Pseudo-resistant hypertension is defined as the failure to control BP related to white coat hypertension, failure at BP measurement, therapeutic inertia, or lack of adherence to prescribed pharmacological and nonpharmacological treatment regimens ( Figure 16.2 ). 164 , 504 , 564 , 954 Identifying patients with true RHT, therefore, requires ruling out pseudo-resistance and associated conditions ( Figure 16.2 ), making it essential to establish specific approaches. 164 , 504 , 564 , 954

Figure 16.2. – Classification of resistant hypertension.

Figure 16.2

Adapted from Malachias et al., 2016; 164 Carey et al., 2018; 954 Yugar-Toledo, 2020; 504 Krieger et al., 2018. 564 RHT: resistant hypertension.

16.2. Epidemiology of Resistant Hypertension

In population-based studies, RHT prevalence is estimated at 12 to 15% of the hypertensive population. 164 , 504 , 564 , 954 In Brazil, the multicenter ReHOT study 564 found an 11.7% prevalence rate for RHT. RfHT corresponds to 3.6% of resistant hypertensives. 164

The main clinical conditions and characteristics associated with RHT patients can be found in Chart 16.1 . 164 , 504 , 564 , 954 , 956 Worse prognoses for these patients is especially associated with the following factors: prolonged exposure to high blood pressure levels, end-organ damage, excess mineralocorticoids (aldosterone), and high sodium intake. 164 , 504 , 564 , 954 , 956

Chart 16.1. – Clinical conditions and characteristics associated with RHT.

Clinical characteristics Associated conditions
  • • Advanced age

  • • Afro-Brazilians

  • • Obesity

  • • Higher SBP

  • • Nondipper in ABPM

  • • Hypervolemia (even with diuretics)

  • • Excessive salt intake

  • • Sedentary lifestyle

  • • WCE (30%)

  • • Presence of LVH

  • • DM

  • • Metabolic syndrome

  • • CRF

  • • Albuminuria

Adapted from Malachias et al., 2016; 164 Carey et al., 2018; 954 Yugar-Toledo, 2020; 504 Krieger et al., 2018; 564 Gaddan et al., 2008; 957 Shimosawa, 2013. 958 ABPM: ambulatory blood pressure monitoring; CRF: chronic renal failure; DM: diabetes mellitus; LVH: left ventricular failure; RHT: resistant hypertension; SBP: systolic blood pressure; WCE: white-coat effect.

16.3. Pathophysiology

Just as the pathophysiology of primary hypertension is multifactorial, multiple factors may also be involved in the genesis of RHT and RfHT. This determines the various degrees of refractoriness to antihypertensive medications ( Figure 16.1 ).

RHT depends more on increased blood volume than RfHT due to persistent fluid retention, increased salt sensitivity, hyperaldosteronism, and renal dysfunction. In addition, the greater expansion of chest plasma, urinary aldosterone concentration, discrete suppression of renin activity957and high plasma aldosterone/renin ratio, as well as high levels of atrial and brain natriuretic peptide (BNP) are found in these individuals. 958 - 960 The ratio between volume and high blood pressure is the primary physiopathological basis shown in several studies 955 , 957 - 960 ( Figure 16.3 ) and justifies the use of diuretic to treat RHT patients.961

Figure 16.3. – Dominant physiopathological mechanisms in resistant hypertension.

Figure 16.3

HR: Heart rate. Refractory (uncontrolled) individuals with five classes of antihypertensives are included in the refractory group (3-5%).

In contrast, RfHT patients predominantly suffer from sympathetic nervous system hyperactivity and greater vascular stiffness. 962 Higher pulse wave velocity values, indicating elevated vascular stiffness and higher cytokine levels, such as tumor necrosis factor-α, 963 may mediate vascular damage in refractory hypertensive patients. 964 Other factors, such as age, obesity, obstructive sleep apnea (OSA), African-American descent, altered adipokines, endothelial dysfunction, and higher metalloproteinase-2 and -9 and adhesion molecule activity, are also involved in the process. 504 , 954 , 895 Gene polymorphisms, especially for RAAS and the endothelial nitric oxide synthase enzyme, have also been linked to RfHT 965 (Figures 16.4 and 16.5).

Figure 16.4. – Biomolecular systems measuring imbalance between increased aldosterone synthesis, sodium retention, OSA, increased RAAS activitity (AT1 and AT2 receptors) and hypertensive cardiac disease, and increased total vascular resistance, primarily induced by expanded plasma volume (salt retention and excess aldosterone) and sympathetic hyperactivity.

Figure 16.4

JG cells: juxtaglomerular cells; LV: left ventricle; OSAS: obstructive sleep apnea syndrome; Oxidized FA: oxidized fatty acids; RAAS: renin-angiotensin-aldosterone system; SNS: sympathetic nervous system; UAW: upper airways.

16.4. Diagnostic Investigation

Resistant hypertension patients should be treated by specialized HT services, capable of offering a multidisciplinary approach. Diagnostic investigation stands on four pillars: 341 , 504 , 954 , 966

  1. a) Pseudoresistance: Ruling out improper BP measurement (especially cuff width for obese patients), therapeutic inertia, poor adherence, and use of medications that increase BP (see Chapter 15). 504 , 954 , 967

  2. b) Assessment of cardiovascular (CV) risk factor, end-organ damage (EOD), and established CV disease: Once RHT is confirmed, diagnostic investigation should begin with specific tests, following this guideline for hypertension, to assess EOD impairment and secondary hypertension. The presence of associated comorbidities should be detected in specialized tests and examinations, following clinical suspicion.

  3. c) Ambulatory blood pressure monitoring (ABPM) and home blood pressure monitoring (HBPM): The diagnosis of RHT is based on office BP, 504 , 954 but out-of-office assessments (ABPM or HBPM) is essential to rule out the white-coat effect and masked hypertension. 504 , 954 , 968 Diagnostic and therapeutic management should be based on ABPM and HBPM levels. 504 , 954 , 968 , 969 Patients with daytime and/or nighttime high blood pressure levels (true RHT or masked HT) should have their medications adjusted and repeat ABPM afterward. 504 , 954 , 968 , 969 Patients with controlled BP on ABPM should have their therapy regimen maintained, regardless of the office BP levels. For these individuals, ABPM should be repeated annually or semiannually. 968 , 969 HBPM may also be used when available. Although it does not assess the nocturnal period and overestimates blood pressure levels, HBPM achieves moderate agreement on diagnosis, with high specificity and low sensitivity. 970

  4. d) Investigation of secondary causes: Secondary causes are more frequent for resistant than for nonresistant hypertension, and the most prevalent is OSA (80%), followed by hyperaldosteronism (6-23%), renovascular disease (renal artery stenosis) (2.5-20%), and renal parenchymal disease (2-10%). 504 , 954 , 895 Investigating altered thyroid function (1-3%) is also warranted. 504 , 954

16.5. Treatment ( Chart 16.2 )

Chart 16.2. – Treatment of resistant hypertension.

Intervention LR LE
Prescribe and encourage LSCs I B
Optimize treatment with three medications: hydrochlorothiazide, chlorthalidone or indapamid,* ACEI or ARB, and CCB† I B
Add spironolactone as the 4 th medication I A
Add a BB and/or clonidine as the 5 th /6 th medication IIA B
Add direct-acting vasodilators sequentially IIB C
Prescribe the nocturnal administration of one or more drugs at bedtime IIB B
Check and improve adherence to treatment I C
Do not use invasive treatment, except in research protocols III B
* With glomerular filtration rate ≤ 30 mL/min or CHF, use loop diuretic.

16.5.1. Nonpharmacological Treatment

All RHT patients should be directed and encouraged to adopt lifestyle changes 971 (see Chapter 8).

16.5.2. Pharmacological Treatment

The basic principle of pharmacological treatment is the combination of antihypertensive medications that act on most physiopathological mechanisms of BP increases: expanded intravascular volume, sympathetic and RAAS activation and increased peripheral vascular resistance. 504 , 954 , 972 Three-drug treatment should include a thiazide diuretic (DIU), a RAAS blocker (ACE inhibitor or angiotensin II AT1 receptor blocker (ARB)), and long-acting dihydropyridine calcium channel blocker (CCB), at full, well-tolerated doses and adequate intervals. In case of coronary artery disease, heart failure or tachyarrhythmias, a beta-blocker (BB) should replace the CCB in the initial three-drug therapy regimen.

The correct use of DIUs is essential for treating RHT: chlorthalidone (25 mg/day) or indapamide (1.5 mg/day) are the diuretics of choice, as long as the estimated glomerular filtration rate (eGFR) is above 30 mL/min. However, at the time of this writing, only hydrochlorothiazide was available in the Brazilian public health system. In patients with stage 4 or 5 chronic kidney disease or heart failure with fluid retention, loop diuretics (furosemide) should be used instead of thiazides and administered as needed for pressure and volume control. Spironolactone (aldosterone antagonist, 25 to 50 mg/day) is the medication of choice to be added as the 4thdrug for patients with high adherence and true RHT. 564 , 567 For spironolactone-intolerant patients, amiloride (5 to 10 mg/day) may be used instead. 973

For patients with uncontrolled blood pressure after adding spironolactone to the treatment regimen, BBs (especially those with vasodilatory effect) or centrally acting alpha-antagonists (clonidine) 564 are the 5th/6th-line medications. If blood pressure control is still out of reach, direct-acting vasodilators (hydralazine and minoxidil) may be used as the 7thoption 974 , 975

ABPM-guided chronotherapy, with at least one antihypertensive medication administered at night (especially RAAS blockers and BBs) improves blood pressure control and reverses nondipper patterns for RHT patients in addition to lowering cardiovascular morbidity and mortality. 976

Adherence to treatment is key for blood pressure control. However, up to 50% of patients with RHT partially or fully do not adhere to pharmacological treatment. 977

16.5.3. New Treatments

Various invasive treatments, such as endovascular renal sympathetic denervation, carotid baroreflex activation and modulation therapy, carotid body ablation, and central iliac arteriovenous anastomosis, have not been approved and are not to be used to treat resistant hypertensive patients, except as part of research protocols. 5 , 978

Key Takeaways
Resistant hypertensives are individuals adhering to treatment involving three or more classes of antihypertensive medications in optimized doses who do not progress to controlled blood pressure.
Refractory hypertensives are those adhering to treatment with five or more classes of antihypertensive medications in optimized doses who have uncontrolled blood pressure.
In Brazil, the prevalence of true resistant hypertension is 11.7% (ReHot Study).
Resistant hypertension depends more on volume, while sympathetic hyperactivity predominates in refractory hypertension.
For the three initial classes of medication for resistant hypertension, the keys are using diuretics, blocking the renin-angiotensin-aldosterone system, and using direct-acting vasodilators.

17. Adherence to Antihypertensive Treatment

17.1. Introduction

The primary goal of initiating pharmacological and nonpharmacological antihypertensive treatment is to reduce the morbidity and mortality caused by high blood pressure (BP) levels. Though treatment has proven effectiveness and efficacy, hypertension (HT) control indices are still inadequate in most countries, including Brazil. 979 A country-level systematic review and meta-analysis performed at the primary care level showed that HT control rates ranged from 43.7% to 67.5%. 980 There are many reasons for the lack of hypertension control, but one of the most important is the lack of adherence to treatment, which can have various reasons.

17.2. Concept and Adherence

In a 2003 report, 981 the World Health Organization (WHO) defined adherence as “the extent to which a person's behaviour—taking medication, following a diet, and/or executing lifestyle changes, corresponds with agreed recommendations from a health care provider.” The primary reason for inadequate HT control seems to be nonadherence with long-term treatments, both for lifestyle changes (LSCs) and for taking the medications prescribed. In 2012, in a new WHO report, the authors differentiate the processes involved, such as adherence to medication and adherence management. 982 According to the those guidelines, adherence to medication is made of three major components: initiation, implementation, and discontinuation. Initiation is the time from prescription to taking the first dose of the medication; implementation corresponds to the coincidence between dose taken by the patient and dose prescribed; and discontinuation indicates the break in the process, when the next dose to be taken is skipped and the treatment is later interrupted. 982

Though there are various synonyms for adherence, such as compliance, conformity and capacitance, the proper term for HT treatment is still “adherence.” Adherence issues are often hard to detect and even harder to quantify. To improve HT control, it is important to combine efforts in order to identify patients who are not adhering to their treatment. Dropout rates are high in the first months of treatment, and patients may also not follow their prescription when taking medications. This situation has been described in medical literature since the 1970s 983 and is still found in more recent reports. 984 , 985 Lack of adherence to treatment is frequently defined as hypertensive patients taking less than 80% of prescribed medications. However, the spectrum of nonadherence from zero to over a 100% for those who take more than prescribed, which is also considered nonadherence to treatment.

17.3. Treatment Adherence Assessment Methods

There are many ways of measuring adherence to antihypertensive pharmacological treatment in clinical practice and in research, divided into direct methods, in which there is objective proof the patient has taken the medication, and indirect methods, where various strategies estimate whether the prescribed medication has or has not been taken. Choice of methods depends on for what purpose the information obtained will be used, the resources available for assessment, acceptance, how convenient the method is for the patient, and the costs involved. 986 Measuring adherence is a complex task. There is no single gold standard method capable of encompassing the various facets of the process. 344

The WHO suggests combining an indirect method and a direct one to measure adherence 984 for chronic illnesses. In HT, indirect methods wind up the most widely utilized, since direct methods still lack validation, are more expensive, and are only available in research environments.

Structured self-reported scales are widely used in clinical research, such as the Morisky-Green Medication Adherence Scale. The Eight-Item Morisky Medication Adherence Scale 987 evolved from a previous four-item scale, 988 is more reliable (α= 0,83 versus α= 0,61) and has been validated for Brazilian Portuguese. 989 The total score is classified as follows: 8 points mean high adherence; 6-7, medium adherence; below 6, low adherence. Another instrument is the three-question Qualiaids Medication Adherence Questionnaire (QAM-Q), created by Brazilian authors. In terms of accurately detecting nonadherence, QAM-Q has 62.5% sensitivity and 85.7% specificity, 74.1% area under the ROC curve, and 90.9% positive predictive value. 990

A review article on the subject of adherence and HT highlights the importance of increasing the availability and accessibility of more accurate measures to assess adherence. It also stresses that this is the main reason recent guidelines have emphasized the need to discuss medication adherence as a key issue in treating HT. 991 Chart 17.1 clarifies the advantages and disadvantages of several pharmacological treatment adherence assessment methods. 992

Chart 17.1. – Advantages and disadvantages of several pharmacological treatment adherence assessment methods.

METHODS ADVANTAGES DISADVANTAGES
DIRECT METHODS
Blood or urine testing Objective and allows concentration of medication to be determined. High cost. May be affected by biological factors and by “white-coat adherence”*
Adding markers Objective and may be use in placebos in clinical research. Requires high-cost quantitative assays and collection of body fluid samples.
Supervised administrations Accurate. Patients may hide pills under their tongue and discard them afterwards. Hard to deploy in outpatient settings for hypertensive patients, may be reserved for cases of resistant and refractory hypertension.
INDIRECT METHODS
Structured adherence surveys (self-reported scales) Simple, easy, cheap, and widely used. Subject to error as interval between visits increases. Results may be distorted by patients.
Physician's impression Easy and cheap. Low sensitivity.
Manual pill count Objective, quantifiable, and easy to execute. Requires patient collaboration in returning the medication. Data may be altered by individuals.
Refilling prescriptions Objective and easy data collection. Requires computer applications and centralized pharmacies and record-keeping.
Clinical response Simple and easy to perform. Other factors may impact clinical response in addition to adherence.
Electronic devices Accurate and identifies standards in measurements. Results are easily quantifiable. High-cost method, requiring repeat appointments and processing data outputs.

* “White-coat adherence”: situation where patients have higher adherence to recommended treatments before medical appointments or collection of samples for laboratory tests.

17.4 Factors Interfering in Adherence to Treatment

Adherence to treatment is a complex, multidimensional process, with barriers divided into five different dimensions ( Chart 17.2 ) 985 , 993 - 996 that provide health care professionals with a more comprehensive perspective and enable to development of more effective interventions to improve BP control. Factors such as age, income, schooling and ethnicity/race play a major role in low socioeconomic status areas. The local health system and the nature of the health care staff may also influence adherence by hypertensive patients. In terms of disease and treatment, the most relevant factors are the chronic nature of HT and the absence of symptoms, the lifelong nature of the treatment and the complex drug regimen involved in some cases, and the undesirable side effects and drug interactions. Patient-related factors include disengagement with one's health issues and forgetting to take the medication.

Chart 17.2. – Factors interfering with adherence to antihypertensive treatment.

 
  • SOCIODEMOGRAPHIC FACTORS

  • • Sex;

  • • Age;

  • • Low educational level;

  • • Low income;

  • • Racial/ethnic minorities;

  • • Access to transportation, distance and living in rural areas;

  • • Pandemics and disaster conditions.

  • FACTORS RELATED TO PHARMACOLOGICAL TREATMENT

  • • Lack of medications at health care centers;

  • • Cost of purchasing medications;

  • • Adverse effects;

  • • Complex dosing regimens;

  • • Improper therapy regimen;

  • • Continuous and prolonged treatment.

  • FACTORS RELATED TO HEALTH CARE SYSTEM AND STAFF

  • • Inadequate doctor/patient relationship;

  • • Absence of multidisciplinary team;

  • • Lack of individualized treatment;

  • • Failure to identify nonadherence;

  • • Ineffective communication;

  • • Overloaded health care staff;

  • • Outdatedness.

  • PATIENT-RELATED FACTORS

  • • Denial of diagnosis;

  • • Poor perception of treatment benefits;

  • • Inadequate knowledge about the disease and the treatment;

  • • Forgetting to take the medication;

  • • Low motivation and self-esteem;

  • • Fear of addiction and of adverse effects of medications.

  • DISEASE-RELATED FACTORS

  • • Absence of symptoms;

  • • Long-term complications;

  • • Presence of other associated comorbidities;

  • • Alcohol and drug abuse;

  • • Impact on quality of life.

17.5. Strategies to promote adherence to antihypertensive treatment

The main consequence of lack of adherence to treatment is the lack of HT control and, therefore, increased end-organ damage (EOD) and cardiovascular (CV) morbidity and mortality. These, in turn, have major economic impact, in consequence of greater health care spending and early retirement. Therefore, adopting strategies to promote better adherence to antihypertensive treatment, either in isolation or in combination, as summarized in Chart 17.3 , intends to change that scenario. 197 , 997 - 1006

Chart 17.3. – Strategies to promote adherence to antihypertensive treatment.

 
  • PATIENT INTERVENTIONS

  • • Motivational strategies;

  • • Home blood pressure monitoring (measuring BP at home);

  • • Distance telemonitoring services;

  • • Health education to promote self-care;

  • • Use of pill dispensers and reminders;

  • • Encourage social and family support;

  • • Group education sessions;

  • • Text messaging.

  • INTERVENTIONS IN PHARMACOLOGICAL TREATMENT

  • • Avoid high doses in monotherapy;

  • • Choosing medications with lower adverse events profile;

  • • More convenient dosing regimens;

  • •Single daily dose;

  • •Two to three antihypertensives combined in a single pill;

  • • Easy-to-understand prescriptions (handwritten or print);

  • • Adjusting treatment for the patient's clinical and demographic characteristics(POC, older adults, women, the obese, diabetic patients).

  • HEALTH CARE SYSTEM AND STAFF INTERVENTIONS

  • • Bonding with patients (having a fixed health care team);

  • • Clear communication;

  • • Calling patients who miss their appointments;

  • • Home visits;

  • • Having multidisciplinary teams (physicians, nurses, pharmacists, physical educators, nutritionists, psychologists, social workers, community health workers);

  • • Facilitate access to medications.

The strategies with the best evidence available and which could be more feasibly implemented in Brazil include:

  • • Self-measured BP (Level of Recommendation I/Level of Evidence B);

  • • More convenient dosing regimens: lower possible doses, single daily dose, combination of antihypertensives in a single pill (Level of Recommendation I/Level of Evidence A);

  • • Deploying multidisciplinary teams to care for hypertensive patients, including physicians, nurses, pharmacists, physical educators, physical therapists, nutritionists, psychologists, social workers, and community health workers (Level of Recommendation I/Level of Evidence B).

17.6. Conclusion

Optimizing antihypertensive treatment adherence indices contributes to lower morbidity, mortality, and health care costs. Current therapeutic options include both pharmacological and nonpharmacological treatment regimens with proven effectiveness. Adherence to treatment plans and consequent hypertension control is still a major challenge in health care. Thus, combining efforts to met the actual needs of hypertensives has become the primary objective in the work of changing the current hypertension scenario.18. Perspectivas

Key Takeaways
HT control rates in Brazil are still unsatisfactory. There are many reasons for the lack of hypertension control, but one of the most important is the lack of adherence to treatment.
Adherence to treatment is a complex, multidimensional process, where we can identify barriers connected to sociodemographic conditions, pharmacological treatment, health care systems, patients, and the disease itself.
Adherence issues are often hard to detect and even harder to quantify.
Measuring adherence is a complex task. There is no single gold standard method capable of encompassing the various facets of the process.
The strategies with the best evidence available and which could be more feasibly implemented in Brazil are: • Self-measured blood pressure (LR: I, LE: B); • More convenient dosing regimens: lower possible doses, single daily dose, combination of antihypertensives in a single pill (LR I/LE A); • Deploying multidisciplinary teams to care for hypertensive patients, including physicians, nurses, pharmacists, physical educators, physical therapists, nutritionists, psychologists, music therapists, social workers, and community health workers (LR I/LE B).

18. Perspectives

18.1. Introduction

The goal of this chapter is to discuss, based on evolving scientific knowledge about hypertension in the last few decades and more recent evidence, the possible advances and adjustments that will impact daily clinical practices and the challenges involved in diagnosis, treatment, and follow-up for hypertensive patients. It should be stressed that, unlike the previous chapters, where recommendations were rigorously classified by level of scientific evidence and level of recommendation, this section was designed to introduce possible rational vistas, based on the knowledge we have acquired thus far for this complex, multifactorial disease, with cardiovascular (CV), cerebral, and renal consequences that heavily determine morbidity and mortality, to the point that it has become the leading cause of death throughout the world.

18.2. Definition, Epidemiology, and Primary Prevention

With the gradual rise in life expectancy in both developed and developing countries, prevalence rates for hypertension (HT) are likely to increase even more. On average, there was a 1.4-year gain per decade of life in developed countries and a 1.2-year gain in Latin American countries from 1980 to 2011. 1007 It is widely known that, as we grow older, blood pressure levels increase, and from age 60 onward, systolic blood pressure (SBP) increases while diastolic blood pressure (DBP) decreases. This leads to higher pulse pressure (PP). These are important aspects when assessing risk factors and treatment strategies ( Figure 18.1 ). 180 , 1008

Figure 18.1. – Systolic and diastolic blood pressure behavior throughout life and by sex.

Figure 18.1

Source: Ji H et al., 2020. 1008

18.3. Blood Pressure and Vascular Damage

The increase in CV risk starting at SBP = 115 mm Hg and DBP = 75 mm Hg is well-known, 78 and BP measures remain the diagnostic marker of hypertensive disease. However, science is still trying to better understand biomarkers capable of early identification of vascular damage in hypertensive disease, even before the onset of higher BP values, as well as to develop their clinical applicability. The goal is to increase the accuracy of CV risk stratification in low- to moderate-risk individuals. 82 , 139 , 1010

Central systolic blood pressure assessments and arterial stiffness assessed by pulse wave velocity (PWV) are based on robust evidence with the goal of early identification of vascular damage and the ability to identify and restratify individuals initially classified as having low to moderate risk but who could actually be at high risk. In addition, PWV values above 10 m/s may indicate the presence of subclinical end-organ damage, 156 , 298 , 1011 and increased central systolic BP is a predictor of the development of hypertension. 1012 Another way of assessing vascular damage is the ability to identify lost or impaired endothelial function, as well as to understand its pathophysiology, which includes genetic predisposition and chronological aging, as well as changes in inflammatory and immune activity, insulin sensitivity, and cholesterol-rich lipoproteins. 112 , 114

Currently, the method most widely used to analyze in vivo endothelial function is flow-mediated dilation (FMD), but it remains restricted to research settings. 118 It is possible that, with new evidence in hypertensive and cardiovascular disease, the method will become more reliable and safe for use in clinical practice, further enhancing the early identification of vascular damage. 1013 , 1014

18.4. Cardiac Biomarkers

Though there has been great progress in the search for markers to estimate arterial damage, we cannot underestimate older tests that identify CV risk, such as electrocardiogram (ECG), magnetic resonance or, more recently, coronary calcium score, among others, for diagnosis of left ventricular hypertrophy (LVH). 1015 , 1016 There is robust evidence in favor of using B-type natriuretic peptides and N-terminal pro-B-type natriuretic peptides (NT-proBNP) as well as high-sensitivity Troponin T (hs-TnT), in risk stratification for fatal or nonfatal CV events and all-cause mortality. B-type natriuretic peptides are secreted by myocytes as counterregulatory response to pressure or volume overload of the myocardial wall, to increased sympathetic tone and to vasoconstriction, but also integrate CV stress and hemodynamic from multiple sources. 1017 Cardiac troponins are structural proteins in the contractile mechanism of heart muscle cells, secreted into circulation after cell damage. 1018

A recent study found that simply raising NT-proBNP and/or hs-TnT in prehypertensive patients enabled the identification of approximately 1/3 of those that who would later have CV outcomes or be admitted for heart failure (HF) within 10 years, individuals who could potentially benefit from pharmacological treatment. 1019 It has also been shown that NT-proBNP can estimate all-cause mortality and nonfatal CV outcomes for high-risk hypertensive diabetes patients in 2.6 years with the same predictive power as the whole set of the 20 most significant clinical and laboratory variables use most frequently, such as hs-TnT, age, albumin, history of HF, heart rate, history of stroke, HbA1c, smoking, LVH in ECG, ECG Q-waves, history of atrial fibrillation, any branch block in ECG, urine albumin/creatinine ratio, SBP, sex, history of coronary artery disease, low-density lipoprotein cholesterol, estimated glomerular filtration rate, insulin use, and DBP. 1020

18.5. Diagnosis and Classification

HT diagnosis, based on in-office measurement results and using proper techniques and devices, is defined as SBP ≥ 140 mm Hg and DBP ≥ 90 mm Hg. 164 The latest international guidelines recommend that HT diagnosis, whenever possible, be based on in-office blood pressure measurements, preferably unattended, or else by out-of-office measurements (ABPM and HBPM). In addition, there is a debate whether reference values to establish HT should be even lower or not. 37 , 164 , 186 , 1021

It seems clear that identifying HT, whether treated or untreated, by phenotype allows for risk stratification and for the definition of more individualized treatment strategies. 180 , 212 Another interesting topic is the use of self-measured blood pressure (SMBP) as a method for increasing patient engagement with their own illness and improving adherence to treatment, in addition to providing health care professionals with more information about the patient's everyday BP levels. 1022

The COVID-19 pandemic means acknowledging the global development of telemedicine techniques is critical. Apparently, distance monitoring through digital platforms and mobile applications for hypertensive patients has come to stay, facilitating conversations between health care teams and patients and the consequent information exchange and beneficial adjustments to lifestyle changes and even to treatment itself, with more focus on prevention and improving disease control. However, digital technology may further expand the scope of hypertension, following the lead of diabetes mellitus, enabling the development of increasingly accurate, continuous cuff-less blood pressure monitoring devices, syncing up with the smartphones that are now within reach for most of the population. 388 , 1023 , 1024

Finally, it is possible that in coming years, more attention given to patients with SBP ≥ 130 mm Hg and DBP ≥ 85 mm Hg (now classified as prehypertensive in these and in other guidelines) will change our understanding of HT diagnoses. 1025

18.6. Complementary Assessment and Cardiovascular Risk Stratification

The use of biomarkers for early identification of subclinical injuries, as well as higher CV risk, even at the early stages of high BP, brings with it the expectation that, for specific indications, individuals could and should receive early care for their conditions. 139 There are also biomarkers for vascular damage. For some, like the ankle-brachial index (ABI), calcium score and PWV, 298 , 1011 there is evidence in favor of the previous statements, though they are not widely available in clinical practice. Meanwhile, others, such as FMD, are still restricted to research settings. 118 Furthermore, researchers are currently working on a set of substances associated with inflammation that may ultimately be closely connected to endothelial dysfunction and to atherosclerosis, but which still require more robust evidence before they can be used in clinical practice. 180 , 271 , 1014 , 1022 , 1026

In terms of CV risk stratification, the progressive integration of biomarkers will allow us to more accurately establish the true risk level for each individual, especially for intermediate-risk hypertensive patients. Approaches of this sort offer the possibility of a more personalized medicine, with greater assertiveness in decisions connected to classification and treatment. 156 , 298 , 1011

In addition, in the field of precision medicine, usually based on genomics and metabolomics, there are already validated clinical scores capable of identifying patients at higher risk of early hypertension, as well as reference values for some of those biomarkers for the Brazilian population, adjusted for sex and age. The possibility of less sophisticated markers certainly works towards the improvements in accuracy we want to provide indications for specific assessments in clinically preselected patients, as is already usually the case in the investigation of secondary HT in the presence of clinical signs and positive screening tests. 158 , 159

18.7. Goals and Treatment

Following the scientific advancements and proofs discussed in the previous sections, it is reasonable to imagine that, in particular situations, early treatment onset and the pursuit of lower BP control targets may be indicated to prevent outcomes associated with increased BP and to minimize the so-called residual risk. 307 , 1027 In addition, the pharmacological treatment strategy based on two- or even three-drug combinations (at low doses), even at the early stages of the disease, should become increasingly prominent in guideline recommendations, while monotherapy may become an important strategy for individuals now classified as high-risk prehypertensives or those with changes in biomarkers ( Figure 18.2 ). 307 , 1023 , 1028 , 1029

Figure 18.2. – Drug octet for hypertension treatment.

Figure 18.2

Source: Feitosa et al., 2020. 1028 α1B: alpha-1-adrenergic antagonist; α2A: central alpha-2 agonist; BB: beta-blocker; BB, may be indicated before specific clinical conditions; CCB: dihydropyridine calcium channel blocker; DV: direct-acting vasodilator; RAASi: renin-angiotensin-aldosterone system inhibitor; TIAZ*: long-acting thiazide or thiazide-like diuretic up to 30 mL/minute of estimated glomerular filtration rate and in the absence of hypervolemia, else switch to loop diuretic.

It is possible that in the world of hypertension, according to current studies, our goal may be to control central and peripheral BP parameters, as long as that strategy can prove its ability to maximize reductions in major CV and renal outcomes. 1030 , 1031 Finally, though the prospect seems far-off, there is a real possibility that highly specific molecular tools will be available for HT treatment, such as RNA-mediated interference, which is simply post transcription gene silencing (PTGS) of overexpression of the protein of interest. 388 , 1032 Gene therapy for HT seems promising and has led to proven results in experimental studies involving the target-gene encoding the hepatic angiotensinogen. However, there is a known path for its clinical application after it is proven to be selective, effective and, above all, safe. Though many important perspectives are on the table, apparently the greatest challenge of all, in Brazil and worldwide, is much simpler. Its goals include improving diagnosis, adequate treatment, teamwork, and better blood pressure control in order to achieve significant reductions in renal and cardiovascular morbidity and mortality.

Footnotes

Note: These guidelines are for information purposes and should not replace the clinical judgment of a physician, who must ultimately determine the appropriate treatment for each patient.


Articles from Arquivos Brasileiros de Cardiologia are provided here courtesy of Sociedade Brasileira de Cardiologia

RESOURCES