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. 2023 Dec 12;120(12):e20230646. [Article in Portuguese] doi: 10.36660/abc.20230646
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Posicionamento do Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre o Uso do Strain Miocárdico na Rotina do Cardiologista – 2023

André Luiz Cerqueira Almeida 1, Marcelo Dantas Tavares de Melo 2, David Costa de Souza Le Bihan 3, Marcelo Luiz Campos Vieira 3, José Luiz Barros Pena 4,5, José Maria Del Castillo 6, Henry Abensur 7, Renato de Aguiar Hortegal 8, Maria Estefania Bosco Otto 9, Rafael Bonafim Piveta 10, Maria Rosa Dantas 11, Jorge Eduardo Assef 8, Adenalva Lima de Souza Beck 12, Thais Harada Campos Espirito Santo 13,14, Tonnison de Oliveira Silva 15, Vera Maria Cury Salemi 3, Camila Rocon 16, Márcio Silva Miguel Lima 3, Silvio Henrique Barberato 17, Ana Clara Rodrigues 10, Arnaldo Rabschkowisky 18, Daniela do Carmo Rassi Frota 19, Eliza de Almeida Gripp 20,21, Rodrigo Bellio de Mattos Barretto 3, Sandra Marques e Silva 22, Sanderson Antonio Cauduro 23, Aurélio Carvalho Pinheiro 24, Salustiano Pereira de Araujo 25, Cintia Galhardo Tressino 8, Carlos Eduardo Suaide Silva 26, Claudia Gianini Monaco 10, Marcelo Goulart Paiva 27, Cláudio Henrique Fisher 10, Marco Stephan Lofrano Alves 28, Cláudia R Pinheiro de Castro Grau 3, Maria Veronica Camara dos Santos 29,30, Isabel Cristina Britto Guimarães 31, Samira Saady Morhy 10, Gabriela Nunes Leal 32, Andressa Mussi Soares 33, Cecilia Beatriz Bittencourt Viana Cruz 3, Fabio Villaça Guimarães Filho 34, Bruna Morhy Borges Leal Assunção 35, Rafael Modesto Fernandes 36, Roberto Magalhães Saraiva 37, Jeane Mike Tsutsui 38, Fábio Luis de Jesus Soares 39, Sandra Nívea dos Reis Saraiva Falcão 40, Viviane Tiemi Hotta 3,38, Anderson da Costa Armstrong 41, Daniel de Andrade Hygidio 42,43, Marcelo Haertel Miglioranza 44,45, Ana Cristina Camarozano 28, Marly Maria Uellendahl Lopes 46, Rodrigo Julio Cerci 47, Maria Eduarda Menezes de Siqueira 46, Jorge Andion Torreão 48,49, Carlos Eduardo Rochitte 3,16, Alex Felix 26,50
PMCID: PMC10789373  PMID: 38232246

Abstract


Posicionamento do Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre o Uso do Strain Miocárdico na Rotina do Cardiologista – 2023
O relatório abaixo lista as declarações de interesse conforme relatadas à SBC pelos especialistas durante o período de desenvolvimento deste posicionamento, 2022/2023.
Especialista Tipo de relacionamento com a indústria
Adenalva Lima de Souza Beck Nada a ser declarado
Alex Felix Nada a ser declarado
Ana Clara Rodrigues Nada a ser declarado
Ana Cristina Camarozano Nada a ser declarado
Anderson da Costa Armstrong
  • Declaração financeira

  • A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/ companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:

  • - Amiloidose: Anylam.

  • Outros relacionamentos

  • Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:

  • - Área da Saúde; CARDIOVASF.

André Luiz Cerqueira de Almeida
  • Declaração financeira

  • A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/ companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:

  • - Boston Scientific: palestrante.

Andressa Mussi Soares
  • Declaração financeira

  • A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/ companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc.

  • Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:

  • - Bayer: Anticoagulação e insuficiência cardíaca; Pfizer: Anticoagulação e amiloidose; Jannsen: Leucemia.

  • Outros relacionamentos

  • Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:

  • - Bayer: Insuficiência cardíaca.

Arnaldo Rabischoffsky Nada a ser declarado
Aurélio Carvalho Pinheiro Nada a ser declarado
Bruna Morhy Borges Leal Assunção Nada a ser declarado
Camila Rocon Nada a ser declarado
Carlos Eduardo Suaide Silva Nada a ser declarado
Carlos Eduardo Rochitte Nada a ser declarado
Cecilia Beatriz Bittencourt Viana Cruz Nada a ser declarado
Cintia Galhardo Tressino Nada a ser declarado
Claudia Gianini Monaco Nada a ser declarado
Claudia R. Pinheiro de Castro Grau Nada a ser declarado
Cláudio Henrique Fischer Nada a ser declarado
Daniel de Andrade Hygidio Nada a ser declarado
Daniela do Carmo Rassi Frota Nada a ser declarado
David Costa de Souza Le Bihan
  • Declaração financeira

  • A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/ companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc.

  • Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:

  • - Edwards Lifescience; Abbott; GE Healthcare; Philips.

Eliza de Almeida Gripp Nada a ser declarado
Fábio Luis de Jesus Soares Nada a ser declarado
Fabio Villaça Guimarães Filho Nada a ser declarado
Gabriela Nunes Leal Nada a ser declarado
Henry Abensur Nada a ser declarado
Isabel Cristina Britto Guimarães Nada a ser declarado
Jeane Mike Tsutsui
  • Outros relacionamentos

  • Participação societária de qualquer natureza e qualquer valor economicamente apreciável de empresas na área de saúde, de ensino ou em empresas concorrentes ou fornecedoras da SBC:

  • - Área de saúde: Grupo Fleury.

Jorge Andion Torreão
  • Outros relacionamentos

  • Participação societária de qualquer natureza e qualquer valor economicamente apreciável de empresas na área de saúde, de ensino ou em empresas concorrentes ou fornecedoras da SBC:

  • - Sócio de empresa de educação na area da saúde.

Jorge Eduardo Assef Nada a ser declarado
José Luiz Barros Pena Nada a ser declarado
Jose Maria Del Castillo Nada a ser declarado
Marcelo Dantas Tavares de Melo Nada a ser declarado
Marcelo Goulart Paiva Nada a ser declarado
Marcelo Haertel Miglioranza Nada a ser declarado
Marcelo Luiz Campos Vieira Nada a ser declarado
Márcio Silva Miguel Lima Nada a ser declarado
Marco Stephan Lofrano Alves Nada a ser declarado
Maria Eduarda Menezes de Siqueira Nada a ser declarado
Maria Estefânia Bosco Otto Nada a ser declarado
Maria Rosa Dantas Nada a ser declarado
Maria Veronica Camara dos Santos Nada a ser declarado
Marly Maria Uellendahl Lopes Nada a ser declarado
Rafael Bonafim Piveta
  • Outros relacionamentos

  • Participação societária de qualquer natureza e qualquer valor economicamente apreciável de empresas na área de saúde, de ensino ou em empresas concorrentes ou fornecedoras da SBC:

  • - Sócio na WavesMed (plataforma digital de ensino continuado/atualizações).

Rafael Modesto Fernandes Nada a ser declarado
Renato de Aguiar Hortegal Nada a ser declarado
Roberto Magalhães Saraiva Nada a ser declarado
Rodrigo Bellio de Mattos Barretto
  • Declaração financeira

  • A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/ companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:

  • - GE; Abbot; Edwards.

Rodrigo Julio Cerci Nada a ser declarado
Salustiano Pereira de Araujo Nada a ser declarado
Samira Saady Morhy Nada a ser declarado
Sanderson Antonio Cauduro Nada a ser declarado
Sandra Marques e Silva
  • Outros relacionamentos

  • Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:

  • - Pfizer: Amiloidose; Sanofi, Pint Pharma, Takeda e Chiesi: Fabry.

Sandra Nívea dos Reis Saraiva Falcão Nada a ser declarado
Silvio Henrique Barberato Nada a ser declarado
Thais Harada Campos Espirito Santo Nada a ser declarado
Tonnison de Oliveira Silva Nada a ser declarado
Vera Maria Cury Salemi Nada a ser declarado
Viviane Tiemi Hotta
  • Declaração financeira

  • B - Financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:

  • - Pfizer: Amiloidose.

Sumário

1. Conceitos Básicos sobre o Estudo da Deformação do Ventrículo Esquerdo 7

1.1. Breve Introdução aos Princípios Físicos da Formação dos Speckles na Imagem Cardiovascular 7

1.2. Definições 7

1.2.1. Strain e Strain Rate 7

1.2.2. Deformação Longitudinal, Circunferencial e Radial 8

1.2.3. Tempo dos Eventos Mecânicos 8

1.2.4. Medidas de Pico Extraídas das Curvas de Deformação 8

1.3. Fatores que Afetam a Estimativa do Strain 8

1.3.1 Qualidade da Imagem 8

1.3.2. Modalidade de Imagem Cardiovascular 9

1.3.3. Fabricante e Versão do Software 9

1.3.4. Condições Hemodinâmicas 9

1.4. Strain Longitudinal Global 9

2. Recomendações Gerais para o Uso do Strain: Aplicabilidade Clínica, Comparação com a Fração de Ejeção e Descrição Adequada no Laudo 11

2.1. Valor Prognóstico, Padrões Paramétricos e Detecção Subclínica de Cardiopatias da Deformação Miocárdica 11

2.2. Strain ou Fração de Ejeção: Qual é a Melhor Alternativa? 11

2.3. Recomendações Gerais de como Reportar os Resultados do Strain e os Valores de Normalidade 11

2.4. Conclusão 11

3. Strain na Cardio-oncologia 14

4. Strain na Disfunção Diastólica 16

4.1. Introdução 16

4.2. Strain do Ventrículo Esquerdo 16

4.3. Strain do Átrio Esquerdo 16

4.4. Conclusão 16

5. Strain nas Cardiomiopatias 17

5.1. Introdução 17

5.2. Cardiomiopatia Dilatada 17

5.3. Cardiomiopatia Arritmogênica 17

5.4. Cardiomiopatia Hipertrófica 18

5.5. Endomiocardiofibrose 18

5.6. Miocárdio Não Compactado 18

6. Strain nas Valvopatias 19

7. Strain nas Cardiopatias Isquêmicas 20

7.1. Introdução 20

7.2. Strain na Síndrome Coronariana Aguda 20

7.3. Strain na Síndrome Coronariana Crônica 20

7.4. Strain do Ventrículo Direito na Cardiopatia Isquêmica 21

8. Strain nas Doenças Sistêmicas (Amiloidose e Doença de Fabry) 22

8.1. Strain na Amiloidose Cardíaca 22

8.1.1. Papel da Análise da Deformação Miocárdica no Diagnóstico da Amiloidose Cardíaca 22

8.2. Doença de Fabry 25

9. Strain na Hipertensão Arterial Sistêmica 26

9.1. Introdução 26

9.2. Hipertensão Arterial Sistêmica sem Critérios para Hipertrofia Ventricular Esquerda 26

9.3. Hipertensão Arterial Sistêmica com Critérios para Hipertrofia Ventricular Esquerda 27

9.4. Tratamento Clínico 27

9.5. Conclusão 27

10. Strain em Atletas 27

11. Strain na Ecocardiografia com Estresse 29

12. Strain nas Cardiopatias Congênitas 29

13. Strain do Ventrículo Direito 30

13.1. Introdução 30

13.2. Características Anatômicas e Funcionais do Ventrículo Direito 30

13.3. Ventrículo Direito e Parâmetros Ecocardiográficos na Avaliação da Função Sistólica 30

13.4. Aquisição e Limitações 31

13.5. Indicações/Valores de Normalidade 32

14. Strain do Átrio Esquerdo e do Átrio Direito 33

14.1. Técnica de Obtenção e Análise do strain do Átrio Esquerdo 33

14.2. Valores de Normalidade 33

14.3. Aplicabilidade Clínica do Strain do Átrio Esquerdo 33

14.3.1. Insuficiência Cardíaca e Avaliação de Função Diastólica 33

14.3.2. Fibrilação Atrial 34

14.3.3. Valvopatias 34

14.3.4. Doença Arterial Coronariana 34

14.4. Strain Atrial Direito 34

15. Avaliação da Torção do Ventrículo Esquerdo 34

15.1. Introdução 34

15.2. Definições e Nomenclaturas 35

15.3. Passo a Passo da Avaliação da Torção Ventricular pelo Ecocardiograma com Speckle Tracking 35

15.4. Aplicações Clínicas 35

16. Strain na Análise da Dissincronia Ventricular 36

16.1. Introdução 36

16.2. Avaliação da Dissincronia na Seleção dos Pacientes para a Terapia de Ressincronização Cardíaca 37

16.3. Avaliação de Viabilidade Miocárdica 37

16.4. Orientação do Local de Implante dos Eletrodos 38

16.5. Avaliação Prognóstica após a Terapia de Ressincronização Cardíaca 38

16.6. Ajuste nos Parâmetros de Ressincronização 38

17. Myocardial Work (Trabalho Miocárdico) 38

17.1. Introdução 38

17.2. Aquisição do Trabalho Miocárdico 38

17.3. Valores de Normalidade 39

17.4. Potencial Uso Clínico 42

18. Strain no 3D: O Que Pode Acrescentar ao Exame 43

18.1. Introdução 43

18.2. Strain Ventricular Esquerdo 43

18.3. Strain Ventricular Direito 43

18.3.1. Aquisição e Análise do Full-volume 3D 44

18.4. Strain Atrial Esquerdo 44

19. O papel da Ressonância e Tomografia Cardíacas na Avaliação do Strain 44

19.1. Introdução 44

19.2. Métodos de Aquisição do Strain pela Ressonância Magnética Cardíaca 44

19.3. Strain do Ventrículo Direito pela Ressonância Magnética Cardíaca 44

19.4. Strain do Ventrículo Esquerdo pela Ressonância Magnética Cardíaca 44

19.5. Strain do Átrio Esquerdo pela Ressonância Magnética Cardíaca 46

19.6. Strain pela Tomografia Cardíaca 46

Referências 46

1. Conceitos Básicos sobre o Estudo da Deformação do Ventrículo Esquerdo

1.1. Breve Introdução aos Princípios Físicos da Formação dos Speckles na Imagem Cardiovascular

A palavra “speckle” refere-se à aparência granular da imagem gerada por um sistema de imagem de coerência óptica, tal como o laser, tomografia de coerência óptica ou ultrassonografia.1,2

Na ecocardiografia, um pulso de ultrassom emitido propaga-se em linha reta, interagindo com as diferentes interfaces acústicas da cavidade torácica até atingir o coração. Entre os diversos fenômenos acústicos que ocorrem nesse percurso, parte do feixe de ultrassom emitido sofre reflexão pelas diferentes estruturas cardíacas, gerando um eco que é parcialmente captado de volta pelo transdutor e utilizado pelo software como entrada (input) para a elaboração das imagens de ecocardiografia. Nesse caso, o comprimento de onda do feixe ultrassonográfico é habitualmente menor do que o tamanho das estruturas refletoras.

Entretanto, quando o comprimento de onda é maior do que a microestrutura com a qual interage, há uma dispersão do feixe de ultrassom, que se irradia para todas as direções (dispersão difusiva ou “diffusive scattering”). Esse fenômeno é o resultado do padrão de interferência de todas as frentes de onda que sofreram dispersão a partir dos diferentes dispersores (diferenças locais de densidade e compressibilidade dos tecidos).

Parte da dispersão difusiva é capturada pelo transdutor, formando a imagem de aspecto granular que denominamos speckle.

A presença de speckles torna a imagem do modo B menos nítida para o operador humano, porém ela não deve ser vista como um ruído, pois traz consigo informações únicas de forma a atuar como uma “impressão digital” do meio estudado pelo ultrassom.1

1.2. Definições

1.2.1. Strain e Strain Rate

Strain corresponde à quantidade deformação de um objeto em relação à sua forma original.3 Na cardiologia, esse conceito é representado como o percentual (%) de encurtamento/alongamento do coração em relação à sua medida inicial. Esse conceito pode ser aplicado para um segmento miocárdico (strain regional) ou para a totalidade de uma das câmaras do coração como o ventrículo esquerdo (VE) (strain global).

O strain rate indica a taxa de deformação miocárdica (%) a cada segundo(s-1) ou, em outras palavras, a velocidade com que a deformação ocorre.3-4

1.2.2. Deformação Longitudinal, Circunferencial e Radial

A aplicação do conceito de deformação nos permite pormenorizar o estudo do encurtamento/alongamento do miocárdio do VE a partir de sua orientação em diferentes eixos.

De fato, devido à disposição helicoidal das fibras musculares cardíacas, o encurtamento sistólico do VE é determinado pela ação de fibras no sentido longitudinal e de fibras no sentindo circunferencial,5 o que determina os dois vetores-força ativos da deformação (Figura 1.1 A).

Figura 1.1. – A deformação miocárdica pormenorizada em diferentes eixos. A) A deformação básica pode ser aferida nos sentidos longitudinal, circunferencial e radial.4 A partir da interação de dois desses vetores-força, há o surgimento de um terceiro vetor resultante. B) Shear-strain radial-circunferencial. C) Shear-strain longitudinal-circunferencial (que equivale a torção ventricular/torsion). D) Shear-strain radial-circunferencial.

Figura 1.1

A aplicação dessas forças no sentido longitudinal e circunferencial sobre um material de baixa compressibilidade (tecido miocárdico) resulta em um espessamento do miocárdio no sentindo radial (componente passivo da deformação).6 Em última análise, este responde pela diminuição radial da cavidade ventricular.4

É preciso ter em conta que o processo de deformação é bem mais complexo do que podemos aferir, pois, para cada processo de interação entre os vetores-força, surge um novo vetor resultante do cisalhamento entre as diferentes deformações, o shear-strain (Figura 1.1 B, C e D).

O encurtamento sistólico da fibra no sentido longitudinal e circunferencial produz valores negativos de strain. Já o espessamento sistólico radial atribui um valor positivo ao strain. Muitos autores optam por expressar apenas o valor absoluto (valor em módulo), e adotaremos essa abordagem aqui.

1.2.3. Tempo dos Eventos Mecânicos

Descrevemos, a seguir, algumas definições fundamentais para a prática clínica:1,7

  • • Final da sístole (end-systole): definido como o ponto temporal de fechamento da valva aórtica. Potenciais substitutos: nadir do strain global ou da curva de volume. É recomendado que os softwares informem qual critério foi adotado para definir o final da sístole.

  • • Final da diástole (end-diastole): definido como o ponto temporal no qual ocorre o pico do complexo QRS. A marcação de eventos (event timing) deve ser feita preferencialmente utilizando o Doppler e tendo como referência o eletrocardiograma (ECG).

1.2.4. Medidas de Pico Extraídas das Curvas de Deformação (Figura 1.2)

Figura 1.2. – Medidas de pico extraídas das curvas de deformação. A) O strain pico sistólico, o strain pico e strain do final da sístole (ES) coincidem no momento do fechamento da valva aórtica (AVC). B) O strain de pico sistólico e o strain de pico coincidem, porém ambos acontecem imediatamente antes do fechamento da valva aórtica (pequena barra vermelha), produzindo uma discreta dissociação entre aqueles e o strain do final da sístole (ES). C) O strain de pico sistólico e o strain do final da sístole (ES) coincidem (ambos apresentando valores absolutos reduzidos), porém o strain de pico ocorre após o fechamento da valva aórtica (fenômeno de encurtamento pós-sistólico).

Figura 1.2

  • • Strain do final da sístole (end-systolic strain): o ponto da curva de deformação no final da sístole, conforme previamente definido (fechamento da valva aórtica). Esse é o parâmetro padrão para descrever a deformação miocárdica.

  • • Strain de pico sistólico (peak systolic strain): o ponto onde ocorre o pico da curva durante toda a sístole.

  • • Strain de pico sistólico positivo (positive peak systolic strain): valor mais positivo registrado em casos em que a curva de um determinado segmento apresente esse comportamento em algum momento da sístole.

  • • Strain de pico (peak strain): o ponto onde ocorre o pico da curva de deformação, considerando todo o ciclo cardíaco. Habitualmente, esse ponto é alcançado até o fechamento da valva aórtica. Quando ocorre após, é descrito como strain pós-sistólico (post systolic strain)8 ou encurtamento pós-sistólico (EPS, post-systolic shortening). O strain pós-sistólico reflete a deformação de segmentos que se contraem após o fechamento da valva aórtica e não contribuem para a ejeção ventricular.

1.3. Fatores que Afetam a Estimativa do Strain

1.3.1 Qualidade da Imagem

A qualidade da imagem é um fator crítico que afeta a performance de qualquer software que estime a deformação miocárdica. Vários autores reportaram a sensibilidade da estimativa do strain e strain rate proporcionais à qualidade da imagem e do algoritmo de tracking.9-11

1.3.2. Modalidade de Imagem Cardiovascular

Diferentes modalidades de imagem cardiovascular fornecem valores diferentes de strain. Tee et al.12 reportaram tais diferenças aferidas entre a ecocardiografia transtorácica, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética cardíaca (RMC).

1.3.3. Fabricante e Versão do Software

Estudos organizados pela European Association of Cardiovascular Imaging (EACVI) e American Society of Echocardiography (ASE) testaram a variabilidade de medidas do strain longitudinal global (SLG) obtidas entre diferentes fabricantes de aparelhos e softwares, com evidência de divergências significativas.13-14 Contudo, há de se considerar que tais diferenças ainda são menores que a variabilidade da fração de ejeção (FE) reportadas na literatura.9-10,15

Além da variabilidade interfabricante, deve-se estar atento à variabilidade intersoftwares do mesmo fabricante. Mudanças significativas no SLG foram previamente reportadas.11,15

Dessa forma, estudos ecocardiográficos seriados deveriam, idealmente, ser realizados com o mesmo aparelho/software e sob condições hemodinâmicas semelhantes, sobretudo em situações cuja variação do SLG pode levar a implicações terapêuticas profundas, como no contexto de avaliação de cardiotoxicidade induzida por quimioterápicos, por exemplo.4

1.3.4. Condições Hemodinâmicas

A deformação do VE varia consideravelmente de acordo com as condições de pré-carga e pós-carga às quais o ventrículo está submetido.

1.4. Strain Longitudinal Global

É o parâmetro de deformação cardíaca com evidências científicas mais robustas e o único com uso de maior relevância na prática clínica.9 Ele reflete a deformação longitudinal relativa (%) do miocárdio do VE, que ocorre desde o período de contração isovolumétrica até o final do período de ejeção.1,5,15

Matematicamente, a contração em cada instante é computada pelo algoritmo como: SLG(t)=100[L(t) L(ED)/L(ED)] , em que L(t) é o comprimento longitudinal no tempo t, e L(ED) é o comprimento no fim da diástole.1

Há divergências significativas entre softwares quanto ao comprimento L(ED) utilizado: linha inteira da região de interesse (ROI) vs. média de determinado número de pontos do ROI x média dos valores em cada segmento do mesmo quadro.

O valor de normalidade do SLG é de, aproximadamente, 20%.9 Há evidências de variações dos valores de normalidade de acordo com sexo e idade.7

Para a análise do SLG do VE (SLGVE) por speckle tracking, é necessária uma série de cuidados relacionados à aquisição das imagens:

  • 1) O paciente deve estar sob monitorização eletrocardiográfica.

  • 2) Se possível, deve-se tentar apneia expiratória, evitando os movimentos de translação do coração com as incursões respiratórias.

  • 3) Deve-se buscar um ponto de equilíbrio entre aspectos de resolução espacial e temporal do método ecocardiográfico, ponderando os ajustes do aparelho em relação ao foco, à profundidade e à largura, de modo que otimizem a câmara cardíaca de interesse, versus o frame rate (FR). Este último deve ser mantido entre 40 e 80 quadros por segundo (em pacientes com frequência cardíaca normal). É importante ratificar que, quanto maior a frequência cardíaca, valores mais altos de FR serão necessários.

  • 4) Evitar “imagens truncadas” do VE (foreshortening).

  • 5) Clipes das janelas acústicas apicais de 3, 4 e 2 câmaras devem ser adquiridos, preferencialmente com o mínimo de três batimentos, excluindo-se extrassístoles.

A Tabela 1.1 e a Figura 1.3 trazem um resumo dos passos a serem seguidos para realizar a medida do SLG.

Tabela 1.1. – Passo a passo para medida do strain longitudinal global para a maioria dos fabricantes4.

  • •Realizar monitorização eletrocardiográfica cardíaca com boa qualidade.

  • •Obter janelas acústicas de 3, 4 e 2 câmaras com frame rate entre 40 e 80 quadros por segundo.

  • •Marcar fechamento da valva aórtica (AVC).

  • •Marcar definições topográficas para delimitar a ROI nas janelas de 3, 4 e 2 câmaras.

  • •Aceitar ou descartar os segmentos miocárdicos rastreados em cada janela e fazer ajustes, se necessário.

  • •Avaliar as curvas e interpretar resultados obtidos no mapa polar.

  • •Registrar adequadamente as condições hemodinâmicas sob as quais o SLG foi aferido.

Figura 1.3. – Passo a passo para obtenção do strain longitudinal global. Inicialmente, adquirem-se imagens em 3, 4 e 2 câmaras, com eletrocardiograma de boa qualidade e com frame rate adequado (entre 40 e 80 quadros por segundo) (Imagem A, ovoide azul). Marca-se o fechamento da valva aórtica (AVC) a partir do traçado de Doppler pulsátil ou contínuo (Imagem B). Em seguida, faz-se a marcação de três pontos (dois na base e um no ápice), nas três imagens adquiridas, observando se o software faz um de rastreio adequado das imagens 2D (Imagens C e D). Finalmente, obtemos as curvas (Imagem E), o bull’s eye (Imagem F) e o valor obtido do strain longitudinal global. Adaptado de Tressino et al.4.

Figura 1.3

2. Recomendações Gerais para o Uso do Strain: Aplicabilidade Clínica, Comparação com a Fração de Ejeção e Descrição Adequada no Laudo

2.1. Valor Prognóstico, Padrões Paramétricos e Detecção Subclínica de Cardiopatias da Deformação Miocárdica

A análise de deformação miocárdica (strain) é uma ferramenta robusta e versátil que oferece informações adicionais e com menor variabilidade em relação aos parâmetros habituais sobre prognóstico, padrões paramétricos peculiares das cardiomiopatias (CMPs) e detecção de lesão subclínica.

Estudos recentes demostraram o valor incremental do SLGVE sobre a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE).10 É importante realçar que a análise do strain apresenta uma variabilidade inter e intraobservador de 4,9 a 8,6%, bem menor que a FEVE, provavelmente por sofrer menos influência da pré- e pós-carga ventricular.13,16 Além disso, o SLGVE vem se tornando uma ferramenta superior à FEVE naqueles pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr) e preservada (ICFEp).17,18 Além da análise do VE, a piora do strain do ventrículo direito (VD) fornece valor aditivo prognóstico naqueles pacientes com ICFEp.19

As CMPs compartilham achados morfológicos semelhantes na maioria das vezes, sendo um grande desafio diagnóstico na prática clínica diária. É comum haver a presença de aumento da massa e da espessura ventricular, associada à disfunção diastólica (DD) e com FEVE preservada nos estágios mais iniciais. A análise paramétrica do SLGVE pelo mapa polar possibilita que o exame de ecocardiograma desmascare alguns diagnósticos que não eram percebidos pelos parâmetros habituais, sendo descrito como uma “impressão digital” de algumas delas. O exemplo clássico é o padrão de poupar a ponta (apical sparing) da amiloidose, que será descrito com mais detalhes em capítulo específico.20 Essa caracterização fenotípica vem despertando muito entusiasmo por favorecer uma facilidade diagnóstica nas patologias raras. Por outro lado, é importante ressaltar que, se não combinarmos o strain com dados da história clínica, aspectos morfológicos e hemodinâmicos, favoreceremos o excesso e o erro diagnóstico. Veja esses exemplos de “apical sparing” (Figura 2.1).

Figura 2.1. – Padrões de SLG com aspecto de poupar a ponta em diferentes cardiopatias. 1: Cardiotoxicidade por antracíclico; 2: Miocárdio não compactado; 3: Hipotireoidismo; 4: Amiloidose por transtirretina.

Figura 2.1

A utilização do strain como ferramenta diagnóstica e prognóstica se consolidou através de sua aplicação na cardio-oncologia, quando há a oportunidade de ajustar a conduta terapêutica, baseada na variação se seu valor, em relação ao valor do exame basal durante a quimioterapia. Quando há uma redução relativa maior que 15%, considera-se cardiotoxicidade com lesão miocárdica subclínica.21 Em 2019, um posicionamento das diversas sociedades elaborou critérios para o uso adequado das diversas modalidades de imagens para avaliação das estruturas cardíacas nas doenças não valvares. Nesse documento, das 81 indicações descritas, apenas quatro consideraram o uso do strain adequado, sendo três na cardio-oncologia e uma para avaliação da CMP hipertrófica.22 Apesar da falta de estudos bem desenhados que validem essa ferramenta nas demais situações descritas por esse posicionamento, o strain é largamente utilizado nos grandes centros de cardio-oncologia. Recentemente, a atualização da Diretriz Brasileira de Cardio-Oncologia reforçou a sua utilização.23

2.2. Strain ou Fração de Ejeção: Qual é a Melhor Alternativa?

A FEVE é um dos principais parâmetros ecocardiográficos utilizados para a avaliação da função ventricular na prática diária, sendo um dado de fácil interpretação pelos clínicos, além de ser amplamente disponível e obtida em equipamentos básicos de ultrassom. Há extensa validação do uso desse parâmetro para o manejo de pacientes portadores de cardiopatias, sendo utilizado em grandes estudos de intervenção terapêutica como critério de inclusão de pacientes e, muitas vezes, servindo como parâmetro para a avaliação e o acompanhamento de resultados.24 O valor prognóstico da FEVE é bastante estabelecido na insuficiência cardíaca (IC) crônica25 e, por isso, na atual recomendação da Sociedade Europeia de Cardiologia, as ICs são classificadas com base no valor da FEVE em: 1) IC com FE preservada (ICFEp: FE ≥ 50%); 2) IC com FE em meio termo (ICFEmr: FE=4049% ); e 3) ICs com FE de ejeção reduzida (ICFEr: FE < 40%).26

A FEVE tem importante papel como parâmetro quantitativo para a definição de estratégias específicas em IC, por exemplo, servindo de critério para a indicação de terapia de ressincronização cardíaca em pacientes com IC refratária (FEVE ≤ 35%) ou mesmo na detecção de cardiotoxicidade em pacientes com câncer em uso de antracíclicos (queda evolutiva de FEVE ≥ 10% em relação ao basal com valor menor que o limite inferior da normalidade).27 No entanto, deve-se ressaltar que há limitação da acurácia da FEVE estimada pelo Simpson biplanar pela grande variabilidade interobservador dessa medida, que pode chegar até 13%.28 A ecocardiografia tridimensional (ECO3D), diferente do método Simpson biplanar, não se baseia em assunções geométricas e, por isso, mede diretamente os volumes das cavidades e a FEVE, com resultados bastante comparáveis aos obtidos pela RMC. Pelo uso de algoritmos automáticos e pela menor suscetibilidade a variações nas janelas de aquisição (orientação dos cortes apicais), a ECO3D possui menor variabilidade intra e interobservador que o método biplanar (0.4 ± 4.5%),29 sendo uma boa alternativa para o acompanhamento e a vigilância de pacientes com disfunção ventricular ou sob risco de dano miocárdico.

As técnicas de avaliação da deformação miocárdica, como o strain, permitem a avaliação dos três componentes de contração das fibras miocárdicas: longitudinal, radial e circunferencial. A FEVE é determinada sobretudo pelos componentes radial e circunferencial da contração miocárdica, que resultam no espessamento das paredes do miocárdio e na redução da cavidade ventricular na sístole. É importante notar, porém, que a FEVE não é um determinante único da performance ventricular (função “ejetiva”), sendo esta também dependente de um volume diastólico final (VDF) do VE adequado para gerar um volume sistólico normal. Isso explica por que, em pacientes com CMPs com expressão fenotípica de hipertrofia parietal concêntrica, como nas infiltrativas ou hipertróficas, podemos ter FEVE normal e baixo débito cardíaco. Esses pacientes se apresentam clinicamente como ICFEp e, à despeito de FEVE normal, têm geralmente pior prognóstico que pacientes com FEVE normal e débito cardíaco preservado, com alterações da função contrátil detectáveis apenas pelo SLG.30

De fato, a deformação longitudinal é o componente da contratilidade miocárdica que se altera mais precocemente em grande parte das CMPs, podendo sinalizar um processo em estágio inicial e subclínico (ainda sem redução da FEVE), fase de doença em que a instituição de medidas terapêuticas ou cardioprotetoras pode apresentar melhores resultados. O SLG pode se encontrar alterado até mesmo em doenças genéticas não fenotipicamente expressas, tal como em portadores de Ataxia de Friedreich com massa e FEVE normais, podendo, inclusive, predizer a queda da FEVE e o prognóstico nesses pacientes.31

Estudos demonstram o valor prognóstico adicional do SLG em pacientes com IC, com valor incremental ao efeito prognóstico da FEVE, sobretudo em pacientes com FE > 35%.32 Dessa forma, Potter et al. sugeriram uma nova classificação de função ventricular, incorporando à prática clínica o uso valores de SLGVE de forma complementar à quantificação da FEVE, auxiliando na decisão clínica e na avaliação prognóstica dos pacientes, sobretudo nos com FEVE > 53% (ICFEp).10

2.3. Recomendações Gerais de como Reportar os Resultados do Strain e os Valores de Normalidade

Com o objetivo de simplificar a descrição do strain no laudo de ecocardiograma, é recomendada a utilização do tipo de strain analisado (o qual define os movimentos de contração ou alongamento) e sua avaliação numérica em valores absolutos, principalmente em estudos comparativos sequenciais, com o objetivo de não levar a interpretações equivocadas de piora do strain. Outras informações cruciais que devem ser descritas são os sinais vitais do paciente (pressão arterial e frequência cardíaca), devido a alterações de pré- e pós-carga que influenciam o valor global do strain, a marca do equipamento de ultrassom utilizado, bem como a versão do software de análise, em decorrência da variabilidade da normalidade entre os fabricantes.33,34 A Tabela 2.1 abaixo descreve as informações essenciais que devem constar no laudo para descrição completa do strain.9

Tabela 2.1. – Elementos essenciais para a descrição do strain no laudo de ecocardiograma.

Informações relevantes do strain no laudo Descrição
Sinais Vitais Pressão arterial e frequência cardíaca16
Tipo de strain Longitudinal, circunferencial e radial
Valor absoluto do strain Na descrição da função da câmara analisada
Câmara cardíaca analisada VE, VD ou AE
Padrão de mapa polar (Figura 2.2) Se há algum padrão típico, como em amiloidose ou cardiomiopatia hipertrófica40
Variação percentual em exames sequenciais Utilização comprovada em cardio-oncologia. ∆%= strain exame basal, atual/basal21
Equipamento e versão do software utilizado Há variabilidade do valor normal do strain segundo a marca e a versão do equipamento37

∆%: variação (delta) percentual; AE: átrio esquerdo; VD: ventrículo direito; VE: ventrículo esquerdo.

Figura 2.2. – Padrão de strain avaliado no mapa polar: A: Padrão típico de amiloidose (poupa o ápex); B: Padrão típico de cardiomiopatia hipertrófica com predomínio apical (strain reduzido predominante no ápex, em que a hipertrofia foi evidenciada como mais acentuada no estudo bidimensional).

Figura 2.2

Os valores normais de referência para o strain analisado9,35-39 devem ser incluídos no laudo. A Tabela 2.2 descreve valores médios da normalidade de forma simplificada dos diversos tipos de strain, bem como o grau de evidência para sua utilização na prática clínica. Diferentemente da FEVE, o valor de normalidade do strain ainda não foi assimilado de maneira consistente pelo cardiologista clínico e, portanto, devem constar no laudo como referência.

Tabela 2.2. – Valores de normalidade gerais para as diferentes modalidades de strain e câmaras cardíacas. Grau de comprovação da aplicação clínica.

Câmara/Tipo de strain Valor de normalidade (valor absoluto) Aplicação na prática clínica
  • VE

  • Longitudinal (negativo)

  • Radial (positivo)

  • Circunferencial (negativo)

  • 18%35,3920%35

  • 40%35

  • 20%

  • ++++

  • +

  • +

  • VD

  • Longitudinal parede livre (negativo)

  • 20%35,36

  • +++

  • AE (varia com a idade, é positivo)

  • Reservatório (mais utilizada)

  • Conduto Bomba

  • 39%38,39

  • 23%38

  • 17%38,41

  • +++

  • +

  • +

AE: átrio esquerdo; VD: ventrículo direito; VE: ventrículo esquerdo. ++++ Muito utilizado; +++ Utilizado; ++ Utilização limitada na prática clínica; + Utilização limitada na prática clínica, e não acessado em softwares embutidos nos equipamentos de ecocardio.

2.4. Conclusão

A evidência atual é robusta para a incorporação do strain na prática clínica diária. Porém, ainda temos desafios para nossa realidade nacional, como a falta de democratização de acesso nos serviços de ecocardiograma com aparelhos com softwares para sua análise e falta de dados sobre a população brasileira. Utilizamos valores extrapolados de população com perfil sociodemográfico bem distinto de nossa realidade, com aplicação adaptada para a população brasileira. O Departamento de Imagem Cardiovascular está promovendo um trabalho multicêntrico (já em andamento), quando estão sendo analisados dados ecocardiográficos de brasileiros hígidos, para que possamos ter um retrospecto dos valores de normalidade em nossa população. O strain vem para se somar aos valores habituais do ecocardiograma, trazendo mais robustez prognóstica, possibilitando diagnóstico de CMPs, particularmente nas que se apresentam com aumento da espessura miocárdica, e, por último, diagnóstico de lesão miocárdica subclínica.

3. Strain na Cardio-oncologia

A disfunção cardíaca relacionada ao tratamento contra o câncer representa uma importante causa de morbidade e mortalidade nos pacientes oncológicos.42,43 Essa complicação pode interromper o tratamento e comprometer a cura ou o adequado controle do câncer.44,45Além disso, a IC relacionada à cardiotoxicidade por quimioterápicos frequentemente tem pior prognóstico que muitas neoplasias, com mortalidade de até 60% em 2 anos.42

A identificação precoce da cardiotoxicidade com a instituição de medidas cardioprotetoras tem potencial impacto prognóstico nesse cenário.46,47 Contudo, os métodos usualmente utilizados para esse diagnóstico, como a FEVE pela técnica bidimensional, têm baixa sensibilidade.48,49 Assim, a utilização de marcadores mais precoces para a identificação dessa complicação, como a análise do strain, tem grande destaque nesse contexto.

Os métodos de diagnóstico por imagem têm papel fundamental nesse cenário, e o ecocardiograma tem sido a ferramenta mais utilizada em função de sua correspondência anatômica, caráter não invasivo, fácil acesso, baixo custo e isenção de radiação ionizante.27 A FEVE é o parâmetro mais utilizado para o diagnóstico de cardiotoxicidade. Utilizando a técnica bidimensional, ela deve ser calculada pelo método de Simpson biplanar.21 A ECO3D, quando disponível, é a técnica de escolha para monitorar a FEVE em pacientes com câncer. Suas principais vantagens incluem maior acurácia no reconhecimento de FEVE abaixo do limite inferior da normalidade e maior reprodutibilidade que a técnica bidimensional, com acurácia semelhante à ressonância cardíaca. Entretanto, sua baixa disponibilidade, seu alto custo e a experiência do operador representam barreiras da técnica tridimensional.27,50

A disfunção ventricular relacionada ao tratamento contra o câncer é definida por queda absoluta da FEVE em mais de 10 pontos percentuais, para um valor inferior a 50%, na presença ou não de sintomas de IC. Recomenda-se que esse estudo ecocardiográfico seja repetido dentro de 2 a 3 semanas para se avaliar os efeitos da pré e pós-carga sobre a FEVE.

Apesar de ser um importante e já estabelecido fator prognóstico, a FEVE tem baixa sensibilidade para o diagnóstico de cardiotoxicidade, sendo dependente de alguns fatores como pré-carga cardíaca, qualidade da imagem e experiência do examinador. Além disso, ela pode subestimar o real dano cardíaco, uma vez que mecanismos hemodinâmicos compensatórios permitem o adequado desempenho sistólico do VE, mesmo na presença de disfunção dos miócitos.48 Assim, a redução da FEVE ocorre frequentemente em um momento muito tardio, quando, mesmo com a intervenção terapêutica, a maioria dos pacientes não tem recuperação funcional.46,48,49

Quando a detecção da cardiotoxicidade é precoce, com instituição de tratamento cardioprotetor, os pacientes têm maior potencial para a recuperação da função ventricular.46,51 Nesse cenário, o estudo da deformação miocárdica ou strain tem grande destaque. O strain calculado pela técnica de speckle tracking bidimensional (ST2D) tem surgido como um marcador sensível e reprodutível de análise da função sistólica e da contratilidade do VE, validado em modelos in vitro e in vivo.52,53 Tem sido crescente o número de publicações que demonstram a utilidade do estudo da deformação miocárdica pelo ST2D na detecção precoce e subclínica da cardiotoxicidade induzida por quimioterápicos, especialmente através da queda relativa do SLG.23,54-57

É recomendada a análise do SLG nos pacientes que irão se submeter a tratamento quimioterápico potencialmente cardiotóxico. O diagnóstico subclínico de cardiotoxicidade é sugerido quando há uma queda do SLG maior ou igual a 12% em relação ao seu valor basal.21,27Na ausência de um estudo ecocardiográfico basal (pré-quimioterapia) para comparação, é sugerido, com base na opinião de especialistas, um valor absoluto de strain inferior a 17% como marcador de cardiotoxicidade subclínica, desde que não haja outros dados clínicos de sobreposição de outra doença miocárdica de base. Uma queda do SLG inferior a 8% do valor basal é considerada não significativa. A Figura 3.1 apresenta um exemplo de cardiotoxicidade subclínica sugerida pela queda relativa do SLG.

Figura 3.1. – Exemplo de cardiotoxicidade subclínica em paciente com câncer de mama. Análise da FEVE pelo método de Simpson e do SLG com imagem do bull’s eye. Em A e B, avaliação pré-quimioterapia; em B e C, avaliação após dose cumulativa de 240 mg/m2 de doxorrubicina. Não houve queda expressiva da FEVE, entretanto, foi observada queda relativa de 22% no SLG. FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; SLG: strain longitudinal global.

Figura 3.1

A Figura 3.2 apresenta o algoritmo do seguimento ecocardiográfico no paciente oncológico, baseado na FEVE e no SLG. As Figuras 3.3 e 3.4 apresentam o monitoramento ecocardiográfico em pacientes sob tratamento com antracíclicos e trastuzumabe, respectivamente.

Figura 3.2. – Algoritmo de avaliação do paciente oncológico durante o tratamento quimioterápico, baseado na FEVE e SLG. CV: cardiovascular; ECA: enzima conversora da angiotensina; FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; QT: quimioterapia; SLG: strain longitudinal global.

Figura 3.2

Figura 3.3. – Monitoramento ecocardiográfico durante o tratamento com antraciclinas. FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; SLG: strain global longitudinal.

Figura 3.3

Figura 3.4. – Monitoramento ecocardiográfico durante o tratamento com trastuzumabe. FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; SLG: strain global longitudinal.

Figura 3.4

O ensaio clínico randomizado SUCCOUR foi o primeiro estudo prospectivo e multicêntrico com maior poder científico que demonstrou o impacto prognóstico da cardioproteção guiada pelo SLG em comparação à cardioproteção guiada pela queda da FEVE pela ECO3D. Esse estudo revelou que, em pacientes recebendo quimioterapia com antracíclicos e com risco elevado de cardiotoxicidade, a cardioproteção (incluindo inibidor da enzima conversora de angiotensina [ECA] e betabloqueador) guiada por uma queda relativa do SLG maior ou igual a 12% do valor basal resultou em menor grau de queda da FEVE e menor incidência de disfunção cardíaca relacionada ao tratamento contra o câncer em 1 ano de seguimento.58

O strain calculado pelo speckle tracking tridimensional (ST3D) tem demonstrado vantagens técnicas em relação ao ST2D com acurácia, reprodutibilidade e aplicabilidade já demonstradas em diferentes cenários.59-62 Recentemente, pequenos estudos demonstraram o impacto do ST3D no reconhecimento precoce de alterações mecânicas relacionadas à quimioterapia.63-66 Entretanto, são necessários estudos maiores e principalmente com maior tempo de seguimento para avaliar o valor prognóstico dessa técnica.

Entre as limitações da análise do SLG, destacamos a variabilidade das medidas em equipamentos de diferentes fabricantes, de modo que as medições devem ser sempre feitas nos mesmos aparelhos. Assim como a FEVE, o SLG sofre influência pelos efeitos da pré- e pós-carga, geometria ventricular, alterações teciduais (infarto, miocardite, por exemplo) e distúrbios de condução. Por último, determinadas informações clínicas e oncológicas são fundamentais e devem ser reportadas no laudo para uma acurada interpretação ecocardiográfica, conforme apresentado na Tabela 3.1.

Tabela 3.1. – Informações clínicas e oncológicas relevantes no laudo ecocardiográfico.

Tempo entre a infusão do quimioterápico e a realização do eco (pré ou pós)
Frequência cardíaca Pressão arterial Estado volêmico (descrição do diâmetro e variação da veia cava inferior)
Comparação com estudo basal, em especial FEVE e SLG – em caso de queda relativa, descrever o percentual desta redução
Aparelho/software utilizado para a análise do SLG

FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; SLG: strain longitudinal global.

4. Strain na Disfunção Diastólica

4.1. Introdução

A DD é considerada um marcador precoce de dano miocárdico e, mesmo quando assintomática, pode determinar maiores taxas de mortalidade. Com a progressão da DD, ocorre aumento das pressões de enchimento do VE e ICFEp,67,68 sendo que esta última responde por mais de 50% das internações por IC e apresenta taxas de mortalidade equiparáveis às da ICFEr.69 Ao contrário da ICFEp, a DD pré-clínica é potencialmente reversível. Entretanto, a sua fisiopatologia é complexa e, apesar do uso integrado de vários parâmetros, o algoritmo atualmente recomendado é pouco sensível para detectar estágios subclínicos de DD.70,71

Casos indeterminados ainda são frequentes porque esses parâmetros nem sempre se alteram simultaneamente ou de forma linear.70 Fatores não diastólicos também podem contribuir para a ICFEp levando a expressões fenotípicas variadas, a depender do mecanismo fisiopatológico predominante.72 Ferramentas que avaliam as mecânicas ventricular e atrial esquerdas pela medida do strain podem suplantar esses desafios diagnósticos.73,74 O papel da mecânica ventricular direita nesse contexto ainda está sob investigação.75

4.2. Strain do Ventrículo Esquerdo

Diversos estudos têm demonstrado que parâmetros de deformação miocárdica avaliados por meio do speckle tracking, especialmente o SLGVE, têm melhor correlação com o relaxamento do VE e maior acurácia em predizer pressões de enchimento e intolerância ao exercício quando comparados a índices derivados do Doppler tecidual.76-78 A queda do SLGVE auxilia na detecção da DD em estágios mais iniciais e também prediz eventos cardiovasculares (CV) na ICFEp.17,79-82 Diante dessas evidências, o SLGVE reduzido (< 16%) já foi incluído como critério diagnóstico no novo algoritmo proposto pelas recentes diretrizes de ICFEp.83

4.3. Strain do Átrio Esquerdo

O strain atrial esquerdo (SAE) permite uma análise mais detalhada da função do átrio esquerdo (AE) e dos seus diversos componentes (reservatório, conduto e de bomba).70 Alterações no SAE expressam o acoplamento ventrículo-atrial e são resultantes da exposição crônica à elevação das pressões do VE, reduções da complacência e do relaxamento do AE,41,84,85 podendo preceder o seu remodelamento morfológico.86-88 Embora tenha sido descrita redução de todos componentes do SAE,86,89,90 o SAE de reservatório (SAEr) tem se mostrado o parâmetro mais robusto e se altera de forma linear com a progressão da DD.91-93 Morris et al., entre outros, demonstraram que o SAEr reduzido (< 23%) aumentou a detecção de DD, além de se correlacionar com pressões de enchimento e desfechos clínicos.93-99

Diante do número crescente de evidências, o SLGVE e o SAEr poderiam ser integrados ao algoritmo de DD vigente, conforme proposto na Figura Central. Essa estratégia pode ajudar a reclassificar os casos indeterminados e aumentar a acurácia para identificar estágios mais precoces de DD, especialmente em indivíduos com fatores de risco cardiovascular ou dispneia inexplicada.97

Figura Central. : Posicionamento do Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre o Uso do Strain Miocárdico na Rotina do Cardiologista – 2023.

Figura Central

Proposta de inclusão do strain no algoritmo integrado de avaliação da função diastólica, adaptado e traduzido de Nagueh et al.67 AE: átrio esquerdo; Ap: duração da onda A reversa pulmonar; Am: duração da onda A mitral; DD: disfunção diastólica; FEVEr: fração de ejeção do ventrículo esquerdo reduzida; IT: insuficiência tricúspide; SAEr: strain do AE de reservatório; SLGVE: strain longitudinal global do ventrículo esquerdo. Se remodelamento concêntrico, confirmar com SLGVE. Na presença de FEVEr, tempo de desaceleração da onda E mitral (TDE) < 160 ms e onda S < D pulmonar também são parâmetros de pressão de enchimento aumentada. Esse algoritmo não se aplica a pacientes com fibrilação atrial (FA), calcificação do anel mitral ou valvopatia mitral maior que discreta, bloqueio de ramo esquerdo (BRE), ritmo de marca-passo, próteses valvares ou hipertensão pulmonar (HP) primária grave.

Consensos com padronização da metodologia do strain foram publicados para minimizar a variabilidade entre os fabricantes, o que ainda é uma limitação.7,92,100,101 Esperam-se novos estudos prospectivos e multicêntricos para avaliar se a modificação desses índices, com o tratamento, muda o prognóstico da DD e ICFEp.

4.4. Conclusão

O SLGVE e o SAEr são marcadores de doença subclínica que podem ser incorporados às recomendações vigentes para refinar o diagnóstico, o estadiamento e prognóstico da DD. Considerando-se a natureza complexa dessa avaliação, seria salutar a implementação e validação de algoritmos desenvolvidos por meio de inteligência artificial.

5. Strain nas Cardiomiopatias

5.1. Introdução

Seguindo um termo geral, as CMPs são afecções do músculo cardíaco. Em uma conotação mais pura e primária, elas não guardam uma associação com importantes causas sabidamente agressivas ao miocárdio, como a doença arterial coronariana (DAC), hipertensão arterial, valvopatias e cardiopatias congênitas. Podem ser divididas nos principais grandes grupos: dilatada, hipertrófica, restritiva, CMP arritmogênica e “miscelâneas não classificadas”.102

5.2. Cardiomiopatia Dilatada

Por definição, a CMP dilatada se caracteriza como uma doença que acomete o tecido miocárdico e que leva à progressiva redução da função sistólica e dilatação da cavidade do VE. Clinicamente, os indivíduos podem apresentar sinais e sintomas de IC, com necessidade de tratamento, hospitalizações, e por fim, transplante cardíaco.102-107

O ecocardiograma faz parte do arsenal diagnóstico de primeira-linha, com um papel extremamente importante no diagnóstico e prognóstico. Seus principais objetivos são a avaliação da dimensão volumétrica das câmaras cardíacas e a avaliação do desempenho sistólico do VE, classicamente realizada pela estimativa da FE, e que deve ser executada preferencialmente através do método de Simpson.

O strain é uma ferramenta ecocardiográfica adicional para agregar informação a essa avaliação e também possibilita detectar anormalidades sutis, subclínicas e em estágios iniciais de doenças.

Abduch et al. demonstraram excelente correlação entre parâmetros volumétricos obtidos pela ECO3D e o strain em pacientes com CMP dilatada.108 Com a evolução da CMP dilatada para fases mais acentuadas de comprometimento sistólico do VE, haverá redução mais importante do strain e do strain rate nas três principais orientações (longitudinal, radial e circunferencial) (Figura 5.1).109 A torção do VE também acompanha essa tendência de diminuição com a progressão da doença. Adicionalmente, em fases muito avançadas, também pode haver inversão das rotações: segmentos basais com rotação anti-horária e os apicais em sentido horário.110-112

Figura 5.1. – A) exemplo de strain longitudinal global (SLG) normal do ventrículo esquerdo. Observam-se as deflexões negativas das curvas, que se apresentam relativamente homogêneas nas três incidências. Abaixo e à direita, a representação paramétrica em bull’s eye, com todos os campos em vermelho mais intenso, significando uma boa deformação global. B) exemplo de strain em um indivíduo portador de cardiomiopatia dilatada de etiologia chagásica. É possível observar a redução de amplitude das curvas, que aqui se apresentam também muito heterogêneas. As curvas de strain septal e na parede inferior têm deflexão positiva, ou seja, indicando distensão ou discinesia, o que está bem demonstrado mapa de bull´s eye em azul (setas amarelas), além do vermelho menos intenso, representando baixos valores de strain (SLG = -5,6%).

Figura 5.1

O SLG é um preditor independente de mortalidade por todas as causas em pacientes com ICFEr, especialmente em pacientes do sexo masculino sem FA.113 Já nos pacientes com FEVE recuperada, um SLG anormal prevê a probabilidade de diminuição da FEVE durante o acompanhamento, enquanto um SLG normal prevê a probabilidade de FEVE estável durante a recuperação.114

5.3. Cardiomiopatia Arritmogênica

A CMP arritmogênica é uma entidade histologicamente caracterizada por infiltração fibrogordurosa no tecido miocárdico. Essa infiltração ocorre preferencialmente nas vias de entrada, saída e ápice do VD, o chamado “triângulo da displasia”, entretanto o VE também pode ser acometido de forma concomitante ou até mesmo exclusiva.115-117

Macroscopicamente, a parede ventricular tende a se afilar, com formação de microaneurismas, e a tendência é progredir para comprometimento sistólico e dilatação da cavidade. O método diagnóstico padrão-ouro é a RMC, contudo o ecocardiograma é o exame inicial, e o strain da parede livre do VD pode auxiliar na determinação do comprometimento sistólico dessa cavidade.

Prakasa et al. foram os primeiros a analisar o strain na CMP arritmogênica com acometimento do VD, em 2007. Eles mostraram uma diferença consistente entre os valores do strain nos indivíduos doentes (10 ± 6%) em comparação com os normais (28 ± 11%, P = 0,001).118

O strain longitudinal da parede livre do VD (SL-PLVD) está associado à taxa de progressão estrutural em pacientes com CMP arritmogênica. Ele pode ser um marcador útil para determinar quais pacientes requerem acompanhamento e tratamento mais próximos. Pacientes com strain de VD menor que 20% tiveram um risco maior de progressão estrutural (odds ratio: 18,4; IC95% 2,7–125,8; P = 0,003).119

Pacientes com CMP arritmogênica apresentam redução do strain atrial direito (AD) em todas as fases da diástole, mesmo quando o volume do AD é normal. O strain do AD, obtido nas fases reservatório e bomba, está associado a um risco aumentado de eventos CV.120

5.4. Cardiomiopatia Hipertrófica

A CMP hipertrófica (CMPH) é uma doença autossômica dominante, sendo a doença cardíaca de etiologia genética mais comum. Caracteriza-se pelo aumento da espessura miocárdica ventricular de diferentes morfologias (podendo ser concêntrica, apical, septal, hipertrofia da parede livre do VE e do VD) e está relacionada ao aumento da morbimortalidade dos pacientes acometidos.121-123

O ecocardiograma é o método de imagem mais utilizado para o diagnóstico morfológico e hemodinâmico na CMPH. Cerca de 25% desses pacientes apresentam gradiente em via de saída do VE maior de 30 mmHg no repouso, que pode ser quantificado pelo Doppler contínuo.124 O gradiente dinâmico também pode estar presente nesses pacientes e pode ser mais bem avaliado pela realização das manobras de Valsalva durante o ecocardiograma, pelo ecocardiograma com estresse físico ou farmacológico com dobutamina.125 Níveis elevados de gradiente intraventricular na CMPH podem ser um dos determinantes para a queda da deformidade miocárdica e dos mecanismos de torção, assim como do strain no AE.126

A técnica do strain miocárdico auxilia na análise da mecânica cardíaca regional e global na CMPH, sendo medida através do speckle tracking, e é capaz de detectar precocemente alterações da função sistólica, fibrose e até maior risco de o paciente desenvolver arritmia, mesmo nos casos de pacientes com função sistólica normal.126-130 O padrão do mapa polar auxilia na diferenciação das fenocópias que cursam com aumento da espessura, visto que a deformação miocárdica longitudinal apresenta-se reduzida no local da hipertrofia20,131,132 (Figura 5.2).

Figura 5.2. – A. Imagem bidimensional demonstrando hipertrofia septal assimétrica não obstrutiva, com septo interventricular medindo 23 mm e parede posterior de 11 mm. B. Strain longitudinal global normal do ventrículo esquerdo (20%), com representação paramétrica em bull’s eye, demonstrando segmentos com boa deformação miocárdica em vermelho mais intenso e menores valores de deformação nos segmentos septais, representados na cor rosa (8%). C. Incidência de 4 câmaras, com pior deformação miocárdica nos segmentos médio e basal ínfero-septal. D. Observa-se a redução de amplitude das curvas que representam os segmentos septais, também demonstrado mapa de bull´s eye em rosa, representando valores menores de strain (8%).

Figura 5.2

Hiemstra et al. identificaram que o volume atrial esquerdo indexado e o SLGVE são fatores prognósticos independentes de desfechos adversos como morte súbita e transplante cardíaco em pacientes com CMPH.133 Embora o SLG do VD (SLGVD) possa estar alterado no paciente com CMPH por ser uma doença estrutural cardíaca, seu significado prognóstico é desconhecido.133,134

5.5. Endomiocardiofibrose

A endomiocardiofibrose (EMF) é a CMP restritiva mais comum em nosso meio, na África equatorial e na Índia, afetando cerca de 10 milhões de pessoas no mundo. Ela é caracterizada pela deposição de tecido fibroso no endomiocárdio do ápice e da via de entrada de um ou ambos os ventrículos. A etiologia permanece desconhecida até hoje, podendo estar relacionada a hipereosinofilia, infestações parasitárias e desnutrição proteica, especialmente em populações de padrão socioeconômico comprometido.

O ecocardiograma mostra ventrículos de tamanho normal ou reduzidos, com morfologia ventricular em “cogumelo” ou em “V” pela deposição da fibrose, podendo estar associado à trombose endocárdica apical, hipermotilidade da região basal ventricular (sinal de Merlon), átrios de volume geralmente muito aumentados, função ventricular sistólica comumente preservada e DD.135-137

Poucos artigos avaliaram a EMF utilizando a ECO3D com speckle tracking. Esses estudos mostram redução do SLG, especialmente com comprometimento mais importante da região apical.137,138

5.6. Miocárdio Não Compactado

O miocárdio não compactado (MNC) é caracterizado pela presença de trabéculas proeminentes e espaços intertrabeculares profundos na cavidade do VE devido à compactação incompleta do miocárdio na vida embrionária. Isso pode levar a quadro clínico de IC, arritmias e eventos tromboembólicos. Existem duas formas, a esporádica e a familiar, sendo que a última está relacionada a mutações de proteínas do sarcômero. Os índices de deformação miocárdica permitem uma análise regional adequada da função ventricular em pacientes com MNC e auxiliam na diferenciação de outras CMPs.

Um estudo indiano comparou a deformação miocárdica de 12 pacientes com MNC, 18 pacientes com CMPH e 18 indivíduos saudáveis. Ambos os grupos de pacientes apresentaram redução do strain longitudinal, entretanto, os pacientes com MNC apresentaram maior redução do strain longitudinal na região apical quando comparados com o grupo de CMPH (12,18 ± 6,25 vs. 18,37 ± 3,67; p < 0,05), sugerindo um comprometimento maior dessa região na não compactação miocárdica. Além disso, um gradiente ápico-basal no strain longitudinal foi observado nos pacientes com MNC, mas não nos com CMPH.139 Ambos os grupos apresentam DD quando comparados com o grupo-controle. Outro estudo mostrou que o strain longitudinal é maior no grupo de MNC em relação à CMP dilatada idiopática e que o gradiente base-ápice do strain é um índice útil para diferenciar essas doenças com sensibilidade de 88,4% e especificidade de 66,7%.140

No coração normal, a base do VE gira no sentido horário durante a sístole, enquanto o ápice gira no sentido anti-horário, sendo que a torção é a diferença entre a rotação apical menos a basal. Um estudo prévio mostra que 50% dos pacientes com MNC apresentam rotação em corpo rígido (RCR), com rotação horária do ápice e da base; entretanto, estudos anteriores mostraram prevalência de 53,3% e 83%.141,142 Um estudo com 28 crianças com MNC mostrou que 39% dos pacientes apresentavam RCR, além de apresentarem menor strain longitudinal, mas não FEVE, em relação ao grupo sem RCR, podendo ter valor prognóstico.143 Além disso, os autores sugerem que o RCR está possivelmente relacionado principalmente à disfunção da camada apical subepicárdica compactada, sem relação com a distribuição de trabéculas. Outro estudo em 101 crianças com MNC mostrou que o grupo que apresentou desfecho adverso tinha redução do strain longitudinal, radial e circunferencial, sugerindo ser uma doença que afeta globalmente o coração e não apenas a região não compactada.144

6. Strain nas Valvopatias

O ecodopplercardiograma transtorácico é o método de primeira linha para o diagnóstico e a classificação da gravidade das valvopatias, por meio de uma análise combinada das alterações da anatomia e da função valvar.145 Esse método diagnóstico participa ativamente na definição do momento correto e do tipo de intervenção que deve ser realizada para o tratamento das valvopatias.

Classicamente, a indicação de tratamento é baseada na presença de sintomas ou de fatores complicadores.145 Entre os fatores complicadores, a disfunção ventricular esquerda é considerada o fator mais importante.145

A avaliação da função ventricular esquerda é habitualmente realizada pela ecocardiografia, por meio da medida da FEVE.146 Entretanto, várias evidências científicas têm demonstrado que a medida do strain ventricular esquerdo pode identificar a presença de disfunção ventricular antes da queda da FE.

A insuficiência mitral (IM), talvez seja a valvopatia que melhor representa esse paradoxo, uma vez que, nessa doença, o estado de alta pré-carga e baixa pós-carga faz com que a FE não represente adequadamente a função sistólica do VE. Por essa razão, as diretrizes clínicas são bastante conservadoras na definição de disfunção ventricular esquerda nessa condição.145,147-149 Entretanto, alguns estudos indicam que, mesmo utilizando esses parâmetros, o desfecho clínico após correção cirúrgica da IM pode não ser satisfatório, especialmente no que se refere à queda da FE e à presença de IC.150-151 Dessa forma, estudos têm demonstrado que mesmo em pacientes com FE acima de 60% e com diâmetro sistólico final do VE menor que 40 mm, a presença de SLG reduzido (≤ 19%) se associou à queda da FE abaixo de 50% no pós-operatório.152-154 Um SLG reduzido, abaixo de 18,1%, também se associou à maior mortalidade e a mais eventos CV em pacientes com IM seguidos prospectivamente e submetidos à cirurgia corretiva.155

Na insuficiência aórtica (IAo), demonstrou-se que a gravidade da valvopatia se correlaciona com a queda do strain ventricular esquerdo.156 Além disso, em pacientes com IAo importante e crônica, assintomáticos e com FE preservada, um SLG abaixo de 19% se associou à maior mortalidade ao longo do tempo, que era corrigida com a realização de troca valvar.157 O mesmo grupo mostrou que uma medida menor que 19% do SLG após a cirurgia, bem como uma queda de mais de 5 pontos percentuais no SLG, implicava em maior mortalidade.158

Na estenose aórtica (EA) importante, a presença de FE menor que 50% e/ou de sintomas têm sido os pilares para indicação de tratamento.145,147-149 Entretanto, uma estratégia baseada em aguardar que a FEVE caia para < 50% para indicar a intervenção cirúrgica aórtica pode levar a desfechos clínicos insatisfatórios.159 Assim, o emprego de um parâmetro robusto de detecção de disfunção miocárdica subclínica, como o SLG, parece ser uma ferramenta de grande valor na estratificação do risco (Figura 6.1). Enquanto a FEVE não difere entre os graus de EA, o SLG diminui linearmente conforme a doença progride,160 acarretando maior risco de desfechos clínicos adversos, mesmo em assintomáticos.161

Figura 6.1. – Dois pacientes com estenose aórtica grave clássica, de alto fluxo, com fração de ejeção (FE) do ventrículo esquerdo normal, mas valores bastante distintos de strain longitudinal global (SLG). (A) Gradiente transvalvar aórtico médio = 61 mmHg, com FE e SLG normais. (B) Gradiente transvalvar aórtico médio = 88 mmHg, com FE normal e SLG diminuído.

Figura 6.1

Diversos estudos examinaram o valor prognóstico do SLG para predizer a mortalidade e eventos CV em indivíduos assintomáticos com EA e FEVE preservada, visando selecionar quais devem ser encaminhados precocemente para a intervenção valvar.162-164 Os resultados desses estudos foram condensados em uma metanálise que definiu SLG < 14,7% como o valor de corte associado com maior risco de morte (sensibilidade de 60% e especificidade de 70%; área sob a curva [ASC] = 0,68).165 Foi encontrado SLG < 14,7% em aproximadamente um terço da população de indivíduos com EA moderada a grave e FEVE preservada, acarretando risco de morte 2,6 vezes maior. É importante ressaltar que a relação entre SLG e mortalidade foi significativa, tanto naqueles com FEVE entre 50-59% quanto naqueles com FEVE ≥ 60%. Em contraste, o achado de SLG > 18% se associou com excelente evolução clínica (97±1% de sobrevida em 2 anos). Portanto, o SLG diminuído, a despeito da FEVE preservada, configura-se como um poderoso preditor prognóstico a ser considerado na tomada de decisão clínica para indicar intervenção na EA grave assintomática, em conjunto com outros dados clínicos e ecocardiográficos.

7. Strain nas Cardiopatias Isquêmicas

7.1. Introdução

A ecocardiografia é uma excelente ferramenta a ser utilizada nas unidades de emergência para o diagnóstico de síndrome coronariana aguda e suas complicações. Ela oferece informações sobre o prognóstico desses pacientes a curto e a longo prazo, e o seu papel está bem definido na estratificação de risco da DAC estável e na avaliação de viabilidade miocárdica.

Entre as técnicas existentes, a ecocardiografia bidimensional com strain pelo speckle tracking (2DST) ratifica e acrescenta informações, sem estender em demasiado o tempo de exame. Ela avalia com boa acurácia a isquemia subendocárdica através do strain longitudinal em eventos agudos e crônicos.

Ao longo do texto, serão revisadas as indicações sobre o uso do strain longitudinal, circunferencial e radial nas cardiopatias isquêmicas, assim como outros dados fornecidos ao se calcular o strain, como a dispersão mecânica. Na Tabela 7.1 estão as principais indicações do strain na cardiopatia isquêmica

Tabela 7.1. – Principais aplicações do strain na cardiopatia isquêmica.

Indicações do strain na cardiopatia isquêmica
Avaliação da alteração segmentar e global
Diferenciação de infartos subendocárdicos dos transmurais (acometimento longitudinal, radial e circunferencial)
Discriminar a artéria culpada de acordo com o acometimento pelo bull’s eye
Avaliação da melhora do strain global e segmentar após a revascularização miocárdica
Melhora a detecção de doença arterial coronariana
Preditor desfechos e de remodelamento após infarto agudo do miocárdio
Preditor de desfechos como hospitalizações por insuficiência cardíaca e mortalidade por todas as causas
Identifica pacientes com risco de arritmias

7.2. Strain na Síndrome Coronariana Aguda

O strain bidimensional é um marcador com boa sensibilidade para detectar isquemia miocárdica, considerado mais reprodutível que a FEVE e com acurácia confirmada pela RMC.52,166 A fibra subendocárdica é mais sensível à isquemia no seu estágio inicial, e o componente longitudinal predomina nesse tipo de isquemia.167 O SLG apresenta-se reduzido no infarto agudo do miocárdio (IAM) e correlaciona-se com a extensão do infarto, FE, eventos adversos e resposta às estratégias de reperfusão.168-172

Pacientes com infartos de pequena extensão, apresentam o SLG e radial reduzidos, enquanto o circunferencial e o twist se mantêm preservados. No entanto, o strain circunferencial estará comprometido também no infarto transmural.173

A identificação da extensão do infarto transmural apresenta uma implicação prognóstica importante, pois está associada a prognóstico reservado e a um maior número de eventos adversos. Os infartos subendocárdicos e não transmurais são associados com recuperação após revascularização (Figura 7.1).174

Figura 7.1. – Strain 2D visualizado através do bull’s eye demonstra alteração de deformidade na região apical do ventrículo esquerdo, com valores dos segmentos envolvidos reduzidos, compatível com lesão de artéria descendente anterior.

Figura 7.1

Um valor do strain longitudinal de 15% correlaciona-se com alterações segmentares (sensibilidade de 76% e especificidade de 95%).168O strain radial com o ponto de corte de 16,5% diferencia infartos transmurais dos não transmurais (sensibilidade de 70% e especificidade de 71,2%). O valor do strain circunferencial < 11% diferencia infarto transmural de não transmural (sensibilidade de 70% e especificidade de 71,2%).175Além disso, o strain longitudinal regional de 4,5% distingue infarto transmural de não transmural (sensibilidade de 81,2% e especificidade de 81,6%).176,177

Um outro dado importante em relação ao SLG é o seu valor diagnóstico na doença coronariana aguda (DCA) sem supra de ST para discriminar a artéria culpada. Uma coorte com 58 pacientes, dos quais 33 tinham DAC significativa (lesão acima de 50%) definida pela cineangiocoronariografia e submetidos à análise do strain antes do procedimento, demonstrou um ponto de corte de 19,7% (sensibilidade de 81% e especificidade de 88%, com ASC = 0,92) para detecção de DAC. O emprego de um ponto de corte de 21% foi capaz de excluir estenose coronariana significativa em 100% dos pacientes. O strain longitudinal territorial foi calculado como a média dos strain de pico sistólico dos segmentos que pertencem ao território daquele vaso estudado. Nesse trabalho, se o ponto de corte de 21% fosse aplicado, 16 pacientes seriam poupados da cineangiocoronariografia.178,179

O strain pode ser uma ferramenta para auxiliar na detecção de oclusão coronariana aguda em pacientes sem supra de ST, que podem se beneficiar de terapia de reperfusão precoce. Um estudo avaliou 150 pacientes, que realizaram o exame ecocardiográfico antes de serem encaminhados à cineangiocoronariografia. Desse total, 33 apresentaram oclusão coronariana aguda. Observou-se que um strain menor que 14% identificou a oclusão coronariana aguda (sensibilidade de 85% e especificidade de 70%), mas estudos mais robustos necessitam ser realizados para validação da técnica.180

O strain emergiu como uma nova técnica para detectar alterações subclínicas segmentares e globais, com performance acima de testes enzimáticos, ECG e escores de risco, além do seu papel na avaliação prognóstica desses pacientes com DCA. Trata-se de um exame rápido disponível à beira do leito e que pode ser realizado antes da cineangiocoronariografia, especialmente por ecocardiografistas treinados. Essa técnica está indicada, conforme os estudos citados, na DCA sem supra de ST para a avaliação das alterações segmentares e da função ventricular global, para diferenciar infartos pequenos dos infartos transmurais, discriminar a provável artéria culpada e para a avaliação pós-revascularização percutânea. Também é possível utilizá-la para a avaliação da viabilidade miocárdica após episódios de IAM.181,182

7.3. Strain na Síndrome Coronariana Crônica

A área mais suscetível a isquemia está localizada na região subendocárdica e, nessa localidade, as fibras estão orientadas no sentido longitudinal, portanto a avaliação da deformação longitudinal utilizando o 2DST seria um excelente marcador para a presença isquemia em comparação à avaliação somente pela ecocardiografia convencional.183

A interação do miocárdio normal e anormal gera padrões regionais típicos de deformação miocárdica, indicando que a contração miocárdica e a deformação miocárdica não são parâmetros intercambiáveis.16,184

O SLG pode ser muito mais sensível do que a FEVE na capacidade de detectar alterações precoces na isquemia miocárdica, pois avalia a função longitudinal do VE, porém ele não tem especificidade superior quando comparado às alterações da mobilidade de parede.185,186

A variabilidade das medidas regionais do strain pelo speckle tracking é relativamente alta, o que torna essas avaliações menos adequadas para o uso de rotina. No entanto, as medidas do SLG mostraram-se reprodutíveis e robustas, provavelmente devido à avaliação amplamente automatizada desse método.187 A outra alteração é a heterogeneidade regional de ativação miocárdica, que altera a sequência temporal de encurtamento e alongamento do miocárdio.

Na isquemia, não somente a amplitude do encurtamento é reduzida, como também o início e a duração da contração das fibras são alterados, o que gera um encurtamento ou espessamento característico do miocárdio após o fechamento da válvula aórtica.187 Essa alteração, chamada de encurtamento pós-sistólico (EPS), é característica do desenvolvimento de isquemia, apesar de poder ocorrer também na disfunção regional de qualquer causa (cicatriz, dissincronia etc.).187,188 Esse EPS pode ser entendido como um sinal de atraso do relaxamento para que a região isquêmica possa encurtar, enquanto a pressão do VE reduz e o tecido circundante relaxa.16 Um menor EPS com função sistólica normal é um achado frequente em 30% a 40% dos segmentos miocárdicos de corações saudáveis e pode ser encontrado principalmente no ápice e na base das paredes inferior, septal e antero-septal.16,189 Um dado importante no contexto da CMP isquêmica é a avaliação temporal do padrão das curvas do SLG, pois, muitas vezes, os segmentos isquêmicos podem ter valores do pico sistólico preservados, porém apresentam atraso temporal em relação aos outros segmentos não isquêmicos.

É importante ressaltar que as medidas do strain longitudinal regional não necessariamente refletem a impressão visual das alterações da contração, que é determinada pelo espessamento radial e pelo movimento endocárdico para o interior da cavidade.16

O SLG contribui para a detecção de DAC em pacientes com angina estável (estenose maior ou igual a 70%), com valores reduzidos na presença de DAC (17,1 ± 2,5% vs. 18,8 ± 2.6%; p < 0,001), especialmente quando associado ao teste ergométrico, e, além disso, identifica a provável artéria culpada.183 O emprego do strain longitudinal e, especialmente, do strain rate melhorou a sensibilidade e a acurácia na detecção das alterações segmentares no período tardio do pós-infarto do miocárdio.189

Na estratificação dos pacientes pós-IAM, um valor SLG menor que 15% antes da alta hospitalar foi um preditor independente de dilatação do VE em um seguimento de 3 a 6 meses, além de servir como um marcador do tamanho da área do infarto.190Nesse mesmo contexto de pós-IAM, um valor do SLG menor do que 14% foi um preditor independente de morte cardiovascular e internações por IC.191 Nos pacientes com doença crônica estável, um valor do SLG menor que 11,5% também demonstrou ser um preditor de morte por todas as causas e de desfechos combinados (morte por todas as causas e internação por IC).192

A heterogeneidade regional da contração miocárdica também pode ser avaliada pela dispersão mecânica, que é definida como o desvio padrão de tempo para atingir o pico tensão negativa entre todos os segmentos do VE. Esse índice tem um valor preditivo para taquiarritmia ventricular em pacientes pós-infarto. Foi demostrado que valores maiores de dispersão foram encontrados em pacientes que apresentaram arritmias no pós-IAM (85 +/- 29 ms vs. 56 +/-13 ms, p < 0,001).193

7.4. Strain do Ventrículo Direito na Cardiopatia Isquêmica

A função do VD é comprometida em aproximadamente um terço dos infartos de parede inferior e seu envolvimento tem sido descrito como um preditor importante de mortalidade hospitalar e de complicações maiores. A avaliação da função do VD é desafiadora devido à sua complexidade estrutural. O valor do strain da parede livre do VD demostrou ser um preditor de oclusão proximal da artéria coronária direita em pacientes com IAM de parede inferior (strain da parede livre do VD < 14,5%, ASC = 0,81; p < 0,001).194

Na doença isquêmica crônica estável, o strain da parede livre do VD apresenta-se alterado em pacientes com estenose da coronária direita (lesão maior que 50%) e pode ser usado para detectar disfunção subclínica nesse contexto.195

8. Strain nas Doenças Sistêmicas (Amiloidose e Doença de Fabry)

8.1. Strain na Amiloidose Cardíaca

A amiloidose é uma doença sistêmica causada pela deposição extracelular de fibrilas amiloides insolúveis nos tecidos. O acometimento cardíaco é um importante fator prognóstico e causa grande impacto na qualidade de vida dos pacientes, ocorrendo mais comumente nas formas causadas por cadeias leves (AL) e na amiloidose por transtirretina (ATTR).196

A ecocardiografia é um método de primeira linha para o diagnóstico e a avaliação prognóstica da amiloidose cardíaca (AC) e de outras doenças cardíacas infiltrativas. A maioria dos achados clássicos e sinais mais específicos da AC ao ecocardiograma ocorre somente em estágios muito avançados da doença.30 Situações clínicas como a IC com FE preservada e a presença de hipertrofia ventricular podem servir como sinais de alerta para a suspeição diagnóstica de AC.197

8.1.1. Papel da Análise da Deformação Miocárdica no Diagnóstico da Amiloidose Cardíaca

O SLGVE encontra-se consistentemente alterado em pacientes com AC e está diretamente relacionado ao grau de infiltração amiloide, quantificado na ressonância magnética (RM) pelo grau de realce tardio por gadolíneo (LGE) e pelo volume extracelular (VEC) calculado em imagens de sequência T1.30 Um padrão de alteração regional dos valores de strain longitudinal (SL), com preservação relativa dos valores de deformação longitudinal dos segmentos apicais (RELAPS) foi descrita na literatura, definindo um gradiente basal-apical característico, conhecido como apical sparing ou cherry on top (Figura 8.1).

Figura 8.1. – Strain 2D longitudinal do ventrículo esquerdo em paciente com amiloidose cardíaca ATTR, demonstrando padrão de preservação relativa apical ou apical sparing, com maior acometimento da deformação segmentar em segmentos médios e basais, com maior deformação nos segmentos apicais.

Figura 8.1

Na publicação original de Phelan et al., o RELAPS foi calculado a partir da seguinte equação: média do SL apical/(média do SL dos segmentos médios + média do SL dos segmentos basais), com valores > 1,0 apresentando boa acurácia para o diagnóstico de AC, com boa diferenciação de hipertrofias ventriculares causadas por EA e pela CMPH (ASC: 0,94).20

Esse padrão regional do SL, com gradiente basal-apical, é encontrado indistintamente nos tipos de amiloidose AL e ATTR. É importante enfatizar que o padrão clássico de apical sparing, embora descrito como característico para AC, pode estar ausente, conforme exemplificado no estudo de Ternacle et al., em que 52% dos pacientes com diagnóstico de AC tinham RELAPS “não diagnóstico” (< 1,0).198 Isso pode ser explicado, em alguns casos, pelo baixo grau de infiltração amiloide do miocárdio, em estágios bastante precoces da doença. Valores de SL regional septal apical/septal basal > 2,1 (SAB), quanto associados a tempo de desaceleração do influxo mitral < 200 ms, também demonstraram boa acurácia para a diferenciação de AC de outras doenças com fenótipo de hipertrofia parietal do VE, como doença de Fabry, ataxia de Friedreich, e hipertrofia do VE relacionada à hipertensão arterial sistêmica (HAS).199

A relação da FE do VE/SLG > 4,1 também foi demonstrada como um bom parâmetro para diferenciar AC de CMPH, com performance superior ao RELAPS ou SAB, independentemente do tipo de AC.200

A deformação miocárdica do VD está geralmente reduzida em pacientes com AC, e seu achado pode ajudar a diferenciar de outras causas de hipertrofias parietais (Figura 8.2), tendo sido descrito também um padrão de preservação relativa apical, similar ao que é descrito no VE.201 Bellavia et al. demonstraram que alterações do VD podem ocorrer precocemente em pacientes com AC do tipo AL, mesmo em casos em que as espessuras parietais do VE ainda são normais.202

Figura 8.2. – Strain 2D longitudinal do ventrículo direito em paciente com amiloidose cardíaca ATTR, demonstrando redução do valor absoluto global (SLGVD = 9,9%) e redução absoluta do strain médio de parede livre (11,4%), com maior acometimento da deformação segmentar em segmentos médios e basais, com maior deformação nos segmentos apicais.

Figura 8.2

Na AC, assim como observado em outras CMPs infiltrativas, pode haver acometimento significativo de outros componentes da deformação miocárdica, como o strain circunferencial,203 strain radial,204 twist e torção (Figura 8.3). Em pacientes com amiloidose sistêmica em estágios iniciais de doença, sem evidência de AC, o twist e untwist podem estar aumentados de forma compensatória,205 sendo a deterioração desses parâmetros progressiva com o evoluir da doença,206 podendo levar, em casos avançados, à rotação da base e ápice cardíacos na mesma direção, criando um padrão chamado de rigid body rotation, com perda completa de importante contribuição da torção cardíaca à mecânica ventricular.

Figura 8.3. – Amiloidose ATTR. Strain 2D radial do ventrículo esquerdo (VE) na porção basal, demonstrando importante redução dos valores absolutos em todos os segmentos (A). Há também alteração do strain circunferencial, resultando em significativa redução do twist (4o) e torção do VE (B).

Figura 8.3

O strain do AE também se encontra frequentemente alterado de forma significativa nos pacientes com AC, em parte como resultado da própria DD do VE, mas também de forma importante pelo efeito da infiltração direta da parede atrial por fibrilas amiloides (Figura 8.4). Em um estudo recente de Aimo et al., apenas o SL atrial de pico (LA-PALS) apresentou uma associação independente com o diagnóstico de AC, além das variáveis ecocardiográficas clássicas e dos biomarcadores cardíacos.207 Foi também reconhecido que a miopatia infiltrativa atrial avançada poderia causar grave disfunção e perda da eficiência mecânica da cavidade, levando a uma situação de “dissociação eletromecânica” atrial (DEMA).208 Em uma grande coorte de pacientes, Bandera et al. demonstraram a presença de DEMA (determinados pela análise do SL) em 22,1% dos pacientes em ritmo sinusal, que era fator determinante de mau prognóstico, quando comparado com a evolução de pacientes em ritmo sinusal e função mecânica atrial preservada.209 Em uma série de 156 pacientes com AC da Mayo Clinic, trombos intracardíacos foram detectados pelo ecocardiograma transesofágico em 27%,210 dados reproduzidos por outros estudos, com ocorrência de trombos inclusive em pacientes em ritmo sinusal211,212(Figura 8.5).

Figura 8.4. – Amiloidose AL. Strain bidimensional do átrio esquerdo (AE), com análise das janelas apical 4 câmaras e apical 2 câmaras demonstrando importante redução do valor do strain de AE biplanar (strain reservatório = 4%).

Figura 8.4

Figura 8.5. – Amiloidose ATTR. Na janela apical ao bidimensional (A), podemos observar a presença de grande massa móvel no interior do átrio direito em paciente com ritmo sinusal. Ao ecocardiograma transesofágico tridimensional (B), em imagem renderizada, observa-se a grande massa aderida ao apêndice atrial direito, correspondendo a trombo. IAS: septo interatrial; SVC: veia cava superior; TV: valva tricúspide.

Figura 8.5

O strain 3D pode ser útil em demonstrar alteração de todos os componentes da deformação miocárdica em pacientes com AC. Vitarelli et al. demonstraram que a rotação basal de pico do VE, SL basal do VD e SL basal do VE foram capazes de distinguir com grande acurácia pacientes com AC de pacientes portadores de outras hipertrofias ventriculares.213 Em estudo de Baccouche et al.214 usando SL derivado da ECO3D, foi possível demonstrar o mesmo padrão de apical sparing, com gradiente basal-apical característico.

O trabalho miocárdico (TM), do inglês myocardial work (MW), também foi avaliado em pacientes com AC. Clemmensen et al. demonstraram que pacientes com AC tiveram menor índice de TM do VE (left ventricular myocardial work index, LVMWI) que o grupo-controle, com alterações mais pronunciadas nos segmentos basais e, quando submetidos a ecocardiograma de estresse, o aumento de LVMWI do repouso ao pico do exercício foi de 1.974 mmHg% em pacientes do grupo-controle (IC95% 1.699–2.250 mmHg%; p < 0,0001) comparado com apenas 496 mmHg% em pacientes com AC (IC95% 156–835 mmHg%; p < 0,01).215

O uso de strain para a avaliação evolutiva e para monitorar a resposta de pacientes em uso de tratamentos específicos para AC é bastante promissor. Giblin et al. avaliaram retrospectivamente 45 pacientes com AC ATTR em seguimento de 1 ano, comparando os valores de SL e MW entre os grupos de pacientes tratados e não tratados com Tafamidis.216 No grupo de pacientes não tratados, foi encontrada uma maior deterioração de SLG (p = 0,02), LVMWI e eficiência de TM (p = 0,04), sem diferenças significativas entre os grupos considerando os valores de strain circunferencial, strain radial, twist ou torção.

Os parâmetros de deformação miocárdica também foram bastante estudados como índices prognósticos na AC pela sua capacidade em fornecer dados quantitativos e pela sua alta sensibilidade e reprodutibilidade. Em estudo de Ternacle et al., foram preditores independentes de eventos cardiovascular maiores em um seguimento médio de 11 meses: SL apical médio (ponto de corte: -14,5%), NT-pro-BNP elevado e classe funcional NYHA III ou IV.198 Em outro estudo, o índice RELAPS se associou de forma independente com o desfecho composto de morte ou transplante cardíaco em 5 anos (hazard ratio 2,45; p = 0,003), mantendo o valor preditivo desse desfecho primário mesmo na análise multivariada (p = 0,018).217

Em um grande estudo publicado por Buss et al. incluindo 206 pacientes com AC AL, foi demonstrado que o SL baseado no Doppler e o SLG tiveram forte associação com os níveis de NT-proBNP e com a sobrevida (melhor ponto de corte: -11,78%), sendo que, na análise multivariada, apenas a DD e o SLG permaneceram como preditores independentes de sobrevida.218

Em trabalho recente, Liu et al. incluíram 40 pacientes portadores de mieloma múltiplo com FE preservada antes do início de tratamento com bortezomibe, medindo SLG e parâmetros de TM na linha de base.219 Os autores observaram que eficiência de TM global (global MW efficiency, GMWE) tinha associação significativa com eventos adversos cardíacos após 6 meses de quimioterapia, com ASC = 0,896 (IC95% 0,758–0,970; p < 0,05). O SL do VD também foi associado a prognóstico em pacientes com AC. Huntjens et al., estudando 136 pacientes com AC, demonstraram que valores de strain de todas as cavidades tinham associação significativa com sobrevida em um seguimento médio de 5 anos.220 O SL de pico do AE e o strain médio de parede livre do VD mantiveram associação independente com prognóstico na análise multivariada. Como variável independente, o strain de pico do AE teve a associação mais robusta com a sobrevida (p < 0,001), e combinando strain do AE com SLG e strain médio de parede livre do VD, foi obtida a maior capacidade de predição prognóstica (p < 0,001).

8.2. Doença de Fabry

A doença de Anderson-Fabry é a doença de depósito glicogênico mais comum, acometendo 1 a cada 50.000 indivíduos.221 É uma doença recessiva ligada ao X, portanto, afeta comumente mais indivíduos masculinos, sendo as mulheres carreadoras da mutação, e caracteriza-se pela ausência da atividade da alfa-galactosidade. Com isso, ocorre um acúmulo progressivo de globotriaosilceramida nos rins, coração e nervos. Clinicamente, os pacientes manifestam-se com alterações cutâneas (angioqueratomas), neuropatia periférica, insuficiência renal e IC decorrente de uma CMP restritiva com aumento da espessura miocárdica. Essas manifestações clínicas podem ocorrer na infância, porém, é mais comum que surjam após a terceira década de vida.222

A análise morfológica do acometimento ventricular apresenta a característica de aumento da espessura do VE, podendo evoluir para uma redução de sua complacência e IC com FE preservada por uma CMP restritiva. Outros achados interessantes que podem somar como red flags são a presença de hipertrofia do músculo papilar, sinal do duplo contorno do endocárdio e obstrução dinâmica na via de saída do VE.223 Esse fenótipo semelhante da CMPH é descrito em 6% dos homens224 e em 12% das mulheres, com o diagnóstico na faixa etária mais tardia.225 Por outro lado, a análise paramétrica disposta pelo bull’s eye da deformação longitudinal do VE tem um papel relevante na diferenciação das CMPs que cursam com aumento da espessura miocárdica, principalmente quando há um fenótipo assimétrico da hipertrofia ventricular esquerda (HVE), em que há a possibilidade etiológica de uma CMPH, amiloidose (principalmente por transtirretina), doença de Fabry e cardiopatia hipertensiva no idoso.

Caracteristicamente, a CMPH apresenta os valores segmentares mais reduzidos nas porções em que ocorre maior espessura; a CMP amiloidótica ocorre um padrão de poupar o ápice e acometer mais as regiões médio-basais do VE, a cardiopatia hipertensiva pode se apresentar com discreta redução SLG. Porém, curiosamente, a doença de Fabry, apresenta um padrão singular em que, apesar do aumento assimétrico da espessura ventricular, a região mais acometida pela deformação longitudinal é a porção basal da parede ínfero-lateral (Figura 8.6), e ocorre um padrão decremental progressivo à medida que a doença evolui sem tratamento. Existe uma boa correlação entre o acometimento descrito pela análise de deformação longitudinal do VE e o realce tardio pela RM nas diferentes fases da doença.222 Além desse papel discriminatório, um estudo avaliou doentes com Fabry sem alterações morfológicas com um grupo-controle saudável. Nesse estudo, foi analisado o strain longitudinal do VE, VD e do AE com diferença entre os grupos (18,1 ± 4,0, 21,4 ± 4,9 e 29,7 ± 9,9 vs. 21,6 ± 2,2, 25,2 ± 4,0 e 44,8 ± 11,1%, p < 0,001). Interessantemente, além dessa diferença entre os grupos, as alterações da deformação apresentaram boa correlação com a gravidade dos sintomas.226

Figura 8.6. – Strain global longitudinal, em paciente com doença de Fabry, mostrando, no bull’s eye, os valores mais reduzidos nas porções basais da parede ínfero-lateral do ventrículo esquerdo.

Figura 8.6

O tratamento já é disponibilizado, e é possível apresentar mudanças morfológicas do coração a partir de um ano de tratamento, como a redução de sua espessura.227,228 Sendo assim, é esperado que ocorra uma melhora da deformação longitudinal do VE mais precocemente, mesmo antes da redução da massa ventricular. Porém, a literatura ainda carece de publicações sobre a resposta terapêutica e o padrão do SLG ao longo do tratamento.

A análise da deformação miocárdica é uma importante ferramenta no diagnóstico das hipertrofias ventriculares sem etiologia, principalmente dentro de um contexto clínico coerente e com boa janela ecocardiográfica, acompanhamento dos familiares que não tiveram acesso ao estudo genético e avaliação de resposta terapêutica (Figura 8.6).

9. Strain na Hipertensão Arterial Sistêmica

9.1. Introdução

Nesta sessão, serão discutidas as principais vantagens e desvantagens do uso do strain em casos de HAS, com e sem critérios para CMP hipertensiva (presença ou não de HVE), e o seu valor clínico atual.

9.2. Hipertensão Arterial Sistêmica sem Critérios para Hipertrofia Ventricular Esquerda

A HAS provoca, ao longo de sua evolução clínica, alterações da contratilidade miocárdica comprovada com a redução do strain longitudinal em resposta à pós-carga e ao estresse sistólico de parede elevados, com significado prognóstico comprovado. A queda do SLG traduz a disfunção miocárdica subclínica antes mesmo do surgimento da HVE e queda de FE detectada pela medida tradicional, sendo essa medida do strain a única a se alterar em HAS estágio A do desenvolvimento de IC.229-239A redução do SLG acontece, inicialmente, na região basal do septo interventricular (SIV), estendendo-se para as regiões basal e média de outras paredes, e isso se deve à provável maior sobrecarga do SIV ao estresse sistólico de parede nos estágios iniciais da síndrome hipertensiva.240,241 (Figura 9.1) As fibras longitudinais da camada subendocárdica estão precocemente acometidas nessa fase inicial juntamente com o mesocárdio, ao contrário do epicárdio, como demonstrado em alguns estudos.242

Figura 9.1. – Exemplos de mapa polar do strain longitudinal global (SLG) com as curvas do strain de pico sistólico obtidas em 4C, 2C e 3C. (A) Paciente saudável não hipertenso com SLG preservado; (B) Paciente hipertenso sem hipertrofia ventricular esquerda (HVE) com SLG no limite inferior da normalidade com alteração regional da deformação miocárdica em septo basal; (C) Paciente hipertenso com HVE com SLG reduzido e com maior alteração da deformação miocárdica nos segmentos basais e médios do que nos apicais.

Figura 9.1

Entretanto, a alteração do strain longitudinal da camada epicárdica foi a única variável preditora de eventos CVs em outra publicação, indicando que seu acometimento pode corresponder à lesão mais severa e crônica.243 Todavia, na grande maioria dos equipamentos disponíveis atualmente a análise por camadas do miocárdio não é possível. Por outro lado, os strains radial e circunferencial, que usam toda a espessura miocárdica em sua análise, têm uma tendência a permanecerem inalterados ou até mesmo aumentados como uma provável tentativa de compensação mecânica à redução do SLG60,236 e, quando o componente circunferencial se altera, pode traduzir disfunção miocárdica mais severa.244

As principais explicações para a redução do SLG estão associadas a um aumento da síntese de colágeno, culminando com a fibrose, marcador contundente de disfunção miocárdica. O SLG reduzido se correlaciona não somente com marcadores plasmáticos de fibrose, como a elevação do inibidor tecidual de metaloproteinase, mas também com a fibrose detectada com realce tardio pelo gadolíneo em estudos de RM em pacientes hipertensos.231,234,238,239 Reduções do SLG foram também observadas em pacientes com hipertensão dos tipos mascarada e “jaleco branco”245,246, com correlação dessas quedas com marcadores ecocardiográficos convencionais de DD240, além de maior deterioração a longo prazo em indivíduos que interromperam tratamento anti-hipertensivo.247

9.3. Hipertensão Arterial Sistêmica com Critérios para Hipertrofia Ventricular Esquerda

As consequências miocárdicas da doença hipertensiva crônica incluem a hipertrofia de miócitos, além de fibrose miocárdica e espessamento medial das artérias coronárias intramiocárdicas.248 Consequentemente, a HAS e as modificações do remodelamento miocárdico são fatores de risco para o desenvolvimento de eventos cardíacos maiores, tais como o risco de desenvolvimento de IC e morte prematura. Assim o uso do strain nesses casos tem o objetivo principal de detectar alterações sutis da função sistólica, antes mesmo do comprometimento da FE obtida de forma convencional, selecionando casos de ICFEP para a adoção de tratamento adequado.

Os tipos de remodelamento do VE podem apresentar alterações dos vários tipos de strain. Assim, na hipertrofia concêntrica, é possível encontrar valores reduzidos do SLG com queda progressiva de acordo com a evolução dos tipos geométricos, desde o remodelamento concêntrico até a hipertrofia excêntrica com dilatação do VE.249-251 O strain global circunferencial e o strain global radial encontram-se com valores preservados na maioria dos estudos252 ou até mesmo reduzidos em algumas séries249 e tendem a permanecer normais nas camadas epicárdicas em indivíduos com HAS e HVE.250 O comportamento da torção e do twisting também pode ser variável, com valores normais ou reduzidos de acordo com o tipo de geometria ventricular.249,253 Quando se considera o uso da técnica tridimensional do strain, o SLG 3D tende a se deteriorar de acordo com o grau de hipertrofia e diâmetro da cavidade do VE na HAS.62,250

Além da correlação do SLG reduzido com os diferentes padrões de HVE, o strain pode ser usado para auxiliar no esclarecimento da causa da hipertrofia e é frequentemente mais reduzido em casos de CMPH quando comparado com HVE por HAS.254

9.4. Tratamento Clínico

O SLG apresenta queda paralela com a piora da classe funcional241 e melhora com o tratamento a longo prazo, como demonstrado em uma análise de seguimento de 3 anos após tratamento anti-hipertensivo255 e em casos de tratamento anti-hipertensivo no ambiente de atendimento em emergência.256 O SLG reduzido também se correlacionou com a MAPA anormal em pacientes em tratamento, mesmo após ajuste de outras variáveis clínicas como idade, presença de diabetes melito e índice de massa do VE.257

9.5. Conclusão

Existem evidências suficientes para recomendar o uso do strain em pacientes com HAS, independentemente da presença de HVE, tanto para a identificação precoce das alterações estruturais subclínicas, como para os quadros de ICFEP visando a adoção de tratamento otimizado. Por outro lado, há a necessidade de estudos mais robustos para nortear o uso sistemático do strain nessa população.

10. Strain em Atletas

A atividade física regular e intensa é responsável por uma série de profundas alterações elétricas, estruturais e funcionais adaptativas, usualmente referidas como “coração de atleta”.258 A análise dessa condição é importante para uma melhor compreensão dos mecanismos de adequação cardíaca e melhoria da performance e do rendimento, orientando o treinamento otimizado. Além disso, permite a diferenciação de patologias que podem ter características morfológicas semelhantes àquelas induzidas pelo treinamento.

Atletas de alto rendimento e que apresentam grandes volumes do VE parecem pertencer ao espectro da fisiologia saudável típica do “coração de atleta”. Alguns trabalhos demonstram que o SLG se encontra discretamente reduzido nos atletas em repouso, quando comparado com sedentários; em outros, essa medida mostra-se superior aos controles.259,260 Entretanto, na maioria dos estudos, não foi identificada diferença significativa.261 Essa variação pode estar relacionada ao impacto de diferentes fatores como pré- e pós-carga, massa miocárdica e bradicardia sinusal. Por esse motivo, a presença de valores reduzidos de SLG em atletas com função diastólica do VE normal ou supranormal pode ser determinante para a distinção entre as adaptações secundárias aos exercícios e às patologias cardíacas. Valores absolutos iguais ou superiores a 18% são considerados ainda dentro da normalidade. A redução desses índices é muito mais acentuada em portadores de CMPH e HAS.262 No entanto, o strain circunferencial global e o strain radial não demonstraram alterações significativas em relação ao grupo-controle.261 A representação paramétrica em bull’s-eye pode fornecer subsídios para diferenciar o coração do atleta de outras doenças que cursam com hipertrofias.263

Quando os atletas são categorizados de acordo com o tipo e intensidade dos exercícios praticados em estático e dinâmico, surgem diferenças predominantemente em aspectos mecânicos do VE. Um estudo recente mostrou que a torção cardíaca foi maior em atletas com dinâmica baixa, estática alta (levantamento de peso, artes marciais), estática baixa e dinâmica alta (maratona, futebol) em relação aos controles. Contrariamente, a torção foi menor em atletas com dinâmica alta, estática moderada (natação, polo aquático), o que pode ser explicado por alterações na rotação apical, mas não na basal. O pico de untwisting foi maior em atletas com predominância de exercícios com componentes dinâmico baixo e estático alto, enquanto picos menores foram encontrados em atletas praticantes de esportes com componentes dinâmico alto e estático alto.261 Estudos utilizando o speckle tacking para quantificar a deformação miocárdica têm mostrado que atletas competitivos de resistência (endurance) apresentam valores normais ou aumentados do strain.264-268

Em relação ao VD, os índices de deformação miocárdica, obtidos tanto pelo Doppler tecidual quanto pelo speckle tracking, podem estar discretamente reduzidos nos segmentos basal e médio da parede livre do VD, notadamente em atletas de resistência em comparação aos controles.269 Ainda é controverso se tal redução da deformação miocárdica do VD é apenas uma resposta adaptativa ao exercício ou se é uma alteração subclínica por lesão miocárdica.270 Alguns autores supõem que tal achado pode ser explicado pelas mudanças na curvatura entre o ápice e base do VD, resultando nessa diferença do strain entre os segmentos.

Ainda são iniciais os estudos da função atrial em atletas com a técnica do speckle tracking e apresentam resultados conflitantes. Um estudo mostrou que a contração atrial avaliada pelo SLG do AE diminuiu significativamente após treino.271 Outro estudo não mostrou diferenças no strain atrial entre atletas e sedentários.272

A medida do strain também se faz importante na avaliação da função diastólica. O exercício dinâmico leva a um relaxamento ventricular mais efetivo, além da dilatação biventricular, entretanto, o exercício estático pode estar relacionado ao de aumento da espessura miocárdica e hipertrofia concêntrica do VE, podendo levar a algum grau de comprometimento da função diastólica.273 Além disso, o uso de drogas ilícitas para o aumento da performance pode levar à deterioração da função ventricular, sistólica ou diastólica; a ecocardiografia com speckle tracking pode detectar precocemente essas alterações.274

Por isso, é fundamental que, na avaliação da função ventricular dos atletas profissionais e/ou amadores, utilizemos todas as ferramentas disponíveis no arsenal da ecocardiografia. O strain é capaz de detectar alterações incipientes da função sistólica muito antes que ocorra qualquer alteração da contratilidade ao estudo bidimensional ou diminuição da FE.

A ecocardiografia com speckle tracking tem se mostrado bastante promissora para complementar a ecocardiografia bidimensional de rotina na avaliação de atletas. O SLG nessa população (diferentemente da população sedentária) pode ser considerado normal com valores absolutos superiores a 16%, valores inferiores devem levantar suspeita de patologia, principalmente se diante de outros sinais sugestivos como hipertrofia ou dilatação ventricular significativas.275

11. Strain na Ecocardiografia com Estresse

A Tabela 11.1 mostra as principais aplicações do strain na ecocardiografia com estresse.

Tabela 11.1. – Aplicações do strain na ecocardiografia com estresse.

Cenário clínico Conceito
Detecção de isquemia189,276-280
  • •SL regional detecta isquemia endocárdica.

  • •SC é útil para a diferenciação entre infarto transmural e não transmural.

  • •O aumento do tempo até o pico de SL é útil para a detecção precoce de isquemia.

  • •Encurtamento pós-sistólico (sensível, mas não específico para detecção de isquemia).

  • •SRL sistólico (menor dependência de carga e FC em relação ao strain).

  • •Parâmetros de deformação diastólica.

Avaliação da viabilidade281-285
  • •SL e SRL aumentam a acurácia para a detecção de viabilidade em paciente com IM tratados com ATC em baixas doses de dobutamina.

  • •SL é o melhor preditor de melhora da função após CRM.

  • •Ausência de resposta à dobutamina prediz com acurácia a ausência de melhora após CRM.

  • •Diferenciação entre miocárdio atordoado e hibernante (SL e SRL diminuídos e encurtamento pós-sistólico presente).

Estenose aórtica286,287
  • •SLG na avaliação da estenose aórtica baixo fluxo baixo gradiente.

  • •Pacientes com SLG > 10%, após uso da dobutamina, apresentam maior sobrevida.

  • •SLG de estresse apresentou maior acurácia do que ao repouso.

Miocardiopatia hipertensiva288
  • •Déficit de SL e SR mais evidente ao estresse do que ao repouso nas fases iniciais, possibilitando medidas de prevenção.

Miocardiopatia diabética289,290
  • •SRL diminuído nos segmentos médios e basais durante ESD

  • •Velocidades miocárdicas diminuídas precocemente em pacientes assintomáticos com resistência à insulina durante ESD.

Cardiomiopatias132,291-293
  • •Diminuição da reserva funcional sistólica detectada ao SL e SR após estresse.

  • •Ausência de melhora de parâmetros de função diastólica.

  • •Time-to-peak aumentado na CMPH associado à dissincronia.

  • •Baixos valores do SL do VD na displasia arritmogênica não melhora significativamente com estresse.

Coração de atleta294,295
  • •Valores do SL discretamente reduzidos com reserva miocárdica preservada ou supranormal.

  • •O uso do SLG de estresse ajuda a diferenciar o coração de atleta de uma cardiomiopatia.

ATC: angioplastia transluminal coronária; CMPH: cardiomiopatia hipertrófica; CRM: cirurgia de revascularização miocárdica; ESD: ecocardiografia de estresse com dobutamina; FC: frequência cardíaca; IM: infarto do miocárdio; SC: strain circunferencial; SL: strain longitudinal; SR: strain radial, SLG: strain longitudinal global; SRL: strain regional longitudinal; VD: ventrículo direito.

Em breve, um artigo de revisão mais completo sobre ecocardiografia de estresse será publicado neste periódico.

12. Strain nas Cardiopatias Congênitas

Alguns estudos já demonstraram o elevado valor prognóstico do strain obtido pelo speckle tracking, reforçando sua utilidade tanto em patologias congênitas como adquiridas.9No entanto, o strain miocárdico está sujeito a variações fisiológicas causadas por idade, sexo, frequência cardíaca, pré-carga, pressão arterial e superfície corpórea, além do tipo de software utilizado para análise.296 Um esforço contínuo vem sendo realizado no sentido de estabelecer valores normais do strain que possam ser utilizados como referência universal em pediatria, para que a avaliação da deformação miocárdica seja adotada na rotina clínica.297-299

Apresentaremos, nas tabelas a seguir, os valores de strain miocárdico já apresentados na literatura, em crianças normais (Tabelas 12.1 a 12.3) e em algumas cardiopatias congênitas, com recomendações de valores de corte (Tabela 12.4).

Tabela 12.1. – Valores normais de strain de ventrículo esquerdo, segundo as faixas etárias298.

Idade em anos Strain global de pico sistólico longitudinal Strain de pico sistólico longitudinal corte apical 4 câmaras Strain global de pico sistólico circunferencial Strain de pico sistólico circunferencial ao nível dos músculos papilares Strain global de pico sistólico radial Strain de pico sistólico radial ao nível dos músculos papilares
0-1 18,7% (20,8; 16,7) 19,4% (22,2; 16,6) _____ 18,2% (22,6; 13,7) _____ 44,4% (36,6; 52,1)
2-9 21,7% (23,0; 20,5) 21,0% (21,8; 20,2) 24,5% (27,2; 21,7) 20,3% (21,4; 19,1) 48,0% (33,3; 62,8) 50,8% (47,4; 54,1)
10-13 20% (20,8; 19,1) 20,5% (21,7; 19,2) 21,9% (26,5; 17,4) 21,5% (23,1; 19,8) 43,7% (33,0; 54,5) 52,1% (48,5; 55,8)
14-21 19,9 (20,6; 19,2) 19,9% (21,2; 18,6) 16,4% (23,3; 9,6) 16,4% (23,3; 9,6) 44,0% (41,6; 46,4) 46,4% (39,7; 53,1)
Geral 20,2% (20,8; 19,6) 20,4% (21,1; 19,8) 22,3% (19,9; 24,6) 20,4% (21,1; 19,8) 45,2% (38,8; 51,7) 49,4% (47,2; 51,6)

Valores expressos como média e intervalo de confiança de 95%.

Tabela 12.2. – Valores normais de strain de ventrículo direito, segundo as faixas etárias300.

  31 dias a 24 meses 2 a 5 anos 5 a 11 anos 11 a 18 anos
SLG VD % 25,4 ± 3,9 25,9 ± 4,0 25,8 ± 4,7 25,4 ± 4,1

SLG: strain longitudinal global; VD: ventrículo direito. Valores expressos como média ± desvio padrão.

Tabela 12.3. – Valores normais de strain atrial direito e esquerdo, segundo as faixas etária301.

Medida 31 dias a 24 meses 2 a 5 anos 5 a 11 anos 11 a 18 anos
Strain AE (R) % 52,8 ± 10,1 55,7 ± 10,7 58,1 ± 10 57,6 ± 10,5
Strain AE (C) % 14,2 ± 6,6 12,7 ± 6,1 14,0 ± 6,7 15,1 ± 7,0
Strain AD (R) % 47,1 ± 9,6 49,6 ± 10,2 51,6 ± 10,7 52,0 ± 10,6
Strain AD (C) % 11,5 ± 6,0 11,9 ± 5,9 11,8 ± 6,3 12,8 ± 5,8

AD: átrio direito; AE: átrio esquerdo; C: fase de contração atrial; R: fase de reservatório. Valores expressos como média ± desvio padrão.

Tabela 12.4. – Exemplos de estudos que avaliam o uso do strain na hipertensão pulmonar idiopática e em cardiopatias congênitas.

  Autores Parâmetro Ponto de corte Achado S/E
Hipertensão pulmonar idiopática Muntean et al.302 Strain segmento médio PL VD 18,5% Preditor de piora clínica
  • S: 91,7%

  • E: 30,8%

  • ASC = 0,88 ± 0,06

Anomalia de Ebstein Kühn et al.303 SLG VD (06 segmentos) 20,15% Diagnóstico de disfunção de VD (FE < 50% à RM)
  • S: 77%

  • E: 46%

VD sistêmico (PO TGA Senning/Mustard) Lipczyńska et al.304 SLG VD (06 segmentos) 14,2% Diagnóstico de disfunção de VD (FE < 45% à RM)
  • S: 83%

  • E: 90%

  • ASC = 0,882

VD sistêmico (TCCGA) Kowalik et al.305 SLG VD (06 segmentos)   Diagnóstico de disfunção de VD (FE < 45% à RM)
  • S: 77,3%

  • E: 72,7%

PO OACE Castaldi et al.306 Strain segmentar de pico do VE 14,8% Preditor de fibrose à RM
  • S: 92,5%

  • E: 93,7%

Fisiologia Univentricular (PO Fontan) Park et al.307 Strain rate circunferencial -1,0s-1 Preditor de internação prolongada (>14 dias) após anastomose CPT
  • S: 72%

  • E: 60%

ASC: área sob a curva; CPT: cavopulmonar total; E: especificidade; FE: fração de ejeção; OACE: origem anômala de artéria coronariana esquerda; PL: parede livre; PO: pós-operatório; RM: ressonância magnética; S: sensibilidade; SLG: strain longitudinal global; TCCGA: transposição corrigida das grandes artérias; TGA: transposição das grandes artérias; VD: ventrículo direito.

Em breve, um artigo de revisão mais completo sobre o tema será publicado neste periódico.

13. Strain do Ventrículo Direito

13.1. Introdução

O VD tem importante papel na fisiopatologia das doenças cardiopulmonares. Um grande número de evidências tem demonstrado que a disfunção do VD é um importante marcador independente de morbidade e mortalidade em várias situações clínicas como: IC, doenças valvares, HP, embolia pulmonar (EP), cardiopatia isquêmica e na presença de cardiopatia congênita nos adultos.308-313

A RMC é considerada o exame não invasivo padrão-ouro para a obtenção dos volumes, FE e avaliação estrutural do VD. Tem, porém, como principais limitações um custo elevado, maior tempo da aquisição das imagens e pouca disponibilidade na maioria dos centros.314 A ecocardiografia bidimensional (2D) é o exame inicial mais utilizado na avaliação estrutural e funcional do VD, por ser mais disponível, de menor custo, não invasiva e com menor tempo para aquisição das imagens. Essa avaliação do VD pela 2D, entretanto, é desafiadora, pela estrutura complexa da cavidade, pela posição desfavorável dentro da parede torácica, pela intensa trabeculação miocárdica, que impede a melhor visualização do endocárdio, por possuir paredes mais finas e pela alta dependência das condições de carga dos índices mais utilizados da função sistólica.315

Vários parâmetros ecocardiográficos indicadores da função sistólica do VD são utilizados na prática clínica. Recentemente, a ecocardiografia 2D com strain pelo speckle tracking foi introduzida no cenário clínico como um indicador objetivo de contratilidade miocárdica regional e global, inicialmente na avaliação do VE e, mais recentemente, do VD. Com a aplicação dessa nova metodologia, mais pesquisas e publicações têm chamado atenção das vantagens da sua utilização em relação aos outros parâmetros convencionais ecocardiográficos.316

13.2. Características Anatômicas e Funcionais do Ventrículo Direito

Na Tabela 13.1, podemos observar as principais características que diferenciam os ventrículos.317-319

Tabela 13.1. – Características anatômicas e funcionais dos ventrículos.

  Ventrículo direito Ventrículo esquerdo
Estrutura Via de entrada, região trabeculada, infundíbulo. Não tem infundíbulo, e a trabeculação é limitada.
Forma
  • Várias bandas musculares

  • Triangular no plano coronal

  • Crescente no plano transversal

Elíptica
Orientação predominante das fibras miocárdicas
  • Subepicárdio: circunferencial

  • Subendocárdio: longitudinal

  • Subepicárdio: oblíqua

  • Mesocárdio: circunferencial

  • Subendocárdio: longitudinal

Disposição das fibras na parede livre Predomínio transversalmente Predomínio obliquamente
Disposição das fibras no SIV Obliquamente com extensão para a via de saída Obliquamente
Contribuição do espessamento do SIV no eixo transversal e encurtamento no eixo longitudinal na sístole +++ +++
Padrão de contração Principalmente longitudinal da base para o ápex
  • Subepicárdio e subendocárdio: encurtamento longitudinal em direções opostas

  • Mesocárdio: direção circunferencial

Massa (g/m2) 26 ± 5 87 ± 12
Espessura da parede (mm) 2 a 5 7 a 11

SIV: septo interventricular.

As funções do VE e VD estão intimamente relacionadas, fenômeno chamado de interação ventricular sistólica, pois compartilham fibras musculares dispostas obliquamente no SIV. Elas têm vantagens mecânicas sobre as fibras transversais da parede livre do VD.36 A continuidade dessas fibras musculares permite que a parede livre do VD seja tracionada quando ocorre a contração do VE, sendo estimado que 20 a 40% do volume sistólico ejetado e da pressão sistólica do VD resultem da contração do VE.318,319

13.3. Ventrículo Direito e Parâmetros Ecocardiográficos na Avaliação da Função Sistólica

Na avaliação da função sistólica do VD, vários índices são utilizados rotineiramente como a mudança fracional da área (FAC), a excursão sistólica do anel tricúspide (TAPSE), a velocidade de pico sistólico do anel tricúspide e o índice de performance miocárdica. Cada um deles tem vantagens e limitações, variável exequibilidade e reprodutibilidade, com discutível eficácia diagnóstica e prognóstica.35,36 Acredita-se que, no momento, nenhum deles seja, isoladamente, um bom indicador da função sistólica do VD. Uma vez que o vetor da contração longitudinal é o mais importante, pela orientação das fibras musculares longitudinais predominantes do anel tricúspide ao ápex, dá-se preferência aos índices que exploram a movimentação no eixo longitudinal na avaliação da função longitudinal regional ou global do VD.92

A ecocardiografia 2DST é uma modalidade de imagem que avalia a deformação miocárdica, propriedade intrínseca do miocárdio, nas três direções (longitudinal, circunferencial e radial), sendo a longitudinal a mais utilizada por sua boa reprodutibilidade, relevante informação prognóstica, validação em estudo experimental75 e em estudos clínicos com RMC em várias doenças CV.320-323

Assim, o 2DST do VD tem se mostrado um bom marcador da função sistólica, com valor prognóstico em várias doenças CV.75,324-330

13.4. Aquisição e Limitações

O SLGVD pelo 2DST deve ser obtido através da janela apical 4 câmaras modificada, focada no VD, com o transdutor deslocado mais lateralmente e direcionado para o ombro direito, o que permite a melhor visibilização da parede livre e reprodutibilidade das medidas (Figura 13.1). É importante otimizar a orientação, a profundidade e o ganho e, com isso, maximizar o tamanho do VD e visualizar o seu ápice durante todo o ciclo cardíaco.36 Um outro cuidado na aquisição é não anteriorizar ou posteriorizar o transdutor, evitando, respectivamente, o aparecimento da valva aórtica ou do seio coronário, exibindo apenas o septo interatrial.331 Uma vez que a visualização adequada for obtida, recomenda-se ajustar o aparelho para gravar três ciclos cardíacos e adquirir imagens com uma resolução temporal de 50–80 quadros por segundo. Essa taxa de enquadramento pode ser obtida por ajustes indiretos, como por meio da profundidade da imagem e da abertura do feixe de ultrassom e resolução, como também por ajustes diretos permitidos pelo aparelho de ecocardiograma utilizado. Em alguns softwares, ainda se faz necessária a definição do início e do fim do tempo de ejeção do VD por meio do Doppler pulsado registrado na via de saída do VD.

Figura 13.1. – Protocolo de imagem para medir a deformação do ventrículo direito (VD) por meio da ecocardiografia speckle tracking na projeção apical 4 câmaras. A) Janela apical 4 câmaras (forma de aquisição inadequada); B) Janela apical 4 câmaras focada no VD (forma de aquisição adequada). VD4CDL: strain global longitudinal do ventrículo direito; VDPLDL: strain de parede livre do ventrículo direito.

Figura 13.1

A ROI é definida pela borda endocárdica incluindo a parede livre do VD e SIV, com o cuidado de não incluir o pericárdio e ajustar a largura da ROI para não ficar muito estreita, pois isso pode levar a resultados errôneos. Atenção deve ser dada no posicionamento dos pontos de referência basais, pois se estiver abaixo do ideal, ou seja, no lado atrial do anel tricuspídeo, pode resultar em valores reduzidos da deformação longitudinal.332

A ROI pode ser traçada manualmente pelo usuário ou gerada automaticamente. Se for gerada automaticamente, o usuário deve ter permissão para verificar e, eventualmente, editá-la de modo manual.92 Depois de verificar a qualidade do rastreamento e sua aprovação final pelo operador, os valores de deformação regional serão exibidos. Pelas recomendações atuais, o valor utilizado deve ser o maior valor modular alcançado durante a sístole (strain de pico sistólico), sendo o traçado do Doppler da valva pulmonar utilizado para determinar o final da diástole e da sístole.92 Sempre que possível, deve-se utilizar um software apropriado, já que o algoritmo de detecção automática dos segmentos do VD reduz a necessidade de intervenções por parte do operador, contribuindo, assim, para uma melhor reprodutibilidade dos resultados.

A segmentação da parede livre do VD entre o ápice e a base inclui três segmentos (segmentos basal, médio e apical). O SIV é segmentado de maneira semelhante. O strain longitudinal da parede livre do VD (SL-PLVD) é a média dos valores de deformação dos seus três segmentos, enquanto o SLGVD é a média dos valores do strain dos segmentos de sua parede livre e do SIV. O SL-PLVD é o mais utilizado na prática e na pesquisa clínica, uma vez que o SLGVD sofre interferência da função ventricular esquerda pelo SIV, obtendo, assim, valores absolutos relativamente mais baixos.333 Para fins de padronização, deve-se relatar como parâmetro padrão o SL-PLVD, sendo opcional o cálculo do SLGVD.92

Como limitações, além de janelas acústicas inadequadas, estudos experimentais e modelos matemáticos mostraram que a magnitude da deformação miocárdica é influenciada pela frequência cardíaca, além da pré- e pós-carga. Com função sistólica preservada, estudos confirmaram que o strain pode aumentar com o aumento da pré-carga e da frequência cardíaca e pode reduzir com o efeito contrário dessas variáveis.16,334

13.5. Indicações/Valores de Normalidade

A disfunção sistólica do VD é bem estabelecida como um fator de prognóstico ruim em várias doenças CV, e o SLGVD é um marcador prognóstico independente nos pacientes com HP, IC, cardiopatia isquêmica e outras CMPs, assim como tem melhor correlação com a FE do VD pela RMC em comparação aos parâmetros tradicionais.35,320-23,334-336

Nos pacientes com HP, o SLGVD está diminuído, mostrando uma boa correlação com os parâmetros hemodinâmicos invasivos da performance do VD.337 Além disso, foi demonstrado que o SLGVD é preditor independente de mortalidade por todas as causas e eventos relacionados à HP. Com o objetivo de avaliar o valor prognóstico do SLGVD nesses pacientes, uma metanálise recente mostrou que sua redução relativa de 19% está associada a um maior risco de eventos relacionados à HP, enquanto a redução relativa de 22% do SLGVD está associada a um maior risco de morte por todas as causas.324 A Figura 13.2 mostra um exemplo de strain de VD em um paciente com HP primária de longa data.

Figura 13.2. – Exemplo de strain de ventrículo direito em paciente com hipertensão pulmonar primária de longa data. Software Tomtec. VD4CDL: strain global longitudinal do ventrículo direito; VDPLDL: strain de parede livre do ventrículo direito.

Figura 13.2

Em pacientes com IC, o SLGVD tem elevada sensibilidade e acurácia no diagnóstico da disfunção sistólica dessa câmara cardíaca.338 Uma publicação recente evidenciou que valores absolutos < 14,8% estão associados a eventos adversos como morte, transplante cardíaco e hospitalização, independentemente da FEVE e DD do VE.19 Além disso, o SLGVD e o SL-PLVD foram capazes de detectar anormalidades sutis da função sistólica do VD em pacientes com IC e FEVE reduzida e em menor grau nos com IC e FEVE preservada.329 Quanto aos pacientes elegíveis para o implante de dispositivo de assistência ventricular esquerda, o SLGVD é uma ferramenta útil na estratificação de risco de falência do VD. Com uma sensibilidade de 68% e uma especificidade de 76%, o valor absoluto de SLGVD < 9,6% foi capaz de identificar os pacientes que evoluíram com falência do VD pós-procedimento, definida como necessidade de dispositivo de assistência ventricular direita ou uso de inotrópicos por mais de 14 dias.339 Já em transplantados cardíacos, a combinação das medidas do SLGVE e o SL-PLVD pode ser útil para excluir rejeição celular aguda e reduzir o número de biópsias de rotina.340 As Figuras 13.3 e 13.4 mostram exemplos de strain de VD em paciente com dispositivo de assistência ventricular e em paciente transplantado cardíaco, respectivamente.

Figura 13.3. – Exemplo de strain de ventrículo direito em paciente em uso de dispositivo de assistência ventricular. Software Echopac GE. SLG: strain de parede livre do ventrículo direito.

Figura 13.3

Figura 13.4. – Exemplo de strain de ventrículo direito em paciente transplantado cardíaco. Software Tomtec. RV4CDL: strain global longitudinal do ventrículo direito; RVFWSL: strain de parede livre do ventrículo direito.

Figura 13.4

No IAM, o SLGVD é o parâmetro ecocardiográfico que tem melhor correlação com a fração de ejeção do ventrículo direito (FEVD) obtida pela RMC.341 Somado a isso, esse parâmetro demonstrou ser preditor independente de morte, reinfarto e hospitalização por IC, confirmando seu papel fundamental na avaliação dessa população.342A avaliação de pacientes com displasia arritmogênica do VD é discutida em outra sessão.

Recentemente, o papel da disfunção sistólica do VD tem sido investigado em outras CMPs. Na CMPH, foram descritos valores de SLGVD reduzidos em relação a um grupo-controle saudável,343 e também diferenciou pacientes com CMPH e hipertrofia secundária à hipertensão, com alta sensibilidade e especificidade.344

A estenose mitral é a doença valvar cardíaca que mais acomete o VD, com alteração frequente dos parâmetros convencionais da sua avaliação. O SLGVD demonstra um padrão de alteração segmentar, com valores significativamente menores no SIV e na parede livre basal do VD e valores normais na parede livre média e apical.345,346 Em pacientes com insuficiência tricúspide funcional importante, o SL-PLVD identificou, em maior proporção, os pacientes com disfunção do VD (84,9%) em comparação à FAC (48,5%) e à TAPSE (71,7%). Além disso, o SL-PLVD esteve associado de maneira independente com a mortalidade por todas as causas e teve um valor prognóstico incremental quando associado aos parâmetros tradicionais de avaliação do VD.328

Atualmente, falta um consenso em relação aos valores normais de strain do VD devido à escassez de estudos nessa área. O último documento de recomendações para quantificação das câmaras cardíacas pela ecocardiografia em adultos da Sociedade Americana de Ecocardiografia e da Associação Europeia de Imagem Cardiovascular sugere que valores, tanto do SLGVD quanto do SL-PLVD, inferiores a 20% sejam considerados como anormais.35 No entanto, é preciso cautela, pois os diferentes tipos de aparelho trazem softwares diferentes, com valores de referência particulares e diferenças quanto ao nível de mapeamento (endocárdico, epicárdico ou abrangendo toda a parede miocárdica).

A Tabela 13.2 resume as principais recomendações da utilização do SLG na avaliação do VD.

Tabela 13.2. – Indicações da utilização do strain longitudinal global na avaliação do ventrículo direito.

  • •Hipertensão pulmonar (incluindo pacientes com embolia pulmonar aguda ou crônica)

  • •Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida ou preservada

  • •Infarto agudo do miocárdio

  • •Cardiomiopatias (DAVD, CMPH, CMD)

  • •Valvopatias (estenose mitral, insuficiência tricúspide funcional)

  • •Candidatos a implante de dispositivo de assistência ventricular

  • •Transplante cardíaco

CMPH: cardiomiopatia hipertrófica; CMD: Cardiomiopatia dilatada; DAVD: displasia arritmogênica de ventrículo direito.

14. Strain do Átrio Esquerdo e do Átrio Direito

14.1. Técnica de Obtenção e Análise do strain do Átrio Esquerdo

A análise da função do AE usando o strain permite que os três componentes da função do AE sejam analisados: AESr, que avalia a função reservatório; AEScd, que avalia a função de conduto; e o AESct, que avalia a função contrátil. Embora menos utilizada, também há a taxa de deformação ou strain rate, descrita como pAESRr (pico strain rate na fase reservatório), pAESRcd (pico de strain rate na fase de conduto) e pAESRct (pico de strain rate durante contração atrial).92,347

Para a análise do strain do AE, usam-se imagens apicais 4 câmaras e 2 câmaras otimizadas para o AE e com frequência de quadros alta, habitualmente entre 40 e 80 fps. Seleciona-se um ciclo cardíaco específico e faz-se manualmente o traçado ponto a ponto a partir da borda endocárdica do anel mitral até o anel mitral oposto, extrapolando-se a entrada das veias pulmonares e do apêndice atrial esquerdo. O software cria a ROI, a qual é ajustada para 03 mm de largura e deve cobrir da borda endocárdica até a epicárdica. Caso a qualidade do tracking seja reprovada em dois ou mais segmentos, mesmo após ajuste manual, deve-se excluir essa incidência da análise. Finalmente, o software calcula o SLG para cada uma das janelas apicais citadas acima.

Na análise do strain do AE, há dois métodos diferentes como ponto de referência ou zero: o início da onda P do ECG2 ou o pico da onda R do QRS.348 O primeiro método permite o reconhecimento mais fácil dos componentes do strain do AE, sendo necessária a soma dos valores absolutos de AEScd e AESct, para se obter o AESr. O segundo método oferece diretamente o valor do AESr, que é o dado com maior valor prognóstico, sendo que os demais componentes são obtidos a partir do gráfico. O método que usa a onda R como referência é o mais recomendado, porque esse é o ponto de menor volume do AE, sendo o AESr mais facilmente obtido. A maior parte dos trabalhos usa esse método.92

14.2. Valores de Normalidade

O strain do AE apresenta grande heterogeneidade na literatura quanto aos valores de normalidade. A metanálise realizada por Pathan et al. é a melhor evidência no momento: os valores médios do AESr, AEScd e AESct foram, respectivamente: 39,4% (IC95% 38%–40,8%); 23% (IC95% 20,7%–25,2%) e 17,4% (IC95% 16,0%–19,0%).37

14.3. Aplicabilidade Clínica do Strain do Átrio Esquerdo

A avaliação do strain do AE demonstrou valor prognóstico incremental em diversos contextos clínicos, quando comparada à mensuração volumétrica isolada349 (Figura 14.1).

Figura 14.1. – Mecanismos envolvidos na disfunção atrial esquerda avaliada pelo strain.

Figura 14.1

14.3.1. Insuficiência Cardíaca e Avaliação de Função Diastólica

O strain do AE está deprimido na ICFEr e possui valor prognóstico para previsão de morte por todas as causas ou de nova internação por IC,350 boa correlação com capacidade funcional351 e pressões de enchimento do VE,352 além de ser bom preditor de resposta à terapia de ressincronização miocárdica.353 Na ICFEp, o strain do AE apresenta importante papel no diagnóstico 354 e prognóstico,73,355 além de ser capaz de predizer o risco de evolução para FA.98

Cerca de 20% dos casos de ICFEp podem ter padrão indeterminado na avaliação da função diastólica do VE,93 e o strain do AE é capaz de recategorizar esses pacientes,90 sendo que os três componentes da função atrial demonstraram boa acurácia em determinar aumento da pressão atrial esquerda.89

14.3.2. Fibrilação Atrial

Na FA, as funções de reservatório e conduto do AE estão deprimidas e a contrátil é ausente. O strain do AE é capaz de prever FA nova em diversas patologias como ICFEr,356 estenose mitral,357 doença de Chagas358 e após implante de marca-passo,359 além de prever o risco de recorrência de FA após cardioversão360 ou ablação.361-363 É possível que a avaliação da função do AE pelo strain seja incorporada no processo decisório da indicação de ablação de FA. O AESr também está associado com ocorrência de AVCi independente de CHA2DS2-VASc escore, idade e uso de anticoagulante.364

14.3.3. Valvopatias

O strain do AE pode sinalizar maior gravidade e evolução desfavorável na valvopatia mitral e aórtica.365,366 Na IM primária grave, o AESr demonstrou ser preditor de hospitalização por IC ou morte por todas as causas, independentemente das indicações de intervenção cirúrgica.367,368

14.3.4. Doença Arterial Coronariana

A DAC associa-se à disfunção atrial por dois mecanismos principais: DD do VE e isquemia direta do AE.369 O strain do AE pode ter importante valor prognóstico na síndrome coronariana aguda, correlacionando-se com maior gravidade370 e desfechos desfavoráveis.371

14.4. Strain Atrial Direito

O strain do AD carece de dados, mas um estudo recente avaliou 101 voluntários saudáveis e descreveu os seguintes valores utilizando o complexo QRS como referência: reservatório (37,6% ± 6,9), conduto (26,0% ± 7,1) e contração (11,6% ± 4,4).372 A avaliação da função do AD é alvo de interesse em cardiopatias congênitas,301,373 valvopatia tricúspide e HP.374

15. Avaliação da Torção do Ventrículo Esquerdo

15.1. Introdução

A função do VE é determinada pelas interações complexas entre a anatomia do tecido, a contratilidade miocárdica e hemodinâmica. No miocárdio do VE, as fibras musculares possuem direções diferentes. Na região subendocárdica, as fibras são quase paralelas à parede e produzem um movimento de rotação do tipo direito (hélice de mão direita), o que gradualmente muda no subepicárdico para fibras anguladas a 60–70 graus, promovendo uma rotação do tipo esquerda (hélice de mão esquerda).375,376

A contração das fibras subepicárdicas faz com que o ápice do VE gire no sentido anti-horário e a sua base no sentido horário. Por outro lado, a contração das fibras subendocárdicas faz o ápice e a base do VE girarem exatamente nas direções opostas. Dado ao maior raio de rotação da camada epicárdica, a direção das fibras subepicárdicas prevalece na direção geral de rotação quando ambas as camadas se contraem simultaneamente. Isso resulta em rotação global do VE no sentido anti-horário próxima ao ápice e na rotação no sentido horário próxima à base do VE durante a ejeção ventricular,377 como ilustrado na Figura 15.1.

Figura 15.1. – Direção da rotação das fibras subendocárdicas (A); direção da rotação das fibras subepicárdicas (B); e rotação resultante geral do ventrículo esquerdo com a contração simultânea das fibras (C). Adaptado de Stöhr et al.384.

Figura 15.1

Esse movimento de torção do VE contribui para manter uma distribuição uniforme do encurtamento e do estresse das fibras ao longo de todas as paredes, produzindo, assim, uma FE relativamente elevada (~60%), a despeito de encurtamento limitado (~20%).378 A torção e o cisalhamento das fibras subendocárdicas durante a ejeção ventricular resultam no armazenamento de energia potencial, que é subsequentemente usada para o desenrolar diastólico das fibras e, assim, destorcer as hélices, produzindo juntos a sucção diastólica.379,380 As condições de pré- e pós-carga e contratilidade alteram a extensão da torção ventricular.381 O aumento da pré-carga ou da contratilidade aumentam a torção do VE, enquanto o aumento na pós-carga causa efeito inverso.

Várias modalidades e técnicas de imagem podem ser usadas para quantificar a mecânica da torção ventricular: ecocardiografia (Doppler tecidual, ST2D e ST3D, imagem de velocidade vetorial [VVI]), RMC (tissue tagging) e sonomicrometria. Atualmente, não existe um padrão-ouro para a avaliação da mecânica de torção do VE, tendo as modalidades de imagem listadas acima boa concordância.382 Devido à sua segurança, disponibilidade e melhor custo/efetividade, a ecocardiografia tem sido a modalidade de imagem mais empregada.

15.2. Definições e Nomenclaturas

Torção, twist, twist rate, untwist, untwist rate são as terminologias comumente utilizadas para descrever os achados da rotação sistólica e a rotação diastólica reversa da base e do ápice do VE, como vistos pelo ápex. As definições desses termos podem ser encontradas nas Tabelas 15.1 e 15.2.

Tabela 15.1. – Definições e parâmetros utilizados para avaliação do mecanismo de twist do ventrículo esquerdo na sístole.

Parâmetro Definição
Rotação apical (º) Pico da rotação sistólica no sentido anti-horário da região apical do VE (medido em graus)
Taxa de rotação apical (º/s) Pico de velocidade de rotação apical no sentido anti-horário (medido em graus/segundo)
Rotação basal (º) Pico da rotação sistólica no sentido horário da região basal do VE (medido em graus)
Taxa de rotação basal (º/s) Pico de velocidade de rotação basal no sentido horário (medido em graus/segundo)
Twist VE (º) Diferença do pico das rotações sistólicas do ápice e da base do VE (medido em graus)
Torção do VE (º/cm) Twist normalizado: razão do ângulo do twist pela distância entre a base e o ápice na sístole (medido em graus/centímetro)
Twist rate (º/s) Velocidade de pico do twist do VE (medido em graus/segundo)

(o): graus; (o/s): graus por segundo; (º/cm): graus por centímetro; VE: ventrículo esquerdo.

Tabela 15.2. – Definições e parâmetros utilizados para avaliação do mecanismo de twist do ventrículo esquerdo na diástole.

Parâmetro Definição
Rotação reversa apical (º) Pico da rotação diastólica no sentido horário da região apical do VE (medido em graus)
Taxa de rotação reversa apical (º/s) Pico de velocidade da rotação reversa apical no sentido horário (medido em graus/segundo)
Rotação reversa basal (º) Pico da rotação diastólica no sentido anti-horário da região basal do VE (medido em graus)
Taxa de rotação reversa basal (º/s) Pico de velocidade da rotação basal (medido em graus/segundo)
Untwist (º) Diferença do pico das rotações diastólicas reversas do ápice e da base do VE (medido em graus)
Untwist rate (º/s) Velocidade de pico do untwist do VE (medido em graus/segundo)

(o): graus; (o/s): graus por segundo; VE: ventrículo esquerdo.

15.3. Passo a Passo da Avaliação da Torção Ventricular pelo Ecocardiograma com Speckle Tracking

Para avaliação do mecanismo de rotação, são obtidas imagens paraesternais do eixo curto do VE ao nível basal (valva mitral) e apical (abaixo dos músculos papilares) (Figura 15.2). É importante obter a imagem apical do VE onde não apareça o VD ou apenas uma parte deste, em geral um a dois espaços intercostais abaixo da posição habitual. A maioria dos erros de avaliação ocorre devido à seleção inapropriada dos planos basal e apical e do ajuste da ROI.

Figura 15.2. – Planos de obtenção das imagens para medida da rotação basal e apical. Imagens cedidas pelo Dr. Marcio Lima.

Figura 15.2

Por convenção, quando a rotação é horária, o traçado é registrado abaixo da linha de base e, quando a rotação é anti-horária, o traçado é inscrito acima da linha de base (Figura 15.3).

Figura 15.3. – Registro das rotações horária (abaixo da linha de base) e anti-horária (acima da linha de base). Imagens cedidas pelo Dr. Marcio Lima.

Figura 15.3

O valor normal do twist global é de 9,7° ± 4,1°. Para a torção, há poucos valores de referência na literatura, sendo estimada em 1,35°/cm ± 0,54°/cm.383

15.4. Aplicações Clínicas

Os parâmetros de torção do VE têm sido usados principalmente para avaliar as alterações na mecânica ventricular que ocorrem em patologias com FEVE reduzida (CMP isquêmica e dilatada) ou preservada (ICFEp, hipertensão, CMPH, EA, IAo e IM), bem como na avaliação de disfunção miocárdica subclínica causada por quimioterápicos.

A medida do twist e da torção, embora sejam bons parâmetros para ajudar na análise da função sistólica global, tem limitações quanto à reprodutibilidade, em especial devido à falta de parâmetros anatômicos para o corte apical. Os achados de alterações no twist e torção ventricular não são específicos, mas podem contribuir para o entendimento da fisiopatologia de diferentes CMPs, auxiliando na diferenciação entre elas (Tabela 15.3).

Tabela 15.3. – Twist do ventrículo esquerdo em diferentes doenças cardiovasculares.

Doença cardiovascular Twist do VE Achados
Cardiomiopatia isquêmica Diminuído Twist diminui dependendo da localização e extensão da isquemia.
Cardiomiopatia dilatada Diminuído Diminuição do twist proporcional à queda da fração de ejeção
Cardiomiopatia hipertrófica Aumentado Aumento do twist em especial se houver obstrução da via de saída do VE
Estenose aórtica Aumentado Aumento do twist em caso de aumento da pós-carga do VE.

VE: ventrículo esquerdo.

16. Strain na Análise da Dissincronia Ventricular

16.1. Introdução

A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) é uma opção terapêutica com indicações já estabelecidas em diretrizes nacionais e internacionais e redução expressiva comprovada em morbidade e mortalidade. Ela é recomendada como classe I para pacientes com CMP dilatada, sintomáticos, em tratamento clínico otimizado, ECG com padrão de BRE, duração do QRS ≥ 150 ms e FEVE abaixo de 35% (nível de evidência: A).385

Essas diretrizes empregam a presença de BRE com duração ≥ 150 ms ao ECG como marcador de dissincronia devido à ausência de evidências da utilidade da avaliação ecocardiográfica da sincronia até o momento. Entretanto, o ECG também apresenta limitações como marcador de dissincronia. Assim, atualmente, a avaliação ecocardiográfica da dissincronia para a seleção da TRC deve ser realizada de maneira individualizada e criteriosa por um examinador com treinamento adequado e interpretada juntamente aos dados clínicos do paciente. Também é importante lembrar que o papel da ecocardiografia engloba não apenas a avaliação da sincronia cardíaca na seleção dos pacientes, mas também o auxílio na escolha do melhor local para o implante do eletrodo VE, além de avaliação da resposta e remodelamento reverso e, mais recentemente, a identificação do risco de arritmias ventriculares.385

16.2. Avaliação da Dissincronia na Seleção dos Pacientes para a Terapia de Ressincronização Cardíaca

A avaliação da dissincronia pelo strain, isoladamente, não indica a TRC, nem a análise de sua eficiência. Entretanto, reconhece-se que, mesmo com a indicação precisa, a chance de sucesso, isto é, melhora clínica, funcional e/ou de variáveis obtidas por métodos de imagem, fica em torno de 60–70% dos casos. A taxa de resposta à TRC pode ser estimada e até melhorada com o emprego da ecocardiografia. Nesse panorama, a medida de valores da deformação miocárdica se destaca.

A análise inicial da dissincronia pelo strain radial descreveu a diferença de tempo entre a deformação máxima radial dos segmentos médios anterosseptal e inferolateral. Uma medida com valor superior a 130 ms caracteriza pacientes com maior taxa de resposta,386 como mostrado na Figura 16.1.

Figura 16.1. – Imagem de strain radial com curvas dos segmentos médios das paredes anterosseptal e inferolateral. O intervalo acima de 130 ms correlaciona-se com uma maior taxa de resposta à terapia de ressincronização cardíaca; nesse caso, 340 ms.

Figura 16.1

Além da dissincronia radial, a identificação de um padrão de estiramento rebote da parede septal (SRS, septal rebound stretch) pela técnica de speckle tracking demonstrou-se um preditor independente de prognóstico em longo prazo, além de remodelamento reverso ventricular esquerdo com valor incremental à presença de BRE e de apical rocking detectada pela análise visual. Esse padrão reflete à incoordenação da contração cardíaca com resultante redução da performance miocárdica. Assim, estudos recentes indicam que a presença de SRS pode melhorar a seleção dos pacientes na TRC, especialmente no subgrupo de pacientes sem BRE definido.387 A denominação desse padrão clássico é feita por meio de três elementos obtidos pelo padrão de deformação longitudinal dos segmentos (frequentemente basais) inferosseptal e anterolateral: 1) oposição de pico das curvas septal (negativa), lateral (positiva) inicialmente; 2) pico de deformação negativa do septo em até 70% do tempo de ejeção; 3) pico de deformação negativa de parede lateral após fechamento da valva aórtica,388 conforme demonstrado na Figura 16.2.

Figura 16.2. – Imagem do strain longitudinal com curvas dos segmentos basais inferosseptal (amarela) e anterolateral (vermelha) com padrão de bloqueio de ramo esquerdo típico: 1) oposição do pico das curvas septal (negativa) e lateral (positiva), inicialmente; 2) pico de deformação negativa do septo em até 70% do tempo de ejeção, com o encurtamento sendo interrompido durante a sístole, isto é, antes do fechamento da valva aórtica (AVC), resultando em estiramento sistólico; 3) pico de deformação negativa de parede lateral após o fechamento da valva aórtica.

Figura 16.2

Recentemente, a análise da eficiência do TM global ventricular esquerdo (GLVMWE, global left ventricular myocardial work efficiency) tem se mostrado promissora no contexto da TRC. O GLVMWE pode ser quantificado de maneira não invasiva a partir das curvas de strain miocárdico e medidas da pressão arterial. Valores reduzidos de GLVMWE estiveram associados, de maneira independente, a melhor prognóstico em longo prazo.389 Na Figura 16.3, exemplificam-se as modificações ocorridas no strain, myocardial work e myocardial efficiency em paciente submetido a TRC com sucesso.

Figura 16.3. – Mapas polares comparativos pré- e pós-procedimento do strain longitudinal (A), do myocardial work (B), myocardial efficiency (C) em paciente submetido a terapia de ressincronização com sucesso.

Figura 16.3

16.3. Avaliação de Viabilidade Miocárdica

Outra aplicação da deformação miocárdica no contexto da TRC refere-se à correlação da presença de fibrose miocárdica com valores reduzidos de strain. Valores de strain global radial reduzidos correlacionam-se a maior grau de fibrose (detectados por RMC) e, assim, identificam pacientes com chance reduzida de recuperação da função ventricular. A redução da deformação longitudinal em pacientes com cardiopatia isquêmica também pode ser empregada para essa finalidade.

16.4. Orientação do Local de Implante dos Eletrodos

Tão importante como a caracterização da fibrose total do VE, a presença de valores comprometidos em segmentos no local de implante do eletrodo do VE tem se relacionado à menor taxa de pacientes respondedores à TRC.

Estudos demonstram que o posicionamento do eletrodo do VE no segmento que apresenta maior atraso da contração mecânica resulta em maiores taxas de sucesso à TRC. A identificação do segmento a ser estimulado pode ser realizada pela técnica de speckle tracking. No estudo TARGET, o posicionamento do eletrodo do VE guiado pela técnica de ST2D resultou em melhor resposta clínica e menores taxas de morte e hospitalizações por IC.390,391

16.5. Avaliação Prognóstica após a Terapia de Ressincronização Cardíaca

A análise da dissincronia pelo strain longitudinal após a TRC foi um preditor forte de arritmias ventriculares. A persistência ou o aumento da dispersão mecânica 6 meses após a TRC, avaliada pelo speckle tracking, está associada a pior prognóstico. Além disso, a resposta à TRC evidenciada pelo remodelamento reverso foi dependente da melhora tanto da função longitudinal quanto da circunferencial após a TRC.392

16.6. Ajuste nos Parâmetros de Ressincronização

Cerca de 30% dos pacientes submetidos a TRC são considerados não respondedores devido à ausência de melhora clínica e/ou funcional, além da ausência de remodelamento reverso evidenciada pela redução das dimensões ventriculares e o aumento da FE.393 Nesse grupo de pacientes, ajustes dos intervalos atrioventricular, interventricular e intraventricular esquerdo podem melhorar a resposta individual à TRC. Alguns estudos têm demonstrado que a speckle tracking pode ser empregada como guia para ajuste dos parâmetros da TRC, com melhora significativa da classe funcional e da FE em pacientes não respondedores.394

17. Myocardial Work (Trabalho Miocárdico)

17.1. Introdução

Uma nova ferramenta ecocardiográfica chamada myocardial work (MW) surgiu recentemente visando incrementar informações acerca da função ventricular, adicionando o efeito da pós-carga do VE à medida do strain longitudinal.

Com o trabalho experimental de Suga et al. em 1979,395 demonstrando que a área sob a curva pressão-volume adquirida de forma invasiva com um cateter de condutância intraventricular refletia o trabalho miocárdico (TM) regional e o consumo de oxigênio por batimento, crescia o interesse dos métodos de imagem em tornar essa análise factível de forma não invasiva.396,397

Russell et al.,398 em 2012, validaram a alça pressão-deformação (PD) do VE obtida de forma totalmente não invasiva, integrando a pressão arterial sistólica (PAS) no momento do exame com o strain longitudinal utilizando o speckle tracking, o que gera, quando interpretadas por um software próprio, alças PD global e por segmento (Figura 17.1). A área sob a curva representa o TM e obteve excelente correlação com as medidas diretas intraventriculares. Além disso o TM foi capaz de refletir o metabolismo miocárdico regional de oxigênio, quando comparado à medida pela tomografia por emissão de pósitrons com (18F) fluorodesoxiglicose.399-401

Figura 17.1. – Alça pressão vs. deformação do ventrículo esquerdo. Em vermelho: alça pressão vs. deformação global do ventrículo esquerdo. Em verde: alça pressão-deformação do segmento basal da parede ínfero-lateral. LVP: pressão do ventrículo esquerdo estimada pela pressão arterial sistólica; AVO: abertura da válvula aórtica; AVC: fechamento da válvula aórtica; MVO: abertura da válvula mitral; MVC: fechamento da válvula mitral.

Figura 17.1

Aumentos modestos na pressão arterial podem gerar redução de até 9% no SLG, podendo levar a uma errônea interpretação de redução de contratilidade, quando, na verdade, o TM permanece preservado, refletindo apenas uma elevação da pós-carga. Nesse sentido, o TM é considerado um avanço na compreensão da mecânica ventricular.398,402 As principais diferenças entre o TM e o strain do VE são demonstrados na Tabela 17.1.

Tabela 17.1. – Principais diferenças entre o trabalho miocárdico e o strain do ventrículo esquerdo.

  Strain Trabalho miocárdico
Utiliza AFI® Sim Sim
Medida realizada AVO-AVC TCIV+ Tej + TRIV
Integra com PA Não Sim
Valor % mmHg%
Incorpora pós carga Não Sim
Medida de eficiência Não Sim
Estima consumo miocárdico de oxigênio Não Sim

AVO: abertura da válvula aórtica; AVC: fechamento da válvula aórtica; TCIV: tempo de contração isovolumétrico; Tej: tempo de ejeção; TRIV: tempo de relaxamento isovolumétrico.

17.2. Aquisição do Trabalho Miocárdico

Para a obtenção de resultados reprodutíveis e com boa acurácia, é importante o uso de técnica adequada para o cálculo do TM, não só para a aquisição das imagens, mas também para o pós-processamento e a análise dos parâmetros. Essa tecnologia atualmente está apenas disponível em estações de trabalho (workstations) ou embarcadas em aparelhos com software desenvolvido por apenas um fabricante (GE Healthcare, Horten, Norway). As análises podem ser realizadas diretamente no aparelho ou pós-processadas nas workstations a partir de imagens previamente adquiridas.

O protocolo de obtenção de imagens para o cálculo do TM segue os mesmos pré-requisitos técnicos necessários para a análise do SLG, abordados em capítulo específico. Após a realização das análises de strain bidimensional, utilizando imagens adquiridas nas três projeções apicais através da técnica do AFI (automated functional imaging), o software permite que seja selecionada a análise do TM (Figura 17.2). Como passo inicial, devemos inserir manualmente os valores de pressão arterial não invasiva (PNI) medidos no momento do exame, e isso pode ser realizado a qualquer momento do exame na tela de identificação do paciente ou posteriormente, na própria tela de cálculo de TM (Figura 17.3). Essas medidas de PNI serão automaticamente integralizadas no cálculo de curva de pressão vs. deformação.

Figura 17.2. – Após a realização da análise de strain bidimensional longitudinal do ventrículo esquerdo pelo método AFI (automated functional imaging), tendo processado as três janelas apicais, o software oferece a opção de cálculo do trabalho miocárdico (myocardial work) – seta.

Figura 17.2

Figura 17.3. – Tela inicial de cálculo do trabalho miocárdico. Podemos inserir manualmente, nessa etapa, o valor da pressão arterial não invasiva aferida (seta) e reavaliar ou realizar a marcação de eventos cardíacos, como a abertura e fechamento das valvas mitral e aórtica (setas).

Figura 17.3

Para que seja possível obter a indexação temporal dos valores obtidos, é necessário que sejam feitas as marcações de eventos do ciclo cardíaco, identificando a abertura e fechamento das valvas mitral e aórtica, o que pode ser realizado através do Doppler espectral dos fluxos mitral e aórtico, ou ao bidimensional, na análise da projeção apical 3 câmaras, em que podemos evidenciar a abertura e fechamento de ambas as valvas (Figura 17.4). Essas marcações também podem ser realizadas na própria tela de cálculo do TM, modificando quadro a quadro (“frame”) a imagem do apical 3 câmaras, selecionando qual o momento exato de cada evento (Figura 17.5). Após aprovar as imagens e marcações realizadas (“aprove”), o software realiza os cálculos e dispõe lado a lado o mapa polar (bull’s eye) com valores de SLG e strain de pico por segmento e, à direita o mapa polar com o índice de TM por segmento, dispondo na parte inferior os valores de índice de TM global (GWI) e GMWE. Ao selecionarmos, à direita, a tecla “work efficiency” o software dispõe no mapa polar os valores de GMWE por segmento (Figura 17.6). Quando selecionamos a tecla “advanced”, são geradas as análises por curvas e gráficos, nas quais é possível observar as alças de pressão do VE (left ventricular pressure, LVP) vs. strain ao longo do ciclo cardíaco, além de um gráfico de barras que demonstra a participação do TM construtivo e do TM desperdiçado (Figura 17.7).

Figura 17.4. – Marcação de eventos cardíacos com o uso do Doppler espectral. Em A, observamos a marcação de abertura (MVO) e o fechamento da valva mitral (MVC) através do influxo mitral. Em B, observamos a marcação de abertura (AVO) e o fechamento da valva aórtica (AVC) através do fluxo da via de saída do ventrículo esquerdo.

Figura 17.4

Figura 17.5. – A marcação de eventos cardíacos também pode ser realizada na própria tela de cálculo do trabalho miocárdico (myocardial work), modificando quadro a quadro (“frame”) a imagem do apical 3 câmaras, selecionando o momento exato de cada evento, clicando nos campos à direita (setas).

Figura 17.5

Figura 17.6. – Após a aprovação dos dados obtidos, a marcação adequada de eventos e o preenchimento de pressão não invasiva, o software dispõe os valores de strain longitudinal global e por segmento à esquerda (setas brancas) e os mapas polares com valores de índice de trabalho miocárdico (A – seta amarela) e de eficiência de trabalho miocárdico (B – seta azul).

Figura 17.6

Figura 17.7. – Quando selecionamos a tecla “advanced”, são geradas as análises por curvas e gráficos, onde é possível observar as alças de pressão do ventrículo esquerdo (left ventricular pressure, LVP) vs. strain ao longo do ciclo cardíaco (seta amarela), além de um gráfico de barras que demonstra a participação do trabalho miocárdico construtivo e do trabalho miocárdico desperdiçado (seta azul).

Figura 17.7

Os seguintes parâmetros são fornecidos pelo software:

1. Índice de TM global (ITMG/GWI): corresponde ao trabalho total dentro da área sob a curva PD, sendo calculado a partir do fechamento da válvula mitral até a abertura da valva mitral. Um bull’s eye com valores de TM segmentar e global é fornecido (Figura 17.6).

2. TM construtivo (TMC/GCW): é o trabalho que contribui para a ejeção do VE durante a sístole, sendo obtido considerando-se o encurtamento dos miócitos durante a sístole, adicionando o alongamento dos miócitos durante o relaxamento isovolumétrico (Figura 17.7).

3. TM desperdiçado (TMD/GWW): é o trabalho que não contribui para a ejeção do VE, sendo obtido considerando-se o alongamento dos miócitos (em vez de encurtamento) durante a sístole, somado ao encurtamento durante a fase de relaxamento isovolumétrico (encurtamento pós-sistólico) (Figura 17.7).

4. Eficiência do TM (ETM/GMWE): é obtido por meio da fórmula: TM construtivo/(TM construtivo +TM desperdiçado) . Seu valor é dado em porcentagem de 0 a 100% de eficiência (Figura 17.6).

17.3. Valores de Normalidade

Devido à validação recente do TM e de suas variáveis para o uso clínico, não há ensaios multicêntricos com número adequado de pacientes para gerar valores de normalidade definitivos.

Manganaro et al. recentemente analisaram os dados do estudo NORRE visando estabelecer limites de referência normais para o TM. Esse foi um estudo multicêntrico e prospectivo europeu formado por 226 pacientes oriundos de 22 laboratórios de ecocardiografia, que forneceu valores de referência para a maioria dos dados ecocardiográficos 2D e 3D.403 A média ou mediana com o desvio padrão e o intervalo de confiança das variáveis do TM foram, respectivamente, 1.896 + 308 mmHg% (1.292–2.505) para o GWI, 2.232 ± 331 mmHg% (1.582–2.881) para o GCW, 79 mmHg% (53–122) para o GWW e 96% (94–97) para a GMWE.403

O GWI e GCW foram maiores em mulheres acima de 40 anos, e existe forte correlação no aumento do GWI e GCW com o aumento da pressão arterial sistólica.404

17.4. Potencial Uso Clínico

A grande limitação para a democratização do uso do TM é o fato de apenas uma empresa ser detentora do software (GE Healthcare). Além disso, o cálculo do TM usa basicamente a pressão sistólica aferida manualmente como medida de pós-carga em sua validação. É importante também levar em consideração situações clínicas em que há um aditivo da pós-carga além da PAS, como na EA, CMPH obstrutiva e em algumas cardiopatias congênitas. Apesar de se tratar de uma nova ferramenta bastante promissora, à luz do conhecimento científico atual, ainda é restrita ao campo da pesquisa.

Existem algumas publicações que já vêm ganhando notoriedade da aplicação do uso do TM na prática clínica, uma delas é na seleção de pacientes para ressincronização miocárdica. Algumas vezes, a análise do bloqueio do ramo esquerdo pode gerar dúvidas na interpretação (Figura 17.8). Por outro lado, através da análise visual e quantitativa do TM, tornou-se mais fácil o reconhecimento dos casos que têm um ECG com alargamento do QRS e que talvez não tenha um dissincronismo mecânico associado (Figura 17.9). Além da análise visual, tem-se valorizado o valor do trabalho construtivo para identificar os respondedores à terapia de ressincronização, sendo um equivalente de reserva contrátil.405 Outro dado interessante para identificar os pacientes que se beneficiam com a ressincronização é a análise do trabalho perdido do septo.406 Portanto, a análise do TM nos pacientes com BRE pode ajudar a melhorar a estratificação pela análise visual, assim como a quantificação do trabalho construtivo e o trabalho perdido.

Figura 17.8. – Casos 1 e 2 com morfologias bem semelhantes de bloqueio de ramo esquerdo.

Figura 17.8

Figura 17.9. – Caso 1 não apresenta alteração na mecânica miocárdica visualizado pela linha verde em que o trabalho miocárdico na alça pressão-strain é semelhante ao valor global em vermelho. Já no Caso 2, o “verdadeiro” bloqueio de ramo esquerdo, note que na mesma porção septal a curva em verde adquire um formato típico de 8.

Figura 17.9

Outro campo interessante na avaliação do TM é na doença coronariana obstrutiva. Ele tem demonstrado sua capacidade de detecção em repouso de doença coronária obstrutiva sendo superior ao SLGVE, mesmo naqueles com FE preservada e sem alteração da contratilidade segmentar.407 A sua aplicação também tem demonstrado identificar aqueles pacientes com infarto agudo que irão apresentar mais complicações hospitalares e predizer aqueles com recuperação da função miocárdica408 e determinar complicações a longo prazo em pacientes com IAM com supradesnível de ST.409

Além das duas situações clínicas descritas, é promissora sua aplicação na CMP dilatada, CMPH e amiloidose. Provavelmente, quando houver mais praticidade do software e mais evidência na literatura, a aplicação do TM será incorporada na prática clínica.

18. Strain no 3D: O Que Pode Acrescentar ao Exame

18.1. Introdução

A avaliação tridimensional (3D) da deformação miocárdica das câmaras cardíacas através da técnica de rastreamento dos “speckles” tem inúmeras vantagens em relação à avaliação bidimensional (2D). Considerando que o miocárdio ventricular esquerdo é composto por três camadas de fibras, que estão dispostas em direções diferentes (longitudinal, circunferencial e transversal), os “speckles” acabam por apresentar uma trajetória não linear, fugindo do plano bidimensional da imagem por alguns momentos do ciclo cardíaco. Por mais que se realizem múltiplas aquisições longitudinais e transversais do miocárdio ventricular esquerdo, a avaliação dos “speckles” no ciclo cardíaco se faz por interpolação, não sendo tão precisa quanto o 3D, que permite acompanhá-los durante todo o ciclo cardíaco nas múltiplas dimensões. Assim, as medidas do strain 3D não são impactadas pela “out-of-plane”, pela torsão miocárdica ou encurtamento apical.410

Em relação ao VD, a metodologia 3D é a única que permite a análise global de todo o miocárdio da câmara, ao passo que, no 2D, apenas a septo e/ou parede livre é avaliada. Ademais, a avaliação do strain 3D é mais fidedigna e fisiológica, pois a análise dos diferentes componentes da deformação miocárdica ocorre de forma simultânea em um único dataset ou ciclo cardíaco. Dessa forma, o strain 3D é uma aplicação promissora para uma avaliação quantitativa, objetiva, compreensiva e reprodutiva da função mecânica do miocárdio. Contudo, essa metodologia apresenta forte dependência da uma boa janela acústica e de um ritmo cardíaco regular, fatores que são os principais limitantes para a incorporação rotineira e sistemática do strain 3D.411 A aplicação clínica também é limitada devido a diferenças nos algoritmos para acompanhamento dos “speckles” e o cálculo (cut-off) da deformação miocárdica, que não está padronizado entre os diferentes fabricantes de softwares.412,413

Uma vez que as medidas do strain 3D obtidas por diferentes fabricantes e softwares não são intercambiáveis, a incorporação clínica em avaliações sequenciais requer que as aquisições basais e no acompanhamento do paciente, bem como as análises, sejam obtidas usando o mesmo equipamento, e a interpretação dos resultados deve considerar os valores da normalidade específicos para o equipamento em questão.410,412 Os valores de referência da normalidade também diferem entre as metodologias bidimensional e tridimensional, havendo apenas uma correlação modesta entre os valores do strain longitudinal. Por fim, ainda se fazem necessárias pesquisas clínicas para avaliar a acurácia e o valor prognóstico do strain 3D.

18.2. Strain Ventricular Esquerdo

O ST3D (ou strain tridimensional) apresenta um princípio melhor quando comparado ao ST2D por não ser limitado a um plano de corte e por permitir dados vetorizados em três planos ortogonais para uma análise. Do ponto de vista de implementação do método, sabemos que o strain bidimensional precisa de resolução temporal muito elevada (34–50 vps), porque os “speckles” ficam pouco tempo (alguns milissegundos) no plano de corte, o que não ocorre no modo tridimensional. Além disso, para o ST3D, o ideal é a obtenção de seis batimentos cardíacos (“6 beat acquisition”), com a maior densidade de linhas e com 44 vps na frequência de 2 a 4 Mhz (pois foi o que apresentou maior acurácia quando comparado a RM). Não se recomenda a aquisição com volumes únicos, e o aumento da resolução temporal no equipamento diminui a qualidade da imagem e o tracking por reduzir a densidade das linhas.414

A factibilidade geral é em torno de 85%, e as limitações para a implementação da técnica são: janela acústica desfavorável, arritmias cardíacas (impedem aquisições em múltiplos batimentos), visualização incompleta dos seguimentos apicais do VE e VD, problemas de tracking dos speckles nos seguimentos basais (distantes do transdutor) e determinação dos valores de normalidade e de prognóstico clínico.

18.3. Strain Ventricular Direito

A análise da contração do VD é importante especialmente para entender o mecanismo dessa câmara diante das doenças congênitas e adquiridas. Porém, ao contrário do VE, a estimativa do VD é mais difícil devido à forma complexa que o VD apresenta e devido à parede fina que possui. Apesar disso, imagens de RM e speckle tracking pelo ecocardiograma têm sido promissoras na análise ventricular direita. No entanto, os valores obtidos pelo ST3D para o VD ainda não estão bem estabelecidos.415 Persistem problemas técnicos para a análise do strain 3D quando o objetivo é analisar as câmaras direitas, uma vez que o software foi criado para a análise do VE e ainda é adaptado para o VD na maioria das máquinas. Apesar de o strain 3D permitir a análise global de todo miocárdio direito, a tecnologia tridimensional para essa câmara ainda está em andamento, não havendo valores de corte bem definidos para o strain 3D do VD até o momento.

18.3.1. Aquisição e Análise do Full-volume 3D

Usando imagem harmônica, idealmente se obtém quatro batimentos triggados na captura. A profundidade deve ser adequada para que somente o VD, suas paredes e o anel tricúspide preencham o volume, e geralmente é o pico sistólico do strain que é usado para análise.

18.4. Strain Atrial Esquerdo

O sistema de ultrassom na avaliação do strain 3D do AE (assim como dos ventrículos) é capaz de adquirir os dados volumétricos do átrio em tempo real e pode medir todos os componentes do strain. Contudo, o tracking em três dimensões é um grande desafio, e a resolução temporal e espacial do 3D é inferior à do 2D, o que torna a análise tridimensional complexa e mais demorada, pois a alta qualidade de imagem é necessária para a aquisição do strain 3D.

Outro ponto em discussão, é a variabilidade inter e intraobservador na avaliação da mecânica cardíaca.414 Sabe-se que tanto a fase de reservatório como a de conduto e a de bomba atrial podem ser bem analisadas pelo strain 2D, e há valores médios de corte relativamente definidos para o strain 2D em cada uma dessas fases. Contudo, ainda não temos valores de referência para o strain 3D. As principais aplicações do método nessa câmara, em que a análise do strain torna-se relevante são: IC com FE preservada,7 avaliação das pressões de enchimento intracavitárias,95 função atrial do atleta de elite416 e CMPs,417 mas os estudos corroboram mais os dados do strain 2D do que do strain 3D.

19. O papel da Ressonância e Tomografia Cardíacas na Avaliação do Strain

19.1. Introdução

A RMC, com sua alta resolução espacial e temporal e natureza não invasiva, tornou-se uma importante modalidade para a avaliação da função global e segmentar dos ventrículos. A avaliação do strain é uma medida estabelecida e confiável de quantificação de disfunção contrátil regional e global e possui a capacidade de detectar disfunção cardíaca subclínica sendo, portanto, uma ferramenta útil para a avaliação da função miocárdica. O ecocardiograma é, atualmente, o método mais disponível e de menor custo para a avaliação do strain, porém a análise pode ser prejudicada em pacientes com limitação de janela acústica.

19.2. Métodos de Aquisição do Strain pela Ressonância Magnética Cardíaca

O tagging miocárdico (“marcação miocárdica”) é a técnica mais validada em estudos e consiste em uma fase de preparação em que “tags” magnéticos (linhas pretas, tags) são ortogonalmente sobrepostas ao miocárdio no início de uma sequência de cine.12,418 Outra alternativa ao tagging que proporciona análise direta do strain miocárdico pela RMC são as técnicas de SENC (strain-encoded) e DENSE (displacement encoding with stimulated echoes).419 Recentemente, foi desenvolvido o método de feature tracking (FT), que permite a quantificação da deformação do miocárdio nas imagens tradicionais de cine RMC sem a necessidade de aquisições adicionais ou longa análise.420,421

Em todas as técnicas de análise do strain, os parâmetros de strain circunferencial e longitudinal globais foram mais reprodutíveis e consistentes do que os regionais.422 Mais detalhes sobre os métodos de aquisição do strain pela RMC podem ser obtidos nas referências.12,418-422

19.3. Strain do Ventrículo Direito pela Ressonância Magnética Cardíaca

A medida do strain miocárdico é um método preciso e prático de avaliação da função do VD, por se tratar de um marcador mais sensível e precoce de disfunção contrátil do que outros métodos disponíveis, como a FE. Estudos têm demonstrado o potencial do strain do VD, avaliado pela RMC, em fornecer informações aditivas e prognósticas independentes.423-428 Existem alguns estudos publicados nos quais os autores analisaram o strain do VD em indivíduos saudáveis e também em grupos-controle sem cardiopatia.423,426,429,430

As patologias que mais acometem o VD, como cardiopatias congênitas, HP e displasia arritmogênica (DAVD) foram as que tiveram maior aplicabilidade na análise do strain do VD. O FT–RMC (feature tracking pela RMC) foi utilizado em pacientes com tetralogia de Fallot corrigida, e os valores de strain estavam reduzidos nesses pacientes e estavam relacionados com parâmetros de função sistólica (FE biventricular) e também capacidade funcional no teste cardiopulmonar.425

A avaliação das funções globais e segmentares do VD é fundamental para o diagnóstico multiparamétrico de DAVD, e o strain do VD provou ser uma ferramenta extremamente útil.428,431 Os strains global e segmentar do VD estão significativamente reduzidos em pacientes com DAVD, independente das dimensões e função do VD, de modo que o comprometimento da deformação do VD pode representar um marcador precoce da doença.428

A Figura 19.1 apresenta exemplos de strain do VD em paciente normal e paciente com HP.

Figura 19.1. – Análise do strain longitudinal global pelo método de feature tracking em paciente com hipertensão pulmonar (acima) e sem hipertensão pulmonar (abaixo). O paciente com hipertensão pulmonar apresentou strain de 4,26% e o sem hipertensão pulmonar de 26,46%.

Figura 19.1

19.4. Strain do Ventrículo Esquerdo pela Ressonância Magnética Cardíaca

Os valores médios em indivíduos saudáveis dos tipos de strain do VE (SCG, SRG, SLG) foram pesquisados na última década através do FT–RMC,419-423 incluindo uma importante metanálise.424 Os maiores e mais recentes estudos em SCG e SR pelo FT-RMC aplicaram a análise da média de três cortes do eixo curto. A maior parte do SLGVE foi calculada através de um corte 4 câmaras, enquanto algumas publicações mais recentes trazem avaliações da média de três cortes longitudinais. Os valores do SLG e do SCG flutuam dentro de uma margem restrita, enquanto os valores de SRG tiveram intervalos de confiança mais amplos. Especula-se que a movimentação através do plano e a grande variabilidade pessoal podem explicar parcialmente esse fenômeno. Entretanto, a real causa ainda permanece incerta.424

Observa-se uma forte relação dos graus de deformação miocárdica com a presença de realce tardio (RT) miocárdico, em especial o SCG, mas também o SLG derivados do FT-RMC. Ademais, observa-se boa correlação entre as técnicas derivadas entre a ecocardiografia e a RMC.425

Na CMP dilatada, a presença de um SLG acentuadamente reduzido se relacionou fortemente com pior sobrevida, mesmo naqueles com FE muito reduzida, independentemente da classe funcional e outros achados da RMC.426 O FT-RMC pode identificar o subgrupo de portadores de IC com FE preservada e DD através do SLG alterado em comparação a indivíduos saudáveis.427

Na diferenciação entre pericardite constritiva (PC) e CMP restritiva, o SLG derivado da RMC apresentou valor diagnóstico similar ao do ecocardiograma, além de apresentar alto valor discriminatório entre essas patologias. Os valores de SLG são significativamente menores na CMP restritiva, enquanto na pericardite são próximos dos valores encontrados em controles normais.428 Os componentes longitudinal e circunferencial do strain são alterados também em casos de miocardite.429

Publicações que exploraram a capacidade do strain derivado pela ressonância usando tagging miocárdico demonstraram alta capacidade em determinar portadores de amiloidose com presença de RT, sendo potencialmente mais sensível que a própria sequencia pós-contraste.430 A perda do gradiente base-ápice do strain circunferencial parece representar um achado precoce das alterações observadas na doença de Fabry, já as modalidades de strain longitudinal e circunferencial não apresentaram variação significativa entre os controles sadios.431

Usando o FT-RMC, foi observado que pacientes com CMPH têm redução do SLG, SRG e SCG comparados com controles sadios, sendo o SLG e o SRG preditores de eventos adversos,432 assim como já foi demonstrado que o SLG é significativamente superior em pacientes portadores de HAS do que em portadores de CMPH.433

O diagnóstico da doença coronariana isquêmica pela RMC pode ser aperfeiçoado se adicionada a análise com FT-RMC, sendo possível detectar pequenas alterações no strain circunferencial após o estresse por dobutamina, podendo o SLG ser útil na detecção de infarto e avaliação de viabilidade.434 Os três tipos de strain estão reduzidos em pacientes que sofreram IAM com supradesnivelamento do segmento ST, sendo preditores independentes de eventos cardiovasculares adversos.435

Pacientes portadores de EA importante têm SLG e SCG reduzidos em relação aos controles sadios, a despeito dos sintomas apresentados.436 Em pacientes portadores de valva aórtica bicúspide e FE preservada, foram observados indícios de DD através de alterações no strain circunferencial.437 A cardiotoxicidade induzida por quimioterapia apresenta anormalidades no SLG e SCG muito antes do declínio da FEVE.438

Recentemente, foi reportado que o SLG pelo FT-RMC apresenta associação mais intensa com mortalidade do que os observados pela combinação da FEVE e pelo RT miocárdico. Até o momento, essa foi a maior experiência em avaliar o valor prognóstico do SLG avaliado pelo FT-RMC. Ajustado para fatores de risco clássicos, incluindo FEVE e RT, a piora de 1% no SLG foi associada a um aumento de 89% no risco de morte em pacientes isquêmicos e não isquêmicos.439

19.5. Strain do Átrio Esquerdo pela Ressonância Magnética Cardíaca

A avaliação da função do AE tem sido cada vez mais reconhecida como um fator crucial em uma diversidade de patologias cardíacas. Normalmente, sua alteração está associada a pior prognóstico e precede o estabelecimento de IC.

O AE tem a função de reservatório para a drenagem das veias pulmonares, servindo de conduto para a passagem do fluxo até o VE por diferença de pressão causada pela abertura das cúspides mitrais e por fim de função contrátil, com a sístole atrial ocorrendo no final da diástole do VE.440

A análise do strain atrial baseada em FT-RMC quantifica de forma confiável o strain longitudinal do AE e o strain rate. Usando imagens cine-RM padrão, ela discrimina entre pacientes com relaxamento ventricular esquerdo alterados e pacientes saudáveis, como podemos observar na Tabela 19.1.441 Em um subestudo do MESA, a redução no SLG atrial e alteração do volume indexado mínimo do AE foram fatores preditores independentes para a instalação de IC, mesmo ajustados para a massa do VE e pro-BNP.442 Da mesma forma, a avaliação da função fásica do AE foi um preditor de risco independente para a admissão por IC ou morte, mesmo após ajustar para o volume do AE e o remodelamento ventricular.443

Tabela 19.1. – Strain do átrio esquerdo.

Tipos ICFEp CMPH Normais
Reservatório 16,3 ± 5,8 22,1 ± 5,5 29,1 ± 5,3
Conduto 11,9 ± 4,0 10,4 ± 3,9 21,3 ± 5,1
Contrátil 4,5 ± 2,9 11,7 ± 4,0 7,8 ± 2,5

CMPH: cardiomiopatia hipertrófica; ICFep: insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada.

19.6. Strain pela Tomografia Cardíaca

A avaliação do strain pela tomografia cardíaca (TC) pode ser realizada utilizando-se o método feature tracking (FT-TC) nas aquisições contrastadas e trigadas, com reconstruções funcionais do ciclo cardíaco. Os dados ainda são escassos, mas a sua aplicabilidade foi testada em algumas publicações recentes em pacientes portadores de EAo importante, submetidos a implante de prótese aórtica transcutânea. Os resultados demonstram valores similares do SLG entre a FT-TC e a derivada pelo ECO,444,445 assim como alta reprodutibilidade intraobservador e intraclasse para SLG FT-TC do VE, apesar de aparentemente subestimar os valores.444

Outra publicação explorou a relação do strain FT-TC com a doença isquêmica do coração em portadores de lesão significativa na artéria descendente anterior. Observou-se uma redução do strain longitudinal nos segmentos do território da artéria descendente anterior, a despeito de volumes diastólico, sistólico e FE normais.446

No momento, as limitações para a utilização do strain pela RMC e TC se devem à escassa disponibilidade e ao elevado custo de softwares de pós-processamento.

Footnotes

Realização: Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (DIC/SBC)

Nota: Estes posicionamentos se prestam a informar e não a substituir o julgamento clínico do médico que, em última análise, deve determinar o tratamento apropriado para seus pacientes.

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Position Statement on the Use of Myocardial Strain in Cardiology Routines by the Brazilian Society of Cardiology’s Department Of Cardiovascular Imaging – 2023

André Luiz Cerqueira Almeida 1, Marcelo Dantas Tavares de Melo 2, David Costa de Souza Le Bihan 3, Marcelo Luiz Campos Vieira 3, José Luiz Barros Pena 4,5, José Maria Del Castillo 6, Henry Abensur 7, Renato de Aguiar Hortegal 8, Maria Estefania Bosco Otto 9, Rafael Bonafim Piveta 10, Maria Rosa Dantas 11, Jorge Eduardo Assef 8, Adenalva Lima de Souza Beck 12, Thais Harada Campos Espirito Santo 13,14, Tonnison de Oliveira Silva 15, Vera Maria Cury Salemi 3, Camila Rocon 16, Márcio Silva Miguel Lima 3, Silvio Henrique Barberato 17, Ana Clara Rodrigues 10, Arnaldo Rabschkowisky 18, Daniela do Carmo Rassi Frota 19, Eliza de Almeida Gripp 20,21, Rodrigo Bellio de Mattos Barretto 3, Sandra Marques e Silva 22, Sanderson Antonio Cauduro 23, Aurélio Carvalho Pinheiro 24, Salustiano Pereira de Araujo 25, Cintia Galhardo Tressino 8, Carlos Eduardo Suaide Silva 26, Claudia Gianini Monaco 10, Marcelo Goulart Paiva 27, Cláudio Henrique Fisher 10, Marco Stephan Lofrano Alves 28, Cláudia R Pinheiro de Castro Grau 3, Maria Veronica Camara dos Santos 29,30, Isabel Cristina Britto Guimarães 31, Samira Saady Morhy 10, Gabriela Nunes Leal 32, Andressa Mussi Soares 33, Cecilia Beatriz Bittencourt Viana Cruz 3, Fabio Villaça Guimarães Filho 34, Bruna Morhy Borges Leal Assunção 35, Rafael Modesto Fernandes 36, Roberto Magalhães Saraiva 37, Jeane Mike Tsutsui 38, Fábio Luis de Jesus Soares 39, Sandra Nívea dos Reis Saraiva Falcão 40, Viviane Tiemi Hotta 3,38, Anderson da Costa Armstrong 41, Daniel de Andrade Hygidio 42,43, Marcelo Haertel Miglioranza 44,45, Ana Cristina Camarozano 28, Marly Maria Uellendahl Lopes 46, Rodrigo Julio Cerci 47, Maria Eduarda Menezes de Siqueira 46, Jorge Andion Torreão 48,49, Carlos Eduardo Rochitte 3,16, Alex Felix 26,50

Abstract


Position Statement on the Use of Myocardial Strain in Cardiology Routines by the Brazilian Society of Cardiology’s Department Of Cardiovascular Imaging – 2023
The report below lists declarations of interest as reported to the SBC by the experts during the period of the development of these statement, 2022/2023.
Expert Type of relationship with industry
Adenalva Lima de Souza Beck Nothing to be declared
Alex Felix Nothing to be declared
Ana Clara Rodrigues Nothing to be declared
Ana Cristina Camarozano Nothing to be declared
Anderson da Costa Armstrong
  • Financial declaration

  • A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:

  • - Amyloidosis: Anylam.

  • Other relationships Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:

  • - Health area; CARDIOVASF.

André Luiz Cerqueira de Almeida
  • Financial declaration

  • A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:

  • - Boston Scientific: Speaker.

Andressa Mussi Soares
  • Financial declaration

  • A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:

  • - Bayer: Anticoagulation and heart failure; Pfizer: Anticoagulation and amyloidosis; Jannsen: Leukemia.

  • Other relationships

  • Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:

  • - Bayer: Heart failure.

Arnaldo Rabischoffsky Nothing to be declared
Aurélio Carvalho Pinheiro Nothing to be declared
Bruna Morhy Borges Leal Assunção Nothing to be declared
Camila Rocon Nothing to be declared
Carlos Eduardo Suaide Silva Nothing to be declared
Carlos Eduardo Rochitte Nothing to be declared
Cecilia Beatriz Bittencourt Viana Cruz Nothing to be declared
Cintia Galhardo Tressino Nothing to be declared
Claudia Gianini Monaco Nothing to be declared
Claudia R. Pinheiro de Castro Grau Nothing to be declared
Cláudio Henrique Fischer Nothing to be declared
Daniel de Andrade Hygidio Nothing to be declared
Daniela do Carmo Rassi Frota Nothing to be declared
David Costa de Souza Le Bihan
  • Financial declaration

  • A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:

  • - Edwards Lifescience; Abbott; GE Healthcare; Philips.

Eliza de Almeida Gripp Nothing to be declared
Fábio Luis de Jesus Soares Nothing to be declared
Fabio Villaça Guimarães Filho Nothing to be declared
Gabriela Nunes Leal Nothing to be declared
Henry Abensur Nothing to be declared
Isabel Cristina Britto Guimarães Nothing to be declared
Jeane Mike Tsutsui
  • Other relationships

  • Any economically relevant equity interest in companies in the healthcare or education industry or in any companies competing with or supplying to SBC:

  • - Health area: Grupo Fleury.

Jorge Andion Torreão
  • Other relationships

  • Any economically relevant equity interest in companies in the healthcare or education industry or in any companies competing with or supplying to SBC:

  • - Partner of an education company in the health sector.

Jorge Eduardo Assef Nothing to be declared
José Luiz Barros Pena Nothing to be declared
Jose Maria Del Castillo Nothing to be declared
Marcelo Dantas Tavares de Melo Nothing to be declared
Marcelo Goulart Paiva Nothing to be declared
Marcelo Haertel Miglioranza Nothing to be declared
Marcelo Luiz Campos Vieira Nothing to be declared
Márcio Silva Miguel Lima Nothing to be declared
Marco Stephan Lofrano Alves Nothing to be declared
Maria Eduarda Menezes de Siqueira Nothing to be declared
Maria Estefânia Bosco Otto Nothing to be declared
Maria Rosa Dantas Nothing to be declared
Maria Veronica Camara dos Santos Nothing to be declared
Marly Maria Uellendahl Lopes Nothing to be declared
Rafael Bonafim Piveta
  • Other relationships

  • Any economically relevant equity interest in companies in the healthcare or education industry or in any companies competing with or supplying to SBC:

  • - Partner at WavesMed (digital platform for continuing education/updates).

Rafael Modesto Fernandes Nothing to be declared
Renato de Aguiar Hortegal Nothing to be declared
Roberto Magalhães Saraiva Nothing to be declared
Rodrigo Bellio de Mattos Barretto
  • Financial declaration

  • A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:

  • - GE; Abbot; Edwards.

Rodrigo Julio Cerci Nothing to be declared
Salustiano Pereira de Araujo Nothing to be declared
Samira Saady Morhy Nothing to be declared
Sanderson Antonio Cauduro Nothing to be declared
Sandra Marques e Silva
  • Other relationships

  • Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:

  • - Pfizer: Amyloidosis; Sanofi, Pint Pharma, Takeda and Chiesi: Fabry.

Sandra Nívea dos Reis Saraiva Falcão Nothing to be declared
Silvio Henrique Barberato Nothing to be declared
Thais Harada Campos Espirito Santo Nothing to be declared
Tonnison de Oliveira Silva Nothing to be declared
Vera Maria Cury Salemi Nothing to be declared
Viviane Tiemi Hotta
  • Financial declaration

  • B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the Brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:

  • - Pfizer: Amyloidosis.

Table of contents

1. Basic Concepts in Left Ventricular Strain 7

1.1. Brief Introduction to the Physical Principles of Speckle Formation in Cardiovascular Imaging 7

1.2. Definitions 7

1.2.1. Strain and Strain Rate 7

1.2.2. Longitudinal, Circumferential, and Radial Deformation 7

1.2.3. Timing Mechanical Events 8

1.2.4. Peak Measurements Extracted from Strain Curves 8

1.3. Factors Affecting Strain Estimation 8

1.3.1 Image Quality 8

1.3.2. Cardiovascular Imaging Modality 8

1.3.3. Software Manufacturer and Version 8

1.3.4. Hemodynamic Conditions 8

1.4. Global Longitudinal Strain 9

2. General Recommendations for Using Strain: Clinical Applicability, Comparison with Ejection Fraction, and Adequate Description for Echocardiography Reports 10

2.1. Prognostic Value, Parametric Patterns, and Subclinical Detection of Heart Disease Through Myocardial Strain 10

2.2. Which is Better, Strain or Ejection Fraction? 11

2.3. General Recommendations for Reporting Strain Results and Normality Values 12

2.4. Conclusion 12

3. Strain in Cardio-oncology 13

4. Strain in Diastolic Dysfunction 15

4.1. Introduction 15

4.2. Left Ventricle Strain 15

4.3. Left Atrial Strain 15

4.4. Conclusion 16

5. Strain in Cardiomyopathies 16

5.1. Introduction 16

5.2. Dilated Cardiomyopathy 16

5.3. Arrhythmogenic Cardiomyopathy 16

5.4. Hypertrophic Cardiomyopathy 17

5.5. Endomyocardial Fibrosis 17

5.6. Noncompacted Myocardium 17

6. Strain in Valvular Heart Disease 18

7. Strain in Ischemic Heart Disease 19

7.1. Introduction 19

7.2. Strain in Acute Coronary Syndrome 19

7.3. Strain in Chronic Coronary Syndromes 20

7.4. Right Ventricular Strain in Ischemic Heart Disease 20

8. Strain Assessment in Systemic Diseases (Amyloidosis and Fabry Disease) 20

8.1. Strain Assessment in Cardiac Amyloidosis 20

8.1.1. Myocardial Strain Assessment in the Diagnosis of Cardiac Amyloidosis 21

8.2. Fabry Disease 23

9. Strain in Hypertension 24

9.1. Introduction 24

9.2. Hypertension without Left Ventricular Hypertrophy Criteria 24

9.3. Hypertension with Left Ventricular Hypertrophy Criteria 25

9.4. Clinical Treatment 25

9.5. Conclusion 25

10. Strain in Athletes 25

11. Strain in Stress Echocardiography 26

12. Strain in Congenital Heart Disease 26

13. Right Ventricle Strain 26

13.1. Introduction 26

13.2. Anatomical and Functional Characteristics of the Right Ventricle 28

13.3. Right Ventricle and Echocardiographic Parameters in Systolic Function Assessment 28

13.4. Acquisition and Limitations 28

13.5. Indications/Normal Values 30

14. Left and Right Atrial Strain 31

14.1. Left Atrial Strain Assessment Techniques 31

14.2. Normality Values 31

14.3. Clinical Applicability of Left Atrial Strain 32

14.3.1. Left Atrial Strain and Diastolic Function in Heart Failure 32

14.3.2. Atrial Fibrillation 32

14.3.3. Valvular Heart Disease 32

14.3.4. Coronary Artery Disease 32

14.4. Right Atrial Strain 32

15. Assessing Left Ventricular Torsion 32

15.1. Introduction 32

15.2. Definitions and Nomenclature 33

15.3. Step-by-step Assessment of Ventricular Torsion by Speckle Tracking Echocardiography 33

16. Strain in Ventricular Dyssynchrony Analysis 34

16.1. Introduction 34

16.2. Dyssynchrony Assessment when Selecting Patients for Cardiac Resynchronization Therapy 35

16.3. Myocardial Viability Assessment 35

16.4. Electrode Implantation Site 35

16.5. Prognostic Assessment after CRT 35

16.6. Adjustment of Resynchronization Parameters 36

17. Myocardial Work 36

17.1. Introduction 36

17.2. Calculating Myocardial Work 36

17.3. Normality Values 37

17.4. Potential Clinical Use 37

18. Three-dimensional Strain Assessment: What can be Added 40

18.1. Introduction 40

18.2. Left Ventricular Strain 41

18.3. Right Ventricular Strain 41

18.3.1. Full-volume 3D Acquisition and Analysis 41

18.4. Left Atrial Strain 41

19. The Role of Cardiac Resonance and Tomography in Strain Assessment 41

19.1. Introduction 41

19.2. Strain Acquisition Methods by Cardiac Magnetic Resonance Imaging 41

19.3. Determining Right Ventricle Strain Through Cardiac Magnetic Resonance Imaging 42

19.4. Determining Left Ventricular Strain Through Cardiac Magnetic Resonance Imaging 42

19.5. Determining Left Atrial Strain Through Cardiac Magnetic Resonance Imaging 42

19.6. Determining Strain Through Cardiac Tomography 43

References 43

1. Basic Concepts in Left Ventricular Strain

1.1. Brief Introduction to the Physical Principles of Speckle Formation in Cardiovascular Imaging

Optical coherence imaging systems such as laser, optical coherence tomography, or ultrasound produce grainy reflections known as speckle.1,2 In echocardiography, an emitted ultrasound pulse moves in a straight line, interacting with the acoustic interfaces of the thoracic cavity until it reaches the heart. Some of the beam is reflected by different cardiac structures, producing an echo that is partially captured by the transducer, and the software uses it as an input to produce images. In this case, the beam’s wavelength is usually shorter than the structures that reflect it.

However, when the wavelength is longer than the microstructures it interacts with, the beam is a scattered, radiating in all directions (diffuse scattering). This phenomenon is the result of an interference pattern in all wavefronts scattered by the different phenomena (eg, local differences in tissue density and compressibility). Some this diffuse scattering, or speckle, is captured by the transducer. Although speckle makes the B-mode image less clear for human operators, it should not be seen as noise, since it carries unique information, acting as a myocardial “fingerprint”.1

1.2. Definitions

1.2.1. Strain and Strain Rate

Strain is the amount that an object deforms compared to its original shape.3 In cardiology, this concept is represented as the magnitude (%) of myocardial fiber contraction/relaxation in relation to its initial measurement. This concept can be applied to a single segment (regional strain) or to entire heart chambers (global strain), such as the left ventricle (LV). Strain rate indicates the rate of myocardial deformation (%) every second (s-1), ie, the speed at which deformation occurs.3-4

1.2.2. Longitudinal, Circumferential, and Radial Deformation

Through the concept of strain, the contraction/relaxation of the LV myocardium from its orientation in different axes can be studied. In fact, due to the helical arrangement of cardiac muscle fibers, LV systolic shortening is determined by the longitudinal and circumferential action of fibers,5 the two active force vectors of strain (Figure 1.1 A).

Figure 1.1. – Myocardial strain in different axes. A) Strain can be measured in the longitudinal, circumferential, and radial directions.4 A third vector results from the interaction of 2 of these force-vectors. B) Radial-circumferential shear strain. C) Longitudinal-circumferential shear strain (ie, ventricular twist/torsion). D) Radial-circumferential shear strain.

Figure 1.1

When longitudinal and circumferential forces are applied to a material with low compressibility, such as myocardial tissue, the myocardium is thickened radially (passive deformation component).6 Ultimately, this accounts for radial shrinkage of the ventricular cavity.4The deformation process is much more complex than we can measure, since for each interaction between the force vectors, a new vector arises from the shear between the different deformations, called shear strain (Figure 1.1 B, C and D).

Systolic fiber shortening/thinning in the longitudinal and circumferential direction produces negative strain values, whereas systolic thickening results in positive strain values. Many authors express only the absolute value (modulus value), and we will do the same herein.

1.2.3. Timing Mechanical Events

Some fundamental definitions for clinical practice are provided below:1,7

  • •End-systole: The point of aortic valve closure. Potential substitutes: peak global strain or the volume curve. The software should show which criterion is used to determine end-systole.

  • •End-diastole: The point at which the QRS complex peaks. Event timing should be performed using Doppler imaging in reference to the electrocardiogram.

1.2.4. Peak Measurements Extracted from Strain Curves (Figure 1.2)

Figure 1.2. – Peak measurements derived from strain curves A) Peak systolic strain, peak strain, and end-systolic (ES) strain coincide upon aortic valve closure (AVC). B) Peak systolic strain and peak strain coincide, although both occur immediately before AVC (red bar), resulting in slight dissociation between these and ES strain. C) Peak and end-systolic strain coincide (both with lower absolute values), although peak strain occurs after AVC (post-systolic shortening phenomenon).

Figure 1.2

  • •End-systolic strain: The point of the strain curve at end-systole, as defined above (aortic valve closure). This is the standard parameter for describing myocardial deformation.

  • •Peak systolic strain: The point at which the peak of the strain curve occurs during systole.

  • •Positive peak systolic strain: the highest positive value of local myocardial stretching at some point during systole.

  • •Peak strain: the highest point of the strain curve during the entire heart cycle. Although this point is usually reached before aortic valve closure, when it occurs afterwards, it is described as post-systolic strain8 or post-systolic shortening. Post-systolic strain is the deformation of segments after aortic valve closure that does not contribute to ventricular ejection.

1.3. Factors Affecting Strain Estimation

1.3.1 Image Quality

Image quality is a critical factor in any software that estimates myocardial strain. Several authors have reported the sensitivity of strain and strain rate estimation proportional to the quality of the image and the tracking algorithm.9-11

1.3.2. Cardiovascular Imaging Modality

Different cardiovascular imaging modalities provide different strain values. Tee et al.12 reported differences between transthoracic echocardiography, computed tomography, and cardiac magnetic resonance imaging (MRI).

1.3.3. Software Manufacturer and Version

Two studies by the European Association of Cardiovascular Imaging and the American Society of Echocardiography tested the variability of global longitudinal strain (GLS) measurements among different equipment types and software, finding significant divergences.13-14 However, such differences are smaller than the ejection fraction (EF) variability reported in the literature.9-10,15 In addition to variability among manufacturers, measures can vary in different programs by the same manufacturer, with significant changes in GLS having been reported.11,15

Thus, serial echocardiographic studies should ideally be performed using the same device and software and under similar hemodynamic conditions, especially when GLS variation in can restrict therapy options, such as when assessing chemotherapy-induced cardiotoxicity.4

1.3.4. Hemodynamic Conditions

LV deformation varies considerably according to the ventricle’s preload and afterload conditions.

1.4. Global Longitudinal Strain

The evidence is more robust for GLS than for any other cardiac strain parameter, and it is the most relevant type for clinical practice.9 It reflects relative LS (%) in the LV myocardium, which occurs from the isovolumetric contraction until the end of the ejection period.1,5,15

Mathematically, the contraction at any instant is computed using the algorithm: GLS(t)=100[L(t)L(ED)/L(ED)] , in which L(t) is the longitudinal length at time t, with L(ED) being the end-diastolic length.1

Programs vary significantly regarding L(ED) length: the entire line of the region of interest x the mean of a given number of points in a region of interest x the mean value in each segment of the same frame. The normal GLS value is approximately 20%,9 although there is evidence that normality varies according to sex and age.7

To analyze LVGLS by speckle tracking, a series of image acquisition precautions are necessary:

  • 1) The patient must be monitored electrocardiographically.

  • 2) If possible, an attempt should be made to achieve expiratory apnea, avoiding translational movements of the heart with respiratory incursions.

  • 3) Balance should be sought between the echocardiographic method’s spatial and temporal resolution (focus, depth, and width adjustments) to optimize the cardiac chamber of interest vs frame rate. The latter should be kept between 40-80 frames per second in patients with a normal heart rate. The higher the heart rate, the higher the required RR values.

  • 4) Avoid foreshortening in LV images.

  • 5) Four-, 3-, and 2-chamber apical acoustic windows must be acquired, preferably with a minimum of 3 beats, excluding extrasystoles.

Table 1.1 and Figure 1.3 summarize the GLS measurement procedure.

Table 1.1. – Step-by-step measurement of global longitudinal strain for most manufacturers4.

  • •Good quality cardiac electrocardiographic monitoring

  • •Obtain 3-, 4-, and 2-chamber acoustic windows with a frame rate between 40-80 frames per second.

  • •Mark aortic valve closure.

  • •Mark topographic definitions to determine the region of interest in the 3-, 4- and 2-chamber windows.

  • •Accept or discard the myocardial segments tracked in each window and make adjustments if necessary.

  • •Evaluate the curves and interpret the results of the polar map.

  • •Properly record the hemodynamic conditions under which GLS was measured.

Figure 1.3. – Step by step to obtain the global longitudinal strain. Initially, images are acquired in 3, 4 and 2 chambers, with good quality EKG. Images must be acquired at an adequate frame rate (40-80 frames per second) (A: blue ovoid). Aortic valve closure (AVC) is marked using pulsed or continuous Doppler tracking (B). Three points (2 at the base and 1 at the apex) are then marked on the 3 acquired images, determining whether the software adequately tracked the 2D images (C and D). Finally, the curves (E), bull’s eye map (F), and global longitudinal strain values are obtained. Adapted from Tressino et al.4.

Figure 1.3

2. General Recommendations for Using Strain: Clinical Applicability, Comparison with Ejection Fraction, and Adequate Description for Echocardiography Reports

2.1. Prognostic Value, Parametric Patterns, and Subclinical Detection of Heart Disease Through Myocardial Strain

Myocardial strain analysis is a robust and versatile tool that offers additional information with less variability than normal prognosis parameters, in addition to parametric cardiomyopathy patterns, and subclinical lesion detection.

Recent studies have shown the increasing value of LVGLS in relation to left ventricular ejection fraction (LVEF).10 The inter- and intraobserver variability of strain analysis is 4.9-8.6%, which is much lower than LVEF, probably because it is less influenced by ventricular preload and afterload.13,16 LVGLS is superior to LVEF in patients with heart failure (HF) and in those with reduced and preserved EF (HFrEF and HFpEF, respectively).17,18 In addition to LV analysis, worsening right ventricular (RV) strain provides additive prognostic value in patients with HFpEF.19

The morphological findings of cardiomyopathies usually overlap, which is a major diagnostic challenge in daily clinical practice. Increased ventricular mass and thickness is common, being associated with diastolic dysfunction (DD) and preserved LVEF in earlier stages. Parametric analysis of LVGLS with polar mapping can reveal some diagnoses in echocardiogram examination that are undetectable through normal parameters, having been described as a fingerprint for some. One example is the apical sparing pattern in amyloidosis, which will be described below in a specific chapter.20 Such phenotypic characterization has been met with enthusiasm since it facilitates diagnosis of rare pathologies. However, if strain data are not combined with the patient’s clinical history and morphological and hemodynamic aspects, diagnostic error can result. See examples of apical sparing in Figure 2.1.

Figure 2.1. – Global longitudinal strain with apical sparing patterns in different heart diseases. 1: Anthracycline cardiotoxicity; 2: Non-compacted myocardium; 3: Hypothyroidism; 4: Transthyretin amyloidosis.

Figure 2.1

Strain’s utility as a diagnostic and prognostic tool was consolidated through application in cardio-oncology. This is currently the only area of clinical practice in which it guides conduct (ie, variation from baseline values during chemotherapy). When a relative reduction > 15% occurs, cardiotoxicity with subclinical myocardial injury is considered to have occurred.21 In 2019, a group of societies developed criteria for the proper use of different imaging modalities to evaluate cardiac structures in non-valvular heart disease. Of their 81 recommendations, only 4 dealt with the adequate use of strain: 3 in cardio-oncology and 1 in hypertrophic cardiomyopathy (HCM).22 Although well-designed studies have not validated strain for other applications, it is widely used in large cardio-oncology centers and was reinforced in a recent update of the Brazilian Cardio-oncology Guidelines.23

2.2. Which is Better, Strain or Ejection Fraction?

LVEF is one of the main echocardiographic parameters for assessing ventricular function in daily practice, since the data are easy to interpret and are widely accessible through basic ultrasound equipment. This parameter has been extensively validated for heart disease, having being used as a patient inclusion criterion in large therapeutic-intervention studies, as well as a parameter for evaluating and monitoring the results.24 The prognostic value of LVEF has been well established in chronic HF,25 and the European Society of Cardiology’s current recommendation is for HF to be classified according to the following LVEF values: 1) HFpEF: EF ≥ 50%; 2) HF with a moderately reduced EF (40-49%); and 3) HFrEF: EF < 40%).26

LVEF is an important quantitative parameter for defining specific strategies in HF, eg, it is used to indicate cardiac resynchronization therapy in patients with refractory HF (LVEF ≤ 35%) or to detect cardiotoxicity in cancer patients who are using anthracyclines (≥ 10% drop in LVEF compared to baseline and values below the lower limit of normality).27 However, its accuracy is limited when estimated with the 2D Simpson method due to high interobserver variability, which can reach up to 13%.28 Unlike the 2D Simpson method, 3D echocardiography is not based on geometric assumptions and directly measures cavity volumes and LVEF. Its results are quite comparable to those obtained by cardiac MRI. Since it involves automatic algorithms and a lower susceptibility to variation in the acquisition windows (orientation of the apical slices), 3D echocardiography has less intra- and interobserver variability than the 2D method (0.4 [SD, 4.5%]),29 making it a good alternative for monitoring patients who have ventricular dysfunction or are at risk of myocardial damage.

Myocardial deformation assessment techniques, such as strain, consider the 3 directions of myocardial fiber contraction: longitudinal, radial, and circumferential. LVEF is primarily determined by the radial and circumferential components, which result in thickening of the myocardial walls and reduction of the ventricular cavity in systole. However, LVEF (ie, the “ejective” function) is not the only determinant of ventricular performance: it also depends on adequate LV end-diastolic volume for normal systolic volume. This is why patients with cardiomyopathies involving phenotypic expression of concentric parietal hypertrophy (eg, infiltrative or hypertrophic) can have normal LVEF and low cardiac output. These patients clinically present as HFpEF and, despite normal LVEF, generally have a worse prognosis than patients with normal LVEF and preserved cardiac output due to changes in contractile function detectable only by GLS.30

In fact, longitudinal deformation is the earliest myocardial contractility component to change in most cardiomyopathies and may signal the process at an initial and subclinical stage (prior to reduced LVEF), when therapeutic or cardioprotective measures could have better results. GLS may even be altered in genetic diseases that are not phenotypically expressed, such as Friedreich’s ataxia, which presents with normal mass and LVEF, and might even predict reduced LVEF and its prognosis.31

The prognostic value of GLS has been demonstrated in patients with HF, facilitating the prognostic effect of LVEF, especially in patients with EF > 35%.32 For this reason, Potter et al. suggested a new classification of ventricular function, complimenting LVEF with LVGLS to facilitate clinical decision-making and prognostic evaluation, especially in patients with LVEF > 53% (HFpEF).10

2.3. General Recommendations for Reporting Strain Results and Normality Values

To simplify description in echocardiography reports, the type of strain (which defines the contraction or relaxation movements) should be indicated, as well as its absolute values (mainly in sequential comparative studies) to prevent mistaken interpretations of worsening strain. The patient’s vital signs (blood pressure and heart rate) should also be included, due to preload and afterload changes that influence the overall strain value, in addition to the brand of ultrasound equipment and software version, due to varying normality parameters between the manufacturers.33,34Table 2.1 lists essential information to be included in a complete strain report.9

Table 2.1. – Essential elements for describing strain in echocardiography reports.

Relevant Strain Information Description
Vital signs Blood pressure and heart rate 16
Strain type Longitudinal, circumferential, and radial
Absolute strain value For describing chamber function
Cardiac chamber LV, RV, or LA
Polar map pattern (Figure 2.2) Any typical patterns, such as amyloidosis or hypertrophic cardiomyopathy 40
Variation (%) in sequential exams Proven use in cardio-oncology. ∆%= baseline strain examination (current/baseline)21
Equipment and software version Normal strain values vary according to equipment brand and version37

∆%: percentage (delta) change; LA: left atrium; LV: left ventricle; RV: right ventricle.

Figure 2.2. – Strain pattern in polar mapping: A: Typical amyloidosis pattern (apical sparing); B: Typical hypertrophic cardiomyopathy pattern with apical predominance (lower strain predominates in the apex, where hypertrophy was more pronounced in 2D assessment).

Figure 2.2

Normal strain reference values9,35-39 must be included in the report. Table 2.2 describes simplified average normality values for different strain types, as well as the degree of use in clinical practice. Unlike LVEF, strain normality values have not yet been consistently assimilated in clinical cardiology and, thus, they must be included in the report as a reference.

Table 2.2. – General normality values for different strain and cardiac chamber modalities and applicaiton in clinical practice.

Chamber/strain type Normality value (absolute value) Application in clinical practice
  • LV

  • Longitudinal (negative)

  • Radial (positive)

  • Circumferential (negative)

  • 18%35,39

  • 20%35

  • 40%35

  • 20%

  • ++++

  • +

  • +

  • RV

  • Longitudinal free wall (negative)

  • 20%35,36

  • +++

  • LA (varies with age, positive)

  • Reservoir (most common)

  • Conduit

  • Pump

  • 39%38,39

  • 23%38

  • 17%38,41

  • +++

  • +

  • +

LA: left atrium; LV: left ventricle; RV: right ventricle. ++++ Commonly used; +++ Used; ++ Limited use in clinical practice; + Limited use in clinical practice and not included in echocardiography equipment software.

2.4. Conclusion

Although current evidence for incorporating strain into daily clinical practice is robust, there are still several challenges to doing so in Brazil, such as unequal access to echocardiogram services with analysis software and a lack of national population data. We used values extrapolated from a population with a very different sociodemographic profile, with application adapted for the Brazilian population. The Brazilian Cardiology Society’s Department of Cardiovascular Imaging is promoting a multicentric work (already in progress), when echocardiographic data from healthy Brazilians is being analyzed. Strain adds to normal echocardiogram values, increasing prognostic robustness, enabling the diagnosis of cardiomyopathies (especially those presenting with increased myocardial thickness) and subclinical myocardial injury.

3. Strain in Cardio-oncology

Cancer treatment-related cardiac dysfunction is an important cause of morbidity and mortality.42,43 This complication can interrupt treatment and compromise healing and/or adequate cancer control.44,45HF due to the cardiotoxicity of chemotherapy drugs often has a worse prognosis than many neoplasms, with a 2-year mortality of up to 60%.42 Early identification of cardiotoxicity and cardioprotective intervention could affect prognosis in such cases.46,47 However, normal diagnostic methods, such as the 2D LVEF, have low sensitivity.48,49 Thus, earlier markers, such as strain analysis, could be of great importance.

Diagnostic imaging methods play a fundamental role in such circumstances, and echocardiography has been the most common tool due to its anatomical correspondence, non-invasive nature, easy access, low cost, and lack of ionizing radiation.27 Two-dimensional LVEF, the most common parameter for diagnosing cardiotoxicity, is calculated using Simpson’s method.21 However, 3D echocardiography, when available, is the technique of choice for monitoring LVEF in cancer patients. Its main advantages include greater accuracy in recognizing LVEF values below the lower limit of normality and greater reproducibility than the 2D technique, with accuracy similar to cardiac MRI. However, its low availability, high cost, and learning curve prevent more widespread use.27,50

Cancer treatment-related ventricular dysfunction is defined as a > 10% absolute drop in LVEF to < 50%, with or without HF symptoms. This echocardiographic examination should be repeated within 2-3 weeks to assess the effects of preload and afterload on LVEF.

Despite being an important and established prognostic factor, LVEF has low sensitivity for diagnosing cardiotoxicity. LVEF is dependent on certain factors, such as cardiac preload, image quality, and examiner experience. It can underestimate real cardiac damage, since compensatory hemodynamic mechanisms allow adequate LV systolic performance despite myocyte dysfunction.48 Thus, reduced LVEF often occurs at a very late stage, when therapeutic intervention does not lead to functional recovery in most cases.46,48,49

When cardiotoxicity is detected and treated early, patients have a greater chance of recovering ventricular function,46,51 and myocardial strain analysis can play an important role in this. Determining strain through 2D speckle-tracking has emerged as a sensitive and reproducible means of analyzing systolic function and LV contractility; this method has been validated in both in vitro and in vivo models.52,53 A growing number of publications have shown that myocardial strain analysis through 2D speckle-tracking is useful for early and subclinical detection of chemotherapy-induced cardiotoxicity, especially regarding relative decreases in GLS.23,54-57

GLS analysis is recommended for patients who undergo potentially cardiotoxic chemotherapy treatment. A ≥ 12% decrease in GLS in relation to baseline suggests a subclinical diagnosis of cardiotoxicity.21,27Without baseline (pre-chemotherapy) values for comparison, expert opinion suggests an absolute strain value of < 17% as a marker of subclinical cardiotoxicity, provided there is no other underlying myocardial disease. GLS reductions < 8% from baseline are considered non-significant. Figure 3.1 presents an example of subclinical cardiotoxicity suggested by relative GLS reduction.

Figure 3.1. – Example of subclinical cardiotoxicity in a patient with breast cancer. Analysis of LVEF through Simpson’s method and GLS with bull’s eye mapping. A and B: pre-chemotherapy evaluation; B and C: evaluation after a cumulative dose of 240 mg/m2 of doxorubicin. Although there was no significant reduction in LVEF, there was a 22% relative decrease in GLS. LVEF: left ventricular ejection fraction; GLS: global longitudinal strain.

Figure 3.1

Figure 3.2 presents an algorithm for echocardiographic follow-up in cancer patients based on LVEF and GLS. Figures 3.3 and 3.4 present echocardiographic monitoring data in patients treated with anthracyclines and trastuzumab, respectively.

Figure 3.2. – Algorithm for evaluating cancer patients during chemotherapy treatment, based on LVEF and GLS. ACE: angiotensin-converting enzyme; CV: cardiovascular; CT: chemotherapy Echo: echocardiography; GLS: global longitudinal strain; HF: heart failure; LVEF: left ventricular ejection fraction.

Figure 3.2

Figure 3.3. – Echocardiographic monitoring during anthracycline therapy. Echo: echocardiography; GLS: global longitudinal strain; LVEF: left ventricular ejection fraction.

Figure 3.3

Figure 3.4. – Echocardiographic monitoring during trastuzumab therapy. Echo: echocardiography. GLS: global longitudinal strain; LVEF: left ventricular ejection fraction.

Figure 3.4

SUCCOUR was the first prospective multicenter trial to show the prognostic impact of GLS-based cardioprotection compared to LVEF (3D echocardiography)-based cardioprotection. In patients receiving anthracycline-based chemotherapy (ie, at high risk of cardiotoxicity), cardioprotective intervention (ACE inhibitors and beta-blockers) based on a ≥ 12% reduction in GLS relative to baseline resulted in smaller LVEF reductions and a lower incidence of cancer treatment-related cardiac dysfunction over 1 year of follow-up.58

Compared to 2D speckle tracking, calculating strain through 3D tracking has shown technical advantages regarding accuracy, reproducibility, and applicability in different contexts.59-62 Recently, small studies have demonstrated the impact of 3D speckle-tracking on early recognition of chemotherapy-related mechanical changes.63-66 However, larger studies with longer follow-up are needed to assess this technique’s prognostic value.

Nevertheless, GLS analysis has certain limitations, among which we highlight measurement variability among equipment manufacturers. Thus, measurements must always be performed on the same devices. Like LVEF, GLS is influenced by preload and afterload effects, ventricular geometry, tissue changes (eg, infarction and myocarditis) and conduction disorders. Finally, certain clinical and oncological information is essential and must be clear in the echocardiography report for accurate interpretation, as shown in the Table 3.1.

Table 3.1. – Relevant Clinical and Oncological Information in Echocardiography Reports.

Time between chemotherapy drug infusion and echocardiography (pre- or post-)
  • Heart rate

  • Blood pressure

  • Volume status (description of the diameter and variation of the inferior vena cava)

Comparison with baseline, especially left ventricular ejection fraction and GLS: if there is a relative decrease, report the percentage)
Equipment/software used for GLS analysis

GLS: global longitudinval strain.

4. Strain in Diastolic Dysfunction

4.1. Introduction

DD is considered an early marker of myocardial damage and, even when asymptomatic, it has high mortality rates. As DD increases, LV filling pressures and HFpEF increase.67,68 The latter accounts for more than 50% of HF hospitalizations, with mortality rates comparable to those of HFrEF.69 Unlike HFpEF, preclinical DD may be reversible. However, its pathophysiology is complex and, despite involving several parameters, the currently recommended algorithm is not very sensitive for subclinical stages.70,71

Indeterminate cases are also frequent since these parameters do not always change simultaneously or linearly.70 Non-diastolic factors can also contribute to HFpEF, leading to varied phenotypic expression depending on the predominant pathophysiological mechanism.72 Tools that assess LV and left atrial (LA) mechanics by measuring strain can overcome these diagnostic challenges.73,74 The role of RV mechanics in this context is still under investigation.75

4.2. Left Ventricle Strain

Several studies have shown that myocardial strain parameters evaluated through speckle tracking, especially LVGLS, have a better correlation with LV relaxation and more accurately predict filling pressures and exercise intolerance than those derived from tissue Doppler.76-78 Reduced LVGLS helps detect DD at earlier stages and also predicts cardiovascular events in HFpEF.17,79-82 In light of this evidence, reduced LVGLS (<16%) has already been included as a diagnostic criterion in a new algorithm in recent HFpEF guidelines.83

4.3. Left Atrial Strain

LA strain allows for a more detailed analysis of LA function and its various components (reservoir, conduit, and pump function).70 Changes in LA strain express ventriculoatrial coupling and result from chronic exposure to elevated LV pressure, and reductions in LA compliance and relaxation,41,84,85 which may precede morphological remodeling.86-88 Although reductions in all LA strain components has been described,86,89,90 the reservoir LA strain is the most robust parameter, changing linearly with DD progression.91-93 Morris et al, among other authors, demonstrated that reduced reservoir LA strain (< 23%) increased DD detection and correlated with filling pressures and clinical outcomes.93-99

Due to the growing evidence, LVGLS and LA reservoir strain could be integrated into the current DD algorithm, as proposed in the Central Figure. This strategy may help reclassify indeterminate cases and increase accuracy in identifying earlier stages of DD, especially in individuals with cardiovascular risk factors or unexplained dyspnea.97

Central Illustration. : Position Statement on the Use of Myocardial Strain in Cardiology Routines by the Brazilian Society of Cardiology’s Department Of Cardiovascular Imaging – 2023.

Central Illustration

Proposal for including strain in the integrated diastolic function assessment algorithm, adapted from Nagueh et al.67 Am: mitral A-wave duration; Ap: reverse pulmonary A-wave duration; DD: diastolic dysfunction; LA: left atrium; LASr: LA strain reserve; LVGLS: left ventricular global longitudinal strain; TI: tricuspid insufficiency. Confirm concentric remodeling with LVGLS. In LVEF, mitral E wave deceleration time < 160 ms and pulmonary S-wave < D-wave are also parameters of increased filling pressure. This algorithm does not apply to patients with atrial fibrillation (AF), mitral annulus calcification, > mild mitral valve disease, left bundle branch block, paced rhythm, prosthetic valves, or severe primary pulmonary hypertension

Standardization of strain methodology has helped minimize variability between manufacturers, which is still a limitation.7,92,100,101 New prospective multicenter studies are expected to determine whether modifying these indices with treatment can improve DD and HFpEF prognosis.

4.4. Conclusion

LVGLS and LA reservoir strain are subclinical disease markers that can be incorporated into current recommendations to refine the diagnosis, staging, and prognosis of DD. Considering the complex nature of such assessments, using artificial intelligence to validate and implement algorithms would be beneficial.

5. Strain in Cardiomyopathies

5.1. Introduction

Generally speaking, cardiomyopathies are disorders of the heart muscle. Strictly speaking, they are not associated with certain conditions known to be aggressive to the myocardium, such as coronary artery disease, arterial hypertension, valvular heart disease, and congenital heart disease. They can be divided into the following groups: dilated, hypertrophic, restrictive, arrhythmogenic cardiomyopathy, and “unclassified”.102

5.2. Dilated Cardiomyopathy

Dilated cardiomyopathy is a disease that, by definition, affects myocardial tissue and leads to a progressive reduction in systolic function and dilation of the LV cavity. Clinically, individuals may present signs and symptoms of HF, requiring treatment, hospitalization, and finally, heart transplantation.102-107

Echocardiography, part of the first-line diagnostic arsenal, plays an extremely important role in diagnosis and prognosis. Its main objectives are to determine the volume of the cardiac chambers and assess LV systolic performance. This usually involves estimating the EF, which should be done according to Simpson’s method. Strain assessment is an additional echocardiographic tool that can enrich this process. It allows detection of subtle, subclinical abnormalities in the early stages of disease.

Abduch et al. found excellent correlation between volumetric parameters obtained by 3D echocardiography and strain assessment in patients with dilated cardiomyopathy.108 Since the clinical course of dilated cardiomyopathy leads to more pronounced phases of LV systolic impairment, there will be greater reductions in strain and strain rate in the longitudinal, radial, and circumferential components Figure 5.1.109 LV torsion also follows this downward trend with disease progression. Additionally, in very advanced stages, the rotations may also be inverted, ie, basal segments rotating counterclockwise and apical segments rotating clockwise.110-112

Figure 5.1. – A) Example of normal left ventricle global longitudinal strain. Note the negative deflections of the curves, which are relatively homogeneous in the 3 views. In the lower right is the parametric bull’s eye mapping, with all fields in more intense red, indicating good global strain; B) Example of strain in an individual with dilated cardiomyopathy due to Chagas disease. Note the reduced amplitude of the curves, which are also very heterogeneous. The septal and inferior wall strain curves have a positive deflection, ie, indicating distension or dyskinesia, which in the bull’s eye map appears blue (yellow arrows), in addition to pink areas, which indicate low strain values (GLS = -5.6%).

Figure 5.1

GLS is an independent predictor of all-cause mortality in patients with HFrEF, especially men without AF.113 In patients with recovered LVEF, abnormal GLS predicts the likelihood of decreased LVEF during follow-up, whereas normal GLS predicts the likelihood of stable LVEF during recovery.114

5.3. Arrhythmogenic Cardiomyopathy

Arrhythmogenic cardiomyopathy is histologically characterized by fibrofatty infiltration in the myocardial tissue. Although this infiltration generally occurs in the entrance, exit, and apex of the RV (the “dysplasia triangle”), the LV can also be affected concomitantly or even exclusively.115-117

Macroscopically, the ventricular wall tends to thin and forms microaneurysms, progressing to systolic impairment and cavity dilation. The gold standard diagnostic method is cardiac MRI, although echocardiography is the initial examination. RV free wall strain assessment can help determine systolic impairment in this cavity.

In 2007 Prakasa et al. were the first to analyze strain in RV dysplasia/cardiomyopathy, finding a consistent difference in strain values between diseased (10% [SD 6%]) and healthy individuals (28% [SD 11%], P = 0.001).118

RV free wall LS is associated with the rate of structural progression in patients with arrhythmogenic cardiomyopathy. It can be a useful marker for determining which patients require closer follow-up and treatment. Patients with RV strain < 20% have a higher risk of structural progression (odds ratio: 18.4; 95% CI, 2.7-125.8; P = 0.003).119

Patients with arrhythmogenic cardiomyopathy have reduced right atrial (RA) strain in all diastole phases, even when the RA volume is normal. RA strain, obtained during the reservoir and pump phases, is associated with a greater risk of cardiovascular events.120

5.4. Hypertrophic Cardiomyopathy

HCM, an autosomal dominant disease, is the most common heart disease of genetic etiology. It is characterized by increased ventricular myocardial thickness of different morphologies (concentric, apical, or septal, hypertrophy of the LV free wall and RV) and is related to increased morbidity and mortality in affected patients.121-123

Echocardiography is the most common imaging method for morphological and hemodynamic diagnosis. About 25% of these patients have an LV outflow tract gradient > 30 mm Hg at rest, which can be quantified by continuous Doppler.124 The gradient, which may be dynamic in these patients, can be better evaluated echocardiographically either using the Valsalva maneuver or through physical or pharmacological stress with dobutamine.125 A high intraventricular gradient in HCM may be a determinant of decreased myocardial deformity and torsion mechanisms, as well as LA strain.126

Myocardial strain measured through speckle-tracking helps clarify regional and global cardiac mechanics in HCM and can detect early changes in systolic function, fibrosis, and a greater risk of arrhythmia, even in patients with normal systolic function.126-130 Polar mapping helps differentiate phenocopies that lead to increased thickness and reduced longitudinal myocardial strain at the site of hypertrophy20,131,132 (Figure 5.2).

Figure 5.2. – A) Two-dimensional image demonstrating non-obstructive asymmetric septal hypertrophy, with an interventricular septum measuring 23 mm and a posterior wall measuring 11 mm; B) normal global longitudinal strain (GLS) of the LV (20%), with parametric bull’s eye mapping segments with good myocardial strain are darker red, while pink indicates lower strain values in the septal segments (8%); C) 4-chamber view, with lower myocardial strain in the middle and basal inferoseptal segments; D) note the reduced amplitude of the curves representing septal segments, also shown in pink in the bull’s eye map, representing lower strain values (8%).

Figure 5.2

Hiemstra et al. found that indexed LA volume and LVGLS were independent prognostic factors for adverse outcomes, such as sudden death and heart transplantation, as well as independent GLS values > 10%.133 Although RV global longitudinal strain (RVGLS) may be altered in HCM patients due to structural heart disease, its prognostic significance is unknown.133,134

5.5. Endomyocardial Fibrosis

Endomyocardial fibrosis is the most common restrictive cardiomyopathy in tropical climates, affecting approximately 10 million people worldwide. It is characterized by subendocardial fibrosis of the apices and inflow tracts of one or both ventricles. Its etiology, which is still unknown, may be related to hypereosinophilia, parasitic infestations, or protein malnutrition, especially in populations of low socioeconomic status.

Echocardiography will show ventricles of normal or reduced size with “mushroom” or “V” ventricular morphology due to fibrosis, which may be associated with apical endocardial thrombosis, hyperkinesis of the basal portion of the LV (Merlon sign), greatly increased atrial volume, often preserved ventricular systolic function, and DD.135-137

Although few studies have assessed endomyocardial fibrosis using 3D echocardiography with speckle-tracking, they have found reduced GLS, especially with more severe apical involvement.137,138

5.6. Noncompacted Myocardium

Noncompacted myocardial tissue is characterized by prominent trabeculae and deep intertrabecular recesses due to incomplete compaction during embryonic life. This can lead to a clinical picture of HF, arrhythmias, and thromboembolic events. Existing in sporadic and familial forms, the latter are related to sarcomere protein mutations. Myocardial strain indices allow a proper regional analysis of ventricular function in patients with noncompacted myocardium and help differentiate it from other forms of HCM.

An Indian study compared the myocardial strain in 12 patients with noncompacted myocardium, 18 patients with HCM, and 18 healthy controls. Both patient groups had reduced LS, although it was lower in the apical region in the noncompacted myocardium group than the HCM group (12.18 [SD, 6.25] vs 18.37 [SD, 3.67]; p < 0.05), suggesting that this region was more involved in myocardial noncompaction. Furthermore, an apical-basal gradient in LS was observed in noncompacted myocardium but not HCM.139 DD was found in both patient groups. Another study found greater LS in a LV non-contraction group than a non-specific dilated cardiomyopathies group, reporting that the base-apex mid-wall gradient of strain is a useful index for differentiating these diseases (sensitivity: 88.4 %; specificity: 66.7%).140

In normal hearts, the base rotates clockwise during systole, while the apex rotates counterclockwise, with torsion being the apical minus basal rotation. A study found that 50% of patients with noncompacted myocardium have rigid body rotation, with clockwise rotation of the apex and base, although others have found prevalences of 53.3% and 83%.141,142 A study of 28 children with noncompacted myocardium found that 39% had rigid body rotation. This group had lower LS, but not LVEF than those without rigid body rotation, which may have prognostic value.143 These authors also suggested that rigid body rotation may be related to dysfunction of the compacted subepicardial apical layer and unrelated to trabeculae distribution. Another study of 101 children with noncompacted myocardium found that the adverse outcome group had lower longitudinal, radial, and circumferential strain, which suggests that this disease affects the heart globally rather than just the non-compacted region.144

6. Strain in Valvular Heart Disease

Due to its combined analysis of changes in anatomy and valve function, transthoracic Doppler echocardiography is the first-line method for diagnosing valvular heart disease and classifying its severity.145 This method helps define the best intervention type and time point for treating valvular heart diseases.

Classically, treatment is based on symptoms and complicating factors,145with LV dysfunction considered the most important complicating factor.145LV function is usually determined through echocardiographic LVEF measurement.146

However, there is evidence that LV strain can identify ventricular dysfunction before EF decreases. Perhaps mitral regurgitation can best represent this paradox, since in this condition the high preload and low afterload mean that EF does not adequately represent LV systolic function. For this reason, the definition of LV dysfunction in this condition is quite conservative in clinical guidelines.145,147-149 However, some studies have indicated that even with these parameters, clinical outcomes after surgical correction of mitral regurgitation may not be satisfactory, especially regarding EF reduction and the presence of HF.150-151 Thus, studies have shown that even in patients with an EF > 60% and an LV end-systolic diameter < 40 mm, reduced GLS (≤ 19%) is associated with a postoperative EF < 50%.152-154 GLS < 18.1%, has also been associated with higher mortality and more cardiovascular events in a prospectively followed cohort of mitral regurgitation patients who underwent corrective surgery.155

In aortic insufficiency, valvular heart disease severity has been correlated with decreased LV strain.156 Furthermore, in patients with asymptomatic severe chronic aortic insufficiency and preserved EF, GLS < 19% was associated with higher mortality over time, which was corrected through valve replacement.157 In the same group, postoperatively, GLS < 19% or a > 5% drop in GLS was correlated with higher mortality.158

In severe aortic stenosis, EF < 50% and/or symptoms have been the standard factors for indicating treatment.145,147-149 However, waiting for the LVEF to drop < 50% before indicating aortic surgery can lead to unsatisfactory clinical outcomes.159 Thus, a robust parameter for detecting subclinical myocardial dysfunction, such as GLS, would be a valuable tool in risk stratification (Figure 6.1). While LVEF cannot be used to distinguish between degrees of aortic stenosis, GLS decreases linearly with disease progression,160 leading to a higher risk of adverse clinical outcomes, even in asymptomatic patients.161

Figure 6.1. – Two patients with classic severe high-flow aortic valve stenosis with normal left ventricular ejection fraction (LVEF) but very different global longitudinal strain (GLS) values. (A) Mean aortic transvalve gradient = 61 mm Hg, with normal EF and GLS. (B) Mean aortic transvalve gradient = 88 mm Hg, with normal EF and reduced GLS.

Figure 6.1

Several studies have examined the prognostic value of GLS for predicting mortality and cardiovascular events in asymptomatic individuals with aortic stenosis and preserved LVEF to determine which ones should receive early valve intervention.162-164 In a meta-analysis of these studies, GLS < 14.7% was the cut-off for higher mortality risk (sensitivity 60% and specificity 70%; area under the curve [AUC] = 0.68).165 GLS < 14.7% was found in approximately one-third of the patients with moderate-to-severe aortic stenosis and preserved LVEF, resulting in a 2.6 times higher mortality risk. Of note, the relationship between GLS and mortality was significant in patients with LVEF 50%-59% as well as in those with LVEF ≥ 60%. In contrast, GLS > 18% was associated with an excellent clinical outcome (97% [SD, 1%]; 2-year survival). Therefore, together with other clinical and echocardiographic data, reduced GLS, despite preserved LVEF, must be considered a strong prognostic predictor in clinical decision making about asymptomatic severe aortic stenosis.

7. Strain in Ischemic Heart Disease

7.1. Introduction

Echocardiography is an excellent tool in emergency departments for diagnosing acute coronary syndrome and its complications, providing information about the patient’s short- and long-term prognosis. Its role is well defined in risk stratification for stable coronary artery disease and in myocardial viability assessment.

Two-dimensional echocardiography with strain assessment through 2D speckle tracking can add information without greatly extending the examination time. It accurately assesses subendocardial ischemia through LS in acute and chronic events.

This chapter will review all indications for longitudinal, circumferential, and radial strain in ischemic heart diseases, as well as other data involved in calculating strain, such as mechanical dispersion. Table 7.1 shows the main indications for strain assessment in ischemic heart disease.

Table 7.1. – Main applications of strain assessment in ischemic heart disease.

Strain indications in ischemic heart disease
Assessing segmental and global change
Differentiating subendocardial and transmural infarcts (longitudinal, radial, and circumferential change)
Determining the culprit artery according to “bulls eye” mapping
Assessing improvement in global and segmental strain after myocardial revascularization
Improving detection of coronary artery disease
Predicting outcomes and remodeling after acute mysocardial infarction
Predicting outcomes, such as hospitalization for heart failure and all-cause mortality
Identifying patients at risk of arrhythmia

7.2. Strain in Acute Coronary Syndrome

Two-dimensional strain assessment has good sensitivity for detecting myocardial ischemia. It is considered more reproducible than LVEF and its accuracy has been confirmed in cardiac MRI.52,166 Subendocardial fiber is more sensitive to the initial stages of ischemia, with the longitudinal component predominating in this type.167 GLS is reduced in acute myocardial infarction (AMI) and correlates with the extent of the infarction, EF, adverse events, and response to reperfusion strategies.168-172

Patients with small infarcts have reduced global and radial strain, while circumferential and twist strain remain preserved. However, circumferential strain is compromised in transmural infarction.173

Identifying the extent of transmural infarction is important, since it is associated with poor prognosis and adverse events. Subendocardial and non-transmural infarcts are associated with recovery after revascularization (Figure 7.1).174

Figure 7.1. – Two-dimensional bull’s eye mapping showing strain in the apical region of the left ventricle; the reduced segmental values are compatible with injury in the anterior descending artery.

Figure 7.1

A strain value of 15% correlates with segmental changes (76% sensitivity and 95% specificity).168At a cutoff of 16.5%, radial strain differentiates transmural from non-transmural infarctions (70% sensitivity and 71.2% specificity), while circumferential strain < 11% differentiates transmural from non-transmural infarctions (70% sensitivity and 71.2% specificity),175 and 4.5% regional LS distinguishes transmural from non-transmural infarctions (81.2% sensitivity and 81.6% specificity).176,177

Another important diagnostic benefit of GLS is that it can help determine the culprit artery in non-ST-elevation acute coronary syndromes. In a cohort of 58 patients, 33 with significant coronary artery disease (lesion > 50% determined through coronary angiography) who underwent strain analysis prior to the procedure, a cut-off of 19.7% could detect acute coronary disease (sensitivity 81%, specificity 88%, AUC = 0.92). A cut-off of 21% could exclude significant coronary stenosis in 100% of the patients. Regional LS was calculated as the mean systolic peak strain of each segment in the region of the studied vessel. If a cut-off of 21% were applied to the sample, 16 patients would have been spared from coronary angiography.178,179

Strain analysis can help detect acute coronary occlusion in patients without ST elevation who may benefit from early reperfusion therapy. One study evaluated 150 patients who underwent an echocardiographic examination prior to referral for coronary angiography, finding that 33 had an acute coronary occlusion. Although strain < 14% identified acute coronary occlusion with 85% sensitivity and 70% specificity, more robust studies are needed to validate the technique.180

Strain analysis has emerged as a new technique for detecting subclinical segmental and global changes. Alongside enzymatic tests, electrocardiography, and risk scores, it enhances the prognostic evaluation of patients with acute coronary disease. This quick examination can be performed at bedside prior to coronary angiography, especially by trained echocardiographers. The above-mentioned studies on non-ST-elevation acute coronary syndromes indicate the technique for assessing segmental alterations and global ventricular function, differentiating small and transmural infarctions, determining the likely culprit artery, and for evaluating percutaneous revascularization outcomes. It can also be used to assess myocardial viability after an AMI.181,182

7.3. Strain in Chronic Coronary Syndromes

The subendocardial region, in which the fibers are oriented longitudinally, is the most susceptible area to ischemia. Thus, assessing LS with 2D speckle-tracking could be a better method of detecting ischemia in this region than conventional echocardiography.183

Interaction between normal and abnormal myocardium generates typical regional myocardial strain patterns, indicating that myocardial contraction and myocardial strain are not interchangeable parameters.16,184

Since it assesses longitudinal LV function, GLS may be much more sensitive than LVEF for early detection of myocardial ischemia, although its specificity is not better than changes in wall mobility.185,186

The variability of regional strain measurements in speckle tracking is relatively high, which makes these assessments less suitable for routine use. However, GLS measurements have proven reproducible and robust, probably due to being largely automated.187 The other change is regional heterogeneity of myocardial activation, which affects the temporal sequence of myocardial contraction and relaxation.

In ischemia, not only is the amplitude of contraction reduced, but the beginning and duration of fiber contraction change, which leads to characteristic shortening or thickening of the myocardium after aortic valve closure.187 This “post-systolic shortening” is characteristic of ischemia, although it can also occur in any type of regional dysfunction (scarring, dyssynchrony, etc.).187,188 Post-systolic shortening can be understood as a signal to delay relaxation so that the ischemic region can shorten while the LV pressure reduces and the surrounding tissue relaxes.16 In healthy hearts, less post-systolic shortening with normal systolic function is a frequent finding (30%-40% of myocardial segments) and can be found mainly at the apex and base of the inferior, septal, and anteroseptal walls.16,189 In the context of ischemic cardiomyopathy, temporal evaluation of the GLS curve pattern is important, since ischemic segments can often have preserved peak systolic values but are temporally delayed in relation to non-ischemic segments.

It should be pointed out that regional LS measurements do not necessarily align visually with contraction changes, which involve radial thickening and endocardial movement into the cavity.16

GLS can help detect coronary artery disease in patients with stable angina (stenosis ≥ 70%), having reduced values in the presence of coronary artery disease (17.1 [SD 2.5%] vs 18.8 [SD 2.6%]; p < 0.001), especially when associated with exercise testing. It can also determine which artery has likely been affected.183 LS and (especially) strain rate can detect segmental changes in the late post-myocardial infarction period with higher sensitivity and accuracy.189

In stratifying post-AMI patients, GLS < 15% prior to hospital discharge was an independent predictor of LV dilation in 3-6 months of follow-up, in addition to indicating the size of the infarct area.190In the same context, GLS < 14% was an independent predictor of cardiovascular death and hospitalization due to HF.191 In stable chronic patients, GLS < 11.5% was a predictor of all-cause mortality and the combined outcome (all-cause mortality and hospitalization for HF).192

Heterogenous regional myocardial contraction can also be assessed by mechanical dispersion, which is the standard deviation of the time to maximum myocardial shortening across all LV segments. This index has a predictive value for ventricular tachyarrhythmia in post-infarction patients. Mechanical dispersion was higher in patients with recurrent arrhythmias after AMI than in those without them (85 [SD, 29] ms vs 56 [SD, 13] ms, p < 0.001).193

7.4. Right Ventricular Strain in Ischemic Heart Disease

RV function is compromised in approximately one-third of inferior wall infarctions, and its involvement has been described as an important predictor of hospital mortality and major complications. Assessing RV function is challenging due to its structural complexity. RV free wall strain has been shown to predict proximal right coronary artery occlusion in patients with inferior wall AMIs (RV free wall strain < 14.5%, AUC = 0.81; p < 0.001) .194

In the stable phase of chronic ischemic disease, RV free wall strain is altered in patients with right coronary stenosis (lesions > 50%) and can be used to detect subclinical dysfunction.19 5

8. Strain Assessment in Systemic Diseases (Amyloidosis and Fabry Disease)

8.1. Strain Assessment in Cardiac Amyloidosis

Amyloidosis is a systemic disease caused by extracellular deposition of insoluble amyloid fibrils in tissue. Cardiac involvement is an important prognostic factor and has a great impact on quality of life, occurring more commonly in light chain amyloidosis and transthyretin amyloidosis.196

Echocardiography is a first-line method for diagnosis and prognostic evaluation of cardiac amyloidosis (CA) and other infiltrative heart diseases. Most classic echocardiography findings and more specific signs of CA only occur at very advanced stages.30 Clinical conditions such as HFpEF and ventricular hypertrophy may be warning signs for CA.197

8.1.1. Myocardial Strain Assessment in the Diagnosis of Cardiac Amyloidosis

The consistent LVGLS changes in patients with CA are directly related to the degree of amyloid infiltration, which is quantified in MRI through the degree of delayed gadolinium enhancement and extracellular volume calculated in T1 imaging.30 A relative apical sparing pattern of LS has been described in the literature, characterized by a basal-apical gradient (“cherry-on-top” pattern) (Figure 8.1).

Figure 8.1. – Longitudinal 2D strain of the left ventricle in a patient with cardiac transthyretin amyloidosis, showing relative apical preservation (apical sparing pattern), with lower strain in the middle and basal segments and higher strain in the apical segments.

Figure 8.1

Phelan et al., originally calculated relative apical sparing with the following equation: mean apical LS/(mean LS of the middle segments + mean LS of the basal segments). Values > 1.0 had good accuracy in diagnosing CA and differentiating it from ventricular hypertrophy due to aortic stenosis and HCM (AUC: 0.94).20

This regional LS pattern, with its basal-apical gradient, is indistinct in immunoglobulin light chain amyloidosis and transthyretin amyloidosis. It should be pointed out that the classic apical sparing pattern, although generally characteristic of CA, may be absent, as reported by Ternacle et al., who found that 52% of CA patients had “non-diagnostic” relative apical sparing (< 1.0).198 In some cases, this could be explained by a low degree of amyloid infiltration in the myocardium in very early stages of the disease. LS > 2.1 in the basal and apical regions of the septum associated with a mitral inflow deceleration time < 200 ms also accurately differentiated CA from other diseases involving LV hypertrophy and a parietal phenotype, such as Fabry disease, Friedreich’s ataxia, and LV hypertrophy related to systemic arterial hypertension.199

An LVEF/GLS ratio > 4.1 accurately differentiated CA from HCM, performing better than relative apical sparing or LS in the basal and apical regions of the septum, regardless of CA type.200 RV myocardial strain is generally reduced in CA patients, and it may help differentiate CA from other causes of parietal hypertrophy (Figure 8.2). A relative apical sparing pattern has also been found, similar to what has described in the LV.201 Bellavia et al. demonstrated that RV changes can occur early in patients with immunoglobulin light chain amyloidosis, even in cases where LV parietal thickness is still normal.202

Figure 8.2. – Longitudinal 2D strain assessment in the right ventricle of a patient with cardiac transthyretin amyloidosis, showing a lower absolute global value (RVGLS = 9.9%) and an absolute reduction in mean free wall strain (FWS) (11.4%), with lower values in middle and basal segments and higher values in apical segments. TAPSE: tricuspid annular plane systolic excursion.

Figure 8.2

In CA, like other infiltrative cardiomyopathies, other myocardial strain components may be significantly compromised, such as circumferential strain,203 radial strain,204 and twist (Figure 8.3). In early-stage systemic amyloidosis with no evidence of CA, twist and untwist may be increased in compensation,205 with these parameters progressively deteriorating during the clinical course of the disease.206 In advanced cases, the cardiac base and apex may rotate in the same direction, creating a pattern called “rigid body rotation”, in which the important contribution of cardiac torsion to ventricular mechanics is completely lost.

Figure 8.3. – Transthyretin amyloidosis. Significantly lower absolute left ventricular (LV) radial strain values in all basal segments in 2D assessment (A). There is also a change in circumferential strain, resulting in significantly reduced “twist” (4º) and LV torsion (B).

Figure 8.3

LA strain often undergoes significant change in CA, due partially to LV DD but also to direct amyloid fibril infiltration in the atrial wall (Figure 8.4). In a recent study by Aimo et al., only peak atrial LS (in addition to classic echocardiographic variables and cardiac biomarkers) was independently associated with CA diagnosis.207 It was also found that advanced atrial infiltration could cause severe dysfunction and loss of mechanical efficiency, leading to atrial electromechanical dissociation.208 In a large cohort, Bandera et al. found atrial electromechanical dissociation (determined by LS analysis) in 22.1% of the patients in sinus rhythm, which was a determining factor for poor prognosis compared to patients in sinus rhythm with preserved atrial mechanical function.209 In a Mayo Clinic series of 156 CA patients, intracardiac thrombi were detected by transesophageal echocardiography in 27%,210 which has been reproduced in other studies, with thrombi occurring even in patients in sinus rhythm (Figure 8.5).211,212

Figure 8.4. – Immunoglobulin light chain amyloidosis. Two-dimensional left atrial (LA) strain, with 4-chamber and 2-chamber apical windows, showing an important reduction in LA strain (reservoir strain = 4%).

Figure 8.4

Figure 8.5. – Transthyretin amyloidosis. The 2D apical window shows: (A) a large mobile mass inside the right atrium in a patient with sinus rhythm; (B) a 3D-rendered transesophageal echocardiography image showing a large mass (thrombus) adhered to the right atrial appendage. IAS: interatrial septum; SVC: superior vena cava; TV: tricuspid valve.

Figure 8.5

Three-dimensional strain assessment can help demonstrate changes in all components of myocardial strain in patients with CA. Vitarelli et al. found that LV peak basal rotation and RV and LV basal LS could accurately distinguish CA from other ventricular hypertrophies.213 In 3D echocardiography LS, Baccouche et al.214 found the same apical sparing pattern, with a characteristic basal-apical gradient.

Myocardial work (MW) has also been assessed in patients with CA. Clemmensen et al. found that patients with CA had a lower left ventricular myocardial work (LVMW) index than the control group, with more pronounced changes in basal segments and when undergoing stress echocardiography. The LVMW index from rest to peak exercise increased 1974 mm Hg% in controls (95% CI, 1699-2250 mm Hg%; P < 0.0001) but only 496 mm Hg% in CA patients (95% CI, 156-835 mm Hg%; P < 0. 01).215

The use of strain to assess clinical course and monitor response to specific CA treatments is very promising. Giblin et al. retrospectively evaluated 45 patients with cardiac transthyretin amyloidosis at 1 year of follow-up, comparing LS and MW values between groups of patients treated or not with Tafamidis.216 In untreated patients, they found greater deterioration in GLS (p = 0.02), LVMW index, and MW efficiency (p = 0.04), with no significant differences between groups in circumferential strain, radial strain, or twist.

Myocardial deformation parameters have also been extensively studied as prognostic indices in CA due to their ability to provide quantitative data, as well as to their high sensitivity and reproducibility. At a mean follow-up of 11 months Ternacle et al. found that mean apical LS (cut-off: -14.5%), elevated N-terminal pro–B-type natriuretic peptide, and New York Heart Association functional class III or IV were independent predictors of major cardiovascular events.198 In another study, relative apical sparing index was independently associated with a composite outcome of death or heart transplantation within 5 years (hazard ratio [HR] 2.45; p = 0.003), maintaining its predictive value even in the multivariate analysis (p = 0.018).217

A large study by Buss et al. of 206 patients with systemic light chain amyloidosis found that Doppler-based LS and GLS were strongly associated with N-terminal pro–B-type natriuretic peptide levels and survival (best cut-off: -11.78%); in the multivariate analysis, only DD and GLS remained as independent predictors of survival.218

A recent study by Liu et al. included 40 patients with multiple myeloma with preserved EF before beginning bortezomib treatment, measuring baseline GLS and MW parameters. Global MW efficiency was significantly associated with adverse cardiac events after 6 months of chemotherapy (AUC = 0.896; 95% CI: 0.758-0.970; p < 0.05).219 RVLS has also been associated with CA prognosis. In a study of 136 patients with CA, Huntjens et al. found that strain values in all cavities were significantly associated with survival in median follow-up of 5 years.220 Peak LALS and mean RV free wall strain continued to be independently associated with prognosis in the multivariate analysis. As an independent variable, peak LALS had the most robust association with survival (p < 0.001), while the greatest prognostic value was obtained by combining LALS, GLS, and mean RV free wall strain (p < 0.001).

8.2. Fabry Disease

Fabry disease (or Anderson-Fabry disease) is the most common glycogen storage disease, affecting 1 in 50,000 individuals.221 Being an X-linked recessive disease, it is more common in men; women are carriers without alpha-galactose activity. The condition leads to a progressive accumulation of globotriaosylceramide in the kidneys, heart, and nerves. Clinically, patients present with skin changes (angiokeratomas), peripheral neuropathy, renal failure, and HF due to restrictive cardiomyopathy with increased myocardial thickness. Although these clinical manifestations can occur in childhood, they are more common after the third decade of life.222

Morphological analysis shows characteristically increased LV thickness, which may progress to a reduced compliance and HFpEF due to restrictive cardiomyopathy. Other interesting findings that may be considered red flags are papillary muscle hypertrophy, double contour sign, and dynamic obstruction of the LV outflow tract.223 This similar phenotype to HCM is described in 6% of men224 and 12% of women diagnosed in later age.225 On the other hand, bull’s eye parametric analysis of LVLS plays an important role in differentiating cardiomyopathies that involve increased myocardial thickness, especially in asymmetric LV hypertrophy with an etiological possibility of HCM, amyloidosis (mainly transthyretin), Fabry disease, or hypertensive heart disease in older patients.

HCM typically involves lower segmental values and greater thickness, while amyloid cardiomyopathy produces an apical sparing pattern and has a greater effect on the middle and basal regions of the LV. On the other hand, hypertensive heart disease can present with slightly reduced GLS. Curiously, Fabry disease involves a unique pattern in which, despite an asymmetrical increase in ventricular thickness, the basal portion of the inferolateral wall is most affected by LS (Figure 8.6); a progressive decreasing pattern occurs in untreated disease. There is a good correlation between LVLS assessment and delayed-enhanced cardiac MRI in different stages of the disease.222 In addition, a study compared Fabry disease patients without myocardial alterations to a healthy control group, finding significantly lower myocardial values for LV, RV, LA in the Fabry group than the control group (18.1 [SD, 4.0], 21.4 [SD, 4.9], and 29.7 [SD, 9.9] vs 21.6 [SD, 2.2], 25.2 [SD, 4.0], and 44.8 [SD, 11.1%], respectively, P < 0.001). Interestingly, in addition to these differences, strain changes correlated well with symptom severity.226

Figure 8.6. – Global longitudinal strain in a patient with Fabry disease: bull’s eye map shows the lowest values in the in the basal portions of the left ventricle inferolateral wall. AVC: aortic valve closure.

Figure 8.6

Treatment is currently available for Fabry disease, and morphological changes in the heart, such as reduced thickness, can appear after 1 year of treatment.227,228 Thus, improved LVLS is expected to occur earlier, even before ventricular mass reduction. However, therapeutic response and GLS patterns throughout treatment should still be investigated.

Myocardial strain assessment is an important tool for diagnosing ventricular hypertrophies of unknown etiology, mainly within a coherent clinical context and a good echocardiographic window, including follow-up of family members without access to genetic assessment or therapeutic response (Figure 8.6).,

9. Strain in Hypertension

9.1. Introduction

This section discusses the main advantages and disadvantages of strain assessment in hypertension, with and without criteria for hypertensive cardiomyopathy (ie, LV hypertrophy), and its current clinical value.

9.2. Hypertension without Left Ventricular Hypertrophy Criteria

During its clinical course, hypertension causes changes in myocardial contractility, which appear as reduced LS in response to afterload and high wall systolic stress. These changes have proven prognostic significance. Reduced GLS reflects subclinical myocardial dysfunction even before the onset of LV hypertrophy or EF reduction (detected through traditional measurement methods); strain is the only measurement to change in stage I hypertension.229-239GLS reduction initially occurs in the basal region of the interventricular septum, extending to the basal and middle regions of other walls, which is likely because of overload in the interventricular septum due to systolic wall stress in the early stages of hypertension (Figure 9.1).240,241 The longitudinal fibers of the subendocardial layer are affected early in this phase, along with the mesocardium, but not the epicardium, as suggested in some studies.242

Figure 9.1. – Examples of global longitudinal strain polar mapping with peak systolic strain curves obtained in 4, 2 and 3 chambers. (A) healthy non-hypertensive patient with preserved GLS; (B) hypertensive patient without LV hypertrophy whose GLS is at the lower limit of normality (note altered myocardial strain in the basal septum); (C) hypertensive patient with LV hypertrophy and reduced GLS (note greater change in myocardial strain in basal and middle segments than apical segments).

Figure 9.1

Another study found that LS change in the epicardial layer was the only variable that could predict cardiovascular events, indicating that it may correspond to the most severe and chronic type of damage.243 However, the majority of currently available devices cannot analyze myocardial layers separately. On the other hand, radial and circumferential strain, which are based on overall myocardial thickness, tend to remain unchanged or even increase in a probable attempt to mechanically compensate for lower GLS,60,236 with a change in circumferential component indicating more severe myocardial dysfunction.244

The main explanations for reduced GLS are an increase in the synthesis of collagen, culminating in fibrosis, which is a strong marker of myocardial dysfunction. Reduced GLS correlates not only with plasma markers of fibrosis, such as elevated tissue metalloproteinase inhibitor, but with fibrosis detected through delayed gadolinium-enhanced MRI in hypertensive patients.231,234,238,239 Decreased GLS has also been observed in patients with masked and white-coat hypertension,245,246 being correlated with conventional echocardiographic markers of DD,240 as well as greater long-term deterioration in individuals who discontinue antihypertensive treatment.247

9.3. Hypertension with Left Ventricular Hypertrophy Criteria

The myocardial consequences of chronic hypertension include myocyte hypertrophy, myocardial fibrosis, and medial thickening of the intramyocardial coronary arteries.248 Consequently, hypertension and changes in myocardial remodeling are risk factors for major cardiac events, such as HF and premature death. Thus, the purpose of strain analysis in these cases is to detect subtle changes in systolic function, even before conventionally determined EF is compromised, thus facilitating the selection of HFpEF cases for treatment.

LV remodeling may affect various types of strain. In concentric hypertrophy, for example, GLS values can progressively decrease according to geometric type, from concentric remodeling to eccentric hypertrophy with LV dilation.249-251 Although most studies find preserved global circumferential strain and global radial strain values,252 some series have found them to be reduced249 and that they tend to remain normal in the epicardial layers in individuals with hypertension and LV hypertrophy.250 Torsion and twisting behavior can also vary, with normal or reduced values according to the ventricular geometry.249,253 In 3D analysis of hypertensive patients, GLS tends to deteriorate according to the degree of hypertrophy and LV cavity diameter.62,250

In addition to the correlation between reduced GLS and different patterns of LV hypertrophy, strain assessment can clarify the cause of hypertrophy, since it is more often reduced in HCM than LV hypertrophy due to hypertension.254

9.4. Clinical Treatment

GLS decreases concomitantly with functional class241 and increases with long-term treatment, as found in 3-year follow-up after antihypertensive treatment255 and described in case reports of emergency antihypertensive treatment.256 Reduced GLS is also correlated with abnormal blood pressure in patients undergoing treatment, even after adjusting for other clinical variables, such as age, diabetes, and LV mass index.257

9.5. Conclusion

There is enough evidence to recommend strain assessment for patients with hypertension, regardless of LV hypertrophy, both to identify subclinical structural alterations and to identify the best treatment for HFpEF conditions. On the other hand, more robust studies are needed to guide systematic assessment in this population

10. Strain in Athletes

Regular intense physical activity results in a series of profound adaptive electrical, structural, and functional changes, usually referred to as athlete’s heart.258 Analysis of this condition is important for a better understanding of the mechanisms of cardiac adaptation and how to improve training to optimize performance. Analysis can also differentiate pathologies with similar morphological characteristics to those induced by training.

High-performance athletes with large LV volumes are considered to be on the healthy physiological spectrum of athlete’s heart. Some studies have reported slightly lower GLS in resting athletes than sedentary people, while others report the opposite.259,260 However, most studies have found no significant difference between these groups.261 This variation may be related to the effects of different factors such as preload and afterload, myocardial mass, and sinus bradycardia. Thus, reduced GLS values in athletes with normal or supranormal LV diastolic function may help distinguish between cardiac pathologies and secondary adaptations to exercise. Absolute values ≥ 18% are still considered within normal limits. Much greater reductions in these indexes are found in patients with HCM and systemic arterial hypertension.262However, global circumferential strain and radial strain were found to differ significantly between athletes and controls.261 Bull’s-eye mapping can help differentiate athlete’s heart from other diseases involving hypertrophy.263

When athletes are categorized according to exercise type and intensity (static vs dynamic), differences arise predominantly in mechanical aspects of the LV. A recent study showed that cardiac torsion was greater in low dynamic/high static (weightlifting, martial arts) athletes and in low static/high dynamic (marathon, soccer) athletes than controls. In contrast, torsion was lower in high dynamic/moderate static (swimming, water polo) athletes than controls, which could be explained by changes in apical, but not basal, rotation. Peak untwisting was higher in low dynamic/high static athletes and lower in high dynamic/high static athletes.261 Studies using speckle tacking to quantify myocardial strain have shown that competitive endurance athletes have normal or increased strain values.264-268

In the RV, tissue Doppler and speckle tracking myocardial strain indices may be slightly lower in the basal and middle segments of the RV free wall (notably in endurance athletes) than controls.269 It is still unclear whether this reduction is an adaptive response to exercise or a subclinical change due to myocardial injury.270 Some authors assume that it can be explained by curvature changes between the apex and base of the RV, resulting in a strain difference between segments.

Speckle tracking studies of atrial function in athletes are still in their infancy and show conflicting results. One study found that LA contraction assessed by GLS significantly decreased after training.271 Another study found no differences in atrial strain between athletes and sedentary controls.272

Strain measurement is also important in diastolic function assessment. Dynamic exercise leads to more effective ventricular relaxation and biventricular dilation, while static exercise may be related to increased myocardial thickness and LV concentric hypertrophy, which could lead to some degree of diastolic impairment.273 In addition, illicit performance-enhancing drugs can lead to deterioration of ventricular, systolic, and/or diastolic function, and speckle tracking echocardiography can detect these alterations early.274

Thus, when evaluating ventricular function in professional and/or amateur athletes, all available tools in the echocardiography arsenal are to be used. Strain analysis can detect incipient changes in systolic function, long before contractility changes or EF reductions can be detected in 2D assessment.

When evaluating athletes, speckle tracking echocardiography has shown great promise as a complement to routine 2D echocardiography. Unlike sedentary individuals, absolute GLS values > 16% in this population can be considered normal; lower values should raise suspicion of pathology, especially when combined with signs such as significant ventricular hypertrophy or dilation.275

11. Strain in Stress Echocardiography

Table 11.1 shows the main applications of strain in stress echocardiography.

Table 11.1. – Strain applications in stress echocardiography.

Clinical scenario Concept
Ischemia detection189,276-280
  • •Regional LS detects endocardial ischemia.

  • •CS can help differentiate transmural and non-transmural infarctions.

  • •Increased time to peak LS can help detect ischemia.

  • •Post-systolic shortening (sensitive but not specific for detecting ischemia).

  • •Systolic RLS (lower dependence on load and heart rate than strain).

  • •Diastolic strain parameters.

Feasibility assessment281-285
  • •LS and RLS increase the accuracy of viability detection in MI patients treated with TCA and low doses of dobutamine.

  • •LS is the best predictor of functional improvement after CABG.

  • •Lack of response to dobutamine accurately predicts lack of improvement after CABG.

  • •Differentiation between stunned and hibernating myocardium (lower LS and RLS and post-systolic shortening).

Aortic stenosis286,287
  • •GLS in the evaluation of low-flow/low-gradient aortic stenosis.

  • •Patients with GLS > 10% after dobutamine use have longer survival.

  • •Stress GLS is more accurate than resting GLS.

Hypertensive cardiomyopathy288
  • •LS and RS deficits are more evident during stress than rest in the initial phases, allowing prevention measures.

Diabetic cardiomyopathy289,290
  • •Lower RLS in middle and basal segments during DSE.

  • •Early decreased myocardial velocities in asymptomatic patients with insulin resistance during DSE.

Cardiomyopathies132,291-293
  • •Lower systolic functional reserve detected in LS and RS after stress.

  • •No improvement in diastolic function parameters.

  • •Increased time-to-peak in HCM with important dyssynchrony.

  • •Low RVLS values in arrhythmogenic dysplasia do not significantly improve with stress.

Athlete’s heart294,295
  • •Slightly lower LS values with preserved or supranormal myocardial reserve.

  • •Stress GLS helps differentiate athlete’s heart from cardiomyopathy.

CABG: coronary artery bypass grafting; CS: circumferential strain; DSE: dobutamine stress echocardiography; GLS: global longitudinal strain; HCM: hypertrophic cardiomyopathy; LS: longitudinal strain; MI: myocardial infarction; RLS: regional longitudinal strain; RS: radial strain; RV: right ventricle; TCA: transluminal coronary angioplasty.

A more complete review article on stress echocardiography will soon be published in this journal.

12. Strain in Congenital Heart Disease

Some studies have demonstrated the high prognostic value of speckle tracking strain assessment, reinforcing its usefulness for both congenital and acquired pathologies.9However, myocardial strain is subject to physiological variations due to age, sex, heart rate, preload, blood pressure, and body surface area, as well as the analysis software.296 Continuous effort has been made to determine normal strain values for universal reference in pediatrics so that myocardial strain assessment of can be included in the clinical routine.297-299

Tables 12.1 to 12.3 present the myocardial strain values found in the literature for normal children and those with congenital heart diseases, while Table 12.4 shows the recommended cut-off values. A more complete review article on the subject is forthcoming in this journal.

Table 12.1. – Normal left ventricular strain values according to age group298.

Age in years Peak systolic GLS Peak strain in apical 4-chamber view Peak circumferential systolic global strain Peak circumferential systolic strain at the papillary muscle level Peak radial global systolic strain Peak radial systolic strain at the papillary muscle level
0-1
  • 18.7%

  • (20.8, 16.7)

  • 19.4%

  • (22.2, 16.6)

  • _____

  • 18.2%

  • (22.6, 13.7)

  • _____

  • 44.4%

  • (36.6, 52.1)

2-9
  • 21.7%

  • (23.0, 20.5)

  • 21.0%

  • (21.8, 20.2)

  • 24.5%

  • (27.2, 21.7)

  • 20.3%

  • (21.4, 19.1)

  • 48.0%

  • (33.3, 62.8)

  • 50.8%

  • (47.4, 54.1)

10-13
  • 20%

  • (20.8, 19.1)

  • 20.5%

  • (21.7, 19.2)

  • 21.9%

  • (26.5, 17.4)

  • 21.5%

  • (23.1, 19.8)

  • 43.7%

  • (33.0, 54.5)

  • 52.1%

  • (48.5, 55.8)

14-21
  • 19.9

  • (20.6, 19.2)

  • 19.9%

  • (21.2, 18.6)

  • 16.4%

  • (23.3, 9.6)

  • 16.4%

  • (23.3, 9.6)

  • 44.0%

  • (41.6, 46.4)

  • 46.4%

  • (39.7, 53.1)

Overall
  • 20.2%

  • (20.8, 19.6)

  • 20.4%

  • (21.1, 19.8)

  • 22.3%

  • (19.9, 24.6)

  • 20.4%

  • (21.1, 19.8)

  • 45.2%

  • (38.8, 51.7)

  • 49.4%

  • (47.2, 51.6)

GLS: global longitudinal strain. Values expressed as mean and 95% CI.

Table 12.2. – Normal right ventricular strain values according to age group300.

  31 days- 24 months 2-5 years 5-11 years 11-18 years
GLS RV % 25.4 (3.9) 25.9 (4.0) 25.8 (4.7) 25.4 (4.1)

GLS: global longitudinal strain; RV: right ventricle. Values expressed as mean (SD)

Table 12.3. – Valores normais de strain atrial direito e esquerdo, segundo as faixas etária301.

Measure 31 days- 24 months 2-5 years 5-11 years 11-18 years
LA strain (R)% 52.8 (10.1) 55.7 (10.7) 58.1 (10) 57.6 (10.5)
LA strain (C)% 14.2 (6.6) 12.7 (6.1) 14.0 (6.7) 15.1 (7.0)
RA strain (R)% 47.1 (9.6) 49.6 (10.2) 51.6 (10.7) 52.0 (10.6)
RA strain (C)% 11.5 (6.0) 11.9 (5.9) 11.8 (6.3) 12.8 (5.8)

C: atrial contraction phase; LA: left atrium; R: reservoir phase; RA atrium. Values expressed as mean (SD)

Table 12.4. – A selection of studies evaluating the use of strain in idiopathic pulmonary hypertension and congenital heart disease.

  Authors Parameter Cut-off Findings Sn/Sp
Idiopathic pulmonary hypertension Muntean et al.302 mid-segment FW RV strain 18.5% Predictor of clinical worsening
  • Sn: 91.7%, Sp: 30.8%

  • AUC=0.88, SD 0.06

Ebstein's anomaly Kühn et al.303 RVGLS (6 segments) 20.15% Diagnosis of RV dysfunction (EF < 50% in MRI)
  • Sn: 77%

  • Sp: 46%

Systemic RV (PO TGA Senning/Mustard) Lipczyńska et al.304 RVGLS (6 segments) 14.2% Diagnosis of RV Dysfunction (EF< 45% in MRI)
  • Sn: 83%, Sp: 90%

  • AUC= 0.882

Systemic RV (CTGA) Kowalik et al.305 RVGLS (6 segments)   Diagnosis of RV dysfunction (EF < 45% in MRI)
  • Sn: 77.3%

  • Sp: 72.7%

PO AOLCA Castaldi et al.306 LV peak segmental strain 14.8% Predictor of fibrosis in MRI
  • Sn: 92.5%

  • Sp: 93.7%

Univentricular physiology (PO Fontan) Park et al.307 Circumferential strain rate -1.0s-1 Predictor of hospital stay >14 days after TCC anastomosis
  • Sn: 72%

  • Sp: 60%

AOLCA: anomalous origin of the left coronary artery; AUC: area under the curve; TCC: total cavopulmonary connection; CTGA: corrected transposition of the great arteries; EF: ejection fraction; FW: free wall; GLS: global longitudinal strain; MRI: magnetic resonance; PO: postoperative; RV: right ventricle; Sn: sensitivity; Sp: specificity.

13. Right Ventricle Strain

13.1. Introduction

The RV plays an important role in the pathophysiology of cardiopulmonary disease. A large amount of evidence has shown that RV dysfunction is an important independent marker of morbidity and mortality in clinical conditions such as HF, valvular heart disease, pulmonary hypertension, pulmonary embolism, and ischemic heart disease, as well as in congenital heart disease in adults.308-313

Cardiac MRI is the gold standard non-invasive test for RV volume, EF, and structural assessment. However, its main limitations are its high cost, longer image acquisition time, and poor availability in most centers.314 Two-dimensional echocardiography is the most common initial test for structural and functional evaluation of the RV due to its wide availability, low cost, non-invasiveness, and shorter image acquisition time. However, 2D RV assessment is challenging due to the complex structure of the cavity, its unfavorable position in the thoracic wall, and intense myocardial trabeculation, which prevents better visualization of the endocardium due to its thinner walls and high dependence on loading conditions in the most common systolic function indices.315

Several echocardiographic parameters are used to indicate RV systolic function in clinical practice. Recently, 2D speckle-tracking was introduced into clinical practice as an objective indicator of regional and global myocardial contractility, initially for LV and more recently for RV evaluation. Research has highlighted the advantages of this new methodology over conventional echocardiographic parameters.316

13.2. Anatomical and Functional Characteristics of the Right Ventricle

Table 13.1 shows the main characteristics that differentiate the ventricles.317-319 LV and RV function are closely related (a phenomenon called systolic ventricular interaction) since they share obliquely arranged muscle fibers in the interventricular septum. These have a mechanical advantage over the transverse fibers of the RV free wall.36 The continuity of these muscle fibers allows the RV free wall to be pulled during LV contraction, with an estimated 20%-40% of RV stroke volume and systolic pressure due to LV contraction.318,319

Table 13.1. – Anatomical and functional characteristics of the ventricles.

  Right ventricle Left ventricle
Structure Inlet, trabecular region, infundibulum. No infundibulum and limited trabeculation.
Form
  • Multiple muscle bands

  • Triangular in the coronal plane

  • Crescent in the transverse plane

Elliptical
Predominant myocardial fiber orientation
  • Subepicardium: circumferential

  • Subendocardium: longitudinal

  • Subepicardium: oblique

  • Mesocardium: circumferential

  • Subendocardium: longitudinal

Arrangement of fibers in the free wall Transverse predominance Olique predominance
Arrangement of fibers in the IVS Obliquely, extending to the outflow tract Obliquely
Contribution of IVS thickening in the transverse axis and shortening in the longitudinal axis in systole +++ +++
Contraction pattern Mainly longitudinal from base to apex
  • Subepicardium and Subendocardium: longitudinal shortening in opposite directions.

  • Mesocardium: circumferential direction

Mass (g/m2) 26 (SD, 5) 87 (SD,12)
Wall thickness (mm) 2-5 7-11

IVS: Interventricular septum

13.3. Right Ventricle and Echocardiographic Parameters in Systolic Function Assessment

Several indices are routinely used to assess RV systolic function, such as fractional area change, tricuspid annular plane systolic excursion, tricuspid annular peak systolic velocity, and myocardial performance index. Each has its advantages and limitations, varying feasibility and reproducibility, and debatable diagnostic and prognostic efficacy.35,36 At present, no single method is considered a good indicator of RV systolic function. However, due to the orientation of the predominant longitudinal muscle fibers from the tricuspid annulus to the apex, preference is given to indices that explore movement along the longitudinal axis when assessing regional or global RV longitudinal function.92

Two-dimensional speckle tracking echocardiography is an imaging modality that evaluates myocardial deformation, an intrinsic property of the myocardium, in the 3 directions (longitudinal, circumferential, and radial). The longitudinal direction is the most common due to its good reproducibility, relevant prognostic information, validation in an experimental study75 and in clinical cardiac MRI studies of various cardiovascular diseases.320-323 Thus, RV 2D speckle-tracking can be considered a good marker of systolic function, with prognostic value in several cardiovascular diseases.75,324-330

13.4. Acquisition and Limitations

Determining RVGLS through 2D speckle tracking requires a modified apical 4-chamber window focused on the RV, with the transducer displaced more laterally and towards the right shoulder, which allows better visualization of the free wall and more reproducible measurements (Figure 13.1). It is important to optimize the orientation, depth, and gain to maximize the size of the RV, and to view its apex throughout the entire cardiac cycle.36 During image acquisition, the transducer should not be positioned anteriorly or posteriorly (avoiding the aortic valve and coronary sinus, respectively), showing only the interatrial septum.331 Once adequate visualization is obtained, the device should be set to record 3 cardiac cycles and acquire images at 50-80 frames per second. This rate can be obtained through indirect adjustments, such as image depth, resolution, and the ultrasound beam size, as well as by direct adjustment of the echocardiography device. Some software still requires the beginning and end of the RV ejection time to be defined, using pulsed Doppler echocardiography in the RV outflow tract.

Figure 13.1. – Imaging protocol for right ventricular (RV) strain measurement through speckle tracking echocardiography in an apical 4-chamber view: A) apical 4-chamber window (inappropriate acquisition method); B) apical 4-chamber window focused on the RV (adequate acquisition method). RVFWS: RV free wall strain; RVGLS: RV global longitudinal strain.

Figure 13.1

The region of interest is defined by the endocardial border, which includes the RV free wall and interventricular septum. It should not include the pericardium and its width should not to be too narrow, since this could lead to erroneous results. The baseline reference points must be positioned correctly; suboptimal positioning, eg, on the atrial side of the tricuspid annulus, could result in reduced LS values.332 The region of interest can be manually plotted or generated automatically; if generated automatically, the user must have permission to check and edit it manually as needed.92 After a tracking quality check and final operator approval, the regional strain values are displayed. According to current recommendations, the highest value reached during systole (peak systolic strain) should be used, with Doppler tracking of the pulmonary valve used to determine the end-diastole and end-systole.92 Whenever possible, appropriate software should be used, since the automatic detection algorithm of RV segments reduces the need for operator intervention, thus contributing to reproducible results.

The RV free wall is divided into basal, middle, and apical segments. The interventricular septum is similarly segmented. RV free wall LS is the mean strain value of all 3 segments, while RVGLS is the mean strain value of the free wall segments and the interventricular septum. RV free wall LS is more common in practice and clinical research, since LV function can interfere with RVGLS through the interventricular septum, leading to lower absolute values.333 RV free wall LS must be reported as a standard parameter, with RVGLS being optional.92

As limitations, in addition to inadequate acoustic windows, experimental studies and mathematical models have shown that the magnitude of myocardial strain is influenced by heart rate, in addition to preload and afterload. In preserved systolic function, studies have confirmed that strain can increase with higher preload and heart rate and can decrease when they are lower.16,334

13.5. Indications/Normal Values

The association between RV systolic dysfunction and poor prognosis in several cardiovascular diseases has been well-established, and RVGLS is an independent prognostic marker in pulmonary hypertension, HF, ischemic heart disease, and other cardiomyopathies; according to cardiac MRI, it is better correlated with right ventricular ejection fraction in than traditional parameters.35,320-23,334-336

RVGLS is lower in patients with pulmonary hypertension, showing good correlation with invasive hemodynamic parameters of RV performance.337 Furthermore, RVGLS has been found to be an independent predictor of all-cause mortality and pulmonary hypertension-related events. Aiming to assess the prognostic value of RVGLS in these patients, a recent meta-analysis found that a 19% relative reduction in RVGLS is associated with an increased risk of pulmonary hypertension-related events, while a 22% relative reduction is associated with a higher risk of all-cause mortality.324Figure 13.2 shows an example of RV strain in a patient with primary pulmonary hypertension.

Figure 13.2. – Example of right ventricular (RV) strain in a patient with primary pulmonary hypertension. TomTec software. RVFWS: RV free wall strain; RVGLS: RV global longitudinal strain.

Figure 13.2

In patients with HF, RVGLS has high sensitivity and accuracy for diagnosing RV systolic dysfunction.338 A recent study found that absolute values < 14.8% are associated with adverse events, such as mortality, heart transplantation, and hospitalization, regardless of LVEF or LV DD.19 In addition, RVGLS and RV free wall LS could detect subtle RV systolic function abnormalities in patients with HF and reduced LVEF, and to a lesser extent in those with HF and preserved LVEF.329 In patients eligible for LV assist device implantation, RVGLS is useful for stratifying the risk of RV failure. With a sensitivity of 68% and a specificity of 76%, an absolute RVGLS value < 9.6% can identify patients with post-procedure RV failure (ie, requiring an RV assist device or inotrope therapy > 14 days).339 In heart transplant patients, a combination of LVGLS and RV free wall LS measurements can help exclude acute cellular rejection and reduce the number of routine biopsies.340Figures 13.3 and 13.4 show examples of VR strain in a patient with a ventricular assist device and a heart transplant patient, respectively.

Figure 13.3. – Example of right ventricular strain in a patient using a ventricular assist device. GE EchoPAC software. AVC: aortic valve closure; GLS: global longitudinal strain.

Figure 13.3

Figure 13.4. – Example of right ventricular strain in a heart transplant patient. TomTec Software. RVFWS: right ventricular free wall strain; RV4CS: right ventricular global longitudinal strain.

Figure 13.4

In acute myocardial infarction, cardiac MRI RVGLS has the best correlation with right ventricular ejection fraction.341 It has been shown to be an independent predictor of death, reinfarction, and hospitalization due to HF, which confirms its fundamental role in assessing this population.342 A separate section will discuss the assessment of patients with arrhythmogenic RV dysplasia.

The role of RV systolic dysfunction has recently been investigated in other cardiomyopathies. In one study lower RVGLS values were found in an HCM group than in healthy controls,343 while another reported that RVGLS can differentiate HCM and hypertrophy secondary to hypertension with high sensitivity and specificity.344

The valvular heart disease with the greatest effect on the RV is mitral stenosis, frequently changing its conventional assessment parameters. The pattern of change in RVGLS is segmental, with significantly lower values in the interventricular septum and RV basal free wall, and normal values in the middle and apical free wall.345,346 Among patients with significant functional tricuspid regurgitation, RV free wall LS identified more individuals with RV dysfunction (84.9%) than fractional area change (48.5%) and tricuspid annular plane systolic excursion (71.7%). Furthermore, RV free wall LS was independently associated with all-cause mortality and had higher prognostic value when combined with traditional RV assessment parameters.328

Due to the lack of studies, there is no consensus about normal RV strain values. According to the most recent American Society of Echocardiography/European Association of Cardiovascular Imaging recommendations for echocardiographic cardiac chamber quantification in adults, RVGLS and RV free wall LS values below 20% are considered abnormal.35 However, this requires caution since different equipment types use different software programs, particular reference values, and differences in mapping level (endocardial, epicardial, or the entire myocardial wall).

Table 13.2 summarizes the main recommendations for GLS in RV assessment.

Table 13.2. – IIndications for global longitudinal strain in RV assessment.

  • •Pulmonary hypertension (including patients with acute or chronic pulmonary embolism)

  • •Heart failure with reduced or preserved ejection fraction

  • •Acute myocardial infarction

  • •Cardiomyopathies (ADRV, HCM, DCM)

  • •Valvular heart disease (mitral stenosis, functional tricuspid regurgitation)

  • •Candidates for ventricular assist device implantation

  • •Heart transplant

ADRV: arrhythmogenic dysplasia of the right ventricle; DCM: dilated cardiomyopathy; HCM: hypertrophic cardiomyopathy.

14. Left and Right Atrial Strain

14.1. Left Atrial Strain Assessment Techniques

Strain analysis involves the 3 components of LA function: reservoir, conduit, and contractile. Strain rate is also used, although less commonly, ie, the peak strain rate during the reservoir phase, the conduit phase, and atrial contraction.92,347

Four- and 2-chamber apical images are optimized for the LA and taken at a high frame rate, usually 40-80 frames per second. A specific cardiac cycle is selected and point-to-point tracking is performed manually from the endocardial border of the mitral annulus to the opposite mitral annulus, extrapolating the entrance of the pulmonary veins and the left atrial appendage. The software creates the region of interest, which is adjusted to 3 mm in width and must include the endocardial and epicardial borders. If the tracking quality fails in ≥ 2 segments after manual adjustment, this incidence must be excluded from the analysis. Finally, the software calculates the GLS for each of the above-mentioned apical windows.

LA strain analysis can involve 2 different reference points: the beginning of the P-wave in the electrocardiogram2 or the R-wave peak of the QRS complex.348 The first method allows easier recognition of LA strain components, requiring the sum of the absolute values of LA conduit strain and LA contractile strain to obtain LA reservoir strain. The second method directly provides the LA reservoir strain value, which has the best prognostic value, while the other components are obtained from the graph. The most recommended and common method is to use the R-wave as a reference, since it has the smallest volume in the LA, and LA reservoir strain is thus more easily obtained.92

14.2. Normality Values

There is great heterogeneity in the literature regarding normality values for LA strain. A meta-analysis by Pathan et al. is the best evidence at the moment, which found the following mean values for LA reservoir strain, LA conduit strain, and LA contractile strain, respectively: 39.4% (95% CI: 38%–40.8%); 23% (95% CI: 20.7%–25.2%) and 17.4% (95% CI: 16.0%–19.0%).37

14.3. Clinical Applicability of Left Atrial Strain

LA strain assessment has shown greater prognostic value than volumetric measurement alone in several clinical contexts349 (Figure 14.1).

Figure 14.1. – Strain assessment of mechanisms involved in left atrial dysfunction.

Figure 14.1

14.3.1. Left Atrial Strain and Diastolic Function in Heart Failure

LA strain is decreased in HFrEF and has prognostic value for all-cause mortality or rehospitalization for HF,350 good correlation with functional capacity351 and LV filling pressures,352 and is a good predictor of response to myocardial resynchronization therapy.353 In HFpEF, LA strain plays an important role in diagnosis354 and prognosis,73,355 and can predict the risk of AF.98

In about 20% of HFpEF cases, LV diastolic function may have an indeterminate pattern.93 LA strain can recategorize these patients,90 since the 3 atrial function components have shown good accuracy in determining increased LA pressure.89

14.3.2. Atrial Fibrillation

In AF, the LA reservoir and conduit functions decrease and contractile function is absent. LA strain can predict new AF in several pathologies, such as HFrEF,356 mitral stenosis,357 and Chagas disease 358, as well as after pacemaker implantation,359 in addition to predicting AF recurrence after cardioversion360 or ablation.361-363 AT function assessment through strain could become part of the decision-making process for AF ablation. LA reservoir strain is also associated with ischemic stroke independent of CHA2DS2-VASc score, age, or anticoagulant use.364

14.3.3. Valvular Heart Disease

LA strain may signal greater severity and an unfavorable course in mitral and aortic valve disease.365,366 In severe primary mitral regurgitation, LA reservoir strain can predict hospitalization for HF or all-cause mortality, regardless of whether surgical intervention is recommended.367,368

14.3.4. Coronary Artery Disease

Coronary artery disease is associated with atrial dysfunction through 2 main mechanisms: LV DD and direct LA ischemia.369 LA strain may have important prognostic value in acute coronary syndrome, correlating with greater severity 370 and unfavorable outcomes.371

14.4. Right Atrial Strain

Although data on RA strain is lacking, a recent study of 101 healthy volunteers found the following values using the QRS complex as a reference: reservoir 37.6% (SD 6.9), conduit 26.0% (SD 7.1), and contraction 11.6% (SD 4.4).37 Assessing RA function is a target of interest in congenital heart diseases,301,373 tricuspid valve disease, and pulmonary hypertension.374

15. Assessing Left Ventricular Torsion

15.1. Introduction

LV function is determined through complex interactions between tissue anatomy, myocardial contractility, and hemodynamics. The muscle fibers of the LV myocardial wall are oriented in different directions. In the subendocardial region, they are almost parallel to the wall and move in a right-handed rotation (right-handed helix), which gradually changes in subepicardial fibers to 60–70º, leading to a left-handed rotation (left-handed helix).375,376

Subepicardial fiber contraction causes the apex of the LV to rotate counterclockwise and its base to rotate clockwise. Conversely, subendocardial fiber contraction causes the apex and base of the LV to rotate in opposite directions. Given the greater rotation radius of the epicardial layer, the direction of the subepicardial fibers prevails in the general direction of rotation when both layers contract simultaneously. This results in global counterclockwise rotation near the apex and clockwise rotation near the base during ventricular ejection,377 as shown in Figure 15.1.

Figure 15.1. – Rotation direction of subendocardial fibers: (A) subepicardial fibers (B) overall LV rotation with (C) simultaneous contraction of the fibers. Adapted from Stöhr et al.384.

Figure 15.1

This twisting motion in the LV contributes to an even distribution of fiber shortening and stress along all walls, thus producing a relatively high EF (~60%) despite limited shortening (~20%).378 The twisting and shearing of the subendocardial fibers during ventricular ejection results in the storage of potential energy, which is subsequently used to unwind the coiled fibers during diastole, thus untwisting the helices, which together produce diastolic suction.379,380 Preload and afterload conditions and contractility alter the extent of ventricular torsion.381 Increased preload or contractility increases LV torsion, while increased afterload has the opposite effect.

Several imaging techniques can be used to quantify the mechanics of ventricular torsion: echocardiography (tissue Doppler, 2D and 3D speckle tracking, velocity vector imaging, cardiac MRI (tissue tagging), and sonomicrometry. Currently, there is no gold standard for assessing LV torsion mechanics, and the above-mentioned imaging modalities have good agreement.382 Due to its safety, availability, and cost-effectiveness, echocardiography is the most commonly used imaging modality.

15.2. Definitions and Nomenclature

Twist, twist rate, untwist, and untwist rate are the common terms for describing the systolic rotation and reverse diastolic rotation of the base and apex of the LV as seen from the apex. These terms are defined in Tables 15.1 and 15.2.

Table 15.1. – Definitions and parameters used to assess left ventricular twist during systole.

Parameter Definition
Apical rotation (º) Peak counterclockwise systolic rotation of the apical LV region (measured in degrees)
Apical rotation rate (º/s) Peak counterclockwise apical rotation speed (measured in degrees/second)
Basal rotation (º) Peak clockwise systolic rotation of the basal region of the LV (measured in degrees)
Basal rotation rate (º/s) Peak basal clockwise rotation velocity (measured in degrees/second)
LV twist (º) Peak difference of LV apex and base systolic rotation (measured in degrees)
LV torsion (º/cm) Normalized twist: ratio of the twist angle and the distance between the base and apex in systole (measured in degrees/centimeter)
Twist rate (º/s) Peak LV twist speed (measured in degrees/second)

(o): degrees; (o/s): degrees per second; (º/cm): degrees per centimeter. LV = left ventricle.

Table 15.2. – Definitions and parameters used to assess left ventricular twist mechanism in diastole.

Parameter Definition
Apical reverse rotation (º) Peak clockwise diastolic rotation of the apical LV region (measured in degrees)
Apical reverse rotation rate (º/s) Peak velocity of clockwise apical reverse rotation (measured in degrees/second)
Basal reverse rotation (º) Peak diastolic counterclockwise rotation of the basal region of the LV (measured in degrees)
Basal reverse rotation rate (º/s) Peak basal rotation speed (measured in degrees/second)
Untwist (º) Difference in peak reverse diastolic rotation of the apex and base of the LV (measured in degrees)
Untwist Rate (º/s) Peak LV untwist speed (measured in degrees/second)

(o): degrees; (o/s): degrees per second; LV = left ventricle.

15.3. Step-by-step Assessment of Ventricular Torsion by Speckle Tracking Echocardiography

To evaluate the rotation mechanism, parasternal short-axis images of the LV are obtained at the basal (mitral valve) and apical levels (below the papillary muscles) (Figure 15.2). It is important to obtain apical images in which RV does not appear or only part of the LV appears, typically 1 or 2 intercostal spaces below the usual position. Most evaluation errors occur due to inappropriate selection of basal and apical planes and region of interest adjustment.

Figure 15.2. – Image acquisition plan for basal and apical rotation measurement (Images courtesy of Dr. Marcio Lima).

Figure 15.2

By convention, when rotation is clockwise, tracking begins below the baseline, and when rotation is counterclockwise, tracking begins above the baseline. (Figure 15.3). The normal global twist value is 9.7° (SD, 4.1°), although there are few reference values in the literature for torsion, which is estimated at 1.35°/cm (SD 0.54°/cm).383

Figure 15.3. – Clockwise (below baseline) and counterclockwise (above baseline) rotation (Images courtesy of Dr. Marcio Lima).

Figure 15.3

15.4. Clinical Applications

LV torsion parameters have generally been used to assess changes in ventricular mechanics in pathologies with reduced LVEF (ischemic and dilated cardiomyopathy) or preserved LVEF (HFpEF, hypertension, HCM, aortic stenosis, aortic insufficiency, and mitral insufficiency), as well as to assess subclinical myocardial dysfunction due to chemotherapy.

Twist and torsion measurements, although good parameters for global systolic function analysis, are limited in terms of reproducibility, which is mainly due to the lack of anatomical parameters for the apical section. The findings on ventricular twist and torsion changes are not specific, but they could contribute to a better understanding of the pathophysiology of different cardiomyopathies, helping differentiate them (Table 15.3).

Table 15.3. – Left ventriclar twist in different cardiovascular diseases.

Cardiovascular disease LV twist Findings
Ischemic cardiomyopathy Decreased Twist decreases depending on the location and extent of ischemia.
Dilated cardiomyopathy Decreased Twist decreases proportionally to decreased ejection fraction
Hypertrophic cardiomyopathy Increased Twist increases especially if the LV outflow tract is obstructed
Aortic stenosis Increased Increased twist in cases of increased LV afterload.

16. Strain in Ventricular Dyssynchrony Analysis

16.1. Introduction

Due to its expressive reduction of morbidity and mortality, cardiac resynchronization therapy (CRT) is indicated in national and international guidelines. CRT is a class I recommendation for symptomatic dilated cardiomyopathy patients who are undergoing optimized clinical treatment and have a left bundle branch block (LBBB) pattern in electrocardiography, QRS duration ≥ 150 ms, and LVEF < 35% (evidence level A).385

Due to a lack of data about echocardiographic synchrony assessment, these guidelines consider LBBB ≥ 150 ms as a marker of dyssynchrony. However, echocardiography is also limited as a dyssynchrony marker. Thus, at present, echocardiographic dyssynchrony assessment for CRT selection must be performed in an individualized and judicious manner by an adequately trained examiner and interpreted together with the patient’s clinical data. It is also important to remember that not only can echocardiography assess cardiac synchrony but it can help select the best site for LV electrode implantation, as well as determine response and reverse remodeling. More recent findings indicate that it can identify ventricular arrhythmia risk.385

16.2. Dyssynchrony Assessment when Selecting Patients for Cardiac Resynchronization Therapy

Assessing mechanical dyssynchrony and efficiency through strain alone is insufficient to indicate CRT. However, even with a precise recommendation, the chance of success (ie, improvement in clinical, functional, and/or imaging variables) is approximately 60%–70%. The CRT response rate can be estimated and even improved through echocardiography. In this context, myocardial strain measurement stands out.

Initial analysis of dyssynchrony through radial strain describes the time difference between maximum radial strain of the middle anteroseptal and inferolateral segments. Values > 130 ms indicate patients with a higher response rate,386 as shown in Figure 16.1.

Figure 16.1. – Radial strain image showing curves for the middle segments of the anteroseptal and inferolateral walls. The interval > 130 ms correlates with a higher CRT response rate, in this case 340 ms.

Figure 16.1

In addition to radial dyssynchrony, independent predictors of long-term prognosis include an inhomogeneous pattern of septal rebound stretch in speckle-tracking and LV reverse remodeling with a higher value in LBBB and apical rocking detected by visual analysis. This pattern reflects incoordinated contraction, which results in reduced myocardial performance. Recent studies have indicated that septal rebound stretch assessment can improve patient selection for CRT, especially patients without defined LBBB.387 The pattern consists of 3 three aspects of LS in the inferoseptal and anterolateral (frequently basal) segments: 1) peak opposition of the septal curves (negative) and lateral curves (positive); 2) peak negative septal strain in up to 70% of the ejection time; 3) peak negative strain in the lateral wall after aortic valve closure,388 as shown in Figure 16.2.

Figure 16.2. – Longitudinal strain image with inferoseptal (yellow) and anterolateral (red) basal segment curves with typical left bundle branch block pattern: 1) initial opposition of the peak of the septal (negative) and lateral (positive) curves; 2) negative septal strain peak in ≤ 70% of the ejection time, with shortening interrupted during systole, ie, prior to aortic valve closure (AVC) resulting in systolic stretching; 3) negative strain peak in the lateral wall after AVC.

Figure 16.2

Global LVMW efficiency analysis has recently shown promise in CRT. Global LVMW efficiency can be quantified non-invasively through myocardial strain curves and blood pressure measurements. Lower global LVMW efficiency values have been independently associated with better long-term prognosis.389Figure 16.3 shows changes in strain, MW, and myocardial efficiency in a patient who underwent successful CRT.

Figure 16.3. – Pre- and post-procedure polar maps of (A) longitudinal strain, (B) myocardial work, and (C) myocardial efficiency in a patient who underwent successful resynchronization therapy.

Figure 16.3

16.3. Myocardial Viability Assessment

Another application of myocardial strain in the CRT context is the correlation between myocardial fibrosis and reduced strain values. Reduced global radial strain values correlate with a greater degree of fibrosis (detected in cardiac MRI), thus identifying patients with a lower chance of ventricular function recovery. Reduced LS in patients with ischemic heart disease can also be used for this purpose.

16.4. Electrode Implantation Site

Equally important as total LV fibrosis, compromised values at the LV electrode implantation site have been associated with lower CRT response. Studies have shown that positioning the LV electrode in the segment with the greatest delay in mechanical contraction results in higher CRT success rates. Speckle tracking can identify the segment that should be stimulated. In the TARGET study, LV electrode placement guided by 2D speckle-tracking resulted in better clinical response and lower rates of mortality and hospitalization for HF.390,391

16.5. Prognostic Assessment after CRT

Post-CRT dyssynchrony analysis through LS is a strong predictor of ventricular arrhythmias. Speckle-tracking findings of persistent or increased mechanical scattering 6 months after CRT are associated with worse prognosis. Furthermore, CRT response (reverse remodeling) depends on improvement in both longitudinal and circumferential function after CRT.392

16.6. Adjustment of Resynchronization Parameters

About 30% of patients who undergo CRT are considered non-responders due to a lack of clinical and/or functional improvement, including a lack of reverse remodeling (evidenced by lower ventricular dimensions and higher EF).393 In these patients, adjustments to the atrioventricular, interventricular, and left intraventricular intervals may improve CRT response. Some studies have shown that speckle-tracking can guide adjustment of CRT parameters, leading to significant improvement in functional class and EF in non-responders.394

17. Myocardial Work

17.1. Introduction

Having recently emerged as an echocardiographic tool to increase information about ventricular function, MW adds the effects of LV afterload to LS measurement. After the experimental work of Suga et al. in 1979,395 which demonstrated that the area under the pressure-volume curve, invasively acquired with an intraventricular conductance catheter, reflected regional MW and oxygen consumption per beat, interest has grown in non-invasive imaging methods to make such analysis feasible.396,397

In 2012, Russell et al.398 validated a non-invasive method of analyzing the LV pressure-strain loop, integrating systolic blood pressure at the time of speckle tracking LS assessment, which after interpretation by the software, calculates pressure-strain loops globally and per segment (Figure 17.1). The AUC represents MW, which is highly correlated with direct intraventricular measurements. MW also reflects regional myocardial oxygen metabolism comparably to positron emission tomography with 18F- fluorodeoxyglucose.399-401

Figure 17.1. – Left ventricular pressure-strain loop. Red: global pressure-strain loop. Green: pressure-strain loop for the basal segment of the inferolateral wall. AVC: aortic valve closure; AVO: aortic valve opening; IVCT: isovolumetric contraction time; IVRT: isovolumetric relaxation time LVP: left ventricular pressure estimated by systolic blood pressure; MVC: mitral valve closure; MVO: mitral valve opening.

Figure 17.1

Modest increases in blood pressure can reduce GLS by up to 9%, which could be misinterpreted as reduced contractility, when in fact MW remains preserved, reflecting only increased afterload. Thus, MW is considered an advance in the understanding of ventricular mechanics.398,402 The main differences between MW and the LV strain are shown in Table 17.1.

Table 17.1. – Main differences between myocardial work and left ventricular strain.

  Strain Myocardial work
AFI use yes yes
Measure AVO-AVC IVCT + ET + IVRT
Integrated with blood pressure no yes
Value % mmHg%
Incorporates postload no yes
Measures efficiency no yes
Estimates myocardial oxygen consumption no yes

AFI: automated functional imaging AVO: Aortic valve opening; AVC: AV closure; IVCT: isovolumetric contraction time; ET: ejection time; IVRT: isovolumetric relaxation time.

17.2. Calculating Myocardial Work

To obtain accurate and reproducible results, appropriate MW calculation techniques must be used for image acquisition, as well as post-processing and parameter analysis. This technology is currently only available in workstations or devices embedded with GE software (GE Healthcare, Horten, Norway). Analyses can be performed directly on the device or post-processed in workstations using previously acquired images.

The image acquisition protocol for calculating MW follows the same technical prerequisites for GLS analysis, which will be discussed in a subsequent chapter. After 2D strain is assessed using images acquired in the 3 apical projections through automated functional imaging, MW can be evaluated by the software (Figure 17.2). Blood pressure values measured non-invasively at the time of the examination must be manually entered into the patient identification form during the examination or later into the MW calculation form itself (Figure 17.3). These non-invasive blood pressure measurements will be automatically input into the pressure-strain loop.

Figure 17.2. – After assessing 2D LV longitudinal strain with the automated functional imaging method and processing the 3 apical windows, the software offers to calculate myocardial work (yellow arrow).

Figure 17.2

Figure 17.3. – Initial screen of myocardial work calculation. In this step, non-invasively measured blood pressure values can be inserted (bottom arrow), and cardiac events, such as the opening and closing of the mitral and aortic valves can be reassessed or marked (top arrow).

Figure 17.3

For temporal indexing of the values, the events of the cardiac cycle must be marked, identifying the opening and closing of the mitral and aortic valves. This can be performed through spectral Doppler or 2D analysis of mitral and aortic flow through an apical 3-chamber projection, which shows the opening and closing of both valves (Figure 17.4). These points can also be marked on the MW calculation screen, modifying apical 3-chamber image frame-by-frame, selecting the exact moment of each event (Figure 17.5). After checking the images and markings, the software performs the calculations and displays a polar (bulls-eye) map beside GLS and peak strain values for each segment. A polar map with the MW index for each segment appears on the right side, with global MW index and MW efficiency values below it. When the “work efficiency” key is selected, the software shows the global MW efficiency values for each segment on the polar map (Figure 17.6). Selecting the “advanced” key generates curves and graphs of the LV pressure-strain loops throughout the cardiac cycle, in addition to a bar graph showing the proportions of constructive and wasted MW (Figure 17.7).

Figure 17.4. – Marking cardiac events through spectral Doppler: A) marking mitral valve opening (MVO) and mitral valve closing (MVC) according to mitral inflow; B) marking aortic valve opening (AVO) and aortic valve closing (AVC) through LV outflow.

Figure 17.4

Figure 17.5. – Cardiac events can also be marked on the myocardial work calculation screen, modifying apical 3-chamber images frame by frame and selecting the exact moment of each event in the right sidebar menu (arrows).

Figure 17.5

Figure 17.6. – After approval of the obtained data, appropriately marking events and pressure filling, the software displays the global and segmental longitudinal strain values on the left (white arrows) and polar maps with myocardial work index values (A: yellow arrow) and myocardial work efficiency (B: blue arrow).

Figure 17.6

Figure 17.7. – Selecting the “advanced” key shows analyses by curves and graphs, showing the LV pressure-strain loops throughout the cardiac cycle (yellow arrow), in addition to a bar chart showing the proportions of constructive and wasted MW (blue arrow).

Figure 17.7

The following parameters are provided by the software:

  • 1. Global MW index: total work in the area under the pressure-strain curve, calculated from the closing to the opening of the mitral valve. A bull’s eye map with segmental and global MW values is provided (Figure 17.6).

  • 2. Constructive MW: work that contributes to LV ejection during systole, obtained by shortening during systole plus myocyte elongation during isovolumetric relaxation (Figure 17.7).

  • 3. Wasted MW: work that does not contribute to LV ejection, obtained by myocyte elongation (rather than shortening) during systole plus shortening during the isovolumetric relaxation phase (post-systolic shortening) (Figure 17.7).

  • 4. MW efficiency (MW efficiency/global MW efficiency): the result of the following formula: constructive MW/ (constructive MW + wasted MW) ; efficiency is rated as 0-100% (Figure 17.6).

17.3. Normality Values

Due to the recent validation of MW and its variables for clinical use, multicenter trials with an adequate number of patients have not yet been conducted to produce definitive normality values.

Manganaro et al. recently analyzed data from the NORRE study to establish normal reference limits for MW. This prospective European multicenter study included 226 patients from 22 echocardiography laboratories, providing reference values for most 2D and 3D echocardiographic data.403 The mean or median (SD) and/or CI of MW variables were, respectively, 1896 (SD, 308) mm Hg% (CI: 1292-2505) for global MW index, 2232 (SD, 331) mm Hg% (CI: 1582-2881) for constructive MW, 79 mm Hg% (CI: 53-122) for wasted MW, and 96% (CI: 94-97), for global MW efficiency.403

Another study found higher global MW index and constructive MW values in women > 40 years of age, with a strong correlation between a higher global MW index and constructive MW values and higher systolic blood pressure.404

17.4. Potential Clinical Use

A major limitation to more widespread use of MW is that the software is only produced by GE Healthcare. In addition, MW is calculated using manual systolic pressure measurements in afterload. Care should be taken in clinical situations involving additional afterload or increased systolic blood pressure, such as aortic stenosis, obstructive HCM, and some congenital heart diseases. Despite its promise as new tool, current scientific knowledge about MW assessment is still in the research phase.

Certain publications on MW in clinical practice are gaining notoriety, one of which involves patient selection for myocardial resynchronization. Although LBBB analysis can sometimes be difficult to interpret (Figure 17.8), visual and quantitative analysis of MW has made it easier to recognize cases of QRS widening without an associated mechanical dyssynchrony (Figure 17.9). In addition to visual analysis, the ability of constructive MW to identify CRT responders has been recognized as equivalent to contractile reserve.405 Another interesting way to identify patients who benefit from CRT is through wasted septal work.406 Thus, MW assessment in patients with LBBB can improve stratification through visual analysis, as well as quantify constructive and wasted work.

Figure 17.8. – Two cases with similar left bundle branch block morphologies.

Figure 17.8

Figure 17.9. – Case 1 has no changes in myocardial mechanics: myocardial work in the pressure-strain loop (green line) is similar to the global value (red line). In case 2, “true” left bundle branch block; in the same septal portion, the green line assumes a figure-8 shape.

Figure 17.9

Another interesting field for MW assessment is obstructive coronary disease. MW can detect obstructive coronary disease at rest better than LVGLS, even in patients with preserved EF and no segmental contractility changes.407 MW can also identify AMI patients at greater risk of complications and predict recovery,408 as well as predict long-term complications in patients with ST-elevation MI.409

In addition to these clinical situations, MW has shown promise for dilated cardiomyopathy, HCM, amyloidosis, and other conditions. Certainly, with greater software availability and more evidence in the literature, MW will quickly be incorporated into clinical practice.

18. Three-dimensional Strain Assessment: What can be Added

18.1. Introduction

Three-dimensional myocardial strain assessment through speckle tracking has numerous advantages over 2D assessment. Considering that the LV myocardium consists of 3 layers of fibers arranged in different directions (longitudinal, circumferential, and transverse), the speckles have a non-linear trajectory, escaping the image’s 2D plane during part of the cardiac cycle. Although multiple longitudinal and transverse images of the LV myocardium may be acquired in 2D assessment, the speckles are interpolated. Thus the method is not as accurate as 3D, which allows monitoring throughout the cardiac cycle in multiple dimensions, being unaffected by extraplanar myocardial torsion or apical shortening.410

In the RV, global analysis of myocardial chambers is only possible through 3D methodology, whereas only the septum and/or free wall can be assessed in 2D. Furthermore, 3D strain assessment is more reliable and physiological, since different components of myocardial strain are analyzed simultaneously through a single dataset or cardiac cycle. Thus, 3D strain is a quantitative, objective, comprehensive, and reproducible assessment of myocardial mechanical function. However, it strongly depends on a good acoustic window and a regular heart rhythm, which limit the routine and systematic incorporation of 3D strain.411 Clinical application is also limited by differences in the algorithms for monitoring the speckles and cut-off points for myocardial strain, which are not standardized across software platforms.412,413

Since 3D strain measurements obtained through different equipment and software manufacturers are not interchangeable, the baseline and follow-up imaging, as well as the analyses, must be performed using the same equipment, and the results must be interpreted in light of the equipment’s specific normality values.410,412 Normality reference values also vary between 2D and 3D methodologies, with only a modest correlation between LS values. Finally, further clinical research is needed to determine the accuracy and prognostic value of 3D strain assessment.

18.2. Left Ventricular Strain

Three-dimensional speckle-tracking is superior to 2D speckle tracking in that it is not limited to a single slice and that it allows analysis of vectorized data in 3 orthogonal planes. Two-dimensional strain assessment requires a very high temporal resolution (34-50 volumes per second) due to the short duration of the speckles (ie, a few milliseconds) in the slice, which does not occur in 3D. Additionally, the ideal in 3D speckle tracking is to acquire 6 beats at the highest line density and 44 volumes per second at a frequency of 2-4 MHz (which is more accurate than MRI). Acquisition of single volumes is not recommended, since higher temporal resolution decreases image and tracking quality by reducing line density.414

The general feasibility of 3D speckle-tracking is approximately 85% due to the following limitations: unfavorable acoustic windows, cardiac arrhythmias (preventing acquisition of multiple beats), incomplete visualization of the apical segments of the LV and RV, speckle-tracking problems in follow-up (distance from the transducer), and determining normal values and clinical prognosis.

18.3. Right Ventricular Strain

The analysis of RV contraction is especially important to understand the mechanism of this chamber in the face of congenital and acquired diseases. However, unlike the LV, estimating the RV is more difficult due to the complex shape that the RV presents and due to its thin wall. Despite this, MRI images and speckle tracking by echocardiography have been promising in right ventricular analysis. However, the values obtained by ST3D for the RV are still not well established.415 Technical problems persist for the 3D strain analysis when the objective is to analyze the right chambers, since the software was created for the analysis of the LV and still is adapted for the RV on most machines. Although the 3D strain allows global analysis of the entire right myocardium, the three-dimensional technology for this chamber is still in progress, with no well-defined cutoff values for the 3D strain of the RV so far.

18.3.1. Full-volume 3D Acquisition and Analysis

Harmonic imaging ideally provides 4 triggered beats per capture. The depth must be adequate so that only the RV, its walls, and the tricuspid annulus fill the volume; the systolic peak strain is generally used for analysis.

18.4. Left Atrial Strain

In 3D strain assessment of the LA (as well as the ventricles), ultrasound can acquire volumetric data in real time and can measure all strain components. However, 3D tracking is a great challenge, and the temporal and spatial resolution of 3D is lower than 2D, which makes 3D analysis more complex and time consuming, since high image quality is required to determine 3D strain.

Another point under discussion is inter- and intraobserver variability in cardiac mechanics.414 The reservoir, conduit, and pumping phases can be well analyzed in 2D strain, and the mean cut-off values for 2D strain in each of these phases have been relatively well defined. However, reference values for 3D strain have not yet been determined. When strain analysis becomes relevant, the main applications of this method in the LV are: HFpEF,7 intracavitary filling pressures,95 atrial function among elite athletes,416 and cardiomyopathies.417 Nevertheless, 2D strain data have been better corroborated than 3D strain data; the incorporation of 3D strain in LA assessment will depend on future research.

19. The Role of Cardiac Resonance and Tomography in Strain Assessment

19.1. Introduction

Due to its high spatial and temporal resolution and non-invasiveness, cardiac MRI has become an important method of assessing global and segmental function in both ventricles. Strain assessment, an established and reliable method for measuring and quantifying regional and global contractile dysfunction, can detect subclinical cardiac dysfunction and, thus, is useful for assessing myocardial function. Echocardiography is currently the most available and least expensive method for assessing strain, but analysis may be impaired in patients with a limited acoustic window.

19.2. Strain Acquisition Methods by Cardiac Magnetic Resonance Imaging

Myocardial tagging, consisting of a preparation phase in which magnetic tags (black lines) are orthogonally superimposed on the myocardium at the beginning of a cine sequence, is the most validated technique for assessing strain in cardiac MRI.12,418 Alternatives to tagging that provide direct analysis of myocardial strain in cardiac MRI are cine strain encoding and cine displacement encoding with stimulated echoes.419 Feature tracking (FT), a recently developed method, can quantify myocardial strain in traditional cine cardiac MRI images without additional acquisitions or lengthy analysis.420,421

In all strain analysis techniques, the global circumferential and LS parameters have proven more reproducible and consistent than regional ones.422 Further details about strain acquisition through cardiac MRI can be found in the references.12,418-422

19.3. Determining Right Ventricle Strain Through Cardiac Magnetic Resonance Imaging

Myocardial strain measurement is an accurate and practical method for assessing RV function, since it is an earlier and more sensitive marker of contractile dysfunction than other methods, such as EF. Studies have demonstrated the potential of RV cardiac MRI strain to provide additional information and independent prognosis.423-428 A number of studies have analyzed RV strain in healthy individuals and control groups without heart disease.423,426,429,430

The pathologies that most affect RV, such as congenital heart disease, pulmonary hypertension, and arrhythmogenic dysplasia, have the greatest applicability in RV strain analysis. One study used cardiac MRI FT in patients with corrected tetralogy of Fallot, finding lower strain values in these patients than controls, which were related to systolic function parameters (biventricular EF), as well as functional capacity in cardiopulmonary testing.425

Assessing global and segmental RV function is fundamental for multi-parametric diagnosis of arrhythmogenic dysplasia, and RV strain has proven an extremely useful tool in this regard.428,431 Global and segmental RV strain are significantly lower in patients with arrhythmogenic dysplasia, regardless of RV dimensions and function, and impaired RV strain may represent an early marker of the disease.428Figure 19.1 presents examples of RV strain in a normal patient and a patient with pulmonary hypertension.

Figure 19.1. – Global longitudinal strain analysis through feature tracking in patients with (above) and without pulmonary hypertension (below). GLS was 4.26% and 26.46% in the patients with and without pulmonary hypertension, respectively.

Figure 19.1

19.4. Determining Left Ventricular Strain Through Cardiac Magnetic Resonance Imaging

In healthy individuals, mean values for LV strain types (global circumferential strain, global radial strain, and GLS) have been determined over the past decade with cardiac MRI FT,419-423 including a major meta-analysis.424 The largest and most recent studies on global circumferential strain and global radial strain by cardiac MRI FT analyzed the mean of 3 short-axis slices. In most cases, LVGLS was calculated using a 4-chamber slice, while more recent publications assessed the mean of 3 longitudinal slices. GLS and global circumferential strain values varied within a narrow range while global radial strain values had wider confidence intervals; it is speculated that planar movement and large personal variability could partially explain this phenomenon, although the real cause still remains uncertain.424

There is a strong relationship between myocardial strain and delayed myocardial enhancement, especially global circumferential strain, in addition to GLS derived from cardiac MRI FT. There is also good correlation between echocardiography-derived techniques and cardiac MRI.425

In dilated cardiomyopathy, markedly lower GLS is strongly associated with worse survival, even in patients with very low EF, regardless of functional class and other cardiac MRI findings.426 Cardiac MRI FT can identify HFpEF and DD subgroups through altered GLS.427

The diagnostic value of cardiac MRI GLS and echocardiography GLS are similar when differentiating between constrictive pericarditis and restrictive cardiomyopathy, having a high discriminatory value. GLS values are significantly lower in restrictive cardiomyopathy, while they are close to normal in pericarditis.428 Longitudinal and circumferential strain are also altered in myocarditis.429

Studies on MRI strain and myocardial tagging have found a high capacity to determine amyloidosis carriers; this method could even be more sensitive than the post-contrast sequence itself.430 The lost base-apex gradient of circumferential strain seems to be an early finding of Fabry disease, since longitudinal and circumferential strain did not vary significantly from healthy controls.431

According to cardiac MRI FT, patients with HCM have lower GLS, global radial strain, and global circumferential strain than healthy controls, with GLS and global radial strain being predictors of adverse events,432 just as significantly higher GLS has been found in hypertension patients than HCM patients.433

Ischemic coronary disease diagnosis by cardiac MRI can be improved by adding FT analysis, allowing detection of small changes in circumferential strain after dobutamine stress; GLS may be useful for detecting infarctions and assessing viability.434 The 3 types of strain are reduced in patients who have suffered acute myocardial infarction with ST-segment elevation, being independent predictors of adverse cardiovascular events.435

Patients with severe aortic stenosis have lower GLS and global circumferential strain than healthy controls, despite the symptoms.436 In patients with bicuspid aortic valve and preserved EF, signs of DD have been observed through circumferential strain changes.437 Chemotherapy-induced cardiotoxicity results in GLS and global circumferential strain abnormalities long before LVEF is reduced.438

A recent study reported that cardiac MRI FT-derived GLS has a stronger association with mortality than a combination of LVEF and myocardial delayed enhancement. This has been the largest study to date to assess prognosis through cardiac MRI FT-derived GLS. After adjusting for classic risk factors, including LVEF and myocardial delayed enhancement, a 1% worsening in GLS was associated with an 89% higher mortality risk in both ischemic and non-ischemic patients.439

19.5. Determining Left Atrial Strain Through Cardiac Magnetic Resonance Imaging

LA function assessment has been increasingly recognized as a factor in a variety of cardiac pathologies. Change in LA function is normally associated with worse prognosis and precedes HF diagnosis. The LA functions as a reservoir for pulmonary vein drainage, serving as a conduit for flow to the LV due to a pressure difference due to mitral leaflets opening and contractile function, with atrial systole occurring at the end of LV diastole.440

Cardiac MRI FT-derived atrial strain analysis reliably quantifies LA longitudinal strain and strain rate. Using standard cine MRI images, it can differentiate between patients with altered LV relaxation and healthy patients, as shown in Table 19.1.441 In a MESA substudy, global peak longitudinal atrial strain and LA volume indexes were independent predictors of HF onset, even after adjusting for LV mass and N-terminal pro–B-type natriuretic peptide.442 LA phasic function has been found to be an independent risk predictor for mortality or hospitalization for HF, even after adjusting for LA volume and ventricular remodeling.443

Table 19.1. – Left Atrial Strain.

Type HFpEF HCM Normal
Reservoir 16.3 ± 5.8 22.1 ± 5.5 29.1 ± 5.3
Conduit 11.9 ± 4.0 10.4 ± 3.9 21.3 ± 5.1
Pump 4.5 ± 2.9 11.7 ± 4.0 7.8 ± 2.5

HCM: Hypertrophic cardiomyopathy; HFpEF: Heart failure with preserved ejection fraction.

19.6. Determining Strain Through Cardiac Tomography

Strain can be assessed through cardiac tomography FT using contrast and triggered acquisitions, functionally reconstructing the cardiac cycle. Although data are still scarce, this method has been tested in patients with significant aortic stenosis undergoing transcutaneous aortic prosthesis implantation. Similar GLS values were found between cardiac tomography FT and echocardiography,444,445 including high intraobserver and intraclass reproducibility for cardiac tomography FT LVGLS, despite apparently underestimating the values.444

Another study explored the relationship between cardiac tomography FT-derived strain and ischemic heart disease in patients with significant lesions in the left anterior descending artery. Lower LS was observed in segments related to the anterior descending artery, despite normal diastolic and systolic volumes and EF.446

Currently, strain assessment through cardiac MRI and cardiac tomography is limited due to availability issues and the high cost of post-processing software. However, like strain assessed through echocardiography, its application has been well established, facilitating early diagnosis of dysfunction in various cardiomyopathies.

Footnotes

Development: Department of Cardiovascular Imaging of Brazilian Society of Cardiology (Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – DIC/SBC)

Note: These statements are for information purposes and should not replace the clinical judgment of a physician, who must ultimately determine the appropriate treatment for each patient.


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