Skip to main content
Einstein logoLink to Einstein
editorial
. 2014 Oct-Dec;12(4):7–8. doi: 10.1590/S1679-45082014ED3296
View full-text in Portuguese

Scientific misconduct: our first (known) case

Jacyr Pasternak 1
PMCID: PMC4879902  PMID: 25628187

einstein registered (in the last issue) its first retraction, due to a case of duplicate publication: “Neuromuscular electrical stimulation in critically ill patients in the intensive care unit: a systematic review”, by Lucas Lima Ferreira, Luiz Carlos Marques Vanderlei and Vitor Engrácia Valenti. Our journal, like all peer-reviewed and indexed journals, asks authors to state unequivocally in their submission letter that the paper has not already been submitted to another journal. This letter is signed by all the authors, so we take this affirmation as a fact. In this case this fact was fiction…

Scientific misconduct has many faces: duplicate publication is perhaps the easiest to discover. It was more common in the past when some so-called scientists, pressured for publications (“publish or perish”), sought little-known journals in non-English languages and tried to submit papers to several journals at once. As indexing and searching systems improved, this practice became more and more difficult. A comprehensive analysis of retracted articles in the medical literature between 2004 and 2013(1) showed an increase in numbers of retracted articles in recent years. Most of these retractions are original articles followed by case reports.

A recent paper by Lins and Carvalho(2) analyzed scientific misconduct in Brazil. They found a clear increase in both published articles in the medical literature and cases of scientific misconduct, including irreproducible results, “scientific salami slicing” (one article fragmented into 10 or more papers) and duplicate publications. In Lins and Carvalho’s opinion, the increased number of Brazilian scientific productions in medical literature was not accompanied by an increase in quality of articles – just the opposite. The authors discuss the focus of Brazilian institutional review boards in patient safety, within institutions themselves and the Brazilian National Review Board. Neither group performs a systematic surveillance for research integrity, and no specific offices exist to investigate and deal with scientific misconduct. Editors’ efforts can at least decrease duplicate publications: Korean authors noted a duplicate publication rate as high as 5.9% of all articles published in Korea in 2004, 6.0% in 2005, and 7.2% in 2006. To reverse this increase in duplicate publication, a comprehensive database of all Korean medical articles published by Korean authors in indexed and non-indexed journals was created. The campaign to end duplicate publication achieved successful results: in 2009 only 1.2% of all articles published were duplicates.(3)

A recent paper on manuscript submissions reported that recently most journals have noted a clear increase in ethically dubious articles, and this means a significant surcharge to editors. Such papers are received, reviewed and sometimes – what is worse – published. Editors are not supposed to be detectives: when people declare in writing that their paper is original, produced with real data, not invented ones; that experiments were done as written; that results were not tortured to gain statistical significance; that the complete work was submitted; and that the paper was not previously submitted to other journal, editors do believe.(4) How should we deal with duplicate submissions? A recent letter to the editor in an Iranian journal gives excellent suggestions for this question that our journal will follow.(5)

– editors should not allow any author of a duplicate submission to ever publish again in their journal;

– both journals involved in duplicate submissions should communicate that fact to indexing and other databases, again including the names of all authors (or we shall call them “duplicators?”);

– if the authors are from a university or are receiving public financing, the responsible authorities should be informed.

REFERENCES

  • 1.Singh HP, Mahendra A, Yadava B, Singh H, Arora N, Arora M. A comprehensive analysis of articles reatracted between 2004 and 2013 from the biomedical literature – a call for reform. J Tradit Compl Med. 2014;4(3):136–139. doi: 10.4103/2225-4110.136264. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 2.Lins L, Carvalho FM. Scientific integrity in Brazil. J Bioeth Inq. 2014;11(3):283–287. doi: 10.1007/s11673-014-9539-y. [DOI] [PubMed] [Google Scholar]
  • 3.Kim SY, Bae CW, Hahm CK, Cho HM. Duplicate publication rate decline in Korean medical Journals. J Korean Med Sci. 2014;29(2):172–175. doi: 10.3346/jkms.2014.29.2.172. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 4.Murphy SP, Bulman C, Shariati B, Hausmann L, ISN Publications Committee Submiting a manuscript for peer review: integrity, integrity, integrity. J Neurochem. 2014;128(3):341–343. doi: 10.1111/jnc.12644. [DOI] [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  • 5.Yahyavi ST. Facing to duplicate submission as scientific misconduct. 72Iran J Psychiatry Behav. 2014;8(1) [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
Einstein (Sao Paulo). 2014 Oct-Dec;12(4):7–8. [Article in Portuguese]

Má conduta científica: nosso primeiro caso (reconhecido)

Jacyr Pasternak 1

A einstein registrou, no fascículo anterior, a primeira retratação em razão de um caso de publicação duplicada: “Estimulação elétrica neuromuscular em pacientes graves em unidade de terapia intensiva: revisão sistemática”, por Lucas Lima Ferreira, Luiz Carlos Marques Vanderlei e Vitor Engrácia Valenti. Nosso periódico, como todo periódico indexado e revisado pelos pares, solicita aos autores declaração inequívoca em suas cartas de submissão assegurando que o artigo não foi anteriormente submetido a outro periódico. Tal carta é assinada por todos os autores, portanto, essa afirmação é considerada um fato. Neste caso, o fato era fictício...

A má conduta científica tem muitas faces: a publicação duplicada, talvez, seja uma das mais fáceis de descobrir. Essa prática era mais comum no passado, quando alguns “cientistas”, pressionados a publicar (“publique ou você dança”), procuravam periódicos pouco conhecidos, que não publicavam em língua inglesa, e tentavam submeter seus manuscritos a diversos deles ao mesmo tempo. Com a melhora dos sistemas de busca e de indexação, essa prática tornou-se mais e mais difícil de realizar. Uma análise de artigos retratados na literatura médica entre 2004 e 2013(1) mostrou aumento no número de artigos retratados nos últimos anos. A maioria das retratações foi de artigos originais, seguidos de relatos de casos.

O artigo recente de Lins e Carvalho (2) analisou a má conduta científica no Brasil. Esses autores encontraram um claro aumento na publicação de artigos em literatura médica e de casos de má conduta científica, incluindo resultados irreproduzíveis, “ciência salame” (um artigo fragmentado em 10 ou mais artigos) e publicações duplicadas. Na opinião de Lins e Carvalho, o aumento no número de produções científicas brasileiras na literatura médica não foi acompanhado da melhora na qualidade dos artigos – mas, sim, do oposto. Os autores discutem o foco dos Conselhos de Ética em Pesquisa brasileiros, nas próprias instituições e na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Nenhum destes realiza vigilância sistemática para integridade em pesquisa, e inexistem órgãos específicos para investigar e lidar com a má conduta científica. Os esforços dos editores podem, pelo menos, diminuir a publicação duplicada: autores coreanos notaram altas taxas de publicações duplicadas de 5,9% em relação a todos os artigos publicados na Coreia em 2004, de 6,0% em 2005 e de 7,2% em 2006. Para reverter esse aumento de publicações duplicadas, foi elaborada uma base de dados, incluindo todos os manuscritos coreanos em medicina publicados por autores coreanos em periódicos indexados e não indexados. A campanha para finalizar a publicação duplicada alcançou sucesso: em 2009, apenas 1,2% de todos os artigos publicados eram duplicidades.(3)

Um artigo recente sobre submissão de artigos relatou que a maioria dos periódicos tem notado um claro aumento de artigos eticamente duvidosos, representando, portanto, uma sobrecarga significante aos editores. Tais artigos são recebidos, revisados e algumas vezes – o que é pior – publicados. Os editores não são detetives: quando os autores declaram por escrito que seu artigo é original, produzido com dados reais, não inventados; que os experimentos foram feitos como descrito; que os resultados não foram distorcidos para obter significância estatística; que o trabalho completo foi submetido; e que o artigo não foi previamente submetido a outra publicação, os editores acreditam em tais afirmações.(4) Como devemos lidar com submissões duplicadas? Uma carta ao editor publicada recentemente em um periódico iraniano dá sugestões excelentes para essa questão, as quais serão seguidas por nosso periódico.(5)

– os editores não devem permitir qualquer autor de submissão duplicada que publique novamente em seus periódicos;

– os periódicos envolvidos em submissões duplicadas devem comunicar o fato para base de dados indexadoras e outras bases, incluindo também os nomes de todos os autores (ou devemos chamá-los de “duplicadores?”);

– se os autores são de universidade ou estão recebendo financiamento público, as autoridades responsáveis devem ser informadas.


Articles from Einstein are provided here courtesy of Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein

RESOURCES