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. 2017 Apr-Jun;16(2):178–179. [Article in Portuguese] doi: 10.1590/1677-5449.003717
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Linfedema e febre chicungunha

Marcos Arêas Marques 1,*, Arno Von Ristow 2
PMCID: PMC5915867  PMID: 29930643

No relato de caso da edição anterior “Trombose venosa profunda e vírus chicungunha”1, os autores chamam atenção para a possibilidade da ocorrência da trombose venosa profunda de membros inferiores (MMII) como uma complicação vascular aguda, de origem multifatorial, da febre chicungunha (FC). Porém, o paciente apresentado no relato permaneceu com edema volumoso de MMII, mesmo após os 90 dias de tratamento anticoagulante com apixabana, e houve comprovação da recanalização com refluxo leve de veia poplítea direita ao eco Doppler colorido (EDC). As alterações do EDC não justificariam o edema volumoso e bilateral dos MMII e, além disto, o edema era clinicamente compatível com edema de origem linfática. Diante desses fatos, foi solicitada uma linfocintilografia de MMII para complementação do diagnóstico clínico e orientação da terapia física complexa.

O exame (Figura 1) mostra alterações como refluxo dérmico, varicosidades linfáticas e padrão de hiperfluxo, que corroboram o diagnóstico clínico.

Figura 1. Linfocintilografia de membros inferiores (WB: whole body, ou corpo todo).

Figura 1

Como foi introduzida apenas recentemente no continente americano (2013), a FC e suas complicações vasculares ainda estão sendo estudadas e não há dados na literatura que comprovem essas complicações. Porém, uma recente tese de mestrado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), intitulada: “Febre Chikungunya e linfedema de membros inferiores: comprovação linfocintilográfica”, um estudo observacional, prospectivo no qual pacientes na fase aguda ou subaguda da FC que evoluíram para edema de MMII foram submetidos a avaliação clínica e a linfocintilografia no início do estudo e após 90 dias, documenta as anormalidades da drenagem linfática de MMII causadas pela FC em mais da metade dos 32 pacientes avaliados.

Portanto, cremos que devemos ficar cada vez mais atentos às possíveis complicações vasculares que podem estar associadas à FC.

Footnotes

Fonte de financiamento: Nenhuma.

O estudo foi realizado na Unidade Docente Assistencial de Angiologia (UDA) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

REFERÊNCIA

J Vasc Bras. 2017 Apr-Jun;16(2):178–179. [Article in English]

Lymphedema and Chikungunya fever

Marcos Arêas Marques 1,*, Arno Von Ristow 2

In a case report published in the last issue of this journal, entitled “Deep venous thrombosis and chikungunya virus”,1 the authors draw attention to the possibility of lower limb deep venous thrombosis as an acute vascular complication of chikungunya fever (CF), with multifactorial origins. However, the patient described in the report still had large volume edema of the lower limbs after 90 days on anticoagulant treatment with apixaban and color Doppler ultrasonography confirmed recanalization of the right popliteal vein with mild reflux. Doppler ultrasound findings did not explain the bilateral large volume edema of the lower limbs and the edema was also clinically compatible with edema of lymphatic origin. In view of this, lower limb lymphoscintigraphy was conducted to supplement the clinical diagnosis and help guide complex physiotherapy.

Lymphoscintigraphy (Figure 1) showed abnormalities such as dermal backflow, lymphatic varicosities and overflow pattern, confirming the clinical diagnosis.

Figure 1. Lower limb lymphoscintigraphy (WB: whole body).

Figure 1

Since CF was only recently introduced to the Americas (2013), its vascular complications are still being studied and there are no published data that demonstrate these complications. However, a recent Masters dissertation was presented to the Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), entitled “Chikungunya Fever and lower limb lymphedema: lymphoscintigraphic proof” (“Febre Chikungunya e linfedema de membros inferiores: comprovação linfocintilográfica”). This dissertation was based on a prospective observational study of patients in the acute or subacute phase of CF who developed lower limb edema and underwent clinical assessment and lymphoscintigraphy at study outset and after 90 days and documented abnormalities of lower limb lymphatic drainage caused by CF in more than half of the 32 patients assessed.

We therefore believe that it is necessary to increase awareness of the possible vascular complications that may be associated with CF.

Footnotes

Financial support: None.

The study was carried out at Unidade Docente Assistencial de Angiologia (UDA), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brazil.


Articles from Jornal Vascular Brasileiro are provided here courtesy of Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular

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