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. 2021 Feb 2;116(2 Suppl 1):25–27. [Article in Portuguese] doi: 10.36660/abc.20200191
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Apneias Muito Longas em Posição Prona em uma Paciente Eutrófica com Doença Arterial Coronariana: Implicações para o Risco Cardiovascular

Sofia Fontanello Furlan 1,, Viktor Sinkunas 1, Pedro Rodrigues Genta 1, Geraldo Lorenzi Filho 1, Luciano F Drager 1
PMCID: PMC8118627  PMID: 33566999

Introdução

A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma condição clínica comum, caracterizada por obstruções recorrentes das vias aéreas superiores durante o sono, promovendo hipóxia intermitente e fragmentação do sono.1 Fatores de risco tradicionais incluem sexo masculino e obesidade. De maneira geral, pacientes com AOS grave apresentam eventos respiratórios mais longos e hipoxemia mais acentuada. A posição supina está consistentemente associada a índices mais graves de AOS em adultos.2 No entanto, a relação entre índices de AOS e posição prona é inconsistente.2 Aqui, relatamos uma apresentação muito peculiar da AOS caracterizada por eventos respiratórios muito longos em posição prona em uma paciente do sexo feminino, eutrófica, com histórico de hipertensão arterial, diabetes mellitus, doença renal crônica sob terapia dialítica e diagnóstico recente de doença arterial coronariana (DAC).

Relato de Caso

Uma mulher de 63 anos foi internada eletivamente para realizar um procedimento de intervenção coronária percutânea (ICP). Embora ela não se queixasse de sonolência diurna (Epworth Sleepiness Scale: 9), seus parentes a descreveram como muito sonolenta, apresentava roncos altos e pausas noturnas na respiração durante o sono. À inspeção, não havia importantes sinais de alterações crânio-faciais que predispusessem à AOS. O índice de massa corpórea (IMC) estava dentro da normalidade (25 kg/m2), mas a pressão arterial (PA) não estava controlada (152/84 mmHg). Curiosamente, uma recente monitorização ambulatorial da PA (MAPA) mostrou um padrão reverso da queda da PA noturna (PA durante o sono igual ou superior à vigília) (Figura 1). Ela estava em uso regular de aspirina, carvedilol, anlodipino e atorvastatina. Os medicamentos para PA foram ajustados pela equipe médica. A paciente foi submetida a uma ICP bem-sucedida na artéria descendente anterior esquerda usando um stent convencional. Após o procedimento, ela foi submetida a uma avaliação do sono usando um monitor portátil (Embletta Gold®). A paciente apresentava um índice de apneia-hipopneia de 26,7 eventos/hora com a menor saturação periférica de oxigênio (SpO2) registrada de 28% e tempo total com SpO2 <90% de 33%. Além disso, apresentou apneias muito longas (19 episódios com duração >1 minuto e o evento mais longo com incríveis 3,21 minutos de duração) (Figura 2). Nota-se que a paciente permaneceu 76% do tempo na posição prona (sua posição preferida para dormir). A paciente optou por não procurar nossa clínica ambulatorial do sono, apesar de recomendarmos ativamente o tratamento para a AOS. Após 11 meses da ICP, a paciente sofreu um infarto agudo do miocárdio. Aproximadamente 2 anos após o procedimento de ICP, ela sofreu um episódio de acidente vascular cerebral e quatro meses depois um novo infarto fatal do miocárdio durante um cochilo à tarde (por volta das 15h), apesar de tratamento medicamentoso para a DAC.

Figura 1. Monitoração ambulatorial da pressão arterial mostrando padrão de descenso reverso da pressão arterial sistólica. Pressão arterial média durante o dia: 150x81 mmHg; Pressão arterial média noturna: 155x79 mmHg.

Figura 1

Figura 2. A apneia obstrutiva mais longa durante o monitoramento do sono. Observe a hipoxemia acentuada relacionada e o canal de posição do sensor revelando a posição prona (traço amarelo).

Figura 2

Discussão

Este caso chamou nossa atenção devido à apresentação incomum de AOS em paciente de alto risco cardiovascular: o IMC dentro dos valores de normalidade e os eventos respiratórios muito longos predominantemente na posição prona. Em um estudo anterior, foram relatadas apneias obstrutivas com duração de até 3,89 minutos em um paciente com disfunção autonômica, provavelmente refletindo a falta de controle autonômico protetor na interrupção dos eventos apneicos.3 Nossa paciente não apresentava evidência de doença autonômica, apesar da história de diabetes. De fato, não foram observados períodos de hipotensão na MAPA. Em contraste, observamos um padrão noturno reverso da PA na MAPA. Demonstrou-se que o padrão de descenso reverso da PA sistólica. está associada a um aumento de 4 vezes na probabilidade de AOS, independentemente da presença de queixas de sono ou questionários positivos de sono.4

Um achado interessante é a ocorrência incomum de eventos obstrutivos na posição prona. É amplamente aceito que a posição supina predispõe a obstruções das vias aéreas superiores durante o sono.5 Estudos preliminares relataram a posição prona como terapia adjuvante para AOS.6,7 Por outro lado, este relato de caso destaca que a posição prona pode não ser um espectador inocente, como observado em bebês.8 Embora nenhuma relação causa-efeito possa ser comprovada, é concebível que a posição prona combinada com um alto limiar de excitação possa contribuir para eventos muito longos observados durante o sono nesta paciente.

Por fim, vale ressaltar que os pacientes com AOS e DAC pré-estabelecidas não tiveram benefícios da pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) na prevenção de doenças cardiovasculares, segundo o estudo SAVE.9 A carga acentuada de hipóxia (como observado neste caso) não foi incluída no perfil usual do estudo SAVE, impedindo qualquer conclusão definitiva sobre os benefícios do tratamento da AOS entre pacientes com AOS e importante hipoxemia. A falta de tratamento específico para a AOS neste caso pode ter contribuído para os resultados cardiovasculares observados.

Conclusão

Este é um caso incomum de apneias muito longas durante a posição prona em uma paciente com o IMC dentro da normalidade e DAC. Conforme sugerido em um estudo observacional multicêntrico, o seguimento desfavorável sugere que a AOS não é um espectador inocente na DAC, principalmente na presença de diabetes.10,11 Portanto, os resultados neutros do estudo SAVE não devem impedir o tratamento visando potenciais benefícios cardiovasculares em pacientes de alto risco com hipoxemia grave.

Footnotes

Fontes de Financiamento

O presente estudo não teve fontes de financiamento externas.

Vinculação Acadêmica

Não há vinculação deste estudo a programas de pós-graduação.

Aprovação Ética e Consentimento Informado

A paciente participou de um estudo prévio que avaliou o potencial impacto da apneia do sono após intervenção coronariana percutânea. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo sob o número de protocolo 3931/13/056). Todos os procedimentos envolvidos nesse estudo estão de acordo com a Declaração de Helsinki de 1975, atualizada em 2013. O consentimento informado foi obtido para esta paciente.

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Arq Bras Cardiol. 2021 Feb 2;116(2 Suppl 1):25–27. [Article in English]

Very Long Apneas during Prone Position in a Lean Patient with Coronary Artery Disease: Implications for the Cardiovascular Risk

Sofia Fontanello Furlan 1,, Viktor Sinkunas 1, Pedro Rodrigues Genta 1, Geraldo Lorenzi Filho 1, Luciano F Drager 1

Introduction

Obstructive sleep apnea (OSA) is a common condition characterized by recurrent upper airway obstructions during sleep, promoting intermittent hypoxia and sleep fragmentation.1 Traditional risk factors for OSA include male gender and obesity. Overall, patients with severe OSA presented longer events and more severe hypoxemia. Supine sleep is consistently associated with more severe OSA rates in adults.2 However, the relationship between OSA indices and prone position is inconsistent.2 Here, we reported a very peculiar presentation of OSA characterized by very long respiratory events in a prone position in a lean female patient with a history of high blood pressure, diabetes mellitus, chronic kidney disease under dialysis therapy and a recent diagnosis of coronary artery disease (CAD).

Case Report

A 63 year-old female was electively admitted to the Hospital to perform a percutaneous coronary intervention (PCI) procedure. Eventhough she did not complain of daytime sleepiness (Epworth Sleepiness Scale: 9), her relatives described she was very sleepy, presented loud snoring and nocturnal breathing pauses during sleep. Upon inspection, there were no important signs of craniofacial changes that predisposed to OSA. Body-mass index (BMI) was within the normal range (25 kg/m2) but arterial blood pressure was uncontrolled (152/84 mmHg). Interestingly, a recent ambulatory blood pressure monitoring (ABPM) showed a reverse systolic dipping pattern (blood pressure during sleep equal or higher than wakefulness) (Figure 1). She was under regular use of aspirin, carvedilol, amlodipine and atorvastatin. Arterial blood pressure medications were further adjusted by the medical team. The patient underwent a successful PCI in the left anterior descending artery using a bare metal stent. After the procedure, she underwent a sleep study using a portable monitor (Embletta Gold®). The patient had an apnea-hypopnea index of 26.7 events/hour with a lowest peripheral oxygen saturation (SpO2) of 28% and a total time with a SpO2 <90% of 33%. Very long apneas (19 episodes lasting >1 minute and the longest event lasting the incredible 3.21 minutes) (Figure 2) were observed. Of note, the patient spent 76% of the time in the prone position (her preferred sleep position).

Figure 1. Ambulatory blood pressure monitoring showing reverse systolic blood pressure dipping pattern. Mean daytime blood pressure: 150x81 mmHg; Mean nighttime blood pressure: 155x79 mmHg.

Figure 1

Figure 2. The longest obstructive apnea during sleep monitoring. Observe the severe related hypoxemia and the sensor position channel revealing prone position (yellow trace).

Figure 2

The patient did not seek our outpatient sleep clinic despite we actively recommended treatment for OSA. After 11 months of the PCI, the patient suffered an acute myocardial infarction. Approximately 2 years after the PCI procedure, she suffered an episode of stroke and four months later a new fatal myocardial infarction during a nap at 3:00 pm despite using standard medications for CAD.

Discussion

This case called our attention due to the unusual presentation of OSA in a high cardiovascular risk patient: BMI in the normal range and very long respiratory events predominantly in the prone position. In a previous study, obstructive apneas lasting up to 3.89 min in a patient with autonomic dysfunction was reported, probably reflecting the lack of protective autonomic control in terminating the apneic events.3 Our patient had no evidence of autonomic disease, despite the history of diabetes. Indeed, no periods of hypotension were observed in the ABPM. In contrast, we observed a reverse dipping pattern in the ABPM. Reverse dipping has been shown to be associated with a 4-fold increase in the probability of significant OSA, regardless the presence of sleep complaints or positive sleep questionnaires.4

One interesting finding is the unusual occurrence of obstructive events in the prone position. It is largely accepted that supine position predisposes to upper airway obstructions during sleep.5 Preliminary studies reported prone position as adjunctive therapy for OSA.6,7 In contrast, this case report underscore that prone position may not be an innocent bystander, as observed in infants.8 Although no cause-effect relationship may be proven, it is conceivable that the prone position combined with a high arousal threshold may contribute to very long events observed during sleep in this patient.

Finally, it is worthy to mention that OSA patients with CAD had no benefits of continuous positive airway pressure (CPAP) in preventing cardiovascular disease according to the SAVE trial.9 Severe hypoxia burden (as observed in this case) was not included in the usual SAVE study's profile, preventing any definitive conclusion on the benefits of OSA treatment among OSA patients with severe hypoxia burden. The lack of specific OSA treatment may have contributed to the observed cardiovascular outcomes.

Conclusions

This is an unusual case of very long apneas during prone position in a lean patient with CAD. As suggested in a multicenter observational study, the unfavorable follow-up suggests that OSA is not an innocent bystander in CAD, especially in the presence of diabetes.10,11 Therefore, the neutral results of SAVE trial should not preclude treatment aiming potential cardiovascular benefits in high risk patients with severe hypoxemia.

Footnotes

Sources of Funding

There were no external funding sources for this study.

Study Association

This study is not associated with any thesis or dissertation work.

Ethics approval and consent to participate

The patient participated in a previous study addressing the potential impact of sleep apnea after percutaneous coronary intervention (approved by the Ethics Committee of the Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo under the protocol number 3931/13/056). All the procedures in this study were in accordance with the 1975 Helsinki Declaration, updated in 2013. Informed consent was obtained from this patient.


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