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. 2021 Jun 8;116(6):1174–1212. [Article in Portuguese] doi: 10.36660/abc.20210367
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Atualização de Tópicos Emergentes da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca – 2021

Fabiana G Marcondes-Braga 1, Lídia Ana Zytynski Moura 2, Victor Sarli Issa 3, Jefferson Luis Vieira 4, Luis Eduardo Rohde 5,6,7, Marcus Vinícius Simões 8, Miguel Morita Fernandes-Silva 9,10, Salvador Rassi 11, Silvia Marinho Martins Alves 12,13, Denilson Campos de Albuquerque 14, Dirceu Rodrigues de Almeida 15,, Edimar Alcides Bocchi 1, Felix José Alvarez Ramires 1,17, Fernando Bacal 1, João Manoel Rossi Neto 18, Luiz Claudio Danzmann 19,20, Marcelo Westerlund Montera 21, Mucio Tavares de Oliveira Junior 1, Nadine Clausell 5, Odilson Marcos Silvestre 22, Reinaldo Bulgarelli Bestetti 23, Sabrina Bernadez-Pereira 16, Aguinaldo F Freitas Jr 11, Andréia Biolo 5, Antonio Carlos Pereira Barretto 1, Antônio José Lagoeiro Jorge 24, Bruno Biselli 1, Carlos Eduardo Lucena Montenegro 12,13, Edval Gomes dos Santos Júnior 25,26, Estêvão Lanna Figueiredo 27,28, Fábio Fernandes 1, Fabio Serra Silveira 29,30, Fernando Antibas Atik 31, Flávio de Souza Brito 32, Germano Emílio Conceição Souza 33,34, Gustavo Calado de Aguiar Ribeiro 35, Humberto Villacorta 24, João David de Souza Neto 4, Livia Adams Goldraich 5, Luís Beck-da-Silva 5,7, Manoel Fernandes Canesin 36, Marcelo Imbroinise Bittencourt 14,37, Marcely Gimenes Bonatto 38, Maria da Consolação Vieira Moreira 39, Mônica Samuel Avila 1, Otavio Rizzi Coelho Filho 40, Pedro Vellosa Schwartzmann 41,42, Ricardo Mourilhe-Rocha 14, Sandrigo Mangini 1, Silvia Moreira Ayub Ferreira 1, José Albuquerque de Figueiredo Neto 43, Evandro Tinoco Mesquita 24,44
PMCID: PMC8288520  PMID: 34133608

Introdução

A última Diretriz de Insuficiência Cardíaca do Departamento de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia (DEIC/SBC) foi finalizada em março de 2018. A partir de então, houve um importante número de intervenções terapêuticas e abordagens diagnósticas que surgiram ou se consolidaram na prática clínica internacional e na pesquisa clínica. Ao lado disso, a pandemia da COVID-19 trouxe-nos conhecimento sobre o modelo fisiopatológico da agressão miocárdica e muitas dúvidas acerca da continuidade e da segurança dos medicamentos nos pacientes com IC crônica que apresentaram quadro agudo dessa complexa e nova entidade clínica.

Nos últimos 6 meses, trabalhamos de forma rápida e colaborativa utilizando pela primeira vez em 20 anos do DEIC as plataformas digitais para discutir, deliberar e redigir esse importante documento, optando por realizar uma revisão focada em vez de uma ampla atualização da Diretriz ainda muito recente.

Inspiramo-nos no modelo de atualização da Diretriz Canadense de Insuficiência Cardíaca de 2020,1 porém tivemos a nosso favor a oportunidade de observar os impactos na prática clínica e da consolidação daquelas novidades, além de ter publicado novos resultados de ensaios clínicos dos últimos 12 meses. Para apresentar esses avanços, realizamos um pioneiro encontro científico em 19 de setembro de 2020, o I Heart Failure Summit Brazil 2020 (digital), com cerca de 900 participantes, muitos destes associados do DEIC.

A liderança da Diretoria Científica foi fundamental para a organização de diferentes grupos de trabalhos e elaboração de uma forma prática e segura de discussão e votação. Garantindo o distanciamento social e empregando a tecnologia digital, o encontro permitiu amplos debates sobre os diferentes pontos de vista alicerçados nas melhores evidências científicas.

No presente documento, o DEIC/SBC apresenta uma revisão e uma atualização detalhadas de sua Diretriz de Insuficiência Cardíaca Crônica. Os trabalhos tiveram início no mês de julho de 2020, com a definição do Comitê Editor, que estabeleceu prioridades, dividiu os 52 participantes em grupos de trabalho e definiu o cronograma das atividades. Estes grupos, compostos por cinco a sete participantes cada, deram início a intensas discussões virtuais que culminaram com a redação de tabelas preliminares, sendo posteriormente amplamente divulgadas e revisadas pelo Comitê Revisor composto por 11 membros. As discussões finais foram realizadas em plenária virtual em 4 de dezembro de 2020, com a participação de todos os colaboradores, nas quais as principais recomendações foram votadas. As decisões quanto às classes de recomendação foram definidas com a concordância de mais de 75% dos participantes.

As definições de Classes de Recomendação e Nível de Evidência respeitam as mesmas normas da última diretriz, conforme preconiza o SBC/CONDir para elaboração de diretrizes e são assim descritas:

Classes de Recomendação
Classe I Condições para as quais há evidências conclusivas ou, em sua falta, consenso geral de que o procedimento é seguro e útil/eficaz
Classe II Condições para as quais há evidências conflitantes e/ou divergência de opinião sobre segurança, e utilidade/eficácia do procedimento
Classe IIA Peso ou evidência/opinião a favor do procedimento. A maioria aprova
Classe IIB Segurança e utilidade/eficácia menos bem estabelecida, não havendo predomínio de opiniões a favor
Classe III Condições para as quais há evidências e/ou consenso de que o procedimento não é útil/eficaz e, em alguns casos, pode ser prejudicial
Níveis de Evidência
Nível A Dados obtidos a partir de múltiplos estudos randomizados de bom porte, concordantes e/ou de metanálise robusta de estudos clínicos randomizados
Nível B Dados obtidos a partir de metanálise menos robusta, a partir de um único estudo randomizado ou de estudos não randomizados (observacionais)
Nível C Dados obtidos de opiniões consensuais de especialistas

As recomendações terapêuticas propostas no presente documento embasam-se nas evidências científicas mais atuais, considerando não apenas os aspectos de eficácia clínica demonstrados em grandes ensaios clínicos. Buscamos sumarizar as principais recomendações em fluxogramas e algoritmos de fácil entendimento e grande aplicabilidade clínica, propondo abordagens para o diagnóstico e o tratamento da insuficiência cardíaca.

Nosso compromisso com a comunidade científica, ligado à pesquisa e à assistência aos pacientes com insuficiência cardíaca, gestores públicos e privados e também formuladores de políticas públicas, certamente contará com um documento que buscou apresentar as intervenções científicas de forma didática e, assim, facilitar sua implantação nas diferentes esferas de atendimento do paciente com insuficiência cardíaca.

Dr. Evandro Tinoco Mesquita

1. Inovações em Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada (ICFEp), Levemente Reduzida (ICFElr) e Melhorada (ICFEm)

1.1. Diagnóstico de Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada (ICFEp)

No paciente com dispneia ou fadiga inexplicada, a avaliação da probabilidade pré-teste para insuficiência cardíaca (IC) deve ser efetuada com dados clínicos, eletrocardiográficos, ecocardiográfico e laboratorial. A seguir, na figura 1.1, os dois sistemas de escores desenvolvidos para confirmação deste diagnóstico: tanto a pontuação H2FPEF (esquerda) quanto a HFA-PEFF (direita) podem ser utilizadas (Tabelas 1.1 e 1.2). Nesses modelos, os pacientes considerados de alta e baixa probabilidade são considerados como tendo ou não insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp), respectivamente. Nos pacientes com probabilidade intermediária, a avaliação da função diastólica durante estresse, que pode ser realizado por meio de teste hemodinâmico invasivo ou ecocardiografia de estresse diastólico, é capaz de auxiliar no diagnóstico de ICFEp. Nos pacientes com baixa probabilidade para a ICFEp, recomenda-se a investigação de outras causas de dispneia e fadiga2 (Figura 1.1 e Tabela 1.3).

Figura 1.1. Fluxograma diagnóstico de insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp).

Figura 1.1

Adaptado de: Borlaug BA.2Nat Rev Cardiol. 2020; 17:559-573. ECG: eletrocardiograma; FEVE: fração de ejeção preservada; IC: insuficiência cardíaca.

Tabela 1.1. Escore H2FPEF para o diagnóstico da insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp).

Variável Clínica Características Pontos
H2 Obesidade (Heavy) IMC > 30 Kg/m2 2
Hipertensão 2 ou mais anti-hipertensivos 1
F Fibrilação atrial Paroxística ou persistente 3
P Hipertensão Pulmonar PSAP > 35 mmHg
(ecocardiograma)
1
E Idade avançada (Elderly) Idade > 60 anos 1
F Pressões de enchimento (Filling pressures) E/e´> 9 1

Adaptado de Reddy YNV et al.5Circulation. 2018; 138:861-870. IMC: índice de massa corpórea; PSAP: pressão sistólica da artéria pulmonar.

Tabela 1.2. Escore HFA PEFF para diagnóstico de insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp).

CRITÉRIOS MAIOR
(2 Pontos)
MENOR
(1 ponto)
FUNCIONAL e’ septal < 7 ou
e’ lateral < 10 ou
E/e’ > 15 ou
Velocidade RT > 2,8 m/s
(PSAP > 35 mmHg)
E/e’ 9-14 ou
GLS < 16%
MORFOLÓGICO VAEI > 34 mL/m2 ou
Massa VE . 149/122 g/m2 (H/M) e
ERP > 0,42
VAEi 29 - 34 mL/m2 ou
Massa VE > 115/95 g/m2 (H/M) ou
ERP > 0,42 ou
Septo ou PP ≥ 12 mm
BIOMARCADOR
(Ritmo sinusal)

BIOMARCADOR
(Fibrilação atrial)
NT-proBNP > 220 pg/mL ou
BNP > 80 pg/mL

NT-proBNP > 660 pg/mL ou
BNP > 240 pg/mL
NT-proBNP 125 - 220 pg/mL ou
BNP 35 - 80 pg/mL

NT-proBNP 365 - 660 pg/mL ou
BNP 105 - 240 pg/mL

Adaptado de Pieske B et al.7Heart Failure Association (HFA) of the European Society of Cardiology (ESC). Eur J Heart Fail. 2020; 22:391-412.

Velocidade RT: velocidade do fluxo de regurgitação da valva tricúspide; GLS: strain global longitudinal; VAEi: índice de volume atrial esquerdo; BNP: peptídeo natriurético do tipo B; NT-proBNP: peptídeo natriurético N-terminal pró-tipo B; VE: ventricular esquerda; H: homens / M:mulheres; ERP: espessura relativa da parede; PP: parede posterior.

Tabela 1.3. Recomendações para o diagnóstico de insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp).

Recomendações Classe NE Comentários Tabela
2018
Ref.
Peptídeos natriuréticos para rastreamento de ICFEp. I B NOVA: Devem ser consideradas a ampla variação do nível sérico dos peptídeos natriuréticos nessa população e as condições que modificam sua acurácia, como a fibrilação atrial e a obesidade. Nova 3, 4
Ecocardiograma completo para confirmação do diagnóstico. I B NOVA: Exame com apresentação de índices de Doppler para estimativa de pressões diastólica e pulmonar, bem como índices de volume e massa cardíaca indexados à superfície corporal. Nova 4, 5
Escore diagnósticos H2FPF ou HFA PEFF para melhorar a acurácia diagnóstica para ICFEp em pacientes com suspeita clínica. IIa B NOVA: Escores com validação em coortes retrospectivas. Nova 68
Avaliação durante estresse da função diastólica por ecocardiografia ou avaliação hemodinâmica invasiva em caso de dúvida diagnóstica após a aplicação dos escores H2FPF ou HFA PEFF. IIb B NOVA: Escores com validação em coortes retrospectivas. Nova 9,10
A estratégia inicial para o diagnóstico de ICFEp é a determinação da probabilidade pré-teste para IC, através do uso de achados clínicos associados a exames complementares como: eletrocardiograma, radiografia do tórax, ecocardiograma e peptídeos natriuréticos, se disponíveis. Para a interpretação do resultado dos peptídeos natriuréticos, é importante considerar que há grande variação dos níveis séricos nessa população e que, na vigência de fibrilação atrial (FA), devemos considerar pontos de corte mais elevados.3,4 Na presença de plausibilidade para IC, é razoável a aplicação dos escores H2FPEF5,6 (com dados clínicos e ecocardiográficos) e HFA PEFF7 (com dados ecocardiográficos completos e de peptídeos natriuréticos), os quais já foram validados em populações externas.6,8 para determinar a probabilidade alta, intermediária e baixa. Em pacientes com baixa probabilidade de ICFEp, sugere-se a busca objetiva para outras etiologias para dispneia. Nos indivíduos com probabilidade intermediária, estudos recentes demonstram que a observação dos dados diastólicos sob estresse físico pode revelar pacientes com resposta anormal, constituindo assim uma estratégia diagnóstica que pode ser não invasiva (observação diastólica por ecocardiograma)9 ou invasiva (cateterização da artéria pulmonar).10 Para a realização dos escores supracitados, faz-se necessária a realização do ecocardiograma completo, ou seja, exame com a extração dos diâmetros, índices de volume do átrio esquerdo e Doppler de fluxo, Doppler tecidual (e’ septal e ou lateral) e, se possível, com dados da deformação miocárdica (strain e strain rate).5

FA: fibrilação atrial; IC: insuficiência cardíaca; ICFEp: insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada.

1.2. Tratamento da Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada (ICFEp)

Até o momento, ainda não há intervenção específica que reduza eventos cardiovasculares de pacientes com ICFEp. Os ensaios clínicos que avaliaram o uso de inibidores da enzima de conversão de angiotensina II (iECA), bloqueadores dos receptores de angiotensina II (BRA), inibidores da neprilisina e antagonistas dos receptores de angiotensina II (INRA) e espironolactona foram neutros quanto à redução do risco de eventos comparado ao placebo para pacientes com ICFEp.1114 A análise de subgrupo, de acordo com a fração de ejeção, mostrou de maneira consistente a ausência de benefício nos subgrupos com fração de ejeção mais elevada (acima de 50%). Achado semelhante foi encontrado para betabloqueadores em metanálise de ensaios clínicos randomizados.13 Por isso, as recomendações da diretriz de 2018 para o tratamento farmacológico da ICFEp continuam mantidas, incluindo o uso de diuréticos para aliviar congestão e o tratamento de comorbidades como a isquemia miocírdica, a fibrilação atrial e a hipertensão, para diminuir sintomas e potencialmente reduzir a progressão da ICFEp.15 Por isso, é fundamental que se investiguem condições potencialmente reversíveis e associadas à ICFEp “secundária”, como as cardiomiopatias infiltrativas e restritivas, além de considerar causas alternativas de intolerância ao esforço.

1.3. Tratamento da Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Levemente Reduzida (ICFElr) (Tabela 1.4)

Tabela 1.4. Recomendações para o tratamento de insuficiência cardíaca com fração de ejeção levemente reduzida (ICFElr).

Recomendações Classe NE Comentários Tabela
2018
Ref.
Bisoprolol, carvedilol ou succinato de metoprolol para pacientes com ICFElr em ritmo sinusal para reduzir morbidade e mortalidade. IIa A NOVA: Os dados atualmente disponíveis indicam que a resposta de pacientes com ICFElr ao tratamento da IC é semelhante à de pacientes com ICFEr. Nova 13
iECA ou BRA para reduzir morbidade e mortalidade. IIa B Nova 11
Espironolactona para reduzir morbidade e mortalidade IIa B Nova 12
Sacubitril-valsartana em substituição ao iECA (ou BRA), para pacientes sintomáticos já em uso de terapêutica otimizada com terapia tripla para reduzir hospitalização. IIa B Nova 14
Em que pese a inexistência de estudos que tenham avaliado intervenções terapêuticas dirigidas especificamente a pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção levemente reduzida (ICFElr), as análises secundárias de ensaios clínicos em pacientes com ICFEr e ICFEp indicam que pacientes com ICFElr (fração de ejeção ventricular esquerda, FEVE 41-49%) podem se beneficiar das intervenções correntemente indicadas a pacientes com ICFEr (FEVE≤40%). Em metanálise de 11 estudos controlados e randomizados observou-se que os betabloqueadores se associaram a menor mortalidade em pacientes com ICFEi e ritmo sinusal.13 Em subanálise do estudo Topcat, foi identificado o efeito benéfico da espironolactona na mortalidade cardiovascular de pacientes com FEVE entre 44-50%;12 em subanálise do CHARM houve benefício com candesartan no desfecho combinado de mortalidade cardiovascular e hospitalizações nos pacientes com FEVE de 40% a 49%.11 A análise combinada dos estudos PARAGON-HF e PARADIGM-HF sugeriu que sacubitril-valsartana está associada à redução de hospitalizações em níveis intermediários de FEVE, sendo este efeito mais intenso entre os pacientes do sexo feminino com valores mais elevados de FEVE.14

Esta diretriz utiliza as denominações e definições de acordo com a nova classificaçao universal de IC. ICFEp: insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada; ICFElr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção levemente reduzida; ICFEr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida; FEVE: fração de ejeção ventricular esquerda; iECA: inibidores da enzima de conversão de angiotensina II; BRA: bloqueadores dos receptores de angiotensina II.

1.4. Tratamento da Insuficiência Cardíaca com fração de Ejeção Melhorada (ICFEm) (Tabela 1.5)

Tabela 1.5. Recomendações para o tratamento de insuficiência cardíaca com fração de ejeção melhorada (ICFEm).

Recomendações Classe NE Comentários Tabela
2018
Ref.
Manutenção da terapêutica modificadora de prognóstico utilizada no tratamento da ICFEr por cardiomiopatia dilatada melhorada. I B NOVA: Indicação respaldada por estudo randomizado multicêntrico com amostra limitada e com desfechos substitutos. Nova 16
O avanço no tratamento da IC com fração de ejeção reduzida (ICFEr) tem determinado a melhora na FEVE e a redução no tamanho do ventrículo esquerdo em cerca de 40% dos pacientes, dependendo da etiologia.17 Recentemente, foi publicada a nova definição e classificação universal de IC, que recomenda o termo IC com fração de ejeção melhorada (ICFEm) para pacientes com FEVE prévia < 40% e tiveram um aumento de 10 pontos percentuais atingindo taxas acima de 40%. Esta classificação universal recomenda que seja utilizado o termo “melhorada” ao invés de “recuperada”.18 Halliday BP et al.16 testaram a segurança de retirar a medicação para IC em um grupo pequeno de pacientes com cardiomiopatia dilatada recuperada em um ensaio clínico piloto, sem cegamento, mas conduzido de modo randomizado e multicêntrico. Os critérios de inclusão foram: diagnóstico prévio de cardiomiopatia dilatada com FEVE menor ou igual a 40%; ausência de sintomas de insuficiência cardíaca; tratamento com diurético de alça e medicações modificadoras de prognóstico; FEVE atual maior ou igual que 50%; volume diastólico final do ventrículo esquerdo indexado à superfície corporal normal e NT-proBNP menor que 250 pg/mL. Os pacientes foram randomizados para a retirada das medicações por 6 meses e o desfecho primário foi considerado uma combinação de redução da FEVE, dilatação do VE e retorno dos sintomas de IC. Após 6 meses de seguimento, 44% dos pacientes que tiveram sua medicação retirada apresentaram algum dos critérios para desfecho primário, comparados a nenhum participante do grupo de tratamento mantido, registrando-se uma taxa de eventos estimada em 45,7% (IC 95% 28,5–67,2; p = 0,0001). Este estudo, apesar de pequeno e com desenho aquém do ideal, é a melhor evidência até o momento sobre essa população, sugerindo que a manutenção dos fármacos nesse contexto seja a melhor estratégia, pelo menos até a publicação de estudo mais robusto.

Esta diretriz utiliza as denominações e definições de acordo com a nova classificaçao universal de IC.18FEVE: fração de ejeção ventricular esquerda; ICFEr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida; NT-proBNP: fração N-terminal do peptídeo natriurético atrial do tipo B.

2. Inovações em Amiloidose Cardíaca

Assistimos recentemente a grandes avanços no conhecimento da amiloidose cardíaca, o que acarretou na profunda transformação do seu significado clínico, epidemiológico e no surgimento de tratamentos específicos. Várias evidências sugerem que a amiloidose cardíaca não seja uma doença rara, mas uma condição amplamente subdiagnosticada, considerada hoje uma causa relativamente comum e tratável de insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp), particularmente a amiloidose cardíaca ligada à transtirretina (ATTR) na sua forma selvagem ou sistêmica senil (ATTR-wt), cujo diagnóstico tem aumentado de forma expressiva.1922

Trata-se de uma doença multisistêmica causada pela deposição tecidual de proteínas fibrilares insolúveis que perdem a sua conformação, o que leva à disfunção orgânica, inclusive do coração. Mais de 30 tipos de proteínas amiloidogênicas são descritas,23 sendo duas delas responsáveis por 95% dos casos de acometimento cardíaco: a amiloidose por cadeia leve (AL), esta relacionada com a produção monoclonal de imunoglobulinas devido à discrasia de plasmócitos; e amiloidose pela transtiretina (ATTR), a proteína transportadora de retinol e tiroxina produzida pelo fígado, que pode ter caráter secundário à sua mutação (ATTRm) ou ser selvagem (ATTRwt), causada por alterações pós-transcricionais e as proteínas de chaperonas, ligadas ao envelhecimento.

A AL apresenta incidência de 6 a 10 milhões de pessoas por ano e era considerada a principal causa de amiloidose cardíaca.24 No entanto, com o desenvolvimento de técnicas não invasivas de diagnóstico e o surgimento de tratamentos efetivos, o diagnóstico da ATTR, especialmente da ATTRwt, tem aumentado significativamente.19 Estudos demonstram ATTR em até 13% dos pacientes com ICFEp e espessamento da parede ventricular esquerda maior que 12 mm,20 sendo que até 25% das necropsias de muito idosos apresentam TTR no coração.22 A ATTRm apresenta um caráter autossômico dominante, com mais de 130 mutações descritas, que causam variações nos fenótipos de acometimento neurológico e cardíaco.

2.1. Quando Suspeitar de Amiloidose

Tendo em vista que a ATTR, particularmente a ATTRwt, é uma condição mais prevalente do que se antecipava, é importante suspeitar dessa condição na presença de pistas clínicas para posterior investigação diagnóstica (Tabela 2.1). Por se tratar de uma forma de cardiomiopatia restritiva infiltrativa, o padrão típico é espessamento da parede ventricular, da disfunção diastólica e dos distúrbios de condução. Em certos contextos clínicos, é necessário o diagnóstico diferencial com cardiomiopatia hipertrófica, ICFEp,25 bloqueios atrioventriculares avançados e arritmias atriais sem causa aparente. A concomitância de ATTRwt e estenose aórtica cálcica pode causar hipertrofia ventricular acentuada e se apresentar como estenose aórtica de baixo fluxo e baixo gradiente.

Tabela 2.1. Pistas clínicas para o diagnóstico de amiloidose.

História e Exame Físico
ICFEp, particularmente em homens idosos (maiores de 65 anos)
Intolerância ao iECA/BRA/INRA e ou betabloqueadores
Síndrome do túnel do carpo bilateral
Estenose do canal vertebral
Ruptura do tendão do bíceps
Polineuropatia periférica não explicada e/ou disfunção autonômica (hipotensão postural; diarreia alternada com constipação; disfunção erétil)
Equimose periorbitária
Macroglossia
Pistas Originadas dos Exames de Imagem
Espessamento concêntrico das paredes do VE com amplitude do QRS reduzida ou não aumentada proporcionalmente ao grau de aumento da espessura das paredes do VE
Fenótipo infiltrativo ao ecocardiograma (SIV>12mm), hiperrefringência miocárdica, hipertrofia biventricular, derrame pericárdico, espessamento valvar, espessamento de septo interatrial
Redução do strain longitudinal que poupa a região apical (apical sparing)
Enchimento ventricular esquerdo de padrão restritivo, com espessamento das paredes do ventrículo direito
Realce tardio de contraste na ressonância magnética cardíaca de padrão subendocárdico ou transmural, difuso ou aumento do volume extracelular
Pistas Combinadas
Insuficiência cardíaca exibindo cavidade ventricular esquerda não dilatada e com espessamento das paredes (septo interventricular maior que 12 mm), especialmente em pacientes sem hipertensão arterial sistêmica pregressa.
Apresentação clínica de cardiomiopatia hipertrófica iniciada tardiamente (acima de 60 anos)
Estenose aórtica com espessamento das paredes do ventrículo direito, particularmente nos casos paradoxais com baixo fluxo/baixo gradiente

ICFEp: insuficiência cardíaca de fração com ejeção preservada; FEVE: fração de ejeção ventricular esquerda; iECA: inibidores da enzima de conversão de angiotensina II; BRA: bloqueadores dos receptores de angiotensina II; INRA: inibidores da neprilisina e antagonistas dos receptores de angiotensina II.

Além disso, certas manifestações multisistêmicas podem levantar suspeita de ATTR: síndrome de túnel do carpo bilateral, ruptura do tendão do bíceps, hipotensão ortostática, estenose do canal vertebral, alterações digestivas e intolerância a medicações anti-hipertensivas.26 A história familiar é muito importante nas formas hereditárias da amiloidose, que apresentam prognóstico pior do que nos pacientes acometidos com a forma selvagem da doença.

2.2. Diagnóstico de Amiloidose Cardíaca (Tabela 2.1)

Diante da suspeita da doença, o primeiro passo é investigar a presença de cadeias leves de imunoglobulinas para o diagnóstico da AL, uma vez que essa forma da amiloidose cardíaca exige tratamento específico com quimioterápicos e o prognóstico piora muito com o retardo no início do tratamento. A confirmação da AL depende da detecção da proteína amiloide em tecidos envolvidos (biopsia), mas a forma ATTR pode ser confirmada não invasivamente, mediante emprego de cintilografia cardíaca com radiotraçadores ósseos. No Brasil, é usado o Tc-99m-pirofosfato.

2.3. Métodos Diagnósticos

2.3.1. Eletrocardiograma

A baixa voltagem no complexo QRS é achado comum na AL, sendo menos prevalente na ATTR (aproximadamente 30% dos casos), sendo mais comum a discrepância entre a magnitude da hipertrofia ao ecocardiograma e a amplitude dos complexos QRS. Fibrilação atrial e o padrão de “pseudoinfarto” também podem ser encontrados.

2.3.2. Ecocardiograma

É um dos principais exames para levantar a suspeita. Entre os achados sugestivos se destacam o espessamento da parede ventricular esquerda maior que 12 mm, especialmente na ausência de hipertensão arterial, aumento bi-atrial e desproporcional ao tamanho dos ventrículos, espessamento das valvas atrioventriculares e do septo interatrial, e o aumento da ecogenicidade do miocárdio com aparência granular. O índice de deformação sistólica longitudinal do miocárdio ou strain sistólico longitudinal pode mostrar a preservação da contratilidade do ápice do ventrículo esquerdo com relação aos demais segmentos (apical sparing ou imagem de “cereja de bolo”).27

2.3.3. Cintilografia Cardíaca com Radiotraçadores Ósseos

Cintilografia cardíaca com radiotraçadores ósseos, como Tc99m-pirofosfato usado no Brasil, pode ser utilizada para o diagnóstico diferencial entre a amiloidose AL e ATTR, esta última mostrando captação miocárdica anômala com intensidade maior ou equivalente à óssea. No entanto, a captação cardíaca pode ocorrer, ainda que mais discreta, em até 30% dos casos de AL. A captação cardíaca intensa (grau 2 ou 3), em conjunto com ausência de cadeias leves nos exames bioquímicos, tem especificidade de 100% para ATTR, podendo dispensar a biopsia cardíaca para o diagnóstico da doença.19

2.3.4. Ressonância Magnética Cardíaca

A Ressonância Magnética Cardíaca possui alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico, sendo útil também para diferenciar a amiloidose cardíaca de outras miocardiopatias. A deposição amiloide no miocárdio causa aumento no volume de distribuição do contraste paramagnético nas regiões do miocárdio em que os cardiomiócitos são substituídos ou deslocados por fibrose ou inflamação, cursando com padrão de realce tardio (RT) mais comumente subendocárdico difuso e circunferencial do ventrículo esquerdo, ainda que realces tardios transmural e difuso também possam ser encontrados.27

2.4. Tratamento de Amiloidose Cardíaca por Transtirretina (AC-ATTR) (Tabela 2.2)

Tabela 2.2. Recomendações para o tratamento específico da amiloidose cardíaca por transtirretina (AC-ATTR).

Recomendação Classe NE Comentário Tabela
2018
Ref.
Tafamidis 80 mg/dia, para o tratamento de pacientes com amiloidose cardíaca por transtirretina para redução da mortalidade e de hospitalizações cardiovasculares. I B NOVA: Estudo clínico randomizado multicêntrico respalda esta recomendação. Nova 28
Várias etapas do processo de formação das fibrilas amiloides constituem alvos terapêuticos na amiloidose por transtirretina (ATTR). A primeira terapia modificadora da doença que demonstrou evidência de benefício em pacientes com cardiomiopatia amiloide é um estabilizador dos tetrâmeros da TTR, o tafamidis. Esse fármaco foi testado em um estudo clínico multicêntrico e randomizado contra o placebo, envolvendo 441 pacientes com AC e no qual 264 deles receberam o medicamento em doses de 20 mg ou 80 mg ao dia (estudo ATTR-ACT [Tafamidis Treatment for Patients with Transthyretin Amyloid Cardiomyopathy]).28 Os principais resultados mostraram que o uso de tafamidis se associou à redução de 30% no desfecho primário de mortalidade por qualquer causa (RR = 0,70 [IC 95%: 0,51-0,96]), além de reduzir as internações por causa cardiovascular em 32% (RR = 0,68 [IC95%: 0,56 −0,81]) e a piora da capacidade funcional e da qualidade de vida. Esses resultados embasaram, no Brasil, a aprovação pela Anvisa do uso do fármaco para o tratamento da amiloidose cardíaca por TTR na dose de 80 mg/dia.28

ATTR: amiloidose por transtirretina; RR: risco relativo.

Frente à importância clínica e epidemiológica, além de novas terapias emergentes para esta doença, um Posicionamento sobre Diagnóstico e Tratamento da Amiloidose Cardíaca será publicado em breve, abordando de forma mais ampla os diferentes aspectos da doença.

3. Inovações em Telemonitoramento na Insuficiência Cardíaca (Tabela 3.1)

Tabela 3.1. Recomendações de telemonitoramento, werables, inteligência artificial e machine learning na insuficiência cardíaca.

Recomendações Classe NE Comentário Tabela
2018
Ref.
Uso de monitoramento e suporte à distância (telemonitoramento) para manejo de pacientes com insuficiência cardíaca crônica. IIa A NOVA: Existem metanálises mostrando diminuição na mortalidade e na internação por IC. Nova 2932
Wearables como ferramentas auxiliares no manejo diagnóstico, terapêutico e de reabilitação em pacientes com insuficiência cardíaca crônica ou aguda. IIa B NOVA: Vários estudos observacionais mostram o benefício do uso de wearables em paciente com IC. Nova 33, 34
Uso da Inteligência artificial no diagnóstico, avaliação de prognóstico, ou seleção de pacientes com maior benefício para diversas terapias. IIb B NOVA: Estudos observacionais apontam para o benefício do uso de Machine Learning e Inteligência Artificial no diagnóstico e prognóstico da IC. Nova 35
As metanálises envolvendo estudos observacionais e randomizados de monitoramento e suporte à distância invasivo ou não invasivo têm mostrado impacto positivo no prognóstico de pacientes com IC.2932 A redução na mortalidade geral pode variar de 19 a 31% com o telemonitoramento em pacientes com IC, enquanto a redução na frequência de internação hospitalar por IC varia de 27 a 39%, principalmente em pacientes em classe funcional (CF) III/IV, segundo a New York Heart Association (NYHA). A inteligência artificial apresenta aplicações em estudo para IC, seja como diagnóstico, avaliação de prognóstico, telemonitoramento ou ainda para selecionar pacientes com maior benefício para diversas terapias.33,34 Isso pode ser feito, por exemplo, na distinção de fenótipos, alocando pacientes em diferentes perfis de assinatura de doença; na melhor acurácia para o diagnóstico de IC aguda com relação ao médico; e no eventual direcionamento para terapias novas ou já estabelecidas, como análise adicional do ECG basal para identificar paciente melhor respondedor à terapia de ressincronização cardíaca.35

CF: classe funcional; IC: insuficiência cardíaca.

4. Inovações em Cardiointervenção

4.1. Abordagem Percutânea da Insuficiência Mitral Secundária (Tabela 4.1)

Tabela 4.1. Recomendações para intervenção percutânea na insuficiência mitral grave secundária.

Recomendação Classe NE Comentários Tabela
2018
Ref.
Clipagem percutânea da valva mitral
Isquêmica ou dilatada
Sintomas refratários (classe funcional ≥ II) ao tratamento clínico convencional e após avaliação do Heart Team. IIa B NOVA: Estudo randomizado com desfecho de morte respalda esta recomendação. Item 11.3 (página 467) 36
Recomendamos que a terapia guiada por diretrizes esteja otimizada, incluindo terapia de ressinconização cardíaca e revascularização, quando apropriado, antes da consideração do tratamento percutâneo da insuficiência mitral (IM) para pacientes com ICFEr e IM grave. O estudo COAPT (Transcatheter Mitral-Valve Repair in Patients with Heart Failure) que avaliou se o uso do dispositivo edge-to-edge poderia beneficiar pacientes com IM secundária moderadamente grave ou grave (EROA maior ou igual a 30 mm2 e/ou volume regurgitante maior que 45 mL) com FEVE de 20% a 50%, diâmetro sistólico final do VE menor que 7 cm e sintomas persistentes, apesar da terapia baseada em evidências maximizada, com participação de equipe multidisciplinar experiente na avaliação e tratamento da IC e IM.36 A atualização da Diretriz de Valvopatia de 2020 não fez esta diferenciação na seleção dos pacientes. Visando manter a linearidade das diretrizes, optamos por também não incluir esta diferenciação em nossa recomendação.37

ICFEr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida; IM: insuficiência mitral; VE: ventrículo esquerdo; IC: insuficiência cardíaca; FEVE: fração de ejeção ventricular esquerda. NYHA: New York Heart Association.

4.2. Ablação de Fibrilação Atrial (Tabela 4.2)

Tabela 4.2. Recomendações para ablação de fibrilação atrial na insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção reduzida (ICFEr).

Recomendação Classe NE Comentários Tabela
2018
Ref.
Ablação de FA para restaurar o ritmo sinusal em pacientes sintomáticos, intolerantes ou refratários a fármacos antiarrítmicos para redução de mortalidade e hospitalizações por IC. IIa B Recomendação de 2018 mantida. Item 10.1
(página 465)
Vide 2018
Ablação de FA como alternativa ao tratamento clínico com fármacos antiarrítmicos para sintomas refratários ou pacientes intolerantes. I A NOVA: Estudos randomizados demonstram maior taxa de sucesso de manutenção do ritmo sinusal com ablação da FA, além da ausência dos efeitos colaterais causados pelos fármacos antiarrítmicos. Item 10.1
(página 465)
3843
Ablação de FA para promover remodelamento reverso em pacientes com taquicardiomiopatia induzida pela FA, se refratários ao tratamento medicamentoso ou na preferência do paciente pela ablação, independentemente dos sintomas. I B NOVA: Estudo randomizado demonstrou a capacidade da ablação da FA em promover remodelamento reverso em pacientes com IC por provável taquimiocardiopatia. Item 10.1
(página 465)
39,44
A ablação de fibrilação atrial (FA) em pacientes com IC tem um benefício maior do que o uso de fármacos antiarrítmicos pela maior taxa de manutenção de ritmo sinusal, melhora de capacidade funcional e qualidade de vida, CF, distância no teste de caminhada de 6 minutos, VO2 máximo e redução de biomarcadores (BNP). Ela pode ser considerada uma terapia alternativa para controle de sintomas em pacientes com FA e que são intolerantes ou refratários ao tratamento com antiarrítmicos ou mesmo como terapia inicial.3843 Remodelamento reverso foi observado em diversos estudos com ablação de FA, gerando incremento de FEVE.3842,44 Quando a etiologia da IC é desconhecida e considera-se taquicardiomiopatia induzida pela FA como etiologia possível, o incremento esperado de FEVE com a ablação é ainda mais significativo.39,44 Estudos também demostraram redução de 45% de hospitalização por IC, 47-56% mortalidade por qualquer causa e de 38% de morte ou hospitalização por IC.41,42,44 Entretanto, a taxa de sucesso varia em torno de 60 a 80% no primeiro ano e a doença cardíaca estrutural é um fator de risco para recorrência.45 O isolamento das veias pulmonares pode ser feito por radiofrequência ou crioablação e essas técnicas podem ser combinadas com ablação de outros substratos.

CF: classe funcional; FA: fibrilação atrial; IC: insuficiência cardíaca. BNP: peptídeo natriurético do tipo B; FEVE: fração de ejeção ventricular esquerda.

5. COVID-19 e a Insuficiência Cardíaca (Tabela 5.1)

Tabela 5.1. Recomendações relacionadas com o manejo da COVID-19 em pacientes com insuficiência cardíaca.

Recomendação Classe NE Comentários Tabela
2018
Ref.
Testagem com RT-PCR para SARS-CoV-2 em indivíduos com IC crônica e manifestações respiratórias agudas. I C NOVA: Editoriais e recomendações de sociedades (publicação on-line). Nova 46,47
Manutenção de iECA, BRA ou INRA em indivíduos com IC crônica que desenvolvam COVID-19, na ausência de hipotensão ou sinais de comprometimento hemodinâmico. I C NOVA: Estudos observacionais controlados com número grande de pacientes, mas com percentual menor de pacientes com IC. Nova 4850
Acompanhamento ambulatorial de pacientes com IC por meio de visitas virtuais e telemonitoramento durante o período de pandemia por COVID-19. I C NOVA: Recomendações de experts e sociedades. Nova 51,52
Considerando que sintomas de COVID-19 podem mimetizar descompensação de IC, a testagem para SARS-CoV-2 com RT-PCR é recomendável tanto no cenário de pacientes atendidos em sala de emergência como em casos ambulatoriais.46,47 Não há evidências que contraindiquem a manutenção de iECA, BRA ou INRA em pacientes com IC que apresentem quadro de COVID-19. Durante o período infeccioso, a manutenção ou não destas medicações deve ser guiada pelo quadro clínico e/ou hemodinâmico, individualmente.4850 Ferramentas virtuais e/ou remotas (telefonemas, telemonitoramento, consultas on-line, videochamadas, entre outras) podem ser utilizadas para manter o cuidado de pacientes com IC durante a pandemia por COVID-19. Estas medidas, que reduzem a circulação de pessoas e a exposição dos pacientes ao vírus, têm-se mostrado eficientes no cuidado e tendem a consolidar-se no período pós-pandêmico. No caso de pacientes em período de maior instabilidade clínica (pós-alta de episódio de descompensação ou IC de início recente) e de candidatos a terapias avançadas para IC (transplante ou dispositivos de assistência ventricular), é recomendável manter ao menos uma visita presencial em intervalos variáveis e intercalados com visitas virtuais, especialmente considerando que durante a pandemia há uma tendência à redução do número de transplantes realizados, prorrogando o tempo de espera em fila.51,52

IC: insuficiência cardíaca; iECA: inibidores da enzima de conversão de angiotensina II; BRA: bloqueadores dos receptores de angiotensina II; INRA: inibidores de neprilisina e antagonistas dos receptores de angiotensina II.

6. Inovações em Insuficiência Cardíaca Avançada

6.1. Definição de Insuficiência Cardíaca Avançada

A história natural da IC caracteriza-se pela piora progressiva da função cardíaca e dos sintomas de IC. Apesar dos avanços no tratamento farmacológico e do impacto prognóstico dos dispositivos implantáveis como terapia de ressincronização cardíaca, pacientes com insuficiência cardíaca podem progredir para uma condição clínica denominada IC avançada, em que o tratamento tradicional não é efetivo e as terapias avançadas, tais como transplante cardíaco, suporte com dispositivo de assistência circulatória mecânica (DACM) ou cuidados paliativos são necessárias.

Embora o termo IC avançada já venha sendo usado desde 2007, atualizações recentes foram descritas visando incluir situações clínicas que também podem requerer terapias avançadas e que não foram contempladas na primeira classificação, como pacientes com ICFEp com quadro restritivo grave e não limitando apenas aos pacientes com IC com fração de ejeção gravemente reduzida.13,4 Neste cenário, a disfunção ventricular direita grave isolada e as doenças valvares graves inoperáveis, bem como anormalidades congênitas também podem ser consideradas causas de disfunção cardíaca grave (Tabela 6.1).5368

Tabela 6.1. Critérios para a definição de insuficiência cardíaca avançada.

Critérios para a definição de IC avançada
1. Sintomas de IC persistentes e graves (NYHA III ou IV).
2. Disfunção ventricular grave definida por:
  • FEVE ≤ 30% ou

  • IC direita isolada ou

  • Alterações valvares graves não operáveis ou

  • Anormalidades congênitas


Valores de BNP ou NT-proBNP persistentemente elevados e dados mostrando disfunção diastólica grave ou anormalidades estruturais do VE, de acordo com critérios de definição de ICFEp ou ICFElr.
3. Episódios de congestão pulmonar ou sistêmica que requerem altas doses de diurético endovenoso (ou combinação de diuréticos) ou episódios de baixo débito que requerem uso de inotrópicos ou fármacos vasoativos ou arritmias malignas que causem mais que uma visita não planejada à emergência ou hospitalização nos últimos 12 meses.
4. Capacidade para o exercício gravemente reduzida, com inabilidade para o exercício ou baixa capacidade no teste de caminhada de 6 minutos (TC6min < 300m) ou VO2 pico (<12-14 mL.kg-1.min-1), estimado de origem cardíaca.

Adaptado de Metra M et al.65Eur J Heart Fail. 2007; 9(6-7): 684-94; Metra M et al.66Cardiac Fail Rev. 2019; Crespo-Leiro MG et al.67Eur J Heart Fail. 2018; 20(11): 505-35; Trusby LK et al.,68JACC Heart Fail. 2020; 8(7): 523-36.

IC: insuficiência cardíaca; NYHA: New York Heart Association; FEVE: fração de ejeção ventricular esquerda; BNP: peptídeo natriurético do tipo B; NTproBNP: fração N-terminal do peptídeo natriurético do tipo B; ICFEp: insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada; ICFElr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção levemente reduzida; TC6m: teste de caminhada de 6 minutos; VE: ventrículo esquerdo; VO2: consumo de oxigênio.

Estes critérios variam de acordo com as diferentes sociedades de cardiologia, porém a presença de sintomas graves persistentes; a capacidade reduzida ao exercício; e episódios recorrentes de congestão pulmonar ou sistêmica que necessitem hospitalizações estão presentes em todas elas como descrito na Tabela 6.2.

Tabela 6.2. Critérios propostos por diferentes sociedades de cardiologia para identificação de pacientes com IC avançada.

Critério SBC ACC/AHA ESC HFSA
Sintomas graves e persistentes apesar de terapia otimizada
Limitação funcional importante (classe funcional NYHA III ou IV)
Dispneia persistente com atividades da vida diária  
Hospitalizações recorrentes
Visitas frequentes não planejadas à emergência
Intolerância a otimização terapêutica máxima
Lesão em órgão-alvo
Hiponatremia persistente
Congestão pulmonar ou sistêmica refratária a diureticoterapia
Choques de cardiodesfibrilador implantável frequentes
Caquexia cardíaca
Pressão arterial sistólica frequentemente ≤ 90mmHg  
Valores de BNP ou NT-proBNP persistentemente elevados  
Disfunção grave de VE com fração de ejeção reduzida (FEVE < 30%)
Disfunção grave de VE com padrão ecocardiográfico pseudonormal ou restritivo  
Pressões de enchimento elevadas (PCP >16mmHg +/- PVC > 12mmHg)  
Baixa capacidade no TC6m (< 300 m) ou VO2 pico < 12-14 mL.kg-1.min-1
Dependência de inotrópicos intravenosos
Disfunção progressiva de VD e HP secundária

Adaptado de Metra M et al.65Eur J Heart Fail. 2007; 9(6-7): 684-94; Metra M et al.66Cardiac Fail Rev 2019; Crespo-Leiro MG et al.67Eur J Heart Fail. 2018; 20(11): 505-35; Trusby LK et al.68JACC Heart Fail. 2020; 8(7): 523-36.

ACC/AHA: American College of Cardiology/American Heart Association CDI: cardiodesfibrilador implantável; IC: insuficiência cardíaca; BNP: peptídeo natriurético do tipo B; ESC: European Society of Cardiology; HFSA: Heart Failure Society of America; HP: hipertensão pulmonar; NYHA: New York Heart Association; NT-proBNP: fração N-terminal do peptídeo natriurético do tipo B; PCP: pressão capilar pulmonar; PVC: pressão venosa central; TC6m: teste de caminhada de 6 minutos; VD: ventrículo direito; VE: ventrículo esquerdo; VO2: consumo de oxigênio.

É importante ressaltar que o reconhecimento precoce de um paciente com IC avançada é fator determinante para o seu prognóstico, uma vez que isto permitirá o encaminhamento para um centro especializado que disponha das terapias avançadas necessárias para a condução do caso.

Uma técnica mnemônica particularmente útil e que pode ajudar a identificar pacientes que precisam de encaminhamento a um especialista em IC é o I-NEED-HELP, que integra a história clínica, as hospitalizações e a intolerância medicamentosa, além de sintomas e a disfunção de órgão-alvo. (Tabela 6.3)

Tabela 6.3. Sinais de alerta no paciente com IC avançada.

I Inotrópico dependente/intolerância à terapia otimizada
N NYHA III/IV persistente
E Ejeção (fração) menor que 20%
E Edema persistente, refratário a doses progressivas de diuréticos
D Desfibrilador (choque apropriado recorrente)
H Hospitalizações e visitas à emergência recorrentes nos últimos 12 meses
E Elevação persistente de peptídeos natriuréticos
L Lesão em órgão-alvo
P Pressão arterial sistólica persistentemente menor que 90 mmHg

6.2. Papel do Especialista em Insuficiência Cardíaca Avançada

Com a delimitação cada vez mais clara de um perfil específico de pacientes enquadrados na definição mais contemporânea de IC avançada, cresce também a necessidade de definir a importância do papel do especialista em IC avançada nos centros especializados. Este profissional deverá ser familiarizado (e treinado) para atender potenciais cadidatos ao transplante cardíaco (e posterior seguimento) e pacientes em choque cardiogênico (CC). Ele assume a liderança na coordenação dos trabalhos envolvendo o time de choque e, portanto, está familiarizado com as diversas (e crescentes) opções de uso de assistência circulatória. Por fim, este profissional deve ser capaz de compreender o momento e as implicações de discutir cuidados paliativos e diretivas antecipadas de vontade para pacientes não elegíveis para transplante cardíaco, bem como o uso de dispositivos de longa permanência.

6.3. Abordagem do Paciente com Insuficiência Cardíaca Avançada (Figura 6.1)

Figura 6.1. Algoritmo de tratamento do paciente com insuficiência cardíaca avançada.

Figura 6.1

*Classificação clínica de pacientes com insuficiência cardíaca avançada da Interagency Registry for Mechanically Assisted Circulatory Support (Intermacs), vide Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda.15Arq Bras Cardiol. 2018; Quadro 4.6 (página 505).

**Classificação de choque cardiogênico proposta pela Society for Cardiovascular Angiography and Interventions (SCAI). Estágio A: sob risco de choque; Estágio B: início do choque; Estágio C: choque clássico; Estágio D: choque em deterioração; Estágio E: choque extremo. Adaptado de Baran DA et al.58Catheter Cardiovasc Interv. 2019; 94(1): 29-37.

CDI: cardiodesfibrilador implantável; CF: classe funcional; DACM: dispositivos de assistência circulatória mecânica; DAV: dispositivo de assistência ventricular implantável; ECMO-VA: circuito de oxigenação por membrana extracorpórea venoarterial; IC: insuficiência cardíaca; NYHA: New York Heart Association.

6.4. Inovações sobre o Manejo da Congestão em Pacientes com Insuficiência Cardíaca Avançada (Tabela 6.4)

Tabela 6.4. Monitorização ambulatorial da congestão na insuficiência cardíaca.

Orientações Classe NE Comentário Tabela
2018
Ref.
Monitorização invasiva remota da congestão, através de dispositivo implantável na artéria pulmonar para reduzir hospitalizações e mortalidade em pacientes com ICFEr ambulatoriais. IIa B NOVA: A orientação atual reflete dados de estudos randomizados pequenos e estudos de vida real, com impacto em redução de hospitalizações e mortalidade. Nova 30,5357
Embora poucas inovações tenham sido observadas nos últimos anos com relação ao manejo da congestão na IC avançada, algumas evidências surgiram com relação à monitorização da congestão, o que impactou no prognóstico de pacientes com IC. Neste campo, existem dados recentes sobre a monitorização não invasiva através de telemonitoramento, mostrando impacto em redução de dias perdidos com admissão hospitalar e morte por todas as causas.30 Também foram encontrados dados sobre monitorização invasiva através de dispositivo implantável na artéria pulmonar, CardioMEMs, que permite a transmissão de medidas de pressão arterial pulmonar (PAP) para uma central e, por conseguinte, ao médico do paciente. O impacto desta monitorização invasiva foi testado no estudo CHAMPION (CardioMEMS Heart Sensor Allows Monitoring of Pressure to Improve Outcomes in NYHA Class III Heart Failure Patients trial), que envolveu pacientes ambulatoriais com IC (NYHA III) e mostrou redução de 28% nas hospitalizações por IC. Nos pacientes que receberam ao menos duas medicações da terapia padrão para IC, a monitorização invasiva associou-se a 57% de redução de mortalidade.53 Esta estratégia mostrou-se eficaz e segura em estudos de “vida real”,54 além de custo-efetiva.55 Estes dados foram confirmados recentemente em estudo conduzido por centros na Europa56 e em estudo prospectivo multicêntrico aberto que envolveu 1.200 pacientes em CF III, que demonstrou redução significativa de hospitalização por IC com baixas taxas de complicações relacionadas com o implante do sensor no seguimento de um ano.57 Trata-se de uma estratégia promissora com potencial a ser acrescentada à prática clínica.

CF: classe funcional; IC: insuficiência cardíaca; NYHA: New York Heart Association; PAP: pressão de artéria pulmonar.

6.5. Classificação Atual de Choque Cardiogênico

Em 2019, a Society for Cardiovascular Angiography and Interventions (SCAI) propôs uma nova classificação para o CC, visando facilitar a identificação das diferentes fases de deterioração clínica e a necessidade de intensificação do tratamento.58,59 As cinco fases dessa classificação incorporam achados de hipoperfusão tecidual e os sinais de disfunção orgânica que permitem uma definição hemodinâmica simples e maior discriminação entre os perfis INTERMACS (Interagency Registry for Mechanically Assisted Circulatory Support) (Figura 6.2, Tabela 6.5).

Figura 6.2. Classificação da Society for Cardiovascular Angiography and Interventions (SCAI) para o choque cardiogênico.

Figura 6.2

Adaptado de: Baran DA et al.58SCAI clinical expert consensus statement on the classification of cardiogenic shock. Catheter Cardiovasc Interv. 2019; 94(1): 29-37.

CC: choque cardiogênico; ECMO: oxigenação por membrana extracorporal; IAM: infarto agudo do miocárdio; IC: insuficiência cardíaca; PCR: parada cardiorrespiratória; RCP: ressuscitação cardiorrespiratória.

Tabela 6.5. Descritores das fases do choque cardiogênico: exame físico, biomarcadores e achados hemodinâmicos.

Estágio do CC Achados clínicos Biomarcadores Hemodinâmica
A (sob risco) PVJ normal
Ausculta pulmonar limpa
Perfil quente e seco
Pulsos periféricos cheios
Estado mental preservado
Bioquímica normal
Função renal normal
Lactato normal
PAS ≥ 100 mmHg (ou normal para o paciente)
Se CAP:
• CI ≥ 2,5L/min/m2
• PVC < 10mmHg
• SvO2 ≥ 65%
B (início) PVJ elevada
Estertores pulmonares
Perfil quente e seco
Pulsos periféricos cheios
Estado mental preservado
Lactato normal
Disfunção renal mínima
BNP elevado
PAS < 90 OU PAM < 60 OU queda > 30 mmHg do basal
FC ≥ 100 bpm
Se CAP:
CI ≥ 2,2 L/min/m2
SvO2 ≥ 65%
C (clássico) Pode incluir qualquer um dos seguintes:
Mal-estar geral
Em pânico
Palidez e lividez
Sobrecarga de volume
Estertores pulmonares difusos
Classificação de Killip 3 ou 4
BiPap ou ventilação mecânica

Extremidades frias e pegajosas
Alteração aguda do estado mental
Débito urinário < 30 mL/h
Pode incluir qualquer um dos seguintes:
Lactato ≥ 2 mmol/L
Creatinina dobrando ou queda > 50% na TFG
Provas hepáticas alteradas
BNP elevado
Pode incluir qualquer um dos seguintes:
PAS < 90 OU PAM < 60 OU queda >30 mmHg do basal. Vasopressores e/ou dispositivos para manter a PA

CAP:
• CI < 2,2L/min/m2
• PCP > 15 mmHg
• PVC/PCP ≥ 0,8
• PAPi < 1,85
• CPO ≤ 0,6W
D (deterioração) Pode incluir qualquer um dos achados do estágio C Pode incluir qualquer um dos achados do estágio C, em deterioração Pode incluir qualquer um dos achados do estágio C e:
Múltiplos vasopressores e/ou dispositivos de assistência circulatória mecânica para manter perfusão
E (extremo) Pulsos pouco palpáveis
Colapso circulatório
Sob ventilação mecânica
Desfibrilador em uso
PCR (modificador – A*)
pH ≤ 7,2
Lactato ≥ 5 mmol/L
PAS inaudível / PCR
TVSP ou TV/FV refratária
Hipotensão apesar do suporte máximo
*

O modificador (A) é aplicado para descrever pacientes que tiveram uma parada cardíaca independentemente da duração.

Adaptado de Baran DA et al.58SCAI clinical expert consensus statement on the classification of cardiogenic shock. Catheter Cardiovasc Interv. 2019; 94(1):29-37.

BiPap: ventilação por dois níveis de pressão positiva; BNP: peptídeo natriurético do tipo-B; CAP: cateter de artéria pulmonar; CC: choque cardiogênico; IC: índice cardíaco; CPO: poder cardíaco, do inglês cardiac power output; FC: frequência cardíaca; FV: fibrilação ventricular; IAM: infarto agudo do miocárdio; IC: insuficiência cardíaca; PAM: pressão arterial média; PAPi: índice de pulsatilidade da artéria pulmonar; PAS: pressão arterial sistólica; PCP: pressão de capilar pulmonar; PVC: pressão venosa central; PVJ: pulso venoso jugular; SvO2: saturação venosa mista de oxigênio; TFG: taxa de filtração glomerular; TV: taquicardia ventricular; TVSP: taquicardia ventricular sem pulso.

O estágio A inclui pacientes sob risco de choque cardiogênico, enquanto os estágios B a E descrevem fases progressivas do choque cardiogênico convencional. A diferença entre os estágios B e C é a presença de hipoperfusão, que está presente nos estágios C e superiores. O estágio D indica que as medidas de manejo inicial do choque cardiogênico não foram suficientes para restaurar a estabilidade hemodinâmica ou a perfusão tecidual após pelo menos 30 minutos de observação, enquanto o estágio E caracteriza casos extremos, no qual os pacientes se apresentam hemodinamicamente instáveis e frequentemente em colapso circulatório. Pacientes em estágios SCAI D e E apresentam maior mortalidade e podem se beneficiar da transferência precoce para centros especializados, capazes de oferecer modalidades avançadas de suporte circulatório.59

6.6. Aplicabilidade do Cateter de Artéria Pulmonar na Insuficiência Cardíaca Avançada (Tabela 6.6)

Tabela 6.6. Recomendações de uso de cateter de artéria pulmonar em pacientes com insuficiência cardíaca avançada.

Recomendações Classe NE Comentário Tabela
2018
Ref.
Em pacientes com IC avançada, candidatos a transplante cardíaco ou suporte circulatório mecânico. I B Recomendação de 2018 mantida. Item 2.2.6. (página 495) Vide
2018
Para auxiliar no tratamento e suporte hemodinâmico de pacientes com IC refratária ao tratamento padrão ou em pacientes com choque cardiogênico. IIa B MODIFICADO: Novas evidências respaldam a mudança de classe de recomendação. Item 2.2.6. (página 495) 6061
O uso do cateter de artéria pulmonar (CAP) na monitorização hemodinâmica de pacientes hospitalizados com IC refratária permanece controverso.62,63 Em 2005, o estudo ESCAPE (Evaluation Study of Congestive Heart Failure and Pulmonary Artery Catheterization Effectiveness) não mostrou benefício do uso rotineiro do CAP no manejo de pacientes com IC descompensada sem CC.64 Entretanto, avanços recentes no campo dos dispositivos de assistência circulatória mecânica (DACM) têm favorecido a criação de algoritmos para o manejo do CC guiado por parâmetros do CAP. O reconhecimento precoce, a identificação do subtipo de choque e a compreensão do impacto esperado de cada tipo de dispositivo sobre parâmetros hemodinâmicos como débito cardíaco, pressão capilar pulmonar (PCP), pressão venosa central (PVC) e pressão arterial média (PAM) permite a escolha do DACM mais adequado para cada estágio do CC (Figura 6.1). Além disso, as informações obtidas através do CAP auxiliam na caracterização fenotípica do CC em choque predominantemente esquerdo (CPO < 0,6 W, PAPi > 1, PVC < 15 mmHg e PCP > 15 mmHg), direito (CPO < 0,6 W, PAPi <1, PVC >15mmHg e PCP <15 mmHg) ou biventricular (CPO <0,6 W, PAPi <1, PVC >15 mmHg e PCP >15 mmHg).60,6568 Recentemente, em um dos primeiros estudos do Cardiogenic Shock Working Group (CSWG), Garan et al.61 avaliaram a associação entre o manejo do CC guiado por parâmetros do CAP e a mortalidade hospitalar em 1.414 pacientes com CC, a maioria com indicação de DACM e em estágio D da classificação SCAI. O manejo do CC guiado por parâmetros do CAP obtidos antes do implante de DACM foi associado a redução significativa de mortalidade, principalmente nos estágios mais avançados de CC (estágios D ou E da classificação SCAI).61 É importante enfatizar que o CAP é uma ferramenta diagnóstica, não terapêutica, e sua efetividade dependerá de decisões clínicas tomadas pelo time de profissionais envolvidos com o manejo do CC.

CAP: cateter de artéria pulmonar; CC: choque cardiogênico; CPO: poder cardíaco, do inglês cardiac power output; DACM: dispositivos de assistência circulatória mecânica; IC: insuficiência cardíaca; PAM: pressão arterial média; PAP: índice de pulsatilidade da artéria pulmonar; PCP: pressão de capilar pulmonar; PVC: pressão venosa central.

6.7. Inovações com Relação aos Dispositivos de Assistência Circulatória de Curta Duração na Insuficiência Cardíaca Avançada (Tabela 6.7)

Tabela 6.7. Recomendações para descompressão do ventrículo esquerdo em pacientes com oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO).

Recomendações Classe NE Comentário Tabela
2018
Ref.
Considerar estratégias para descompressão do ventrículo esquerdo em pacientes com suporte de assistência circulatória mecânica por ECMO venoarterial periférica e evidência de distensão ventricular associada à hipocontratilidade acentuada e à congestão pulmonar. IIa C NOVA: A recomendação atual reflete dados de estudos observacionais e metanálises. Nova 6973
O uso de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) venoarterial periférica é caracterizado pelo aumento na pós-carga do VE causado pelo fluxo sanguíneo da cânula de retorno arterial, que pode agravar a hipocontratilidade cardíaca gerando distensão ventricular e congestão pulmonar. Em muitos casos, a redução no fluxo da ECMO combinada à terapia inotrópica pode ser suficiente para descomprimir o VE.74 No entanto, em casos refratários, outros métodos de descompressão podem ser usados, incluindo septostomia atrial; implante cirúrgico de cateter transapical; descompressão percutânea da artéria pulmonar pela veia jugular; e dispositivo de assistência circulatório mecânica (DACM) como balão intra-aórtico (BIA), Impella®, ou CentriMag®. Em estudos observacionais, a descompressão do VE se associou à redução de mortalidade, à maior recuperação miocárdica e ao menor tempo de desmame da ECMO em pacientes com CC tratados com ECMO venoarterial periférica.6972 Cada técnica de descompressão apresenta riscos inerentes que devem ser considerados individualmente de acordo com a etiologia da doença de base, as limitações do sítio de acesso, a presença de coagulopatias, a disponibilidade dos DACMs e a experiência de cada centro.75 Apesar das limitações conhecidas, o BIA permanece o dispositivo mais utilizado, com uma metanálise recente sugerindo menor risco de complicações como acidente vascular cerebral, isquemia periférica e hemólise, da descompressão por BIA em comparação com outros métodos, às custas do aumento de sangramento.73 No entanto, nenhum ensaio clínico randomizado foi realizado até o momento para estabelecer o método ideal de descompressão do VE, e estudos prospectivos são necessários. Também não há consenso se a descompressão do VE deva ser realizada preventivamente ou como medida de resgate. Algumas indicações reconhecidas para descompressão do VE são: pressão capilar pulmonar (PCP) elevada, VE distendido e hipocontrátil ou com evidência ecocardiográfica de estase sanguínea, diminuição da abertura valva aórtica durante o ciclo cardíaco, hipoxemia, edema pulmonar progressivo e arritmia ventricular refratária.

CC: choque cardiogênico; DACM: dispositivo de assistência circulatório mecânica; ECMO: oxigenação por membrana extracorpórea; PCP: pressão capilar pulmonar; VE: ventrículo esquerdo.

6.8. Inovações com Relação aos Cuidados Paliativos na Insuficiência Cardíaca Avançada (Tabela 6.8)

Tabela 6.8. Uso de inotrópicos intravenosos em regime ambulatorial para pacientes com insuficiência cardíaca avançada, não elegíveis para transplante cardíaco ou dispositivos de assistência circulatória mecânica.

Recomendações Classe NE Comentário Tabela
2018
Ref.
Terapia inotrópica ambulatorial intravenosa contínua como tratamento paliativo para o controle de sintomas em pacientes com IC avançada, que não são elegíveis para dispositivos de assistência circulatória mecânica ou transplante cardíaco. IIb C NOVA: A recomendação atual reflete dados de estudos com limitações de desenho e execução. Nova 7678
Uso intermitente de inotrópico ou inodilatador para melhora dos sintomas em pacientes com IC avançada ou para paliação em pacientes sem outras opções de terapias avançadas. IIb B NOVA: Novas evidências de ECR e metanálise de moderada qualidade respaldam a recomendação. Nova 79
A qualidade da evidência avaliando riscos e benefícios da terapia paliativa com inotrópico intravenoso em regime ambulatorial para pacientes com IC avançada é limitada e composta principalmente por estudos observacionais e sem um grupo controle. Metanálises de pequenos estudos randomizados controlados e estudos observacionais heterogêneos sugerem um potencial benefício clínico da terapia inotrópica ambulatorial contínua ou intermitente em pacientes com IC avançada, que não são elegíveis para DACM ou transplante cardíaco.7678 Dentre os benefícios, destacam-se o alívio sintomático e a redução nas taxas de readmissão hospitalar. Entretanto, a necessidade de um cateter central para infusão contínua de inotrópicos está associada a maiores cuidados especiais e ao risco de infecções. O ensaio piloto LION-HEART (Efficacy and safety of intermittent intravenous outpatient administration of levosimendan in patients with advanced heart failure) randomizou 69 pacientes com IC avançada para receber placebo ou levosimendana intermitente, na dose de 0,2 ¼g/kg/min por 6 horas, a cada 2 semanas e em 12 semanas demonstrou benefício do inotrópico com relação à redução de concentrações plasmáticas de NT-proBNP, escores de qualidade de vida e readmissões hospitalares, sem diferença nas taxas de eventos adversos entre os grupos.79 Até o momento, não há estudos de custo-efetividade avaliando o impacto da infusão ambulatorial de inotrópicos como terapia paliativa para pacientes com IC avançada.

ECR: estudo controlado randomizado; IC: insuficiência cardíaca; NT: ProBNP-fração N-terminal do peptídeo natriurético do tipo B.

7. Tratamento da Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr)

7.1. Estratégias Farmacológicas Previamente Consolidadas para Tratamento da Insuficiência Cardíaca com fração de Ejeção Reduzida (ICFEr) (Tabela 7.1)

Tabela 7.1. Recomendações para tratamento farmacológico da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr) previamente consolidadas em 2018.

Recomendações Classe NE Comentário Tabela
2018
Ref.
Bisoprolol, carvedilol e succinato de metoprolol para disfunção de VE sintomática para reduzir morbidade e mortalidade. I A Recomendação de 2018 mantida. Item 7.2 (página 457) Vide
2018
iECA para disfunção de VE sintomática para reduzir morbidade e mortalidade. I A Recomendação de 2018 mantida. Item 7.1 (página 456) Vide
2018
BRA para disfunção de VE sintomática (nos intolerantes a iECA por tosse/angioedema) para reduzir morbidade e mortalidade. I A Recomendação de 2018 mantida. Item 7.1 (página 456) Vide
2018
Antagonista dos receptores mineralocorticoides para disfunção de VE sintomática, associada ao tratamento padrão com iECA/BRA/INRA e BB, para reduzir morbidade e mortalidade. I A MODIFICADO: O uso de antagonista dos receptores mineralocorticoides justifica-se em pacientes em uso iECA/BRA ou INRA. Item 7.3 (página 457) 8084
Sacubitril-valsartana, em substituição ao iECA (ou BRA), para disfunção de VE sintomática, já em uso de terapêutica otimizada e com terapia tripla para reduzir morbidade e mortalidade. I B Recomendação de 2018 mantida. Item 7.4 (página 458) Vide
2018
Associação de hidralazina e nitrato para disfunção sistólica sintomática em classe funcional II-IV (NYHA) com contraindicação à iECA/BRA (insuficiência renal e/ou hipercalemia) independentemente de raça ou para pacientes negros autodeclarados com disfunção sistólica sintomática em NYHA III-IV, apesar de terapêutica otimizada. I B Recomendação de 2018 mantida. Item 7.7
(página 459)
Vide
2018
Ivabradina para disfunção de VE sintomática, em paciente com terapêutica otimizada, em ritmo sinusal e com FC maior que 70 bpm para redução de hospitalização, morte cardiovascular e morte por IC. IIA B Recomendação de 2018 mantida. Item 7.5 (página 458) Vide
2018
Digoxina para disfunção de VE sintomática, apesar de terapêutica otimizada com terapia tripla, para reduzir sintomas e hospitalizações. IIA B Recomendação de 2018 mantida. Item 7.6 (página 458) Vide
2018
Diurético de alça para controle de congestão. I C Recomendação de 2018 mantida. Item 7.7 (página 459) Vide
2018
Diurético tiazídico, associado ao diurético de alça para congestão persistente. I C Recomendação de 2018 mantida. Item 7.7 (página 459) Vide
2018
Nas últimas décadas, os avanços no tratamento farmacológico e no uso de dispositivos implantáveis trouxeram mudanças no prognóstico de pacientes com ICFEr.8091 No entanto, ainda existe risco residual e alta morbimortalidade mesmo após tratamento clínico otimizado já ter sido instituido. Tratamento clínico otimizado adicional. Nesta nova era, medicações que agem em diferentes mecanismos fisiopatológicos da IC surgem para complementar a ação exercida sobre o sistema neuro-humoral. É importante ressaltar que os benefícios observados com as novas medicações ocorreram em adição à terapia padrão otimizada, o que reforça a necessidade de manutenção da terapia tripla, que inclui betabloqueadores, bloqueadores do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e antagonistas mineralocorticoides. Uma vez instituída a terapia tripla e adicionadas as novas terapias que demonstraram benefício em redução de mortalidade cardiovascular, morte geral e hospitalização por IC, podemos também associar medicações que tiveram impacto em morbidade. A escolha destas terapias adicionais deve levar em consideração o perfil de cada paciente.

iECA: inibidores da enzima de conversão de angiotensina II; BRA: bloqueadores dos receptores de angiotensina II; INRA: inibidores da neprilisina e antagonista do receptor de angiotensina II; VE: ventrículo esquerdo; FC: frequência cardíaca; ICFEr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida; IC: insuficiência cardíaca; SRAA: sistema renina-angiotensina-aldosterona.

7.2. Sacubitril-Valsartana (Tabela 7.2)

Tabela 7.2. Recomendações para o uso de sacubitril-valsartana em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr).

Recomendações Classe NE Comentário Tabela
2018
Ref.
Sacubitril-valsartana, em substituição ao iECA/BRA para disfunção de VE sintomática, já em uso de terapêutica otimizada com terapia tripla para reduzir morbidade e mortalidade. I B Recomendação de 2018 mantida. Item 7.4
(página 458)
Vide 2018
Sacubitril-valsartana, como início de tratamento na IC crônica sintomática, pode ser considerado no lugar de iECA ou BRA. IIa C NOVA: Análise de subgrupos de estudos randomizado e não randomizado mostram a segurança de uso em pacientes virgens de uso de iECA/BRA. Nova 84,92,93
Sacubitril-valsartana, em lugar de iECA/BRA, pode ser considerado em pacientes hospitalizados com IC descompensada. IIa B NOVA: Estudo randomizado usando desfecho substituto (redução de biomarcadores) respalda esta nova recomendação. Nova 84,92,94
O estudo PARADIGM-HF (Prospective Comparison of ARNi with ACE-I to Determine Impact on Global Mortality and Morbidity in Heart Failure) investigou, em pacientes com ICFEr, os efeitos sobre morbidade e mortalidade da atenuação da ação deletéria da Angiotensina II associada à potencialização do efeito protetor dos peptídeos natriuréticos endógenos pela inibição da neprilisina (enzima que degrada o BNP), utilizando uma nova classe de fármacos, os inibidores da neprilisina e dos receptores da Angiotensina II (INRAs), cuja molécula atualmente disponível é o sacubitril-valsartana, em comparação com enalapril.83 Foram investigados 8.442 pacientes com ICFEr sintomática ambulatorial com terapia clínica otimizada e que persistiam com FEVE ≤ 40%, níveis elevados de peptídeos natriuréticos plasmáticos e clearance de creatinina estimado ≥ 30 mL/min/1,73 m2. Nesta população, sacubitril-valsartana foi superior ao enalapril, associado à redução de 21% das internações por piora da IC, de 20% na mortalidade cardiovascular, de 20% na morte súbita e 16% na mortalidade geral. Com base nos resultados do PARADIGM-HF, recomenda-se a troca deiIECA/BRA para o sacubitril-valsartana nos pacientes com ICFEr que persistem sintomáticos, mesmo após o emprego de doses otimizadas dos bloqueadores neuro-hormonais. Mais recentemente, o estudo PIONEER-HF (Angiotensin–Neprilysin Inhibition in Acute Decompensated Heart Failure) comparou sacubitril-valsartana (n = 440) com enalapril (n = 441) em pacientes internados por IC descompensada, tendo como desfecho primário o tempo médio de mudança proporcional na concentração de NT-proBNP desde o início até a 4ᵃ e a 8ᵃ semanas.84 Os resultados mostraram uma redução significativa de NT-proBNP em maior grau com sacubitril-valsartana do que com enalapril, sendo esta redução observada já na primeira semana de tratamento e independentemente da história prévia de IC ou do uso prévio de iECA ou BRA.94 Os efeitos colaterais, hipercalemia, disfunção renal e hipotensão foram semelhantes em ambos os grupos. Em uma análise aberta, após o término das 8 semanas (Pioneer-HF extended) em que todos os pacientes receberam o sacubitril-valsartana por adicionais 4 semanas, observou-se uma queda adicional significante do NT-proBNP no grupo enalapril que passou a usar sacubitril-valsartana.92 Outro estudo prospectivo, observacional, o estudo TRANSITION (Initiation of sacubitril/valsartan in haemodynamically stabilised heart failure patients in hospital or early after discharge),93 iniciou sacubitril-valsartana em 1.002 pacientes durante a hospitalização por IC descompensada ou logo após a alta hospitalar e mostrou ser seguro e com boa tolerância, com metade dos pacientes atingindo a dose-alvo em 10 semanas, com poucos eventos adversos.93 A partir dos resultados desses estudos, que sugerem ser seguro o uso de sacubitril-valsartana em pacientes internados por IC aguda descompensada após estabilização clínica, e a partir da extrapolação dos benefícios demonstrados no estudo PARADIGM-HF, o sacubitril- valsartana pode ser considerado, em lugar de iECA/BRA, para tratamento de pacientes hospitalizados com IC descompensada. Os resultados desses estudos recentes também indicam a segurança e tolerabilidade do início de tratamento com sacubitril-valsartana, ao invés de iECAs/BRAs, em pacientes com ICFEr nova, que compuseram 34% da casuística do estudo Pioneer-HF e 29% dos pacientes no estudo TRANSITION.84,92,93 Em conjunto, estes dados sugerem que o início de sabubitril/valsartana para pacientes sem tratamento prévio com iECA/BRA e durante episódios de descompensação de IC seja aceitável e seguro. Dados a respeito deste tipo de intervenção em longo prazo e com desfechos, como mortalidade, ainda não estão disponíveis.

iECA: inibidores da enzima de conversão de angiotensina II; BRA: bloqueadores dos receptores de angiotensina II; INRA: inibidores da neprilisina e antagonista do receptor de angiotensina II; IC: insuficiência cardíaca; FEVE: fração de ejeção ventricular esquerda; VE: ventrículo esquerdo; FC: frequência cardíaca; ICFEr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida; SRAA: sistema renina-angiotensina-aldosterona.

7.3. Inibidores de SGLT2 (Tabela 7.3)

Tabela 7.3. Recomendações para o uso de Inibidores de SGLT2 no tratamento de pacientes com Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr).

Recomendações Classe NE Comentário Tabela
2018
Ref.
Inibidores de SGLT2 (dapagliflozina ou empagliflozina) em pacientes com ICFEr sintomáticos diabéticos ou não já com dose máxima otimizada tolerada de betabloqueador, antagonista da aldosterona, iECA/BRA ou INRA para reduzir desfechos cardiovasculares e progressão da disfunção renal. I A NOVA: Os iSGLT2 são úteis para redução de morte cardiovascular, e hospitalização por insuficiência cardíaca. Nova 9598
No DAPA-HF (Dapagliflozin and Prevention of Adverse Outcomes in Heart Failure), 4.744 pacientes com ICFEr foram randomizados para receber dapagliflozina ou placebo além da terapia-padrão, sendo 41,8% com DM2.95 O desfecho primário de morte cardiovascular ou agravamento da IC foi significativamente menor no grupo dapagliflozina (26% de redução). Quando analisados separadamente, houve redução significativa tanto na morte cardiovascular (18% de redução) quanto na piora da IC (30% de redução), independentemente de DM2. Tais resultados revelam uma nova terapia para IC, já aprovada para essa finalidade. O EMPEROR-Reduced (Empagliflozin Outcome Trial in Patients with Chronic Heart Failure and a Reduced Ejection Fraction) avaliou a empagliflozina versus placebo, além da terapia padrão, em 3.730 pacientes com ICFEr, sendo 50,2% com DM2.96 Os pacientes apresentavam IC mais grave do que aqueles no Dapa-HF, com média de FEVE de 27% contra 31%, sendo que mais de 70% dos pacientes tinham FEVE menor que 30%, além de maior nível mediano de NT-proBNP (1.907 versus 1.437 pg/mL). Houve redução de 25% no desfecho primário de morte cardiovascular ou hospitalização por insuficiência cardíaca (HIC) em favor da empagliflozina. Quando analisados separadamente, não houve redução de morte cardiovascular, resultado diferente daquele observado no Dapa-HF. Novamente, o benefício foi visto independentemente da presença de DM2. Esses dados confirmam os resultados do DAPA-HF e reforçam a justificativa para o uso de inibidores do cotransportador de sódio e glicose 2 (iSGLT2) em pacientes com ICFEr para redução dos sintomas, melhora da qualidade de vida, redução do risco de hospitalização e morte cardiovascular.
A metanálise utilizando os resultados do DAPA-HF e do EMPEROR-Reduced, envolvendo 8.474 pacientes, mostrou redução de 13% na morte por todas as causas (HR combinado 0,87, IC de 95% 0,77-0,98; p = 0,018) e redução de 14% nas mortes por doenças cardiovasculares (0,86, IC de 95% 0,76 - 0,98; p = 0,027).(94) O uso dos iSGLT2 foi acompanhado por uma redução relativa de 26% no risco combinado de morte cardiovascular ou primeira hospitalização por IC (0,74,0,68–0, 82; p < 0,0001), e por uma redução de 25% no composto de hospitalizações recorrentes por IC ou morte cardiovascular (0,75, 0,68–0,84; p < 0,0001).O risco do desfecho renal composto também foi reduzido (0,62, 0,43–0,90; p = 0,013). A subanálise do DAPA-HF avaliou a eficácia e segurança da dapagliflozina em pacientes com ICFEr, de acordo com a taxa de filtração glomerular (TFG) basal, bem como os efeitos da dapagliflozina na TFG após a randomização. O efeito da dapagliflozina nos desfechos primários (morte CV ou piora da IC) e secundários não foi alterado pela TFG (<60 e ≥ 60 mL/min/1,73m2). Desfecho composto renal pré-especificado (redução sustentada >50% da TFG, doença renal terminal ou morte renal) também foi analisado, juntamente com a piora da TFG ao longo do estudo. Embora dapagliflozina não tenha reduzido o desfecho renal composto (RR = 0,71, IC 95% 0,44-1,16, p = 0,17), a taxa de piora da TFG foi menor com a dapagliflozina (-1,09) versus placebo (-2,87), p < 0,001, em pacientes com ou sem DM2 (p de interação = 0,92).95 No estudo EMPEROR-Reduced, a taxa anual de redução da TFG foi menor com a empagliflozina do que com o placebo (-0,55 versus −2,28 mL/min/1,73 m2 por ano, p < 0,001) e os pacientes tratados com empagliflozina tiveram menor risco de desfechos renais sérios, independentemente da presença ou ausência de DM2.96 Os dados da subanálise do DAPA-HF e do EMPEROR-Reduced sugerem que o uso dos inibidores de SGLT2 é seguro em pacientes com ICFEr e pacientes com alteração da TFG, independentemente da presença de DM2.

BRA: bloqueadores dos receptores de angiotensina II; DM2: diabetes tipo 2; FEVE: fração de ejeção ventricular esquerda; IC: insuficiência cardíaca; ICFEr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida; iECA: inibidores da enzima de conversão de angiotensina II; INRA: inibidores da neprilisina e antagonista do receptor de angiotensina II; iSGLT2: inibidores do cotransportador de sódio e glicose 2; TFG: taxa de filtração glomerular.

7.4. Tratamento de Comorbidades na Insuficiência Cardíaca com fração de Ejeção Reduzida

7.4.1. Diabetes Tipo 2 (Tabela 7.4)

Tabela 7.4. Recomendações para o uso de inibidores de SGLT2 na prevenção de hospitalização por insuficiência cardíaca em pacientes diabéticos tipo 2.
Recomendações Classe NE Comentário Tabela
2018
Ref.
Inibidores de SGLT2 (canagliflozina, dapagliflozina ou empagliflozina) para prevenção de hospitalização por IC em pacientes com diabetes tipo 2 e que apresentam fatores de risco cardiovasculares para aterosclerose ou doença cardiovascular aterosclerótica estabelecida. I A NOVA: Os ISGLT2 são úteis para reduzir a hospitalização por insuficiência cardíaca em pacientes DM2. Item 5.2
(página 451)
99101
Inibidores de SGLT2 (dapagliflozina ou empagliflozina) como medicação antidiabética inicial associada ou não a metformina em pacientes com ICFEr. I A NOVA: Os iSGLT2 são úteis para tratamento do diabetes e na redução de evento cardiovascular e renal. Nova 102
Os benefícios dos iSGLT2 em pacientes diabéticos tipo 2 (DM2) foram descritos pela primeira vez no estudo EMPA-REG OUTCOME (Empagliflozin, Cardiovascular Outcomes, and Mortality in Type 2 Diabetes), publicado em 2015, que avaliou a empagliflozina em pacientes com DM2, doença cardiovascular estabelecida e recebendo tratamento usual.99 Entre os que receberam o fármaco, houve redução significativa dos principais eventos cardiovasculares adversos (MACE = morte CV, IM não fatal ou AVC não fatal) (HR: 0,86 (IC] 95%: 0,74-0,99), e uma surpreendente redução na hospitalização por insuficiência cardíaca (HIC) (HR: 0,65 (IC 95%: 0,50-0,85). O CANVAS (Canagliflozin and Cardiovascular and Renal Events in Type 2 Diabetes), publicado em 2017, avaliou a canagliflozina em pacientes com DM2 com alto risco para eventos cardiovasculares e recebendo tratamento usual. Houve redução no desfecho primário combinado (MACE = morte CV, IM não fatal ou AVC não fatal) e redução de HIC de 33 % (HR = 0,67, IC 95%: 0,52-0,87) bem como dos eventos renais combinados.100 O estudo DECLARE–TIMI 58 (Dapagliflozin and Cardiovascular Outcomes in Type 2 Diabetes) avaliou a dapagliflozina em pacientes com DM2 e doença aterosclerótica estabelecida ou múltiplos fatores de risco para doença aterosclerótica e recebendo tratamento usual. Não houve redução no desfecho primário combinado (MACE = morte CV, infarto do miocárdio ou AVC). Observou-se a redução no desfecho combinado de mortalidade cardiovascular e HIC de 17%, e de 27% (HR: 0,73 (IC 95%: 0,61-0,88) para HIC.101 Recentemente, o estudo VERTIS VC (Cardiovascular Outcomes with Ertugliflozin in Type 2 Diabetes) avaliou a ertugliflozina (ainda não comercializada no Brasil) em pacientes com DM2, doença cardiovascular estabelecida e recebendo tratamento usual. Não houve redução no desfecho primário combinado (MACE = morte CV, infarto do miocárdio ou AVC). Foi observado, no entanto, redução de 30% na HIC.100 Tomados em conjunto, os dados disponíveis demonstram a eficácia dos iSGLT2 na redução da incidência de hospitalização por IC em grupos de pacientes com DM2.102

AVC: acidente vascular cerebral; DM2: diabetes tipo 2; HIC: hospitalização por insuficiência cardíaca; IM: infarto do miocárdio; iSGLT2: inibidores do cotransportador de sódio e glicose 2.

7.4.2. Disfunção Renal (Tabela 7.5)

Tabela 7.5. Recomendações para o uso de inibidores de SGLT2 na prevenção de piora da função renal em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr).
Recomendação Classe NE Comentários Tabela 2018 Ref.
Inibidores de SGLT2 (dapagliflozin ou empagliflozin) em pacientes com ICFEr para a prevenção da redução da função renal em pacientes com e sem diabetes, com TGF ≥ 20 mL/min/1,73 m2. IIa A NOVA: Os iSGLT2 são úteis para reduzir a piora progressiva da função renal na ICFEr. Nova 95, 96, 98, 104
No estudo EMPEROR-Reduced a taxa anual de redução da TFG foi menor com a empagliflozina do que com o placebo (-0,55 versus −2,28 mL/min/1,73 m2 por ano, p < 0,001) e os pacientes tratados com empagliflozina tiveram menor risco de desfechos renais sérios, independentemente da presença ou ausência de DM2.96 Subanálise do DAPA-HF avaliou a eficácia e segurança da dapagliflozina em pacientes com ICFEr, de acordo com a taxa de filtração glomerular (TFG) basal, bem como os efeitos da dapagliflozina na TFG após a randomização.98 No estudo DAPA-HF, a dapagliflozina não reduziu o desfecho renal composto (RR = 0,71, IC 95% 0,44-1,16, p = 0,17).95 Entretanto, em uma subanálise, a taxa de piora da TFG foi menor com a dapagliflozina (-1,09) versus placebo (-2,87), p < 0,001, em pacientes com ou sem DM2. O estudo DAPA-CKD (Dapagliflozin in Patients with Chronic Kidney Disease) randomizou 4.304 pacientes com doença renal crônica, com TFG de 25-75 mL/min/73 m2 e relação albumina-creatinina urinária de 200-5.000. A dapagliflozina reduziu o desfecho primário (composto por redução sustentada da TFG em pelo menos 50%, doença renal terminal ou morte por causas renais ou CV) (9,2% com dapagliflozina x 14,5% com placebo; [RR = 0,61, IC = 9%, 0,51-0,72; p < 0,001]. Morte ocorreu em 101 (4,5%) do grupo dapagliflozina x 146 (6,8%) grupo placebo (RR = 0,69, IC = 95% 0,53-0,88, p = 0,004). A dapagliflozina reduziu a morte cardiovascular ou a hospitalização por insuficiência cardíaca (0,67, 0,40-1,13 versus 0,70, 0,52-0,94, respectivamente, p de interação = 0,88). Os resultados foram consistentes, em pacientes com ou sem DM2.104 Os dados do EMPEROR-Reduced, DAPA-CKD e da subanálise do DAPA-HF sugerem que o uso dos inibidores de SGLT2 é seguro com ICFEr e com alteração da TFG, independentemente da presença de DM2. Também demonstram que os ISGLT2 podem reduzir a piora da função renal em pacientes com ICFEr.

DM2: diabetes tipo 2; ICFEr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida; iSGLT2: inibidores do cotransportador de sódio e glicose 2; TFG: taxa de filtração glomerular.

7.4.3. Deficiência de Ferro (Tabela 7.6)

Tabela 7.6. Recomendações para uso de ferro intravenoso em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr).
Recomendação Classe NE Comentários Tabela
2018
Ref.
Reposição intravenosa de carboximaltose férrica em pacientes com ICFEr e deficiência de ferro (nível ferritina sérica menor que 100 ng/mL ou entre 100-299 ng/mL com saturação de transferrina menor que 20%), mesmo na ausência de anemia para aumentar capacidade para o exercício, qualidade de vida e reduzir a hospitalização. IIa A Recomendação de 2018 mantida. Item 11.11 (página 470) Vide 2018
Reposição intravenosa de carboximaltose férrica em pacientes com ICFEr, admitidos por IC descompensada com deficiência de ferro (ferritina sérica menor que 100 ng/mL ou entre 100-299 ng/mL, associada à saturação de transferrina menor que 20%) após a estabilização clínica para reduzir readmissão hospitalar. IIa B NOVA: Estudo randomizado multicêntrico respalda esta recomendação Nova 105
Em pacientes com IC crônica e deficiência de ferro, o uso de carboximaltose férrica intravenosa demonstrou melhora dos sintomas, da qualidade de vida e redução de hospitalizações em estudos randomizados e metanálises prévias.106108 Recentemente, o estudo AFFIRM-AHF (Ferric carboxymaltose for iron deficiency at discharge after acute heart failure), randomizado, placebo-controlado e multicêntrico avaliou o efeito da carboximaltose férrica intravenosa em 1.132 com ICFEr e deficiência de ferro (estáveis após episódio de descompensação da IC e com deficiência de ferro - ferritina < 100 ng/mL ou ferritina sérica entre 109-299 ng/mL associada a saturação de transferrina < 20%) e revelou ser seguro, reduzir hospitalização por IC (217 x 294 hospitalizações; RR = 0,74; 95% CI 0,58-0,94, p = 0,013), embora sem impacto direto em redução de morte cardiovascular.105,109

IC: insuficiência cardíaca; ICFEr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida.

7.5. Algoritmo de Tratamento da Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Reduzida (Figura 7.1)

Figura 7.1. Algoritmo de tratamento da insuficiência cardíaca de fração de ejeção reduzida.

Figura 7.1

BRA: bloqueadores dos receptores da angiotensina II; BRE: bloqueio de ramo esquerdo; CDI: cardiodesfibrilador implantável; FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; H-N: combinação de hidralazina e nitrato; IC: insuficiência cardíaca; iECA: inibidores da enzima conversora da angiotensina; INRA: inibidor da neprilisina e do receptor de angiotensina; iSGLT2: inibidores do cotransportador de sódio e glicose 2; NYHA: New York Heart Association; TRC: terapia de ressincronização cardíaca.

8. Inovações em Outros Temas Relacionados à Insuficiência Cardíaca

8.1. Biomarcadores na Insuficiência Cardíaca com fração de Ejeção Reduzida (Tabela 8.1)

Tabela 8.1. Recomendações do uso de biomarcadores em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr).

Recomendações Classe NE Comentário Tabela
2018
Ref.
Dosagem do BNP ou NT-proBNP quando há dúvida no diagnóstico da IC e como exame de triagem diagnóstica na atenção primária. I A Recomendação de 2018 mantida. Item 4.3
(página 451)
Vide 2018
Dosagem de BNP ou NT-proBNP para estratificação prognóstica em pacientes com IC. I A Recomendação de 2018 mantida. Item 4.3
(página 451)
Vide 2018
Medidas de BNP ou NT-proBNP como complemento ao exame físico para avaliar a resposta ao tratamento em pacientes com IC, em caso de dúvida quanto ao status clínico. IIa B MODIFICADO: Dois estudos recentes, um randomizado e um observacional respaldam essa indicação. Item 4.3
(página 451)
84, 110
Medidas seriadas de BNP ou NT-proBNP para guiar tratamento, com alvo do biomarcador a ser atingido. IIb B MODIFICADO: Metanálise recente, que inclui dados do estudo GUIDE-IT, respaldam a indicação. Item 4.3
(página 451)
111, 112
Peptídeos natriuréticos podem ser usados para avaliar a resposta a um determinado tratamento. No que diz respeito a esta estratégia, o tratamento é guiado clinicamente e o biomarcador é dosado antes e depois, sem um alvo específico. Novos estudos surgiram, confirmando o que já havia sido mostrado em subanálise do estudo PARADIGM-HF, no qual pacientes que reduziram NT-proBNP abaixo de 1.000 pg/mL, após a introdução de enalapril ou sacubitril-valsartana, apresentaram menos eventos de morte ou hospitalização por IC.113 No estudo PIONEER-HF, em pacientes hospitalizados por IC, acompanhados após a alta hospitalar, após 4 semanas se observou uma maior queda de NT-proBNP com sacubitril-valsartana do que com enalapril (46,7% versus 25,3%), e observou-se um menor número de eventos com sacubitril-valsartana.84 No estudo PROVE-HF (Association of Change in N-Terminal Pro–B-Type Natriuretic Peptide Following Initiation of Sacubitril-Valsartan Treatment With Cardiac Structure and Function in Patients With Heart Failure With Reduced Ejection Fraction), em que pacientes com IC crônica utilizaram sacubitril-valsartana, houve queda significativa de NT-proBNP aos 14 dias de uso da medicação. A queda de NT-proBNP se associou a remodelagem reversa nos 12 meses de seguimento e mostrou menor taxa de eventos.110 A utilização de peptídeos para guiar o tratamento (com alvo de peptídeo natriurético a ser atingido), diferentemente da situação anterior, é controversa. Apesar dessa estratégia não ter sido superior em comparação ao manuseio convencional no estudo GUIDE-IT (Effect of Natriuretic Peptide–Guided Therapy on Hospitalization or Cardiovascular Mortality in High-Risk Patients With Heart Failure and Reduced Ejection Fraction), existem outros levantamentos prévios que a demonstram.112 O estudo PROTECT114 mostrou redução nos eventos cardiovasculares ao se guiar por biomarcadores. Os estudos TIME-CHF (BNP-guided vs symptom-guided heart failure therapy)115 e Battlescarred116 mostraram redução de mortalidade com essa estratégia em pacientes abaixo de 75 anos de idade. Além disso, uma metanálise recente, feita com 4.554 pacientes e incorporando os pacientes do estudo GUIDE-IT, mostrou redução de hospitalizações e mortalidade por todas as causas com o tratamento guiado pelos peptídeos natriuréticos.111

IC: insuficiência cardíaca; NT: proBNP-fração N-terminal do peptídeo natriurético atrial do tipo B.

8.2. Imunizações na Insuficiência Cardíaca (Tabela 8.2)

Tabela 8.2. Recomendações sobre imunização em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr).

Recomendações Classe NE Comentário Tabela
2018
Ref.
Vacina contra influenza, para prevenção de fatores agravantes na IC e para redução de mortalidade na IC. I B MODIFICADA: Novos estudos retrospectivos mostram benefício em mortalidade. Item 6.7
(página 454)
117120
Vacina contra pneumococos para prevenção de fatores agravantes na IC. I C Recomendação de 2018 mantida. Item 6.7
(página 454)
Vide 2018
Mais recentemente, não existiam dados sobre o impacto da influenza sobre os desfechos em pacientes com IC. No entanto, estudos populacionais recentes demonstraram a relação entre sazonalidade e maior número de hospitalizações por IC, evidenciado em quatro periodos consecutivos.117 Em uma subanálise do estudo PARADIGM-HF, 21% dos participantes receberam vacinação contra influenza, o que acarretou numa redução de morte total de 19% após o ajuste de propensão.118 Um estudo de corte dinamarquês feito com 134.048 pacientes com IC, que receberam > 1 vacinação entre 2005 e 2013, resultou em redução de 18% na mortalidade por todas as causas; e mais do que 3 vacinações associou-se a redução de 28% no risco de morte total e 29% de morte cardiovascular.119 Um estudo com banco de dados de 6.435 pacientes com IC, sendo 695 vacinados antes ou durante o inverno de 2017/2018, mostrou redução de 22% na morte total e de 17% na morte cardiovascular ou internação por IC. O benefício da vacinação sobre a morte total foi maior em pacientes com mais de 70 anos, com redução de mais de 25%.120 Não há estudos sobre o impacto da vacinação para pneumococos. Diversos estudos prospectivos estão em fase de inclusão de pacientes.

IC: insuficiência cardíaca.

8.3. Indicação de Avaliação Genética nas Cardiomiopatias e na Insuficiência Cardíaca (Tabela 8.3)

Tabela 8.3. Recomendações sobre avaliação genética em pacientes com cardiomiopatias e IC.

Recomendações Classe NE Comentário Tabela
2018
Ref.
Aconselhamento genético para pacientes e familiares com miocardiopatias hereditárias e mutação já identificada. I C NOVA: Avanços nas técnicas de avaliação molecular genética permitem o reconhecimento precoce de miocardiopatias hereditárias, favorecendo a subclassificação de síndromes clínicas e seu tratamento individualizado. Nova 121125
Rastreamento de familiares em 1º grau de pacientes com miocardiopatias hereditárias. I C Nova 121125
Sequenciamento do gene da transtirretina em pacientes com diagnóstico de amiloidose cardíaca por deposição de transtirretina. I C Nova 121125
Avaliação molecular genética direcionada para avaliação etiológica e prognóstica de pacientes com fenótipo de miocardiopatia hereditária. IIa C Nova 121125
Avaliação molecular genética de rotina para pacientes com IC. III C Nova 121125
A incorporação do sequenciamento de última geração têm aumentado a sensibilidade dos testes genéticos, possibilitando o diagnóstico precoce com perspectiva de intervenção.121 Consequentemente, a avaliação molecular passa a fazer parte da rotina de avaliação de pacientes com miocardiopatias hereditárias, tais como: miocardiopatias hipertróficas, arritmogênica dilatada e/ou restritiva e miocárdio não compactado, em função do seu potencial de fornecer aconselhamento mais individualizado e preciso aos pacientes e familiares com estas doenças.122 Um exemplo claro desta necessidade é a diferenciação entre a miocardiopatia amiloidótica por transtirretina (ATTR) do “tipo selvagem” e a familiar: nas formas familiares, é imperativo o rastreamento em cascata de membros da família. É importante ressaltar que, atualmente, terapias utilizadas na ATTR apresentam particular benefício quando iniciadas em fase precoce da doença, conforme descrito no item 2, Tabela 2.4.123 Avanços na avaliação prognóstica, envolvendo genes com alto potencial arritmogênico também já foram descritos nas miocardiopatias dilatadas e arritmogênicas.124,125 Portanto, fica clara a necessidade de buscar formas mais eficientes da utilização da genética, especialmente no aconselhamento familiar, o que traz resultados seguros e sustentáveis na gestão do cuidado destes pacientes e de suas famílias.

IC: insuficiência cardíaca.

9. Perspectivas na insuficiência cardíaca – Novas Moléculas

9.1. Estimuladores da Guanilato Ciclase (Tabela 9.1)

Tabela 9.1. Estimuladores da guanilato ciclase no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr).

Observações Comentário Tabela
2018
Ref.
Vericiguat em pacientes com FEVE menor que 45%, NYHA II – IV para reduzir morbidade, especialmente em pacientes com hospitalizações frequentes a despeito da terapia clínica otimizada. POTENCIAL: A observação aqui descrita reflete dados de estudos recentes com esta nova classe de fármacos, porém ainda não aprovada pela Anvisa para uso no Brasil. Nova 126, 127
Vericiguat age suprindo o déficit relativo de produção de GMP cíclico que ocorre em pacientes com IC126 e foi avaliado em um ensaio clínico randomizado, multicêntrico, controlado por placebo, duplo-cego em pacientes com ICFEr, o estudo VICTORIA (Vericiguat in Patients with Heart Failure and Reduced Ejection Fraction). Este estudo alocou 5.050 pacientes com ICFEr, com FEVE menor que 45%, em classe II-IV da NYHA, para receber Vericiguat 10 mg/dia, via oral, ou placebo, em adição a todo tratamento clínico. O desfecho primário foi morte cardiovascular ou primeira hospitalização por IC. Em um período de 11 meses, o desfecho primário ocorreu em 35,5% dos pacientes com vericiguat e em 38,5% dos pacientes tratados com placebo, sendo que 24 pacientes foram necessários para tratar (NNT) e salvar uma vida no período de 11 meses. O benefício do desfecho composto deveu-se prioritariamente à redução de hospitalizações, não havendo benefício estatisticamente significativo em morte cardiovascular ou mortalidade total.127 Esta medicação tem potencial de integrar o grupo de medicações com efeito sobre sintomas e re-hospitalizações em pacientes com ICFEr, sendo uma opção adicional em pacientes com hospitalizações frequentes a despeito de terapia otimizada e função renal ruim, já que o estudo considerava inclusão de pacientes com TFG maior que 15% ou com intolerância a outros fármacos. Devemos salientar que esta classe de fármacos é contraindicada em concomitância com nitratos.

FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; IC: insuficiência cardíaca; ICFEr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida; NYHA: New York Heart Association; TFG: taxa de filtração glomerular.

9.2. Ativador Seletivo da Miosina Cardíaca (Tabela 9.2)

Tabela 9.2. Omecamtiv mecarbil no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr).

Observações Comentário Tabela
2018
Ref.
Omecamtiv mecarbil em pacientes com ICFEr aguda ou crônica. POTENCIAL: A observação aqui descrita reflete dados de estudos recentes com esta nova classe de fármacos, porém ainda não aprovada pela Anvisa para uso no Brasil. Nova 128131
Omecamtiv mercabil é um ativador seletivo da miosina cardíaca e sua ação resulta na ativação e aumento da taxa de hidrólise de ATP, melhorando a contração ventricular em casos de ICFEr. Seu mecanismo de ação é diferente dos tratamentos atuais que bloqueiam a elevada estimulação neuro-hormonal. Os estudos mecanísticos, como o ATOMIC-AHF (Acute Treatment with Omecamtiv Mecarbil to Increase Contractility in Acute Heart Failure)128 e o COSMIC-HF (Chronic Oral Study of Myosin Activation to Increase Contractility in Heart Failure),129 mostraram que o fármaco melhora a contratilidade, melhorando a fração de ejeção, o volume ejetado e o débito cardíaco, além de outros parâmetros que indicam melhora da função cardíaca. Os estudos mostraram que promove redução dos níveis de NT-proBNP. Identificou-se também elevação dos níveis de troponina, sem alterações clínicas nos estudos realizados. O estudo ATOMIC-AHF, entretanto, em pacientes com IC aguda, não documentou redução da dispneia nos pacientes tratados. No ensaio clínico randomizado GALACTIC-HF, publicado recentemente, pacientes com ICFEr que receberam omecamtiv mecarbil apresentaram menor risco de desfecho composto por evento de IC (definido como hospitalização ou visitas não planejadas por piora da IC) ou morte cardiovascular do que aqueles que receberam placebo.130,131 No entanto, quando avaliados individualmente, não houve diferença nos desfechos secundários de morte por todas as causas, morte cardiovascular, primeira hospitalização por IC ou mudança no escore de qualidade de vida Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire.

IC: insuficiência cardíaca; IC: insuficiência cardíaca; ICFEr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida.

Atualização de Tópicos Emergentes da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca – 2021
O relatório abaixo lista as declarações de interesse conforme relatadas à SBC
pelos especialistas durante o período de desenvolvimento desta atualização, 2020.
Especialista Tipo de relacionamento com a indústria
Aguinaldo F. Freitas Jr. Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Insuficiência cardíaca; Servier: Insuficiência cardíaca; Bayer: Anticoagulação.
Andréia Biolo Nada a ser declarado
Antonio Carlos Pereira Barretto Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: sacubitril valsartana; Astrazeneca: dapagliflozina, succinato de metoprolol, candesartana; Servier: ivabradina.
Antônio José Lagoeiro Jorge Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Entresto.
Bruno Biselli Nada a ser declarado
Carlos Eduardo Lucena Montenegro Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Astrazeneca: palestras; Novartis: palestras; Servier: palestras; Merck: palestras.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Pfizer: Viagem para Congresso; AstraZeneca: Viagem para Simpósio; Novartis: Viagem para Simpósio.
Denilson Campos de Albuquerque Declaração financeira
B - Financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- FAPERJ: Pesquisa Clínica; Boehringer: Participante de Pesquisa Clínica Multicêntrica Internacional.
Dirceu Rodrigues de Almeida Nada a ser declarado
Edimar Alcides Bocchi Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- AstraZeneca: ISGLT2; Bayer: ISGLT2, Vericiguat; Boehringer: ISGLT2.
Edval Gomes dos Santos Júnior Nada a ser declarado
Estêvão Lanna Figueiredo Declaração financeira
B - Financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- AstraZeneca: Dapagliflozina; Boehringer: Empagliflozina; Pfizer: Apixabana; Novartis.
Evandro Tinoco Mesquita Outros relacionamentos
Vínculo empregatício com a indústria farmacêutica, de órteses, próteses,
Equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras, assim como se tem
Relação vínculo empregatício com operadoras de planos de saúde ou em
Auditorias médicas (incluindo meio período) durante o ano para o qual você está declarando:
- UnitedHealth Group.
Fabiana G. Marcondes-Braga Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Palestras; AstraZeneca: Palestras e Conselho Consultivo; Boehringer: Conselho Consultivo.
Fábio Fernandes Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Pfizer: Tafamidis; Alnylan: Patisiran.
Fabio Serra Silveira Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Entresto; AstraZeneca: Forxiga; Servier: Procoralan.
B - financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Amgen: Omecantiv mecarbil
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Ache: Hipertensão
Felix José Alvarez Ramires Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Sacubitril/Valsartana; Pfizer: Patisiran; Merck: Vericiquat; Amgen.
Fernando Antibas Atik Nada a ser declarado
Fernando Bacal Nada a ser declarado
Flávio de Souza Brito Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Entresto; Servier: Procoralan; Merck: Concor.
Germano Emílio Conceição Souza Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Insuficiência Cardíaca; Merck: Insuficiência Cardíaca.
B - Financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Bayer: Rivaroxabana;
Outros relacionamentos
Participação societária de qualquer natureza e qualquer valor economicamente apreciável de empresas na área de saúde, de ensino ou em empresas concorrentes ou fornecedoras da SBC:
- Área da saúde: Prestação de serviços PJ médica, área assistencial
- Ensino: Empresa de ensino técnico para aulas e cursos na área de saúde
Gustavo Calado de Aguiar Ribeiro Nada a ser declarado
Humberto Villacorta Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Insuficiência Cardíaca; Roche: Biomarcadores; Servier: Insuficiência Cardíaca.
C - Financiamento de pesquisa (pessoal), cujas receitas tenham sido provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Roche: GDF-15.
Jefferson Luis Vieira Nada a ser declarado
João David de Souza Neto Nada a ser declarado
João Manoel Rossi Neto Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Aulas; AstraZeneca: Aulas.
José Albuquerque de
Figueiredo Neto
Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Insuficiência Cardíaca.
Lídia Ana Zytynski Moura Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Entresto; AstraZeneca: Forxiga.
B - Financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- AstraZeneca: Forxiga.
Livia Adams Goldraich Nada a ser declarado
Luís Beck-da-Silva Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Insuficiência Cardíaca; AstraZeneca: Insuficiência Cardíaca.
B - Financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Amgen: Insuficiência Cardíaca
Luis Eduardo Rohde Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- AstraZeneca: Dapaglifozina; Novartis: Sacubitril-Valsartana; Amgen: Omecamtiv Mecarbil; Merck; Bayer.
Luiz Claudio Danzmann Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Entresto; AstraZeneca: Forxiga; Servier: Procoralan.
Manoel Fernandes Canesin Nada a ser declarado
Marcelo Imbroinise Bittencourt Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Geneone - dasa: testes genéticos; Sanofi: Terapia de reposição enzimática; AstraZeneca: Forxiga.
Marcelo Westerlund Montera Nada a ser declarado
Marcely Gimenes Bonatto Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Sacubitril/Valsartana; AstraZeneca: Forxiga.
Marcus Vinícius Simões Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: entresto; AstraZeneca: Dapagliflozina.
B - Financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Amgen: Omecamtiv/Mecarbil; Beringher Ingelheim: Empagliflozina.
Maria da Consolação Vieira Moreira Nada a ser declarado
Miguel Morita Fernandes-Silva Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Insuficiência Cardíaca
C - Financiamento de pesquisa (pessoal), cujas receitas tenham sido provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Amgen: Omecamtiv/Insuficiência Cardíaca; Beringher Ingelheim: Empagliflozina.
Mônica Samuel Avila Nada a ser declarado
Mucio Tavares de Oliveira Junior Declaração financeira
B - Financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Torrent do Brasil: Droga em desenvolvimento; Sanofi Pasteur: Vacina para gripe.
Nadine Clausell Nada a ser declarado
Odilson Marcos Silvestre Nada a ser declarado
Otavio Rizzi Coelho Filho Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Pfizer: Amiloidose cardíaca; Alnylam: Amiloidose cardíaca; AstraZeneca: Insuficiência Cardíaca; Novartis.
B - Financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Pfizer: Amiloidose cardíaca.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- AstraZeneca: Insuficiência Cardíaca; Pfizer: Insuficiência Cardíaca.
Pedro Vellosa Schwartzmann Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Entresto; Servier: Ivabradina; AstraZeneca: Dapagliflozina; Merck: Serono.
B - Financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: investigacional; Eidos: AG10.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Bayer: Rivaroxaban; AstraZeneca: Dapagliflozina.
Reinaldo Bulgarelli Bestetti Nada a ser declarado
Ricardo Mourilhe-Rocha Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- AstraZeneca: Dapagliflozina; Boehringer: Empagliflozina; Novartis: Sacubitril/Valsartana.
B - Financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- PROADI/SUS: Telemedicina; Boehringer: Empagliflozina.
Sabrina Bernadez-Pereira Nada a ser declarado
Salvador Rassi Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Entresto; Servier: Procoralan.
B - Financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Entresto; Servier: Procoralan; Boehringer Ingelheim: Jardiance.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Entresto; Servier: Procoralan.
Sandrigo Mangini Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Sacubitril/Valsartan; Pfizer: Doenças raras
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Pfizer: Doenças raras
Silvia Marinho Martins Alves Nada a ser declarado
Silvia Moreira Ayub Ferreira Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Abbott: Mitraclip; Novartis: Entresto.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Abbott: Heartmate II e HeartMate 3.
Victor Sarli Issa Nada a ser declarado

Footnotes

Realização: Departamento de Insuficiência Cardíaca (DEIC) da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)

Conselho de Normatizações e Diretrizes (2020-2021): Antonio Carlos Sobral Sousa, Aurora Felice Castro Issa, Bruno Ramos Nascimento, Harry Corrêa Filho, Marcelo Luiz Campos Vieira

Coordenador de Normatizações e Diretrizes (2020-2021): Brivaldo Markman Filho

Comitê Editor da Diretriz: Fabiana Marcondes-Braga, Lídia Ana Zytynski Moura, Victor Sarli Issa, José Albuquerque Figueiredo Neto, Evandro Tinoco Mesquita

Comitê Revisor da Diretriz: Fabiana Marcondes-Braga, Lídia Ana Zytynski Moura, Victor Sarli Issa, Jefferson Luis Vieira, Luis Eduardo Rohde, Marcus Vinícius Simões, Miguel Morita Fernandes-Silva, Salvador Rassi, Silvia Marinho Martins Alves, José Albuquerque de Figueiredo Neto, Evandro Tinoco Mesquita

Coordenadores de Grupos de Discussão: Denilson Campos de Albuquerque, Dirceu Rodrigues de Almeida, Edimar Alcides Bocchi, Felix José Alvarez Ramires, Fernando Bacal, João Manoel Rossi Neto, Luiz Claudio Danzmann, Luis Eduardo Rohde, Marcelo Westerlund Montera, Marcus Vinicius Simões, Miguel Morita Fernandes- Silva, Mucio Tavares de Oliveira Junior, Nadine Clausell, Odilson Marcos Silvestre, Reinaldo Bulgarelli Bestetti, Sabrina Bernadez-Pereira, Salvador Rassi, Silvia Marinho Martins

Demais Colaboradores: Aguinaldo F. Freitas Jr, Andréia Biolo, Antonio Carlos Pereira Barretto, Antônio José Lagoeiro Jorge, Bruno Biselli, Carlos Eduardo Lucena Montenegro, Edval Gomes dos Santos Júnior, Estêvão Lanna Figueiredo, Fábio Fernandes, Fabio Serra Silveira, Fernando Antibas Atik, Flávio de Souza Brito, Germano Emílio Conceição Souza, Gustavo Calado de Aguiar Ribeiro, Humberto Villacorta, João David de Souza Neto, Livia Adams Goldraich, Luís Beck-da-Silva Neto, Manoel Fernandes Canesin, Marcelo Bittencourt, Marcely Bonatto, Maria da Consolação Vieira Moreira, Mônica Samuel Avila, Otavio Rizzi Coelho Filho, Pedro Vellosa Schwartzmann, Ricardo Mourilhe-Rocha, Sandrigo Mangini, Silvia Moreira Ayub Ferreira

Nota: Estas atualizações se prestam a informar e não a substituir o julgamento clínico do médico que, em última análise, deve determinar o tratamento apropriado para seus pacientes.

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Emerging Topics Update of the Brazilian Heart Failure Guideline – 2021

Fabiana G Marcondes-Braga 1, Lídia Ana Zytynski Moura 2, Victor Sarli Issa 3, Jefferson Luis Vieira 4, Luis Eduardo Rohde 5,6,7, Marcus Vinícius Simões 8, Miguel Morita Fernandes-Silva 9,10, Salvador Rassi 11, Silvia Marinho Martins Alves 12,13, Denilson Campos de Albuquerque 14, Dirceu Rodrigues de Almeida 15,, Edimar Alcides Bocchi 1, Felix José Alvarez Ramires 1,17, Fernando Bacal 1, João Manoel Rossi Neto 18, Luiz Claudio Danzmann 19,20, Marcelo Westerlund Montera 21, Mucio Tavares de Oliveira Junior 1, Nadine Clausell 5, Odilson Marcos Silvestre 22, Reinaldo Bulgarelli Bestetti 23, Sabrina Bernadez-Pereira 16, Aguinaldo F Freitas Jr 11, Andréia Biolo 5, Antonio Carlos Pereira Barretto 1, Antônio José Lagoeiro Jorge 24, Bruno Biselli 1, Carlos Eduardo Lucena Montenegro 12,13, Edval Gomes dos Santos Júnior 25,26, Estêvão Lanna Figueiredo 27,28, Fábio Fernandes 1, Fabio Serra Silveira 29,30, Fernando Antibas Atik 31, Flávio de Souza Brito 32, Germano Emílio Conceição Souza 33,34, Gustavo Calado de Aguiar Ribeiro 35, Humberto Villacorta 24, João David de Souza Neto 4, Livia Adams Goldraich 5, Luís Beck-da-Silva 5,7, Manoel Fernandes Canesin 36, Marcelo Imbroinise Bittencourt 14,37, Marcely Gimenes Bonatto 38, Maria da Consolação Vieira Moreira 39, Mônica Samuel Avila 1, Otavio Rizzi Coelho Filho 40, Pedro Vellosa Schwartzmann 41,42, Ricardo Mourilhe-Rocha 14, Sandrigo Mangini 1, Silvia Moreira Ayub Ferreira 1, José Albuquerque de Figueiredo Neto 43, Evandro Tinoco Mesquita 24,44

Introduction

The latest Heart Failure Guidelines by the Department of Heart Failure of the Brazilian Society of Cardiology (DEIC/SBC) were finalized on March 2018. Since then, a significant number of therapeutic interventions and diagnostic approaches has arisen or consolidated their position in international clinical practice and in clinical research. In addition, the COVID-19 pandemic has taught us much about the pathophysiological model of myocardial damage and raised many questions about the continuity and safety of medication use in patients with chronic HF suffering from an acute manifestation of this new and complex clinical entity.

In the last few months, we have been working quickly and collaboratively, and for the first time in 20 years, DEIC used digital platforms to discuss, deliberate, and draft this important document, opting for a focused update instead of a full-text guideline.

We were inspired by the 2020 Canadian Heart Failure Guidelines,1 but had the benefit of observing the impact on clinical practice and the consolidation of this new knowledge, in addition to new results from clinical trials published over the last 12 months. In order to report on these developments, we hosted a pioneering scientific conference on September 19, 2020, the I Heart Failure Summit Brazil 2020 (digital), with approximately 900 participants, many of them DEIC associates.

The leadership of the Science Board was key in organizing the various working groups and developing a secure and practical method for discussions and votes. With social distancing and the use of digital technology, the conference enabled wide-ranging debates from various perspectives, based on the best available scientific evidence.

In this document, DEIC/SBC provides reviews and detailed updates to its Chronic Heart Failure Guidelines. The work started in July 2020, with the choice of the Editorial Board, which established priorities, divided the 52 participants into working groups, and developed a schedule of activities. These working groups, each consisting of five to seven participants, began intense online discussions that led to the elaboration of preliminary tables, widely circulated before their subsequent review by the 11-member Review Board. The final discussions took place during a virtual plenary session on December 4, 2020, with all collaborators, who had the opportunity to vote on the main recommendations. Decisions regarding classes of recommendation required a three-quarters supermajority vote.

Class of Recommendation and Level of Evidence follow the same definitions used in the last guideline, as established by SBC/CONDir. See below.

The therapeutic recommendations proposed in this document are based on the latest available scientific evidence, considering not only the aspects of clinical efficacy from large clinical trials. We have sought to summarize the primary recommendations in flowcharts and algorithms that are easy to understand and to apply in clinical practice, proposing approaches for the diagnosis and treatment of heart failure.

Our commitment to the scientific community, linked to research and assistance to heart failure patients, public and private managers, and policy-makers, will certainly have the benefit of a document that sought to present scientific interventions in an accessible format, facilitating its implementation in the various spheres where heart failure patients receive care.

Classes of Recommendation
Class I
Conditions for which there is conclusive evidence or, if not, there is general agreement that the procedure is safe and useful/effective.
Class II
Conditions for which there is conflicting evidence and/or divergence of opinion about the safety and usefulness/efficacy of the procedure.
Class IIA
Weight or evidence/opinion in favor of the intervention. Most approve.
Class IIB
Less well-established safety and usefulness/efficacy, without predominance.
Class III
Conditions for which there is evidence and/or general agreement that the procedure is not useful/effective, and in some cases may be harmful.
Levels of Evidence
Level A
Data derived from multiple consistent randomized controlled clinical trials, and/or a robust meta-analysis of randomized clinical trials.
Level B
Data derived from a less robust meta-analysis, one single randomized trial or non-randomized trials (observational).
Level C
Data derived from consensual expert opinion.

Dr. Evandro Tinoco Mesquita

1. Innovations in Heart Failure with Preserved (HFpEF), Mildly Reduced (HFmrEF) and Improved (HFimpEF) Ejection Fraction

1.1. Diagnosis of Heart Failure with Preserved Ejection Fraction (HFpEF)

In patients with unexplained fatigue or dyspnea, assessing the pretest probability of heart failure (HF) should be based on clinical, electrocardiography, echocardiography, and laboratory data. Next, two scoring systems have been developed to check that diagnosis; both the H2FPEF (Table 1.1) and the HFA-PEFF (Table 1.2) scores may be used. In these models, high- and low-probability patients can be classified as having or not heart failure with preserved ejection fraction (HFpEF), respectively. In patients with intermediary probability for HFpEF, assessing diastolic function during stress, which can be based on a diastolic stress echocardiogram or invasive hemodynamic monitoring, can help the diagnosis. In patients with low probability of HFpEF, investigating other causes of dyspnea and fatigue is recommended2 (Figure 1.1 and Table 1.3).

Tabela 1.1. H2FPEF score for HFpEF diagnosis.

Clinical Variable Characteristics Points
H2 Heavy BMI > 30 Kg/m2 2
Hypertension 2 or more anti-hypertensive drugs 1
F Atrial Fibrillation Paroxysmal or Persistent 3
P Pulmonary Hypertension PASP > 35 mmHg 1
E Elderly Age > 60 years 1
F Filling Pressures E/e´> 9 1

Adapted from Reddy YNV et al.5Circulation. 2018; 138:861-870. BMI: body mass index; PASP: pulmonary artery systolic pressure.

Table 1.2. HFA PEFF score HFpEF diagnosis.

DOMAIN MAJOR CRITERIA
(2 points)
MINOR CRITERIA
(1 point)
FUNCTIONAL e’ septal < 7 or
e’ lateral < 10 or
E/e’ > 15 or
RT velocity > 2.8 m/s
(PSAP > 35 mmHg)
E/e’: 9-14 or
GLS < 16%
MORPHOLOGIC LA Vol index > 34 mL/m2 or
LVMI > 149/122 g/m2 (H/M) and
RWT > 0.42
LA Vol index: 29 - 34 mL/m2 or
LVMI > 115/95 g/m2 (H/M) or
RWT > 0.42 or
left ventricular wall thickness ≥ 12 mm
BIOMARKER
(sinus rhythm)

BIOMARKER
(atrial fibrilation)
NT-proBNP > 220 pg/mL or
BNP > 80 pg/mL

NT-proBNP > 660 pg/mL or
BNP > 240 pg/mL
NT-proBNP: 125 - 220 pg/mL or
BNP 35 - 80 pg/mL

NT-proBNP: 365 - 660 pg/mL or
BNP: 105 - 240 pg/mL

Adapted from Pieske B et al.7Heart Failure Association (HFA) of the European Society of Cardiology (ESC). Eur J Heart Fail. 2020; 22:391-412.

BNP: B-type natriuretic peptide; GLS: global longitudinal systolic strain; LAVI: left atrial volume index; LV: left ventricular; m: men / w: women; NT-proBNP: N-terminal B-type natriuretic peptide; PW: posterior wall; RWT: relative wall thickness; TR velocity: tricuspid regurgitation velocity. BNP: B-type natriuretic peptide; GLS: global longitudinal systolic strain; LAVI: left atrial volume index; LV: left ventricular; m: men / w: women; NT-proBNP: N-terminal B-type natriuretic peptide; PW: posterior wall; RWT: relative wall thickness; TR velocity: tricuspid regurgitation velocity.

Figure 1.1. Diagnostic flowchart for heart failure with preserved ejection fraction (HFpEF).

Figure 1.1

Adapted from Borlaug BA.2 Nat Rev Cardiol. 2020; 17:559-573. ECG: electrocardiogram; HF: heart failure; LVEF: left ventricular ejection fraction.

Table 1.3. HFpEF diagnosis recommendations.

Recommendations Class LE Comments Table
2018
Ref.
Natriuretic peptides for HFpEF screening. I B NEW: The wide variation in serum levels of natriuretic peptides in this population and the conditions that modify its accuracy, such as atrial fibrillation and obesity, should be considered. New 3, 4
Comprehensive echocardiogram for diagnosis confirmation. I B NEW: Echocardiogram with presentation of Doppler indices to estimate pulmonary and diastolic pressures, as well as cardiac mass and volume indices indexed to body surface. New 4, 5
H2FPF or HFA PEFF diagnostic scores to improve diagnostic accuracy for suspected cases of HFpEF. IIa B NEW: Scores validated using retrospective cohorts. New 68
Assessment of diastolic function during stress by echocardiogram or invasive hemodynamic monitoring in cases of intermediate probability in the H2FPF or HFA PEFF scores. IIb B NEW: Scores validated using retrospective cohorts. New 9,10
The initial strategy for HFpEF diagnosis is to determine the pretest probability of HF through the use of clinical findings associated with supplementary tests, such as electrocardiograms, chest X-rays, echocardiograms, and natriuretic peptides, if available. When interpreting natriuretic peptide test results, it is important to consider there is a wide range of serum levels in this population and that, in the presence of atrial fibrillation (AF), higher thresholds need to be considered.3,4 If HF is a plausible diagnosis, it is reasonable to apply H2FPEF5,6 and HFA PEFF7 scores (the first with clinical and echocardiography data, the latter with comprehensive echocardiography and natriuretic peptide data), which have been validated in international populations6,8 to determine high, intermediate and low probability. In patients with low probability of HFpEF, the objective pursuit of other etiologies for dyspnea is suggested. In individuals with intermediate probability, recent studies have shown that data on diastolic function during stress may identify patients with abnormal responses, representing a noninvasive (echocardiographic diastolic assessment)9 or invasive (pulmonary artery catheter) diagnostic strategy.10 The scoring systems above require comprehensive echocardiograms; in other words, the examination should provide information on diameters, left atrial volume, flow Doppler, tissue Doppler (septal and/or lateral e’), and, if possible, myocardial strain and strain rate data·5

AF: atrial fibrillation; HF: heart failure; HFpEF: heart failure with preserved ejection fraction

1.2. Treatment for Heart Failure with Preserved Ejection Fraction (HFpEF)

To date, there is no specific intervention to reduce cardiovascular events in patients with HFpEF. Clinical trials assessing the use of angiotensin-converting enzyme II inhibitors (ACEIs), angiotensin II receptor blockers (ARBs), angiotensin II receptor-neprilysin inhibitors (ARNIs), and spironolactone were neutral in terms of risk reduction compared to placebo for patients with HFpEF.1114 Post-hoc analysis according to LV ejection fraction (LVEF) has consistently shown lack of benefit among subgroups with higher LVEF (above 50%). A meta-analysis of randomized controlled trials of beta-blockers provides similar findings.13 Therefore, the 2018 guideline recommendations for pharmacological treatment of HFpEF stand, including the use of diuretics for congestion and the treatment of comorbidities such as myocardial ischemia, atrial fibrillation, and hypertension, to reduce symptoms and potentially reduce the progression of HFpEF.15 Hence, it is essential to investigate potentially reversible conditions associated with ‘secondary’ HFpEF, such as infiltrative and restrictive cardiomyopathies, in addition to considering alternative causes of exercise intolerance.

1.3. Treatment for Heart Failure with mildly reduced Ejection Fraction (HFmrEF) (Table 1.4)

Table 1.4. HFmrEF treatment recommendations.

Recommendations Class LE Comments Table
2018
Ref.
Bisoprolol, carvedilol or metoprolol succinate for HFmrEF patients in sinus rhythm to reduce morbidity and mortality. IIa A NEW: Currently available data indicate that the response of patients with HFmrEF to the treatment for HF is similar to that of patients with HFrEF. New 13
ACEI or ARB to reduce morbidity and mortality IIa B New 11
Spironolactone to reduce morbidity and mortality IIa B New 12
Sacubitril-valsartan, instead of ACEI (or ARB), for symptomatic patients using guideline-directed medical therapy (GDMT) including triple therapy to reduce hospitalization. IIa B New 14
Despite the absence of studies assessing therapeutic interventions directed specifically to patients with heart failure with mildly reduced ejection fraction (HFmrEF), secondary analyses of clinical trials with patients with HFrEF and HFpEF indicate HFmrEF patients (LVEF 41-49%) may benefit from interventions currently indicated for HFrEF patients (LVEF ≤ 40%). A meta-analysis of 11 randomized controlled trials found beta-blockers are associated with lower mortality in patients with HFmrEF and in sinus rhythm.13 A subanalysis of the TOPCAT trial identified the beneficial effect of spironolactone for cardiovascular mortality in patients with LVEF ranging between 44 and 50 percent;12 a subanalysis of the CHARM trial found benefits from candesartan on combined endpoints of cardiovascular mortality and hospitalization for patients with LVEF from 40 to 49%.11 The combined analysis of the PARAGON-HF (Angiotensin–Neprilysin Inhibition in Heart Failure with Preserved Ejection Fraction) and PARADIGM-HF (Prospective Comparison of ARNi with ACE-I to Determine Impact on Global Mortality and Morbidity in Heart Failure) trials suggest that sacubitril-valsartan is associated with lower hospitalizations for mildly reduced LVEF levels, and that the effect is more intense for female patients with higher LVEF levels.14

ACEI: angiotensin-converting enzyme inhibitors; ARB: angiotensin recepter blockers; HFpEF: heart failure with preserved ejection fraction;15HFmrEF: heart failure with mildly reduced ejection fraction; HFrEF: heart failure with reduced ejection fraction; LVEF: left ventricular ejection fraction.

1.4 Treatment for Heart Failure with Improved Ejection Fraction (HFimpEF) (Table 1.5)

Table 1.5. HFimpEF treatment recommendations.

Recommendations Class LE Comments Table
2018
Ref.
Continuing disease-modifying drug therapy used in treating HFrEF in improved dilated cardiomyopathy. I B NEW: Indication supported by a randomized multicenter trial with limited sample and surrogate endpoints. New 16
Advancements in the treatment of HF with reduced ejection fraction (HFrEF) has led to improved left ventricular ejection fraction (LVEF) and a reduction in left ventricle size of about 40 percent in patients, depending on etiology.17 In that setting, the 2013 ACC/AHA guideline for the management of HF created the term “HF with improved or recovered LVEF,” establishing a new classification for patients with prior HFrEF who improved their LVEF at rates above 40%.18 More recently, Halliday BP et al.16tested the safety of withdrawing HF medication in a small group of patients with recovered dilated cardiomyopathy in an unblinded but randomized and multicenter pilot trial. The inclusion criteria were: prior diagnosis of dilated cardiomyopathy with LVEF 40 percent or lower; absence of heart failure symptoms; treatment with loop diuretics and disease-modifying drug therapy; current LVEF of 50% or greater; left ventricular end diastolic volume indexed to normal body surface and NT-proBNP below 250 pg/mL. Patients were randomly assigned to the medication withdrawal group for 6 months and the primary endpoint was a combination of a reduction in LVEF, LV dilation, and return of HF symptoms. After 6 months of follow-up, 44% of patients assigned to the treatment withdrawal group met some of the criteria of the primary endpoint, compared to no members of the treatment continuation group, recording a 45.7% estimated event rate (95% CI 28.5–67.2; p = 0.0001). Despite a small sample size and a suboptimal design, this is the best evidence available in the HFimpEF population, suggesting that continuation of drugs in this context is the best strategy, at least until the publication of a more robust study.

This guideline uses the denominations and definitions according to the new universal classification of heart failure.18HFrEF: heart failure with reduced ejection fraction; LVEF: left ventricular ejection fraction; NT-proBNP: N-terminal portion of B-type natriuretic peptide.

2. Innovations in Cardiac Amyloidosis

We have recently seen great advances in cardiac amyloidosis, with a profound transformation of its clinical and epidemiological significance and the development of specific treatments. Evidence suggests that cardiac amyloidosis is not a rare disease, but rather a largely underdiagnosed condition, now considered a relatively common and treatable cause of HFpEF, particularly transthyretin amyloidosis (ATTR) in its wild type (ATTR-wt), of which diagnosis has increased expressively.1922

It is a multisystemic disease caused by the tissue deposition of insoluble fibrillary proteins that lose their conformation, leading to organ dysfunction, including the heart. Over 30 types of amyloidogenic proteins have been described,23 with two of them responsible for 95% of all cases of cardiac involvement: light-chain amyloidosis (AL), related to monoclonal production of immunoglobulins due to plasma cell dyscrasias; and transthyretin amyloidosis (ATTR), caused by misfolded transthyretin, a plasma protein that transports thyroxine and retinol and is secreted mainly by the liver. ATTR can be secondary to an abnormal (mutant or variant) protein (ATTRm) or to the wild-type form (ATTRwt), caused by post-transcriptional modification or by chaperone-related mechanisms, both associated with aging.

AL incidence ranges from 6 to 10 million people/year and, until recently, was considered the primary cause of cardiac amyloidosis.24 However, with the development of noninvasive diagnosis techniques and effective treatment, the diagnosis of ATTR, especially of ATTRwt, has increased significantly.19 Studies demonstrate ATTR in up to 13% of patients with HFpEF and left ventricular wall thickening greater than 12 mm,20 with up to 25% of necropsies of very elderly people showing TTR in the heart.22 ATTRm is an autosomal dominant condition, with more than 130 mutations described and several phenotypes of neurological and cardiac impairment.

2.1. When to Suspect Amyloidosis

Considering that ATTR, particularly ATTRwt, is more prevalent than previously expected, it is important to suspect it in the presence of clinical clues for further diagnostic investigation (Table 2.1). ATTR commonly manifests as infiltrative restrictive cardiomyopathy, with ventricular wall thickening, diastolic dysfunction, and conduction disorders. In certain clinical contexts, a differential diagnosis with hypertrophic cardiomyopathy, HFpEF25, advanced atrioventricular blocks and atrial arrhythmias with no apparent cause are necessary. The simultaneous finding of ATTRwt and calcific aortic stenosis may cause severe ventricular hypertrophy and can present as low-flow, low-gradient aortic stenosis. In addition, some multisystemic manifestations may raise suspicion of ATTR: bilateral carpal tunnel syndrome, biceps tendon rupture, orthostatic hypotension, spinal canal stenosis, digestive problems, and intolerance to antihypertensive medications.26 Family history is very important in the hereditary forms of amyloidosis, carrying a worse prognosis than the wild-type form.

Table 2.1. Clinical clues for amyloidosis diagnosis.

History and physical examination
HFpEF, particularly in elderly men (over 65)
Intolerance to ACEI/ARB/ARNI and/or beta-blockers
Bilateral carpal tunnel syndrome
Spinal canal stenosis
Rupture of the biceps tendon
Unexplained peripheral neuropathy, particularly when associated with autonomic dysfunction
Periorbital ecchymosis
Macroglossia
Clues from Imaging Examinations and Laboratory Tests
Grade 2-3 myocardial uptake in Tc-99m pyrophosphate scintigraphy
Infiltrative phenotype on echocardiogram, with biventricular hypertrophy, pericardial effusion, valve thickening, and interatrial septum thickening
Longitudinal strain rate reduction that spares the apical region (apical sparing)
Restrictive abnormality of ventricular filling with right ventricular wall thickening
Cardiac magnetic resonance imaging showing late gadolinium enhancement with diffuse subendocardial or transmural pattern, increased extracellular volume
Proteinuria
Combined Clues
Heart failure with unexplained LV wall thickening and a nondilated ventricular cavity (intraventricular septum larger than 12 mm)
Concentric left ventricular hypertrophy with reduced or non-increased QRS amplitude proportional to degree of LV wall thickening
Reduced longitudinal left ventricular systolic function despite normal LVEF
Aortic stenosis with right ventricular wall thickening, particularly in paradoxical low-flow, low-gradient cases

ACEI: angiotensin-converting enzyme II inhibitors; ARB: angiotensin II receptor blockers; ARNI: angiotensin II receptor-neprilysin inhibitors; HFpEF: heart failure with preserved ejection fraction; LV: left ventricular; LVEF: left ventricular ejection fraction.

2.2. Cardiac Amyloidosis Diagnosis (Table 2.1)

When suspected, the first step in investigating cardiac amyloidosis is the search for the presence of immunoglobulin light chains for the diagnosis of AL, which requires specific treatment with chemotherapeutic agents and has a worse prognosis with delayed treatment initiation. Confirmation of AL depends on the detection of amyloid protein in the tissues involved (biopsy), but the ATTR form can be confirmed noninvasively, using cardiac scintigraphy with bone-avid radiotracers. In Brazil, Tc-99m pyrophosphate is used in the examination.

2.3. Diagnostic Methods

2.3.1. Electrocardiogram

A low-amplitude QRS complex is a frequent finding in AL, but less prevalent in ATTR (around 30% of cases), that more commonly presents discrepancy between the magnitude of the hypertrophy on the echocardiogram and the amplitude of QRS complexes is more frequent. Atrial fibrillation and a “pseudo-infarction” pattern may also be found.

2.3.2. Echocardiogram

Echocardiogram is the most important exam to raise the suspicion of CA. Suggestive findings include left ventricular wall thickening greater than 12 mm, especially in the absence of hypertension, bi-atrial enlargement disproportionate to ventricle size, atrioventricular valve and interatrial septum thickening, and increased myocardial echogenicity with a granular aspect. Myocardial longitudinal systolic strain rates may show the preservation of left ventricular apical contractility as compared to the remaining segments (apical sparing or “cherry on top” pattern) as compared to the reduced contractility in the remaining segments.27

2.3.3. Cardiac Scintigraphy with Bone-Avid Radiotracers

Cardiac scintigraphy with bone-avid radiotracers, such as Tc-99m pyrophosphate as used in Brazil, can be used for the differential diagnosis between amyloidosis AL and ATTR, with the latter showing anomalous myocardial uptake, higher than or equivalent to bone uptake. However, cardiac uptake may occur, albeit with milder intensity, in up to 30% of AL cases. The combination of intense cardiac uptake (grades 2 or 3) and the absence of light chains in biochemical exams presents 100% specificity for ATTR, and can obviate a cardiac biopsy for the diagnosis of the disease.19

2.3.4. Cardiac Magnetic Resonance Imaging

Cardiac magnetic resonance imaging has high sensitivity and specificity for the diagnosis and discrimination between cardiac amyloidosis and other cardiomyopathies. Amyloid deposits in the myocardium cause an increase in the distribution volume of paramagnetic contrast agent in myocardial regions where cardiomyocytes are replaced or displaced by inflammation or fibrosis, originating a diffuse subendocardial and circumferential late enhancement pattern of the left ventricle; a diffuse transmural pattern can also be found.27

2.4. Treatment of Cardiac Transthyretin Amyloidosis (ATTR-CA) (Table 2.2)

Table 2.2. Recommendations for specific treatment for cardiac transthyretin amyloidosis (ATTR-CA).

Recommendation Class LE Comment Table
2018
Ref.
Tafamidis 80 mg/day for treatment of patients with cardiac transthyretin amyloidosis patients in order to reduce mortality and cardiovascular hospitalizations. I B NEW: A multicenter randomized clinical trial supports the recommendation. New 28
Several steps of amiloid fibers formation constitute therapeutic targets in transthyretin amyloidosis (ATTR). The first disease-modifying therapy to show any evidence of benefit in patients with amyloid cardiomyopathy is tafamidis, a TTR tetramer stabilizer. Tafamidis was tested in a multicenter, placebo-controlled, randomized trial involving 441 patients with cardiac amyloidosis patients, of which 264 were assigned to receive tafamidis at doses of 20 mg or 80 mg daily (ATTR-ACT [Tafamidis Treatment for Patients with Transthyretin Amyloid Cardiomyopathy] study).28 The primary results showed that the use of tafamidis was associated with a 30% reduction in all-cause mortality (RR = 0.70 [95% CI: 0.51-0.96]) and 32% reduction of cardiovascular-related hospitalizations (RR = 0.68 [95% CI: 0.56 −0.81]), in addition to reduced worsening of functional capacity and quality of life. Based on these results, tafamidis was approved by ANVISA in Brazil for treatment of CA-ATTR, at a dose of 80 mg / day.28

ATTR: transthyretin amyloidosis; RR: relative risk

Given its clinical and epidemiological importance, in addition to new emerging therapies for the condition, a Position Paper on Diagnosis and Treatment of Cardiac Amyloidosis will be published shortly, and should review the different aspects of the disease more broadly.

3. Innovations in Telemonitoring for Heart Failure (Table 3.1)

Table 3.1. Recommendations for telemonitoring, wearables, artificial intelligence, and machine learning in heart failure.

Recommendations Class LE Comment Table
2018
Ref.
Use of telemonitoring to manage patients with chronic HF. IIa A NEW: Meta-analyses show reduction in mortality rates and in hospitalizations for HF. New 2932
Wearables as complementary tools in the diagnosis and treatment of patients with chronic or acute HF. IIa B NEW: Several observational studies show the benefits of wearables use for HF patients. New 33, 34
Artificial intelligence use in the diagnosis, prognostic assessment, or selection of patients who can most benefit from different therapies. IIb B NEW: Observational studies indicate the benefits of using Machine Learning and Artificial Intelligence in the diagnosis and prognosis of HF. New 35
Meta-analyses involving observational and randomized trials on invasive and noninvasive distance monitoring and support has found a positive impact on the prognosis for HF patients.2932 Reductions in all-cause mortality may range from 19 to 31% with telemonitoring for HF patients, while the reduction in frequency of hospitalizations for HF ranges from 27 to 39%, especially for patients in functional class (FC) III/IV, according to the New York Heart Association (NYHA). Artificial intelligence has applications in HF, either for diagnosis, prognostic assessment, telemonitoring or selection of patients who can most benefit from various therapies.33,34 This is possible, for instance, in distinguishing phenotypes, assigning patients in different signature profiles; more accurate diagnosis of acute HF as compared to physicians; and also helping in referral for new or established therapies, such as additional analysis of baseline ECG to identify patients who would better respond to cardiac resynchronization therapy.35

FC: functional class; HF: heart failure.

4. Innovations in Cardiac Interventions

4.1. Percutaneous Intervention in Secondary Mitral Insufficiency (Table 4.1)

Table 4.1. Recommendations for percutaneous interventions in severe secondary mitral insufficiency.

Recommendations Class LE Comments Table
2018
Ref.
Percutaneous mitral valve clipping
Ischemic or dilated
Refractory symptoms (NYHA II-IV), despite guideline-directed medical therapy and after Heart Team evaluation. IIa B NEW: Recommendation supported by a randomized trial with mortality endpoint. Item 11.3
(page 467)
36
We recommend optimization of guideline-directed medical therapy (GDMT), including cardiac resynchronization therapy and revascularization, when appropriate, before considering percutaneous mitral insufficiency (MI) treatment for patients with HFrEF and severe MI. The COAPT (Transcatheter Mitral-Valve Repair in Patients with Heart Failure) trial assessed whether the edge-to-edge device might benefit patients with moderately severe or severe secondary MI (EROA greater than or equal to 30 mm2 and/or regurgitation volume greater than 45 mL) with LVEF 20 to 50%, LV end-systolic diameter smaller than 7 cm and persistent symptoms, despite maximized evidence-based therapy.36 The 2020 Valve Disease Guidelines overlooks this distinction when selecting patients. In order to maintain linearity between the Guidelines, it remains as established in the 2020 Valve Disease Guidelines.37

HF: heart failure; HFrEF: heart failure with reduced ejection fraction; LV: left ventricle; LVEF: left ventricular ejection fraction; MI: mitral insufficiency.

4.2. Atrial Fibrillation Ablation (Table 4.2)

Table 4.2. Recommendations for atrial fibrillation ablation in HFrEF.

Recommendations Class LE Comments Table
2018
Ref.
AF ablation to reestablish sinus rhythm in symptomatic patients, intolerant or refractory to antiarrhythmic medications to reduce mortality and hospitalizations for HF. IIa B 2018 recommendation remains current. Item 10.1
(page 465)
See
2018
AF ablation as an alternative to clinical treatment for selected patients with symptomatic persistent AF refractory or intolerant to at least one antiarrhythmic medication. I A NEW: Randomized trials have shown a higher rate of success in sustaining a sinus rhythm with AF ablation, without antiarrhythmic medications side effects. Item 10.1
(page 465)
3843
AF ablation to promote reverse remodeling in patients with AF-induced tachycardiomyopathy if refractory to pharmacological treatment or if patient chooses ablation, regardless of symptoms. I B NEW: A randomized trial showed AF ablation can promote reverse remodeling in patients with tachycardiomyopathy. Item 10.1
(page 465)
3944
In patients with HF, AF ablation is superior to medical treatment, as it is associated with improved maintenance of sinus rhythm, functional capacity and quality of life (6-minute walk test, VO2 max), in addition to greater reduction in biomarkers (BNP). It can be considered for selected patients with symptomatic persistent AF refractory or intolerant to at least one antiarrhythmic medication or even as initial therapy.3843 Reverse remodeling was observed in several AF ablation trials, leading to increased LVEF.3842,44 When the HF etiology is unknown and AF-induced tachycardiomyopathy is considered as a possible etiology, the expected increase in LVEF after ablation is even more significant.39,44 Studies demonstrated a reduction of 45% in hospitalizations for HF, 47/56% in all-cause mortality and 38% in mortality or hospitalization for HF.41,42,44 However, AF ablation success rates range from 60 to 80% in the first year and structural heart disease is a major risk factor for recurrence.45 Pulmonary vein isolation can be done by radiofrequency or cryoablation, and these techniques may be combined with the ablation of other substrates.

AF: atrial fibrillation; FC: functional class; HF: heart failure.

5. COVID-19 and Heart Failure (Table 5.1)

Table 5.1. Recommendations for COVID-19 management in heart failure patients.

Recommendations Class LE Comments Table
2018
Ref.
RT-PCR testing for SARS-CoV-2 in individuals with chronic HF and acute respiratory symptoms. I C NEW: Editorials and society recommendations (online publication). New 46,47
ACEI, ARB or ARNI maintenance in HF patients who develop COVID-19, in the absence of hypotension or other signs of hemodynamic impairment. I C NEW: Controlled observational studies with large numbers of participants, but a smaller number of HF patients. New 4850
Outpatient follow-up of HF through remote appointments (telemedicine and telemonitoring) during the COVID-19 pandemic. I C NEW: Experts and Society recommendations New 51,52
Considering COVID-19 symptoms can simulate decompensated HF, RT-PCR testing for SARS-CoV-2 is recommended for patients seeking medical care in the emergency department or outpatient clinic setting.46,47 There is no evidence for routine discontinuation of ACE inhibitors, ARBs or ARNI in patients with symptomatic HF diagnosed with COVID-19. Decisions to add or remove these medications should be guided by standard clinical practice, and individualized treatment decisions should be made according to each patient's hemodynamic status and clinical presentation.4850 Online and/or remote tools (phone calls, telemonitoring, online appointments, and video calls, among others) may be used to keep continuous care for HF patients during the COVID-19 pandemic. These actions that are useful to reduce patients' virus exposure, has being effective for usual care, and are expected to endure in the post-pandemic world. For patients with clinical instability (post-discharge for HF decompensation or recent-onset HF) and candidates for advanced HF therapies (transplantation or ventricular assistant devices), we recommend at least one in-person appointment, in between virtual visits, especially considering the pandemic tends to decrease the number of transplants performed, and to increase the waiting-list period of time.51,52

ACEI: angiotensin-converting enzyme II inhibitors; ARB: angiotensin II receptor blocker; ARNI: angiotensin II receptor-neprilysin inhibitor; HF: heart failure.

6. Innovations in Advanced Heart Failure

6.1. Definition of Advanced Heart Failure

The natural history of HF is characterized by a progressive deterioration of cardiac function and HF symptoms. Despite advances in pharmacological treatment and the prognostic impact of implantable devices such as cardiac resynchronization therapy, HF patients may progress to a clinical condition known as advanced HF, where traditional treatment is not effective and advanced therapies are required, such as heart transplantation, mechanical circulatory support device (MCSD) or palliative care are required.

Although the expression advanced HF has been used since 2007, recent updates were described to include clinical situation that may also require advanced therapies such as HFpEF patients with severe restrictive condition, rather than limiting it to patients with HF with severely reduced ejection fraction.13,4 In this scenario, isolated severe right ventricular dysfunction and severe inoperable valvular disease as well as congenital abnormalities may also be considered causes of severe cardiac dysfunction (Table 6.1).5368

Table 6.1. Criteria for the definition of advanced heart failure.

Criteria for advanced HF
1. Persistent and severe HF symptoms (NYHA III or IV).
2. Severe ventricular dysfunction defined by:
  • LVEF ≤ 30% or

  • Isolated right HF or

  • Severe inoperable valvular alterations or

  • Congenital abnormalities


Persistently elevated BNP or NT-proBNP levels and data showing severe diastolic dysfunction or structural LV abnormalities, according to the criteria for HFpEF or HFmrEF.
3. Episodes of systemic or pulmonary congestion requiring high doses of intravenous diuretics (or combinations of diuretics) or episodes of low cardiac output requiring the use of inotropes or vasoactive medications or malignant arrhythmias causing more than one unplanned visit to the emergency department or hospitalization in the last 12 months.
4. Severely reduced physical exercise capacity, with inability to perform or low capacity in the 6-minute walk test (6MWT < 300 m) or VO2 peak (< 12-14 mL.kg-1.min-1), of likely cardiac origin.

Adapted from Metra M et al.65Eur J Heart Fail. 2007; 9(6-7): 684-94; Metra M et al.66Cardiac Fail Rev. 2019; Crespo-Leiro MG et al.67Eur J Heart Fail. 2018; 20(11): 505-35; Trusby LK et al.,68JACC Heart Fail. 2020; 8(7): 523-36.

6MWT: 6-minute walk test; BNP: B-type natriuretic peptide; HF: heart failure; HFmrEF: heart failure with mid-range ejection fraction; HFpEF: heart failure with preserved ejection fraction; LV: left ventricle; LVEF: left ventricular ejection fraction; NYHA: New York Heart Association; NTproBNP: N-terminal portion of B-type natriuretic peptide; VO2: oxygen consumption.

Different societies of cardiology adopt different criteria for the condition, but all of them include the presence of persistent severe symptoms, exercise intolerance, and recurrent episodes of systemic or pulmonary congestion requiring hospitalization, as described in Table 6.2.

Table 6.2. Criteria proposed by various cardiology societies to identify advanced HF patients.

Criterion SBC ACC/AHA ESC HFSA
Severe and persistent symptoms despite optimized therapy
Major functional limitation (NYHA III or IV functional class)
Persistent dyspnea in daily living activities
Recurring hospitalizations
Frequent unplanned visits to the emergency department
Intolerance to maximum optimal medical therapy
End-organ dysfunction
Persistent hyponatremia
Pulmonary or systemic congestion refractory to diuretics
Frequent ICD shocks
Cardiac cachexia
Systolic blood pressure frequently ≤ 90 mm Hg
Persistently elevated BNP or NT-proBNP values
Severe dysfunction with reduced LV ejection fraction (LVEF < 30%)
Severe LV dysfunction with pseudonormal or restrictive pattern
Elevated filling pressures (PCWP > 16 mm Hg +/- CVP > 12 mm Hg)
Low capacity in 6MWT (< 300 m) or VO2 peak < 12-14 mL.kg-1.min-1
Dependence on intravenous inotropes
Progressive RV dysfunction and secondary PH

Adapted from Metra M et al.65Eur J Heart Fail. 2007; 9(6-7): 684-94; Metra M et al.66Cardiac Fail Rev 2019; Crespo-Leiro MG et al.67Eur J Heart Fail. 2018; 20(11): 505-35; Trusby LK et al.68JACC Heart Fail. 2020; 8(7): 523-36.

6MWT: 6-minute walk test; ACC/AHA: American College of Cardiology/American Heart Association; BNP: B-type natriuretic peptide; CVP: central venous pressure; ESC: European Society of Cardiology; HF: heart failure; ICD: implantable cardiac defibrillator; HFSA: Heart Failure Society of America; LV: left ventricle; NT-proBNP: N-terminal portion of B-type natriuretic peptide; NYHA: New York Heart Association; PCWP: pulmonary capillary wedge pressure; PH: pulmonary hypertension; RV: right ventricle; VO2: oxygen consumption.

Early recognition is decisive for the prognosis of patients with advanced HF, since it allows timely referral to a specialized center able to provide the necessary advanced therapies to manage such cases.

A particularly useful mnemonic that may help identify patients requiring referral to a HF specialist is I-NEED-HELP, which combines clinical history, hospitalizations and intolerance to medications, as well as symptoms and end-organ dysfunction. (Table 6.3)

Table 6.3. Warning signs in advanced HF patients.

I IV inotrope dependence
N Persistent NYHA III/IV, persistent elevation in natriuretic peptides
E End-organ dysfunction
E Ejection (fraction) below 20%
D Defibrillator shocks (recurring appropriate shock)
H Recurring hospitalizations and emergency department visits in the last 12 months
E Persistent edema, refractory to escalating diuretics
L Low systolic blood pressure, persistently below 90 mm Hg
P Progressive intolerance to optimized medical therapy

6.2. The Role of the Specialist in Advanced Heart Failure

As the specific profile of patients fitting the current definition of advanced HF becomes increasingly clear, there is also a need to define the importance of the specialist in advanced HF in specialized centers. These professionals must be familiar (and trained) in the care of potential heart transplant candidates and their subsequent follow-up, as well as in patients with CS. They should coordinate the work of the shock team and therefore must be familiar with the diverse and growing options for circulatory support. Finally, the advanced HF specialist should be able to understand the timing and implications of discussing palliative care and advanced directives for patients who are not eligible for heart transplantation, as well as the use of long-term devices.

6.3. Approach to the Advanced Heart Failure Patient (Figure 6.1)

Figure 6.1. Treatment algorithm for patients with advanced heart failure.

Figure 6.1

*Clinical classification of patients with advanced heart failure from the Interagency Registry for Mechanically Assisted Circulatory Support (Intermacs), see Brazilian Guidelines on Chronic and Acute Heart Failure.15 Arq Bras Cardiol. 2018; Quadro 4.6 (page 505).

**Cardiogenic shock classification proposed by the Society for Cardiovascular Angiography and Interventions (SCAI). Stage A: at risk of shock; Stage B: beginning shock; Stage C: classic shock; Stage D: deteriorating shock; Stage E: extremis. Adapted from Baran DA et al.58Catheter Cardiovasc Interv. 2019; 94(1): 29-37.

FC: functional class; HF: heart failure; ICD: implantable cardiac defibrillator; IVAD: implantable ventricular assist device; MCSD: mechanical circulatory support device; NYHA: New York Heart Association; VA-ECMO: venoarterial extracorporeal membrane oxygenation.

6.4. Innovations in Managing Congestion in Patients with Advanced Heart Failure (Table 6.4)

Table 6.4. Ambulatory monitoring of congestion in heart failure.

Recommendations Class LE Comments Table
2018
Ref.
Invasive remote monitoring of congestion using an implantable, wireless pulmonary artery pressure sensor to reduce hospitalizations and mortality in outpatient HFrEF patients. IIa B NEW: The current recommendation reflects data from small randomized trials and real-world studies, with impact in reducing hospitalizations and mortality. New 30,5357
While there has been relatively little innovation in the management of congestion in advanced HF, recent evidence suggests a potential benefit of remote monitoring, impacting the prognosis for HF patients. Studies of non-invasive home telemonitoring have shown improvements in hospital length of stay and all-cause mortality.30 Similar results were observed with the implantable CardioMEMS™ HF System, which provides direct pulmonary artery pressure monitoring. The impact of invasive monitoring was tested in the CHAMPION (Wireless pulmonary artery haemodynamic monitoring in chronic heart failure: a randomised controlled trial) trial, which involved outpatients with HF (FC III, NYHA) and demonstrated a 28% reduction in hospitalizations for HF. Among patients receiving at least two medications from standard HF therapy, invasive monitoring was associated with a 57% reduction in mortality.53 The CardioMEMS™ proved to be safe and effective in “real-world”, 54 as well as in cost-effectiveness studies.55 The data were recently replicated in a study conducted by multiple European centers56 and in an open multicenter prospective study of 1200 FC III patients, which found a significant decrease in hospitalizations for HF with low rates of complications associated with the implantable monitor over the one-year follow-up period.57 This is a promising strategy, with potential to be translated into clinical practice.

FC: functional class; HF: heart failure; NYHA: New York Heart Association; PAP: pulmonary artery pressure.

6.5. Current Classification of Cardiogenic Shock

In 2019, the Society for Cardiovascular Angiography and Interventions (SCAI) proposed a new classification for cardiogenic shock (CS) in order to make it easier to identify the various stages of clinical deterioration as well as the need for more intensive treatment.58,59 The 5-stage classification incorporates signs of tissue hypoperfusion and organic dysfunction, offering a simple hemodynamic definition and granularity to the INTERMACS (Interagency Registry for Mechanically Assisted Circulatory Support) classification (Figure 6.2, Table 6.5).

Figure 6.2. Society for Cardiovascular Angiography and Interventions (SCAI) classification of cardiogenic shock.

Figure 6.2

Adapted from Baran DA et al.58SCAI clinical expert consensus statement on the classification of cardiogenic shock. Catheter Cardiovasc Interv. 2019; 94(1): 29-37.

AMI: acute myocardial infarction; CPR: cardiopulmonary resuscitation; CRA: cardiorespiratory arrest; CS: cardiogenic shock; ECMO: extracorporeal membrane oxygenation; HF: heart failure.

Table 6.5. Descriptors of shock stages: physical exam, biochemical markers, and hemodynamics.

Stage of CS Bedside findings Biomarkers Hemodynamics
A (at risk) Normal JVP
Lung sounds clear
Dry-warm profile
Strong distal pulses
Normal mentation
Normal labs
Normal renal function
Normal lactate
SBP ≥ 100 mm Hg (or normal for patient)
If PAC:
• CI ≥ 2.5L/min/m2
• CVP < 10 mm Hg
• SvO2 ≥ 65%
B (beginning) High JVP
Rales in lung fields
Dry-warm profile
Strong distal pulses
Normal mentation
Normal lactate
Minimal renal dysfunction
Elevated BNP
SBP < 90 OR MAP < 60 OR > 30 mm Hg drop from baseline
HR ≥ 100 bpm
If PAC:
CI ≥ 2.2 L/min/m2
SvO2 ≥ 65%
C (classic) May include any of:
Looks unwell
Panicked
Ashen, mottled, dusky
Volume overload
Extensive rales
Kilip class 3 or 4
BiPap or mechanical ventilation
Cold, clammy
Acute alteration in mental status
Urine output < 30 mL/h
May include any of:
Lactate ≥ 2 mmol/L
Creatinine doubling OR > 50% drop in GFR
Altered liver enzymes
Elevated BNP
May include any of:
SBP < 90 OR MAP < 60 OR >30 mm Hg drop from baseline. Pressor drugs and/or devices used to maintain BP

PAC:
• CI < 2.2L/min/m2
• PCWP > 15 mm Hg
• CVP/PCWP ≥ 0.8
• PAPi < 1.85
• CPO ≤ 0.6W
D (deteriorating) May include any of the findings from stage C Any of stage C and deteriorating. Any of stage C and:
Requiring multiple pressors and/or addition of mechanical circulatory support devices to maintain perfusion
E (extremis) Near pulselessness
Circulatory collapse
Mechanical ventilation
Defibrillator used
CRA (A-modifier*)
pH ≤ 7.2
Lactate ≥ 5 mmol/L
Inaudible SBP / CRA
VTWP or refractory VT/VF
Hypotension despite maximal support
*

The modifier (A) is used to describe patients who have gone into cardiac arrest, regardless of duration.

Adapted from Baran DA et al.58SCAI clinical expert consensus statement on the classification of cardiogenic shock. Catheter Cardiovasc Interv. 2019; 94(1):29-37.

AMI: acute myocardial infarction; BiPap: bi-level positive airway pressure; BNP: B-type natriuretic peptide; CI: cardiac index; CPO: cardiac power output; CS: cardiogenic shock; CVP: central venous pressure; GFR: glomerular filtration rate; HF: heart failure; HR: heart rate; JVP: jugular venous pressure; MAP: mean arterial pressure; PAC: pulmonary artery catheter; PAPi: pulmonary artery pulsatility index; PCWP: pulmonary capillary wedge pressure; SBP: systolic blood pressure; SvO2: mixed venous oxygen saturation; VF: ventricular fibrillation; VT: ventricular tachycardia; VTWP: ventricular tachycardia without a pulse.

Stage A includes patients at risk of cardiogenic shock, while stages B through E describe progressive stages of conventional cardiogenic shock. The difference between stages B and C is the presence of hypoperfusion, present in stages C and above. Stage D indicates initial cardiogenic shock management measures were not enough to restore hemodynamic stability or tissue perfusion within at least 30 minutes of observation, while stage E characterizes extreme cases, where patients present as hemodynamically unstable and frequently in circulatory collapse. Patients in SCAI stages D and E have higher mortality rates and may benefit from early referral to specialized centers, where more advanced modes of circulatory support may be available.59

6.6. Applicability of Pulmonary Artery Catheters in Advanced Heart Failure (Table 6.6)

Table 6.6. Recommendations for pulmonary artery catheter use in patients with advanced HF.

Recommendations Class LE Comments Table
2018
Ref.
In patients with advanced HF, heart transplantation candidates or receiving mechanical circulatory support. I B 2018 recommendation remains current. Item 2.2.6.
(page 495)
See
2018
To help treatment and hemodynamic support for patients with HF refractory to standard treatment or patients with cardiogenic shock. IIa B MODIFIED:New evidence supports the change in class of recommendation. Item 2.2.6.
(page 495)
6061
The use of a pulmonary artery catheter (PAC) in hemodynamic monitoring for patients hospitalized for refractory HF remains controversial.62,63 In 2005, the ESCAPE (Evaluation Study of Congestive Heart Failure and Pulmonary Artery Catheterization Effectiveness) trial found no benefits from the routine use of PACs in managing decompensated HF patients without CS.64 However, recent advances in the field of mechanical circulatory support devices (MCSDs) have prompted the development of algorithms to manage CS guided by PAC parameters. Early recognition, identification of the shock subtype and understanding of the expected impact of each type of device on hemodynamic parameters such as cardiac output, pulmonary capillary wedge pressure (PCWP), central venous pressure (CVP), and mean arterial pressure (MAP) allow choosing the most suitable MCSD for each stage of CS (Figure 6.1). In addition, the information obtained via PAC assist the phenotype characterization of CS into predominantly left ventricular shock (CPO < 0.6 W, PAPi > 1, CVP < 15 mm Hg and PCWP > 15 mm Hg), right ventricular shock (CPO < 0.6 W, PAPi <1, CVP > 15 mm Hg and PCWP < 15 mm Hg) or biventricular shock (CPO < 0.6 W, PAPi < 1, CVP > 15 mm Hg and PCWP > 15 mm Hg).60,6568 Recently, in one of the first studies by the Cardiogenic Shock Working Group (CSWG), Garan et al.61 evaluated the association between CS management guided by CAP parameters and hospital mortality in 1,414 patients with CS, most with indication for MCSD use and in stage D of the SCAI classification. CS management guided by PAC parameters obtained before implanting a MCSD was associated with a significant decrease in mortality, especially in the more advanced stages of CS (stages D or E of the SCAI classification).61 It should be emphasized that the PAC is a diagnostic tool, not a therapeutic one, and its effectiveness depends on clinical decisions taken by the team involved in managing the CS.

CPO: cardiac power output; CS: cardiogenic shock; CVP: central venous pressure; HF: heart failure; MAP: mean arterial pressure; MCSD: mechanical circulatory support device; PAC: pulmonary artery catheter; PAPi: pulmonary artery pulsatility index; PCWP: pulmonary capillary wedge pressure.

6.7. Innovations in Short-Term Circulatory Support Devices in Advanced Heart Failure (Table 6.7)

Table 6.7. Recommendation for left ventricular venting in patients receiving extracorporeal membrane oxygenation (ECMO).

Recommendations Class LE Comments Table
2018
Ref.
Consider strategies for left ventricular venting in patients receiving mechanical circulatory support via peripheral venoarterial ECMO, evidence of ventricular distension associated with severe hypocontractility and pulmonary congestion. IIa C NEW: The current recommendation reflects data from observational studies and meta-analyses. New 6973
The use of peripheral venoarterial extracorporeal membrane oxygenation (ECMO) is characterized by an increase in LV afterload caused by blood flow from the arterial return cannula, which can worsen cardiac hypocontractility, causing ventricular distension and pulmonary congestion. In many cases, the reduction in ECMO flow combined with inotropic therapy may be sufficient to decompress the LV.74 However, in refractory cases, other methods of venting may be used, including atrial septostomy; surgical implantation of a transapical catheter; percutaneous pulmonary artery venting through the jugular vein; and mechanical circulatory support device (MCSD), such as the intra-aortic balloon pump (IABP), Impella®, or CentriMag®. In observational studies, LV venting has been associated with reduced mortality, increased myocardial recovery, and shorter weaning time from ECMO in patients with CS treated with peripheral venoarterial ECMO.6972 Each venting technique presents inherent risks that must be considered individually according to the etiology of the underlying disease, limitations of the access site, presence of coagulopathies, availability of MCSDs and experience of each center.75 Despite known limitations, IABPs remain the most commonly used devices, with a recent meta-analysis suggesting lower risk of complications such as stroke, peripheral ischemia, and hemolysis from decompression by IABP as compared to other methods, at the cost of increased bleeding.73 However, no randomized clinical trial has been conducted to date to establish the ideal LV venting method, and prospective studies are needed. There is also no consensus on whether LV venting should be performed preventively or as a rescue measure. Known indications for LV venting include elevated PCWP, distended and hypocontractile LV, LV with echocardiographic evidence of blood stasis, decreased aortic valve opening during the cardiac cycle, hypoxemia, progressive pulmonary edema, and refractory ventricular arrhythmia.

CS: cardiogenic shock; ECMO: extracorporeal membrane oxygenation; LV: left ventricle; MCSD: mechanical circulatory support device; PCWP: pulmonary capillary wedge pressure.

6.8. Innovations in Palliative Care for Advanced Heart Failure (Table 6.8)

Table 6.8. Outpatient use of intravenous inotropes in patients with advanced HF who are not eligible for heart transplantation or mechanical circulatory support devices.

Recommendations Class LE Comments Table
2018
Ref.
Continuous outpatient intravenous inotrope therapy as palliative care for symptom control in advanced HF patients who are not eligible for mechanical circulatory support devices or heart transplantation. IIb C NEW: The current recommendation reflects data from studies with limitations in design and execution. New 7678
Intermittent use of inotropes or inodilator to improve symptoms in advanced HF patients or palliative care in patients without other advanced therapy options. IIb B NEW: New evidence from moderate-quality meta-analysis and RCT support the recommendation. New 79
The evidence assessing the risks and benefits of palliative care with intravenous inotrope therapy on an outpatient basis for patients with advanced HF is limited, consisting primarily of observational studies without a control group. Meta-analyses of small randomized controlled trials and heterogeneous observational studies suggest a potential clinical benefit of continuous or intermittent outpatient inotrope therapy for patients with advanced HF who are not eligible for an MCSD or heart transplantation.7678 Benefits include relief of symptoms and lower readmission rates. However, the need for a central catheter for continuous infusion of inotropes is associated with greater special care and risk of infections. The LION-HEART (Efficacy and safety of intermittent intravenous outpatient administration of levosimendan in patients with advanced heart failure) pilot trial randomly assigned 69 patients with advanced HF to either placebo or intermittent levosimendan at a dosage of 0.2 ¼g/kg/min for 6 hours every 2 for 12 weeks and demonstrated the benefit of inotropic therapy in relation to lower plasma NT-proBNP levels, higher quality of life scores, and lower readmission rates, with no difference in rates of adverse events between groups.79 To date, there are no cost-effectiveness studies evaluating the impact of outpatient inotropic infusion as palliative therapy for patients with advanced HF.

HF: heart failure; NT: N-terminal portion of B-type natriuretic peptide; RCT: randomized controlled trial

7. Treatment of Heart Failure with Reduced Ejection Fraction (HFrEF)

7.1. Previously Consolidated Pharmacological Strategies for Treatment of Heart Failure with Reduced Ejection Fraction (HFrEF) (Table 7.1)

Table 7.1. Recommendations for pharmacological treatment of HFrEF previously consolidated in 2018.

Recommendations Class LE Comments Table
2018
Ref.
Bisoprolol, carvedilol or metoprolol succinate for symptomatic LV dysfunction to reduce morbidity and mortality. I A 2018 recommendation remains current. Item 7.2
(page 457)
See
2018
ACEI for symptomatic LV dysfunction to reduce morbidity and mortality. I A 2018 recommendation remains current. Item 7.1 (page 456) See
2018
ARB for symptomatic LV dysfunction (for those intolerant to ACEI due to coughing/angioedema) to reduce morbidity and mortality. I A 2018 recommendation remains current. Item 7.1
(page 456)
See
2018
Mineralocorticoid receptor antagonists for symptomatic LV dysfunction, associated with standard treatment with ACEI/ARB/ARNI and BB, to reduce morbidity and mortality. I A MODIFIED: The use of mineralocorticoid receptor antagonists is justified for patients using ACEI/ARB as well as ARNI. Item 7.3
(page 457)
8084
Sacubitril-valsartan, instead of ACEI (or ARB), for patients with symptomatic LV dysfunction, already receiving optimal medical therapy for HF with triple therapy to reduce morbidity and mortality. I B 2018 recommendation remains current. Item 7.4
(page 458)
See
2018
Hydralazine and nitrate combination for symptomatic systolic dysfunction, NYHA II-IV, with contraindication for ACEI/ARB (renal failure and/or hypercalcemia) regardless of race or for self-declared black patients with symptomatic systolic dysfunction, NYHA III-IV, despite optimized therapy. I B 2018 recommendation remains current. Item 7.7
(page 459)
See
2018
Ivabradine for symptomatic LV dysfunction in patients with optimal medical therapy for HF, sinus rhythm, and HR above 70 bpm to reduce hospitalization, cardiovascular death, and HF death. IIA B 2018 recommendation remains current. Item 7.5
(page 458)
See
2018
Digoxin for symptomatic LV dysfunction despite optimal medical therapy for HF, to reduce symptoms and hospitalizations. IIA B 2018 recommendation remains current. Item 7.6
(page 458)
See
2018
Loop diuretic for congestion control. I C 2018 recommendation remains current. Item 7.7
(page 459)
See
2018
Thiazide diuretic, associated with loop diuretic for persistent congestion. I C 2018 recommendation remains current. Item 7.7
(page 459)
See
2018
In recent decades, advances in pharmacological treatment and in the use of implantable devices have changed the prognosis of HFrEF patients.8091 However, there is still a high risk of morbidity and mortality, even with the adoption of optimal medical therapy. In this new era, drugs acting on various pathophysiological mechanisms of HF have emerged to supplement the inhibition of the neurohormonal system. It should be noted that the benefits observed with the new drugs add to the optimal medical therapy, highlighting the need to maintain triple therapy, including beta-blockers, renin-angiotensin-aldosterone system (RAAS) blockers, and mineralocorticoid antagonists. Once triple therapy has been initiated and disease-modifying new therapies (with proven benefits in reducing cardiovascular death, all-cause mortality, and hospitalizations for HF) added, we can also include medications impacting morbidity. The choice of additional therapies should take into consideration each patient's profile.

ACEI: angiotensin-converting enzyme II inhibitors; ARB: angiotensin II receptor blockers; ARNI: angiotensin II receptor-neprilysin inhibitors; HF: heart failure; HFrEF: heart failure with reduced ejection fraction; HR: heart rate; LV: left ventricle; RAAS: renin-angiotensin-aldosterone system.

7.2. Sacubitril-Valsartan (Table 7.2)

Table 7.2. Recommendations for the use of sacubitril-valsartan in HFrEF patients.

Recommendations Class LE Comment Table
2018
Ref.
Sacubitril-valsartan, instead of ACEI/ARB, for symptomatic LV dysfunction, patients with optimal medical therapy for HF with triple therapy to reduce morbidity and mortality. I B 2018 recommendation remains current. Item 7.4 (page 458) See 2018
Sacubitril-valsartan, as initial treatment for symptomatic chronic HF, may be considered instead of ACEI or ARB. IIa C NEW: Analysis of subgroups of randomized and non-randomized trials have found it safe for patients without prior use of ACEI/ARB. New 84,92,93
Sacubitril-valsartan, instead of ACEI/ARB, may be considered for hospitalized patients with decompensated HF. IIa B NEW: Randomized trial using surrogate endpoint (reduction of biomarkers) supports the new recommendation. New 84,92,94
The PARADIGM-HF trial investigated the effects on morbidity and mortality in HFrEF patients of attenuating the deleterious effects of angiotensin II associated with enhancing the protective effect of endogenous natriuretic peptides through the inhibition of neprilysin (an enzyme responsible for the degradation of BNP) using a new medication class, the angiotensin II receptor-neprilysin inhibitor (ARNI), of which the molecule currently available is sacubitril-valsartan, as compared to enalapril.83 The trial included 8,442 patients with symptomatic outpatient HFrEF in an optimized clinical therapy regimen with persistent LVEF ≤ 40%, elevated plasma natriuretic peptide levels, and estimated creatinine clearance ≥ 30 mL/min/1.73 m2. In this population, sacubitril-valsartan was associated with a 21% decrease in hospitalizations for worsening HF, 20% decrease in cardiovascular death, 20% decrease in sudden death, and 16% decrease in overall mortality when compared to enalapril. Based on the results from the PARADIGM-HF trial, we recommend replacing ACEI/ARB with sacubitril-valsartan in HFrEF patients whose symptoms persist even after the use of optimized doses of neurohormonal blockers. More recently, the PIONEER-HF (Angiotensin–Neprilysin Inhibition in Acute Decompensated Heart Failure) trial compared sacubitril-valsartan (n = 440) to enalapril (n = 441) in patients hospitalized for decompensated HF, where the primary outcome was the time-averaged proportional change in the NT-proBNP concentration from baseline through weeks 4 and 8.84 The results show a significant decrease in NT-proBNP, higher with sacubitril-valsartan than with enalapril, and the reduction was already noticeable after the first week of treatment, regardless of prior HF history and/or use of ACEIs or ARBs.94 The side effects were similar for both groups, including hypercalcemia, renal dysfunction, and hypotension. In an open analysis, at the end of 8 weeks (PIONEER-HF extended) where all patients received sacubitril-valsartan for an additional 4 weeks, there was a significant decrease in NT-proBNP in the enalapril group after initiating sacubitril-valsartan use.92 Another prospective observational study, the TRANSITION (Initiation of sacubitril/valsartan in haemodynamically stabilised heart failure patients in hospital or early after discharge) Trial,93 initiated sacubitril-valsartan in 1,002 hemodynamically stabilized HF patients in hospital or early after discharge and found it to be safe and well tolerated, with half of patients reaching the target dose within 10 weeks and few adverse events.93 These results suggest that the use of sacubitril-valsartan is safe in hemodynamically stabilized patients with acute HF; extrapolating the results of the PARADIGM-HF trial, sacubitril-valsartan may be considered for treatment of patients hospitalized for decompensated HF instead of ACEI/ARB. The results from these recent trials also indicate the safety and tolerability of initiating treatment with sacubitril-valsartan instead of ACEIs/ARBs in HFrEF patients, which made up 34% of the sample in the PIONEER-HF trial and 29 of patients in the TRANSITION trial.84,92,93 Taken as a whole, these data suggest initiating sacubitril-valsartan for patients with no prior treatment with ACEIs/ARBs and during episodes of HF decompensation is reasonably safe. Long-term and outcome data on this form of intervention, including mortality rates, are not yet available.

ACEI: angiotensin-converting enzyme II inhibitors; ARB: angiotensin II receptor blockers; ARNI: angiotensin II receptor-neprilysin inhibitors; HF: heart failure; HFrEF: heart failure with reduced ejection fraction; HR: heart rate; LV: left ventricle; LVEF: left ventricular ejection fraction; RAAS: renin-angiotensin-aldosterone system.

7.3. Sodium-glucose Cotransport 2 (SGLT2) Inhibitors (Table 7.3)

Table 7.3. Recommendations for use of SGLT2 inhibitors in the treatment of HFrEF patients.

Recommendations Class LE Comments Table
2018
Ref.
SGLT2 inhibitors (dapagliflozin or empagliflozin) in symptomatic HFrEF patients with diabetes or not, receiving maximum optimized tolerate dose of beta-blocker, aldosterone antagonist, ACEI/ARB or ARNI to lower cardiovascular outcomes and progression of renal dysfunction. I A NEW: SGLT2i are useful to reduce cardiovascular death and hospitalization for heart failure. New 9598
In DAPA-HF (Dapagliflozin and Prevention of Adverse Outcomes in Heart Failure), 4,744 HFrEF patients were randomly assigned to dapagliflozin or a placebo in addition to standard therapy, and 41.8% of them had DM2.95 The primary endpoint of cardiovascular death or worsening HF was significantly lower in the dapagliflozin group (26% reduction). When analyzed separately, there was a significant reduction in both cardiovascular death (18%) and worsening HF (30%), regardless the presence of DM2. The results reveal a new therapy for HF, already approved for that purpose.
The EMPEROR-Reduced (Empagliflozin Outcome Trial in Patients with Chronic Heart Failure and a Reduced Ejection Fraction) trial assessed empagliflozin vs. a placebo, in addition to standard therapy, in 3,730 patients with HFrEF, 50.2% of which had DM2.96 Patients had more severe HF than those in DAPA-HF, with average LVEF of 27% vs. 31%, and over 70% of patients had LVEF under 30%, in addition to higher median NT-proBNP levels (1907 versus 1437 pg/mL). There was a 25% decrease in the primary endpoints of cardiovascular death or hospitalization for HF in favor of empagliflozin. When analyzed separately, there was no reduction in cardiovascular death, unlike the results from DAPA-HF. The benefit was once again observed regardless of the presence of DM2. The data confirm the results from DAPA-HF and reinforce the justification for using sodium-glucose cotransporter-2 inhibitors (SGLT2i) in HFrEF patients to reduce symptoms, improve quality of life, and lower the risk of hospitalization and cardiovascular death.
The meta-analysis using results from the DAPA-HF and EMPEROR-Reduced trials, totaling 8,474 patients, found a 13% reduction in all-cause mortality (combined HR 0.87, 95% CI 0.77-0.98; p = 0.018) and a 14% reduction in death from cardiovascular disease (0.86, 95% CI 0.76 - 0.98; p = 0.027).(94) The use of SGLT2i was accompanied by a 26% relative reduction in combined risk for cardiovascular death or first hospitalization for HF (0.74,0.68–0.82; p < 0.0001), and a 25% eduction in the composite outcome of recurring hospitalizations for HF or cardiovascular death (0.75, 0.68–0.84; p < 0.0001). The risk of composite renal outcome was also lowered (0.62, 0.43–0.90; p = 0.013). The DAPA-HF subanalysis assessed the efficacy and safety of dapagliflozin use in HFrEF patients by baseline glomerular filtration rate (GFR) as well as the effects on dapagliflozin after randomization. The effect of dapagliflozin on primary (CV death or worsening HF) and secondary endpoints did not change with GFR (< 60 and ≥ 60 mL/min/1.73m2). A prespecified composite renal outcome (sustained > 50% reduction in GFR, terminal kidney disease or renal death) was also analyzed, along with worsening GFR throughout the study. Though dapagliflozin did not lower the composite renal outcome (RR = 0.71, 95% CI 0.44-1.16, p = 0.17), rates of worsening GFR were lower for dapagliflozin (-1.09) as compared to the placebo (-2.87), p < 0.001, for patients with our without DM2 (interaction p = 0.92).95 In the EMPEROR-Reduced trial, the annual rate of decline in GFR was slower in the empagliflozin group than in the placebo group (-0.55 vs. −2.28 mL/min/1.73 m2 per year, p < 0.001), and empagliflozin-treated patients had a lower risk of serious renal outcomes, regardless of the presence or absence of DM2.96 Data from a subanalysis of the DAPA-HF and EMPEROR-Reduced trials suggest the use of SGLT2 inhibitors is safe in patients with HFrEF and those with altered GFR, regardless of the presence or absence of DM2.

ACEI: angiotensin-converting enzyme II inhibitors; ARB: angiotensin II receptor blockers; ARNI: angiotensin II receptor-neprilysin inhibitors; DM2: type 2 diabetes mellitus; GFR: glomerular filtration rate; HF: heart failure; HFrEF: heart failure with reduced ejection fraction; LVEF: left ventricular ejection fraction; SGLT2i: sodium-glucose cotransporter-2 inhibitors.

7.4. Treatment of Comorbidities in Heart Failure with Reduced Ejection Fraction

7.4.1. Type 2 Diabetes (Table 7.4)

Table 7.4. Recommendations for use of SGLT2 inhibitors in preventing hospitalizations for HF in type 2 diabetes patients.
Recommendations Class LE Comments Table
2018
Ref.
SGLT2 inhibitors (canagliflozin, dapagliflozin or empagliflozin) to prevent hospitalization for HF in patients with type 2 diabetes and cardiovascular risk factors for atherosclerosis or established atherosclerotic cardiovascular disease. I A NEW: SGLT2i are useful to reduce hospitalization for heart failure in patients with DM2. Item 5.2
(page 451)
99101
SGLT2 inhibitors (dapagliflozin or empagliflozin) as initial antidiabetic medication associated or not with metformin in HFrEF patients. I A NEW: SGLT2i are useful for diabetes treatment and reduction of cardiovascular and renal events. New 102
The benefits of SGLT2i in type 2 diabetes (DM2) patients were first described in the EMPA-REG OUTCOME (Empagliflozin, Cardiovascular Outcomes, and Mortality in Type 2 Diabetes) trial, published in 2015, which assessed empagliflozin use in patients with DM2, established cardiovascular disease, and receiving standard treatment.99 Among those who received the medication, there was a significant reduction in major adverse cardiovascular events (MACE = CV death, nonfatal MI or nonfatal stroke) (HR: 0.86 (CI] 95%: 0.74-0.99), and a surprising reduction in hospitalization for heart failure (HHF) (HR: 0.65 (95% CI: 0.50-0.85). The CANVAS-Program (Canagliflozin and Cardiovascular and Renal Events in Type 2 Diabetes) trial, published in 2017, assessed canagliflozin in patients with DM2 at high risk for cardiovascular events receiving standard treatment. There was a reduction in combined primary outcomes (MACE = CV death, nonfatal MI or nonfatal stroke) and a 33% reduction in HHF (HR = 0.67, 95% CI: 0.52-0.87) as well as combined renal events.100 The DECLARE-TIMI 58 (Dapagliflozin and Cardiovascular Outcomes in Type 2 Diabetes) trial assessed dapagliflozin in patients with DM2 and atherosclerotic disease or multiple risk factors for atherosclerotic disease receiving standard treatment. There was no reduction in the combined primary endpoint (MACE = CV death, myocardial infarction or stroke). There was a 17 percent reduction in the combined endpoint of cardiovascular death and HHF, and 27 percent (HR: 0.73 (95% CI 0.61-0.88) for HHF.101 Recently, the VERTIS-CV (Cardiovascular Outcomes with Ertugliflozin in Type 2 Diabetes) trial assessed the use of ertugliflozin (not yet commercially available in Brazil) for patients with DM2, established cardiovascular disease, and receiving standard treatment. There was no reduction in the combined primary endpoint (MACE = CV death, myocardial infarction or stroke). However, a 30% decrease in HHF was observed.100 As a whole, the available data show the efficacy of SGLT2i in reducing the incidence of HF in groups of patients with DM2.102

DM2: type 2 diabetes mellitus; HHF: hospitalization for heart failure; MI: myocardial infarction; SGLT2i: sodium-glucose cotransporter-2 inhibitors.

7.4.2. Renal Dysfunction (Table 7.5)

Table 7.5. Recommendations for use of SGLT2 inhibitors in preventing worsening of renal function in HFrEF patients.
Recommendations Class LE Comments Table
2018
Ref.
SGLT2 inhibitors (dapagliflozin or empagliflozin) in patients with HFrEF to prevent worsening of renal function in patients with and without diabetes, with GFR ≥ 20 mL/min/1.73 m2. IIa A NEW: SGLT2i are useful to reduce progressive worsening of renal function in HFrEF. New 95, 96, 98104
In the EMPEROR-Reduced trial, the annual rate of decline in glomerular filtration rate (GFR) was slower in the empagliflozin group than in the placebo group (-0.55 vs. −2.28 mL/min/1,73 m2 per year, p < 0.001), and empagliflozin-treated patients had a lower risk of serious renal outcomes, regardless of the presence or absence of DM2.96 The DAPA-HF subanalysis assessed the efficacy and safety of dapagliflozin use in HFrEF patients by baseline GFR as well as the effects on dapagliflozin after randomization.98 In the DAPA-HF trial, dapagliflozin did not lead to lower composite renal outcomes (RR = 0.71, 95% CI 0.44-1.16, p = 0.17).95 However, in a subanalysis, rates of worsening GFR were lower for dapagliflozin (-1.09) as compared to a placebo (-2.87), p < 0.001, in patients with or without DM2. The DAPA-CKD (Dapagliflozin in Patients with Chronic Kidney Disease) trial randomized 4,304 patients with chronic kidney disease, GFR 25-75 mL/min/73 m2, and urinary albumin-creatinine ratio 200-5,000. Dapagliflozin led to lower rates of primary endpoints (consisting of sustained reduction in GFR of at least 50%, terminal kidney disease or CV or renal death) (9.2% with dapagliflozin vs. 14.5% with a placebo; [RR = 0.61, CI = 9%, 0.51-0.72; p < 0.001]. Death occurred for 101 members (4.5%) of the dapagliflozin group vs. 146 (6.8%) of the placebo group (RR = 0.69, 95% CI = 0.53-0.88, p = 0.004). Dapagliflozin lowered cardiovascular death or hospitalization for HF (0.67, 0.40-1.13 vs. 0.70, 0.52-0.94, respectively, P-interaction = 0,88). The results were consistent, both with and without DM2.104 Data from EMPEROR-Reduced, DAPA-CKD and the subanalysis of DAPA-HF suggest the use of SGLT2 inhibitors is safe in HFrEF and GFR alterations, regardless of the presence of DM2. They also show that SGLT2i may decrease renal function impairment in HFrEF patients.

DM2: type 2 diabetes mellitus; GFR: glomerular filtration rate; HFrEF: heart failure with reduced ejection fraction; SGLT2i: sodium-glucose cotransporter-2 inhibitors.

7.4.3. Iron Deficiency (Table 7.6)

Table 7.6. Recommendations for use of intravenous iron in HFrEF patients.
Recommendation Class LE Comments Table
2018
Ref.
Intravenous ferric carboxymaltose replacement in patients with HFrEF and iron deficiency (serum ferritin below 100 ng/mL or between 100-299 ng/mL with transferrin saturation below 20%), even in the absence of anemia, to increase physical exercise capacity, improve quality of life, and reduce hospitalization rates. IIa A 2018 recommendation remains current. Item 11.11 (page 470) See 2018
Intravenous ferric carboxymaltose replacement in patients with HFrEF hospitalized for decompensated HF with iron deficiency (serum ferritin below 100 ng/mL or between 100-299 ng/mL with transferrin saturation below 20 percent) after clinical stabilization to reduce hospital readmission rates. IIa B NEW: A multicenter randomized trial supports the recommendation. New 105
In patients with chronic HF and iron deficiency, the use of intravenous ferric carboxymaltose led to improvements in symptoms, quality of life and hospitalization rates in previous meta-analyses and randomized trials.106108 More recently, the multicenter, randomized, placebo-controlled AFFIRM-AHF trial assessed the effect of intravenous ferric carboxymaltose in 1,132 patients with HFrEF and iron deficiency (stable after an episode of HF decompensation and with iron deficiency — ferritin < 100 ng/mL or serum ferritin between 109 and 299 ng/mL associated with transferrin saturation below 20 percent) and found it to be safe and to reduce hospitalization for HF (217 vs. 294 hospitalizations; RR = 0.74; 95% CI 0.58-0.94, p = 0.013), though it had no direct impact on decreasing cardiovascular mortality.105,109

HF: heart failure; HFrEF: heart failure with reduced ejection fraction.

7.5. Treatment Algorithm for Heart Failure with Reduced Ejection Fraction (Table 7.5)

Figure 7.5. Treatment algorithm for heart failure with reduced ejection fraction.

Figure 7.5

**Em substituição a iECA /BRA.

ACEI: angiotensin-converting enzyme inhibitors; ARB: angiotensin II receptor blockers; ARNI: angiotensin receptor-neprilysin inhibitor; CRT: cardiac resynchronization therapy; HF: heart failure; H-N: hydralazine-nitrate; ICD: implantable cardiac defibrillator; LBBB: left bundle branch block; LVEF: left ventricular ejection fraction; NYHA: New York Heart Association; SGLT2i: sodium-glucose cotransporter-2 inhibitors.

8. Innovations in Other Areas Related to Heart Failure

8.1. Biomarkers in Heart Failure with Reduced Ejection Fraction (Table 8.1)

Table 8.1. Recommendations for the use of biomarkers in HFrEF patients.

Recommendations Class LE Comment Table
2018
Ref.
Measurement of BNP or NT-proBNP when HF diagnosis is in question and as a screening test in primary care. I A 2018 recommendation remains current. Item 4.3
(page 451)
See 2018
Measurement of BNP or NT-proBNP for prognostic stratification in patients with HF. I A 2018 recommendation remains current. Item 4.3
(page 451)
See 2018
Measurement of BNP or NT-proBNP as a complement to physical examination to assess response to treatment in HF patients in case of questions about their clinical status. IIa B MODIFIED: Two recent studies, one randomized, the other observational, support that indication. Item 4.3
(page 451)
84, 110
Serial measurements of BNP or NT-proBNP to guide treatment, with biomarker targets. IIb B MODIFIED: A recent meta-analysis, including data from the Guide-IT trial, support that indication. Item 4.3
(page 451)
111, 112
Natriuretic peptides may be used to assess patient response to a given treatment. In terms of strategy, the treatment is clinically directed and the biomarker is measured before and after with no specific target. New studies have come up to confirm what had already been shown by a subanalysis of the PARADIGM-HF trial, where patients who had lowered their NT-proBNP to below 1000 pg/mL after the initiation of enalapril or sacubitril-valsartan had lower mortality and fewer hospitalizations for HF.113 In the PIONEER-HF trial following up on patients hospitalized for HF after discharge, sacubitril-valsartan produced a greater decrease in NT-proBNP than enalapril after 4 weeks (46.7 vs 25.3 percent), leading to a smaller number of events from sacubitril-valsartan use.84 In the Prove-HF trial, where chronic HF patients used sacubitril-valsartan, there was a significant decrease in NT-proBNP after the medication had been used for 14 days. The NT-proBNP decrease was associated with reverse remodeling during the 12 months of follow-up and had a smaller event rate.110 Conversely, the use of peptides to guide treatment (with natriuretic peptide targets) is controversial. Though the strategy was not superior to conventional management in the Guide-IT trial, previous surveys have found different results.112 Another trial, Protect,114, NT-proBNP-guided therapy was superior to standard of care, with reduced event rates, improved quality of life, and favorable effects on cardiac remodeling. The Time-CHF115 and Battlescarred116 trials found the strategy led to decreases in mortality in patients under the age of 75. In addition, a recent meta-analysis including 4,554 patients and incorporating patients from the Guide-IT trial found lower hospitalization rates and all-cause mortality from natriuretic peptide-guided treatment.111

HF: heart failure; NT-proBNP: N-terminal portion of B-type natriuretic peptide.

8.2. Immunizations in Heart Failure (Table 8.2)

Table 8.2. Recommendations for immunizations for HFrEF patients.

Recommendations Class LE Comment Table
2018
Ref.
Influenza vaccine to prevent influenza-related morbidity and mortality in HF. I B MODIFIED: New retrospective studies have shown benefits in reducing mortality rates. Item 6.7
(page 454)
117120
Pneumococcal vaccine to prevent pneumococcal-related morbidity and mortality in HF. I C 2018 recommendation remains current. Item 6.7
(page 454)
See 2018
Until recently, there was no data on the impact of influenza on outcomes for patients with HF. However, recent population-based studies have shown the relationship between seasonality and a higher number of hospitalizations for HF, evident on four consecutive periods.117 In a subanalysis of the Paradigm trial, 21% of participants were vaccinated against influenza, leading to a 19% decrease in overall mortality after adjusting for propensity.118 A Danish cohort study of 134,038 HF patients receiving ≥1 vaccinations between 2003 and 2015, resulted in an 18% decrease in all-cause mortality; more importantly, greater cumulative number of vaccinations was associated with an 28% reduced risk in total mortality and a 29% decrease in cardiovascular mortality.119 A database study of 6,435 HF patients, out of which 695 had been vaccinated before or during the 2017/2018 winter seasons, found a 22% decrease in total mortality and a 17% decrease in cardiovascular death or hospitalizations for HF. The benefits from vaccination on total mortality were greater for patients over the age of 70, with an over 25% decrease.120 There are no studies on the impact of pneumococcal vaccines on outcomes. Several prospective studies are currently recruiting patients

HF: heart failure.

8.3. Indications for Genetic Assessment in Cardiomyopathies and Heart Failure (Table 8.3)

Table 8.3. Recommendations for genetic assessments for patients with cardiomyopathies and HF.

Recommendations Class LE Comment Table
2018
Ref.
Genetic counseling for patients and family members with inherited cardiomyopathies and previously identified mutations. I C NEW: Advances in molecular genetic assessment techniques enable the early identification of inherited cardiomyopathies, supporting the subclassification of clinical syndromes and individualized treatment. New 121125
Screening test to 1st degree relatives of patients with inherited cardiomyopathies. I C New 121125
Sequencing of the transthyretin gene in patients diagnosed with transthyretin cardiac amyloidosis. I C New 121125
Molecular genetic assessment to investigate the etiology and evaluate the prognosis of patients with inherited cardiomyopathy phenotype. IIa C New 121125
Routine molecular genetic assessment for HF patients. III C New 121125
The incorporation of next-generation sequencing has increased the sensitivity of genetic testing, allowing for early early diagnosis for future interventions.121 Consequently, molecular assessments have allowed routine genetic testing for patients with inherited cardiomyopathies, such as hypertrophic, restrictive and/or dilated arrhythmogenic cardiomyopathies, and non-compacted myocardium, due to its potential to provide more individualized and precise counseling for patients with these conditions as well as for their family members.122 One clear example of this need is the distinction between wild-type and inherited transthyretin cardiac amyloidosis (ATTR) as cascade genetic testing allows at-risk relatives to be definitively identified. It should be highlighted that current therapies for ATTR are particularly beneficial when initiated during the early stages of the disease, as described in item 2, Table 2.4.123 Advances in prognostic assessment involving genes with high arrhythmogenic potential have also been described for dilated and arrhythmogenic cardiomyopathies.124,125 Thus, it is important to pursue more efficient uses of genetic information, especially in family counseling, leading to safe and sustainable results in the care of these patients and their family members.

HF: heart failure.

9. Perspectives in Heart Failure – New Molecules

9.1. Guanylate Cyclase Stimulators (Table 9.1)

Table 9.1. Guanylate cyclase stimulators for the treatment of HFrEF patients.

Notes Comment Table
2018
Ref.
Vericiguat in patients with LVEF lower than 45%, NYHA II – IV to reduce morbidity, especially in patients with frequent hospitalizations despite optimized guideline-directed medical therapy. POTENTIAL: The observations described herein reflect data from recent studies on this new class of drug. However, it has not been approved by Anvisa for use in Brazil yet. New 126, 127
Vericiguat acts by supplying the relative deficit of cyclic GMP production in HF patients126 and was assessed in a multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled trial with HFrEF patients, the VICTORIA (Vericiguat in Patients with Heart Failure and Reduced Ejection Fraction) trial. In the Victoria, 5050 patients with HFrEF, with LVEF lower than 45%, NYHA II-IV, were randomized to receive vericiguat 10 mg/day orally or placebo, in addition to guideline-directed medical therapy. The primary endpoint was cardiovascular death or first hospitalization for HF. In an 11-month period, the primary endpoint occurred in 35.5% of the vericiguat group and 38.5% of the placebo group, which represents a number needed to treat (NNT) of 24 to save one life over 11 months. The benefit of the composite outcome was primarily attributed to the reduction in hospitalization rates, with no statistically significant impact on cardiovascular or overall mortality.127 The drug could potentially join the set of medications acting on symptoms and readmissions for HFrEF patients, representing an additional option: for patients who undergo frequent hospitalizations despite optimized therapy; who have impaired kidney function, since patients eligible for the trial had GFR above 15%; or who are intolerance to other medications. It should be stressed that this medication class is contraindicated in combination with nitrates.

GFR: glomerular filtration rate; HF: heart failure; HFrEF: heart failure with reduced ejection fraction; LVEF: left ventricular ejection fraction; NYHA: New York Heart Association.

9.2. Selective Cardiac Myosin Activator (Table 9.2)

Table 9.2. Omecamtiv mercabil in the treatment of HFrEF patients.

Notes Comment Table
2018
Ref.
Omecamtiv mecarbil in patients with acute or chronic HFrEF. POTENTIAL: The observations described herein reflect data from recent studies on this new class of drug. However, it has not been approved by Anvisa for use in Brazil yet. New 128131
Omecamtiv mecarbil selectively binds to cardiac myosin resulting in activation and increase in rate of ATP hydrolysis, and the transition of myosin to the strongly actin-bound force-generating state, improving impaired ventricular contraction in cases of HFrEF. Its mechanism of action is different from mechanisms of the current triple therapy, which inhibits neurohormonal stimulation. Mechanistic studies such as the ATOMIC-AHF (Acute Treatment with Omecamtiv Mecarbil to Increase Contractility in Acute Heart Failure)128 and COSMIC-HF (Chronic Oral Study of Myosin Activation to Increase Contractility in Heart Failure)129 trials, showed that the medication improved contractility, ejection fraction, ejected volume and cardiac output, in addition to other parameters of improved cardiac function. Studies show it promotes decreases in NT-proBNP levels. High troponin levels were also identified without clinical changes in the studies. The Atomic-AHF trial, however, with acute HF patients, found no reduction in dyspnea among patients in the treatment group. In the recently-published GALACTIC-HF (Cardiac Myosin Activation with Omecamtiv Mecarbil in Systolic Heart Failure) randomized controlled trial, patients with HFrEF who received omecantiv mecarbil had lower risk of composite outcomes from an HF event (defined as hospitalization or unplanned visits due to worsening HF) or cardiovascular death than those who received a placebo.130,131 However, when assessed individually, there was no difference in the following secondary outcomes: all-cause mortality, cardiovascular death, first hospitalization for HF, or changes in the Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire quality of life score.

HF: heart failure; HFrEF: heart failure with reduced ejection fraction.

Emerging Topics Update of the Brazilian Heart Failure Guideline – 2021
The report below lists declarations of interest as reported to the SBC by the experts during the period of the development of these update, 2020.
Expert Type of relationship with industry
Aguinaldo F. Freitas Jr. Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Heart failure; Servier: Heart failure; Bayer: Anticoagulation.
Andréia Biolo Nothing to be declared
Antonio Carlos Pereira Barretto Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Sacubitril Valsartana; AstraZeneca: Dapagliflozina, Succinato de Metoprolol, Candesartana; Servier: Ivabradina.
Antônio José Lagoeiro Jorge Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Entresto.
Bruno Biselli Nothing to be declared
Carlos Eduardo Lucena Montenegro Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- AstraZeneca: Lectures; Novartis: Lectures; Servier: Lectures; Merck: Lectures.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Pfizer: Travel to Congress; AstraZeneca: Travel to Symposium; Novartis: Travel to Symposium.
Carlos Eduardo Lucena Montenegro Financial declaration
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- FAPERJ: Clinical research; Boehringer: International Multicenter Clinical Research Participant.
Dirceu Rodrigues de Almeida Nothing to be declared
Edimar Alcides Bocchi Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- AstraZeneca: ISGLT2; Bayer: ISGLT2, Vericiguat; Boehringer: ISGLT2.
Edval Gomes dos Santos Júnior Nothing to be declared
Estêvão Lanna Figueiredo Financial declaration
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- AstraZeneca: Dapagliflozina; Boehringer: Empagliflozina; Pfizer: Apixabana; Novartis
Evandro Tinoco Mesquita Other relationships
Employment relationship with the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry, as well as any employment relationship with health insurance companies or medical audit companies (including part-time jobs) in the year to which your declaration refers:
- UnitedHealth Group.
Fabiana G. Marcondes-Braga Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Lectures; AstraZeneca: Lectures and Advisory Council; Boehringer: Advisory Council.
Fábio Fernandes Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Pfizer: Tafamidis; Alnylan: Patisiran.
Fabio Serra Silveira Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Entresto; AstraZeneca: Forxiga; Servier: Procoralan.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Amgen: Omecantiv mecarbil.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Ache: Hypertension.
Felix José Alvarez Ramires Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Sacubitril/Valsartana; Pfizer: Patisiran; Merck: Vericiquat; Amgen.
Fernando Antibas Atik Nothing to be declared
Fernando Bacal Nothing to be declared
Flávio de Souza Brito Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Entresto; Servier: Procoralan; Merck: Concor.
Germano Emílio Conceição Souza Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Heart failure; Merck: Heart failure.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Bayer: Rivaroxabana
Other relationships
Any economically relevant equity interest in companies in the healthcare or education industry or in any companies competing with or supplying to SBC:
- Healthcare: Medical services as a legal person, assistance area
- Education: Technical education company for classes and courses in the health area
Gustavo Calado de Aguiar Ribeiro Nothing to be declared
Humberto Villacorta Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Heart failure; Roche: Biomarkers; Servier: Heart failure.
C - Personal research funding paid by the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Roche: GDF-15
Jefferson Luis Vieira Nothing to be declared
João David de Souza Neto Nothing to be declared
João Manoel Rossi Neto Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Lectures; AstraZeneca: Lectures.
José Albuquerque de
Figueiredo Neto
Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Heart failure.
Lídia Ana Zytynski Moura Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Entresto; AstraZeneca: Forxiga.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- AstraZeneca: Forxiga.
Livia Adams Goldraich Nothing to be declared
Luís Beck-da-Silva Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Heart failure; AstraZeneca: Heart failure.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Amgen: Heart failure.
Luis Eduardo Rohde Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Astrazeneca: dapaglifozina; Novartis: Sacubitril-Valsartana; Amgen: Omecamtiv Mecarbil; Merck; Bayer.
Luiz Claudio Danzmann Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Entresto; AstraZeneca: Forxiga; Servier: Procoralan.
Manoel Fernandes Canesin Nothing to be declared
Marcelo Imbroinise Bittencourt Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Geneone - Dasa: Genetic testing; Sanofi: Enzyme replacement therapy; AstraZeneca: Forxiga.
Marcelo Westerlund Montera Nothing to be declared
Marcely Gimenes Bonatto Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Sacubitril/Valsartana; AstraZeneca: Forxiga
Marcus Vinícius Simões Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Entresto; AstraZeneca: Dapagliflozina.
B - Research Funding Under Your Direct/Personal Responsibility (Directed To The Department Or Institution) From The Brazilian Or International Pharmaceutical, Orthosis, Prosthesis, Equipment And Implants Industry:
- Amgen: Omecamtiv/Mecarbil; Beringher Ingelheim: Empagliflozina.
Maria da Consolação Vieira Moreira Nothing to be declared
Miguel Morita Fernandes-Silva Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Heart failure
C - Personal research funding paid by the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Amgen: Omecamtiv/Heart failure; Beringher Ingelheim: Empagliflozina.
Mônica Samuel Avila Nothing to be declared
Mucio Tavares de Oliveira Junior Financial declaration
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Torrent do Brasil: Developing forms of drugs; Sanofi Pasteur: Flu vaccine
Nadine Clausell Nothing to be declared
Odilson Marcos Silvestre Nothing to be declared
Otavio Rizzi Coelho Filho Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Pfizer: Cardiac amyloidosis; Alnylam: Cardiac amyloidosis; AstraZeneca: Heart failure; Novartis.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Pfizer: Cardiac amyloidosis.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- AstraZeneca: Heart failure; Pfizer: Heart failure.
Pedro Vellosa Schwartzmann Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Entresto; Servier: Ivabradina; AstraZeneca: Dapagliflozina; Merck: Serono.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: investigacional; Eidos: AG10.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Bayer: Rivaroxaban; AstraZeneca: Dapagliflozina.
Reinaldo Bulgarelli Bestetti Nothing to be declared
Ricardo Mourilhe-Rocha Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Boehringer: Empagliflozina; Novartis: Sacubitril/Valsartana.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- PROADI/SUS: Telemedicine; Boehringer: Empagliflozina.
Sabrina Bernadez-Pereira Nothing to be declared
Salvador Rassi Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Entresto; Servier: Procoralan.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Entresto; Servier: Procoralan; Boehringer Ingelheim: Jardiance.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Entresto; Servier: Procoralan.
Sandrigo Mangini Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Sacubitril/Valsartan; Pfizer: Rare diseases.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Pfizer: Rare diseases.
Silvia Marinho Martins Alves Nothing to be declared
Silvia Moreira Ayub Ferreira Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Abbott: Mitraclip; Novartis: Entresto.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Abbott: Heartmate II e HeartMate 3
Victor Sarli Issa Nothing to be declared

Footnotes

Development: Department of Heart Failure (Departamento de Insuficiência Cardíaca – DEIC) of the Brazilian Society of Cardiology (Sociedade Brazileira de Cardiologia – SBC)

Norms and Guidelines Council (2020-2021): Antonio Carlos Sobral Sousa, Aurora Felice Castro Issa, Bruno Ramos Nascimento, Harry Corrêa Filho, Marcelo Luiz Campos Vieira

Norms and Guidelines Coordinator (2020-2021): Brivaldo Markman Filho

Guideline Editorial Board: Fabiana Marcondes-Braga, Lídia Ana Zytynski Moura, Victor Sarli Issa, José Albuquerque Figueiredo Neto, Evandro Tinoco Mesquita

Guideline Review Board: Fabiana Marcondes-Braga, Lídia Ana Zytynski Moura, Victor Sarli Issa, Jefferson Luis Vieira, Luis Eduardo Rohde, Marcus Vinícius Simões, Miguel Morita Fernandes-Silva, Salvador Rassi, Silvia Marinho Martins Alves, José Albuquerque de Figueiredo Neto, Evandro Tinoco Mesquita

Discussion Group Coordinators: Denilson Campos de Albuquerque, Dirceu Rodrigues de Almeida, Edimar Alcides Bocchi, Felix José Alvarez Ramires, Fernando Bacal, João Manoel Rossi Neto, Luiz Claudio Danzmann, Luis Eduardo Rohde, Marcelo Westerlund Montera, Marcus Vinicius Simões, Miguel Morita Fernandes-Silva, Mucio Tavares de Oliveira Junior, Nadine Clausell, Odilson Marcos Silvestre, Reinaldo Bulgarelli Bestetti, Sabrina Bernadez-Pereira, Salvador Rassi, Silvia Marinho Martins

Other Collaborators: Aguinaldo F. Freitas Jr, Andréia Biolo, Antonio Carlos Pereira Barretto, Antônio José Lagoeiro Jorge, Bruno Biselli, Carlos Eduardo Lucena Montenegro, Edval Gomes dos Santos Júnior, Estêvão Lanna Figueiredo, Fábio Fernandes, Fabio Serra Silveira, Fernando Antibas Atik, Flávio de Souza Brito, Germano Emílio Conceição Souza, Gustavo Calado de Aguiar Ribeiro, Humberto Villacorta, João David de Souza Neto, Livia Adams Goldraich, Luís Beck-da-Silva Neto, Manoel Fernandes Canesin, Marcelo Bittencourt, Marcely Bonatto, Maria da Consolação Vieira Moreira, Mônica Samuel Avila, Otavio Rizzi Coelho Filho, Pedro Vellosa Schwartzmann, Ricardo Mourilhe-Rocha, Sandrigo Mangini, Silvia Moreira Ayub Ferreira

Note: These updates are for information purposes and should not replace the clinical judgment of a physician, who must ultimately determine the appropriate treatment for each patient.


Articles from Arquivos Brasileiros de Cardiologia are provided here courtesy of Sociedade Brasileira de Cardiologia

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