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. 2021 Jul 15;117(1):181–264. [Article in Portuguese] doi: 10.36660/abc.20210180
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Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST – 2021

José Carlos Nicolau 1, Gilson Soares Feitosa Filho 2,3, João Luiz Petriz 4, Remo Holanda de Mendonça Furtado 5, Dalton Bertolim Précoma 6, Walmor Lemke 7,8, Renato Delascio Lopes 9, Ari Timerman 10, José A Marin Neto 11, Luiz Bezerra Neto 12, Bruno Ferraz de Oliveira Gomes 4,13, Eduardo Cavalcanti Lapa Santos 14, Leopoldo Soares Piegas 15, Alexandre de Matos Soeiro 16, Alexandre Jorge de Andrade Negri 17, Andre Franci 18, Brivaldo Markman Filho 14, Bruno Mendonça Baccaro 10, Carlos Eduardo Lucena Montenegro 19, Carlos Eduardo Rochitte 15,16, Carlos José Dornas Gonçalves Barbosa 20, Cláudio Marcelo Bittencourt das Virgens 21, Edson Stefanini 22, Euler Roberto Fernandes Manenti 23, Felipe Gallego Lima 1, Francisco das Chagas Monteiro Júnior 24, Harry Correa Filho 25, Henrique Patrus Mundim Pena 26, Ibraim Masciarelli Francisco Pinto 27, João Luiz de Alencar Araripe Falcão 28, Joberto Pinheiro Sena 29, José Maria Peixoto 30, Juliana Ascenção de Souza 1, Leonardo Sara da Silva 31, Lilia Nigro Maia 32, Louis Nakayama Ohe 10, Luciano Moreira Baracioli 1, Luís Alberto de Oliveira Dallan 1, Luis Augusto Palma Dallan 1, Luiz Alberto Piva e Mattos 33, Luiz Carlos Bodanese 34, Luiz Eduardo Fonteles Ritt 35, Manoel Fernandes Canesin 36, Marcelo Bueno da Silva Rivas 37,38, Marcelo Franken 5, Marcos José Gomes Magalhães 39, Múcio Tavares de Oliveira Júnior 1, Nivaldo Menezes Filgueiras Filho 40,41,42, Oscar Pereira Dutra 43, Otávio Rizzi Coelho 44, Paulo Ernesto Leães 45, Paulo Roberto Ferreira Rossi 46, Paulo Rogério Soares 1, Pedro Alves Lemos Neto 5, Pedro Silvio Farsky 10, Rafael Rebêlo C Cavalcanti 47, Renato Jorge Alves 48, Renato Abdala Karam Kalil 49, Roberto Esporcatte 38, Roberto Luiz Marino 50, Roberto Rocha Corrêa Veiga Giraldez 1, Romeu Sérgio Meneghelo 10, Ronaldo de Souza Leão Lima 51, Rui Fernando Ramos 10, Sandra Nivea dos Reis Saraiva Falcão 52, Talia Falcão Dalçóquio 1, Viviana de Mello Guzzo Lemke 53, William Azem Chalela 1, Wilson Mathias Júnior 1
PMCID: PMC8294740  PMID: 34320090

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST – 2021.

O relatório abaixo lista as declarações de interesse conforme relatadas à SBC pelos especialistas durante o período de desenvolvimento desta diretriz, 2020.
Especialista Tipo de relacionamento com a indústria
Alexandre de Matos Soeiro Nada a ser declarado
Alexandre Jorge de Andrade Negri Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- AMIB: Instrutor de cursos de pós-graduação.
Andre Franci Nada a ser declarado
Ari Timerman Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Sanofi e Daiichi Sankyo: Aulas sobre Síndromes Coronárias Agudas.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Sanofi: Viagem para Congresso.
Brivaldo Markman Filho Nada a ser declarado
Bruno Ferraz de Oliveira Gomes Nada a ser declarado
Bruno Mendonça Baccaro Nada a ser declarado
Carlos Eduardo Lucena Montenegro Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Servier: Vastarel/Procoralan; Novartis: Entresto; Merk: Concor; Astrazeneca. Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Pfizer: Amiloidose; Servier: DAC/IC; Novartis: IC.
Carlos Eduardo Rochitte Nada a ser declarado
Carlos José Dornas Gonçalves Barbosa Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Daiichi Sankyo: Effient; Servier: Brilinta.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Bayer: Xarelto; Daiichi Sankyo: Lixiana.
Cláudio Marcelo Bittencourt das Virgens Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novo Nordisk: Semaglutida; Daiichi Sankyo: Edoxabana.
Dalton Bertolim Précoma Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Servier: Doença Coronariana; Bayer: Anticoagulates; Daiichi Sankyo: Anticoagulantes; Novo Nordisk.
B - financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Insuficiência Cardíaca; Apellis: Antiinflamatório para Covid; Astrazeneca: Antidiabético/Insuficiência Cardíaca; Boehringer.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Bayer: Anticoagulates; Novo Nordisk: Antidiabético; Servier: DAC; Daiichi Sankyo.
Edson Stefanini Nada a ser declarado
Eduardo Cavalcanti Lapa Santos Nada a ser declarado
Euler Roberto Fernandes Manent Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Bayer e Pfizer: Anticoagulantes; Daiichi Sankyo: Antiplaquetários; Boeheringer.
B - financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Astrazeneca: Antiplaquetários, ISGLT2; Daiichi Sankyo: Antiplaquetários; Astra Zeneca: Insuficiência Cardíaca, Antiplaquetários.
C - Financiamento de pesquisa (pessoal), cujas receitas tenham sido provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Boerinhger: Insuficiência Cardíaca; AstraZeneca: Dapaglifozina.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Bayer: Anticoagulates.
Felipe Gallego Lima Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Sanofi: Clexane; Servier: Ticagrelor.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Sanofi: Enoxaparina; Servier: Ticagrelor.
Francisco das Chagas Monteiro Júnior Nada a ser declarado
Gilson Soares Feitosa Filho Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Bayer: Estudo COMPASS.
Harry Correa Filho Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Bayer: Anticoagulação.
Henrique Patrus Mundim Pena Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Lilly: Diabetes e Risco Cardiovascular; Daiichi Sankyo: Antiagregante Plaquetário; Pfizer e Bayer: Anticoagulante Oral.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Pfizer e Bayer: Anticoagulante Oral; Daiichi Sankyo: Antiagregante Plaquetário.
Ibraim Masciarelli Francisco Pinto Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novo Nordisk: Diabetes.
João Luiz de Alencar Araripe Falcão Nada a ser declarado
João Luiz Petriz Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Daiichi Sankyo e Servier: Cardiologia.
Joberto Pinheiro Sena Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge/companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Servier: Palestras sobre SCA; Bayer: Aulas em manejo de anticoagulantes e antitrombóticos; Daiichi Sankyo: Manejo de antiplaquetários em SCA.
José A. Marin-Neto Nada a ser declarado
José Carlos Nicolau Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Amgen: Hipolipemiante; Bayer: Anticoagulante; Daiichi Sankyo: Antiplaquetário, anticoagulante; Novartis: Inibidor SRA, hipolipemiante; Sanofi: Anticoagulante, hipolipemiante, antiplaquetário; Servier: antiplaquetário.
B - financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Astrazeneca: Antiplaquetário, hipoglicemiante; Bayer: Anticoagulante; Esperion: Hipolipemante; CSL Behring: hipolipemiante; Dalcor: Aumento HDL; Jansen: Anticoagulante; Novartis: Inibidor SRA; Novo Nordisk: Hipoglicemiante; Sanofi: Anticoagulate, hipolipemiante; Vifor: Deficiência de Ferro.
C - Financiamento de pesquisa (pessoal), cujas receitas tenham sido provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Roche: Kits de laboratório para avaliação de agregabilidade plaquetária.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Sanofi: Anticoagulante, antiplaquetário, hipolipemiante; Bayer: Anticoagulante; Servier: antiplaquetário.
José Maria Peixoto Nada a ser declarado
Juliana Ascenção de Souza Nada a ser declarado
Leonardo Sara da Silva Nada a ser declarado
Leopoldo Soares Piegas Nada a ser declarado
Lilia Nigro Maia Nada a ser declarado
Louis Nakayama Ohe Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Daiichi Sankyo: Edoxabana.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
Outros relacionamentos
- Abbott e Meryl: Hemodinâmica.
Outros relacionamentos
Participação em comitês de compras de materiais ou fármacos em instituições de saúde ou funções assemelhadas:
- Comitê para compra de aparelhos para unidades de Covid-19.
Luciano Moreira Baracioli Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Sandoz: Clopidogrel; Bayer: Rivaroxabana.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Bayer: Anticoagulação.
Luís Alberto de Oliveira Dallan Outros relacionamentos
Participação em comitês de compras de materiais ou fármacos em instituições de saúde ou funções assemelhadas:
- Pregão.
Luis Augusto Palma Dallan Nada a ser declarado
Luiz Alberto Piva e Mattos Nada a ser declarado
Luiz Bezerra Neto Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Pfizer e Bayer: Aula anticoagulante; Libbs: Aula anti-hipertensivos.
Outros relacionamentos
Participação societária de qualquer natureza e qualquer valor economicamente apreciável de empresas na área de saúde, de ensino ou em empresas concorrentes ou fornecedoras da SBC:
- Sócio da L&P Cardio, empresa de serviços médicos.
Luiz Carlos Bodanese Nada a ser declarado
Luiz Eduardo Fonteles Ritt Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Pfizer: Amiloidose.
Manoel Fernandes Canesin Nada a ser declarado
Marcelo Bueno da Silva Rivas Nada a ser declarado
Marcelo Franken Nada a ser declarado
Marcos José Gomes Magalhães Nada a ser declarado
Múcio Tavares de Oliveira Júnior Nada a ser declarado
Nivaldo Menezes Filgueiras Filho Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Pfizer: Eliquis, Apixabana; Boehringer: Pradaxa, Praxbind, Jardiance; Astrazenca: Forxiga; Novo Nordisk; Daiichi Sankyo; Novartis; Bayer.
B - financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Astrazeneca: Dapaglifozina.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Pfizer: Eliquis; Daiichi Sankyo: Effient; Bayer: Xarelto.
Oscar Pereira Dutra Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Astrazeneca: Antiglicêmicos; Daiichi Sankyo: Anticoagulantes; Sandoz: Anti-hipertensivos.
B - financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Boheringer: Antiglicêmicos; Novartis: Insuficiência Cardíaca; Sanofi: Antilipêmicos.
C - Financiamento de pesquisa (pessoal), cujas receitas tenham sido provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Sanofi e EMS: Anticoagulantes; Amgen: Antilipêmicos.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Bayer: Anticoagulantes.
Otávio Rizzi Coelho Declaração financeira
B - financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Boheringer: Empaglifozina.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Daiichi Sankyo: Prasugrel; Bayer: Rivaroxabana; Astrazeneca: Dapaglifozina.
Paulo Ernesto Leães Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Boehringer: Anticoagulantes
Participação em comitês de compras de materiais ou fármacos em instituições de saúde ou funções assemelhadas:
Comitê de Padronização da Santa Casa de Porto Alegre
Paulo Roberto Ferreira Rossi Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Novartis: Sacubitril, Valsartan.
Paulo Rogério Soares Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Astrazeneca: Dapagliflozina; Servier: Ticagrelor; Bayer: Rivaroxabana.
Pedro Alves Lemos Neto Nada a ser declarado
Pedro Silvio Farsky Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Aliança Boehringer Ingelheim/Lilly: I -SGLT2.
Rafael Rebêlo C. Cavalcanti Nada a ser declarado
Remo Holanda de Mendonça Furtado Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Astra Zeneca: Dapagliflozina (Diabetes, Insuficiência Cardíaca); Servier: Ticagrelor; Bayer: Rivaroxabana.
B - financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Bayer: Rivaroxabana (Covid); Astra Zeneca: Dapagliflozina (Covid), Dapagliflozina (IC); Pfizer: Tofacitinib (Covid), Apixabana (FA); EMS, Aché, Servier, Health Canada, GSK, Servier.
Renato Abdala Karam Kalil Nada a ser declarado
Renato Delascio Lopes Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Bayer: Anticoagulante; Boehringer Ingleheim: Anticoagulação e Diabetes; Pfizer: Anticoagulação; Bristol-Myers Squibb; Daiichi Sankyo; Glaxo Smith Kline; Medtronic; Merck; Portola; Sanofi.B - financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Pfizer: Apixaban; Bayer: Rivaroxaban; Novartis: Sacubitril, Valsartan.
Outros relacionamentos
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Bayer: Rivaroxabana; Pfizer: Apixabana.
Renato Jorge Alves Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Amgen: Evolocumabe; PTC: Volanesorsen; Pfizer: Apixaban.
Roberto Esporcatte Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Bayer: Anticoagulação.
Roberto Luiz Marino Declaração financeira
B - financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- CSL Behring: Infarto do Miocárdio.
Roberto Rocha Corrêa Veiga Giraldez Nada a ser declarado
Romeu Sérgio Meneghelo Nada a ser declarado
Ronaldo de Souza Leão Lima Outros relacionamentos
Participação societária de qualquer natureza e qualquer valor economicamente apreciável de empresas na área de saúde, de ensino ou em empresas concorrentes ou fornecedoras da SBC:
- Fonte Imagem: sócio minoritário.
Rui Fernando Ramos Declaração financeira
A - Pagamento de qualquer espécie e desde que economicamente apreciáveis, feitos a (i) você, (ii) ao seu cônjuge / companheiro ou a qualquer outro membro que resida com você, (iii) a qualquer pessoa jurídica em que qualquer destes seja controlador, sócio, acionista ou participante, de forma direta ou indireta, recebimento por palestras, aulas, atuação como proctor de treinamentos, remunerações, honorários pagos por participações em conselhos consultivos, de investigadores, ou outros comitês, etc. Provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Aspen: Fondaparinux.
Financiamento de atividades de educação médica continuada, incluindo viagens, hospedagens e inscrições para congressos e cursos, provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Aspen: Fondaparinux.
Sandra Nivea dos Reis Saraiva Falcão Nada a ser declarado
Talia Falcão Dalçóquio Declaração financeira
B - financiamento de pesquisas sob sua responsabilidade direta/pessoal (direcionado ao departamento ou instituição) provenientes da indústria farmacêutica, de órteses, próteses, equipamentos e implantes, brasileiras ou estrangeiras:
- Amgen, DalCor Pharma UK Ltd, CSL Behring LLC: Farmacêutica.
Viviana de Mello Guzzo Lemke Nada a ser declarado
Walmor Lemke Nada a ser declarado
William Azem Chalela Nada a ser declarado
Wilson Mathias Júnior Nada a ser declarado

Diretrizes da SBC sobre Angina Instável e IAM sem supradesnível de ST – Atualização 2021.

Coordenador Geral: José C. Nicolau; Assistente da Coordenação: Remo H.M. Furtado; Supervisão da versão em Inglês: Renato D. Lopes; Secretaria: Daniele Gullo
Parte 1 - Avaliação e Condutas na Emergência Parte 2 – Condutas Durante a Hospitalização Parte 3: Recomendações na Alta e Cuidados Pós-alta Hospitalar
Coordenadores: Coordenadores: Coordenadores:
Ari Timerman Leopoldo S. Piegas Gilson Feitosa Filho
João Luiz Petriz José A. Marin-Netto Luiz Bezerra Neto
Bruno Ferraz Dalton Précoma Eduardo Lapa
Walmor Lemke
Revisores Parte 1 Revisores Parte 2 Revisores Parte 3
Brivaldo Markman Filho Andre Franci Alexandre de Matos Soeiro
Bruno Mendonça Baccaro Edson Stefanini Alexandre Jorge de Andrade Negri
Carlos Eduardo Rochitte Euler Roberto Fernandes Manenti Carlos Eduardo Lucena Montenegro
Leonardo Sara Felipe Galego Lima Cláudio Marcelo Bittencourt das Virgens
Carlos Jose Dornas Gonçalves Barbosa Harry Correa Filho Francisco das Chagas Monteiro Júnior
Louis Nakayama Ohe Ibraim Masciarelli Francisco Pinto Henrique Patrus Mundim Pena
Luiz Carlos Bodanese Lilia Nigro Maia João Luiz de Alencar Araripe Falcão
Marcelo Bueno da Silva Rivas Luciano Moreira Baracioli Joberto Pinheiro Sena
Paulo Roberto Ferreira Rossi Luís Alberto de Oliveira Dallan José Maria Peixoto
Paulo Rogério Soares Luis Augusto P. Dallan Juliana Ascenção de Souza
Pedro Alves Lemos Neto Luiz Alberto Piva e Mattos Luiz Eduardo Fonteles Ritt
Renato Delascio Lopes Marcelo Franken Manoel Fernandes Canesin
Roberto Esporcatte Oscar Pereira Dutra Marcos José Gomes Magalhães
Roberto Luiz Marino Otávio Rizzi Coelho Múcio Tavares de Oliveira Júnior
Roberto Rocha Corrêa Veiga Giraldez Paulo Ernesto Leães Nivaldo Menezes Filgueiras Filho
Rui Fernando Ramos Renato Kalil Pedro Silvio Farsky
Talia Falcão Dalçóquio Romeu Sérgio Meneghelo Rafael Rebêlo C. Cavalcanti
William Azem Chalela Ronaldo de Souza Leão Lima Renato Jorge Alves
Vivivana Lemke Sandra Nives dos Reis Saraiva Falcão
Wilson Mathias Júnior

Definições das Recomendações e Evidências

Recomendações

  • Classe I: Condições para as quais há evidências conclusivas, ou, na sua falta, consenso geral de que o procedimento é seguro e útil/eficaz.

  • Classe II: Condições para as quais há evidências conflitantes e/ou divergência de opinião sobre segurança e utilidade/eficácia do procedimento.

  • Classe IIa: Peso ou evidência/opinião a favor do procedimento. A maioria aprova.

  • Classe IIb: Segurança e utilidade/eficácia menos bem estabelecida, não havendo predomínio de opiniões a favor.

  • Classe III: Condições para as quais há evidências e/ou consenso de que o procedimento não é útil/eficaz e, em alguns casos, pode ser prejudicial.

Evidências

  • Nível A: Dados obtidos a partir de múltiplos estudos randomizados de bom porte, concordantes e/ou de metanálise robusta de estudos clínicos randomizados.

  • Nível B: Dados obtidos a partir de metanálise menos robusta, a partir de um único estudo randomizado ou de estudos não randomizados (observacionais).

  • Nível C: Dados obtidos de opiniões consensuais de especialistas.

Mudança de recomendações

Mudança de recomendações - Marcadores Bioquímicos
Diretriz 2014 Diretriz 2020
Marcadores bioquímicos de necrose miocárdica devem ser mensurados em todos os pacientes com suspeita de síndromes coronarianas agudas sem supradesnível do segmento ST (SCASSST). Os marcadores devem ser medidos na admissão e repetidos pelo menos uma vez, 6 a 9h após (preferencialmente 9 a 12h após o início dos sintomas), caso a primeira dosagem seja normal ou discretamente elevada. I C Biomarcadores bioquímicos de necrose miocárdica devem ser mensurados em todos os pacientes com suspeita de SCASSST. Quando troponina ultrassensível estiver disponível, a dosagem sérica deve ser realizada na admissão e idealmente reavaliada em 1h ou até 2h. Caso indisponível, a troponina convencional deve ser coletada na admissão e repetida pelo menos uma vez, 3 a 6h após, caso a primeira dosagem seja normal ou discretamente elevada. I B
Creatinoquinase MB (CK-MB) massa e troponinas são os marcadores bioquímicos de escolha. I A Dosagens CK-MB massa podem ser utilizadas se dosagens de troponina não estiverem disponíveis. IIb B
Para pacientes que chegam precocemente à emergência (antes de 6h do início dos sintomas), mioglobina e troponina ultrassensível podem ser consideradas em adição a um marcador mais tardio (CK-MB ou troponina). IIb B As troponinas são os biomarcadores de escolha em pacientes com suspeita de IAM. I A
Utilização da mioglobina para detecção de necrose miocárdica em pacientes com suspeita de SCASSST. III
Mudança de recomendações - Teste ergométrico
Diretriz 2014 Diretriz 2020
Pacientes de risco baixo (clínica e eletrocardiograma [ECG]) e com marcadores bioquímicos normais devem ser encaminhados para teste ergométrico após 9h, idealmente até 12h, em regime ambulatorial. I B Pacientes de risco baixo (clínica e ECG) e com biomarcadores normais devem ser encaminhados para teste ergométrico após 9 a 12h em observação. Dentro das rotas da unidade de dor torácica (UDT), estes exames podem ser feitos como critério de alta. I B
Mudança de recomendações - Cardiologia nuclear
Diretriz 2014 Diretriz 2020
Cintilografia miocárdica de perfusão em estresse e repouso é uma alternativa ao teste ergométrico nos pacientes com impossibilidade para o mesmo. I C Cintilografia miocárdica de estresse (físico ou farmacológico) pode ser utilizada como método de estratificação em pacientes sem dor torácica recorrente, sem evidências eletrocardiográficas de isquemia e/ou elevação de troponina. I B
Pacientes em vigência de dor torácica podem ser avaliados pela cintilografia miocárdica de perfusão em repouso para determinar a origem isquêmica ou não da dor IIa A Pacientes em vigência de dor torácica e eletrocardiograma sem alterações isquêmicas podem ser avaliados pela cintilografia miocárdica de perfusão em repouso para determinar a origem isquêmica ou não da dor. IIa A
Mudança de Recomendações - Analgesia e sedação
Diretriz 2014 Diretriz 2020
Administrar sulfato de morfina a pacientes de risco intermediário e alto. I C Administrar sulfato de morfina em pacientes que mantêm dor contínua, apesar de terapia anti-isquêmica otimizada IIb B
Administrar benzodiazepínicos a pacientes de alto risco. I C Administrar benzodiazepínicos em pacientes com sinais e IIb C
Administrar benzodiazepínicos a pacientes de risco intermediário. IIa C sintomas de ansiedade persistente.
Mudança de recomendações - Nitratos
Diretriz 2014 Diretriz 2020
Uso de nitrato em pacientes com risco intermediário e alto. I C Uso de nitrato sublingual para alívio da angina. I C
Uso de nitrato endovenoso para controle de angina persistente, hipertensão arterial ou sinais de congestão. I C
Mudança de recomendações - Betabloqueadores
Diretriz 2014 Diretriz 2020
Administrar betabloqueadores por via oral (VO) a pacientes de risco intermediário e alto. I B Administrar betabloqueadores VO nas primeiras 24h em pacientes sem contraindicações (sinais de insuficiência cardíaca, sinais de baixo débito, risco aumentado de choque cardiogênico ou outras contraindicações ao betabloqueador). IIa B
Mudança de recomendações - Uso de antiplaquetários na sala de emergência
Diretriz 2014 Diretriz 2020
Tienopiridínicos em pacientes com contraindicação ao ácido acetilsalicílico (AAS). I B Em pacientes alérgicos a AAS, está indicada monoterapia inicial com inibidor P2Y12 (uso preferencial de ticagrelor ou prasugrel). I C
Mudança de recomendações - Antagonistas dos receptores da glicoproteína Ilb/IIIa
Diretriz 2014 Diretriz 2020
Adição de inibidores da GP Ilb/IIIa em pacientes que apresentam recorrência de sintomas isquêmicos na vigência de dupla antiagregação plaquetária oral e anticoagulação. IIa C Na estratégia conservadora, adição de tirofiban em pacientes que apresentam recorrência de sintomas isquêmicos na vigência de dupla antiagregação plaquetária oral e anticoagulação. IIb C
Mudança de recomendações - Anticoagulantes
Diretriz 2014 Diretriz 2020
Uso de heparina não fracionada (HNF) em todos os pacientes. I A Uso preferencial de HNF em pacientes com disfunção renal grave (clearance < 15mL/min) e obesos com peso > 150kg IIa B
Uso de heparinas de baixo peso molecular (HBPM) em todos os pacientes. I A Uso de enoxaparina em pacientes sem disfunção renal grave (clearance < 15mL/min/1,73m2), até a revascularização, por 8 dias ou até a alta hospitalar, 1mg/kg 12/12h (0,75mg/kg, 12/12h, se ≥ 75 anos; 1mg/kg, 24/24h, se clearence de creatinina entre 15 e 30mL/min/1,73m2; máximo de 150mg por dose. I A

Novas recomendações

História e exame físico
Pacientes com suspeita de SCASSST e dor persistente, dispneia, palpitações ou síncope devem ser encaminhados para serviços de emergência idealmente monitorados em ambulância. I C
Pacientes com suspeita de SCASSST com achados de menor gravidade, (i. e., sem dor persistente, dispneia, palpitações ou síncope) podem procurar por meios próprios o serviço de emergência mais próximo com capacidade de realizar ECG e dosagem de troponina. IIb C
Eletrocardiograma
O ECG deve ser repetido em caso de recorrência dos sintomas. I C
As derivações V3R-V4R, V7-V9 devem ser realizadas em pacientes que permanecem sintomáticos e apresentam ECG de 12 derivações não diagnóstico. I C
Marcadores bioquímicos
Na disponibilidade de troponina, nenhum outro marcador necessita ser solicitado para fins diagnósticos. I B
Angiografia por tomografia computadorizada das artérias coronárias
Investigação da dor torácica aguda pela técnica do descarte triplo (triple rule-out). IIb B
Rotina diagnóstica e critérios de internação
A triagem inicial deve ser realizada com base em história clínica, exame físico, ECG de 12 derivações em até 10min e troponina. I A
O escore HEART deve ser utilizado para estratificação de risco e auxílio na decisão de alta hospitalar. I B
Pacientes com escore HEART ≤ 3 associado à troponina negativa, ECG sem alteração isquêmica e ausência de antecedentes de doença arterial coronariana (DAC) podem ser liberados do serviço de emergência para reavaliação ambulatorial. I B
Triagem hospitalar realizada por enfermeiros habilitados visando ao reconhecimento precoce de pacientes sob maior risco. IIa B
Uso de escore EDACS e ADAPT para estratificação de risco clínico como opção ao escore HEART. IIa B
Utilização do escore HEART visando à liberação precoce em pacientes atendidos por ambulância. IIb C
Estratégia invasiva de urgência
A estratégia invasiva urgente/imediata está indicada em pacientes com SCASSST com angina refratária e/ou instabilidade hemodinâmica e/ou elétrica (sem comorbidades graves ou contraindicações para esses procedimentos). I A
Controle glicêmico
É recomendável mensurar, na admissão, os níveis glicêmicos de todos os pacientes com suspeita de infarto agudo do miocárdio (IAM), assim como monitorar evolutivamente a glicemia dos pacientes diabéticos ou que apresentem hiperglicemia durante a internação. I C
Controle glicêmico com protocolos de utilização de insulina intermitente deve ser considerado em pacientes com níveis glicêmicos > 180mg / dL, com cautela, para evitar episódios de hipoglicemia. IIa C
Em pacientes com maior risco de hipoglicemia, tais como idosos, nefropatas e pacientes com efeito residual de hipoglicemiantes orais e/ou em jejum, o controle glicêmico deve ser ajustado para tolerar níveis glicêmicos um pouco mais altos e, assim, prevenir hipoglicemia. IIa C
Betabloqueadores
Administrar betabloqueador por via intravenosa (IV) em pacientes com fatores de risco para choque cardiogênico. III
Terapia antiplaquetária inicial
Não realizar pré-tratamento com segundo antiplaquetário inibidor do receptor P2Y12 nos pacientes instáveis e/ou com risco elevado, indicados para estratégia invasiva de forma imediata, sendo sua utilização recomendada para sala de cateterismo quando anatomia coronariana conhecida e intervenção coronária percutânea (ICP) programada. I B
Não há indicação rotineira de se iniciar iP2Y12 como pré-tratamento em pacientes indicados para estratégia invasiva precoce (< 24h). I B
Clopidogrel (dose de ataque) independente da estratégia inicial (conservadora ou invasiva) em pacientes de muito alto risco para sangramento ou necessidade de anticoagulação oral a longo prazo. IIa C
Estratégia de pré-tratamento com prasugrel não é recomendada. III
Anticoagulantes
Uso de fondaparinux 2,5mg por via subcutânea (SC) 1 vez/dia por 8 dias ou até a alta hospitalar como alternativa à enoxaparina, especialmente no paciente de elevado risco hemorrágico. I B
Monitoramento do fator anti-Xa em pacientes com clearance entre 15 e 30mL/min e obesos com peso entre 100 e 150kg em uso de enoxaparina. IIa B
Uso preferencial de enoxaparina versus HNF em pacientes com clearance ≥ 15mL/min/1,73m2), a não ser que cirurgia de revascularização miocárdica esteja planejada para as próximas 24h. IIa B
Uso preferencial de HNF na emergência ou sala de hemodinâmica em pacientes de muito alto risco, com proposta de cateterismo imediato (< 2h). IIa C
Uso de enoxaparina em pacientes com clearance de creatinina < 15mL/min e peso > 150kg. III
Uso de fondaparinux em pacientes com clearance de creatinina < 20mL/min. III

Parte 1 – Avaliação e Condutas na Emergência

1. Introdução

A dor torácica aguda é uma das causas mais frequentes de atendimento nas unidades de emergência (UE), correspondendo a mais de 5% das visitas em UE e até 10% das visitas não relacionadas a traumatismos. A incidência de dor torácica varia entre 9 e 19 por 1.000 pessoas/ano atendidas em UE e pode representar até 40% das causas de internação hospitalar. A maioria desses pacientes recebe alta com diagnóstico de dor torácica não especificada ou causa não cardíaca; no entanto, cerca de 25% dos pacientes internados apresentam diagnóstico final de síndrome coronariana aguda (SCA).1,2

O subgrupo de pacientes que não apresentam supradesnível do segmento ST no eletrocardiograma (ECG) e contêm sintomas ou achados em exames complementares compatíveis com etiologia coronariana compõem as síndromes coronarianas agudas sem supradesnível do segmento ST (SCASSST), objeto dessa diretriz. A SCASSST pode causar morbidade significativa e mortalidade se não for tratada de forma imediata e adequada. Atraso no tratamento apropriado pode resultar em resultados adversos graves, salientando a necessidade de verificar a presença de SCA pela avaliação de dados clínicos e exames complementares.3

2. Definições

A dor torácica é o principal sintoma em um paciente com SCA. O ECG deve ser realizado e interpretado nos primeiros 10min do contato médico em pacientes suspeitos para SCA, e seus achados podem diferenciar o paciente em dois grupos:

  • SCACSST: paciente com dor torácica aguda e supradesnivelamento persistente do segmento ST ou bloqueio de ramo esquerdo (BRE) novo ou presumivelmente novo, condição geralmente relacionada com oclusão coronariana e necessidade de reperfusão imediata.

  • SCASSST: paciente com dor torácica aguda sem supradesnivelamento persistente do segmento ST, associado ou não a outras alterações de ECG que sugerem isquemia miocárdica de alguma natureza com amplo espectro de gravidade: elevação transitória do segmento ST, infradesnivelamento transitório ou persistente do seguimento ST, inversão de onda T, outras alterações inespecíficas da onda T (plana ou pseudonormalização) e até mesmo ECG normal. Neste grupo, estão os pacientes com angina instável (AI), ou seja, sem alterações de marcadores de necrose miocárdica, e aqueles com infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSSST), quando há elevação de marcadores de necrose miocárdica.

O diagnóstico de IAMSSST é confirmado quando da presença de isquemia na lesão miocárdica aguda, confirmada por elevação nos níveis de troponina. Com base em sua fisiopatologia e contexto clínico, o IAM é classificado em vários subtipos (Tabela 1.1 e 1.2). A elevação dos níveis de troponina pode ser secundária à isquemia miocárdica, mas também pode ocorrer em outras situações clínicas (Tabela 1.3).

Tabela 1.1. Lesão e infarto do miocárdio1.

Definição de lesão miocárdica
O termo lesão miocárdica deve ser empregado em pacientes com valores de troponina cardíaca, em pelo menos uma dosagem, acima do percentil 99 do limite da normalidade. A lesão é considerada aguda se houver comportamento dinâmico com ascensão e/ou queda dos valores basais. Valores de troponina persistentemente elevados são considerados lesão miocárdica crônica.
Definição de infarto agudo do miocárdio (IAM tipos 1, 2 e 3)
A definição de IAM implica a presença de lesão miocárdica aguda em um contexto clínico de isquemia miocárdica:
• Sintomas sugestivos de isquemia miocárdica aguda
• Nova alteração isquêmica no ECG
• Nova onda Q patológica no ECG
• Exame de imagem evidenciando nova alteração de contratilidade ou perda de miocárdio viável consistente com etiologia isquêmica
• Identificação de trombo intracoronário por angiografia ou necrópsia (apenas para o tipo 1)

Tabela 1.2. Classificação do infarto agudo do miocárdio (IAM) de acordo com fatores desencadeantes.

Classificação (tipos) Descrição
1 IAM espontâneo relacionado com isquemia miocárdica secundária a evento coronariano como ruptura ou erosão de placa aterosclerótica coronariana
2 IAM secundário à isquemia por desequilíbrio de oferta / demanda de oxigênio pelo miocárdio, não relacionado diretamente à aterotrombose coronariana
3 Morte súbita na presença de sintomas sugestivos de isquemia acompanhada por novas alterações isquêmicas no ECG ou fibrilação ventricular e que ocorre antes de os biomarcadores serem coletados ou de sua elevação. Ou IAM confirmado por necrópsia
4a IAM associado à intervenção coronariana percutânea ≤ 48h – definido pelo aumento de troponina maior que 5 vezes do percentil 99 do limite da normalidade ou 20% de níveis basais já aumentados, associado a um dos achados a seguir:
  • Nova alteração isquêmica no ECG

  • Nova onda Q patológica no ECG

  • Exame de imagem evidenciando nova alteração de contratilidade ou perda de miocárdio viável de padrão consistente com isquemia miocárdica

  • Achados angiográficos com complicações que levem à limitação do fluxo coronário (dissecção, oclusão de vaso epicárdico, perda de circulação colateral e embolização distal)

4b IAM associado à trombose de stent documentada por angiografia ou necrópsia
4c IAM relacionado à reestenose intrastent ou pós-angioplastia na ausência de outras lesões ou trombo intracoronário que o justifiquem
5 IAM associado à cirurgia de revascularização miocárdica ≤ 48h – definido pelo aumento maior que 10 vezes do percentil 99 do limite da normalidade ou 20% de níveis basais já aumentados, associado a um dos achados a seguir:
  • Nova onda Q patológica no ECG

  • Exame de imagem evidenciando nova alteração de contratilidade ou perda de miocárdio viável com padrão de etiologia isquêmica

  • Achado angiográfico que evidencie oclusão de novo enxerto ou artéria coronária nativa

Fonte: adaptada de Thygesen K et al.4 ECG: eletrocardiograma.

Tabela 1.3. Causas de lesão miocárdica.

Lesão miocárdica de etiologia isquêmica
Ruptura ou erosão de placa arterosclerótica com trombose
Lesão miocárdica relacionada com isquemia miocárdica por desequilíbrio entre oferta/consumo de oxigênio
Redução na perfusão miocárdica:
• Espasmo arterial coronariano
• Doença coronariana microvascular
• Embolismo coronariano
• Dissecção coronariana
• Bradiarritmia sustentada
• Hipotensão ou choque
• Falência respiratória
• Anemia grave
Aumento no consumo de oxigênio:
• Taquiarritmia sustentada
• Crise hipertensiva
Lesão miocárdica por outras condições cardíacas não isquêmicas
• Insuficiência cardíaca
• Miocardite
• Cardiomiopatias de qualquer tipo
• Síndrome de Takotsubo
• Procedimento de revascularização miocárdica
• Ablação miocárdica por cateter
• Desfibrilação ou cardioversão elétrica
• Contusão miocárdica
Lesão miocárdica por condições sistêmicas
• Sepse ou processo infeccioso ativo
• Doença renal crônica
• Acidente vascular cerebral (AVC) e hemorragia subaracnóidea
• Embolia pulmonar e hipertensão pulmonar
• Doença miocárdica infiltrativa (p. ex., amiloidose, sarcoidose)
• Agentes quimioterápicos
• Doente crítico
• Atividade física extrema

Situações em que ocorre elevação de marcadores de necrose miocárdica, na ausência de isquemia detectada por quadro clínico, ECG ou exames de imagem, devem ser definidas como lesão miocárdica aguda, e não IAM. Podem ser secundárias a causas cardíacas (como procedimentos cardiovasculares, miocardite, arritmias, insuficiência cardíaca descompensada) ou extracardíacas (como choque, anemia grave, sepse e hipóxia).4

A lesão miocárdica é frequentemente relacionada a condições clínicas de pior prognóstico. É preciso realizar a diferenciação entre causas isquêmicas ou não isquêmicas, a fim de evitar intervenções invasivas desnecessárias e direcionar condutas a outras etiologias possíveis (Tabela 1.3).

A Figura 1.1 sumariza a interpretação da elevação de troponina frente aos cenários de lesão e isquemia coronariana.

Figura 1.1. Algoritmo de interpretação da elevação de troponina. Curva de troponina significa elevação superior a 20%.

Figura 1.1

2.1. Conceito de MINOCA

Os casos de IAM sem a presença de doença arterial coronariana (DAC) obstrutiva são classificados como MINOCA (do inglês, myocardial infarction with non-obstructive coronary arteries). Aproximadamente dois terços dos pacientes com MINOCA têm apresentação clínica de IAMSSST.5

Conforme documento elaborado por grupo de trabalho organizado pela Sociedade Europeia de Cardiologia6 e a 4º Definição Universal de Infarto do Miocárdio,4 os critérios diagnósticos para MINOCA são: IAM, documentação angiográfica com ausência de DAC obstrutiva (ateromatose com estenose < 50% ou coronária normais) e nenhuma causa clinicamente evidente não coronariana que justifique a apresentação aguda.

Diferentes mecanismos fisiopatológicos podem causar MINOCA:

  • Disfunções coronárias epicárdicas (p. ex., ruptura de placa aterosclerótica, ulceração, fissuração, erosão ou dissecção coronária).

  • Desequilíbrio entre oferta e consumo de oxigênio (p. ex., espasmo coronariano e embolia coronariana).

  • Disfunção endotelial coronariana (p. ex., doença microvascular).

O prognóstico da MINOCA é extremamente variável e depende do mecanismo subjacente e de fatores de risco associados, tais como idade e sexo feminino. Alguns estudos apontam para mortalidade hospitalar inferior ao IAM com coronariopatia obstrutiva e mortalidade em 1 ano semelhante ao IAM com obstrução univascular. No entanto, na análise dos pacientes com IAMSSST do estudo ACUITY, o subgrupo com MINOCA apresentou maior mortalidade em 1 ano (4,7% vs. 3,6%), ligada a um aumento de mortes não cardíacas.7-9

O grande grupo de pacientes que se apresentam com elevação de troponina na ausência de obstrução coronariana e manifestações clínicas de infarto é classificado como portador de TINOCA (do inglês, troponin-positive nonobstructive coronary arteries), contemplando aqueles com lesão de etiologia isquêmica (MINOCA) e as demais etiologias descritas de lesão miocárdica não isquêmica (p. ex., miocardite ou síndrome de Takotsubo; vide Figura 1.2).

Figura 1.2. MINOCA e TINOCA: paradigma conceitual. Adaptada de Pasupathy et al., 2017.10.

Figura 1.2

2.2. Angina Instável

A AI é definida como isquemia miocárdica na ausência de necrose miocárdica, ou seja, com biomarcadores negativos. Durante o manejo inicial da SCA, frequentemente, é difícil diferenciar AI do IAMSSST com base apenas em critérios clínicos (i. e., antes que a dosagem de marcadores de necrose miocárdica esteja disponível), devendo ambas as entidades serem conduzidas de forma semelhante nessa fase. O aumento da sensibilidade da troponina diminuiu o percentual de pacientes diagnosticados como AI e aumentou o de pacientes com IAMSSST. Pacientes com AI têm prognósticos diferentes, podendo ter desde um risco relativamente baixo até um risco alto. As classificações de AI baseadas na apresentação clínica e em informações prognósticas facilitam a condução terapêutica, como será discutido no decorrer deste documento.11-16

3. Epidemiologia

O IAM é a principal causa de morte no Brasil e no mundo.17 Em 2017, segundo o DATASUS, 7,06% (92.657 pacientes) do total de óbitos foram causados por IAM. O IAM representou 10,2% das internações no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo mais prevalente em pacientes com idade superior a 50 anos, em que representou 25% das internações).18

No registro BRACE, que avaliou as internações por SCA em 72 hospitais no Brasil, as SCASSST representaram 45,7% das internações, das quais cerca de 2/3 ocorreram por IAM e 1/3 por AI. O estudo revelou, no geral, uma taxa reduzida de uso de terapias que impactam o prognóstico de pacientes com SCA, com importantes diferenças regionais. Além disso, desenvolveu um escore de desempenho demonstrando que quanto maior a aderência a tratamentos comprovados, menor a mortalidade.19

4. Fisiopatologia

A principal característica fisiopatológica da SCA é a instabilização da placa aterosclerótica, envolvendo erosão ou ruptura e subsequente formação de trombo oclusivo ou suboclusivo. Tal limitação de fluxo, no entanto, pode ocorrer por outros mecanismos como vasospasmo, embolia ou dissecção coronariana. Outros fatores podem estar envolvidos na fisiopatologia da SCA por alterar a oferta e/ou o consumo de oxigênio miocárdico, tais como anemia, hipertensão, taquicardia, cardiomiopatia hipertrófica, estenose aórtica, entre outras.20

Em animais, observou-se que a isquemia progride do subendocárdio ao subepicárdio. O tempo de progressão pode prolongar-se quando há a presença de irrigação colateral eficiente, redução no consumo de oxigênio pelo miocárdio e intermitência no fluxo (gerando pré-condicionamento isquêmico). A função ventricular sofre alterações decorrentes da progressão da isquemia miocárdica, ocorrendo disfunção diastólica inicialmente, seguida ou não por disfunção sistólica. A redução na duração do insulto isquêmico está relacionada com a menor área de necrose miocárdica. Diversos estudos também sugerem que o restabelecimento da perfusão é responsável por algum grau de lesão miocárdica (lesão de reperfusão), principalmente em situações de oclusão total da coronária.21

5. Avaliação inicial

5.1. Abordagem inicial

Pacientes com suspeita de SCA e sinais de gravidade (dor persistente, dispneia, palpitações decorrentes de arritmias potencialmente graves e síncope) devem ser encaminhados para serviços de emergência, idealmente monitorados em ambulância. Pacientes sem sinais de gravidade (ver sinais citados anteriormente) podem ser orientados a procurar por meios próprios o serviço de emergência mais próximo com capacidade de realizar ECG e dosagem de biomarcadores cardíacos, de preferência a troponina.

Pacientes com SCA devem ser prontamente avaliados quanto ao seu risco de complicações isquêmicas e hemorrágicas.

Diversas ferramentas (escores) foram idealizadas com esse intuito e, em conjunto com o julgamento clínico, podem auxiliar a definir quais pacientes se beneficiam de internação, exames complementares e tratamento específico.

5.2. Diagnóstico e avaliação prognóstica

5.2.1. História e dados clínicos
5.2.1.1. Caracterização da dor torácica e angina

O quadro clínico de angina pode ser definido por quatro características principais da dor: localização, característica, duração e fatores de intensificação ou alívio.

  • Localização: usualmente localizado no tórax, próximo ao esterno. Contudo, pode acometer ou irradiar do epigástrio à mandíbula, região interescapular e braços (mais comumente para o esquerdo, menos comumente para ambos ou para o braço direito).

  • Tipo: o desconforto geralmente é descrito como pressão, aperto ou peso. Por vezes, como uma sensação de estrangulamento, compressão ou queimação. Pode ser acompanhado por dispneia, sudorese, náuseas ou síncope.

  • Duração: o tempo de duração do desconforto anginoso estável geralmente é curta (< 10min); episódios ≥ 10min sugerem SCA. Contudo, duração contínua prolongada (horas ou dias) ou efêmera (poucos segundos) tem menor probabilidade de SCA.

  • Fatores de intensificação ou alívio: uma importante característica da angina é a sua relação com o esforço físico. Os sintomas classicamente aparecem ou se intensificam ao esforço. Em pacientes com antecedente de angina, uma redução no limiar de esforço necessário para desencadear angina sugere SCA. O desconforto por SCA não costuma se modificar com relação à respiração ou posição.

A história clínica do paciente com SCASSST desempenha importante papel na estratificação de risco. Na presença de angina, pacientes com SCASSST podem se apresentar em quatro situações:

  • Angina de repouso prolongada (> 20min).

  • Angina de início recente (classe II ou III pela classificação da Canadian Cardiovascular Society): em geral, são pacientes que manifestam sintomas típicos de angina em um período inferior a 2 meses e progressão para esforços menores, habituais.

  • Agravamento recente de angina estável prévia (angina em crescendo). Esforços menores desencadeando angina, aumento da intensidade e/ou duração da dor, alterações na irradiação, alterações no padrão de resposta ao uso de nitratos.

  • Angina pós-infarto.

Algumas características, antecedentes e comorbidades se relacionam com uma maior probabilidade de SCA:

  • Idade avançada e sexo masculino.

  • Fatores de risco para aterosclerose: tabagismo, diabetes, dislipidemia, hipertensão arterial e insuficiência renal crônica.

  • Antecedente familiar de DAC.

  • Aterosclerose prévia sintomática, tais como doença arterial obstrutiva periférica, doença carotídea, doença coronariana prévia.

  • Doenças inflamatórias crônicas, como lúpus ou atrite reumatoide.

Pacientes com SCA podem se apresentar com sintomas atípicos, tais como dor epigástrica isolada, sensação de plenitude gástrica, dor perfurante, dor pleurítica ou dispneia. Embora a principal forma de apresentação de SCA em mulheres e idosos (>75 anos) seja angina típica, a ocorrência de apresentações atípicas é maior nesses indivíduos, assim como em pacientes com diabetes, insuficiência renal e demência.

Sumariamente, a dor torácica pode ser classificada conforme proposto pelos investigadores do estudo CASS22 (Tabela 1.4).

Tabela 1.4. Classificação de angina proposta pelos investigadores do estudo CASS.
Dor definitivamente anginosa Dor retroesternal precipitada por esforço com irradiação para ombro, pescoço ou braço esquerdo e atenuada por repouso ou nitrato em menos de 10min
Dor provavelmente anginosa Apresenta a maioria das características da dor definitivamente anginosa
Dor provavelmente não anginosa Dor de característica atípica que não preenche critérios para dor anginosa
Dor definitivamente não anginosa Dor sem correlação com atividade física, sugere ser de origem extracardíaca e não é atenuada por nitratos

Fonte: Adaptada de National Heart Lung and Blood Institute Coronary Artery Study.22

5.2.1.2. SCASSST no Idoso

Os idosos com SCA geralmente apresentam perfil de risco diferente dos não idosos: têm maior prevalência de hipertensão arterial, diabetes melito, IAM prévio, angina, doença vascular periférica, acidente vascular cerebral (AVC), doença multiarterial e insuficiência cardíaca. Em geral, o idoso se apresenta para o atendimento médico mais tardiamente após o início dos sintomas. Na SCASSST, em vez de dor, frequentemente apresentam os chamados “equivalentes isquêmicos”, como dispneia, mal-estar, confusão mental, síncope ou edema pulmonar. Os idosos têm maior incidência de complicações na SCASSST, o que implica a necessidade de tratamento mais intensivo. Entretanto, especialmente naqueles acima de 75 anos de idade, frequentemente, a terapêutica mais adequada – com betabloqueador, ácido acetilsalicílico (AAS), anticoagulante e hipolipemiante – não é utilizada. No registro do estudo TIMI III,23 com 3.318 pacientes portadores de SCASSST, 828 pacientes tinham mais de 75 anos. Esses indivíduos receberam terapêutica anti-isquêmica e foram submetidos à cinecoronariografia em menor percentual, em relação aos mais jovens. Embora apresentassem DAC mais grave e extensa, foram menos frequentemente submetidos a procedimentos de revascularização miocárdica e tiveram mais eventos adversos em até 6 semanas de evolução. Em estudo de banco de dados nacional, a utilização de terapias comprovadamente eficazes após SCA aumentou nos últimos 15 anos tanto nos muito idosos (idade > 80 anos) quanto nos mais jovens (< 50 anos), sendo tal aumento associado à melhora da sobrevida pós-alta nos dois grupos.24

5.2.1.3. História Pregressa
5.2.1.3.1. Pacientes Submetidos a Procedimentos de Revascularização Miocárdica-Intervenção Coronária Percutânea e/ou Cirurgia de Revascularização do Miocárdio

A recorrência de angina após cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM) ou intervenção coronária percutânea (ICP) pode significar o desenvolvimento de complicações agudas, novas lesões, trombose do stent ou reestenose. Dor torácica até 48h após intervenção percutânea sugere a ocorrência de obstrução aguda, espasmo coronário transitório, trombo não oclusivo, oclusão de ramo ou embolização distal. A dor torácica recorrente cerca de 6 meses após implante de stent convencional ou, mais tardiamente, após implante de stent farmacológico está mais provavelmente relacionada à reestenose. Por outro lado, o aparecimento de angina após 1 ano do implante de stent geralmente se relaciona à nova lesão coronária ou a reestenose de stent por neoaterosclerose. No caso da CRVM, o aparecimento de dor precocemente geralmente se associa à obstrução trombótica do enxerto. Do primeiro mês até o primeiro ano pós-CRVM, o mecanismo geralmente é o de hiperplasia fibrosa da íntima; após esse período, é indicativo de nova lesão aterosclerótica e/ou degeneração não trombótica do enxerto. O registro TIMI III comparou a incidência de óbito ou infarto não fatal entre pacientes que apresentaram SCASSST com ou sem CRVM prévia. Os pacientes com CRVM prévia tiveram taxas mais elevadas de complicações tanto na análise de até 10 dias pós-admissão (4,5% no grupo com CRVM prévia vs. 2,8% no grupo sem CRVM) quanto na análise após 42 dias (7,7% vs. 5,1%, respectivamente), sugerindo que este seja um grupo de maior risco, sobretudo por apresentarem aterosclerose mais extensa.25

5.2.1.3.2. Fatores de Risco para Doença Arterial Coronariana

Alguns estudos sugerem melhor evolução entre os tabagistas, provavelmente pelo fato de tais indivíduos sofrerem SCA em idade mais precoce e com menor carga aterosclerótica do que os não tabagistas.26,27 Por outro lado, Antman et al. demonstraram que a presença de três ou mais fatores de risco para DAC (hipertensão arterial sistêmica, diabetes, dislipidemia, história familiar e tabagismo) constitui marcador independente de pior prognóstico.28

5.2.2. Exame Físico

Durante a avaliação de indivíduos com SCASSST, o exame físico auxilia na identificação de indivíduos de maior risco (aqueles com sinais de disfunção ventricular grave ou complicações mecânicas) e no diagnóstico diferencial da dor torácica não relacionada com SCA.

Como regra, o exame físico normal ou com discretas alterações é insuficiente para estratificação de risco do paciente, pois até pacientes com lesões multiarteriais ou de tronco de coronária esquerda podem apresentar exame físico normal.29-31 No entanto, quando presentes, as alterações no exame físico podem ter implicações importantes na categorização do paciente como de alto risco.

Entre os achados de mau prognóstico, destacam-se a presença de sopro sistólico em foco mitral, taquicardia, taquipneia, hipotensão, sudorese, pulsos finos, terceira bulha e estertores pulmonares.

Alterações do exame físico permitem o diagnóstico diferencial de SCA com outras causas de dor torácica:

  • Cardíacas: pericardite (atrito pericárdico), tamponamento cardíaco (pulso paradoxal), estenose aórtica (sopro sistólico aórtico), miocardiopatia hipertrófica (sopro sistólico ejetivo paraesternal que aumenta com manobra de Valsalva).

  • Não cardíacas: dissecção de aorta (divergência de pulso e pressão entre os braços e sopro diastólico de insuficiência aórtica), embolia pulmonar/infarto pulmonar (atrito pleural), pneumotórax (murmúrio vesicular diminuído e timpanismo à percussão), musculoesquelética (dor à palpação).

História e exame físico - Sumário de recomendações e evidências
Pacientes com suspeita de SCASSST e dor persistente, dispneia, palpitações ou síncope devem ser encaminhados para serviços de emergência, idealmente monitorados em ambulância. I C
Pacientes com suspeita de SCASSST com achados de menor gravidade, (i. e., sem dor persistente, dispneia, palpitações ou síncope) podem procurar por meios próprios o serviço de emergência mais próximo com capacidade de realizar ECG e dosagem de troponina. IIb C
5.2.3. Eletrocardiograma

O ECG de 12 derivações é a primeira ferramenta diagnóstica no manejo de pacientes com SCA suspeita. Idealmente, deve ser realizado e interpretado no atendimento pré-hospitalar ou em até 10min após a admissão hospitalar.

Cerca de 1% a 6% dos pacientes com SCASSST têm ECG normal, ou não diagnóstico, à admissão. Nessa situação, o ECG deve ser repetido entre 15 e 30min, principalmente em indivíduos que seguem sintomáticos. Um ECG normal ou não diagnóstico pode ocorrer mesmo na vigência da oclusão da artéria circunflexa ou da coronária direita. Dessa forma, recomenda-se a realização adicional das derivações V3R, V4R, V7, V8 e V9 para aumentar a sensibilidade do método.

Mais de 1/3 dos pacientes apresentam alterações características de SCA como depressão do segmento ST, elevação transitória de segmento ST e inversão de onda T. Alterações dinâmicas no segmento ST (depressão ou elevação do ST) ou inversões da onda T durante episódio doloroso, que se resolvem pelo menos parcialmente quando os sintomas são aliviados, são importantes marcadores de prognóstico adverso, ou seja, subsequente IAM ou morte.32 Pacientes com alterações de ST em derivações anteriores frequentemente apresentam estenose significativa da artéria coronária descendente anterior e constituem um grupo de alto risco.

Alterações do segmento ST e da onda T não são específicos da SCASSST e podem ocorrer em uma série de condições, que incluem: hipertrofia ventricular, pericardite, miocardite, repolarização precoce, alteração eletrolítica, choque, disfunção metabólica e efeito digitálico.

A acurácia diagnóstica de um ECG anormal aumenta quando se dispõe de um traçado de ECG prévio para comparação.

A presença de elevação transitória de segmento ST caracteriza a clássica descrição da angina variante de prinzmetal ou angina vasoespástica. A presença concomitante de elevação do ST nas derivações anteriores e inferiores (refletindo isquemia extensa) se associa a maior risco de morte súbita.33

5.2.3.1. Achados do Eletrocardiograma e Prognóstico

Pacientes com SCASSST têm elevado risco de apresentarem, durante sua evolução, alterações isquêmicas de ECG (infra ou supra ST), fibrilação atrial e arritmias ventriculares. Essas alterações implicam pior prognóstico.31 No estudo GUSTO II, o ECG de apresentação dos pacientes com SCA teve importância prognóstica em relação à mortalidade precoce.34

Bloqueio de ramo esquerdo, hipertrofia ventricular esquerda ou ritmo de marca-passo (MP) cursaram com mortalidade de 11,6%; depressão do segmento ST com 8%; elevação do segmento ST com 7,4%; e inversão da onda T ou ECG normal com 1,2%. No estudo complementar com ECG do Registro TIMI III,35 em 1.416 pacientes com SCA, as seguintes formas de apresentação do ECG foram observadas: desvio do segmento ST ≥ 1mm em 14,3%; bloqueio de ramo esquerdo (BRE) em 19%; inversão isolada da onda T em 21,9%; e ausência dessas alterações em 54,9%.

Eletrocardiograma - Sumário de recomendações e evidências
Todos os pacientes com suspeita de SCASSST devem realizar ECG. Idealmente, o ECG deve ser realizado em até 10min após a chegada do paciente ao hospital. I B
O ECG deve ser repetido nos casos não diagnósticos, pelo menos uma vez, em até 6h. I C
O ECG deve ser repetido em caso de recorrência dos sintomas. I C
As derivações V3R-V4R, V7-V9 devem ser realizadas em pacientes que permanecem sintomáticos e apresentam ECG de 12 derivações não diagnóstico. I C
5.2.4. Biomarcadores

Marcadores bioquímicos são úteis para auxiliar tanto no diagnóstico quanto no prognóstico de pacientes com SCA. Quando as células miocárdicas sofrem lesão, suas membranas celulares perdem a integridade, as proteínas intracelulares se difundem no interstício e vão para os linfáticos e capilares. Após a lesão miocárdica, a cinética dos marcadores depende de diversos fatores: o compartimento intracelular das proteínas; o tamanho das moléculas; o fluxo regional linfático e sanguíneo; e a taxa de depuração do marcador. Tais fatores, em conjunto com as características de cada marcador, diferenciam o desempenho diagnóstico de cada um para IAM.36

Em pacientes que se apresentam com quadro sugestivo de SCA, nos quais o diagnóstico de IAM não está estabelecido, os biomarcadores cardíacos são úteis para confirmar o diagnóstico de infarto. Além disso, os mesmos fornecem importantes informações prognósticas, na medida em que existe uma direta associação entre a elevação dos marcadores séricos e o risco de eventos cardíacos a curto e médio prazo.37 Os resultados dos marcadores de necrose devem estar disponíveis em até 60min a partir da coleta. Caso a estrutura disponível de laboratório de análises clínicas não viabilize esta meta, as tecnologias point of care devem ser consideradas.38

5.2.4.1. Troponinas

As troponinas são proteínas do complexo de regulação miofibrilar presentes no músculo estriado cardíaco. Existem três subunidades: troponina T, troponina I e troponina C. A troponina C é coexpressa nas fibras musculares esqueléticas de contração lenta e não é considerada como um marcador específico cardíaco. Nas últimas décadas, foram desenvolvidas técnicas de imunoensaios com anticorpos monoclonais específicos para troponinas T cardíaca (TnTc) e troponina I cardíaca (TnIc). Metanálises demonstraram que TnIc tem sensibilidade e especificidade clínica para o diagnóstico de IAM na ordem de 90% e 97%, respectivamente. As troponinas cardíacas permanecem elevadas por tempo mais prolongado, podendo permanecer elevadas por até 7 dias depois do IAM. As troponinas são os biomarcadores de primeira escolha para avaliação diagnóstica de pacientes com suspeita de IAM, pois apresentam acurácia diagnóstica superior à da CK-MB massa e dos demais biomarcadores de lesão miocárdica. Pacientes com troponinas elevadas apresentam risco aumentado de eventos cardíacos nos primeiros dias de internação e identificam um subgrupo de SCASSST com potencial maior de benefício para manuseio invasivo.39 Apesar da identificação acurada de lesão miocárdica pelas troponinas, elas não identificam o(s) mecanismo(s) de lesão; estes podem ser múltiplos, incluindo etiologias não coronarianas como taquiarritmias e miocardite, ou ainda condições não cardíacas, como sepse, embolia pulmonar e insuficiência renal.40 Assim, principalmente naqueles casos em que a apresentação clínica não é típica de SCA, devem ser consideradas outras causas de lesão cardíaca relacionadas com aumento de troponinas.

As troponinas têm reconhecido valor na avaliação de pacientes com alterações isquêmicas no ECG ou com clínica sugestiva de dor anginosa. A maior limitação das troponinas convencionais é sua baixa sensibilidade quando o paciente tem um tempo de início do quadro inferior a 6h. Com a introdução das troponinas de alta sensibilidade (Trop-US), passou a ser possível a detecção de níveis mais baixos de troponina, em menor tempo após início do quadro de lesão miocárdica de causa isquêmica.41,42 A unidade usada para expressar os valores da troponina convencional é ng/mL, e nas Trop-US, os valores podem ser expressos em ng/L, com poder de detecção 10 a 100 vezes maior que o das troponinas convencionais.

Nos pacientes que chegam ao serviço de emergência com menos de 3h do início do quadro, as Trop-US são significativamente mais sensíveis que a troponina convencional para diagnóstico de SCA, melhorando em 61% o poder diagnóstico de IAM naquele momento e em 100% se a coleta for 6h após o início do quadro.43 Com o aumento da sensibilidade e da acurácia diagnóstica para detecção do IAM utilizando a troponina ultrassensível, foram propostos algoritmos de diagnóstico acelerado. Assim, podemos reduzir o tempo até o diagnóstico, traduzindo menor tempo de permanência na emergência e menor custo.44-46 É recomendada a utilização do algoritmo de investigação em 3h (ver fluxograma de rotina diagnóstica e critérios de internação)

5.2.4.2. Creatinoquinase, suas Isoenzimas e Isoformas

Antes da consolidação das troponinas como biomarcadores com maior acurácia para diagnóstico do IAM, a creatinoquinase MB (CK-MB) era o biomarcador mais utilizado nos protocolos de dor torácica. Idealmente, a CK-MB deve ser mensurada por imunoensaio para dosagem da sua concentração no plasma (CK-MB massa) em vez da sua atividade. Essa mudança no padrão de aferição se deve, em parte, a estudos que demonstraram uma maior sensibilidade e especificidade para IAM com o uso de CK-MB massa.47 As subformas da CK-MB têm surgido como marcadores precoces (menos de 6h) de lesão miocárdica e inferência precoce da magnitude do IAM, conforme dado de estudo de necrópsia que demonstrou melhor correlação entre CK-MB massa e tamanho de IAM.48 No entanto, a CK-MB massa apresenta como principal limitação elevar-se após dano em outros tecidos não cardíacos (falso-positivos), especialmente após lesão em músculo liso e esquelético. Podem acontecer resultados falso-positivos, em que a CK-MB é positiva e a troponina é negativa em cerca de 4% dos pacientes.49 Nos casos em que a CK-MB está elevada e a troponina está normal, ambas dentro de sua janela cinética, deve-se basear a decisão clínica no resultado da troponina.

Marcadores bioquímicos - Sumário de recomendações e evidências
As troponinas são os biomarcadores de escolha no diagnóstico de pacientes com suspeita de IAM. I A
Na disponibilidade de troponina ultrassensível, nenhum outro marcador deve ser solicitado rotineiramente para diagnóstico de IAM. I B
Biomarcadores bioquímicos de necrose miocárdica devem ser mensurados em todos os pacientes com suspeita de SCASSST. Quando troponina ultrassensível estiver disponível, a dosagem sérica deve ser realizada na admissão e, idealmente, reavaliada em 1h ou até 2h. Caso indisponível, a troponina convencional deve ser coletada na admissão e repetida pelo menos uma vez, 3 a 6h após, caso a primeira dosagem seja normal ou discretamente elevada. I B
Dosagens CK-MB massa podem ser utilizadas se dosagens de troponina não estiverem disponíveis. IIb B
Utilização da mioglobina para detecção de necrose miocárdica em pacientes com suspeita de SCASSST. III
5.2.5. Exames de Imagem Não Invasivos na Emergência
5.2.5.1. Avaliação Funcional

Os exames não invasivos têm importante papel no diagnóstico (sobretudo em pacientes com ECG e biomarcador normal) e na estratificação de risco do paciente com suspeita de SCA. A escolha de cada um – quer teste ergométrico, cintilografia de perfusão miocárdica, ressonância cardíaca ou angiografia por tomografia computadorizada das artérias coronárias – dependerá do objetivo e da questão clínica a ser respondida.50

5.2.5.2. Teste Ergométrico na Sala de Emergência

Pacientes com dor torácica no setor de emergência, identificados como de risco baixo ou intermediário, podem ser submetidos ao teste ergométrico (TE), cujo resultado normal confere risco anual baixo de eventos cardiovasculares, permitindo a alta hospitalar mais precoce e segura.50 Diretrizes nacionais e internacionais recomendam o TE como exame de primeira escolha para a estratificação de risco em pacientes que possam realizar exercício, por ser procedimento de baixo custo, ter larga disponibilidade e com baixa frequência de intercorrências.51 No entanto, devem ser afastadas as situações de SCA de moderado a alto risco e alto risco, doenças agudas da aorta, tromboembolismo pulmonar, miocardite e pericardite, pois são contraindicações absolutas para realizar esse exame. Os protocolos devem ser definidos de acordo com as condições clínicas do paciente, sendo os mais recomendados em rampa, Naughton ou Bruce modificado.

Resumo das indicações do TE na SCA (caracterizar baixo risco após estratificação clínica inicial):

  • ECG basal e biomarcadores (necrose) sem alterações.

  • Ausência de sintomas (dor precordial ou dispneia).

  • Estabilidade hemodinâmica e condições adequadas para o esforço físico.

Se o resultado do TE for normal e o paciente tiver evidenciado boa capacidade funcional, outros procedimentos podem não ser necessários em virtude do alto valor preditivo negativo da prova.51

Teste ergométrico - Sumário de recomendações e evidências
Pacientes de risco baixo (clínica e ECG) e com biomarcadores normais devem ser encaminhados para teste ergométrico após 9 a 12h em observação. Dentro das rotas da unidade de dor torácica (UDT), estes exames podem ser feitos como critério de alta. I B
Na impossibilidade de realização do TE ou ECG não interpretável (bloqueio de ramo esquerdo, marca-passo artificial, fibrilação atrial, sobrecarga ventricular esquerda etc.), o paciente pode ser submetido a exames provocativos de isquemia associados à imagem não invasiva I B
5.2.5.3. Ecocardiografia

O ecocardiograma é um método complementar de grande utilidade na avaliação da dor torácica na emergência.52-54 É um exame não invasivo, e a informação diagnóstica é disponibilizada em curto espaço de tempo.55-59 Quando realizado durante um episódio de dor precordial, a ausência de anormalidade de contração segmentar ventricular é uma evidência contrária à isquemia como causa do sintoma. Embora o ecocardiograma não seja capaz de garantir se a alteração segmentar é recente ou preexistente, a presença de anormalidades de contração segmentar reforça a probabilidade de DAC, sendo indicativa de infarto, isquemia ou ambos, embora possa também ser evidenciada em casos de miocardites.60-62

Além disso, outras etiologias não menos importantes de dor torácica – tais como dissecção aórtica, estenose aórtica, miocardiopatia hipertrófica e doença pericárdica – podem ser avaliadas pelo método. Doença coronária importante é habitualmente encontrada em pacientes com AI. Esses pacientes são geralmente identificados por história clínica, e alterações eletrocardiográficas reversíveis podem ser detectadas, concomitantes aos episódios de dor. Quando a história e o ECG não são típicos, a documentação de anormalidade da contração segmentar ao ecocardiograma, durante ou imediatamente após um episódio doloroso, sugere fortemente o diagnóstico.63 O ecocardiograma avalia ainda a presença e a extensão da disfunção ventricular, assim como a presença e a gravidade de anormalidades valvares.

Além da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) e da motilidade segmentar, outros parâmetros também são importantes para se avaliar prognóstico. Ersbǿll et al. estudaram pacientes com infarto e FEVE > 40% dentro de 48h da admissão de forma prospectiva. Todos os pacientes foram submetidos à ecocardiografia com avaliação semiautomatizada de strain global longitudinal (SGL). De um total de 849 pacientes, 57 (6,7%) tiveram eventos cardíacos graves, e SGL > –14% se associou a um aumento de 3 vezes no risco daqueles eventos.63

5.2.5.4. Ecocardiografia de Estresse

A ecocardiografia de estresse vem adquirindo aceitação crescente na avaliação de pacientes no departamento de emergência, e precocemente após hospitalização.64 Um estudo analisou 108 pacientes observados por 4h com enzimas seriadas e ECG e submetidos a teste ergométrico ou à ecocardiografia de estresse com dobutamina. Dez pacientes evidenciaram positividade ao teste ergométrico. O mesmo aconteceu com 8 pacientes à ecocardiografia de estresse. Os exames foram concordantes em 4 pacientes. Todos os pacientes com ecocardiografia de estresse sem evidência de isquemia estiveram livres de eventos cardíacos ao final de 12 meses de seguimento, bem como 97% dos pacientes com testes ergométricos negativos.65

Estudo nacional avaliou 95 pacientes com AI de baixo e moderado risco com o ecocardiograma sob estresse com dobutamina, a maioria estudada nas primeiras 72h de internação hospitalar. Em relação aos desfechos clínicos analisados (morte, IAM, nova internação por AI e procedimentos de revascularização miocárdica), o exame demonstrou ser seguro e com um excelente valor preditivo negativo (96%), permitindo alta hospitalar precoce sem a necessidade de outros exames.66 A utilização de técnicas de perfusão para realização do ecocardiograma de estresse pode aumentar sensibilidade diagnóstica, e suas aplicações são discutidas.na Parte 2 desta diretriz.

Por ser um exame acessível, rápido, não invasivo e de baixo custo, a ecocardiografia tem a capacidade de oferecer informação prognóstica adicional aos parâmetros anteriormente citados, por meio da avaliação da função ventricular global, regional e a identificação de valvopatia associada, podendo ser utilizado rotineiramente na investigação desses pacientes. Suas desvantagens são janela limitada em alguns pacientes e sensibilidade reduzida do estresse com dobutamina em pacientes utilizando betabloqueador.

Ecocardiografia - Sumário de recomendações e evidências
O ecocardiograma transtorácico deve ser realizado no diagnóstico diferencial com outras doenças, quando houver suspeita clínica de doenças de aorta, doenças do pericárdio, embolia pulmonar e valvopatias. I C
Ecocardiograma de urgência nos casos de complicações decorrentes de SCASSST, como comunicação interventricular e insuficiência mitral. I C
Ecocardiografia de estresse pode ser utilizada como método de estratificação funcional em pacientes sem dor torácica recorrente e sem evidências eletrocardiográficas de isquemia e/ou elevação de troponina. I B
Pacientes em vigência de dor torácica podem ser avaliados por ecocardiograma em repouso, para verificar a presença de alterações compatíveis com etiologia isquêmica. IIa C
5.2.5.5. Cardiologia Nuclear

Vários estudos sugerem que indivíduos com uma cintilografia miocárdica em repouso de baixo risco, realizada na unidade de emergência, apresentam risco de eventos cardíacos subsequentes bastante reduzido. Por outro lado, em pacientes com uma CMP de alto risco, há probabilidade muito aumentada de eles desenvolverem IAM, serem revascularizados (cirurgia ou angioplastia) ou de apresentarem lesões coronárias obstrutivas à coronariografia.67-69 No estudo ERASE (Emergency Room Assessment of Sestamibi for Evalution of Chest Pain), em que foram avaliadas estratégias de atendimento de pacientes com SCA com ECG normal ou não diagnóstico, ainda na sala de emergência, observou-se taxa de admissão de 54% para os pacientes que realizaram CMP e de 63% para os outros, sugerindo que a estratégia inicial com estudo cintigráfico ao repouso é um bom estratificador de risco.70

Diretrizes internacionais recomendam o emprego da imagem de perfusão miocárdica em repouso na dor torácica aguda para estratificação de risco em pacientes com suspeita de SCA e ECG não diagnóstico.71-73

Momento de injeção do radiofármaco:

As principais aplicações da CPM dentro das primeiras horas da chegada do paciente ao hospital são:

  • Injeção do radiofármaco (sestamibi/MIBI ou tetrofosmin marcados com tecnécio-99m, ou sestamibi-99mTc e tetrofosmin-99mTc) em repouso, durante o episódio de dor torácica, com ECG normal ou inespecífico, objetivando rápida definição diagnóstica.

  • Injeção do radiofármaco em repouso, na ausência de dor torácica, com ECG normal ou inespecífico, com cessação do sintoma há menos que 6h, mas preferencialmente dentro das 2h precedentes. Wackers et al. demonstraram, nos casos de injeção realizada até 6h da dor na SCA, que a incidência de anormalidades de perfusão foi de 84%, diminuindo para 19% quando a administração intravenosa do radiofármaco ocorreu entre 12 e 18h do último episódio doloroso.74

De modo global, as imagens de perfusão em repouso com radiofármacos na avaliação da dor torácica aguda não apresentam contraindicações formais e são bem toleradas pela maioria dos pacientes. A CMP com estresse físico ou estímulo farmacológico nos pacientes com SCA de risco baixo ou intermediário é recomendada após estabilização do quadro agudo, sendo realizada habitualmente durante hospitalização. Condições clínicas e hemodinâmicas estáveis são primordiais em ambas as situações. Limitações do método são disponibilidade no nosso meio e custo.

Cardiologia nuclear - Sumário de recomendações e evidências
CPM em repouso na dor torácica aguda para estratificação de risco em pacientes com suspeita clínica de SCA e ECG não diagnóstico. I A
Cintilografia miocárdica de estresse (físico ou farmacológico) pode ser utilizada como método de estratificação funcional em pacientes sem dor torácica recorrente, sem evidências eletrocardiográficas de isquemia e/ou elevação de troponina I B
Pacientes em vigência de dor torácica e eletrocardiograma sem alterações isquêmicas podem ser avaliados pela cintilografia miocárdica de perfusão em repouso para determinar a origem isquêmica ou não da dor IIa A
5.2.5.6. Avaliação Anatômica: Angiotomografia das Artérias Coronárias

Nos últimos anos, a angiotomografia (angioTC) das artérias coronárias se tornou uma ferramenta cada vez mais utilizada na avaliação de pacientes com suspeita de doença coronariana obstrutiva. A acurácia do método para o diagnóstico de estenose luminal, quando comparada à angiografia coronariana invasiva, já está bem demonstrada, com destaque para o seu alto valor preditivo negativo.75-77 Além disso, vários trabalhos comprovam o valor prognóstico do método relacionado à presença e extensão de DAC obstrutiva e não obstrutiva, testado em diversas situações clínicas, auxiliando na tomada de decisões.78,79

Três grandes estudos multicêntricos, controlados e randomizados avaliaram o uso da angioTC na dor torácica atendida em unidades de emergência, incluindo, no total, mais de 3 mil pacientes. O estudo multicêntrico CT-STAT randomizou 699 pacientes com dor torácica de baixo risco para estratégias de estratificação utilizando a angioTC de coronárias ou a cintilografia miocárdica de repouso e estresse.80 A estratégia com a angioTC reduziu em 54% o tempo para o diagnóstico e em 38% os custos da internação, sem que houvesse diferença na taxa de eventos adversos com relação à estratégia com a cintilografia. O estudo ACRIN-PA teve como objetivo primário avaliar a segurança da utilização da angioTC na avaliação de pacientes com dor torácica de risco baixo e intermediário em comparação com a abordagem tradicional.81 Nenhum dos pacientes com angioTC negativa apresentou o desfecho primário analisado, composto de morte cardíaca ou infarto nos primeiros 30 dias após a admissão. Além disso, os pacientes do grupo angioTC tiveram maior taxa de alta das unidades de emergência (49,6% vs. 22,7%) e menos dias de internação (18h vs. 24,8h, p < 0,001), sem diferenças significativas nas incidências de coronariografias ou revascularizações em 30 dias. Finalmente, o estudo ROMICAT II avaliou, em grupos semelhante de pacientes, o tempo de permanência na unidade de emergência e custos hospitalares.82 O estudo incluiu 1.000 pacientes com idade média de 54 anos (46% do sexo feminino). O tempo de permanência no hospital foi significativamente menor nos pacientes estratificados para angioTC quando comparados ao grupo submetido à avaliação tradicional (23,2 ± 37h vs. 30,8 ± 28h; p = 0,0002). O tempo até a exclusão do diagnóstico de SCA também foi menor no grupo submetido à angioTC (17,2 ± 24,6h vs. 27,2 ± 19,5h; p < 0,0001). Em relação às metas de segurança, não houve diferença significativa entre os grupos. No grupo estratificado pela angioTC, houve aumento significativo dos pacientes que receberam alta hospitalar diretamente da emergência (46,7% vs. 12,4%; p = 0,001), mas o uso de testes diagnósticos foi significativamente maior neste grupo (97% vs. 82%, p < 0,001). Apesar do custo mais elevado associado à realização da angioTC e de uma tendência a maior número de cateterismos e revascularizações, os custos globais foram similares entre os dois grupos (p = 0,65).

Metanálise posteriormente publicada confirmou que a estratégia de avaliação de pacientes com dor torácica aguda utilizando a angioTC das artérias coronárias, em comparação com abordagens tradicionais, está relacionada à redução de custo e tempo de internação, com aparente aumento do número de angiografias invasivas e revascularização miocárdica.83

5.2.5.6.1. Descarte Triplo

A angioTC pode ser utilizada na sala de emergência tanto para a visualização das artérias coronárias quanto para obter informações relativas à aorta e às artérias pulmonares, permitindo a avaliação de síndromes aórticas agudas, tromboembolismo pulmonar ou outras alterações torácicas que possam ser diagnósticos diferenciais das SCA (como pneumonias e traumatismos).84,85 Por meio de protocolos de aquisição específicos, todas essas informações podem ser obtidas em um único exame. Essa abordagem recebe o nome de descarte triplo (triple rule-out), porém só deve ser utilizada em situações específicas, nas quais a avaliação clínica é incapaz de direcionar o diagnóstico.86

Em resumo, a utilização da angioTC das artérias coronárias nas unidades de emergência é uma estratégia segura e eficiente para a avaliação de pacientes com dor torácica aguda de risco baixo e intermediário, reduzindo o tempo para o diagnóstico correto e o tempo de internação.87 Desvantagens do método são a utilização de radiação ionizante, custo elevado, necessidade de contraste iodado, limitação em pacientes com frequência cardíaca acima de 80 batimentos por minuto ou que não possam utilizar betabloqueador e disponibilidade reduzida em nosso meio.

Angiografia por tomografia computadorizada das artérias coronárias - Sumário de recomendações e evidências
Em pacientes com dor torácica aguda de probabilidade baixa a intermediária de DAC, com ECG não diagnóstico e marcadores de necrose miocárdica negativos. I A
Investigação da dor torácica aguda pela técnica do descarte triplo (triple rule-out). IIb B

5.3. Estratificação de risco

5.3.1. Estratificação de risco de eventos isquêmicos cardiovasculares

Antman et al., a partir de uma análise do banco de dados do estudo TIMI (Thrombolysis In Myocardial Infarction) 11B, encontraram os seguintes marcadores independentes de pior prognóstico em pacientes com SCASSST (“escore de risco do grupo TIMI”): idade ≥ 65 anos; elevação de marcadores bioquímicos; depressão do segmento ST ≥ 0,5mm; uso de AAS nos 7 dias prévios aos sintomas; presença de três ou mais fatores de risco tradicionais para DAC (hipertensão, hipercolesterolemia, diabetes melito, tabagismo, história familiar); DAC conhecida; angina grave recente (< 24h).28 Conferindo um ponto para cada um desses itens, o paciente é classificado em baixo risco (escore de 0 a 2), risco intermediário (escore de 3 a 4) ou alto risco (escore de 5 a 7). Tal escore de risco foi validado em outros estudos de SCASSST, observando-se em todos eles uma associação entre elevação na incidência de eventos (óbito, reinfarto e isquemia recorrente necessitando de revascularização) e maior escore de risco (Figura 1.3).

Figura 1.3. Escores de estratificação de risco clínico para dor torácica.

Figura 1.3

O escore de risco GRACE (Global Registry of Acute Coronary Events) permite uma estratificação mais acurada tanto na admissão quanto na alta hospitalar, graças ao seu bom poder discriminatório (Figura 1.4). Entretanto, apresenta maior complexidade, com a necessidade da utilização de computador ou aparelho digital de uso pessoal para o cálculo do risco.88 O escore GRACE original fornece uma estimativa de óbito intra-hospitalar ou óbito e IAM em 6 meses após a alta e, posteriormente, o escore também foi validado para estimativa de risco de 1 e 3 anos. Neste escore, 8 variáveis prognósticas de mortalidade hospitalar foram identificadas, sendo o escore total de um determinado paciente obtido pela soma dos pontos de cada uma delas:

Figura 1.4. Escore de risco GRACE.

Figura 1.4

Fonte: adaptada de Granger et al.89

  1. Idade em anos – variando de 0 ponto (< 30) a 100 pontos (> 90).

  2. Frequência cardíaca (bpm) – variando de 0 ponto (< 50) a 46 pontos (> 200).

  3. Pressão arterial sistólica (mmHg) – variando de 0 ponto (> 200) a 58 pontos (< 80).

  4. Níveis de creatinina (mg/dL) – variando de 1 ponto (< 0,40) a 28 pontos (> 4,0).

  5. Insuficiência cardíaca (Classe Killip) – variando de 0 ponto (classe I) a 59 pontos (classe IV).

  6. Parada cardíaca na admissão – variando de 0 ponto (não) a 39 pontos (sim).

  7. Desvio do segmento ST – variando de 0 ponto (não) a 28 pontos (sim).

  8. Elevação dos níveis de biomarcadores de lesão cardíaca – variando de 0 ponto (não) a 14 pontos (sim).

Quando a soma dos pontos for ≤ 108, o paciente é considerado de baixo risco para óbito hospitalar, cuja incidência é ≤ 1%. Quando se situa entre 109 e 140 (risco intermediário) a mortalidade está entre 1% e 3%; quando a soma for maior que 140 (alto risco), a mortalidade é superior a 3%.89 Uma nova versão do ESCORE GRACE (GRACE 2.0), com as mesmas variáveis preditoras de desfecho, foi desenvolvida. ampliando a estimativa de risco para os desfechos de morte intra-hospitalar aos 6 meses, 1 ano e 3 anos e de risco de morte ou IAM em 1 ano.90 A Tabela 1.5 mostra a estratificação de risco baseada em variáveis clínicas, eletrocardiográficas e laboratoriais.

Tabela 1.5. Estratificação de risco de morte ou infarto em pacientes com síndrome isquêmica aguda sem supradesnível do segmento ST91.
Alto Moderado Baixo
Varável Prognóstica Pelo menos uma das características a seguir deve estar presente Nenhuma característica de alto risco, mas com alguma das que seguem adiante Nenhuma característica de risco intermediário ou alto, mas com alguma das que seguem adiante
História Agravamento dos sintomas nas últimas 48h. Idade > 75 anos Idade = 70 a 75 anosInfarto prévio, doença cerebrovascular ou periférica, diabetes melito, cirurgia de revascularização, uso prévio de AAS
Dor precordial Dor prolongada (> 20min), em repouso. Angina de repouso > 20min, resolvida, com probabilidade de DAC moderada a alta Angina em repouso ≤ 20min, com alívio espontâneo ou com nitrato Novo episódio de angina classe III ou IV da CCS nas últimas 2 semanas sem dor prolongada em repouso, mas com moderada ou alta probabilidade de DAC
Exame físico Edema pulmonar, piora ou surgimento de sopro de regurgitação mitral, B3, novos estertores, hipotensão, bradicardia ou taquicardia
Eletrocardiograma Infradesnível do segmento ST ≥ 0,5mm (associado ou não com angina), alteração dinâmica do ST, bloqueio completo de ramo, novo ou presumidamente novo. Taquicardia ventricular sustentada Inversão onda T > 2mm; ondas Q patológicas. Normal ou inalterado durante o episódio de dor
Marcadores séricos de isquemia* Acentuadamente elevados Discretamente elevados Normais
*

Troponina I cardíaca (Tnlc);

Troponina T cardíaca (TnTc) ou CK-MB (preferencialmente massa) elevados = acima do percentil 99; elevação discreta = acima do nível de detecção e inferior ao percentil 99. CCS: Canadian Cardiovascular Society; DAC: doença arterial coronariana.

O escore HEART avalia o risco de um evento cardíaco maior (infarto, necessidade ou revascularização ou morte) em 6 semanas após sua apresentação inicial em pacientes atendidos com dor torácica, e será discutido no item 5.4.

5.3.2. Estratificação de Risco de Sangramento

O sangramento é associado com prognóstico adverso nas SCASSST, e todos os esforços devem ser implementados para reduzi-lo, sempre que possível. Algumas variáveis podem auxiliar a classificar os pacientes em diferentes níveis de risco para sangramento maior durante a hospitalização. Escores de risco de sangramento foram desenvolvidos baseados em coortes de registros e de estudos clínicos no cenário de SCA. O escore CRUSADE (Can rapid risk stratification of unstable angina patients supress adverse) (www.crusadebleedingscocre.org/) foi desenvolvido a partir de uma coorte de 71.277 pacientes do registro de mesmo nome, posteriormente validado em coorte de 17.857 pacientes do mesmo registro92 (Tabela 1.6 e, em população brasileira foi preditor não apenas de sangramento mas também de mortalidade intra-hospitalar (área sob a curva ROC = 0,753, p < 0.001).93 A taxa de sangramento maior aumentou gradualmente com a elevação do escore de risco de sangramento. Esse escore tem uma acurácia relativamente alta para estimar o risco de sangramento por incorporar variáveis de admissão e de tratamento. Nesse escore, a idade não está listada entre os fatores prognósticos, mas está contida no cálculo do clearance de creatinina.

Tabela 1.6. Escore de risco de sangramento CRUSADE (referência b) | Algoritmo usado para determinar o escore de risco CRUSADE para sangramento maior intra-hospitalar.
Fator prognóstico Escores
Hematócrito basal (%)
< 31 9
31-33,9 7
34-36,9 3
37-39,9 2
> 40 0
Clearance de creatinina (mL/min)
< 15 39
16-30 35
31-60 28
61-90 17
91-120 7
> 120 0
Frequência cardíaca (bpm)
< 70 0
71-80 1
81-90 3
91-100 6
101-110 8
111-120 10
> 120 11
Sexo
Masculino 0
Feminino 8
Sinais de IC na apresentação
Não 0
Sim 7
Doença vascular prévia
Não 0
Sim 6
Diabetes melito
Não 0
Sim 6
Pressão arterial sistólica (mmHg)
< 90 10
91-100 8
101-120 5
121-180 1
181-200 3
> 200 5

IC: insuficiência cardíaca.

Outro escore foi derivado dos estudos ACUITY e HORIZONS. Seis variáveis independentes (sexo feminino, idade avançada, creatinina séria elevada, contagem de leucócitos elevada, anemia, SCA com ou sem elevação de ST) e uma variável relacionada ao tratamento (uso de heparina e inibidor de GP IIbIIIa no lugar de bivalirudina isolada), foram identificadas (Tabela 1.7). Esse escore identificou pacientes em risco aumentado de sangramento não relacionado à CRVM e mortalidade após 1 ano.94

Tabela 1.7. Escore de risco de sangramento proposto por Mehran et al.94 Algoritmo usado para determinar o escore de risco para sangramento maior intra-hospitalar.
Soma
Sexo Homens Mulheres
0 +8
Idade (anos) < 50 50-69 60-69 70-79 ≥ 80
0 +3 +6 +9 +12
Creatinina sérica (mg/dL) < 1,0 1,0- 1,2- 1,4- 1,6- 1,8- ≥ 2,0
0 +2 +3 +5 +6 +8 +10
Leucócitos totais (giga/mL) < 10 10- 12- 14- 16- 18- ≥ 20
0 +2 +3 +5 +6 +8 +10
Anemia Não Sim
0 +6
Apresentação da SCA IAM com supra – IAM sem supra – angina instável
+6 +2 0
Medicações antitrombóticas Heparina+IGP IIb/IIIa – bivalirudina
0 –5
Valor total

Ambos os escores foram derivados de coortes em que o acesso femoral foi predominantemente ou exclusivamente utilizado. Seu valor prognóstico pode ser menor no cenário de acesso radial.95

Finalmente, os autores salientam que nenhum escore (seja de eventos isquêmicos, seja de eventos hemorrágicos) deve substituir a avaliação clínica. São apenas ferramentas que auxiliam o médico na sua decisão.

Estratificação de risco - Sumário de recomendações e evidências
Todos pacientes devem ser estratificados e classificados em risco alto, intermediário ou baixo de desenvolverem eventos cardíacos maiores. É recomendável a classificação por mais de um método, e o pior cenário deve ser considerado nas decisões quanto às condutas a serem adotadas. I B
Todos os pacientes devem ser estratificados e classificados em risco alto, intermediário ou baixo de sangramento. I B

5.4. Fluxograma de Rotina Diagnóstica na Emergência e Critérios para Hospitalização

É fundamental um fluxograma de rotina diagnóstica do paciente com dor torácica, definindo os critérios para alta precoce e internação hospitalar. Isso permite identificar pacientes de baixo risco, que podem ser investigados em ambiente ambulatorial, assim como a detecção de condições cardiológicas de maior gravidade que demandam investigação e internação hospitalar.

A triagem da dor torácica no serviço de emergência é baseada em uma breve história clínica, exame físico, ECG de 12 derivações em até 10min após chegada e mensuração de biomarcadores. Esta rotina de investigação visa principalmente identificar precocemente o paciente de maior risco que necessita de internação hospitalar ou urgente transferência para serviço de hemodinâmica.

Com o objetivo de evitar uma alta inadvertida, esses pacientes devem permanecer monitorados onde um protocolo de diagnóstico acelerado possa ser utilizado. Este protocolo envolve ECG seriado e mensuração de troponina ultrassensível na chegada à emergência e 3h após. Além desse protocolo, a incorporação de escores de risco aplicáveis na sala de emergência, que integram dados demográficos, sintomas, achados eletrocardiográficos e biomarcadores, representa uma importante ferramenta de auxílio para o emergencista na avaliação dos pacientes com dor torácica. Os escores mais utilizados são: HEART, ADAPT e EDACS.96-98 Tais escores estão sumarizados na Figura 1.3.

Greenslade et al. realizaram estudo comparando a eficácia desses escores na liberação precoce no serviço de emergência, verificando que todos os escores foram eficazes com sensibilidade muito elevada.99

O escore HEART foi construído utilizando troponina convencional como biomarcador. No entanto, estudos retrospectivos que utilizaram troponina ultrassensível apresentaram resultados similares aos observados nos estudos de validação.100,101 Não existem estudos validando o uso desta ferramenta no atendimento extra-hospitalar. Contudo, há um estudo (ARTICA) em curso que visa validar o uso deste escore no atendimento pré-hospitalar.102

O escore HEART de 0 a 3 permite identificar 35% a 46% de pacientes com baixo risco, exibindo alta sensibilidade e valor preditivo negativo, enquanto pacientes com escore de 7 a 10 apresentam alto risco com uma taxa de eventos superior a 50% em 6 semanas.103-106

Quando comparado ao escores GRACE e TIMI, o escore HEART demonstrou maior habilidade em distinguir pacientes de baixo risco para eventos cardíacos maiores, com menor taxa de perda e maior acurácia para a estratificação de risco inicial na sala de emergência.107,108

A crescente utilização conjunta dos dados clínicos, eletrocardiográficos e mensuração de troponina ultrassensível e a sistematização da utilização dos escores amplificaram a eficácia dos protocolos de avaliação diagnóstica e a estratificação de risco da dor torácica na sala de emergência, promovendo alta precoce com segurança e redução de exames adicionais em 30 dias.109

Estudo que comparou de forma randomizada a aplicação do escore HEART no fluxo de atendimento emergencial de pacientes com dor torácica verificou um elevado valor preditivo negativo para ocorrência de eventos cardiovasculares maiores no primeiro ano, sem diferenças observadas quanto à internação hospitalar ou readmissão em serviço de emergência.110

Neste sentido, o atual impacto da avaliação adicional rotineira por exames de imagem em paciente classificados como baixo risco tem sido reconsiderado, pois, apesar do reconhecido valor quanto à redução do tempo para o diagnóstico, evidências atuais identificaram que essa estratégia pode proporcionar um aumento de exames adicionais sem benefício verificado quanto à ocorrência de IAM ou eventos clínicos relevantes.111

5.5. Atuação da Enfermagem no Protocolo de Dor Torácica

A triagem hospitalar, quando realizada por enfermeiros habilitados, melhora a identificação de pacientes de maior risco, assim como reduz o tempo de realização do ECG.112 Já foi demonstrado que, em hospitais de zona rural, enfermeiros emergencistas apresentaram alto nível de acurácia, reduzindo tempo de espera e tempo de permanência sem comprometer a segurança dos pacientes.113 Dessa forma, a participação ativa da enfermagem na triagem de pacientes com dor torácica deve ser estimulada, assim como o treinamento constante da equipe multidisciplinar na abordagem do paciente com dor torácica.

O fluxograma proposto para abordagem do paciente com dor torácica na emergência está exposto na Figura 1.5.

Figura 1.5. Fluxograma de rotina diagnóstica do paciente com dor torácica aguda na emergência. US: ultrassensível; ECOTT: ecocardiograma transtorácico.

Figura 1.5

Rotina diagnóstica e critérios de internação - Sumário de recomendações e evidências
A triagem inicial deve ser realizada com base em história clínica, exame físico, ECG de 12 derivações em até 10min e troponina. I A
O escore HEART deve ser utilizado para estratificação de risco e auxílio na decisão de alta hospitalar precoce. I B
Pacientes com escore HEART ≤ 3 associado à troponina em tempo hábil negativa, ECG sem alteração isquêmica e ausência de antecedentes de DAC podem ser liberados do serviço de emergência com segurança para reavaliação ambulatorial. I B
Triagem hospitalar realizada por enfermeiros habilitados, visando ao reconhecimento precoce de pacientes sob maior risco. IIa B
Uso de escore EDACS e ADAPT para estratificação de risco clínico como opção ao escore HEART. IIa B
Utilização do escore HEART visando à liberação precoce em pacientes atendidos por ambulância. IIb C

6. Condutas na Emergência após Estratificação de Risco

6.1. Indicações de Estratégia Invasiva Emergencial

A estratégia invasiva emergencial está indicada em situações de muito alto risco de morte (Tabela 1.8). Esse perfil de pacientes geralmente não está amplamente representado na maioria dos estudos randomizados. Nesses pacientes, está indicada a intervenção coronariana em até 2h. Em centros onde não há serviço de cardiologia intervencionista disponível, esses pacientes devem idealmente ser transferidos.

Tabela 1.8. Indicação de estratégia invasiva de urgência.
Instabilidade hemodinâmica ou choque cardiogênico
Dor torácica refratária ao tratamento medicamentoso
Arritmias malignas ou parada cardiorrespiratória
Complicações mecânicas do infarto
Insuficiência cardíaca aguda
Alterações recorrentes do segmento ST-T com elevação intermitente do segmento ST
Estratégia invasiva de urgência - Sumário de recomendações e evidências
A estratégia invasiva urgente/imediata está indicada em pacientes com SCASSST com angina refratária ou instabilidade hemodinâmica ou elétrica (sem comorbidades graves ou contraindicações para estes procedimentos). I A

6.2. Tratamento inicial (sala de emergência/ambulância)

6.2.1. Oxigênio Suplementar

Hipoxemia associada à isquemia miocárdica pode ocorrer devido a alterações da relação ventilação-perfusão, secundárias a shunt arteriovenoso pulmonar (consequente ao aumento da pressão diastólica final do ventrículo esquerdo) e, além disso, formação de edema intersticial e/ou alveolar pulmonar. A hipoxemia, por sua vez, agrava a isquemia miocárdica, aumentando a lesão miocárdica. A mensuração da saturação de O2 (SaO2) através de oximetria digital deve ser realizada desde o atendimento pré-hospitalar e/ou na ambulância, visando ao diagnóstico precoce da hipoxemia.

A administração de oxigenioterapia suplementar em pacientes com IAM está indicada quando o paciente apresentar hipóxia com SaO2 < 90% ou sinais clínicos de desconforto respiratório.114 No entanto, a administração de oxigenioterapia a pacientes com suspeita de SCA e SaO2 ≥ 90% não se associou à redução de mortalidade ou a outros desfechos cardiovasculares em 1 ano de seguimento, em um estudo randomizado que incluiu mais de 6 mil pacientes.115

A oxigenoterapia deve ser cuidadosa para não eliminar o estímulo respiratório hipóxico na presença de doença pulmonar obstrutiva crônica ou de outras causas de hipercapnia. Pacientes com congestão pulmonar, cianose, hipoxemia arterial comprovada ou insuficiência respiratória associadas devem receber suplementação de oxigênio e ser cuidadosamente acompanhados com gasometrias seriadas. Em casos selecionados que evoluem com sinais de insuficiência respiratória, com persistência de congestão pulmonar e hipoxemia, o suporte ventilatório não invasivo (VNI) deve ser instituído, além de progressão para ventilação invasiva na ocorrência de choque circulatório, falência da VNI e nos pacientes instáveis em transição para revascularização miocárdica urgente (ICP ou CRVM). A administração desnecessária de oxigênio por tempo prolongado pode causar vasoconstrição sistêmica e até mesmo ser prejudicial.

Oxigenioterapia - Sumário de recomendações e evidências
Oxigenioterapia (2 a 4L/min) em pacientes com risco intermediário e alto, na presença de SaO2 < 90% e/ou sinais clínicos de desconforto respiratório. I C
6.2.2. Analgesia e Sedação

A dor precordial e a ansiedade costumeiramente associada, presentes nas SCA, geralmente levam à hiperatividade do sistema nervoso simpático. Esse estado hiperadrenérgico, além de aumentar o consumo miocárdico de oxigênio, predispõe ao aparecimento de taquiarritmias atriais e ventriculares. A terapêutica antianginosa inicial deve ser realizada com betabloqueadores e nitratos, desde que não haja contraindicações, como choque cardiogênico e/ou hipotensão. O sulfato de morfina poderá ser utilizado em casos refratários ou com contraindicação aos nitratos ou betabloqueadores. Deve ser administrado por via intravenosa, na dose de 2 a 4mg diluídos a cada 5min até, no máximo, 25mg. A administração em pequenos incrementos tem por objetivo evitar efeitos adversos como hipotensão e depressão respiratória. Deve-se evitar derivados da morfina, a não ser em casos de hipersensibilidade a esta, que, nessa situação (de hipersensibilidade), pode ser substituída pelo sulfato de meperidina em doses fracionadas de 20 a 50mg IV.

Apesar de seu potente e eficaz efeito no controle da angina, há evidência de que o uso da morfina reduza o efeito antiplaquetário dos inibidores do receptor P2Y12, tanto o clopidogrel116 quanto antiplaquetários mais potentes como prasugrel e ticagrelor.117,118

Do ponto de vista de eventos clínicos, uma subanálise do registro CRUSADE119 e, mais recentemente, uma metanálise que incluiu quase 70 mil pacientes demonstraram que o uso rotineiro precoce de morfina pode estar associado a aumento de mortalidade intra-hospitalar e eventos cardiovasculares maiores.120 Em uma análise post-hoc do estudo EARLY-ACS, verificou-se que a morfina se associou a maior risco de eventos isquêmicos precoces quando utilizada concomitantemente ao pré-tratamento com clopidogrel. Porém, no grupo de pacientes sem uso de clopidogrel antes do cateterismo, não se verificou piora de desfecho clínico com uso de morfina.121

O emprego rotineiro de ansiolíticos tem sido prática comum em nosso meio. Parece muitas vezes ser dispensável, devendo ser reservado para situações especiais. Estudo clínico randomizado, duplo-cego, envolvendo 131 pacientes do gênero masculino com IAM observou que o grau de ansiedade, pressão arterial, frequência cardíaca e desconforto precordial não diferiu, quer os pacientes tenham sido tratados com diazepam ou com placebo122. Os derivados diazepínicos têm sido os mais utilizados nessa indicação.

Anti-inflamatórios não esteroides (AINE) não devem ser utilizados (com exceção do AAS) para controle da dor em pacientes com IAM, pois aumentam o risco de eventos cardiovasculares maiores. Se o paciente estiver em uso prévio de AINE, estes devem ser suspensos durante a internação devido aos efeitos deletérios associados a elevação da pressão arterial, risco de lesão renal aguda e hiperviscosidade sanguínea com piora do prognóstico cardiovascular.123

Analgesia e sedação - Sumário de recomendações e evidências
Administrar sulfato de morfina em pacientes que mantêm dor contínua, apesar de terapia anti-isquêmica otimizada. IIb B
Administrar benzodiazepínicos em pacientes com sinais e sintomas de ansiedade. IIb C
Anti-inflamatórios não esteroides (AINE) não devem ser administrados (com exceção do AAS) em pacientes com suspeita de IAM. III
6.2.3. Controle Glicêmico

Mais de 30% dos pacientes admitidos com IAM apresentam diabetes melito ou desconhecem o diagnóstico de diabetes. Tais indivíduos apresentam maiores taxas de sangramento e pior prognóstico em 30 dias, quando comparados com pacientes com níveis glicêmicos normais.124-127 Nesse sentido, protocolos de controle glicêmico devem ser instituídos para pacientes com IAM que apresentem hiperglicemia significativa (> 180mg/dL). O alvo dessa terapia é reduzir os níveis glicêmicos e evitar episódios de hipoglicemia (< 70mg/dL), que podem causar diversos efeitos deletérios incluindo a expansão da área de IAM. Em pacientes com maior risco de hipoglicemia, tais como idosos, nefropatas e pacientes com efeito residual de hipoglicemiantes orais e/ou em jejum, o controle glicêmico deve ser ajustado para tolerar níveis glicêmicos um pouco mais altos e, assim, prevenir hipoglicemia.

Controle glicêmico - Sumário de recomendações e evidências
É recomendável mensurar, na admissão, os níveis glicêmicos de todos os pacientes com suspeita de SCA, assim como monitorar evolutivamente a glicemia dos pacientes diabéticos ou que apresentem hiperglicemia durante a internação. I C
Controle glicêmico com protocolos de utilização de insulina intermitente, devem ser considerados em pacientes com níveis glicêmicos > 180mg/dL, com cautela, para evitar episódios de hipoglicemia. IIa C
Em pacientes com maior risco de hipoglicemia, tais como idosos, nefropatas e pacientes com efeito residual de hipoglicemiantes orais e/ou em jejum, o controle glicêmico deve ser ajustado para tolerar níveis glicêmicos um pouco mais altos e, assim, prevenir hipoglicemia. IIa C
6.2.4. Terapia anti-isquêmica

O objetivo da terapêutica anti-isquêmica é reduzir o consumo de oxigênio (diminuindo a frequência cardíaca, a pressão arterial e a contratilidade miocárdica) ou aumentar a oferta de oxigênio (administrando oxigênio ou promovendo vasodilatação).

6.2.4.1. Nitratos

Os benefícios terapêuticos dos nitratos estão relacionados aos seus efeitos na circulação periférica e coronária. O seu efeito venodilatador, diminuindo o retorno venoso ao coração e o volume diastólico final do ventrículo esquerdo, reduz o consumo de oxigênio pelo miocárdio. Adicionalmente, observam-se efeitos de vasodilatação de artérias coronárias, normais ou ateroscleróticas, redirecionamento de fluxo intercoronário, com aumento da circulação colateral e inibição da agregação plaquetária. Além do efeito sintomático, os nitratos agem reduzindo a congestão pulmonar, principalmente pela redução do retorno venoso sistêmico.

Não existem estudos clínicos controlados que tenham testado os efeitos dos nitratos em desfechos clínicos e mortalidade na SCASSST, embora seu uso seja universalmente aceito. Os estudos em AI que os avaliaram foram pequenos e do tipo observacional.128-132 A melhora dos sintomas tanto anginosos como congestivos está relacionada ao uso dos nitratos, porém sem impacto quanto a mortalidade, infarto ou necessidade de revascularização.

O tratamento é iniciado na sala de emergência, administrando-se o nitrato por via sublingual (nitroglicerina, mononitrato ou dinitrato de isossorbida). Caso não haja alívio rápido da dor, esses pacientes podem se beneficiar com a administração intravenosa (nitroglicerina e mononitrato de isossorbida são os disponíveis em nosso meio).

Os nitratos estão contraindicados na presença de hipotensão arterial importante (pressão arterial sistólica [PAS] < 100mmHg) ou uso prévio de sildenafil nas últimas 24h, ou uso de tadalafila nas últimas 48h. Um efeito colateral comum é a cefaleia. O uso sublingual de nitroglicerina (0,4mg/comp.), dinitrato de isossorbida (5mg/comp.) ou mononitrato de isossorbida (5mg/comp.) não deve ultrapassar 3 comprimidos, separadas as administrações por intervalos de 5 min. A nitroglicerina IV é empregada na dose de 10µg/min com incrementos de 10µg a cada 5min até obter-se melhora sintomática ou redução da pressão arterial (queda da PAS não deve ser superior a 30% ou PAS não atingindo < 110mmHg), ou então aumento da frequência cardíaca (> 10% da basal). É de se esperar o aparecimento de tolerância aos efeitos hemodinâmicos do medicamento após 24h de uso. O tratamento intravenoso deverá ser mantido por 24 a 48h da última dor anginosa e sua suspensão deverá ser feita de forma gradual.

Nitratos - Sumário de recomendações e evidências
Uso de nitrato sublingual para alívio da angina. I C
Uso de nitrato endovenoso para controle de angina persistente, hipertensão arterial ou sinais de congestão. I C
6.2.4.2. Betabloqueadores

Assim como com os nitratos, a experiência clínica controlada do emprego de betabloqueadores na AI é limitada. A evidência de efeitos benéficos baseia-se em seu mecanismo de ação, em estudos clínicos controlados de pequeno porte, e na extrapolação de resultados de estudos em angina estável e IAM com supra de ST. Os betabloqueadores inibem competitivamente os efeitos das catecolaminas circulantes. Na AI, seus benefícios estão relacionados com sua ação nos receptores beta-1. Diminuem a frequência cardíaca, a pressão arterial e a contratilidade miocárdica, provocando redução do consumo de oxigênio pelo miocárdio. Apesar de a inexistência de estudos randomizados em larga escala avaliando a ação sobre desfechos clínicos graves como mortalidade em pacientes com SCASSST, esses fármacos, juntamente com os nitratos, são considerados agentes de primeira escolha no tratamento das SCA na sala de emergência para pacientes sem contraindicação. Na AI, foram poucos e de pequeno porte os estudos que compararam betabloqueadores com placebo.133-135 Apesar da ausência de efeito redutor de mortalidade, metanálise de cinco pequenos estudos136 avaliando a utilização da terapêutica betabloqueadora em 4.700 pacientes com AI mostrou redução de 13% no risco relativo de progressão para IAM. Estudo nacional em pacientes com SCASSST encontrou associação significativa entre o uso de betabloqueador oral com início nas primeiras 24h de hospitalização e menor mortalidade intra-hospitalar, independentemente da presença ou não de disfunção ventricular esquerda.137

Apesar de realizado em pacientes com IAM com supradesnível do segmento ST, o estudo COMMIT138 sugere que a utilização rotineira de dose elevada de betabloqueador IV seguido de administração oral pode aumentar a incidência de choque cardiogênico, principalmente quando utilizado nas primeiras 24 a 48h de evolução, e em pacientes com quadro clínico de disfunção ventricular esquerda ou com fatores de risco para choque cardiogênico (idade superior a 70 anos, frequência cardíaca > 110bpm/min ou pressão sistólica < 120mmHg). Apesar de não haver estudo clínico randomizado específico para população com SCASSST, estudo de banco de dados com mais de 20 mil pacientes mostra comportamento semelhante ao observado no estudo COMMIT.139

Assim, recomenda-se o uso rotineiro de betabloqueador oral nos pacientes sem contraindicação (mais detalhes na Parte 2 desta Diretriz). Caso o paciente apresente dor isquêmica persistente e/ou taquicardia (não compensatória de um quadro de insuficiência cardíaca), pode-se utilizar a formulação venosa. São usados vários regimes terapêuticos na dependência do betabloqueador selecionado. Não existem evidências de superioridade de um betabloqueador sobre outro. Em pacientes que evoluem com disfunção ventricular (FEVE < 40%) o emprego de betabloqueadores é muito recomendado (carvedilol, bisoprolol e succinato de metoprolol) em pacientes sem congestão pulmonar.

A seguir, há uma relação das doses de metoprolol e atenolol, os mais usados em nosso país com essa indicação.

Metoprolol: IV – 5mg (1 a 2min) a cada 5min até completar a dose máxima de 15mg.

VO – 50 a 100mg a cada 12h, iniciado 15min após a última administração IV.

Atenolol: IV – 5mg (1 a 2min) a cada 5min até completar a dose máxima de 10mg.

VO – 25 a 50mg a cada 12h, iniciado 15min após a última administração IV.

Durante a administração intravenosa, deverão ser monitorados, cuidadosamente, a frequência cardíaca, a pressão arterial, o ECG e a ausculta pulmonar.

Betabloqueadores não devem ser utilizados em pacientes com sintomas relacionados a vasospasmo por uso de cocaína durante intoxicação aguda. Em pacientes com asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica, são contraindicados apenas na vigência de broncospasmo – nessa situação, betabloqueadores beta-1 seletivo são preconizados.

Betabloqueadores - Sumário de recomendações e evidências
Administrar betabloqueadores VO nas primeiras 24h em pacientes sem contraindicações (sinais de insuficiência cardíaca, sinais de baixo débito, risco aumentado de choque cardiogênico ou outras contraindicações ao betabloqueador). IIa B
Administrar betabloqueador IV em pacientes de risco intermediário e alto com isquemia persistente, taquicardia e hipertensão, desde que não apresente sinais clínicos / radiológicos de insuficiência cardíaca. IIb B
Administrar betabloqueador IV em pacientes com fatores de risco para choque cardiogênico. III A
6.2.5. Terapia Antitrombótica Inicial (Sala de Emergência/Ambulância)
6.2.5.1. Antiplaquetários Orais

O fenômeno de instabilidade da placa aterosclerótica coronariana consequente à ruptura ou erosão, com subsequente ativação plaquetária e trombose, é um reconhecido mecanismo de deflagração das SCA.140

Esse conceito direcionou os estudos e avanços na terapia antiplaquetária e o conceito atual da dupla terapia com AAS e um fármaco inibidor de receptor plaquetário P2Y12 em pacientes com SCA, contemplando os alocados para estratégia invasiva e/ou proposta inicial de tratamento clínico.141

As características e evidências científicas para escolhas individualizadas dos fármacos antiplaquetários encontram-se detalhadamente descritas na Parte 2. No entanto, uma das importantes decisões na sala de emergência consiste no momento ideal para o início de um inibidor de P2Y12, particularmente em pacientes submetidos à estratégia invasiva precoce com cinecoronariografia e perspectiva de ICP. O termo “pré-tratamento” geralmente se refere ao início de um inibidor de P2Y12 antes da definição da anatomia coronariana, seja na ambulância ou na sala de emergência.

6.2.5.1.1. Fundamentos do Pré-tratamento com Bloqueadores de P2Y12

O objetivo do pré-tratamento com segundo antiplaquetário potente na SCASSST seria a possibilidade de alcançar inibição plaquetária eficaz e prevenção de maior agregação, sobretudo preparando e protegendo o paciente para estratégia invasiva, potencialmente reduzindo a extensão da trombose, risco de IAM recorrente e minimizando o risco de complicações relacionadas à ICP como trombose de stent e infarto periprocedimento.142

Em contrapartida, a proposta de pré-tratamento tem reconhecido impacto em aumentar o risco de sangramento associado ou não à cirurgia de revascularização miocárdica, fator que está associado a um relevante aumento da morbimortalidade na SCA.143-145

Uma questão importante se refere ao tempo mínimo ideal para ação clinicamente eficaz do fármaco, sabendo que até mesmo os mais potentes agentes antiplaquetários orais eficazes requerem pelo menos 30 a 60min para inibição plaquetária efetiva e, assim, obter “pré-tratamento apropriado” antes de cateterismo e perspectiva de ICP.146-149

A utilização do segundo agente plaquetário seguindo a proposta de pré-tratamento com bloqueadores de P2Y12 foi adotada nos estudos CURE (clopidogrel)150,151 e PLATO (ticagrelor);152,153 no estudo TRITON, o prasugrel poderia ser administrado somente após a identificação da anatomia coronariana.154

6.2.5.1.2. Estudos Comparativos de Pré-tratamento versus Utilização do Segundo Antiplaquetário na Sala de Cateterismo

O estudo PRELOAD ARMIDA-5 avaliou o pré-tratamento com clopidogrel em pacientes com SCASSST (n = 409) ou angina estável e não verificou associação com redução de eventos cardiovasculares adversos.155

O estudo CREDO foi planejado para avaliar o benefício de início do pré-tratamento com clopidogrel, além de AAS, em pacientes submetidos à ICP. Ensaio este controlado, no qual 2.116 pacientes, sendo 39% com SCA e 61% com DAC estável, receberam 300mg de clopidogrel (n = 1.053) ou placebo (n = 1.063), 3 a 24h antes da ICP. O tempo médio entre a dose de ataque do medicamento de estudo e a ICP foi de 9,8h, dos quais 51% recebem a dose de ataque entre 3 e 6h e os 49% restantes, entre 6 e 24h antes da ICP. O estudo não encontrou redução estatisticamente significativa no desfecho combinado de morte, infarto ou revascularização urgente do vaso-alvo em 28 dias. No entanto, quando a população foi analisada com base no tempo de intervalos de tratamento de 3 a 6h, 6 a 12h e 12 a 24h antes da ICP, observou-se interação significativa em que não houve benefício de pré-tratamento se a dose de clopidogrel tiver sido administrada < 6h antes da ICP, mas houve redução relativa de 35,5% e 40,1% no desfecho final combinado, respectivamente, em grupos que receberam clopidogrel entre 6 e 12h e 12 e 24h antes da ICP, respectivamente. Esses achados corroboram a hipótese da necessidade de maior tempo de ação quando utilizado clopidogrel em proposta de pré-tratamento.156

O ensaio clínico ACCOAST (n = 4.033) foi um estudo controlado multicêntrico e randomizado que comparou o tratamento com 60mg de prasugrel administrado na sala de cateterismo no momento da intervenção coronária percutânea com a estratégia de utilização de pré-tratamento com 30mg de prasugrel e uma segunda dose de 30mg durante a angiografia coronariana dentro de 2 a 48h após a randomização.157

O desfecho final composto primário foi morte por causas cardiovasculares, IAM, AVC, revascularização urgente ou necessidade de terapia de resgate com inibidores de glicoproteína IIb/IIIa até o sétimo dia. ICP foi realizada em 69% dos pacientes em um tempo médio de 4,3h após a dose inicial de ataque, e apenas 9% dos pacientes incluídos no ensaio ACCOAST tiveram um escore GRACE > 140. A incidência do desfecho final primário até o sétimo dia e aos 30 dias não diferiu significativamente entre o grupo que recebe pré-tratamento com prasugrel versus o grupo placebo (10,0% vs. 9,8%, HR 1,02, IC 95% 0,84-1,25, p = 0,81). Foi documentada maior taxa de sangramento maior relacionado ou não à CRVM com a estratégia de pré-tratamento (HR, 1,90; IC 95%, 1,19-3,02; p = 0,006). As taxas de sangramento maior (TIMI) e sangramento ameaçador de vida não relacionado à CRVM foram 3 e 6 vezes maiores, respectivamente. Metade de todos os episódios foi relacionada com cirurgia de revascularização urgente, e metade dos eventos de sangramento maior não relacionados à CRVM foi causada por sangramento vascular no local de acesso.

O ensaio clínico randomizado DUBIUS (Downstream versus Upstream administration of P2Y12 receptor Blockers In non-ST elevated acUte coronary Syndromes) avaliou 1.449 pacientes com SCASSST e coronariografia programada em até 72h, comparando a estratégia de pré-tratamento com ticagrelor versus a utilização do segundo antiplaquetário prasugrel ou ticagrelor (randomização 1:1) administrados na sala de hemodinâmica nos pacientes com indicação de intervenção coronária percutânea.158 A população estudada exibia perfil de risco isquêmico moderado (escore GRACE médio = 122) e risco hemorrágico não elevado (escore CRUSADE médio = 22). Análise provisória pré-especificada para futilidade orientou a interrupção precoce do estudo. A taxa do desfecho primário em 30 dias, composto de morte devido a causas vasculares, infarto não fatal ou AVC não fatal e fenômenos hemorrágicos relevantes (BARC tipo 3, 4 e 5), não diferiu significativamente entre a estratégias (2,9% e 3,3%, respectivamente, para não pré-tratar vs. pré-tratamento). Esse achado foi consistente no subgrupo que realizou ICP (72% da população), e o tempo médio de realização de ICP foi de 23,3h, notadamente superior ao estudo ACCOAST (4h); os achados, no entanto, foram semelhantes naqueles que realizaram coronariografia após 24h. Esse estudo teve a originalidade de metade da população alocada para não pré-tratamento ter utilizado ticagrelor, porém sem poder para comparação de fármacos. Apesar das limitações de análise por interrupção prematura, representa uma observação de não benefício da estratégia de pré-tratamento na SCASSST com manuseio invasivo, porém salienta a possibilidade de escolha individualizada de fármacos na sala de hemodinâmica.

6.2.5.1.3. Dados de Pré-tratamento em Metanálises

Metanálise que contemplou 16 estudos, incluindo 61.517 pacientes com SCA com ou sem supradesnível do segmento ST, verificou incidência significativamente menor de MACE no subgrupo com SCASSST alocado para pré-tratamento com clopidogrel (OR = 0,83; IC 95% 0,71-0,96, p = 0,01), sem aumento de sangramento maior em pacientes submetidos à ICP em até 48h.159

Outra metanálise que incluiu 23 estudos e 60.907 pacientes teve o objetivo de comparar a eficácia e a segurança dos inibidores plaquetários P2Y12: clopidogrel, ticagrelor e prasugrel administrados em dois cortes de tempo diferentes em relação à ICP: precoce (< 2h pré-ICP) versus tardio (>2h pré-ICP ou pós-ICP). A análise de estudos que incluíram pacientes com SCASSST não demostrou benefício no pré-tratamento com ticagrelor ou prasugrel, mas prasugrel aumentou o risco de sangramento nessa população com SCASSST.160

Conforme exposto, não existe um claro benefício estabelecido para uso rotineiro do segundo agente antiplaquetário via oral na abordagem inicial da SCASSST, sobretudo no cenário de estratégia invasiva em caráter emergencial, quando o uso e a escolha do fármaco podem ser definidos na sala de cateterismo. Porém, o pré-tratamento pode ser considerado nos pacientes sem risco hemorrágico crítico, com risco isquêmico moderado ou elevado, com programação para realizar cinecoronariografia ou manuseio inicial conservador em terapia anti-isquêmica plena.

O desafio de equilibrar risco isquêmico com risco de sangramento nos conduz à necessidade de abordagem personalizada para decisão do momento de utilização e escolha do segundo antiplaquetário. Devemos considerar características clínicas, disponibilidade para realizar cinecoronariografia, dados de eficácia, segurança e propriedades farmacodinâmicas dos inibidores plaquetários P2Y12 disponíveis para uso no Brasil; contudo, importante salientar que, na decisão de pré-tratamento sem anatomia conhecida, está contraindicado o uso de prasugrel. Na decisão de administração na sala de cateterismo, todos os inibidores P2Y12 podem ser utilizados conforme escolha individualizada. Neste contexto, se aplica, na ausência de contraindicações, o uso preferencial de prasugrel ou ticagrelor, fármacos com rápido início de ação e maior eficácia antitrombótica, e a opção do clopidogrel na presença de risco hemorrágico muito elevado (Figura 1.6).

Figura 1.6. Terapia antitrombótica inicial nas síndromes coronarianas agudas sem supradesnível do segmento ST. CAT: cateterismo; HNF: heparina não fracionada; SH: sala de hemodinâmica.

Figura 1.6

Terapia antiplaquetária inicial - Sumário de recomendaçõese evidências
O uso de AAS é recomendado na sala de emergência o mais precoce possível em todos pacientes sem contraindicação, em dose inicial de 150 a 300mg (pacientes sem uso prévio de AAS) e dose de manutenção de 75 a 100mg. I A
E recomendado o uso de um inibidor receptor P2Y12 em adição a AAS, exceto contraindicações ou elevado risco de sangramento. I A
Não realizar pré-tratamento com segundo antiplaquetário inibidor do receptor P2Y12 nos pacientes instáveis e/ou com risco elevado, indicados para estratégia invasiva de forma imediata, sendo sua utilização recomendada para sala de cateterismo, quando anatomia coronariana conhecida e ICP programada. I B
Não há indicação rotineira de se iniciar iP2Y12 como pré- tratamento em pacientes indicados para estratégia invasiva precoce (< 24h). I B
Prasugrel (dose de ataque) na sala de hemodinâmica somente após a realização da angiografia se a intervenção coronariana for programada em pacientes sem história de AVC ou AIT prévios. I B
Ticagrelor (dose de ataque), independentemente da estratégia inicial conservadora ou invasiva. I B
Clopidogrel (dose de ataque), independentemente da estratégia inicial (conservadora ou invasiva) na indisponibilidade ou contraindicação ao ticagrelor ou prasugrel. I B
Em pacientes alérgicos a AAS, está indicada monoterapia inicial com inibidor P2Y12 (uso preferencial de ticagrelor ou prasugrel). I C
Clopidogrel (dose de ataque), independentemente da estratégia inicial (conservadora ou invasiva) em pacientes de muito alto risco para sangramento ou necessidade de anticoagulação oral a longo prazo. IIa C
Estratégia de pré-tratamento com prasugrel III
6.2.5.2. Antagonistas dos Receptores Glicoproteicos IIb/IIIa

A ativação dos receptores existentes na superfície das plaquetas, denominados glicoproteína (GP) IIb/IIIa, constitui-se no mecanismo final de agregação plaquetária, em consequência de alteração morfológica sofrida pelo receptor, que aumenta a sua afinidade para ligar-se à molécula de fibrinogênio, elemento que funciona como ponte de ligação entre duas plaquetas. Esses fármacos têm sido utilizados em situações clínicas com grande potencial de ativação plaquetária, como, por exemplo, ICPs complexas e complicações trombóticas como no-reflow após angioplastia.

O abciximab é um anticorpo monoclonal que atua como bloqueador não competitivo e irreversível dos receptores de GP IIb/IIIa. Tem meia-vida plasmática curta de 5 a 10min, e sua meia-vida biológica é de 6 a 12h após a injeção de um bolus isolado. Com essas doses terapêuticas, consegue-se o bloqueio de 80% a 90% dos receptores de superfície. Cinquenta por cento desses receptores ainda permanecem bloqueados 1 semana após sua utilização. A dose recomendada é de 0,25mg/kg em bolus, seguida de uma administração de 0,125µg/kg durante 12h.

O tirofiban é um derivado sintético, não peptídio, de molécula pequena, que possui em sua estrutura molecular a sequência RGD (arginina-glicina-aspartato), sítio de reconhecimento das integrinas e presente nas proteínas adesivas do tipo fibrinogênio, fator von Willebrand e vetronectina, entre outras. O tirofiban também age competitivamente no receptor celular IIb/IIIa, impedindo sua ligação ao fibrinogênio. A dose recomendada é a de 0,4µg/kg/min por 30min, seguida da dose de manutenção de 0,1µg/kg/min por 12 a 24 horas após o procedimento (máximo de 96 horas). No caso de se iniciar a utilização do medicamento na sala de cateterismo, deve-se iniciar com a dose de 10µg/kg administrada em bolus em 3min, seguida de 0,15µg/kg/min.

Com relação à eficácia, o abciximab e o tirofiban apresentam resultados comparáveis quando o tirofiban é empregado com bolus elevado, de 25µg/kg, porém o abciximab mostrou-se superior ao tirofiban quando este foi empregado com a dose de bolus habitual de 10µg/kg.161,162

Genericamente, os bloqueadores GP IIb/IIIa tendem a aumentar o risco de hemorragia, e trombocitopenia é complicação rara, mas não negligível.

No contexto de pacientes com SCASSST submetidos à estratégia essencialmente “conservadora” (não realização rotineira de procedimentos intervencionistas precoces), os bloqueadores GP IIb/IIa tiveram seu uso fundamentado em estudos nos quais, além de heparinização, a ativação plaquetária era antagonizada, sistematicamente, apenas por AAS.163-170 Metanálise que incluiu > 30.000 pacientes demonstrou redução de 9% no risco relativo de óbito ou infarto aos 30 dias de seguimento (p = 0,015),169 sendo o benefício restrito aos pacientes de maior risco, fundamentalmente com troponina elevada e/ou com depressão do segmento ST e/ou submetidos à ICP (24% aos 30 dias de seguimento).

Diversos estudos testaram o papel dos bloqueadores GP IIb/IIIa no contexto de pacientes submetidos à ICP.171-177 Os resultados desses estudos são mais homogêneos, demonstrando invariavelmente benefício com o uso destes medicamentos, porém à custa de importante aumento na incidência de sangramento. Salienta-se que esses estudos foram desenvolvidos sem o uso rotineiro de tienopiridínico quando da chegada do paciente ao hospital. Metanálise que incluiu estudos que analisaram o papel dos bloqueadores IIb/IIIa em pacientes com SCA sem ou com supradesnível de ST demonstrou, além de diminuições significativas nas incidências de óbito ou (re)infarto (p < 0,0001), diminuição de 21% (IC de 95%: 0,64-0,67) no risco relativo de óbito aos 6 meses de seguimento.178

Em pacientes em uso de dupla antiagregação plaquetária com AAS + clopidogrel, a adição de abciximab foi comparada a placebo no estudo ISAR-REACT-2, que envolveu 2.022 pacientes com SCASSST. Nesse estudo, o emprego do abiciximab associou-se a menor incidência do desfecho composto de óbito, IAM e revascularização urgente (RR 0,75; IC 0,58-0,97; p = 0,03), sem aumento significativo na incidência de desfechos hemorrágicos graves ou não graves. Vale ressaltar que o benefício do emprego do abciximab só foi encontrado nos indivíduos que apresentavam elevação de troponina.179

O estudo ACUITY-TIMING incluiu 9.207 pacientes com SCASSST (98% com AAS e 65% com bloqueador P2Y12 pré-angiografia) e avaliou qual o melhor momento para o emprego do bloqueador GP IIb/IIIa, randomizando os pacientes para o emprego rotineiro de tirofiban ou eptifibatide quando da randomização do paciente ou de forma eletiva quando da realização de ICP, já na sala de hemodinâmica. Nesse estudo, o emprego rotineiro dos bloqueadores GP IIb/IIIa não foi capaz de reduzir desfechos isquêmicos, e aumentou de forma significativa a incidência de sangramento importante (RR = 0,80, p < 0,001).180

Resultados semelhantes foram encontrados no estudo EARLY-ACS, em que 9.492 pacientes com SCASSST foram randomizados para emprego de antiagregação plaquetária com epitifibatide iniciado antes do cateterismo versus uso somente em casos selecionados antes da angioplastia (a partir de aspectos angiográficos). Novamente, a estratégia de uso rotineiro do bloqueador da GP IIb/IIIa não foi capaz de reduzir complicações isquêmicas; contudo, resultou em aumento na incidência de sangramentos e necessidade de transfusões.181

Com base no conjunto dessas evidências, o emprego dos bloqueadores da GP IIb/IIIa, como um terceiro antiagregante plaquetário, deve ser reservado para pacientes que não apresentem alto risco hemorrágico e que tenham alto risco isquêmico/trombótico por critérios clínicos e angiográficos.

6.2.5.3. Anticoagulantes

A terapia anticoagulante deve ser administrada o mais rápido possível em todos os pacientes com SCASSST, visto que a utilização desses compostos reduz as incidências de IAM e óbito, sendo empregada poucas horas após o diagnóstico.182

A escolha e o momento do anticoagulante são determinados por estratégia de tratamento (abordagem invasiva ou conservadora), gravidade da apresentação clínica e particularidades de cada serviço. Nos pacientes com proposta de tratamento conservador inicial, recomenda-se o uso preferencial de enoxaparina ou fondaparinux. As doses preconizadas estão disponíveis na Tabela 1.9. A enoxaparina não deve ser administrada em pacientes com clearance de creatinina < 15mL/min e o fondaparinux com clearance de creatinina < 20mL/min. Nos pacientes com clearance entre 15 e 30mL/min e nos obesos (IMC > 30kg/m2 ou peso > 100kg, o monitoramento do fator anti-Xa é recomendado nas diretrizes para o uso de enoxaparina, com a justificativa de minimizar o risco de doses excessivas e consequências hemorrágicas graves.183-185

Tabela 1.9. Dose dos anticoagulantes conforme função renal.
Medicamento Recomendação
Função renal normal ou IRC estágio 1-3 (clearance de creatinina ≥ 30mL/min/1,73m²) IRC estágio 4 (clearance de creatinina entre 15 e 29mL/min/1,73m²) IRC estágio 5 (clearance de creatinina < 15mL/min/1,73m²)
Heparina não fracionada (HNF) Antes da coronariografia: 60 a 70UI/kg bolus IV (máx. 5.000UI) e infusão (12 a 15UI/kg/h) com alvo de PTT 1,5-2,5× controle
Durante coronariografia: 70 a 100UI/kg IV em pacientes não anticoagulados ou 50 a 70UI/kg se uso concomitante com inibidores GPIIbIIIa
Sem ajuste de dose Sem ajuste de dose
Enoxaparina 1mg/kg SC 12/12h
> 75 anos: 75% da dose
1mg/kg 24/24h Não recomendado
Fondaparinux 2,5mg SC 24/24h Não recomendado se clearance < 20mL/min/1,73m² Não recomendado

Nos obesos mórbidos, estudos de farmacodinâmica e dados observacionais identificaram a frequente necessidade de ajuste de doses para alcance de meta terapêutica (IMC > 40kg/m2) guiada pela dosagem do fator anti-Xa, sugerindo utilidade do monitoramento quando disponível.186,187

No entanto, na avaliação de obesos com SCA no registro norte-americano CRUSADE, o uso de enoxaparina em dose padrão (1mg/kg/peso) naqueles com peso > 150kg esteve associado a um maior risco de sangramento em comparação com subgrupo entre 120 e 150kg. (11,4% vs. 5,6%, p < 0,001). Nesses pacientes, o uso alternativo de heparina não fracionada (HNF) é uma opção.188,189

Nos pacientes alocados para estratégia invasiva, existe a opção de uso da enoxaparina, fondaparinux e HNF. No subgrupo de pacientes de muito alto risco, com proposta de cateterismo imediato, apesar da semelhante eficácia da enoxaparina e HNF demostrada no estudo SINERGY, escolha da HNF iniciada na emergência ou, preferencialmente, na sala de cateterismo, pode reduzir a chance da ocorrência de transição de enoxaparina para HNF (cross over) e o conhecido maior risco hemorrágico dessa prática.190

Nos demais pacientes, a escolha deve ser orientada por características de risco isquêmico e hemorrágico do paciente e na experiência do serviço.

O uso preferencial da enoxaparina versus HNF é sugerido por dados de revisão sistemática dos ensaios randomizados em todo o espectro das SCA, sendo demonstrado que a enoxaparina é mais eficaz que a HNF em prevenir o desfecho combinado de morte por qualquer causa ou sangramento grave em pacientes com SCASSST submetidos à ICP.191-193

Fondaparinux é uma opção segura conforme proposta inicial de tratamento não invasivo, e, se posteriormente indicado cateterismo, está recomendado o uso de HNF durante o procedimento pelo risco de trombose de cateter.194,195

Paciente em uso prévio de anticoagulantes orais de ação direta, em vigência de SCA, deve ser manejado com cautela visando não incrementar o risco hemorrágico. Não existem evidências se a anticoagulação parenteral ou ICP podem ser realizadas precocemente ou não. Em situações de urgência, a ICP deve ser realizada independentemente do momento de última dose do anticoagulante oral direto (DOAC). Nos pacientes com risco isquêmico mais baixo, o procedimento deve ser postergado. Em pacientes com função renal normal (clearance de creatinina > 50mL/min), o efeito do DOAC é reduzido após 24h da administração da última dose. Nos pacientes com disfunção renal, o prazo é de 48h. Assim, o paciente pode ser submetido à ICP com menor risco de sangramento. A anticoagulação parenteral está indicada em pacientes submetidos à ICP de urgência independentemente do horário da última dose de DOAC.196

Dentre as diversas estratégias no sentido de diminuir sangramento, a utilização da via radial quando da realização do estudo hemodinâmico/ICP é a que se mostrou mais efetiva, com evidências de redução de mortalidade nos pacientes com SCA.197

Anticoagulantes - Sumário de recomendações e evidências
Uso de HNF em pacientes com disfunção renal grave (clearance < 15mL/min). I A
Uso de enoxaparina até a revascularização, por 8 dias ou até a alta hospitalar. I A
Uso de fondaparinux por 8 dias ou até a alta hospitalar como alternativa à enoxaparina, especialmente no paciente de elevado risco hemorrágico. I B
Nos pacientes em uso de fondaparinux, administrar HNF 85UI/kg IV no momento da ICP ou 60UI/kg naqueles que estiverem recebendo inibidores da GP IIb/IIIa. I B
Uso de HNF em pacientes com peso > 150kg. IIa B
Uso de enoxaparina preferencialmente à HNF em pacientes com clearance ≥ 15mL/min/1,73m2), a não ser que cirurgia de revascularização miocárdica esteja planejada para as próximas 24h. IIa B
Uso preferencial de HNF na emergencia em pacientes com estudo hemodinâmico de imediato. IIa C
Troca de heparinas (HNF e enoxaparina). III
Uso de enoxaparina em pacientes com clearance de creatinina < 15mL/min e peso > 150kg. III
Uso de fondaparinux em pacientes com clearance de creatinina < 20mL/min. III
Uso de fondaparinux isoladamente na ICP III

A escolha individualizada dos fármacos antiplaquetários e anticoagulantes e de evidências que fundamentam o melhor perfil de utilização na SCASSST será discutida de de forma detalhada na Parte 2 desta Diretriz.

Parte 2 – Condutas Durante a Hospitalização

1. Internação e Alta da Unidade Coronária de Terapia Intensiva

Pacientes com SCASSST de risco intermediário e alto devem permanecer hospitalizados em unidade coronariana (UCO), sempre que possível, até que a conduta definitiva seja implementada. Após a efetivação de uma ICP, o paciente deverá retornar à UCO e permanecer de 12 a 24h, se não houver complicações. As complicações após a ICP são a ocorrência de desfechos graves como oclusão do vaso-alvo, necessidade de cirurgia de revascularização de emergência ou nova ICP não programada, angina recorrente e óbito. Nos casos em que a decisão for de revascularização miocárdica cirúrgica, o paciente deverá permanecer em ambiente hospitalar (unidade semi-intensiva ou no quarto) até que a cirurgia seja realizada. Na indicação de tratamento medicamentoso intravenoso, também deverá permanecer na UCO até que o paciente esteja estável e em condições de ser liberado com medicações por via oral.

2. Nitratos

Não existem estudos clínicos controlados que tenham testado os efeitos dos nitratos em desfechos clínicos e mortalidade na angina instável (AI), embora seu uso seja universalmente aceito. Os estudos em AI que os avaliaram foram pequenos e do tipo observacional.128-130,198 Estudo de Borzak et al. avaliou, em 410 pacientes, os efeitos da medicação antianginosa pré e intra-hospitalar (antagonista do cálcio, betabloqueador e nitrato) nos desfechos clínicos, mortalidade e infarto do miocárdio não fatal. Não houve benefício na evolução. Análise multivariada também não mostrou haver correlação com a incidência de morte, infarto não fatal ou angina recorrente.199

Nitratos na fase hospitalar - Sumário de recomendações e evidências
Uso de nitrato em pacientes com risco intermediário e alto que persistem sintomáticos ou para controle da pressão arterial. I C
Uso associado a hipotensão arterial, infarto do ventrículo direito e uso dos inibidores da fosfodiesterase sildenafil e vardenafila dentro de 24h e tadalafila dentro de 48h com a dose de 20mg. III A

3. Betabloqueadores Adrenérgicos

A experiência clínica com os betabloqueadores é limitada a estudos clínicos controlados de pequeno porte e na extrapolação de resultados em pacientes com AI e síndrome coronariana com supradesnível de ST (SCACSST). Apesar da inexistência de estudos randomizados em larga escala, são amplamente utilizados, como os nitratos. Mais detalhes sobre esta classe são mencionados na Parte 1 desta Diretriz.

4. Antagonistas dos canais de cálcio

Os antagonistas dos canais de cálcio constituem um grupo heterogêneo de fármacos que têm em comum uma ação vasodilatadora coronária e cronotrópica negativa (para alguns agentes da classe). A ação anti-isquêmica se deve à redução do influxo de cálcio pela membrana celular, reduzindo a contratilidade miocárdica e o tônus vascular, a velocidade de condução atrioventricular (AV) e a atividade do nó sinusal.

Esses agentes se diferenciam em relação à sua capacidade de produzir vasodilatação arterial, reduzir a contratilidade miocárdica e retardar a condução AV. Os efeitos benéficos nas SCASSST se devem a uma combinação das suas ações, diminuindo o consumo miocárdico de oxigênio, a pós-carga, a contratilidade miocárdica e a FC, além de aumentarem a oferta de oxigênio ao miocárdio, pela vasodilatação coronária que promovem. A vasodilatação coronária é semelhante e independe do agente usado. Os di-hidropiridínicos ocasionam maior vasodilatação arterial periférica e tendem a produzir taquicardia reflexa (mais evidente com a nifedipina de ação curta); o verapamil e o diltiazem tendem a causar bradicardia por reduzirem o cronotropismo e o dromotropismo, podendo levar a bloqueios atrioventriculares (mais evidente com verapamil). Em pacientes com comprometimento da função ventricular esquerda e/ou alterações na condução AV, esses medicamentos devem geralmente ser evitados. Outro efeito colateral, mas que costuma aparecer apenas após uso prolongado desses agentes, é a retenção hídrica.

Para controlar os sintomas,200,201 os antagonistas dos canais de cálcio são tão eficientes quanto os betabloqueadores; entretanto, não reduzem a incidência de angina refratária, infarto ou óbito – ao contrário, parecem acentuar a incidência dessas complicações, como sugerido por metanálise.202 Até o momento, foram avaliados na AI apenas os representantes de primeira geração. Essas ações deletérias foram observadas com todas as classes de antagonistas do cálcio135,136,203 testados nessa indicação, mas inexistem dados conclusivos em relação aos di-hidropiridínicos. Por outro lado, em pacientes com IAMSSST, existem evidências de que o diltiazem e o verapamil (que não se associam à taquicardia reflexamente induzida) possam ter efeito protetor.204,205 Esses agentes podem ser usados para controlar sintomas isquêmicos refratários em pacientes já em uso de nitratos e betabloqueadores em doses adequadas, ou em pacientes que não toleram o uso destes medicamentos (principalmente nos casos de contraindicação), ou, ainda, nos casos de angina variante (Prinzmetal). Contudo, não é recomendado o emprego rotineiro de antagonistas dos canais de cálcio, sendo contraindicado, em particular, o uso isolado da nifedipina de ação rápida.

Antagonistas dos canais de cálcio - Sumário de recomendações e evidências
Pacientes com risco intermediário e alto. Uso de derivado não di-hidropiridínico em casos de contraindicação aos betabloqueadores e sem disfunção ventricular esquerda. I B
Pacientes com angina variante (Prinzmetal). I B
Di-hidropiridínicos de ação prolongada na presença de isquemia refratária para pacientes em uso adequado de nitratos e betabloqueadores e sem disfunção ventricular. IIa B
Derivados di-hidropiridínicos de início de ação rápida para pacientes de alto risco, já em uso adequado de betabloqueadores. IIb B
Derivados di-hidropiridínicos de início de ação rápida em pacientes sem uso adequado de betabloqueadores. III B

5. Antiplaquetários

5.1. Ácido Acetilsalicílico

O AAS é o antiplaquetário de excelência, devendo ser sempre prescrito, exceto em casos de intolerância ou eventos adversos.206-209

Sua importância no tratamento das SCASSST está embasada, fundamentalmente, em estudos publicados nos anos 1980,210,211 que, em sua maioria, dispõem de um número relativamente pequeno de pacientes, com baixa incidência de desfechos, mas que, de forma geral, evidenciaram nítido impacto tanto na redução de IAM não fatal quanto na mortalidade nos curto e médio prazos.

A posologia preconizada do AAS é de 150 a 300mg para a dose de ataque, seguida por 75 a 100mg ao dia para a dose de manutenção. O estudo CURRENT OASIS-7 testou, em um de seus braços, a hipótese do uso de dose alta de manutenção do AAS em pacientes com SCA (cerca de 70% de pacientes sem supra de ST). Não houve diferença entre a dose de manutenção habitual (75 a 100mg ao dia) e a dose elevada (300 a 325mg/dia) na ocorrência de eventos cardiovasculares graves (mortalidade, IAM não fatal ou AVC, p = 0,61). Também não houve diferença em relação à ocorrência de sangramentos graves (p = 0,90).212

5.2. Inibidores do Receptor P2Y12 (iP2Y12)

Os derivados tienopiridínicos (clopidogrel e prasugrel) são fármacos antagonistas da ativação plaquetária mediada pelo difosfato de adenosina (ADP), que agem bloqueando de maneira irreversível o receptor P2Y12 plaquetário; e também reduzem o nível de fibrinogênio circulante e bloqueiam parcialmente os receptores de glicoproteína IIb/IIIa, dificultando sua ligação ao fibrinogênio e ao fator de von Willebrand. Em conjunto com o ticagrelor (derivado da ciclopentiltriazolopirimidina – “não tienopiridínico”), que é um inibidor reversível da agregação plaquetária induzida por ADP, estes são, atualmente, os três iP2Y12 plaquetários disponíveis para uso no Brasil (preferencialmente em associação ao AAS).

5.2.1. Clopidogrel

No contexto de SCASSST, o primeiro grande estudo clínico – CURE (Clopidogrel in Unstable angina to prevent Recurrent Events) – testou o papel do clopidogrel em adição ao AAS em mais de 12 mil pacientes, sendo acompanhados por 3 a 12 meses (média de 9 meses). Ao final do seguimento, houve redução de 20% (RR 0,80; IC 95% 0,72-0,89; p = 0,00005) na incidência dos eventos (óbito cardiovascular, IAM ou AVC) a favor do grupo clopidogrel + AAS em relação ao grupo AAS + placebo, à custa de um aumento na incidência de sangramentos no grupo clopidogrel + AAS (RR 1,38, p = 0,001).213 Os efeitos benéficos da dupla antiagregação (DAP) ocorreram tanto em pacientes de alto risco como naqueles de risco intermediário ou baixo. Outras análises do estudo CURE demonstraram que a DAP também teria benefícios tanto nos pacientes submetidos à revascularização miocárdica cirúrgica como nos submetidos ao tratamento medicamentoso isolado.214

Quando os pacientes com SCASSST são tratados com ICP, o duplo bloqueio da agregação plaquetária torna-se imperativo, tanto com base em estudo que focalizou primariamente o contexto da ICP215 como também em trabalhos que abordaram as SCA per se. Nesta última condição, se inserem o subestudo do CURE (PCI-CURE), prospectivamente desenvolvido,151 e o estudo CREDO (Center for Research on Education Outcomes).156

Por conta das importantes limitações do clopidogrel, relacionadas ao seu metabolismo e interações medicamentosas, o fármaco foi testado também com dose dobrada no estudo CURRENT OASIS-7.216 Neste estudo, 25.086 pacientes com SCA (71% sem supra de ST) e programação de estratificação invasiva foram randomizados para receber dose em dobro do clopidogrel (600mg de ataque seguido por 150mg ao dia por 6 dias e 75mg ao dia após a primeira semana) ou a posologia habitual (300mg de ataque seguidos por 75mg ao dia). Ao final de 30 dias, não houve diferença significativa na ocorrência do desfecho primário composto de óbito cardiovascular, IAM não fatal ou AVC (HR 0,94; 4,2% vs. 4,4%, p = 0,30). No entanto, a dose dobrada de clopidogrel foi associada a aumento significativo na incidência de sangramentos maiores (HR 1,24; 2,5% vs. 2%, p = 0,01). Em análise pré-especificada,212 considerando-se apenas os pacientes submetidos à ICP (n = 17.263), demonstrou-se redução de 14% na incidência do desfecho composto primário do estudo aos 30 dias de evolução (HR 0,86; 3,9% vs. 4,5%, p = 0,039, número necessário para tratar [NNT] = 167), além de redução significativa de trombose definitivamente comprovada de stents (HR 0,54; 0,7% vs. 1,3%, p = 0,0001), porém à custa de maior incidência de sangramentos graves (HR 1,41; 1,6% vs. 1,1%, p = 0,009, NNH = 200). Considerando o NNT elevado, recomenda-se a avaliação cautelosa do risco individual prévio de sangramento para guiar uma decisão de dose neste contexto.

A “má resposta” (ou “resistência” para alguns) ao clopidogrel, expressão utilizada para caracterizar os pacientes que não atingem o nível de inibição plaquetária esperado, é identificada por meio de ensaios laboratoriais in vitro que quantificam a intensidade da agregabilidade plaquetária mediada pela via do ADP. Dados consistentes associam a má resposta ao clopidogrel à maior incidência de eventos trombóticos, principalmente em pacientes submetidos à ICP com implante de stent.217-219 Atualmente, três principais fatores estão relacionados com a má resposta ao clopidogrel: 1) variabilidade genética, caracterizada por polimorfismos associados às enzimas do citocromo P450 envolvidas no processo de metabolização hepática, notadamente a CYP2C19;220 2) alteração no processo de absorção intestinal do medicamento relacionado com a expressão da glicoproteína P nas células epiteliais intestinais;221 3) utilização concomitante de outros fármacos que podem interferir no metabolismo hepático mediado por enzimas do citocromo P450, como, por exemplo, o cetoconazol (que inibe o citocromo P450 e reduz a ação do clopidogrel) e a rifampicina (que estimula o citocromo P450 e acentua a ação do clopidogrel).

A associação dos inibidores de bomba de prótons (IBP) ao clopidogrel merece destaque. Diversos estudos in vitro indicam a ocorrência de redução na inibição plaquetária induzida por clopidogrel quando da associação deste ao IBP, e sugerem que isso seria especialmente frequente com o omeprazol.222-225 Entretanto, os estudos que a analisaram com a ocorrência de eventos isquêmicos mostraram resultados conflitantes226-228 e encontraram associação entre aumento de eventos isquêmicos e uso concomitante de clopidogrel + IBP. Já uma subanálise do estudo TRITON (Optimizing Platelet Inhibition with Prasugrel Thrombolysis in Miocardial Infarction) não encontrou qualquer associação229 e, interessantemente, subanálise similar do estudo PLATO (Platelet Inhibition and Patient Outcomes)230 encontrou aumento na incidência de eventos isquêmicos tanto no grupo clopidogrel quanto no grupo ticagrelor, quando utilizados em conjunto com IBP. Mais recentemente, análise do estudo TRILOGY demonstrou que, entre pacientes com SCA manejados sem revascularização do miocárdio, o uso de IBP não resultou em resposta antiplaquetária diferente entre prasugrel versus clopidogrel, mas foi associado com menor incidência de infarto no grupo prasugrel.228

O único estudo clínico randomizado que testou diretamente tal hipótese, o COGENT (Clopidogrel and the Optimization of Gastrointestinal Events),231 avaliou 3.761 pacientes com indicação de dupla terapia antiagregante por pelo menos 12 meses (um grupo recebendo clopidogrel e omeprazol versus um grupo recebendo clopidogrel e placebo). Entretanto, tal estudo foi interrompido precocemente por questões de financiamento e não teve o seguimento previsto dos pacientes (consequentemente, obteve-se número bastante reduzido de eventos), o que comprometeu de forma importante seu poder estatístico. De qualquer modo, até a finalização do número de pacientes randomizados no estudo, não foi verificada diferença na incidência de eventos isquêmicos (4,9% no grupo clopidogrel + omeprazol vs. 5,7% no grupo clopidogrel + placebo, p = 0,96). Como esperado, demonstrou-se maior incidência de sangramentos digestivos no grupo placebo (2,9% vs. 1,1%, com p < 0,001). Assim, um contingente apreciável de médicos e pesquisadores sugere que, em princípio, o uso de IBP (principalmente omeprazol), em conjunto com o clopidogrel, deva ser evitado. Os pacientes com maior risco de sangramento gastrintestinal (antecedente de hemorragia digestiva, úlcera péptica diagnosticada, infecção por H. pylori, idade ≥ 65 anos, uso concomitante de anticoagulantes ou esteroides) podem empiricamente receber bloqueadores dos receptores H2 (p. ex., ranitidina). Caso seja necessário o uso de um IBP, sugere-se o pantoprazol, cujo metabolismo via CYP P450 é menos pronunciado.

Portanto, o uso do clopidogrel está indicado para as SCASSST de risco moderado e alto para novos eventos isquêmicos. A administração consiste em uma dose de ataque de 300mg e manutenção com 75mg ao dia. Em pacientes submetidos à ICP e com baixo risco de sangramento, pode-se considerar a dose de ataque de 600mg, com manutenção de 150mg nos primeiros 7 dias e 75mg ao dia após esse prazo. O tempo de uso do medicamento deve ser de 12 meses, independentemente do tratamento recebido (clínico, percutâneo ou cirúrgico). Quando houver indicação de revascularização cirúrgica eletiva, o clopidogrel deverá ser suspenso pelo menos 5 dias antes do procedimento devido ao risco de sangramento. Não há demonstração de que o ajuste da terapia antiplaquetária guiada por métodos de avaliação da agregabilidade plaquetária seja superior à terapia antiplaquetária padrão, portanto, essa estratégia não deve ser utilizada rotineiramente, sendo reservada para situações especiais.232-233

Por conta das limitações do clopidogrel, novos fármacos foram desenvolvidos no sentido de se obterem bloqueios de agregação plaquetária mais rápidos, mais efetivos e mais consistentes.

5.2.2. Prasugrel

O prasugrel é um tienopiridínico de geração mais recente e que cumpre tais objetivos. Isso ocorre basicamente porque esse medicamento tem um metabolismo mais simples em relação ao clopidogrel, com apenas uma fase de metabolização hepática. Como consequência, seu metabólito ativo atinge pico plasmático em apenas 30min, além de apresentar menor interação com medicações metabolizadas pelo citocromo P450.234

O estudo TRITON incluiu 13.608 pacientes com SCA, sem uso recente de tienopiridínico, anatomia coronariana conhecida (nos pacientes com SCASSST) e ICP planejada. Desses pacientes, 74% se apresentaram com SCASSST de risco moderado ou alto para complicações isquêmicas/trombóticas. Foram excluídos indivíduos plaquetopênicos, anêmicos ou com risco alto de sangramento. Os pacientes foram randomizados para clopidogrel (ataque de 300mg e manutenção de 75mg ao dia) ou prasugrel (60mg de ataque e manutenção de 10mg ao dia) após realização da coronariografia e indicação de ICP, sendo que o seguimento médio da população foi de 14,5 meses. O desfecho primário de eficácia do estudo, composto de óbito cardiovascular, (re)infarto e AVC, apresentou redução de 19% no grupo prasugrel (RR 0,81; 12,1% vs. 9,9%, p < 0,001), em comparação com o grupo tratado com clopidogrel. Com relação aos desfechos secundários de eficácia, o grupo tratado com prasugrel apresentou 24% de redução de IAM (RR 0,76; 9,5% vs. 7,3%, p < 0,001), 34% de diminuição da necessidade de revascularização urgente (RR 0,76; 3,7% vs. 2,5%, p < 0,001) e 52% de redução de trombose de stent (RR 0,48; 2,4% vs. 1,1%, p < 0,001).

A análise dos desfechos de segurança do TRITON revelou, no grupo prasugrel, aumento de 32% na incidência de sangramento maior pelo critério TIMI não relacionado com a cirurgia de revascularização (RR 1,32; 1,8% vs. 2,4%, p = 0,03), 52% de aumento de sangramento ameaçador à vida (RR 1,52; 0,9% vs. 1,4%, p = 0,01), além de um aumento significativo de sangramentos fatais (RR 4,1; 0,1% vs. 0,4%, p < 0,002).

O benefício líquido total do estudo mostrou que o prasugrel foi inferior ao clopidogrel em indivíduos com passado de AVC ou AIT prévio (RR 1,54, p = 0,04), foi neutro em indivíduos com > 75 anos de idade ou peso < 60kg, e superior em indivíduos sem passado de AVC ou AIT, com < 75 anos de idade e peso > 60kg (RR 0,8; p < 0,001).154

Aplicando a nova classificação de IAM ao material científico do TRITON-TIMI, Morrow et al. demonstraram que o prasugrel se mostrou mais eficaz que o clopidogrel na redução de diversos tipos de infarto.235

Subanálises do estudo evidenciaram resultados favoráveis ao prasugrel em pacientes diabéticos236 e também naqueles submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica.237

O prasugrel também foi avaliado no estudo TRILOGY (TaRgeted platelet Inhibition to cLarify the Optimal strateGy), que incluiu 9.326 pacientes com SCASSST e um fator de risco adicional (idade mínima de 60 anos, diabetes melito, antecedente de IAM, ICP ou revascularização miocárdica), submetidos ou não à coronariografia, mas com indicação específica de tratamento clínico (sem revascularização miocárdica após o evento índice para entrada no estudo). Os pacientes foram randomizados para clopidogrel (300mg de ataque com 75mg ao dia de manutenção) ou prasugrel (30mg de ataque com manutenção de 10mg ao dia se idade < 75 anos, ou 5mg ao dia se idade ≥ 75 anos ou peso < 60kg), tendo sido acompanhados em média por 17 meses; o tempo médio de uso da medicação foi de 15 meses.238

Com relação ao desfecho primário de eficácia, composto de morte cardiovascular, IAM ou AVC, não houve diferença significativa entre os grupos prasugrel e clopidogrel (p = 0,21). Tampouco foram detectadas diferenças significativas entre os grupos no que se refere aos desfechos principais de segurança (sangramento grave ou ameaçador à vida pelo critério GUSTO ou sangramento grave pelo critério TIMI).

Finalmente, no TRILOGY, aproximadamente um terço dos pacientes foi submetido a análises de agregabilidade plaquetária e, apesar de um claro bloqueio mais efetivo da agregabilidade plaquetária no grupo prasugrel, não se conseguiu demonstrar significativa associação entre reatividade plaquetária e ocorrência de eventos isquêmicos/trombóticos.238

Assim como para o clopidogrel, o prasugrel, caso indicado, deve ser em princípio continuado por 12 meses. Salienta-se que a necessidade de suspensão do prasugrel é de pelo menos 7 dias antes de revascularização miocárdica eletiva.

5.2.3. Ticagrelor

O ticagrelor também é inibidor da agregação plaquetária induzida por ADP, via bloqueio do receptor P2Y12, porém não pertence à classe dos tienopiridínicos. O ticagrelor é uma ciclopentiltriazolopirimidina (CPTP) com meia-vida de cerca de 12h e que, ao contrário dos tienopiridínicos, exerce bloqueio reversível dos receptores P2Y12 e não depende da metabolização hepática para o início de sua ação. Com tais características, o ticagrelor exerce efeito antiagregante plaquetário mais intenso, rápido e consistente em relação ao clopidogrel.239

No estudo PLATO,152 cerca de 18 mil pacientes admitidos por SCA de risco intermediário e alto com até 24h do início dos sintomas foram randomizados para receber ticagrelor (180mg de ataque seguidos por 90mg a cada 12h de manutenção) ou clopidogrel (300mg de ataque seguidos por 75mg ao dia de manutenção). Os pacientes que foram submetidos à ICP receberam dose adicional de 90mg de ticagrelor e poderiam, a critério do investigador, receber dose adicional de 300mg de clopidogrel. Todos os pacientes, exceto se houvesse contraindicação, receberam AAS, e a medicação do estudo foi mantida durante 12 meses, independentemente da estratégia de tratamento empregada (revascularização percutânea, cirúrgica ou tratamento clínico exclusivo). Nos pacientes com indicação de CRVM, o clopidogrel deveria ser suspenso 5 dias antes do procedimento, e o ticagrelor, em um intervalo de 24 a 72h antes da cirurgia. O desfecho primário de eficácia do estudo foi composto de óbito por causas vasculares, (IAM não fatal ou AVC em 12 meses; o desfecho primário de segurança foi a ocorrência de sangramento grave pelo critério do próprio estudo. Do número total de pacientes incluídos, a prevalência de SCASSST foi de aproximadamente 60%, sendo cerca de 43% dos pacientes com IAM sem supradesnível de ST e 17% daqueles com AI de risco intermediário e alto. A mediana de idade dos pacientes incluídos foi de 62 anos e 15% tinham mais de 75 anos. Aproximadamente 64% dos pacientes foram submetidos à ICP e 10%, à CRVM, permanecendo os demais em tratamento clínico exclusivo. Ao final do estudo, o uso do ticagrelor levou à redução significativa de 16% na incidência do desfecho primário composto de eficácia (RR 0,84; 9,8% vs. 11,7%, p < 0,001). Nas análises isoladas dos componentes do desfecho composto (metas secundárias principais), evidenciaram-se reduções significativas nas incidências de IAM (RR 0,84; 5,8% vs. 6,9%, p = 0,005) e óbitos por causas vasculares (RR 0,79; 4,0% vs. 5,1%, p < 0,001), não havendo diferenças significativas em relação à incidência de AVC (p = 0,22). Em relação ao desfecho primário de segurança, não se observou diferença significativa na incidência de sangramento grave avaliado tanto pelo critério elaborado pelo próprio estudo (HR = 1,04; p = 0,43) quanto pelo critério TIMI (HR = 1,03, p = 0,57). Apesar de não haver diferença na incidência de sangramento fatal (HR = 0,87; p = 0,66) ou na necessidade de transfusões (HR = 1; p = 0,96), o uso de ticagrelor levou a um aumento absoluto discreto, mas significativo, na incidência de sangramento intracraniano fatal (0,1 vs. 0,01; p = 0,02) e na incidência de sangramento maior não relacionado à CRVM (4,5% vs. 3,8%, p = 0,03). Outros efeitos adversos apresentaram maior incidência no grupo ticagrelor. Houve aumento significativo na ocorrência de dispneia (RR 1,84; 13,8% vs. 7,8%, p < 0,001), que, em geral, foi transitória e levou à suspensão do medicamento em menos de 1% dos pacientes. Existe controvérsia se este efeito colateral seria explicado por aumento nos níveis plasmáticos de adenosina ou não.240-242 Também houve aumento na incidência de bradicardia transitória, com elevação significativa na ocorrência de pausas ventriculares > 3 segundos nos primeiros 7 dias de uso da medicação (5,8% vs. 3,6%, p = 0,01), mas que perde tal significância após 30 dias de utilização do medicamento (2,1% vs. 1,7%, p= 0,52).243 Não houve diferença entre os grupos, no global da população estudada, quanto à necessidade de implante de MP, ocorrência de síncope ou bloqueio cardíaco.243 Houve elevação dos níveis de creatinina (10% vs. 8%) e de ácido úrico (14% vs. 7%), que foram revertidos 1 mês após o final do tratamento.244

O banco de dados o PLATO propiciou a publicação de diversas análises de subgrupos pré-especificados, como, por exemplo: diabéticos245 doença renal crônica,246 AVC prévio,247 utilização de IBP,230 estratégia invasiva ou conservadora inicial,248 revascularização miocárdica cirúrgica,249 recorrência de eventos,250 custo-efetividade,251 entre outros. De forma resumida, sugere-se que o ticagrelor seja custo-efetivo e que os resultados das subanálises realizadas ficaram muito próximos aos demonstrados na publicação original, com toda a população incluída. O medicamento deve ser suspenso pelo menos 3 dias antes de um procedimento cirúrgico de revascularização miocárdica eletiva.

Mais recentemente, foi publicado estudo (ISAR-REACT 5) multicêntrico, não cego, que comparou o uso de ticagrelor (180mg na chegada ao hospital seguido de 90mg 2 vezes/dia) versus prasugrel (60mg na sala de hemodinâmica seguido de 10mg ou 5mg nos ≥ 75 anos ou < 60kg) em 4.018 pacientes com SCA que seriam submetidos a tratamento invasivo precoce (41,1% de IAM com supra e 58,9% de SCASSST). O desfecho primário, composto de morte, IAM ou AVC em 1 ano de seguimento, ocorreu em 184 pacientes (9,3%) no grupo ticagrelor e em 137 pacientes (6,9%) no grupo prasugrel (HR 1,36; IC 95%, 1,09 a 1,70; p = 0,006); o sangramento maior (desfecho de segurança) foi semelhante em ambos os grupos (5,4% no grupo ticagrelor vs. 4,8% no grupo prasugrel – HR, 1,12; 95% CI, 0,83 a 1,51; p = 0,46). Ressaltam-se algumas limitações no estudo: estudo foi aberto (não cego); 90% dos contatos com os pacientes foram realizados de forma telefônica (83%) ou por carta (7%); ambas as medicações não foram dispensadas pelo estudo (paciente precisava adquiri-las por conta própria); a estratificação invasiva na SCASSST foi feita de forma bastante rápida, o que não é nossa prática; ocorrência do desfecho primário (6,9%) no grupo prasugrel foi mais baixa que no estudo TRITON TIMI 38 (9,9%) e bem abaixo do que se imaginava neste grupo (12,9%) durante o cálculo amostral.252

5.3. Terapia antiplaquetária ajustada por testes de agregação plaquetária ou por testes genéticos

Três estudos clínicos randomizados buscaram demonstrar o impacto clínico de terapias antiplaquetárias diferenciadas em pacientes com má resposta ao clopidogrel. O estudo GRAVITAS (Gauging Responsiveness With A Verify Now Assay-Impact On Thrombosis And Safety)232 avaliou se uma dose elevada de clopidogrel (600mg de ataque seguidos por 150mg/dia de manutenção) seria superior à terapia padrão (75mg/dia sem dose de ataque adicional) na prevenção de eventos cardiovasculares após a ICP e implante de stent farmacológico. Os pacientes a serem randomizados foram selecionados de acordo com a presença de elevada reatividade plaquetária com o uso do clopidogrel, avaliada pelo método laboratorial do VerifyNow® P2Y12; dos 5.429 pacientes avaliados inicialmente, 2.214 (40,8%) apresentaram hiper-reatividade plaquetária (pela via ADP) e foram incluídos no estudo (40% com diagnóstico de SCASSST). Apesar de uma redução absoluta de 22% no número de pacientes que mantinham hiper-reatividade plaquetária (P2Y12 reactionunit [PRU] ≥ 230), o tratamento com dose alta de clopidogrel não foi capaz de reduzir o risco de óbito por causas cardiovasculares, IAM não fatal ou trombose de stent em 6 meses de evolução após a ICP (HR 1,01, IC 95% 0,58 a 1,76, p = 0,97). Tampouco houve aumento de hemorragias graves na comparação entre os grupos. No estudo ARCTIC,233 2.440 pacientes com programação de ICP e implante de stent farmacológico (27% com SCASSST) foram randomizados para duas distintas estratégias de antiagregação plaquetária: uma convencional, em que a administração de AAS e iP2Y12 utilizava a posologias habitualmente empregadas, e outra na qual as doses eram ajustadas de acordo com os resultados da agregabilidade plaquetária obtidos pelo método laboratorial do VerifyNow® Aspirinand P2Y12. A randomização, a avaliação da reatividade plaquetária e a intervenção, quando indicadas ao grupo de terapia monitorada, foram realizadas antes do procedimento programado para implante do stent. A incidência de hiper-reatividade plaquetária nos pacientes em uso de clopidogrel foi de 34,5% e a resistência ao AAS foi observada em 7,6% dos mesmos. No grupo de terapia monitorada, nova avaliação da função plaquetária foi realizada 2 e 4 semanas após o implante do stent, e novos ajustes terapêuticos foram realizados quando necessário. Nessa nova avaliação, houve redução significativa de aproximadamente 50% (15,6% vs. 34,5% no momento da ICP; p < 0,001) no número de pacientes com hiper-reatividade plaquetária definida como valor de PRU ≥ 235 ou 15% ou menos de inibição plaquetária em comparação com valores de controle. No entanto, o desfecho primário composto de óbito por qualquer causa, IAM, AVC, AIT, revascularização coronária de urgência ou trombose de stent em até 1 ano foi de 34,6% nos pacientes que receberam terapia monitorada e 31,1% naqueles tratados de forma convencional (HR 1,13; IC 95% 0,98 a 1,29; p = 0,10). A taxa de eventos hemorrágicos graves também não diferiu significativamente entre os grupos. No estudo ANTARTIC, pacientes idosos (idade ≥ 75 anos) submetidos à ICP após SCA foram randomizados para uma estratégia guiada por testes de agregação plaquetária versus estratégia convencional. Todos os pacientes eram inicialmente tratados com prasugrel 5mg, e, no grupo de terapia guiada, a dose poderia ser incrementada para 10mg em caso de inibição plaquetária inadequada (definido como PRU ≥ 208) ou desescalonada para clopidogrel 75mg em caso de inibição plaquetária excessiva (definido como PRU ≤ 85). O desfecho foi composto de morte cardiovascular, AVC, infarto, revascularização urgente, trombose de stent ou sangramento clinicamente relevante em 12 meses (HR 1,00, IC 95% 0,78 a 1,29).253 Desse modo, a terapêutica antiplaquetária guiada por testes de agregabilidade só deve ser utilizada em casos selecionados.

Em relação aos testes genéticos, o estudo POPULAR Genetics testou a terapia guiada pela avaliação do polimorfismo do citocromo 2C19. Neste estudo, 2.488 pacientes com SCA foram randomizados para uma estratégia padrão com uso de ticagrelor ou prasugrel versus uma estratégia personalizada, em que os pacientes não portadores de polimorfismos, levando à perda de função do 2C19 (e, portanto, com metabolização normal do clopidogrel), recebiam clopidogrel em vez dos outros dois antiplaquetários. A estratégia personalizada foi não inferior à convencional para o desfecho composto de morte, infarto, AVC, trombose de stent ou sangramento maior, ao mesmo tempo em que reduziu sangramento maior (HR 0,78; IC 95% 0,61 a 0,98; p = 0,04).254 Já o estudo TAILOR PCI incluiu pacientes submetidos à ICP (aproximadamente 80% com SCA e 60% apresentando SCASSST) e avaliou a estratégia de terapia guiada por genotipagem. Tal estratégia não foi superior ao tratamento convencional na redução do desfecho composto de morte cardiovascular, infarto, AVC, trombose de stent ou isquemia grave recorrente (HR 0,66; IC 95% 0,43-1,02; p = 0,06) em pacientes carreadores do alelo que leva à perda de função do 2C19 (aproximadamente 35% dos pacientes incluídos).255 Novos estudos, inclusive com análise de custo-efetividade, são necessários para confirmar tais resultados antes de uma decisão definitiva quanto ao rotineiro uso da genotipagem.

Antiplaquetários - Sumário de recomendações e evidências
AAS (162-300mg em dose de ataque, com dose de manutenção de 81-100mg/dia) em todos os pacientes, salvo contraindicações, independentemente da estratégia de tratamento, continuando por tempo indeterminado. I A
Tienopiridínicos em pacientes com intolerância ao AAS. I B
Uso de terapia antiplaquetária dupla por 12 meses após o evento agudo (independentemente da estratégia inicial - clínico, percutâneo ou cirúrgico), salvo contraindicações. I A
Clopidogrel (300mg em dose de ataque, com manutenção de 75mg/dia) em adição ao AAS, em pacientes portadores de SCASSST de risco intermediário ou alto por 12 meses, em pacientes com risco muito alto de sangramento, em uso concomitante de anticoagulantes orais ou quando prasugrel ou ticagrelor não estiverem disponíveis. I B
Ticagrelor (180mg de ataque seguidos por 90mg 2 vezes / dia) em pacientes portadores de SCASSST de risco intermediário ou alto, independente da estratégia de tratamento posterior (clínico, cirúrgico ou percutâneo), preferencialmente ao clopidogrel, por 12 meses. I B
Prasugrel 60mg de ataque seguidos por 10mg ao dia em pacientes portadores de SCASSST de risco moderado ou alto, com anatomia coronariana conhecida, tratados com ICP e sem fatores de risco para sangramento (idade ≥ 75 anos; com < 60kg; AVC ou AIT prévios), preferencialmente ao clopidogrel, por 12 meses. I B
Clopidogrel 600mg em dose de ataque seguidos por 150mg ao dia por 7 dias e dose posterior de 75mg ao dia), em adição ao AAS, em pacientes submetidos à ICP com alto risco de eventos isquémicos e baixo risco de sangramento. IIa B
Reinicio de ticagrelor, prasugrel ou clopidogrel após cirurgia de revascularização miocárdica, assim que seguro. IIa B
Uso de testes de agregabilidade plaquetária ou testes genéticos (genotipagem) em casos selecionados. IIb B
Combinação de AAS com outros anti-inflamatórios não esteroidais (AINE). III C
Utilização de prasugrel em pacientes com histórico de AIT ou AVC prévio ou pacientes com SCASSST sem anatomia conhecida. III B

6. Antitrombínicos

6.1. Heparina Não Fracionada

Entre os anticoagulantes injetáveis, a HNF foi a primeira sintetizada. A heparina é um polissacarídeo sulfatado com uma faixa de peso molecular de 3.000 a 30.000Da (média, 15.000Da). Sua ação se deve a inativação da trombina e fator ativado X (fator Xa) por um mecanismo dependente da antitrombina (AT). A heparina se liga à AT por meio de um pentassacarídeo de alta afinidade e, para inibir a trombina, esta ligação se faz tanto à AT quanto à enzima de coagulação. Ao inativar a trombina, previne a formação de fibrinas e inibe a ativação induzida pelas trombinas de plaquetas e dos fatores V e VIII. Sua resposta variável se faz pela ligação independente da AT de heparina a proteínas plasmáticas, pelas proteínas liberadas pelas plaquetas e células endoteliais, ocasionando a resistência à heparina e uma resposta farmacológica variável. Por essa razão, é importante o monitoramento por meio do tempo de ativação da tromboplastina (TTPa). Devido à sua meia-vida curta, a HNF deve ser administrada com uma infusão intravenosa contínua para garantir níveis estáveis de anticoagulação.256,257

As evidências para o uso de HNF no tratamento do IAMSSST são provenientes de estudos randomizados e metanálises. Eikelboom JW et al., em uma metanálise de seis estudos randomizados, comprovaram que o uso de HNF, ou heparinas de baixo peso molecular (HBPM), reduz os desfechos cardiovasculares maiores nas SCA.182 A HNF permanece um anticoagulante amplamente utilizado no IAMSSST quando a cineangiocoronariografia ocorre nas primeiras 2h da chegada ao hospital, apesar de evidências consistentes de maior risco de sangramento em comparação com outros antitrombóticos.191

O regime terapêutico proposto para o uso de HNF deve ser ajustado ao peso corporal. Deve-se administrar por via intravenosa uma dose inicial de 60 unidades/kg, e seguir a infusão de 12 unidades/kg/hora. A intensidade e o ajuste da anticoagulação é realizado pelo monitoramento de TTPa. A primeira amostra de sangue deve ser coletada na terceira hora de infusão e, posteriormente, a cada 6h, até que a faixa-alvo seja atingida, a partir do que se pode coletar a cada 24h. O intervalo terapêutico é estreito, por isso deve ser mantido valores de TTPa entre 1,5 e 2,0 vezes.198

Durante intervenção coronariana percutânea, deve ser administrada uma dose de HNF para manter o tempo de coagulação ativado (TCA) entre 250 e 350 segundos. A titulação da dose deve ser orientada pelo peso corporal. A administração de um bolus de 70-100UI/kg de HNF é suficiente para uma anticoagulação adequada. Na vigência de uso concomitante de inibidores dos receptores IIb/IIIa, a dose inicial deve ser de 60-70UI/kg.258

Os efeitos colaterais mais frequentes da HNF são os sangramentos maiores ou menores, que ocorrem principalmente quando o tempo de coagulação está acima da faixa terapêutica. A HNF pode desencadear uma reação imunológica intensa, a trombocitopenia induzida por heparina (TIH) – condição clínica que pode ser fatal, pois induz, concomitantemente, sangramento e trombose.258

Na vigência de sangramentos que ameaçam a vida, ou na necessidade de cirurgia de urgência, o uso de um reversor do efeito anticoagulante é imperativo O reversor específico do efeito da HNF é o sulfato de protamina. Uma vez que a meia-vida da HNF é de aproximadamente 1 a 1,5h, a dose de protamina necessária para reverter o efeito da HNF deve se basear na dose total de HNF administrada nas últimas 2 a 3h. Aproximadamente 1mg neutraliza 100 unidades de HNF. Recomenda-se uma infusão IV lenta para evitar hipotensão arterial e bradicardia.258

6.2. Heparinas de Baixo Peso Molecular

Durante investigações para melhor compreensão da estrutura da heparina convencional (HNF), verificou-se que suas cadeias de polissacarídeos podem sofrer despolimerização por meio de vários processos físicos e químicos para obter compostos também heterogêneos, porém de mais baixo peso molecular, que recebem o nome genérico de heparinas fracionadas ou de baixo peso molecular (HBPM).256,257

As formas de heparina de baixo peso molecular são constituídas de cadeias curtas de polissacarídeos, o que resulta em um efeito anticoagulante mais previsível quando comparada à HNF. A HBPM tem várias vantagens potenciais sobre HNF:257

  • Maior atividade antifator Xa em relação ao fator IIa. Proporciona uma inibição mais efetiva na geração de trombina.

  • Promove uma inibição maior do que as HNF na via do fator tecidual.

  • Induz menos frequentemente plaquetopenia.

  • Administração via subcutânea por sua grande biodisponibilidade.

  • Promove uma anticoagulação previsível em virtude de menor ligação em proteínas plasmáticas.

  • Não necessita de monitoramento de níveis plasmáticos.

A fraxiparina, dalteparina e a enoxaparina são exemplos de HBPM que foram testadas em SCA. A enoxaparina permaneceu como fármaco eleito para o uso nesse contexto, devido ao maior corpo de dados experimentais; e os estudos prévios evidenciaram que a fraxiparina e a nadroparina são similares à HNF.

Dois estudos foram publicados (TIMI 11B e ESSENCE) comparando a enoxaparina com a HNF, em termos de eficácia clínica e segurança, no tratamento de pacientes com AI e IAM sem supradesnível de ST. Em resumo, demonstraram pela primeira vez que uma HBPM (no caso, a enoxaparina) era superior à HNF, além de demonstrar que não existe benefício adicional com a utilização do medicamento após a fase de hospitalização (TIMI 11B); durante a fase ambulatorial, ocorreu hemorragia importante em 1,5% do grupo tratado com placebo e 2,9% no grupo tratado com enoxaparina (p = 0,021).259,260 Talvez mais importante, a análise conjunta dos dois estudos demonstrou diminuição significativa na incidência de eventos “duros”, óbito ou (re)infarto, a favor da enoxaparina em relação à HNF, sendo essas vantagens ainda perceptíveis 1 ano após o tratamento inicial.261

O estudo SINERGY foi desenhado para definir o uso da enoxaparina comparada com a HNF em pacientes com SCASSST de alto risco. Foram randomizados 10.027 pacientes, cujo objetivo primário foi o composto de morte cardiovascular, IAM, AVC e revascularização de urgência. Os resultados demonstraram para o braço da enoxaparina que a taxa de eventos foi de 14,0% (696/4.993); nos pacientes randomizados à HNF, a taxa de eventos foi 14,5% (722/4.985) (RR, 0,96; IC 95%, 0,86-1,06). Em relação aos achados de segurança, observou-se mais sangramento com enoxaparina, com aumento estatisticamente significativo no sangramento maior (9,1% vs. 7,6%, p = 0,008), (critérios TIMI) e um incremento não significativo de sangramento graves (critérios GUSTO) (2,7% vs. 2,2%, p = 0,08) e transfusões de sangue (17,0% vs. 16,0%, p = 0,16). A conclusão dos autores foi que a enoxaparina não foi superior à HNF, tampouco, não foi inferior para o tratamento de pacientes de alto risco com SCASSST.262 A enoxaparina é uma alternativa segura e eficaz à HNF; as vantagens da conveniência do uso por via subcutânea e o fato de não necessitar de monitoramento da anticoagulação rotineiramente devem ser considerados com o excesso modesto de sangramento maior. Outra consideração originada de uma análise não pré-especificada foi a que devemos evitar a troca de classes de anticoagulantes durante o manejo da fase hospitalar dos pacientes com SCA.262

A dose de enoxaparina é de 1mg/kg administrado por via subcutânea (SC) duas vezes ao dia. Na idade superior a 75 anos, a dose deve ser reduzida para 0,75mg/kg duas vezes ao dia. Em pacientes com a taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) igual ou inferior a 30mL/min/1,73m2, a dose deve ser reduzida pela metade, sendo então administrado 1mg/kg (SC) uma vez ao dia. Quando a TFGe chegar em 15mL/min/1,73m2, devemos evitar o uso de enoxaparina. Uma alternativa nessa condição é a HNF, pois tem metabolismo exclusivamente hepático. Nos pacientes pré-tratados com enoxaparina, não é recomendado o uso de enoxaparina adicional durante a intervenção coronariana percutânea se a última injeção SC de enoxaparina tiver sido administrada 8h antes do procedimento. Um bolus adicional 0,3mg/kg IV é recomendado se a última dose SC de enoxaparina tiver sido administrada ≥ 8h antes da angioplastia.263

6.3. Fondaparinux

O fondaparinux é um pentassacarídeo sintético, constituído por uma sequência de açúcares (A B C D F) – a menor sequência capaz de se ligar diretamente a trombina. Esta descoberta foi um marco no desenvolvimento farmacológico das heparinas. Forneceu as ferramentas para o conhecimento da biologia e para o avanço da farmacologia dessa classe de medicamentos. Permitiu o conhecimento de que o bloqueio seletivo e direto do fator Xa promove um importante efeito antitrombótico, abrindo o caminho para o desenvolvimento dos novos anticoagulantes orais diretos.264 Pentassacarídeo sintético que se liga seletivamente à trombina leva à inibição do fator Xa. Devido à sua discreta interação com componentes do plasma, possui ação anticoagulante previsível e pouca variabilidade individual. Apresenta boa biodisponibilidade, favorecendo a administração por via subcutânea. Atinge seu pico plasmático rapidamente em 2h, e tem meia-vida longa de 17h, o que permite o uso de dose única diária. A eliminação do fondaparinux é exclusivamente pelos rins, sendo necessário o monitoramento renal. Quando TFGe for menor que 20/mL/1,73m2, devemos suspender seu uso.265

O estudo clínico que testou a eficácia e a segurança do fondaparinux em pacientes com SCASSST em comparação com a enoxaparina foi OASIS-5. Ensaio clínico foi desenhado para avaliar se o fondaparinux preservaria os benefícios anti-isquêmicos da enoxaparina enquanto reduziria o sangramento em pacientes com SCA. Foram randomizados 20.078 pacientes com SCASSST que receberam fondaparinux (2,5mg/dia) ou enoxaparina (1mg/kg, duas vezes ao dia) por uma média de exposição de 6 dias. O desfecho composto primário de eficácia foi: morte cardiovascular, IAM ou isquemia refratária no 9º dia. O sangramento maior foi o desfecho primário de segurança, e sua combinação o benefício clínico líquido. Pacientes foram seguidos por até 6 meses. Os resultados demostraram que a taxa de eventos do desfecho composto de eficácia foi semelhante nos dois grupos (579 com fondaparinux [5,8%] vs. 573 com enoxaparina [5,7%]; RR: 1,01 no grupo fondaparinux; 95% (IC 90-1.13; p para não inferioridade = 0,007).194 Subanálises do estudo foram publicadas na sequência, sendo a principal aquela que analisou os 12.715 pacientes submetidos à angiografia durante a hospitalização (6.238 tratados por ICP). Durante o andamento do OASIS 5 (após relatos de alguns centros sobre a incidência de trombose de cateteres) ocorreu uma emenda ao protocolo que orientava a lavagem dos cateteres de hemodinâmica com 200UI de HNF previamente ao procedimento. Entre os pacientes submetidos à ICP, o fondaparinux mostrou eficácia similar à enoxaparina para o desfecho primário em 9 dias (6,2% vs. 6,3%; RR 1,09; p = 0,79), com redução na incidência de sangramentos graves (10,4% vs. 8,2%; RR = 0,78; p = 0,004); entretanto, registrou-se maior incidência de trombose de cateteres (0,4% vs. 0,9%), sendo essa complicação associada a taxas mais elevadas de AVC e IAM.266,267

Antitrombínicos - Sumário de recomendações e evidências
Uso rotineiro de HNF. I A
Uso rotineiro de HBPM. I A
Uso de fondaparinux 2,5mg SC, 1 vez ao dia por 8 dias ou até a alta hospitalar. I B
Aos pacientes em uso de fondaparinux, administrar HNF 85UI / kg IV, no momento da ICP ou 60UI/kg àqueles que estiverem recebendo IGPs IIb/IIIa. I B
Uso de enoxaparina preferencialmente à HNF, a não ser que cirurgia de revascularização miocárdica esteja planejada para as próximas 24h. IIa A
Considerar interrupção da anticoagulação após a ICP, exceto se houver outra indicação para mantê-la. IIa C
Troca de heparinas (HNF e enoxaparina). III B

7. Associação de Antiplaquetários e Anticoagulantes Orais Diretos em Situações Especiais

Nos últimos anos, os quatro DOAC foram estudados no cenário de fibrilação atrial em pacientes submetidos à angioplastia, e passaram a ser ótimas opções ao uso da varfariana.

Os estudos clínicos que testaram o uso dos DOAC no contexto de DAC (crônica e aguda) associada à fibrilação atrial apresentaram os seguintes resultados quando comparados com a terapia tríplice (AAS + clopidogrel + varfarina):

• Estudo PIONNER AF-PCI utilizou rivaroxabana 15mg (reduzido para 10mg no pacientes com “clearance de creatinina” entre 30 a 50mL;min) + iP2Y12 (clopidogrel/ticagrelor) por 12 meses e foi associado a menores taxas de sangramentos clinicamente significantes (meta primária); sendo que o componente de eficácia (morte cardiovascular, infarto e AVC) foi semelhante (desfecho secundário).268

• Estudo REDUAL PCI utilizou dabigatrana 110mg ou 150mg 2 vezes/dia + iP2Y12 (clopidogrel/ticagrelor) por 12 meses e foi associado a menores taxas de sangramentos clinicamente significantes (meta primária), sendo o “p” significativo para não inferioridade em ambos os grupos com dabigatrana e significativo para superioridade somente no grupo dabigatrana 110mg; a terapia dupla (ambos os grupos dabigatrana) foi não inferior à terapia tríplice em relação ao desfecho composto de eventos tromboembólicos.269

• Estudo AUGUSTUS utilizou apixabana 5mg 2 vezes/dia (ou 2,5mg 2 vezes/dia caso houver duas ou mais características – idade >80 anos, peso < 60kg ou creatinina >1,5) + iP2Y12 (clopidogrel) e foi associado a menor taxa de sangramento (meta primária) e menor taxa de morte ou hospitalização (desfecho secundário) sem diferença significativa na incidência de eventos isquêmicos. Ressalta-se que, no estudo da apixabana, foram incluídos também pacientes que apresentavam SCA sem realização de ICP.270

• Estudo ENTRUST AF-PCI utilizou a edoxabana 60mg em associação a iP2Y12 (n = 751) e, no outro grupo, varfarina associada à dupla antiagregação plaquetária (DAPT = AAS + iP2Y12), totalizando 1.506 pacientes. O desfecho primário foi o de sangramento maior, (HR = 0,83; IC 95% 0,65-1,05; p = 0,0010 para não inferioridade e p = 0,1154 para superioridade). Para o desfecho secundário de morte cardiovascular, AVC, embolia sistêmica, IAM e trombose de stent, não houve diferença significativa.271

Cerca da metade dos pacientes era portadora de SCA, e o uso do clopidogrel como iP2Y12 foi bem mais frequente que o ticagrelor. Esses estudos tiveram, sempre, como objetivo primário, o desfecho de segurança (sangramento). Com diferentes desenhos, demonstraram segurança dos DOAC em relação à varfarina quando associados a antiplaquetários; e os desfechos isquêmicos (como desfechos secundários) não apresentaram diferenças significativas.272 O tempo total de utilização da terapia tripla, seja com os DOACs ou com varfarina, e de suspensão de AAS deverá ser feito conforme o risco de eventos isquêmicos e o risco de eventos hemorrágicos273

8. Hipolipemiantes

Vários estudos comprovam os benefícios das terapias para a redução do colesterol em pacientes em prevenção secundária.274,275 Nos pacientes de alto risco, o benefício é independente dos níveis basais do LDL-C.276 Estudo de Dondo et al. com mais de 389 mil pacientes com SCASSST e seguimento médio de 2,2 anos mostrou que a não aderência ao tratamento com estatinas foi um dos fatores de maior impacto relacionados à redução da sobrevida. Se as diretrizes fossem aplicadas e seguidas corretamente, a aderência ao uso das estatinas, juntamente com a realização de angiografia coronária quando indicada, reabilitação cardiovascular e cessação do tabagismo, poderia evitar 28,9% dos óbitos.277

As metas lipídicas variam conforme as diretrizes, porém, nos últimos anos, foi incorporada uma estratégia de redução mais rigorosa dos níveis de LDL, sendo preconizados, em 2017, pela Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenção da aterosclerose, níveis de LDL menores que 50mg/dL e não HDL < 80mg/dL nos pacientes classificados de muito alto risco.278 Quando as estatinas não são toleradas em doses maiores, uma opção é a associação da ezetimiba.279

Admite-se que o ideal seja iniciar terapia redutora de lípides desde a hospitalização, desde que não haja contraindicação. O estudo SECURE-PCI avaliou o uso de dose de ataque de atorvastatina 80mg antes da coronariografia em 4.191 pacientes com SCA submetidos à estratégia invasiva. O uso da dose de ataque não reduziu desfechos cardiovasculares maiores em 30 dias comparado ao placebo (HR 0,88; IC 95% 0,69 a 1,11; p = 0,27), embora tenha havido possível benefício no subgrupo de pacientes que foram submetidos à ICP (HR 0,72; IC 95% 0,54 a 0,96; p = 0,02).280

Hipolipemiantes - Sumário de recomendações e evidências
Iniciar tratamento precoce com dose alta de estatina em todos os pacientes, independentemente dos níveis de LDL, desde que não existam contraindicações. I A
Associar ezetimiba em pacientes em uso de dose máxima tolerada de estatina se os níveis de LDL não atingirem as metas estabelecidas. I A

9. Inibidores do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona

Este grupo de fármacos é muito importante no tratamento de hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e alguns grupos de pacientes com DAC. Não há evidências conclusivas de benefícios na utilização precoce dos mesmos em pacientes com SCASSST, mas alguns estudos sugerem que podem ser úteis na fase crónica após o episódio agudo. O estudo HOPE (The Heart Outcomes Prevention Evaluation)281 incluiu pacientes de alto risco para eventos cardiovasculares, frequentemente com doença arterial aterosclerótica importante (geralmente atingindo o território coronário) e independentemente da fase em que se encontravam e mostrou benefício com o uso de ramipril (dose alvo de 10mg/dia) a longo prazo. Em 5 anos de seguimento observou-se redução do risco relativo de óbito em 26% (p < 0,001); infarto, 20% (p < 0,001); e AVC, 32% (p < 0,001). Resultados similares também foram demonstrados em pacientes com coronariopatia crónica com o uso de perindopril.282

O benefício é maior nos pacientes com disfunção de ventrículo esquerdo (VE), e IAM anterior, em que colaboram na melhora do remodelamento cardíaco, melhora da função do VE, com diminuição da progressão para insuficiência cardíaca.283

O objetivo do tratamento é chegar a maior dose tolerável das medicações, até captopril 50mg de 8/8h (podendo ser substituído na sequência por ramipril 10mg/dia ou enalapril 20mg/dia 12/12h), losartana 50mg 12/12h ou valsartana 320mg/dia.

No caso dos antagonistas de aldosterona, o estudo EPHESUS mostrou redução de mortalidade com uso do eplerrenone (não disponível em nosso meio) em pacientes com IAM (com ou sem supra de ST) e disfunção ventricular esquerda apresentando sintomas de IC ou diabetes (RR 0,85; IC 95% 0,75-0,96; p = 0,008), sendo o benefício evidente já nos primeiros 30 dias de tratamento.284,285 Previamente, o estudo RALES já havia demonstrado diminuição da mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca crônica e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) ≤ 35%.286 Dessa maneira, o uso da espironolactona (antagonista de aldosterona disponível em nosso meio), dose-alvo de 25mg uma vez ao dia (podendo ser aumentada para 50mg após 8 semanas de tratamento se houver sinais de progressão da insuficiência cardíaca sem hipercalemia). O uso do bloqueador de aldosterona está contraindicado em pacientes com disfunção renal importante (Cr > 2,5mg/dL) ou níveis de K > 5,5mEq/L. Deve haver monitoramento cuidadoso de K e função renal, sobretudo quando do uso concomitante com IECA/BRA.

Inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona - Sumário de recomendações e evidências
Administrar inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA) a pacientes de risco intermediário e alto com disfunção ventricular esquerda, hipertensão arterial ou diabetes melito. I A
Administrar bloqueadores dos receptores da angiotensina II a pacientes de risco intermediário e alto com contraindicação aos IECA. I C
Uso de espironolactona em pacientes com SCASSST, FEVE ≤ 35%, e sintomas de IC ou histórico de diabetes. I C
Administrar IECA a todos os pacientes de risco intermediário e alto. IIb B

10. Estratificação de Risco com os Métodos Complementares

Em pacientes com SCA, a estratificação de risco deve ser um processo contínuo, desde a avaliação clínica inicial, passando pelos exames subsidiários já discutidos nestas Diretrizes, e culminando com os métodos complementar expostos a seguir.

11. Exames Não Invasivos para Diagnóstico de Isquemia e Avaliação Prognóstica

Os exames funcionais são indicados para avaliação da isquemia miocárdica e são fundamentais para a tomada de decisão em alguns casos, principalmente no diagnóstico e prognóstico dos pacientes com risco intermediário e alto. Na abordagem terapêutica conservadora, utilizam-se mais os métodos não invasivos prognósticos.

11.1. Teste Ergométrico

Na fase de hospitalização, os parâmetros medidos no teste determinam o grau residual de isquemia e servem para avaliar o desempenho cardíaco. A isquemia residual é estimada por meio do comportamento do segmento ST durante o exercício ou na fase de recuperação e da presença de dor anginosa. O desempenho cardíaco é avaliado por meio do comportamento da pressão arterial e do duplo produto. O desempenho cardíaco e a resposta autonômica relacionada com o comportamento da redução da FC na fase de recuperação têm apresentado melhor correlação com mortalidade em comparação com outros parâmetros. Seu valor preditivo negativo é muito elevado, de 98% a 100%, embora com valor preditivo positivo modesto de aproximadamente 50%, sendo os TE anormais infrequentes na população indicada para esse procedimento estratificado nas unidades de dor torácica.287-289

Os principais preditores independentes de sobrevida livre de eventos (morte e IAM) em 1 ano, em análise de regressão multivariada, foram o número de derivações com depressão do segmento ST e a carga máxima alcançada. Quanto à segurança, o TE em pacientes estabilizados tem a incidência de 0,5% de complicações (óbito ou IAM) em até 24h após o exame.290-292

Com o objetivo de estimar o prognóstico e auxiliar na decisão clínica em pacientes de risco intermediário, o TE está indicado a esse grupo de pacientes 24 a 48h após completa estabilização clínica (estabilidade hemodinâmica, ausência de isquemia ativa clínica ou eletrocardiográfica, de novas ondas Q, de sinais clínicos de insuficiência cardíaca e marcadores de lesão miocárdica normais) e desde que haja capacidade para o exercício.51,198

Assim, o TE como estratégia precoce (< 48h) é contraindicado formalmente a pacientes de alto risco. Entretanto o TE realizado após 48h de plena estabilização do quadro clínico, ainda durante a internação, poderá ser indicado a pacientes submetidos à cinecoronariografia, quando é necessária avaliação funcional de lesão conhecida ou estabelecimento de risco antes da alta hospitalar e para orientar adequadamente programas de reabilitação cardíaca.293,294

Teste ergométrico - Sumário de recomendações e evidências
Realização de teste ergométrico em pacientes de risco intermediário, 24 a 48h após completa estabilização clínica, desde que sem sintomas isquêmicos ativos, sem sinais de insuficiência cardíaca ou comprometimento hemodinâmico, com ECG de repouso sem isquemia, e marcadores de necrose miocárdica normais. I B
Realização de teste ergométrico em pacientes de alto risco após 48h. IIb C
Realização de teste ergométrico em pacientes de alto risco antes de 48h. III C

11.2. Métodos ecocardiográficos (isquemia, viabilidade – estresse, contraste / microbolhas, strain etc.)

11.2.1. Ecocardiograma transtorácico

A nova análise da alteração contrátil do VE pode, de fato, ajudar na determinação de diagnóstico e prognóstico da SCA.295-299 O índice de motilidade segmentar (WMSI; do inglês, wallmotion score index) é o parâmetro de referência para expressar a função segmentar do VE, e seu valor de normalidade é 1 (o VE é dividido em 16 ou 17 segmentos que recebem classificação com base no espessamento sistólico); valores entre 1 e 1,6 evidenciam alteração contrátil de grau discreto; enquanto valores de WMSI superiores a 1,6 apontam maior acometimento e pior prognóstico. Obviamente, a ausência de alterações da contratilidade segmentar no ETT de repouso não exclui a presença de DAC.300

Vale lembrar que a avaliação da função ventricular pelo ETT, na fase aguda da isquemia, pode estar comprometida pelo fenômeno do stunning (atordoamento) miocárdico. Após um período de 2 semanas, pode ocorrer melhora acentuada da função ventricular.301

Com as novas tecnologias desenvolvidas nos aparelhos de ecocardiografia, como speckle-tracking 2D, tem sido possível, por meio da análise do strain global longitudinal (SGL) das paredes do VE, diagnosticar precocemente alterações isquêmicas em pacientes com alteração de troponina, porém sem alteração do ECG ou ecocardiograma de repouso (25% a 75% dos paciente com SCA têm ecocardiograma normal).302

O SGL (quando < 16,5%) pode complementar algoritmos diagnósticos existentes e agir como marcador adjunto precoce de isquemia.303 Publicação recente propõe que o SGL seja uma ferramenta utilizada na procura de pacientes candidatos à estratégia invasiva.304 Pequenos centros têm utilizado SGL rotineiramente na unidade de emergência e há registros de alteração do padrão de strain (< 18%) antes mesmo da alteração da troponina.305

Em circunstâncias especiais, quando a janela acústica é subótima, precisa ser complementado pelo exame de ecocardiografia contrastada por microbolhas, a fim de melhor se delimitar os bordos endocárdicos ou de avaliar eventuais defeitos de perfusão miocárdica.306

Ecocardiograma transtorácico - Sumário de recomendações e evidências
Avaliação da função ventricular global e segmentar. I C
Diagnóstico diferencial de causas alternativas de dor torácica: estenose aórtica grave, cardiomiopatia hipertrófica, embolia pulmonar, dissecção de aorta, pericardite e presença de tumores cardíacos. I C
Dor torácica com instabilidade hemodinâmica e suspeita de origem cardíaca. I C
Suspeita de complicações mecânicas no infarto do miocárdio: aneurisma do ventrículo esquerdo, ruptura de parede livre ou músculo papilar, comunicação interventricular, derrame pericárdico. I C
Cálculo do SGL por meio do speckle tracking como adjunto aos algoritmos existentes de diagnóstico e classificação de risco em pacientes com suspeita de doença coronariana. IIa B
11.2.2. Ecocardiografia de estresse

A ecocardiografia sob estresse permite a verificação das anormalidades regionais transitórias da contração, indicativas de isquemia induzida tanto por exercício quanto farmacologicamente.307

O ecocardiograma sob estresse é um preditor independente de morte cardiovascular, de valor adicional aos demais métodos e pode evitar a cinecoronariografia. Seu uso pode ser recomendado para estratificação de risco de pacientes em unidades de dor torácica, especialmente quando o ECG não define o diagnóstico e o teste ergométrico é submáximo, de realização não factível ou com resultado inconclusivo, uma vez aliviada a dor por pelo menos 24h em pacientes de baixo a moderado risco e sem alterações isquêmicas evidentes no ECG e marcadores de necrose.307,308

Respostas de melhora de contração segmentar em áreas dissinérgicas, com doses iniciais de dobutamina (5 a 10g/kg/min), identificam viabilidade miocárdica nessas regiões “atordoadas” pela isquemia pregressa.307-309

Ecocardiograma de estresse - Avaliação pelo ecocardiograma sob estresse - Sumário de recomendações e evidências
Pacientes com angina instável ou SCASSST de baixo risco controlada clinicamente* antes de decidir a estratégia invasiva. IIa A
Para avaliar o significado funcional de obstrução coronariana moderada na angiografia, desde que o resultado interfira na conduta. IIa C
Estratificação de risco após infarto do miocárdio não complicado. IIa A
Investigação de pacientes com suspeita de doença microvascular para estabelecer se ocorre alteração segmentar em conjunção com a angina e as alterações eletrocardiográficas. IIa C
Parâmetros de strain e strain rate derivados do speckle tracking como ferramenta adjunta ao wall motion score index para diagnóstico e/ou prognóstico de doença coronariana aguda. IIa B
Angina instável de alto risco ou infarto agudo do miocárdio. III C
*

Ausência de recorrência da angina, sem sinais de insuficiência cardíaca, sem alterações no ECG inicial/seriado e troponina normal; dor anginosa típica com alteração ao ECG ou prova funcional, na vigência de cinecoronariografia normal.

11.2.3. Avaliação da perfusão miocárdica pela ecocardiografia

Em pacientes com dor torácica aguda e ECG não diagnóstico, o uso da ecocardiografia com contraste aumenta a sensibilidade para o diagnóstico da SCA.310

Pacientes com perfusão e função miocárdica normais ao repouso têm bom prognóstico, enquanto a presença de defeitos de perfusão ao repouso identifica um subgrupo de alto risco para a SCA.306,311

Os agentes de contraste ecocardiográfico são soluções contendo microbolhas de gás do tamanho das hemácias, cuja interface com o meio líquido é altamente refringente, melhorando o sinal ecocardiográfico do meio que as contém. Por este método, à beira de leito, pode-se avaliar a microcirculação miocárdica, pois as microbolhas são marcadores microvasculares que se comportam como as hemácias, portanto, não atingem áreas de obstrução microvascular. Desta forma, áreas com infarto não apresentam este contraste e são facilmente detectadas pela ecocardiografia.306 Por meio dessa modalidade ecocardiográfica, obtém-se simultânea e instantaneamente as alterações da contração segmentar do VE e da perfusão miocárdica.312

O contraste ecocardiográfico possibilita uma melhor definição das margens endocárdicas, permitindo uma avaliação mais adequada do espessamento miocárdico parietal e das funções contrátil global e segmentar do VE em repouso e sob estresse. Adicionalmente, os agentes de contraste permitem medida mais acurada dos volumes ventriculares e da FEVE, principalmente em casos de imagens subótimas, e têm comprovada utilidade na definição de alterações da anatomia.306,313

Defeitos regionais de perfusão transitórios extensos durante o estresse são indicativos de DAC grave. Respostas de melhora de contração segmentar em áreas dissinérgicas e com perfusão presente, durante doses iniciais da infusão de dobutamina (5 a 10µg/kg/min), identificam viabilidade miocárdica nessas regiões “atordoadas” pela isquemia pregressa.

Em suma, em pacientes com dor torácica atendidos no centro de emergência, a ecocardiografia contrastada em repouso adiciona dados de diagnóstico e prognóstico a esses pacientes. Se o preenchimento completo do miocárdio pelo contraste (perfusão) for observado dentro de 4 segundos, isso identifica pacientes com motilidade e perfusão normais, portanto, de baixo risco. Já quando a perfusão é normal, mas há alteração segmentar do movimento de parede, identifica miocárdio atordoado, enquanto um defeito fixo de perfusão mapeia toda a área em risco durante a lesão isquêmica aguda.314,315 Nos pacientes com IAM, a ecocardiografia sob estresse com contraste miocárdico identifica não somente as áreas de infarto ou de atordoamento em repouso, mas pode identificar as áreas isquêmicas à distância pela análise das alterações transitórias da motilidade e perfusão miocárdicas.

11.2.3.1. Avaliação da perfusão miocárdica pelo ecocardiograma | Sumário de recomendações e evidências
Perfusão miocárdica pelo ecocardiograma - Sumário de recomendações e evidências
Ecocardiografia transtorácica contrastada para melhora do sinal Doppler em pacientes com imagem subótima ou ecocardiografia transtorácica contrastada para delineamento de margens endocárdicas durante a ecocardiografia sob estresse em pacientes com imagens subótimas em repouso. IIa B
Ecocardiograma sob estresse com microbolhas em pacientes com risco intermediário nos quais persistem dúvidas após a realização de teste ergométrico. IIb B
Ecocardiograma sob estresse com microbolhas em pacientes com alto risco. III C

11.3. Métodos de Cardiologia Nuclear

A cintilografia miocárdica de perfusão (CMP) é indicada fundamentalmente aos casos de impossibilidade de realização do teste ergométrico e a pacientes nos quais há dificuldades para a interpretação adequada do ECG de esforço. Uma das principais indicações da CMP é a possibilidade da realização das técnicas não invasivas mais utilizada no cenário da AI de baixo risco. Permite avaliar os pacientes incapazes de realizar esforço físico por meio do estresse farmacológico e apresenta melhor correlação com os dados anatômicos em comparação com o teste ergométrico.

A CMP e a ventriculografia nuclear radioisotópica têm um grande valor diagnóstico e prognóstico nas coronariopatias aguda e crônica.316-318 Uma das principais indicações da CMP é a possibilidade da realização precoce nas SCA, com ampla margem de segurança, empregando-se agentes vasodilatadores como o dipiridamol e a adenosina. Em relação a outros exames, a CMP mostrou-se superior nessa aplicação. Deve ser ainda destacada a possibilidade de, sincronizando-se o estudo cintilográfico tomográfico com o ECG (gated-SPECT), avaliar-se a função sistólica regional e medir-se a FE ventricular com exame único.319 Os vários estudos são consistentes na demonstração de que pacientes com diagnóstico de AI que apresentem cintilografia normal durante estresse pertencem a subgrupo com risco notadamente reduzido de eventos graves, de cerca de 1% em 1 ano; enquanto a detecção de defeitos reversíveis expressa prognóstico desfavorável, com taxa de eventos da ordem de 20% para o mesmo prazo de seguimento.320-323

A tomografia por emissão de pósitrons (PET; positron emission tomography) é uma técnica não invasiva de doença coronariana obstrutiva que apresenta acurácia bastante elevada para detecção de isquemia miocárdica e viabilidade miocárdica. Sua utilidade foi demonstrada para avaliação diagnóstica e prognóstica da DAC. Além disso, possibilita a avaliação muito precisa da reserva do fluxo coronariano por quantificação absoluta. Essa informação pode ser útil na avaliação de quadro de infarto em pacientes sem obstruções coronárias significativas (MINOCA).324,325 No Brasil, temos dificuldade para obter os radiotraçadores (rubídio e amônia) que permitem essa quantificação, mas novas gamacâmaras de detectores de cádmio-zinco-telúrio (CZT) também têm mostrado possibilidade de realizar quantificação da reserva de fluxo com traçadores de tecnécio.326

Cintilografia miocárdica de perfusão - Sumário de recomendações e evidências
Em pacientes com risco intermediário, nos quais persistem dúvidas após a realização de TE, ou impossibilitados de submeter-se ao TE. I B
Para identificação da presença/extensão de isquemia em pacientes que não podem realizar cateterismo, ou quando os resultados deste não são suficientes para o estabelecimento de condutas. I B
Após o cateterismo, para identificação da artéria relacionada com o evento (região a ser revascularizada), e / ou estratificação complementar de risco. I A
Em pacientes com regiões ventriculares dissinérgicas, em que se torna necessário comprovar ou excluir a presença de miocárdio viável para guiar a conduta terapêutica. I A
Como primeira opção na avaliação de isquemia, mesmo em pacientes em que o TE seja factível e interpretável. IIb B
Angiocardiografia nuclear em pacientes de risco intermediário e alto para identificação de envolvimento do ventrículo direito. IIa C
Em pacientes de alto risco antes das primeiras 48h de estabilização do paciente. III C

11.4. Ressonância Magnética Cardiovascular

A ressonância magnética cardiovascular (RMC) é um método bastante útil para a avaliação cardíaca morfológica e funcional, fornecendo informações diagnósticas e prognósticas importantes tanto na doença isquêmica quanto nas miocardiopatias não isquêmicas. O exame é capaz de fornecer informações precisas sobre os aspectos morfológicos do coração, a quantificação dos volumes, a massa e a função ventricular global e regional, a avaliação de isquemia miocárdica (pela análise da contratilidade segmentar sob estresse com dobutamina e sem uso de contraste ou pela técnica de perfusão miocárdica sob estresse com vasodilatadores, como o dipiridamol e a adenosina, e com uso de contraste com base em gadolínio) e a avaliação da fibrose/necrose miocárdica pela técnica do realce tardio miocárdico.327 Todas essas informações são fornecidas de maneira integrada em um único exame. O método ainda permite, com a combinação destas e de outras formas de aquisição de imagem, a visualização do pericárdio e dos grandes vasos e a análise de fluxos e função valvar.

Vários estudos clínicos e metanálises mostram que a ressonância cardíaca é um método altamente acurado para a detecção de isquemia miocárdica, mesmo em comparação com o ecocardiograma de estresse,328 a cintilografia miocárdica329,330 ou a reserva de fluxo fracional (fractional flow reserve - FFR).331

A avaliação da viabilidade miocárdica pela técnica do realce tardio também já foi estudada e validada nas SCA e fornece importantes informações diagnósticas e prognósticas, além de ser considerada por muitos o padrão-ouro para a avaliação de viabilidade miocárdica e detecção de infartos.332-336 Estudos uni e multicêntricos demonstraram que a RMC é uma técnica extremamente sensível para detecção e localização do infarto, mesmo os pequenos infartos subendocárdicos,337-339 que também têm importância prognóstica demonstrada, talvez pela sua frequente associação a estenoses coronárias críticas e que podem passar despercebidos tanto à avaliação clínica quanto a outros exames diagnósticos.340-342 Adicionalmente, a medida da área infartada obtida pela RMC tem grande impacto prognóstico independente de outros fatores clínicos, tendo sido, em alguns estudos, mais importante que a própria FEVE.343,344 Utilizando técnicas de identificação de zonas de edema associadas à mensuração das zonas de realce tardio, pode-se obter também a taxa de miocárdio preservado, elemento que tem valor prognóstico, em especial em pacientes submetidos a tratamento trombolítico.345

A técnica do realce tardio também permite a detecção de áreas de hipossinal (áreas escuras) no meio da área de hipersinal (infarto), o que se relaciona com áreas de obstrução microvascular (no-reflow phenomenon) e também acrescenta informação prognóstica nessa população.343-347

Além dessas aplicações, a ressonância é bastante útil na diferenciação das miocardiopatias isquêmicas das não isquêmicas,327,348 sendo utilizada para o diagnóstico de miocardite349,350 e síndrome de Takotsubo.351,352 Ademais, na situação de elevação de marcadores de necrose miocárdica e cateterismo “normal”, a RMC pode confirmar a presença do infarto, que poderia estar relacionado com espasmo ou síndromes trombofílicas, entre outros. Outros diagnósticos diferenciais em que a RMC pode ajudar são a hipertrofia ventricular esquerda (primária da cardiomiopatia hipertrófica ou secundária) e a pericardite aguda isolada, sem miocardite associada.

Pela sua sensibilidade em encontrar áreas de infarto e de realizar o diagnóstico de outras anormalidades cardíacas, a ressonância tem sido preconizada para a avaliação de pacientes com quadro de infarto em pacientes sem obstruções coronárias significativas (MINOCA). Nesta condição, o exame permitiu a diferenciação correta entre processos inflamatórios e necrose isquêmica real, mesmo na ausência de placas de ateroma significativa, e pode fornecer dados fundamentais para a condução desses casos. Tal abordagem pode ser particularmente relevante no caso de mulheres que apresentam maior incidência deste evento.353

Nos casos de DAC confirmada, a RMC pode ainda ajudar a definir a coronária relacionada com o infarto em casos nos quais este achado não é claro no cateterismo, como, por exemplo, em pacientes com lesões triarteriais graves e ECG inespecífico. Nessa situação, a RMC pode ainda diferenciar infartos antigos de infartos recentes, relacionados com o quadro atual. Finalmente, a RMC pode fornecer imagens de alta resolução para a avaliação de complicações mecânicas pós-infarto, como ruptura do VE, insuficiência mitral, extensão do infarto para o ventrículo direito e comunicação interventricular (CIV).340,354

Ressonância magnética cardiovascular - Sumário de recomendações e evidências
Na avaliação da função ventricular, da presença/extensão da área de necrose e viabilidade. I A
Na pesquisa de eventuais alterações mecânicas. I A
Avaliação de pacientes com apresentação clínica de SCA, sem obstruções coronárias significativas. I A
No diagnóstico diferencial de pacientes que apresentam quadro clínico compatível com coronariopatia aguda, porém com ECG apresentando alterações inespecíficas e marcadores bioquímicos de necrose negativos. IIa B
Como adjuvante no diagnóstico de SCA, principalmente nos pacientes com probabilidade intermediária ou alta. IIb B

12. Cinecoronariografia e Avaliações Coronárias Intravasculares (FFR, IVUS, OCT)

A coronariografia comumente utilizada para diagnosticar e definir o tratamento para os pacientes com IAMCSST pode apresentar dificuldades em mostrar a lesão culpada na AI e no IAMSSST. Tal dificuldade ocorre especialmente porque este exame não é 100% sensível às rupturas de placas.355 O fator desencadeador das SCA vai desde doença obstrutiva aterosclerótica (que pode ser incipiente, com placa rota ou não), espasmo, embolia, hematoma coronário intramural, dissecção espontânea da coronária até dissecção aórtica.

Barcarawi et al. demonstraram, em uma metanálise recente, que, para os pacientes com SCASSST, a abordagem invasiva precoce de rotina resultou em uma menor incidência de eventos cardiovasculares maiores (definidos por cada um dos estudos incluídos) quando comparada com a estratégia invasiva tardia (RR 0,65, IC 95% 0,49-0,87; p = 0,003), sendo que este benefício persistiu apenas em pacientes com um escore GRACE > 140.356 Contudo, nesse estudo, não houve diferenças significativas na mortalidade por todas as causas, mortalidade cardiovascular, infarto do miocárdio ou eventos hemorrágicos entre os grupos. O tratamento invasivo precoce também foi associado a menor risco de desfechos isquêmicos no estudo SWEDEHEART.357

O rumo terapêutico a ser tomado, especialmente o momento da avaliação invasiva, depende não só do diagnóstico anatômico e funcional mas também das comorbidades, apresentação clínica, fragilidade, estado cognitivo e expectativa de vida do paciente e especialmente da estratificação de risco, pois quando se trata de pacientes de “muito alto risco”, esses casos devem ser avaliados rapidamente, em menos de 2h, sendo em até 72h para os pacientes de “risco intermediário”, o que é apresentado no Tabela 2.1.358

Tabela 2.1. Seleção da estratégia de tratamento da SCASSST de acordo com a estratificação de risco inicial.

Avaliação invasiva na SCASSST
Muito alto risco Alto risco Risco intermediário
Instabilidade hemodinâmica ou choque cardiogênico Troponina positiva DM ou insuficiência renal
Angina recorrente ou persistente refratária ao tratamento clínico Alteração dinâmica ST/T ICC ou FEVE < 40%
Arritmia ventricular maligna ou PCR GRACE >140 Angina pós-IAM
Complicações mecânicas ICP ou CRVM prévios
IC aguda GRACE 109-140 ou sintomas recorrentes ou teste funcional positivo
Alterações dinâmicas ST/T recorrentes
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Invasiva imediataIC Invasiva precoce(menor que 24h)IA Invasiva(menor que 72h)IA

Fonte: adaptada de Neumann FJ, et al.358

CRVM: cirurgia de revascularização do miocárdio; DM: diabetes melito; GRACE: Global Registry of Acute Coronary Events; ICP: intervenção coronária percutânea; PCR: parada cardiorrespiratória; IAM: infarto agudo do miocárdio; FEVE: fração de ejeção de ventrículo esquerdo.

A estratégia invasiva permite o diagnóstico da DAC subjacente, a identificação da lesão, a orientação para o tratamento com medicamentos antitrombóticos e a avaliação da anatomia coronariana para ICP ou CRVM, pois até 40% desses pacientes com SCASSST demonstram múltiplas placas com morfologia complexas, sendo que até um quarto dos pacientes apresenta uma coronária com oclusão aguda.

A Sociedade Europeia de Cardiologia e a Associação Europeia de Cirurgia Cardiotorácica (ESC/EACTS) consideram a FFR o atual padrão diagnóstico para a avaliação funcional da gravidade da lesão em pacientes com estenose de grau intermediário (tipicamente em torno de 40% a 50%) sem evidência de isquemia em testes não invasivos ou naqueles com doença multiarterial. Nesta Diretriz, a introdução da razão instantânea de ondas livres (iFR), uma nova medida que não requer hiperemia induzida por adenosina, está incluída na recomendação como classe IA. As diretrizes consideram o FFR e o iFR como equivalentes.

Para a doença do tronco da coronária esquerda (TCE), a avaliação funcional por FFR ou iFR pode ser tecnicamente complexa, e as evidências que sustentam seu uso nesse cenário são escassas. Consequentemente, a ultrassonografia intracoronária (USIC) é uma recomendação da classe IIaB e a revascularização deve ser excluída quando a área luminal mínima for >6mm2. Para todas as lesões fora do TCE, a avaliação funcional é preferível à imagem intracoronariana. O uso do USIC e da tomografia de coerência óptica (OCT; optial coherence tomography) é recomendado para otimizar o implante de stent (classe IIaB).

A avaliação da FFR necessita da administração de adenosina para obter hiperemia máxima e estável, diferente da razão instantânea de onda livre (iwFR), que avalia os índices de repouso derivados apenas dos gradientes de repouso, ou seja, da pressão coronariana distal para aórtica (Pd/Pa). O estudo iFR-SWEDEHEART, que avaliou a revascularização guiada por iFR, tinha 17,5% dos pacientes com SCA no momento desta avaliação e demostrou que esta estratégia foi considerada não inferior à estratégia de revascularização guiada por FFR em relação à taxa de eventos cardíacos adversos maiores e eventos até 12 meses após o procedimento.359

O estudo DEFINE–FLAIR,360 que avaliou 2.492 pacientes com DAC, mostrou que a revascularização coronariana guiada pelo iRF foi não inferior à revascularização guiada pelo FFR com relação ao risco de eventos cardíacos adversos maiores em 1 ano, ainda com o benefício que o iFR foi mais econômico quando comparado com o FFR. O ponto de corte para definir uma lesão como hemodinamicamente significativa foi: iFR ≤ 0,89 e FFR ≤ 0,8.

A OCT utiliza luz infravermelha para fornecer imagens in vivo transversais de alta resolução da artéria coronária. Esta técnica de imagem permite uma avaliação detalhada da morfologia da placa em pacientes com SCA e pode ajudar a entender os mecanismos subjacentes, incluindo ruptura ou erosão da placa e calcificação. Portanto, é útil para otimizar a intervenção coronária percutânea e avaliar a resposta vascular à intervenção coronária e terapia farmacológica.361

Ao identificar trombo e delinear a ruptura ou erosão da placa, a OCT é útil na identificação de lesões e os mecanismos subjacentes na SCA, especialmente quando as lesões são ambíguas na angiografia.362

Pacientes com quadro de SCA, lesão única na artéria culpada sem doença difusa no mesmo vaso considerado responsável pela SCA e com indicação de angioplastia e implante de stent foram avaliados pelo estudo DOCTORS.363 Esse estudo foi desenhado com o objetivo de avaliar a eficácia da OCT na otimização da intervenção coronária percutânea entre pacientes com SCASSST e demonstrou que a subexpansão do stent foi comum, aproximadamente 42%, e foi um preditor independente de resultados adversos. Concluiu afirmando que a intervenção com OCT resulta em um maior benefício funcional, avaliado por FFR após a intervenção, em comparação à intervenção guiada por angiografia de rotina nesses pacientes com diagnóstico de SCASSST.

Apesar de os dados de longo prazo demonstrarem melhor resultado para tratamento da DAC com o auxílio da avaliação fisiológica, o FFR e o iFR permanecem subutilizados na prática atual.364 Mesmo assim, avanços adicionais em outras abordagens alternativas de FFR, incluindo TC coronariana não invasiva (FFRCT), angiografia invasiva (angioFFR) e tomografia de coerência óptica (FFROCT), já estão sendo realizados guiados por algoritmos de inteligência artificial e ferramentas robustas que permitem a intervenção detalhada pré-procedimento.

Estudo hemodinâmico e cineangiocoronariográfico - Sumário de recomendações e evidências
Nos pacientes de muito alto risco, realização da cineangiocoronariografia imediata. I A
Nos pacientes de alto risco, realização da cineangiocoronariografia precoce (em até 24h). I A
Nos pacientes de risco intermediário ou que apresentam recorrência de sintomas, ou ainda que têm teste não invasivo positivo para isquemia, realização da cineangiocoronariografia em até 72h. I C

13. Revascularização miocárdica (cirurgia de revascularização miocárdica e intervenção coronária percutânea)

A diferença entre o tratamento da AI e do IAMSSST em relação à DAC crônica é a decisão rápida da indicação de revascularização, evitando assim complicações cardiovasculares.365-367 A estratificação de risco é fundamental para a escolha adequada do tratamento conservador ou invasivo. Os escores mais usados são o TIMI e GRACE.28,368

Na escolha do tratamento, a angiografia coronária determina a estratégia anatômica, cuja revascularização deve ser imediata nos casos de angina refratária e instabilidade elétrica ou hemodinâmica. Além disso, as abordagens mais precoces têm desfechos favoráveis e estão indicadas nos pacientes de alto risco.28,368-370 Em uma coorte de 363.500 pacientes diabéticos com IAMSSST, a estratégia de avaliação invasiva precoce foi utilizada em 164.740 pacientes (45,3%). Em uma análise ajustada por escore de propensão, 21.681 diabéticos foram pareados em cada braço. Houve uma associação de menor mortalidade intra-hospitalar com a estratégia invasiva para o IAMSSST, mas não para a AI (2,2% vs. 3,8%; RR 0,57, IC 95%; 0,50-0,63, p < 0,01).371

As estratégias invasivas incluem a angioplastia ou a cirurgia de revascularização miocárdica.372 Uma ferramenta fundamental para esta decisão é baseada da anatomia coronária utilizando-se o SYNTAX Score.373 Pacientes com SYNTAX Score >22 (intermediário ou alto) têm maior benefício a longo prazo com a revascularização cirúrgica.374,375

Aproximadamente 5% a 10% dos pacientes com SCASSST necessitam de CRVM376 e representam um subgrupo desafiador devido às suas características de alto risco em comparação com pacientes submetidos à revascularização miocárdica eletiva.377

Em pacientes com isquemia em curso ou instabilidade hemodinâmica com indicação de CRVM, a cirurgia deve ser realizada o quanto antes, e não adiada como consequência da exposição ao tratamento antiplaquetário.

Na ausência de dados randomizados, o tempo ideal para revascularização miocárdica deve ser determinado individualmente. O risco de eventos isquêmicos, possivelmente relacionados à terapia antiplaquetária subótima enquanto aguarda a cirurgia é < 0,1%, enquanto o de complicações hemorrágicas perioperatórias associadas a inibidores de plaquetas é > 10%.378

Se o quadro clínico do paciente possibilitar a espera da cirurgia, sugere-se que a antiagregação plaquetária seja suspensa em tempo hábil. Dependendo do tipo e da dosagem do agente, deve-se aguardar a redução do seu efeito, por exemplo, 5 dias antes do procedimento cirúrgico para o clopidogrel, 5 dias para o ticagrelor e 7 dias para o prasugrel. Nesta situação, o tempo de espera para a cirurgia poderia ser abreviado testando-se a agregação plaquetária diariamente para verificar se o paciente recuperou ou não a inibição e liberá-lo com segurança para a cirurgia. Um estudo brasileiro está testando esta hipótese (NCT 02516267).

Atualmente, o manuseio cirúrgico na coronariopatia aguda sem supradesnivelamento do segmento ST é semelhante ao da doença estável. Portanto, após discussão com o Heart Team e indicação cirúrgica apropriada, o mais importante seria avaliar o momento ideal para a realização do procedimento. Isso estaria mais relacionado com a repercussão sistêmica do evento agudo em relação à otimização ao quadro clínico do paciente, na procura pelos melhores resultados. Isso significa que pacientes poderiam ir para cirurgia na mesma internação de forma imediata (urgência/emergência), aguardar a redução da ação de antiagregantes plaquetários ou obter alta hospitalar com data agendada para a cirurgia.

Quando há urgência ou emergência, dá-se preferência ao uso de enxertos venosos aos arteriais. A cirurgia poderá ser realizada com ou sem o auxílio da circulação extracorpórea, de acordo com as condições técnicas pertinentes a cada caso. Em pacientes em vigência de choque cardiogênico, a revascularização completa por meio de procedimento de angioplastia constitui-se como opção inicial; porém, diante de sua limitação, a cirurgia poderá ser indicada de acordo com avaliação multiprofissional.358

Os pacientes operados em 1 a 2 dias e 3 a 7 dias após o IAM tiveram uma taxa de mortalidade semelhante, sugerindo que, para alguns pacientes, seria possível reduzir o intervalo IAM-CRVM, sem comprometimento dos resultados. Nos pacientes operados no primeiro dia após o IAM, observou-se maior índice de mortalidade.379

Estudo realizado em pacientes acima dos 80 anos, portadores de IAMSSST e AI realizado em 16 centros na Noruega, denominado After Eighty Study, foram randomizados para a estratégia invasiva (ATC ou CRVM + tratamento clínico otimizado) versus estratégia conservadora com tratamento clínico otimizado isolado. Os desfechos maiores ocorreram em 93 pacientes (40,6%) de 229 pacientes no grupo de estratégia invasiva e em 140 (61,4%) de 228 pacientes no grupo da estratégia não invasiva (RR 0,53 [IC 95% 0,41-0,69], p = 0,0001). Não houve diferença quanto as complicações hemorrágicas entre os dois grupos.380

Estudo multicêntrico com 1.810 casos com IAM sem supra de ST e AI, dentro das 48h do início da dor, comparou também a estratégia invasiva com a conservadora. No primeiro ano, não houve diferença quanto aos desfechos primários de infarto e morte. Porém, em 5 anos de evolução, a estratégia invasiva teve um índice significativamente menor desses desfechos.381

Uma revisão sistemática incluindo 8.915 pacientes, sendo 4.545 submetidos à estratégia invasiva e 4.370 a uma estratégia conservadora, também observou a redução de mortalidade com a estratégia invasiva no período de 6 a 12 meses.382 Técnicas mais avançadas auxiliam a estratificação de risco e a abordagem terapêutica dos pacientes, como a fração de reserva de fluxo (FFR) e o ultrassom intracoronário.383-385

Revascularização miocárdica (cirurgia de revascularização miocárdica e intervenção coronária percutânea) - Sumário de recomendações e evidências
ICP ou CRVM nas lesões de múltiplos vasos, de acordo com o quadro clínico e o Escore SYNTAX. I B
Revascularização (ICP) de rotina em lesões não relacionadas ao IAM no choque cardiogênico. III B

Parte 3 – Recomendações na Alta e Cuidados Pós-Alta Hospitalar

1. Mudança de Estilo de Vida

A prevenção secundária é parte fundamental no cuidado de pacientes pós-SCA. Esta etapa compreende mudanças no estilo de vida, reabilitação cardiovascular, educação quanto aos fatores de risco e promoção da melhor adesão ao tratamento. Apesar de eficácia comprovada na prevenção de desfechos cardiovasculares, sua implementação ainda é subótima.386,387 Pacientes e familiares devem ser orientados de forma clara e compreensível quanto aos benefícios comprovados pelas evidências científicas.388-390 Aumentar a abrangência da prevenção secundária é importante objetivo nesta população de pacientes.

Orientação adequada deve ser dada ao paciente quanto ao retorno às suas atividades laborais e sexuais e quanto à capacidade de conduzir veículos, trabalhando a reinserção do paciente paulatinamente à sua rotina. Além disso, atenção especial deve ser dispensada às questões psicossociais e socioeconômicas do paciente, incluindo atenção ao risco de depressão e isolamento social.391-398

1.1. Cessação do Tabagismo

Este item ocupa destaque especial na mudança de estilo de vida do paciente. O abandono do tabagismo é medida muito efetiva para a redução da mortalidade em pacientes pós-SCASSST.399 O cigarro tem cerca de 7.000 componentes químicos, dos quais muitos interferem diretamente nas doenças cardiovasculares, além de 69 deles serem carcinogênicos.400 O cigarro interfere no sistema cardiovascular de várias formas, aumentando a frequência cardíaca e a demanda de oxigênio pelo miocárdico, além de diminuir a sua oferta.401 Aumenta a incidência de morte súbita,402 o risco de trombose, inflamação, vasoconstrição e aumento da oxidação do LDL colesterol.403 Estima-se que o risco de fibrilação atrial aumente 1,5 a 2 vezes entre os tabagistas.404

Em pacientes após SCASSST, o encaminhamento a um programa de cessação do tabagismo e a utilização de agentes farmacológicos, incluindo nicotina (adesivos ou goma), são comprovadamente úteis.405 Em estudo observacional com 12.656 pacientes, Parasuraman et al. identificaram que pacientes tabagistas, comparados com ex-tabagistas e pessoas que nunca fumaram, foram submetidos à intervenção coronariana em idade mais precoce, e a intervenção esteve mais associada a uma SCA. Ex-tabagistas tiveram resultados semelhantes ao grupo de pessoas que nunca fumaram.406

A abordagem para abandono do tabagismo deve ocupar papel central na estratégia de reabilitação do paciente, o quanto mais precoce possível, sendo o ideal ainda na fase hospitalar. Familiares que residem na mesma casa do paciente também devem ser encorajados a participar de programas com vistas à cessação do tabagismo, reforçando, desta maneira, o empenho do paciente, além de diminuir o risco do fumo passivo.407

A estratégia de abordagem da dependência a nicotina consiste em quatro etapas. O primeiro passo é determinar a dependência. Utiliza-se mais comumente o teste de Fagerström (Tabela 3.1). As etapas seguintes consistem em aconselhamento, tratamento medicamentoso e comportamental e seguimento clínico.

Tabela 3.1. Questionário de tolerância de fagerström.
Quantos cigarros você fuma por dia?
(0) menos de 11
(1) de 11 a 20
(2) de 21 a 30
(3) mais de 30
2. Quanto tempo depois de acordar você fuma o primeiro cigarro?
(0) mais de 60min
(1) entre 31 e 60min
(2) entre 6 e 30min
(3) menos de 6min
3. Você tem dificuldade de ficar sem fumar em locais proibidos?
(0) não
(1) sim
4. O primeiro cigarro da manhã é o que traz mais satisfação?
(0) não
(1) sim
5. Você fuma mais nas primeiras horas da manhã do que no restante do dia?
(0) não
(1) sim
6. Você fuma mesmo quando acamado por doença?
(0) não
(1) sim
Interpretação do resultado (soma dos pontos obtidos em cada questão):
0 a 2 pontos = muito baixa dependência física
3 a 4 pontos = baixa dependência física
5 pontos = média dependência física
6 a 7 pontos = elevada dependência física
8 a 10 = muito elevada dependência física

Fonte: adaptada de Ranney L et al.407

Para prevenir recaídas, é importante identificar as situações de alto risco e agir para enfrentá-las. As estratégias consistem, basicamente, em evitar, escapar, distrair e adiar. Deve-se evitar festas, ingestão de álcool ou cafeína, encontro com fumantes, pelo menos durante as primeiras semanas de parada.

O uso de medicações como bupropiona, vareniclina e a suplementação de nicotina podem aumentar as chances de abstinência, associadas a outras terapias como grupos de apoio e aconselhamento, psicoterapia e abstinência de álcool.

A bupropiona é um antidepressivo de ação ansiolítica que diminuiu os sintomas de abstinência ao desejo de fumar em vários estudos. Um deles, que comparou a cessação do tabagismo entre pacientes com tratamento de bupropiona 300mg/dia versus placebo, mostrou abstinência de 44,2% versus 9,2% em favor da bupropiona.408 Em levantamento da literatura, foi encontrado que a bupropiona parece ser mais efetiva em pacientes que abandonaram e/ou falharam no tratamento com a terapia de reposição de nicotina.409 Por outro lado, dois estudos em fumantes hospitalizados por eventos coronarianos agudos não encontraram aumentos na cessação do tabagismo em fumantes que receberam bupropiona versus placebo.410,411

A reposição de nicotina é tratamento eficaz e apresenta benefícios no abandono ao tabagismo. Em um estudo, o uso de alguma forma de reposição de nicotina levou a um aumento da abstinência em até 60% (RR: 1,60; IC 95%: 1,53 a 1,68) quando comparada ao placebo. O aumento da eficácia do tratamento ocorre na associação de modos de reposição de nicotina se comparado com apenas um modo (RR: 1,34; IC 95%: 1,18 a 1,51).412 A reposição de longa duração mais utilizada são os adesivos transdérmicos e as de curta duração são a goma de mascar, sprays nasais e inaladores, alguns ainda não disponíveis no Brasil.

A vareniclina é um agonista parcial do receptor nicotínico e, ao substituir a ação da nicotina, reduz a intensidade dos sintomas de abstinência. Sua ligação ao receptor reduz também os efeitos de recompensa e prazer associados ao cigarro, o que pode reduzir alguns dos efeitos da privação. Sua eficácia foi demonstrada em seis estudos clínicos envolvendo um total de 3.659 fumantes crônicos.413-416 A vareniclina duplicou as taxas de abstinência em relação ao placebo (RR: 2,24; IC 95%: 2,06 a 2,43).417 Estudo envolvendo mais de 8.000 fumantes comparou o uso de vareniclina, bupropiona, adesivos de nicotina e placebo, randomizados na razão de 1:1:1:1, e encontrou maior taxa de abstinência do grupo vareniclina, em 6 meses, do que todos nos outros grupos.418 Em um estudo randomizado em pacientes com coronariopatia crônica, o uso de vareniclina mostrou aumento da chance de abstinência contínua em 1 ano, em comparação com o placebo (OR: 3,14; IC 95%: 1,94 a 5,11).419 Dois estudos randomizados em fumantes com SCA encontraram taxas mais altas de abstinência contínua em 24 semanas e mais alta prevalência de abstinência em 52 semanas naqueles que tomaram vareniclina versus placebo.420,421 A vareniclina tem como uma de suas principais limitações o alto custo e a ocorrência de náusea como efeito colateral limitante em alguns pacientes.

A associação entre os métodos parece ser mais efetiva que o tratamento isolado. Em recente metanálise envolvendo quatro estudos, a associação entre vareniclina e bupropiona mostrou maiores taxas de abstinência em 6 meses quando comparada à vareniclina em monoterapia. Os efeitos eram mais observados nos tabagistas com alto grau de dependência e nos com alta carga tabágica. O benefício, entretanto, não se manteve no seguimento de 12 meses. O uso da associação aumentou significativamente os sintomas de ansiedade nos pacientes.422 Portanto, a associação entre os métodos parece ser segura e mais efetiva quando são utilizadas vareniclina ou bupropiona em associação com a terapia de reposição de nicotina.

A bupropiona e a vareniclina também parecem ser seguras para pacientes com doenças cardiovasculares. O achado de alguns estudos aumentando a ocorrência de eventos neuropsiquiátricos em usuários dessas medicações levou a Food and Drug Administration (FDA) a exigir um aviso em bula sobre esses riscos. Após novos estudos, esse risco foi reavaliado, sendo retirada a observação em bula pela própria FDA em 2016.423

Uma polêmica questão na abordagem do tabagista é a substituição do cigarro tradicional por cigarro com menor quantidade de nicotina ou por dispositivos vaporizadores de nicotina, estes últimos conhecidos como cigarros eletrônicos.424 Ambas as estratégias são classificadas apenas como potenciais controles de danos.

A avaliação dos cigarros com menor quantidade de nicotina apresentou pouca efetividade, visto que os tabagistas, em geral, compensam a menor concentração de nicotina do cigarro com o consumo maior de cigarros diários, ou outras formas de adição de nicotina.425 Já os dispositivos vaporizadores de nicotina, que aparentemente expõem o paciente a menor quantidade de agentes cancerígenos que o cigarro tradicional, tem por outro lado a grande variabilidade de combinações de substâncias tóxicas, além do explosivo aumento do uso por jovens, principalmente nos EUA.426 No Brasil, a venda desse tipo de dispositivo encontra-se proibida. Recentemente, várias mortes nos EUA foram relacionadas ao uso desses dispositivos, por problemas pulmonares agudos, advindos de substâncias inaladas. O número de doentes relacionados ao Vaping atingiu um total de 2.807 que necessitou de hospitalização, além de 68 mortes confirmadas pelo Center for Disease Control (CDC; Centro de Controle de Doenças dos EUA). Até o presente momento, não há evidências que suportem o uso dessas estratégias, sendo o uso de cigarros eletrônicos, em particular, potencialmente perigoso.

Cessação do tabagismo - Sumário de recomendações e evidências
Recomenda-se cessar o tabagismo e evitar exposição a ambientes com fumantes, tanto no trabalho quanto no lar. I A
Acompanhamento no longo prazo, encaminhamento a programas específicos ou farmacoterapia (incluindo reposição de nicotina) são úteis quando associados às clássicas estratégias não farmacológicas. I A
Uso de estratégias contra o tabagismo para controle de danos como cigarros com menor concentração de nicotina. III C
Uso de dispositivos vaporizadores de nicotina para controle de danos e estratégia para abandono do tabagismo em pacientes resistentes III B

1.2. Recomendações Alimentares

Os pacientes que tiveram SCASSST classificam-se, obviamente, como de muito alto risco cardiovascular e, portanto, uma redução considerável nos valores do colesterol é absolutamente indispensável. Além da terapia com estatinas, que é suportada por diversas metanálises427,428 e estudos randomizados,429-432 a terapia dietética é ponto de central importância e traz expressivo número de evidências.433,434

É recomendada uma dieta padrão que enfatiza a ingestão de vegetais, frutas, grãos integrais, leguminosas, fontes de proteínas saudáveis (produtos lácteos, aves com baixo teor de gordura [sem pele], peixe/frutos do mar e nozes) e óleos vegetais não tropicais. Deve-se evitar a ingestão de doces, bebidas açucaradas e o próprio açúcar, além do excesso de carnes vermelhas.

O estudo PREDIMED testou o uso de uma dieta do tipo mediterrânea, mostrando redução em eventos cardiovasculares, especialmente AVC.435

Esse padrão alimentar deve ser ajustado para requisitos calóricos apropriados, padrões culturais, preferências alimentares e terapia nutricional para outras condições incluindo diabetes. A ingestão calórica deve ser ajustada para evitar ganho de peso e em caso de pacientes com sobrepeso/obesidade, para promover perda de peso. O uso de suplementos alimentares vitamínicos ou antioxidantes não deve ser prescrito de rotina para prevenção secundária.436

2. Reabilitação Cardiovascular

O exercício físico reduz a aterogênese, promove ação anti-inflamatória, melhora a função endotelial, diminui o tônus simpático, aumenta o HDL, reduz a pressão arterial e a resistência à insulina, dentre outros efeitos benéficos, não devendo ser negado ao paciente após SCA.437 Nos programas de reabilitação cardiovascular, a atividade física está inserida no contexto terapêutico. O sedentarismo é problema de ordem mundial e está entre os principais fatores de risco passíveis de intervenção na prevenção primária, sendo ainda mais importante no âmbito da prevenção secundária de eventos coronarianos.

O processo de reabilitação cardiovascular do paciente acometido por SCA inicia-se ainda durante a internação, na fisioterapia hospitalar, com o processo de deambulação precoce e a realização de movimentos passivos e ativos dos principais grupos musculares. Ainda durante o período da internação, o paciente deve ser orientado sobre escalas de percepção do esforço (p. ex., escala de BORG), que será útil na sua orientação após a alta.

Na ocasião da alta, é importante que todo paciente receba orientação adequada sobre a prática de atividade física que, inicialmente, no domicílio, deverá ser de leve intensidade, como continuidade aos exercícios que já vinham sendo realizados na fase intra-hospitalar (fase 1), e sobre como se monitorar. Deve ser indicada avaliação precoce em programa formal de reabilitação ou, quando não disponível, ser o paciente orientado sobre programa de exercícios que possam ser acompanhados pelo fisioterapeuta ou educador físico, de acordo com os limites propostos pelo médico (fase 2).

Alguns estudos demonstram que pacientes encaminhados a programas de exercício após um evento coronariano agudo cursaram com melhor qualidade de vida, menor recorrência de sintomas e de novos eventos cardiovasculares.438-440

Apesar dos efeitos positivos bem determinados dos programas de reabilitação, o encaminhamento sistemático e a aderência ainda são um grande desafio.441 Falta de educação médica continuada em reabilitação cardíaca, falta de conhecimento sobre a segurança dos programas (taxa de eventos de 1 para cada 112 mil pacientes/hora) e dificuldade de tornar esses programas custo-efetivos são parte importante do problema.

2.1. Orientação sobre Atividade Física na Ocasião da Alta

O primeiro passo na avaliação do paciente para programa de reabilitação cardiovascular, após avaliação clínica e dos exames complementares disponíveis, será o de verificar se existe alguma contraindicação absoluta à prática de atividade física.442,443 A Tabela 3.2 enumera as contraindicações para a prática de atividade física regular.

Tabela 3.2. Classificação de risco para exercício em pacientes cardiopatas.
Baixo risco Risco moderado Alto risco
  • FEVE > 50%

  • Ausência de arritmias complexas

  • Ausência de sintomas de insuficiência cardíaca congestiva

  • Ausência de angina com o esforço ou no período de recuperação

  • Ausência de lesão valvular grave ou moderada

  • Capacidade funcional ≥7 METS

  • FEVE: 40% a 49%

  • Sinais/sintomas, incluindo angina em níveis moderados de exercício (5 a 6,9 METS) ou no período de recuperação

  • Lesão valvar moderada

  • FEVE < 40%

  • Sobreviventes de parada cardíaca ou morte súbita

  • Arritmias ventriculares complexas em repouso ou no exercício

  • Doença valvular grave

  • Cardiopatia congênita não corrigida

  • Capacidade funcional <5 METSInfradesnível do segmento ST isquêmico durante exercício >2mm

FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo.

De posse dos dados clínicos com foco na ocorrência de angina, classificação funcional, função ventricular, presença de lesões coronárias residuais e de arritmias, segue-se com a classificação do risco para a prática de atividade física no cardiopata. Esta classificação é útil na determinação do nível de suporte a ser ofertado durante o programa e a necessidade de monitoramento durante as sessões de exercícios.442,443

Pacientes de baixo risco podem iniciar exercícios físicos em ambiente não necessariamente supervisionado pelo médico acompanhado pelo fisioterapeuta ou educador físico. Já os de risco moderado, se disponível, preferencialmente, devem iniciar o programa de exercícios em ambiente com supervisão médica e com recursos de suporte avançado de vida e evoluir para programa externo semissupervisionado, caso não apresentem intercorrências após 12 semanas de exercícios. Quando um programa de reabilitação cardiovascular formal e sob supervisão médica no local não é disponível, estes podem ser realizados sob supervisão do educador físico ou fisioterapeuta, obedecendo a limites predeterminados de segurança de acordo com a avaliação do cardiologista. O local e a equipe devem ter capacitação ao menos em suporte básico de vida e um desfibrilador externo automático disponível nas proximidades. Os pacientes de alto risco são preferencialmente conduzidos em ambiente sob supervisão médica, com equipe de fisioterapia e/ou educação física treinada em suporte básico de vida e com recursos locais para suporte avançado de vida.

Em todas as situações, o monitoramento da frequência cardíaca deve ser estimulado como guia da intensidade do esforço. A necessidade de monitoramento eletrocardiográfico é definida caso a caso pela equipe médica do programa de reabilitação.

As zonas de exercício de segurança podem ser definidas idealmente com base em uma prova funcional (teste cardiopulmonar ou teste ergométrico), ou, em casos específicos, podem ser guiadas apenas pela percepção do esforço. Os exercícios aeróbicos devem ser mantidos, em geral, com a frequência cardíaca entre a indicada pelo limiar anaeróbico e pelo ponto de compensação respiratória, quando disponível um teste cardiopulmonar (zona em que, apesar da produção de ácido láctico, não há acidose metabólica descompensada, relacionando-se assim a uma menor chance de eventos arrítmicos ou de sobrecarga cardiovascular). Quando um teste cardiopulmonar não for disponível, pode-se trabalhar entre 70% e 85% da frequência cardíaca (FC) máxima atingida em um teste ergométrico ou 50% a 80% da FC de reserva adicionada à FC de repouso, em que: FC de reserva = FC pico esforço – FC repouso. Nos pacientes que apresentem alteração eletrocardiográfica ou sintomas sugestivos de isquemia ao esforço, o limite deve estar, em geral, em 10 batimentos a menos que o de início do sintoma ou da alteração de ST. Em casos específicos e sob supervisão médica, o paciente pode ser treinado no limite de isquemia.

O médico deve idealmente determinar os seguintes parâmetros para o exercício:

  • Frequência semanal.

  • Intensidade (utilizando a escala de Borg e a frequência cardíaca ou a carga determinada em um teste cardiopulmonar ou no teste ergométrico).

  • Modalidade (p. ex., caminhada, bicicleta, remo).

  • Duração da sessão.

  • Exercícios resistidos devem também ser estimulados. Recomendar 40% a 60% da contração voluntária máxima (baixa a moderada intensidade), 8 a 15 repetições, 1 a 3 séries.443,444

Reabilitação cardiopulmonar - Sumário de recomendações e evidências
Orientação sobre atividade física na ocasião da alta e programas de reabilitação cardíaca devem ser estimulados em todos os pacientes após SCA. I B
A intensidade e o grau de supervisão do programa de reabilitação devem ser estabelecidos de acordo com a classificação de risco do paciente. I B
Reabilitação cardiopulmonar nas seguintes condições (a menos que devidamente resolvidas): infarto agudo do miocárdio com <72h; angina instável em curso; arritmias complexas graves não controladas; insuficiência cardíaca descompensada; lesão de tronco de coronária esquerda grave instável ou com indicação de intervenção; hipertensão arterial descompensada (sistólica >190mmHg ou diastólica >120mmHg). III A

3. Medicamentos a Serem Prescritos por Ocasião da Alta Hospitalar

3.1. Antitrombóticos

A. Troca de Antiplaquetários

A abordagem de como selecionar o segundo antiplaquetário a ser usado em conjunto com o AAS já foi feita previamente. Por ocasião da alta hospitalar, contudo, pode ser necessária a troca do segundo antiplaquetário por algum motivo, entre os quais:

  • Custo.

  • Efeitos adversos limitantes (p. ex., dispneia com o ticagrelor, sangramento em vigência dos fármacos mais potentes como ticagrelor e prasugrel).

  • Preferência do paciente por usar medicações com tomada única diária (p. ex., prasugrel, se tratado com ICP e sem AVC/AIT prévio) em vez de duas vezes por dia (ticagrelor).

A transição de clopidogrel para ticagrelor foi a única estudada em trabalho com poder suficiente para avaliar desfechos clínicos, apesar de o estudo não ter sido desenvolvido com este objetivo. No estudo PLATO, 46% dos pacientes randomizados para receber ticagrelor haviam sido pré-tratados com clopidogrel (dose de 300 a 600mg).152 A segurança e a eficácia do ticagrelor não foram afetadas pelo uso prévio de clopidogrel.248 Já no estudo TRITON-TIMI-38, que avaliou o uso de prasugrel, a utilização prévia de outro inibidor P2Y12 foi considerada critério de exclusão para o estudo.154 As outras trocas entre inibidores P2Y12 (p. ex., entre ticagrelor e prasugrel ou de ticagrelor/prasugrel para clopidogrel) foram avaliadas por estudos de farmacodinâmica e por registros observacionais, os quais servem mais como geradores de hipótese, uma vez que não foram desenhados para avaliar desfechos clínicos da forma adequada.445-449 Dessa forma, existem menos evidências para embasar tais trocas.

No paciente com SCA há menos de 30 dias, recomendamos que, caso seja necessária a troca entre agentes P2Y12, seja seguido o esquema da Figura 3.1.450,451

Figura 3.1. Recomendações em relação à troca de inibidores P2Y12 em pacientes nos primeiros 30 dias após síndrome coronariana aguda. Recomenda-se dose de ataque do novo agente de forma rotineira. *Se estiver havendo descalonamento da terapia com prasugrel ou ticagrelor para clopidogrel devido a sangramento ou a risco de sangramento aumentado, pode-se considerar fazer apenas a dose de manutenção do clopidogrel. Adaptada de Valgimigli et al.451.

Figura 3.1

Assim, como regra geral, em todos cenários de troca de antiplaquetários P2Y12 ainda na fase aguda da doença coronariana (< 30 dias), deve-se utilizar dose de ataque da nova medicação, seguida de dose de manutenção. Exceção a esta regra se faz quando a mudança é em função de descalonamento da terapia com prasugrel ou ticagrelor, para clopidogrel, devido a sangramento ou de risco de sangramento aumentado.

Quanto ao horário de administração do novo fármaco, recomenda-se esperar 24h após a administração do primeiro medicamento. Exceção a esta regra se faz quando o medicamento a ser substituído é o clopidogrel.

Nos casos em que o paciente tenha apresentado SCA há mais de 30 dias e seja necessária a troca entre agentes, recomenda-se o esquema da Figura 3.2.

Figura 3.2. Recomendações em relação à troca de inibidores P2Y12 em pacientes após 30 dias de síndrome coronariana aguda. *Se estiver havendo descalonamento da terapia com ticagrelor para clopidogrel devido a sangramento ou a risco de sangramento aumentado, pode-se considerar fazer apenas a dose de manutenção do clopidogrel. Adaptado de Valgimigli et al.451.

Figura 3.2

Neste cenário, há algumas diferenças:

  • Em todas as situações, recomenda-se aguardar 24h entre a última dose da medicação prévia para então iniciar-se a medicação nova.

  • Dose de ataque do novo agente é recomendada somente quando o fármaco a ser substituído é o ticagrelor. Estudos clínicos demonstraram maior reatividade plaquetária nas primeiras 48h quando da transição de ticagrelor para clopidogrel448,449 ou para prasugrel.447 Essa diferença se deve ao fato de o ticagrelor ser um bloqueador reversível do P2Y12, enquanto os tienopiridínicos (clopidogrel e prasugrel) são bloqueadores não reversíveis.

Mudança de inibidores P2Y12 - Sumário de recomendações e evidências
Em pacientes admitidos com SCA nos quais foi administrado clopidogrel e que se deseja trocar para ticagrelor nos primeiros 30 dias, deve ser feita dose de ataque de 180mg deste, independentemente do momento e da dose do clopidogrel administrada. I B
Em relação às outras trocas entre inibidores P2Y12 orais, as mesmas devem ser consideradas em casos de efeitos adversos ou outros fatores, e seguir os esquemas recomendados por esta Diretriz. IIb C
B. Duração da Dupla Terapêutica Antitrombótica
B.1. Além de 12 Meses
B.1.1. Antiplaquetários

Os estudos que avaliaram o uso de clopidogrel, prasugrel e ticagrelor em pacientes com SCA mantiveram a dupla terapêutica antiplaquetária (DAP) por um tempo médio de 12 meses. Assim, este é o tempo padrão recomendado, independentemente da estratégia terapêutica adotada (tratamento clínico, angioplastia ou cirurgia de revascularização miocárdica). No caso de pacientes tratados clinicamente, as opções de antiplaquetários são apenas o ticagrelor e o clopidogrel, visto que o prasugrel não se mostrou superior ao clopidogrel neste cenário.452

O uso de DAP é uma forma muito eficaz de se prevenir trombose de stent. O risco de trombose de stent tardia (entre 1 mês e 1 ano da implantação do dispositivo) e muito tardia (> 1 ano após a angioplastia) vem diminuindo consideravelmente com o uso dos stents farmacológicos mais modernos. Assim, a manutenção de DAP além de 1 ano após evento de SCA e angioplastia parece carregar um aumento do risco de sangramento mais deletério do que o potencial benefício relacionado à prevenção de tromboses muito tardias de stent. Contudo, o estudo PEGASUS demonstrou que, em pacientes com histórico de infarto >1 ano e critérios de alto risco adicionais (diabetes, idade > 65 anos, doença renal crônica, doença coronária multiarterial ou dois ou mais infartos prévios), o uso prolongado de DAP com AAS e ticagrelor reduziu a incidência de desfechos isquêmicos, incluindo novos casos de infarto não relacionados com trombose de stent e de AVC, em relação à monoterapia com AAS (HR 0,84; IC 95% 0,74 a 0,95; p = 0,004 e HR 0,85; IC 95% 0,75 a 0,96; p = 0,008, para as doses de 60mg e 90mg, respectivamente).453 O uso da DAP além de 12 meses estaria, portanto, mais associado à proteção sistêmica contra eventos trombóticos do que à prevenção de tromboses mais tardias de stent. Tal argumento foi reforçado por subanálise do mesmo estudo em que os pacientes sem histórico de angioplastia com stent tiveram benefício similar na redução de eventos isquêmicos cardiovasculares quando comparados a pacientes com angioplastia prévia.454 A diminuição de desfechos cardiovasculares foi antagonizada por um aumento do número de sangramento maiores (HR 2,32; IC 95% 1,68 a 3,21; p < 0,001 e HR 2,69, IC 95% 1,96 a 3,70; p < 0,001, para as doses de 60 e 90mg, respectivamente). Não houve aumento de sangramento fatal ou de hemorragia intracraniana com o ticagrelor. O grupo que usou a dose mais elevada de ticagrelor (90mg, 2 vezes/dia) não teve benefícios adicionais em relação à redução do risco isquêmico e apresentou maiores taxas de sangramento. A dose de 60mg, portanto, é a aprovada para esta indicação, em casos selecionados de pacientes após 1 ano de IAMSSST que toleraram a DAP no primeiro ano.

O DAPT trial foi outro estudo que avaliou o uso de terapia antiplaquetária dupla por tempo superior a 12 meses.455 Todos os pacientes incluídos haviam sido submetidos à angioplastia com stent farmacológico e cerca de um terço teve a angioplastia realizada no contexto de uma SCASSST. Nesse estudo, os pacientes usavam DAP pelo tempo padrão de 12 meses e, caso tivessem sido bem aderentes aos antiplaquetários e não tivessem apresentado sangramentos relevantes, eram então randomizados para continuar com a terapia dupla por mais 18 meses ou continuar apenas com o AAS em associação a placebo. De forma similar ao PEGASUS, foi notada redução de eventos isquêmicos, mas este benefício foi contrabalanceado pelo aumento do risco de sangramento. Neste estudo, houve a redução de um caso de trombose de stent para cada 100 pacientes tratados com DAP prolongada, mas ao custo da ocorrência de um evento de sangramento moderado ou importante em cada 111 pacientes submetidos a este mesmo tratamento. No DAPT trial, os inibidores P2Y12 usados foram o clopidogrel (65,2% dos casos) e o prasugrel (34,8% dos pacientes).

Metanálise com > 32.000 pacientes antes da publicação do PEGASUS encontrou aumento significativo na incidência de infarto no grupo que usou DAP por 12 meses (em comparação com >12 meses OR = 1,57, IC 95% 1,30 a 1,90), com menor incidência de sangramento (OR = 0,65, IC 95% 0,52 a 0,81).456 Metanálise posterior, incluindo o PEGASUS, encontrou diminuição significativa de mortalidade por qualquer causa a favor do grupo com DAP por > 12 meses (HR = 0,89, IC 95% 0,79 a 0,99).457 Conclui-se assim que os três inibidores da P2Y12 disponíveis no Brasil (clopidogrel, ticagrelor e prasugrel) têm potencial em reduzir eventos isquêmicos quando usados associados a AAS por período superior a 12 meses, porém com aumento do risco de sangramento. Faz-se necessário, portanto, avaliar de formada individualizada o risco do paciente tanto em relação a eventos isquêmicos quanto em relação a sangramentos. Escores clínicos permitem estimar, com parâmetros mais objetivos, o risco isquêmico e o risco hemorrágico conforme as características clínicas do paciente. Podem, portanto, auxiliar na tomada de decisão quanto à duração da DAP.

O estudo PRECISE-DAPT (Predicting bleeding complications in patients undergoing stent implantation and subsequent dual antiplatelet therapy) avaliou 14.963 pacientes que haviam sido submetidos à angioplastia e gerou um escore constituído de cinco variáveis (idade, clearance de creatinina, hemoglobina, contagem de leucócitos e história de sangramento espontâneo) para predizer o risco de sangramento neste cenário.458 Além de ser avaliado nesta população, o escore foi validado em um grupo de mais de 14.000 pacientes. Pacientes com escore baixo (< 25) apresentaram benefício com a DAP prolongada, demonstrando redução do desfecho isquêmico composto (IAM, trombose definitiva de stent, AVC e necessidade de revascularização de órgão-alvo), com NNT de 65, sem aumentar significativamente o risco de sangramento. Por outro lado, em pacientes com escore alto (≥ 25), a DAPT prolongada foi associada a maior risco de sangramento (NNH 38), sem proporcionar benefício em relação à prevenção quanto a desfechos isquêmicos. Vale ressaltar, no entanto, que este escore foi derivado de estudos randomizados com ICP (com ou sem SCA), e não exclusivamente de uma população com SCA, em que o risco de eventos isquêmicos tende a ser maior comparado a pacientes com DAC estável.

O escore DAPT (Tabela 3.3) foi derivado de uma coorte do trial de mesmo nome.459 Nesta análise, pacientes com escore de risco alto (≥ 2) apresentaram importante redução de desfechos isquêmicos com o uso de DAPT por 30 meses (NNT de 34), à custa de um pequeno aumento no risco de sangramento (NNH de 272). Por outro lado, pacientes com escore baixo (< 2) não mostraram redução do risco isquêmico com a DAP prolongada e ainda evoluíram com aumento considerável no risco de sangramento (NNH de 64).

Tabela 3.3. Escore DAPT (Dual Antiplatelet Therapy) trial.
Variáveis Pontos
Idade ≥ 75 anos –2
Idade entre 65 e 74 anos –1
Idade < 65 anos 0
Tabagismo atual 1
Diabetes melito 1
IAM na apresentação inicial 1
ICP ou IAM prévio 1
Diâmetro do stent < 3mm 1
Stent eluído com paclitaxel 1
IC ou FEVE < 30% 2
ICP em enxerto de veia safena 2

IAM: infarto agudo do miocárdio; ICP: intervenção coronária percutânea; IC: insuficiência cardíaca; FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo.

B.1.2. Anticoagulantes

O estudo COMPASS incluiu > 27.000 pacientes com doença coronariana crônica para utilizarem rivaroxabana 2,5mg 2 vezes/dia + AAS 100mg 1 vez/dia (n = 9152) ou rivaroxabana 5mg 2 vezes/dia (n = 9117) ou AAS 100mg/dia (n = 9126). Em um prazo médio de acompanhamento de 23 meses, demonstrou superioridade do grupo rivaroxabana + AAS sobre AAS isolado (HR = 0,76, IC 95% 0,66 a 0,86 para o desfecho primário composto de óbito CV, IAM ou AVC), à custa de aumento na incidência de sangramento (HR = 1,70, IC 95% 1,40 a 2,05). Importante: houve diminuição significativa na incidência de óbito por qualquer causa (HR = 0,82, IC 95% 0,71 a 0,96) e ausência de diferença significativa na incidência de sangramento fatal ou intracerebral.460 Considerando apenas os pacientes incluídos nos grupos rivaroxabana + AAS e AAS isolado, 2.423 apresentavam história de IAM < 2 anos, 3.279 entre 2 e 5 anos, e 5673 > 5 anos. A comparação entre os grupos apresentou HR = 0,70 para pacientes com IAM < 2 anos, HR = 0,81 para aqueles com IAM entre 2 e 5 anos, e HR = 0,72 para aqueles com > 5 anos (P-interação = 0,93).461

B.2. Menos de 12 Meses

O uso de monoterapia com ticagrelor foi avaliado no estudo GLOBAL LEADERS462 em 15.968 pacientes submetidosàa ICP (34% com SCASSST). Os grupos recebiam AAS + ticagrelor por 1 mês, seguido de ticagrelor monoterapia por 23 meses, ou DAP padrão com AAS + clopidogrel (coronariopatia estável) ou AAS + ticagrelor (coronariopatia aguda) por 12 meses, seguido de monoterapia com AAS monoterapia por mais 12 meses. Ao final de 2 anos de seguimento, a meta principal do estudo (óbito por qualquer causa ou infarto) foi similar nos dois grupos (RR 0,87, IC 95% 0,75 a 1,01). A meta secundária principal (sangramento BARC 3 ou 5) também foi similar entre os grupos (RR = 0,97, IC 95% 0,78 a 1,20). Análise secundária em publicação posterior encontrou diminuição significativa na incidência da meta primária do estudo em pacientes com coronariopatia aguda e ICP em mais de uma coronária.463

Já o estudo TWILIGHT avaliou se, em pacientes submetidos à ICP e com características clínicas e angiográficas de alto risco de trombose ou sangramento, a descontinuação precoce de AAS seria segura.464 Foram incluídos 7.119 pacientes (4.614 com SCASSST), todos tratados por 3 meses após a ICP com AAS e ticagrelor. Após este período, foram randomizados para continuar a DAP ou para o uso de monoterapia com ticagrelor por mais 9 meses. O desfecho principal do estudo foi sangramento BARC 2, 3 ou 5. Ao final do seguimento, o grupo monoterapia com ticagrelor apresentou redução de 44% (HR 0,56; IC 95%: 0,45-0,68; p < 0,001) no desfecho principal do estudo, sem que isso fosse acompanhado de aumento no risco isquêmico (desfecho secundário, estudo sem poder amostral para esta conclusão).

O’Donoghue et al., em metanálise recém-publicada, analisando monoterapia com iP2Y12 versus DAP em aproximadamente 17.000 pacientes com coronariopatia aguda, encontraram HR de 0,50 (IC 95% 0,41 a 0,61) para sangramento, e de 0,85 (IC 95% 0,70 a 1,03) para MACE.465

Duração de dupla terapêutica antitrombótica em pacientes com SCASSST em ritmo sinusal - Sumário de recomendações e evidências
Após SCASSST, é recomendado que a DAPT seja mantida por 12 meses, independentemente da estratégia clínica adotada (angioplastia, cirurgia de revascularização miocárdica ou tratamento clínico). I A
Em pacientes com SCASSST e risco aumentado de sangramento, pode-se considerar manter o tempo de dupla antiagregação plaquetária por apenas 6 meses, suspendendo-se o inibidor P2Y12 após este período, independentemente da estratégia clínica adotada (angioplastia, cirurgia de revascularização miocárdica ou tratamento clínico) IIa B
Em pacientes com SCASSST submetidos à ICP, pode-se considerar manter a DAPT por 3 meses seguido de monoterapia com iP2Y12, (preferencialmente ticagrelor). IIa A
Associar uma segunda medicação antitrombótica (ver tabela abaixo) ao AAS após os 12 meses de DAP em pacientes com alto risco isquêmico e baixo risco de sangramento. IIa A
Opções de terapia antitrombótica/antiplaquetária estendida
Fármaco Trial Dose Indicação
Clopidogrel DAPT 75mg por dia Pós-angioplastia que tolerou DAP por 1 ano
Prasugrel DAPT 10mg por dia (5mg se peso < 60kg ou idade > 75 anos) Pós-angioplastia que tolerou DAP por 1 ano
Ticagrelor PEGASUS-TIMI-54 60mg 2 vezes/dia Pós-infarto com risco isquêmico aumentado
Rivaroxabana COMPASS 2,5mg 2 vezes/dia Pacientes coronariopatas ou com doença arterial periférica com alto risco trombótico

Atenção especial deve ser dada quando da prescrição de antiplaquetários a pacientes admitidos com SCA que, durante a internação hospitalar, são submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica. Subanálises dos estudos CURE,466 PLATO249 e TRITON237 mostraram que pacientes submetidos à revascularização cirúrgica parecem se beneficiar de forma similar aos outros indivíduos incluídos nestes trials. Dessa forma, o tienopiridínico deve ser reintroduzido assim que considerado seguro após a revascularização cirúrgica.

C. Manejo de Antiagregantes no Paciente que Necessita de Anticoagulação Cronicamente

A evidência que existe sobre o assunto se restringe praticamente a pacientes com fibrilação atrial (FA). A incidência de FA em pacientes com SCASSST varia de 5% a 23%.467 A terapia padrão para SCA é o uso de DAP por pelo menos 12 meses, com objetivo de prevenção de eventos isquêmicos. Em pacientes com FA e escore CHA2DS2VASC ≥ 2, é recomendado o uso de anticoagulação crônica, com objetivo de prevenção de eventos tromboembólicos. Quando um paciente apresenta essas duas situações associadas, surge a questão de qual a melhor combinação de antiagregantes e antitrombóticos, qual a melhor dose e qual a duração ideal de cada etapa do tratamento. Essas perguntas foram avaliadas em uma série de estudos clínicos de fase 3.

O primeiro desses estudos foi o trial WOEST,468 que recrutou 573 pacientes com FA em uso de anticoagulantes e que foram submetidos à angioplastia. Os pacientes foram então randomizados em dois grupos: um que usava clopidogrel associado ao anticoagulante e outro que usava terapia tripla (anticoagulante + clopidogrel + AAS). Observou-se que a terapia dupla foi associada a menor risco de sangramentos em 1 ano (19,4% vs. 44,4%, HR 0,36, IC 95% 0,26-0,50, p < 0,0001) sem que isso estivesse associado a maior risco de eventos isquêmicos.

O primeiro estudo randomizado a avaliar o uso de DOAC no contexto de terapia dupla e tripla no paciente com FA submetido à angioplastia foi o PIONEER AF-PCI.268 Neste, foram comparadas três estratégias antitrombóticas: rivaroxabana 15mg/dia associada a um inibidor P2Y12; terapia tripla com DAP e rivaroxabana em baixas doses (2,5mg 12/12h); terapia tripla com DAP e antagonista da vitamina K. As estratégias com rivaroxabana mostraram causar menor risco de sangramento do que a terapia tripla com antagonistas da vitamina K. Não houve diferença de desfechos isquêmicos, mas o tamanho amostral de 2.124 pacientes não gerava poder suficiente para este desfecho. Uma crítica a este estudo foi o fato de as doses reduzidas de rivaroxabana utilizadas não serem as aprovadas para tratamento antitrombótico na FA.

No ano seguinte, foi publicado o estudo RE-DUAL PCI, que randomizou 2.725 pacientes com FA submetidos à angioplastia.269 Terapia dupla com dabigatrana em diferentes doses (150mg 2 vezes/dia e 110mg 2vezes/dia) associada a inibidor da P2Y12 foi comparada a terapia tripla com varfarina. No grupo da terapia tripla, o AAS era mantido por 1 mês nos casos que haviam recebido stent não farmacológico, e por 3 meses no grupo tratado com stent farmacológico. Os dois esquemas com dabigatrana causaram menor risco de sangramentos do que o esquema com varfarina na terapia tripla. Adicionalmente, demonstrou-se que não existe interação entre inibidores de bomba de próton e o efeito do medicamento, na medida em que o uso dessa classe de medicamentos não influenciou os resultados principais do estudo.469 O desenho do RE-DUAL PCI e do PIONEER AF-PCI não permitia avaliar se a redução do risco de sangramento observado com a terapia dupla era secundária à substituição de antagonistas da vitamina K por DOAC ou ao fato de se excluir o AAS do tratamento.

Para responder a esse questionamento, no ano de 2019, foi publicado o estudo AUGUSTUS,270 que randomizou 4.614 pacientes com FA que haviam sido submetidos à ICP ou apresentado SCA nos últimos 14 dias. O estudo usou um desenho fatorial 2x2 de forma que os pacientes foram randomizados em grupos que compararam apixabana 5mg 2 vezes por dia à varfarina, e grupos que compararam AAS a placebo. Todos os pacientes recebiam um inibidor P2Y12, sendo utilizado o clopidogrel em mais de 90% dos casos. Foram estudados, portanto, quatro grupos: (1) inibidor P2Y12 + varfarina + AAS; (2) inibidor P2Y12 + varfarina + placebo; (3) inibidor P2Y12 + apixabana + AAS; (4) inibidor P2Y12 + apixabana + placebo. Na comparação entre apixabana e varfarina, notou-se menor risco de sangramento com o uso do DOAC. A cada 24 pacientes tratados com apixabana, evitou-se um sangramento clinicamente relevante durante o período do estudo. Já na comparação de AAS versus placebo, foi demonstrado que o uso de AAS aumentou o risco de sangramento. A cada 14 pacientes tratados com terapia tripla incluindo AAS, houve um sangramento relevante a mais no período de 6 meses. Não houve aumento de desfechos isquêmicos com o uso de terapia dupla em relação à terapia tripla neste estudo, devendo-se considerar que a amostra não foi calculada objetivando este desfecho. Importante salientar que, no AUGUSTUS, os pacientes foram randomizados em média 6 dias após a ICP ou a SCA. Dessa forma, os pacientes receberam ao menos um breve curso de AAS e terapia tripla, antes da randomização. Outro dado relevante sobre este estudo é que ele também incluiu pacientes com FA e SCA tratada clinicamente (cerca de um quarto dos pacientes incluídos).

O estudo ENTRUST randomizou 1.506 pacientes portadores de FA e submetidos à angioplastia coronariana, com seguimento de 12 meses.271 O delineamento comparou a terapia dupla com edoxabana 60mg/dia associada a clopidogrel 75mg/dia à terapia tripla tradicional (varfarina e dupla antiagregação plaquetária com AAS e clopidogrel). A terapia dupla com edoxabana foi não inferior em relação ao desfecho primário sangramento. Este foi, portanto, o único ensaio clínico que não demonstrou, no que se refere ao desfecho sangramento, superioridade da terapia dupla com DOAC sobre a terapia tripla com varfarina.

Uma possível preocupação em se utilizar terapia dupla no paciente com FA submetido à angioplastia seria o aumento do risco isquêmico, principalmente de trombose de stent. Os cinco trials citados previamente (WOEST, PIONEER AF-PCI, RE-DUAL PCI, AUGUSTUS e ENTRUST) foram desenhados para mostrar redução de sangramento com o uso de terapia antitrombótica menos agressiva. Nenhum deles, contudo, tinha poder suficiente para se avaliar de forma adequada aumento de risco isquêmico. Para avaliar esse aspecto, duas metanálises foram desenvolvidas, ambas demonstrando que, em comparação com varfarina + DAP, o uso de dupla terapêutica antitrombótica diminui eventos hemorrágicos sem aumentar eventos.272,470,471 Entretanto, ao comparar dupla ou tripla terapêutica antitrombótica, Gargiulo et al.472 demonstraram diminuição significativa de sangramento à custa de aumento significativo na incidência de trombose de stent (RR = 1,59, IC 95% 1,01 a 2,50) e uma tendência a aumento de IAM, com o uso da dupla terapêutica antitrombótica, sugerindo que alguns pacientes de muito alto risco de eventos isquêmicos, principalmente se com baixo risco de eventos hemorrágicos, podem se beneficiar da terapêutica antitrombótica tripla por até 30 dias apos o evento-índice (Figura 3.3).

Figura 3.3. Esquema antitrombótico proposto para pacientes com síndrome coronariana aguda sem supra de ST e que apresentam FA com indicação de anticoagulação.

Figura 3.3

Escolha de terapia antitrombótica em pacientes após SCA e que apresentam FA com indicação de anticoagulação - Sumário de recomendações e evidências
A utilização de DOAC deve ser preferida em relação à varfarina I A
O clopidogrel deve ser o inibidor P2Y12 preferido, uma vez que é o que foi mais estudado nesse contexto I A
O uso de terapia tripla deve ser mantido o menor tempo possível devido ao alto risco de sangramento associado. IIa A
Quando optado pelo uso da varfarina, deve-se almejar um INR entre 2 e 2,5. IIa C
O AAS deve ser usado em doses baixas, preferencialmente ≤ 100mg/dia. IIa C
Durante a internação hospitalar, deve-se utilizar terapia tripla com AAS + inibidor P2Y12 + anticoagulante. IIa C
Após a alta hospitalar, a rotina é manter inibidor P2Y12 e anticoagulante até 12 meses do evento. Após 12 meses do evento, retira-se o inibidor P2Y12, mantendo-se apenas o anticoagulante. IIa A
Em pacientes com risco isquêmico aumentado, pode-se manter a terapia tripla por um período maior. IIa B
O uso de inibidores de bombas de prótons como profilaxia de úlcera de estresse nesse grupo de pacientes deve ser considerado como primeira escolha devido ao risco elevado de sangramento gastrintestinal. IIa C

3.2. Inibidores do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona

Em pacientes pós-SCA, recomenda-se o uso de inibidores de ECA para aqueles com disfunção sistólica de VE/insuficiência cardíaca, hipertensão arterial sistêmica ou diabetes. Bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA) podem ser usados em pacientes intolerantes aos inibidores de ECA.

Antagonistas de mineralocorticoides estão indicados nos pacientes pós-SCA que apresentam FEVE ≤ 40% associada a evidências de insuficiência cardíaca ou a diabetes.283

No manejo da hipertensão arterial dos pacientes, após internação por SCA e a longo prazo, há de se ter um cuidado especial ao adequado controle da pressão sanguínea, conforme as recomendação da Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial.473 No entanto, é importante considerar a relevância da curva J, não obstante, toda a polêmica de sua existência e papel. Os dados do estudo ONTARGET474,475 demonstraram que reduções excessivas da pressão arterial sistólica (PAS) foram associadas ao aumento de eventos isquêmicos, sendo observado que o valor de PAS de 126mmHg teve a menor ocorrência de IAM. Análise do estudo TNT476 avaliou o impacto dos níveis de pressão arterial em mais de 10.000 pacientes coronariopatas. Foi observada associação com mais eventos isquêmicos quando a PAS atingiu níveis inferiores a 110-120mmHg e a pressão arterial diastólica (PAD), abaixo de 60-70mmHg. Entretanto, o estudo SPRINT, que randomizou 9.361 pacientes não diabéticos e com alto risco cardiovascular para uma meta de controle intensivo (PAS < 120mmHg) versus uma meta convencional (PAS < 140mmHg), mostrou que o tratamento intensivo reduziu o desfecho composto de morte cardiovascular, infarto, AVC, SCA ou insuficiência cardíaca (HR 0,75; IC 95% 0,64 a 0,89; p < 0,001), além de ter reduzido mortalidade por todas as causas (HR 0,73; IC 95% 0,60 a 0,90; p = 0,003). Houve aumento na incidência de eventos adversos de quedas, síncope, hipotensão e insuficiência renal aguda no grupo intensivo. Neste estudo, não houve aumento na incidência de infarto nem de SCA com o tratamento intensivo. Entretanto, o estudo incluiu menos de 20% de pacientes com doença cardiovascular manifesta.477 Não existem estudos semelhantes especificamente em pacientes com histórico de SCA. Por conta disso, em virtude do potencial de piora da isquemia, recomenda-se cautela em reduzir a PA, devendo-se evitar uma PAD inferior a 60mmHg, a fim de evitar redução da pressão de perfusão coronária.

Uso de inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona nos pacientes pós-síndrome coronariana aguda sem supradesnível do segmento ST - Sumário de recomendações e evidências
O uso de inibidores da ECA está recomendado por tempo indeterminado em pacientes com disfunção sistólica do VE, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial sistêmica ou diabetes. Os bloqueadores do receptor de angiotensina devem ser utilizados em pacientes intolerantes aos inibidores da ECA. I A
Espironolactona está recomendada em pacientes com FEVE ≤ 40% associada à insuficiência cardíaca ou a diabetes. I A

3.3. Betabloqueadores

O uso de betabloqueadores a longo prazo é recomendado em pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção ≤ 40%. Já em pacientes com função sistólica de ventrículo esquerdo preservada, os dados são menos robustos. As evidências favoráveis ao uso dessas medicações surgiram no início dos anos 1980, quando o tratamento das SCA era bastante distinto do atual.478,479 O uso de betabloqueadores em pacientes com SCASSST e sem insuficiência cardíaca não foi avaliado por ensaios clínicos randomizados. Os dados disponíveis nessa população vêm de estudos observacionais que sugerem não ser útil o uso de betabloqueador a longo prazo pós-IAM.480,481 Experiência nacional especificamente analisando pacientes com SCASSST seguidos por aproximadamente 17 anos sugere benefício no uso do betabloqueador a longo prazo na população com disfunção ventricular esquerda, mas não naqueles com fração de ejeção normal.137 Atualmente, o estudo DANBLOCK (NCT 03778554) está randomizando pacientes com infarto do miocárdio recente e FE > 40% para avaliar se o uso de betabloqueadores reduz desfechos isquêmicos no contexto da terapia atual de SCA. Os resultados devem estar disponíveis em 2023.

Uso de betabloqueadores em pacientes pós-síndrome coronariana aguda sem supradesnível do segmento ST - Sumário de recomendações e evidências
O uso de betabloqueadores é recomendando por tempo indeterminado em pacientes com disfunção ventricular esquerda. Deve-se usar os agentes com comprovada eficácia neste cenário. I B

3.4. Antidiabéticos

Mais de 30% dos pacientes admitidos com SCASSST apresentam diabetes.482 O tratamento desta comorbidade sofreu grandes mudanças nos últimos anos com o advento de medicamentos que não apenas diminuem os níveis glicêmicos, mas também reduzem a incidência de desfechos cardiovasculares. Há evidências de que o controle mais intensivo da hemoglobina glicada (HbA1C) em pacientes diabéticos reduz o risco de complicações microvasculares.483,484 O impacto sobre eventos macrovasculares foi mais heterogêneo, parecendo haver benefício no seguimento de longo prazo (> 10 anos), desde que seja realizado precocemente após o diagnóstico.485 Com base nos achados em relação a eventos microvasculares, recomenda-se um alvo de HbA1C inferior a 7% na maioria dos pacientes diabéticos. É importante notar, contudo, que este número serve como um princípio geral, mas deve ser individualizado para cada paciente. No estudo ACCORD, por exemplo, a adoção de um controle glicêmico mais agressivo, além de não trazer redução de desfechos cardiovasculares maiores, foi associada a uma maior mortalidade total, levando à interrupção precoce do estudo.486 Os pacientes incluídos no estudo apresentavam diabetes de longa duração (10 anos, em média), além da prevalência de doença cardiovascular elevada (cerca de 35%). Por isso, em pacientes com baixa expectativa de vida, diabetes de longa duração, histórico de hipoglicemias graves, doença microvascular ou macrovascular avançada, alvos menos rigorosos de HbA1C (p. ex., < 8%) podem ser considerados. De modo inverso, em pacientes com diabetes de início recente, sem comorbidades relevantes e com bom entendimento da doença, alvos mais intensivos (p. ex., HbA1C < 7%) podem ser almejados.

Uma vez determinados os alvos glicêmicos a serem atingidos, é necessário escolher os medicamentos a serem usados. Todo paciente com diagnóstico de diabetes deve receber metformina a menos que esta esteja formalmente contraindicada.487 Trata-se de uma medicação de baixo custo, amplamente disponível na rede pública, com efeitos favoráveis na redução de peso e controle glicêmico, além de potencialmente reduzir a incidência de eventos cardiovasculares.484 Além disso, os estudos randomizados que surgiram nos últimos anos mostrando redução de desfechos cardiovasculares com os novos antidiabéticos utilizaram como terapia de base a metformina em mais de 70% a 80% dos pacientes.

Os principais efeitos colaterais da metformina são relacionados ao trato gastrintestinal (sensação de empachamento, dor abdominal, diarreia) e podem ser evitados com a progressão mais lenta da dose. Pacientes com clearance de creatinina abaixo de 30mL/min têm contraindicação formal ao fármaco.488 Pacientes que fazem uso crônico de metformina apresentam maior incidência de baixos níveis de vitamina B12, devendo-se considerar o monitoramento desta nesta população, principalmente se houver anemia ou neuropatia associadas.489

Em pacientes com histórico de coronariopatia, recomenda-se considerar terapia com inibidores da SGLT2 ou agonistas do receptor GLP1, independentemente dos níveis de HbA1C. Recomenda-se que se opte por alguma das medicações que já mostraram ter benefício na redução de eventos cardiovasculares em estudos de fase 3.

A decisão da escolha entre inibidores da SGLT2 e agonistas dos receptores GLP1 depende de vários fatores, entre os quais expomos alguns na Tabela 3.4. Ambas as classes de medicações mostraram ter benefícios similares em relação à redução de desfechos cardiovasculares maiores em pacientes de prevenção secundária.490 O ideal é que seja feita uma decisão compartilhada com o paciente pesando aspectos práticos como via de administração (VO vs. SC) e preço, bem como os benefícios clínicos demonstrados pelos estudos randomizados. Vale ressaltar que, em virtude do benefício além do controle glicêmico, estes medicamentos devem ser prescritos o quanto antes após a SCA, uma vez que pacientes diabéticos com SCA constituem um grupo de muito alto risco, evitando-se a inércia terapêutica. Em uma subanálise do estudo DECLARE de pacientes com IAM prévio, o uso da dapagliflozina em relação ao placebo reduziu o composto de morte CV, infarto e AVC isquêmico (principalmente à custa de redução de reinfarto), e este benefício pareceu ser maior quanto mais próximo da fase aguda do evento coronário.491

Tabela 3.4. Fatores a serem considerados para decidir qual o melhor novo antidiabético no paciente coronariopata.
iSGLT2 GLP1-RA
Modo de administração VO
Administração diária
SC (já existe semaglutida VO, mas ainda não está disponível no Brasil)
Administração diária ou semanal
Vantagens Reduz MACE
Reduz morte cardiovascular (empagliflozina)
Reduz IC
Reduz (discretamente) PA
Previne progressão de nefropatia
Reduz MACE
Reduz morte cardiovascular (liraglutida)
Perda de peso
Previne progressão de nefropatia (liraglitida)
Precauções ClCr < 30mL/min/1,73m2
Histórico de infecções genitais
Histórico de cetoacidose
Osteoporose/Fraturas (canagliflozina)
Doença arterial periférica (canagliflozina)
ClCr < 30mL/min/1,73m2
Náuseas
História de pancreatite
Retinopatia (semaglutida)

É importante enfatizar que, no caso da dapagliflozina, o estudo DAPA-HF mostrou benefício cardiovascular em pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção do VE inferior a 40% independentemente da presença de diabetes.492 Nesse trial, 55% dos pacientes apresentavam coronariopatia como causa da IC e a redução observada de 23% no desfecho composto de piora de IC e morte cardiovascular ocorreu independentemente dos níveis de HbA1C do paciente. Dessa forma, em pacientes com disfunção de VE por coronariopatia e com diabetes associado, os inibidores da SGLT2 têm mais evidências de benefícios do que os agonistas de receptores GLP1.

Outro cenário em que os iSGLT2 mostraram benefício foi no de pacientes diabéticos com doença renal crônica. No estudo CREDENCE, o uso de canagliflozina na dose de 100mg por dia mostrou reduzir progressão de nefropatia em pacientes diabéticos que apresentavam ClCr entre 30 e 90mL/min associado a proteinúria (relação albumina sobre creatina urinária ≥ 300mg/g).493 O desfecho primário de doença renal terminal, elevação superior a 2 vezes nos níveis de creatinina ou morte de causas renais ou cardiovasculares foi reduzido em 30% com o uso do iSGLT2 (HR 0,70; IC 95% 0,59 a 0,82; p = 0,00001).

A maioria dos outros antidiabéticos mostrou-se neutra em relação a eventos cardiovasculares. Contudo, em alguns casos, houve piora de desfechos. No estudo SAVOR-TIMI 53, o uso do inibidor de DPP-4 saxagliptina foi testado contra o placebo em uma população de 16.492 pacientes diabéticos.494 Além de não ter havido redução de desfechos cardiovasculares com a medicação, observou-se aumento na taxa de internações por insuficiência cardíaca (de 2,8% para 3,5%, HR 1,27; IC 95% 1,07 a 1,51; p = 0,007). Esta medicação deve, portanto, ser evitada em pacientes com IC.

Manejo ambulatorial de pacientes diabéticos com passado de síndrome coronariana aguda - Sumário de recomendações e evidências
Alvo de hemoglobina glicada < 7% deve ser usado na maioria dos pacientes diabéticos visando à redução de eventos microvasculares. I A
O alvo de hemoglobina glicada deve ser individualizado, levando em conta características como presença de comorbidades, expectativa de vida e duração do DM I C
Metformina é o fármaco de escolha para o tratamento inicial de diabetes, salvo contraindicações. I A
Em pacientes após SCA, deve-se considerar a associação de um iSGLT2 ou de um GLP1-RA que comprovadamente têm benefícios cardiovasculares independentemente dos níveis de hemoglobina glicada. I A
Em pacientes com insuficiência cardíaca ou com nefropatia (ClCr entre 30 e 90mL/min e/ou com proteinúria), os iSGLT2 são a opção de escolha. I A
Uso de saxagliptina e pioglitazona em pacientes diabéticos com insuficiência cardíaca. III A

3.5. Hipolipemiantes

O tratamento com estatinas deve ser iniciado precocemente, preferencialmente com agentes de alta potência (i. e., rosuvastatina 20 a 40mg ou atorvastatina 40 a 80mg). Nos pacientes que já usavam esta medicação, o tratamento não deve ser interrompido. Caso a estatina usada previamente seja de baixa ou moderada potência, a modificação para estatinas de alta potência deve ser considerada.

No seguimento ambulatorial, deve-se atentar às metas terapêuticas de LDL-c e não HDL-c, respectivamente, < 50mg/dL e < 80mg/dL. Caso as metas não sejam atingidas e o paciente ainda não esteja em uso de estatinas de alta potência, recomenda-se que se prescreva uma medicação deste grupo. Se, mesmo assim, os alvos de LDL não forem atingidos, recomenda-se a associação com ezetimiba 10mg/dia. Se após essas medidas o LDL continuar acima da meta, deve-se considerar o uso dos inibidores da PCSK9.

O primeiro estudo avaliando desfechos clínicos associados a inibidores da PCSK9 foi o FOURIER,495 publicado em 2017. Foram avaliados 27.564 pacientes com histórico de doença cardiovascular que mantinham LDL ≥70mg/dL apesar do uso de estatinas. Os indivíduos eram randomizados para receberem evolocumab (140mg SC a cada 2 semanas ou 420mg SC 1 vez por mês, de acordo com a preferência do paciente) ou placebo. Observou-se no grupo evolucumab uma redução significativa do desfecho composto de morte cardiovascular, IAM, AVC, necessidade de revascularização coronária ou internação devido à AI. Este desfecho ocorreu em 11,3% dos pacientes do grupo controle e em 9,8% do grupo evolocumab ao longo de um seguimento médio de 26 meses. Não houve diferença de mortalidade.

Em 2018, foi publicado o estudo ODISSEY-OUTCOMES que avaliou o uso do alirocumab em pacientes com passado de SCA no ano anterior à inclusão.496 Os pacientes apresentavam LDL ≥70mg/dL apesar de estarem usando estatinas de alta potência e eram randomizados para receber alirocumab 75mg SC a cada 2 semanas ou placebo. Em um seguimento médio de 2,8 anos, foi observada uma redução de 14,4% no desfecho composto de morte por coronariopatia, IAM, AVC e hospitalização por AI. Neste trial houve uma aparente redução de mortalidade global (de 4,1% para 3,5%), embora não tenha havido redução de morte CV. Os benefícios da nova medicação foram mais proeminentes em pacientes com LDL basal acima de 100mg/dL. Enquanto no grupo geral a redução de risco absoluto de mortalidade foi de 0,6%, no grupo com LDL acima de 100mg/dL, foi de 1,7%.

Um dado relevante é que, no ODISSEY-OUTCOMES, o inibidor de PCSK9 foi iniciado em média 2,6 meses após o episódio de SCA. Já nos pacientes com histórico de infarto do estudo FOURIER (cerca de 80% da população total), o evolocumab foi iniciado em média 3,4 anos após o último IAM. Ou seja, com base nas evidências desses estudos, o uso de inibidores de PCSK9, via de regra, deve ser aventado no acompanhamento ambulatorial de pacientes infartados e não na fase aguda intra-hospitalar.

Outro hipolipemiante que mostrou redução de eventos cardiovasculares no contexto de prevenção secundária foi a suplementação de ômega 3 à base de EPA (icosapenta-etil 4g/dia). Tal estratégia foi avaliada no estudo REDUCE-IT, que randomizou pacientes de alto risco (prevenção secundária ou diabetes com outro fator de risco associado), os quais apresentavam hipertrigliceridemia apesar do uso de estatinas.497 A maioria dos pacientes (70,7%) era de prevenção secundária. Foi observada uma redução no desfecho primário composto de morte cardiovascular, IAM, AVC, necessidade de revascularização ou AI de 22% para 17,2%. Houve redução de morte cardiovascular de 5,2% para 4,3% (IC 0,66 a 0,98; p = 0,03). A cada 21 pacientes tratados durante o seguimento médio de 4,9 anos do estudo, um evento cardiovascular foi prevenido. Uma crítica feita ao REDUCE-IT foi a de que o placebo utilizado (óleo mineral) aumentou o LDL 5mg/dL a mais do que o grupo que usou o EPA. Isso poderia ter aumentado o risco de eventos no grupo placebo.

Deve ser enfatizado que, no estudo REDUCE-IT, foi utilizado um tipo de formulação específica de ômega 3 que contava apenas com EPA (icosapenta-etil), o qual não teve impacto relevante sobre o LDL no trial (aumento de 2mg/dL). Há evidências de que formulações de ômega 3 contendo ácido docosa-hexaenoico (DHA) elevam níveis de LDL.498 Assim, a diretriz recomenda que, em caso de uso de ômega 3 no paciente pós-SCA, seja utilizada a formulação usada no REDUCE-IT. Esta não está disponível no Brasil até a data da publicação desta Diretriz.

Uso de hipolipemiantes após a alta de pacientes com síndrome coronariana aguda sem supra de ST - Sumário de recomendações e evidências
Em indivíduos com diagnóstico prévio de SCA, o LDL-c deve ser reduzido para < 50mg/dL e o não HDL-c para < 80mg/dL. I B
Sempre que possível e tolerado, deve-se dar preferência para o uso de estatina de alta intensidade. I A
Ezetimiba deve ser associada quando a meta do LDL-c não for atingida com o tratamento com estatinas na dose máxima tolerada. I A
Inibidores da PCSK9 podem ser considerados em pacientes em tratamento otimizado com estatinas na maior dose tolerada, associado ou não à ezetimiba, e que não tenham alcançado as metas de LDL-c ou não HDL-c recomendadas. IIa A

3.6. Outros Medicamentos

Pacientes pós-SCA apresentam risco aumentado de sangramento devido ao uso de terapia antitrombótica. O trato gastrintestinal é o sítio mais frequente de sangramentos clinicamente relevantes em pacientes usando terapia antiplaquetária crônica.499 Uma forma de reduzir o risco destes eventos gastrintestinais é o uso de protetores gástricos. Inibidores de bombas de prótons se mostraram mais eficazes que antagonistas de receptores H2 em estudos observacionais.500 Contudo, alguns estudos sugeriram que o uso de inibidores de bombas de prótons em conjunto com o clopidogrel poderia reduzir a atividade antiplaquetária deste (in vitro).225,226 O estudo randomizado COGENT (ver Parte 2) mostrou que a associação de omeprazol ao clopidogrel reduziu o risco de complicações gastrintestinais sem aumento aparente de eventos isquêmicos (embora a interrupção precoce do estudo não consiga excluir um aumento de eventos isquêmicos com o omeprazol).231

Recomenda-se, portanto, o uso de inibidores de bomba de prótons em pacientes que usam DAP e que tenham risco aumentado de sangramento (história de sangramento gastrintestinal, história de doença ulcerosa péptica, uso de anticoagulantes, uso crônico de AINE, uso crônico de corticosteroides ou que apresentem dois ou mais dos seguintes fatores: idade ≥ 65 anos, dispepsia, doença do refluxo gastresofágico, infecção por Helicobacter pylori, uso crônico de álcool).

Os pacientes devem ser orientados após a alta para que, caso apresentem dor anginosa em repouso, utilizem nitrato sublingual (dinitrato, mononitrato ou nitroglicerina), desde que não existam contraindicações. Importante orientar que, caso a dor não melhore em 3 a 5min, o paciente ou seu acompanhante deve acionar o serviço de emergência.

Infecções virais e bacterianas podem servir de gatilho para desencadear um evento cardiovascular agudo em pacientes cardiopatas. Há evidências de que a vacinação para influenza e para pneumococo podem reduzir internações e até mesmo mortalidade nestes pacientes.501 Desta forma, recomenda-se a vacinação anual para influenza em pacientes portadores de coronariopatia. O ideal é que a vacina seja administrada na época da campanha vacinal (abril e maio). Em relação à vacina pneumocócica, recomenda-se a aplicação de uma dose da “Pneumo 23” com reforço após 5 anos.502 Um estudo randomizado brasileiro em andamento está testando se a vacina anti-influenza durante a hospitalização por SCA em dose dobrada é superior à vacinação em dose convencional 30 dias após o evento, a fim de reduzir desfechos cardiovasculares (NCT 04001504).

A terapia direcionada a reduzir a inflamação na placa tem começado a trazer resultados promissores. No estudo CANTOS, em pacientes com infarto prévio (a partir de 30 dias após o evento-índice) e proteína C-reativa elevada, o canaquinumabe, um anticorpo monoclonal anti-interleucina 1-β, reduziu os eventos cardiovasculares maiores, ou seja, o composto de morte CV, reinfarto ou AVC (HR 0,88; IC 95% 0,79 a 0,97; p = 0,02).503 Entretanto, houve aumento de morte por infecção. O custo proibitivo fez que com este medicamento não tenha sido incorporado à prática clínica para esta indicação. Já a colchicina, um medicamento amplamente disponível e de baixo custo, na dose de 0,5mg uma vez ao dia, reduziu de maneira significativa o desfecho composto de morte CV, reinfarto, hospitalização por AI com necessidade de revascularização, AVC ou parada cardíaca reanimada (HR 0,77; IC 95% 0,61 a 0,96; p = 0,02) em pacientes com IAM recente (até 30 dias do evento-índice). Houve aumento na incidência de pneumonia.504 A Figura 3.4 traz um resumo dos medicamentos que são recomendados após alta por SCASSST.

Figura 3.4. Resumo da prescrição de alta pós-síndrome coronariana aguda sem supradesnível de ST.

Figura 3.4

Outras intervenções farmacológicas em pacientes após a alta por uma síndrome coronariana aguda - Sumário de recomendações e evidências
Orientar o paciente a usar nitrato sublingual caso apresente dor torácica em repouso, desde que não apresente contraindicações à medicação. I C
Vacinação contra influenza e pneumococo, a fim de reduzir morbimortalidade. I B
Uso de inibidores de bomba de prótons em pacientes em uso de DAP e que apresentem risco aumentado de sangramento (história de sangramento gastrintestinal, história de doença ulcerosa péptica, uso de anticoagulantes, uso crônico de AINE, uso crônico de corticosteroides ou que tenham dois ou mais dos seguintes fatores: idade ≥65 anos, dispepsia, doença do refluxo gastresofágico, infecção por Helicobacter pylori, uso crônico de álcool). IIa B

4. Rastreamento Clínico Pós-alta

Os pacientes de baixo risco e os revascularizados após SCASSST têm, por recomendação de uma reavaliação precoce, entre 2 e 6 semanas inicialmente. Naqueles pacientes com maior gravidade, recomenda-se a avaliação dentro de 14 dias.505 Obviamente que esses prazos devem levar em consideração as particularidades de cada situação, uma vez que as intercorrências dos procedimentos, condições de acesso ao serviço de saúde e características individuais de cada paciente são muito variáveis.

O risco de complicações existe mesmo em pacientes assintomáticos e, portanto, a avaliação deste risco se aplica a pacientes sintomáticos e assintomáticos.

Após revascularização e/ou após SCA estabilizada nos primeiros 12 meses, os pacientes devem ser monitorados com mais vigilância, porque correm maior risco por complicações e porque estão sujeitos a alterações no tratamento farmacológico.506 Portanto, são recomendadas pelo menos duas visitas no primeiro ano de acompanhamento, sendo a primeira, idealmente, dentro de 3 meses.

Em um paciente com disfunção sistólica do VE antes do procedimento de revascularização ou após a SCA, uma reavaliação da função do VE deve ser considerada 8 a 12 semanas após a intervenção.507,508

A função cardíaca pode ter melhorado devido a mecanismos como recuperação de atordoamento do miocárdio ou hibernação, que pode ser revertida por revascularização ou por outro lado piorado em virtude de outras comorbidades, como valvopatias, arritmias ou inflamações etc. Esses achados precisam ser identificados e tratados.509

De forma similar, provas não invasivas de isquemia podem ser realizadas após revascularização, para identificação de isquemia residual e também servindo de referência para comparativos subsequentes.509 Essa abordagem deve ser individualizada, uma vez que cada situação de revascularização traz consigo peculiaridades anatômicas e difere muito de paciente para paciente. Ressaltamos que as recomendações são, em sua maioria, baseadas em opiniões de especialistas.

Em pacientes que estejam assintomáticos há mais de 1 ano, uma reavaliação pelo menos anual é recomendada.509 Deve-se avaliar o estado clínico geral do paciente e adesão ao tratamento medicamentoso, bem como o perfil de risco estabelecidos pelos escores. Exames laboratoriais que incluem perfil lipídico, função renal, um hemograma completo e também biomarcadores devem ser realizados pelo menos a cada 2 anos.507,508

O perfil lipídico e o status glicêmico devem ser avaliados periodicamente e, apesar de não haver evidências que suportem a periodicidade dessa avaliação, de forma geral, recomenda-se uma avaliação anual.509

Alguns biomarcadores de inflamação parecem estar associados como marcadores de eventos. A proteína C-reativa de alta sensibilidade parece ser o de maior evidência em múltiplos estudos, mesmo em pacientes em prevenção primária. NT-proBNP, fator de Von Willenbrand e interleucina- 6, também parecem ser preditores de eventos.510 Escores estabelecidos com associação de biomarcadores (LDL, NT-proBNP, troponina T, produtos de degradação de fibrina), mostraram-se com melhor poder de reclassificação e aumento da estatística-C do que os escores com base em modelos clínicos, e podem ser promissoras ferramentas de predição de eventos em pacientes coronariopatas.511,512 No entanto, a falta de evidências mais robustas deve limitar a utilização desses biomarcadores a casos selecionados, e não é aplicada de rotina.

Um ECG deve ser solicitado em cada visita para determinar o ritmo e a frequência cardíaca. O ecocardiograma pode ser benéfico para avaliar a função do VE (diastólica e sistólica), status valvar e dimensões cardíacas em pacientes aparentemente assintomáticos a cada 3 a 5 anos. Da mesma forma, pode ser benéfico avaliar não invasivamente a presença de isquemia silenciosa em um paciente aparentemente assintomático a cada 3 a 5 anos, preferencialmente com exames de estresse com imagens.513

A angioTC de coronárias não deve ser utilizada para avaliação em virtude da falta de informações funcionais. Em casos específicos, ela pode ajudar na avaliação da patência de coronárias e enxertos.512

Para pacientes com histórico de SCASSST e/ou já revascularizados, com sintomas inequívocos de angina, de acordo com a grande maioria das evidências, a estratificação invasiva é a melhor opção. Para pacientes que tenham sintomas duvidosos, a utilização de exames de estresse com imagem é recomendada.513

Rastreamento clínico pós-alta - Sumário de recomendações e evidências
Pacientes assintomáticos
Uma visita periódica a um cardiologista (preferencialmente em até 3 meses), para reavaliar qualquer alteração potencial no risco da situação dos pacientes, com avaliação clínica das medidas de modificação do estilo de vida, adesão aos alvos fatores de risco e o desenvolvimento de comorbidades que podem afetar tratamentos e resultados. I C
Em pacientes com sintomas leves ou inexistentes recebendo tratamento médico, nos quais a estratificação de risco não invasiva indica um alto risco, e para quem a revascularização é considerada para melhorar o prognóstico, a angiografia coronária invasiva (FFR, quando necessário e disponível) é recomendada. I C
Pacientes de alto risco, submetidos à revascularização há cerca de 6 meses, podem realizar estratificação de risco por exame de imagem sob estresse. IIb C
Em pacientes submetidos à revascularização de alto risco (p. ex., tronco de coronária esquerdo desprotegido), pode- se considerar nova angiografia, independentemente dos sintomas. IIb C
Exame de imagem com estresse de rotina em pacientes revascularizados de forma percutânea há mais de 1 ano e cirurgicamente há mais de 5 anos. IIb C
Uso de angioTC de coronária como rotina para estratificação isoladamente. III C
Uso de angiografia coronariana apenas para estratificação de risco em paciente assintomático. III C
Pacientes assintomáticos
Avaliação do status da doença coronária em pacientes com deterioração da função sistólica do VE sem causa identificável. I C
Realização de exame de imagem com estresse (preferencialmente) em pacientes com sintomas novos e / ou piora dos sintomas prévios. I C
Realização de angiografia (com FFR ou iFR, se necessário) em pacientes com sintomas inequívocos de coronariopatia, principalmente se refratários ao tratamento medicamentoso, ou que se enquadrarem no perfil de alto risco. I C
Angiografia em pacientes com achados de alto risco em exames de imagem com estresse. I C
Em paciente revascularizado previamente, deve fazer exame de imagem sob estresse em detrimento de teste ergométrico isolado 12. IIa C

Footnotes

Realização: Departamento de Cardiologia Clínica (DCC) da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)

Conselho de Normatizações e Diretrizes (2020-2021): Brivaldo Markman Filho, Antonio Carlos Sobral Sousa, Aurora Felice Castro Issa, Bruno Ramos Nascimento, Harry Correa Filho, Marcelo Luiz Campos Vieira

Coordenador de Normatizações e Diretrizes (2020-2021): Brivaldo Markman Filho

Editores Associados: Gilson Feitosa Filho, João Luiz Petriz, Dalton Bertolim Précoma, Walmor Lemke, Ari Timerman, José A. Marin-Netto, Luiz Bezerra Neto, Bruno Ferraz, Eduardo Lapa, Leopoldo S. Piegas

Comitê de Redação: José Carlos Nicolau, Gilson Feitosa Filho, João Luiz Petriz, Remo Holanda de Mendonça Furtado, Dalton Bertolim Précoma, Walmor Lemke, Renato D. Lopes, Ari Timerman, José A. Marin-Netto, Luiz Bezerra Neto, Bruno Ferraz, Eduardo Lapa, Leopoldo S. Piegas.

Nota: Estas diretrizes se prestam a informar e não a substituir o julgamento clínico do médico que, em última análise, deve determinar o tratamento apropriado para seus pacientes.

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Brazilian Society of Cardiology Guidelines on Unstable Angina and Acute Myocardial Infarction without ST-Segment Elevation – 2021

José Carlos Nicolau 1, Gilson Soares Feitosa Filho 2,3, João Luiz Petriz 4, Remo Holanda de Mendonça Furtado 5, Dalton Bertolim Précoma 6, Walmor Lemke 7,8, Renato Delascio Lopes 9, Ari Timerman 10, José A Marin Neto 11, Luiz Bezerra Neto 12, Bruno Ferraz de Oliveira Gomes 4,13, Eduardo Cavalcanti Lapa Santos 14, Leopoldo Soares Piegas 15, Alexandre de Matos Soeiro 16, Alexandre Jorge de Andrade Negri 17, Andre Franci 18, Brivaldo Markman Filho 14, Bruno Mendonça Baccaro 10, Carlos Eduardo Lucena Montenegro 19, Carlos Eduardo Rochitte 15,16, Carlos José Dornas Gonçalves Barbosa 20, Cláudio Marcelo Bittencourt das Virgens 21, Edson Stefanini 22, Euler Roberto Fernandes Manenti 23, Felipe Gallego Lima 1, Francisco das Chagas Monteiro Júnior 24, Harry Correa Filho 25, Henrique Patrus Mundim Pena 26, Ibraim Masciarelli Francisco Pinto 27, João Luiz de Alencar Araripe Falcão 28, Joberto Pinheiro Sena 29, José Maria Peixoto 30, Juliana Ascenção de Souza 1, Leonardo Sara da Silva 31, Lilia Nigro Maia 32, Louis Nakayama Ohe 10, Luciano Moreira Baracioli 1, Luís Alberto de Oliveira Dallan 1, Luis Augusto Palma Dallan 1, Luiz Alberto Piva e Mattos 33, Luiz Carlos Bodanese 34, Luiz Eduardo Fonteles Ritt 35, Manoel Fernandes Canesin 36, Marcelo Bueno da Silva Rivas 37,38, Marcelo Franken 5, Marcos José Gomes Magalhães 39, Múcio Tavares de Oliveira Júnior 1, Nivaldo Menezes Filgueiras Filho 40,41,42, Oscar Pereira Dutra 43, Otávio Rizzi Coelho 44, Paulo Ernesto Leães 45, Paulo Roberto Ferreira Rossi 46, Paulo Rogério Soares 1, Pedro Alves Lemos Neto 5, Pedro Silvio Farsky 10, Rafael Rebêlo C Cavalcanti 47, Renato Jorge Alves 48, Renato Abdala Karam Kalil 49, Roberto Esporcatte 38, Roberto Luiz Marino 50, Roberto Rocha Corrêa Veiga Giraldez 1, Romeu Sérgio Meneghelo 10, Ronaldo de Souza Leão Lima 51, Rui Fernando Ramos 10, Sandra Nivea dos Reis Saraiva Falcão 52, Talia Falcão Dalçóquio 1, Viviana de Mello Guzzo Lemke 53, William Azem Chalela 1, Wilson Mathias Júnior 1

Brazilian Society of Cardiology Guidelines on Unstable Angina and Acute Myocardial Infarction without ST-Segment Elevation – 2021.

The report below lists declarations of interest as reported to the SBC by the experts during the period of the development of these update, 2020.
Expert Type of relationship with industry
Alexandre de Matos Soeiro Nothing to be declared
Alexandre Jorge de Andrade Negri Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- AMIB: Instructor of postgraduate courses.
Andre Franci Nothing to be declared
Ari Timerman Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Sanofi e Daiichi Sankyo: Aulas sobre Síndromes Coronárias Agudas.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Sanofi: Travel to Congress.
Brivaldo Markman Filho Nothing to be declared
Bruno Ferraz de Oliveira Gomes Nothing to be declared
Bruno Mendonça Baccaro Nothing to be declared
Carlos Eduardo Lucena Montenegro Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Servier: Vastarel/Procoralan; Novartis: Entresto; Merk: Concor; Astrazeneca.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Pfizer: Amyloidosis; Servier: CAD/HF; Novartis: HF.
Carlos Eduardo Rochitte Nothing to be declared
Carlos José Dornas Gonçalves Barbosa Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Daiichi Sankyo: Effient; Servier: Brilinta.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Bayer: Xarelto; Daiichi Sankyo: Lixiana.
Cláudio Marcelo Bittencourt das Virgens Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novo Nordisk: Semaglutida; Daiichi Sankyo: Edoxabana.
Dalton Bertolim Précoma Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Servier: Doença Coronariana; Bayer: Anticoagulates; Daiichi Sankyo: Anticoagulantes; Novo Nordisk.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Insuficiência Cardíaca; Apellis: Antiinflamatório para Covid; Astrazeneca: Antidiabético/Insuficiência Cardíaca; Boehringer.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Bayer: Anticoagulant; Novo Nordisk: Antidiabetic; Servier: CAD; Daiichi Sankyo.
Edson Stefanini Nothing to be declared
Eduardo Cavalcanti Lapa Santos Nothing to be declared
Euler Roberto Fernandes Manent Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Bayer e Pfizer: Anticoagulant; Daiichi Sankyo: Antiplatelet agents; Boeheringer.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Astrazeneca: Antiplatelet agents, ISGLT2; Daiichi Sankyo: Antiplatelet agents; Astra Zeneca: Heart Failure, Antiplatelet agents.
C - Personal research funding paid by the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Boerinhger: Heart failure; AstraZeneca: Dapaglifozina.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Bayer: Anticoagulant.
Felipe Gallego Lima Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Sanofi: Clexane; Servier: Ticagrelor.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Sanofi: Enoxaparina; Servier: Ticagrelor.
Francisco das Chagas Monteiro Júnior Nothing to be declared
Gilson Soares Feitosa Filho Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Bayer: COMPASS Study.
Harry Correa Filho Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Bayer: Anticoagulation.
Henrique Patrus Mundim Pena Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Lilly: Diabetes and Cardiovascular Risk; Daiichi Sankyo: Antiaggregator Platelet; Pfizer and Bayer: Oral Anticoagulant.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Pfizer and Bayer: Oral Anticoagulant; Daiichi Sankyo: Platelet Antiaggregator.
Ibraim Masciarelli Francisco Pinto Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novo Nordisk: Diabetes.
João Luiz de Alencar Araripe Falcão Nothing to be declared
João Luiz Petriz Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Daiichi Sankyo e Servier: Cardiology.
Joberto Pinheiro Sena Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Servier: Lectures on SCA; Bayer: Classes in the management of anticoagulants and antithrombotics; Daiichi Sankyo: Antiplatelet management in ACS.
José A. Marin-Neto Nothing to be declared
José Carlos Nicolau Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Amgen: Lipid-lowering; Bayer: Anticoagulant; Daiichi Sankyo: Antiplatelet, anticoagulant; Novartis: SRA inhibitor, lipid-lowering; Sanofi: Anticoagulant, lipid-lowering, antiplatelet; Servier: antiplatelet.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Astrazeneca: Antiplatelet, hypoglycemic; Bayer: Anticoagulant; Esperion: Lipid-lowering; CSL Behring: lipid-lowering; Dalcor: HDL increase; Jansen: Anticoagulant; Novartis: SARS inhibitor; Novo Nordisk: Hypoglycemic; Sanofi: Anticoagulant, lipid-lowering; Vifor: Iron Deficiency.
C - Personal research funding paid by the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Roche: Laboratory kits for platelet aggregability assessment.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Sanofi: Anticoagulant, antiplatelet, lipid-lowering; Bayer: Anticoagulant; Servier: Antiplatelet.
José Maria Peixoto Nothing to be declared
Juliana Ascenção de Souza Nothing to be declared
Leonardo Sara da Silva Nothing to be declared
Leopoldo Soares Piegas Nothing to be declared
Lilia Nigro Maia Nothing to be declared
Louis Nakayama Ohe Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Daiichi Sankyo: Edoxabana.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Abbott e Meryl: Hemodynamic.
Participation in procurement committees for supplies or drugs in health institutions or any similar roles taken:
- Committee for the purchase of appliances for Covid-19 units.
Luciano Moreira Baracioli Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Sandoz: Clopidogrel; Bayer: Rivaroxabana.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Bayer: Anticoagulation.
Luís Alberto de Oliveira Dallan Other relationships
Participation in procurement committees for supplies or drugs in health institutions or any similar roles taken:
- Proclamation.
Luis Augusto Palma Dallan Nothing to be declared
Luiz Alberto Piva e Mattos Nothing to be declared
Luiz Bezerra Neto Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Pfizer and Bayer: Anticoagulant class; Libbs: Antihypertensive class.
Other relationships
Any economically relevant equity interest in companies in the healthcare or education industry or in any companies competing with or supplying to SBC:
- Partner at L&P Cardio, a medical services company.
Luiz Carlos Bodanese Nothing to be declared
Luiz Eduardo Fonteles Ritt Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Pfizer: Amyloid.
Manoel Fernandes Canesin Nothing to be declared
Marcelo Bueno da Silva Rivas Nothing to be declared
Marcelo Franken Nothing to be declared
Marcos José Gomes Magalhães Nothing to be declared
Múcio Tavares de Oliveira Júnior Nothing to be declared
Nivaldo Menezes Filgueiras Filho Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Pfizer: Eliquis, Apixabana; Boehringer: Pradaxa, Praxbind, Jardiance; Astrazenca: Forxiga; Novo Nordisk; Daiichi Sankyo; Novartis; Bayer.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Astrazeneca: Dapaglifozina.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Pfizer: Eliquis; Daiichi Sankyo: Effient; Bayer: Xarelto.
Oscar Pereira Dutra Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Astrazeneca: Antiglycemic; Daiichi Sankyo: Anticoagulants; Sandoz: Antihypertensives.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Boheringer: Antiglycemic; Novartis: Heart Failure; Sanofi: Antilipemics.
C - Personal research funding paid by the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Sanofi e EMS: Anticoagulants; Amgen: Antilipemics.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Bayer: Anticoagulants.
Otávio Rizzi Coelho Financial declaration
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Boheringer: Empaglifozina.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Daiichi Sankyo: Prasugrel; Bayer: Rivaroxabana; Astrazeneca: Dapaglifozina.
Paulo Ernesto Leães Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Boehringer: Anticoagulantes
Participation in procurement committees for supplies or drugs in health institutions or any similar roles taken:
Comitê de Padronização da Santa Casa de Porto Alegre
Paulo Roberto Ferreira Rossi Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Novartis: Sacubitril, Valsartan.
Paulo Rogério Soares Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Astrazeneca: Dapagliflozina; Servier: Ticagrelor; Bayer: Rivaroxabana.
Pedro Alves Lemos Neto Nothing to be declared
Pedro Silvio Farsky Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Alliance Boehringer Ingelheim/Lilly: I -SGLT2.
Rafael Rebêlo C. Cavalcanti Nothing to be declared
Remo Holanda de Mendonça Furtado Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Astra Zeneca: Dapagliflozin (Diabetes, Heart Failure); Servier: Ticagrelor; Bayer: Rivaroxabana.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Bayer: Rivaroxabana (Covid); Astra Zeneca: Dapagliflozina (Covid), Dapagliflozina (HF); Pfizer: Tofacitinib (Covid), Apixabana (AF); EMS, Aché, Servier, Health Canada, GSK, Servier.
Renato Abdala Karam Kalil Nothing to be declared
Renato Delascio Lopes Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Bayer: Anticoagulante; Boehringer Ingleheim: Anticoagulação e Diabetes; Pfizer: Anticoagulação; Bristol-Myers Squibb; Daiichi Sankyo; Glaxo Smith Kline; Medtronic; Merck; Portola; Sanofi.
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Pfizer: Apixaban; Bayer: Rivaroxaban; Novartis: Sacubitril, Valsartan.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Bayer: Rivaroxabana; Pfizer: Apixabana.
Renato Jorge Alves Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Amgen: Evolocumabe; PTC: Volanesorsen; Pfizer: Apixaban.
Roberto Esporcatte Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Bayer: Anticoagulation.
Roberto Luiz Marino Financial declaration
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- CSL Behring:Myocardial Infarction.
Roberto Rocha Corrêa Veiga Giraldez Nothing to be declared
Romeu Sérgio Meneghelo Nothing to be declared
Ronaldo de Souza Leão Lima Other relationships
Any economically relevant equity interest in companies in the healthcare or education industry or in any companies competing with or supplying to SBC:
- Fonte Imagem: Minority partner.
Rui Fernando Ramos Financial declaration
A - Economically relevant payments of any kind made to (i) you, (ii) your spouse/partner or any other person living with you, (iii) any legal person in which any of these is either a direct or indirect controlling owner, business partner, shareholder or participant; any payments received for lectures, lessons, training instruction, compensation, fees paid for participation in advisory boards, investigative boards or other committees, etc. From the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Aspen: Fondaparinux.
Other relationships
Funding of continuing medical education activities, including travel, accommodation and registration in conferences and courses, from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Aspen: Fondaparinux.
Sandra Nivea dos Reis Saraiva Falcão Nothing to be declared
Talia Falcão Dalçóquio Financial declaration
B - Research funding under your direct/personal responsibility (directed to the department or institution) from the brazilian or international pharmaceutical, orthosis, prosthesis, equipment and implants industry:
- Amgen, DalCor Pharma UK Ltd, CSL Behring LLC: Pharmaceutical.
Viviana de Mello Guzzo Lemke Nothing to be declared
Walmor Lemke Nothing to be declared
William Azem Chalela Nothing to be declared
Wilson Mathias Júnior Nothing to be declared

Brazilian Society of Cardiology Guidelines on Unstable Angina and Acute Myocardial Infarction without ST-Segment Elevation – 2021.

General Coordinator: José C. Nicolau; Assistant and Coordination: Remo H.M. Furtado; Supervisor of the English version: Renato D. Lopes; Secretary: Daniele Gullo
Part 1 - Emergency Assessment and Treatment Protocols Part 2 - Treatment Protocols during Hospitalization Part 3: Recommendations at Discharge and Post-Discharge Care
Coordinators: Coordinators: Coordinators:
Ari Timerman Leopoldo S. Piegas Gilson Feitosa Filho
João Luiz Petriz José A. Marin-Netto Luiz Bezerra Neto
Bruno Ferraz Dalton Précoma Eduardo Lapa
Walmor Lemke
Reviewers Part 1 Reviewers Part 2 Reviewers Part 3
Brivaldo Markman Filho Andre Franci Alexandre de Matos Soeiro
Bruno Mendonça Baccaro Edson Stefanini Alexandre Jorge de Andrade Negri
Carlos Eduardo Rochitte Euler Roberto Fernandes Manenti Carlos Eduardo Lucena Montenegro
Leonardo Sara Felipe Galego Lima Cláudio Marcelo Bittencourt das Virgens
Carlos Jose Dornas Gonçalves Barbosa Harry Correa Filho Francisco das Chagas Monteiro Júnior
Louis Nakayama Ohe Ibraim Masciarelli Francisco Pinto Henrique Patrus Mundim Pena
Luiz Carlos Bodanese Lilia Nigro Maia João Luiz de Alencar Araripe Falcão
Marcelo Bueno da Silva Rivas Luciano Moreira Baracioli Joberto Pinheiro Sena
Paulo Roberto Ferreira Rossi Luís Alberto de Oliveira Dallan José Maria Peixoto
Paulo Rogério Soares Luis Augusto P. Dallan Juliana Ascenção de Souza
Pedro Alves Lemos Neto Luiz Alberto Piva e Mattos Luiz Eduardo Fonteles Ritt
Renato Delascio Lopes Marcelo Franken Manoel Fernandes Canesin
Roberto Esporcatte Oscar Pereira Dutra Marcos José Gomes Magalhães
Roberto Luiz Marino Otávio Rizzi Coelho Múcio Tavares de Oliveira Júnior
Roberto Rocha Corrêa Veiga Giraldez Paulo Ernesto Leães Nivaldo Menezes Filgueiras Filho
Rui Fernando Ramos Renato Kalil Pedro Silvio Farsky
Talia Falcão Dalçóquio Romeu Sérgio Meneghelo Rafael Rebêlo C. Cavalcanti
William Azem Chalela Ronaldo de Souza Leão Lima Renato Jorge Alves
Vivivana Lemke Sandra Nives dos Reis Saraiva Falcão
Wilson Mathias Júnior

Definitions of Recommendations and Evidence

Recommendations

  • Class I: Conclusive evidence, or, failing that, general consensus that the procedure is safe and useful/effective.

  • Class II: Conflicting evidence and/or divergence of opinion about the procedure's safety and usefulness/effectiveness.

  • Class IIa: Evidence/opinion is in favor of the procedure. Most approve of it.

  • Class IIb: The procedure's safety and utility/effectiveness is less well established, opinion is not predominantly in favor of it.

  • Class III: Evidence and/or consensus that the procedure is not useful/effective and, in some cases, is harmful.

Evidence

  • Level A: Data obtained from multiple large randomized studies, concordant and/or robust meta-analysis of randomized clinical studies.

  • Level B: Data obtained from less robust meta-analysis, from a single randomized study or from non-randomized (observational) studies.

  • Level C: Data obtained from expert consensus.

Changes in recommendations

Changes in recommendations - Biochemical Markers
2014 Guideline 2020 Guideline
Biomarkers of myocardial necrosis should be measured in all patients suspected of having non-ST-elevation acute coronary syndromes (NSTE-ACS). The markers should be measured at admission and repeated at least once 6 to 9 hours (preferably 9 to 12 hours) after symptom onset if the first dosage is normal or slightly elevated. I C Biomarkers of myocardial necrosis should be measured in all patients with suspected NSTE-ACS. When highly sensitive troponin assays are available, serum levels should be measured at admission and, ideally, reassessed in 1 h or up to 2 h. If unavailable, conventional troponin measurement should be performed at admission and repeated at least once, 3 to 6 hours later, if the initial results are normal or slightly elevated. I B
Creatine kinase-MB (CK-MB) mass and troponins are the biochemical markers of choice. I A CK-MB mass levels can be used if troponin levels are not available. IIb B
For patients who arrive early at the emergency department (6 h prior to symptom onset), myoglobin and highly sensitive troponin may be considered in addition to a later marker (CK-MB or troponin). IIb B Troponins are the biomarkers of choice in patients with suspected AMI. I A
Myoglobin can be used to detect myocardial necrosis in patients with suspected NSTE-ACS. III
Changes in recommendations - Exercise test
2014 Guideline 2020 Guideline
Low-risk patients (clinical and electrocardiogram [ECG]) with normal biochemical markers should be referred for exercise testing (ET) after 9 h of observation, ideally by 12 h, on an outpatient basis. I B Low-risk patients (clinical and electrocardiogram [ECG]) with normal biomarkers should be referred for ET after 9 to 12 h of observation. These exams can be performed the in chest pain unit as a discharge criterion. I B
Changes in recommendations - Nuclear cardiology
2014 Guideline 2020 Guideline
Stress-rest myocardial perfusion scintigraphy (MPS) is an alternative for patients unable to perform ET. I C Stress myocardial perfusion scintigraphy can be used as a stratification method in patients without recurrent chest pain and without ECG evidence of ischemia and/or troponin elevation. I B
Patients with chest pain can be evaluated by rest MPS to determine whether the origin of the pain is ischemic or non-ischemic IIa A Patients with chest pain but without ischemic ECG changes can be evaluated by myocardial perfusion scintigraphy at rest to determine whether the origin of the pain is ischemic or not. IIa A
Changes in recommendations - Analgesia and sedation
2014 Guideline 2020 Guideline
Administer morphine sulfate to intermediate- and high-risk patients. I C Administer morphine sulfate to patients with continuous pain despite optimized anti-ischemic therapy IIb B
Administer benzodiazepines to high-risk patients. I C Administer benzodiazepines to patients with signs and symptoms of persistent anxiety. IIb C
Administer benzodiazepines to intermediate-risk patients. IIa C
Changes in recommendations - Nitrates
2014 Guideline 2020 Guideline
Nitrates can be used in intermediate- and high-risk patients. I C Sublingual nitrates can be used to relieve angina. I C
Intravenous nitrates can be used to control persistent angina, high blood pressure or signs of congestion. I C
Changes in recommendations - Beta-blockers
2014 Guideline 2020 Guideline
Administer oral beta-blockers to intermediate- and high-risk patients. I B Administer oral beta-blockers in the first 24 hours to patients without contraindications (signs of heart failure (HF), signs of low cardiac output, increased risk of cardiogenic shock or other contraindications to beta-blockers). IIa B
Changes in recommendations - Use of antiplatelet devices in the Emergency Department
2014 Guideline 2020 Guideline
Thienopyridines should be used in patients contraindicated to acetylsalicylic acid (ASA). I B In patients allergic to ASA, initial monotherapy with a P2Y12 inhibitor (preferentially ticagrelor or prasugrel) is indicated. I C
Changes in recommendations - Glycoprotein IIb/IIIa Inhibitors
2014 Guideline 2020 Guideline
Glycoprotein (GP) IIb/IIIa inhibitors should be used in patients with recurrent ischemic symptoms despite double oral platelet antiaggregation and anticoagulation. IIa C In the conservative strategy, adjunct tirofiban can be used in patients with recurrent ischemic symptoms despite treatment with double oral platelet antiaggregation and anticoagulation. IIb C
Changes in recommendations - Anticoagulants
2014 Guideline 2020 Guideline
Unfractionated heparin (UFH) can be used in all patients. I A UFH is preferential in patients with severe renal dysfunction (< 15 mL/min) and obese patients (weighing > 150 kg). IIa B
Low-molecular-weight heparins (LMWH) can be used in all patients. I A Enoxaparin can be used in patients without severe renal dysfunction (creatinine clearance < 15 mL/min/1.73 m²), until revascularization, for 8 days, or until hospital discharge, 1 mg/kg every 12 h (0.75 mg/kg, every 12 h, if ≥ 75 years old; use 1 mg/kg every 24 h if creatinine clearance is between 15 and 30 mL/min/1.73 m², with a maximum dose of 150 mg. I A

New recommendations

History and physical examination
Patients with suspected NSTE-ACS and persistent pain, dyspnea, palpitations or syncope should be referred to the emergency department, ideally monitored in an ambulance. I C
Patients with suspected NSTE-ACS with less severe findings (ie, without persistent pain, dyspnea, palpitations or syncope) should be instructed to seek out an emergency department that can perform ECG and troponin measurement. IIb C
Electrocardiogram
ECG should be repeated if symptoms recur. I C
V3R-V4R and V7-V9 lead ECGs should be performed on patients with a non-diagnostic 12-lead ECG who remain symptomatic. I C
Biochemical markers
When troponin is available, no other marker should be requested for diagnostic purposes. I B
Coronary computed tomography angiography
Investigate acute chest pain with the triple rule-out technique. IIb B
Diagnostic routine and hospitalization criteria
The initial screening should be based on clinical history, physical examination, 12-lead ECG in up to 10 min, and troponin level. I A
HEART scores should be used to stratify risk and assist in hospital discharge decisions. I B
Patients with HEART scores ≤3 associated with negative troponin results, ECG without ischemic change, and no history of coronary artery disease (CAD) can be released from the emergency department for outpatient reassessment. I B
Hospital screening can be performed by qualified nurses for early recognition of high-risk patients. IIa B
EDACS and ADAPT scores for clinical risk stratification can be used as alternatives to the HEART score. IIa B
The HEART score can be used to determine early release for patients treated in an ambulance. IIb C
Early invasive strategy
An invasive strategy is recommended for patients with NSTE-ACS and refractory angina and/or hemodynamic and/or electrical instability (without serious comorbidities or contraindications for these procedures). I A
Glycemic control
It is recommended to measure the glycemic levels of all patients with suspected AMI at admission; the blood glucose of diabetic patients and those with hyperglycemia during hospitalization should be monitored. I C
Glycemic control with intermittent insulin use protocols should be carefully considered in patients with glycemic levels > 180 mg/dL to avoid episodes of hypoglycemia. IIa C
In patients at increased risk of hypoglycemia, such as older adults, nephropaths, and patients with residual effects from oral and/or fasting hypoglycemic agents, glycemic control should be adjusted to allow slightly higher blood glucose levels, thus preventing hypoglycemia. IIa C
Beta-blockers
Administer beta-blockers intravenously in patients with risk factors for cardiogenic shock. III
Initial antiplatelet therapy
Do not perform pretreatment with a P2Y12 inhibitor in unstable and/or high-risk patients indicated for immediate invasive strategy; it is recommended instead for the catheterization room after the coronary anatomy has been determined and percutaneous coronary intervention (PCI) has been scheduled. I B
P2Y12 inhibitors should not be routinely used as a pretreatment in patients indicated for early invasive strategy (<24 h). I B
In patients with a very high risk of bleeding or who need long-term oral anticoagulation, clopidogrel (loading dose) can be used regardless of an initial conservative or invasive strategy. IIa C
Pretreatment with prasugrel is not recommended. III
Anticoagulants
Fondaparinux 2.5 mg subcutaneously once a day can be used for 8 days or until hospital discharge as an alternative to enoxaparin, especially in patients with a high risk of bleeding. I B
Monitor anti-factor Xa in patients with creatinine clearance between 15 and 30 mL/min and in obese patients (100 to 150 kg) who are using enoxaparin. IIa B
Enoxaparin is preferential to UFH in patients with creatinine clearance ≥15 mL/min/1.73 m²), unless myocardial revascularization surgery is scheduled in the next 24 h. IIa B
UFH is preferential in the emergency department or hemodynamics unit in very high-risk patients with immediate catheterization scheduled (< 2 h). IIa C
Enoxaparin can be used in patients with creatinine clearance < 15 mL/min and weight > 150 kg. III
Fondaparinux can be used in patients with creatinine clearance < 20 mL/min. III

Part 1 – Emergency Assessment and Management

1. Introduction

Acute chest pain is responsible for more than 5% of all emergency department visits and up to 10% of non-trauma related visits. The incidence of chest pain varies between 9 and 19 per 1,000 people/year seen in emergency departments and is involved in up to 40% of hospitalizations. Although most of these patients are discharged with a diagnosis of unspecified or non-cardiac chest pain, about 25% are diagnosed with acute coronary syndrome (ACS).1,2

The subgroup of patients whose electrocardiography (ECG) results show no ST-segment elevation but whose symptoms or complementary exam results are compatible with a coronary etiology are classified as having non-ST-elevation acute coronary syndromes (NSTE-ACS), the subject of the present guideline. NSTE-ACS can cause significant morbidity and mortality if not promptly and appropriately treated. Since delaying appropriate treatment can result in serious adverse events, it is important to verify the presence of NSTE-ACS by assessing clinical data and complementary exams.3

2. Definitions

Chest pain is the main symptom in patients with ACS. ECG must be performed and interpreted within the first 10 minutes of medical contact in patients suspected of ACS, and the results may differentiate patients into two groups:

  • ST-elevation ACS: Patients with acute chest pain and persistent ST-segment elevation or new or presumably new left bundle branch block, which is a condition generally related to coronary occlusion and the need for immediate reperfusion.

  • NSTE-ACS: Patients with acute chest pain without persistent ST-segment elevation, whether associated or not with other ECG changes suggestive of some type of myocardial ischemia, including a broad spectrum of severity: transient ST-segment elevation, transient or persistent ST-segment depression, T-wave inversion, other nonspecific T-wave changes (flat or pseudonormalization), and even normal ECG results. This group includes patients with unstable angina (UA), ie, with no changes in myocardial necrosis markers and those with non-ST-segment elevation myocardial infarction (NSTEMI) when there is an increase in myocardial necrosis markers.

A NSTEMI diagnosis is confirmed when there is an acute myocardial injury, which is confirmed by an increase in troponin levels, and the injury is suspected to be caused by ischemia. Based on its pathophysiology and clinical context, acute myocardial infarction (AMI) is classified into several subtypes (Tables 1.1 and 1.2). Increased troponin levels can be secondary to myocardial ischemia, but they can also occur in other clinical situations (Table 1.3).

Table 1.1. Myocardial injury and infarction1.

Definition of myocardial injury
The term myocardial injury should be used in patients with cardiac troponin values > 99th percentile of the upper reference limit. The injury is considered acute if there is dynamic behavior (rising and/or falling from baseline). Persistently high troponin values are considered chronic myocardial injury.
Definition of acute myocardial infarction (AMI types 1, 2 and 3)
AMI implies an acute myocardial injury in a clinical context of myocardial ischemia:
  • Symptoms suggestive of acute myocardial ischemia

  • New ischemic change in ECG

  • New pathological Q-wave in ECG

  • Imaging results showing a change in contractility or loss of viable myocardium consistent with ischemic etiology

  • Intracoronary thrombus identified by angiography or necropsy (type 1 only)

Table 1.2. Classification of acute myocardial infarction according to triggering factors.

Classification (types) Description
1 Spontaneous AMI related to myocardial ischemia secondary to a coronary event, such as rupture or erosion of coronary atherosclerotic plaque
2 AMI secondary to ischemia due to a myocardial oxygen supply/demand imbalance that is not directly related to coronary atherothrombosis
3 Sudden death with symptoms suggestive of ischemia accompanied by new ischemic changes in ECG or ventricular fibrillation before biomarkers are collected, if they are elevated, or in AMI confirmed by necropsy
4a AMI associated with PCI ≤ 48 h, which is defined as a troponin increase > 5 times the 99th percentile of the upper reference limit or 20% over already elevated baseline levels, associated with one of the following findings:
  • New ischemic change in ECG

  • New pathological Q-wave in ECG

  • Imaging results of a new change in contractility or loss of viable myocardium in a pattern consistent with myocardial ischemia

  • Angiographic findings of complications related to coronary flow limitations (dissection, epicardial vessel occlusion, loss of collateral circulation and distal embolization)

4b AMI associated with stent thrombosis confirmed by angiography or necropsy
4c AMI related to intrastent or post-angioplasty restenosis without other lesions or intracoronary thrombi that can explain it
5 AMI associated with myocardial revascularization surgery ≤ 48 h, defined by a > 10-fold increase in the 99th percentile of the upper reference limit or 20% over already elevated baseline levels, associated with one of the following findings:
  • New pathological Q-wave in ECG

  • Imaging results of a new change in contractility or loss of viable myocardium in a pattern consistent with ischemic etiology

  • Angiographic results showing the occlusion of a new graft or native coronary artery

Source: adapted from Thygesen K et al.4 AMI: acute myocardial infarction; ECG: electrocardiogram; PCI: percutaneous coronary intervention.

Table 1.3. Causes of myocardial injury.

Myocardial injury with an ischemic etiology
• Rupture or erosion of atherosclerotic plaque with thrombosis
• Myocardial injury related to myocardial ischemia due to oxygen supply/consumption imbalance
Reduction in myocardial perfusion:
• Coronary artery spasm
• Coronary microvascular disease
• Coronary embolism
• Coronary dissection
• Sustained bradyarrhythmia
• Hypotension or shock
• Respiratory failure
• Severe anemia
Increase in oxygen consumption:
• Sustained tachyarrhythmia
• Hypertensive crisis
Myocardial injury due to other nonischemic cardiac conditions
• Heart failureMyocarditis
• Any type of cardiomyopathy
• Takotsubo syndrome
• Myocardial revascularization surgery
• Catheter ablation
• Defibrillation or electrical cardioversion
• Myocardial contusion
• Síndrome de Takotsubo
Myocardial injury due to systemic conditions
• Sepsis or active infectious process
• Chronic kidney disease
• Stroke or subarachnoid hemorrhage
• Pulmonary embolism and pulmonary hypertension
• Infiltrative myocardial disease (eg, amyloidosis, sarcoidosis)
• Chemotherapeutic agents
• Critical patient
• Extreme physical activity

Situations in which there is an increase in myocardial necrosis markers but ischemia is not detected in the clinical picture, ECG or imaging tests should be defined as acute myocardial injury, not AMI. They can be secondary to cardiac causes (such as cardiovascular procedures, myocarditis, arrhythmias, or decompensated HF) or extracardiac causes (such as shock, severe anemia, sepsis and hypoxia).4

Myocardial injury is often related to a worse prognosis. It is necessary to differentiate between ischemic and nonischemic causes to avoid unnecessary invasive interventions and direct treatment toward other possible etiologies (Table 1.3).

Figure 1.1 summarizes the interpretation of elevated troponin in coronary injury and ischemia scenarios.

Figure 1.1. Algorithm for interpreting elevated troponin levels. The troponin “curve” indicates elevation greater than 20%.

Figure 1.1

2.1. Myocardial Infarction with Nonobstructive Coronary Arteries (MINOCA)

Cases of AMI without obstructive coronary artery disease (CAD) are classified as myocardial infarction with nonobstructive coronary arteries (MINOCA). Approximately two-thirds of patients with MINOCA have a clinical presentation of NSTEMI.5

According to a document prepared by a European Society of Cardiology working group6 and the Fourth Universal Definition of Myocardial Infarction,4 the diagnostic criteria for MINOCA are: AMI, angiographic documentation without obstructive CAD (atheromatosis with <50% stenosis or normal coronary arteries) or a clinically evident non-coronary cause for acute presentation.

Different pathophysiological mechanisms can cause MINOCA:

  • Dysfunction of epicardial coronary arteries (eg, atherosclerotic plaque rupture, ulceration, cracking, erosion or coronary dissection).

  • Imbalance between oxygen supply and consumption (eg, coronary spasm and coronary embolism).

  • Coronary endothelial dysfunction (eg, microvascular disease).

MINOCA prognosis varies greatly, depending on the underlying mechanisms and associated risk factors, such as age and female gender. Some studies indicate that MINOCA has lower hospital mortality than AMI with obstructive coronary artery disease and similar 1-year mortality to AMI with univascular obstruction. However, when analyzing patients with NSTEMI in the ACUITY study, the MINOCA subgroup had the highest 1-year mortality (4.7% vs. 3.6%), which was linked to an increase in non-cardiac deaths.7-9

The large group of patients presenting with elevated troponin but no coronary obstruction or clinical signs of infarction is classified as TINOCA (troponin-positive nonobstructive coronary arteries), which includes those with ischemic injury (MINOCA) and the other described etiologies of nonischemic myocardial injury (eg, myocarditis or Takotsubo syndrome; see Figure 1.2).

Figure 1.2. Myocardial infarction with nonobstructive coronary arteries (MINOCA) and troponin-positive nonobstructive coronary arteries (TINOCA): conceptual paradigm. Adapted from Pasupathy et al., 2017.10.

Figure 1.2

2.2. Unstable Angina

UA is defined as myocardial ischemia without myocardial necrosis, ie, with negative biomarkers. During the initial management of ACS, it is often difficult to differentiate UA from NSTEMI on clinical criteria alone (i.e., before levels of myocardial necrosis biomarkers are available), and both conditions should be treated similarly at this stage. Increased troponin sensitivity decreases the percentage of patients diagnosed with UA and increases the percentage of patients with NSTEMI. The prognosis of patients with UA ranges from relatively low risk to high risk. UA classifications based on clinical presentation and prognostic information facilitate therapeutic management, which will be discussed throughout this document.11-16

3. Epidemiology

AMI is the leading cause of death in Brazil and worldwide.17 In 2017, according to DATASUS, 7.06% (92,657 patients) of all deaths were caused by AMI. AMI, which accounted for 10.2% of hospitalizations in the Brazilian Unified Health System (SUS), was more prevalent in patients over 50 years of age, accounting for 25% of all hospitalizations).18

In the Brazilian Registry of Acute Coronary Syndromes (BRACE), which evaluated ACS hospitalizations in 72 hospitals, NSTE-ACS was responsible for 45.7%, of which about 2/3 involved AMI and 1/3 UA. The study found generally low use of therapies that impact the prognosis of patients with ACS, including important regional differences. It also developed a performance score, which showed that the greater the adherence to proven treatments, the lower the mortality.19

4. Pathophysiology

The main pathophysiological characteristic of ACS is the instability of atherosclerotic plaque, involving erosion or rupture and subsequent formation of an occlusive or subocclusive thrombus. Such flow limitations, however, can be due to other mechanisms, such as vasospasm, embolism, or coronary dissection. Other factors may be involved in the pathophysiology of ACS by altering the supply and/or consumption of myocardial oxygen, such as anemia, hypertension, tachycardia, hypertrophic cardiomyopathy, aortic stenosis, etc..20

In animals, ischemia has been observed to progress from the subendocardium to the subepicardium. This progression can be delayed when there is efficient collateral irrigation, reduced oxygen consumption in the myocardium, and intermittent flow (generating ischemic preconditioning). Changes in ventricular function due to the progression of myocardial ischemia initially involve diastolic dysfunction, which may be followed or not by systolic dysfunction. A shorter duration of ischemic injury is associated with a smaller area of myocardial necrosis. Several studies have also suggested that restoring perfusion results in some degree of myocardial injury (reperfusion injury), especially in situations of total coronary occlusion.21

5. Initial Assessment

5.1. Initial Approach

Patients with suspected ACS and signs of severity (persistent pain, dyspnea, and palpitations due to potentially severe arrhythmias and syncope) should be referred to emergency departments, ideally monitored while in the ambulance. Patients without signs of severity (listed above) should be instructed to seek out an emergency department that can perform ECG and cardiac biomarker measurement, preferably troponin.

Several tools (scores) have been devised for this purpose and, in conjunction with clinical judgment, can help define which patients could benefit from hospitalization, complementary exams, and specific treatment.

5.2. Diagnosis and Prognostic Assessment

5.2.1. History and Clinical Data
5.2.1.1. Characterization of Chest Pain and Angina

The clinical picture of angina can be defined by four main pain characteristics: location, type, duration, and intensification or relief factors.

  • Location: usually in the chest, close to the sternum. However, it can affect or radiate from the epigastrium to the mandible, the interscapular region and the arms (more commonly to the left, less commonly to both arms or the right arm).

  • Type: the discomfort is usually described as pressure, tightness or weight. Sometimes it involves a feeling of strangulation, compression or burning. It may be accompanied by dyspnea, sweating, nausea, or syncope.

  • Duration: the duration of stable anginal pain is generally short (<10 min); episodes of ≥10 min suggest ACS. However, prolonged continuous pain (hours or days) or ephemeral pain (few seconds) is less likely to indicate ACS.

  • Intensification or relief factors: one important feature of angina is its relationship with physical exertion. Symptoms classically appear or intensify on exertion. In patients with no history of angina, a reduction in the effort threshold required to trigger angina suggests ACS. ACS discomfort does not usually vary with changes in breathing or position.

The clinical history of patients with NSTE-ACS plays an important role in risk stratification. In the presence of angina, patients with NSTE-ACS can present in four ways:

  • Prolonged resting angina (> 20 min).

  • Recent onset angina (class II or III according to Canadian Cardiovascular Society classification): in general, these patients manifest typical symptoms of angina in less than 2 months that begin appearing after minimal exertion.

  • Recent worsening of previously stable angina (crescendo angina). Minimal exertion triggers angina, increased pain intensity and/or duration, changes in pain radiation patterns, changes in response to the use of nitrates.

  • Post-infarction angina.

Some characteristics, antecedents and comorbidities are related to a higher probability of ACS:

  • Advanced age and male sex.

  • Risk factors for atherosclerosis: smoking, diabetes mellitus (DM), dyslipidemia, arterial hypertension and chronic renal failure.

  • Family history of CAD.

  • Previous symptomatic atherosclerosis, such as peripheral arterial obstructive disease, carotid disease, previous coronary disease.

  • Chronic inflammatory diseases, such as lupus or rheumatoid arthritis.

ACS patients may present with atypical symptoms, such as isolated epigastric pain, feelings of gastric fullness, lancinating pain, pleuritic pain or dyspnea. Although ACS typically presents in women and older adults (> 75 years) as angina, atypical presentations are also higher in these groups, as well as in patients with DM, renal failure and dementia.

The Coronary Artery Surgery Study proposed a chest pain classification system,22 which is shown in Table 1.4.

Table 1.4. Coronary Artery Surgery Study angina classification system.
Definitely anginal pain Retrosternal pain due to exertion, radiating to the shoulder, neck or left arm and attenuated by rest or nitrates in <10 min
Probably anginal pain Most of the characteristics of definite angina pain
Probably not anginal pain Atypical pain that does not meet the criteria for anginal pain
Definitely not anginal pain Pain uncorrelated with physical activity (suggestive of non-cardiac origin) that is unmitigated by nitrates

Source: Adapted from the National Heart Lung and Blood Institute's Coronary Artery Surgery Study.22

5.2.1.2. NSTE-ACS in Older Adults

Older adults with ACS generally have a different risk profile from younger adults: they have a higher prevalence of hypertension, DM, previous AMI, angina, peripheral vascular disease, stroke, multivessel disease, and HF. Older adults generally wait longer to seek medical care after symptom onset. In NSTE-ACS, instead of pain, patients often have so-called “ischemic-equivalent” symptoms, such as dyspnea, malaise, mental confusion, syncope or pulmonary edema. Older adults have a higher incidence of complications in NSTE-ACS, which implies the need for more intensive treatment. However, especially in adults over 75 years of age, the most appropriate therapy, ie, beta-blockers, acetylsalicylic acid (ASA), anticoagulants and lipid-lowering agents, is not used. Of the 3,318 patients with NSTE-ACS included in the TIMI III study,23 828 were over 75 years old. These individuals received anti-ischemic therapy and underwent cardiac catheterization at a lower percentage than younger patients. Although they had more severe and extensive CAD, they less frequently underwent myocardial revascularization procedures and had more adverse events within 6 weeks of onset. According to a national database study, the use of proven efficacious therapies after ACS has increased in the last 15 years, both among the oldest old (age > 80 years) and in younger adults (< 50 years), and this increase has been associated with improved survival in both groups.24

5.2.1.3. History
5.2.1.3.1. Patients Undergoing Myocardial Revascularization Procedures: Percutaneous Coronary Intervention and/or Myocardial Revascularization Surgery

The recurrence of angina after coronary artery bypass graft (CABG) surgery or percutaneous coronary intervention (PCI) can indicate acute complications, new injuries, stent thrombosis, or restenosis. Chest pain up to 48 hours after percutaneous intervention suggests acute obstruction, transient coronary spasm, non-occlusive thrombus, branch occlusion or distal embolization. Recurrent chest pain approximately 6 months after conventional stenting or later, after drug-eluting stenting, is most likely related to restenosis. On the other hand, angina onset 1 year after stenting is usually related to a new coronary lesion or stent restenosis due to neoaterosclerosis. After a CABG, the early appearance of pain is usually associated with thrombotic obstruction of the graft. In the first 12 months after CABG, the mechanism is usually fibrous intima hyperplasia; after this period, pain is indicative of a new atherosclerotic lesion and/or non-thrombic graft degeneration. The TIMI III registry compared the incidence of death or nonfatal infarction among NSTE-ACS patients with or without previous CABG. Those with previous CABG had higher rates of complications up to 10 days after admission (4.5% vs. 2.8% with or without CABG, respectively) and after 42 days (7.7% vs. 5.1%, respectively), which suggests that this is a higher risk group, mainly due to more extensive atherosclerosis.25

5.2.1.3.2. Risk Factors for Coronary Artery Disease

Some studies have suggested that smokers have a better prognosis, probably due to the fact that they suffer ACS at an earlier age and have less atherosclerotic burden than non-smokers.26,27 On the other hand, Antman et al. showed that having three or more risk factors for CAD (systemic arterial hypertension, DM, dyslipidemia, family history and smoking) is an independent marker of a worse prognosis.28

5.2.2. Physical examination

During assessment of individuals with NSTE-ACS, a physical examination can help identify individuals at higher risk (those with signs of severe ventricular dysfunction or mechanical complications) and help in the differential diagnosis of chest pain unrelated to ACS.

As a rule, a normal or slightly modified physical examination is insufficient to stratify patient risk, since even patients with multivessel or left main coronary lesions can appear normal upon physical examination.29-31 However, when changes are found in a physical examination, they can be important for categorizing patients as high risk.

Some findings that indicate a poor prognosis include systolic murmur in the mitral focus tachycardia, tachypnea, hypotension, sweating, weak pulse, third heart sound, and pulmonary rales.

Changes in physical examination results allow differential diagnosis between ACS and other causes of chest pain:

  • • Cardiac: pericarditis (pericardial friction), cardiac tamponade (paradoxical pulse), aortic stenosis (aortic systolic murmur), and hypertrophic cardiomyopathy (ejection systolic murmur in the parasternal area that increases with the Valsalva maneuver).

  • • Non-cardiac: aortic dissection (pulse and pressure divergence between the arms and a diastolic murmur of aortic insufficiency), pulmonary embolism/pulmonary infarction (pleural friction), pneumothorax (decreased breath sounds and hyperresonance to percussion), and musculoskeletal symptoms (pain on palpation).

History and physical examination - Summary of recommendations and evidence
Patients with suspected NSTE-ACS and persistent pain, dyspnea, palpitations or syncope should be referred to emergency departments, ideally monitored in the ambulance. I C
Patients suspected of NSTE-ACS with less severe findings (i.e., without persistent pain, dyspnea, palpitations or syncope) should be instructed to seek out an emergency department that can perform ECG and troponin measurement. IIb C
5.2.3. Electrocardiogram

Twelve-lead ECG is the initial diagnostic tool for patients with suspected ACS. Ideally, it should be performed and interpreted during pre-hospital care or within 10 minutes of hospital admission.

About 1% to 6% of patients with NSTE-ACS have normal (non-diagnostic) ECG results at admission. The ECG should be repeated after 15 to 30 minutes, especially in individuals who are still symptomatic. Normal or non-diagnostic ECG results can occur even with left circumflex or right coronary artery occlusion. Thus, additional V3R, V4R, V7, V8, and V9 derivations are recommended to increase the method's sensitivity.

More than 1/3 of patients will have typical ACS changes, such as ST-segment depression, transient ST-segment elevation, and T-wave inversion. Dynamic changes in the ST-segment (depression or elevation) or T-wave inversions during a painful episode that resolve at least partially when the symptoms are relieved are important markers of adverse prognosis, ie, subsequent AMI or death.32 Patients with ST changes in anterior leads often have significant stenosis of the anterior descending coronary artery and are a high-risk group.

ST-segment and T-wave changes are not specific to NSTE-ACS and can occur in several conditions, including: ventricular hypertrophy, pericarditis, myocarditis, early repolarization, electrolyte alteration, shock, metabolic dysfunction, and digitalis effect.

The diagnostic accuracy of an abnormal ECG is increased when previous ECG results are available for comparison.

Transient ST-segment elevation is consistent with Prinzmetal or vasospastic angina. Concomitant ST elevation in the anterior and inferior leads (reflecting extensive ischemia) is associated with an increased risk of sudden death.33

5.2.3.1. Electrocardiogram Findings and Prognosis

Patients with NSTE-ACS are at high risk of ischemic ECG changes (elevated or depressed ST-segment), atrial fibrillation, and ventricular arrhythmias. These changes imply a worse prognosis.31 In the GUSTO II trial, certain baseline ECG factors in patients with ACS were prognostic of early mortality:34 left bundle branch block, left ventricular (LV) hypertrophy or pacemaker rhythm (11.6%); ST-segment depression (8%); ST-segment elevation (7.4%); and normal T-wave inversion or normal ECG (1.2%).

Moreover, in 1,416 patients with ACS, the TIMI III Registry ECG Ancillary Study35 found the following ECG presentations: ST-segment deviation > 1 mm (14.3%), left bundle branch block (19%), isolated T-wave inversion (21.9%), or none of these changes (54.9%).

Electrocardiogram - Summary of recommendations and evidence
All patients with suspected NSTE-ACS should undergo ECG. Ideally, an ECG should be performed within 10 minutes of the patient's arrival at the hospital. I B
The ECG should be repeated at least once within 6 hours in non-diagnostic cases. I C
The ECG should be repeated in case of symptom recurrence. I C
The V3R-V4R, and V7-V9 leads should be recorded in patients who remain symptomatic and have a non-diagnostic 12-lead ECG. I C
5.2.4. Biomarkers

In patients with ACS, biomarkers are useful for both diagnosis and prognosis. When myocardial cells are injured, their cell membranes lose integrity, intracellular proteins diffuse across the interstitium and into the lymphatic system and capillaries. After a myocardial injury, marker kinetics depend on several factors: intracellular protein degradation, molecule size, regional lymphatic and blood flow, as well as marker clearance rate. Such factors, together with the characteristics of each marker, differentiate each patient's diagnostic AMI performance.36

In patients with symptoms suggestive of ACS but without diagnosed AMI, cardiac biomarkers are useful to confirm the diagnosis. They also provide important prognostic information, since there is a direct association between elevated serum markers and the risk of cardiac events in the short and medium- term.37 The necrosis marker results must be available within 60 minutes of collection. If the clinical analysis laboratory cannot provide this, point-of-care technologies should be considered.38

5.2.4.1. Troponins

Troponins are a complex of myofibrillar regulatory proteins in striated cardiac muscle that include troponin T, troponin I, and troponin C. Troponin C is coexpressed in slow-twitch skeletal muscle fibers and is not considered as a specific cardiac marker. In recent decades, immunoassay techniques with specific monoclonal antibodies for cardiac troponin T and cardiac troponin I have been developed. Meta-analyses have shown that the sensitivity and specificity of cardiac troponin I for diagnosing AMI was approximately 90% and 97%, respectively. Cardiac troponins remain elevated for a longer time, up to 7 days after AMI. Troponins are the biomarkers of choice for diagnostic evaluation in patients with suspected AMI since their diagnostic accuracy is higher than that of creatine kinase MB (CK-MB) mass and other biomarkers of myocardial injury. Patients with elevated troponins are at increased risk of cardiac events during the first days of hospitalization and are the NSTE-ACS subgroup that can most benefit from an invasive strategy.39 Although troponins can accurately identify myocardial injury, they cannot identify the mechanism of injury(ies). The mechanisms can include non-coronary etiologies, such as tachyarrhythmias and myocarditis, or non-cardiac conditions, such as sepsis, pulmonary embolism, and renal failure.40 Thus, in cases where the clinical presentation is not typical of ACS, other causes of cardiac injury related to increased troponins should be considered.

Troponins have recognized value when evaluating patients with ischemic ECG changes or with clinical symptoms suggestive of anginal pain. The major limitation of conventional troponins is their low sensitivity in patients whose time to onset is less than 6 hours. With the introduction of highly sensitive troponin assays, it became possible to detect lower troponin levels in a shorter time after ischemic myocardial injury.41,42 The unit used to express the values of conventional troponin is ng/mL, and in highly sensitive troponins, the values can be expressed in ng/L, since their detection power is 10 to 100 times greater than conventional troponins.

Highly sensitive troponins are significantly more sensitive than conventional troponins in ACS diagnosis, improving the diagnostic power for AMI by 61% if collected less than 3 hours after onset and 100% if collected 6 hours after onset.43 Due to the highly sensitive troponin assay's increased sensitivity and diagnostic accuracy for AMI, accelerated diagnosis algorithms have been proposed. Thus, the time to diagnosis can be shortened, which means less time in the emergency department and lower costs.44-46 It is recommended that the investigation algorithm be used within 3 hours (see routine diagnostic flowchart and hospitalization criteria).

5.2.4.2. Creatine Kinase: Isozymes and Isoforms

Before troponins emerged as more accurate biomarkers in AMI diagnosis, CK-MB was the most common biomarker in chest pain protocols. Ideally, CK-MB should be measured by immunoassay for plasma concentration (CK-MB mass) rather than activity. This change in measurement patterns is due, in part, to studies that demonstrated that CK-MB mass has greater sensitivity and specificity for AMI.47 CK-MB subforms have emerged as early markers (< 6 hours) of myocardial injury and early inference of AMI severity, according to data from a necropsy study that demonstrated a better correlation between CK-MB mass and AMI size.48 However, the main limitation of CK-MB mass is damage to other non-cardiac tissues (false positives), especially after injuries to smooth or skeletal muscle. In about 4% of patients, false-positive results can occur, with positive CK-MB and negative troponin.49 In cases where CK-MB is elevated and troponin is normal, both within their kinetic windows, clinical decisions should be based on the troponin results.

Biochemical markers - Summary of recommendations and evidence
Troponins are the biomarkers of choice for diagnosing patients with suspected AMI. I A
When highly sensitive troponin assays are available, no other marker should be requested for routine AMI diagnosis. I B
Biochemical biomarkers of myocardial necrosis should be measured in all patients with suspected NSTE-ACS. When highly sensitive troponin assays are available, serum levels should be measured on admission and, ideally, reassessed in 1 h or up to 2 h. If unavailable, conventional troponin measurement should be performed at admission and repeated at least once, 3 to 6 hours later, if the initial results are normal or slightly elevated. I B
CK-MB mass levels can be used if troponin assays are unavailable. IIb B
Myoglobin can be used to detect myocardial necrosis in patients with suspected NSTE-ACS. II
5.2.5. Non-Invasive Imaging in the Emergency Department
5.2.5.1. Functional Assessment

Non-invasive exams play an essential role in the diagnosis (especially in patients with normal ECG and biomarker results) and risk stratification of patients with suspected ACS. The choice for each patient – whether ET, myocardial perfusion scintigraphy, cardiac resonance, or coronary computed tomography angiography – will depend on the objectives and clinical questions to be answered.50

5.2.5.2. Exercise Testing in the Emergency Department

In the emergency department, patients whose chest pain is identified as low or intermediate risk can undergo ET. Normal results indicate a low risk of cardiovascular events, allowing for earlier and safer hospital discharge.50 National and international guidelines recommend ET as the first choice for risk stratification in patients who can exercise since it is a low-cost procedure, is widely available, and has a low frequency of complications.51 However, patients with moderate- to high-risk ACS, acute aortic diseases, pulmonary thromboembolism, myocarditis, or pericarditis must be ruled out since these conditions are absolute contraindications. The testing protocol should be determined according to the patient's clinical condition, with the most recommended being a modified Naughton or Bruce ramp test.

ET indications in ACS (to characterize low risk after initial clinical stratification) include:

  • Baseline ECG and necrosis biomarkers without changes.

  • Absence of symptoms (chest pain or dyspnea).

  • Hemodynamic stability and adequate conditions for physical exertion.

If the ET results are normal and the patient has shown adequate functional capacity, other procedures may not be necessary due to the test's high negative predictive value.51

Exercise testing - Summary of recommendations and evidence
Low-risk patients (according to clinical and ECG results) with normal biomarkers should be referred for ET after 9 to 12 hours of observation. In chest pain unit routines, these exams can be performed as a discharge criterion. I B
If an ET cannot be performed or the ECG is uninterpretable (left bundle branch block, artificial pacemaker, atrial fibrillation, LV overload, etc.), the patient can undergo ischemia tests associated with non-invasive imaging. I B
5.2.5.3. Echocardiography

Echocardiography is a useful complementary method for evaluating chest pain in emergencies.52-54 This non-invasive exam provides quick diagnostic information.55-59 When performed during an episode of chest pain, a lack of abnormal ventricular segmental contraction indicates a nonischemic cause. Although echocardiography cannot determine whether the segmental change is recent or pre-existing, the presence of segmental contraction abnormalities reinforces the probability of CAD being indicative of infarction, ischemia, or both. However, it can also appear in cases of myocarditis.60-62

Other no less important etiologies of chest pain (e.g., aortic dissection, aortic stenosis, hypertrophic cardiomyopathy, and pericardial disease) can also be assessed with echocardiography. Significant coronary heart disease is commonly found in patients with UA. These patients are generally identified by clinical history, and reversible ECG changes can be detected with pain episodes. When the patient's history and ECG are atypical, documenting a segmental contraction abnormality with echocardiography during or immediately after a pain episode strongly suggests the diagnosis.63 Echocardiography also determines the presence and extent of ventricular dysfunction and the presence and severity of valve abnormalities.

Other parameters are also important in determining prognosis in addition to the LV ejection fraction (LVEF) and segmental motility. Ersbǿll et al. prospectively studied patients with infarction and LVEF > 40% within 48 hours of admission. All patients underwent ECG with semi-automated global longitudinal strain (GLS) assessment. Of the 849 patients, 57 (6.7%) had severe cardiac events, and GLS > −14% was associated with a 3-fold increase in the risk of severe events.63

5.2.5.4. Stress Echocardiography

Stress echocardiography is being increasingly used in emergency departments and soon after hospitalization.64 One study analyzed 108 patients who were observed for 4 hours with serial biomarkers and ECG and underwent stress ET or dobutamine stress ECG. Ten patients had positive stress ET results, and 8 had positive stress ECG results. The exams were consistent in 4 patients. All patients whose stress ECG results showed no evidence of ischemia were cardiac event-free at the end of 12 months of follow-up, as were 97% of the patients with negative stress ET results.65

A Brazilian study evaluated 95 patients with low- and moderate-risk UA with echocardiography under dobutamine stress, most of whom were assessed in the first 72 hours of hospitalization. For the clinical outcomes (death, AMI, new hospitalization due to UA and myocardial revascularization procedures), the exam proved to be safe and had an excellent negative predictive value (96%), allowing early discharge without the need for other tests.66 Using perfusion techniques to perform stress echocardiography can increase diagnostic sensitivity; their applications are discussed in Part 2 of this Guideline.

Because it is an accessible, fast, low-cost, and non-invasive test, echocardiography can provide additional prognostic information about the previously mentioned parameters by assessing global and regional ventricular function and identifying associated valvulopathy. It can be routinely used in the investigation of these patients. Its disadvantages are its limited acoustic window in some patients and reduced sensitivity to dobutamine stress in patients on beta-blockers.

Echocardiography - Summary of recommendations and evidence
Transthoracic echocardiography must be performed for a differential diagnosis when there is clinical suspicion of aortic disease, pericardial disease, pulmonary embolism, or heart valve disease. I C
Emergency echocardiography should be performed when there are complications resulting from NSTE-ACS, such as interventricular communication and mitral regurgitation. I C
Stress echocardiography can be used for functional stratification in patients without recurrent chest pain or ECG evidence of ischemia and/or troponin elevation. I B
In patients with chest pain, resting echocardiography can identify changes compatible with ischemic etiology. IIa C
5.2.5.5. Nuclear Cardiology

Several studies have suggested that low-risk results for resting myocardial scintigraphy performed in the emergency department indicate a very low risk of subsequent cardiac events. On the other hand, there is a much greater probability that patients with high-risk myocardial perfusion scintigraphy results will develop AMI, be revascularized (surgery or angioplasty), or have coronary lesions a coronary angiogram.67-69 The ERASE trial evaluated care strategies for ACS patients with normal or non-diagnostic ECG, finding admission rates of 54% for patients who underwent MPS and 63% for all others, which suggests that an initial strategy involving resting scintigraphy is an acceptable risk stratifier.70

International guidelines recommend rest myocardial perfusion imaging during acute chest pain to stratify risk in patients with suspected ACS who have non-diagnostic ECG results.71-73

Radiotracer injection:

The main applications of MPS in the first hours after the patient's hospital admission include:

  • Injection of the radiotracer (sestamibi/MIBI or technetium-99m-labeled tetrofosmin, or 99mTc-sestamibi, and 99mTc-tetrofosmin) at rest during a chest pain episode in patients with normal or nonspecific ECG, aiming at a rapid, definitive diagnosis.

  • Injection of the radiotracer at rest in patients without chest pain, normal or nonspecific ECG, and symptom cessation less than 6 hours, but preferably within the previous 2 hours. Wackers et al. found that when the injection was performed in the first 6 hours of pain in ACS patients, the incidence of perfusion abnormalities was 84%, which decreased to 19% when the radiotracer was intravenously administered between 12 and 18 hours after the last pain episode.74

Overall, radiotracers can be used to obtain resting perfusion images for acute chest pain assessment without formal contraindications, and most patients well tolerate them. MPS with physical or pharmacological stress in low- or intermediate-risk ACS patients is recommended after stabilizing the acute condition and is usually performed during hospitalization. Stable clinical and hemodynamic conditions are paramount in both situations. The limitations of this method are its availability and cost.

Nuclear cardiology - Summary of recommendations and evidence
MPS at rest during acute chest pain to stratify risk in patients with suspected ACS who have non-diagnostic ECG results I A
MPS can be used for functional stratification in patients without recurrent chest pain, without ECG evidence of ischemia and/or elevated troponin levels I B
Patients with chest pain and no ECG evidence of ischemic changes can be assessed with MPS at rest to determine whether the pain has an ischemic origin IIa A
5.2.5.6. Anatomical Assessment: Coronary Computed Tomography Angiography

In recent years, coronary computed tomography angiography (CCTA) has been increasingly used to assess patients with suspected obstructive coronary disease. It has been demonstrated that the method is more accurate in diagnosing luminal stenosis than invasive coronary angiography, especially its high negative predictive value.75-77 Several studies in different clinical situations have also shown the prognostic value of CCTA regarding the presence and extent of obstructive and non-obstructive CAD, which can help with decision-making.78,79

Three large multicenter randomized controlled trials have evaluated CCTA for chest pain in emergency departments, including a total of more than 3,000 patients. The multicenter CT-STAT study randomized 699 patients with low-risk chest pain to stratification with CCTA or rest-stress myocardial scintigraphy.80 The CCTA strategy reduced diagnosis time by 54% and hospitalization costs by 38%, with no difference in the rate of adverse events between the two methods. The ACRIN-PA study primarily aimed at assessing the safety of CCTA for evaluating patients with low- and intermediate-risk chest pain compared to the traditional approach.81 None of the patients with negative CCTA had the primary outcome (cardiac death or infarction) in the first 30 days after admission. Also, patients in the CCTA group had a higher rate of discharge from emergency departments (49.6% vs. 22.7%) and fewer days of hospitalization (18 hours vs. 24.8 hours, p < 0.001), with no significant differences in the incidence of coronary angiography or revascularization in the first 30 days after admission. Finally, the ROMICAT II study evaluated the emergency department length of stay and hospital costs in similar groups of patients.82 It included 1000 patients with an average age of 54 years (46% female). The length of hospital stay was significantly shorter in patients stratified by CCTA than the traditionally-assessed group (23.2 ± 37 hours vs. 30.8 ± 28 hours; p = 0.0002). The time until an ACS diagnosis was also shorter in the CCTA group (17.2 ± 24.6 hours vs. 27.2 ± 19.5 hours; p < 0.0001). There were no significant safety differences between the groups. In the CCTA group, there was a substantial increase in patients discharged directly from the emergency department (46.7% vs. 12.4%; p = 0.001), but significantly more diagnostic tests were used in this group (97% vs. 82%, p < 0.001). Despite the higher cost associated with CCTA and a tendency toward more catheterizations and revascularizations, the overall costs were similar between the two groups (p = 0.65).

A subsequently published meta-analysis confirmed that using CCTA to assess patients with acute chest pain is associated with reduced cost and length of hospital stay, with an apparent increase in invasive angiographies and myocardial revascularizations compared to traditional approaches.83

5.2.5.6.1. Triple Rule-out

CCTA can be used in the emergency department to visualize the coronary arteries and obtain information about the aorta and pulmonary arteries, allowing assessment for acute aortic syndromes, pulmonary thromboembolism, or other thoracic changes that may be differential diagnoses of ACS (pneumonia and trauma).84,85 Through specific acquisition protocols, all of this information can be obtained in a single exam. This approach is called the triple rule-out, but it should only be used in specific situations where clinical evaluation cannot direct the diagnosis.86

In summary, CCTA is a safe and efficient strategy for evaluating patients with acute low- and intermediate-risk chest pain in emergency departments, reducing the time until correct diagnosis and length of hospital stay.87 The method's disadvantages include the use of ionizing radiation, its high cost, the need for iodinated contrast media, its limited availability in Brazil, and the fact that it cannot be used in patients with heart rates above 80 beats per minute or who cannot use beta-blockers.

Coronary computed tomography angiography - Summary of recommendations and evidence
In patients with acute chest pain and a low to intermediate probability of CAD, non-diagnostic ECG, and negative markers of myocardial necrosis. I A
Acute chest pain can be investigated with the triple rule-out technique. IIb B

5.3. Risk Stratification

5.3.1. Risk Stratification of Ischemic Cardiovascular Events

Using the TIMI IIB database, Antman et al. found the following independent markers of worse prognosis in patients with NSTE-ACS (“TIMI group risk score”): age ≥65 years, elevated biochemical markers, ST-segment depression ≥0.5 mm, ASA use in the 7 days prior to symptom onset, three or more traditional risk factors for CAD (hypertension, hypercholesterolemia, DM, smoking, or family history), known CAD, and recent severe angina (< 24 hours).28 With one point for each item, a score of 0 to 2 is classified as low risk, 3 to 4 as intermediate risk, and 5 to 7 as high risk. This risk score has been validated in other NSTE-ACS studies. An association has been found between each marker and a higher incidence of events (death, reinfarction, and recurrent ischemia requiring revascularization) and higher risk scores. (Figure 1.3).

Figure 1.3. Clinical risk stratification scores for chest pain.

Figure 1.3

Due to its good discriminatory power, the Global Registry of Acute Coronary Events (GRACE) risk score allows more accurate stratification at both hospital admission and discharge (Figure 1.4). However, it is complex, requiring a personal computer or digital device to calculate the risk.88 The original GRACE score provides an estimate of in-hospital death or AMI and death 6 months after discharge. The score was later validated for risk estimation at 1 and 3 years. Eight prognostic variables of hospital mortality have been identified for this score, and the total score for a given patient is the sum of each variable:

Figure 1.4. GRACE risk score.

Figure 1.4

Source: adapted from Granger et al.89 BP: blood pressure; ICC: intracluster correlation coefficient; PCR: polymerase chain reaction

  1. Age in years - ranging from 0 (< 30) to 100 points (> 90).

  2. Heart rate (bpm) - ranging from 0 (< 50) to 46 points (> 200).

  3. Systolic blood pressure (mmHg) - ranging from 0 (> 200) to 58 points (< 80).

  4. Creatinine levels (mg/dL) - ranging from 1 (< 0.40) to 28 points (> 4.0).

  5. Heart failure (Killip class) - ranging from 0 (class I) to 59 points (class IV).

  6. Cardiac arrest at admission - ranging from 0 (no) to 39 points (yes).

  7. ST-segment deviation - ranging from 0 (no) to 28 points (yes).

  8. Increased levels of cardiac injury biomarkers - ranging from 0 points (no) to 14 points (yes).

The incidence of hospital death is ≤ 1% for low-risk patients (total scores ≤ 108), between 1% and 3% for intermediate-risk scores (between 109 and 140), and over 3% for high-risk patients (> 140).89 A new version of the GRACE score (GRACE 2.0), developed using the same predictor variables for treatment outcome, has expanded the risk estimates for in-hospital death to 6 months, 1 year, and 3 years risk of death or AMI to 1 year.90 Table 1.5 shows the risk stratification based on clinical, ECG, and laboratory variables.

Table 1.5. Risk stratification for death or infarction in patients with acute ischemic syndrome without ST-segment elevation91.
High Moderate Low
Prognostic Variable At least one of the following characteristics must be present No high-risk features, but any of the following No intermediate or high risk characteristics, but any of the following
History Symptom worsening in the last 48 hours. Age > 75 years Age = 70 to 75 years,previous infarction, cerebrovascular or peripheral disease, DM, revascularization surgery, previous ASA therapy
Precordial pain Prolonged pain (> 20 min), at rest. Resting angina > 20 min resolved, with a moderate-to-high probability of CAD Angina at rest ≤20 min, with spontaneous relief or through nitrates New episode of CCS class III or IV angina in the last 2 weeks without prolonged pain at rest, but with moderate or high probability of CAD
Physical exam Pulmonary edema, worsening or appearance of mitral murmur or regurgitation, S3, new rales, hypotension, bradycardia or tachycardia
Electrocardiogram ST-segment depression > 0.5 mm (associated or not with angina), dynamic ST change, new or presumably new complete branch block, sustained ventricular tachycardia T-wave inversion > 2 mm; pathological Q waves. Normal or unchanged during the pain episode
Serum markers of ischemia* Markedly high High Normal
*

High cardiac troponin I, cardiac troponin T, or creatine kinase-MB (preferentially mass): above the 99th percentile; slight elevation: above the detection level and below the 99th percentile. ASA: acetylsalicylic acid; CAD: coronary artery disease; CCS: Canadian Cardiovascular Society.

The HEART score (discussed in item 5.4) assesses the risk of a major cardiac event (infarction, revascularization, or death) 6 weeks after initial presentation in patients with chest pain.

5.3.2. Bleeding Risk Stratification

Bleeding is associated with an adverse prognosis in NSTE-ACS, and every effort should be made to reduce it. Certain variables may help classify patients at different risk levels for major bleeding during hospitalization. Bleeding risk scores have been developed based on cohort studiesand ACS clinical studies. The CRUSADE score (www.crusadebleedingscocre.org) was developed from a cohort of 71,277 patients and subsequently validated in a cohort of 17,857 patients92 (Table 1.6). In a Brazilian population, it predicted not only bleeding but in-hospital mortality (area under the ROC curve = 0.753, p < 0.001).93 The rate of major bleeding gradually increased as the bleeding risk score increased. By incorporating admission and treatment variables, this score's accuracy for estimating bleeding risk is relatively high. Although age is not listed among the prognostic factors in this score, it is included in the creatinine clearance calculations.

Table 1.6. CRUSADE bleeding risk score (reference b) | Algorithm used to determine the CRUSADE risk score for major in-hospital bleeding.
Prognostic factor Score
Baseline hematocrit (%)
< 31 9
31-33.9 7
34-36.9 3
37-39.9 2
> 40 0
Creatinine clearance (mL/min)
< 15 39
16-30 35
31-60 28
61-90 17
91-120 7
> 120 0
Heart rate (bpm)
< 70 0
71-80 1
81-90 3
91-100 6
101-110 8
111-120 10
> 120 11
Sex
Male 0
Female 8
Heart failure signs at presentation
No 0
Yes 7
Previous vascular disease
No 0
Yes 6
Diabetes mellitus
No 0
Yes 6
Systolic blood pressure (mmHg)
< 90 10
91-100 8
101-120 5
121-180 1
181-200 3
> 200 5

Another score was derived from the ACUITY and HORIZONS studies. Six independent variables (female sex, advanced age, elevated serum creatinine, elevated white blood cell count, anemia, ACS with or without ST elevation) and one treatment-related variable (heparin and GP IIb/IIIa inhibitor use instead of bivalirudin alone) were identified (Table 1.7). This score identified patients at increased risk of bleeding (unrelated to CABG) and mortality after 1 year.94

Table 1.7. Bleeding risk score proposed by Mehran et al.94 Algorithm used to determine the risk of major in-hospital bleeding.
Sum
Sex Male, Female
0, +8
Age (years) <50, 50-69, 60-69, 70-79, ≥80
0, +3, +6, +9, +12
Serum creatinine (mg/dL) <1.0, 1.0, 1.2, 1.4, 1.6, 1.8, ≥2.0
0, +2, +3, +5, +6, +8, +10
Total leukocytes (106/mL) <10, 10, 12, 14, 16, 18, ≥20
0, +2, +3, +5, +6, +8, +10
Anemia No, Yes
0, +6
ACS Presentation STEMI, NSTEMI, unstable angina
+6, +2, 0
Antithrombotic medications Heparin + GP IIb/IIIa inhibitor, bivalirudin
0, −5
Total score

NSTEMI: non-ST-segment elevation myocardial infarction; STEMI: ST-segment elevation myocardial infarction

Both scores were derived from cohorts in which femoral access was predominantly or exclusively used. Their prognostic value may be reduced regarding radial access.95

Finally, the authors point out that no score (either for ischemic events or for hemorrhagic events) should replace clinical evaluation. Rather, they are merely tools to help doctors in their decision-making process.

Risk stratification - Summary of recommendations and evidence
All patients should be stratified as having a high, intermediate or low risk of major cardiac events. Classification by more than one method is recommended, and the worst case scenario must be considered in treatment decisions. I B
All patients must be stratified as high, intermediate or low risk of bleeding. I B

5.4. Emergency Diagnostic Flowchart and Hospitalization Criteria

It is essential to develop a diagnosis flowchart for patients with chest pain, determining the criteria for early discharge and hospitalization. This can identify low-risk patients to be investigated in an outpatient setting, as well as more serious cardiac conditions that require hospitalization.

Emergency department chest pain screening is based on a brief clinical history, physical examination, 12-lead ECG within 10 minutes of arrival, and biomarker measurement. This assessment protocol is mainly aimed at early identification of high-risk patients who require hospitalization or urgent transfer for hemodynamic monitoring.

To avoid premature discharge, these patients should remain monitored in an environment where an accelerated diagnostic protocol can be used. This protocol involves serial ECG and highly sensitive troponin measurement upon arrival at the emergency department and 3 hours later. In addition to this protocol, risk scores that include demographic data, symptoms, ECG findings and biomarkers are important tools for assessing chest pain patients in the emergency department. The most commonly-used scores (HEART, ADAPT, and EDACS)96-98 are summarized in Figure 1.3.

Greenslade et al. compared the effectiveness of these scores in relation to premature discharge from the emergency department, finding that all scores were effective and had very high sensitivity.99

The HEART score was developed using conventional troponin as a biomarker. However, retrospective studies that used highly sensitive troponin found results similar to those of validation studies.100,101 No studies have validated this tool for care outside the hospital. However, an ongoing study (ARTICA) aims to validate this score for pre-hospital care.102

A HEART score from 0 to 3 identifies 35% to 46% of patients at low risk, showing high sensitivity and negative predictive value, while patients with a score of 7 to 10 are at high risk, with an event rate > 50% in 6 weeks.103-106 The HEART score could better distinguish low-risk patients for major cardiac events than the GRACE and TIMI scores, with a lower loss rate and greater accuracy for initial risk stratification in the emergency department.107,108

The growing joint use of clinical data, ECG, highly sensitive troponin, and the systematized use of scores has amplified the effectiveness of diagnostic assessment protocols and the risk stratification of chest pain in the emergency department, which promotes safe early discharge and reduction of additional exams within 30 days.109

A randomized study that compared emergency care HEART scores with chest pain found a high negative predictive value for major cardiovascular events in the first year, with no differences observed regarding hospitalization or readmission to the emergency department.110

Thus, the impact of additional routine imaging exams on low-risk patients has been reconsidered because, despite the reduced diagnosis time, current evidence has shown that these additional tests have no verified benefit regarding the occurrence of AMI or relevant clinical events.111

5.5. Nurses and the Chest Pain Protocol

When performed by qualified nurses, hospital screening improves the identification of high-risk patients and reduces door-to-ECG time.112 It has been shown that, in rural hospitals, emergency nurses have a high level of accuracy, which reduces waiting time and length of stay without compromising patient safety.113 Thus, nurses should be actively encouraged to participate in the screening of patients with chest pain, and the multidisciplinary team should receive continuing training about patients with chest pain.

A flowchart for emergency department treatment of patients with chest pain is shown in Figure 1.5.

Figure 1.5. Flowchart of routine diagnosis of the patient with acute chest pain in the Emergency Department. HS: highly sensitive; TTE: transthoracic echocardiogram.

Figure 1.5

Rotina diagnóstica e critérios de internação — Sumário de recomendações e evidências
A triagem inicial deve ser realizada com base em história clínica, exame físico, ECG de 12 derivações em até 10min e troponina. I A
O escore HEART deve ser utilizado para estratificação de risco e auxílio na decisão de alta hospitalar precoce. I B
Pacientes com escore HEART ≤ 3 associado à troponina em tempo hábil negativa, ECG sem alteração isquêmica e ausência de antecedentes de DAC podem ser liberados do serviço de emergência com segurança para reavaliação ambulatorial. I B
Triagem hospitalar realizada por enfermeiros habilitados, visando ao reconhecimento precoce de pacientes sob maior risco. IIa B
Uso de escore EDACS e ADAPT para estratificação de risco clínico como opção ao escore HEART. IIa B
Utilização do escore HEART visando à liberação precoce em pacientes atendidos por ambulância. IIb C

6. Emergency Procedures After Risk Stratification

6.1. Indications for Early Invasive Strategy

An invasive strategy is indicated for patients with a very high risk of death (Table 1.8). This patient profile is not widely represented in randomized studies. Coronary intervention within 2 hours is indicated for these patients. When interventional cardiology service is not available, these patients should ideally be transferred to other centers.

Table 1.8. Indications for an invasive strategy.
Hemodynamic instability or cardiogenic shock
Chest pain refractory to drug treatment
Malignant arrhythmias or cardiorespiratory arrest
Mechanical complications of infarction
Acute HF
Recurrent ST-T segment changes with intermittent ST-segment elevation
Early invasive strategy - Summary of recommendations and evidence
An early invasive strategy is indicated for patients with NSTE-ACS and refractory angina or hemodynamic or electrical instability (without severe comorbidities or contraindications for these procedures). I A

6.2. Initial Treatment (Emergency Department/Ambulance)

6.2.1. Supplemental Oxygen

Hypoxemia and myocardial ischemia can occur due to changes in the ventilation-perfusion ratio secondary to pulmonary arteriovenous shunting (due to an increase in LV end-diastolic pressure) and interstitial and/or pulmonary alveolar edema. Hypoxemia worsens myocardial ischemia, increasing myocardial injury. O2 saturation (SaO2) should be measured using digital oximetry in pre-hospital and/or ambulance care for early diagnosis of hypoxemia.

Supplemental oxygen therapy is indicated for patients with AMI who present hypoxia with SaO2 <90% or clinical signs of respiratory distress.114 However, in a randomized study of more than 6000 patients, oxygen therapy in patients with suspected ACS and SaO2 ≥90% was not associated with reduced mortality or other cardiovascular outcomes in 1 year of follow-up. 115

Oxygen therapy should not eliminate hypoxic respiratory stimulation when there is a chronic obstructive pulmonary disease or other causes of hypercapnia. Patients with pulmonary congestion, cyanosis, arterial hypoxemia, or respiratory failure should receive oxygen supplementation and be carefully monitored with serial blood gas analysis. Non-invasive ventilatory support should be used in certain cases with signs of respiratory failure, persistent pulmonary congestion, and hypoxemia. Treatment should progress to invasive ventilation in the event of circulatory shock, non-invasive ventilatory support failure, and in unstable patients indicated for urgent myocardial revascularization (PCI or CABG). The unnecessary administration of oxygen for a prolonged period can cause systemic vasoconstriction and can even be harmful.

Oxygen therapy - Summary of recommendations and evidence
Oxygen therapy (2 to 4 L/min) should be performed for intermediate- and high-risk patients with SaO2 <90% and clinical signs of respiratory distress. I C
6.2.2. Analgesia and Sedation

The precordial pain and anxiety usually present in ACS lead to hyperactivity of the sympathetic nervous system. This hyperadrenergic state, in addition to increasing myocardial oxygen consumption, predisposes patients to atrial and ventricular tachyarrhythmias. Initial antianginal therapy with beta-blockers and nitrates should be performed as long as there are no contraindications, such as cardiogenic shock and/or hypotension. Morphine sulfate may be used in refractory cases or when there is a contraindication to nitrates or beta-blockers. The therapy should be administered intravenously, at a dose of 2 to 4 mg (diluted) every 5 minutes, up to a maximum of 25 mg. The low dosage is to avoid adverse effects such as hypotension and respiratory depression. Morphine derivatives should be avoided, except in cases of hypersensitivity, for which meperidine sulfate can be used in fractional doses of 20 to 50 mg intravenously.

Despite its efficacy in controlling angina, there is evidence that morphine reduces the antiplatelet effect of P2Y12 inhibitors, such as clopidogrel,116 and more potent antiplatelet drugs, such as prasugrel and ticagrelor.117,118

Regarding clinical events, a subanalysis of the CRUSADE119 registry and, more recently, a meta-analysis that included almost 70,000 patients found that early routine use of morphine may be associated with increased in-hospital mortality and major cardiovascular events.120 In a post-hoc analysis of the EARLY-ACS trial, it was found that morphine was associated with a greater risk of early ischemic events when used concomitantly with clopidogrel pretreatment. However, in the group of patients who did not receive clopidogrel before catheterization, morphine did not worsen the clinical outcome.121

Although the routine use of anxiolytics has become common practice in Brazil, it often seems excessive and should be reserved for special situations. A randomized, double-blind clinical trial with 131 male AMI patients found that the degree of anxiety, blood pressure, heart rate, and precordial discomfort did not differ between diazepam and placebo groups122. Diazepine derivatives have been the most commonly used drug in this indication.

Nonsteroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) should not be used (except ASA) to control pain in AMI patients since they increase the risk of major cardiovascular events. NSAID use should be suspended in patients who used them prior to hospitalization due to the worsening cardiovascular prognosis associated with elevated blood pressure, the risk of acute kidney injury, and blood hyperviscosity.123

Analgesia and sedation - Summary of recommendations and evidence
Administer morphine sulfate in patients who have continuous pain despite optimized anti-ischemic therapy. IIb B
Administer benzodiazepines to patients with signs and symptoms of anxiety. IIb C
NSAIDs should not be administered (with the exception of ASA) in patients with suspected AMI. III
6.2.3. Glycemic Control

More than 30% of AMI patients have DM or are unaware of their diagnosis. These individuals have higher bleeding rates and a worse 30-day prognosis than patients with normal blood glucose levels.124-127 Thus, glycemic control protocols should be used for AMI patients with significant hyperglycemia (> 180 mg/dL). This therapy aims to reduce blood glucose levels and avoid hypoglycemic episodes (< 70 mg/dL), which can cause several harmful effects, including the expansion of the AMI area. In patients at higher risk of hypoglycemia, such as older adults, those with chronic kidney disease, and those with residual effects from oral and/or fasting hypoglycemic agents, glycemic control should be adjusted to tolerate slightly higher blood glucose levels and thus prevent hypoglycemia.

Glycemic control - Summary of recommendations and evidence
The blood glucose levels of all patients with suspected ACS at admission should be measured, and the blood glucose of diabetic patients or those who present hyperglycemia during hospitalization should be monitored. I C
Glycemic control with intermittent insulin protocols should be considered carefully in patients with glycemic levels > 180 mg/dL to avoid episodes of hypoglycemia. IIa C
In patients at higher risk of hypoglycemia, such as older adults, those with kidney disease, and those with residual effects from oral and/or fasting hypoglycemic agents, glycemic control should be adjusted to tolerate slightly higher blood glucose levels and thus prevent hypoglycemia. IIa C
6.2.4. Anti-ischemic Therapy

The goal of anti-ischemic therapy is to reduce oxygen consumption (by decreasing the heart rate, blood pressure, and myocardial contractility) or to increase oxygen supply (by administering oxygen or promoting vasodilation).

6.2.4.1. Nitrates

The therapeutic benefits of nitrates are related to their effects on peripheral and coronary circulation. Their vasodilator effect, which decreases venous return to the heart and LV end-diastolic volume, reduces oxygen consumption by the myocardium. Additionally, they have vasodilatory effects on coronary arteries (whether normal or atherosclerotic) and redirect intracoronary flow, with increased collateral circulation and platelet aggregation inhibition. In addition to their symptomatic effects, nitrates reduce pulmonary congestion, mainly by lowering systemic venous return.

No controlled clinical studies have tested nitrates' effects on clinical outcomes and mortality in NSTE-ACS, although their use is universally accepted. UA studies that have evaluated them have been small and observational.128-132 Nitrates are associated with the improvement of both anginal and congestive symptoms, although they have no impact on mortality, infarction, or the need for revascularization.

Treatment is initiated in the emergency department, with sublingual administration (nitroglycerin, mononitrate, or isosorbide dinitrate). If rapid pain relief does not occur, these patients may benefit from intravenous administration (nitroglycerin and isosorbide mononitrate are available in Brazil).

Nitrates are contraindicated in the presence of significant arterial hypotension (systolic blood pressure [SBP] < 100 mmHg), the use of sildenafil in the last 24 hours, or the use of tadalafil in the previous 48 hours. A common side effect is a headache. The sublingual use of nitroglycerin (0.4 mg tablet), isosorbide dinitrate (5 mg tablet), or isosorbide mononitrate (5 mg tablet) should not exceed three tablets, administered at 5-min intervals. Intravenous nitroglycerin is used at a dose of 10 µg/min in increments of 10 µg every 5 min until symptoms improve, blood pressure is reduced (the drop in SBP should not exceed 30% or reach < 110 mmHg), or the heart rate increases (> 10% of baseline). Tolerance to the hemodynamic effects of this medication can be expected after the first 24 hours of use. Intravenous treatment should continue 24 to 48 hours after the last angina attack and should be suspended gradually.

Nitrates - Summary of recommendations and evidence
Sublingual nitrates can be used to relieve angina. I C
Intravenous nitrates can be used to control persistent angina, high blood pressure, or signs of congestion. I C
6.2.4.2. Beta-blockers

As with nitrates, few controlled clinical trials have been conducted on beta-blockers in UA. Evidence for their beneficial effects is based on their mechanism of action, the results of small controlled clinical trials, and the extrapolation of results from studies on stable angina and STEMI. Beta-blockers competitively inhibit the effects of circulating catecholamines. In UA, their benefits are related to their action on beta-1 receptors. They decrease heart rate, blood pressure, and myocardial contractility, causing reduced myocardial oxygen consumption. Despite the lack of large-scale randomized trials evaluating their action on hardclinical outcomes, such as mortality in patients with NSTE-ACS, these drugs, together with nitrates, are considered agents of the first choice for ACS treatment the emergency department in patients without contraindications. Only a few small studies have compared beta-blockers with placebo in UA.133-135 Although no mortality-reducing effect was found, a meta-analysis of five small studies 136 on beta-blocker therapy in 4,700 UA patients showed a 13% reduction in the relative risk of progression to AMI. A Brazilian study in patients with NSTE-ACS found a significant association between oral beta-blocker therapy in the first 24 hours of hospitalization and lower in-hospital mortality, regardless of LV dysfunction.137

Despite involving patients with STEMI, the COMMIT trial 138 suggested that the routine use of a high intravenous dose of beta-blocker followed by oral administration could increase the incidence of cardiogenic shock, mainly when used in the first 24 to 48 hours or in patients with LV dysfunction or risk factors for cardiogenic shock (age over 70 years, heart rate > 110 bpm/min or systolic pressure < 120 mmHg). Although no randomized clinical trial specifically for a population with NSTE-ACS has been conducted, a database study with more than 20,000 patients found results similar to the COMMIT study.139

Thus, the routine use of oral beta-blockers is recommended in patients without contraindications (Part 2 of this Guideline provides further details). If the patient has persistent ischemic pain and/or tachycardia (non-compensatory), the intravenous formulation can be used. Various therapeutic regimens can be used depending on the selected beta-blocker. There is no evidence that one beta-blocker is superior to others. Beta-blockers (carvedilol, bisoprolol, and metoprolol succinate) are highly recommended for patients who develop ventricular dysfunction (LVEF <40%) without pulmonary congestion.

The following is a dosage list for metoprolol and atenolol, the most commonly used beta-blockers in Brazil:

Metoprolol: Intravenous – 5 mg (1 to 2 min) every 5 min until a maximum dose of 15 mg is reached.

Oral - 50 to 100 mg every 12 hours, beginning 15 min after the last intravenous dose.

Atenolol: Intravenous – 5 mg (1 to 2 min) every 5 min until a maximum dose of 10 mg is reached.

Oral - 25 to 50 mg every 12 hours, beginning 15 min after the last intravenous dose.

During intravenous administration, careful monitoring of heart rate, blood pressure, ECG, and pulmonary auscultation should be performed.

Beta-blockers should not be used during acute intoxication in patients with symptoms of vasospasm due to cocaine use. In patients with asthma or chronic obstructive pulmonary disease, beta-blockers are contraindicated only in the presence of bronchospasm; in such cases, beta-1 selective beta-blockers are recommended.

Beta-blockers - Summary of recommendations and evidence
Administer oral beta-blockers in the first 24 hours to patients without contraindications (signs of HF, low output symptoms, increased risk of cardiogenic shock, or other contraindications to beta-blockers). IIa B
Administer intravenous beta-blockers in intermediate- and high-risk patients with persistent ischemia, tachycardia, and hypertension provided that they do not show clinical/radiological signs of HF. IIb B
Administer intravenous beta-blockers to patients with risk factors for cardiogenic shock. III A
6.2.5. Initial Antithrombotic Therapy (Ambulance/Emergency Department)
6.2.5.1. Oral Antiplatelet Therapy

The phenomenon of coronary atherosclerotic plaque instability, a recognized mechanism of ACS, results from rupture or erosion, with subsequent platelet activation and thrombosis.140

This concept has guided advances in antiplatelet therapy and the current idea of dual therapy with ASA and P2Y12 inhibitors in patients with ACS, determining which should receive invasive strategy and the initially proposed clinical treatment.141

The characteristics of and scientific evidence for antiplatelet drugs are described in detail in Part 2. However, a critical decision in the emergency department is for the time for beginning P2Y12 inhibitors, particularly in patients undergoing early invasive strategy with cardiac catheterization and PCI. The term "pre-treatment" generally refers to administering P2Y12 inhibitors before determining the coronary anatomy, either in the ambulance or the emergency department.

6.2.5.1.1. The Basics of Pretreatment with P2Y12 Inhibitors

The goal of pre-treatment with a second potent antiplatelet agent in NSTE-ACS is to achieve effective platelet inhibition and prevent further aggregation, which would prepare the patient for invasive strategy, potentially reducing the extent of thrombosis, as well as the risk of recurrent AMI and PCI-related complications, such as stent thrombosis and periprocedural infarction.142

In contrast, pre-treatment involves an increased risk of bleeding, associated or not with coronary artery bypass surgery. This factor is associated with a relevant increase in morbidity and mortality in ACS.143-145

One important issue is determining the minimum time required for clinically useful action, knowing that even the most potent oral antiplatelet agents need at least 30 to 60 minutes for effective platelet inhibition, thus providing "appropriate pretreatment" before catheterization and PCI.146-149

Following pretreatment with P2Y12 inhibitors, a second antiplatelet agent was used in the CURE (clopidogrel)150,151 and PLATO (ticagrelor) trials;152,153 in the TRITON trial, prasugrel was only administered after the coronary anatomy had been determined.154

6.2.5.1.2. Comparative Studies on Pretreatment vs. Second Antiplatelet Use in the Catheterization Unit

The ARMYDA-5 PRELOAD trial assessed clopidogrel pretreatment in NSTE-ACS (n = 409) and stable angina patients and found no reduction in adverse cardiovascular events in either group.155

The CREDO trial was designed to assess the benefits of pretreatment with clopidogrel and ASA in patients undergoing PCI. In this controlled trial, 2116 patients (39% with ACS and 61% with stable CAD) received 300 mg of clopidogrel (n = 1053) or placebo (n = 1063) 3 to 24 hours before PCI. The average time between the loading dose of clopidogrel and PCI was 9.8 hours, with 51% and 49% of the patients receiving the loading dose 3 to 6 hours and 6 to 24 hours before PCI, respectively. No significant reduction was found in the combined outcome (death, infarction, or urgent revascularization of the target vessel) in 28 days. However, when analyzed according to treatment time (3 to 6 hours, 6 to 12 hours, or 12 to 24 hours before PCI), a significant interaction was observed: clopidogrel pretreatment < 6 hours before PCI had no effect, but treatment 6 to 12 hours and 12 to 24 hours before PCI resulted in 35.5% and 40.1% relative reductions in the combined final outcome, respectively. These findings support the hypothesis that clopidogrel requires more time to act when used as a pretreatment.156

The ACCOAST clinical trial (n = 4,033) was a randomized, multicenter controlled study that compared administration of 60 mg of prasugrel in the catheterization room at the time of PCI versuspretreatment with 30 mg of prasugrel and a second 30 mg dose during coronary angiography within 2 to 48 hours after randomization.157 The primary composite endpoint was death from cardiovascular causes, AMI, stroke, urgent revascularization, or rescue therapy with GP IIb/IIIa inhibitors by the seventh day. PCI was performed in 69% of the patients, a mean of 4.3 hours after the initial loading dose. Only 9% of the patients had a GRACE score > 140. The incidence of the primary endpoint at seven at 30 days did not differ significantly between the pretreatment and placebo groups (10.0% vs. 9.8%, hazard ratio [HR] 1.02, 95% CI 0.84-1.25, p = 0.81). A higher rate of major bleeding (related or not to CABG) was found in the pretreatment group (HR, 1.90; 95% CI, 1.19-3.02; p = 0.006). The rates of major bleeding (TIMI) or life-threatening bleeding unrelated to CABG were 3 and 6 times higher in the pretreatment and placebo groups, respectively. Half of all episodes were related to urgent revascularization surgery, and half of the major bleeding events unrelated to CABG were caused by vascular bleeding at the access site.

The DUBIUS randomized clinical trial evaluated 1,449 NSTE-ACS patients whose coronary angiography was scheduled within 72 hours, comparing pretreatment with ticagrelor versus. a second antiplatelet agent, either prasugrel or ticagrelor (randomization 1:1), administered in the hemodynamics unit in patients indicated for PCI.158 The population had a moderate ischemic risk profile (mean GRACE score = 122) and did not have a high hemorrhagic risk (mean CRUSADE score = 22). Pre-specified interim futility analysis guided early interruption of the study. After 30 days, the primary outcome, i.e., death due to vascular causes, non-fatal infarction or non-fatal stroke, and hemorrhagic phenomena (Bleeding Academic Research Consortium [BARC] types 3, 4, and 5), did not differ significantly between the groups (2.9% and 3.3%, respectively, for no pretreatment vs. pretreatment). This finding was consistent in the subgroup that underwent PCI (72% of the population); the meantime until PCI was 23.3 hours, which was notably longer than the ACCOAST study (4 hours). The findings, however, were similar to those who underwent coronary angiography after 24 hours. An original strategy of this study was that the non-pretreatment group still received ticagrelor, although a drug comparison could not be performed. Despite the analysis limitations due to early interruption, pretreatment in NSTE-ACS with invasive handling showed no benefits, although the results indicate that an individualized choice of drugs is possible in the hemodynamics unit.

6.2.5.1.3. Pretreatment Data in Meta-analysis

A meta-analysis that included 16 studies, including 61,517 patients with ACS with or without ST-segment elevation, found a significantly lower incidence of major adverse cardiac events in the subgroup with NSTE-ACS allocated to pretreatment with clopidogrel (OR = 0.83; 95% CI 0.71- 0.96, p = 0.01), and no increase in major bleeding in patients who underwent PCI within 48 hours.159

Another meta-analysis of 23 studies and 60,907 patients aimed to compare the efficacy and safety of P2Y12 inhibitors (clopidogrel, ticagrelor, and prasugrel) administered at two different periods compared to PCI: early (< 2 hours pre-PCI) vs. late (> 2 hours pre-PCI or post-PCI). In studies that included patients with NSTE-ACS pretreatment with ticagrelor or prasugrel showed no benefit, but prasugrel increased the risk of bleeding in this population.160

As previously explained, the routine use of a second oral antiplatelet agent in the initial treatment of NSTE-ACS has shown no clear benefits, especially for invasive strategies in emergencies, where the drug can be determined in the catheterization room. However, pretreatment can be considered in patients without a critical hemorrhagic risk, with moderate or high ischemic risk, when a coronary angiography has been scheduled, or during initial conservative treatment in full anti-ischemic therapy.

The challenge of balancing ischemic and bleeding risks requires a personalized approach to the use and type of second antiplatelet. The patient's clinical characteristics, the availability of coronary angiography, efficacy and safety data, and the pharmacodynamic properties of P2Y12 inhibitors available in Brazil must be considered. However, it should be pointed out that prasugrel is contraindicated for pretreatment when the coronary anatomy has not yet been determined. Although any P2Y12 inhibitor can be used in the catheterization room, in the absence of contraindications, prasugrel or ticagrelor are preferred due to their rapid onset and greater antithrombotic efficacy. Clopidogrel can be used when there is a very high hemorrhagic risk (Figure 1.6).

Figura 1.6. Initial antithrombotic therapy in non-ST-elevation acute coronary syndromes. CC: cardiac catheterization; HU: hemodynamics unit; SC: subcutaneously; UFH: unfractionated heparina.

Figura 1.6

Initial antiplatelet therapy - Summary of recommendations and evidence
In all patients without contraindications, ASA should be used in the emergency department as early as possible at an initial dose of 150 to 300 mg (in patients who have not previously used it) and a maintenance dose of 75 to 100 mg. I A
A P2Y12 inhibitor is recommended in addition to ASA, except when contraindicated or when there is an increased risk of bleeding. I A
Pretreatment with a P2Y12 inhibitor is recommended in unstable and/or high-risk patients indicated for immediate invasive strategy; it is recommended for use in the catheterization room when coronary anatomy has been determined, and PCI has been scheduled. I B
There is no routine indication for P2Y12 inhibitors as a pretreatment in patients indicated for early invasive strategy (< 24 h). I B
In patients with no history of previous stroke or transient ischemic loading (TIA), prasugrel (loading dose) should be used in the hemodynamics unit only after angiography and if the coronary intervention has been scheduled I B
Ticagrelor (loading dose) should be used regardless of the initial strategy (conservative or invasive). I B
Clopidogrel (loading dose) should be used regardless of the initial strategy (conservative or invasive) when ticagrelor or prasugrel is unavailable or contraindicated. I B
In patients allergic to ASA, initial monotherapy with a P2Y12 inhibitor (preferentially ticagrelor or prasugrel) is recommended. I C
Clopidogrel (loading dose) should be used regardless of the initial strategy (conservative or invasive) in patients at very high risk of bleeding or who need long-term oral anticoagulation. IIa C
Prasugrel can be used in the pretreatment III
6.2.5.2. Glycoprotein IIb/IIIa Inhibitors

Activation of platelet surface receptors, called GP IIb/IIIa, is the final mechanism of platelet aggregation. It results from a morphological alteration in the receptor, which increases its affinity to bind to fibrinogen, a protein that acts as a bridge between two platelets. These drugs have been used in clinical situations that have great potential for platelet activation, such as complex PCIs and thrombotic complications, e.g., no-reflow after angioplasty.

Abciximab is a monoclonal antibody that acts as a non-competitive and irreversible GP IIb/IIIa inhibitor. It has a short plasma half-life of 5 to 10 minutes, and its biological half-life is 6 to 12 hours after injection of an isolated bolus. These therapeutic doses block 80% to 90% of surface receptors. Fifty percent of these receptors still remain blocked one week after use. The recommended dose is 0.25 mg/kg in a bolus, followed by 0. 25µg/kg for 12 hours.

Tirofiban, a synthetic derivative, is a non-peptide, small molecule GP IIb/IIIa inhibitor whose molecular structure includes the RGD sequence (arginine-glycine-aspartate), an integrin recognition site present in adhesive proteins of fibrinogen, von Willebrand factor, vetronectin, etc. Tirofiban also acts competitively at GP IIb/IIIa receptors, preventing them from binding to fibrinogen. The recommended dose is 0.4 µg/kg/min for 30 min, followed by a maintenance dose of 0.11 µg/kg/min for 12 to 24 hours after the procedure (maximum 96 hours). If the first administration is in the catheterization room, it should begin at a dose of 1010 µg/kg, administered in a bolus in 3 minutes, followed by 0.15 µg/kg/min.

The efficacy of abciximab and tirofiban is comparable when a large bolus of tirofiban (25 µg/kg) is injected. However, abciximab is superior to tirofiban when used with a normal bolus of 10g/kg.161,162

Generally speaking, GP IIb/IIIa inhibitors tend to increase bleeding risk, and thrombocytopenia, although rare, is a non-negligible complication.

In patients with NSTE-ACS who undergo essentially "conservative" strategies (i.e., without early intervention), the use of GP IIb/IIa inhibitors is based on studies in which, in addition to heparinization, platelet activation was systematically antagonized only by ASA.163-170 A meta-analysis of > 30,000 patients found a 9% reduction in the relative risk of death or infarction at 30 days of follow-up (p = 0.015) with beta-blockers,169 although the benefits were restricted to higher-risk patients, mainly with elevated troponin and/or depressed ST-segment and/or undergoing PCI (24% at 30 days of follow-up).

Several studies have tested the role of GP IIb/IIIa inhibitors in patients undergoing PCI.171-177 The results of these studies are more homogeneous, invariably demonstrating benefits, although there is a significant increase in bleeding. It should be noted that these studies did not involve routine use of thienopyridine upon patient arrival at the hospital. A meta-analysis of studies that analyzed the role of GP IIb/IIIa inhibitors in ACS patients with or without ST elevation found, in addition to significant decreases in death and (re) infarction (p <0.0001), a 21% decrease (95% CI: 0.64-0.67) in the relative risk of death at six months of follow-up.178

The ISAR-REACT-2 trial involved 2,022 patients with NSTE-ACS who received dual antiplatelet therapy (DAPT) with ASA + clopidogrel, adding abciximab was compared to placebo. Abciximab was associated with a lower incidence of the composite outcome, including death, AMI, and urgent revascularization (risk ratio [RR] 0.75; CI 0.58-0.97; p = 0.03), and no significant increase in serious or non-serious hemorrhagic outcomes. It should be pointed out that abciximab only benefitted individuals with troponin elevation.179

The ACUITY-Timing trial included 9207 patients with NSTE-ACS (98% with pre-angiography ASA and 65% with pre-angiography P2Y12 inhibitor) and investigated the best time to administer GP IIb/IIIa inhibitors, randomizing patients to the routine early tirofiban or eptifibatide in the emergency room before coronariography versus the selective use at the cath lab whenPCI is about to be performed. It was found that the routine use of GP IIb/IIIa inhibitors did not reduce ischemic outcomes, and the incidence of significant bleeding increased significantly (RR = 0.80, p < 0.001).180

Similar results were found in the EARLY-ACS study, in which 9,492 patients with NSTE-ACS were randomized to platelet anti-aggregation with eptifibatide before catheterization vs. selected use before angioplasty (based on angiographic aspects). Again, the routine use of GP IIb/IIIa inhibitors did not reduce ischemic complications and increased the incidence of bleeding, as well as the need for transfusions.181

Based on this body of evidence, the use of GP IIb/IIIa inhibitors as a third antiplatelet agent should be reserved for patients who do not have a high risk of hemorrhaging but are at high ischemic/thrombotic risk according to clinical and angiographic criteria.

6.2.5.3. Anticoagulants

Anticoagulant therapy should be administered as quickly as possible to all patients with NSTE-ACS since the use of these compounds reduces the incidence of AMI and death when used within hours of diagnosis.182

The choice and timing of the anticoagulant are determined by the treatment strategy (invasive or conservative), the severity of the clinical presentation, and the particularities of each hospital department. In patients with an initial conservative treatment, enoxaparin or fondaparinux is preferential. The recommended doses are shown in Table 1.9. Enoxaparin should not be administered to patients with creatinine clearance < 15 mL/min, and fondaparinux should not be administered to patients with creatinine clearance < 20 mL/min. For patients whose clearance is between 15 and 30 mL/min and in obese patients (BMI > 30 kg/m² or weight > 100 kg), the enoxaparin usage guidelines recommended anti-factor Xa monitoring to minimize the risk of excessive doses and severe bleeding.183-185

Table 1.9. Anticoagulant dosage according to renal function.
Medication Recommendation
Normal renal function or stage 1-3 CRF (creatinine clearance ≥ 30 mL/min/1.73 m²) Stage 4 CRF (creatinine clearance between 15 and 29 mL/min/1.73 m²) Stage 5 CRF (creatinine clearance < 15 mL/min/1.73 m²)
Unfractionated heparin Before coronary angiography: 60 to 70 IU/kg IV bolus (max. 5000 IU) and infusion (12 to 15 IU/kg/h) with PTT target 1.5-2.5 × controlDuring coronary angiography: 70 to 100 IU/kg IV in non-anticoagulated patients or 50 to 70 IU/kg if concomitant use with GP IIb/IIIa inhibitors No dose adjustment No dose adjustment
Enoxaparin 1 mg/kg SC every 12 h> 75 years: 75% of the dose 1 mg/kg every 24 h Not recommended
Fondaparinux 2.5 mg SC every 24 h Not recommended if clearance < 20 mL/min/1.73 m² Not recommended

CRF: chronic renal failure; IV: intravenously; PTT: Partial thromboplastin time; SC: subcutaneously.

In morbidly obese patients, pharmacodynamic studies and observational data identified a frequent need for dose adjustment according to anti-factor Xa level to achieve the therapeutic goal (BMI > 40 kg/m²), which suggests the usefulness of monitoring when available.186,187

However, in the CRUSADE registry, which assessed obese patients with ACS, a standard dose of enoxaparin (1 mg/kg/weight) in patients > 150 kg was associated with a greater risk of bleeding than in a subgroup of patients between 120 and 150 kg. (11.4% vs. 5.6%, p < 0.001). UFH is an alternative for these patients.188,189

Enoxaparin, fondaparinux, and UFH are options for invasive strategy. Despite the fact that enoxaparin and UFH had similar efficacy in the SINERGY study, for very high-risk patients who require immediate catheterization, using UFH in the emergency department or, preferably, in the catheterization room can prevent crossing over from enoxaparin to UFH and the greater hemorrhagic risk that results from this practice.190

For other patients, the choice should be guided by the patient's ischemic and hemorrhagic risk and the department's own experience.

Enoxaparin is preferred to UFH because systematic review data from randomized trials across the ACS spectrum show that enoxaparin is more effective than UFH at preventing the composite outcome of all-cause mortality or severe bleeding in patients with NSTE-ACS who undergo PCI.191-193

Fondaparinux is a safe option for non-invasive treatment. If catheterization is subsequently indicated, UFH is recommended during the procedure due to the risk of catheter thrombosis.194,195

Patients who have previously used direct-acting oral anticoagulants (DOAC) in ACS should be handled with caution to avoid increasing the risk of hemorrhage. There is no evidence that early parenteral anticoagulation or PCI can be performed. In urgent situations, PCI should be performed regardless of when the last dose of DOAC was administered. The procedure should be postponed in patients with lower ischemic risk. In patients with normal renal function (creatinine clearance > 50 mL/min), the effect of DOAC is reduced 24 hours after the last dose. In patients with renal dysfunction, this period is 48 hours. Thus, the patient can undergo PCI with less risk of bleeding. Parenteral anticoagulation is indicated in patients who undergo emergency PCI regardless of when the last dose of DOAC was administered.196

For hemodynamic/PCI examinations, it has been shown that the radial approach is the most effective strategy to reduce bleeding, resulting in reduced mortality in patients with ACS.197

Anticoagulants - Summary of recommendations and evidence
UFH should be used in patients with severe renal dysfunction (clearance < 15 mL/min). I A
Enoxaparin should be used until revascularization (for eight days or until hospital discharge). I A
Fondaparinux can be used for eight days or until hospital discharge as an alternative to enoxaparin, especially in patients at high bleeding risk. I B
In patients using fondaparinux, administer UFH 85 IU/kg intravenously at the time of PCI or 60 IU/kg in those receiving GP IIb/IIIa inhibitors. I B
UFH should be used in patients weighing > 150 kg. IIa B
Enoxaparin is preferable to UFH in patients with a clearance ≥ of 15 mL/min/1.73 m²), unless myocardial revascularization surgery is planned within 24 h. IIa B
UFH is preferred in emergency patients who require hemodynamic study. IIa C
Heparin cross-over (UFH and enoxaparin). III
Enoxaparin can be used in patients with creatinine clearance < 15 mL/min and weight > 150 kg. III
Fondaparinux can be used in patients with creatinine clearance < 20 mL/min. III
Fondaparinux can be used alone in PCI. III

Part 2 – Treatment During Hospitalization

1. Hospitalization and Coronary Care Unit Discharge

Patients with intermediate- and high-risk NSTE-ACS should remain hospitalized in a coronary care unit whenever possible until the definitive treatment is implemented. After the PCI is completed, the patient must return to the coronary care unit and remain for 12 to 24 hours if there are no complications. Post-PCI complications are serious outcomes, such as occlusion of the target vessel, the need for emergency revascularization surgery or a new unscheduled PCI, recurrent angina, and death. When a CABG procedure is indicated, patients should remain hospitalized (ICU or Coronary Unit) until surgery is performed. When intravenous drug treatment is indicated, patients should remain in the coronary care unit until they are stable and can be discharged and prescribed oral medications.

2. Nitrates

No controlled clinical trials have tested the effects of nitrates on clinical outcomes and mortality in UA, although their use is universally accepted; only small and observational studies have investigated them.128-130,198 Borzak et al. evaluated the effects of pre and in-hospital antianginal medication (calcium antagonists, beta-blockers, and nitrates) on clinical outcomes, mortality, and non-fatal myocardial infarction in 410 patients. No benefits were found. Multivariate analysis also showed no correlation with the incidence of death, nonfatal infarction, or recurrent angina.199

Hospital nitrates - Summary of recommendations and evidence
Nitrates should be used in intermediate- and high-risk patients who remain symptomatic or to control blood pressure. I C
Use associated with arterial hypotension, right ventricular infarction. Use of the phosphodiesterase inhibitors sildenafil and vardenafil within 24 h and tadalafil within 48 h (20 mg dose). III A

3. Beta-blockers

Clinical experience with beta-blockers is limited to small controlled clinical studies whose results are extrapolated to patients with UA and STE-ACS. Despite the lack of large-scale randomized studies, beta-blockers, such as nitrates, are widely used. Further details about this drug class are provided in Part 1.

4. Calcium Channel Antagonists

Calcium channel antagonists are a heterogeneous class of drugs, some of which act as negative regulators of chronotropism and coronary vasodilators. Their anti-ischemic action occurs by reducing calcium influx through the cell membrane, which reduces myocardial contractility, vascular tone, atrioventricular (AV) conduction, and sinus node activity.

These agents differ in terms of their ability to produce arterial vasodilation, reduce myocardial contractility, and delay AV conduction. Their beneficial effects in NSTE-ACS are due to a combination of decreased myocardial oxygen consumption, afterload, myocardial contractility, and heart rate, in addition to increased oxygen supply to the myocardium due to coronary vasodilation. Coronary vasodilation among different agents is similar. Dihydropyridines cause greater peripheral arterial vasodilation and tend to produce reflex tachycardia (more evident with short-acting nifedipine); verapamil and diltiazem tend to cause bradycardia by reducing chronotropism and dromotropism, which can lead to atrioventricular block (most evident with verapamil). These drugs should generally be avoided in patients with impaired LV function and/or changes in atrioventricular conduction. Water retention is another side effect that usually appears only after prolonged use.

Calcium channel antagonists are as effective as beta-blockers for controlling symptoms.200,201 However, they do not reduce the incidence of refractory angina, infarction, or death; on the contrary, a meta-analysis suggests that they increase the incidence of these complications.202 So far, only first-generation representatives have been assessed in UA. Although these deleterious results were observed in all tested classes of calcium antagonists 135,136,203, conclusive data on dihydropyridines do not exist. On the other hand, in patients with NSTEMI, there is evidence that diltiazem and verapamil (which are not associated with induced tachycardia) may have a protective effect.204,205 These agents can be used to control refractory ischemic symptoms in patients already using nitrates and beta-blockers in appropriate doses or in patients who cannot tolerate these drugs (especially in cases of contraindication), or even in cases of variant angina of Prinzmetal. However, the routine use of calcium channel antagonists is not recommended, and fast-acting nifedipine is particularly contraindicated.

Calcium channel antagonists - Summary of recommendations and evidence
Use in intermediate- and high-risk patients. Non-dihydropyridine derivatives can be used in patients contraindicated to beta-blockers and without LV dysfunction. I B
Use in patients with variant angina of Prinzmetal. I B
Long-acting dihydropyridines can be used in patients with refractory ischemia and without ventricular dysfunctionwho are taking appropriate doses of nitrates and beta-blockers. IIa B
Dihydropyridine derivatives (rapid onset) can be used in high-risk patients who are taking appropriate doses of beta-blockers. IIb B
Dihydropyridine derivatives (rapid onset) can be used in patients who are not taking appropriate doses of beta-blockers. III B

5. Antiplatelet Drugs

5.1. Acetylsalicylic acid

ASA is the antiplatelet drug of choice and should always be prescribed, except in cases of intolerance or adverse events.206-209 Its importance in NSTE-ACS treatment is based on studies published in the 1980s,210,211 which, for the most part, had relatively small samples and a low outcome incidence. However, in general, they found that ASA clearly reduced non-fatal AMI and mortality in the short and medium terms.

The recommended dosage for ASA is 150 to 300 mg for the loading dose, followed by 75 to 100 mg daily for the maintenance dose. In one of its arms, the CURRENT OASIS-7 trial tested a high maintenance dose of ASA in patients with ACS (about 70% of patients without ST elevation). There was no difference between the normal (75 to 100 mg per day) and high maintenance doses (300 to 325 mg/day) for serious cardiovascular events (mortality, non-fatal AMI, or stroke, p = 0.61). There was also no difference regarding the occurrence of severe bleeding (p = 0.90).212

5.2. P2Y12 Inhibitors

Thienopyridine derivatives (clopidogrel and prasugrel) are platelet-activating antagonistic drugs mediated by adenosine diphosphate (ADP). They irreversibly inhibit P2Y12 platelet receptors, reduce the level of circulating fibrinogen, and partially block GP IIb/IIIa receptors, impeding binding to fibrinogen and von Willebrand factor. In addition to ticagrelor (derived from cyclopentyltriazolopyrimidine, a non-thienopyridine agent), a reversible inhibitor of ADP-induced platelet aggregation, these are the three platelet receptor P2Y12 inhibitors currently available in Brazil and should preferably be used in association with ASA.

5.2.1. Clopidogrel

CURE, the first large clinical trial to test the role of clopidogrel in addition to ASA in NSTE-ACS, followed more than 12,000 patients for 3 to 12 months (average of 9 months). At the end of follow-up, there was a 20% reduction (RR 0.80; 95% CI 0.72-0.89; p = 0.00005) in the incidence of events (cardiovascular death, AMI or stroke) in the clopidogrel group + ASA vs. the placebo + ASA group, at the expense of increased bleeding incidence in the clopidogrel + ASA group (RR 1.38, p = 0.001).213 The beneficial effects of DAPT occurred in patients of all risk levels. Other CURE analyses demonstrated that DAPT would benefit both surgical myocardial revascularization patients and patients receiving isolated drug treatment.214

Based on ACS studies and a study that focused primarily on PCI215, DAPT becomes imperative when NSTE-ACS patients are treated with PCI. In the context of ACS, the CURE sub-study (PCI-CURE),151 , and the CREDO study have been developed.156

Due to clopidogrel's limitations regarding metabolism and drug interactions, a double dose was also tested in the CURRENT OASIS-7 trial.216 In this study, 25,086 invasive strategy ACS patients (71% without ST elevation) were randomized to receive a double dose of clopidogrel (600 mg loading dose followed by 150 mg daily for 6 days and 75 mg daily after the first week) or the usual dosage (300 mg loading dose followed by 75 mg daily). At the end of 30 days, there was no significant difference in the primary outcome (cardiovascular death, non-fatal AMI, or stroke) between groups (HR 0.94; 4.2% vs. 4.4%, p = 0.30). However, the double dose was associated with a significant increase in major bleeding (HR 1.24; 2.5% vs. 2%, p = 0.01). In a pre-specified analysis,212 considering only patients treated with PCI (n = 17,263), there was a 14% reduction in the primary composite outcome at 30 days (HR 0.86; 3.9% vs. 4.5 %, p = 0.039, number needed to treat = 167), in addition to a significant reduction in definite stent thrombosis (HR 0.54; 0.7% vs. 1.3%, p = 0.0001), although there was a higher incidence of severe bleeding (HR 1.41; 1.6% vs. 1.1%, p = 0.009, number needed to harm = 200). Considering the high number needed to treat, a cautious assessment of the patient's prior bleeding risk is recommended when determining the dose.

Patients who do not reach the expected level of platelet inhibition with clopidogrel are referred to as having a “poor response” (or “resistance”). This is identified byin vitro laboratory tests that quantify the intensity of platelet aggregation mediated by ADP. Poor clopidogrel response has been consistently associated with a higher incidence of thrombotic events, especially in patients undergoing PCI with stenting.217-219 Currently, three main factors are related to poor clopidogrel response: 1) genetic variability, characterized by polymorphisms associated with cytochrome P450 enzymes involved in the hepatic metabolization process, notably CYP2C19;220 2) changes in intestinal absorption related to P-GP expression in intestinal epithelial cells;221 3) concomitant use of other drugs that could interfere with liver metabolism mediated by cytochrome P450 enzymes, such as ketoconazole (which inhibits cytochrome P450 and reduces the action of clopidogrel) and rifampicin (which stimulates cytochrome P450 and enhances the action of clopidogrel).

Several in vitro studies have indicated that platelet inhibition is reduced when proton pump inhibitors are associated with clopidogrel, which could be especially frequent with omeprazole.222-225 However, studies analyzing ischemic events showed conflicting results,226-228, as well as an association between increased ischemic events and the use of clopidogrel + proton pump inhibitors. A subanalysis of the TRITON trial found no association,229, and a similar subanalysis of the PLATO trial230 found a greater incidence of ischemic events in both the clopidogrel and ticagrelor groups when taken with proton pump inhibitors. More recently, the TRILOGY trial found that among ACS patients who did not undergo myocardial revascularization, proton pump inhibitors did not affect the antiplatelet response in the prasugrel or clopidogrel groups although they were associated with a lower incidence of infarction in the prasugrel group.228

COGENT, the only randomized clinical trial that has directly tested such a hypothesis,231 evaluated 3761 patients indicated for DAPT for at least 12 months (clopidogrel + omeprazole group vs. a clopidogrel + placebo group). However, this study was stopped early due to funding issues and an insufficient number of patients for follow-up (i.e., a very small number of events were obtained), which significantly compromised its statistical power. In any case, until the study was interrupted, there was no significant difference in the incidence of ischemic events (4.9% in the clopidogrel + omeprazole group vs. 5.7% in the clopidogrel + placebo group, p = 0.96). As expected, a higher incidence of digestive bleeding was observed in the placebo group (2.9% vs. 1.1%, p < 0.001). Thus, considerable research suggests that, in principle, using PPIs (mainly omeprazole) in conjunction with clopidogrel should be avoided. Patients at increased risk of gastrointestinal bleeding (history of gastrointestinal bleeding, diagnosed peptic ulcer, Helicobacter pylori infection, age ≥ 65 years, and concomitant use of anticoagulants or steroids) may receive H2-receptor blockers (e.g., ranitidine). If a PPI is necessary, pantoprazole is suggested, whose metabolism via cytochrome P450 is less pronounced.

Therefore, clopidogrel is indicated in NSTE-ACS when there is a moderate to high risk of new ischemic events. Administration consists of a loading dose of 300 mg and a maintenance dose of 75 mg daily. In patients undergoing PCI and with a low risk of bleeding, a loading dose of 600 mg, with a maintenance dose of 150 mg in the first 7 days and 75 mg/day afterward, can be considered. The drug must be used for 12 months, regardless of the treatment received (clinical, percutaneous, or surgical). When elective surgical revascularization is indicated, clopidogrel should be discontinued at least 5 days before the procedure due to the risk of bleeding. Since there is no evidence that adjusting antiplatelet therapy by assessing platelet aggregability is superior to standard antiplatelet therapy, this strategy should only be used in special situations.232-233 Due to clopidogrel's limitations, new drugs have been developed to obtain faster, more effective, andd more consistent platelet aggregation inhibition.

5.2.2. Prasugrel

Prasugrel is a newer generation thienopyridine that fulfills these objectives, due basically to the fact that its metabolism is simpler than clopidogrel, involving only one phase of hepatic metabolism. As a consequence, its active metabolite reaches the plasma peak in just 30 minutes, in addition to having less interaction with medications metabolized by cytochrome P450.234

The TRITON trial included 13,608 ACS patients who had not recently used thienopyridine and had defined coronary anatomy (in patients with NSTE-ACS) and scheduled PCI. Of these patients, 74% presented with NSTE-ACS and a moderate or high risk of ischemic/thrombotic complications. Patients who were thrombocytopenic, anemic, or at high risk of bleeding were excluded. The patients were randomized to clopidogrel (300 mg loading and 75 mg daily maintenance) or prasugrel (60 mg loading and 10 mg daily maintenance) after coronary angiography and PCI indication, with a mean follow-up of 14.5 months. The primary efficacy endpoint, cardiovascular death, (re)infarction, and stroke, was 19% lower in the prasugrel group (RR 0.81; 12.1% vs. 9.9%, p < 0.001) than the clopidogrel group. Regarding secondary efficacy outcomes, the prasugrel group had a 24% reduction in AMI (RR 0.76; 9.5% vs. 7.3%, p < 0.001), a 34% reduction in urgent revascularization (RR 0.76; 3.7% vs. 2.5%, p < 0.001) and a 52% reduction in stent thrombosis(RR 0.48; 2.4% vs. 1.1%, p < 0.001).

In the prasugrel group, the safety outcome analysis showed a 32% increase in the incidence of major bleeding (according to the TIMI criterion) unrelated to revascularization surgery (RR 1.32; 1.8% vs. 2.4%, p = 0.03) and a 52% increase in life-threatening bleeding (RR 1.52; 0.9% vs. 1.4%, p = 0.01), in addition to a significant increase in fatal bleeding (RR 4.1; 0.1% vs. 0.4%, p < 0.002).

Overall, prasugrel had lower net benefits than clopidogrel in individuals with previous stroke or TIA (RR 1.54, p = 0.04), was neutral in individuals > 75 years of age or weighing < 60, kg and had higher net benefits in individuals < 75 years of age and weighing > 60 kg without previous stroke or TIA, (RR 0.8; p < 0.001).154

Applying the new AMI classification to the TRITON-TIMI results, Morrow et al. demonstrated that prasugrel was more effective than clopidogrel for reducing various types of infarction.235 Study sub-analyses showed favorable results to prasugrel in diabetic patients236 and in those who underwent myocardial revascularization surgery.237

Prasugrel was also evaluated in the TRILOGY trial, which included 9326 patients with NSTE-ACS and an additional risk factor (minimum age of 60, DM, history of AMI, PCI or myocardial revascularization), who did or did not undergo coronary angiography but were specifically indicated for clinical treatment (without myocardial revascularization after the index event for study entry). The patients were randomized to clopidogrel (300 mg loading dose with a 75 mg daily maintenance dose) or prasugrel (30 mg loading dose with a 10 mg daily maintenance dose if aged < 75 years, or 5 mg daily if aged ≥ 75 years or weighing < 60 kg). The patients were followed up for an average of 17 months, and the medication was used for an average of 15 months.238

Regarding the primary efficacy endpoint (cardiovascular death, AMI, or stroke), there was no significant difference between the prasugrel and clopidogrel groups (p = 0.21). There were also no significant differences between groups regarding the main safety outcomes (severe or life-threatening bleeding by the GUSTO criterion or severe bleeding by the TIMI criterion).

Finally, in the TRILOGY trial, approximately one-third of the patients underwent platelet aggregation analysis and, despite superior platelet aggregation inhibition in the prasugrel group, a significant association between platelet reactivity and ischemic/thrombotic events could not be determined.238

As with clopidogrel, if indicated, prasugrel should, in principle, be taken for 12 months. Prasugrel should be suspended at least 7 days before elective myocardial revascularization.

5.2.3. Ticagrelor

Ticagrelor also blocks ADP-induced platelet aggregation through P2Y12 inhibition, although it does not belong to the thienopyridine class. Ticagrelor is a cyclopentyltriazolopyrimidine with a half-life of approximately 12 hours and, unlike thienopyridines, its inhibition of P2Y12 receptors is reversible and does not depend on hepatic metabolism to initiate its action. With such characteristics, ticagrelor has a more intense, rapid, and consistent antiplatelet effect than clopidogrel.239

In the PLATO trial,152 approximately 18,000 patients admitted for intermediate- and high-risk ACS within 24 hours of symptom onset were randomized to receive ticagrelor (180 mg loading dose followed by a maintenance dose of 90 mg every 12 hours) or clopidogrel (300 mg loading dose followed by a maintenance dose of 75 mg daily). Patients who underwent PCI received an additional dose of 90 mg of ticagrelor and could, at the discretion of the investigator, receive an additional dose of 300 mg of clopidogrel. All patients, except when contraindicated, received ASA, and the study medication was continued for 12 months, regardless of the treatment strategy (PCI, surgical revascularization, or clinical treatment alone). In patients indicated for CABG, clopidogrel was discontinued 5 days before the procedure, while ticagrelor was discontinued 24 to 72 hours prior to surgery. The primary efficacy endpoint was the composite of death from vascular causes, non-fatal AMI or stroke in 12 months, while the primary safety endpoint was severe bleeding according to the study's own criterion. In the total sample, the prevalence of NSTE-ACS was approximately 60%, of whom approximately 43% had AMI without ST elevation, and 17% had intermediate- or high-risk UA. The median patient age was 62 years, with 15% older than 75 years. Approximately 64% underwent PCI, and 10% underwent CABG, with the remainder receiving clinical treatment alone. At the end of the study, the ticagrelor group had a significant reduction (16%) in the primary efficacy outcome (RR 0.84; 9.8% vs. 11.7%, p < 0.001). In separate analyses of composite outcome components (main secondary goals), there were significant reductions in the incidence of AMI (RR 0.84; 5.8% vs. 6.9 %, p = 0.005) and death from vascular causes (RR 0.79; 4.0% vs. 5.1%, p < 0.001), with no significant differences in stroke (p = 0.22). Regarding the primary safety outcome, there was no significant difference in the incidence of severe bleeding according to the study's criterion (HR = 1.04; p = 0.43) and the TIMI criterion (HR = 1.03, p = 0.57). Although there was no difference in the incidence of fatal bleeding (HR = 0.87; p = 0.66) or in the need for transfusions (HR = 1; p = 0.96), ticagrelor led to a slight but significant overall increase in fatal intracranial bleeding (0.1 vs. 0.01; p = 0.02) and major bleeding unrelated to CABG (4.5% vs. 3.8%, p = 0.03). There was a higher incidence of other adverse effects in the ticagrelor group. There was a significant increase in the occurrence of dyspnea (RR 1.84; 13.8% vs. 7.8%, p < 0.001), which, in general, was transient and led to drug cessation in less than 1% of patients. It is debated whether this side effect could be explained by increased plasma adenosine levels.240-242 There was also an increase in the incidence of transient bradycardia, with a significant increase in the ventricular pauses > 3 seconds in the first 7 days of medication use (5.8% vs. 3.6%, p = 0.01). However, this effect lost significance after 30 days of medication use (2.1% vs. 1.7%, p = 0.52).243 There was no overall difference between the groups regarding the need for pacemaker implantation or the occurrence of syncope or heart block.243 There was an increase in creatinine (10% vs. 8%) and uric acid levels (14% vs. 7%), which reverted 1 month after the end of treatment.244

The PLATO database provides data on several pre-specified subgroups, including diabetics245 chronic kidney disease,246 previous stroke,247 PPI use,230 initial invasive or conservative strategy,248 surgical myocardial revascularizations,249 the recurrence of events,250 cost-effectivenesses,251, etc. In summary, ticagrelor appears to be cost-effective, and the sub-analysis results were very close to those of the original publication, which included the entire population. The drug must be suspended at least 3 days prior to elective myocardial revascularization surgery.

More recently, ISAR-REACT 5, a multicenter, non-blinded randomized trial, compared the use of ticagrelor (180 mg at hospital arrival followed by 90 mg twice a day) vs. prasugrel (60 mg in the hemodynamics unit followed by 10 mg or 5 mg for patients ≥ 75 years of age or < 60 kg, respectively) in 4018 patients with ACS indicated for early invasive treatment (41.1% of AMI with supra and 58.9% of NSTE-ACS). The primary outcome (death, AMI, or stroke within 1 year of follow-up) occurred in 184 patients (9.3%) in the ticagrelor group and in 137 patients (6.9%) in the prasugrel group (HR 1.36; 95% CI, 1.09 to 1.70; p = 0.006). Major bleeding, the safety outcome, was similar in both groups: 5.4% in the ticagrelor group vs. 4.8% in the prasugrel group (HR 1.12; 95% CI, 0.83 to 1.51; p = 0.46). However, some study limitations should be pointed out: the study was open (not blinded); 90% of the patient contacts were made by telephone (83%) or letter (7%); neither medication was dispensed by the study (patients acquired them on their own); invasive stratification in NSTE-ACS was determined very quickly, which is not our practice; in the prasugrel group, the primary outcome occurred less frequently (6.9%) than in the TRITON TIMI 38 trial (9.9%) and well below what was estimated for this group (12.9%) in the sample calculation.252

5.3. Adjusting Antiplatelet Therapy According to Platelet Aggregation Tests or Genetic Tests

Three randomized clinical studies have sought to demonstrate the clinical impact of antiplatelet therapies in patients with poor response to clopidogrel. The GRAVITAS trial232 tested whether a high dose of clopidogrel (600 mg loading dose and 150 mg/day maintenance dose) would prevent cardiovascular events after PCI and drug-eluting stenting better than standard therapy (75 mg/day without a loading dose). Patients were selected according to high platelet reactivity to clopidogrel, which was assessed with the VerifyNow® P2Y12 assay. Of the 5429 patients initially assessed, 2214 (40.8%) had platelet hyperreactivity (via ADP) and were included in the study (40% diagnosed with NSTE-ACS). Despite a 22% overall reduction in the number of patients with continued platelet hyperreactivity (P2Y12 reaction unit value ≥ 230), treatment with a high dose of clopidogrel did not reduce the risk of death from cardiovascular causes, non-fatal AMI, or stent thrombosis in 6 months after PCI (HR 1.01, 95% CI 0.58 to 1.76, p = 0.97). There was also no increase in severe bleeding between groups. In the ARCTIC study,233 2440 patients with scheduled PCI and drug-eluting stent implantation (27% with NSTE-ACS) were randomized to two different platelet anti-aggregation strategies: a conventional strategy with ASA and P2Y12 inhibitors used at normal dosages and a monitored strategy in which the doses were adjusted according to the results of platelet aggregability determined through the VerifyNow® aspirin system and P2Y12 assay. Randomization, assessment of platelet reactivity, and intervention, when indicated in the monitored therapy group, were performed prior to the scheduled stent implantation procedure. The incidence of platelet hyperreactivity in clopidogrel patients was 34.5%, and resistance to ASA was observed in 7.6%. In the monitored therapy group, a new platelet function assessment was performed 2 and 4 weeks after stent implantation, and new therapeutic adjustments were made when necessary. In this new assessment, there was a significant reduction (15.6% vs. 34.5% [i.e., approximately 50%], p <0.001) in the number of patients with platelet hyperreactivity at the time of PCI, defined as a P2Y12 reaction unit value ≥ 235 or ≤ 15% platelet inhibition compared to control values. However, the primary outcome (all-cause mortality, AMI, stroke, TIA, emergency coronary revascularization, or stent thrombosis within 1 year) was 34.6% in patients who received monitored therapy and 31.1% in those treated conventionally (HR 1.13; 95% CI 0.98 to 1.29; p = 0.10). The rate of serious bleeding events also did not differ significantly between groups. In the ANTARTIC trial, older adults (age ≥ 75 years) undergoing PCI after ACS were randomized to a strategy guided by platelet aggregation assays vs. a conventional strategy. All patients were initially treated with prasugrel 5 mg and, in the guided therapy group, the dose could be increased to 10 mg in case of inadequate platelet inhibition (defined as P2Y12 reaction unit ≥ 208) or to 75 mg clopidogrel in case of excessive platelet inhibition (defined as P2Y12 reaction unit ≤ 85). The outcome consisted of cardiovascular death, stroke, infarction, urgent revascularization, stent thrombosis, or clinically relevant bleeding in 12 months (HR 1.00, 95% CI 0.78 to 1.29).253 Thus, antiplatelet therapy guided by aggregability tests should only be used in selected cases.

Regarding genetic tests, the POPular Genetics trial tested therapy guided by cytochrome 2C19 polymorphism testing. In this study, 2488 patients with ACS were randomized to a standard strategy with ticagrelor or prasugrel vs. a personalized strategy in which patients without polymorphisms (which leads to a loss of 2C19 function and, thus, have normal clopidogrel metabolism) received clopidogrel instead of the other two antiplatelet agents. The personalized strategy was not inferior to the conventional one for the composite outcome (death, infarction, stroke, stent thrombosis, or major bleeding), and it reduced major bleeding (HR 0.78; 95% CI 0.61 to 0.98; p = 0.04).254 The TAILOR PCI study included patients undergoing PCI (approximately 80% with ACS and 60% with NSTE-ACS) and assessed a therapy strategy guided by genotyping. This strategy was not superior to conventional treatment for reducing the composite outcome of cardiovascular death, infarction, stroke, stent thrombosis, or severe recurrent ischemia (HR 0.66; 95% CI 0.43-1.02; p = 0.06) in patients carrying the allele that leads to loss of 2C19 function (approximately 35% of included patients).255 Further studies, including cost-effectiveness analyses, are needed to confirm these results before a final decision is made about the routine use of genotyping.

Antiplatelet therapy - Summary of recommendations and evidence
ASA (162-300 mg loading dose, 81-100 mg/day maintenance dose) should be used in all patients, except when contraindicated, regardless of the treatment strategy, continuing indefinitely. I A
Thienopyridines can be used in patients with ASA intolerance. I B
Dual antiplatelet therapy can be used for 12 months after an acute event regardless of the initial strategy (clinical, percutaneous, or surgical) unless contraindicated. I A
Clopidogrel (300 mg loading dose, 75 mg/day maintenance dose) should be used in addition to ASA for 12 months in intermediate- or high-risk NSTE-ACS patients, in patients with a very high risk of bleeding, with concomitant use of oral anticoagulants, or when prasugrel or ticagrelor is not available. I B
Ticagrelor (180 mg loading dose, followed by 90 mg twice/day maintenance dose) should be used in intermediate- or high-risk NSTE-ACS patients, regardless of the subsequent treatment strategy (clinical, surgical, or percutaneous), rather than clopidogrel, for 12 months. I B
Prasugrel (loading dose 60 mg, followed by 10 mg daily) should be used rather than clopidogrel in intermediate- or high-risk NSTE-ACS patients with known coronary anatomy treated with PCI, and without risk factors for bleeding (age ≥75 years; with <60 kg; previous stroke or TIA) for 12 months. I B
In addition to ASA, clopidogrel (600 mg loading dose, followed by 150 mg daily for 7 days, and a subsequent dose of 75 mg daily) should be used in patients undergoing PCI who have a high risk of ischemic events and a low risk of bleeding. IIa B
Ticagrelor, prasugrel, or clopidogrel use should be resumed after coronary bypass surgery, as soon as it is safe. IIa B
Platelet aggregation tests or genetic tests (genotyping) should be used in selected cases. IIb B
ASA can be combined with other NSAIDs. III C
Prasugrel can be used in patients with a history of TIA or previous stroke or in NSTE-ACS patients with unknown cardiac anatomy. III B

6. Antithrombotic Therapy

6.1. Unfractionated Heparin

UFH was the first injectable anticoagulant to be synthesized. Heparin is a sulfated polysaccharide with a molecular weight range of 3000 to 30,000 Da (mean 15,000 Da). Its action is due to the inactivation of thrombin and activated factor X (factor Xa) through an antithrombin-dependent mechanism. Heparin binds to antithrombin through a high-affinity pentasaccharide and, to inhibit thrombin, it binds to both antithrombin and the coagulation enzyme. By inactivating thrombin, prevents fibrin formation and inhibits thrombin-induced activation of platelets and factors V and VIII. Its variable pharmacological response occurs through independent binding of heparin antithrombin to plasma proteins and through the proteins released by platelets and endothelial cells, causing heparin resistance. For this reason, it is important to monitor thromboplastin activation time. Due to its short half-life, UFH should be administered in a continuous intravenous infusion to ensure stable levels of anticoagulation.256,257

The evidence for using UFH in NSTEMI treatment comes from randomized studies and meta-analyses. In a meta-analysis of six randomized studies, Eikelboom et al. found that UFH or LMWH reduces major cardiovascular outcomes in ACS.182 UFH is a widely used anticoagulant in NSTEMI when cardiac catheterization is performed within the first 2 hours of arrival at the hospital, despite consistent evidence of a higher risk of bleeding compared to other antithrombotics.191

The proposed therapeutic regimen for UFH should be adjusted to patient body weight: an initial dose of 60 units/kg should be administered intravenously, followed by an infusion of 12 units/kg/hour. Anticoagulation intensity is adjusted by monitoring thromboplastin activation time. The first blood sample must be collected in the third hour of infusion and, subsequently, every 6 hours until the target range is reached, after which it can be collected every 24 hours. The therapeutic range is narrow, so thromboplastin activation time values should be maintained between 1.5 and 2.0 times the control values in seconds.198

During PCI, the UFH dose should keep the activated clotting time between 250 and 350 seconds. Dose titration should be guided by body weight. The administration of a bolus of 70-100 IU/kg of UFH is sufficient for adequate anticoagulation. With the concomitant use of GP IIb/IIIa inhibitors, the initial dose should be 60-70 IU/kg.258

The most frequent side effects of UFH are major or minor bleeding, which occurs mainly when the clotting time is above the therapeutic range. UFH can trigger an intense immune reaction, heparin-induced thrombocytopenia, a potentially fatal clinical condition that concomitantly induces bleeding and thrombosis.258

During life-threatening bleeding or when emergency surgery is required, an antidote must be used to neutralize the anticoagulant effect. Protamine sulfate is used to inactivate the effects of UFH. Since the half-life of UFH is approximately 1 to 1.5 hours, the protamine dose should be based on the total UFH dose administered in the previous 2 to 3 hours. Approximately 1 mg neutralizes 100 IU of UFH. A slow intravenous infusion is recommended to avoid hypotension and bradycardia.258

6.2. Low-Molecular-Weight Heparins

During investigations into the structure of conventional heparin (UFH), it was found that its polysaccharide chains can undergo depolymerization through various physical and chemical processes to obtain heterogeneous compounds with lower molecular weight, which are called generic fractionated or LMWH.256,257

LMWH consist of short polysaccharide chains, which result in a more predictable anticoagulant effect than UFH. LMWH has several potential advantages over UFH:257

  • Greater anti-factor Xa activity than factor IIa activity. More effective inhibition of thrombin production.

  • Greater inhibition than UFH in the tissue factor pathway.

  • Less frequently induce thrombocytopenia.

  • Subcutaneous administration due to their great bioavailability.

  • Predictable anticoagulation due to less binding to plasma proteins.

  • Plasma level monitoring is unnecessary.

Fraxiparin, dalteparin, and enoxaparin are examples of LMWH that have been tested in ACS. Enoxaparin remains the drug of choice in this context due to the larger body of experimental data. Previous studies have shown that fraxiparin and nadroparin are similar to UFH.

Two studies, TIMI IIB, and ESSENCE have compared enoxaparin with UFH for clinical efficacy and safety in patients with UA and NSTEMI. In summary, they showed for the first time that LMWH (in this case, enoxaparin) was superior to UFH and that enoxaparin provides no additional benefits after the hospitalization phase (TIMI IIB). During the outpatient phase, major bleeding occurred in 1.5% of the group treated with placebo and 2.9% in the group treated with enoxaparin (p = 0.021).259,260 Perhaps, more importantly, a pooled analysis of the two studies showed that the enoxaparin group had significantly fewer “hard” events, i.e., death or (re)infarction, than UFH, with the advantages still evident 1 year after the initial treatment.261

The SINERGY study compared enoxaparin to UFH in patients with high-risk NSTE-ACS. A total of 10,027 patients were randomized, and the primary outcome was a composite of cardiovascular death, AMI, stroke, and urgent revascularization. In the enoxaparin arm, the event rate was 14.0% (696/4993), while in the UFH arm, it was 14.5% (722/4985) (RR, 0.96; 95% CI, 0.86-1.06). Regarding safety, there was a statistically significant increase in major bleeding with enoxaparin (9.1% vs. 7.6%, p = 0.008), (TIMI criteria) and a non-significant increase in severe bleeding (GUSTO criteria) (2.7% vs. 2.2%, p = 0.08) and blood transfusions (17.0% vs. 16.0%, p = 0.16). The authors' conclusion was that enoxaparin was neither superior to UFH nor inferior to high-risk treatment for NSTE-ACS).262 Enoxaparin is a safe and effective alternative to UFH. The advantage of subcutaneous use and the fact that it does not require routine anticoagulation monitoring should be considered in light of the modest excess of major bleeding. Another consideration from an unspecified analysis was that switching classes of anticoagulants during the hospital phase of patients with ACS should be avoided.262

A 1 mg/kg dose of enoxaparin should be administered subcutaneously twice a day. Beginning at 75 years of age, the dose should be reduced to 0.75 mg/kg twice a day. In patients with an estimated glomerular filtration rate ≤ 30 mL/min/1.73 m², the dose should be reduced by half, and then 1 mg/kg should be administered subcutaneously once a day. When the estimated glomerular filtration rate reaches 15 mL/min/1.73 m², enoxaparin should be avoided. UFH is an alternative for this condition since its metabolism is exclusively hepatic. In patients pretreated with enoxaparin, using additional enoxaparin during PCI is not recommended if the last subcutaneous enoxaparin injection was administered 8 hours before the procedure. An additional 0.3 mg/kg intravenous bolus is recommended if the last subcutaneous dose of enoxaparin was administered ≥ 8 hours before angioplasty.263

6.3. Fondaparinux

Fondaparinux is a synthetic pentasaccharide that consists of a sequence of sugars (A B C D F) - the smallest sequence capable of directly binding to thrombin. This discovery was a milestone in the pharmacological development of heparins. It provided the tools to understand the biology of this class of drugs and advance its pharmacology. The development of fondaparinux showed that selective and direct inhibition of factor Xa promotes an important antithrombotic effect, which opened the way for new direct oral anticoagulants.264 Synthetic pentasaccharide, which selectively binds to thrombin, leads to factor Xa inhibition. Due to its discreet interaction with plasma components, it has predictable anticoagulant action and little individual variability. It has good bioavailability, which favors subcutaneous administration. It reaches its plasma peak quickly (2 hours) and has a long half-life (17 hours), allowing the use of a single daily dose. Fondaparinux is eliminated exclusively by the kidneys, which requires renal monitoring. When the estimated glomerular filtration rate is < 30/mL/1.73 m², its use should be suspended.265

The OASIS-5 trial tested the efficacy and safety of fondaparinux vs. enoxaparin in patients with NSTE-ACS. It was designed to assess whether fondaparinux would continue the anti-ischemic benefits of enoxaparin while reducing bleeding in patients with ACS. A total of 20,078 patients with NSTE-ACS who received fondaparinux (2.5 mg/day) or enoxaparin (1 mg/kg twice a day) were randomized for an average exposure of 6 days. The primary composite efficacy outcome was cardiovascular death, AMI, or refractory ischemia on a ninth day, while major bleeding was the primary safety outcome. A combination of these outcomes was considered the net clinical benefit. The patients were followed for up to 6 months, and the composite efficacy outcome was similar in both groups (579 events with fondaparinux [5.8%] vs. 573 with enoxaparin [5.7%]; RR: 1.01 in the fondaparinux group; 95 % CI 0.90-1.13; p for non-inferiority = 0.007).194 Further sub-analyses of the study were published, the most important of which analyzed the 12,715 patients who underwent angiography during hospitalization (6238 treated with PCI). During the course of OASIS 5 (after reports of catheter thrombosis from some centers), the protocol was amended, requiring the hemodynamic catheter to be washed with 200 IU of UFH before the procedure. Among the patients who underwent PCI, the efficacy of fondaparinux was similar to enoxaparin for the primary outcome in 9 days (6.2% vs. 6.3%; RR 1.09; p = 0.79), with a lower incidence of severe bleeding (10.4% vs. 8.2%; RR = 0.78; p = 0.004). However, there was a higher incidence of catheter thrombosis (0.4% vs. 0.9%), and this complication was associated with higher rates of stroke and AMI.266,267

Antithrombotic therapy - Summary of recommendations and evidence
UFH can be used routinely. I A
LMWH can be used routinely. I A
Subcutaneous fondaparinux 2.5 mg can be used once/day for 8 days or until hospital discharge. I B
For patients using fondaparinux, administer UFH 85 lU/kg intravenously at the time of PCI, or 60 lU/kg for those receiving GP llb/llla inhibitors. I B
Enoxaparin is preferential to UFH unless myocardial revascularization surgery is planned within 24 h. IIa A
Consider discontinuing anticoagulation after PCI unless there is an indication to maintain it. IIa C
Heparin cross-over (UFH and enoxaparin). III B

7. Associating Oral Antiplatelets and Anticoagulants in Special Circumstances

In recent years, four DOACs have been studied regarding atrial fibrillation in patients undergoing angioplasty and have become viable alternatives to warfarin.

Clinical studies that tested DOACs in patients with CAD (chronic and acute) associated with atrial fibrillation found the following results in comparison to triple therapy (ASA + clopidogrel + warfarin):

In the PIONEER AF-PCI trial, 15 mg rivaroxaban (reduced to 10 mg in patients with creatinine clearance between 30-50 mL/min) + P2Y12 inhibitors (clopidogrel/ticagrelor) for 12 months was associated with significantly lower bleeding rates (primary goal), and the efficacy component (cardiovascular death, AMI, and stroke) was similar (secondary outcome).268

In the REDUAL PCI trial, dabigatran 110 mg or 150 mg twice a day + P2Y12 inhibitors (clopidogrel/ticagrelor) for 12 months was associated with significantly lower bleeding rates (primary outcome), with a significant p-value for non-inferiority in both dabigatran groups but a significant p-value for superiority only in the 110 mg dabigatran group; dual therapy (both dabigatran groups) was similar to triple therapy for the composite outcome of thromboembolic events.269

• In the AUGUSTUS trial, apixaban 5 mg twice a day (or 2.5 mg twice a day was used if two of the following three conditions were present: age > 80 years, weight < 60 kg or serum creatinine > 1.5 mg/dl) + P2Y12 inhibitors (clopidogrel) was associated with a lower bleeding rate (primary outcome) and a lower rate of death or hospitalization (secondary outcome), with no significant difference in the incidence of ischemic events. It should be pointed out that ACS patients without PCI were also included in the study.270

• In the ENTRUST AF-PCI trial, edoxaban 60 mg in association with P2Y12 inhibitors (n = 751) was used in one group, while warfarin was combined with DAPT (ASA + P2Y12 inhibitors) was used in the other group, totaling 1,506 patients. The primary outcome was major bleeding, (HR = 0.83; 95% CI 0.65-1.05; p = 0.0010 for non-inferiority and p = 0.1154 for superiority). There was no significant difference for the secondary outcome (cardiovascular death, stroke, systemic embolism, AMI, or stent thrombosis).271

In these studies, about half of the patients had ACS, and clopidogrel was much more frequently used than ticagrelor as a P2Y12 inhibitor. The safety outcome (bleeding) was always the primary objective. Although they had different designs, these studies showed that DOACs were safe compared to warfarin when associated with antiplatelet agents. However, there were no significant differences in ischemic (i.e., secondary) outcomes.272 The total time for triple therapy, either with DOACs or warfarin, and for suspending ASA, should be determined according to the risk of ischemic and hemorrhagic events 273

8. Hypolipidemic Drugs

Several studies have demonstrated the benefits of cholesterol-lowering therapies in secondary prevention.274,275 In high-risk patients, the benefits are independent of baseline LDL-C levels.276 A study by Dondo et al. with more than 389,000 NSTE-ACS patients and a mean follow-up of 2.2 years found that non-adherence to statin treatment was one of the most important factors in reduced survival. If the guidelines were applied and followed correctly,i.e., adherence to statin use, coronary angiography when indicated, cardiovascular rehabilitation, and smoking cessation, 28.9% of the associated deaths could be prevented.277

Although lipid targets vary in different guidelines, a more rigorous strategy to reduce LDL levels has recently been recommended. The 2017 Brazilian Guideline on Dyslipidemia and the Prevention of Atherosclerosis recommended LDL levels < 50 mg/dL and non-HDL levels < 80 mg/dL in very high-risk patients.278 When large doses of statins cannot be tolerated, association with ezetimibe is an alternative.279

It is assumed that lipid-lowering therapy should ideally begin during hospitalization, provided there is no contraindication. The SECURE-PCI trial evaluated an 80 mg loading dose of atorvastatin before coronary angiography in 4,191 ACS patients indicated for invasive strategy. The loading dose did not reduce major cardiovascular outcomes in 30 days compared to the placebo (HR 0.88; 95% CI 0.69 to 1.11; p = 0.27), although the subgroup of patients who underwent PCI may have benefitted (HR 0.72; 95% CI 0.54 to 0.96; p = 0.02).280

Hypolipidemic drugs - Summary of recommendations and evidence
Begin early treatment with a high dose of statin in all patients, regardless of LDL levels, as long as there are no contraindications. 1 A
Associate ezetimibe in patients using the maximum tolerated statin dose if LDL levels do not reach the established goals. 1 A

9. Renin-Angiotensin-Aldosterone System Inhibitors

This group of drugs is very important for treating high blood pressure, HF, and some groups of patients with CAD. There is no conclusive evidence that the early use of these drugs benefits patients with NSTE-ACS, although some studies have suggested that they may be useful in the chronic phase after an acute episode. The HOPE trial281 included patients at high risk of cardiovascular events, often with major atherosclerotic arterial disease (usually reaching the coronary region). Regardless of the stage, ramipril (target dose of 10 mg/day) had long-term benefits: in 5 years of follow-up, there was a 26% reduction in the relative risk of death (p < 0.001), a 20% reduction in infarction, (p < 0.001), and a 32% reduction in stroke (p < 0.001). Similar results have also been demonstrated for perindopril in chronic coronary disease patients.282 The benefits are greater in patients with LV dysfunction and previous AMI, including improved cardiac remodeling and LV function and decreased progression to HF.283

The aim of treatment is to reach the highest tolerable dose of medications: captopril 50 mg every 8 hours (which can later be replaced by ramipril 10 mg/day or enalapril 20 mg/day every 12 hours), losartan 50 mg every 12 hours, or valsartan 320 mg/day.

Regarding aldosterone antagonists, the EPHESUS trial found lower mortality with eplerenone (not available in Brazil) in patients with AMI (with or without ST elevation) and LV dysfunction who showed symptoms of HF or DM (RR 0.85; 95% CI 0.75-0.96; p = 0.008). The benefits were already evident in the first 30 days of treatment.284,285 The RALES trial had previously found lower mortality in patients with chronic HF and LV ejection fraction (LVEF) ≤ 35%.286 Thus, a target dose of 25 mg of spironolactone (an aldosterone antagonist available in Brazil) once a day (which can be increased to 50 mg after 8 weeks of treatment if there are signs of HF progression without hyperkalemia). Aldosterone blockers are contraindicated in patients with significant renal dysfunction (Cr > 2.5 mg/dL) or potassium levels > 5.5 mEq/L. Potassium levels and renal function must be carefully monitored, especially when aldosterone blockers are used concomitantly with angiotensin-converting enzyme (ACE) inhibitors or angiotensin receptor blockers.

Renin-angiotensin-aldosterone system inhibitors - Summary of recommendations and evidence
Administer angiotensin-converting enzyme (ACE) inhibitors to intermediate- and high-risk patients with LV dysfunction, high blood pressure, or DM. I A
Administer angiotensin II receptor blockers to intermediate- and high-risk patients with contraindications to ACE inhibitors. I C
Use spironolactone in patients with NSTE-ACS, LVEF ≤ 35%, HF symptoms, or a history of DM. I C
Administer ACE inhibitors to all intermediate- and high-risk patients. IIb B

10. Complementary Methods of Risk Stratification

In patients with ACS, risk stratification must be a continuous process, from the initial clinical evaluation to the previously discussed subsidiary exams to the complementary methods described below.

11. Non-Invasive Tests for Ischemia Diagnosis and Prognostic Assessment

Functional tests are indicated for assessing myocardial ischemia and, in some cases, are essential for decision-making, especially for the diagnosis and prognosis of intermediate- and high-risk patients. Non-invasive prognostic methods are more common in the conservative therapeutic strategy.

11.1. Exercise Testing

During the hospitalization phase, ET is used to determine the residual degree of ischemia and assess cardiac performance. Residual ischemia is estimated by ST-segment changes during exercise or the recovery phase and by anginal pain. Cardiac performance is assessed through blood pressure and double product. Cardiac performance and autonomic response related to heart rate reduction during the recovery phase have shown a better correlation with mortality than other parameters and have a very high value (98% to 100%), although their positive predictive value is modest (approximately 50%), with abnormal ET results being uncommon in patients indicated for this stratified procedure in chest pain units.287-289

In multivariate regression analysis, the main independent predictors of event-free survival (death and AMI) in 1 year were the number of leads with depressed ST-segment and the maximum load achieved. Regarding safety, there is a 0.5% incidence of complications (death or AMI) in stabilized patients within 24 hours of ET.290-292

ET is recommended for estimating prognosis and assisting clinical decision-making in intermediate-risk patients 24 to 48 hours after complete clinical stabilization (hemodynamic stability, no active clinical or electrocardiographic ischemia, no new Q waves, no clinical signs of HF, and normal myocardial injury markers), provided the patient is able to exercise.51,198

Thus, ET as an early strategy (< 48 hours) is formally contraindicated in high-risk patients. However, 48 hours after full stabilization of the clinical condition, even during hospitalization, ET may be indicated in patients undergoing coronary angiography, when a functional assessment of a known lesion is required or the risk level must be determined before hospital discharge, as well as to properly guide cardiac rehabilitation programs.293,294

Exercise testing - Summary of recommendations and evidence
ET can be performed in intermediate-risk patients 24 to 48 h after complete clinical stabilization, provided that there are no active ischemic symptoms, no signs of HF or hemodynamic impairment, resting ECG without ischemia, and normal myocardial necrosis markers. I B
ET can be performed in high-risk patients 48 h after clinical stabilization. IIb C
ET can be performed in high-risk patients 48 h before clinical stabilization. III C

11.2. Echocardiographic Methods (Ischemia, Viability, Stress, Contrast Microbubbles, Strain, etc.)

11.2.1. Transthoracic Echocardiogram

A new analysis of LV contractile changes may, in fact, help determine the diagnosis and prognosis of ACS.295-299 The wall motion score index is the reference parameter for expressing LV segmental function, and its normal value is 1 (the LV is divided into 16 or 17 segments that are classified based on systolic thickening); values between 1 and 1.6 show a mild contractile change, while wall motion score index values > 1.6 indicate greater involvement and worse prognosis. Obviously, a lack of segmental contractility changes in resting transthoracic echocardiogram results does not exclude CAD.300

It is worth remembering that ventricular function assessment by transthoracic echocardiogram during the acute phase of ischemia could be compromised by myocardial stunning. After 2 weeks, marked improvement in ventricular function may occur.301

Through new technologies in echocardiography, such as 2D speckle-tracking, it has become possible, by analyzing the global longitudinal strain (GLS) of the LV walls, to obtain an early diagnosis of ischemic changes in patients with troponin changes but no ECG or resting echocardiogram changes (25% to 75% of patients with ACS have normal echocardiogram results).302

GLS (when < 16.5%) can complement existing diagnostic algorithms and act as an early marker of ischemia.303 A recent publication proposes that GLS can help determine candidates for invasive strategy.304 Small centers have routinely used GLS in the emergency department, and changes in GLS patterns (< 18%) have been reported even before changes in troponin.305

In special circumstances with a suboptimal acoustic window, a transthoracic echocardiogram should be complemented with microbubble contrast echocardiography to better determine the endocardial borders or evaluate any myocardial perfusion defects.306

Transthoracic echocardiogram - Summary of recommendations and evidence
Use to assess global and segmental ventricular function. I C
Use in a differential diagnosis of alternative causes of chest pain: severe aortic stenosis, hypertrophic cardiomyopathy, pulmonary embolism, aortic dissection, pericarditis, and cardiac tumors. I C
Use in chest pain with hemodynamic instability and suspected cardiac origin. I C
Use for suspected mechanical complications in myocardial infarction: LV aneurysm, free wall or papillary muscle rupture, interventricular communication, and pericardial effusion. 1 C
Calculate GLS using speckle tracking as an adjunct to existing diagnostic and risk classification algorithms in patients with suspected coronary disease. IIa B
11.2.2. Stress Echocardiography

Stress echocardiography can detect transient regional contraction abnormalities, which are indicative of exercise-induced and pharmacologically-induced ischemia.307 The stress echocardiogram is an independent predictor of cardiovascular death; adding value to other methods, it can prevent cardiac catheterization. It is recommended for risk stratification in chest pain units, especially when the diagnosis cannot be determined through ECG and the ET is submaximal, cannot be performed, or is inconclusive, given that the pain is relieved for at least 24 hours in low- to moderate-risk patients and no ischemic changes or necrosis markers are evident in the ECG.307,308

An improved segmental contraction in dyssynergic areas after initial dobutamine doses (5 to 10 g/kg/min) identifies myocardial viability in regions "stunned" by prior ischemia.307-309

Assessment by stress echocardiogram - Summary of recommendations and evidence
Use in patients with unstable angina or clinically controlled low-risk NSTE-ACS* before deciding on an invasive strategy. IIa A
Use to assess the functional significance of moderate coronary obstruction on angiography, as long as a result interferes with management. IIa C
Use for risk stratification after uncomplicated myocardial infarction. IIa A
Use to investigate suspected microvascular disease to determine whether segmental changes occur in conjunction with angina and ECG changes. IIa C
Use strain and strain rate parameters derived from speckle tracking as an adjunct tool to the wall motion score index for diagnosis and/or prognosis of acute coronary disease. IIa B
Use in high-risk unstable angina or acute myocardial infarction. III C
*

Without recurrent angina, signs of HF, changes in initial/serial ECG and with normal troponin; typical anginal pain with abnormal ECG or functional test with normal cardiac catheterization.

11.2.3. Echocardiographic Assessment of Myocardial Perfusion

In patients with acute chest pain and non-diagnostic ECG, contrast echocardiography increases sensitivity for ACS diagnosis.310 Patients with normal perfusion and myocardial function at rest have a good prognosis, while perfusion defects at rest indicate a high-risk ACS subgroup.306,311

Echocardiographic contrast agents are solutions that contain gas microbubbles with size of red blood cells, whose interface with the liquid medium is highly refractive, which improves the echocardiographic signal of the medium. Myocardial microcirculation can be assessed at the bedside with this method since microbubbles are microvascular markers that behave like red blood cells, i.e.,i.e.hey do not reach areas of microvascular obstruction. Thus, infarcted areas do not show this contrast and are easily detected by echocardiography.306 Through this type of echocardiography, changes in LV segmental contraction and myocardial perfusion are obtained simultaneously and instantly.312

Echocardiographic contrast allows a better definition of the endocardial borders, allowing an adequate assessment of myocardial thickening and global and segmental contractile functions of the LV at rest and under stress. In addition, contrast agents allow more accurate measurement of ventricular volumes and LVEF, especially in cases of suboptimal images, and have proven useful in determining anatomical changes.306,313

Extensive transient regional perfusion defects during stress are indicative of severe CAD. An improved segmental contraction in dyssynergic areas with perfusion during the initial dobutamine infusion (5 to 10 µg/kg/min) identifies myocardial viability in regions "stunned" by prior ischemia.

In summary, in patients with chest pain treated at the emergency department, contrast echocardiography at rest adds diagnostic and prognostic data. Complete filling of the myocardium in contrast (perfusion) within 4 seconds identifies patients with normal motility and perfusion and, therefore, of low risk. Normal perfusion but a segmental change in wall movement indicates a stunned myocardium, while a fixed perfusion defect shows that the entire area is at risk during acute ischemic injury.314,315 In patients with AMI, stress echocardiography with myocardial contrast not only identifies the areas of infarction or stunning at rest but can identify ischemic areas at a distance by analyzing the transient changes in myocardial motility and perfusion.

11.2.3.1. Echocardiographic Assessment of Myocardial Perfusion - Summary of Recommendations and Evidence
Assessment of Myocardial perfusion by Echocardiogram - Summary of Recommendations and Evidence
Use contrast transthoracic echocardiography to improve the Doppler signal in patients with suboptimal imaging or to determine the endocardial borders during stress echocardiography in patients with suboptimal images at rest. IIa B
Use stress echocardiogram with microbubbles in intermediate-risk patients with unclear ET results. IIb B
Use stress echocardiogram with microbubbles in high-risk patients. III C

11.3. Nuclear Cardiology Methods

MPS is fundamental when an ET cannot be performed and when there are difficulties interpreting the exercise ECG. One advantage of MPS is that it is among the most widely used non-invasive techniques for low-risk UA patients. It allows assessment of patients who cannot undergo physical exertion through pharmacological stress and has a better correlation with anatomical data than ET.

MPS and radionuclide ventriculography have great diagnostic and prognostic value in acute and chronic coronary diseases.316-318 One of the main advantages of MPS is that it can be performed early in ACS and has a wide safety margin, using vasodilating agents such as dipyridamole and adenosine. For this application, MPS was found to be superior to other tests. It should also be pointed out that tomographic scintigraphy can be synchronized with ECG (gated SPECT) to assess regional systolic function and measure ventricular ejection fraction with a single exam.319 Studies have consistently demonstrated that patients diagnosed with UA who have normal findings belong to a subgroup with a markedly reduced risk of serious events (about 1% in 1 year), while reversible defects indicate an unfavorable prognosis, with an event rate of approximately 20% in 1 year.320-323

Positron emission tomography, a non-invasive technique for assessing obstructive coronary disease, has a very high accuracy for detecting myocardial ischemia and myocardial viability. It has been found useful for diagnostic and prognostic assessment of CAD. It also provides a very accurate assessment of coronary flow reserve by absolute quantification. This information can be useful for assessing infarction in patients without significant coronary obstructions (MINOCA).324,325 It is difficult to obtain radiotracers (rubidium and ammonia) in Brazil, although new gamma chamber detectors of cadmium-zinc-tellurium can also quantify flow reserve using technetium tracers.326

Myocardial perfusion scintigraphy - Summary of recommendations and evidence
Use MPS in intermediate-risk patients with unclear ET results or who cannot undergo ET. 1 B
Use MPS to identify the presence/extent of ischemia in patients who cannot undergo catheterization or when its results are insufficient to determine treatment. 1 B
Use MPS after catheterization to identify which artery is related to the event (region to be revascularized) and/or for complementary risk stratification. 1 A
Use MPS in patients with ventricular dyssynergic areas when it is necessary to determine the viability of the myocardium to guide treatment. 1 A
Use MPS as the first option for ischemia assessment, even in patients for whom ET is feasible and interpretable. IIb B
Use nuclear angiocardiography in intermediate- and high-risk patients to identify right ventricular involvement. IIa C
Use MPS in high-risk patients before the first 48 h of stabilization. III C

11.4. Cardiovascular Magnetic Resonance

Cardiovascular magnetic resonance (CMR) is a very useful method of morphological and functional cardiac assessment, providing important diagnostic and prognostic information about the ischemic disease and nonischemic cardiomyopathies. The test can provide accurate information about morphological aspects of the heart, quantify volumes, mass, and global and regional ventricular function, assess myocardial ischemia (by analyzing the segmental contractility under dobutamine stress without using contrast medium or by stress myocardial perfusion with vasodilators, such as dipyridamole and adenosine, and gadolinium-based contrast), as well as assess myocardial fibrosis/necrosis with the myocardial enhancement technique.327 All of this information is provided in an integrated manner through a single exam. The method also allows, by combining these and other forms of image acquisition, visualization of the pericardium and the great vessels, as well as flow and valve function analysis.

Several clinical studies and meta-analyses have shown that CMR is a highly accurate method for detecting myocardial ischemia, even compared to stress echocardiography,328 myocardial scintigraphy,329,330 and FFR.331

The use of delayed enhancement imaging to assess myocardial viability has also been studied and validated in ACS. This method provides important diagnostic and prognostic information and is considered the gold standard for assessing myocardial viability and detecting infarctions.332-336 Uni- and multicenter studies have shown that CMR is an extremely sensitive technique for detecting and localizing infarction, even small subendocardial infarctions,337-339 which have prognostic importance, perhaps due to their frequent association with critical coronary stenosis and the fact that they may go unnoticed both in clinical evaluation and other diagnostic tests.340-342 In addition, the infarcted area, which is measured by CMR, has a great prognostic impact independent of other clinical factors; some studies have found it more important than LVEF itself.343,344 When techniques for identifying areas of edema are associated with the measurement of areas of delayed enhancement, the rate of myocardial salvage can also be obtained, which has prognostic value, especially in patients undergoing thrombolytic treatment.345

Delayed enhancement imaging also allows detection of hypoenhanced (dark) areas in the midst of the hyperenhanced area (infarction), which are related to microvascular obstruction (the no-reflow phenomenon), adding prognostic information about this population.343-347

In addition to these applications, CMR is very useful for differentiating ischemic from nonischemic cardiomyopathies;327,348 it is used to diagnose myocarditis349,350 and Takotsubo syndrome.351,352 Furthermore, when there are elevated myocardial necrosis biomarkers and “normal” coronariography, CMR can confirm the presence of infarction, which could be related to spasm, thrombophilic syndromes, etc. Other differential diagnoses in which CMR can help include LV hypertrophy (primary of hypertrophic cardiomyopathy or secondary) and isolated acute pericarditis without associated myocarditis.

Due to its sensitivity for finding areas of infarction and diagnosing other cardiac abnormalities, CMR has been recommended to assess patients with infarction and those without significant coronary obstructions (MINOCA). The examination allows the correct differentiation between inflammatory processes and actual ischemic necrosis, even without significant atheroma plaque, and can provide fundamental data for managing these cases. Such an approach may be particularly relevant for women, who have a higher incidence of MINOCA.353

In cases of confirmed CAD, CMR can also help define the infarction-related coronary anatomy when it is not clear in catheterization, such as in patients with severe multivessel diseaseand non-specific ECG. In these patients, CMR can also differentiate between old and recent infarctions that are related to the current condition. Finally, CMR can provide high-resolution images for assessing post-infarction mechanical complications, such as LV rupture, mitral regurgitation, an extension of the infarction to the right ventricle, and interventricular communication.340,354

Cardiovascular Magnetic Resonance - Summary of recommendations and evidence
CMR can be used to assess ventricular function, the presence/extent of necros, is, and myocardial viability. I A
CMR can be used to search for possible mechanical changes. I A
CMR can be used to assess patients with a clinical presentation of ACS but without significant coronary obstructions. I A
CMR can be used in the differential diagnosis of patients whose clinical picture is compatible with acute CAD but whose ECG shows nonspecific changes and negative biochemical markers of necrosis. IIa B
Use CMR as an adjunct in ACS diagnosis, especially in patients with an intermediate or high probability of ACS. IIb B

12. Cardiac Catheterization and Intravascular Coronary Imaging (fractional flow reserve, intravascular ultrasound, optical coherence tomography)

Coronary angiography, which is commonly used to diagnose and determine treatment for patients with NSTEMI, may not show the culprit lesion in UA and NSTEMI. This is due to the fact that the test is not 100% sensitive to plaque ruptures.355 The triggering factors for ACS can range from obstructive atherosclerotic disease (which may be incipient or with or without ruptured plaque) to spasm, embolism, intramural coronary hematoma, spontaneous coronary dissection, and aortic dissection.

In a recent meta-analysis, Barcarawi et al. demonstrated that for patients with NSTE-ACS, an early invasive strategy resulted in a lower incidence of major cardiovascular events (defined by each included study) than late invasive strategy (RR 0, 65, 95% CI 0.49-0.87; p = 0.003), although the benefits persisted only in patients with GRACE scores > 140.356 However, there were no significant differences in all-cause mortality, cardiovascular mortality, myocardial infarction or hemorrhagic events between the groups. Early invasive treatment was also associated with a lower risk of ischemic outcomes in the SWEDEHEART study.357

The therapeutic strategy, especially with respect to invasive evaluation, depends not only on the anatomical and functional diagnosis but on the comorbidities, clinical presentation, frailty, cognitive status, life expectancy, and, especially, risk stratification, because “very high risk” patients must be evaluated in less than 2 hours and “intermediate risk” patients must be evaluated within 72 hours, as is presented in Table 2.1.358

Table 2.1. NSTE-ACS treatment strategy according to initial risk stratification.

Invasive evaluation in NSTE-ACS
Very high risk High risk Intermediate risk
Hemodynamic instability or cardiogenic shock Positive troponin DM or kidney failure
Recurrent or persistent angina refractory to clinical treatment Dynamic ST-T change HF or LVEF < 40%
Malignant ventricular arrhythmia or CRA GRACE > 140 Post-AMI angina
Mechanical complications Previous PCI or MRS
Acute HF GRACE 109-140 or recurrent symptoms or positive functional test
Recurrent dynamic ST/T changes
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Immediate invasiveHF Early invasive(less than 24 h)AI Invasive(less than 72 h)AI

Source: adapted from Neumann et al.358

AI: aortic insufficiency; AMI: acute myocardial infarction; CRA: cardiorespiratory arrest; DM: diabetes mellitus; GRACE: Global Registry of Acute Coronary Events; HF: heart failure; LVEF: left ventricular ejection fraction; MRS: myocardial revascularization surgery; PCI: percutaneous coronary intervention

The invasive strategy allows diagnosis of underlying CAD, identifies the lesion, guides treatment for antithrombotic drugs, and determines the coronary anatomy for PCI or CABG surgery, since up to 40% of NSTE-ACS patients have plaques of complex morphology and up to 25% have acute coronary occlusion.

The European Society of Cardiology and the European Association of Cardiothoracic Surgery consider FFR to be the diagnostic standard for functional assessment of injury severity in patients with intermediate-grade stenosis (typically around 40% to 50%) without evidence of ischemia in non-invasive tests or in patients with multivessel disease. This guideline includes the instantaneous wave-free ratio (iFR), a new measure that does not require adenosine-induced hyperemia and has a class IA recommendation like FFR.

For left main coronary disease, functional assessment by FFR or iFR can be technically complex, and evidence supporting their use in this condition is scarce. Consequently, intravascular ultrasound is a class IIaB recommendation, and revascularization should be excluded when the minimum luminal area is > 6 mm2. For all lesions outside this area, functional assessment is preferable to intracoronary imaging. Intravascular ultrasound and optical coherence tomography (OCT) are recommended to optimize stenting (class IIaB).

FFR assessment requires the administration of adenosine to obtain maximum and stable hyperemia, unlike iFR, which assesses rest indexes derived only from resting gradients, i.e., the ratio of distal coronary pressure to aortic pressure (Pd/Pa). In the iFR-SWEDEHEART trial, which evaluated iFR-guided revascularization, 17.5% of the patients had ACS at the time of the assessment and, this strategy was not inferior to FFR-guided revascularization regarding the rate of major cardiac events and events up to 12 months after the procedure.359

The DEFINE–FLAIR trial,360, which evaluated 2,492 patients with CAD, found that iFR-guided coronary revascularization was no less efficacious than FFR-guided revascularization regarding the risk of major adverse cardiac events in 1 year, with the added benefit that iFR was more economical than FFR. The cut-off points for defining a lesion as hemodynamically significant were: iFR ≤ 0.89 and FFR ≤ 0.8.

OCT uses infrared light to provide high-resolution in vivo cross-sectional images of the coronary artery. This imaging technique allows a detailed assessment of plaque morphology in patients with ACS and can clarify the underlying mechanisms, including plaque rupture or erosion and calcification. Therefore, OCT is useful for optimizing PCI and evaluating vascular response to coronary intervention and pharmacological therapy.361

By identifying the thrombus and plaque rupture or erosion, OCT can help clarify the nature of lesions and determine the underlying mechanisms of ACS, especially when the lesions are ambiguous on angiography.362

The DOCTORS trial assessed ACS patients referred for angioplasty and stenting in whom a single localized lesion in the culprit artery was considered responsible for ACS.363 This trial was designed to evaluate the effectiveness of OCT in optimizing percutaneous coronary intervention among patients with NSTE-ACS, demonstrating that stent underexpansion was common (approximately 42%) and an independent predictor of adverse outcomes. The authors concluded that an intervention with OCT results in greater functional benefits according to post-intervention FFR assessment than an intervention guided by routine angiography.

Although long-term data demonstrate that physiological assessment has better results in CAD treatment, FFR and iFR are underused in current practice.364 Nevertheless, advances in alternative approaches to FFR, including non-invasive coronary computed tomography, invasive angiography, and OCT, are already being guided by artificial intelligence algorithms and robust tools that allow detailed pre-procedure intervention.

Hemodynamic and coronary angiographic assessment - Summary of recommendations and evidence
Immediate cardiac catheterization should be performed in very high-risk patients I A
In high-risk patients, early cardiac catheterization (within 24 h) should be performed. I A
In intermediate-risk patients, those with recurrent symptoms, or those with a positive noninvasive test for ischemia, perform cardiac catheterization within 72 h. I C

13. Myocardial Revascularization (Myocardial Revascularization Surgery and Percutaneous Coronary Intervention)

The difference between UA and NSTEMI treatment in chronic CAD is a quick decision to indicate revascularization, thus avoiding cardiovascular complications.365-367 Risk stratification is essential for the proper choice of conservative or invasive treatment. The most common risk scores are TIMI and GRACE.28,368

Coronary angiography determines the treatment strategy; revascularization should be immediate in cases of refractory angina and electrical or hemodynamic instability. Earlier approaches also have favorable outcomes and are indicated in high-risk patients.28,368-370 In a cohort of 363,500 diabetic patients with NSTEMI, an early invasive assessment strategy was used in 164,740 patients (45.3%). In an analysis adjusted for propensity score, 21,681 diabetics were paired in each arm. Lower in-hospital mortality was associated with the invasive strategy in NSTEMI but not in UA (2.2% vs. 3.8%; RR 0.57, 95% CI; 0.50-0.63, p < 0.01).371

Invasive strategies include angioplasty or myocardial revascularization surgery.372 The SYNTAX Score is a fundamental tool for making this decision based on coronary anatomy.373 Patients with SYNTAX scores > 22 (intermediate or high) have the greatest long-term benefits from surgical revascularization.374,375

Approximately 5% to 10% of patients with NSTE-ACS require CABG.376 This is a challenging subgroup due to its high-risk characteristics compared to patients undergoing elective myocardial revascularization.377

In patients with ongoing ischemia or hemodynamic instability who are indicated for CABG, surgery should be performed as soon as possible and should not be delayed as a consequence of antiplatelet treatment.

Since data from randomized trials are lacking, the ideal time for myocardial revascularization should be determined individually. The risk of ischemic events related to suboptimal antiplatelet therapy while awaiting surgery is < 0.1%, while that of perioperative bleeding complications associated with platelet inhibitors is > 10%.378

If the patient's clinical condition allows for delayed surgery, antiplatelet therapy should be stopped in a timely manner. Depending on the type and dosage of the agent, the effects should be reduced, e.g., 5, 5, and 7 days before the procedure for clopidogrel, ticagrelor, and prasugrel, respectively. The waiting time for surgery could be shortened by daily platelet aggregation testing to determine whether the patient has recovered from aggregation inhibition. An ongoing Brazilian study (NCT 02516267) is testing this hypothesis.

Current surgical management of NSTE-ACS is similar to that of stable disease. Therefore, after discussion with the heart team and appropriate surgical indication, the most important issue is determining the ideal time to perform the procedure. The best results are achieved by considering the systemic repercussions of the acute event while optimizing the patient's clinical condition. This means that patients could undergo surgery in the same hospital immediately, wait for a reduction of antiplatelet action, or be discharged with an upcoming surgery scheduled.

In an emergency, venous grafts are preferential to arterial grafts. Surgery may be performed with or without cardiopulmonary bypass, according to the technical conditions relevant to each case. In patients with cardiogenic shock, complete revascularization through an angioplasty procedure is an initial option; however, in view of the procedure's limitations, surgery may be indicated according to multi-professional assessment.358

Patients who undergo surgery 1-2 days and 3-7 days after AMI have similar mortality rates, which suggests that, for some patients, it would be possible to reduce the AMI-CABG interval without compromising the results. A higher mortality rate was observed in patients who underwent surgery on the first day after AMI.379

The After Eighty study, conducted in 16 Norwegian centers with NSTEMI and UA patients > 80 years of age, randomized patients to an invasive strategy (ATC or CABG + optimized clinical treatment) vs. conservative strategy with optimized clinical treatment alone. The best outcomes occurred in 93 (40.6%) out of 229 patients in the invasive strategy group and in 140 (61.4%) out of 228 patients in the non-invasive strategy group (RR 0.53 [95% CI 0.41-0.69], p = 0.0001). There was no difference in bleeding complications between the two groups.380

A multicenter study of 1810 AMI patients without ST elevation or UA within 48 hours of pain onset also compared invasive and conservative strategies. Although there was no difference in infarction or death rates in the first year of follow up, these rates were significantly lower in the invasive strategy group in 5 years.381

A systematic review that included 8915 patients, 4545 of whom were assigned to invasive strategy and 4370 to conservative strategy, also observed lower mortality between 6 and 12 months with the invasive strategy.382 More advanced techniques, such as FFR and intravascular ultrasound, can help determine risk stratification and the therapeutic strategy.383-385

Myocardial revascularization (myocardial revascularization surgery and PCI) - Summary of recommendations and evidence
According to the clinical picture and SYNTAX score, perform PCI or CABG in multiple vessel lesions. I B
Perform routine revascularization (PCI) for injuries unrelated to AMI in cardiogenic shock. III B

Part 3 – Discharge Recommendations and Post-discharge Care

1. Lifestyle Change

Secondary prevention is a fundamental part of post-ACS patient care. This stage includes lifestyle changes, cardiovascular rehabilitation, education about risk factors, and promoting better treatment adherence. Despite its proven effectiveness in preventing negative outcomes, secondary prevention is still suboptimal.386,387 Patients and family members must be guided in a clear and understandable way regarding evidence-based benefits.388-390 Increasing the scope of secondary prevention is an important goal in this patient population.

Adequate guidance should be given about returning to work, sexual activities, and driving vehicles, working to gradually reintegrate patients into their routine. In addition, special attention should be paid to psychosocial and socioeconomic issues, including attention to the risk of depression and social isolation.391-398

1.1. Smoking Cessation

Smoking cessation, a particularly important factor in lifestyle change, is a very effective measure for reducing mortality in post-NSTE-ACS patients.399 Cigarettes contain approximately 7,000 chemical components, many of which directly interfere with cardiovascular disease, 69 of which are carcinogenic.400 Cigarettes interfere with the cardiovascular system in various ways, increasing the heart rate and myocardial oxygen demand while decreasing supply.401 Smoking increases the incidence of sudden death,402 the risk of thrombosis, inflammation, vasoconstriction, and increased oxidation of LDL cholesterol.403 It is estimated that the risk of atrial fibrillation increases 1.5 to 2 times among smokers.404

In patients after NSTE-ACS, referral to a smoking cessation program and pharmacological agents, such as nicotine patches or gum, have proven useful.405 In an observational study of 12,656 patients, Parasuraman et al. found that, compared to ex-smokers and never smokers, smoking patients underwent coronary intervention at an earlier age, and the intervention was more associated with ACS. Former smokers had similar results to never smokers.406

The smoking cessation strategy should play a central role in the patient's overall rehabilitation and begin as soon as possible, even during the hospital phase. Family members who live in the patient's house should also be encouraged to participate in smoking cessation programs, thus reinforcing the patient's commitment, in addition to reducing the risk of secondhand smoke.407

Four steps are involved in treating nicotine addiction. The Fagerström test (Table 3.1) is commonly used for the first step, determining the addiction level. The next steps are counseling, medication/behavioral treatment, and clinical follow-up.

Table 3.1. Fagerström tolerance questionnaire.
How many cigarettes do you smoke per day?
(0) less than 11
(1) between 11 and 20
(2) between 21 and 30
(3) more than 30
2. How long after waking do you wait before having your first cigarette?
(0) more than 60 min
(1) between 31 and 60 min
(2) between 6 and 30 min
(3) less than 6 min
3. Do you find it difficult to refrain from smoking in places where it is forbidden?
(0) no
(1) yes
4. Does the first cigarette in the morning bring you the most satisfaction?
(0) no
(1) yes
5. Do you smoke more in the morning than during the rest of the day?
(0) no
(1) yes
6. Do you smoke even when you are bedridden due to illness?
(0) no
(1) yes
Interpretation of the results (sum of the points for each question):
0 to 2 points = very low physical dependence
3 to 4 points = low physical dependence
5 points = medium physical dependence
6 to 7 points = high physical dependence
8 to 10 = very high physical dependence

Source: adapted from Ranney et al.407

To prevent relapse, it is important to identify high-risk situations and act to address them. The strategies basically consist of avoiding, escaping, distracting, and postponing. Parties, alcohol or caffeine intake, and meeting with smokers should be avoided, at least during the first weeks of cessation.

Medications such as bupropion, varenicline, and nicotine replacement therapy may increase the risk of cessation, especially in association with other types of therapy, such as support and counseling groups, psychotherapy, and alcohol withdrawal.

Bupropion is an antidepressant with anxiolytic action that several studies have found to decrease withdrawal symptoms. One study that compared smoking cessation among patients treated with bupropion 300 mg/day vs. placebo found abstinence rates of 44.2% and 9.2% in the bupropion and placebo groups, respectively.408 A literature survey revealed that bupropion appears to be more effective in patients who have abandoned and/or failed nicotine replacement therapy.409 On the other hand, two studies on smokers hospitalized for acute coronary events found no difference in smoking cessation between bupropion and placebo groups.410,411

Nicotine replacement therapy is effective and increases smoking cessation rates. In one study, any form of nicotine replacement resulted in up to a 60% increase in abstinence (RR: 1.60; 95% CI: 1.53 to 1.68) compared to placebo. The increase in efficacy only occurred when comparing an association of nicotine replacement modes to a single mode(RR: 1.34; 95% CI: 1.18 to 1.51).412 The most common long-term nicotine replacement mode is transdermal patches, while the most common short-term modes are chewing gum, nasal sprays, and inhalers, some of which are still not available in Brazil.

Varenicline is a nicotine receptor partial agonist that, by replacing the action of nicotine, reduces the intensity of withdrawal symptoms. Its bond with the receptor also reduces the reward and pleasure effects of smoking, which can reduce some of the effects of deprivation. Its effectiveness has been demonstrated in six clinical trials with a total of 3,659 chronic smokers.413-416 Varenicline doubled abstinence rates compared to placebo (RR: 2.24; 95% CI: 2.06 to 2.43).417 A study involving more than 8,000 smokers compared the use of varenicline, bupropion, nicotine patches,and placebo, randomized in a 1:1:1:1 ratio, and found a higher abstinence rate in the varenicline group at 6 months than the other groups.418 In a randomized study in patients with chronic coronary disease, the probability of continuous abstinence after 1 year was higher in the varenicline group than the placebo group (OR: 3.14; 95% CI: 1.94 to 5.11).419 Two randomized studies in smokers with ACS found higher rates of continuous abstinence at 24 weeks and a higher rate of abstinence at 52 weeks in the varenicline group than the placebo group.420,421 One of varenicline's main limitations is its high cost and the occurrence of nausea as a limiting side effect in some patients.

An association of methods seems to be more effective than treatment with a single method. In a recent meta-analysis of four studies, an association of varenicline + bupropion resulted in higher abstinence rates at 6 months than varenicline alone. The effects were more pronounced in more nicotine-dependent and heavier smokers. The benefits, however, did not last for 12 months, and the association significantly increased anxiety symptoms.422 Therefore, an association between methods appears to be safer and more effective when varenicline or bupropion is combined with nicotine replacement therapy.

Bupropion and varenicline also appear to be safe for patients with cardiovascular disease. Some studies have found an increased occurrence of neuropsychiatric events with these medications, which led the U.S. Food and Drug Administration to require a label warning. After further study, this risk was reassessed, and the warning was withdrawn in 2016.423

Replacing traditional cigarettes with low-nicotine cigarettes or vaporizers (electronic cigarettes) is a controversial issue.424 Both strategies are only classified as potential damage control.

Studies on low-nicotine cigarettes indicate that they have little effect, since smokers generally compensate by smoking more cigarettes or adding other forms of nicotine.425 Vaporizers apparently expose the smoker to fewer carcinogens than traditional cigarettes, although there is great variability in the toxic substances they contain. In addition, there has been an explosive increase in their use among young people, especially in the USA.426 Sale of these devices is prohibited in Brazil. They have been associated with several recent deaths in the USA due to acute lung problems from inhaled substances. A total of 2,807 vaping-related hospitalizations and 68 deaths have been confirmed by the U.S. Centers for Disease Control. To date, there is no evidence that these strategies facilitate smoking cessation, and electronic cigarettes, in particular, are potentially dangerous.

Smoking cessation - Summary of recommendations and evidence
Patients should stop smoking and avoid exposure to environments with smokers, both at work and at home. I A
Long-term follow-up and referral to specific programs or pharmacotherapy (including nicotine replacement) are useful when associated with traditional non-pharmacological strategies. I A
Low-nicotine cigarettes can be used for damage control. III C
Vaporizers can be used as a damage control and smoking cessation strategy in resistant patients III B

1.2. Dietary Recommendations

Since patients with NSTE-ACS are classified as very high cardiovascular risk, a considerable reduction in cholesterol values is absolutely indispensable. In addition to statin therapy, which is supported by the results of several meta-analyses427,428 and randomized trials,429-432 dietary therapy is of central importance and is supported by significant evidence.433,434

A standard diet rich in fruits, vegetables, whole grains, healthy protein sources (dairy products, low-fat [skinless] poultry, fish/seafood, and nuts, non-tropical vegetable oils is recommended. Sweets, sugary drinks, and sugar itself shuld be avoided, as well as excess red meat. The PREDIMED trial tested a Mediterranean-type diet, finding a reduction in cardiovascular events, especially stroke.435

This diet must be adjusted for appropriate caloric requirements, cultural patterns, food preferences,,a nd nutritional therapy for other conditions, including DM. Caloric intake should be adjusted to avoid weight gain and, for overweight/obese patients, it must promote weight loss. Vitamins or antioxidant food supplements should not be routinely prescribed for secondary prevention.436

2. Cardiovascular Rehabilitation

Physical exercise reduces atherogenesis, promotes anti-inflammatory action, improves endothelial function, decreases sympathetic tone, increases HDL, and reduces blood pressure and insulin resistance, among other beneficial effects, and should not be denied to patients after ACS.437 Exercise is included in the therapeutic context of cardiovascular rehabilitation programs.. Sedentary lifestyle, a worldwide problem, is the main target of primary prevention and is even more important for secondary prevention of coronary events.

The cardiovascular rehabilitation process of ACS patients should begin during hospitalization withphysical therapy, including early walkingand passive and active movement of the main muscle groups. Even while hospitalized, the patient should be familiarized with scales of perceived effort (e.g., the BORG scale), which will be useful after discharge.

At discharge, every patient should receive adequate guidance about physical activity, which should initially be mild intensity, a continuation of the exercises performed during the hospital phase (phase 1), including self-monitoring techniques. Early assessment in a formal rehabilitation program should be indicated, or, when unavailable, the patient should be advised about an exercise program that can be administered by a physical therapist or physical educator according to doctor-imposed limits (phase 2).

Studies have shown that patients referred to exercise programs after an acute coronary event have a better quality of life, less symptom recurrence, and fewer new cardiovascular events.438-440

Despite the positive effects of rehabilitation programs, systematic referral and compliance are still major challenges.441 A lack of continuing medical education in cardiac rehabilitation, a lack of knowledge about program safety (event rate of 1 for every 112,000 patients/hour), and difficulty making these programs cost-effective are important parts of the problem.

2.1. Instructions about Physical Activity at Discharge

The first step in assessing patients for a cardiovascular rehabilitation program after clinical evaluation and complementary exams is to determine whether there is any absolute contraindication to physical exertion.442,443 Table 3.2 lists contraindications to regular physical activity.

Table 3.2. Risk classification for exercise training in cardiac patients.
Low risk Moderate risk High risk
  • LVEF > 50%

  • No complex arrhythmias

  • No symptoms of congestive HF

  • No angina upon exertion or in the recovery period

  • No severe or moderate valve injury

  • Functional capacity ≥ 7 METS

  • LVEF: 40% to 49%

  • Signs/symptoms, including moderate angina during exercise (5 to 6.9 METS) or in the recovery period

  • Moderate valve injury

  • LVEF < 40%

  • cardiac arrest or sudden death survivors

  • Complex ventricular arrhythmias at rest or during exercise

  • Severe valve disease

  • Uncorrected congenital heart disease

  • Functional capacity < 5 METSIschemic ST-segment depression during exercise > 2 mm

LVEF: left ventricular ejection fraction; METS: metabolic equivalents.

The risk classification for physical activity in cardiac patients is based on clinical data regarding angina, functional classification, ventricular function, residual coronary lesions, and arrhythmias. This classification is useful for determining the level of support required during the program and the need for monitoring during exercise sessions.442,443

Low-risk patients may begin exercising with a physical therapist or physical educator, without necessarily being supervised by a physician. Moderate risk patients, however, should preferably exercise in an environment with medical supervision and advanced life support resources; they can progress to a semi-supervised external program if no complications occur after 12 weeks. When a medically supervised cardiovascular rehabilitation program is not available, these patients can exercise under the supervision of a physical educator or physical therapist, conforming to safety limits predetermined by the cardiologist. The exercise team must have training in at least basic life support and an automatic external defibrillator must be available on site. High-risk patients should exercise under medical supervision, with a physical therapy and/or physical education team trained in basic life support and with local resources for advanced life support.

In all situations, heart rate monitoring should guide exertion intensity. The need for electrocardiographic monitoring during the rehabilitation program can be defined on a case-by-case basis by the medical team.

Safe exercise zones can be ideally defined through a functional test (cardiopulmonary test or ET) or, in specific cases, they can be guided by perceived effort. When a cardiopulmonary test is available, aerobic exercise should generally involve a heart rate between what is indicated by the anaerobic threshold and the respiratory compensation point, ie, a zone at which, despite the production of lactic acid, there is no decompensated metabolic acidosis, which is associated with a lower risk of arrhythmic events or cardiovascular overload. When a cardiopulmonary test is not available, exercise at between 70% and 85% of the maximum heart rate achieved in an ET or 50% to 80% of the heart rate reserve added to the resting heart rate, where: heart rate reserve = peak heart rate - resting heart rate. In patients with ECG changes or symptoms suggestive of ischemia on exertion, the limit should, in general, be 10 beats less than symptom onset or ST change. In specific cases and under medical supervision, the patient can approach the point of ischemia onset.

The doctor should ideally determine the following exercise parameters:

  • Weekly frequency.

  • Intensity (using a Borg scale and the heart rate or load determined in a cardiopulmonary or ET).

  • Mode (eg, walking, cycling, rowing).

  • Session duration.

  • Resistance exercises should also be encouraged. The recommended intensity is 40% to 60% of the maximum voluntary contraction (low to moderate intensity), 8 to 15 repetitions, 1 to 3 sets.443,444

Cardiopulmonary rehabilitation - Summary of recommendations and evidence
Physical activity guidance should be provided at discharge; cardiac rehabilitation programs should be encouraged in all patients after ACS. I B
Physical activity guidance should be provided at discharge; cardiac rehabilitation programs should be encouraged in all patients after ACS. I B
Physical activity guidance should be provided at discharge; cardiac rehabilitation programs should be encouraged in all patients after ACS. III A

3. Medications to be Prescribed at Discharge

3.1. Antithrombotic drugs

A. Switching Antiplatelet Treatment

Although a second antiplatelet may have been previously selected for use with ASA, at the time of hospital discharge it may be necessary to switch to a different antiplatelet for some reason, such as:

  • Cost.

  • Limiting adverse effects (eg, dyspnea with ticagrelor, bleeding while using the most potent drugs, such as ticagrelor and prasugrel).

  • Patient preference for a single daily dose (eg, prasugrel, if treated with PCI and without prior stroke/TIA) rather than twice a day (ticagrelor).

The transition from clopidogrel to ticagrelor has been the only such change studied with sufficient power to assess clinical outcomes, despite the fact that the study was not developed for this purpose. In the PLATO trial, 46% of the patients randomized to receive ticagrelor had been pretreated with clopidogrel (300 to 600 mg dose).152 The safety and efficacy of ticagrelor were not affected by previous use of clopidogrel.248 In the TRITON-TIMI-38 trial, which evaluated the use of prasugrel, previous use of another P2Y12 inhibitor was considered an exclusion criterion.154 Other changes in P2Y12 inhibitors (e.g., between ticagrelor and prasugrel or from ticagrelor/prasugrel to clopidogrel) have been evaluated by pharmacodynamic and observational studies, which serve more as hypothesis generating, since they were not designed to assess clinical outcomes.445-449 Thus, there is less evidence to support such transitions. Figure 3.1 shows the recommendations for switching P2Y12 agents in patients with ACS for less than 30 days.450,451

Figure 3.1. Recommendations for switching P2Y12 inhibitors in the first 30 days after acute coronary syndrome. A loading dose of the new agent is routinely recommended. *If prasugrel or ticagrelor therapy is being de-escalated due to bleeding or an increased risk of bleeding, only a maintenance dose of clopidogrel can be considered. Adapted from Valgimigli et al.451.

Figure 3.1

Thus, as a general rule, when switching P2Y12 antiplatelet therapy during the acute phase of coronary disease (< 30 days), a loading dose of the new medication should be used, followed by a maintenance dose. One exception to this rule is when prasugrel or ticagrelor is replaced with clopidogrel due to bleeding or increased risk of bleeding. The new drug should be administered 24 hours after the final administration of the first drug, with the exception of when clopidogrel is being replaced.

When the patient has had ACS for more than 30 days, and it becomes necessary to switch agents, see Figure 3.2.

Figure 3.2. Recommendations for changing P2Y12 inhibitors in patients after 30 days of acute coronary syndrome. * If ticagrelor to clopidogrel therapy is being de-escalated due to bleeding or an increased risk of bleeding, only a maintenance dose of clopidogrel can be considered. Adapted from Valgimigli et al.451.

Figure 3.2

Some differences should be considered:

  • In all situations, a 24-hour wait is recommended between the final dose of the previous medication and the first dose of the new medication.

  • A loading dose of the new agent is recommended only when ticagrelor is being replaced. Clinical studies have shown greater platelet reactivity in the first 48 hours when changing from ticagrelor to clopidogrel448,449 or prasugrel.447 This difference is due to the fact that ticagrelor is a reversible P2Y12 inhibitor, while thienopyridines (clopidogrel and prasugrel) are non-reversible.

Switching P2Y12 inhibitors - Summary of recommendations and evidence
In admitted ACS patients who received clopidogrel and wish to change to ticagrelor in the first 30 days, a loading dose of 180 mg should be administered, regardless of the timing and dosage of clopidogrel. I B
Other changes in oral P2Y12 inhibitors should be considered in light of adverse effects or other factors and should follow the regimens recommended in this Guideline. IIb C
B. Duration of Dual Antithrombotic Therapy
B.1. More than 12 Months
B.1.1. Antiplatelets

Studies have assessed the use of clopidogrel, prasugrel, and ticagrelor in ACS patients on DAPT for an average of 12 months. This is the recommended time, regardless of therapeutic strategy (clinical treatment, angioplasty, or myocardial revascularization surgery). For patients who receive clinical treatment, the only options for antiplatelet drugs are ticagrelor and clopidogre, since it has been demonstrated that prasugrel is not superior to clopidogrel in such cases.452

DAPT is a very effective way to prevent stent thrombosis. The risk of late (between 1 month and one year after stent implantation) and very late stent thrombosis (> 1 year after angioplasty) has been decreasing considerably with the use of more modern drug-eluting stents. Thus, continuing DAPT more than one year after an ACS event and angioplasty seems to carry an increased risk of bleeding that is more harmful than the potential benefits of preventing very late stent thrombosis. However, the PEGASUS trial demonstrated that in patients with a history of infarction (> 1 year) and additional high risk criteria (DM, age > 65 years, chronic kidney disease, multivessel coronary diseas or two or more previous infarctions), prolonged DAPT with ASA + ticagrelor reduced the incidence of ischemic outcomes, including new cases of infarction unrelated to stent thrombosis or stroke, compared to ASA monotherapy (HR 0.84; 95% CI 0.74 to 0.95; p = 0.004 and HR 0.85; 95% CI 0.75 to 0.96; p = 0.008, for doses of 60 mg and 90 mg, respectively).453 Continuing DAPT beyond 12 months would thus be more associated with systemic protection against thrombotic events than with preventing late stent thrombosis. This finding was reinforced by a subanalysis of the same trial, which found a similar reduction of ischemic cardiovascular events in patients with no history of stent angioplasty and patients with previous angioplasty.454 However, the decrease in cardiovascular events was accompanied by an increase in major bleeding episodes (HR 2.32; 95% CI 1.68 to 3.21; p < 0.001 and HR 2.69, 95% CI 1.96 to 3, 70; p < 0.001, for doses of 60 and 90 mg, respectively). There was no increase in fatal bleeding or intracranial hemorrhage with ticagrelor. The highest dose of ticagrelor (90 mg, twice a day) did not reduce ischemic risk and led to higher bleeding rates. Thus, the 60 mg dose is approved for selected patients 1 year after NSTEMI who tolerated DAPT during this period.

The DAPT trial also assessed the use of DAPT for > 12 months with clopidogrel and prasugrel (65.2% and 34.8% of patients, respectively).455 All included patients had undergone angioplasty with a drug-eluting st,ent and angioplasty in the context of NSTE-ACS was performed in approximately one third of the patients. In this study, patients received DAPT for a standard 12-month period and, if they adhered to treatment and did not experience relevant bleeding, they were then randomized to continue DAPT or ASA + placebo for another 18 months. Like the PEGASUS trial, a reduction in ischemic events occurred, but this benefit was offset by the increased risk of bleeding. Although stent thrombosis was reduced by one case in every 100 patients treated with prolonged DAPT, major or moderate bleeding occurred in one out of every 111 patients.

A meta-analysis of > 32,000 patients before the publication of the PEGASUS trial found a significant increase in infarction incidence in the group that received DAPT for 12 months (compared with > 12 months; OR = 1.57, 95% CI 1.30 to 1.90), as well as a lower incidence of bleeding (OR = 0.65, 95% CI 0.52 to 0.81).456 Subsequent meta-analysis, including the PEGASUS trial, found a significant decrease in all-cause mortality in the DAPT > 12 months group (HR = 0.89, 95% CI 0.79 to 0.99).457 It was concluded that any of the three P2Y12 inhibitors available in Brazil (clopidogrel, ticagrelor, and prasugrel) can reduce ischemic events when used in association with ASA for more than 12 months, although at an increased risk of bleeding. Thus, patient risk for ischemic events and bleeding must be individually assessed. Clinical scores allow ischemic and hemorrhagic risk to be estimated with more objective parameters according to the patient's clinical characteristics, assisting with decision making regarding the duration of DAPT.

The PRECISE-DAPT trial assessed 14,963 patients who had undergone angioplasty, using a score that consisted of five variables (age, creatinine clearance, hemoglobin, leukocyte count, and a history of spontaneous bleeding) to predict the risk of bleeding.458 The score was also validated in a group of more than 14,000 patients. Patients with low scores (< 25) benefitted from prolonged DAPT, including a reduction in the composite ischemic outcome (AMI, definitive stent thrombosis, stroke, and need for revascularization); the number needed to treat was 65, and there was no significant increasing in risk of bleeding. On the other hand, in patients with high scores (≥ 25), prolonged DAPT was associated with an increased risk of bleeding (number needed to harm = 38) and provided no benefits regarding ischemic outcome prevention. It should be pointed out, however, that this score was derived from randomized studies with PCI (with or without ACS) and not exclusively from a population with ACS, whose risk of ischemic events tends to be higher than that of patients with stable CAD.

The DAPT score (Table 3.3) was derived from a cohort in the DAPT trial.459 In this analysis, patients with a high risk score (≥ 2) who received DAPT for 30 months had a significant reduction in ischemic outcomes (number needed to treat = 34) and a small increase in the risk of bleeding (number needed to harm = 272). On the other hand, in patients with a low score (< 2), prolonged DAPT led to no reduction in ischemic risk and a considerable increase in the risk of bleeding (number needed to harm = 64).

Table 3.3. Dual Antiplatelet Therapy trial score.
Variables Points
Age ≥ 75 years –2
Age between 65 and 74 years –1
Age < 65 years 0
Current smoker 1
Diabetes mellitus 1
AMI at initial presentation 1
Previous PCI or AMI 1
Stent diameter < 3 mm 1
Stent eluted with paclitaxel 1
HF or LVEF < 30% 2
PCI in saphenous vein graft 2

AMI: acute myocardial infarction; PCI: percutaneous coronary intervention; HF: heart failure; LVEF: left ventricular ejection fraction.

B.1.2. Anticoagulants

The COMPASS study randomized > 27,000 patients with chronic coronary disease to rivaroxaban 2.5 mg twice a day + ASA 100 mg once a day (n = 9152) or rivaroxaban 5 mg twice a day (n = 9117) or ASA 100 mg (n = 9126). In an average follow-up of 23 months, rivaroxaban + ASA was superior to ASA alone (HR = 0.76, 95% CI 0.66 to 0.86 for the primary outcome (cardiovascular death, AMI or stroke), although it increased the incidence of bleeding (HR = 1.70, 95% CI 1.40 to 2.05). Importantly, there was a significant decrease in all-cause mortality (HR = 0.82, 95% CI 0.71 to 0.96) but no significant difference in the incidence of fatal or intracerebral bleeding.460 Considering only the rivaroxaban + ASA and ASA groups, 2423 patients had a history of AMI < 2 years, 3279 between 2 and 5 years, and 5673 > 5 years. The comparison between groups showed hazard ratios of 0.70 for patients with AMI < 2 years, 0.81 for those with AMI between 2 and 5 years, and 0.72 for those with AMI > 5 years (P-interaction = 0.93).461

B.2. Less than 12 Months

Ticagrelor monotherapy was evaluated in the GLOBAL LEADERS trial 462 in 15,968 patients undergoing PCI (34% with NSTE-ACS). The groups received ASA + ticagrelor for 1 month, followed by ticagrelor monotherapy for 23 months or by standard DAPT with ASA + clopidogrel (stable CAD) or ASA + ticagrelor (acute CAD) for 12 months, followed by ASA monotherapy for 12 more months. At the end of 2 years of follow-up, the primary outcome (all-cause mortality or infarction) was similar in both groups (RR 0.87, 95% CI 0.75 to 1.01). The secondary outcome, bleeding (BARC 3 or 5), was also similar in both groups (RR = 0.97, 95% CI 0.78 to 1.20). Secondary analysis in a later publication found a significant decrease in the primary outcome in patients with acute CAD and PCI in more than one coronary artery.463

The TWILIGHT trial evaluated whether early discontinuation of ASA would be safe in patients treated with PCI who had a high risk of thrombosis or bleeding according to clinical and angiographic characteristics.464 A total of 7119 patients (4614 with NSTE-ACS) were included, all treated for 3 months after PCI with ASA + ticagrelor. After this period, they were randomized to continue with DAPT or ticagrelor monotherapy for another 9 months. The main outcome was bleeding (BARC 2, 3 or 5). At the end of follow-up, the ticagrelor monotherapy group there was a 44% reduction (HR 0.56; 95% CI: 0.45-0.68; p < 0.001) in the main outcome, with no increase in ischemic risk (secondary outcome, insufficient sampling power for this conclusion).

In a recently published meta-analysis, O'Donoghue et al. assessed monotherapy with P2Y12 inhibitors vs. DAPT in approximately 17,000 patients with acute coronary disease, finding a hazard ratio of 0.50 (95% CI 0.41 to 0.61) for bleeding, and a hazard ratio of 0.85 (95% CI 0.70 to 1.03) for major adverse cardiac events.465

Duration of dual antithrombotic therapy in patients with NSTE-ACS in sinus rhythm - Summary of recommendations and evidence
After NSTE-ACS, DAPT should be continued for 12 months, regardless of the clinical strategy (angioplasty, myocardial revascularization surgery, or clinical treatment). I A
In patients with NSTE-ACS and increased risk of bleeding, DAPT should be continued for only 6 months, with the P2Y12 inhibitor suspended after this period, regardless of the clinical strategy (angioplasty, coronary artery bypass surgery, or clinical treatment) IIa B
In NSTE-ACS patients undergoing PCI, DAPT may be considered for 3 months, followed by P2Y12 inhibitor monotherapy (preferably ticagrelor). lla A
Associate a second antithrombotic medication (see table below) with ASA after 12 months of DAPT in patients with a high ischemic risk and a low risk of bleeding. IIa A
Extended antithrombotic/antiplatelet therapy options
Medication Trial Dose Indication
Clopidogrel DAPT 75 mg per day Post-angioplasty tolerant to DAPT for 1 year
Prasugrel DAPT 10 mg per day (5 mg if weight < 60 kg or age > 75 years) Post-angioplasty tolerant to DAPT for 1 year
Ticagrelor PEGASUS-Tl MI-54 60 mg twice/day Post-infarction with increased ischemic risk
Rivaroxabana COMPASS 2,5mg 2 vezes/ dia Pacientes coronariopatas ou com doenga arterial periferica com alto risco trombotico

Care should be taken when prescribing antiplatelet drugs to patients with ACS who, during hospitalization, undergo CABG. Subanalyses of the CURE,466 PLATO,249 and TRITON237 trials showed that patients undergoing surgical revascularization seemed to benefit like the other patients included in these trials. Thus, thienopyridine should be reintroduced as soon as it is considered safe after surgical revascularization.

C. Antiplatelet Management in Patients Who Need Chronic Anticoagulation

Evidence about antiplatelet management in patients who need chronic anticoagulation is, for the most part, restricted to atrial fibrillation (AF) patients. The incidence of AF in patients with NSTE-ACS ranges from 5% to 23%.467 The standard therapy for ACS is DAPT for at least 12 months to prevent ischemic events. In patients with AF and a CHA2DS2VASC score ≥ 2, chronic anticoagulation is recommended to prevent thromboembolic events. When both of these conditions are present, it becomes important to determine the best combination of antithrombotic agents, including the appropriate dose and the ideal duration of each treatment. These questions were evaluated in a series of phase 3 clinical trials.

The first of these studies was the WOEST trial,468 which recruited 573 patients with AF who were on anticoagulants and underwent angioplasty. The patients were then randomized into two groups: one that used clopidogrel associated with anticoagulant and another that used triple therapy (anticoagulant + clopidogrel + ASA). Dual therapy was associated with a lower risk of bleeding at 1 year (19.4% vs. 44.4%, HR 0.36, 95% CI 0.26-0.50, p <0.0001) without a greater risk of ischemic events.

The first randomized trial to assess DOAC in the context of double and triple therapy in patients with AF who underwent angioplasty was PIONEER AF-PCI.268 This trial compared three antithrombotic strategies: rivaroxaban 15 mg/day associated with a P2Y12 inhibitor; triple therapy with DAPT and low-dose rivaroxaban (2.5 mg every 12 h); triple therapy with DAPT and a vitamin K antagonist. Strategies involving rivaroxaban were associated with a lower risk of bleeding than triple therapy with vitamin K antagonists. There was no difference in ischemic outcomes, but the sample size (2124 patients) had insufficient power for this outcome. One criticism of this study was the fact that the low doses of rivaroxaban had not been approved for antithrombotic treatment in AF.

The following year, the RE-DUAL PCI trial was published, which randomized 2725 patients with AF who underwent angioplasty.269 Dual therapy with dabigatran at different doses (150 mg twice a day and 110 mg twice a day) associated with a P2Y12 inhibitor was compared to triple therapy with warfarin. In the triple therapy group, ASA was continued for 1 month in patients who received a non-drug-eluting stent, and for 3 months in patients who received a drug-eluting stent. The two dabigatran regimens were associated with a lower risk of bleeding than the triple therapy warfarin regimen. No interaction was found between proton pump inhibitors and the effect of the drug, since this class of drugs did not influence the main results of the study.469 The design of RE-DUAL PCI and PIONEER AF-PCI did not allow assessment of whether the reduced risk of bleeding in dual therapy was secondary to replacing vitamin K antagonists with DOAC or to excluding ASA from the treatment.

The AUGUSTUS trial, published in 2019,270 set out to answer this question by randomizing 4,614 patients with AF who had undergone PCI or had ACS in the last 14 days. The study used a 2x2 factorial design; patients were randomized into groups that compared apixaban 5 mg twice a day to warfarin, and groups that compared ASA to placebo. All patients received a P2Y12 inhibitor, which was clopidogrel in more than 90% of cases. Thus, four groups were studied: (1) P2Y12 inhibitor + warfarin + ASA; (2) P2Y12 inhibitor + warfarin + placebo; (3) P2Y12 inhibitor + apixaban + ASA; (4) P2Y12 inhibitor + apixaban + placebo. In the comparison between apixaban and warfarin, there was a lower risk of bleeding with apixaban. One major or clinically relevant bleeding episode was avoided during the study period for every 24 patients treated with apixaban when compared with warfarin. In the comparison of ASA vs. placebo, it was demonstrated that ASA increased the risk of bleeding. There was one additional significant bleeding episode in 6 months for every 14 patients treatedwith ASA when compared with placebo. Compared to triple therapy, there was no increase in ischemic outcomes with double therapy; however, the study was not powered to assess efficacy outcomes. It is important to point out that in the AUGUSTUS trial, patients were randomized an average of 6 days after PCI or ACS. Thus, patients received at least a short course of ASA and triple therapy prior to randomization. Another relevant fact about this study is that it also included patients with AF and medically managed ACS (approximately 25% of the sample).

The ENTRUST trial randomized 1506 patients with AF who underwent coronary angioplasty, following them for 12 months.271 The study design compared double therapy with edoxaban 60 mg/day associated with clopidogrel 75 mg/day to traditional triple therapy (warfarin + double antiplatelet therapy with ASA + clopidogrel). Dual therapy with edoxaban was non-inferior to triple therapy with warfarin regarding the primary outcome of bleeding. However,this was the only randomized clinical trial that did not demonstrate a superiority for bleeding outcomes of a dual therapy with a DOAC compared to a triple therapy with warfarin.

One possible concern with dual therapy in AF patients who undergo angioplasty would be an increased ischemic risk, especially for stent thrombosis. The five previously mentioned trials (WOEST, PIONEER AF-PCI, RE-DUAL PCI, AUGUSTUS and ENTRUST) were designed to determine whether less aggressive antithrombotic therapy resulted in reduced bleeding. None of them, however, had sufficient power to adequately assess increased ischemic risk. To assess this issue, two meta-analyses were developed, both of which demonstrated that, compared to warfarin + DAPT, dual antithrombotic therapy decreases hemorrhagic events.272,470,471 However, when comparing double and triple antithrombotic therapy, Gargiulo et al.472 found that dual antithrombotic therapy led to a significant decrease in bleeding at the expense of a significantly higher incidence of stent thrombosis (RR = 1.59, 95% CI 1.01 to 2.50) and a trend toward increased AMI, suggesting that some patients with a very high risk of ischemic events and (especially) a low risk of bleeding events may benefit from triple antithrombotic therapy for up to 30 days after the index event (Figure 3.3).

Figure 3.3. Antithrombotic regimen proposed for patients with non-ST-elevation acute coronary syndrome who have AF and are indicated for anticoagulation.

Figure 3.3

Antithrombotic therapy in patients after ACS who have AF and are indicated for anticoagulation - Summary of recommendations and evidence
DOAC is preferable to warfarin I A
Clopidogrel is the preferred P2Y12 inhibitor, since it has been the most studied drug in this context I A
Triple therapy should be continued for the shortest possible time due to the high risk of associated bleeding. IIa A
When using warfarin, an INR between 2 and 2.5 is desirable. IIa C
ASA should be used in low doses, preferably ≤ 100 mg/day. IIa C
During hospitalization, triple therapy with ASA + P2Y12 inhibitor + anticoagulant should be used. IIa C
After hospital discharge, P2Y12 inhibitor and anticoagulant should be routinely continued for up to 12 months after the event. The P2Y12 inhibitor should be discontinued after 12 months, continuing only with the anticoagulant. IIa A
In patients with increased ischemic risk, triple therapy can be maintained for a longer period. IIa B
PPI should be considered the first choice as prophylaxis for stress ulcers due to the high risk of gastrointestinal bleeding. IIa C

INR: inInternationalormalized ratio

3.2. Renin-Angiotensin-Aldosterone System Inhibitors

ACE inhibitors are recommended for post-ACS patients with systolic LV dysfunction/HF, systemic arterial hypertension or DM. Angiotensin receptor blockers can be used in patients intolerant to ACE inhibitors.

Mineralocorticoid antagonists are indicated in post-ACS patients with LVEF ≤ 40% associated with evidence of HF or DM.283

When managing arterial hypertension after hospitalization for ACS and in the long term, special care must be taken to maintain adequate blood pressure control, as recommended by the Brazilian Hypertension Guidelines.473 However, the J-curve should also be considered, despite the controversy about its existence and role. The ONTARGET study474,475 demonstrated that excessive reductions in SBP were associated with an increase in ischemic events and that a SBP of 126 mmHg was associated with the lowest occurrence of AMI. The TNT study476 assessed the impact of blood pressure levels on more than 10,000 coronary disease patients. More ischemic events occurred when SBP was below 110-120 mmHg, and diastolic blood pressure was below 60-70 mmHg. However, the SPRINT study, which randomized 9,361 patients without DM and high cardiovascular risk to an intensive control goal (SBP < 120 mmHg) or a conventional goal (SBP < 140 mmHg), found that intensive treatment reduced the occurrence of the composite outcome (cardiovascular death, infarction, stroke, ACS, or HF)(HR 0.75; 95% CI 0.64 to 0.89; p < 0.001), as well as all-cause mortality (HR 0.73; 95% CI 0, 60 to 0.90; p = 0.003). There was an increased incidence of adverse events from falls, syncope, hypotension, and acute renal failure in the intensive group. No increase in infarction or ACS was found in the intensive treatment group. However, the study included less than 20% of patients with overt cardiovascular disease.477 No other studies have been conducted specifically on patients with a history of ACS. Thus, due to the potential for worsening ischemia, lowering the patient's blood pressure should be viewed with caution. To avoid reducing coronary perfusion pressure, diastolic blood pressure should not fall below 60 mmHg.

Renin-angiotensin-aldosterone system inhibitors in patients after NSTE-ACS - Summary of recommendations and evidence
Renin-angiotensin-aldosterone system inhibitors in patients after NSTE-ACS - Summary of recommendations and evidence I A
Spironolactone is recommended in patients with LVEF ≤ 40% associated with HF or DM. I A

3.3. Beta-blockers

Long-term use of beta-blockers is recommended in patients with HF and an EF ≤ 40%. In patients with preserved LV systolic function, the data are less robust. Evidence favorable to beta-blockers emerged in the early 1980s, when ACS treatment differed substantially from current protocols.478,479 Their use in NSTE-ACS patients without HF has not been evaluated in randomized clinical trials. The data available for this population are derived from observational studies suggesting that long-term beta-blocker use after AMI is useful.480,481 A specifically designed Brazilian study that followed NSTE-ACS patients for approximately 17 years suggested that the long-term use of beta-blockers benefits populations with LV dysfunction, but not those with normal EF.137 The ongoing DANBLOCK study (NCT 03778554) is randomizing patients with recent myocardial infarction and EF > 40% to assess whether beta-blockers reduce ischemic outcomes in the context of current ACS therapy. The results are expected in 2023.

Use of beta-blockers in patients after non-ST-segment elevation acute coronary syndrome - Summary of recommendations and evidence
The indefinite use of beta-blockers is recommended in patients with LV dysfunction. Agents with proven effectiveness in this context should be used. I B

3.4. Antidiabetic drugs

Over 30% of NSTE-ACS patients have DM.482 The treatment of this comorbidity has undergone major changes in recent years with the arrival of drugs that not only lower blood glucose levels, but also reduce the incidence of cardiovascular events. There is evidence that more intensive control of glycated hemoglobin (HbA1c) in diabetic patients reduces the risk of microvascular complications.483,484 Their impact on macrovascular events has been more heterogeneous, although there seem to be benefits in long-term follow-up (> 10 years), as long as treatment begins soon after diagnosis.485 Based on microvascular event findings, an HbA1c target of less than 7% is recommended in most diabetic patients. It is important to point out, however, that this number is more of a general principle and it should be individualized for each patient. In the ACCORD trial, for example, more aggressive glycemic control, in addition to not reducing major cardiovascular outcomes, was associated with higher overall mortality, which led to early interruption of the study.486 The included patients had long-standing DM (10 years on average), in addition to a high prevalence of cardiovascular disease (approximately 35%). Therefore, in patients with low life expectancy, long-standing DM, a history of severe hypoglycemia, advanced microvascular or macrovascular disease, less stringent HbA1c targets (eg, < 8%) can be considered. Conversely, in patients with recent-onset DM, no relevant comorbidities, and a good understanding of the disease, more intensive targets (eg, HbA1c < 7%) can be targeted.

Once the glycemic targets have been determined, the drugs must be chosen. Every patient diagnosed with DM should receive metformin unless it is formally contraindicated.487 This low-cost medication is widely available in the public health system and has favorable effects on weight reduction and glycemic control, in addition to potentially reducing the incidence of cardiovascular events.484 Recent randomized trials have shown that treatment with new antidiabetics in association with metformin has reduced cardiovascular outcomes in more than 70% to 80% of patients.

The main side effects of metformin are gastrointestinal (feeling of bloating, abdominal pain, diarrhea) and can be avoided with a slower dose progression. Patients with creatinine clearance below 30 mL/min are formally contraindicated to the drug.488 Chronic metformin treatment is associated with a higher incidence of low vitamin B12 levels, and monitoring should be considered in this population, especially if there is associated anemia or neuropathy.489

In patients with a history of coronary disease, therapy with SGLT2 inhibitors or GLP1 receptor agonists should be considered, regardless of the HbA1c level. Medications that have already shown benefits in reducing cardiovascular events in phase 3 studies should be selected.

Choosing between SGLT2 inhibitors and GLP1 receptor agonists depends on several factors, some of which are shown in Table 3.4. Both drug classes have similar reductions in major cardiovascular outcomes in secondary prevention patients.490 Ideally, the decision should be shared with the patient, weighing practical aspects such as route of administration (oral vs. subcutaneous) and price, as well as the clinical benefits found in randomized studies. Due to their benefits beyond glycemic control, these drugs should be prescribed as soon as possible after ACS, since diabetic patients with ACS are a very high risk group and therapeutic inertia should be avoided. In a subanalysis of patients with previous AMI from the DECLARE trial, dapagliflozin reduced the composite outcome of cardiovascular death, infarction and ischemic stroke (mainly driven by a reduction in reinfarction) compared to placebo, and this benefit appeared to be greater closer to the acute phase of a coronary event.491

Table 3.4. Factors to be considered when deciding on the best new antidiabetic treatment in coronary patients.
SGLT2 inhibitors GLP1-RA
Method of administration Daily oral administration Subcutaneous (oral semaglutide already exists, but is not yet available in Brazil)
Daily or weekly administration
Benefits Reduces MACE
Reduces cardiovascular death (empagliflozin)
Reduces HF
Reduces (slightly) AP
Prevents progression of nephropathy
Reduces MACE
Reduces cardiovascular death (liraglutide)
Weight loss
Prevents progression of nephropathy (liraglutide)
Caution Creatinine clearance < 30 mL/min/1.73 m²
History of genital infections
History of ketoacidosis
Osteoporosis/fractures (canagliflozin)
Peripheral arterial disease (canagliflozin)
Creatinine clearance <30 mL/min/1.73 m²
Nausea
History of pancreatitis
Retinopathy (semaglutide)

MACE: major adverse cardiac events.

Importantly, in the DAPA-HF study, dapagliflozin showed cardiovascular benefits in patients with HF and a LVEF <40%, regardless of DM.492 In this trial, coronary disease was the cause of HF in 55% of the patients and a there was a 23% reduction in the composite outcome (worsening HF and cardiovascular death), regardless of the patient's HbA1c levels. Thus, in patients with LV dysfunction due to coronary disease and associated DM, there is more evidence for the benefit of SGLT2 inhibitors than GLP1 receptor agonists.

Another situation in which SGLT2 inhibitors showed benefits was in diabetic patients with chronic kidney disease. In the CREDENCE trial, canagliflozin at a dose of 100 mg per day reduced the progression of nephropathy in diabetic patients with creatinine clearance between 30 and 90 mL/min associated with proteinuria (albumin to urinary creatine ratio ≥ 300 mg/g).493 In end-stage renal disease, the primary endpoint (a 2-fold increase in creatinine levels or death from renal or cardiovascular causes) was reduced by 30% with the use of SGLT2 inhibitors (HR 0.70; 95% CI 0.59 to 0.82; p = 0.00001).

Most of the other antidiabetics had no effect on cardiovascular events. However, in some cases, the outcomes worsened. In the SAVOR-TIMI 53 trial, the DPP-4 inhibitor saxagliptin was tested against placebo in a population of 16,492 diabetic patients.494 In addition to not reducing cardiovascular outcomes, saxagliptin increased the hospitalization rate for HF (from 2.8% to 3.5%, HR 1.27; 95%CI 1.07 to 1, 51; p = 0.007). Thus, this medication should be avoided in patients with HF.

Outpatient management of diabetic patients with a history of the acute coronary syndrome - Summary of recommendations and evidence
An HbA1c target < 7% should be used in most diabetic patients to reduce microvascular events. I A
The HbA1c target must be individualized, considering characteristics such as comorbidities, life expect,ancy and the duration of DM I C
Unless contraindicated, metformin is the drug of choice for initial DM treatment. I A
After ACS, consider combined treatment including an SGLT2 inhibitor or a GLP1-RA with proven cardiovascular benefits regardless of HbA1c level. I A
In patients with HF or nephropathy (creatinine clearance between 30 and 90 mL/min and/or with proteinuria), SGLT2 inhibitors are the drug of choice. I A
Use saxagliptin and pioglitazone in diabetic patients with HF. III A

3.5. Lipid lowering drugs

Treatment with statins should begin early, preferably with high-intensity therapy (ie, rosuvastatin 20-40 mg or atorvastatin 40-80 mg). In patients who are already using this medication, treatment should not be interrupted. If the previously used statin is of low or moderateintensity, changing to a high potency statin should be considered.

In outpatient follow-up, consider therapeutic LDL-c and HDL-c goals of < 50 mg/dL and < 80 mg/dL, respectively. If the goals are not achieved, and the patient is not yet using high-potency statins, prescbing a medication from this group is recommended. However, if LDL targets are still not achieved, an association with ezetimibe 10 mg/day is recommended. After these measures, if the LDL remains above the target, PCSK9 inhibitors should be considered.

The FOURIER trial (2017) was the first study to evaluate clinical outcomes associated with PCSK9 inhibitors495. It included 27,564 patients with a history of cardiovascular disease with LDL ≥70 mg/dL despite statin use. The patients were randomized to evolocumab (140 mg subcutaneously every 2 weeks or 420 mg subcutaneously once a month, according to the patient's preference) or placebo. A significant reduction in the composite outcome (cardiovascular death, AMI, stroke, coronary revascularization, or hospitalization due to UA) occurred in the evolocumab group. This outcome occurred in 11.3% of the control group and in 9.8% of the evolocumab group over a mean follow-up of 26 months. There was no difference in mortality.

The ODYSSEY-OUTCOMES trial (2018) evaluated alirocumab in patients with ACS in the year prior to inclusion.496 The patients, who had LDL ≥ 70 mg/dL despite using high-potency statins, were randomized to receive alirocumab 75 mg subcutaneously every 2 weeks or placebo. In an average follow-up of 2.8 years, there was a 14.4% reduction in the composite outcome (death from coronary heart disease, AMI, stroke, or hospitalization for UA). In this trial there was an apparent reduction in overall mortality (from 4.1% to 3.5%), although there was no reduction in cardiovascular death. The benefits of the new medication were more prominent in patients with baseline LDL above 100 mg/dL. Although the absolute risk of mortality was reduced by 0.6% in the general group, the reduction was 1.7% in the group with LDL > 100 mg/dL.

One relevant fact about the ODYSSEY-OUTCOMES trial is that the PCSK9 inhibitor was initiated an average of 2.6 months after the ACS episode. In the FOURIER study, however, in patients with a history of AMI (about 80% of the total population), evolocumab was initiated an average 3.4 years after the last AMI. In other words, based on the evidence from these studies, PCSK9 inhibitors, as a rule, should be considered in outpatient follow-up for infarcted patients and in the acute in-hospital phase.

Another lipid lowering drug that reduced cardiovascular events in secondary prevention was omega-3 supplementation (eicosapentaenoic acid: icosapent-ethyl 4 g/day). This strategy was evaluated in the REDUCE-IT study, which randomized high-risk patients (secondary prevention or DM with another associated risk factor) who had hypertriglyceridemia despite statin use.497 Most patients (70.7%) were onsecondary prevention. There was a reduction in the primary endpoint (cardiovascular death, AMI, stroke, need for revascularization, or UA) from 22% to 17.2%. There was also a reduction in cardiovascular death from 5.2% to 4.3% (CI 0.66 to 0.98; p = 0.03). For every 21 patients treated during the mean 4.9 years of follow-up, one cardiovascular event was prevented. One criticism about the REDUCE-IT trial was that the placebo, mineral oil, led to an LDL increase of 5 mg/dL in the control group compared to the EPA group, which could have increased the risk of events in the placebo group.

It should be pointed out that in the REDUCE-IT trial, a specific formulation of omega 3 based on eicosapentaenoic acid (icosapent-ethyl) was used, which had no relevant impact on LDL during the trial (an increase of 2 mg/dL). There is evidence that omega 3 formulations containing docosahexaenoic acid raise LDL levels.498 Thus, it is recommended that, for omega-3 supplementation in post-ACS patients, the REDUCE-IT formulation should be used. It will not be available in Brazil until after this Guideline has been published.

Use of lipid-lowering drugs in NSTE-ACS patients after discharge - Summary of recommendations and evidence
In patients with a previous ACS diagnosis, LDL-c should be reduced to < 50 mg/dL, and HDL-c should be reduced to < 80 mg/dL. I B
When tolerated, preference should be given to high-intensity statins. I A
When the LDL-c target is not achieved with statins at the maximum tolerated dose, ezetimibe should be added. I A
PCSK9 inhibitors can be considered in patients who are receiving statin treatment at the highest tolerated dose, associated or not with ezetimibe, and who have not reached recommended LDL-c or HDL-c target levels. IIa A

3.6. Other Medications

Post-ACS patients are at increased risk of bleeding due to antithrombotic therapy. The gastrointestinal tract is the most frequent site of clinically relevant bleeding in patients on chronic antiplatelet therapy.499 Gastric protection is one way to reduce the risk of these events. PPIs have been shown to be more effective than H2 receptor antagonists in observational studies.500 However, some in vitro studies have suggested that associating PPIs with clopidogrel could reduce its antiplatelet activity.225,226 The COGENT trial (see Part 2) showed that combining omeprazole with clopidogrel reduced the risk of gastrointestinal complications without an apparent increase in ischemic events. However, given that the study was discontinued early, it cannot be ruled out that omeprazole would have led to an increase in ischemic events.231

Therefore, PPIs are recommended for patients receiving DAPT who are at increased risk of bleeding, i.e., those with a history of gastrointestinal bleeding, a history of peptic ulcer disease, anticoagulant use, chronic NSAID use, chronic corticosteroid use, or those with two or more of the following factors: age ≥ 65 years, dyspepsia, gastroesophageal reflux disease, H. pylori infection, or chronic alcohol use.

After discharge, patients must be instructed that if they have angina at rest, they should use sublingual nitrate (dinitrate, mononitrate, or nitroglycerin), as long as there are no contraindications. If the pain does not improve in 3 to 5 minutes, the emergency department should be called.

Viral and bacterial infections can trigger an acute cardiovascular event in patients with heart disease. There is evidence that vaccinating for influenza and pneumococcus can reduce hospitalizations and even mortality in these patients.501 Thus, annual vaccination for influenza is recommended for patients with coronary disease. Ideally, the vaccine should be administered during the normal vaccination campaign (April and May in Brazil). Regarding the pneumococcal vaccine, a dose of the 23-valent polysaccharide (Pneumo 23) vaccine with a booster after 5 years is recommended.502 An ongoing Brazilian randomized trial is testing whether a double-dose of anti-influenza vaccine during hospitalization for ACS is superior to conventional vaccination 30 days after the event for reducing cardiovascular outcomes (NCT 04001504).

Therapy aimed at reducing plaque inflammation has begun to yield promising results. In the CANTOS trial, canakinumab, an anti-interleukin 1-β monoclonal antibody, reduced major cardiovascular events (cardiovascular death, reinfarction or stroke) in patients with previous infarction (at least 30 days after the index event) and elevated C-reactive protein (HR 0.88; 95% CI 0.79 to 0.97; p = 0.02).503 However, there was an increase in death from infection. Moreover, due to its prohibitive cost, this medication has not been incorporated into normal clinical practice. Colchicine, a widely available and low-cost drug, significantly reduced the composite outcome (cardiovascular death, reinfarction, hospitalization for UA with a need for revascularization, stroke, or resuscitated cardiac arrest (HR 0.77; 95% CI 0.61 to 0.96; p = 0.02) in patients with recent AMI (within 30 days of the index event). However, there was an increase in the incidence of pneumonia.504 Figure 3.4 summarizes the recommended drugs for NSTE-ACS patients after discharge.

Figure 3.4. Summary of discharge prescriptions after non-ST-elevation acute coronary syndrome.

Figure 3.4

Other pharmacological interventions in ACS patients after discharge - Summary of recommendations and evidence
If there are no contraindications, patients should use sublingual nitrate if they have angina at rest. I C
Patients should be vaccinated against influenza and pneumococcus to reduce morbidity and mortality. I B
PPI should be used in patients receiving DAPT who have an increased risk of bleeding (history of gastrointestinal bleeding or peptic ulcer disease, anticoagulant use, chronic NSAID use, chronic corticosteroid use) or have two or more of the following characteristics: age ≥ 65 years, dyspepsia, gastroesophageal reflux disease, H. pylori infection, or chronic alcohol use. IIa B

4. Post-discharge Clinical Screening

When early reassessment is recommended for low-risk patients and those revascularized after NSTE-ACS, it should be performed between 2 and 6 weeks after discharge. In patients with greater severity, reassessment is recommended within 14 days.505 Obviously, these deadlines must consider the particularities of each situation since the procedural complications, health care access, and individual characteristics of each patient can vary considerably.

Since there is a risk of complications even in asymptomatic patients, risk assessment should be applied to both symptomatic and asymptomatic patients. Patients should be closely monitored in the first 12 months after revascularization and/or stabilized ACS because they are at higher risk for complications and are subject to changes in pharmacological treatment.506 Therefore, at least two visits are recommended in the first year of follow-up, the first occurring ideally within 3 months.

In patients with LV systolic dysfunction prior to the revascularization procedure or after ACS, LV function should be reassessed 8 to 12 weeks after the intervention.507,508

Cardiac function may improve due to mechanisms such as recovery from myocardial dizziness or hibernating myocardium, which can be reversed through revascularization or worsened due to other comorbidities, such as heart valve disease, arrhythmia, inflammation, etc. These conditions should be identified and treated.509

Similarly, non-invasive ischemia testing can be performed after revascularization to identify residual ischemia and serve as a reference for subsequent comparisons.509 This approach must be individualized since each revascularization involves anatomical peculiarities and varies greatly from patient to patient. These recommendations are mostly based on expert opinion.

In patients who have been asymptomatic for more than 1 year, at least one annual reassessment is recommended.509 The assessment should include the patient's general clinical status, treatment adherence, and risk profile based on risk scores. Laboratory tests, including a lipid profile, kidney function, a complete blood count, and biomarkers, should be performed at least every 2 years.507,508

The lipid profile and glycemic status should be evaluated periodically and, although there is no evidence to support a specific periodicity, an annual evaluation is generally recommended.509

Certain inflammatory biomarkers appear to be event markers. The highsensitive C-reactive protein has been tested in multiple studies, even in patients in primary prevention. NT-proBNP, von Willebrand factor, and interleukin-6 also seem to predict events.510 Scores based on an association of biomarkers (LDL, NT-proBNP, troponin T, fibrin degradation products) have been found to have better reclassification power and higher C-statistics than scores based on clinical models, and they are promising tools for predicting events in patients with coronary disease.511,512 However, the lack of more robust evidence limits the routine application of these biomarkers, which should be reserved for selected cases.

An ECG should be requested at each visit to determine heart rate and rhythm. Echocardiograms can help assess LV function (diastolic and systolic), valve status, and cardiac dimensions in apparently asymptomatic patients every 3 to 5 years. Likewise, it may be beneficial to non-invasively assess the presence of silent ischemia in apparently asymptomatic patients every 3 to 5 years, preferably with stress imaging tests.513

Due to the lack of functional information, coronary CCTA should not be used for evaluation. In specific cases, it can help assess the patency of coronaries and grafts.512

For patients with a history of NSTE-ACS and/or revascularization and unequivocal symptoms of angina, the vast majority of evidence indicates that invasive stratification is the best option. For patients with unclear symptoms, stress imaging is recommended.513

Post-discharge clinical screening - Summary of recommendations and evidence
Asymptomatic patients
Patients should visit a cardiologist (preferably within 3 months) to reassess any potential changes in their risk situation, including clinical assessment of lifestyle modification measures, adherence to the target risk factors, and new comorbidities that could affect treatment and results. I C
In patients with mild or no symptoms in whom non-invasive risk stratification indicates high risk and for whom revascularization could improve prognosis, invasive coronary angiography is recommended (FFR, when necessary and available). I C
Risk stratification by stress imaging can be performed in high-risk patients approximately 6 months after revascularization. IIb C
A new angiography may be considered in high-risk revascularization patients (e.g., unprotected left main coronary artery disease), regardless of the symptoms. IIb C
Routine stress imaging should be performed in patients who were revascularized percutaneously > 1 year or surgically > 5 years. IIb C
CCTA alone can be used for routine stratification. III C
Coronary angiography alone can be used for risk stratification in an asymptomatic patient. III C
Asymptomatic patients
Evaluate coronary disease status in patients who have impaired LV systolic function with no identifiable cause. I C
Perform stress imaging (preferably) in patients with new symptoms and/or worsening symptoms. I C
Perform angiography (with FFR or iFR, if necessary) in patients with unmistakable symptoms of coronary disease, especially if it is refractory to drug treatment or if they fit the high-risk profile. I C
Perform angiography in patients with high-risk stress imaging findings. I C
In a previously revascularized patient, stress imaging should be performed rather than ET. IIa C

Footnotes

Development: The Brazilian Society of Cardiology's Department of Clinical Cardiology

Norms and Guidelines Council (2020-2021): Brivaldo Markman Filho, Antonio Carlos Sobral Sousa, Aurora Felice Castro Issa, Bruno Ramos Nascimento, Harry Correa Filho, Marcelo Luiz Campos Vieira

Norms and Guidelines Coordinator (2020-2021): Brivaldo Markman Filho

Associate Editors: Gilson Feitosa Filho, João Luiz Petriz, Dalton Bertolim Précoma, Walmor Lemke, Ari Timerman, José A. Marin-Netto, Luiz Bezerra Neto, Bruno Ferraz, Eduardo Lapa, Leopoldo S. Piegas

Writing Committee: José Carlos Nicolau, Gilson Feitosa Filho, João Luiz Petriz, Remo Holanda de Mendonça Furtado, Dalton Bertolim Précoma, Walmor Lemke, Renato D. Lopes, Ari Timerman, José A. Marin-Netto, Luiz Bezerra Neto, Bruno Ferraz, Eduardo Lapa, Leopoldo S. Piegas.

Note: These guidelines are for information purposes and should not replace the clinical judgment of a physician, who must ultimately determine the appropriate treatment for each patient.


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