Skip to main content
Arquivos Brasileiros de Cardiologia logoLink to Arquivos Brasileiros de Cardiologia
editorial
. 2020 Jul 28;115(1):90–91. [Article in Portuguese] doi: 10.36660/abc.20200530
View full-text in English

Stents Farmacológicos para Todos: o Preço Vale a Pena?

Marcos Danillo P Oliveira 1, Vanessa Teich 2, Adriano Caixeta 1,3
PMCID: PMC8384325  PMID: 32813834

Apesar de seu papel revolucionário inicial para o desenvolvimento da cardiologia intervencionista, os stents não-farmacológicos (SNF) têm como principal desvantagem a reestenose intrastent (RIS), o que ocorre em uma proporção significativa (até 44%) dos pacientes submetidos a intervenções coronárias percutâneas (ICP). 1

Os stents farmacológicos (SF) tornaram-se disponíveis pela primeira vez no ano 2000. Ao liberar localmente drogas antiproliferativas e anti-inflamatórias, há uma inibição da proliferação de células musculares lisas, assim atenuando um fator-chave para a RIS. A introdução dos SF de segunda geração, incluindo stents eluidores de everolimus e zotarolimus, levou a afirmações de segurança melhorada com eficácia não inferior em comparação com os SF de primeira geração, apoiados por inúmeros ensaios clínicos. 2

Bangalore et al., 3 publicaram uma metanálise comparando SNF versus SF em relação à trombose de stent (TS), revascularização do vaso-alvo (RVA), morte e infarto do miocárdio (IM), com 117.762 pacientes-ano de seguimento, a partir de 76 ensaios clínicos randomizados internacionais. Embora tenham verificado que o risco de morte não era significativamente diferente entre os dois tipos de stents, havia um risco menor nos resultados de curto e longo prazo em favor do SF, exceto para o stent eluidor de paclitaxel de primeira geração, atualmente não mais disponível.

Baschet et al., 2 realizaram uma análise de custo-efetividade no cenário do Seguro Nacional de Saúde da França. O principal critério de eficácia foi a sobrevida livre de eventos cardíacos adversos maiores. A efetividade e os custos foram modelados em um horizonte de 5 anos. Razões de custo-efetividade incremental (RCEI) e uma curva de aceitabilidade de custo-efetividade foram calculadas para uma série de limiares de disposição para pagar por ano ganho livre de eventos cardíacos maiores. Os resultados dos casos base demonstraram que o SF era dominante sobre o SNF, com um aumento na sobrevida livre de eventos e uma redução de custos de €184, principalmente devido à redução de revascularizações futuras e à ausência de IM e TS. Não foram previstas diferenças na sobrevida global. Esses resultados foram robustos quanto à incerteza nas análises de sensibilidade determinísticas e probabilísticas unidirecionais. Utilizando um limiar de custo-efetividade de €7000 por ano ganho livre de eventos cardíacos maiores, o SF apresentou uma probabilidade maior que 95% de ser mais custo-efetivo em relação ao SNF.

Mais recentemente, o estudo randomizado EXAMINATION 4 avaliou 1.498 pacientes com IAMCSST (infarto do miocárdio com elevação do segmento ST) alocados para ICP com SF de nova geração ou SNF. Após um seguimento de cinco anos, houve uma redução relativa de desfechos combinados e mortalidade de 20% e 30%, respectivamente, em favor do SF. No horizonte do tempo de vida, a estratégia com SF foi €430 mais cara do que aquela com o SNF (€8.305 vs. €7.874), mas foi acompanhada de ganhos incrementais de 0,10 anos de vida ajustados pela qualidade (QALYs, quality-adjusted life-years ). Assim, isso resultou em uma RCEI média em todas as simulações de €3.948 por QALYs ganhos e ficou abaixo do limite de disposição para pagar €25.000 por QALYs ganhos em 86,9% das simulações. Portanto, apesar do maior custo inicial no procedimento índice, os SF apresentam melhor relação custo-benefício em comparação com os SNF em longo prazo.

Consequentemente, as recentes diretrizes da “ 2018 European Society of Cardiology (ESC)/European Association for Cardio-Thoracic Surgery (EACTS) guidelines on myocardial revascularization ” recomendam o SF (classe I, nível A) sobre o SNF para qualquer ICP, independentemente da apresentação clínica, tipo de lesão, cirurgia não-cardíaca planejada, duração prevista da terapia antiplaquetária dupla ou terapia anticoagulante concomitante. 5

Entretanto, apesar do grande conjunto de evidências a favor do SF, ainda existe muito debate sobre as relações de risco-benefício e custo-efetividade do SF sobre o SNF. Até o momento, os SF ainda não foram incorporados como dispositivo padrão para qualquer ICP no cenário do Sistema Público de Saúde Brasileiro – apesar da aprovação oficial da Portaria nº 29 emitida pelo Ministério da Saúde em 2014. 6 Os custos do SF diminuíram em anos recentes e o desenvolvimento da segunda geração cria a necessidade de avaliar a relação custo-benefício do SF versus SNF.

Pessoa et al., 7 devem ser parabenizados pela realização de uma comparação sistemática randomizada 2:1 entre o SNF versus estratégias de ICP com SF de segunda geração para 231 pacientes consecutivos com doença coronariana uniarterial mais sintomas e/ou carga de isquemia significativa, para quem se buscava viabilizar a ICP com stent único planejado no cenário do Sistema Público de Saúde. O objetivo foi avaliar a RCEI e os principais eventos adversos do SF versus SNF. Apesar de não haver diferenças relevantes relacionadas à TS, IM, acidente vascular cerebral, angina pectoris ou morte, houve uma redução significativa da RIS (10,1% vs . 1,4%; p=0,018) e, consequentemente, da revascularização da lesão-alvo (RLA) (7,3% vs . 1,4%; p=0,058) com SF, evitando procedimentos de repetição. As diferenças de efetividade a favor do SF, para RIS e RLA, foram de 8,7% e 5,9%, respectivamente, com RCEI de R$18.816,09 e R$27.745,76. O estudo foi realizado em um horizonte temporal de 1 ano e o aumento da análise para 5 anos pode melhorar ainda mais a relação custo-benefício do SF. Os autores concluíram que, no cenário do sistema público de saúde brasileiro, os SF de segunda geração eram custo-efetivos, de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde. Os formuladores de políticas nos sistemas de saúde enfrentam decisões difíceis sobre como alocar recursos escassos. Embora as RCEI sejam indubitavelmente informativas para a avaliação da relação custo/benefício, elas também precisam ser consideradas juntamente com a acessibilidade, o impacto no orçamento, a equidade, a viabilidade e qualquer outro critério considerado importante no contexto local. Os valores-limite da RCEI de £20.000 a £30.000 e US$50.000 têm sido aplicados de maneira convencional no Reino Unido (RU) e nos Estados Unidos (EUA), respectivamente, para orientar os formuladores de políticas nas decisões de alocação de recursos. 8 , 9 Se a RCEI para uma nova tecnologia cair abaixo de £20.000 (Reino Unido) ou US$50.000 (EUA) por QALYs ganhos, essa tecnologia geralmente é recomendada para compra pelo sistema nacional de saúde. No entanto, conforme declarado por Pessoa et al., 7 não há um limite claro de RCEI no Brasil como orientação para incorporar medicamentos e dispositivos no sistema público de saúde. De fato, os limiares de custo-efetividade sugeridos pela OMS para uso em países de baixa e média renda são de 1 a 3 vezes o PIB per capita 10 por ano de vida perdido ajustado por incapacidade (DALY) salvo, o que não é o desfecho considerado pelos autores. Ainda assim, o limite de R$31.587,00 utilizado por Pessoa et al. 7 foi desenvolvido inicialmente para análise por DALY salvo e, em seguida, como um limiar para o teto de custo-efetividade da análise por QALY salvo e até por ano de vida salvo. No entanto, não foi utilizado como limiar para análises de custo-efetividade que consideram outros desfechos, não diretamente relacionados à sobrevida. Embora analisando um desfecho diferente, Pessoa et al. 7 destacaram que o aumento de custo para fornecer acesso ao SF não é tão alto quanto foi considerado anteriormente. Finalmente, esforços foram feitos recentemente pelo governo brasileiro para melhorar a análise de custo-efetividade do nosso sistema universal de saúde, o maior do mundo.

Em conclusão, à luz dos custos decrescentes do SF, o desenvolvimento constante de dispositivos de nova geração e resultados favoráveis de metanálises robustas recentes, o SF parece ser custo-efetivo e, portanto, deve ser adotado como padrão para ICP de rotina no cenário do sistema público de saúde brasileiro, assim como na maioria dos países desenvolvidos do mundo.

Footnotes

Minieditorial referente ao artigo: Custo-efetividade do Stent Farmacológico na Intervenção Coronariana Percutânea no SUS

Referências

  • 1.1. Duckers HJ , Nabel EG , Serruys PW , eds . Essentials of restenosis [ Internet ]. Totowa, NJ : Human Press ; 2007 .
  • 2.2. Baschet L , Bourguignon S , Marque S , Durand-Zaleski I , Teiger E , Wilquin F , et al . Cost-effectiveness of drug-eluting stents versus bare-metal stents in patients undergoing percutaneous coronary intervention . Open Heart . 2016 ; 3 ( 2 ): e000445 . [DOI] [PMC free article] [PubMed]
  • 3.3. Bangalore S , Kumar S , Fusaro M , Amoroso N , Attubato MJ , Feit F , et al . Short- and long-term outcomes with drug-eluting and bare-metal coronary stents: a mixed-treatment comparison analysis of 117 762 patient-years of follow-up from randomized trials . Circulation . 2012 ; 125 ( 23 ): 2873 – 91 . [DOI] [PubMed]
  • 4.4. Schur N , Brugaletta S , Cequier A , Inigues AF . Cost-effectiveness of everolimus-eluting versus bare-metal stents in ST-segment elevation myocardial infarction: An analysis from the EXAMINATION randomized controlled trial . PLoS ONE . 2018 ; 13 ( 8 ): e0201985 . [DOI] [PMC free article] [PubMed]
  • 5.5. Neumann FJ , Sousa-Uva M , Ahlsson A , Alfonso F , Banning AP , Benedetto U , et al . 2018 ESC/EACTS Guidelines on myocardial revascularization. The Task Force on myocardial revascularization of the European Society of Cardiology (ESC) and European Association for Cardio-Thoracic Surgery (EACTS) . Eur Heart J . 2019 ; 40 ( 2 ): 87 - 165 .
  • 6.6. Brasil . Ministério da Saúde . Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos . Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) . [ Internet ]. Portaria MS-SCTIE no. 29 de 27/8/2014 . [ acesso em 2017 dez. 14 ]. Disponível em: ftp://ftp.saude.sp.gov.br/.../U_PT-MS-SCTIE-29_270814.pdf
  • 7.7. Pessoa JA , Maia E , Maia F , Oliveira MS , Araújo DV , Ferreira E , Albuquerque DC . Custo-efetividade do Stent Farmacológico na Intervenção Coronariana Percutânea no SUS . Arq Bras Cardiol . 2020 ; 115 ( 1 ): 80 - 89 . [DOI] [PMC free article] [PubMed]
  • 8.8. Neumann PJ , Cohen JT , Weinstein MC . Updating cost-effectiveness—the curious resilience of the $50,000-per-QALY threshold N Engl J Med . 2014 ; 371 ( 9 ): 796 - 7 . [DOI] [PubMed]
  • 9.9. Bertram MY , Lauer JA , De Joncheere K , Edejer T , Hutubessy R , Kieny MP , Hill SR . Cost–effectiveness thresholds: pros and cons . Bull World Health Organ . 2016 ; 94 ( 12 ): 925 - 30 . [DOI] [PMC free article] [PubMed]
  • 10.10. Claxton K , Martin S , Soares M , Rice N , Smith PC . Written evidence to the House of Commons Health Select Committee on the NICE cost-effectiveness threshold . 2013 . [ Cited in 2019 Apr 10 ]. Available from: http://www.publications.parliament.uk/pa/cm201213/cmselect/cmhealth/782/782vw55.htm .
Arq Bras Cardiol. 2020 Jul 28;115(1):90–91. [Article in English]

Drug-Eluting Stents for Everyone: Is the Price Worth It?

Marcos Danillo P Oliveira 1, Vanessa Teich 2, Adriano Caixeta 1,3

Despite their initial revolutionary role for the interventional cardiology development, bare-metal stents (BMS) have as main drawback in-stent restenosis (ISR), which occurs in a significant proportion (up to 44%) of patients undergoing to percutaneous coronary interventions (PCI).1

Drug-eluting stents (DES) became first available in the year 2,000. By locally releasing antiproliferative and anti-inflammatory drugs, there is an inhibition to the proliferation of smooth muscle cells, thereby mitigating a key factor to ISR. The introduction of second-generation DES, including everolimus-eluting and zotarolimus-eluting stents, has led to claims of improved safety with non-inferior efficacy compared with first generation DES devices, supported by numerous clinical trials.2

Bangalore et al. 3 published a meta-analysis comparing BMS versus DES in terms of stent thrombosis (ST), target vessel revascularization (TVR), death and myocardial infarction (MI), with 117,762 patient-years of follow-up, from 76 international randomized trials. While they found the risk of death was not significantly different between the two stent types, there was a lower risk on short-term and on long-term outcomes in favor of DES, except for the first-generation paclitaxel-eluting stent, not anymore available nowadays.

Baschet et al.2 performed a cost-effectiveness analysis in the French National Health Insurance setting. The main effectiveness criterion was major adverse cardiac event-free survival. Effectiveness and costs were modelled over a 5-year horizon. Incremental cost-effectiveness ratios (ICER) and a cost-effectiveness acceptability curve were calculated for a range of thresholds for willingness to pay per year without major cardiac event gain. Base case results demonstrated DES were dominant over BMS, with an increase in event-free survival and a cost-reduction of €184, primarily due to a reduction of future revascularizations, and an absence of MI and ST. No differences in overall survival were predicted. These results were robust for uncertainty on one-way deterministic and probabilistic sensitivity analyses. Using a cost-effectiveness threshold of €7000 per major cardiac event-free year gained, DES had a >95% probability of being cost-effective versus BMS.

More recently, the randomized study EXAMINATION4 evaluated 1,498 patients with STEMI, who were allocated for PCI with new-generation DES or BMS. After a 5-year follow-up, there was a relative reduction of combined outcomes and mortality of 20% and 30%, respectively, in favor of DES. Over the life-long time horizon, the DES strategy was €430 more costly than BMS (€8,305 vs. €7,874) but went along with incremental gains of 0.10 quality-adjusted life-years (QALYs). Thus, this resulted in an average ICER over all simulations of €3,948 per QALYs gained and was below a willingness-to-pay threshold of €25,000 per QALYs gained in 86.9% of simulation runs. Hence, despite the higher initial cost in the index procedure, DES present better cost-effectiveness compared to BMS on the long-term.

Accordingly, the recent “2018 European Society of Cardiology (ESC)/European Association for Cardio-Thoracic Surgery (EACTS) guidelines on myocardial revascularization ” recommend (class I, level A) DES over BMS for any PCI, irrespective of clinical presentation, lesion type, planned non-cardiac surgery, anticipated duration of dual antiplatelet therapy or concomitant anticoagulant therapy.5

Nonetheless, despite the large body of evidences in favor of DES, much debate still exists over risk-benefit and cost-effectiveness ratios of DES over BMS. To date, DES have not yet been incorporated as default device for any PCI in the setting of the Brazilian Public Health System—despite the official approval by Ordinance No. 29 issued by the Ministry of Health in 2014+6 Costs of DES have decreased in recent years and their second-generation development raises a need for evaluation of the cost-effectiveness of DES versus BMS.

Pessoa et al.7 must be congratulated by performing a thoroughly randomized 2:1 comparison of BMS versus second-generation DES PCI strategies for 231 consecutive patients with single-vessel coronary disease plus symptoms and/or significant ischemia burden, for whom planed single stent PCI was sought to be feasible, in the setting of Brazilian Public Health System. The aim was to evaluate the ICER and major adverse events of DES versus BMS. Despite no relevant differences related to ST, MI, stroke, angina pectoris or death, there was a significant reduction of ISR (10,1% vs. 1,4%; p=0.018) and, consequently, of target lesion revascularization (TLR) (7,3% vs. 1,4%; p=0.058) with DES, thus avoiding repeated procedures. The differences of effectiveness in favor to DES, for ISR and TLR, were 8.7% and 5.9%, respectively, with ICER of R$ 18.816,09 and R$ 27.745,76. The study has been performed in a 1-year time horizon and increasing the analysis for 5 years could further improve the cost-effectiveness of DES. The authors concluded that, in the setting of the Brazilian Public Health System, second-generation DES were cost-effective, in accordance with the recommendations of the World Health Organization. Policymakers in health care systems face difficult decisions about how to allocate scarce resources. While ICER are undoubtedly informative in assessing value for money they also need to be considered alongside affordability, budget impact, fairness, feasibility and any other criteria considered important in the local context. ICER threshold values of £20,000 to £30,000 and $50,000 have been conventionally applied in the United Kingdom (UK) and the United States (US), respectively, to guide policymakers in resource allocation decisions.8 , 9 If the ICER for a new technology falls below £20 000 (UK) or $50,000 (US) per QALYs gained, that technology is generally recommended for purchase by the national health system. Nonetheless, as stated by Pessoa et al.,7 there is no clear ICER threshold in Brazil as a guidance to incorporate drugs and devices in the public health system. Indeed, the cost-effectiveness thresholds suggested by the WHO for use in low- and middle-income countries is 1 to 3 times GDP per capita10 by disability adjusted life year (DALY) saved, which is not the outcome considered by the autors. Yet the threshold of R$ 31.587,00 used by Pessoa et al.7 was initially developed for analysis by DALY saved, then became used as a threshold for the cost-effectiveness limit of analysis by QALY saved and even by life-year saved. But it has not be used as a threshold for cost-effectiveness analyses that consider other outcomes not directly related to survival. Although analyzing a different outcome, Pessoal et al.7 highlights that the cost increase for providing access to DES is not as high as it has been previously considered. Finally, efforts have recently been made by the Brazilian government to further improved analysis of cost-effectiveness of our major Universal Health Care system in the world.

In conclusion, in the light of DES decreasing costs, constant development of new-generation devices and favorable outcomes of recent robust meta-analyses, DES appears to be cost-effective and should, therefore, be adopted as default for routine PCI in the setting of Brazilian Public Health System, like in most developed countries worldwide.

Footnotes

Short Editorial related to the article: Cost-effectiveness of Drug-Eluting Stents in Percutaneous Coronary Intervention in Brazil’s Unified Public Health System (SUS)


Articles from Arquivos Brasileiros de Cardiologia are provided here courtesy of Sociedade Brasileira de Cardiologia

RESOURCES