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editorial
. 2022 Jan 1;118(1):59–60. [Article in Portuguese] doi: 10.36660/abc.20210940
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CTRP-3 em Pacientes com Doença Arterial Coronariana Estável e Fibrilação Atrial Paroxística: Um Novo Biomarcador Potencial nas Doenças Cardiovasculares

Editors: Ricardo Mourilhe-Rocha1,2,, Marcelo Imbroinise Bittencourt1
PMCID: PMC8959052  PMID: 35195209

A família de proteínas relacionadas ao fator de necrose tumoral C1q (CTRP), composta por 15 membros (CTRP1-CTRP15), é um parálogo recentemente descoberto e altamente conservado da adiponectina. Embora a família CTRP e a adiponectina apresentem similaridades estruturais, elas exercem efeito pleiotrópico sobre o metabolismo celular e apresentam diferentes padrões regulatórios.1-3 A CTRP3, membro dessa família, é uma potente adipocina anti-inflamatória que inibe vias pró-inflamatórias em monócitos e microcélulas, exercendo um efeito anti-inflamatório, anti-apoptótico, e cardioprotetor durante o desenvolvimento da doença arterial coronariana (DAC).3-5 Ainda, essa adiponectina tem propriedades cardioprotetoras, e uma associação inversa com parâmetros de resistência insulínica; seus níveis circulantes diminuem na obesidade e na hipertensão.6

Um dos primeiros estudos a avaliar níveis circulantes de CTRP-3 e progranulina em pacientes com DAC foi conduzido na Coreia, com 362 adultos com síndrome coronária aguda (SCA) e angina estável, e indivíduos controle com vários fatores de risco cardiometabólicos. As concentrações de CTRP-3 encontravam-se significativamente reduzidos em pacientes com SCA ou angina estável em comparação aos controles. Análise de correlação, ajustada por idade e sexo, revelou que os níveis de CTRP-3 apresentaram uma relação negativa significativa com níveis de glicose e proteína C reativa, e uma relação positiva com níveis de HDL e adiponectina. Na análise de regressão logística multivariada, o odds ratio para DAC foi 5,14 no segundo tercil, e 9,04 no primeiro tercil dos níveis de CTRP-3 em comparação ao terceiro tercil, após ajuste para as variáveis de risco cardiometabólico. Tais resultados sugerem que CTRP-3 possa ser útil na avaliação de risco para DAC.7

Fadaei et al.,8 determinaram os níveis séricos de CTRP-3, CTRP-13, adiponectina e citocinas inflamatórias, e sua expressão gênica em células mononucleares no sangue periférico em 172 indivíduos categorizados como grupo I (sem diabetes mellitus tipo 2 [DM2] e DAC, grupo II [com DAC e sem DM2], grupo III [com DM2 e sem DAC] e grupo IV [com DM2 e DAC]). Os níveis séricos e a expressão gênica de CTRP-3, CTRP-13, e adiponectina no grupo I foram maiores em comparação aos outros grupos. Os níveis de CTRP-3 associaram-se de maneira independente com IMC, tabagismo e expressão gênica de CTRP-3. Níveis reduzidos de CTRP-3 e CTRP-13 também apresentaram associação com DAC. Níveis diminuídos de CTRP-3, particularmente CTRP-13, parecem estar associados com risco aumentado de DM2 e DAC. A CTRP-3 apresentou uma associação negativa e independente significativa com DAC na população total do estudo.8

No estudo de Wang et al.,9 145 pacientes que se submeteram à angiografia coronária foram divididos em dois grupos: sem DAC e com DAC. O grupo com DAC foi ainda dividido em três grupos: pacientes com doença de um, dois ou três vasos. Os níveis de CTRP-3 foram significativamente mais altos em pacientes com DAC que em pacientes sem DAC. Diferenças significativas de CTRP-3 também foram encontradas entre os pacientes com doença em dois vasos e em pacientes com doença em três vasos. Análise de regressão logística múltipla revelou que os níveis de CTRP-3, juntamente com colesterol HDL e glicose, correlacionaram-se com DAC.9

Ahmed et al.10 mediram marcadores bioquímicos e níveis séricos de CTRPs e MCP-1 em 86 mulheres pós-menopausa. As participantes foram divididas em quatro grupos: 13 aparentemente sadios como controle (grupo 1), 29 pacientes com DAC (grupo II), 29 pacientes com DM2 há mais de cinco anos, e 15 pacientes com DAC secundária a DM2 (grupo IV). Níveis séricos de CTRP-3 eram significativamente mais altos nos grupos III e IV, e significativamente mais baixos no grupo II em comparação ao grupo I. As duas CTRPs apresentaram correlação significativa negativa entre si.10

No cenário da fibrilação atrial (FA), não há estudo relatando se a CTRP-3 pode ter um papel na FA e remodelação atrial concomitante. Chen et al.,11 estudaram 75 pacientes com FA que se submeteram à ablação por cateter e 47 pacientes com ritmo sinusal e encontraram que as concentrações plasmáticas de CTRP-3 foram significativamente mais baixas em pacientes com FA em comparação ao grupo controle. Em estudos com subgrupos de pacientes, aqueles com FA persistente apresentaram concentrações mais baixas de CTRP-3 que pacientes com FA paroxística. As concentrações plasmáticas de CTRP-3 no grupo com recorrência após ablação por radiofrequência da FA foram mais baixas que no grupo sem recorrência. Análise de regressão multivariada revelou uma correlação independente entre CTRP-3 e FA.11

Na presente edição dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, no artigo de Yildirim et al.,12 252 pacientes com DAC e 50 controles sadios foram divididos em grupos de pacientes com e sem DAC, e grupos de pacientes com DAC e FA paroxística e com DAC sem FA paroxística. Os níveis séricos de CTRP-3 foram significativamente mais baixos em pacientes com DAC que no grupo controle. A FA foi detectada em 15,08% do grupo com DAC. A frequência de hipertensão, indivíduos do sexo feminino, proteína C-reativa ultrassensível, nitrogênio ureico no sangue, níveis de creatinina e diâmetro diastólico do átrio esquerdo foram maiores, e os níveis de CTRP-3 foram mais baixos em pacientes com FA. Neste estudo, cada redução de 1ng/mL nos níveis de CTRP-3 aumentou o risco de FA em 10,7%. Na análise ROC dos valores de CTRP-3 para detectar pacientes com FA, a área sob a curva ROC para CTRP-3 foi 0,971, considerada estatisticamente significativa. Um ponto de corte de 300 ng/mL apresentou uma sensibilidade de 87,9% e especificidade de 86,8% para a presença de FA. Os autores concluíram que níveis séricos de CTRP-3 caíram significativamente em pacientes com DAC estável, e níveis reduzidos de CTRP-3 relacionaram-se com a presença de FA nesses pacientes.12 Esta é a primeira publicação que tenta associar os níveis de CTRP-3 com DAC e FA, necessitando de mais estudos para determinar a real importância dessa informação.12

CTRP-3 é um fator independente de FA e, de certa forma, a proteína está relacionada ao prognóstico dos pacientes com FA após ablação com radiofrequência.11

A família CTRP exerce um importante papel em todos os estágios da DAC pela regulação imune, de inflamação, do metabolismo da glicose e de lipídios, e função endotelial vascular. A CTRP-1 representa marcadores pró-inflamatórios e pró-ateroscleróticos ao contribuir para a secreção de citocinas inflamatórias e moléculas de adesão e promover a formação de células espumosas a partir de macrófagos. A CTRP-5 promove o crescimento, a migração e a inflamação de células musculares lisas vasculares. Por outro lado, CTRP-3, CTRP-9, CTRP-12, e CTRP-13 ativam mecanismos anti-inflamatórios e anti-ateroscleróticos da DAC, por inibição da inflamação endotelial e redução da formação de placas.13,14

Resultados positivos dessa investigação e maior conhecimento dos mecanismos moleculares possibilitarão a inclusão desses biomarcadores às diretrizes da DAC e FA.3

Footnotes

Minieditorial referente ao artigo: Níveis Reduzidos de CTRP3 em Pacientes com Doença Arterial Coronariana Estável Relacionados à Presença de Fibrilação Atrial Paroxística

Referências

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Arq Bras Cardiol. 2022 Jan 1;118(1):59–60. [Article in English]

CTRP-3 Levels in Patients with Stable Coronary Artery Disease and Paroxysmal Atrial Fibrillation: A New Potential Biomarker in Cardiovascular Diseases

Editors: Ricardo Mourilhe-Rocha1,2,, Marcelo Imbroinise Bittencourt1

The C1q tumor necrosis factor-related protein (CTRP) family, comprised of 15 members (CTRP1-CTRP15), is a newly discovered and highly conserved paralogue of adiponectin. Despite structural similarities between CTRP family and adiponectin, they exert pleiotropic effects on cell metabolism and have different regulation patterns.13 CTRP3 (also known as CORS-26, cartducin and cartonectin) is a member of this family. CTRP3 is a potent anti-inflammatory adipokine that inhibits proinflammatory pathways in monocytes and microcells, exerting anti-inflammatory, anti-apoptotic and cardioprotective effect during development of coronary artery disease (CAD).35 Also, this adipokine has cardioprotective properties and is inversely associated with insulin resistance parameters; its circulating levels drop in obesity and hypertension.6

One of the first studies to evaluate circulating CTRP-3 and progranulin levels in patients with CAD was conducted on 362 Korean adults with acute coronary syndrome (ACS), stable angina pectoris and control subjects with various cardiometabolic risk factors. CTRP-3 concentrations were significantly decreased in patients with ACS or stable angina compared to control subjects. Correlation analysis adjusted for age and gender showed that CTRP-3 levels had a significant negative relationship with glucose and high sensitive C-reactive protein levels, and a positive relationship with HDL-cholesterol and adiponectin levels. In a multivariate logistic regression analysis, the odds ratio for CAD was 5.14 in the second tertile, and 9.04 in the first tertile of CTRP-3 levels compared to the third tertile, after adjusting for other cardiometabolic risk variables. These results suggest that CTRP-3 might be useful for assessing the risk of CAD.7

Fadaei et al.8 determined serum levels of CTRP-3, CTRP-13, adiponectin and inflammatory cytokines and their gene expression in peripheral blood mononuclear cells in 172 subjects categorized as group I [without type 2 diabetes melitus (T2DM) and CAD], group II (with CAD but no T2DM), group III (with T2DM but no CAD) and group IV (with T2DM and CAD). Serum levels and gene expression of CTRP-3, CTRP-13 and adiponectin in the group I were higher compared to other groups. CTRP-3 serum levels had an independent association with BMI, smoking and CTRP-3 gene expression. Decreased serum levels of CTRP-3 and CTRP-13 were also associated with CAD. It appears that the decreased levels of CTRP-3, and particularly CTRP-13, were associated with increased risk of T2DM and CAD. CTRP-3 showed a significant independent negative association with the presence of CAD in the whole study population.8

In the study by Wang et al.,9 145 patients who underwent coronary angiography were divided into two groups: non-CAD and CAD group. The CAD group was further divided into single-vessel, double-vessel, and triple-vessel disease groups. Serum levels of CTRP-3 were significantly higher in CAD patients than in non-CAD patients. Significant differences of CTRP 3 levels were also found between single-vessel group and triple-vessel group. Multiple logistic regression analysis revealed that CTRP 3 levels, together with HDL cholesterol and glucose, correlated with CAD.9

Ahmed et el.10 measured biochemical markers and serum levels of CTRPs and MCP-1 in 86 postmenopausal females. Subjects were divided into four groups: 13 apparent healthy subjects as control (group I), 29 patients with CAD (group II), 29 patients with T2DM for five years or longer (group III) and 15 patients with CAD secondary to T2DM (group IV). Serum CTRP-3 levels were found to be significantly higher in groups III and IV, and significantly lower in group II as compared with group I. Both CTRPs were significantly negatively correlated with each other.10

In the scenario of atrial fibrillation (AF), no study has reported whether CTRP-3 may play a role in AF and concomitant atrial remodeling. Chen et al.11 studied 75 AF patients who underwent catheter ablation and 47 sinus rhythm patients and found that plasma CTRP-3 concentrations were significantly lower in AF patients compared with control group. In subgroup studies, patients with persistent AF had lower plasma CTRP-3 concentrations than those with paroxysmal AF. The concentrations of plasma CTRP-3 in the recurrence group after radiofrequency catheter ablation of AF were lower than those in the nonrecurrence group. Multivariate regression analysis revealed the independent correlation between plasma CTRP-3 level and AF.11

In the present issue, Yildirim et al.12 studied 252 patients with CAD and 50 healthy controls, who were divided into groups with and without CAD and CAD patients with and without paroxysmal AF. Serum CTRP-3 levels were significantly lower in patients with CAD than in the control group. AF was detected in 15.08% of patients in the CAD group. The frequency of hypertension and female sex, high-sensitivity C-reactive protein, blood urea nitrogen, creatinine levels and left atrial diastolic diameter were higher, and CTRP-3 levels were lower in patients with AF. In this study, every 1 ng/mL reduction in CTRP-3 levels increased the risk of AF by 10.7%. In the ROC analysis of CTRP-3 values to detect patients with AF, the area under the ROC curve for CTRP-3 was 0.971 and considered statistically significant. A CTRP-3 cutoff point of 300 ng/mL had an 87.9% sensitivity and 86.8% specificity for the presence of AF. It was concluded that serum CTRP-3 levels dropped significantly in patients with stable CAD, and reduced levels of CTRP-3 were related to the presence of paroxysmal AF in these patients.12 This is the first publication that attempts to associate CTRP-3 levels with CAD and AF, requiring further studies to determine the real importance of this information.12

CTRP-3 is an independent factor of AF, and to some extent, it is related to the prognosis of patients with AF after radiofrequency ablation.11

The CTRP family plays an important role in all stages of CAD by regulating immuno-inflammation, glucose and lipid metabolism, and vascular endothelial function. CTRP-1 represents as pro-inflammatory and pro-atherosclerotic markers by contributing toward the secretion of inflammatory cytokines and adhesion molecules and promoting the formation of foam cells from macrophages. CTRP-5 promotes vascular smooth muscle cell growth, migration, and inflammation. In contrast, CTRP-3, CTRP-9, CTRP-12, and CTRP-13 activate anti-inflammatory and anti-atherosclerotic mechanisms of CAD, by inhibiting endothelial inflammation and reducing plaque formation.13,14

Positive results from such research and further understanding of their molecular mechanisms will promote adding these biomarkers to CAD and AF guidelines.3

Footnotes

Short Editorial related to the article: Reduced CTRP3 Levels in Patients with Stable Coronary Artery Disease and Related with the Presence of Paroxysmal Atrial Fibrillation


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