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. 2022 Jan 1;118(1):115–373. [Article in Portuguese] doi: 10.36660/abc.20211012
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Estatística Cardiovascular – Brasil 2021

Gláucia Maria Moraes de Oliveira 1,2, Luisa Campos Caldeira Brant 3,4, Carisi Anne Polanczyk 5,6,7, Deborah Carvalho Malta 3, Andreia Biolo 5,6,7, Bruno Ramos Nascimento 3,4, Maria de Fatima Marinho de Souza 3,8, Andrea Rocha De Lorenzo 2,9, Antonio Aurélio de Paiva Fagundes Júnior 10, Beatriz D Schaan 5,7, Fábio Morato de Castilho 4, Fernando Henpin Yue Cesena 11, Gabriel Porto Soares 1,12, Gesner Francisco Xavier Junior 3, Jose Augusto Soares Barreto Filho 13,14, Luiz Guilherme Passaglia 3, Marcelo Martins Pinto Filho 3, M Julia Machline-Carrion 15, Marcio Sommer Bittencourt 16, Octavio M Pontes Neto 17, Paolo Blanco Villela 1,2, Renato Azeredo Teixeira 3, Roney Orismar Sampaio 18,19, Thomaz A Gaziano 20,21, Pablo Perel 22,23, Gregory A Roth 24, Antonio Luiz Pinho Ribeiro 3,4
PMCID: PMC8959063  PMID: 35195219

Sobre estas estatísticas

Abreviaturas usadas em “Sobre Estas Estatísticas” e Highlights .

AVC Acidente Vascular Cerebral
AVCH Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico
AVCI Acidente Vascular Cerebral Isquêmico
CID Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde
CRVM Cirurgia de Revascularização do Miocárdio
CV Cardiovascular
DAC Doença Arterial Coronariana
DALYs Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (do inglês, Disability-Adjusted Life-Year )
DCR Doença Cardíaca Reumática
DCV Doença Cardiovascular
DVNR Doença Valvar do Coração Não Reumática
FA Fibrilação Atrial
GBD Global Burden of Doença
HR Hazard Ratio
HSA Hemorragia Subaracnóidea
IAM Infarto Agudo do Miocárdio
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IC Intervalo de Confiança
ICP Intervenção Coronária Percutânea
IHME Institute for Health Metrics and Evaluation
II Intervalo de Incerteza
Int$ Dólares internacionais
IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo
IRR Razão da taxa de incidência (do inglês, Incidence Rate Ratio )
OR Odds Ratio
PIB Produto Interno Bruto
PNS Pesquisa Nacional de Saúde
PPC Paridade do Poder de Compra
SDI Índice Sociodemográfico (do inglês, Sociodemographic Index )
SIH Sistema de Informações Hospitalares
SIM Sistema de Informações sobre Mortalidade
SUS Sistema Único de Saúde
UF Unidade Federativa
US$ Dólares americanos
YLDs Anos vividos com incapacidade (do inglês, Years Lived with Disability )
YLLs Anos potenciais de vida perdidos (do inglês, Years of Life Lost )

Esta é a edição de 2021 da Estatística Cardiovascular – Brasil , um esforço multi-institucional para fornecer periodicamente informação atualizada sobre a epidemiologia das DCV e AVC no Brasil. Este relatório incorpora estatísticas oficiais fornecidas pelo Ministério da Saúde brasileiro e outros órgãos governamentais, pelo projeto GBD liderado pelo IHME da Universidade de Washington, além de dados gerados por outras fontes e estudos científicos, como coortes e registros, sobre as DCV e seus fatores de risco. Este documento é dirigido aos pesquisadores, médicos, pacientes, formuladores de políticas de saúde, profissionais da mídia, o público em geral e todos que buscam dados nacionais abrangentes sobre as DCV e o AVC.

A Estatística Cardiovascular – Brasil 2021 é uma versão atualizada e expandida da Estatística Cardiovascular – Brasil 2020 , 1 publicada no ano passado no ABC Cardiol. Inclui os dados mais recentes sobre DCV como um grupo de condições e as cinco DCV específicas abordadas no documento de 2020, além de novos capítulos sobre comportamentos e fatores de risco CV, em especial hipertensão, diabetes, dislipidemia, obesidade e tabagismo e uso de tabaco. O trabalho foi conduzido por pesquisadores voluntários de várias universidades brasileiras e instituições de pesquisa liderados por um steering committee de cinco membros (ALPR, CAP, DCM, GMMO e LCCB), com o suporte da Sociedade Brasileira de Cardiologia e a colaboração da Rede GBD Brasil 2 e de um comitê internacional (GAR, PP e TAG). Este relatório seguiu a metodologia usada pela American Heart Association para produzir anualmente o documento Heart Disease & Stroke Statistics Update , 3 que enfatiza dados epidemiológicos e de saúde pública. A Estatística Cardiovascular – Brasil não fornece informação sobre mecanismos fisiopatológicos nem recomenda tratamentos. Diferentemente de diretrizes e ‘ position papers ’, pretende apresentar as melhores e mais recentes métricas relacionadas às estatísticas sobre DCV na população brasileira.

Os dados usados no presente documento são provenientes de quatro diferentes fontes: (a) os sistemas de informações sobre mortalidade e de informações hospitalares no Brasil, disponibilizados pelo governo; (b) as estimativas do GBD 2019; 4 (c) a revisão sistemática da literatura com ênfase nas publicações dos últimos dez anos; (d) os custos de utilização da atenção à saúde, com base nas tabelas de reembolso do Sistema Público de Saúde, ajustados para inflação e reportados nas duas unidades monetárias originais (Reais ou dólares americanos em um ano específico) e em dólares internacionais. Os dólares internacionais foram convertidos em PPC ajustados para US$ 2019 (Int$ 2019), usando-se o conversor de custo do Campbell and Cochrane Economics Methods Group e do Evidence for Policy and Practice Information and Coordinating Centre . 5 Além disso, uma melhor explicação de como as estimativas da taxa de mortalidade podem variar dependendo da fonte usada (sistema de informação sobre mortalidade ou conjunto de dados do GBD) pode ser encontrada em outras publicações. 6

Como esperado, métricas diferentes ou discordantes são por vezes apresentadas para uma mesma condição, considerando-se que os estudos podem ter metodologias distintas ou ser conduzidos em diferentes períodos de tempo, locais e grupos etários. Tais diferenças são inevitáveis e suas possíveis razões foram sempre discutidas neste documento. Como muitos estudos cobrem um longo período de tempo e a expectativa de vida no Brasil aumentou nas últimas décadas, decidimos usar taxas padronizadas por idade, i.e., uma média ponderada de taxas específicas para idade por 100 mil pessoas, onde os pesos são as proporções de pessoas nos grupos etários correspondentes de uma população padrão. A padronização por idade do GBD utiliza um padrão global de idade, embora outras fontes possam ter usado diferentes populações de referência. Para a maioria dos estudos, raça/cor da pele foi usada de acordo com a definição do IBGE, i.e., branca, preta, parda, amarela (oriental) ou indígena (nativa).

A DCV ainda é responsável por quase um terço das mortes no Brasil e afeta desproporcionalmente o estrato mais vulnerável da população, que tem grande dificuldade no acesso a cuidados de saúde de alta qualidade. 7 , 8 Possuir dados nacionais representativos, confiáveis e abrangentes sobre DCV, comportamentos e fatores de risco é uma etapa obrigatória para a superação dessas desigualdades e para a oferta do melhor cuidado CV possível para todos os brasileiros. Este estudo reúne essa informação, essencial para o cuidado individual e para o planejamento dos próximos passos da política de saúde no Brasil, 9 além de indicar as lacunas de conhecimento a serem preenchidas em estudos futuros. Desejamos que as pessoas vivam mais e melhor e a compreensão das estatísticas CV para uma melhor abordagem das DCV pode contribuir para isso.

Principais Fontes de Dados Brasileiros

Na presente versão da Estatística Cardiovascular – Brasil , as principais fontes de dados brasileiros são o sistema de informações sobre mortalidade, o sistema de informações hospitalares, as pesquisas de saúde periódicas, como a PNS, e as estimativas populacionais oficiais, especificados a seguir:

A. Sistema de Informações sobre Mortalidade: O SIM foi criado em 1975 pelo Ministério da Saúde brasileiro, sendo responsável por coletar, armazenar, gerenciar e divulgar dados nacionais de mortalidade. Esse sistema de informação em saúde representou um grande avanço na vigilância epidemiológica do país, pois sua principal atribuição é registrar todas as mortes ocorridas no território brasileiro. O Ministério da Saúde implementou um modelo de declaração de óbito padrão para coletar informação sobre morte, que utiliza a CID para codificar as causas de morte. Além disso, um fluxo para coletar, processar e distribuir a informação sobre morte foi implementado em todos os 5.570 municípios do país. 10 , 11 A qualidade da estatística sobre causas de morte no Brasil, baixa no início dos anos 2000, em especial em algumas partes do país, melhorou significativamente nas duas últimas décadas. 12 Por conhecer a heterogeneidade desses indicadores no Brasil, o relatório Estatística Cardiovascular – Brasil tratou os dados para ter uma estimativa mais próxima do real, realizando a correção para subnotificação e a redistribuição das causas de morte mal definidas. Mais detalhes podem ser obtidos no artigo de Malta et al . 6

B. Sistema de Informações Hospitalares: O objetivo da base de dados do SIH é registrar todas as hospitalizações financiadas pelo SUS. O SIH-SUS armazena dados sobre as hospitalizações em nível municipal através da Autorização de Internação Hospitalar, que contém informação sobre as doenças que levaram a hospitalização (usando a CID-10), o tempo de permanência, os procedimentos e os custos. 13 A informação do SIH-SUS permite o desenvolvimento de metodologias e a definição de indicadores para identificar disparidades geográficas relacionadas aos recursos hospitalares. 14

C. Pesquisa Nacional de Saúde: Quando da citação das estatísticas para fatores de risco CV, deu-se preferência à PNS, que é um inquérito epidemiológico de base domiciliar representativo do Brasil, de suas grandes regiões e UF, regiões metropolitanas, capitais e outros municípios em cada UF. A amostragem da PNS 2013 foi composta por 64.348 domicílios. A pesquisa foi conduzida pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, tendo incluído a maioria dos tópicos de saúde, como doenças não transmissíveis, fatores de risco, idosos, mulheres, crianças, utilização dos serviços de saúde, desigualdades em saúde, características antropométricas, exames laboratoriais, além da aferição de pressão arterial. 15 Os dados da PNS são usados pelo GBD em suas estimativas para o Brasil.

D. Para as estimativas populacionais, utilizaram-se no denominador as estimativas populacionais mais atualizadas geradas pelo IBGE ( www.ibge.gov.br ). Para as hospitalizações e análises de custo, utilizou-se a população residente estimada para o Tribunal de Contas da União anualmente, de 2008 a 2019.

GBD 2019

O Estudo GBD ( http://www.healthdata.org/gbd ) é o mais abrangente estudo epidemiológico observacional de âmbito mundial até o momento. Descreve a mortalidade e a morbidade decorrentes das principais doenças, injúrias e fatores de risco em níveis global, nacional e regional. O exame das tendências a partir de 1990 até o presente, assim como as comparações entre populações, permite compreender os desafios em saúde enfrentados pelas pessoas em todo o mundo no século 21. O GBD 2019 é o último conjunto de dados disponibilizado publicamente. 4,16–19 A Rede GBD Brasil tem colaborado com o IHME, que lidera o projeto em âmbito mundial, para a identificação e a provisão de conjuntos de dados, a revisão de modelos e estimativas, bem como a validação e a publicação de resultados para o Brasil. 20 , 21 Detalhes de como as estimativas são calculadas podem ser obtidos nas publicações de base do Estudo GBD e no website do IHME ( http://www.healthdata.org/acting-data/what-we-measure-and-why ). As principais estimativas usadas neste documento estão resumidas abaixo:

A. Estimativas de mortes e de causas de morte. A principal fonte de informação é o SIM, uma base de dados do Ministério da Saúde, ajustada para outras fontes nacionais e internacionais. O IHME corrigiu a subnotificação de mortes e as mortes com “código garbage ” através da utilização de metodologia com algoritmos previamente publicada, 22 atualizada nas versões mais recentes do estudo ( http://www.healthdata.org/acting-data/determining-causes-death-how-we-reclassify-miscoded-deaths ).

B. Os YLLs são os anos perdidos em razão de mortalidade prematura, sendo calculados subtraindo-se a idade à época da morte da maior expectativa de vida possível para uma pessoa. Por exemplo, se a maior expectativa de vida para homens em certo país for de 75 anos e se um homem morre de câncer aos 65 nesse país, tem-se 10 anos potenciais de vida perdidos para o câncer.

C. Os YLDs também podem ser descritos como os anos vividos com saúde inferior à ideal. Estão aqui incluídas condições como influenza, que pode durar apenas uns poucos dias, ou epilepsia, que pode durar uma vida inteira. Os YLDs podem ser calculados ao se multiplicar a prevalência da condição pelo peso da incapacidade por ela gerada. Os pesos da incapacidade refletem a gravidade de diferentes condições e são desenvolvidos através de pesquisas com o público em geral.

D. Os DALYs são uma métrica universal que permite que pesquisadores e formuladores de políticas comparem populações e condições de saúde muito diferentes ao longo do tempo. Os DALYs correspondem à soma de YLLs e YLDs, sendo 1 DALY igual a 1 ano de vida saudável perdido. Esse índice permite que se estime o número total de anos perdidos devido a causas específicas e fatores de risco em níveis global, nacional e regional.

Revisão Sistemática da Literatura

Os descritores para a elaboração das estratégias de busca foram selecionados no MeSH e no DeCS, os vocabulários controlados da MEDLINE e da LILACS, respectivamente. O plano da Embase foi desenhado com descritores Emtree em associação com MeSH. Além disso, termos livres foram usados, i.e., palavras-chave significativas e seus sinônimos, variações ortográficas e acrônimos essenciais para a busca no domínio pesquisado, mas que não são descritores controlados (ou não estão na lista de sinônimo desses descritores). É importante lembrar que, para manter a uniformidade, os mesmos descritores foram usados em todas as estratégias de busca. Entretanto, as estratégias foram customizadas conforme as especificidades de cada base de dados. Vale ainda lembrar que o grupo de termos relacionados a “Brasil” foi em geral utilizado em todos os campos de pesquisa (assunto, autor, título, afiliação institucional, nome do periódico, etc.).

As bases selecionadas para busca foram a MEDLINE através da PubMed, Embase, LILACS, CINAHL, Cochrane Library Scopus e Web of Science . Os seguintes filtros e limites da pesquisa bibliográfica foram utilizados: período de publicação (2004-2020); línguas (português, inglês e espanhol); tipo de estudo/publicação (Revisão, Meta-Análise, Ensaio Clínico, Ensaio Randomizado Controlado, Estudo Comparativo, Diretriz de Prática, Diretriz, Revisão Sistemática, Estudo de Avaliação, Publicação Governamental e Estudo Multicêntrico). Todas as referências foram organizadas usando-se EndNote Web . A partir da busca, os artigos foram incluídos se os estudos fossem de base populacional ou comunitária. Deu-se preferência aos estudos de âmbito nacional ou estadual. Os estudos conduzidos em serviços de saúde ou hospitais foram incluídos caso fossem multicêntricos e possuíssem tamanho amostral adequado (> 200 participantes foi o ponto de corte sugerido). Além dos artigos identificados na busca sistemática, os autores puderam incluir outros encontrados nas referências dos artigos buscados ou outros de que tivessem conhecimento em suas áreas de especialidade, caso os estudos atendessem aos critérios acima mencionados. Por fim, a decisão de quais estudos incluir em cada capítulo coube principalmente aos especialistas designados para o tema em questão.

Utilização da Atenção à Saúde

Os estudos sobre o custo da atenção à saúde apresentam grande variabilidade metodológica e precisam ser interpretados com cautela. No presente documento, a maior parte dos dados sobre custo foi obtida das tabelas de reembolso do Sistema Público de Saúde de 2008 a 2019. Durante esse período, o reajuste pela inflação não foi realizado de maneira regular nem homogênea nos grupos e procedimentos de DCV, de modo que os valores brutos apresentados não foram ajustados para a verdadeira inflação.

Para minimizar o viés na notificação e na interpretação dos dados de custo, aplicou-se uma abordagem sistemática em todos os capítulos. Nas análises de custo geral, foram utilizadas as unidades monetárias originais [ Reais ou dólares americanos em um determinado ano] e dólares internacionais. Os dólares internacionais foram convertidos em PPC ajustados para US$ 2019 (Int$ 2019), usando-se o conversor de custo do Campbell and Cochrane Economics Methods Group e do Evidence for Policy and Practice Information and Coordinating Centre (https://eppi.ioe.ac.uk/costconversion/default.aspx). Nesse método, aplicou-se uma abordagem em duas etapas. Na primeira, ajustou-se a estimativa original de custo no preço-ano original para o preço-ano alvo, usando-se o índice de deflação do PIB (valores PIBD). Na segunda, houve conversão dessa estimativa ajustada da moeda original para a moeda alvo, usando-se as taxas de conversão baseadas em PPC para o PIB (valores PPC). 5 Para estudos econômicos originais, quando o ano-base da moeda não foi informado ou não pôde ser inferido a partir do manuscrito (p. e., coleta de dados do ano passado), recomendou-se adotar o ano anterior ao da publicação do manuscrito.

Highlights

Doença Cardiovascular Total

•De acordo com o Estudo GBD 2019 e a base de dados do SUS, as DCV são a causa número 1 de morte no Brasil. Entre as DCV, a DAC foi a principal causa de morte no país, seguida pelo AVC em 1990 e 2019.

•De acordo com o Estudo GBD 2019, a prevalência de DCV foi estimada em 6,1% da população e vem crescendo desde 1990 devido ao crescimento e envelhecimento populacional. No entanto, as taxas de prevalência e incidência de DCV padronizadas por idade no Brasil diminuíram no mesmo período.

•Observou-se redução na taxa de mortalidade ajustada por idade de 1990 a 2019 em todas as UF, embora menos significativa no Norte e Nordeste em comparação às outras regiões.

•As taxas de DALYs padronizadas por idade no Brasil caíram de 1990 a 2019, tendo havido correlação entre a redução percentual nas taxas de DALYs e o aumento no SDI: quanto maior o SDI, maior a redução nos DALYs por DCV.

•Dados do SUS mostraram um número significativo de procedimentos CV clínicos e cirúrgicos pagos, em especial para insuficiência cardíaca, doenças cerebrovasculares e síndrome coronariana aguda. Hospitalizações para ICP aumentaram significativamente nas últimas décadas, enquanto os procedimentos cirúrgicos permaneceram estáveis.

AVC

•De acordo com um estudo de base comunitária realizado na cidade de Matão em 2003-2004 e 2015-2016, a incidência de AVC ajustada por idade diminuiu em 39% (IRR 0,61; IC 95%, 0,46–0,79) e a mortalidade, em 50% (IRR 0,50; IC 95%, 0,31– 0,94). A idade média de pacientes com AVC aumentou em 9%, passando de 65,2 (IC 95%, 62,6–67,8) para 71,0 (IC 95%, 68,1–73,8) anos. A taxa de letalidade de 1 ano foi 26%. Aproximadamente 56% dos pacientes eram funcionalmente independentes, enquanto 7% tiveram um AVC recorrente.

•Com relação à distribuição dos subtipos de AVC, de acordo com o Registro Joinvasc realizado na cidade de Joinville, de 1995 a 2013, a proporção de AVCI aumentou 12%, enquanto a de AVCH diminuiu 16%. Entretanto, a proporção de HSA permaneceu relativamente estável, variando de 7,5% em 1995 a 6% em 2012-2013. Nos últimos 8 anos, as incidências de AVCI e de AVCH apresentaram reduções significativas de 15% (IC 95%, 1-28) e de 60% (IC 95%, 13-86), respectivamente.

•Segundo dados do Estudo GBD 2019, as taxas de mortalidade por AVC padronizadas por idade por 100 mil foram 137,8 (127,8 a 144) em 1990 e 58,1 (52,6 a 61,8) em 2019, representando variação percentual de -57,8 (-60,4 a -0,6). A maior variação percentual ocorreu em Goiás, -65,9 (-71,8 a -0,6), e a menor, no Maranhão, -22,7 (-37,2 a 0). Para os adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -61 (-63,6 a -0,6).

•Considerando a carga de AVC no Brasil, o Estudo GBD 2019 observou redução marcada nos YLL: as taxas de YLL por AVC padronizadas por idade por 100 mil foram 2.778,6 (2.659,5 a 2.879,2) em 1990 e 1.098,7 (1.025,8 a 1.153,7) em 2019, representando uma variação percentual de -60,5 (-62,7 a -0,6). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -61,7 (-64,3 a -0,6).

Doença Arterial Coronariana Aguda e Crônica

•De acordo com dados do estudo GBD 2019, no Brasil, o número de portadores de DAC (IAM, angina estável e insuficiência cardíaca isquêmica) aumentou de 1,48 milhão em 1990 para mais de 4 milhões em 2019, e a prevalência bruta de DAC passou de 0,99% para 1,85% no período, embora a taxa de prevalência padronizada por idade tenha permanecido estável.

•Em 2019, houve 171.246 mortes atribuídas a DAC no Brasil, correspondendo a 12% do total de mortes no país e a 43% de todas as mortes por DCV. A DAC foi a primeira causa de morte no Brasil e em quase todas as suas UF, exceto duas. De 1990 a 2019, observou-se redução na taxa de mortalidade ajustada por idade em todas as UF, embora menos significativa no Nordeste em comparação às demais regiões.

•De acordo com dados do SUS, o número de hospitalizações por IAM no sistema público aumentou 54% de 2008 a 2019, ajustado para a população. Os procedimentos de ICP não primária por habitante dobraram, enquanto os de ICP primária aumentaram 31%. Enquanto isso, o número total de CRVM permaneceu estável no período. A taxa de mortalidade hospitalar por IAM diminuiu de 15,9% em 2008 para 12,9% em 2019. Para a síndrome coronariana aguda, as taxas permaneceram estáveis no período, assim como as de ICP e CRVM.

Cardiomiopatia e Insuficiência Cardíaca

•De acordo com as estimativas do Estudo GBD 2019, a prevalência padronizada por idade de cardiomiopatia e miocardite diminuiu no Brasil, passando de 76,6 (II 95%, 53,4-107,2) em 1990 para 73,0 (II 95%, 51,1-100,1) em 2019, uma redução de 4,7% (II 95%, - 9,5 a 0,8) no período. Em números absolutos, as estimativas de prevalência de cardiomiopatia e miocardite no Brasil passaram de menos de 60 mil em 1990 para mais de 160 mil em 2019, principalmente devido ao crescimento e envelhecimento da população. A prevalência de cardiomiopatia e miocardite foi maior nos homens (98,9; II 95%, 69,5-137,2) do que nas mulheres (54,1; II 95%, 38,4-73,8) em 2019.

•No estudo de coorte retrospectivo sobre Chagas dos National Institutes of Health , REDS-II, doadores de sangue inicialmente saudáveis com uma doação-índice soropositiva para T. cruzi pareados por idade, sexo e período com doadores soronegativos foram acompanhados por 20 anos.

A incidência diferencial de cardiomiopatia atribuível à infecção por T. cruzi foi 1,85 por 100 pessoas-ano nos 10 primeiros anos de seguimento e 0,9 por 100 pessoas-ano nos 10 anos seguintes. O nível de anticorpo anti- T. cruzi na segunda visita foi associado com o desenvolvimento de cardiomiopatia (OR ajustado, 1,4; IC 95%, 1,1-1,8) na última visita.

•De acordo com o Estudo GBD 2019, o número de mortes por doença de Chagas no Brasil diminuiu de 7.903 (II 95%, 2.438-10.073) em 1990 para 6.523 (II 95%, 3.350-11.226) em 2019. A taxa de mortalidade padronizada por idade apresentou redução mais marcante (variação de -67,5%), passando de 8,6 (II 95%, 2,8-10,9) mortes por 100 mil habitantes em 1990 para 2,8 (II 95%, 1,8-4,8) por 100 mil habitantes em 2019, correspondendo a 1,6% de todas as mortes CV no país.

•De acordo com dados do SUS, houve 3.085.359 hospitalizações por insuficiência cardíaca de 2008 a 2019. Esse número representa um terço do total de hospitalizações clínicas relacionadas às condições CV no período estudado. Nesse período, houve redução no número de hospitalizações clínicas por insuficiência cardíaca, que passaram de 298.474 (157 por 100 mil) em 2008 para 222.620 (105 por 100 mil) em 2019, sendo a redução uniforme ao longo dos anos. A despeito dessa redução no número de admissões, os gastos em saúde não ajustados estimados a partir do pagamento direto por assistência a pacientes com insuficiência cardíaca aumentaram de 2008 para 2019 em quase 32%, passando de R$ 272.280.662 (2019 Int$ 267.102.469) em 2008 para R$ 359.301.691 (2019 Int$ 173.659.589) em 2019. Insuficiência cardíaca foi responsável pela maioria dos custos relacionados às hospitalizações clínicas por DCV.

Doença Valvar do Coração

•De acordo com o Estudo GBD 2019, o padrão de doença valvar cardíaca tem mudado no Brasil: a prevalência de DCR padronizada por idade ficou estável de 1990 a 2019, mas houve um aumento significativo de mais de 50% na DVNR, especialmente para homens e grupos etários mais avançados. Entre as doenças valvares específicas, houve marcado aumento de 201,8% de doença valvar aórtica calcífica, reforçando o impacto do envelhecimento populacional.

•As taxas de mortalidade padronizadas por idade atribuíveis à DCR diminuíram significativamente em 59,4% de 1990 a 2019, enquanto as atribuíveis a DVNR apresentaram leve redução, 16,2% (II 95%, 10,3-22,5). Entretanto, a taxa bruta de mortalidade aumentou significativamente para as idades mais avançadas (>70 anos), em associação com doença valvar aórtica degenerativa, sugerindo uma carga crescente para os sistemas de saúde, requerendo ações específicas para minimizar os impactos.

•A carga atribuível à doença valvar cardíaca no Brasil permanece ligada a fatores socioeconômicos, com significativas correlações negativas entre o SDI e as variações nas taxas de mortalidade associada a DCR padronizadas por idade em 1990 e 2019, além de correlações positivas entre o SDI e a taxa de mortalidade por DVNR nos dois anos.

•Despesas com doença valvar cardíaca no sistema público de saúde brasileiro diminuíram proporcionalmente de 2008 a 2019 (-6,3% e -28% para admissões clínicas e intervencionais, respectivamente), devido a inflação e correção monetária. Essa redução demanda discussões de revisão orçamentária, evitando o adiamento ou restrição de procedimentos intervencionais e cirúrgicos e permitindo a incorporação de novas tecnologias e dispositivos.

•A despeito da melhoria nas últimas décadas, a DCR permanece importante causa de morbimortalidade no Brasil: dados do SUS mostram que, além de ser a etiologia de quase metade das cirurgias valvares no sistema público de saúde, associada com maior mortalidade hospitalar, a prevalência de doença subclínica entre escolares mostrou-se alta (4,5%), com a implementação de programas de rastreio em larga escala em 2014. Portanto, ações coordenadas para diagnóstico precoce e profilaxia são necessárias para evitar progressão da doença e sequelas tardias.

Fibrilação Atrial

•De acordo com as estimativas do Estudo GBD 2019, as taxas de prevalência de FA e flutter atrial padronizadas por idade apresentaram um pequeno aumento no Brasil: de 519 (II 95%, 393-669) em 1990 para 537 (II 95%, 409-692) em 2019, por 100 mil habitantes, para ambos os sexos, com variação de 3,5% (II 95%, 1,8-5,1) no período.

•Em seguimento de 10 anos de 1.462 indivíduos com idade ≥ 60 anos (idade média, 69 anos; 61% mulheres) incluídos no estudo de coorte de Bambuí em 1997, FA ou flutter mostrou associação independente com um aumento na mortalidade por todas as causas (HR, 2,35; IC 95%, 1,53-3,62) entre pacientes com e sem doença de Chagas.

•Dados do sistema de telessaúde de Minas Gerais, que incluiu 1.558.421 indivíduos (idade média, 51±18 anos; 40,2% homens) com ECG realizado entre 2010 e 2017 revelaram, em modelos multivariados ajustados para idade e sexo, os seguintes fatores de risco e comorbidades autorrelatados relacionados à presença de FA: doença de Chagas (OR 3,08; IC 95%, 2,91-3,25), infarto do miocárdio prévio (OR 1,74; IC 95%, 1,56-1,93), doença pulmonar obstrutiva crônica (OR 1,48; IC 95%, 1,33-1,66), hipertensão (OR 1,31; IC 95%, 1,27-1,34) e dislipidemia (OR 1,09; IC 95%, 1,03-1,16). Tabagismo atual e diabetes não se associaram a FA prevalente.

•De todos os 429 casos de AVC (87,2% dos quais isquêmicos) que ocorreram na cidade de Joinville em 2015 e foram incluídos em um registro, FA foi detectada em 11,4% deles e em 58% daqueles com AVC cardioembólico. Da mesma forma, detectou-se FA em 58% dos 359 pacientes com AVC cardioembólico de uma amostra consecutiva proveniente de um único centro na cidade de Curitiba.

Hipertensão

•Análise dos dados da PNS 2013 mostraram que a prevalência de hipertensão aferida a partir dos 18 anos de idade foi 22,8% (IC 95%, 22,1 - 23,4%) em uma amostra de 59.402 indivíduos. Naqueles com mais de 75 anos, a prevalência estimada foi de 47,1%. No grupo etário de 18 a 74 anos, a prevalência foi maior entre os homens, tendo as mulheres apresentado leve predominância apenas a partir dos 75 anos de idade. A análise por região mostrou que o Sudeste (25%) e o Sul (25%) apresentaram as maiores prevalências em ambos os sexos.

•Dados da PNS 2013 mostraram que 36% da população brasileira incluída tinha diagnóstico prévio e/ou medida da pressão arterial igual ou superior a 140/90 mmHg. Desses, 89% haviam contatado o sistema de saúde nos 2 anos anteriores, mas apenas 65% estavam cientes de sua condição. Entre os conhecedores de sua condição de hipertensos, 62% procuravam assistência com regularidade, 92% dos quais tendo recebido prescrição de medicamentos. Daqueles que informaram receber medicamentos, apenas 56% relataram que a assistência à sua condição não apresentava problemas e incluía orientação sobre importantes fatores de risco e comportamento. De toda a população hipertensa, cerca de 33% apresentavam controle de sua pressão arterial.

•O Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) avaliou 73.399 estudantes com idade média de 14,7 ± 1,6 anos, sendo 55,4% do sexo feminino. A prevalência de hipertensão foi 9,6%, sendo mais baixa nas regiões Norte (8,4%) e Nordeste (8,4%) e mais alta na região Sul (12,5%). Adolescentes obesos apresentaram maior prevalência de hipertensão (28,4%) em comparação àqueles com sobrepeso (15,4%) ou eutróficos (6,3%). A proporção de hipertensão atribuída a obesidade foi estimada em 17,8%.

•De acordo com dados do estudo de coorte ELSA-Brasil, que incluiu 7.063 pacientes, com idade média de 58,9 anos na linha de base (2008-2010), hipertensão foi associada com maiores declínios de memória, fluência e escore cognitivo global. Além disso, pré-hipertensão foi preditor independente de maior declínio no teste de fluência verbal e no escore cognitivo global. Entre indivíduos tratados, o controle da pressão arterial na linha de base associou-se inversamente com o declínio no escore cognitivo global e no teste de memória.

Diabetes mellitus

•Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes publicados em 2019, o Brasil ocupava o quinto lugar no mundo em quantidade de adultos com diabetes, totalizando 16,8 milhões (IC 95% 15,0 - 18,7) de indivíduos, 46% dos quais desconhecia ser portador da condição. A prevalência de pré-diabetes foi de 9,5% (15,1 milhões de pessoas).

•Segundo dados do Estudo GBD 2019, mortalidade por DCV atribuível ao diabetes para todas as idades no Brasil aumentou em termos absolutos, passando de 50.812 mortes (II 95%, 35.649 - 73.137) em 1990 para 80.754 (II 95%, 55.922 - 118.175) em 2019. No entanto, as taxas de mortalidade padronizadas por idade por 100 mil habitantes diminuíram de 70,4 (II 95%, 47,4 - 106,1) em 1990 para 35,9 (II 95% 24,5 - 53,0) em 2019, uma redução de -49,0% (II 95%, -53,4 a -43,9).

•Quanto à carga de DCV atribuível ao diabetes, as taxas de DALYs padronizadas por idade por 100 mil habitantes diminuíram 47,4% (II 95%, -52,2 a -41,9) entre 1990 e 2019, apesar de ter ocorrido um aumento no número total de DALYs de 1.072.309 (II 95%, 784.276 -1.484.959) para 1.571.116 (II 95%, 1.140.912 - 2.203.188) no período. Houve redução heterogênea das taxas de DALYs padronizadas por idade por diabetes entre as diversas UF e regiões do Brasil.

Dislipidemia

•De acordo com a PNS 2014-2015, a prevalência de dislipidemia no Brasil ainda é alta: colesterol total ≥ 200 mg/dl em 32,7% (IC 95%, 31,5 – 34,1) da população geral; HDLc baixo em 31,8% (IC 95%, 30,5 – 33,1); e LDLc alto em 18,6% (IC 95%, 17,5 – 19,7). Nível educacional mais alto foi relacionado a menor prevalência de colesterol total elevado, de LDLc alto e de HDLc baixo.

•De acordo com o Estudo GBD 2019, ao analisar as tendências de 1990 a 2019, observa-se um aumento no número absoluto de mortes, YLLs e DALYs, com redução nas taxas padronizadas por idade dessas métricas em todos os estados e em âmbito nacional.

•O estudo ELSA-Brasil, uma coorte brasileira, avaliou hipercolesterolemia familiar e mostrou prevalência de 1 em 263 indivíduos, mas ainda faltam dados de carga de doença e impacto nos custos.

•Segundo o estudo ELSA-Brasil, a conscientização a respeito de dislipidemia é baixa (58,1% dos indivíduos com LDLc elevado), sendo que apenas 42,3% deles recebem tratamento medicamentoso. Além disso, só 58,3% dos indivíduos em uso de algum hipolipemiante atinge os níveis-alvo de lipídios séricos.

Obesidade e sobrepeso

•De acordo com dados do IBGE, no Brasil, o percentual de adultos (≥18 anos de idade) com excesso de peso e obesidade em 2019 foi de 57,5% (IC 95%, 54,8 - 60,2) e 21,8 % (IC 95%, 19,2 - 24,7) para os homens, e de 62,6% (IC 95%, 59,1 - 66,0) e 29,5% (IC 95%, 25,4 - 34,0) para as mulheres, respectivamente. Houve aumento progressivo de obesidade com a idade, variando de 10,7% (IC 95%, 7,7 - 14,7) [masculino: 7,9% (IC 95%, 4,8 - 12,8); feminino: 13,5% (IC 95%, 8,8 - 20,4)] no grupo etário de 18-24 anos a 34,4% (IC 95%, 29,7 - 39,4) [masculino: 30,2% (IC 95%, 24,8 - 36,3); feminino: 38,0% (IC 95%, 32,3 - 44,0)] no grupo etário de 40-59 anos. Nota-se maior prevalência de excesso de peso e obesidade no sexo feminino em todos os grupos etários.

•De 1990 a 2019, houve uma variação negativa nas taxas de mortalidade por DCV atribuível a índice de massa corporal elevado para as mulheres [-33,9 (-43,7;-16,7)] maior do que para os homens [-22,8 (-35,9;6,2)]. As maiores reduções no percentual de mortalidade ocorreram nas UF de maior renda no Brasil.

•A maioria das UF apresentou redução nas taxas padronizadas por idade de DALYs por DCV atribuível a índice de massa corporal elevado para mulheres no período. Comportamento similar foi observado para os homens, com redução percentual de obesidade de 1990 a 2019.

•A maioria das políticas públicas falhou em reduzir a obesidade em adultos e crianças, provavelmente por se tratar de condição multifatorial e envolver muitos aspectos socioeconômicos. A obesidade é pandêmica e tem impacto nos países tanto desenvolvidos quanto em desenvolvimento, com consequências nos níveis individual, social, familiar e financeiro. Registros nacionais de obesidade devem ser elaborados para permitir o desenvolvimento de políticas públicas mais efetivas para controle da obesidade, que vem aumentando no Brasil nos dois sexos e nos diferentes grupos etários.

Tabagismo e Uso de Tabaco

•Dados da PNS 2019 indicam que 12,8% (IC 95%, 12,4 – 13,2%) dos adultos usam algum derivado do tabaco, sendo o uso maior entre homens (16,2%; IC 95%, 15,6 – 16,9%) do que entre mulheres (9,9%; IC 95%, 9,3 – 10,3%). Segundo a pesquisa domiciliar Vigitel, houve significativa redução na prevalência de tabagismo na população adulta, de 37,6% de 2006 a 2019. Entretanto, houve aumento de 0,5% na prevalência de 2019 em comparação à de 2018, sugerindo uma mudança na tendência.

•De acordo com o Estudo GBD 2019, houve uma redução de 58,8% (II 95%, 56,2 - 61,1) na taxa de mortalidade total atribuída ao tabagismo no Brasil de 1990 a 2019.

A tendência foi a mesma para homens e mulheres e em todas as UF brasileiras. Da mesma forma, a mortalidade CV atribuível ao tabagismo diminuiu em quase 70% no mesmo período.

•A carga de doença CV atribuída ao tabaco diminuiu de 1990 a 2019, com redução de 69% (95% UI, 56 - 61) nas taxas de DALYs padronizadas por idade. Houve redução heterogênea na taxa de DALYs padronizada por idade atribuída ao tabaco nas diferentes UF e regiões do Brasil, mais pronunciada no Sudeste, Sul e Centro-Oeste, com modesta redução nas UF do Norte e ainda mais discreta na maioria das UF do Nordeste.

•Em estudo utilizando modelo probabilístico de microssimulação econômica de Markov, o custo direto total do tabaco foi estimado em US$ 11,8 bilhões ao ano, 70% correspondendo ao custo direto associado com a assistência à saúde e o restante associado com o custo indireto por perda de produtividade por morte prematura e incapacidade.

O tabaco representou 22% dos custos diretos de DCV no Brasil e 17% dos custos diretos de AVC.

1. DOENÇA CARDIOVASCULAR TOTAL

CID-9 390 a 459; CID-10 I00 a I99

Ver Tabelas 1-1 até 1-13 e Figuras 1-1 até 1-16

Tabela 1-1. – Número de casos prevalentes e taxas de prevalência de doença cardiovascular padronizadas por idade, por 100 mil habitantes, e variação percentual das taxas, por grupo etário e sexo, no Brasil, em 1990 e 2019.

Causa de morte e grupo etário 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
Ambos
15-49 anos 164612,9 (144806,1;186400) 214,8 (188,9;243,2) 215729,8 (190813,1;243619,6) 186,8 (165,2;210,9) -13 (-15,8;-10,1)
50-69 anos 218837,1 (196759,4;243342,6) 1395 (1254,2;1551,2) 450185,8 (406572,8;498758) 1115,9 (1007,8;1236,3) -20 (-22,6;-17,2)
5-14 anos 50036,9 (33169,3;71176,5) 141,6 (93,9;201,4) 45954,6 (30182,4;65586,3) 142,5 (93,6;203,4) 0,6 (-1,7;3,1)
70+ anos 147631,3 (132225,3;164119,3) 3490 (3125,8;3879,8) 372585,5 (336268;412493) 2846,7 (2569,2;3151,6) -18,4 (-21;-15,7)
Padronizada por idade 593711,1 (555922,5;636828,7) 593,7 (558,1;636,4) 1095891 (1030085,3;1166807,2) 474,9 (447,1;506,5) -20 (-21,7;-18,4)
Todas as idades 593711,1 (555922,5;636828,7) 398,9 (373,5;427,9) 1095891 (1030085,3;1166807,2) 505,8 (475,4;538,5) 26,8 (23,3;30,4)
Abaixo de 5 12592,9 (9098,3;17056,8) 74,3 (53,7;100,7) 11435,3 (8280,9;15433,2) 73,8 (53,4;99,6) -0,7 (-3,6;2,2)
Mulheres
15-49 anos 81840,1 (71524,9;92783,6) 210,2 (183,7;238,3) 105700 (92430,3;120336,2) 180,7 (158,1;205,8) -14 (-16,8;-10,9)
50-69 anos 102496,1 (91526,7;114514,7) 1255,7 (1121,3;1402,9) 208399,3 (186607,1;232143,7) 973,2 (871,4;1084) -22,5 (-25;-19,8)
5-14 anos 26514,1 (17557,2;37666,8) 151,7 (100,4;215,5) 24476,1 (16014,6;34617,6) 154,6 (101,1;218,6) 1,9 (-1,4;5,7)
70+ anos 77895,9 (69702,8;86822,5) 3321,7 (2972,3;3702,4) 200343,1 (180509,1;222408) 2653,3 (2390,6;2945,5) -20,1 (-22,9;-17,2)
Padronizada por idade 294962,9 (275518,3;317426,8) 557,5 (523,8;597,3) 544515,2 (512491,4;581529,1) 437,4 (411;468,6) -21,5 (-23,3;-20)
Todas as idades 294962,9 (275518,3;317426,8) 391,9 (366;421,7) 544515,2 (512491,4;581529,1) 491,1 (462,3;524,5) 25,3 (21,7;29,1)
Abaixo de 5 6216,7 (4434;8521,4) 74,5 (53,1;102,1) 5596,8 (3974;7644) 73,8 (52,4;100,8) -1 (-4;2,2)
Homens
15-49 anos 82772,8 (72882;93235) 219,5 (193,3;247,2) 110029,8 (97839,1;123670,6) 193 (171,6;216,9) -12,1 (-15,2;-8,8)
50-69 anos 116341 (104908;129351,1) 1546 (1394,1;1718,9) 241786,5 (218258,2;268733,5) 1277,4 (1153,1;1419,7) -17,4 (-20,2;-14,2)
5-14 anos 23522,8 (15573,9;33681,3) 131,8 (87,2;188,7) 21478,5 (14174,7;31018,6) 130,9 (86,4;189) -0,7 (-3,4;2)
70+ anos 69735,4 (62169,2;77641,2) 3699,5 (3298,1;4118,9) 172242,4 (155338,1;190212,2) 3110,3 (2805,1;3434,8) -15,9 (-18,7;-12,9)
Padronizada por idade 298748,2 (279373,3;320526,9) 635,3 (595,3;681,3) 551375,8 (517313,3;587391,2) 520,8 (489,5;554,7) -18 (-19,8;-16,3)
Todas as idades 298748,2 (279373,3;320526,9) 406,1 (379,8;435,7) 551375,8 (517313,3;587391,2) 521,2 (489;555,2) 28,3 (24,6;32,2)
Abaixo de 5 6376,2 (4668,2;8561,1) 74,2 (54,3;99,6) 5838,5 (4282,6;7786) 73,8 (54,1;98,4) -0,5 (-4,1;3,5)
Total 8978586,3 (7687971,2;10466915,3) 46326,6 (38506,4;55504,7) 15575150,5 (13460371,5;18007447,8) 37817,9 (31606;45148,7) 3435,8 (1527,7;5473,2)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 1-13. – Valor total (em Int$2019) dos procedimentos cirúrgicos para doenças cardiovasculares por ano de competência, no Brasil, de 2008 a 2019.

Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total
ABLAÇÃO DE FIBRILAÇÃO ATRIAL $ 353.617,84 $ 344.615,74 $ 397.272,89 $ 355.570,55 $ 497.391,02 528.806,26 479.232,88 523.954,67 378.199,92 356.993,60 367.232,71 464.934,26 5.047.822,34
ANGIOPLASTIA CORONARIANA $ 206.524.984,25 $ 243.854.115,30 $ 249.290.105,61 $ 263.002.841,99 $ 268.202.080,69 260.844.326,45 255.731.071,29 238.223.457,02 231.914.288,54 241.219.188,62 248.776.431,05 263.959.496,79 2.971.542.387,60
CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA $ 172.684.555,11 $ 190.750.337,95 $ 180.856.551,64 $ 224.000.134,26 $ 214.701.072,80 194.862.784,28 183.350.901,63 167.442.522,38 153.057.970,91 145.846.544,88 138.017.698,57 134.627.464,36 2.100.198.538,77
CIRURGIA VALVAR $ 123.559.115,42 $ 128.654.775,47 $ 120.060.127,13 $ 139.380.403,22 $ 132.111.420,33 119.760.766,01 111.985.310,80 102.217.742,13 93.772.533,78 91.038.538,47 89.090.521,41 90.566.473,09 1.342.197.727,26
INFARTO - ANGIOPLASTIA $ 44.406.396,77 $ 34.648.249,69 $ 31.294.082,75 $ 27.685.213,69 $ 25.622.992,36 25.008.629,14 28.531.954,26 32.432.386,78 35.576.965,46 37.020.064,48 36.838.128,17 36.204.812,15 395.269.875,70
MIOCARDIOPATIAS $ 165.778,94 $ 498.143,35 $ 162.195,08 $ 253.624,77 $ 314.364,02 237.299,47 190.003,14 172.443,73 281.829,50 233.514,51 213.753,93 195.688,07 2.918.638,51
OUTRAS VALVOPLASTIAS $ 1.489.958,35 $ 1.519.473,85 $ 1.448.265,54 $ 1.493.075,29 $ 1.348.440,70 1.375.947,07 1.323.449,10 1.205.917,61 852.695,82 976.227,08 847.637,59 947.110,34 14.828.198,34
VALVOPLASTIA MITRAL $ 3.056.009,45 $ 3.278.789,52 $ 2.653.870,12 $ 2.511.818,86 $ 1.959.557,38 1.992.178,33 1.746.460,58 1.383.225,79 736.820,50 889.279,87 733.290,91 691.235,63 21.632.536,94
Total $ 552.240.416,13 $ 603.548.500,87 $ 586.162.470,76 $ 658.682.682,63 $ 644.757.319,30 $ 604.610.737,01 $ 583.338.383,68 $ 543.601.650,11 $ 516.571.304,43 $ 517.580.351,51 $ 514.884.694,34 $ 527.657.214,69 $ 6.853.635.725,46

Figura 1-1. – Ranking das causas de morte no Brasil, 1990 e 2019, de acordo com as taxas de mortalidade padronizadas por idade por 100 mil habitantes, ambos os sexos, 1990 e 2019, e variação percentual das taxas.

Figura 1-1

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 1-16. – Total de hospitalizações para procedimentos cirúrgicos para doenças cardiovasculares por ano de competência, Brasil, 2008 a 2019.

Figura 1-16

Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/DATASUS. 43

Abreviaturas usadas no Capítulo 1.

AHA American Heart Association
AVC Acidente Vascular Cerebral
CID Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde
CRVM Cirurgia de Revascularização do Miocárdio
DALYs Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (do inglês, Disability-Adjusted Life-Year )
DATASUS Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
DCNT Doenças Crônicas Não Transmissíveis
DCV Doença Cardiovascular
DIC Doença Isquêmica do Coração
ELSA-Brasil Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto
GBD Global Burden of Disease
IAM Infarto Agudo do Miocárdio
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IC Intervalo de Confiança
IDH Índice de Desenvolvimento Humano
IDHm Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
II Intervalo de Incerteza
OR Odds Ratio
PIB Produto Interno Bruto
PSF Programa Saúde da Família
RAP Risco Atribuível na População
RR Risco Relativo
SDI Índice Sociodemográfico (do inglês, Sociodemographic Index )
SIDRA Sistema IBGE de Recuperação Automática
SIM Sistema de Informações sobre Mortalidade
SNS Sistema Nacional de Saúde
SUS Sistema Único de Saúde
UF Unidade Federativa

Figura 1-10. – Taxa de mortalidade por doença cardiovascular padronizada por idade, por 100 mil habitantes, por regiões brasileiras, para mulheres, 1990-2019.

Figura 1-10

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Panorama

•As DCNT constituem o principal grupo de causa de morte em todo o mundo, sendo responsáveis por mortes prematuras, perda de qualidade de vida, além de impactos adversos econômicos e sociais. As DCNT são responsáveis por cerca de 70% das mortes globais, equivalendo a mais de 38 milhões de mortes por ano, excedendo significativamente as mortes por causas externas e por doenças infecciosas. 2326 Cerca de 45% de todas as mortes por DCNT no mundo, mais de 17 milhões, são causadas por DCV. Distribuição similar é observada no Brasil, onde 72% das mortes resultam de DCNT, sendo 30% devidas a DCV e 16% a neoplasias ( Figura 1-1 ). 21 , 27 , 28

•A definição de DCV pode variar de acordo com o estudo, desde a inclusão de todas as doenças listadas no Capítulo IX da CID-10 até o simples agrupamento das 3 principais causas (DIC, AVC e insuficiência cardíaca). Para o GBD, a definição de DCV total engloba 10 causas: cardiopatia reumática, DIC, doença cerebrovascular, cardiopatia hipertensiva, cardiomiopatia, miocardite, fibrilação e flutter atrial, aneurisma aórtico, doença vascular periférica e endocardite. 29

•As DCV são a principal causa de morte no Brasil. De acordo com as estimativas do Estudo GBD 2019, entre as DCV, a DIC era a causa número 1 de morte no país, seguida por AVC, em 1990 e 2019 ( Figura 1-2 ). Na verdade, em 2019, a DIC foi a principal causa de morte em todas as UF brasileiras, exceto no Amazonas, na região Norte. Três estados nessa região, Acre, Amapá e Pará, não apresentaram diferença significativa quanto às taxas de mortalidade por DIC e AVC (Figuras 1-3 e 1-4 ).

Figura 1-2. – Ranking das causas de morte cardiovascular no Brasil, 1990 e 2019, de acordo com as taxas de mortalidade padronizadas por idade por 100 mil habitantes, ambos os sexos, 1990 e 2019, e variação percentual das taxas.

Figura 1-2

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 1-3. – Ranking das causas de morte cardiovascular por unidade federativa brasileira em 1990, de acordo com as taxas de mortalidade padronizadas por idade por 100 mil habitantes, ambos os sexos.

Figura 1-3

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 1-4. – Ranking das causas de morte cardiovascular por unidade federativa brasileira em 2019, de acordo com as taxas de mortalidade padronizadas por idade por 100 mil habitantes, ambos os sexos.

Figura 1-4

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Prevalência

•Gonçalves et al. publicaram em 2019 um estudo transversal que analisou informação da Pesquisa Nacional de Saúde conduzida em 2013 em uma amostra de 60.202 adultos com mais de 18 anos, estratificados por sexo e grupos etários, usando um modelo de regressão logística binário e hierárquico. O diagnóstico autorreferido de doença cardíaca no Brasil foi de 4,2% (IC 95%: 4,0-4,3 ) e associado com as seguintes características: sexo feminino (OR = 1,1; IC 95%: 1,1-1,1), indivíduos de 65 anos ou mais (OR = 4,7; IC 95%, 3,3-5), hipertensão (OR = 2,4; IC 95%: 2,2-2,7), colesterol elevado (OR = 1,6; IC 95%: 1,5-1,8), sobrepeso (OR = 1,5; IC 95%: 1,4-1,8) ou obesidade (OR = 2,0; IC 95%: 1,7-2,2), sedentarismo (OR = 1,5; IC 95%: 1,02-2,1) e tabagismo (OR = 1,2; IC 95%: 1,03-1,3). 30

•No estudo ELSA-Brasil, uma coorte que incluiu 15.105 funcionários públicos de 6 instituições acadêmicas (54% mulheres, 35-74 anos, com avaliação basal entre 2008 e 2010), a prevalência autorreferida foi a seguinte: DIC, 4,7% (homens=5,7%, mulheres=4,0%); insuficiência cardíaca, 1,5% (homens=1,9%, mulheres=1,5%); AVC, 1,3% para ambos os sexos; febre reumática, 2,9% (homens=2,2%, mulheres=3,4%); e doença de Chagas, 0,4% para ambos os sexos. 31

•A prevalência de DCV aumenta significativamente com a idade. Em um estudo longitudinal com idosos a partir dos 60 anos, do estado de São Paulo, em 2000, 2006 e 2010, a prevalência de DCV foi definida como resposta positiva à pergunta: “Algum médico ou enfermeiro já lhe disse que você teve um ataque cardíaco, doença isquêmica do coração, angina, doença congestiva ou outros problemas cardíacos?”. A prevalência de DCV foi de 17,9%, 22,2% e 22,9% em 2000, 2006 e 2010, respectivamente. A presença de DCV foi associada a idade mais avançada, história de tabagismo, presença de diabetes e hipertensão. 32

•De acordo com o Estudo GBD 2019, a prevalência de DCV foi 6,1% da população em 2019, tendo aumentado desde 1990 devido a crescimento e envelhecimento populacional. No entanto, a taxa de prevalência de DCV padronizada por idade no Brasil diminuiu no mesmo período, passando de 6.138 (II 95%, 5.762 – 6.519) para 5.454 (II 95%, 5.082 – 5.838) por 100 mil habitantes ( Tabela 1-1 ).

•Os homens apresentaram maior taxa de prevalência padronizada por idade do que as mulheres em 2019 (Figuras 1-5 e 1-6 ) e, de 1990 a 2019, uma redução da taxa de prevalência de -8,7 (-10,2 a -7,2), menor do que a das mulheres (-12,8, II 95%, -14,1 a -11,3) no mesmo período ( Figura 1-6 e Tabela 1-1 ). Considerando-se o número total em 2019, 12.946.932 (II 95%, 11.899.752 – 13.617.524) indivíduos apresentaram DCV prevalente no Brasil, 51% dos quais eram homens. A taxa de prevalência diminuiu entre os idosos e subiu entre homens e mulheres de 15-49 anos de idade ( Tabela 1-1 ).

Figura 1-5. – Prevalência percentual de doença cardiovascular, por sexo, no Brasil, 1990-2019.

Figura 1-5

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 1-6. – Taxas de prevalência de doença cardiovascular padronizadas por idade, por 100 mil habitantes, por sexo, Brasil, 1990-2019.

Figura 1-6

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Incidência

•De acordo com o Estudo GBD 2019, a taxa de incidência de DCV padronizada por idade no Brasil em 2019 foi de 475 (II 95%, 447-507) por 100 mil habitantes. De 1990 a 2019, essa taxa diminuiu -20% (-22 a -18) ( Tabela 1-2 ).

Tabela 1-2. – Número de casos incidentes, taxas de incidência de doença cardiovascular padronizadas por idade (por 100 mil) e variação percentual das taxas no Brasil e unidades federativas, em 1990 e 2019.

Causa de morte e local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2-Doenças Cardiovasculares
Brasil 593711.1 (555922.5;636828.7) 593.7 (558.1;636.4) 1095891 (1030085.3;1166807.2) 474.9 (447.1;506.5) -20(-21.7;-18.4)
Acre 1206.9 (1109.3;1324) 549.1 (513.6;588) 3266 (3049.1;3501.1) 471.7 (441.9;504.1) -14.1(-16.4;-11.8)
Alagoas 9183 (8506.9;9969.2) 581.1 (541.6;625.5) 15952 (14961.2;17073.7) 484.3 (454.2;517.6) -16.7(-19;-14.3)
Amapá 716.8 (656.5;788.6) 520.5 (486.1;559) 2653.7 (2476.6;2862.4) 440.7 (411.6;473.2) -15.3(-17.5;-13.2)
Amazonas 5629.9 (5174.7;6164.5) 531.1 (496.3;569.2) 14473.2 (13534.3;15528.2) 451.3 (422.1;482.1) -15(-17.2;-12.7)
Bahia 44112.1 (41105.1;47717.9) 562.8 (525.9;603.5) 75928.2 (71378.4;80995.6) 473.7 (444.5;506.6) -15.8(-18.2;-13.8)
Ceará 24076.6 (22398.9;25978.9) 524.8 (491.1;560.8) 45521.1 (42602.7;48610) 458.7 (429.6;490.7) -12.6(-14.8;-10.4)
Distrito Federal 4505.6 (4168.8;4888.6) 550.4 (515.5;590.1) 11843.1 (11093.6;12666.6) 433.2 (406.9;463.9) -21.3(-23.6;-19.1)
Espírito Santo 10124.4 (9476.6;10907.6) 597 (558.7;639.6) 20329.8 (19077.6;21677.9) 475.9 (446.4;508.7) -20.3(-22.7;-17.8)
Goiás 14164.8 (13166.4;15345) 559.3 (522.7;600.2) 30538.9 (28602.7;32638.9) 440.8 (412.6;470.9) -21.2(-23.5;-19)
Maranhão 16322.6 (15071;17739.8) 528.8 (493.8;568.2) 31679.3 (29575.4;34020.2) 453.8 (424.3;486.7) -14.2(-16.3;-11.9)
Mato Grosso 5861.4 (5416;6376.9) 560.1 (523.8;603.2) 15572.9 (14640.8;16594.5) 462.1 (433.4;493.7) -17.5(-19.8;-15.3)
Mato Grosso do Sul 6310.2 (5890.9;6820.4) 582.4 (545;624.2) 14125.2 (13252.9;15040.8) 483.8 (453;515.7) -16.9(-19.2;-14.7)
Minas Gerais 71837.8 (67116.6;77197) 662.2 (620.6;708.3) 134221.7 (125539.7;143761.7) 526.5 (492.9;563) -20.5(-22.8;-18.4)
Pará 14537.4 (13368.9;15902.3) 540 (505.1;579.9) 33318.7 (31088.5;35782.7) 443.4 (414;475.7) -17.9(-20.2;-15.7)
Paraíba 13732.3 (12775.8;14788.3) 549.2 (513.2;590) 20836.7 (19578.6;22302.1) 449.3 (420.7;482.1) -18.2(-20.8;-16)
Paraná 33688.5 (31469.4;36286) 607.4 (567.4;652) 61307.5 (57604;65450.1) 476.9 (448.7;509.1) -21.5(-23.7;-19.2)
Pernambuco 29154.2 (27148.1;31474) 575.5 (540.2;616.7) 48609.7 (45664.2;51831.3) 486.1 (455.6;518.8) -15.5(-17.8;-13.5)
Piaui 9035.6 (8358.6;9805.9) 543.1 (506.4;584.1) 17353.8 (16310.2;18496.1) 464.3 (436.1;495.3) -14.5(-16.9;-12)
Rio de Janeiro 64591.8 (60558.2;69272.2) 635.4 (597.7;678.7) 100862 (94708.7;107521.3) 473.2 (445;504.7) -25.5(-27.7;-23.5)
Rio Grande do Norte 9424.3 (8784.4;10171.1) 530.4 (495.3;570.5) 17234 (16146;18374.5) 450.5 (422;481.3) -15.1(-17.3;-12.6)
Rio Grande do Sul 43143.4 (40538.5;46255.1) 615.4 (577.1;659.5) 70448.5 (66035.9;75279.1) 482.5 (454.4;515.7) -21.6(-23.8;-19.4)
Rondônia 2951.5 (2701.4;3248.2) 565.1 (526.5;608.3) 7150.6 (6699;7664.9) 449.4 (419.3;481) -20.5(-23;-17.9)
Roraima 502 (459.5;551.6) 544 (508.2;584.8) 1917.1 (1781.8;2065.3) 445.2 (414.8;476.5) -18.2(-20.4;-15.9)
Santa Catarina 16812.6 (15702.4;18087.7) 573.7 (537.3;613.9) 37225 (35046.3;39624.9) 470.9 (442.5;502.4) -17.9(-20.4;-15.2)
São Paulo 133961.2 (125479.2;143345) 604.8 (567.2;644.6) 245976.9 (231441.1;261645.1) 470.8 (442.9;502.5) -22.2(-24.3;-20.1)
Sergipe 5348.7 (4961.9;5795.4) 572 (534.5;614.3) 11043.8 (10386.9;11787.7) 485.8 (456;518.7) -15.1(-17.4;-12.5)
Tocantins 2775.6 (2556.8;3025.5) 533.9 (499.9;572.8) 6501.8 (6086.7;6952.9) 440.7 (412.2;470.6) -17.5(-19.7;-15.2)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A taxa de incidência de DCV padronizada por idade não diferiu significativamente entre as UF em 2019, variando de 441 no Piauí a 486 em Pernambuco. De 1990 a 2019, todas as UF apresentaram redução na taxa de incidência de DCV padronizada por idade, tendo o Rio de Janeiro apresentado a maior variação percentual (-25,5%; II 95%, -27,7 a -23,5) ( Tabela 1-2 ).

Mortalidade

•No Brasil, Mansur et al . relataram que a taxa de mortalidade por DCV padronizada por idade diminuiu significativamente nas últimas décadas. Um estudo de 2016 analisou as taxas de mortalidade por DCV a partir dos 30 anos de idade, por sexo, por 100 mil habitantes. As variações anuais na mortalidade cardiovascular nos períodos 1980-2006 e 2007-2012 foram, respectivamente: -1,5% e -0,8%, para ambos os sexos; -1,4% e -0,6%, para homens; -1,7% e -1,0%, para mulheres. 33

•Baptista et al . investigaram como a composição etária e as taxas de mortalidade específicas por idade se relacionam à diferença observada nas mortes por DCV na população adulta, por sexo, nas microrregiões brasileiras de 1996 a 2015. Aqueles autores sugeriram, após correção para subnotificação das mortes, que houvesse uma redução nas taxas de morte por DCV no período estudado. Entretanto, o principal motivo da mudança nas taxas de mortalidade foi heterogêneo nas microrregiões brasileiras. Em geral, nas áreas mais desenvolvidas socioeconomicamente, a estrutura etária relacionou-se de maneira mais importante às taxas de mortalidade, com as populações mais idosas morrendo por DCV. É interessante notar que os principais motivos de mudança nas taxas de mortalidade por DCV diferiram ainda dentro das regiões e das UF brasileiras. 34

•Dados do Estudo GBD 2019 revelam que, embora as taxas de mortalidade por DCV no Brasil tenham diminuído significativamente nos últimos anos, o número total de mortes por DCV aumentou, provavelmente como resultado do crescimento e envelhecimento da população. Houve 269.722,7 (II 95%, 257.743,7 - 277.272,1) e 397.993 (II 95%, 361.776,4 – 417.773,2) mortes por DCV no país em 1990 e 2019, respectivamente. A taxa de mortalidade padronizada por idade por 100 mil habitantes foi 355,4 (332,5 - 367,6) em 1990 e 175,7 (159 - 184,8) em 2019, diminuindo -50,6% (-52,7 a -0,5) no período ( Figura 1-7 ). Embora as taxas de mortalidade padronizadas por idade fossem maiores nos homens em todo o período, a redução percentual foi similar para ambos os sexos, 48% para homens e 52% para mulheres ( Figura 1-8 ).

Figura 1-7. – Taxas de mortalidade por doença cardiovascular padronizadas por idade, por 100 mil habitantes, por sexo, Brasil, 1990-2019.

Figura 1-7

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 1-8. – Mortalidade proporcional por doença cardiovascular, por sexo, Brasil, 1990-2019.

Figura 1-8

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A Tabela 1-3 mostra o número de mortes por DCV, a taxa de mortalidade padronizada por idade por 100 mil habitantes e a variação percentual das taxas, por UF e no Brasil, em 1990-2019. Maranhão e Alagoas apresentaram o maior risco de mortalidade, acima da média do país. As maiores reduções percentuais no período foram observadas em Rondônia, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, em ordem decrescente.

Tabela 1-3. – Número de mortes e taxas de mortalidade padronizadas por idade por doenças cardiovasculares (por 100 mil habitantes) e variação percentual das taxas no Brasil e suas unidades federativas, em 1990 e 2019.

Causa de morte e local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2-Doenças Cardiovasculares
Brasil 269722,7 (257743,7;277272,1) 355,4 (332,5;367,6) 397993 (361776,4;417773,2) 175,7 (159;184,8) -50,6(-52,7;-48,8)
Acre 349,6 (326,1;369) 279,6 (255,4;295,7) 912,7 (824,2;991,4) 171,2 (151,8;187) -38,8(-44,1;-33)
Alagoas 4147,2 (3861,4;4448,1) 345,1 (316,4;370,7) 6951,8 (6104,9;7772,3) 224,9 (196,8;250,8) -34,8(-42,4;-26,7)
Amapá 188,5 (174,2;200,2) 238,8 (214,9;254,2) 704 (637,8;762,4) 154 (137,2;167,9) -35,5(-40,4;-30,7)
Amazonas 1720,8 (1593,1;1851,7) 289,9 (266,6;311,4) 3750,6 (3301,4;4208,2) 143 (124,9;160,1) -50,7(-55,9;-44,6)
Bahia 17822,2 (16003,5;19631,3) 288,4 (255,5;317,4) 28572,6 (24486,2;32622,6) 176 (151,4;201,1) -39(-48,2;-28,5)
Ceará 9061,7 (7840,2;10176,8) 231,2 (198,8;260,9) 17908,4 (15189,3;20616,8) 182,6 (154,9;210,3) -21(-34,2;-4,9)
Distrito Federal 1643,6 (1503,3;1806,1) 444,2 (408,3;477,6) 3389,8 (3043,6;3756,2) 185,8 (165,1;204,6) -58,2(-62,4;-53,3)
Espírito Santo 4410,6 (4203,1;4562,4) 374,8 (348,4;389,6) 7850,8 (6919,7;8701,8) 191,8 (167,7;212,9) -48,8(-54,2;-43,7)
Goiás 6519,1 (5763,1;7447,3) 389,1 (347;440,7) 11384,2 (9683,2;13202,3) 176,2 (149,7;204,1) -54,7(-62;-46,4)
Maranhão 6817,6 (5871,1;7739,5) 288,3 (245,9;327,4) 15483,5 (13437,5;17842,1) 242,1 (210,4;278,9) -16(-29,3;1,4)
Mato Grosso 1985,3 (1769,3;2199,9) 319,4 (284,1;349) 4651,3 (4170,1;5171,1) 155,6 (137,5;172,7) -51,3(-56,6;-44,7)
Mato Grosso do Sul 2631,9 (2474,4;2769,5) 366 (338,5;386,8) 4856,1 (4328,6;5378,6) 177,3 (157,9;196,2) -51,6(-56,5;-46,5)
Minas Gerais 30599,1 (28786,2;32249,8) 375,8 (347,3;396,3) 38760 (34341,1;42744,9) 147,8 (130,9;163) -60,7(-64,4;-57)
Pará 5594,9 (5019,4;6163) 337 (300,4;370,7) 10746,4 (9457,6;11880,5) 163,8 (144;181,1) -51,4(-57;-45)
Paraíba 5822,3 (5293,6;6316) 264,8 (239,1;287,5) 8913,3 (7679,8;10085,3) 180,7 (157,5;204,5) -31,7(-40,4;-22,8)
Paraná 16189,6 (15581,2;16614,3) 423,1 (399,2;437,6) 22072,6 (19565;24449,1) 179,4 (158,4;198,7) -57,6(-61,6;-53,4)
Pernambuco 13939,5 (13198,3;14460) 352,1 (327,8;367,1) 21121,2 (18791,5;23336,3) 219,9 (195;243,1) -37,5(-43,7;-31,4)
Piaui 3829,3 (3497,7;4109,5) 331,2 (296,9;355,1) 6848,1 (5908,3;7614,1) 177,6 (154,4;197,1) -46,4(-52;-40,6)
Rio de Janeiro 36000,2 (34654,8;36880,4) 441,3 (417,7;454,5) 41989,3 (37764,1;46009) 192,5 (172,8;211,1) -56,4(-60;-52,4)
Rio Grande do Norte 3713,9 (3297,2;4074,3) 245,4 (216,6;269,9) 6158,7 (5180,9;7181,3) 154,5 (130,7;180,1) -37(-46,6;-26,1)
Rio Grande do Sul 19771,7 (18934,4;20371) 360,4 (338,1;373,8) 25731,6 (22928,2;28470,1) 168,3 (150,1;186,3) -53,3(-57,3;-49)
Rondônia 933,5 (827,7;1027,6) 461,4 (425,8;493,9) 2447,7 (2140,3;2781,4) 178,2 (155,3;201,6) -61,4(-66,2;-55,8)
Roraima 145,1 (132,4;156,2) 382,9 (355,3;404,4) 526,7 (481,9;570,5) 186,5 (166,8;201,7) -51,3(-55,3;-47,1)
Santa Catarina 7804,4 (7403,4;8174,6) 388,7 (361,6;408,4) 12033,1 (10731,6;13309,4) 164,6 (145,7;181,3) -57,7(-61,6;-53,6)
São Paulo 65063,6 (61927;67978,8) 403,5 (373,9;423,1) 87751,7 (77569,4;96216,6) 171,5 (150,9;187,8) -57,5(-61,2;-53,8)
Sergipe 2033,8 (1875,3;2190,6) 319 (292,8;343,3) 3755,8 (3258,8;4282,6) 173,6 (150,1;197,5) -45,6(-52,8;-37,6)
Tocantins 983,6 (877,3;1090,3) 355,3 (318,1;389,4) 2721 (2382,9;3072) 204 (178,1;230,4) -42,6(-50,2;-34,5)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A Figura 1-9 mostra a distribuição geográfica das taxas de mortalidade por 100 mil habitantes, padronizadas por idade nas UF brasileiras, de acordo com o sexo, em 2000 e 2019, conforme dados do SIM e utilizando a população do IBGE. Houve diminuição nas taxas de mortalidade padronizadas em ambos os sexos, exceto para os homens de Roraima, Piauí e Alagoas, a despeito da redistribuição de causas mal definidas e a correção para subnotificação de acordo com os coeficientes do GBD 2019. Malta et al. compararam uma série histórica de taxa de mortalidade por DCV no Brasil, usando a base de dados do SIM com e sem correção e as estimativas do GBD 2017 entre 2000 e 2017. Os autores indicaram que o aumento na taxa de mortalidade observado em 2017 em algumas UF do Norte e Nordeste deveu-se às melhorias nos registros de morte e na definição das causas básicas de morte nos últimos anos. 6

Figura 1-9. – Distribuição geográfica das taxas de mortalidade padronizadas por idade, por 100 mil habitantes, nas unidades federativas do Brasil, de acordo com sexo, 2000 e 2019.

Figura 1-9

Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/DATASUS, com redistribuição de causas mal definidas e correção para subnotificação (de acordo com os coeficientes do GBD 2017), e população IBGE. 43

•Ao analisarem dados do GBD 2015, Brant et al. observaram uma redução na taxa de mortalidade por DCV padronizada por idade de 429,5 (1990) para 256,0 (2015) por 100 mil habitantes (-40,4%), com acentuadas diferenças entre as UF. Essa redução foi mais pronunciada nas UF do Sudeste e Sul e no Distrito Federal, regiões que concentram as maiores populações e renda, sendo mais modesta na maioria dos estados do Norte e Nordeste. 29

•Importante salientar ainda que a redução anual nas taxas de mortalidade por DCV no Brasil foi menor nos últimos anos ao se considerar o período de 1990-2019, para homens e mulheres.

•Quanto à tendência por grupo etário, as maiores reduções nas taxas de mortalidade por DCV por 100 mil, entre 1990 e 2017, foram observadas no grupo ‘abaixo de 5’ [-60,9 (-70,7 a -48,9)], seguido pelo grupo etário de 50-69 anos [-50,6 (-52,7 a -48,4)].

•A cobertura do PSF foi associada a redução nas hospitalizações e na mortalidade por DCV que foram incluídas na Lista de Condições Sensíveis à Atenção Primária no Brasil, tendo seu efeito aumentado de acordo com a duração da implementação do PSF no município. Rasella et al . relataram reduções nas mortalidades por doença cerebrovascular e doença cardíaca de 0,82 (IC 95%: 0,79-0,86) e 0,79 (IC 95%: 0,75-0,80), respectivamente, chegando a 0,69 (IC 95%: 0,66-0,73) e 0,64 (IC 95%: 0.59-0.68), respectivamente, quando a cobertura do PSF foi consolidada no total dos 8 anos estudados. 35

•De acordo com o banco de dados do SIM, em 2019, as DCV corresponderam a 27,0% do total de mortes, com a maior proporção na região Sudeste e a menor na região Norte. A DIC foi responsável por 32,3% do total de mortes por DCV no Brasil e o AVC, por 27,8%. A maior proporção de mortalidade por DIC ocorreu no Mato Grosso do Sul, Pernambuco e São Paulo, enquanto a maior proporção de mortes por AVC ocorreu no Amazonas, Amapá e Distrito Federal ( Tabela 1-4 ).

Tabela 1-4. – Mortalidade proporcional por doenças cardiovasculares (DCV), doença isquêmica do coração (DIC) e acidente vascular cerebral (AVC) por região brasileira, unidade federativa e no Brasil, em 2019.

Regiões/UF DCV/Total DIC/DCV AVC/DCV
% % %
Norte 22,9 30,8 33,1
RO 23,4 28,9 27,0
AC 22,6 36,5 30,0
AM 18,5 28,8 36,9
RR 22,0 27,2 35,7
PA 23,8 31,9 34,2
AP 20,2 30,5 32,8
TO 29,0 30,0 29,3
Nordeste 27,3 32,5 29,9
MA 30,5 32,0 32,5
PI 31,3 30,1 33,7
CE 27,4 34,2 28,8
RN 28,2 41,1 24,4
PB 28,3 35,3 25,7
PE 27,8 37,9 28,5
AL 31,0 30,1 31,0
SE 23,3 27,4 32,4
BA 24,0 26,2 31,5
Sudeste 27,7 32,6 25,3
MG 25,2 23,9 27,6
ES 28,8 33,7 29,2
RJ 26,9 33,8 24,6
SP 29,2 35,5 24,3
Sul 26,3 30,9 30,1
PR 27,2 29,4 30,2
SC 27,1 31,0 26,6
RS 25,1 32,1 31,7
Centro-Oeste 26,1 33,1 27,6
MS 29,1 39,2 25,8
MT 24,2 30,2 28,0
GO 26,2 32,1 26,6
DF 24,5 31,4 32,9
Brasil 27,0 32,3 27,8

Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/DATASUS. 43

•A proporção de mortes por DCV diminuiu entre homens (de 30,1% para 27,6%) e mulheres (31,1% para 29,9%) de 2000-2002 a 2015-2017. Além disso, Lotufo notou um constante excesso de mortes prematuras por DCV entre os homens naquele período, com uma razão homem/mulher de 2:1. 36

•Há significativa correlação do SDI, uma estimativa do nível socioeconômico, com a carga de DCV. A Figura 1-12 mostra a correlação entre a maior redução na variação percentual das taxas de mortalidade por DCV padronizadas por idade, entre 1990 e 2019, e o maior SDI de 2019, sugerindo que a diminuição da mortalidade por DCV seguiu-se a uma melhora nas condições socioeconômicas locais, como observado em outros estudos. 5,37–39

Figura 1-12. – Correlação entre a variação percentual das taxas de mortalidade padronizadas por idade 2019/1990 e o índice sociodemográfico 2019 (SDI 2019).

Figura 1-12

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Lotufo et al. compararam 3 diferentes níveis de renda domiciliar (alto, médio e baixo) com taxas de mortalidade por DCV, na cidade de São Paulo, de 1996 a 2010. As variações percentuais anuais e os IC 95% para homens residentes em áreas de renda alta, média e baixa foram -4,1 (-4,5 a -3,8), -3,0 (-3,5 a -2,6) e -2,5 (-2,8 a -2,1), respectivamente. As tendências para as taxas de mulheres residentes em áreas de renda alta foram -4,4 (-4,8 a -3,9) em 1996-2005 e -2,6 (-3,8 a -1,4) em 2005-2010. A redução nas mortes por DCV foi mais significativa para homens e mulheres residentes em áreas mais abastadas, com um gradiente decrescente para risco de morte maior para os residentes de áreas mais abastadas em comparação àqueles de áreas mais carentes. 40

•Observou-se associação inversa do IDHm e da cobertura de saúde suplementar com a mortalidade por DCV, sugerindo uma relação entre fatores socioeconômicos e DCV. 37 O IDHm aumentou entre 2000 e 2010 em todas as UF, sendo 0,7 ou maior na metade das UF. A cobertura de saúde suplementar aumentou no país durante o período estudado e associou-se inversamente com mortalidade por DCV entre 2004 e 2013. 37

•Soares et al. observaram uma diminuição na mortalidade por DCV nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul que precedeu a melhoria no índice socioeconômico. A evolução do PIB per capita, o declínio da mortalidade infantil, o maior nível educacional (representado pela escolaridade, em anos, dos indivíduos com idade superior a 25 anos) e o IDHm mostraram uma grande correlação com a redução na taxa de mortalidade por DCV. A redução nas taxas de mortalidade por DCV, AVC e DIC no estado do Rio de Janeiro nas últimas décadas foi precedida por um aumento no IDH. Um acréscimo de 0,1 no IDH correlacionou-se com as seguintes reduções no número de mortes por 100 mil habitantes: 53,5 por DCV; 30,2 por AVC; e 10,0 por DIC. 38 , 39

•Baptista et al . investigaram a relação entre a taxa de mortalidade por DCV e o desenvolvimento econômico no tempo e no espaço, medido pelo PIB per capita, nas microrregiões brasileiras, de 2001 a 2015. Os autores, usando as bases de dados SIM-DATASUS e SIDRA do IBGE, observaram um rápido declínio na mortalidade por DCV nas regiões Sul e Sudeste, assim como um declínio mais lento na região Centro-Oeste. Por outro lado, as regiões Norte e Nordeste apresentaram um aumento nas taxas de mortalidade por DCV ao longo do tempo, talvez em decorrência do menor acesso aos cuidados em saúde e dos fatores socioeconômicos. 41

•Silveira et al. , estudando o efeito da temperatura ambiente na mortalidade cardiovascular em 27 cidades brasileiras, observaram maior número de mortes cardiovasculares associado com temperaturas baixas e altas na maioria das cidades brasileiras e nas regiões Centro-Oeste, Norte, Sul e Sudeste. O RR geral para o Brasil foi 1,26 (IC 95%, 1,17–1,35) para o percentil 1 de temperatura e 1,07 (IC 95%, 1,01–1,13) para o percentil 99 de temperatura em comparação ao percentil 79 (27,7 °C), cujo RR foi o menor. 42

Carga de Doença

•As taxas de DALYs padronizadas por idade no Brasil foram 6.907 (II 95%, 6.783-7.039) por 100 mil habitantes em 1990, caindo para 3.735 (II 95%, 3.621-3.849) por 100 mil habitantes em 2019. As taxas de DALYs caíram nas cinco regiões, com padrões diferentes, mais rapidamente no Sul e Sudeste e mais lentamente no Nordeste ( Figura 1-13 ). Houve uma correlação entre a redução percentual nas taxas de DALYs e o aumento no SDI: quanto maior o SDI, maior o declínio nos DALYs por DCV. Distrito Federal, Rio de Janeiro e Santa Catarina apresentaram o maior SDI e um grande declínio nas taxas de DALYs, enquanto Alagoas, Piauí e Ceará apresentaram um pequeno declínio nas taxas de DALYs e baixo SDI ( Figura 1-14 e Tabela 1-5 ).

Figura 1-13. – Taxas de DALYs padronizadas por idade para doença cardiovascular, por 100 mil habitantes, 1990-2017, Brasil e suas regiões.

Figura 1-13

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 1-14. – Correlação entre a variação percentual das taxas de DALYs padronizadas por idade 2019/1990 e o índice sociodemográfico 2019 (SDI 2019).

Figura 1-14

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 1-5. – Número de DALYs e taxas de DALYs padronizadas por idade por doenças cardiovasculares (por 100 mil habitantes) e variação percentual das taxas no Brasil e suas unidades federativas, em 1990 e 2019.

Causa de morte e local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2-Doenças Cardiovasculares
Brasil 7006215,8 (6793265,2;7175766,7) 7496,4 (7214,2;7700,4) 8861401,5 (8394308,2;9258967,5) 3769,7 (3563,7;3941,2) -49,7(-51,7;-47,9)
Acre 9825,4 (9146,4;10435,1) 5453,4 (5104,7;5755) 22488,6 (20552;24398,9) 3486,4 (3186,5;3773,4) -36,1(-41,5;-29,9)
Alagoas 110461,2 (103870,2;118711,8) 7466,1 (6979,1;8003,9) 163441,5 (145907,2;181349,4) 5003,3 (4464,2;5545,6) -33(-40,9;-24,4)
Amapá 5067,3 (4685,6;5415,9) 4630,7 (4327,3;4912,7) 18522,5 (17183,3;19974,3) 3307,7 (3047;3555,6) -28,6(-34,2;-23)
Amazonas 45754,5 (42072,2;49330,8) 5541,4 (5130,9;5952,4) 89897,2 (81155,2;99494,8) 2991,8 (2679,2;3314,4) -46(-51,9;-39,4)
Bahia 452812,5 (412140,4;496636) 6276,5 (5696,4;6892,4) 637197,3 (552757,5;722888,3) 3926,1 (3415,5;4453,8) -37,4(-47;-26,7)
Ceará 220789,6 (195330,6;246721,7) 5001,5 (4427,7;5606,9) 378371,9 (324694,5;435882,1) 3785,3 (3251,5;4360,4) -24,3(-37,3;-8,7)
Distrito Federal 52059,2 (47758,5;57091,7) 8173,4 (7548,7;8867,2) 81469,6 (73653,4;89826,9) 3262,3 (2942,3;3586,6) -60,1(-64,4;-55,1)
Espírito Santo 113555,9 (109578,7;117427) 7455 (7140,5;7713,2) 176105,4 (156866,3;194211,4) 4041,5 (3597,1;4452,3) -45,8(-51,3;-40,3)
Goiás 184416,2 (163600,3;210275,7) 8106 (7232,6;9221,2) 271049,9 (232375,2;312410,9) 3824,8 (3296,7;4398,5) -52,8(-60,8;-43,6)
Maranhão 201000,2 (172783,1;228799,1) 6794,1 (5859,4;7722,4) 335711,6 (289713,2;391241,8) 4982,5 (4297,2;5816,9) -26,7(-39,4;-9,2)
Mato Grosso 57476,4 (50382,9;64092,5) 6506,9 (5833,5;7149,3) 113821 (103871,1;125263,6) 3361,9 (3064,4;3696,7) -48,3(-54,4;-40,7)
Mato Grosso do Sul 72483,1 (68659,5;76315,7) 7521,8 (7098,7;7914,8) 111484,1 (100917,1;123161,6) 3765,4 (3415,8;4150) -49,9(-55;-44,4)
Minas Gerais 816075,2 (772344,5;861709,5) 7931,8 (7484,4;8365) 861429,4 (783971,7;940221,9) 3293,7 (2995,9;3591,5) -58,5(-62,3;-54,5)
Pará 142720,7 (128334,6;157462) 6482,5 (5843,6;7126,1) 254515,4 (229761,6;279907,4) 3522,1 (3175,7;3867,1) -45,7(-52,5;-38,1)
Paraíba 135924,9 (125409;147002) 5725,1 (5271,7;6197,9) 186763,1 (165980,5;210012,9) 3955,7 (3519,7;4448,8) -30,9(-39,7;-22,1)
Paraná 415852,5 (404061,8;427856,4) 8363,5 (8061,3;8600) 479641,4 (431236,2;529867,9) 3653,3 (3287,2;4026,1) -56,3(-60,4;-51,9)
Pernambuco 341781,1 (329624,5;354781,3) 7291 (6985,5;7564,9) 482460,4 (433602,6;531932,7) 4764,3 (4292,5;5249,2) -34,7(-41,2;-28,3)
Piaui 97460,7 (90810,1;104026,2) 6600,2 (6091;7040) 141273 (126999,6;154951,2) 3743,8 (3367,7;4104,8) -43,3(-49,3;-37)
Rio de Janeiro 945339,2 (918332,6;969826) 9470,4 (9161,4;9714,6) 946417,6 (860018,3;1034911,6) 4280,1 (3886,7;4676,3) -54,8(-58,6;-50,6)
Rio Grande do Norte 84287 (76592,3;91924,1) 5086,1 (4601,8;5568,9) 132013,6 (113876,1;152147,5) 3382,5 (2917;3896) -33,5(-43,7;-21,8)
Rio Grande do Sul 487134,2 (472994;500925,1) 7306,3 (7045;7526,8) 521946,9 (472984,7;572058,4) 3430,1 (3115,3;3752,2) -53,1(-57;-48,6)
Rondônia 29859,8 (25915;33218,3) 8384,3 (7681,5;9083,1) 58381,7 (51876,1;66033,5) 3711,8 (3304;4188) -55,7(-61,7;-48,5)
Roraima 4589 (4110,6;5005,9) 7068,2 (6561,2;7526,1) 13684,7 (12591,8;14854,5) 3543,2 (3254,2;3826,2) -49,9(-54,3;-44,8)
Santa Catarina 194673,4 (185924,3;203639,1) 7562 (7195,5;7917,7) 262278,8 (236530;291520,9) 3277,3 (2965,5;3629,3) -56,7(-60,8;-52,2)
São Paulo 1707145 (1633495,5;1778765,1) 8196,3 (7805,8;8547,4) 1975598 (1798088,4;2156089,9) 3684,9 (3354,2;4015,8) -55(-58,9;-51,1)
Sergipe 49627,8 (45878,5;53350,1) 6106,6 (5653,9;6589,7) 84931,7 (74523,6;96498,9) 3726,6 (3282,2;4226,8) -39(-47,1;-29,7)
Tocantins 28043,7 (25082,9;31090,9) 6599,3 (5948,1;7273,5) 60505,7 (53333,3;68340,1) 4170,5 (3667,3;4705,6) -36,8(-45,7;-27,2)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Com relação a YLLs, 8.130.233 anos de vida foram perdidos em 2019 devido a mortalidade por DCV. Esse número foi maior entre os indivíduos de 50-69 anos em comparação aos outros grupos etários. As taxas de YLLs caíram desde 1990 para todos os grupos etários ( Tabela 1-6 ). As taxas de YLLs padronizadas por idade diminuíram 51,5% (II 95%, -53,4 a -49,7) de 1990 a 2019 ( Tabela 1-6 ).

Tabela 1-6. – Número de YLLs e taxas de YLLs padronizadas por idade por doenças cardiovasculares (por 100 mil habitantes) e variação percentual das taxas, de acordo com o grupo etário, no Brasil, em 1990 e 2019.

Causa de morte e grupo etário 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2-Doenças cardiovasculares
Abaixo de 5 161337,8 (139792,5;192936,7) 952,5 (825,3;1139,1) 57843,6 (45826,5;71192,8) 373,3 (295,7;459,4) -60,8(-70,6;-48,9)
5-14 anos 62158,5 (57376;66402,3) 175,9 (162,4;187,9) 30871,4 (26559,7;34588,1) 95,7 (82,4;107,3) -45,6(-52,8;-38,4)
15-49 anos 1730356,8 (1689454,9;1774210,6) 2257,6 (2204,2;2314,8) 1478471,7 (1422955,7;1538181,6) 1280,2 (1232,1;1331,9) -43,3(-45,8;-40,6)
50-69 anos 2840819,3 (2775664,6;2909002,7) 18108,6 (17693,3;18543,3) 3565725,8 (3424289;3705718,6) 8838,5 (8487,9;9185,5) -51,2(-53,3;-49)
70+ anos 1841603,2 (1729243,4;1906089,7) 43536 (40879,8;45060,5) 2997320,6 (2653382,7;3166395,5) 22900,4 (20272,6;24192,2) -47,4(-50,3;-45,3)
Todas as idades 6636275,6 (6454323,9;6792691) 4458,8 (4336,5;4563,9) 8130233,2 (7701177,6;8447854,9) 3752,4 (3554,4;3899) -15,8(-19,8;-12,5)
Padronizada por idade 6636275,6 (6454323,9;6792691) 7122,2 (6860,4;7309,1) 8130233,2 (7701177,6;8447854,9) 3454,4 (3260,8;3591,7) -51,5(-53,4;-49,7)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A incapacidade causada por DCV não diminuiu como observado para mortalidade. As taxas de YLDs padronizadas por idade diminuíram 15% de 1990 a 2019 ( Tabela 1-7 ).

Tabela 1-7. – Número de YLDs e taxas de YLDs padronizadas por idade por doenças cardiovasculares (por 100 mil habitantes) e variação percentual das taxas, de acordo com o grupo etário, no Brasil, em 1990 e 2019.

Causa de morte e grupo etário 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2-Doenças cardiovasculares
Abaixo de 5 1565,1 (1007,5;2281,2) 9,2 (5,9;13,5) 1412,2 (917,3;2069,4) 9,1 (5,9;13,4) -1,4(-6,5;4,4)
5-14 anos 17436,6 (10966,3;26603,3) 49,3 (31;75,3) 16072,8 (9982,1;24508,3) 49,8 (31;76) 1(-2,9;4,9)
15-49 anos 124044,8 (86673,5;165579,4) 161,8 (113,1;216) 185532 (128907,5;249696,9) 160,6 (111,6;216,2) -0,7(-3,9;2,5)
50-69 anos 125877,6 (90345,3;162729,8) 802,4 (575,9;1037,3) 255231,2 (183302,9;334295,6) 632,6 (454,4;828,6) -21,2(-24,4;-18,1)
70+ anos 101016,2 (73759,2;129937,3) 2388 (1743,7;3071,8) 272920,1 (198393,9;353367,6) 2085,2 (1515,8;2699,8) -12,7(-16;-9,2)
Todas as idades 369940,2 (272305,8;476273,8) 248,6 (183;320) 731168,4 (532797,5;954320,6) 337,5 (245,9;440,5) 35,8(31,6;40,3)
Padronizada por idade 369940,2 (272305,8;476273,8) 374,3 (276,1;480,5) 731168,4 (532797,5;954320,6) 315,3 (230,1;411,1) -15,8(-18,2;-13,6)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

O grupo etário ‘50-69 anos’ apresentou o maior número de YLDs, sendo seguido de perto pelo grupo de ‘15-49 anos’. Todos os grupos etários apresentaram uma pequena redução nas taxas padronizadas por idade, tendo o grupo de ‘15-49 anos’ apresentado a menor (-0,7%) ( Tabela 1-7 ).

Utilização e Custo da Atenção à Saúde

•No Brasil, de 2008 a 2019, os principais grupos de procedimentos cardiovasculares clínicos e cirúrgicos perfizeram 8.743.403 procedimentos pagos pelo SUS. Desses, 7.462.563 foram clínicos, devidos principalmente a insuficiência cardíaca, que representou 41,3% (3.085.359) das admissões, seguida pelas doenças cerebrovasculares, 30,2% (2.253.344), síndrome coronariana aguda, 11,5% (855.125) e IAM com abordagem clínica, 10,1% (757.081) (Tabelas 1-8 e 1-9 ).

Tabela 1-8. – Número total de hospitalizações para procedimentos clínicos para doenças cardiovasculares por ano de competência, no Brasil, de 2008 a 2019.

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total
CARDIOPATIA ISQUÊMICA CRÔNICA 12.393 9.743 9.300 8.497 8.000 7.197 7.581 6.403 6.317 6.171 6.292 6.703 94.597
DOENÇA CEREBROVASCULAR 159.545 176.047 181.035 184.751 182.065 183.043 187.110 191.678 195.787 198.068 203.066 211.149 2.253.344
DOENÇA VALVAR 3.237 4.156 3.526 3.637 3.285 2.996 2.753 2.400 2.244 2.231 2.330 2.289 35.084
FIBRILAÇÃO ATRIAL 29.034 28.174 28.382 28.583 28.760 28.268 29.799 29.754 29.889 30.265 30.958 32.753 354.619
INFARTO - CLÍNICO 47.358 50.987 55.513 58.194 59.562 58.552 62.809 66.647 70.441 71.835 74.569 80.614 757.081
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 298.474 297.763 289.110 284.844 264.469 254.285 243.913 240.832 236.358 230.297 222.394 222.620 3.085.359
MIOCARDIOPATIAS 2.092 2.363 2.459 2.302 2.357 2.293 2.370 2.230 2.250 1.997 2.251 2.390 27.354
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA 63.300 68.833 72.912 71.523 75.734 73.432 76.945 72.686 70.430 70.713 68.413 70.204 855.125
Total 615.433 638.066 642.237 642.331 624.232 610.066 613.280 612.630 613.716 611.577 610.273 628.722 7.462.563

Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/DATASUS. 43

Tabela 1-9. – Número total de hospitalizações para procedimentos cirúrgicos para doenças cardiovasculares por ano de competência, no Brasil, de 2008 a 2019.

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total
Ablação de fibrilação atrial 68 72 90 85 123 139 143 161 124 120 125 163 1.413
Angioplastia coronariana 38.635 45.648 49.492 55.931 60.959 63.838 66.492 66.550 69.802 73.971 78.575 85.518 755.411
Cirurgia de revascularização miocárdica 20.515 22.077 21.225 23.187 23.900 23.249 22.997 22.559 22.248 21.474 20.674 21.018 265.123
Cirurgia valvar 12.201 12.664 12.169 13.181 13.435 13.067 12.993 12.624 12.432 12.277 12.088 12.771 151.902
Infarto - angioplastia 7.648 6.362 6.262 6.033 5.865 6.055 7.135 8.524 10.195 10.774 10.811 11.099 96.763
Miocardiopatias 15 43 13 21 28 23 20 18 32 29 26 24 292
Outras valvoplastias 451 477 445 486 456 527 515 513 399 427 391 450 5.537
Valvoplastia mitral 477 551 478 473 403 431 408 341 206 236 200 195 4.399
Total 80.010 87.894 90.174 99.397 105.169 107.329 110.703 111.290 115.438 119.308 122.890 131.238 1.280.840

Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/DATASUS. 43

•As hospitalizações por condições clínicas de DCV diminuíram em 13.289 de 2008 a 2019 ( Tabela 1-8 ), embora os números absolutos tenham permanecido estáveis ao longo dos anos. Em 2008, cada admissão clínica custou, em média, R$890 e, em 2019, R$1.488, um aumento de 67% ( Tabela 1-10 ).

Tabela 1-10. – Valor total (em Reais) dos procedimentos clínicos para doenças cardiovasculares por ano de competência, no Brasil, de 2008 a 2019.

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total
CARDIOPATIA ISQUÊMICA CRÔNICA 7.798.577,82 6.860.711,25 6.593.971,61 6.250.858,75 5.689.946,25 5.248.239,82 6.213.647,76 5.140.625,95 5.326.842,16 5.532.381,71 5.672.327,20 6.475.643,96 72.803.774,24
DOENÇA CEREBROVASCULAR 142.061.641,70 188.450.404,06 198.812.522,26 205.447.974,55 218.628.105,94 228.140.748,46 242.663.800,69 252.440.767,47 263.770.567,49 272.140.330,46 286.293.302,84 303.838.674,47 2.802.688.840,39
DOENÇA VALVAR 1.051.959,34 1.589.247,64 1.439.424,14 1.606.640,13 1.509.338,04 1.509.785,49 1.584.222,50 1.672.410,55 1.675.284,06 1.678.874,30 2.043.385,62 1.999.540,54 19.360.112,35
FIBRILAÇÃO ATRIAL 13.790.984,47 17.396.138,42 18.537.031,69 18.858.448,37 20.371.040,61 19.968.864,00 22.636.728,19 23.329.786,10 23.929.183,91 26.060.564,58 26.971.390,07 28.743.440,36 260.593.600,77
INFARTO - CLÍNICO 65.019.330,51 84.308.216,56 92.969.057,67 97.323.922,15 104.897.640,92 106.246.319,66 119.582.977,33 128.723.964,23 134.911.984,37 136.437.974,90 143.349.385,91 151.123.021,25 1.364.893.795,46
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 272.280.662,78 322.849.486,97 327.913.746,49 330.492.446,60 317.585.920,25 321.711.992,20 326.140.931,65 337.610.340,87 345.565.633,18 346.841.126,90 348.832.330,32 359.301.690,55 3.957.126.308,76
MIOCARDIOPATIAS 1.287.646,38 1.901.574,84 2.143.534,84 1.899.610,88 2.110.498,65 2.301.691,59 2.696.303,97 2.681.816,09 3.065.112,69 2.556.468,20 3.119.717,43 3.173.903,30 28.937.878,86
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA 44.710.681,49 57.921.695,01 64.611.984,70 65.586.337,38 75.210.291,07 74.619.170,87 83.606.992,07 82.094.816,54 80.185.274,88 82.072.225,98 80.036.822,54 81.167.004,50 871.823.297,03
Total 548.001.484,49 681.277.474,75 713.021.273,40 727.466.238,81 746.002.781,73 759.746.812,09 805.125.604,16 833.694.527,80 858.429.882,74 873.319.947,03 896.318.661,93 935.822.918,93 9.378.227.607,86

Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/DATASUS. 43

•Dos 1.280.840 procedimentos cardiovasculares cirúrgicos realizados de 2008 a 2019, 755.411 (58,9%) foram angioplastias coronarianas, seguidas por 265.123 (20,1%) CRVM e 151.902 (11,9%) cirurgias valvares. A relação angioplastia/CRVM em 2008 foi 1,8, tendo aumentado em 2019 para 4,1.

•As hospitalizações para procedimentos cirúrgicos por DCV de 2008 a 2019 aumentaram 64% ( Tabela 1-9 ).

Em média, cada procedimento cirúrgico foi reembolsado em R$7.036 em 2008, mostrando um aumento não ajustado de 18% em 2019 em comparação a 2008, ao custo de R$8.319 por procedimento ( Tabela 1-12 ).

Tabela 1-12. – Valor total (em Reais) dos procedimentos cirúrgicos para doenças cardiovasculares por ano de competência, no Brasil, de 2008 a 2019.

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 019 Total
ABLAÇÃO DE FIBRILAÇÃO ATRIAL 360.473,27 376.837,24 471.138,73 456.926,51 690.004,54 788.451,61 770.674,50 906.324,09 707.088,34 690.689,60 732.003,78 961.948,99 7.912.561,20
ANGIOPLASTIA CORONARIANA 210.528.789,87 266.654.421,74 295.641.177,27 337.972.226,29 372.062.717,78 388.919.617,05 411.251.867,70 412.073.165,85 433.590.492,36 466.696.227,86 495.885.258,42 546.132.198,85 4.637.408.161,04
CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA 176.032.311,77 208.585.452,82 214.483.618,24 287.851.733,82 297.843.568,00 290.540.953,96 294.854.279,38 289.638.019,51 286.159.517,75 282.175.032,32 275.110.233,84 278.544.223,76 3.181.818.945,17
CIRURGIA VALVAR 125.954.499,60 140.683.968,83 142.383.177,39 179.111.011,96 183.271.263,12 178.563.635,59 180.088.277,85 176.813.774,47 175.318.559,92 176.135.832,05 177.583.849,27 187.382.032,83 2.023.289.882,88
INFARTO - ANGIOPLASTIA 45.267.283,32 37.887.853,46 37.112.662,15 35.576.928,51 35.545.437,05 37.287.935,69 45.883.433,02 56.100.757,09 66.515.237,46 71.624.171,14 73.429.322,18 74.907.756,33 617.138.777,40
MIOCARDIOPATIAS 168.992,82 544.719,64 192.352,38 325.920,92 436.100,76 353.814,17 305.552,03 298.288,99 526.912,73 451.789,68 426.075,02 404.878,61 4.435.397,75
OUTRAS VALVOPLASTIAS 1.518.843,49 1.661.544,32 1.717.544,82 1.918.678,81 1.870.621,37 2.051.540,92 2.128.294,09 2.085.967,07 1.594.213,11 1.888.744,84 1.689.593,28 1.959.571,29 22.085.157,41
VALVOPLASTIA MITRAL 3.115.254,91 3.585.355,62 3.147.310,18 3.227.816,88 2.718.391,46 2.970.343,43 2.808.556,55 2.392.670,47 1.377.571,02 1.720.524,66 1.461.666,40 1.430.166,52 29.955.628,10
Total 562.946.449,05 659.980.153,67 695.148.981,16 846.441.243,70 894.438.104,08 901.476.292,42 938.090.935,12 940.308.967,54 965.789.592,69 1.001.383.012,15 1.026.318.002,19 1.091.722.777,18 10.524.044.510,95

Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/DATASUS. 43

•Nos últimos 12 anos, no Brasil, houve significativa redução nas hospitalizações por insuficiência cardíaca e aumento nas hospitalizações anuais por IAM e doenças cerebrovasculares, enquanto os outros grupos de procedimentos clínicos tenderam à estabilidade ( Figura 1-15 ). Quanto às abordagens cirúrgicas nos mesmos anos, houve grande aumento no número anual de angioplastias coronarianas e tendência à estabilidade no número dos outros procedimentos cirúrgicos ( Figura 1-16 ).

Figura 1-15. – Total de hospitalizações para procedimentos clínicos para doenças cardiovasculares por ano de competência, Brasil, 2008 a 2019.

Figura 1-15

Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/DATASUS. 43

•As Tabelas 1-10 e 1-11 mostram os valores em Reais e Dólares Internacionais de 2019 (Int$2019), respectivamente, pagos pelo sistema público de saúde para admissões clínicas cardiovasculares no Brasil de 2008 a 2019.

Tabela 1-11. – Valor total (em Int$2019) dos procedimentos clínicos para doenças cardiovasculares por ano de competência, no Brasil, de 2008 a 2019.

Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total
CARDIOPATIA ISQUÊMICA CRÔNICA $ 7.650.265,61 $ 6.274.085,62 $ 5.560.158,75 $ 4.864.286,14 $ 4.101.608,01 $ 3.519.939,65 $ 3.863.867,68 $ 2.971.845,26 $ 2.849.164,90 $ 2.859.497,35 $ 2.845.701,28 $ 3.129.842,42 $ 50.490.262,67
DOENÇA CEREBROVASCULAR $ 139.359.934,26 $ 172.336.938,05 $ 167.642.393,83 $ 159.875.270,76 $ 157.598.464,21 $ 153.011.617,97 $ 150.897.001,54 $ 145.938.433,52 $ 141.082.806,42 $ 140.659.953,49 $ 143.628.036,74 $ 146.852.911,78 $ 1.818.883.762,57
DOENÇA VALVAR $ 1.031.953,33 $ 1.453.358,90 $ 1.213.749,04 $ 1.250.253,39 $ 1.088.009,05 $ 1.012.597,36 $ 985.126,02 $ 966.836,61 $ 896.058,19 $ 867.752,24 $ 1.025.128,64 $ 966.428,49 $ 12.757.251,26
FIBRILAÇÃO ATRIAL $ 13.528.709,55 $ 15.908.680,29 $ 15.630.767,78 $ 14.675.245,87 $ 14.684.501,34 $ 13.392.908,59 $ 14.076.324,52 $ 13.487.173,53 $ 12.798.988,35 $ 13.469.807,27 $ 13.531.045,80 $ 13.892.431,30 $ 169.076.584,19
INFARTO - CLÍNICO $ 63.782.802,43 $ 77.099.436,14 $ 78.393.227,96 $ 75.735.418,85 $ 75.615.653,52 $ 71.258.297,28 $ 74.360.958,09 $ 74.416.560,70 $ 72.160.292,77 $ 70.520.084,88 $ 71.915.726,50 $ 73.041.576,24 $ 878.300.035,36
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA $ 267.102.469,11 $ 295.244.217,24 $ 276.502.932,54 $ 257.182.235,55 $ 228.932.383,01 $ 215.768.874,17 $ 202.806.057,29 $ 195.175.782,35 $ 184.832.484,51 $ 179.270.219,50 $ 175.002.706,17 $ 173.659.589,44 $ 2.651.479.950,88
MIOCARDIOPATIAS $ 1.263.158,11 $ 1.738.980,54 $ 1.807.468,20 $ 1.478.237,03 $ 1.521.356,76 $ 1.543.720,52 $ 1.676.657,92 $ 1.550.383,65 $ 1.639.435,00 $ 1.321.350,27 $ 1.565.104,34 $ 1.534.027,69 $ 18.639.880,03
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA $ 43.860.380,31 $ 52.969.096,11 $ 54.482.019,85 $ 51.037.901,30 $ 54.215.473,87 $ 50.046.298,80 $ 51.989.808,02 $ 47.459.802,34 $ 42.888.650,24 $ 42.420.303,78 $ 40.152.988,47 $ 39.230.065,00 $ 570.752.788,09
Total $537.579.672,71 $623.024.792,89 $ 601.232.717,95 $566.098.848,89 $537.757.449,77 $509.554.254,34 $ 500.655.801,08 $ 481.966.817,96 $ 459.147.880,38 $ 451.388.968,78 $ 449.666.437,94 $ 452.306.872,36 $ 6.170.380.515,05

Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/DATASUS. 43

O total gasto nessas hospitalizações foi de R$ 9.378.278, correspondendo a Int$ 6.170.381 em 2019. Insuficiência cardíaca, doenças cerebrovasculares e síndromes coronarianas foram responsáveis pela maior parte desses valores.

•Os valores pagos por procedimentos cirúrgicos devidos a DCV são apresentados em Reais e em Int$2019 nas Tabelas 1-12 e 1-13 , respectivamente. Embora em menor número do que os procedimentos clínicos, são responsáveis pelas maiores despesas, com R$ 10.524.044 gastos, equivalendo a Int$2019 6.853.635. Os procedimentos usados para o tratamento de DIC, incluindo angioplastia coronariana e CRVM, representaram a maior parte dessas despesas.

Pesquisa Futura

•O SIM, implementado em 1975, é uma ferramenta essencial para monitorar as estatísticas de mortalidade no Brasil, pois o registro de todas as mortes é obrigatório nas UF, sendo que, em 2017, a cobertura do território nacional foi de 98%, menor na região Norte do que na Sul. A região Nordeste apresenta a menor cobertura, ainda inferior a 95%. 43 Embora o SIM tenha melhorado através de projetos específicos do Ministério da Saúde, 44 , 45 ainda persistem problemas, como as causas mal definidas (cerca de 6%), ‘códigos garbage ’ e subnotificação de mortes, que geram vieses que podem comprometer a métrica apresentada. Portanto, pesquisa adicional é necessária para promover ajustes metodológicos para cobertura e redistribuição de causas mal definidas, especialmente nos primeiros anos da série histórica. Por outro lado, as estimativas do Estudo GBD requerem mais pesquisa para a implementação de modelos com melhor distribuição de ‘códigos garbage ’ adaptados às realidades locais.

•Vale mencionar que, devido à falta de dados de incidência primária (coortes) no Brasil, há necessidade de pesquisa que permita compreender como enfrentar a DCV nos estados e nas populações com baixos índices socioeconômicos.

•Devido à redução da tendência de declínio da mortalidade por DCV padronizada por idade nos últimos 5 anos, novas estratégias de combate a essa mortalidade devem ser estudadas. É fundamental que se compreendam os motivos para tal redução para que se implementem políticas efetivas, em particular ante o envelhecimento da população, que vai aumentar o número de indivíduos com DCV no país.

2. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (DOENÇAS CEREBROVASCULARES)

CID-9 430 a 438; CID-10 I60 a I69

Ver Tabelas 2-1 a 2-12 e Figuras 2-1 a 2-3

Tabela 2-1. – Número de casos, taxas de prevalência padronizadas por idade (por 100 mil) de AVC isquêmico, hemorragia subaracnóidea e hemorragia intracerebral em 1990 e 2019, e variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas.

Causa de morte e localização 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2.3.1-AVC isquêmico
Acre 2337 (2005;2670,8) 1179,3 (1021,6;1368) 5959,2 (5165,9;6781,1) 876,1 (762,2;998) -25,7(-30,7;-20,7)
Alagoas 20840,6 (17963,5;24003,8) 1415,7 (1222,3;1668,6) 33233,7 (29180,3;38341,4) 1016,1 (895,6;1175,5) -28,2(-33,5;-22,9)
Amapá 1384 (1196,3;1573,2) 1124,1 (970,4;1298,2) 5077,4 (4424,8;5767,2) 861,2 (746,8;984,5) -23,4(-28,6;-18)
Amazonas 11728,4 (10152,6;13440,3) 1240 (1069,8;1424,9) 26360,1 (23112,3;29848,5) 832,7 (729,8;950,6) -32,8(-37,7;-27,4)
Bahia 92983,6 (80433,9;106701,5) 1252,7 (1072,5;1448,2) 140578,2 (122673,2;160762,3) 870,8 (760,2;1001,2) -30,5(-35,3;-25,6)
Brasil 1287969,4 (1118323,7;1460716) 1327,6 (1151,2;1516) 2040376,9 (1784219,6;2330526) 870,1 (761,1;992,8) -34,5(-36,7;-32,2)
Ceará 45261 (38660,3;51639) 1031,5 (880,1;1192,4) 85094,6 (74109,4;97715,8) 851,1 (740,3;977,2) -17,5(-23;-11,4)
Distrito Federal 9491,3 (8108,7;10933,6) 1301,3 (1110,6;1516,4) 24286,9 (20992,9;28153,4) 885,1 (765,4;1030,9) -32(-36,7;-26,9)
Espírito Santo 22957,7 (19897,4;26104,4) 1423 (1222,2;1642,3) 39703,5 (34433,2;45287,7) 913,4 (795,3;1041,4) -35,8(-40,2;-31,2)
Goiás 30398,4 (26103,6;34903,4) 1266,7 (1089,5;1464) 57813,2 (50438,7;65757,5) 813,4 (711,9;925,3) -35,8(-40,6;-31,2)
Maranhão 33415,7 (28606,1;38354,7) 1174,6 (998,4;1372,4) 57772,9 (50605,5;65580,5) 839,2 (735,7;956,6) -28,6(-35;-20,2)
Mato Grosso 11695,9 (10093,3;13434,1) 1207,4 (1043,7;1397) 28745,8 (25006,5;32932) 838 (727,9;961,7) -30,6(-36;-25)
Mato Grosso do Sul 12959,8 (11279,9;14803,9) 1255,5 (1093,2;1450,7) 25831,6 (22483,5;29207,6) 870,8 (758,4;984,9) -30,6(-36,5;-25,4)
Minas Gerais 145398,6 (125793,7;168354,4) 1356,8 (1168,7;1571,8) 217642,4 (189023,2;251547) 843,5 (732,9;971,6) -37,8(-42,8;-32,7)
Pará 32096,8 (27597,1;36767,6) 1325,8 (1132;1527,9) 64670,6 (56252,5;73679,5) 869 (753,8;991,8) -34,5(-39,3;-29,4)
Paraíba 26607,1 (22881,2;30854,6) 1096,5 (940,9;1284,1) 37478 (32824,1;42797,6) 804,4 (704;921,6) -26,6(-32;-21,3)
Paraná 81476,8 (70660,4;93825,4) 1534,4 (1322,5;1786,7) 126272,5 (109037,2;145179,1) 960,2 (830,4;1100) -37,4(-42;-32,1)
Pernambuco 63426,2 (54597,3;73733,5) 1300,5 (1112,3;1536,8) 89359,9 (77947,2;102237,8) 884,3 (769,8;1015) -32(-36,4;-26,9)
Piaui 17859,3 (15361,8;20573,6) 1143,9 (986,6;1328,8) 31595 (27482,8;36104) 843,1 (733,5;963) -26,3(-31,3;-20,4)
Rio de Janeiro 151283,8 (130994,6;173336,9) 1489 (1283,3;1706,2) 197147,1 (170574,1;228003,1) 902,7 (783;1039,9) -39,4(-44,1;-34,7)
Rio Grande do Norte 18111,6 (15616,7;20695,6) 1056,5 (908,6;1217,1) 29607,2 (25837,3;34049,1) 766,9 (670,6;883,4) -27,4(-31,6;-22,4)
Rio Grande do Sul 98174.7 (84791.3;112264.8) 1410.7 (1218.8;1619.6) 138340.7 (118660.6;159686.5) 926.6 (799.2;1061.2) -34.3(-39.1;-29.5)
Rondônia 6438.9 (5505.5;7461.4) 1477.7 (1270.8;1735.5) 13891.4 (11998.5;15994.2) 861.5 (741.1;998.2) -41.7(-46.2;-36.8)
Roraima 980.8 (844.6;1128.1) 1199.9 (1033.2;1385.3) 3514.8 (3044.9;4034.3) 830.3 (719.9;952.8) -30.8(-35.5;-25.7)
Santa Catarina 38488 (33075.1;43771.1) 1392.8 (1183.7;1603) 68595.6 (59198.3;78591.2) 848.8 (733.7;970.5) -39.1(-43.9;-34.1)
São Paulo 295180.2 (255885.5;336598.3) 1344.1 (1162.1;1524.7) 458484.1 (395229.9;529532.9) 857 (741.3;982.9) -36.2(-40.8;-31.8)
Sergipe 11546.5 (9966.9;13183) 1306.7 (1118.5;1507.3) 21060.5 (18405.7;24150.7) 920.1 (799.5;1060.9) -29.6(-34.9;-25)
Tocantins 5446.7 (4686.9;6267.8) 1148 (974.7;1327.9) 12260 (10740.9;14034.4) 827.6 (721.1;948.7) -27.9(-32.9;-21.9)
B.2.3.2-Hemorragia intracerebral (;)
Acre 954.6 (816;1099.4) 423.3 (363.8;486.7) 2357.5 (2036.2;2708.6) 312.6 (271.5;357.9) -26.1(-30.5;-21.2)
Alagoas 7759.2 (6563.3;8947.2) 487.7 (412.6;564.5) 12212.5 (10587.5;14019.8) 352.5 (305.3;404.1) -27.7(-32.4;-23)
Amapá 580.2 (496.8;667.5) 412.4 (356.1;474.8) 2046.9 (1773;2347.9) 303.5 (264;346.5) -26.4(-30.5;-21.6)
Amazonas 5190.3 (4456.4;5996.5) 481.6 (414.4;554.5) 10793.9 (9317.7;12412.6) 309.3 (268;353.8) -35.8(-39.8;-31.4)
Bahia 37762.4 (32554.4;43452.4) 480.3 (409.2;551.3) 53634.2 (46593.5;61495.6) 323.4 (281.1;370.3) -32.7(-37.5;-28)
Brasil 541445.3 (466619.8;621909.3) 507.5 (438.9;584.1) 757903 (659245.3;867100.5) 315.9 (275;361.4) -37.7(-40.5;-34.9)
Ceará 17834.5 (15383.5;20700.6) 390.6 (335.7;452.2) 31985.9 (27865.3;36677) 313.1 (273.4;358.8) -19.8(-24;-14.5)
Distrito Federal 4754.5 (4045.6;5533.3) 521.2 (448.3;599.5) 9476.3 (8096.4;10959.5) 312.1 (270.2;359) -40.1(-44.5;-35.6)
Espírito Santo 9923.8 (8526.1;11356.7) 553.1 (476.3;631.1) 15127.1 (13005.6;17294.3) 336.8 (291;385.1) -39.1(-43.1;-34.9)
Goiás 14065.7 (12162.2;16282.3) 513.3 (443.4;589.5) 22525 (19579.7;25806.5) 301 (261.7;345) -41.4(-45.5;-36.8)
Maranhão 12434.4 (10659.9;14397.9) 406.8 (349.9;471.3) 22610.6 (19506.8;26011.2) 315.1 (271.1;361.5) -22.6(-27.6;-17.4)
Mato Grosso 5048.2 (4327.5;5880.2) 432.5 (371.8;500.3) 10830.6 (9392.7;12448) 292.1 (254.7;333.1) -32.5(-36.9;-28.1)
Mato Grosso do Sul 6065.5 (5157.5;7014.4) 515.4 (441.4;596.7) 10049.7 (8640.4;11486.9) 325.5 (281.2;371.4) -36.8(-41.2;-32.6)
Minas Gerais 63178.6 (54522.8;72902.3) 536.4 (464.4;616.6) 80317.8 (69705.8;91963.5) 310.7 (269.7;355.8) -42.1(-46.7;-37.9)
Pará 13066 (11192.2;15083.4) 477.6 (408;553.7) 24092.9 (20923.5;27440.9) 296.6 (256.5;336.5) -37.9(-41.9;-33.6)
Paraíba 9857.1 (8470.4;11300.2) 404 (345;465.3) 15120.2 (13151.5;17216.3) 324.7 (282.5;369.1) -19.6(-25;-13.7)
Paraná 33661.9 (28718.5;38871.7) 555.3 (471;641.8) 42595 (36576.4;48876.7) 317.7 (273.5;363.3) -42.8(-47.4;-38)
Pernambuco 26388.4 (22669.9;30514.5) 512.8 (442.7;592.5) 35843.8 (31160.7;41052.3) 342.4 (298.8;390.8) -33.2(-37.5;-28.7)
Piaui 7154.6 (6136.8;8240.6) 424.7 (362.6;489.1) 11367.7 (9877.1;13067.2) 300.8 (261.7;345.3) -29.2(-33.2;-24.6)
Rio de Janeiro 67411.9 (57661.1;77654.6) 603.2 (517.9;694.9) 78112.1 (67686.5;89538.8) 357.8 (310.3;408.4) -40.7(-45.2;-35.4)
Rio Grande do Norte 6989.6 (6011.1;7956.2) 398 (342;455.7) 11368.6 (9897.4;13069.4) 288.4 (250.7;331.2) -27.5(-31.9;-22.8)
Rio Grande do Sul 40477.3 (34799.8;46418.5) 528.1 (457.3;604.3) 48534.9 (41907.9;55770.7) 331.4 (286.5;380) -37.3(-41.4;-32.7)
Rondônia 2937.5 (2502.1;3408.2) 508.6 (437;589.8) 5212 (4528.8;5996.9) 295.6 (257.4;339.4) -41.9(-46;-37.5)
Roraima 451.4 (384.2;525.4) 437.1 (375.7;504.9) 1327.3 (1137.7;1541.9) 273.8 (236.1;316.6) -37.4(-41.3;-32.9)
Santa Catarina 17321.8 (14777.5;19977.4) 546.2 (467.7;637.7) 25189.2 (21733.7;28815.9) 301.5 (260.5;343.6) -44.8(-49;-39.9)
São Paulo 123269.3 (105277.2;143037.4) 503.6 (431.8;583) 162501.2 (139844.8;186907.7) 299.1 (258.2;342.1) -40.6(-45.1;-35.6)
Sergipe 4551.5 (3900.5;5230.3) 481.6 (416.8;554.1) 7971.1 (6945.4;9114.2) 330.2 (288.3;376.9) -31.5(-36;-26.7)
Tocantins 2355.2 (2010.9;2701.8) 431 (373.5;496.1) 4699.2 (4080.2;5401.4) 300.2 (260.2;345.9) -30.4(-34.9;-25.1)
B.2.3.3-Hemorragia subaracnóidea (;)
Acre 361.4 (300.3;435.9) 152.2 (126;183.9) 990.2 (823.1;1197.9) 124.4 (104;150.2) -18.3(-22.6;-13.9)
Alagoas 2547.4 (2107.3;3083.5) 154.5 (127.6;187.9) 4406.8 (3654.6;5267.4) 123.5 (102.4;147.2) -20.1(-24.5;-15.4)
Amapá 232.1 (191.6;278.8) 155 (127.3;188.1) 902.6 (751;1079.4) 125.5 (104.2;151.7) -19(-23.5;-14.9)
Amazonas 1787.5 (1480.7;2176.3) 150.7 (123.5;183.8) 4505.5 (3742.5;5421.6) 121.9 (101.6;147.5) -19.1(-23.2;-14.9)
Bahia 12581 (10473.6;15135.6) 156.6 (129.2;189.2) 21268.5 (17762.4;25776.8) 125.7 (104.9;152.1) -19.8(-24.2;-15.7)
Brasil 178322.3 (147412.5;215453.5) 158.6 (131.7;192.4) 306334.8 (255287.2;369754.8) 124.8 (104.2;150.1) -21.3(-24.3;-18.6)
Ceará 7235.2 (5975.9;8843.8) 157.6 (130.3;193.1) 13166.1 (10906.1;15881) 126.6 (104.8;152.9) -19.7(-24.1;-15.1)
Distrito Federal 1789.8 (1478.1;2170.4) 165.8 (137.2;200.5) 4274.5 (3539.2;5205.6) 127.6 (106.3;155) -23(-28;-17.1)
Espírito Santo 3071.7 (2545.7;3713.8) 160.5 (131.9;194.5) 5799.8 (4800.4;7005.5) 125.4 (104.1;150.5) -21.8(-26.2;-17.1)
Goiás 4544.9 (3780.9;5488.7) 152.2 (126;184.1) 9354.7 (7742.9;11331.2) 119.6 (99.4;144.5) -21.5(-25.8;-16.7)
Maranhão 4907.9 (4058;5876.5) 157.5 (130.2;189.6) 9393.7 (7853.4;11298.1) 129.3 (107.2;156.1) -17.9(-22.4;-13.8)
Mato Grosso 1932.7 (1599.2;2343.7) 149.6 (123.5;182.8) 4740.3 (3954.5;5734.8) 120.7 (101.2;145.4) -19.3(-23.6;-14.3)
Mato Grosso do Sul 1977.1 (1624.8;2389.4) 154.9 (127.5;189) 3968.7 (3292.1;4814.3) 124 (103.4;150) -19.9(-24.3;-15.2)
Minas Gerais 20106.5 (16619.3;24414.9) 163.5 (134.5;198.3) 32921.5 (27309.6;39771.4) 125.7 (104.6;151.1) -23.1(-28.3;-18.2)
Pará 4512.4 (3724.9;5437.7) 152.3 (125.7;184.8) 10338 (8575.1;12465.8) 122.3 (101.6;147.1) -19.7(-24;-15.4)
Paraíba 3901.8 (3225.5;4735.4) 163.9 (135.7;200.2) 6045.8 (4997.5;7325.1) 128.7 (106.4;156.2) -21.5(-25.9;-17.1)
Paraná 10404.5 (8631.1;12629.7) 158 (130.9;191.8) 17179.4 (14139.7;20873.3) 124.7 (103.1;150.9) -21.1(-25.6;-16.1)
Pernambuco 7989.4 (6624.6;9835.5) 151.4 (124.4;187.4) 13170.6 (10925.4;15923.5) 122.4 (102.2;147.9) -19.1(-24.1;-14.6)
Piaui 2775.1 (2286;3362.5) 161 (132.6;196.5) 4913.8 (4082.1;5920.7) 129.1 (107.3;155.4) -19.9(-23.9;-15.1)
Rio de Janeiro 18926.8 (15641.4;22940.3) 161.2 (133.5;195) 27140.4 (22430.8;33138.9) 123.4 (102.3;149.7) -23.5(-27.8;-18.4)
Rio Grande do Norte 2710.1 (2246.3;3278) 156.1 (129;189.2) 5013.6 (4186.9;6053.4) 124.6 (103.6;150.3) -20.2(-24.5;-16.2)
Rio Grande do Sul 12748.3 (10540.8;15532.4) 157.7 (130.5;192.4) 18004.8 (14901.9;21850.4) 123.5 (102.9;148.8) -21.7(-25.9;-17.1)
Rondônia 991.8 (815.5;1209.9) 146 (120.3;177.6) 2239.9 (1839.2;2710.2) 119.4 (98.9;144.4) -18.3(-22.8;-13.7)
Roraima 168.9 (139.2;204.8) 142.1 (117.1;172.1) 602.9 (497.8;734.5) 115.7 (96.1;140.5) -18.5(-22.8;-14.3)
Santa Catarina 5514.6 (4565.3;6634.1) 159.2 (131.1;192.1) 10720.7 (8888.1;13027.3) 123.3 (102.8;149) -22.6(-27.3;-17.5)
São Paulo 42197.3 (34696.2;51220.6) 160.4 (132.4;194.9) 70133.3 (58163.2;84885.3) 126.1 (105.1;151.9) -21.4(-25.5;-16.9)
Sergipe 1498.7 (1239.1;1808.9) 154 (127.2;186.4) 3089.5 (2565.1;3754.7) 123.2 (102.8;149.3) -20(-24.3;-15.6)
Tocantins 907.2 (754.4;1098.1) 154.9 (128.2;187.3) 2048.9 (1698.5;2471.5) 126.2 (105.1;151.9) -18.5(-22.7;-14.1)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 2-12. – Número de DALYs e taxas de DALYs padronizadas por idade (por 100 mil) por AVC, AVC isquêmico, hemorragia subaracnóidea e hemorragia intracerebral em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, no Brasil, de acordo com o grupo etário.

Causa de morte e grupo etário 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2.3-AVC
Abaixo de 5 37072,3 (27007,4;50450,1) 218,9 (159,4;297,8) 6575,8 (4847,9;8823,2) 42,4 (31,3;56,9) -80,6 (-88,1;-68,6)
15-49 anos 769115,6 (738502,6;803387,2) 1003,5 (963,5;1048,2) 516175,3 (483925,6;549638,4) 446,9 (419;475,9) -55,5 (-58,2;-52,7)
50-69 anos 1154968,9 (1110879,7;1201696,6) 7362,3 (7081,2;7660,1) 1179642,5 (1118241,2;1239653,5) 2924 (2771,8;3072,8) -60,3 (-62,8;-57,9)
5-14 anos 24536,1 (21707,5;27385,7) 69,4 (61,4;77,5) 13756 (11528,4;16101,8) 42,7 (35,7;49,9) -38,6 (-46;-30,7)
70+ anos 780798,4 (727457,3;814613,1) 18458,3 (17197,3;19257,7) 1145573,7 (1032837,8;1220898) 8752,5 (7891,2;9328) -52,6 (-55,8;-49,7)
Padronizada por idade 2766491,4 (2670978,2;2865452,2) 2959 (2829,6;3063) 2861723,2 (2683069,9;3012805,9) 1219,6 (1142;1285,5) -58,8 (-61;-56,8)
Todas as idades 2766491,4 (2670978,2;2865452,2) 1858,8 (1794,6;1925,2) 2861723,2 (2683069,9;3012805,9) 1320,8 (1238,4;1390,5) -28,9 (-32,9;-25,3)
B.2.3.1-AVC isquêmico
Abaixo de 5 4710,2 (3531,7;6087,8) 27,8 (20,9;35,9) 868,8 (655,6;1164,7) 5,6 (4,2;7,5) -79,8 (-86,2;-70,6)
15-49 anos 113665,5 (102596,5;125599) 148,3 (133,9;163,9) 79615,6 (67096;93825,9) 68,9 (58,1;81,2) -53,5 (-58,8;-47,3)
50-69 anos 393774,7 (369506,2;418040,5) 2510,1 (2355,4;2664,8) 369798 (343143,9;399308) 916,6 (850,6;989,8) -63,5 (-66,5;-59,9)
5-14 anos 5392,6 (3886,2;7362,5) 15,3 (11;20,8) 3563,5 (2394,7;5201,8) 11,1 (7,4;16,1) -27,6 (-35,6;-20,1)
70+ anos 543521,9 (503524,5;570910,5) 12849 (11903,5;13496,5) 814260,7 (727889,1;874704,1) 6221,2 (5561,3;6683) -51,6 (-55,1;-48,3)
Padronizada por idade 1061065 (999618,4;1116287,5) 1333,3 (1244,5;1403,6) 1268106,5 (1157551,8;1356041,6) 561 (510,4;599,8) -57,9 (-61;-55)
Todas as idades 1061065 (999618,4;1116287,5) 712,9 (671,6;750) 1268106,5 (1157551,8;1356041,6) 585,3 (534,3;625,9) -17,9 (-24,2;-11,9)
B.2.3.2-Hemorragia intracerebral
Abaixo de 5 17337,1 (11773,4;25176,4) 102,4 (69,5;148,6) 1830,6 (1306,1;2522,5) 11,8 (8,4;16,3) -88,5 (-93,4;-80)
15-49 anos 454266,8 (431721,6;491490,4) 592,7 (563,3;641,2) 259204,3 (240714,6;276923,9) 224,4 (208,4;239,8) -62,1 (-66,6;-58,7)
50-69 anos 647660,7 (618581,9;681800,7) 4128,5 (3943,1;4346,1) 611298 (579754,5;643680) 1515,2 (1437,1;1595,5) -63,3 (-65,9;-60,6)
5-14 anos 9000,5 (7931,1;10146,9) 25,5 (22,4;28,7) 3859,1 (3235,5;4576,9) 12 (10;14,2) -53 (-60,8;-44,5)
70+ anos 221471,5 (206213,9;234624,6) 5235,6 (4874,9;5546,6) 277973,3 (249008,1;299692,6) 2123,8 (1902,5;2289,7) -59,4 (-63,2;-55,7)
Padronizada por idade 1349736,5 (1296807,8;1423036,1) 1327,8 (1274;1397,3) 1154165,4 (1091357,5;1217146,3) 477,6 (450,9;503,8) -64 (-66,6;-61,6)
Todas as idades 1349736,5 (1296807,8;1423036,1) 906,9 (871,3;956,1) 1154165,4 (1091357,5;1217146,3) 532,7 (503,7;561,8) -41,3 (-45,6;-37,2)
B.2.3.3-Hemorragia subaracnóidea
Abaixo de 5 15024,9 (9326,8;20352,4) 88,7 (55,1;120,2) 3876,3 (2819,3;5345,7) 25 (18,2;34,5) -71,8 (-83,1;-44,7)
15-49 anos 201183,3 (176381,8;212269,3) 262,5 (230,1;276,9) 177355,4 (166669,5;193612,9) 153,6 (144,3;167,6) -41,5 (-46,4;-29)
50-69 anos 113533,5 (103789,1;120381) 723,7 (661,6;767,4) 198546,5 (182109,3;213801,4) 492,1 (451,4;530) -32 (-37,5;-24)
5-14 anos 10143,1 (8918;11181) 28,7 (25,2;31,6) 6333,4 (5338,3;7382,5) 19,6 (16,6;22,9) -31,6 (-42,5;-17,8)
70+ anos 15805,1 (14294,1;18534,2) 373,6 (337,9;438,2) 53339,7 (44065,9;59439) 407,5 (336,7;454,1) 9,1 (-21,6;25,3)
Padronizada por idade 355689,9 (317037;373740,1) 297,9 (267,5;312,7) 439451,3 (411002,3;468439,5) 181 (169,4;192,8) -39,2 (-43,8;-31,8)
Todas as idades 355689,9 (317037;373740,1) 239 (213;251,1) 439451,3 (411002,3;468439,5) 202,8 (189,7;216,2) -15,1 (-21,6;-4)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 2-1. – Taxas de prevalência (por 100 mil habitantes) para todas as idades e padronizadas por idade de AVC (A), AVC isquêmico (B), hemorragia intracerebral (C) e hemorragia subaracnóidea (D), 1990-2019.

Figura 2-1

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 3-1. -Taxas de prevalência bruta e padronizada por idade (por 100 mil) de doença arterial coronariana no Brasil, 1990-2019. As áreas sombreadas mostram os intervalos de incerteza 95%.

Figura 3-1

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Abreviaturas Usadas no Capítulo 2.

AIT Ataque Isquêmico Transitório
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVCH Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico
AVCI Acidente Vascular Cerebral Isquêmico
CID Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde
CID-9 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, 9 a Revisão
CID-10 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, 10 a Revisão
DAC Doença Arterial Coronariana
DALYs Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (do inglês, Disability-Adjusted Life-Year )
GBD Global Burden of Disease
HIC Hemorragia Intracerebral
HSA Hemorragia Subaracnóidea
IC Intervalo de Confiança
IECA/BRA Inibidor da Enzima de Conversão da Angiotensina/ Bloqueador do Receptor de Angiotensina
II Intervalo de Incerteza
IMPACT-AF Estudo Improve Treatment with Anticoagulants in Patients with Atrial Fibrillation
INR Índice Internacional Normalizado (do inglês, International Normalized Ratio )
IRR Razão da taxa de incidência (do inglês, Incidence Rate Ratio )
MAPS Matão Preventing Stroke Study
MELAS Encefalomiopatia mitocondrial, acidose lática e episódios stroke-like
NOAC Anticoagulante Oral Não Antagonista da Vitamina K
OMS Organização Mundial da Saúde
OR Odds Ratio
PNS Pesquisa Nacional de Saúde
PSF Programa Saúde da Família
PURE Estudo Prospective Urban Rural Epidemiological Study
RR Risco Relativo
SDI Índice Sociodemográfico (do inglês, Sociodemographic Inde x )
SIM Sistema de Informações sobre Mortalidade
SSQOL Escala Específica de Qualidade de Vida no AVC (em inglês, Stroke Specific Quality of Life Scale )
YLDs Anos vividos com incapacidade (do inglês, Years Lived with Disability )
YLLs Anos potenciais de vida perdidos (do inglês, Years of Life Lost )

Tabela 2-2. – Número de casos e taxas de prevalência padronizadas por idade (por 100 mil) de AVC, AVC isquêmico, hemorragia subaracnóidea e hemorragia intracerebral em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, no Brasil, de acordo com o grupo etário.

Causa de morte e grupo etário 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2.3-AVC
Abaixo de 5 4182,3 (2610,7;6524,5) 24,7 (15,4;38,5) 3235,1 (2120,2;4898,9) 20,9 (13,7;31,6) -15,4 (-33;9,6)
15-49 anos 623994,4 (545014,4;705854,8) 814,1 (711,1;920,9) 786738,6 (690686,9;888810,4) 681,2 (598,1;769,6) -16,3 (-19;-13,4)
50-49 anos 825075,6 (723316,1;937034,1) 5259,4 (4610,7;5973,1) 1296990 (1151199,7;1476134) 3214,9 (2853,5;3658,9) -38,9 (-41;-36,8)
5-14 anos 48928 (35610,6;66858,5) 138,5 (100,8;189,2) 40623,7 (30515;54156,4) 126 (94,6;167,9) -9 (-16,7;-0,1)
70+ anos 410923,1 (347995,9;484341) 9714,3 (8226,7;11449,9) 857424,4 (735950,3;1005011,8) 6551 (5622,9;7678,6) -32,6 (-35,4;-29,7)
Padronizada por idade 1913103,4 (1735455;2095724,2) 1909,3 (1733,1;2100,1) 2985011,7 (2716616,7;3280843,8) 1256,6 (1142,6;1381,1) -34,2 (-35,8;-32,5)
Toda as idades 1913103,4 (1735455;2095724,2) 1285,4 (1166;1408,1) 2985011,7 (2716616,7;3280843,8) 1377,7 (1253,8;1514,2) 7,2 (4,4;10,4)
B.2.3.1-AVC isquêmico
Abaixo de 5 6688,4 (4586,3;9999,2) 39,5 (27,1;59) 5640,4 (3913,2;8255,7) 36,4 (25,3;53,3) -7,8 (-13,1;0,7)
15-49 anos 343498,3 (275888,5;421506,2) 448,2 (360;549,9) 451442,9 (365495;550221,4) 390,9 (316,5;476,4) -12,8 (-16,3;-9,1)
50-49 anos 539690,6 (446267,3;646791) 3440,2 (2844,7;4122,9) 839214,7 (703174,9;1002009,6) 2080,2 (1743;2483,7) -39,5 (-42,6;-36,7)
5-14 anos 46198,9 (31663;66393) 130,8 (89,6;187,9) 38107,7 (26846,3;53603,5) 118,2 (83,2;166,2) -9,6 (-13,9;-4,3)
70+ anos 351893,2 (283271,1;428872) 8318,8 (6696,6;10138,6) 705971,2 (577001,6;861003,9) 5393,8 (4408,5;6578,3) -35,2 (-38,3;-32)
Padronizada por idade 1287969,4 (1118323,7;1460716) 1327,6 (1151,2;1516) 2040376,9 (1784219,6;2330526) 870,1 (761,1;992,8) -34,5 (-36,7;-32,2)
Toda as idades 1287969,4 (1118323,7;1460716) 865,4 (751,4;981,4) 2040376,9 (1784219,6;2330526) 941,7 (823,5;1075,6) 8,8 (5;12,8)
B.2.3.2-Hemorragia intracerebral
Abaixo de 5 1161,2 (784,1;1623,7) 6,9 (4,6;9,6) 1147 (789,8;1578,7) 7,4 (5,1;10,2) 8 (1,9;15,4)
15-49 anos 218246,5 (176752,2;264569,5) 284,7 (230,6;345,2) 253649,5 (207356,6;301299,5) 219,6 (179,5;260,9) -22,9 (-26,2;-19,1)
50-49 anos 240417,8 (196762,5;288416,9) 1532,5 (1254,3;1838,5) 341586,5 (285413,3;400854,7) 846,7 (707,5;993,6) -44,8 (-47,4;-41,8)
5-14 anos 13416,1 (9141,6;18251,2) 38 (25,9;51,7) 12613,2 (8880,5;17085,2) 39,1 (27,5;53) 3 (-3;10,7)
70+ anos 68203,7 (55601,8;84221,2) 1612,4 (1314,4;1991) 148906,8 (121630,5;183577) 1137,7 (929,3;1402,6) -29,4 (-34;-23,6)
Padronizada por idade 541445,3 (466619,8;621909,3) 507,5 (438,9;584,1) 757903 (659245,3;867100,5) 315,9 (275;361,4) -37,7 (-40,5;-34,9)
Toda as idades 541445,3 (466619,8;621909,3) 363,8 (313,5;417,9) 757903 (659245,3;867100,5) 349,8 (304,3;400,2) -3,8 (-8;0,3)
B.2.3.3-Hemorragia subaracnóidea
Abaixo de 5 253,7 (139,8;383,7) 1,5 (0,8;2,3) 245,7 (137,5;369) 1,6 (0,9;2,4) 5,9 (2,7;10,8)
15-49 anos 92830,8 (74524,7;114996,4) 121,1 (97,2;150) 124691,1 (100254,7;154948,8) 108 (86,8;134,2) -10,9 (-13,5;-8,4)
50-49 anos 71954,7 (56126,6;92135,2) 458,7 (357,8;587,3) 145941,5 (113631,8;186025,6) 361,7 (281,7;461,1) -21,1 (-24,4;-17,8)
5-14 anos 2881,6 (1811,9;4260,4) 8,2 (5,1;12,1) 2715,1 (1735,5;4024,5) 8,4 (5,4;12,5) 3,2 (0,4;7,1)
70+ anos 10401,5 (7385,5;13977,2) 245,9 (174,6;330,4) 32741,3 (24045,6;42870,8) 250,2 (183,7;327,5) 1,7 (-3,9;8,6)
Padronizada por idade 178322,3 (147412,5;215453,5) 158,6 (131,7;192,4) 306334,8 (255287,2;369754,8) 124,8 (104,2;150,1) -21,3 (-24,3;-18,6)
Toda as idades 178322,3 (147412,5;215453,5) 119,8 (99;144,8) 306334,8 (255287,2;369754,8) 141,4 (117,8;170,7) 18 (12,8;23,4)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 2-3. – Número de casos e taxas de incidência padronizadas por idade (por 100 mil) de AVC, AVC isquêmico, hemorragia subaracnóidea e hemorragia intracerebral em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas.

Causa de morte e localização 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2.3-AVC (;)
Acre 411,9 (369,4;460,7) 210,4 (188,3;236,4) 887,5 (791,6;996,9) 133,5 (118,8;151,1) -36,5(-38,7;-34)
Alagoas 3525,9 (3156,5;3980,9) 241,9 (215,3;273,6) 5078,4 (4533,7;5720,3) 155,2 (138,5;175,1) -35,8(-37,9;-33,3)
Amapá 242,1 (217,7;270,6) 200 (178,2;226,3) 759,4 (676,7;858,9) 132 (117,3;149,8) -34(-36,3;-31,7)
Amazonas 1967,1 (1759,6;2201,3) 208,6 (186,4;234,7) 3964,4 (3537,2;4450) 127,4 (113,7;144,3) -38,9(-41,3;-36,7)
Bahia 16371,4 (14690,4;18405,9) 223,4 (200,3;252,7) 22215,8 (19841,1;25012,1) 136,9 (122,1;154,2) -38,7(-40,8;-36,4)
Brasil 216640,6 (193728,5;242758,9) 224,6 (201,6;251,8) 295510,5 (264160,9;331953,6) 127 (113,8;142,1) -43,5(-44,7;-42,2)
Ceará 8168,8 (7330,2;9148,3) 188,5 (169;212,2) 13059,6 (11671,9;14651,1) 130,8 (116,7;147,2) -30,6(-33,2;-28)
Distrito Federal 1677,4 (1505;1870,5) 223 (199,4;249,7) 3131,6 (2790,5;3507,5) 116,6 (104;131,1) -47,7(-49,7;-45,3)
Espírito Santo 3991,3 (3566,8;4491,6) 247,6 (219,9;279,8) 5720,5 (5104,5;6463,7) 132,7 (118,5;149,9) -46,4(-48,6;-44,3)
Goiás 5462,9 (4882,1;6113,3) 229,2 (204,1;257,5) 8554,8 (7617,5;9655,7) 122,6 (109,5;138) -46,5(-48,6;-44,1)
Maranhão 5729,8 (5149,3;6435,9) 203,2 (181,4;228,3) 9602,8 (8603,6;10833,2) 139,7 (124,9;157,8) -31,2(-33,9;-28,4)
Mato Grosso 2066,5 (1850,5;2302,2) 213,6 (190,7;242,1) 4224,3 (3790,6;4757,8) 125,1 (112,3;141,8) -41,4(-43,6;-38,9)
Mato Grosso do Sul 2349,4 (2107,6;2641,2) 228,7 (204,5;256,2) 3816 (3397,7;4324,3) 130,2 (116,1;146,7) -43(-45,2;-40,6)
Minas Gerais 25738,5 (23130,3;28837,3) 240,8 (215,7;270,8) 32636,7 (29004,9;36771,1) 126,8 (113;142,6) -47,3(-49,3;-45,4)
Pará 5334,6 (4779,3;5982,6) 220,2 (197;248,2) 9786,9 (8771,1;11013,3) 133 (118,6;150,4) -39,6(-42,1;-37,2)
Paraíba 4666,9 (4181;5252) 196,3 (175,9;220,6) 5957,2 (5352,3;6650,6) 126,3 (113,5;141,3) -35,7(-37,9;-33,3)
Paraná 13267,4 (11814,3;14914,7) 249,3 (222,8;281,2) 17372,2 (15503,4;19691,5) 134 (119,9;151,3) -46,3(-48,3;-44,2)
Pernambuco 10750,5 (9606;12078,3) 224,3 (200,4;252,3) 13678,5 (12252,1;15426) 136,1 (121,7;153,6) -39,3(-41,5;-36,9)
Piaui 3149,6 (2829,2;3542) 205,9 (184,8;232) 5037,5 (4505,3;5682,3) 133,4 (119,2;150,7) -35,2(-37,3;-32,7)
Rio de Janeiro 25814,8 (23106,8;29202,3) 254,6 (228,2;287,6) 28566,5 (25517,7;32324) 131,8 (118,1;148,5) -48,2(-50,2;-46,2)
Rio Grande do Norte 3299,3 (2948,3;3707) 196,4 (175,2;220,9) 4620,3 (4134,6;5184,7) 118,7 (106;133,6) -39,6(-41,8;-37,2)
Rio Grande do Sul 16023,3 (14290,6;18026,9) 232 (207,3;260,5) 19270,5 (17107,4;21805,9) 129,9 (115,6;146,2) -44(-46,1;-41,5)
Rondônia 1083,1 (962,8;1214) 238,5 (212,4;268,3) 2001,6 (1796,8;2250,1) 126,3 (113,1;142,4) -47,1(-49,1;-45)
Roraima 169,2 (150,9;189,3) 210 (187,1;237,4) 498,4 (443,6;559) 121,8 (108,8;137,9) -42(-44,2;-39,6)
Santa Catarina 6051,7 (5428,2;6799,7) 217,3 (194;244) 9233,2 (8225;10363,8) 116,9 (104,7;130,7) -46,2(-48,4;-43,9)
São Paulo 46409,7 (41385,4;52301,6) 211,8 (189;237,8) 60790,5 (54232,4;68365,1) 115,3 (103,1;129,1) -45,6(-47,6;-43,2)
Sergipe 1934 (1730;2172,7) 223,7 (199,5;252,8) 3130,2 (2788,5;3515,3) 137,5 (121,9;154,9) -38,5(-41;-36,1)
Tocantins 983,6 (880,8;1103,9) 209,4 (186,8;235,8) 1915,1 (1711,7;2149,6) 130,4 (116,1;146,8) -37,7(-39,9;-35,4)
B.2.3.1-AVC isquêmico (;)
Acre 234,7 (198,1;276) 129,1 (109,1;153,4) 519,9 (437,3;621,3) 83,1 (69,5;100,1) -35,7(-39;-32,1)
Alagoas 2126,1 (1797,7;2557,6) 152,1 (127,7;182,7) 3132,2 (2649,1;3741) 98,3 (83,1;117,5) -35,4(-38,5;-31,9)
Amapá 137,8 (116,4;163,5) 123,5 (104,7;146,9) 443,2 (371,4;527,4) 83 (69,3;100,2) -32,8(-36,4;-29,4)
Amazonas 1115,4 (942,3;1321,9) 128 (107,5;153) 2320 (1961,8;2766,2) 78,9 (66,2;94,7) -38,4(-41,8;-35,2)
Bahia 9662,6 (8194;11470,4) 137 (115,2;163,5) 13529,8 (11418,1;16201,2) 84,4 (71,3;101,4) -38,4(-41,6;-35,1)
Brasil 124392,2 (105330,6;147825,6) 136,6 (115,7;163,1) 179196,5 (151357,9;214373,1) 78,2 (66,1;93) -42,7(-44,3;-41)
Ceará 4856,7 (4120,9;5778,9) 114,8 (97,5;137,8) 7890,5 (6663,6;9437,6) 80 (67,3;95,9) -30,4(-34,1;-26,7)
Distrito Federal 868,1 (723,3;1033,8) 134 (112,8;159,3) 1809,8 (1509,1;2188,5) 72,3 (60,7;86,7) -46,1(-49,1;-42,6)
Espírito Santo 2275,7 (1914,3;2715,3) 150,5 (125,8;179,6) 3467 (2922,3;4169) 82,2 (69,5;98,8) -45,4(-48,6;-42,1)
Goiás 2992,8 (2527,4;3552,5) 136,8 (114,5;163,6) 5058,9 (4248,6;6087,8) 75,1 (63,2;89,3) -45,1(-48,1;-41,4)
Maranhão 3396,3 (2881,3;4007,1) 125,3 (105,4;149,2) 5690,4 (4787,9;6828,1) 84,6 (70,6;102,1) -32,5(-36,1;-28,1)
Mato Grosso 1153,3 (973;1377,4) 132,4 (111,5;158,9) 2517,5 (2120,5;3035,3) 78,1 (65,7;93,6) -41(-44,3;-37,3)
Mato Grosso do Sul 1292,2 (1089,1;1537,5) 136,7 (115,3;162,6) 2274,4 (1911,5;2740,1) 79,7 (67;95,5) -41,7(-44,5;-38,3)
Minas Gerais 14540,3 (12317,9;17373,4) 144,4 (122,3;173) 19901,1 (16652,3;23738,5) 77,6 (65,5;92,1) -46,3(-49;-43,5)
Pará 3096,2 (2613,6;3679,7) 136,9 (115,2;164) 5917,9 (4992,5;7076,2) 84,1 (70,4;101) -38,6(-42,2;-35,2)
Paraíba 2758,3 (2324,9;3314,4) 116,9 (98,1;139,2) 3468,1 (2933,9;4111,9) 73,2 (61,8;87,2) -37,3(-40,7;-33,6)
Paraná 7723,4 (6504,8;9218,1) 155,3 (130,9;185,7) 10972 (9206,3;13160,8) 85,9 (72,6;102,6) -44,7(-47,5;-41,6)
Pernambuco 6284,5 (5253,6;7513,5) 135,6 (114,1;162,7) 8045,9 (6746,4;9649) 81,9 (68,3;98,3) -39,6(-43;-35,9)
Piaui 1833,4 (1549,5;2202,9) 125,4 (106;151,7) 3104,4 (2627,3;3712,2) 82,4 (69,6;98,3) -34,3(-37,4;-30,3)
Rio de Janeiro 14572,8 (12240,7;17353,3) 152,1 (128,2;181,2) 17229,2 (14426,9;20533,9) 79,8 (67,5;94,4) -47,6(-50,4;-44,4)
Rio Grande do Norte 1983,6 (1678,6;2356) 120,1 (101,2;142,8) 2791,3 (2349,1;3316,4) 72,3 (60,9;85,8) -39,8(-43;-36,4)
Rio Grande do Sul 9402,5 (7929,3;11220) 143,6 (121,4;171,7) 12220,3 (10214;14674,4) 81,9 (68,8;97,5) -43(-46,1;-39,6)
Rondônia 593,2 (495,3;710,8) 149,9 (126;178,4) 1196,9 (1010,6;1430) 79,4 (66,9;94,5) -47(-49,9;-44,3)
Roraima 91,8 (76,6;108,4) 130,7 (109,5;155,8) 296,9 (251,5;353,1) 77,9 (66,1;92,9) -40,4(-43,5;-36,5)
Santa Catarina 3274,2 (2755,5;3906,2) 127,5 (107,2;151,8) 5606,5 (4695,5;6715,2) 73 (61,2;86,8) -42,8(-46;-39,1)
São Paulo 26425,9 (22386,7;31427,6) 129 (109,4;154,4) 36725,9 (30859,2;43889,2) 70,8 (59,9;83,9) -45,1(-47,9;-42)
Sergipe 1153,2 (971,2;1386,3) 139,3 (117,5;167,3) 1914,7 (1612,8;2293,7) 86,5 (72,8;104) -37,9(-41,4;-34,3)
Tocantins 547,4 (457,3;652,8) 126,5 (105,7;150,2) 1151,6 (970,8;1370,7) 81 (68,2;96,7) -35,9(-39;-32,4)
B.2.3.2-Hemorragia intracerebral (;)
Acre 126,1 (107,3;149,1) 60 (50,8;70,3) 233,4 (196,3;275,5) 33 (27,8;39,1) -45(-47,6;-42,2)
Alagoas 1026,1 (872,9;1207,1) 67,1 (56,8;78,6) 1319,9 (1108,2;1573,9) 39 (32,8;46,8) -41,9(-44,8;-38,8)
Amapá 74,2 (62,7;87,1) 56,4 (47,6;66,1) 199,7 (167,3;235,8) 32 (26,9;38) -43,2(-46;-40,4)
Amazonas 619,5 (524,9;728) 60,9 (51,9;71,2) 1057,5 (883,3;1245,1) 32 (26,9;38,1) -47,4(-50,1;-44,8)
Bahia 4959,8 (4246;5818,1) 64,9 (55,4;76,4) 5735,4 (4853,1;6730) 34,9 (29,5;41) -46,1(-48,7;-43,3)
Brasil 67428,6 (57078,1;79099,3) 66 (56,1;77,9) 74671 (62811,6;88635,8) 31,6 (26,6;37,3) -52,1(-53,5;-50,5)
Ceará 2343,9 (1995,2;2740,3) 52,8 (44,8;62,2) 3351,2 (2826,3;3942,5) 33,2 (28;39) -37,1(-40,2;-33,7)
Distrito Federal 558,7 (471;663,8) 65,4 (55,8;77,3) 790,4 (654,4;941,1) 27,6 (23,2;32,8) -57,8(-60,2;-55,4)
Espírito Santo 1270,6 (1075,6;1501,2) 73,9 (62,8;87,5) 1461,3 (1228,6;1746,4) 33,1 (27,9;39,5) -55,1(-57,3;-52,7)
Goiás 1822,3 (1538,8;2124,8) 70,5 (60,1;82,8) 2248,2 (1886,2;2685,2) 31,1 (26,2;37) -55,9(-58,2;-53,5)
Maranhão 1641 (1394,3;1921,1) 55,7 (47,3;65,5) 2557,2 (2151,7;3039,5) 36,3 (30,3;43,1) -34,9(-38,2;-31,4)
Mato Grosso 646,7 (543,7;760,9) 60,2 (50,9;70,9) 1077,9 (903,8;1284,1) 30,4 (25,5;36,1) -49,6(-52,1;-47)
Mato Grosso do Sul 777,3 (655,6;912,7) 69,8 (59,4;82,2) 1002 (836;1189,7) 33,3 (28;39,4) -52,3(-54,8;-49,9)
Minas Gerais 8317,6 (7018;9699,9) 73,1 (62,5;85,2) 8217,1 (6891,1;9768,9) 31,9 (27;37,7) -56,4(-58,8;-54,2)
Pará 1633,3 (1385,5;1919,1) 62,8 (53,3;73,8) 2491 (2103,9;2941,4) 32,1 (27,1;38,1) -48,8(-51,2;-46,2)
Paraíba 1357 (1140,3;1598,3) 56,6 (47,7;66,5) 1652,8 (1391,8;1948,6) 35,2 (29,6;41,7) -37,7(-40,7;-34,5)
Paraná 4074,7 (3437,9;4796,7) 71,4 (60,1;84,1) 4081,4 (3406,8;4870) 31 (26,1;36,7) -56,6(-58,9;-54,1)
Pernambuco 3388,5 (2863;3953,6) 68,2 (57,9;79,9) 3762,9 (3169,8;4455,3) 36,6 (30,9;43,3) -46,4(-48,8;-43,8)
Piaui 933,5 (789,8;1101,7) 58,4 (49,1;68,8) 1256,6 (1061,5;1482,9) 33,3 (28,1;39,4) -42,9(-45,6;-40,3)
Rio de Janeiro 8489,5 (7139,9;9988,4) 79 (67,3;92) 7573,4 (6346,9;8980,5) 34,9 (29,5;41) -55,8(-58,3;-53,3)
Rio Grande do Norte 963,6 (817,6;1128,9) 56,4 (47,7;65,9) 1188,6 (1009,1;1401,6) 30,3 (25,7;35,8) -46,2(-48,5;-43,6)
Rio Grande do Sul 4943,9 (4168;5839) 67,4 (57,3;79,4) 4659,2 (3902;5531) 31,7 (26,8;37,4) -53(-55,5;-50,6)
Rondônia 351,8 (294,1;419,3) 67,5 (57,2;79,2) 508,8 (427;605) 30,4 (25,7;36) -54,9(-57,1;-52,8)
Roraima 54,6 (45,5;64,3) 59,6 (50,5;69,8) 125,4 (105,4;149,5) 28,4 (23,9;33,8) -52,4(-54,9;-49,7)
Santa Catarina 2023,7 (1711,8;2390,1) 67,8 (57,7;79,4) 2267,2 (1895,1;2697,9) 27,9 (23,5;32,9) -58,8(-61;-56,4)
São Paulo 14142,1 (11564,1;17144,7) 60,6 (49,9;73,2) 14566,1 (11933,1;17602,4) 27,1 (22,3;32,5) -55,2(-57,4;-52,4)
Sergipe 577,7 (491,6;674,3) 63,8 (53,9;74,8) 802,6 (679;952,8) 34,2 (28,9;40,7) -46,4(-49;-43,5)
Tocantins 311 (262,5;365,8) 61,3 (52,1;71,9) 483,8 (409,1;573) 31,8 (26,9;37,8) -48(-50,7;-45,6)
B.2.3.3-Hemorragia subaracnóidea (;)
Acre 51,1 (43,4;61,2) 21,4 (18;25,6) 134,1 (112,5;160,6) 17,5 (14,7;21,1) -18,3(-23,6;-13,3)
Alagoas 373,7 (317,3;440,8) 22,6 (19,1;26,8) 626,2 (523,3;750,7) 17,9 (15;21,4) -20,9(-26;-15,6)
Amapá 30,2 (25,5;35,7) 20,1 (16,9;24) 116,5 (97,9;137,7) 17 (14,2;20,1) -15,4(-20,4;-10,1)
Amazonas 232,3 (195,8;277,2) 19,7 (16,6;23,5) 586,9 (497;703,8) 16,5 (14;19,9) -16,2(-21,1;-11,1)
Bahia 1749 (1483,9;2051,6) 21,5 (18,2;25,7) 2950,6 (2469;3519,1) 17,6 (14,7;20,9) -18,3(-23,3;-13,3)
Brasil 24819,8 (21095;29388,3) 22,1 (18,6;26,3) 41643 (34891,4;50228,6) 17,2 (14,4;20,6) -22,2(-25,1;-19,3)
Ceará 968,2 (825,4;1146,9) 20,9 (17,8;25) 1817,9 (1524;2194,1) 17,7 (14,8;21,3) -15,7(-20,8;-10,8)
Distrito Federal 250,6 (211,3;301,2) 23,5 (19,8;28,1) 531,4 (441,6;644) 16,7 (14;20) -29(-33,2;-24)
Espírito Santo 445 (377,6;531,3) 23,2 (19,6;27,8) 792,1 (654,9;957,8) 17,4 (14,5;20,9) -25(-30;-19,8)
Goiás 647,8 (545,5;774,8) 22 (18,5;26,3) 1247,7 (1037,7;1523,1) 16,4 (13,7;19,9) -25,2(-29,7;-20,6)
Maranhão 692,5 (586,5;829,9) 22,1 (18,6;26,7) 1355,2 (1142,2;1621) 18,8 (15,8;22,7) -14,9(-20,1;-9,2)
Mato Grosso 266,6 (222,9;317,9) 20,9 (17,5;24,9) 628,9 (526,9;754,9) 16,6 (14;19,9) -20,6(-25,2;-15,5)
Mato Grosso do Sul 279,9 (237;330,7) 22,1 (18,7;26,4) 539,6 (447,2;649) 17,2 (14,4;20,6) -22,2(-27,2;-17,6)
Minas Gerais 2880,7 (2426,3;3418) 23,2 (19,5;27,6) 4518,6 (3782,4;5427,8) 17,3 (14,6;20,7) -25,4(-30,7;-20,3)
Pará 605,2 (511,4;718,8) 20,4 (17;24,7) 1378,1 (1167,4;1628,7) 16,8 (14,2;19,8) -17,8(-22,6;-12,3)
Paraíba 551,5 (469;654,5) 22,8 (19,3;27,4) 836,3 (703;998,7) 17,8 (15;21,3) -22,1(-27,1;-17,3)
Paraná 1469,3 (1239,3;1759,9) 22,6 (19,1;27,1) 2318,8 (1934,8;2839,6) 17,1 (14,4;20,8) -24,4(-29,3;-19,7)
Pernambuco 1077,4 (909,4;1293,2) 20,4 (17,1;24,8) 1869,7 (1556;2258,3) 17,7 (14,8;21,2) -13,5(-18,6;-7,9)
Piaui 382,7 (322,5;456,4) 22,2 (18,6;26,8) 676,5 (564,7;813,9) 17,8 (14,8;21,4) -19,8(-24,6;-14,5)
Rio de Janeiro 2752,4 (2313,7;3277,1) 23,5 (19,8;28,2) 3763,9 (3113,5;4544,3) 17,2 (14,3;20,6) -27(-31,6;-21,8)
Rio Grande do Norte 352,1 (296,8;418,4) 20 (16,7;23,9) 640,4 (533,2;768,3) 16,1 (13,4;19,3) -19,5(-24,2;-14,9)
Rio Grande do Sul 1676,9 (1410,2;2002,7) 20,9 (17,5;24,9) 2390,9 (1975,7;2914,1) 16,3 (13,7;19,7) -21,8(-26,6;-16,4)
Rondônia 138 (115,7;165,1) 21 (17,7;25,2) 295,9 (246,3;357) 16,4 (13,8;19,7) -22(-26,6;-17,1)
Roraima 22,8 (18,9;27,4) 19,7 (16,4;23,8) 76,1 (62,9;90,7) 15,5 (13;18,6) -21,3(-26;-15,8)
Santa Catarina 753,8 (635,9;895) 22 (18,4;26,3) 1359,5 (1133;1634,6) 16 (13,5;19) -27,2(-31,8;-22,4)
São Paulo 5841,7 (4872,1;7001,2) 22,2 (18,6;26,8) 9498,5 (7897,7;11571,9) 17,3 (14,5;21) -22,2(-27,1;-16,8)
Sergipe 203,1 (173;240,8) 20,7 (17,6;24,6) 413 (345,2;497,7) 16,8 (14;20,3) -18,7(-23,5;-13,7)
Tocantins 125,3 (106,8;148,7) 21,7 (18,4;26) 279,8 (234,6;335,7) 17,6 (14,8;21,1) -19,1(-23,8;-14,4)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 2-4. – Número de casos e taxas de incidência padronizadas por idade (por 100 mil) de AVC, AVC isquêmico, hemorragia subaracnóidea e hemorragia intracerebral em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, no Brasil, de acordo com o grupo etário.

Causa de morte e grupo etário 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2.3-AVC
Abaixo de 5 4796,6 (3097,4;7039,4) 28,3 (18,3;41,6) 3972,4 (2556,8;5853) 25,6 (16,5;37,8) -9,5 (-12,9;-6,5)
15-49 anos 63360,3 (54287,5;74063,7) 82,7 (70,8;96,6) 59083,8 (50210,7;69549,5) 51,2 (43,5;60,2) -38,1 (-40,9;-35,2)
50-49 anos 87814,2 (73059,9;104528,3) 559,8 (465,7;666,3) 120686,6 (99991,1;144226,9) 299,1 (247,9;357,5) -46,6 (-48,1;-44,8)
5-14 anos 7322,4 (4825,9;10780,3) 20,7 (13,7;30,5) 6041,7 (3937,9;8992,8) 18,7 (12,2;27,9) -9,6 (-13;-6,6)
70+ anos 53347,1 (43596,4;65336,4) 1261,1 (1030,6;1544,6) 105726 (87241,1;128305,7) 807,8 (666,5;980,3) -35,9 (-38,7;-32,6)
Padronizada por idade 216640,6 (193728,5;242758,9) 224,6 (201,6;251,8) 295510,5 (264160,9;331953,6) 127 (113,8;142,1) -43,5 (-44,7;-42,2)
Toda as idades 216640,6 (193728,5;242758,9) 145,6 (130,2;163,1) 295510,5 (264160,9;331953,6) 136,4 (121,9;153,2) -6,3 (-9,4;-3,2)
B.2.3.1-AVC isquêmico
Abaixo de 5 4013,6 (2501,9;6255,9) 23,7 (14,8;36,9) 3297 (2025,3;5218) 21,3 (13,1;33,7) -10,2 (-14,5;-6,8)
15-49 anos 24916,5 (18575,7;33199,8) 32,5 (24,2;43,3) 24363,2 (17402,1;33586,9) 21,1 (15,1;29,1) -35,1 (-40,1;-30,4)
50-49 anos 51461,8 (38832,1;65653,7) 328 (247,5;418,5) 68841,4 (51313,9;88179,8) 170,6 (127,2;218,6) -48 (-49,9;-45,9)
5-14 anos 4407,5 (2257,7;7655,6) 12,5 (6,4;21,7) 3662,4 (1838,8;6551,7) 11,4 (5,7;20,3) -9 (-14,4;-4,6)
70+ anos 39592,8 (30181,9;51380,8) 936 (713,5;1214,7) 79032,5 (61618,1;100736,8) 603,8 (470,8;769,7) -35,5 (-39;-31,2)
Padronizada por idade 124392,2 (105330,6;147825,6) 136,6 (115,7;163,1) 179196,5 (151357,9;214373,1) 78,2 (66,1;93) -42,7 (-44,3;-41)
Toda as idades 124392,2 (105330,6;147825,6) 83,6 (70,8;99,3) 179196,5 (151357,9;214373,1) 82,7 (69,9;98,9) -1 (-5,4;3,1)
B.2.3.2-Hemorragia intracerebral
Abaixo de 5 639,3 (316,8;1088,4) 3,8 (1,9;6,4) 544,8 (268,7;901) 3,5 (1,7;5,8) -6,9 (-11,6;-2,1)
15-49 anos 25215,1 (19371,2;31655,2) 32,9 (25,3;41,3) 19485,6 (14722,1;24909,6) 16,9 (12,7;21,6) -48,7 (-51,5;-46,1)
50-49 anos 27557,1 (20992,6;36179,2) 175,7 (133,8;230,6) 33135,5 (24835,4;43786,9) 82,1 (61,6;108,5) -53,2 (-55,3;-51,5)
5-14 anos 2338,7 (1254,4;3880,9) 6,6 (3,6;11) 1875,7 (994,1;3114,7) 5,8 (3,1;9,7) -12,1 (-16,1;-7,6)
70+ anos 11678,4 (8940,8;15312,2) 276,1 (211,4;362) 19629,4 (15234,8;25320,2) 150 (116,4;193,5) -45,7 (-48,6;-42,2)
Padronizada por idade 67428,6 (57078,1;79099,3) 66 (56,1;77,9) 74671 (62811,6;88635,8) 31,6 (26,6;37,3) -52,1 (-53,5;-50,5)
Toda as idades 67428,6 (57078,1;79099,3) 45,3 (38,3;53,1) 74671 (62811,6;88635,8) 34,5 (29;40,9) -23,9 (-27,7;-20,4)
B.2.3.3-Hemorragia subaracnóidea
Abaixo de 5 143,6 (68,7;277,7) 0,8 (0,4;1,6) 130,7 (62,9;249,2) 0,8 (0,4;1,6) -0,5 (-5,1;4,2)
15-49 anos 13228,8 (10504,7;16567,2) 17,3 (13,7;21,6) 15235 (11825;19094,1) 13,2 (10,2;16,5) -23,6 (-27,8;-19,5)
50-49 anos 8795,2 (6604,7;11436) 56,1 (42,1;72,9) 18709,7 (13924,4;24605,4) 46,4 (34,5;61) -17,3 (-20,8;-13,5)
5-14 anos 576,3 (321,8;933,3) 1,6 (0,9;2,6) 503,5 (278,8;821,4) 1,6 (0,9;2,5) -4,3 (-8,3;-0,7)
70+ anos 2075,8 (1530,9;2729,2) 49,1 (36,2;64,5) 7064 (5300,2;9103,7) 54 (40,5;69,6) 10 (3,8;16,6)
Padronizada por idade 24819,8 (21095;29388,3) 22,1 (18,6;26,3) 41643 (34891,4;50228,6) 17,2 (14,4;20,6) -22,2 (-25,1;-19,3)
Toda as idades 24819,8 (21095;29388,3) 16,7 (14,2;19,7) 41643 (34891,4;50228,6) 19,2 (16,1;23,2) 15,3 (8,2;22,1)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 2-5. – Número de mortes e taxas de mortalidade padronizadas por idade (por 100 mil) por AVC, AVC isquêmico, hemorragia subaracnóidea e hemorragia intracerebral em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas.

Causa de morte e localização 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2.3-AVC
Acre 143,8 (131,9;155,4) 116,6 (105,3;126,7) 346,6 (310,2;383,2) 65,4 (58;72,4) -43,9(-50,1;-36,7)
Alagoas 1893,6 (1719,9;2096,1) 159 (142,9;175,9) 2592 (2250,7;2940,1) 85,2 (73,4;96,7) -46,4(-54,8;-37,4)
Amapá 77,5 (70,7;83,5) 98,6 (88,6;106,2) 271,3 (240,2;300,2) 60,1 (52,3;66,6) -39,1(-45,1;-32,7)
Amazonas 751,6 (686,8;811,9) 122,6 (111,9;132,7) 1496,8 (1303,8;1681,6) 57,8 (49,9;65,1) -52,9(-58,2;-46,9)
Bahia 7365,2 (6492,7;8251,6) 118,4 (103,9;132,6) 10378,7 (8704,1;12165,3) 64,5 (54,1;75,7) -45,5(-55;-34,1)
Brasil 105603,9 (100300,3;109634,9) 137,8 (127,8;144) 131007 (119134,6;139017,7) 58,1 (52,6;61,8) -57,8(-60,4;-55,5)
Ceará 3804,6 (3224,5;4401,7) 97,6 (82,5;113,2) 6627,7 (5527,6;7761) 67,8 (56,7;79,3) -30,5(-44,4;-13,9)
Distrito Federal 605,3 (547,2;681,5) 161,8 (148;178,1) 1134,4 (1002,1;1274,2) 64,2 (56,4;71,8) -60,4(-65,2;-55)
Espírito Santo 2030 (1918,2;2129,2) 169,6 (156,7;178,3) 2591,1 (2257,7;2915,3) 63,8 (55,4;71,9) -62,4(-66,7;-58,1)
Goiás 2732,6 (2384,6;3201,9) 160 (140,7;186,4) 3477 (2933,1;4024,5) 54,5 (45,9;63,2) -65,9(-71,8;-59,1)
Maranhão 2727,7 (2300,3;3185,3) 118,4 (99,1;137,9) 5826,6 (4963;6787,8) 91,6 (78,1;106,9) -22,7(-37,2;-3,1)
Mato Grosso 731,8 (649;812,6) 116,9 (103,3;128,8) 1521,5 (1344;1716,5) 51,5 (45;58,1) -56(-61,6;-49,2)
Mato Grosso do Sul 1019,2 (949,8;1089,1) 137,6 (125,9;147,5) 1497,5 (1313,8;1684,4) 55,1 (48,2;61,9) -60(-64,3;-55,1)
Minas Gerais 12354,4 (11491,7;13383,7) 146,6 (135,3;158,3) 13090,3 (11454,5;14614,3) 50,1 (43,9;55,9) -65,9(-69,9;-61,9)
Pará 2536,9 (2266,4;2816,3) 151,5 (134;167,8) 4274,4 (3680,9;4778) 66,2 (56,9;74,1) -56,3(-61,8;-49,9)
Paraíba 2238,8 (1946,1;2517,7) 101,8 (88,2;114,8) 2887,6 (2473,2;3298) 58,8 (50,6;67,1) -42,2(-51,3;-31,1)
Paraná 6868,8 (6515;7188,2) 177,5 (165,7;186,5) 7742,1 (6777;8670,9) 63,5 (55,5;71) -64,2(-68,2;-60,3)
Pernambuco 5685,9 (5287,8;6033) 143,6 (131,7;153,4) 6749,5 (5954,7;7559,6) 70,9 (62,3;79,5) -50,6(-56,2;-44,6)
Piaui 1678,5 (1513,5;1851,4) 144,9 (128,4;160,8) 2546,2 (2165,1;2865,1) 66,3 (56,9;74,5) -54,3(-60,1;-47,9)
Rio de Janeiro 14063,6 (13347,2;14643,9) 168,9 (158,4;176,7) 12722,1 (11239,8;14074,9) 58,4 (51,7;64,6) -65,5(-68,8;-62)
Rio Grande do Norte 1363,5 (1194;1525,5) 89,9 (78,1;100,7) 1750,4 (1451,8;2056,2) 44,2 (36,8;52) -50,8(-59,2;-40,6)
Rio Grande do Sul 7690 (7244,8;8075,8) 141 (130,9;148,5) 9167,2 (8020,6;10250,4) 60,1 (52,4;67,3) -57,4(-61,5;-52,8)
Rondônia 395,6 (350;438) 195,7 (179,1;211,8) 825,4 (709,6;948,7) 60,9 (52,2;70,2) -68,9(-73,4;-63,5)
Roraima 53,7 (48,3;59,2) 145,2 (131,6;158,1) 170,8 (151,3;189,2) 61,1 (53,4;67,5) -57,9(-62,6;-52,6)
Santa Catarina 3221,9 (3005,7;3411,7) 161,2 (148,7;171,9) 3786,8 (3322,4;4250,2) 52,6 (45,9;58,9) -67,4(-71;-63,8)
São Paulo 22207,4 (20875;23529) 133,5 (123,7;141,7) 25162,9 (22011,3;27840,6) 49,3 (42,9;54,6) -63,1(-66,8;-59,2)
Sergipe 955,9 (866,9;1041,7) 148 (133,8;161,5) 1423,6 (1207;1642,1) 66,6 (56,5;76,8) -55(-61,9;-47,7)
Tocantins 406,1 (354,8;458,2) 146,8 (128,7;166) 946,9 (817,8;1082,4) 71,5 (61,4;81,5) -51,3(-58,8;-42,2)
B.2.3.1-AVC isquêmico (;)
Acre 70,1 (62,3;77,5) 72,3 (63,5;80,1) 181,6 (158,2;205,7) 38,9 (33,5;44,1) -46,2(-53,4;-37,2)
Alagoas 1044,8 (903,6;1192,7) 98,3 (84,9;111,7) 1480,4 (1261,6;1693,5) 51 (43,4;58,4) -48,1(-57,5;-37,6)
Amapá 39,7 (35,4;43,1) 61,6 (53,7;67,3) 139,6 (119,5;156,1) 35,8 (30,3;40,3) -41,9(-47,8;-35,4)
Amazonas 358,8 (324,9;390,4) 72,2 (64,7;78,8) 791 (664;897,8) 33,6 (28,2;38,2) -53,4(-59,1;-47,4)
Bahia 3842,8 (3286,8;4392,2) 67,9 (57,8;77,4) 5850,1 (4764,5;6852,8) 36,6 (29,9;43) -46(-57;-33,6)
Brasil 52583,6 (48875,7;55110,8) 80 (72,5;84,3) 73920,9 (64818,8;79592,8) 33,9 (29,7;36,6) -57,6(-60,9;-54,4)
Ceará 2118,4 (1732,9;2534,7) 57,3 (46,8;68,4) 3934,3 (3210,7;4689,3) 40,8 (33,4;48,6) -28,7(-44;-7,8)
Distrito Federal 220,4 (198,2;248,8) 97 (87,6;107,8) 605,3 (526,7;685,6) 42 (36,3;47,5) -56,7(-62,1;-50,5)
Espírito Santo 1014,7 (936;1080,7) 101,5 (92,4;108) 1430,6 (1220,2;1628,7) 37,2 (31,6;42,5) -63,3(-67,8;-58,7)
Goiás 1188,5 (1024,2;1385,5) 89,1 (77,8;102,5) 1817 (1514,1;2122,7) 30,9 (25,6;36,3) -65,3(-71,2;-58,6)
Maranhão 1407,4 (1117,9;1698,7) 71 (56,5;84,4) 3417,1 (2880,3;3967,2) 55,3 (46,7;64,2) -22,1(-39,3;1)
Mato Grosso 343,7 (302,2;384,8) 70,5 (61,1;78,3) 797,9 (683,6;907,2) 30 (25,4;34,2) -57,4(-63,1;-51,2)
Mato Grosso do Sul 444,6 (403;481,7) 76 (68,2;82,5) 792,9 (683,4;899,6) 31,2 (26,7;35,4) -59(-63,8;-53,6)
Minas Gerais 5799 (5307,3;6297,5) 82,7 (74,8;89,5) 7229,9 (6179,5;8168,3) 27,9 (23,8;31,6) -66,2(-70,2;-62,1)
Pará 1345,9 (1183,7;1495,4) 94,5 (81,9;104,9) 2458,5 (2074,9;2785,8) 40,6 (34,3;46) -57(-62,7;-50,5)
Paraíba 1316,8 (1091,7;1523) 61,9 (51,1;71,6) 1672,8 (1379,4;1924,3) 33,2 (27,7;38,1) -46,4(-56,5;-33,8)
Paraná 3462,5 (3204,1;3679,6) 108,1 (98,5;115,3) 4689,7 (4062,5;5269,4) 40,4 (34,7;45,3) -62,7(-67,1;-58,4)
Pernambuco 2975,1 (2658,4;3245,8) 83,7 (74,2;90,9) 3626,1 (3104,5;4110,4) 39,9 (34,1;45,3) -52,3(-58,9;-45)
Piaui 901 (780,3;1014,2) 89,9 (77,2;101,3) 1562,6 (1267,6;1778,7) 40,3 (33;45,8) -55,2(-62;-47,8)
Rio de Janeiro 6587,9 (6142,6;6974,8) 94 (86,6;99,7) 6704,8 (5839;7432,1) 31,5 (27,3;34,9) -66,5(-70;-63)
Rio Grande do Norte 782,5 (666,9;896,7) 53,8 (45,2;61,6) 1026,1 (825,4;1217,3) 25,7 (20,8;30,4) -52,1(-60,8;-40,6)
Rio Grande do Sul 4123,2 (3793,8;4390,4) 87,1 (78,9;92,8) 5640,7 (4783,8;6329,9) 37,3 (31,6;41,9) -57,2(-61,6;-52,3)
Rondônia 159,7 (142,5;177,4) 126,6 (115;137,7) 447,2 (378,1;519,2) 36,6 (30,8;42,4) -71,1(-75,6;-66,1)
Roraima 21,9 (19,8;23,9) 91,3 (81,4;99,8) 87,3 (76;97,2) 38,5 (32,9;43) -57,9(-63,3;-52,5)
Santa Catarina 1659,3 (1532,4;1780,8) 99 (90,2;106,5) 2258,1 (1953,1;2547,1) 33,5 (28,7;37,8) -66,2(-70,2;-62)
São Paulo 10643,9 (9783,4;11370) 77,8 (70,4;83,3) 13918,4 (11936,9;15470,3) 28,5 (24,3;31,7) -63,4(-67;-59,5)
Sergipe 523 (466,3;577,6) 92,2 (81,9;101,6) 819,2 (679,8;954) 40 (33,2;46,6) -56,7(-63,7;-48,4)
Tocantins 188,1 (162;215,5) 91,9 (79,3;104,4) 541,5 (457,2;626,5) 43,2 (36,3;50) -53(-61,6;-43,3)
B.2.3.2-Hemorragia intracerebral (;)
Acre 58,9 (53,1;65,3) 37,4 (33,5;41,3) 125,5 (112,1;140,6) 20,8 (18,6;23,3) -44,4(-52;-35,1)
Alagoas 702,4 (602,1;808,7) 51,7 (44,2;59,7) 886,7 (770,1;1011,6) 27,6 (23,9;31,6) -46,6(-58,3;-33,5)
Amapá 31,1 (28,2;33,9) 32,1 (29;34,8) 101,4 (89,3;113,2) 19,4 (17;21,6) -39,5(-46,4;-31,5)
Amazonas 334 (302,8;367,5) 44,6 (40,3;49) 554,6 (485,6;628,3) 19,5 (17;22,2) -56,2(-61,9;-49,4)
Bahia 2951,9 (2566,8;3389,6) 43,3 (37,5;49,7) 3553,6 (2961,9;4213,8) 22 (18,3;26,1) -49,2(-59,8;-35,7)
Brasil 44537,3 (42391,2;46721) 49,8 (47,1;52,2) 43825,9 (40717,3;46438,1) 18,6 (17,3;19,8) -62,6(-65,3;-59,7)
Ceará 1391 (1155,5;1654,1) 33,9 (28;40,5) 2120,3 (1745,1;2510,6) 21,4 (17,6;25,3) -37(-52;-18,3)
Distrito Federal 305,4 (272,1;350,2) 55,6 (50;62,3) 382,9 (334,5;434,5) 16,6 (14,4;18,8) -70,2(-74,4;-65,2)
Espírito Santo 856,4 (808,2;905,6) 59,1 (55,5;62,8) 896,6 (777,8;1015,2) 20,7 (17,9;23,5) -65(-69,7;-60)
Goiás 1296,7 (1119,5;1552) 61,8 (53,7;73,2) 1269 (1068,7;1485,1) 18,3 (15,5;21,3) -70,4(-76;-63,8)
Maranhão 1056,1 (839,2;1317,7) 39,2 (30,8;49,2) 1867,8 (1566,3;2245,4) 28,5 (23,8;34,3) -27,3(-45,5;0)
Mato Grosso 314,1 (273,8;354,4) 39,8 (34,9;44,6) 543,3 (478;616,5) 16,5 (14,5;18,7) -58,5(-65,1;-50,7)
Mato Grosso do Sul 480,1 (444,8;519,9) 53,4 (49,4;57,7) 540,7 (473,4;616,2) 18,5 (16,2;21,2) -65,3(-69,7;-60,1)
Minas Gerais 5492,7 (5064,6;6110,2) 55 (50,7;60,6) 4397,3 (3880,7;4919,8) 16,6 (14,7;18,5) -69,9(-73,9;-65,3)
Pará 1022,3 (907,3;1149) 50,7 (44,9;56,9) 1421,5 (1232,5;1598,4) 20,4 (17,7;23,1) -59,7(-65,7;-52,5)
Paraíba 736,5 (612,7;889,3) 32 (26,6;38,7) 954,1 (827,2;1097,1) 20,1 (17,4;23,1) -37,3(-51,4;-20,3)
Paraná 2891,5 (2721,3;3082,7) 60,7 (56,7;64,6) 2314,2 (2019,3;2620,5) 17,6 (15,3;19,9) -71(-75;-67,1)
Pernambuco 2377,5 (2199,5;2588,7) 53,3 (49,1;58,1) 2491,7 (2197,6;2813,9) 24,9 (22;28,1) -53,4(-59,8;-46)
Piaui 643,2 (567,5;736,9) 46,8 (41;54) 775,3 (672,3;890,1) 20,5 (17,8;23,6) -56,1(-63,9;-47,4)
Rio de Janeiro 6351,1 (6010;6736,8) 64,9 (61,3;68,9) 4705,5 (4169,5;5275,8) 20,9 (18,5;23,5) -67,8(-71,5;-63,4)
Rio Grande do Norte 493,1 (431,4;561,6) 31,1 (27,1;35,4) 570,8 (468,7;677,4) 14,6 (12,1;17,4) -52,9(-62,4;-41,8)
Rio Grande do Sul 3066,7 (2873,9;3255,1) 47,3 (44,1;50,3) 2801,4 (2461,1;3171,1) 18 (15,8;20,3) -62(-66,5;-56,9)
Rondônia 196,6 (170,7;221,3) 61,5 (54,9;67,6) 288,5 (246,5;339,4) 19 (16,3;22,4) -69(-74,1;-62,4)
Roraima 26 (22,9;28,9) 47,3 (43;52) 63,2 (55,7;70,9) 17,8 (15,8;20) -62,3(-67,5;-56,6)
Santa Catarina 1330,5 (1234,2;1427,7) 54,7 (50,3;58,7) 1160,9 (1008,4;1314,2) 14,6 (12,7;16,5) -73,2(-76,6;-69,5)
São Paulo 9579,9 (8924,2;10296,7) 47,8 (44,3;51,4) 8239 (7219,3;9239,4) 15,3 (13,4;17,1) -67,9(-72;-63,7)
Sergipe 372 (329,2;416,2) 49,1 (43,3;55) 483,9 (411,5;563,2) 21,6 (18,4;25,2) -55,9(-63,9;-46,9)
Tocantins 179,6 (150,7;210,6) 47,4 (39,5;55,7) 316,3 (271,6;365,5) 22,4 (19,3;25,9) -52,6(-62,9;-40,4)
B.2.3.3-Hemorragia subaracnóidea (;)
Acre 14,9 (13;16,9) 6,9 (6,1;7,8) 39,5 (34,9;44,8) 5,7 (5;6,4) -18(-30,8;-0,2)
Alagoas 146,4 (123,5;172) 9 (7,6;10,7) 224,8 (191,5;261,7) 6,6 (5,6;7,7) -27,2(-43,3;-6,1)
Amapá 6,6 (5,8;7,7) 4,9 (4,4;5,8) 30,4 (26,9;35) 4,9 (4,3;5,6) -1,6(-15,3;14)
Amazonas 58,9 (52;67,4) 5,8 (5,2;6,8) 151,3 (131,4;174,4) 4,6 (4;5,4) -20,5(-34,1;-4,5)
Bahia 570,5 (494;662,3) 7,2 (6,2;8,5) 975 (798,2;1173,9) 5,9 (4,8;7,1) -18,8(-36,4;3,4)
Brasil 8483 (7668,1;8870,6) 8 (7,3;8,4) 13260,2 (12016,4;14155,9) 5,5 (5;5,9) -30,3(-36,2;-23,6)
Ceará 295,3 (243;351,7) 6,5 (5,3;7,7) 573 (473,5;700,2) 5,6 (4,7;6,9) -12,7(-32,5;18,3)
Distrito Federal 79,5 (70;89,6) 9,2 (8,1;10,4) 146,1 (122,3;168,3) 5,5 (4,4;6,4) -40,1(-51;-28,6)
Espírito Santo 158,9 (131,5;173) 8,9 (7,5;9,7) 263,9 (222,5;310,3) 5,9 (5;6,9) -33,7(-43,7;-21)
Goiás 247,4 (214,8;287,7) 9,2 (8;10,7) 391 (327,2;464,2) 5,3 (4,5;6,3) -41,8(-53,2;-28,4)
Maranhão 264,1 (196,8;343,7) 8,2 (6;10,7) 541,6 (438,5;658) 7,8 (6,3;9,5) -4,7(-31,9;33,9)
Mato Grosso 74,1 (62,4;86,7) 6,6 (5,7;7,7) 180,3 (156,6;208,1) 5 (4,3;5,8) -24,7(-38,2;-8,6)
Mato Grosso do Sul 94,5 (85,3;103,3) 8,2 (7,5;9) 163,9 (141,6;187,4) 5,4 (4,6;6,1) -34,8(-44,5;-24)
Minas Gerais 1062,8 (930,5;1162,6) 8,9 (7,9;9,7) 1463,2 (1232,6;1677,6) 5,6 (4,7;6,4) -37,7(-47,1;-27,8)
Pará 168,7 (146,9;194,8) 6,3 (5,5;7,3) 394,4 (341,7;451,6) 5,1 (4,4;5,8) -19,2(-33;-2,1)
Paraíba 185,5 (158,3;217,9) 7,8 (6,6;9,1) 260,6 (220,5;302,1) 5,5 (4,6;6,4) -29,3(-45,3;-10,4)
Paraná 514,8 (457,6;557,9) 8,7 (7,8;9,4) 738,2 (620,2;856,4) 5,5 (4,6;6,4) -36,7(-46,4;-26,8)
Pernambuco 333,2 (297,6;385,1) 6,6 (5,9;7,8) 631,7 (546,6;728,1) 6,1 (5,3;7) -7,2(-24,3;11,1)
Piaui 134,3 (116,3;153) 8,1 (7;9,3) 208,3 (177,5;242,9) 5,5 (4,7;6,4) -32,8(-46,4;-16,8)
Rio de Janeiro 1124,6 (903,7;1234,4) 10 (8,2;10,9) 1311,7 (1110,4;1494,2) 5,9 (5;6,8) -40,4(-48,8;-28,9)
Rio Grande do Norte 87,8 (74,9;111,2) 5,1 (4,3;6,6) 153,4 (124,8;196,3) 3,9 (3,1;4,9) -24,4(-40,4;-4,1)
Rio Grande do Sul 500 (459;551,6) 6,6 (6,1;7,3) 725,1 (623,3;839,4) 4,8 (4,1;5,5) -27,5(-38,3;-15,9)
Rondônia 39,2 (32;45,6) 7,7 (6,6;8,7) 89,6 (76,9;105,3) 5,3 (4,5;6,1) -31,4(-43,5;-15,5)
Roraima 5,8 (4,9;6,7) 6,6 (5,8;7,5) 20,3 (17,7;24,1) 4,8 (4,2;5,6) -27(-37,8;-13,1)
Santa Catarina 232,2 (211,8;254) 7,6 (6,9;8,3) 367,8 (315,9;426) 4,5 (3,8;5,1) -40,9(-49,2;-30,5)
São Paulo 1983,7 (1772,4;2164,2) 8 (7,3;8,7) 3005,4 (2542,4;3434,8) 5,5 (4,7;6,3) -30,7(-40,8;-20,3)
Sergipe 60,9 (52,9;70,3) 6,7 (5,8;7,8) 120,5 (101,5;144,9) 5 (4,3;6,1) -24,6(-40,5;-5,1)
Tocantins 38,4 (32;44,7) 7,5 (6,3;8,8) 89,1 (75,5;104,6) 5,8 (5;6,9) -22,1(-37,2;-1,3)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 2-6. – Número de mortes e taxas de mortalidade padronizadas por idade (por 100 mil) por AVC, AVC isquêmico, hemorragia subaracnóidea e hemorragia intracerebral em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, no Brasil, de acordo com o grupo etário.

Causa de morte e grupo etário 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2.3-AVC
Abaixo de 5 416,1 (303;567,7) 2,5 (1,8;3,4) 68,2 (49,6;93,1) 0,4 (0,3;0,6) -82,1 (-89,3;-70,1)
15-49 anos 14553,1 (14010,9;15182,8) 19 (18,3;19,8) 9310,8 (8821,4;9798,8) 8,1 (7,6;8,5) -57,5 (-60,4;-54,7)
50-49 anos 37192,4 (35828,1;38681) 237,1 (228,4;246,6) 37277,4 (35281,9;39071,1) 92,4 (87,5;96,8) -61 (-63,6;-58,6)
5-14 anos 245,7 (219,2;270,1) 0,7 (0,6;0,8) 119,2 (100,6;138,7) 0,4 (0,3;0,4) -46,8 (-55,2;-37,2)
70+ anos 53196,6 (48776,9;55833,8) 1257,6 (1153,1;1319,9) 84231,4 (73239,5;90754,4) 643,6 (559,6;693,4) -48,8 (-53;-45,4)
Padronizada por idade 105603,9 (100300,3;109634,9) 137,8 (127,8;144) 131007 (119134,6;139017,7) 58,1 (52,6;61,8) -57,8 (-60,4;-55,5)
Toda as idades 105603,9 (100300,3;109634,9) 71 (67,4;73,7) 131007 (119134,6;139017,7) 60,5 (55;64,2) -14,8 (-21;-9,8)
B.2.3.1-AVC isquêmico
Abaixo de 5 47,4 (34,3;62,7) 0,3 (0,2;0,4) 4,4 (3,3;5,9) 0 (0;0) -89,8 (-93,7;-83,7)
15-49 anos 1810,7 (1667,6;1970,2) 2,4 (2,2;2,6) 925,6 (846,9;1018,1) 0,8 (0,7;0,9) -66,1 (-70,5;-60,5)
50-49 anos 12625,4 (11913,9;13321,4) 80,5 (75,9;84,9) 11086,3 (10302,3;11863,9) 27,5 (25,5;29,4) -65,9 (-69,1;-62,2)
5-14 anos 20,5 (17,4;23,6) 0,1 (0;0,1) 5,6 (4,7;6,6) 0 (0;0) -70 (-75,7;-62,8)
70+ anos 38079,6 (34747,2;40122,2) 900,2 (821,4;948,5) 61898,9 (53255,8;67163,8) 472,9 (406,9;513,2) -47,5 (-52,1;-43,6)
Padronizada por idade 52583,6 (48875,7;55110,8) 80 (72,5;84,3) 73920,9 (64818,8;79592,8) 33,9 (29,7;36,6) -57,6 (-60,9;-54,4)
Toda as idades 52583,6 (48875,7;55110,8) 35,3 (32,8;37) 73920,9 (64818,8;79592,8) 34,1 (29,9;36,7) -3,4 (-12,1;4,4)
B.2.3.2-Hemorragia intracerebral
Abaixo de 5 196,8 (133,4;285,8) 1,2 (0,8;1,7) 19,7 (13,7;27,7) 0,1 (0,1;0,2) -89,1 (-93,8;-80,6)
15-49 anos 8947,6 (8497,2;9696,9) 11,7 (11,1;12,7) 4999,6 (4652,9;5309,3) 4,3 (4;4,6) -62,9 (-67,4;-59,5)
50-49 anos 21158,6 (20191,1;22218,4) 134,9 (128,7;141,6) 20099,5 (19034,2;21157,5) 49,8 (47,2;52,4) -63,1 (-65,7;-60,4)
5-14 anos 99,6 (87,6;112,2) 0,3 (0,2;0,3) 35,7 (29,7;42,1) 0,1 (0,1;0,1) -60,7 (-67,9;-52,1)
70+ anos 14134,8 (13036,6;15040,8) 334,1 (308,2;355,6) 18671,4 (16453,6;20277,9) 142,7 (125,7;154,9) -57,3 (-61,8;-53,1)
Padronizada por idade 44537,3 (42391,2;46721) 49,8 (47,1;52,2) 43825,9 (40717,3;46438,1) 18,6 (17,3;19,8) -62,6 (-65,3;-59,7)
Toda as idades 44537,3 (42391,2;46721) 29,9 (28,5;31,4) 43825,9 (40717,3;46438,1) 20,2 (18,8;21,4) -32,4 (-37,5;-27,2)
B.2.3.3-Hemorragia subaracnóidea
Abaixo de 5 171,9 (106,6;232,7) 1 (0,6;1,4) 44,1 (32;60,8) 0,3 (0,2;0,4) -72 (-83,2;-45,1)
15-49 anos 3794,8 (3298;3999,6) 5 (4,3;5,2) 3385,5 (3176,9;3702) 2,9 (2,8;3,2) -40,8 (-46;-27,3)
50-49 anos 3408,5 (3110,6;3603,8) 21,7 (19,8;23) 6091,5 (5557,2;6562,1) 15,1 (13,8;16,3) -30,5 (-36,6;-22,3)
5-14 anos 125,6 (110,2;138,6) 0,4 (0,3;0,4) 78 (65,7;91,2) 0,2 (0,2;0,3) -32 (-43,4;-18)
70+ anos 982,3 (881,6;1178,5) 23,2 (20,8;27,9) 3661,1 (2977,6;4083,9) 28 (22,7;31,2) 20,5 (-16,5;40,4)
Padronizada por idade 8483 (7668,1;8870,6) 8 (7,3;8,4) 13260,2 (12016,4;14155,9) 5,5 (5;5,9) -30,3 (-36,2;-23,6)
Toda as idades 8483 (7668,1;8870,6) 5,7 (5,2;6) 13260,2 (12016,4;14155,9) 6,1 (5,5;6,5) 7,4 (-1,4;18,8)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 2-7. – Número de YLLs e taxas de YLLs padronizadas por idade (por 100 mil) por AVC, AVC isquêmico, hemorragia subaracnóidea e hemorragia intracerebral em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas.

Causa de morte e grupo etário 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2.3-AVC
Acre 3638,2 (3310,9;3958,3) 2093,3 (1918,9;2257,8) 7523,5 (6798,3;8291,5) 1189,9 (1074,3;1316,2) -43,2(-49,5;-35,9)
Alagoas 45113 (41108,8;49962,3) 3155,6 (2866,2;3497,6) 54270,7 (47737,5;61452,7) 1686,1 (1482,2;1904) -46,6(-55,1;-37,1)
Amapá 1871,7 (1693,8;2033,1) 1747,8 (1601,3;1882,8) 6259,1 (5602,4;6893,9) 1145,2 (1018,4;1264,8) -34,5(-41,4;-27,1)
Amazonas 18486,3 (16733,1;20143,4) 2261,8 (2062,1;2447,6) 31259,9 (27577,8;34979,3) 1063,1 (935,3;1192,8) -53(-58,6;-46,5)
Bahia 173368,1 (154540,2;193719) 2433,5 (2163,9;2731,4) 207268,2 (174444,1;242726,8) 1281 (1077,7;1498,2) -47,4(-56,9;-36)
Brasil 2590844,4 (2504589,7;2679788,7) 2778,6 (2659,5;2879,2) 2578166 (2413609,9;2702585,5) 1098,7 (1025,8;1153,7) -60,5(-62,7;-58,4)
Ceará 82644,5 (70969;95343,2) 1924,7 (1649,6;2235,2) 122875,8 (102778,9;144353,5) 1232,7 (1030,7;1448,8) -36(-49,2;-19,8)
Distrito Federal 18102,9 (16265,1;20466,9) 2863 (2605,7;3189,8) 23254,6 (20647,9;26147,6) 970,7 (860;1088,3) -66,1(-70,6;-61,2)
Espírito Santo 49253,6 (47109,2;51447,6) 3243 (3085,3;3392,1) 51706,5 (45154,4;58160,6) 1192,4 (1042,7;1341,7) -63,2(-67,7;-58,7)
Goiás 73040,8 (63335,6;85932,2) 3229,4 (2820,1;3792) 72966,1 (61930,4;85238,7) 1039,6 (884,3;1207,4) -67,8(-73,8;-60,8)
Maranhão 72614,6 (60933,2;85134,1) 2510,2 (2113,8;2938,1) 113620,3 (96360,6;135605,8) 1703,6 (1445,6;2028,8) -32,1(-46,4;-12,5)
Mato Grosso 19638,7 (16988,9;22162,1) 2261,8 (2005,3;2508,2) 32952,9 (29423,3;36884,6) 983 (874,9;1104) -56,5(-62,7;-49,4)
Mato Grosso do Sul 26812,2 (24991,9;28638,5) 2766 (2577,2;2952,7) 30540,2 (27071,5;34205,2) 1036,9 (917,8;1162,7) -62,5(-66,8;-57,5)
Minas Gerais 319806,1 (297709,9;348085,7) 3061,2 (2848,1;3318,7) 258108,8 (230977,9;288521,3) 982,5 (879,9;1097,6) -67,9(-72,1;-63,8)
Pará 59420,4 (52481,8;66484,2) 2749 (2447,2;3053,1) 88399,9 (77815,3;98126,2) 1248 (1088,7;1385,5) -54,6(-60,7;-47,6)
Paraíba 47314,8 (41644,2;53264,8) 2018,2 (1773,1;2272,7) 53969,6 (46911;61530,8) 1141,1 (993,1;1300,9) -43,5(-52,6;-32,1)
Paraná 165936,3 (158219,6;173304,8) 3360,2 (3187,9;3518,8) 146319,8 (128976,3;164812,7) 1119,8 (985,9;1255,3) -66,7(-70,7;-62,6)
Pernambuco 128500,4 (121005,2;135907,7) 2776,5 (2609,3;2936) 137705 (122806;154533,5) 1369,2 (1220,7;1532,8) -50,7(-56,6;-44,7)
Piaui 38717 (35046;42639,9) 2686,6 (2441,7;2953,8) 46373,2 (40842,1;52052,7) 1229,9 (1082,6;1381,8) -54,2(-60,2;-47,1)
Rio de Janeiro 356654 (340788,2;372187,5) 3545 (3366,4;3689,2) 257751,3 (231425,8;285548,3) 1160,2 (1041;1285) -67,3(-70,8;-63,3)
Rio Grande do Norte 28185,2 (25144,4;31483,9) 1719,5 (1525,9;1925,1) 32774,7 (27520,4;38814,4) 842,2 (707,4;996,9) -51(-59,9;-40,6)
Rio Grande do Sul 177413,9 (168848,5;185603,9) 2676,3 (2534;2802,4) 162756,9 (144795,8;181241,8) 1062,5 (943,6;1183,1) -60,3(-64,5;-55,8)
Rondônia 11663,2 (9984,6;13075,5) 3402,2 (3073;3718,5) 17514,3 (15097,2;20285,1) 1130,3 (975,8;1308,2) -66,8(-72;-60,6)
Roraima 1557,3 (1365,4;1731,4) 2508,3 (2278,1;2745,1) 3888,6 (3473,1;4323,7) 1039,6 (924,2;1150,6) -58,6(-63,8;-53)
Santa Catarina 74479,5 (69924,8;78924,5) 2941,9 (2754,1;3115,6) 70469,1 (62180,6;79237) 891,5 (787,2;997,1) -69,7(-73,2;-66)
São Paulo 565019,3 (533070,5;599374,7) 2670,9 (2511,6;2833,3) 500606,4 (446874;554035,6) 931,3 (830,3;1030,4) -65,1(-69;-61,1)
Sergipe 21056,2 (19196,7;23080,6) 2649,1 (2408,6;2894,5) 28150,9 (24094,5;32370,1) 1249,3 (1068,6;1436,4) -52,8(-60,5;-44,7)
Tocantins 10536,2 (9172,6;11978) 2567,4 (2248;2886,8) 18879,7 (16302,6;21715,4) 1312,8 (1135;1504,7) -48,9(-57,5;-38,5)
B.2.3.1-AVC isquêmico (;)
Acre 1241,7 (1095,2;1383,9) 981,6 (873,1;1086,6) 2796,4 (2477,3;3173,2) 532 (469,4;602,9) -45,8(-53,4;-35,6)
Alagoas 18153,8 (15408,7;20916,9) 1484,1 (1266,6;1704,1) 23104,8 (19903,4;26376,3) 775,5 (666,8;885,6) -47,7(-58,6;-35,5)
Amapá 666,5 (605,1;727,3) 829,8 (747,4;902,6) 2305,2 (2010,4;2562,1) 522,6 (452,5;581,9) -37(-43,8;-29,6)
Amazonas 6476 (5852,2;7075,5) 1033,9 (933,3;1123,7) 11701,7 (10136,3;13174,3) 468,4 (404,9;529) -54,7(-60,2;-48,5)
Bahia 65136,9 (55706,7;74484,5) 1040,2 (891,1;1186,3) 85232 (70691;100091,3) 543,1 (450,7;638,6) -47,8(-59;-33,8)
Brasil 947035,1 (895299,9;992583,8) 1211,1 (1133,8;1268,9) 1079632,1 (982065;1148602,5) 479,7 (435,1;510,8) -60,4(-63,5;-57,3)
Ceará 32503 (26515,3;39027,4) 836,2 (682;1004,7) 53233,6 (43945,9;63548,2) 548,9 (452,4;654,6) -34,4(-49,3;-12,5)
Distrito Federal 4730,7 (4219,7;5398,6) 1294 (1172,8;1442,7) 8959,4 (7866,4;10165) 484,9 (422,2;546,7) -62,5(-67,4;-57)
Espírito Santo 17951 (16791,8;19054,5) 1443,5 (1335,2;1530,5) 21006,8 (18047,5;23863,7) 517,2 (444,6;586,4) -64,2(-69;-59,3)
Goiás 23231,1 (19865,8;27417,6) 1336,2 (1158,6;1557,9) 27989,3 (23581,2;32754,8) 440,5 (370,5;514,7) -67(-73,1;-59,9)
Maranhão 25999 (19603,3;32038,4) 1095,2 (848,6;1331,4) 48031,8 (40676,2;56801,9) 763,5 (646,1;902,8) -30,3(-46,8;-2,9)
Mato Grosso 6760 (5891,9;7661,8) 1065,6 (935,9;1193,3) 12646,5 (11001,1;14370,4) 432,8 (375,9;491,6) -59,4(-65,2;-52,5)
Mato Grosso do Sul 8498,8 (7759,2;9203,4) 1137,4 (1029,6;1227,4) 11876,8 (10349,4;13471,1) 436,9 (379,4;494,6) -61,6(-66,2;-56)
Minas Gerais 108699,4 (99915,8;118951,1) 1257,1 (1151,5;1368,4) 105525,7 (91920,7;118346,2) 404,8 (352,7;453,6) -67,8(-71,9;-63,2)
Pará 23740,3 (20920,8;26550,4) 1352,4 (1192,7;1506,7) 37477,3 (32192,9;42111,1) 593,8 (509,4;667,4) -56,1(-62,3;-49)
Paraíba 20370,9 (16680,5;24037,9) 906,2 (745,9;1063,7) 22708,5 (19399,8;26237,8) 472,5 (404,1;546,5) -47,9(-58,3;-33,6)
Paraná 64464,8 (60374,7;68432,4) 1598,9 (1481,9;1695,9) 69504,9 (60465,7;78336,2) 559,2 (486,1;627,3) -65(-69,4;-60,4)
Pernambuco 50355,8 (45411,8;55130,7) 1224,2 (1104,8;1333,5) 53525 (46384,9;60987,6) 566,7 (492,7;645,2) -53,7(-60,7;-46,2)
Piaui 14999,3 (12981,2;16969) 1249,7 (1089,5;1408,4) 20827 (17690,4;23559,6) 552,8 (470,1;625,8) -55,8(-63;-47,4)
Rio de Janeiro 122527,2 (114879,3;129568,4) 1443 (1347,1;1525,5) 101343,1 (89470,7;112513) 460,6 (406,7;511,1) -68,1(-71,6;-64,3)
Rio Grande do Norte 12068 (10468,4;13932,6) 783,6 (678,3;903) 14096,8 (11589,3;16762) 367,4 (303;437,1) -53,1(-62,2;-40,7)
Rio Grande do Sul 71869,3 (66775;76379,1) 1270,7 (1174,6;1352,1) 78403,3 (67989,1;88418,6) 508,7 (440,8;573,8) -60(-64,5;-55,2)
Rondônia 3766,2 (3297,1;4198,3) 1782,2 (1621,8;1942,6) 7001 (5912,5;8182,5) 521,9 (441,4;607,5) -70,7(-75,5;-65,5)
Roraima 468,7 (419,6;519,8) 1237,8 (1123,4;1350,9) 1442,3 (1258,1;1619,2) 500 (436,7;556,5) -59,6(-64,9;-53,9)
Santa Catarina 29055,8 (27032,4;31053,7) 1417,3 (1310,5;1520,9) 32271,5 (28229,2;36649,5) 440,8 (384,6;499,4) -68,9(-72,7;-65)
São Paulo 201067 (186754,2;216302,7) 1168,1 (1074,4;1246,4) 206713,7 (181100,9;230259,8) 399,1 (348,7;444,2) -65,8(-69,3;-61,8)
Sergipe 8730,4 (7749,7;9702,2) 1292,3 (1151,2;1427,3) 11940,9 (10057,6;13906,4) 570,2 (478;664,6) -55,9(-63,6;-46,9)
Tocantins 3503,7 (2933,1;4088,3) 1216,2 (1047,7;1386,3) 7967 (6754,7;9233,1) 603,5 (512;697,2) -50,4(-60,1;-39,2)
B.2.3.2-Hemorragia intracerebral (;)
Acre 1757,7 (1577,9;1961,3) 877 (793,1;970,4) 3337,8 (2971,3;3756) 484,3 (431,3;543,1) -44,8(-52,6;-35,3)
Alagoas 20756,3 (18072,7;23944,2) 1342,9 (1164,5;1545,8) 23503,2 (20270,5;26917,1) 696,8 (602,7;797,2) -48,1(-59;-36,1)
Amapá 925,7 (822,9;1016,6) 752,8 (682,5;819,5) 2845,7 (2495,7;3187,9) 469,8 (414,2;525,2) -37,6(-45,2;-28,4)
Amazonas 9619,8 (8639,1;10610,1) 1039,8 (942,8;1143,7) 14370,5 (12524,1;16340,8) 453,4 (396,4;515,7) -56,4(-62,3;-49,4)
Bahia 84677,6 (74285,2;96506,6) 1129,1 (987,5;1292,9) 90291,3 (74543,4;107505,2) 549,9 (454,1;654,9) -51,3(-61,8;-38,9)
Brasil 1303555,9 (1249976,5;1374489,1) 1283,5 (1227,7;1351) 1086463 (1025413,3;1141541,4) 449,2 (423,3;472,5) -65(-67,6;-62,5)
Ceará 38358,7 (32448,7;45304,9) 858,6 (718;1018,3) 51669 (42481,5;61768,7) 510,3 (419,3;609,2) -40,6(-54,8;-23,4)
Distrito Federal 10017,7 (8886,2;11645,6) 1273,3 (1137,5;1448,2) 9644,7 (8461,1;10976,3) 339,8 (296,7;385,6) -73,3(-77,2;-68,4)
Espírito Santo 24966,1 (23680,2;26430,9) 1488,7 (1411,4;1572,5) 22397,8 (19379;25441) 493,6 (428;560,4) -66,8(-71,4;-62,2)
Goiás 39798,3 (34140,5;47575,2) 1575,2 (1358,2;1885) 32574,2 (27320,6;38124) 438,6 (369,2;511,5) -72,2(-77,8;-65,5)
Maranhão 34728,9 (27796,6;43087,2) 1107,8 (881;1382,6) 47718,5 (39527,8;58098,6) 697,6 (577,8;850,1) -37(-52,3;-15,5)
Mato Grosso 9773,4 (8348,4;11190) 971,6 (847,6;1097,2) 14273,3 (12554,1;16136,1) 395,1 (348;447,4) -59,3(-66;-51,2)
Mato Grosso do Sul 14514,1 (13377,8;15746,3) 1346,4 (1249,4;1458,7) 13450,7 (11797,6;15347,6) 436 (383,3;495,6) -67,6(-72;-62,7)
Minas Gerais 167435,9 (153866,2;189273,2) 1474,3 (1357,6;1655,4) 108433,6 (96309;122277,7) 407,8 (362,1;459,1) -72,3(-76,6;-68)
Pará 28737 (25168,4;32327,3) 1183,6 (1047,4;1327) 37239,6 (32252,1;41938) 492,7 (426,7;553,4) -58,4(-64,9;-51)
Paraíba 19904,5 (16932,5;23582,1) 834,9 (707,5;992,8) 22961,4 (19839,1;26504,6) 491,2 (424,2;567,4) -41,2(-53,8;-25,7)
Paraná 81687,9 (76990,4;86999,7) 1468,5 (1382,2;1562,7) 54832,8 (47517,7;62195,1) 399,4 (347,3;452,6) -72,8(-76,5;-68,9)
Pernambuco 65139,7 (60440,4;70286) 1322,6 (1228;1428,4) 63855 (56085;72426,3) 612,4 (539,9;694) -53,7(-60,1;-46,5)
Piaui 18213,3 (16144,9;20912,9) 1151,7 (1020;1313,5) 18767,4 (16413,5;21459,4) 498,8 (437,3;570,2) -56,7(-63,9;-48,1)
Rio de Janeiro 189847,8 (178940,3;202216,9) 1738,9 (1643,7;1847,2) 117082,3 (103795,5;131957,4) 517,9 (459,5;584,3) -70,2(-73,7;-66)
Rio Grande do Norte 12755 (11224,4;14401) 759 (666,5;857,1) 13759,1 (11229,2;16571,9) 351,7 (287,4;423,3) -53,7(-63,2;-42,8)
Rio Grande do Sul 86550,1 (81293,4;91677,5) 1177,9 (1106,3;1248,7) 63875,4 (55424,1;72522) 412,8 (357,6;470,1) -65(-69,4;-60)
Rondônia 6250,9 (5307;7125,5) 1379,4 (1218,2;1535,9) 7486,2 (6402,6;8872,1) 445,2 (380,7;522,7) -67,7(-73,5;-60)
Roraima 841,1 (724,7;946,2) 1067,6 (952,2;1181,9) 1728 (1517,2;1949,5) 399,6 (352,9;448,2) -62,6(-68;-56,5)
Santa Catarina 36527,9 (33998,7;39097,7) 1274,8 (1186,5;1365,9) 27210,5 (23570;31005,4) 322,1 (279,3;365,9) -74,7(-78;-71)
São Paulo 284456,9 (263629,8;309048,7) 1216,8 (1131,4;1310,4) 202992,4 (179780,6;228623,2) 366 (324,4;411,6) -69,9(-73,9;-65,7)
Sergipe 9901 (8860,4;11012,8) 1129,8 (1004,7;1258,2) 12224,9 (10331,9;14328,5) 519,8 (440;608,4) -54(-62,4;-44,6)
Tocantins 5412,9 (4570,5;6344,5) 1100,5 (928;1289,6) 7937,7 (6755,7;9253,1) 526,6 (449,1;612,8) -52,1(-62,5;-39,9)
B.2.3.3-Hemorragia subaracnóidea (;)
Acre 638,8 (553,3;736,4) 234,8 (205;268) 1389,3 (1226,4;1577,6) 173,7 (153,4;196,9) -26(-38,1;-10,9)
Alagoas 6202,9 (5172,1;7328,1) 328,6 (273,4;385,4) 7662,7 (6534,3;8941,3) 213,9 (182,7;248,4) -34,9(-49;-16,4)
Amapá 279,6 (239,4;323,5) 165,2 (145;192,4) 1108,2 (988,3;1270,6) 152,8 (136;175,3) -7,5(-21;8,9)
Amazonas 2390,6 (2083,9;2722,8) 188,1 (166;215,7) 5187,7 (4523,3;6016,3) 141,4 (123,3;163,9) -24,9(-37,3;-10,1)
Bahia 23553,6 (20282,4;27063,9) 264,2 (227,7;306,7) 31744,9 (25977,8;38214,4) 188 (154,6;225,7) -28,8(-44,6;-9)
Brasil 340253,3 (301621,6;356874,5) 284 (253,8;297,2) 412071 (384850,3;438730) 169,8 (158,3;180,8) -40,2(-44,9;-32,6)
Ceará 11782,8 (9708;14149,8) 229,9 (189,8;273,3) 17973,3 (14699,9;22114) 173,5 (142;212,6) -24,5(-41,6;1,1)
Distrito Federal 3354,5 (2951,9;3778,2) 295,7 (260,6;333,6) 4650,5 (3988,1;5365) 145,9 (124,6;167,3) -50,6(-58,4;-41)
Espírito Santo 6336,6 (5170,6;6918,2) 310,8 (254,6;338,4) 8301,9 (7019,7;9774,7) 181,6 (154,2;212,4) -41,6(-50,6;-29,5)
Goiás 10011,5 (8705,3;11624,9) 318 (275,8;370) 12402,6 (10301,2;14840,8) 160,5 (133,8;190,7) -49,5(-59,9;-37,5)
Maranhão 11886,7 (8770,9;15728,3) 307,3 (228,6;399,9) 17869,9 (14341;21910,3) 242,5 (195,1;298,1) -21,1(-43,6;9,7)
Mato Grosso 3105,3 (2559,7;3680) 224,6 (190,2;262,6) 6033,1 (5267,1;6920,4) 155,1 (135,6;178,1) -30,9(-43,3;-14,6)
Mato Grosso do Sul 3799,2 (3420,5;4170,8) 282,1 (254,3;309,2) 5212,8 (4497,3;5959,5) 164 (141,9;187,1) -41,9(-50,3;-31,9)
Minas Gerais 43670,8 (37136,2;47942,6) 329,8 (283,9;362) 44149,6 (38291,3;50524,6) 170 (147,6;194) -48,5(-55,6;-39,3)
Pará 6943,1 (5981,5;7928,9) 213 (184,9;245) 13683 (11958,7;15648,5) 161,6 (141,3;184,9) -24,1(-37;-8)
Paraíba 7039,5 (6024;8166,2) 277,2 (236,8;324) 8299,7 (7006;9682) 177,4 (149,9;206,9) -36(-49,6;-19,4)
Paraná 19783,6 (17429,1;21454,1) 292,8 (259,2;317,4) 21982,1 (18625,7;25543,5) 161,2 (137,6;187,1) -44,9(-53,3;-35,9)
Pernambuco 13004,9 (11647,3;14757,9) 229,7 (205,5;263,4) 20325 (17670,8;23381) 190,1 (165,4;218,8) -17,3(-31;-1,2)
Piaui 5504,3 (4717;6353,5) 285,2 (246,2;325,6) 6778,8 (5793,9;7860,2) 178,2 (152,6;206,3) -37,5(-49,6;-22,1)
Rio de Janeiro 44279 (33962,9;48808,5) 363,1 (283,3;399,4) 39325,9 (34177,3;44894,3) 181,7 (158,8;207,1) -49,9(-57,8;-35)
Rio Grande do Norte 3362,3 (2890,3;4087,5) 176,8 (150,3;218,8) 4918,8 (3993,1;6328,9) 123,1 (100;157,3) -30,4(-45,1;-11,2)
Rio Grande do Sul 18994,6 (17368,3;20855,9) 227,8 (208,6;250,4) 20478,2 (17663,2;23770,2) 141 (122,3;162,6) -38,1(-46,9;-27,7)
Rondônia 1646,1 (1305,3;1948,2) 240,6 (199,8;277,8) 3027,1 (2591,3;3565,5) 163,2 (140,1;191,8) -32,2(-45;-13,4)
Roraima 247,5 (203,2;289,8) 202,9 (172,7;233,4) 718,3 (628,4;855,1) 140 (122,8;165,9) -31(-42,6;-16,3)
Santa Catarina 8895,8 (8096,2;9718,4) 249,7 (227,1;273,2) 10987,1 (9521;12815,9) 128,6 (111,7;149,5) -48,5(-55,9;-39)
São Paulo 79495,5 (68778,8;86635,1) 286 (251,5;311,9) 90900,3 (79393,9;103394,2) 166,1 (145,3;188,7) -41,9(-49,9;-31,7)
Sergipe 2424,8 (2108,6;2782,6) 227 (197;261,6) 3985,1 (3284,1;4788,7) 159,3 (131,8;191,9) -29,8(-44,6;-11,8)
Tocantins 1619,6 (1328,1;1906,4) 250,7 (210,1;292,7) 2975 (2491,9;3503) 182,6 (153,7;215,9) -27,1(-41,6;-7,4)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 2-8. – Número de YLLs e taxas de YLLs padronizadas por idade (por 100 mil) por AVC, AVC isquêmico, hemorragia subaracnóidea e hemorragia intracerebral em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, no Brasil, de acordo com o grupo etário.

Causa de morte e grupo etário 1990 2019 Percent change (95% UI)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2.3-AVC
Abaixo de 5 36373,4 (26471,3;49662) 214,7 (156,3;293,2) 5970,3 (4335,4;8153,1) 38,5 (28;52,6) -82,1 (-89,2;-70)
15-49 anos 716076,9 (689520,8;745933,4) 934,3 (899,6;973,2) 448555,9 (425616,6;472166,9) 388,4 (368,5;408,8) -58,4 (-61,2;-55,7)
50-49 anos 1084139,7 (1044839,3;1128620,8) 6910,8 (6660,3;7194,3) 1067928,7 (1013004,9;1118810) 2647,1 (2511;2773,2) -61,7 (-64,3;-59,3)
5-14 anos 19376,5 (17280,8;21317,5) 54,8 (48,9;60,3) 9330,4 (7859,9;10858,3) 28,9 (24,4;33,7) -47,2 (-55,7;-37,6)
70+ anos 734877,8 (682090,6;768788,5) 17372,7 (16124,8;18174,4) 1046380,8 (932190,5;1117926,7) 7994,7 (7122,2;8541,3) -54 (-57,4;-51)
Padronizada por idade 2590844,4 (2504589,7;2679788,7) 2778,6 (2659,5;2879,2) 2578166 (2413609,9;2702585,5) 1098,7 (1025,8;1153,7) -60,5 (-62,7;-58,4)
Toda as idades 2590844,4 (2504589,7;2679788,7) 1740,7 (1682,8;1800,5) 2578166 (2413609,9;2702585,5) 1189,9 (1114;1247,4) -31,6 (-35,8;-28)
B.2.3.1-AVC isquêmico
Abaixo de 5 4135,2 (2990,3;5467,5) 24,4 (17,7;32,3) 384,4 (283,6;515,9) 2,5 (1,8;3,3) -89,8 (-93,7;-83,7)
15-49 anos 86173,7 (79496,8;93439,3) 112,4 (103,7;121,9) 43383,5 (39668,9;47636,4) 37,6 (34,3;41,2) -66,6 (-71,1;-61,1)
50-49 anos 349029,3 (329328,7;368931,8) 2224,9 (2099,3;2351,7) 299595,2 (278841,5;320496,5) 742,6 (691,2;794,4) -66,6 (-69,8;-62,9)
5-14 anos 1620,3 (1376,7;1865,2) 4,6 (3,9;5,3) 440,2 (365;521,5) 1,4 (1,1;1,6) -70,2 (-75,9;-63,1)
70+ anos 506076,5 (466579,2;530504) 11963,8 (11030,1;12541,3) 735828,9 (648142,4;789381,6) 5621,9 (4952;6031,1) -53 (-56,8;-49,5)
Padronizada por idade 947035,1 (895299,9;992583,8) 1211,1 (1133,8;1268,9) 1079632,1 (982065;1148602,5) 479,7 (435,1;510,8) -60,4 (-63,5;-57,3)
Toda as idades 947035,1 (895299,9;992583,8) 636,3 (601,5;666,9) 1079632,1 (982065;1148602,5) 498,3 (453,3;530,1) -21,7 (-28,4;-15,1)
B.2.3.2-Hemorragia intracerebral
Abaixo de 5 17235,2 (11675,5;25057,4) 101,8 (68,9;147,9) 1730,8 (1199,6;2437,8) 11,2 (7,7;15,7) -89 (-93,8;-80,6)
15-49 anos 436522,1 (414806,9;474485,7) 569,5 (541,2;619,1) 238357,1 (221826,9;252852,4) 206,4 (192,1;218,9) -63,8 (-68,4;-60,4)
50-49 anos 627767,2 (600065,4;659989,2) 4001,7 (3825,1;4207,1) 582538,8 (551911,4;614231,7) 1444 (1368;1522,5) -63,9 (-66,5;-61,2)
5-14 anos 7857,3 (6901,7;8868,3) 22,2 (19,5;25,1) 2786,3 (2314,7;3296,6) 8,6 (7,2;10,2) -61,1 (-68,2;-52,6)
70+ anos 214174,1 (199342,6;227529) 5063,1 (4712,5;5378,8) 261050 (235043,8;282383) 1994,5 (1795,8;2157,5) -60,6 (-64,5;-56,9)
Padronizada por idade 1303555,9 (1249976,5;1374489,1) 1283,5 (1227,7;1351) 1086463 (1025413,3;1141541,4) 449,2 (423,3;472,5) -65 (-67,6;-62,5)
Toda as idades 1303555,9 (1249976,5;1374489,1) 875,8 (839,8;923,5) 1086463 (1025413,3;1141541,4) 501,4 (473,3;526,9) -42,7 (-47,2;-38,7)
B.2.3.3-Hemorragia subaracnóidea
Abaixo de 5 15002,9 (9308;20320,5) 88,6 (55;120) 3855,1 (2796,2;5324,8) 24,9 (18;34,4) -71,9 (-83,2;-44,9)
15-49 anos 193381,1 (168039,5;203641,4) 252,3 (219,2;265,7) 166815,3 (156642,9;182531,3) 144,4 (135,6;158,1) -42,8 (-47,7;-29,9)
50-49 anos 107343,3 (97585,4;113734,5) 684,3 (622,1;725) 185794,7 (169749,3;200067,8) 460,5 (420,8;495,9) -32,7 (-38,4;-24,3)
5-14 anos 9898,9 (8666,6;10917,5) 28 (24,5;30,9) 6104 (5139,8;7158,2) 18,9 (15,9;22,2) -32,4 (-43,7;-18,4)
70+ anos 14627,2 (13237,5;17395,9) 345,8 (312,9;411,2) 49501,9 (40527,8;55106,2) 378,2 (309,6;421) 9,4 (-23,2;27,2)
Padronizada por idade 340253,3 (301621,6;356874,5) 284 (253,8;297,2) 412071 (384850,3;438730) 169,8 (158,3;180,8) -40,2 (-44,9;-32,6)
Toda as idades 340253,3 (301621,6;356874,5) 228,6 (202,7;239,8) 412071 (384850,3;438730) 190,2 (177,6;202,5) -16,8 (-23,5;-5,2)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 2-9. – Número de YLDs e taxas de YLDs padronizadas por idade (por 100 mil) por AVC, AVC isquêmico, hemorragia subaracnóidea ehemorragia intracerebral em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas,

Causa de morte e localização 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B,2,3-AVC
Acre 315,6 (232,9;404,1) 159,2 (118;201,2) 825,1 (606,5;1042,6) 120,9 (88,8;153,7) -24(-28,3;-19,3)
Alagoas 2754,3 (2009,9;3460,9) 186,9 (136,7;237,4) 4490,7 (3288,4;5698,7) 136,8 (100,5;172,9) -26,8(-31,5;-22)
Amapá 191,1 (139,4;243,8) 154,5 (112,9;196,4) 708,2 (515,4;897,8) 119 (86,8;151,2) -23(-27,3;-18,1)
Amazonas 1623 (1187,4;2072,9) 171,2 (126,4;216,2) 3713,3 (2706,4;4687,6) 116,6 (84,2;147,1) -31,9(-36,2;-27,3)
Bahia 12715,9 (9333,4;16054,2) 171,5 (125,5;218,1) 19723,7 (14433,8;24962,7) 121,4 (88,8;153,9) -29,2(-33,3;-24,7)
Brasil 175647 (130408,3;222000,4) 180,4 (133,2;228,8) 283557,2 (208451,8;357622,1) 120,9 (88,7;152,6) -33(-34,8;-31,1)
Ceará 6314,9 (4619,7;8000,2) 144,1 (104,7;182,6) 12030,7 (8775,1;15287,7) 119,9 (87,3;152,6) -16,8(-21,8;-11,3)
Distrito Federal 1358,4 (1002,7;1722) 182,6 (135,3;232) 3400,5 (2488,7;4353,9) 124,4 (90,4;159,5) -31,9(-36,4;-27,5)
Espírito Santo 3144,4 (2307,5;3997,4) 193,5 (140,7;246) 5509,3 (4060,9;6993,3) 126,9 (93,2;161,1) -34,4(-38,7;-30,1)
Goiás 4211,8 (3090,3;5372,3) 173,5 (126,6;222) 8042,5 (5907,7;10184,9) 113 (82,9;143,8) -34,8(-39,2;-30,8)
Maranhão 4463,2 (3280,2;5679,7) 157,7 (115,9;201) 8115,7 (5942,9;10311,5) 117,5 (86;148,7) -25,5(-31,1;-19)
Mato Grosso 1584,1 (1154,8;2003,3) 160,2 (117;202,9) 3944,7 (2881,2;5013,1) 114,7 (84;145,6) -28,4(-33,5;-23,4)
Mato Grosso do Sul 1798 (1331,6;2289,7) 172,1 (127,6;217,7) 3590,7 (2643,5;4545,9) 121,1 (89,7;153,8) -29,6(-34,4;-25,2)
Minas Gerais 19927,3 (14714,4;25139,3) 185,2 (135,1;232,7) 30355,4 (22430,4;38566,6) 117,6 (86,8;149,7) -36,5(-40,5;-32)
Pará 4349,2 (3209,4;5487,1) 178,9 (130,2;227) 8858,9 (6493,4;11120,3) 118,3 (87;150) -33,9(-38;-29,6)
Paraíba 3654,6 (2656,5;4661,7) 151,8 (110,6;193,6) 5438,7 (4011,3;6852,3) 116,1 (85,5;145,9) -23,5(-28,4;-18,1)
Paraná 10907,4 (7979;13836) 204,2 (149,8;259,5) 16967,1 (12436,9;21666,3) 129,6 (95,5;165,4) -36,5(-40,6;-32,1)
Pernambuco 8704,7 (6396,6;11162) 179,1 (131,2;230,4) 12587,5 (9228,9;16057,8) 124,4 (91,2;158,4) -30,5(-34,8;-25,9)
Piaui 2463,3 (1807,4;3116,9) 158,1 (115,7;201,3) 4431,3 (3229,6;5622,5) 117,8 (85,9;149,4) -25,5(-30,1;-20,6)
Rio de Janeiro 20883 (15402,8;26611,4) 204,7 (151,8;260,7) 27912,2 (20540,5;35371,1) 128,1 (94,1;162,2) -37,4(-41,5;-32,9)
Rio Grande do Norte 2501,1 (1834,2;3194,4) 146,5 (107,4;186,3) 4227,7 (3103,5;5405,8) 108,7 (79,8;138,8) -25,8(-30,3;-21,4)
Rio Grande do Sul 13338,6 (9727,6;16924) 191,3 (140,5;242,4) 19074,6 (13941,1;24256,3) 128,3 (94;162,9) -33(-37,3;-28,8)
Rondônia 859,9 (621,9;1087) 192,8 (141,5;246,6) 1890,5 (1368;2423,8) 116,7 (84,3;148,8) -39,5(-43,8;-35,2)
Roraima 132,7 (96,3;169,1) 159,1 (117,9;202,8) 474,1 (344,7;602,1) 111,9 (81,1;141,8) -29,6(-34;-24,8)
Santa Catarina 5369,6 (3950,9;6821,2) 192,6 (140,3;244,3) 9505,9 (6956,5;12073,4) 118,1 (86,4;150,3) -38,7(-42,9;-34,4)
São Paulo 39775,5 (29243,7;50394,2) 180,5 (132,3;225,6) 63114,8 (45994,9;80990,2) 118,2 (86,7;151) -34,5(-38,4;-30,2)
Sergipe 1556 (1134,5;1963,8) 177 (130;222,6) 2917,1 (2147,5;3706) 126,9 (93,1;161,1) -28,3(-32,9;-24,1)
Tocantins 749,2 (545,2;950,1) 157,4 (114,9;199,7) 1706,2 (1240,4;2167,6) 114,7 (82,9;145,9) -27,1(-31,7;-21,9)
B,2,3,1-AVC isquêmico (;)
Acre 203,3 (145;263,7) 108,6 (77,6;140,6) 533,3 (382,4;685,6) 81,8 (59,2;105,5) -24,7(-30,2;-18,4)
Alagoas 1867,4 (1326,7;2404,7) 130,8 (92,5;168,9) 3026,7 (2167,3;3859,2) 94,3 (68;121,7) -27,9(-33,9;-21,5)
Amapá 121,4 (87,9;157,1) 104,3 (75,8;134,5) 451,6 (323,1;583,8) 80,5 (57,6;102,8) -22,9(-28,5;-16,1)
Amazonas 1026,6 (733,4;1328) 115,4 (83,5;149,6) 2372,4 (1692,6;3054,5) 77,9 (56,5;100,8) -32,5(-38,2;-26)
Bahia 8358,5 (5907,2;10899,7) 115,6 (82,5;150,5) 13021,4 (9286,5;16835) 81,1 (57,7;104,9) -29,9(-35,1;-24)
Brasil 114029,9 (82236,3;147025) 122,2 (88;156,8) 188474,4 (134840,6;241680,6) 81,2 (58,3;104) -33,5(-35,9;-31)
Ceará 4119,6 (2917,8;5309,2) 95,6 (67,7;124,3) 7982,2 (5730,1;10296) 80,3 (57,6;103,6) -16(-22,6;-8,9)
Distrito Federal 806,4 (570,5;1047,1) 121,6 (86,5;157,4) 2191,9 (1539,4;2856,1) 84,2 (59,7;110) -30,7(-36,8;-24,3)
Espírito Santo 2031,2 (1453,3;2615,8) 131,1 (93,4;168,8) 3649,1 (2606,6;4719,9) 85,3 (60,9;110,5) -34,9(-40,2;-29,5)
Goiás 2635,3 (1878,6;3385,1) 115,6 (83;149,8) 5236,5 (3763,7;6709,3) 75,4 (53,8;97,2) -34,8(-40,4;-29,2)
Maranhão 2973,5 (2130,2;3851,3) 108,3 (77,7;141,6) 5283,4 (3803,4;6818,8) 77,8 (56,2;100,3) -28,2(-35,4;-19,5)
Mato Grosso 997,1 (707;1288,4) 109,7 (78;141,4) 2578,9 (1824,5;3344,9) 77,7 (55,5;100,7) -29,2(-35,5;-22,2)
Mato Grosso do Sul 1118,4 (811,3;1444,4) 113,9 (81,9;146,4) 2350,4 (1699,6;3034) 80,8 (58,3;104,2) -29,1(-35,7;-22,9)
Minas Gerais 12831,1 (9202,7;16648,4) 124,4 (89,1;161,7) 20194 (14245,6;25876,1) 78,4 (55,4;100,7) -37(-42,4;-31,2)
Pará 2842,7 (2038,8;3656,9) 123,4 (88,1;159,1) 5840 (4174,8;7513,5) 80,8 (57,8;103,8) -34,5(-39,9;-28,5)
Paraíba 2447,1 (1739,1;3198,3) 101,8 (72,6;133,1) 3526,2 (2527;4564,1) 75,2 (54;97,3) -26,1(-32,7;-19,2)
Paraná 7155,3 (5075,6;9228,7) 141,8 (99,8;184,4) 11638,4 (8284,6;14990,1) 89,8 (64;116,2) -36,7(-42,2;-30,9)
Pernambuco 5723,7 (4088,5;7503,4) 120,7 (86,7;157,3) 8240,2 (5882,1;10590) 82,7 (59,1;106,8) -31,4(-36,8;-25,1)
Piaui 1603,7 (1141;2086,3) 106,5 (75,5;139,2) 2968,6 (2131,1;3859,3) 79,2 (57;103) -25,7(-31,8;-18,7)
Rio de Janeiro 13465,6 (9762,2;17325,1) 137,6 (99,8;177,1) 18411,2 (13185;23879,7) 84,6 (60,4;109,4) -38,5(-43,9;-33,1)
Rio Grande do Norte 1649,9 (1192,7;2141,4) 97,6 (70,8;127) 2751,9 (1978,8;3570,7) 71,4 (51,5;92,5) -26,8(-32,2;-21,2)
Rio Grande do Sul 8764,4 (6296,6;11278,3) 131 (94,6;167,5) 13036 (9252,5;16922,7) 87,1 (62;112,8) -33,5(-38,6;-28,1)
Rondônia 533,7 (375;691,7) 135,9 (96,9;177,6) 1240,2 (865,9;1593,7) 79,6 (55,7;102,9) -41,4(-46,6;-36)
Roraima 81,3 (57,6;105,5) 109 (79,2;140,9) 308,1 (218,6;395,9) 77,2 (54,4;99,9) -29,2(-34,9;-22,6)
Santa Catarina 3412,5 (2447,8;4395,7) 130,3 (93,1;169,5) 6305,7 (4518,2;8157) 79,7 (57;103) -38,8(-44,7;-33,1)
São Paulo 25756,5 (18589,5;33126,7) 122,8 (89;158) 42288,6 (30369,4;54894,6) 79,9 (57,1;103,6) -34,9(-40,2;-29,3)
Sergipe 1032 (735,6;1325,6) 121 (85,9;156,1) 1936,1 (1385,7;2511,1) 86,1 (61,6;111,4) -28,8(-34,9;-23,1)
Tocantins 471,9 (336;606,2) 106 (75,9;137,7) 1111,6 (790,3;1438,5) 76,6 (54,3;98,8) -27,7(-33,9;-20,4)
B,2,3,2-Hemorragia intracerebral (;)
Acre 81,3 (57,8;105,6) 37,2 (26,8;48,1) 205 (147,8;267,5) 28 (20,2;36,5) -24,7(-32,6;-16,8)
Alagoas 666 (479,2;863,2) 42,6 (30,7;55,1) 1072,4 (773,5;1397,4) 31,4 (22,6;40,8) -26,3(-33,2;-18,6)
Amapá 49,7 (35,7;64,6) 36,5 (26,6;46,8) 177,4 (127,5;229,8) 27,2 (19,7;35,4) -25,4(-32,1;-17,3)
Amazonas 442,4 (314,1;573,9) 42,5 (30,3;54,5) 944,7 (676,1;1221,9) 27,8 (19,8;36,1) -34,6(-41;-27,6)
Bahia 3261 (2355,6;4233,4) 42,1 (30,3;54,4) 4796,7 (3456,7;6283,3) 29 (20,8;38,1) -31(-38;-23,9)
Brasil 46180,6 (33564,1;59463,8) 44,3 (32,3;56,6) 67702,4 (49062,3;87760,6) 28,5 (20,7;36,9) -35,7(-38,8;-32,2)
Ceará 1560,2 (1120,4;2029,6) 34,5 (24,7;44,8) 2863,7 (2053,1;3744,4) 28,2 (20,2;36,9) -18,3(-26,3;-9,3)
Distrito Federal 398,7 (288,3;520,4) 46,4 (33,8;59,9) 832,9 (596;1089,9) 28,6 (20,5;37,5) -38,2(-44,6;-31,4)
Espírito Santo 846 (606,7;1104,9) 48,3 (34,4;62,6) 1342,8 (974,8;1759,2) 30,3 (22,2;39,6) -37,2(-44;-29,9)
Goiás 1186,2 (840,5;1549,1) 44,6 (32,1;58,1) 1980,3 (1412,5;2581,1) 27 (19,4;35,1) -39,5(-45,7;-32,8)
Maranhão 1061,3 (763,1;1378,4) 35,4 (25,6;46,3) 1993,1 (1432,7;2590,5) 28 (20,1;36,4) -20,8(-28,9;-12,2)
Mato Grosso 422,2 (301,3;553,9) 37,5 (27,2;49,5) 948,5 (689,3;1237,3) 26,2 (19,1;34,2) -30,1(-36,6;-23,1)
Mato Grosso do Sul 510,5 (362,3;665,6) 44,6 (31,9;58,2) 887,3 (629,4;1156,2) 29,2 (20,8;37,9) -34,6(-41,3;-27)
Minas Gerais 5358,3 (3909,3;6943,6) 46,5 (34,1;60) 7206,4 (5120,7;9398,5) 27,9 (19,9;36,4) -40(-46,2;-33)
Pará 1117,7 (800,9;1461,5) 42,1 (30,4;54,7) 2108 (1507,6;2730,8) 26,5 (19,1;34) -37,1(-43,3;-30,6)
Paraíba 863,4 (616,9;1116,4) 35,5 (25,5;46) 1368,4 (982,5;1785,8) 29,3 (21;38,1) -17,6(-26,4;-8)
Paraná 2855,1 (2053,2;3711,4) 48,5 (35,1;63,2) 3796,4 (2709;4981,8) 28,6 (20,5;37,4) -41(-47,5;-34,3)
Pernambuco 2285,5 (1644,5;2972,6) 45,1 (32,6;58,6) 3170,9 (2293,2;4123,8) 30,6 (22,1;39,8) -32,1(-38,3;-25,3)
Piaui 617,3 (443,9;801,9) 37,4 (26,9;48,8) 1020,9 (725,4;1325,9) 27 (19,3;35,1) -27,8(-34,9;-20,7)
Rio de Janeiro 5769,1 (4169,7;7533,4) 52,8 (38,4;68,4) 7054,1 (5057,4;9121,2) 32,4 (23,3;41,9) -38,6(-45;-31)
Rio Grande do Norte 613,5 (442,4;798,3) 35,2 (25,2;45,7) 1025,4 (733,4;1317,3) 26,1 (18,5;33,5) -25,9(-33,7;-17,2)
Rio Grande do Sul 3471,6 (2512,5;4482,4) 46,5 (33,7;60,1) 4412,9 (3174,2;5808,1) 30 (21,6;39,5) -35,4(-41,6;-28,5)
Rondônia 242 (171,6;314) 44,1 (31,5;56,7) 453,7 (325,9;593) 26,4 (19;34,3) -40,1(-46,2;-34,2)
Roraima 37,2 (26,4;48,9) 37,7 (27,2;49,3) 113,7 (80,6;149,1) 24,4 (17,6;31,7) -35,2(-41,5;-27,8)
Santa Catarina 1479,9 (1065,9;1929,2) 48,2 (34,7;63,2) 2246,6 (1606,6;2960) 27,3 (19,6;35,9) -43,3(-48,9;-36,8)
São Paulo 10391,4 (7440,7;13527) 43,7 (31,6;56,5) 14560,9 (10443,5;18974,8) 27 (19,4;35,2) -38,1(-44,4;-30,6)
Sergipe 393,6 (287,3;508,3) 42,5 (31,1;54,9) 705,9 (509,7;909,4) 29,7 (21,5;38,1) -30,3(-36,9;-23,2)
Tocantins 199,6 (142,4;259,6) 37,9 (27,3;48,7) 413,4 (296,3;532,6) 26,8 (19,2;34,5) -29,1(-36,8;-20,8)
B,2,3,3-Hemorragia subaracnóidea (;)
Acre 31,1 (21,8;41,5) 13,3 (9,3;17,8) 86,9 (60,8;117,1) 11,1 (7,8;15) -16,4(-26,3;-5)
Alagoas 220,9 (153;298,4) 13,6 (9,4;18,4) 391,6 (277;521,1) 11,1 (7,8;14,8) -18,3(-29,1;-5,6)
Amapá 20 (14;27,2) 13,6 (9,7;18,4) 79,2 (56,1;108,1) 11,3 (8;15,2) -17,2(-27,8;-6,2)
Amazonas 154 (108,4;211,1) 13,3 (9,4;18,1) 396,2 (280;541,1) 10,9 (7,8;14,8) -17,5(-27,3;-6,1)
Bahia 1096,5 (769,6;1497,5) 13,8 (9,7;18,7) 1905,6 (1334,1;2552,4) 11,3 (7,9;15,1) -18(-28,8;-6,8)
Brasil 15436,6 (10801,8;20590,3) 13,9 (9,7;18,6) 27380,3 (19490,9;36579,7) 11,2 (7,9;15) -19,5(-23,7;-15,4)
Ceará 635,1 (448,2;859,3) 13,9 (9,8;18,9) 1184,8 (841,8;1609,4) 11,4 (8,1;15,4) -17,8(-28;-5)
Distrito Federal 153,4 (106,7;206,6) 14,6 (10,2;19,6) 375,8 (263;514,2) 11,5 (8,1;15,6) -21,5(-31,6;-10,1)
Espírito Santo 267,2 (187,3;364,6) 14,2 (9,8;19) 517,4 (366;694,2) 11,3 (8;15,1) -20,3(-30,2;-9,5)
Goiás 390,3 (275,4;527,4) 13,3 (9,5;17,9) 825,7 (573,1;1116,1) 10,7 (7,5;14,4) -19,8(-29,7;-8,2)
Maranhão 428,5 (295,9;580,8) 14 (9,6;18,9) 839,1 (587,1;1128,2) 11,6 (8,2;15,6) -16,6(-27,6;-4,6)
Mato Grosso 164,7 (113,5;223,8) 13,1 (9;17,8) 417,3 (290,3;562,3) 10,8 (7,6;14,5) -17,2(-27,2;-6,4)
Mato Grosso do Sul 169,1 (116,8;228,9) 13,5 (9,3;18,1) 352,9 (245,4;473,9) 11,1 (7,7;14,9) -17,5(-27,2;-5,8)
Minas Gerais 1738 (1220,8;2333,7) 14,3 (10,1;19,2) 2955 (2086,3;3961,8) 11,3 (8;15,1) -21,2(-31,6;-10,1)
Pará 388,8 (271,9;523,7) 13,4 (9,3;17,9) 911 (642,8;1240,9) 11 (7,7;14,9) -18,2(-28,5;-6,6)
Paraíba 344,1 (240,1;462,5) 14,5 (10,1;19,4) 544,1 (387,2;728,3) 11,6 (8,2;15,5) -20,1(-30,1;-9,6)
Paraná 897 (622,7;1212,7) 13,9 (9,7;18,6) 1532,3 (1056,3;2071,6) 11,2 (7,8;15,3) -19,2(-29,7;-8,6)
Pernambuco 695,5 (480,5;944,5) 13,3 (9,3;18) 1176,4 (816,4;1591,5) 11 (7,7;14,9) -17,1(-27,7;-4,5)
Piaui 242,4 (170,3;330,5) 14,3 (9,9;19,5) 441,9 (307,3;600,4) 11,6 (8,1;15,8) -18,5(-28,9;-7,2)
Rio de Janeiro 1648,3 (1148,6;2261,6) 14,2 (10;19,5) 2446,9 (1721,6;3330,8) 11,1 (7,8;15,2) -21,8(-32,2;-9,4)
Rio Grande do Norte 237,7 (168,4;319) 13,7 (9,6;18,6) 450,4 (318,6;614) 11,2 (7,9;15,3) -18,3(-28,5;-6,6)
Rio Grande do Sul 1102,7 (770,5;1503,8) 13,8 (9,7;18,8) 1625,7 (1140,6;2203,7) 11,1 (7,8;15) -19,7(-29,5;-7,9)
Rondônia 84,2 (57,8;114,5) 12,8 (8,9;17,2) 196,6 (139,1;265,5) 10,7 (7,5;14,2) -16,4(-26,8;-4,3)
Roraima 14,2 (9,9;19,4) 12,3 (8,7;16,6) 52,3 (36,6;71,7) 10,3 (7,3;14) -16,3(-26,3;-5,7)
Santa Catarina 477,1 (333,1;650) 14 (9,9;18,9) 953,6 (666,5;1286,3) 11,1 (7,7;14,8) -21,1(-30,6;-9,4)
São Paulo 3627,6 (2524,6;4868,5) 14 (9,7;18,8) 6265,3 (4404,9;8442,8) 11,3 (8;15,2) -19,2(-29,3;-7,5)
Sergipe 130,4 (92,3;177) 13,5 (9,5;18,6) 275,1 (193,3;373,7) 11,1 (7,8;15) -18,1(-28,4;-6,7)
Tocantins 77,8 (54,6;106,2) 13,6 (9,5;18,5) 181,2 (127,9;246,5) 11,3 (8;15,3) -16,9(-26,7;-6,3)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington, 46

Tabela 2-10. – Número de YLDs e taxas de YLDs padronizadas por idade (por 100 mil) por AVC, AVC isquêmico, hemorragia subaracnóidea e hemorragia intracerebral em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, no Brasil, de acordo com o grup .

Causa de morte e grupo etário 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2.3-AVC
Abaixo de 5 698,9 (446,2;1034,8) 4,1 (2,6;6,1) 605,5 (398;883,7) 3,9 (2,6;5,7) -5,3 (-10,4;1)
15-49 anos 53038,7 (38137,5;68539,1) 69,2 (49,8;89,4) 67619,4 (48183,5;87875,3) 58,6 (41,7;76,1) -15,4 (-18,6;-12,1)
50-49 anos 70829,2 (51187,2;90461,9) 451,5 (326,3;576,6) 111713,8 (80775,1;143720,1) 276,9 (200,2;356,2) -38,7 (-40,9;-36,1)
5-14 anos 5159,6 (3356,4;7554,5) 14,6 (9,5;21,4) 4425,6 (2954,9;6303) 13,7 (9,2;19,5) -6 (-12,1;1,5)
70+ anos 45920,6 (32727,2;59923) 1085,6 (773,7;1416,6) 99192,9 (70400,8;129782,2) 757,9 (537,9;991,6) -30,2 (-33,5;-26,8)
Padronizada por idade 175647 (130408,3;222000,4) 180,4 (133,2;228,8) 283557,2 (208451,8;357622,1) 120,9 (88,7;152,6) -33 (-34,8;-31,1)
Toda as idades 175647 (130408,3;222000,4) 118 (87,6;149,2) 283557,2 (208451,8;357622,1) 130,9 (96,2;165,1) 10,9 (7,7;14,4)
B.2.3.1-AVC isquêmico
Abaixo de 5 575 (352,9;900,4) 3,4 (2,1;5,3) 484,4 (305,1;735,3) 3,1 (2;4,7) -7,9 (-13,8;-0,3)
15-49 anos 27491,8 (18751,4;37159,1) 35,9 (24,5;48,5) 36232,1 (24894,2;49392,8) 31,4 (21,6;42,8) -12,5 (-17,6;-7,1)
50-49 anos 44745,5 (31538,3;58754,1) 285,2 (201;374,5) 70202,8 (49237;92286,4) 174 (122;228,8) -39 (-42,1;-35,7)
5-14 anos 3772,3 (2249;5772,3) 10,7 (6,4;16,3) 3123,3 (1924,8;4738,2) 9,7 (6;14,7) -9,3 (-17,3;0,4)
70+ anos 37445,3 (26156,1;50128,5) 885,2 (618,3;1185,1) 78431,8 (55156,5;105572,2) 599,2 (421,4;806,6) -32,3 (-35,9;-28,5)
Padronizada por idade 114029,9 (82236,3;147025) 122,2 (88;156,8) 188474,4 (134840,6;241680,6) 81,2 (58,3;104) -33,5 (-35,9;-31)
Toda as idades 114029,9 (82236,3;147025) 76,6 (55,3;98,8) 188474,4 (134840,6;241680,6) 87 (62,2;111,5) 13,5 (9,2;18,1)
B.2.3.2-Hemorragia intracerebral
Abaixo de 5 101,8 (64,4;149,7) 0,6 (0,4;0,9) 99,8 (64,8;145,8) 0,6 (0,4;0,9) 7,1 (1,6;13,9)
15-49 anos 17744,7 (12329,9;23735,5) 23,2 (16,1;31) 20847,3 (14380,3;27914,4) 18,1 (12,5;24,2) -22 (-27,3;-16,4)
50-49 anos 19893,5 (14366,8;26543,6) 126,8 (91,6;169,2) 28759,2 (20440;38067,7) 71,3 (50,7;94,4) -43,8 (-47,2;-39,7)
5-14 anos 1143,1 (714,8;1658,3) 3,2 (2;4,7) 1072,9 (668,4;1551,9) 3,3 (2,1;4,8) 2,8 (-3,2;11,1)
70+ anos 7297,4 (5111,2;9866) 172,5 (120,8;233,2) 16923,3 (11862;22603,3) 129,3 (90,6;172,7) -25 (-31,1;-17,9)
Padronizada por idade 46180,6 (33564,1;59463,8) 44,3 (32,3;56,6) 67702,4 (49062,3;87760,6) 28,5 (20,7;36,9) -35,7 (-38,8;-32,2)
Toda as idades 46180,6 (33564,1;59463,8) 31 (22,6;40) 67702,4 (49062,3;87760,6) 31,2 (22,6;40,5) 0,7 (-4,8;6,3)
B.2.3.3-Hemorragia subaracnóidea
Abaixo de 5 22 (11,8;34,9) 0,1 (0,1;0,2) 21,2 (11,4;33,7) 0,1 (0,1;0,2) 5,3 (2,2;9,7)
15-49 anos 7802,2 (5194,1;10669,3) 10,2 (6,8;13,9) 10540,1 (7231,3;14584) 9,1 (6,3;12,6) -10,3 (-16,3;-4,4)
50-49 anos 6190,3 (4238,1;8554,9) 39,5 (27;54,5) 12751,8 (8762,5;17660,6) 31,6 (21,7;43,8) -19,9 (-26,1;-13,3)
5-14 anos 244,2 (137,9;385,3) 0,7 (0,4;1,1) 229,4 (133,9;356,3) 0,7 (0,4;1,1) 2,9 (0,1;6,9)
70+ anos 1177,9 (762,8;1668,6) 27,8 (18;39,4) 3837,8 (2504,8;5430,3) 29,3 (19,1;41,5) 5,3 (-4,4;17,1)
Padronizada por idade 15436,6 (10801,8;20590,3) 13,9 (9,7;18,6) 27380,3 (19490,9;36579,7) 11,2 (7,9;15) -19,5 (-23,7;-15,4)
Toda as idades 15436,6 (10801,8;20590,3) 10,4 (7,3;13,8) 27380,3 (19490,9;36579,7) 12,6 (9;16,9) 21,8 (14,2;29,3)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 2-11. – Número de DALYs e taxas de DALYs padronizadas por idade (por 100 mil) por AVC, AVC isquêmico, hemorragia subaracnóidea e hemorragia intracerebral em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas.

Causa de morte e localização 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Variação percentual (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2.3-AVC
Acre 3953,9 (3619,8;4276,6) 2252,5 (2074;2424,4) 8348,6 (7568,7;9153,4) 1310,9 (1188,3;1433,8) -41,8(-47,8;-34,9)
Alagoas 47867,3 (43901,6;52819,4) 3342,5 (3046,7;3689,9) 58761,4 (51951,5;66173,7) 1822,9 (1616,1;2048,1) -45,5(-53,6;-36,4)
Amapá 2062,9 (1882,6;2227,6) 1902,2 (1747,3;2044,2) 6967,3 (6287,8;7620,7) 1264,2 (1135,5;1381,4) -33,5(-39,9;-26,7)
Amazonas 20109,3 (18325,7;21820,6) 2433,1 (2221,2;2622,4) 34973,2 (31325,3;39025,7) 1179,7 (1054,5;1317,2) -51,5(-56,6;-45,4)
Bahia 186084,1 (166927,6;207069,4) 2605 (2332,8;2895,8) 226991,9 (194303,9;262385) 1402,4 (1202,3;1619,2) -46,2(-55,2;-35,4)
Brasil 2766491,4 (2670978,2;2865452,2) 2959 (2829,6;3063) 2861723,2 (2683069,9;3012805,9) 1219,6 (1142;1285,5) -58,8(-61;-56,8)
Ceará 88959,4 (77643,6;101337,9) 2068,8 (1789,3;2379,4) 134906,6 (114270,4;156553,5) 1352,6 (1144,6;1568,4) -34,6(-47;-19,6)
Distrito Federal 19461,3 (17575,3;21841,7) 3045,6 (2783,3;3373) 26655,1 (23860,8;29674,3) 1095 (979,1;1216,4) -64(-68,4;-59,2)
Espírito Santo 52398 (50083,8;54649,4) 3436,5 (3269,6;3588,3) 57215,8 (50636,1;63791,6) 1319,3 (1168,5;1468,8) -61,6(-65,9;-57,3)
Goiás 77252,6 (67347,7;90376,8) 3403 (2985,6;3978,2) 81008,6 (69615,5;93585,6) 1152,6 (989,1;1328,7) -66,1(-72;-59,4)
Maranhão 77077,8 (65445,9;90039,2) 2667,9 (2263;3100,3) 121736 (103916,8;143735,3) 1821,1 (1552,9;2145,6) -31,7(-45,2;-13,3)
Mato Grosso 21222,8 (18529,1;23676,4) 2422,1 (2158,6;2674,9) 36897,6 (33242,4;40972,5) 1097,7 (988,4;1220,4) -54,7(-60,5;-47,8)
Mato Grosso do Sul 28610,2 (26745,4;30493,9) 2938 (2748;3130,6) 34130,9 (30562,2;38068,1) 1158 (1038,9;1289,2) -60,6(-64,7;-55,8)
Minas Gerais 339733,4 (316523,6;369110,1) 3246,5 (3019;3518,1) 288464,3 (260517,4;320004,4) 1100,1 (993,6;1219,9) -66,1(-70,2;-62,1)
Pará 63769,5 (56956,4;70739) 2927,8 (2631,3;3237,3) 97258,8 (86061,6;107948,3) 1366,3 (1208,8;1517) -53,3(-59,1;-46,8)
Paraíba 50969,4 (45276,3;56936,1) 2170 (1923,3;2422,3) 59408,3 (52413,8;67229,9) 1257,2 (1110,2;1421,9) -42,1(-50,7;-31,3)
Paraná 176843,7 (168958;184595,9) 3564,4 (3392,5;3730,9) 163286,9 (145233,7;181362,6) 1249,4 (1109,3;1379,5) -64,9(-68,8;-61)
Pernambuco 137205,1 (129269;145238,6) 2955,7 (2776,9;3127,6) 150292,6 (134781,7;166740,6) 1493,6 (1341;1658) -49,5(-55;-43,8)
Piaui 41180,3 (37581,7;45051,1) 2844,7 (2600,7;3108,1) 50804,6 (45057,7;56665,2) 1347,6 (1196,3;1503,9) -52,6(-58,5;-45,8)
Rio de Janeiro 377537 (359753,7;393981,6) 3749,7 (3570,9;3913,2) 285663,5 (256426,8;314757,9) 1288,3 (1157,8;1419,9) -65,6(-68,9;-62)
Rio Grande do Norte 30686,3 (27616,3;34007,4) 1866 (1666,5;2076,7) 37002,4 (31613,2;43051,1) 950,9 (813,7;1105,4) -49(-57,4;-39,5)
Rio Grande do Sul 190752,5 (181635,6;200277,2) 2867,6 (2718;3009,7) 181831,5 (162001,9;201216,5) 1190,7 (1061,7;1314,9) -58,5(-62,4;-54)
Rondônia 12523,1 (10831,5;13950,3) 3595 (3267,5;3918,2) 19404,8 (16963,8;22202,1) 1247 (1091;1418,6) -65,3(-70,3;-59,4)
Roraima 1690 (1492,5;1869) 2667,4 (2430,1;2899,2) 4362,7 (3925,8;4818,5) 1151,5 (1032,8;1263,9) -56,8(-61,8;-51,5)
Santa Catarina 79849,1 (75128,2;84605,6) 3134,4 (2945,7;3316,1) 79975 (71270,1;89055) 1009,6 (897,6;1124,2) -67,8(-71,1;-64,3)
São Paulo 604794,8 (569838,8;640063,1) 2851,4 (2681,9;3015,5) 563721,2 (507325,6;621571,8) 1049,5 (946,3;1153,5) -63,2(-66,7;-59,5)
Sergipe 22612,3 (20686,7;24655,8) 2826,1 (2577,3;3076,2) 31067,9 (26888,4;35427) 1376,1 (1192,8;1570,2) -51,3(-58,5;-43,8)
Tocantins 11285,4 (9918;12704,6) 2724,8 (2408,6;3041,8) 20585,9 (17987,9;23457,2) 1427,5 (1246,1;1620) -47,6(-55,8;-37,6)
B.2.3.1-AVC isquêmico (;)
Acre 1445 (1296,1;1599,1) 1090,2 (977,5;1196,9) 3329,6 (2969,8;3695,2) 613,7 (545,3;681,5) -43,7(-50,8;-34,4)
Alagoas 20021,2 (17255,8;22924,7) 1614,9 (1401,1;1835,8) 26131,5 (22660;29606,5) 869,8 (753,3;987,1) -46,1(-56,3;-34,9)
Amapá 787,9 (717;856,8) 934,1 (846;1013,2) 2756,8 (2429,7;3053,3) 603 (528,6;667) -35,4(-41,7;-28,9)
Amazonas 7502,6 (6829,2;8203,1) 1149,3 (1045,3;1247,4) 14074,1 (12487,8;15775,3) 546,2 (483;611,7) -52,5(-57,5;-46,9)
Bahia 73495,4 (63810,7;83067,2) 1155,9 (1004,3;1304,2) 98253,4 (83330,9;113726,8) 624,2 (529,5;723,8) -46(-56,1;-33,2)
Brasil 1061065 (999618,4;1116287,5) 1333,3 (1244,5;1403,6) 1268106,5 (1157551,8;1356041,6) 561 (510,4;599,8) -57,9(-61;-55)
Ceará 36622,7 (30420,4;43447,9) 931,9 (774,3;1101,8) 61215,8 (51448,4;71614,2) 629,2 (529,2;737,1) -32,5(-46,6;-13,1)
Distrito Federal 5537 (4963,6;6234,1) 1415,6 (1290,1;1562,9) 11151,2 (9927,9;12430,9) 569,1 (500,4;632,3) -59,8(-64,4;-54,7)
Espírito Santo 19982,1 (18630,5;21190,4) 1574,6 (1462,7;1670,2) 24655,8 (21593;27722,9) 602,5 (526,3;677) -61,7(-66,2;-57,1)
Goiás 25866,3 (22357,1;30295,8) 1451,8 (1263,5;1680,1) 33225,9 (28498,2;38313,9) 515,9 (443,4;592,1) -64,5(-70,3;-57,5)
Maranhão 28972,4 (22485,8;34775,6) 1203,5 (957,9;1438) 53315,2 (45693,2;61949,2) 841,3 (720,3;979,7) -30,1(-45,6;-6)
Mato Grosso 7757,1 (6804,9;8655,7) 1175,3 (1037,2;1298,1) 15225,4 (13520,5;17052,5) 510,5 (451;571,7) -56,6(-62;-50,3)
Mato Grosso do Sul 9617,3 (8855,7;10378,2) 1251,4 (1148,9;1348,5) 14227,2 (12650,7;15990) 517,7 (459,4;579,7) -58,6(-63,1;-53,4)
Minas Gerais 121530,5 (111693,4;132739,1) 1381,5 (1265,7;1498,9) 125719,7 (111263,1;139550,3) 483,1 (427,3;536,1) -65(-68,9;-60,8)
Pará 26583 (23751,3;29461,2) 1475,7 (1316,4;1624,1) 43317,3 (38006;48704,4) 674,6 (589;758,1) -54,3(-60,1;-47,8)
Paraíba 22818 (19197,4;26497,7) 1008 (850,9;1164,9) 26234,7 (22655,5;29851,3) 547,8 (474;624,8) -45,7(-55,8;-32,7)
Paraná 71620,1 (67166,7;76010) 1740,7 (1623,4;1845) 81143,3 (71177,3;90509,3) 649 (570;721,8) -62,7(-66,7;-58,4)
Pernambuco 56079,4 (50916,4;61089,4) 1344,9 (1218,5;1461,6) 61765,2 (54385;69585) 649,5 (572,4;731,4) -51,7(-58,2;-44,8)
Piaui 16603 (14591;18612,8) 1356,2 (1194,6;1513,5) 23795,6 (20662,8;26814) 632 (550,7;712,3) -53,4(-60,4;-45,4)
Rio de Janeiro 135992,8 (127706,6;144128,1) 1580,7 (1479,5;1669,4) 119754,3 (106880,1;131983,3) 545,1 (484,7;600,2) -65,5(-68,8;-62)
Rio Grande do Norte 13717,9 (11997,9;15557,9) 881,2 (767,8;996,2) 16848,6 (14243,9;19722) 438,8 (371;513,3) -50,2(-58,5;-39)
Rio Grande do Sul 80633,6 (75289,1;85992,1) 1401,7 (1302,2;1490) 91439,3 (80768,7;101588,9) 595,8 (526,8;661,3) -57,5(-61,5;-53,1)
Rondônia 4299,9 (3810,6;4771,5) 1918,2 (1743,4;2081,6) 8241,2 (7143,1;9486,9) 601,6 (518,8;692,2) -68,6(-73,1;-63,5)
Roraima 550 (496,1;608,2) 1346,9 (1226,1;1465,1) 1750,4 (1551,2;1947,6) 577,2 (511,8;639,3) -57,1(-62,2;-51,7)
Santa Catarina 32468,4 (30272,1;34691,7) 1547,6 (1440;1650,7) 38577,2 (33969,3;43198,7) 520,5 (460,4;581,1) -66,4(-70;-62,6)
São Paulo 226823,4 (210500,4;242557,8) 1290,9 (1189;1375,2) 249002,3 (221220;276006,2) 479 (424,5;530,4) -62,9(-66,2;-59,1)
Sergipe 9762,5 (8615;10829,7) 1413,3 (1257,8;1555,8) 13877 (11998,2;15919,3) 656,3 (566,1;753,4) -53,6(-60,8;-45,2)
Tocantins 3975,5 (3418,4;4557,8) 1322,2 (1158,6;1492,4) 9078,6 (7754,4;10411,6) 680,1 (579,8;780,2) -48,6(-57,9;-38,2)
B.2.3.2-Hemorragia intracerebral (;)
Acre 1839 (1657,2;2040,1) 914,2 (827,4;1008,7) 3542,8 (3164,8;3962,9) 512,3 (459,6;572) -44(-51,5;-34,8)
Alagoas 21422,3 (18719,7;24577,7) 1385,5 (1204,8;1595,7) 24575,6 (21311,8;27913) 728,1 (634,3;828,1) -47,4(-58,2;-35,7)
Amapá 975,4 (873,5;1064,7) 789,3 (718,9;857,2) 3023,1 (2676,9;3387,4) 497,1 (440;554,1) -37(-44,2;-28,4)
Amazonas 10062,1 (9057,6;11050,1) 1082,4 (983,6;1184,9) 15315,2 (13500,3;17329,6) 481,2 (426,5;545,3) -55,5(-61,2;-48,8)
Bahia 87938,6 (77288,1;99639,1) 1171,2 (1030,7;1328,1) 95088 (79241,5;112242,3) 578,9 (483,3;682,9) -50,6(-60,7;-38,7)
Brasil 1349736,5 (1296807,8;1423036,1) 1327,8 (1274;1397,3) 1154165,4 (1091357,5;1217146,3) 477,6 (450,9;503,8) -64(-66,6;-61,6)
Ceará 39918,9 (33988,8;46866,7) 893,1 (750,3;1054,3) 54532,7 (45115,4;64606,6) 538,5 (446,4;637,3) -39,7(-53,7;-23,3)
Distrito Federal 10416,4 (9283,2;12008,7) 1319,7 (1186,3;1497,7) 10477,5 (9230,5;11872,3) 368,5 (324;415,9) -72,1(-75,8;-67,3)
Espírito Santo 25812,1 (24512,2;27292,3) 1537 (1456,4;1620,6) 23740,7 (20717,1;26779,4) 523,9 (458,6;590,2) -65,9(-70,3;-61,4)
Goiás 40984,5 (35216,1;48923,1) 1619,8 (1399,7;1933,9) 34554,4 (29125,6;40074,6) 465,6 (393,3;540,9) -71,3(-76,9;-64,6)
Maranhão 35790,2 (28841,3;44237,6) 1143,2 (915,9;1417,9) 49711,7 (41406;59969,3) 725,6 (604;877) -36,5(-51,4;-15,9)
Mato Grosso 10195,6 (8768,9;11594,7) 1009,1 (882,3;1135,1) 15221,9 (13452,7;17149,6) 421,3 (373,4;474,5) -58,3(-64,9;-50,3)
Mato Grosso do Sul 15024,7 (13886,9;16246,9) 1391 (1290,8;1500,3) 14338 (12701,5;16270,4) 465,1 (412,8;527,4) -66,6(-70,8;-61,7)
Minas Gerais 172794,2 (158931,3;194463,9) 1520,8 (1400,4;1698,4) 115640 (103297,7;129456,7) 435,7 (389;487,8) -71,4(-75,6;-67,2)
Pará 29854,6 (26395,2;33517,5) 1225,7 (1088;1368,5) 39347,5 (34472;44066,4) 519,2 (455,8;581,9) -57,6(-64;-50,5)
Paraíba 20767,9 (17738,6;24596,1) 870,4 (742,4;1026,4) 24329,8 (21197,1;27942,4) 520,5 (453,2;597,8) -40,2(-52,6;-25,2)
Paraná 84543 (79771,8;89664) 1517 (1432,2;1613,9) 58629,2 (51418,8;66053,2) 428,1 (376,1;481,6) -71,8(-75,5;-67,8)
Pernambuco 67425,3 (62725,9;72662,2) 1367,7 (1271,3;1473,7) 67025,9 (59208,3;75471,8) 643,1 (568,2;724) -53(-59,3;-46)
Piaui 18830,6 (16752,3;21434,6) 1189,1 (1056,4;1349,7) 19788,3 (17389,9;22475,7) 525,8 (463,1;597,1) -55,8(-62,9;-47,4)
Rio de Janeiro 195616,9 (184503,4;208076,4) 1791,7 (1692,6;1901,7) 124136,4 (110522,6;139387,9) 550,3 (490,7;617,8) -69,3(-72,7;-65,2)
Rio Grande do Norte 13368,5 (11836,1;15038,3) 794,2 (700,4;893,9) 14784,6 (12178,2;17578,3) 377,7 (311,1;448,6) -52,4(-61,8;-41,9)
Rio Grande do Sul 90021,7 (84641,8;95298,5) 1224,3 (1151,1;1296,8) 68288,3 (59641,3;76831,2) 442,9 (386,3;499,9) -63,8(-68,2;-59)
Rondônia 6492,8 (5543,7;7393) 1423,5 (1256,5;1588,5) 7939,9 (6835,3;9291,1) 471,6 (406,7;549,8) -66,9(-72,6;-59,1)
Roraima 878,3 (761,3;987,6) 1105,3 (988,9;1218,4) 1841,7 (1630,9;2065,2) 424,1 (375,7;473,5) -61,6(-67;-55,7)
Santa Catarina 38007,8 (35410,7;40721,5) 1323,1 (1232,3;1419,8) 29457 (25702,3;33414,7) 349,4 (304,4;395,8) -73,6(-76,8;-70)
São Paulo 294848,3 (273533,7;320151,5) 1260,5 (1173,1;1353,1) 217553,4 (194543,2;243976,7) 393,1 (351,9;440,7) -68,8(-72,7;-64,7)
Sergipe 10294,6 (9239,9;11405,8) 1172,3 (1047,6;1298,5) 12930,8 (11015,5;15067,4) 549,5 (468,4;639,3) -53,1(-61,2;-44,1)
Tocantins 5612,4 (4778,8;6561,7) 1138,4 (966,8;1324,8) 8351,1 (7162,9;9670,2) 553,5 (477,1;640,4) -51,4(-61,4;-39,4)
B.2.3.3-Hemorragia subaracnóidea (;)
Acre 669,8 (588,4;766,7) 248,1 (218,2;282) 1476,2 (1313,2;1664,4) 184,8 (165;208,1) -25,5(-37,1;-11,4)
Alagoas 6423,8 (5403,3;7533,8) 342,2 (288;399,9) 8054,3 (6938,2;9342,8) 225 (193,7;260,5) -34,3(-47,9;-16,6)
Amapá 299,6 (258,9;343,2) 178,9 (158,7;206,4) 1187,4 (1062,8;1353,1) 164,1 (146,3;186,4) -8,3(-20,6;7,2)
Amazonas 2544,6 (2247;2874) 201,4 (179;228,9) 5583,9 (4913,9;6445,9) 152,3 (134,3;175,8) -24,4(-36;-10,6)
Bahia 24650,1 (21393,8;28224,4) 278 (241,4;320,6) 33650,5 (27808,9;40181,7) 199,3 (165;237,9) -28,3(-43,4;-9,5)
Brasil 355689,9 (317037;373740,1) 297,9 (267,5;312,7) 439451,3 (411002,3;468439,5) 181 (169,4;192,8) -39,2(-43,8;-31,8)
Ceará 12417,9 (10343,3;14787,4) 243,8 (204,2;287,9) 19158,1 (15794,9;23207,8) 184,9 (153,1;223,6) -24,2(-40,5;0,1)
Distrito Federal 3507,9 (3110;3938,7) 310,3 (274,7;347,1) 5026,3 (4331,4;5790) 157,4 (135,3;179,7) -49,3(-56,7;-39,9)
Espírito Santo 6603,8 (5412,6;7189) 324,9 (268,7;352,5) 8819,3 (7521,5;10292,6) 192,9 (164,8;224,2) -40,6(-49,6;-29)
Goiás 10401,8 (9100,6;12049,3) 331,4 (289;383,9) 13228,3 (11078,7;15754,8) 171,2 (143,6;202,2) -48,3(-58,3;-36,4)
Maranhão 12315,2 (9170,6;16162,5) 321,2 (242,9;414,9) 18709,1 (15184,3;22615,2) 254,1 (205,3;308,8) -20,9(-42,8;8,5)
Mato Grosso 3270 (2710,8;3823,3) 237,6 (202,4;274,7) 6450,3 (5684,7;7409,4) 165,9 (146,5;189,9) -30,2(-42;-14,8)
Mato Grosso do Sul 3968,3 (3590;4343,7) 295,6 (268,3;323,2) 5565,7 (4859,9;6325) 175,2 (153,2;199) -40,7(-48,8;-31,2)
Minas Gerais 45408,7 (39218,4;49588,4) 344,1 (298,9;375,4) 47104,6 (41067,1;53672,3) 181,2 (158,9;206) -47,3(-54,1;-38,5)
Pará 7331,9 (6385;8336) 226,4 (197;258,7) 14594 (12863,3;16610,3) 172,5 (152,2;196,2) -23,8(-36,1;-8,5)
Paraíba 7383,6 (6372,6;8509,5) 291,7 (250,6;337,7) 8843,8 (7549,8;10263,5) 188,9 (161,6;219,4) -35,2(-48,3;-19,5)
Paraná 20680,6 (18344,4;22387,3) 306,7 (272,9;330,9) 23514,4 (20164,4;27053,9) 172,4 (148,7;197,6) -43,8(-51,9;-35,2)
Pernambuco 13700,4 (12356,5;15479,4) 243 (218,8;276,6) 21501,4 (18756,1;24644,5) 201,1 (176;229,8) -17,2(-30,4;-2,2)
Piaui 5746,7 (4929,9;6600,1) 299,4 (259,7;340,8) 7220,7 (6236,6;8335) 189,8 (164;218,6) -36,6(-48,3;-21,8)
Rio de Janeiro 45927,3 (35485,7;50624,3) 377,3 (297,1;415,1) 41772,9 (36465,3;47362,4) 192,9 (169,3;218,2) -48,9(-56,4;-34,3)
Rio Grande do Norte 3599,9 (3104,5;4304,3) 190,6 (163,1;232,6) 5369,2 (4435,8;6786,1) 134,4 (111,1;169,7) -29,5(-43,4;-11,8)
Rio Grande do Sul 20097,2 (18365,6;21848) 241,6 (221,4;263,4) 22103,9 (19284,4;25482,8) 152,1 (132,9;174,4) -37,1(-45,4;-27,1)
Rondônia 1730,4 (1389,1;2030,2) 253,4 (212,8;290,4) 3223,7 (2788,9;3765,4) 173,8 (150,7;202,1) -31,4(-43,6;-13,7)
Roraima 261,7 (217,1;304,3) 215,2 (185,3;246,4) 770,6 (680,9;905,9) 150,3 (133,5;176,3) -30,2(-41;-16,4)
Santa Catarina 9372,9 (8539,8;10192,6) 263,7 (240,5;287,5) 11940,7 (10397,6;13772,2) 139,7 (122,3;160,2) -47(-54;-37,9)
São Paulo 83123 (72075,6;90420,8) 300 (263,7;326,2) 97165,6 (85347,2;110658,3) 177,4 (156,3;200,9) -40,9(-48,5;-31,1)
Sergipe 2555,2 (2239,9;2912,1) 240,5 (210,7;275,3) 4260,2 (3562,3;5058,4) 170,4 (142,7;202) -29,2(-43,1;-12,2)
Tocantins 1697,4 (1407;1987,1) 264,2 (222,3;307,1) 3156,2 (2681,1;3702,9) 193,9 (165,3;227,7) -26,6(-40,7;-8,3)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 2-2. -Taxas de incidência (por 100 mil habitantes) para todas as idades e padronizadas por idade de AVC, (A), AVC isquêmico (B), hemorragia intracerebral (C) e hemorragia subaracnóidea (D), 1990-2019.

Figura 2-2

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 2-3. -Taxas de mortalidade (por 100 mil habitantes) para todas as idades e padronizadas por idade por AVC (A), AVC isquêmico (B), hemorragia intracerebral (C) e hemorragia subaracnóidea (D), 1990-2019.

Figura 2-3

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Prevalência

•As estimativas de prevalência de AVC podem diferir levemente entre os estudos, pois cada um seleciona e recruta uma amostra de participantes para representar sua população-alvo (estado, região ou país).

•Em um estudo de base comunitária no Brasil, que aplicou um questionário para 4.496 indivíduos com idade superior a 35 anos, residentes de uma área carente da cidade de São Paulo em 2011, Abe et al . identificaram, em uma triagem inicial, 243 questionários positivos para AVC. A taxa de prevalência ajustada para idade para homens foi 4,6% (IC 95%, 3,5 - 5,7) e, para mulheres, 6,5% (IC 95%, 5,5 - 7,5). 47

•Usando uma ferramenta de rastreio, um questionário de sintomas de AVC, Fernees et al . estudaram a prevalência de AVC na cidade de Coari, na Bacia Amazônica Brasileira, e compararam essa prevalência entre ribeirinhos e a população urbana do mesmo município. Em 4.897 respondentes da área urbana e 1.028 da rural, os autores encontraram uma prevalência bruta de AVC de 6,3% na área rural e de 3,7% na urbana, com diferenças mantidas após ajuste para sexo e idade. 48

•Utilizando o Stepwise Approach to Stroke Surveillance da OMS, Goulart et al . realizaram um estudo para verificar as taxas de mortalidade e morbidade por AVC em uma área de São Paulo. O questionário para determinar a prevalência de AVC foi aplicado de porta em porta em uma vizinhança do PSF (etapa 3). Dos 3.577 indivíduos com mais de 35 anos avaliados em casa, foram identificados 244 (6,8%) sobreviventes de AVC através do questionário validado por um neurologista certificado. 49

•Benseñor et al ., analisando um inquérito epidemiológico de base domiciliar (PNS - 2013) com uma amostra representativa nacional, avaliaram o número absoluto de indivíduos com AVC e com incapacidade por AVC, com as respectivas prevalências. Foram estimados 2.231.000 indivíduos com AVC e 568.000 com incapacidade grave por AVC. As estimativas das prevalências pontuais de AVC foram 1,6% e 1,4% para homens e mulheres, respectivamente. 50

•De acordo com dados do Grupo GBD Brasil, as taxas de prevalência padronizadas por idade de AVCI por 100 mil foram 1.327,6 (1.151,2 a 1.516) em 1990 e 870,1 (761,1 a 992,8) em 2019, representando uma variação percentual de -34,5 (-36,7 a -0,3) (Tabela 2-1 e Figura 2 -1). A maior variação percentual ocorreu em Rondônia, -41,7 (-46,2 a -0,4), e a menor, no Amapá, -23,4 (-28,6 a -0,2) (Tabela 2-1). Para os adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -39,5 (-42,6 a -0,4) (Tabela 2-2).

•As taxas de prevalência padronizadas por idade de HIC por 100 mil foram 507,5 (438,9 a 584,1) em 1990 e 315,9 (275 a 361,4) em 2019, representando uma variação percentual de -37,7 (-40,5 a -0,3) (Tabela 2-1 e Figura 2 -1). Para os adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -44,8 (-47,4 a -0,4) (Tabela 2-2). 46

•As taxas de prevalência padronizadas por idade de HSA por 100 mil foram 158,6 (131,7 a 192,4) em 1990 e 124,8 (104,2 a 150,1) em 2019, representando uma variação percentual de -21,3 (-24,3 a -0,2) ( Figura 2 -1 e Tabela 2-1). Para os adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -21,1 (-24,4 a -0,2) Tabela 2-2). 46

Incidência

Subtipos de AVC

•Dados do estudo de base comunitária de Joinville mostraram que, ao comparar diferentes períodos (1995, 2005-2006, 2010-2011 e 2012-2013), a incidência de AVC diminuiu. Nos últimos 18 anos, a incidência de AVC geral (todos os tipos principais de AVC) em Joinville diminuiu em 37% (IC 95%, 32 - 42). 51

•A incidência de primeiro episódio de AVC ajustada para a população brasileira foi 86,6 por 100 mil (IC 95%, 80,5 - 93,0) em 2005-2006 e 113,46 por 100 mil (IC 95%, 101,5 - 126,8) em 1995. 52 A incidência geral ajustada por idade e para a população mundial por 100 mil pessoas-ano foi 143,7 (IC 95%, 128,4 - 160,3) em 1995, caindo para 105,4 (IC 95%, 98,0 - 113,2) em 2005-2006 e para 90,9 (IC 95%, 85,1 - 96,9) em 2012-2013. A incidência padronizada por idade de primeiro episódio de AVC estratificada por gênero e idade também caiu significativamente ao longo do tempo. A redução foi 11% maior nos homens (42%; IC 95%, 35 - 49) do que nas mulheres (31%; IC 95%, 23 - 39) e 16% maior nos jovens (≤ 44 anos: 54%; IC 95%, 41–66) do que nos mais idosos (>44 anos: 38%; IC 95%, 33–43). 51

•De 1995 a 2013, a proporção de AVCI aumentou 12%, enquanto a de AVCH diminuiu 16%. Entretanto, a proporção de HSA permaneceu relativamente estável, variando de 7,5% em 1995 a 6% em 2012-2013. O peso da diminuição na incidência de AVC ajustada por idade foi proporcionalmente maior para AVCH do que para AVCI, enquanto o de HSA permaneceu estável. Nos últimos 8 anos, as incidências de AVCI e de AVCH apresentaram reduções absolutas significativas de 15% (IC 95%, 1-28) e de 60% (IC 95%, 13-86), respectivamente. Entretanto, a incidência de HSA apresentou redução absoluta não significativa de 29% (IC 95%, 15-92). 46

•No segundo estudo do registro de AVC de Matão, todos os eventos de AVC incidente (81 casos) que ocorreram entre 1 de agosto de 2015 e 31 de julho de 2016 foram registrados. A idade média aumentou em 9%, passando de 65,2 (IC 95%, 62,6–67,8) para 71,0 (IC 95%, 68,1–73,8) anos. Entre os períodos 2003-2004 e 2015-2016, a incidência ajustada por idade diminuiu em 39% (IRR 0,61; IC 95%, 0,46–0,79) e a mortalidade, em 50% (IRR 0,50; IC 95%, 0,31– 0,94). A taxa de letalidade de 1 ano foi 26%. Aproximadamente 56% dos pacientes foram funcionalmente independentes, enquanto 7% tiveram um AVC recorrente. 53 Comparando com os resultados do estudo anterior do registro de AVC de Matão, 54 não houve diferença significativa entre os desfechos.

•Dados do Grupo GBD Brasil mostram que as taxas de incidência padronizadas por idade de AVC por 100 mil foram 224,6 (201,6 a 251,8) em 1990 e 127 (113,8 a 142,1) em 2019, representando uma variação percentual de -43,5 (-44,7 a -0,4) (Tabela 2-3 e Figura 2 -2). A maior variação percentual ocorreu no Distrito Federal, -47,7 (-49,7 a -0,5), e a menor, no Ceará, -30,6 (-33,2 a -0,3) (Tabela 2-3). A maior variação percentual foi observada no grupo etário de 15-49 anos, -38,1 (-40,9 a -0,4) (Tabela 2-4). 46

•As taxas de incidência padronizadas por idade de AVCI por 100 mil foram 136,6 (115,7 a 163,1) em 1990 e 78,2 (66,1 a 93) em 2019, representando uma variação percentual de -42,7 (-44,3 a -0,4) (Tabela 2-3 e Figura 2 -2). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -48 (-49,9 a -0,5) (Tabela 2-4). 46

•As taxas de incidência padronizadas por idade de HIC por 100 mil foram 66 (56,1 a 77,9) em 1990 e 31,6 (26,6 a 37,3) em 2019, representando uma variação percentual de -52,1 (-53,5 a -0,5) (Tabela 2-3 e Figura 2 -2). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -53,2 (-55,3 a -0,5) (Tabela 2-4). 46

•As taxas de incidência padronizadas por idade de HSA por 100 mil foram 22,1 (18,6 a 26,3) em 1990 e 17,2 (14,4 a 20,6) em 2019, representando uma variação percentual de -22,2 (-25,1 a -0,2) (Tabela 2-3 e Figura 2 -2). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 15-49 anos, -23,6 (-27,8 a -0,2) (Tabela 2-4). 46

Mortalidade

•No estudo de base populacional sobre AVC conduzido em Matão, conhecido como MAPS, entre 2003-2004 e 2015-2016, a mortalidade aumentou em 50% (IRR 0,50; IC 95%, 0,31–0,94). A taxa de letalidade de 1 ano foi 26%. Aproximadamente 56% dos pacientes foram funcionalmente independentes, enquanto 7% tiveram um AVC recorrente. 53 Comparando com os resultados do primeiro estudo do registro de AVC de Matão, 54 não houve diferença significativa entre essas taxas.

•Um estudo avaliou a associação entre mortalidade por doenças cerebrovasculares, o índice de desenvolvimento humano municipal e a extensão da cobertura da saúde suplementar nas unidades federativas brasileiras entre 2004 e 2013. Os resultados mostraram que a porcentagem de cobertura da saúde suplementar no Brasil aumentou naquele período e apresentou uma relação inversa com mortalidade. Além disso, o coeficiente de correlação entre o índice de desenvolvimento humano municipal e as taxas de mortalidade ponderadas por causas mal definidas e padronizadas por idade mostrou associação inversa. Portanto, tanto o índice de desenvolvimento humano municipal quanto a cobertura de saúde foram associados com redução de mortalidade. 37

•Dados do Grupo GBD Brasil mostraram taxas de mortalidade por AVC padronizadas por idade por 100 mil de 137,8 (127,8 a 144) em 1990 e 58,1 (52,6 a 61,8) em 2019, representando variação percentual de -57,8 (-60,4 a -0,6) (Tabela 2-5 e Figura 2 -3). A maior variação percentual ocorreu em Goiás, -65,9 (-71,8 a -0,6), e a menor, no Maranhão, -22,7 (-37,2 a 0) (Tabela 2-5). Para os adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -61 (-63,6 a -0,6) (Tabela 2-6). 46

•As taxas de mortalidade por AVCI padronizadas por idade por 100 mil foram 80 (72,5 a 84,3) em 1990 e 33,9 (29,7 a 36,6) em 2019, representando uma variação percentual de -57,6 (-60,9 a -0,5) (Tabela 2-5 e Figura 2 -3). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 15-49 anos, -66,1 (-70,5 a -0,6) (Tabela 2-6). 46

•As taxas de mortalidade por HIC padronizadas por idade por 100 mil foram 49,8 (47,1 a 52,2) em 1990 e 18,6 (17,3 a 19,8) em 2019, representando uma variação percentual de -62,6 (-65,3 a -0,6) (Tabela 2-5 e Figura 2 -3). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -63,1 (-65,7 a -0,6) (Tabela 2-6). 46

•As taxas de mortalidade por HSA padronizadas por idade por 100 mil foram 8 (7,3 a 8,4) em 1990 e 5,5 (5 a 5,9) em 2019, representando uma variação percentual de -30,3 (-36,2 a -0,2) (Tabela 2-6 e Figura 2 -3). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 15-49 anos, -40,8 (-46 a -0,3) (Tabela 2-6). 46

Tendências Temporais

•As estimativas do GBD 2015 usadas para analisar a magnitude e as tendências das taxas de mortalidade e DALYs por doença cerebrovascular (CID-10: I60-I69) nas 27 unidades federativas do Brasil entre 1990 e 2015 mostraram que, a despeito do aumento no número absoluto de mortes por doença cerebrovascular, a proporção de mortes antes dos 70 anos de idade foi reduzida à metade entre 1990 e 2015. Nesse período, o risco de morte atribuível a AVC decresceu tanto para homens (-2,41% por ano) quanto para mulheres (-2,51% por ano). No entanto, a redução anual nas taxas de mortalidade ajustadas para idade, para ambos os sexos, desacelerou entre 2005 e 2015 quando comparada à do período de 1990-2005. Estados com SDI no tercil inferior apresentaram reduções anuais menos significativas para homens e mulheres (-1,23% e -1,84%, respectivamente) quando comparados àqueles com SDI no tercil médio (-1,94 e -2,22%, respectivamente) e àqueles com SDI no tercil superior (-2,85 e -2,82%, respectivamente). Além disso, houve diminuição nos YLDs nos estados, mas de maneira menos expressiva. 55

•Um estudo sobre as tendências de mortalidade por AVC ajustados por idade em adultos (30-69 anos) de regiões brasileiras entre 1996 e 2011 avaliou a influência dos métodos usados para corrigir as taxas de mortalidade nas estimativas finais.

As correções foram implementadas pela realocação de mortes com sexo ou idade não registrados, redistribuição de códigos de lixo e redistribuição de causas mal definidas de mortes, e alterou as taxas de mortalidade por AVC ajustadas por idade observadas significativamente em 1996 e 2011, pré e pós correção, respectivamente: 1) para homens: em 1996, 82,9 e 113,6; e, em 2011, 49,6 e 60,9; e 2) para mulheres: em 1996, 58,2 e 84,4; e, em 2011, 34,7 e 42.3.12. 56

•Um estudo avaliando diferenças regionais na transição de mortalidade e utilizando dados do SIM de 1990 a 2012 mostrou uma variação de -48,05% no coeficiente de mortalidade por AVC. A maioria das regiões apresentou redução nas taxas de mortalidade padronizadas por idade: -62% no Sudeste; -55,5% no Sul; -26,91% no Centro-Oeste; e -20,8% no Norte. Apenas no Nordeste ocorreu aumento (13,77%). 57

•Na cidade de São Paulo, de 1996 a 2011, 77.848 óbitos por AVC foram confirmados, 51,4% dos quais entre indivíduos de 35-74 anos de idade. Naquele período, taxas de mortalidade ajustadas por idade por doenças cerebrovasculares diminuíram 46,6% nos homens e 47,8% nas mulheres. Para os homens nas áreas de maior renda, a tendência decrescente foi constante; na área de renda média, houve um declínio marcado de 1996 a 2000, seguido por um de menor velocidade entre 2000 e 2011. Nas áreas de renda mais baixa, a variação percentual anual foi maior entre 1996 e 2002, com discreto declínio entre 2002 e 2011. Para as mulheres nas áreas de alta renda, houve um declínio marcado de 1996 a 2003, que foi menor na segunda metade do período; nas áreas de renda baixa e média, o declínio foi constante em todos os períodos. Para o período total, ambos os sexos e grupo etário de 35-74 anos, a diminuição nas taxas ajustadas por idade foi mais pronunciada entre os residentes da área de maior renda em comparação àqueles da área de menor renda. Esse mesmo padrão, mas com diferente magnitude de declínio, foi observado nos indivíduos com idade ≥75 anos em todas as áreas ao se comparar aos outros grupos etários, para os dois sexos. Além disso, a evolução temporal das razões entre as taxas ajustadas por idade de indivíduos de 35-74 anos vivendo em áreas de renda baixa e alta foi: para homens, de 1996 a 1998, a razão das taxas foi 2,03 e, de 2009 a 2011, 2,34. Para as mulheres, de 1996 a 1998, a razão das taxas foi 2,09 e, de 2009 a 2011, 2,58. A tendência das razões entre as taxas ajustadas por idade dessas áreas mostrou um crescimento da variação percentual anual de 1,4 (0,5 - 2,4) para os homens e de 1,1 (0,1 - 2,0) para as mulheres. 58

Carga Global das Doenças Cerebrovasculares

YLL

•Dados do Grupo GBD Brasil mostraram que as taxas de YLL por AVC padronizadas por idade por 100 mil foram 2.778,6 (2.659,5 a 2.879,2) em 1990 e 1.098,7 (1.025,8 a 1.153,7) em 2019, representando uma variação percentual de -60,5 (-62,7 a -0,6) (Tabela 2-7). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -61,7 (-64,3 a -0,6) (Tabela 2-8). 46

•As taxas de YLL por AVCI padronizadas por idade por 100 mil foram 1.211,1 (1.133,8 a 1.268,9) em 1990 e 479,7 (435,1 a 510,8) em 2019, representando uma variação percentual de -60,4 (-63,5 a -0,6) (Tabelas 2-7 e 2-8). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 15-49 anos, -66,6 (-71,1 a -0,6) (Tabela 2-8). 46

•As taxas de YLL por HIC padronizadas por idade por 100 mil foram 1.283,5 (1.227,7 a 1.351) em 1990 e 449,2 (423,3 a 472,5) em 2019, representando uma variação percentual de -65 (-67,6 a -0,6) (Tabelas 2-7 e 2-8). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -63,9 (-66,5 a -0,6) (Tabela 2-8). 46

•As taxas de YLL por HSA padronizadas por idade por 100 mil foram 284 (253,8 a 297,2) em 1990 e 169,8 (158,3 a 180,8) em 2019, representando uma variação percentual de -40,2 (-44,9 a -0,3) (Tabela 2-7 e 2-8). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 15-49 anos, -42,8 (-47,7 a -0,3) (Tabela 2-8). 46

YLD

•Dados do Grupo GBD Brasil mostraram que as taxas de YLD por AVC padronizadas por idade por 100 mil foram 180,4 (133,2 a 228,8) em 1990 e 120,9 (88,7 a 152,6) em 2019, representando uma variação percentual de -33 (-34,8 a -0,3) (Tabelas 2-9 e 2-10). A maior variação percentual ocorreu em Rondônia, -39,5 (-43,8 a -0,4), e a menor, no Amapá, -23 (-27,3 a -0,2) (Tabela 2-9). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -38,7 (-40,9 a -0,4) (Tabela 2-10). 46

•As taxas de YLD por AVCI padronizadas por idade por 100 mil foram 122,2 (88 a 156,8) em 1990 e 81,2 (58,3 a 104) em 2019, representando uma variação percentual de -33,5 (-35,9 a -0,3) (Tabelas 2-9 e 2-10). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -39 (-42,1 a -0,4) (Tabela 2-10). 46

•As taxas de YLD por HIC padronizadas por idade por 100 mil foram 44,3 (32,3 a 56,6) em 1990 e 28,5 (20,7 a 36,9) em 2019, representando uma variação percentual de -35,7 (-38,8 a -0,3) (Tabelas 2-9 e 2-10). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -43,8 (-47,2 a -0,4) (Tabela 2-10). 46

•As taxas de YLD por HSA padronizadas por idade por 100 mil foram 13,9 (9,7 a 18,6) em 1990 e 11,2 (7,9 a 15) em 2019, representando uma variação percentual de -19,5 (-23,7 a -0,2) (Tabelas 2-9 e 2-10). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -19,9 (-26,1 a -0,1) (Tabela 2-10). 46

DALY

•Dados do Grupo GBD Brasil mostraram que as taxas de DALYs por AVC padronizadas por idade por 100 mil foram 2.959 (2.829,6 a 3.063) em 1990 e 1.219,6 (1.142 a 1.285,5) em 2019, representando uma variação percentual de -58,8 (-61 a -0,6) (Tabelas 2-11 e 2-12). A maior variação percentual ocorreu em Santa Catarina, -67,8 (-71,1 a -0,6), e a menor, no Maranhão, -31,7 (-45,2 a -0,1) (Tabela 2-11). Para os adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -60,3 (-62,8 a -0,6) (Tabela 2-12). 46

•As taxas de DALYs por AVCI padronizadas por idade por 100 mil foram 1.333,3 (1.244,5 a 1.403,6) em 1990 e 561 (510,4 a 599,8) em 2019, representando uma variação percentual de -57,9 (-61 a -0,6) (Tabelas 2-11 e 2-12). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -63,5 (-66,5 a -0,6) (Tabela 2-12). 46

•As taxas de DALYs por HIC padronizadas por idade por 100 mil foram 1.327,8 (1.274 a 1.397,3) em 1990 e 477,6 (450,9 a 503,8) em 2019, representando uma variação percentual de -64 (-66,6 a -0,6) (Tabelas 2-11 e 2-12). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 50-69 anos, -63,3 (-65,9 a -0,6) (Tabela 2-12). 46

•As taxas de DALYs por HSA padronizadas por idade por 100 mil foram 297,9 (267,5 a 312,7) em 1990 e 181 (169,4 a 192,8) em 2019, representando uma variação percentual de -39,2 (-43,8 a -0,3) (Tabelas 2-11 e 2-12). Para adultos, a maior variação percentual foi observada no grupo etário de 15-49 anos, -41,5 (-46,4 a -0,3) (Tabela 2-12). 46

Utilização da Atenção à Saúde

Admissões Hospitalares

•Em uma análise de série temporal, Katz et al . avaliaram a relação entre taxa de desemprego relacionada a AVC e internação hospitalar no Brasil em um período recente de 11 anos. Dados sobre hospitalizações mensais por AVC de março de 2002 a dezembro de 2013 foram extraídos da base de dados do Sistema Público de Saúde Brasileiro, revelando 1.581.675 internações por AVC no período. A taxa de desemprego diminuiu de 12,9% em 2002 para 4,3% em 2013, enquanto as internações por AVC aumentaram. Entretanto, o modelo ajustado não mostrou associação positiva entre taxa de desemprego e internação por AVC (coeficiente estimado = 2,40 ± 4,34; p=0,58). 59

•Utilizando dados do SIH, do SIM e do IBGE, Adami et al . analisaram taxas de mortalidade e incidência de hospitalizações relacionadas a AVC em brasileiros de 15-49 anos, por região e grupo etário, entre 2008 e 2012. Definiu-se AVC de acordo com a CID-10 (I60-I64). Mortalidade bruta e padronizada (OMS) e incidência de hospitalizações por 100 mil habitantes, estratificadas por região e grupo etário, foram estimadas. Os autores relataram 131.344 internações por AVC em brasileiros de 15-49 anos entre 2008 e 2012. No mesmo período, a taxa de hospitalizações estabilizou: 24,67 (IC 95%, 24,66 - 24,67) em 2008 e 25,11 (IC 95%, 25,10 - 25,11) em 2012 (β = 0,09, p = 0,692, r2 = 0,05). 60

•Dantas et al . realizaram um estudo para avaliar hospitalizações no sistema público brasileiro relacionadas a AVC de 2009 a 2016. Os autores selecionaram registros de hospitalização de acordo com os códigos de diagnóstico de AVC da CID-10. De 2009 a 2016, o número de internações subiu de 131.122 para 146.950, tendo o número absoluto de mortes hospitalares aumentado de 28.731 para 31.937. Idade mais jovem e sexo masculino mostraram associação significativa com a sobrevida do paciente. As taxas anuais de hospitalização e de mortalidade hospitalar ajustadas por idade caíram 11,8% e 12,6%, respectivamente, mas a taxa de letalidade aumentou para pacientes acima de 70 anos. 61

•Em estudo retrospectivo utilizando dados da base de dados do Sistema Público de Saúde Brasileiro e avaliando as seis principais causas de hospitalização de idosos de 2005 a 2015, AVC foi a terceira causa em 2015 para os dois gêneros e o grupo etário de 60-79 anos, com uma variação de -2,6. 62

Indicadores de Atenção à Saúde e de Qualidade

•Uma análise da tendência de expansão da cobertura do PSF e internação por condições sensíveis à atenção primária no Rio de Janeiro entre 1998 e 2015 mostrou uma queda de 7,6% nas hospitalizações por doenças cerebrovasculares. 63

•Um estudo avaliando fatores sociodemográficos relacionados à falta de assistência hospitalar nas mortes por doença cerebrovascular no estado de São Paulo nos períodos de 1996-1998 e 2013-2015 mostrou que, dos 127.319 indivíduos que morreram por AVC naqueles períodos, 19.362 (15,2%) não receberam assistência hospitalar. No segundo período, maior risco de morte sem assistência foi identificado em indivíduos de cor amarela (RR = 1,48; IC 95%, 1,25-1,77) e menor risco naqueles de cor preta (RR = 0,86; IC 95%, 0,76-0,95), casados (RR = 0,70; IC 95%, 0,64-0,75) e residentes na cidade de São Paulo (RR = 0,92; IC 95%, 0,86-0,98). 64

•Um estudo de base hospitalar, avaliando 2.407 pacientes consecutivos (idade média, 67,7 ± 14,4 anos; 51,8% mulheres) admitidos em 19 hospitais de Fortaleza, mostrou que AVCI foi o subtipo mais frequente (72,9%), sendo seguido por hemorragia intraparenquimatosa (15,2%), HSA (6,0%), AIT (3%) e AVC indeterminado (2,9%). O tempo médio entre o aparecimento dos sintomas e a internação foi de 12,9 (3,8 - 32,5) horas. Hipertensão foi o fator de risco mais comum. Apenas 1,1% dos pacientes com AVCI receberam trombólise. O tempo médio entre a internação e a obtenção de neuroimagem foi de 3,4 (1,2 - 26,5) horas. 65

•Um estudo analisou os fatores que influenciam as tendências temporais dos indicadores de qualidade para manejo de AVCI em hospital terciário, certificado pela Joint Commission International como centro primário para AVC. Para tal, 551 pacientes com AVCI, que receberam alta de janeiro de 2009 a dezembro de 2013, foram avaliados. A mediana da idade foi 77,0 anos (intervalo interquartil, 64,0-84,0), sendo 58,4% homens. Dez indicadores de desempenho predefinidos, selecionados do programa Get With the Guidelines-Stroke , foram avaliados. Os indicadores de qualidade que melhoraram com o tempo foram o uso de terapia hipolipemiante (P = 0,02) e a orientação sobre AVC (P = 0,04). A mediana do desfecho composto cuidado ideal não melhorou consistentemente no período (P = 0,13). Após ajuste multivariável, apenas tratamento trombolítico (OR 2,06; P < 0,01), dislipidemia (OR 2,03; P < 0,01) e alta em ano de visita da Joint Commission International (OR 1.8, P < 0.01) (OR 1,8; P < 0,01) permaneceram como preditores de um índice de cuidado ideal igual ou superior a 85%. Os indicadores de qualidade com pior desempenho (anticoagulação para fibrilação atrial e redução de colesterol) foram semelhantes nos hospitais comunitários terciários e secundários. A medida geral de cuidado ideal não melhorou e foi influenciada por: receber alta em ano de visita da Joint Commission International , ter dislipidemia e ter recebido tratamento trombolítico. 66

•Outro estudo avaliou indicadores-chave de desempenho do Ministério da Saúde para unidades de AVC de dois centros de Curitiba e Botucatu, incluindo a porcentagem de pacientes admitidos nessas unidades, profilaxia de tromboembolismo venoso nas primeiras 48 horas de internação, pneumonia e mortalidade hospitalar por AVC e alta hospitalar em uso de antitrombóticos para pacientes sem mecanismo cardioembólico. O estudo mostrou que os dois centros internaram mais de 80% dos pacientes em suas unidades para AVC. A incidência de profilaxia de tromboembolismo venoso foi superior a 85% e a de pneumonia hospitalar foi inferior a 13%. A taxa de mortalidade hospitalar por AVC foi inferior a 15% e a de alta hospitalar em uso de antitrombóticos foi superior a 70%. 67

•Um estudo avaliou as taxas de mortalidade antes e depois da implementação de uma unidade cardiovascular dedicada a AVC no setor de emergência de um hospital público terciário em Porto Alegre. No período anterior à implementação da unidade vascular (2002 a 2005), foram incluídos 4.164 pacientes e, no período posterior à implementação (2007 a 2010), foram incluídos 6.280 pacientes. A taxa de letalidade geral por condições vasculares agudas diminuiu de 9% para 7,3% com a implementação (p = 0,002). As taxas de mortalidade hospitalar por síndrome coronariana aguda e por embolia pulmonar aguda caíram de 6% para 3,8% (p = 0,003) e de 32,1% para 10,8% (p < 0,001), respectivamente. Entretanto, a taxa de letalidade por AVC não diminuiu a despeito das melhorias nos indicadores de qualidade do cuidado para AVC. 68

•Um ensaio clínico randomizado por cluster avaliou o efeito de uma intervenção multifacetada de melhoria da qualidade referente à adesão às terapias baseadas em evidência para o cuidado de pacientes com AVCI agudo e AIT (incluindo manejo de caso, lembretes, roadmap e checklist para o plano terapêutico, materiais educativos, auditorias periódicas e relatórios de feedback para cada cluster da intervenção).

O estudo avaliou 1.624 pacientes de 36 hospitais, cobrindo todas as regiões brasileiras. O desfecho primário foi um desfecho composto de adesão ao escore para AVCI agudo e às medidas de desempenho para AIT, e os desfechos secundários incluíram um desfecho composto ‘tudo-ou-nada’ de adesão às medidas de desempenho. A idade média geral dos pacientes arrolados no estudo foi 69,4 ± 13,5 anos, e 913 (56,2%) eram homens. As médias do desfecho composto de adesão ao escore e às 10 medidas de desempenho dos hospitais do grupo ‘intervenção’ e do grupo controle foram 85,3% ± 20,1% e 77,8% ± 18,4%, respectivamente, com diferença média de 4,2% (IC 95%, -3,8% a 12,2%). Como desfecho secundário, 402 de 817 pacientes (49,2%) dos hospitais do grupo ‘intervenção’ receberam todas as terapias para as quais eram elegíveis, enquanto, nos do grupo controle, 203 de 807 (25,2%) receberam aquelas terapias (OR, 2,59; IC 95%, 1,22 - 5,53; P = 0,01). A intervenção não resultou em significativo aumento de adesão às terapias baseadas em evidência em pacientes com AVCI agudo ou AIT. Entretanto, ao usar a abordagem ‘tudo-ou-nada’, a intervenção resultou em melhoria da adesão às terapias baseadas em evidência e melhores taxas de trombólise. 69

Genética/História Familiar

Incapacidade

•Benseñor et al . analisaram um inquérito epidemiológico de base domiciliar (PNS - 2013), com uma amostra representativa nacional, para avaliar o número absoluto e as taxas de prevalência de AVC e de incapacidade por AVC. Foram estimados 2.231.000 indivíduos com AVC e 568.000 com incapacidade grave por AVC. As estimativas de prevalências pontuais de AVC foram 1,6% e 1,4% para homens e mulheres, respectivamente. A prevalência de incapacidade por AVC foi 29,5% para homens e 21,5% para mulheres. As taxas de prevalência de AVC aumentaram com a idade, o baixo nível educacional e nos residentes de áreas urbanas, mas não apresentaram diferença de acordo com a cor da pele autodeclarada. O grau de incapacidade por AVC não diferiu estatisticamente de acordo com sexo, raça, nível educacional ou local de residência. 50

•Em estudo subsequente baseado na PNS - 2013, o acesso a reabilitação foi deficiente: apenas 0,27% dos indivíduos foram submetidos a fisioterapia para AVC e 0,12% realizaram algum tipo de tratamento de reabilitação, o que compromete o status funcional do usuário. 70

•Carvalho-Pinto et al ., conduzindo estudo observacional retrospectivo, coletaram dados dos prontuários médicos e de visitas domiciliares após AVC de pacientes seguidos em uma unidade de atenção primária em Belo Horizonte, entre maio de 2013 e maio de 2014. Os dados incluíram condição de saúde, assistência recebida após AVC, fatores pessoais e ambientais, funcionalidade e incapacidade organizados de acordo com a estrutura conceitual da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. A maioria dos participantes apresentou boa percepção da própria habilidade manual (2,39 ± 2,29 logits) e limitada habilidade para caminhar (88%), sendo capaz de melhorar a velocidade da marcha natural, apresentou mudança de equilíbrio (51,43%) e mobilidade funcional (54,16%) com risco de queda, e teve percepção negativa da própria qualidade de vida (escore médio de 164,21 ± 35,16 pontos na SSQOL-Brasil). 71

Custo

•Um estudo de custo-efetividade avaliando os trombolíticos no Brasil relatou que, para homens e em 1 ano, o custo do tratamento com rt-PA foi maior do que o custo do tratamento conservador. Esse resultado deve-se principalmente ao custo da medicação. Parte desse custo adicional é compensado pelo menor custo da reabilitação e menor perda de produtividade nos primeiros 2 anos, pois os pacientes tratados com rt-PA apresentaram menos sequelas do que aqueles que receberam tratamento conservador. Depois do segundo ano que se segue a um AVC, para os dois sexos, o tratamento com rt-PA (alteplase), considerando-se os custos diretos e indiretos, começou a ter menor custo em comparação ao conservador. Daí para a frente, o custo adicional da medicação começa a ser mais do que compensado pela menor perda de produtividade e menores custos com seguridade social e reabilitação do paciente. 72

Genética/História Familiar

•Distúrbios mitocondriais, como síndrome MELAS, podem ser responsáveis por até um terço dos AVC criptogênicos em pacientes jovens. Episódios stroke-like podem ocorrer em pacientes de qualquer idade com síndrome MELAS e em cerca de 50% daqueles com mutação A3243G do DNA mitocondrial. Essa mutação foi relatada em aproximadamente 80% dos casos de MELAS. Outras mutações do DNA mitocondrial, como T3271C, foram descritas. Em um estudo conduzido por Conforto et al. , as duas mutações foram avaliadas em três grupos de pacientes com idade inferior a 46 anos (grupo 1: 15 pacientes com AVC criptogênico; grupo 2: 3 pacientes com diagnóstico de síndrome MELAS, incluindo episódios stroke-like ; grupo 3: 20 indivíduos saudáveis).

A mutação A3243G estava ausente em todos os indivíduos dos grupos 1 e 3, mas presente em todos do grupo 2. Esses resultados, portanto, não corroboram o rastreio dessas mutações para o diagnóstico de formas oligossintomáticas de MELAS em casos de AVC criptogênico na ausência de outras características da síndrome. 73

Prevenção

•O Estudo PURE examinou as taxas e preditores do uso de medicação de prevenção secundária baseada em evidência (IECA/BRA, antiagregantes plaquetários, estatinas e betabloqueadores) em pacientes com doenças cardiovasculares, incluindo DAC e AVC, em países da América do Sul, entre os quais o Brasil. O estudo mostrou que um menor número de pacientes com AVC recebeu antiagregantes plaquetários (24,3%), IECA/BRA (37,6%) e estatinas (9,8%) em comparação àqueles com DAC (30,1%, 36,0% e 18,0%, respectivamente). Essa subutilização de terapias em pacientes com AVC variou substancialmente entre os países, tendo a Colômbia o menor uso (sem prescrição de estatinas). Quando pacientes com DAC e AVC foram combinados, a proporção de uso de antiagregantes plaquetários foi mais alta no Chile (38,1%) e mais baixa na Argentina (23,0%). O uso de IECA/BRA e estatinas foi maior no Brasil (46,4% e 26,4%, respectivamente) e menor na Colômbia (26,4% e 1,4%, respectivamente). Entre os participantes com DAC e AVC, o uso foi maior naqueles com maior nível educacional se comparados àqueles sem nenhuma educação, educação primária ou desconhecida [35,6% vs. 23,6%, respectivamente, para antiagregantes plaquetários (p = 0,002); 20,6% vs. 10,9%, respectivamente, para estatinas (p = 0,0007)]. Ex-fumantes com DAC ou AVC tiveram maior probabilidade de receber terapias comprovadas do que fumantes atuais ou aqueles que nunca fumaram [35,2% vs. 26,6% e 27,7%, respectivamente, para antiagregantes plaquetários (p = 0,039); 19,9% vs. 10,6% e 13,0%, respectivamente, para estatinas (p = 0,004)]. Apenas 4,1% dos pacientes receberam todas as 4 terapias (IECA/BRA, antiagregantes plaquetários, estatinas e betabloqueadores), sendo a maior taxa do Brasil (5,5%) e a menor, da Colômbia (0,5%) (p = 0,02). Além disso, observou-se que 30% dos brasileiros com AVC não usam qualquer medicação. 74

•O IMPACT-AF, um estudo randomizado com cluster para melhorar o tratamento com anticoagulantes em pacientes com fibrilação atrial, uma importante causa de AVC, conduzido na Argentina, no Brasil, na China, na Índia e na Romênia, mostrou que dois-terços dos pacientes estavam em uso de anticoagulação oral na linha de base, 83% usavam um antagonista da vitamina K e 15% usavam um NOAC. Pacientes do Brasil mais frequentemente usavam anticoagulação oral na linha de base (91%), enquanto apenas 38% dos pacientes da China o faziam. De todos os pacientes em uso de antagonistas da vitamina K no Brasil, 40,3% apresentavam INR entre 2 e 3 anteriormente à visita de base. 75

Conscientização, Tratamento e Controle

•Vários estudos mostraram alarmante falta de conhecimento sobre os fatores de risco para AVC, seu tratamento e reconhecimento dos seus sintomas como uma emergência médica. Em um estudo de base comunitária, Pontes-Neto et al . entrevistaram indivíduos em locais públicos de quatro importantes cidades no Brasil entre julho de 2004 e dezembro de 2005, usando um questionário estruturado aberto em português, baseado na apresentação de um caso típico de AVC agudo domiciliar. Os autores identificaram 28 termos diferentes em português para denominar AVC. Quanto aos entrevistados, 22% deles não reconheceram qualquer sinal de alarme de AVC. Apenas 34,6% dos entrevistados responderam corretamente quando perguntados sobre o número de telefone de emergência no Brasil (#192). Apenas 51,4% dos entrevistados relataram que chamariam uma ambulância para um familiar com sintomas de AVC. 76

•Falavigna et al . usaram um questionário fechado e autoadministrado para avaliar o conhecimento sobre AVC entre 952 residentes da cidade de Caxias do Sul. Baixa renda e baixo nível educacional foram preditores independentes da incapacidade de reconhecer que o AVC afeta o cérebro. Renda mais baixa e idade < 50 anos foram preditores independentes da falta de conhecimento sobre os fatores de risco para AVC. 77

•Em estudo transversal de base comunitária, Pitton Rissardo et al . aplicaram um inquérito de conhecimento sobre AVC em uma amostra de conveniência composta por 633 passantes de uma praça pública na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, de dezembro de 2015 a outubro de 2016. Dos respondentes, 33% informaram corretamente o significado do acrônimo ‘AVC’, o termo mais recomendado para designar ‘acidente vascular cerebral’ pela Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares. Cerca de 30% dos respondentes localizaram incorretamente o AVC no coração. Apenas 50% dos respondentes identificaram corretamente um sinal de alarme de AVC. Indivíduos de nível educacional mais alto apresentaram maior probabilidade de chamar uma ambulância para um familiar com sintomas de AVC. 78

•Recentemente, tem havido várias iniciativas para promover a conscientização do público sobre AVC no Brasil, em especial através de campanhas anuais por ocasião do Dia Mundial do AVC (29 de outubro), conduzidas pela Organização Mundial do AVC. A despeito desses esforços, apenas 30-40% dos pacientes com AVC são hospitalizados nas primeiras 4 horas após início dos sintomas. 79

Pesquisa Futura

•O portfólio de pesquisa brasileira em neurologia vascular evoluiu muito nos últimos anos, como ilustra a fundação da Rede Brasil AVC. No entanto, ainda há inúmeras oportunidades para melhoria. Os estudos comunitários mais expressivos sobre prevalência e incidência de AVC são provenientes principalmente de duas cidades. Embora representem uma importante realização para a epidemiologia do AVC, avaliação mais abrangente se faz necessária, compreendendo a representação de todas as regiões geográficas brasileiras, das diversas culturas, dos níveis de renda e das etnias.

•Além disso, há limitações para os estudos relacionadas à identificação do AVC usando os códigos da CID. Não é incomum que um código mais amplo seja utilizado na admissão e, por não ser ajustado durante a hospitalização, esse código não representa o verdadeiro subtipo de AVC (e.g., um AVCI pode ser codificado como AVC não específico ou até AIT). Com o advento das tecnologias big data (e.g., mineração de dados textuais), informação clínica adicional proveniente dos registros de admissão ou alta pode ser uma fonte confiável de contrarreferência, confirmando ou corrigindo um certo código.

3. DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA AGUDA E CRÔNICA

CID-9-CM 410 a 414; CID-10 I10 a I25

Ver Tabelas 3-1 até 3-3 e Figuras 3-1 até 3-20

Tabela 3-1. – Número de casos, taxas de prevalência de doença arterial coronariana padronizadas por idade (por 100 mil) em 1990 e 2019, e variação percentual das taxas no período, no Brasil e nas unidades federativas.

Local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
Acre 2744 (2323,2;3238,3) 1698,7 (1440,1;2001,1) 10165 (8757,7;11875,3) 1669,7 (1423,7;1950,1) -1,7(-5,2;1,9)
Alagoas 22487,5 (18952,7;26631,9) 1728,3 (1461,3;2055) 51311,8 (43528,7;60808,3) 1632 (1382,7;1929,3) -5,6(-9;-1,9)
Amapá 1435,5 (1221,4;1689,8) 1490,3 (1263,4;1756) 7640,2 (6545,1;9014,1) 1495,6 (1275,1;1755,7) 0,4(-3,2;4,2)
Amazonas 11671,4 (9935,2;13793,1) 1553,6 (1317,5;1820,5) 44391,2 (38294,2;52043,1) 1568,5 (1347,3;1835,6) 1(-2,5;4,5)
Bahia 108605,1 (92013,7;128033,5) 1657,4 (1405,6;1953,6) 276650,7 (236718;324478,5) 1729,9 (1472,1;2035,1) 4,4(0,4;8,6)
Brasil 1480208,9 (1271844,8;1725493,1) 1727,7 (1482,4;2017,9) 4003895,6 (3449807,8;4672110,4) 1708,7 (1465,5;1994,4) -1,1(-2,6;0,5)
Ceará 63391,6 (54165,9;74916,2) 1587,7 (1354,7;1877,1) 152544,4 (130121,9;178195,9) 1539,8 (1311;1803,3) -3(-6,6;0,3)
Distrito Federal 8632,3 (7371,6;10260,4) 1490 (1278;1748,5) 38394,4 (32946,6;44953,8) 1470,1 (1260,8;1707,5) -1,3(-4,5;1,9)
Espírito Santo 23779,7 (20442,8;28015,9) 1678,2 (1438,7;1965,6) 72337,9 (62145,1;84311,7) 1669,9 (1435,9;1948,4) -0,5(-3,8;3)
Goiás 31650 (26872,3;37325,5) 1580,9 (1340,4;1867,5) 112766,7 (95362,9;132919,9) 1634,4 (1385,1;1919,7) 3,4(-0,3;7)
Maranhão 39708,7 (33413,1;47193,9) 1581,3 (1332,7;1880,6) 100754,5 (85612,3;119041,2) 1549,1 (1312,2;1833) -2(-5,7;1,7)
Mato Grosso 12613,1 (10808,1;14884,5) 1681,9 (1435,6;1982,7) 53895 (46476,4;63120,2) 1662,6 (1429,2;1939,3) -1,1(-4,7;3)
Mato Grosso do Sul 14979,8 (12842,7;17679,7) 1752,6 (1499,2;2061,5) 53091,8 (45889,2;62249,5) 1820,7 (1570,5;2125) 3,9(0,3;7,6)
Minas Gerais 176140,3 (151248,2;205339,7) 1867,1 (1607;2172,4) 496702,3 (431006,5;576498,2) 1878,2 (1630,8;2178,4) 0,6(-2,4;4)
Pará 30506 (25805,7;36277,5) 1499,4 (1265,2;1775,8) 104725,1 (88987,6;123975,2) 1528,7 (1298;1810) 2(-1,6;5,7)
Paraíba 39766,3 (33685,5;46817,8) 1746,8 (1479,4;2053,9) 75707,5 (64303,6;89064,2) 1602,8 (1358,5;1890,4) -8,2(-11,3;-5)
Paraná 82034,4 (70312,4;96269) 1763,5 (1512,1;2066,3) 232096 (199173,2;272919) 1749,9 (1503,9;2050,1) -0,8(-4,1;2,6)
Pernambuco 73242,6 (62254,4;86784,7) 1652,2 (1410,2;1949,7) 165021,6 (141125,5;193595,4) 1660 (1410,8;1940,3) 0,5(-3,1;4,2)
Piauí 22358,8 (18937,4;26398,4) 1636,6 (1394,8;1927,9) 59627,3 (50948,3;69838) 1591,7 (1360,5;1865,5) -2,7(-6,2;1,3)
Rio de Janeiro 158350,6 (135303,3;186081,8) 1709,7 (1466,3;1999,9) 370396,8 (317368,2;433395,5) 1649,7 (1415,8;1922,9) -3,5(-6,7;0)
Rio Grande do Norte 25565,4 (21696,6;30114) 1625,3 (1379,4;1913,1) 61672,6 (52687,4;72269,3) 1603,6 (1369,5;1884,2) -1,3(-5,1;2,2)
Rio Grande do Sul 112630,6 (96716,3;132207,6) 1771,6 (1523;2061) 271808,2 (233542,4;319107,2) 1740,4 (1502,8;2036,2) -1,8(-4,7;1,5)
Rondônia 5685,1 (4817,2;6785,4) 1660,6 (1412;1967,5) 23529,2 (19995,2;27786,7) 1557,3 (1319,6;1833,5) -6,2(-10,2;-2,2)
Roraima 976,7 (827,5;1160,6) 1682,3 (1423,7;1991,1) 5879,7 (5000,2;6970,1) 1583,5 (1344,1;1873,9) -5,9(-9;-2,6)
Santa Catarina 42265,2 (36505,9;49567,5) 1727,3 (1479,7;2012,7) 142261,9 (121996,8;165916,3) 1752,8 (1509,2;2031,4) 1,5(-2;4,9)
São Paulo 349725,3 (301314,8;407755,5) 1818,8 (1563;2117,4) 961471 (831096;1119060,5) 1772,4 (1535,4;2056,1) -2,6(-5,9;0,8)
Sergipe 13056,6 (11064,9;15423,9) 1688,7 (1435;1987,3) 37283,3 (32043,6;43768,5) 1683,7 (1442,6;1980,3) -0,3(-3,7;3,3)
Tocantins 6206,4 (5271,1;7415,6) 1552,9 (1320,7;1839,1) 21769,6 (18644,8;25664,3) 1546,3 (1323,8;1824,2) -0,4(-4;3,1)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 3-3. – Número de DALYs, taxas de DALYs por doença arterial coronariana padronizadas por idade (por 100 mil) por doença arterial coronariana em 1990 e 2019, e variação percentual das taxas no período, no Brasil e nas unidades federativas.

Local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
Acre 3404,1 (3139,6;3645,5) 2093,7 (1937,9;2235,9) 8056 (7281,6;8875,9) 1271,5 (1148,8;1398,9) -39,3(-45,8;-31,6)
Alagoas 35988 (33355,1;38794,7) 2642,2 (2445,9;2836,5) 64183,2 (57031,8;72062,4) 1957,6 (1742,2;2194,8) -25,9(-35,5;-15,1)
Amapá 1872,1 (1729,6;2006,7) 1865,3 (1728,2;1990,5) 6757,6 (6131;7326,5) 1234,7 (1114,1;1343,3) -33,8(-39,7;-27,6)
Amazonas 16169,9 (14743,4;17642,5) 2166,7 (1982,4;2353) 32551,7 (28674,8;36563,6) 1106,3 (973,8;1241,8) -48,9(-55,3;-42)
Bahia 157006,3 (140109,9;174887) 2308,3 (2064,6;2565,5) 248479,4 (212225,9;284940,9) 1523,6 (1300,4;1747,9) -34(-44,6;-20,8)
Brasil 2793361,6 (2696368,8;2875301,9) 3117,1 (2989,1;3214) 3721023,5 (3507748;3892657,2) 1563,3 (1472,1;1636,1) -49,8(-52,2;-47,6)
Ceará 75826 (65771,4;86754,3) 1860,5 (1616,9;2128,9) 155657,8 (131957,2;182735,2) 1556,1 (1322,1;1827,7) -16,4(-31,5;4,2)
Distrito Federal 18350,9 (16471,6;20617,2) 3247,2 (2939,1;3588,9) 28941,1 (25769,2;32405,2) 1147,9 (1017,5;1278,2) -64,6(-69,1;-59,5)
Espírito Santo 39315,3 (37642,8;40842,8) 2723,4 (2595,9;2826,1) 71428,3 (63301,5;80094,9) 1616,2 (1434,6;1806,8) -40,7(-47,6;-33,7)
Goiás 63256,2 (54931,7;74559,1) 2936,4 (2571,5;3439,6) 115723,9 (98226,5;135146,5) 1606,9 (1366,6;1870,7) -45,3(-55,3;-32,9)
Maranhão 81890,1 (68565,6;95781,4) 3036,4 (2553,7;3520,6) 144195,8 (121818,6;171277) 2156,5 (1826,3;2545,6) -29(-42,8;-9,2)
Mato Grosso 24136,6 (21151,7;27140,8) 2916,9 (2600,3;3235,1) 46201,2 (41637,4;51223,9) 1349,3 (1217,7;1495,9) -53,7(-59,4;-45,9)
Mato Grosso do Sul 29159,4 (27471,5;30999,4) 3186,1 (2989,1;3385,4) 48763,9 (43588,8;54656,4) 1625,7 (1454,1;1821,7) -49(-54,8;-42,4)
Minas Gerais 294064,9 (275086,6;318894,3) 3036,3 (2834,2;3277,7) 332544,7 (299215,8;369571) 1250,8 (1124,8;1388,1) -58,8(-63,6;-54,1)
Pará 52443,4 (46628,1;58642,3) 2533,3 (2253,3;2811,5) 100474,6 (89523,2;111319,9) 1396,9 (1245,5;1548,5) -44,9(-52,4;-35,9)
Paraíba 52628,5 (47840,1;57117,1) 2310,8 (2096;2507,7) 82129,3 (72301,8;93181,2) 1736,4 (1528,3;1969,4) -24,9(-35,2;-13,2)
Paraná 161480,7 (156250,5;167183) 3367,8 (3231,3;3489) 200724,6 (177943,7;223894) 1495,3 (1327,8;1670,7) -55,6(-60,4;-50,2)
Pernambuco 135058,1 (128395,1;141504,1) 2984,4 (2825,6;3128,2) 220562,4 (197651;245799) 2163,2 (1936,7;2404,8) -27,5(-35,5;-18,7)
Piauí 33451,5 (30836,8;36206,4) 2409,3 (2204,1;2608,6) 55492,6 (49570,2;61446,8) 1468,9 (1312,9;1626,4) -39(-46,4;-31)
Rio de Janeiro 407746,1 (394302,6;419720,2) 4171,5 (4011,9;4299,1) 427010,3 (384691,2;474730,2) 1899,1 (1712,3;2108,5) -54,5(-58,9;-49,4)
Rio Grande do Norte 34665,5 (31015,3;38186,2) 2189,7 (1958;2411,2) 61578,7 (52237,5;71777,6) 1573 (1335,7;1833,8) -28,2(-39,9;-14,1)
Rio Grande do Sul 218591,9 (209049,2;225505,3) 3319,3 (3158,8;3432,1) 220881,2 (195868,6;245433,1) 1424,1 (1263,9;1583,3) -57,1(-61,7;-52,5)
Rondônia 11257,2 (9744,8;12593,1) 3362,8 (3058,3;3657,7) 24715,8 (21437,5;28409,9) 1558,4 (1359,9;1783,2) -53,7(-60,3;-45,8)
Roraima 1722,5 (1541,1;1885,8) 2850,2 (2648,8;3067) 5071 (4637,9;5541,6) 1319,7 (1203;1436,8) -53,7(-58,3;-48,3)
Santa Catarina 78531,6 (74508,7;82564,6) 3139,7 (2968,8;3300,9) 112745,8 (100343,6;125606,6) 1372,9 (1220,7;1526,7) -56,3(-61;-51,2)
São Paulo 739272,4 (701242,6;775952,1) 3716,7 (3515,9;3898) 848171,4 (760424,2;937315,5) 1552,8 (1387,5;1711,6) -58,2(-62,4;-53,7)
Sergipe 16140,7 (14704,3;17710,1) 2146,4 (1961,4;2348) 33976,8 (29494,2;39095,9) 1483,8 (1289,8;1703,2) -30,9(-40,9;-19,3)
Tocantins 9931,6 (8722,7;11149,1) 2511,8 (2230,3;2811,7) 24004,5 (20790;27711,9) 1649,1 (1433,6;1900) -34,3(-44,4;-22,7)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Fonte: Ministério da Saúde do Brasil – Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). 95

Figura 3-2. -Taxa de prevalência (por 100 mil) de doença arterial coronariana de acordo com sexo e idade no Brasil, 2019. As barras de erro representam intervalos de incerteza 95%.

Figura 3-2

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 3-20. -Valores médios em dólares internacionais (Int$ 2019) reembolsados por admissões hospitalares devidas a intervenção coronária percutânea (ICP) primária, ICP não primária e cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM) no sistema público de saúde do Brasil, 2008-2019.

Figura 3-20

Fonte: Ministério da Saúde do Brasil – Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). 95

Abreviaturas usadas no Capítulo 3.

ACCEPT/SBC Registro Brasileiro da Prática Clínica nas Síndromes Coronarianas Agudas da Sociedade Brasileira de Cardiologia
AAS Ácido Acetilsalicílico
BRACE Registro Brasileiro de Síndromes Coronarianas Agudas (do inglês, Brazilian Registry in Acute Coronary Syndromes )
BRIDGE-ACS Brazilian Intervention to Increase Evidence Usage in Acute Coronary Syndromes
BYPASS Registro Brasileiro de Pacientes Adultos Submetidos a Cirurgia Cardiovascular
CENIC Central Nacional de Intervenções Cardiovasculares
CRVM Cirurgia de Revascularização do Miocárdio
DAC Doença Arterial Coronariana
DALYs Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (do inglês, Disability-Adjusted Life-Years )
DATASUS Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
DCV Doença Cardiovascular
DIC Doença Isquêmica do Coração
ERICO Estudo de Registro de Insuficiência Coronariana
GBD Global Burden of Disease
IAM Infarto Agudo do Miocárdio
IAMCSST Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST
IAMSSST Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST
IC Intervalo de Confiança
ICP Intervenção Coronária Percutânea
II Intervalo de Incerteza
MASS Medicine, Angioplasty, or Surgery Study
OR Odds Ratio
PNS Pesquisa Nacional de Saúde
RBSCA Registro Brasileiro de Síndrome Coronariana Aguda
REPLICCAR-I Registro Paulista de Cirurgia Cardiovascular
RESISST Registro Soteropolitano de Infarto Agudo do Miocárdio com Supra de ST
SCA Síndrome Coronariana Aguda
SCC Síndrome Coronariana Crônica
SDI Índice Sociodemográfico (do inglês, Sociodemographic Index )
SIH Sistema de Informações Hospitalares
SUS Sistema Único de Saúde
VICTIM Via Crucis para o Tratamento do Infarto do Miocárdio
YLDs Anos vividos com incapacidade (do inglês, Years Lived with Disability )
YLLs Anos potenciais de vida perdidos (do inglês, Years of Life Lost )

Figura 3-12. -Taxas de DALYs padronizadas por idade (por 100 mil) por doença arterial coronariana nas regiões brasileiras, 1990-2019.

Figura 3-12

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 3-18. -Valores médios em dólares internacionais (Int$ 2019) reembolsados por admissões hospitalares devidas a síndrome coronariana aguda (SCA), infarto agudo do miocárdio (IAM) e síndrome coronariana crônica (SCC) no sistema público de saúde do Brasil, 2008-2019.

Figura 3-18

Fonte: Ministério da Saúde do Brasil – Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). 95

Panorama e Prevalência

•A DAC, também conhecida como DIC, compreende um espectro de condições clínicas sintomáticas e assintomáticas tipicamente relacionadas à redução do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco. A causa mais comum é a doença aterosclerótica das coronárias, uma condição crônica de apresentação variável, que progride desde uma longa fase assintomática até angina estável, IAM e angina instável. A DAC é uma causa comum de insuficiência cardíaca, com fração de ejeção ventricular esquerda reduzida ou preservada, arritmias ventriculares e morte súbita cardíaca.

•A DAC foi a principal causa de morte no Brasil na última década, para homens e mulheres. Devido ao seu amplo espectro de apresentação clínica, a prevalência, a incidência e a mortalidade da DAC relatadas variam muito, dependendo da população e do contexto da atenção à saúde estudados.

Doença Arterial Coronariana

•De acordo com dados do estudo GBD, no Brasil, o número de portadores de DAC, definidos como indivíduos com IAM prévio, angina estável ou insuficiência cardíaca isquêmica, aumentou de 1,48 milhão em 1990 para mais de 4 milhões em 2019 ( Tabela 3-1 ), e a prevalência bruta de DAC passou de 0,99% para 1,85% no período ( Figura 3-1 ). Essas taxas subiram vertiginosamente com o envelhecimento, sendo de 0,4%, 4,4% e 14,0% entre indivíduos com 15-49 anos, 50-69 anos e a partir dos 70 anos, respectivamente, em 2019. Em todos os grupos etários, a DAC foi mais frequente nos homens do que nas mulheres ( Figura 3-2 ). 46

•A elevação contínua no número de casos de DAC pode ser explicada pelo crescimento e envelhecimento da população, pois a taxa de prevalência padronizada por idade permaneceu estável de 1990 a 2019 (variação percentual: -1%, Tabela 3-1 e Figura 3-1 ). Em 2019, a taxa de prevalência de DAC padronizada por idade foi de 1.709 (II 95%, 1.466-1.994) por 100 mil habitantes na população total ( Tabela 3-1 ), 1.046 (II 95%, 905-1.209) por 100 mil mulheres e 2.534 (II 95%, 2.170-2.975) por 100 mil homens. 46

•Houve uma diferença, entre as regiões brasileiras, na prevalência de DAC padronizada por idade, que foi maior nas regiões Sudeste e Sul (Minas Gerais: 1.878 por 100 mil habitantes; Paraná e Santa Catarina: ~1.750 por 100 mil) e menor na região Norte (Amapá: 1.496 por 100 mil, Tabela 3-1 ). 46

•Na avaliação basal da coorte ELSA-Brasil no período 2008-2010, a prevalência de DAC autorrelatada foi 2,7%. Essa coorte foi composta por mais de 15 mil servidores públicos com idade entre 35 e 74 anos de seis cidades (Salvador, Vitória, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre). A prevalência foi mais alta entre os homens e indivíduos com nível socioeconômico mais baixo. 80

Infarto do Miocárdio

•A prevalência de IAM foi de 4,0% na pesquisa transversal May Measurement Month 2017 envolvendo 7.260 indivíduos de diferentes etnias e regiões do Brasil. Os participantes (56% mulheres; idade média, 51,6±16,1 anos) foram recrutados principalmente em hospitais e clínicas indexadas. 81

Tipos de Síndrome Coronariana Aguda

•O grande registro prospectivo ACCEPT, idealizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, arrolou 4.782 pacientes com SCA em 53 instituições (hospitais públicos, organizações de saúde e serviços privados) das cinco regiões brasileiras. Em sua maioria, os serviços eram terciários e disponibilizavam ICP e cirurgia cardíaca. Os participantes foram incluídos entre 2010 e 2014. As porcentagens de pacientes com angina instável, IAMSSST e IAMCSST foram 30%, 34% e 36%, respectivamente. 82

•O estudo BRACE, um registro epidemiológico observacional transversal de pacientes com SCA, utilizou a metodologia de amostra por conglomerados para selecionar serviços representativos de todos os hospitais com unidades de terapia intensiva ou cardiologia no Brasil. Dos 1.150 pacientes de 72 hospitais incluídos no estudo de 2007 a 2009, 54% apresentavam IAMCSST. Dos outros pacientes com SCA sem elevação do segmento ST, 67% apresentavam IAMSSST e 33%, angina instável. 83 , 84

•No estudo ERICO, uma coorte prospectiva de pacientes com SCA admitidos em hospital universitário na cidade de São Paulo, dos 964 participantes recrutados de 2009 a 2012, o diagnóstico inicial foi angina instável em 33%, IAMSSST em 39% e IAMCSST em 28% deles. 85

•No BRIDGE-ACS, um estudo randomizado por cluster envolvendo 1.150 pacientes com SCA recrutados em hospitais públicos gerais nas principais áreas urbanas brasileiras em 2011, as taxas de diagnóstico de angina instável, IAMSSST e IAMCSST foram 24%, 36% e 40%, respectivamente. 86

Angina Estável

•Inquéritos populacionais regionais conduzidos em 2007, aplicando o questionário de angina de Rose, mostraram prevalência de angina de 12,3% em brasileiros com idade ≥30 anos em Ribeirão Preto e de 8,2% naqueles ≥40 anos na cidade de Pelotas. 87 , 88

•De acordo com a PNS 2013, um inquérito epidemiológico de base domiciliar e com representatividade nacional, as taxas de prevalência geral de angina classe I e de angina classe II foram 7,6% (IC 95%, 7,2%-8,0%) e 4,2% (IC 95%, 3,9%-4,5%), respectivamente. 89

•A angina pectoris autorreferida foi mais prevalente em mulheres do que em homens em todos os estudos descritos.

•É importante ressaltar a ocorrência de maiores taxas de prevalência nos inquéritos prospectivos em comparação às estatísticas nacionais. Avaliações autorreferidas de angina são muito sensíveis, mas não específicas para DAC, pois não requerem exames confirmatórios nem relatórios de saúde. Além disso, considerando-se a natureza assintomática da DAC, a sua verdadeira epidemiologia pode estar sub-representada nas estatísticas nacionais.

Mortalidade

•De acordo com as estimativas do GBD, houve 171.246 mortes atribuídas a DAC no Brasil em 2019 ( Tabela 3-2 ), correspondendo a 12% (11%-13%) do total de mortes no país e a 43% de todas as mortes por DCV. 46

Tabela 3-2. – Número de mortes, taxas de mortalidade por doença arterial coronariana padronizadas por idade (por 100 mil) em 1990 e 2019, e variação percentual das taxas no período, no Brasil e nas unidades federativas.

Local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
Acre 138,6 (128,8;147,8) 113,1 (103,5;121,1) 349,4 (313,2;385,3) 65,3 (57,7;71,8) -42,3(-48;-35,7)
Alagoas 1502,2 (1377,7;1611,1) 128,7 (116,9;138,6) 2785,4 (2455,8;3121,3) 89,1 (78,6;99,8) -30,7(-39,3;-20,4)
Amapá 78,5 (72,4;84,2) 101 (91,1;108,3) 276,2 (247,5;301,5) 59,9 (52,6;65,5) -40,7(-46;-35,6)
Amazonas 695,4 (633,5;755,7) 124,3 (112,2;134,8) 1468,3 (1276,5;1651,5) 55,7 (47,9;62,8) -55,2(-60,4;-49,4)
Bahia 6853,8 (6096,3;7577,2) 113,9 (100,4;125,6) 11441,8 (9797,9;13115,2) 70,2 (60,4;80,3) -38,3(-47,5;-27)
Brasil 117247 (111650,1;121246,9) 157,9 (146,9;164) 171246,3 (156180;180511,2) 74,9 (67,9;79,1) -52,6(-54,9;-50,3)
Ceará 3607,4 (3080,1;4121,2) 94,1 (80;107,2) 7663,8 (6453,5;8924,8) 78 (65,6;90,8) -17,1(-31;1,4)
Distrito Federal 651,4 (589,4;727,4) 189,6 (171,6;207,4) 1273,5 (1126,9;1425,3) 67,3 (58,9;75,3) -64,5(-68,7;-59,7)
Espírito Santo 1673,8 (1588,5;1743,2) 147,3 (136,8;154,5) 3276,1 (2878,7;3654) 79,1 (69,7;88,2) -46,3(-51,9;-40,7)
Goiás 2416,9 (2113,1;2844,4) 149,9 (131,3;174,4) 4936,2 (4136;5760) 75 (62,8;87,1) -50(-58,6;-40,2)
Maranhão 3075,1 (2579,4;3583,6) 131,4 (109,2;152,5) 6670,2 (5691,2;7767,9) 104 (88,9;121) -20,9(-35,2;-0,8)
Mato Grosso 915,1 (813;1018,8) 151,1 (134,5;166) 1963,2 (1759,7;2180,3) 64,5 (57,2;71,8) -57,3(-61,9;-51,2)
Mato Grosso do Sul 1149,3 (1076,6;1218) 165,2 (151,3;175,7) 2165,9 (1920,3;2425,8) 78 (68,8;87,1) -52,8(-57,8;-47,3)
Minas Gerais 12398,7 (11565,9;13348) 161 (147,4;173,3) 15629,4 (13736,3;17428,7) 59,2 (52;66) -63,2(-67,3;-59,4)
Pará 2242 (1988,9;2500,7) 138,7 (122,8;153,4) 4412,1 (3894,1;4912,4) 66,5 (58,4;74) -52,1(-58,1;-45,1)
Paraíba 2460,3 (2223,5;2681,6) 113 (101,3;123,2) 4020,9 (3487,9;4554,8) 81,7 (71,4;92,4) -27,7(-37,2;-17,2)
Paraná 6738 (6451,3;7004,8) 180,6 (168,5;188,5) 9253,8 (8185,6;10317,7) 73,7 (65;82,2) -59,2(-63,4;-54,6)
Pernambuco 5902,4 (5528,3;6218,4) 150,7 (139;159,2) 9852,3 (8776,8;10963,6) 101,7 (90,2;113,1) -32,5(-39,8;-24,8)
Piauí 1420,5 (1287,7;1539,2) 125,4 (111,9;137,3) 2681,6 (2321,6;2993,7) 69,6 (60,6;77,8) -44,5(-51,1;-37,4)
Rio de Janeiro 16553 (15826,5;17095,4) 207 (193,3;215) 19404,4 (17334,6;21411,9) 88,3 (78,9;97,4) -57,3(-61,1;-53,1)
Rio Grande do Norte 1692,1 (1503,1;1855,9) 113,3 (100,1;124,4) 2945,9 (2469,4;3436,9) 74,1 (62,2;86,5) -34,6(-44,6;-23)
Rio Grande do Sul 9356,6 (8842,8;9711,2) 170,1 (157,9;177,7) 10964,6 (9615,9;12195,2) 71,2 (62,4;79,1) -58,2(-62,6;-53,9)
Rondônia 382,6 (340,8;423,2) 192,2 (175,4;207,2) 1071,8 (936,3;1224,9) 76,7 (66,9;87,5) -60,1(-65,5;-54,3)
Roraima 59,8 (54,7;64,9) 156,8 (144,6;167,7) 205,3 (186,3;224,3) 70,6 (63,1;77) -55(-59,2;-50,7)
Santa Catarina 3357,7 (3167,7;3535,1) 167,7 (156;177,4) 5223,5 (4616,9;5823,5) 69,7 (61,4;77,6) -58,4(-62,7;-53,5)
São Paulo 30795 (29080,1;32357,1) 198,6 (183,3;209,7) 38670,9 (34008,3;42716) 74,8 (65,4;82,4) -62,4(-65,9;-58,3)
Sergipe 744,1 (678;812,9) 121,6 (110,4;132,7) 1550,8 (1322,4;1775,1) 71 (60,4;81,2) -41,6(-49,6;-32,6)
Tocantins 386,8 (342,1;434,8) 140,7 (125;156,7) 1088,6 (945,9;1247,1) 80,7 (70,2;92) -42,7(-50,7;-33,9)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A taxa de mortalidade bruta atribuída a DAC foi 79 (II 95%, 72-83) por 100 mil habitantes em 2019. As taxas aumentaram com o envelhecimento: 11 (II 95%, 11-12), 149 (II 95%, 142-156) e 751 (II 95%, 651-807) por 100 mil indivíduos de 15-49 anos, 50-69 anos e a partir dos 70 anos, respectivamente. Em todos os grupos etários, a taxa de mortalidade foi mais alta nos homens do que nas mulheres ( Figura 3-4 ). 46

Figura 3-4. -Taxa de mortalidade (por 100 mil) por doença arterial coronariana de acordo com sexo e idade no Brasil, 2019. As barras de erro representam intervalos de incerteza 95%.

Figura 3-4

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Em 2019, a taxa de mortalidade por DAC e padronizada por idade foi 75 (II 95%, 68-79) por 100 mil habitantes na população total ( Tabela 3-2 ), 58 (II 95%, 51-63) por 100 mil mulheres e 96 (II 95%, 88-101) por 100 mil homens. 46

•Em 2019, a DAC foi a primeira causa de morte no Brasil em todas as suas unidades federativas, exceto no Amazonas e Amapá, onde a DAC foi a segunda mais frequente causa de morte. Além disso, a DAC foi a principal causa de morte tanto em mulheres quanto homens acima de 50 anos e a terceira causa de fatalidade entre homens de 15-49 anos (atrás de violência interpessoal e acidentes nas estradas). 46

•De acordo com o estudo GBD, a taxa de mortalidade por DAC não ajustada aumentou discretamente de ~2005 a 2019, enquanto a taxa padronizada por idade diminuiu continuamente de 1990 a 2019 (variação percentual acumulada: -53%, Tabela 3-2 e Figura 3-5 ). 46

Figura 3-5. -Taxas de mortalidade bruta e padronizada por idade (por 100 mil) por doença arterial coronariana no Brasil, 1990-2019. As áreas sombreadas mostram os intervalos de incerteza 95%.

Figura 3-5

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A redução na taxa de mortalidade de 1990 a 2019 foi menos pronunciada nos indivíduos de 15-49 anos (-34,9%, II 95%, -38,5% a -31,1%) em comparação àqueles de 50-69 anos (-47,8%, II 95%, -50,6% a -45,0%) ou a partir dos 70 anos (-46,5%, II 95%, -50,1% a -43,7%). 46

•Diferenças regionais nas taxas de mortalidade ajustadas por idade e tendências ao longo do tempo foram notadas. Em 1990, as taxas foram mais altas nas regiões Sul e Sudeste e mais baixas nos estados do Norte e Nordeste. De 1990 a 2019, observou-se redução na taxa de mortalidade ajustada por idade em todos os estados, embora menos significativa no Nordeste, tendo a heterogeneidade entre as regiões sido progressivamente atenuada ( Figura 3-6 ). As variações mais discretas ocorreram no Ceará (-17%) e Maranhão (-21%), enquanto as reduções mais pronunciadas foram detectadas no Distrito Federal (-65%), Minas Gerais (-63%) e São Paulo (-62%, Tabela 3-2 ). Observou-se correlação negativa entre a variação na taxa de mortalidade por DAC padronizada por idade por DAC no período e o SDI 2019 ( r 2 0,61, p-valor < 0,01, Figura 3-7 ). 46 , 90 Em 2019, as mais baixas taxas de mortalidade foram observadas no Amazonas (56 por 100 mil) e Minas Gerais (59 por 100 mil), enquanto as mais altas foram registradas no Maranhão (104 por 100 mil) e em Pernambuco (102 por 100 mil, Tabela 3-2 ). 46

Figura 3-6. -Taxas de mortalidade padronizadas por idade (por 100 mil) por doença arterial coronariana nas regiões brasileiras, 1990-2019.

Figura 3-6

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 3-7. -Correlação entre o Índice Sociodemográfico (SDI) de 2019 e a variação percentual nas taxas de mortalidade padronizadas por idade por doença arterial coronariana de 1990 a 2019.

Figura 3-7

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46 , 95

•Em análise temporal de dados do Ministério da Saúde do Brasil, o coeficiente de morte relacionada a DIC permaneceu estável para mulheres nas regiões Norte e Centro-Oeste entre 1981 e 2001, enquanto diminuiu no Sul e Sudeste e aumentou no Nordeste. Para os homens, houve tendência decrescente nos eventos nas regiões Sul e Sudeste. 91

•Análise conduzida a partir de dados do DATASUS, de 1990 a 2009, mostrou uma redução na taxa de mortalidade por DIC ajustada por idade no Brasil, que passou de 195 a 149 por 100 mil homens (variação: -23,4%) e de 120 a 84 por 100 mil mulheres (variação: -29,5%). 92

•A proporção de mortes causadas por DCV permaneceu estável nas últimas décadas, com relatos variando de 26% a 32%, de acordo com o ano. Um estudo ecológico realizado em Porto Alegre, incluindo indivíduos com 45-64 anos, mostrou que a DCV foi responsável por 28,5% de todos os óbitos em 2009. Desses, 40% estavam relacionados a DAC, cuja proporção foi maior entre indivíduos com nível socioeconômico mais baixo (42,7%) do que entre aqueles com nível socioeconômico mais alto (26,3%). 93

•Em um estudo ecológico nacional incluindo indivíduos com 35-64 anos, de 1999 a 2001, a taxa de morte relacionada a DAC foi 84 ± 30 por 100 mil habitantes. A incidência de eventos relacionou-se diretamente à taxa de pobreza e ao menor nível educacional. É importante notar que houve grande variação nos resultados entre as 98 cidades participantes, provavelmente em razão da qualidade dos dados. 94

Mortalidade Relacionada à Síndrome Coronariana Aguda

•De acordo com o SIH/SUS, a taxa de mortalidade hospitalar entre pacientes tratados para SCA no sistema público permaneceu estável de 2008 a 2019 [2,2% (1.404 mortes em 63.913 admissões) e 2,1% (1.449 em 70.013 admissões), respectivamente] ( Figura 3-8 ). Houve modesta correlação negativa entre a taxa de mortalidade hospitalar durante tratamento para SCA em 2019 e o SDI ( r 2 0,27, p-valor = 0,01), com detecção de taxas mais altas nos estados do Nordeste e do Norte ( Figura 3-9 ). 90 , 95

Figura 3-8. -Taxa de mortalidade hospitalar por síndrome coronariana aguda (SCA), infarto agudo do miocárdio (IAM), intervenção coronária percutânea (ICP) e cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM) no sistema público de saúde do Brasil, 2008-2019.

Figura 3-8

Fonte: Ministério da Saúde do Brasil – Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). 95

Figura 3-9. -Correlação entre o Índice Sociodemográfico (SDI) de 2019 e as taxas de mortalidade hospitalar por síndrome coronariana aguda (SCA) no sistema público de saúde do Brasil em 2019.

Figura 3-9

Fonte: Ministério da Saúde do Brasil – Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) 95 e Estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Entre indivíduos admitidos com IAM, a taxa de mortalidade hospitalar diminuiu de 15,9% (7.627 mortes em 48.114 admissões) em 2008 para 12,9% (10.445 mortes em 80.944 admissões) em 2019, uma variação percentual de -19% ( Figura 3-8 ). Observou-se discreta correlação negativa entre a taxa de mortalidade hospitalar durante tratamento de IAM em 2019 e o SDI ( r 2 0,18, p-valor = 0,03, Figura 3-10 ). 90 , 95

Figura 3-10. -Correlação entre o Índice Sociodemográfico (SDI) de 2019 e as taxas de mortalidade hospitalar por infarto agudo do miocárdio (IAM) no sistema público de saúde do Brasil em 2019.

Figura 3-10

Fonte: Ministério da Saúde do Brasil – Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) 95 e Estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Vários registros brasileiros de SCA relataram os desfechos de indivíduos admitidos com SCA. Em geral, a taxa de mortalidade nos registros é mais baixa do que a relatada no SIH/SUS. Vários estudos salientaram as diferenças regionais no tratamento e na mortalidade, assim como os piores desfechos em pacientes tratados no sistema público em comparação aos tratados nos hospitais privados. 8284 , 96

•No registro ACCEPT, entre 2.485 pacientes com SCA recrutados em 47 hospitais brasileiros em 2010/2011, a mortalidade por todas as causas em 30 dias foi 1,8% para angina instável, 3,0% para IAMSSST e 3,4% para IAMCSST. 97

•Em relato subsequente do registro ACCEPT analisando um total de 4.782 pacientes recrutados até 2014, a taxa de eventos cardiovasculares maiores foi 13,6% após 1 ano de seguimento. Os eventos foram mais frequentes entre pacientes do SUS (16,6 por 100 pacientes/ano) do que entre aqueles do sistema privado ou com plano de saúde (9,1 por 100 pacientes/ano). Além disso, observou-se discrepância regional na taxa de mortalidade em 1 ano, que foi maior na região Norte (19,8%; IC 95%, 12,6%-27,0%) e menor na região Nordeste (5,6%; IC 95%, 3,7%-7,5%). 82

•No registro transversal BRACE, a mortalidade hospitalar geral foi 5,2% entre 1.150 pacientes com SCA recrutados de 2007 a 2009 em 72 hospitais representativos de todos os serviços com Cardiologia e unidade de terapia intensiva. 83 , 84

•Entre 2003 e 2008, o Registro RBSCA arrolou 2.693 pacientes, 45% dos quais com IAM. A taxa de mortalidade hospitalar para aqueles com angina instável foi 3,1%, enquanto para aqueles com IAM foi 7,7%, levando a uma mortalidade geral de 5,5%. 98

•Em estudo retrospectivo multicêntrico de 3.745 pacientes admitidos com SCA entre 2010 e 2015, a mortalidade hospitalar por todas as causas foi 3,3%, sendo que 454 (12,2%) pacientes experienciado pelo menos um evento adverso maior (reinfarto, choque, sangramento, acidente vascular cerebral ou morte). 99

•No estudo ERICO, a taxa de mortalidade foi 4,4% aos 30 dias e 12% em 1 ano entre 964 pacientes admitidos com SCA de 2009 a 2012. 85

•Em estudo observacional longitudinal realizado de 2011 a 2014 em hospital de alta complexidade em Belo Horizonte, a mortalidade hospitalar foi 9,1% entre 788 pacientes com IAMCSST e 7,6% entre 341 pacientes com IAMSSST. 100

•Em estudo do Projeto Minas Telecardio 2, conduzido em 2013 e 2014 em seis unidades de emergência da cidade de Montes Claros, Minas Gerais, entre 593 pacientes com SCA, a mortalidade hospitalar foi 9,4%, variando de 4,9% para angina instável a 17% para os casos de IAMCSST. 101

•No registro RESISST, 520 pacientes com IAMCSST foram admitidos em unidades públicas de saúde interconectadas através de uma rede regional de atendimento ao IAM, de janeiro de 2011 a junho de 2013. Apenas 41% dos pacientes receberam terapia de reperfusão e a taxa de mortalidade em 30 dias foi 15,3%. 102

•No registro VICTIM, dados de todo o estado de Sergipe coletados de 2014 a 2017 identificaram 707 casos de IAMCSST com mortalidade hospitalar de 10,9%. A taxa de mortalidade foi significativamente maior para aqueles admitidos em hospitais públicos em comparação aos admitidos nos privados (11,9% versus 5,9%, respectivamente). 96

•Entre 1.263 pacientes com IAMSSST admitidos em um hospital privado da cidade de São Paulo de 2014 a 2018, a taxa de mortalidade hospitalar foi 1,3%. 103

•Entre 1.852 pacientes com IAMCSST admitidos em unidades de pronto-atendimento municipal da cidade de São Paulo de 2010 a 2016 e submetidos a tratamento fármaco-invasivo, a mortalidade hospitalar foi 4,0% entre aqueles com idade inferior a 75 anos e 18,2% entre aqueles com idade ≥75 anos. 104

•As taxas de mortalidade foram relatadas em um registro de 542 pacientes consecutivos admitidos com IAMCSST e submetidos a ICP primária entre março de 2011 e fevereiro de 2017 em hospital universitário terciário de Porto Alegre. Observou-se morte hospitalar em 10,7% durante o período estudado, que permaneceu estável de 2011 a 2016.

A mortalidade de 1 ano foi 16,6%, com tendência decrescente de 2011 a 2016. 105

•Um estudo de série de 21 anos explorou as tendências da mortalidade relacionada a IAM de acordo com sexo, regiões do Brasil e tipo de cidade (capital versus não capital). Os dados de mortalidade foram obtidos do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde brasileiro e os autores utilizaram procedimentos para corrigir as taxas de mortalidade por causas mal definidas, uso de códigos ‘ garbage ’ e subnotificação. De 1996 a 2016, a taxa de mortalidade por IAM padronizada por idade diminuiu 44% no país, com substanciais diferenças regionais (variações percentuais: +5% no Norte, +11% no Nordeste, -35% no Centro-Oeste, -68% no Sudeste e -85% no Sul). Além disso, variações temporais foram mais pronunciadas nas mulheres do que nos homens, e nas capitais do que nas cidades não capitais. A taxa de mortalidade por IAM padronizada por idade corrigida diminuiu 49% e 23% entre as mulheres que viviam nas capitais e em outras municipalidades, respectivamente, de 1996 a 2016. Entre os homens, os respectivos declínios foram 43% e 17%. Importante notar a ocorrência de melhorias na qualidade dos dados (por exemplo, redução da subnotificação) ao longo dos anos; esse fenômeno é mais recente no Norte e Nordeste e nas cidades que não são capitais. 106

Mortalidade Relacionada a Intervenção Coronária Percutânea

•De acordo com o SIH/SUS, a taxa de mortalidade hospitalar entre pacientes submetidos a ICP em hospitais públicos permaneceu estável de 2008 a 2019 [2,4% (1.112 mortes em 46.683 admissões) e 2,7% (2.625 em 96.930), respectivamente], com variação percentual de 14% ( Figura 3-8 ). Em 2019, essas taxas variaram de 2,4% no Sudeste a 3,5% no Nordeste. Entre os pacientes submetidos a ICP primária, a mortalidade hospitalar foi 6,8% (765 mortes em 11.270 procedimentos), variando de 5,9% nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste a 7,3% na região Sudeste. 95

•Em um estudo de coorte realizado de 2009 a 2013 (Registro ICP-BR multicêntrico), avaliando 4.806 pacientes submetidos a ICP (69% com IAM recente) em 8 centros médicos terciários de referência, a taxa de mortalidade hospitalar foi 2,6%. 107

•Outro registro de ICP, que incluiu 1.249 pacientes consecutivos em 2009, encontrou taxa de mortalidade total de 2,3%, variando de 0,2% para angina estável a 6,1% para IAMCSST. 108

•Em outro estudo avaliando ICP em hospitais públicos, 166.514 procedimentos foram realizados em 180 hospitais de 2005 a 2008. A mortalidade hospitalar média foi 2,3%, variando de 0% a 11,4%. Essa taxa foi mais baixa na região Sudeste (2,0%) e mais alta na região Norte (3,6%). A taxa de mortalidade hospitalar foi 2,3% nos hospitais de alto volume, responsáveis por 101.218 (60,8%) ICP, tendo sido 2,3% nos hospitais de médio volume e 2,5% nos de baixo volume.

A taxa de mortalidade foi maior entre mulheres e nos pacientes acima de 65 anos. 109

•A maioria dos relatos é proveniente de instituições públicas, sendo os dados dos hospitais privados limitados. Uma análise de 440 procedimentos realizados entre 2013 e 2014 em um hospital público e outro privado na cidade do Rio de Janeiro mostrou baixa mortalidade (0,5%), com taxas semelhantes nas duas instituições. 110

•Diferenças na mortalidade hospitalar após ICP de acordo com o acesso femoral ou radial foram retrospectivamente analisadas em 158.363 pacientes arrolados no Registro CENIC entre 2006 e 2016 (52% com DAC estável). A utilização do acesso radial aumentou progressivamente de 12% em 2006 para 50% em 2016, tendo sido associada com mortalidade hospitalar mais baixa em comparação à utilização do acesso femoral em uma análise com correspondência por escore de propensão (0,4% versus 0,7%; OR, 0,59; IC 95%, 0,47-0,74; p < 0,001; n = 54.242 pacientes). 111

•Em 847 pacientes com idade superior a 90 anos, submetidos a ICP (68% com SCA) e incluídos no Registro CENIC entre 2006 e 2016, a taxa de mortalidade hospitalar foi 4,8%. 112

•Há escassez de dados sobre as taxas de sobrevida de longo prazo de pacientes submetidos a ICP. Em uma análise de procedimentos realizados no estado do Rio de Janeiro entre 1999 e 2000 em todos os hospitais públicos incluindo 19.263 indivíduos, a sobrevida de 1 ano foi 93% e a de 15 anos foi 57%. Nesse estudo, mulheres, em comparação a homens, apresentaram maior taxa de sobrevida em 15 anos após ICP. 113

Mortalidade Relacionada à Cirurgia de Revascularização do Miocárdio

•De acordo com o SIH/SUS, a taxa de mortalidade hospitalar entre pacientes submetidos a CRVM em instituições públicas foi 7,0% (1.566 mortes em 22.537 procedimentos) em 2008 e 6,1% (1.432 em 23.488 admissões) em 2019, uma variação percentual de -12% ( Figura 3-8 ). Em 2019, a taxa mais baixa foi observada na região Nordeste (4,4%), enquanto a mais alta foi registrada na região Centro-Oeste (10,0%). 95

•O registro BYPASS é um banco de dados em andamento estabelecido em 2015 pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, envolvendo 17 instituições representativas de todas as regiões brasileiras. Entre 2.292 pacientes arrolados até novembro de 2018 e submetidos a CRVM isolada ou combinada, a taxa de mortalidade hospitalar foi 2,8%, tendo 5,3% deles permanecido em ventilação mecânica por mais de 24 horas e 1,2% deles apresentado acidente vascular cerebral durante a hospitalização. 114 , 115

•O MASS II foi um ensaio clínico randomizado unicêntrico, desenhado para comparar os efeitos de longo prazo de terapia medicamentosa, angioplastia ou estratégias cirúrgicas para tratar DAC multivascular com angina estável e função ventricular preservada, conduzido antes de 2007. As taxas de mortalidade hospitalar para ICP e CRVM foram 2,4% e 2,5%, respectivamente. 116 As taxas de sobrevida de 10 anos não diferiram significativamente entre os grupos: 75% para CRVM, 75% para ICP e 69% para terapia medicamentosa (p=0,089). 117 Em outro ensaio do mesmo grupo, MASS III, taxas de sobrevida de 10 anos similares foram descritas. 118

•No registro REPLICCAR-I, 2.961 pacientes foram submetidos a CRVM isolada em dez hospitais entre 2013 e 2016. A taxa de mortalidade por todas as causas foi 3,4% em 30 dias e 5,3% em seguimento de 4 anos. 119

•Várias outras experiências unicêntricas, com análise tanto retrospectiva quanto prospectiva, descreveram mortalidade de curto prazo para pacientes submetidos a CRVM variando de 1,9% a 11,7%. 120–123

Carga de Doença

•O GBD 2019 estimou taxa de 1.563 (II 95%, 1.472-1.636) DALYs por DAC por 100 mil indivíduos ( Tabela 3-3 ). Essa taxa de DALYs correspondeu a 5,7% (II 95%, 5,1%-6,3%) de todos os DALYs, sendo a DAC a segunda causa mais comum de DALYs no Brasil entre mulheres (após distúrbios neonatais) e homens (após violência interpessoal) em 2019. 46

•De 1990 a 2019, o número total de DALYs atribuídos a DAC aumentou continuamente, a taxa bruta de DALYs por 100 mil permaneceu estável e a taxa de DALYs padronizada por idade por 100 mil diminuiu gradualmente 50% ( Tabela 3-3 , Figura 3-11 ). 46

Figura 3-11. -Taxas de DALYs bruta e padronizada por idade (por 100 mil) por doença arterial coronariana no Brasil, 1990-2019. As áreas sombreadas mostram os intervalos de incerteza 95%.

Figura 3-11

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Ao se considerar as regiões brasileiras, a tendência das taxas de DALYs padronizadas por idade de 1990 a 2019 se assemelha à das taxas de mortalidade. Em 1990, as mais altas taxas foram observadas no Sul e Sudeste, enquanto as mais baixas, no Norte e Nordeste. Reduções na taxa de DALYs ajustada para idade de 1990 a 2019 foram observadas em todos os estados, com variações de menor magnitude nas regiões Norte e Nordeste, de modo que a heterogeneidade entre as regiões diminuiu ( Figura 3-12 ). Os estados com as menores quedas foram Ceará (-16%), Paraíba (-25%) e Alagoas (-26%, Tabela 3-3 ). Houve correlação negativa entre a variação na taxa de DALYs padronizada por idade por DAC no período e o SDI ( r 2 0,59, p-valor < 0,01, Figura 3-13 ). 46 , 90 Em 2019, a mais baixa taxa de DALYs foi relatada no Amazonas (1.106 por 100 mil), enquanto as mais altas foram observadas no Maranhão (2.157 por 100 mil) e em Pernambuco (2.163 por 100 mil, Tabela 3-3 ). 46

Figura 3-13. -Correlação entre o Índice Sociodemográfico (SDI) de 2019 e a variação percentual de taxas de DALYs padronizadas por idade por doença arterial coronariana de 1990 a 2019.

Figura 3-13

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46 , 95

•A maioria dos DALYs associados com DAC foi devida a YLLs. A taxa de YLLs padronizada por idade foi 1.501 (II 95%, 1.408-1.574) por 100 mil, equivalendo a 9,1% (II 95%, 8,6%-9,6%) de todos os YLLs em 2019. Essa taxa caiu pela metade de 1990 a 2019, com variação percentual de -50,8% (II 95%, -53,1% a -48,5%). 46

•A taxa de YLDs ajustada por idade atribuída a DAC foi 63 (II 95%, 41-89) por 100 mil. De 1990 a 2019, essa taxa apresentou redução de 5% (II 95%, -7% a -3%). 46

Utilização e Custo da Atenção à Saúde

•De acordo com os dados administrativos do SIH/SUS, o número absoluto de hospitalizações por SCA em instituições públicas permaneceu estável de 2008 a 2019 ( Figura 3-14 ). Em 2019, houve 70.204 (33,4 por 100 mil habitantes) hospitalizações por SCA no país. O número de hospitalizações por IAM aumentou de 47.358 em 2008 a 80.614 em 2019, uma variação percentual de 70%, ou de 25,0 a 38,4 por 100 mil habitantes, uma variação percentual de 54% ( Figura 3-14 ). As hospitalizações por SCC diminuíram de 12.393 (6,5 por 100 mil) em 2008 para 6.703 (3,2 por 100 mil) em 2019 ( Figura 3-14 ). 95

Figura 3-14. -Número de admissões hospitalares por síndrome coronariana aguda (SCA), infarto agudo do miocárdio (IAM) e síndrome coronariana crônica (SCC) no sistema público de saúde do Brasil, 2008-2019.

Figura 3-14

Fonte: Ministério da Saúde do Brasil – Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). 95

•As hospitalizações no serviço público para realização de ICP não primária mais do que dobraram de 2008 (n=38.635) a 2019 (n=85.518, Figura 3-15 ), enquanto a ICP primária para tratamento do IAM aumentou 45% (de 7.648 para 11.099). Considerando as taxas por 100 mil habitantes, os valores de ICP não primária foram 20,4 em 2008 e 40,7 em 2019 (variação percentual: 100%) e os de ICP primária foram 4,0 em 2008 e 5,3 em 2019 (variação percentual: 31%). Enquanto isso, o número total de CRVM permaneceu estável no período ( Figura 3-15 ), totalizando 21.018 procedimentos (10,0 por 100 mil habitantes) em 2019. Em consequência, a ICP em comparação à CRVM aumentou, passando de 69% de todos os procedimentos em 2008 para 82% em 2019 ( Figura 3-16 ). 95

Figura 3-15. -Número de admissões hospitalares por intervenção coronária percutânea (ICP) primária, ICP não primária e cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM) no sistema público de saúde do Brasil, 2008-2019.

Figura 3-15

Fonte: Ministério da Saúde do Brasil – Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). 95

Figura 3-16. -Porcentagens de intervenção coronária percutânea (ICP) e de cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM) em relação ao total de procedimentos de revascularização miocárdica no sistema público de saúde do Brasil, 2008-2019.

Figura 3-16

Fonte: Ministério da Saúde do Brasil – Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). 95

•A maioria das ICP realizadas em hospitais públicos nos últimos anos foi categorizada como ICP não primária.

A porcentagem de ICP primária entre todas as ICP permaneceu estável de 2009 a 2019 (entre 9% e 13%). 95

•Em 2019, as médias de permanência das hospitalizações por SCA, IAM, ICP e CRVM em hospitais públicos foram 5,4, 8,7, 3,8 e 12,0 dias, respectivamente, permanecendo estáveis desde 2008. 95

•De acordo com o SIH/SUS, o custo anual não ajustado associado com todas as admissões por SCA em hospitais públicos aumentou de R$ 44.710.681 em 2008 para R$ 81.167.005 em 2019. No mesmo período, o custo anual relacionado a hospitalização por IAM aumentou de R$ 65.019.331 para R$ 151.123.021, enquanto o custo associado a SCC diminuiu de R$ 7.798.578 para R$ 6.475.644. Convertendo em Int$ 2019 ajustado para paridade do poder de compra, o valor associado ao tratamento para SCA diminuiu discretamente nos últimos anos, chegando a Int$ 39.230.065 em 2019; esse gasto permaneceu estável no contexto do IAM (Int$ 73.041.576 em 2019) e diminuiu para a SCC (Int$ 3.129.842 em 2019, Figura 3-17 ). 95

Figura 3-17. -Valores totais em dólares internacionais (Int$ 2019) reembolsados por admissões hospitalares devidas a síndrome coronariana aguda (SCA), infarto agudo do miocárdio (IAM) e síndrome coronariana crônica (SCC) no sistema público de saúde do Brasil, 2008-2019.

Figura 3-17

Fonte: Ministério da Saúde do Brasil – Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). 95

•Em dólares internacionais, o valor médio reembolsado por hospitalização por SCA, IAM ou SCC diminuiu de 2008 a 2019 ( Figura 3 -18). Em 2019, os gastos médios por admissão para SCA, IAM e SCC foram R$ 1.156 (Int$ 559), R$ 1.875 (Int$ 906) e R$ 966 (Int$ 467), respectivamente. 95

•O banco de dados administrativo do SUS mostrou que o total reembolsado por ICP não primária foi R$ 546.132.199 (Int$ 263.959.497) em 2019. O custo correspondente para ICP primária foi R$ 74.907.756 (Int$ 36.204.812). O gasto médio pago por paciente foi R$ 6.386 (Int$ 3.087) para ICP não primária e R$ 6.749 (Int$ 3.262) para ICP primária. Com relação à CRVM, o total reembolsado foi R$ 278.544.224 (Int$ 134.627.464), correspondendo a um valor médio de R$ 13.253 (Int$ 6.406) por procedimento cirúrgico. 95

•Em dólares internacionais, o custo anual total relacionado a ICP não primária aumentou nos últimos anos, enquanto o relacionado a ICP primária permaneceu estável e o gasto com CRVM caiu ( Figura 3-19 ). O valor médio reembolsado por hospitalização diminuiu tanto para ICP quanto para CRVM desde 2008 ( Figura 3-20 ). 95

Figura 3-19. -Valores totais em dólares internacionais (Int$ 2019) reembolsados por admissões hospitalares devidas a intervenção coronária percutânea (ICP) primária, ICP não primária e cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM) no sistema público de saúde do Brasil, 2008-2019.

Figura 3-19

Fonte: Ministério da Saúde do Brasil – Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). 95

•Em 2015, utilizou-se uma abordagem de modelagem global para avaliar o impacto econômico (sistema de saúde e produtividade) de quatro condições cardíacas no Brasil (hipertensão, insuficiência cardíaca, IAM e fibrilação atrial), com estimativas de custo anual para 2015. Estimou-se que as quatro condições cardíacas afetassem ~45,7 milhões de pessoas no Brasil, correspondendo a 32% da população adulta. O IAM representou o maior custo financeiro, com prevalência estimada de 0,2% (334.978 casos), sendo o custo para o sistema de saúde por caso de US$ 48.118 e o custo de produtividade de US$ 18.678. 124

•O custo anualizado para um indivíduo com DAC crônica foi estimado em R$ 2.733 ± 2.307 pelo SUS, sendo que o custo para o paciente ambulatorial representou 54% do total. Para os planos de saúde privados, o custo foi estimado em R$ 6.788 ± 7.842, dos quais, 69% estavam relacionados a pacientes internados. Quanto ao custo dos pacientes ambulatoriais, os medicamentos foram responsáveis por R$ 1.154, representando, para os pagadores públicos e privados, 77% e 55% dos custos com os pacientes ambulatoriais e 42% e 17% do custo total, respectivamente. 125

•Um relato de uma clínica de DAC de um hospital público mostrou um custo anual médio para manejo ambulatorial de US$ 1.521 por paciente (valores de 2015). O custo médio por hospitalização foi US$ 1.976 e os gastos foram maiores no primeiro e último ano de seguimento. Angina instável, procedimentos de revascularização, diabetes, hipertensão e obesidade foram preditores de maior custo de hospitalização. 126

•Dados de 2008 a 2014 estimaram que 4.653.884 procedimentos cardíacos diagnósticos foram realizados no Brasil, incluindo 3.015.993 eletrocardiogramas, 862.627 angiografias invasivas e 669.969 exames nucleares, levando a um custo geral de US$ 271 milhões. Nessa avaliação geoespacial nacional do acesso à saúde, mortalidade por SCA foi associada a menor renda, assim como à realização de menor número de exames nucleares e maior número de testes de esforço e de cateterismos cardíacos. 127

•Um estudo usando metodologia de microcusto avaliou os custos associados com ICP em 40 pacientes de dois hospitais públicos de ensino em 2017. O custo mediano de ICP foi R$ 4.579 em um hospital e R$ 3.156 em outro. A maior parte da despesa deveu-se ao custo da prótese (72% e 81% do custo total). 128

•Um estudo quantitativo, descritivo e transversal realizado em um hospital filantrópico da cidade de São Paulo, avaliando 1.913 pacientes consecutivos submetidos a CRVM em 2012, relatou um custo médio por paciente de US$ 7.993 (mediana, US$ 6.463). O valor pago pelo sistema de saúde público foi US$ 3.450 (mediana, US$ 3.159), resultando em déficit de 51% do custo total para os provedores. 129

•Uma análise retrospectiva das solicitações médicas de beneficiários de planos de saúde foi realizada considerando os custos de hospitalização para pacientes admitidos com SCA entre 2010 e 2012. O custo médio por paciente em terapia medicamentosa apenas foi de R$ 18.262, o custo médio por paciente submetido a ICP, de R$ 30.611, e o custo médio por paciente submetido a CRVM, de R$ 37.455. 130

•Uma análise de 240 pacientes submetidos a CRVM isolada em hospital de referência em 2013 mostrou um custo médio de hospitalização de R$ 22.647 ± 28.106 (R$ 35.400 ± 40.509 para aqueles com alguma complicação e de R$ 13.997 ± 5.801 para aqueles sem complicação). 131

•Uma análise de custo de 101 pacientes submetidos a ICP no SUS em 2014/2015 mostrou um custo mediano de R$ 6.705 ± 3.116 por paciente. Os custos foram menores para ICP eletiva (R$ 5.085 ± 16) do que para ICP por SCA (R$ 6.854 ± 3.396). 132

Qualidade da Atenção à Saúde

•Várias publicações avaliaram a qualidade do cuidado para SCA no Brasil. 82,83,85,86,96,100–102,133,134 Esses estudos salientam as oportunidades de melhoria no cuidado, além das diferenças regionais e heterogeneidade dos serviços público e privado que podem impactar os desfechos. Ademais, algumas publicações abordaram a implementação de estratégias para otimizar a qualidade do cuidado para SCA. 86 , 102 , 133 , 134

•No registro prospectivo ACCEPT, a taxa de adesão total a medicamentos recomendados pelas diretrizes (terapia antiplaquetária dupla, anticoagulantes parenterais, estatinas e betabloqueadores) foi 62% logo após admissão por SCA. Entre os pacientes com IAMCSST (n=1.714), 82% foram tratados com fibrinólise ou ICP primária. As taxas de reperfusão para IAM diferiram de acordo com a região do país: 87%, 85%, 73%, 67% e 66% no Sul, Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e Norte, respectivamente. Prescrição de AAS foi observada em 95% dos casos por ocasião da alta e em 86% no seguimento de 12 meses. Inibidores do receptor P2Y 12 foram prescritos em 92% dos casos na admissão, 79% na alta e 47% após 12 meses. Estatinas foram recomendadas para 93% dos pacientes na alta e 83% após 12 meses. Terapia considerada incompleta e hospitalização em instituição pública, entre outros fatores, foram associadas com eventos cardiovasculares maiores. 82

•Na análise do registro transversal BRACE, a qualidade do cuidado na SCA foi medida por um escore de desempenho que incluiu prescrição de AAS na admissão hospitalar, prescrição de AAS/betabloqueador/estatina na alta e terapia de reperfusão para pacientes com IAMCSST em até 12 horas do início dos sintomas, entre outros fatores. Escores mais baixos foram independentemente associados com maior risco de desfechos duros e morte hospitalar.

O escore foi mais baixo nas regiões Norte e Nordeste do que no restante do país tanto nas primeiras 24 horas quanto na alta hospitalar. Escores mais altos foram observados em hospitais de ensino versus não de ensino. As instituições públicas e privadas não diferiram significativamente quanto aos escores, embora a terapia de reperfusão para IAMCSST tenha sido mais frequente nos hospitais privados (86% versus 75%), enquanto a prescrição de AAS/estatina na alta tenha sido mais comum nos públicos. No geral, as porcentagens de pacientes que receberam prescrição de AAS, estatina e betabloqueador na alta foram 86%, 82% e 69%, respectivamente. 83

•Entre participantes incluídos no estudo ERICO entre 2009 e 2012, terapia de reperfusão foi realizada em 72% dos casos de IAMCSST. As taxas de tratamento medicamentoso durante hospitalização foram: 98% para AAS, 96% para clopidogrel e heparina, 92% para estatinas e 84% para betabloqueadores. 85

•No estudo VICTIM, o tempo médio entre o início dos sintomas e a admissão hospitalar foi mais longo nos hospitais públicos em comparação aos privados (25 ± 37 versus 9 ± 21 horas; respectivamente, P <0,001). A taxa de ICP primária foi mais baixa nos hospitais públicos em comparação aos privados (45% versus 78%, respectivamente, P <0,001). 96

•Em um hospital universitário de Belo Horizonte, avaliou-se a adesão a 13 medidas de desempenho pré-especificadas em 1.129 pacientes com IAMCSST ou IAMSSST hospitalizados entre 2011 e 2014. A adesão mediana foi 83% e o tratamento de 67% dos pacientes cumpriu pelo menos 80% das medidas de qualidade. A taxa de terapia de reperfusão nos casos de IAMCSST foi 56%. 100

•Em um relato do Projeto Minas Telecardio 2 incluindo 593 pacientes com SCA de 2013 a 2014, entre os indivíduos com IAMCSST, 46% receberam terapia de reperfusão, principalmente ICP primária. O tempo porta-balão foi maior do que 90 minutos em 37,5% desses pacientes. No geral, as taxas de prescrição de AAS, inibidores da P2Y 12 e estatinas foram 97%, 86% e 81% em 24 horas e 93%, 69% e 86% na alta, respectivamente. 101

•Em outra publicação do Projeto Minas Telecardio 2, a qualidade do cuidado ao paciente com IAMCSST foi avaliada antes (n = 214) e após (n = 143) a implementação de um protocolo de tratamento coordenado entre 2014 e 2015. A taxa de terapia de reperfusão aumentou de 71% para 81% (P = 0,045), enquanto a porcentagem de pacientes recebendo prescrição de AAS e inibidores da P2Y 12 aumentou de 94% e 88%, respectivamente, para 100% nos dois casos. Além disso, uma redução não significativa na chance de morte hospitalar foi relatada (OR, 0,73; IC 95%, 0,34–1,60). 133

•Em um estudo observacional retrospectivo de hospitais públicos em Belo Horizonte, a taxa de mortalidade hospitalar caiu após implementação de um sistema para tratamento de IAM, que incluiu tele-eletrocardiografia (12% em 2009 e 7% em 2011, P < 0,001). 134

•O estudo RESISST relatou desfechos no IAMCSST antes e após a implementação de uma rede regional integrada com suporte de telemedicina na cidade de Salvador. Os autores relataram um aumento nas taxas de reperfusão primária (de 29% para 54%, P <0,001), uma redução na taxa de mortalidade de 30 dias (de 20% para 5%, P <0,001) e um aumento no uso de terapia antiplaquetária dupla e de estatinas. 102

•O BRIDGE-ACS, um estudo randomizado por conglomerado, avaliou um programa multifacetado de melhoria da qualidade do tratamento de pacientes com SCA. Em comparação à prática rotineira, a intervenção, que incluiu material educacional para clínicos, lembretes, algoritmos e treinamento de manejo de caso, aumentou a chance de receber medicamentos elegíveis. Além disso, as taxas de evento cardiovascular hospitalar foram 5,5% no grupo intervenção e 7,0% no grupo controle [OR populacional médio (ORPA), 0,72 (IC 95%, 0,36-1,43)], enquanto as taxas de mortalidade por todas as causas em 30 dias foram 7,0% e 8,4% nos grupos intervenção e controle, respectivamente [ORPA, 0,79 (IC 95%, 0,46-1,34)]. 86

Pesquisa Futura

•Dados adicionais são necessários para a melhor compreensão da distribuição epidemiológica da DAC no Brasil, em particular:

•Desenvolvimento de bases de dados nacionais para coletar informação precisa em tempo real sobre a epidemiologia das diferentes apresentações clínicas da DAC, incluindo medidas de prestação do cuidado, desempenho e desfecho;

•Revisões sistemáticas de taxas de prevalência e de mortalidade por SCA, angina estável, ICP e CRVM, incluindo amostras representativas de todas as áreas geográficas do país;

•Avaliação da efetividade de programas estruturados em âmbito nacional para medir a qualidade e o desempenho dos diferentes manejo (público, com e sem fins lucrativos) para entender a atual situação, além de desenhar estratégias visando à redução da morbimortalidade por DCV;

•Análises adicionais econômica e de custo-efetividade do impacto da DAC e de suas intervenções diagnóstica e terapêutica são necessárias, a partir de um nível macro e utilizando métodos de microcusteio para os sistemas de saúde público e privado;

•Desenvolvimento de programas estruturados para avaliar a prevalência, a incidência e o impacto clínico e econômico da DAC crônica no cenário ambulatorial.

Incidência

•O estudo GBD estimou uma incidência de 260.661 (II 95%, 230.100-293.617) eventos de DAC (principalmente infarto do miocárdio) no Brasil em 2019. Como esperado, a taxa de incidência mostrou-se fortemente associada ao envelhecimento: 29 (II 95%, 23-36), 323 (II 95%, 268-386) e 737 (II 95%, 625-868) por 100 mil indivíduos com idade de 15-49 anos, de 50-69 anos e a partir de 70 anos, respectivamente. Em todos os grupos etários, a DAC foi mais incidente nos homens do que nas mulheres ( Figura 3-3 ). 46

Figura 3-3. -Taxa de incidência (por 100 mil) de doença arterial coronariana de acordo com sexo e idade no Brasil, 2019. As barras de erro representam intervalos de incerteza 95%.

Figura 3-3

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Em 2019, a taxa de incidência de DAC padronizada por idade foi 110 (II 95%, 97-124) por 100 mil habitantes na população total, 78 (II 95%, 69-88) por 100 mil mulheres e 148 (II 95%, 130-166) por 100 mil homens. 46

•Enquanto a taxa bruta de incidência de DAC aumentou continuamente de 1990 a 2019, a taxa padronizada por idade diminuiu levemente (-15%) de 1990 a 2000, permanecendo estável desde então (variação percentual: 3% de 2000 a 2019). De 1990 a 2019, a variação percentual na taxa de incidência de DAC ajustada por idade foi -12% (II 95%, -15% a -10%) na população total e 7% (95% UI, 1% a 12%), 2% (95% UI, -1% a 6%) e -19% (II 95%, -22% a -16%) entre indivíduos de 15-49 anos, 50-69 anos e a partir dos 70 anos, respectivamente. 46

•Em revisão sistemática de dados de saúde pública em 2012, as taxas de incidência de IAM e SCA por 100 mil habitantes foram 29,8 e 38, respectivamente. 8

4. CARDIOMIOPATIA E INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

CID-10 I42; I50; B57.2.

Ver Tabelas 4-1 até 4-12 e Figuras 4-1 até 4-10

Tabela 4-1. – Número de casos prevalentes e taxas de prevalência (por 100 mil) padronizadas por idade de cardiomiopatia e miocardite, e variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas, 1990 e 2019.

Local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) n (II 95%) Taxa (II 95%)
Brasil 55954,8 (38550,4;80474,4) 76,6 (53,4;107,2) 164904,6 (115339,9;226269,4) 73 (51,1;100,1) -4,7(-9,5;0,8)
Acre 77,6 (51,6;113) 59,8 (41,8;84,7) 292,2 (203,7;411,2) 55,7 (39,2;77,4) -6,9(-20,7;9,3)
Alagoas 893 (594,6;1319,1) 78,1 (54;111,5) 2230,7 (1576,7;3140,2) 75 (52,4;105,5) -4,1(-17,2;11,5)
Amapá 53,5 (36,2;77,7) 68,9 (48,4;97) 273,7 (192,5;385,7) 64,4 (45,2;89,3) -6,5(-19,7;8,1)
Amazonas 350,6 (236,1;515,3) 60,3 (42,1;85,6) 1454,6 (1014,7;2010,9) 58,1 (40,5;81) -3,6(-17;11,8)
Bahia 3814,2 (2517,2;5533,9) 64,4 (43,6;91,4) 10094 (7121;14112,7) 63,7 (44,6;90,4) -1,1(-16,6;16,1)
Ceará 3069,9 (2131,5;4409,4) 80,8 (56,5;114,9) 7835,9 (5565,8;10891,2) 80,5 (56,9;111,8) -0,4(-13,8;15,1)
Distrito Federal 272,9 (165,7;416,5) 78,5 (52,8;112,3) 1545,6 (995;2290,9) 72,7 (48,6;102,9) -7,3(-20;6,7)
Espírito Santo 791,4 (533;1142,4) 66,3 (46;94,8) 2501,4 (1761,3;3478,5) 61 (43;84,1) -8(-20,4;6,7)
Goiás 1075,7 (651,2;1638) 74,8 (47,6;108,2) 4744,9 (3123,1;6832) 77,9 (51,8;110,8) 4,2(-9,8;20,3)
Maranhão 1059,9 (715,7;1564,1) 48,1 (33,1;68,5) 3064,9 (2111,4;4342) 49,1 (33,7;69,3) 2,2(-13,4;21,1)
Mato Grosso 351,2 (234,6;519,3) 65,6 (46;93) 1782,3 (1254;2514) 62,2 (44,1;87,1) -5,1(-18,9;11,9)
Mato Grosso do Sul 518,2 (340,8;741,9) 77,6 (53,1;110,1) 2082 (1444,7;2891,3) 76,7 (53,4;105,2) -1,1(-15,4;14,6)
Minas Gerais 6511,9 (4300,2;9654,8) 82,8 (56,3;117,4) 20996,2 (14121,1;29608,6) 80,2 (53,7;113,4) -3,1(-15,6;11,8)
Pará 984,4 (668;1427,3) 59,5 (41,7;83,5) 3612,3 (2515,8;5033) 57,8 (40,4;80,2) -3(-17,1;12,7)
Paraíba 2080,3 (1423,6;2989,5) 94 (65;132) 4211,6 (2938,5;5780,8) 86,6 (60;119,7) -7,9(-19,8;5,9)
Paraná 2664,2 (1754,8;3847,1) 71,5 (49,2;100,3) 8066,4 (5604,5;11456,8) 64,4 (45,1;90,7) -9,9(-21,9;4,4)
Pernambuco 2580,1 (1749,8;3669,6) 64,6 (44,8;90,5) 5776,7 (4013,6;8097,6) 61,1 (42,4;85,4) -5,5(-19,1;9,3)
Piauí 636,4 (430,3;916,8) 54,2 (37,3;76,4) 1883,9 (1312;2665,4) 49,8 (34,7;70,9) -8,2(-21,6;8,2)
Rio de Janeiro 6696,9 (4702,4;9614,9) 83,2 (58,6;115,6) 16891,5 (11678,1;23485,5) 76,5 (53;105,9) -8,1(-20;5,6)
Rio Grande do Norte 902,7 (620,2;1261,7) 59,7 (41,7;82,6) 2195,4 (1530,2;3005,3) 56,9 (39,5;79,2) -4,8(-18,6;11,8)
Rio Grande do Sul 3317,1 (2244,1;4733,2) 60,5 (42,4;85,4) 8432,1 (5886,6;11731,4) 53,8 (37,8;74,4) -11,1(-23,5;3,9)
Rondônia 111,4 (68,3;174,7) 57 (39,6;80,7) 705,9 (490,3;1010,1) 53,2 (37,2;74,8) -6,6(-20,8;10,9)
Roraima 34 (22;50) 94,5 (65,8;133,1) 254,9 (173,2;359,1) 84,8 (57,9;118,4) -10,3(-22,8;3,5)
Santa Catarina 1501,3 (1036,2;2151,8) 74,6 (52,4;103,4) 5218,7 (3607,9;7226,4) 68,7 (47,8;95,2) -7,9(-19,6;6,2)
São Paulo 14932,1 (10004;21456,5) 94,1 (64,2;132,4) 46530 (32481,2;63983,6) 89,2 (63,1;122,9) -5,2(-17,1;9,4)
Sergipe 513,3 (343,1;744,4) 75,3 (52,4;104,8) 1526,3 (1062,2;2129,8) 72,8 (51;102,2) -3,2(-15,8;11,3)
Tocantins 160,6 (102,1;248,9) 54,4 (37;78,4) 700,4 (467,8;1009) 53,9 (36;77,6) -0,9(-15,2;15,5)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 4-12. – Taxas de YLDs por insuficiência cardíaca (por 100 mil) e variação percentual das taxas, por grupo etário e sexo, Brasil, 1990 e 2017.

Grupo etário e sexo 1990 2017 Variação percentual (II 95%)
Ambos
Padronizada por idade 112,2 (82,8;141,2) 108,8 (81,4;134,5) -3 (-6,7;0,3)
Abaixo de 5 4,5 (2,7;7) 4,3 (2,6;6,8) -3,4 (-6;-0,6)
5-14 anos 3,2 (1,9;5,1) 3,2 (1,9;5) -1,4 (-4,4;1,5)
15-49 anos 8,7 (5,7;12,6) 10,4 (6,8;14,8) 18,7 (12,3;25,5)
50-69 anos 165,8 (112,7;226,8) 166,4 (115,3;228,9) 0,3 (-3,8;5,5)
70+ anos 1263,1 (919,3;1599,5) 1308,3 (988,6;1586) 3,6 (-3,2;10,2)
Todas as idades 59 (42,9;75,4) 110,6 (82,3;137,5) 87,5 (78,8;96,2)
Masculino
Padronizada por idade 112,9 (86,9;137,4) 105,2 (81,6;127,1) -6,8 (-10,9;-2,6)
Abaixo de 5 4,5 (2,7;7,1) 4,3 (2,6;6,8) -4,2 (-7,8;-0,2)
5-14 anos 3,2 (1,9;5) 3,1 (1,8;4,9) -2,2 (-6,4;2)
15-49 anos 7,9 (5,1;11,6) 9,5 (6,1;13,8) 19,8 (10,2;29,3)
50-69 anos 165,5 (111,9;230,9) 165,8 (113,5;229,4) 0,2 (-5,9;6,8)
70+ anos 1282,5 (973,9;1555,8) 1225,7 (980;1439,6) -4,4 (-11,1;3,4)
Todas as idades 55 (40,6;68,5) 94,5 (72,6;115,7) 71,9 (63,1;81,5)
Feminino
Padronizada por idade 111,2 (79,9;145) 110,9 (80,1;140,6) -0,3 (-4,9;4,2)
Abaixo de 5 4,4 (2,7;7) 4,3 (2,6;6,7) -2,6 (-6,3;1,7)
5-14 anos 3,2 (1,9;5,2) 3,2 (1,9;5,1) -0,6 (-4,5;3,2)
15-49 anos 9,5 (6,3;13,4) 11,2 (7,4;15,9) 17,9 (10,5;26,4)
50-69 anos 166,1 (112,5;225,8) 166,9 (116,6;228,9) 0,5 (-5;6,7)
70+ anos 1247,5 (876,2;1659,2) 1368,3 (992,5;1714,5) 9,7 (0,6;17,6)
Todas as idades 62,9 (44,1;82,5) 125,9 (90,9;159,5) 100,2 (88,8;111,5)

Fonte: Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2017, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 4-1. -Taxas de prevalência de cardiomiopatia e miocardite padronizadas por idade (A) e taxas de prevalência brutas de cardiomiopatia e miocardite (B), por 100 mil habitantes, Brasil, 1990-2019.

Figura 4-1

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 4-10. -Tendências da mortalidade por insuficiência cardíaca de 2007 a 2016 no Brasil (BR), no Rio Grande do Sul (RS) e em Porto Alegre (POA).

Figura 4-10

Fonte: Nicolao et al. 169

Abreviaturas usadas no Capítulo 4.

BREATHE I Registro Brasileiro de Insuficiência Cardíaca
CID-10 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, 10 a Revisão
CMCh Cardiomiopatia Chagásica
CMH Cardiomiopatia Hipertrófica
CMNCh Cardiomiopatia Não Chagásica
DALYs Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (do inglês, Disability-Adjusted Life-Years )
DCh Doença de Chagas
GBD Global Burden of Disease
HR Hazard Ratio
IC Intervalo de Confiança
II Intervalo de Incerteza
IIQ Intervalo Interquartil
OR Odds Ratio
RAP Risco Atribuível na População
REMADHE Estudo Educação Repetitiva e Monitoramento para Adesão para Insuficiência Cardíaca (do inglês, Repetitive Education at Six-Month Intervals and Monitoring for ADherence in Heart Failure Outpatients )
SDI Índice Sociodemográfico (do inglês, Sociodemographic Index )
SEADE Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados
SIM Sistema de Informações sobre Mortalidade
SUS Sistema Único de Saúde
UF Unidade Federativa
YLDs Anos vividos com incapacidade (do inglês, Years Lived with Disability )
YLLs Anos de vida perdidos por morte prematura (do inglês, Years of Life Lost)

Tabela 4-2. – Número de casos incidentes e taxas de incidência (por 100 mil) padronizadas por idade de cardiomiopatia e miocardite, e variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas, 1990 e 2017.

Local 1990 2017 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) n (II 95%) Taxa (II 95%)
Brasil 54520,4 (48574,3;61320,7) 46,3 (41,5;52,1) 103879,4 (92495,6;117294,5) 46,7 (41,8;52,6) 0,8 (-0,3;1,8)
Acre 125,8 (111;143) 44,8 (40;50,7) 340,7 (303,3;383,1) 46 (41,1;52) 2,8 (-0,5;6,4)
Alagoas 826,5 (732,4;929,4) 43,6 (38,8;49,3) 1551,4 (1378,8;1749) 46,5 (41,5;52,4) 6,8 (3,5;10,2)
Amapá 85,4 (75,2;97,2) 47,5 (42,5;53,4) 311,1 (274,3;352,6) 47,6 (42,5;53,6) 0,3 (-2,8;3,9)
Amazonas 645,3 (565,6;732,6) 46,4 (41,5;52,6) 1586,5 (1410,7;1793,3) 46,6 (41,6;52,8) 0,5 (-2,9;4,3)
Bahia 4183 (3713,7;4708,9) 45,3 (40,3;50,9) 7177 (6366,6;8059,8) 45,1 (40;50,7) -0,3 (-3,4;2,7)
Ceará 2232,8 (1990,7;2511,3) 43,2 (38,7;48,7) 4589,2 (4084,6;5197,2) 46,4 (41,4;52,7) 7,5 (3,4;11)
Distrito Federal 502,7 (439,4;574,4) 45,2 (40,3;51,3) 1258,3 (1107,5;1428,3) 45,3 (40,4;51) 0,2 (-3,3;3,7)
Espírito Santo 976,1 (856,5;1104,3) 48,1 (42,8;54,4) 1992,5 (1757;2263,2) 48,2 (42,9;54,4) 0,2 (-3,2;3,8)
Goiás 1391,1 (1220,9;1574,2) 46,3 (41,4;52,2) 3233,1 (2869,8;3671,6) 47,3 (42,2;53,5) 2,3 (-0,8;5,4)
Maranhão 1568,5 (1390,4;1771,6) 43,3 (38,6;48,9) 3314,6 (2958,6;3716,8) 46,7 (41,7;52,6) 8 (4,5;12)
Mato Grosso 628,1 (549,8;715,5) 45,6 (40,7;51,7) 1567,2 (1394,8;1780,2) 46,8 (41,9;52,9) 2,7 (-1;6,3)
Mato Grosso do Sul 648,6 (572,4;728) 48,6 (43,4;54,8) 1426,5 (1264,1;1616,6) 50,6 (45,2;57) 4,1 (0,8;7,7)
Minas Gerais 5880,7 (5207,1;6646,3) 46 (41;52) 11181 (10003,5;12646,6) 47 (42,2;53,2) 2,2 (-1;5,5)
Pará 1548,2 (1365,8;1749,4) 45,4 (40,6;51,3) 3561 (3155,4;4003,7) 45,5 (40,5;51,4) 0,2 (-3,2;3,9)
Paraíba 1181,3 (1051,4;1331,4) 43,2 (38,6;48,9) 2068,4 (1841,2;2347,2) 46,3 (41,2;52,5) 7,1 (3,6;10,5)
Paraná 3140,9 (2777,5;3572,6) 47,1 (41,9;53,3) 5728 (5060,1;6535,4) 47 (41,9;53,2) -0,2 (-3,8;3)
Pernambuco 2639 (2333,6;2961,8) 45,6 (40,5;51,3) 4609,7 (4098,5;5160,5) 46,1 (41,1;51,6) 1,1 (-2,4;4,5)
Piauí 865,4 (765,7;974,5) 43,8 (39;49,4) 1652,7 (1471;1863,8) 45,8 (40,7;51,6) 4,5 (0,8;8,3)
Rio de Janeiro 5321,9 (4706,8;6019,7) 46,7 (41,6;52,5) 9236,1 (8183,4;10524,9) 46,4 (41,3;52,5) -0,5 (-4,1;3,1)
Rio Grande do Norte 886,2 (790,4;995,2) 44,3 (39,7;49,8) 1723,7 (1535,1;1947,9) 46,2 (41,2;52,1) 4,2 (1;7,7)
Rio Grande do Sul 3927,6 (3482,4;4424,5) 49,5 (44,1;55,8) 6475,7 (5749;7325,7) 48,5 (43,2;54,5) -2,1 (-5,5;1,4)
Rondônia 330,5 (289,3;379,1) 45,6 (40,6;51,4) 746,3 (660,9;847,2) 46 (41,2;52,2) 0,9 (-2,6;4,4)
Roraima 61,2 (53,3;70,9) 46,1 (41,2;52) 212,3 (187,3;240,4) 46,4 (41,3;52,4) 0,9 (-2,4;4,2)
Santa Catarina 1694 (1503,4;1912,2) 47,8 (42,9;54,2) 3554,7 (3148,4;4033,5) 47,5 (42,4;53,4) -0,7 (-4,2;3,5)
São Paulo 12421,8 (10980,5;13984,7) 47,6 (42,4;53,5) 22999,9 (20352,4;26154,9) 46,6 (41,6;52,7) -1,9 (-5,5;1,4)
Sergipe 520,8 (463,6;584,1) 45,3 (40,5;51,4) 1075,4 (957,1;1218,6) 47,3 (42,1;53,4) 4,5 (1;7,8)
Tocantins 287 (253,9;325,8) 44,8 (40;50,5) 706,6 (629;798) 47,1 (42,1;53,1) 5,1 (1,6;8,9)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2017, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 4-3. – Taxas de incidência de cardiomiopatia e miocardite (por 100 mil) e variação percentual das taxas, por idade e sexo, Brasil, 1990 e 2019.

Sexo e grupo etário 1990 2019 Percent Change (95% UI)
Ambos
15-49 anos 10.9 (7.7;14.8) 11.5 (8.1;15.9) 5.3 (-1.3;12.9)
50-69 anos 26 (17.2;35.7) 26.1 (17.1;36) 0.4 (-0.4;1)
5-14 anos 6.8 (3.8;10.8) 6.8 (3.8;10.8) 0.3 (-0.1;0.9)
70+ anos 65.5 (43.8;94.9) 68.7 (47.3;96.9) 4.9 (-0.4;11.8)
Padronizada por idade 15.8 (12.7;19.2) 15.8 (12.7;19.2) -0.2 (-0.3;-0.2)
Todas as idades 12.5 (10;15.3) 16.6 (13.4;20.2) 32.6 (22.7;42.9)
Abaixo de 5 5.9 (3.6;8.5) 5.9 (3.6;8.5) 0.1 (0.1;0.2)
Feminino
15-49 anos 9.1 (6.4;12.6) 9.6 (6.8;13.3) 5.4 (-1.5;13.3)
50-69 anos 21.3 (14;29.4) 21.5 (14.1;29.8) 0.9 (0;1.8)
5-14 anos 5.6 (3.2;9.1) 5.6 (3.2;9.1) 0.2 (-0.2;0.7)
70+ anos 56.8 (38.4;82.6) 60.5 (41.7;83.6) 6.6 (0.6;14.1)
Padronizada por idade 13.2 (10.6;16.1) 13.2 (10.6;16.1) -
Todas as idades 10.6 (8.4;13.1) 14.5 (11.6;17.8) 36.1 (25.6;47.3)
Abaixo de 5 4.8 (2.9;7.1) 4.8 (2.9;7.1) -
Masculino
15-49 anos 12.7 (9;17.2) 13.4 (9.5;18.3) 5.1 (-1.2;12.2)
50-69 anos 31 (20.3;42.9) 31.2 (20.5;43.2) 0.6 (0;1.1)
5-14 anos 7.9 (4.5;12.5) 7.9 (4.5;12.5) 0.2 (-0.2;0.8)
70+ anos 76.3 (50.4;111) 80 (54.3;114.6) 4.7 (0;10.8)
Padronizada por idade 18.6 (15.1;22.7) 18.6 (15.1;22.7) 0 (0;0)
Todas as idades 14.4 (11.5;17.6) 18.7 (15;22.9) 30.2 (20.7;40.1)
Abaixo de 5 7 (4.2;10) 7 (4.2;10) -

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 4-4. – Número de mortes e taxas de mortalidade padronizadas por idade (por 100 mil) por cardiomiopatia e miocardite, e variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas, 1990 e 2019.

Local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) n (II 95%) Taxa (II 95%)
Brasil 13408.9 (10490.2;14283.2) 15.9 (12.4;17.1) 21425.7 (18940;25167.1) 9.4 (8.3;11.1) -40.8 (-46.4;-25.4)
Acre 17.8 (15.6;22.3) 11.1 (9.7;14.5) 40.6 (32.9;66) 7 (5.6;11.5) -37.3 (-50.5;-10.7)
Alagoas 252 (186.1;296.6) 17.2 (12.7;20.2) 338.7 (289.2;405.6) 10.6 (8.9;12.8) -38.7 (-51.1;-10.7)
Amapá 8.7 (7.6;11.1) 9.2 (8;11.7) 35 (29.5;49.9) 7 (5.8;10.1) -24.3 (-36.3;-6.6)
Amazonas 76.9 (68.3;96.6) 10.8 (9.5;13.3) 160.4 (126.1;276.9) 5.6 (4.3;9.9) -48 (-59.3;-20.6)
Bahia 945.3 (757.8;1076.4) 13.8 (11;15.9) 1209.7 (947.1;1895) 7.5 (5.8;11.7) -45.9 (-59.6;-6.3)
Ceará 544.6 (443.7;645.1) 11.9 (9.6;14.2) 862 (699.5;1105.8) 8.7 (7.1;11.2) -26.8 (-44.4;0.5)
Distrito Federal 115.1 (71.8;134.1) 23.8 (13.8;27.9) 262.2 (177.5;309.1) 13 (8.6;15.5) -45.2 (-54.4;-33.3)
Espírito Santo 186.7 (162.6;203.2) 14.1 (12.2;15.4) 329.7 (270;483.2) 7.9 (6.4;11.7) -43.9 (-54.6;-15.5)
Goiás 533 (287.6;636.2) 29.8 (15;35.7) 824.6 (614.7;999.2) 12.7 (9.4;15.4) -57.2 (-66.1;-34.2)
Maranhão 262.1 (178.7;422) 7.3 (5;13.4) 472.7 (356.7;908.9) 7 (5.2;13.8) -3.9 (-31.6;35.7)
Mato Grosso 103.7 (83.5;119.2) 14.3 (11.3;16.4) 234.8 (199.8;318.2) 7.7 (6.5;10.4) -46.3 (-56.3;-21.7)
Mato Grosso do Sul 157.5 (107.9;175.7) 19.9 (13.3;22.4) 264.2 (223.8;343.1) 9.6 (8.1;12.2) -51.9 (-61;-22.6)
Minas Gerais 1742.7 (1144.9;1958.6) 19.3 (12.8;21.8) 2284.8 (1929.8;2701.6) 8.9 (7.5;10.5) -54.1 (-62;-33)
Pará 201.4 (175.6;259.7) 10.4 (9.1;13.2) 407.4 (322.7;677.1) 5.9 (4.6;9.8) -43.5 (-54.9;-19.1)
Paraíba 363.4 (244.6;426.7) 15.4 (10.3;18.2) 522.5 (421.5;611.6) 10.7 (8.7;12.5) -30.2 (-43.9;-7.1)
Paraná 753.1 (572.7;822.2) 17.7 (13.1;19.5) 965.5 (791.3;1393.5) 7.9 (6.5;11.2) -55.3 (-64.4;-27.5)
Pernambuco 563.7 (492;634.8) 12.9 (11.2;14.6) 906.9 (766.5;1203.7) 9.3 (7.8;12.5) -28.2 (-39.6;-6.6)
Piaui 169.9 (145.7;201.3) 11.7 (9.8;14.5) 237.8 (187.3;387.2) 6.2 (4.9;10) -46.9 (-59.7;-22.1)
Rio de Janeiro 1214.1 (1020.8;1481.7) 13.9 (11.9;16.8) 2858.5 (1949.9;3341.5) 13.2 (9.1;15.4) -4.8 (-38.5;13)
Rio Grande do Norte 153.2 (132.1;193.4) 9.2 (7.8;11.9) 224.3 (167;392) 5.7 (4.2;9.8) -38.6 (-53.8;-9.5)
Rio Grande do Sul 586.9 (507.9;899.2) 10 (8.6;15.1) 931.9 (733;1581.7) 6.2 (4.9;10.5) -37.6 (-47.5;-21.5)
Rondônia 40.6 (33.5;51.5) 15.5 (12.9;18.2) 105.9 (84.9;156.8) 7.4 (6;11) -52.3 (-62.9;-30.9)
Roraima 11.4 (7.5;13.3) 24.2 (15.4;28.1) 43.6 (32.8;49.3) 13.9 (10.6;16) -42.4 (-51.6;-23.7)
Santa Catarina 351.2 (292.7;387.2) 16.2 (12.8;18) 598.5 (506;823.3) 8.1 (6.8;10.9) -50 (-58.9;-30.3)
São Paulo 3890.4 (2446.4;4363.8) 22 (13.2;24.9) 6025.5 (4305.2;7018) 11.9 (8.5;13.8) -46 (-53.6;-31)
Sergipe 109 (93.2;123) 15 (12.6;17.2) 163.4 (130.9;243.4) 7.4 (5.9;11.1) -50.7 (-62.1;-21.5)
Tocantins 54.6 (43;63.8) 15.2 (11.6;18) 114.6 (94.2;159.5) 8.3 (6.8;11.7) -45.2 (-57.4;-12.6)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 4-5. – Taxas de mortalidade por cardiomiopatia e miocardite (por 100 mil) e variação percentual das taxas, por idade e sexo, Brasil, 1990 e 2019.

Sexo e grupo etário 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Ambos
Padronizada por idade 15,9 (12,4;17,1) 9,4 (8,3;11,1) -40,8 (-46,4;-25,4)
Abaixo de 5 5,7 (4,5;7,2) 2,5 (2;3,1) -55,5 (-68,3;-37,2)
5-14 anos 0,5 (0,4;0,5) 0,3 (0,3;0,4) -24,9 (-39,7;-9,3)
15-49 anos 3 (2,5;3,2) 2,5 (2;2,8) -17,3 (-25,6;-7,7)
50-69 anos 29,2 (22;31,4) 17,2 (15,1;20) -41 (-47,2;-25,7)
70+ anos 127,2 (96,5;138,3) 84,6 (72,1;104) -33,5 (-42;-10)
Todas as idades 9 (7;9,6) 9,9 (8,7;11,6) 9,8 (-1,4;37,4)
Feminino
Padronizada por idade 13,5 (9,9;14,7) 7,2 (6,2;9) -46,6 (-54,8;-17,5)
Abaixo de 5 5,8 (3,9;7,3) 2,3 (1,8;2,8) -60,5 (-71,2;-36,2)
5-14 anos 0,4 (0,4;0,5) 0,3 (0,2;0,4) -30,9 (-42,1;-9,8)
15-49 anos 2 (1,5;2,1) 1,4 (1,2;1,5) -30,6 (-39,3;-11)
50-69 anos 21,9 (14,8;24,2) 10,9 (9,5;13,6) -50,1 (-58,5;-20,8)
70+ anos 118,7 (85,2;131,5) 76,9 (63;97,4) -35,2 (-46;4,4)
Todas as idades 7,8 (5,7;8,4) 8,3 (7,1;10,3) 5,6 (-10,9;64,1)
Masculino
Padronizada por idade 18,7 (13,2;20,4) 12,1 (10;15,1) -35,4 (-43,3;-5,8)
Abaixo de 5 5,6 (3,8;7,7) 2,8 (2;3,5) -50,6 (-68,7;-20,8)
5-14 anos 0,5 (0,4;0,6) 0,4 (0,3;0,5) -19,9 (-41,6;4)
15-49 anos 4,2 (3,2;4,6) 3,7 (2,7;4,2) -11 (-26,7;2,7)
50-69 anos 37 (25,8;40,4) 24,3 (19,5;28,9) -34,3 (-42,7;-7,6)
70+ anos 137,9 (94;152,9) 95,2 (78,7;127,8) -31 (-42;9,4)
Todas as idades 10,2 (7,3;11,1) 11,6 (9,5;14,3) 13,4 (-0,7;63,1)

Fonte: Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 4-6. – Número de DALYs e taxas de DALYs padronizadas por idade (por 100 mil) por cardiomiopatia e miocardite, e variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas, 1990 e 2019.

Local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) n (II 95%) Taxa (II 95%)
Brasil 431381,3 (349546,5;465068,6) 399,4 (319,6;426,4) 545772,4 (484988,7;621356,8) 238,6 (213;272,3) -40,3(-45,8;-27,9)
Acre 722,8 (619,6;863,1) 272,1 (238,3;338,1) 1229,2 (1012,3;1861,1) 172,3 (141,3;266,4) -36,7(-48,7;-14)
Alagoas 10120,9 (7613,2;12457,1) 491,5 (368,6;575,8) 9795 (8429,4;11297,2) 287,2 (248,3;330,5) -41,6(-53,2;-22,6)
Amapá 297,3 (252,1;377,5) 209,2 (183,3;265) 1082,7 (939,5;1485,3) 174,1 (150,6;240,6) -16,8(-28,8;-0,8)
Amazonas 2624,3 (2276,7;3320,4) 238,6 (212,3;300,2) 4833,5 (3967;7682,5) 144,2 (117,3;234,9) -39,6(-50,3;-16,2)
Bahia 31147,8 (25438,5;35521,1) 360,6 (285,8;411,6) 33834,2 (27283,1;46340) 211,1 (169,7;287,7) -41,5(-55,2;-10,8)
Ceará 16413,7 (13000,4;20157,3) 260,6 (210,1;309,8) 18369,4 (16682,7;20144,2) 188,2 (170,6;206,9) -27,8 (-41,3;-10,1)
Distrito Federal 22092,3 (17022,6;28315,1) 375,8 (300,5;461,9) 23436,2 (19481,4;28927,2) 232,7 (193,4;287) -38,1(-53,2;-18,4)
Espírito Santo 4337,8 (2752,8;5019,5) 513,1 (321;593,1) 7071,6 (4676,3;8364,2) 264,3 (180,3;309,9) -48,5(-56,3;-37,4)
Goiás 5815,7 (5216;6419,7) 326,8 (289,2;356) 8951,2 (7601,8;12062,7) 209 (177,8;281,7) -36(-46,3;-14,9)
Maranhão 16299,6 (9819,3;19412,6) 652,4 (364,1;778,8) 20523,4 (15577,5;24450) 294,8 (224,3;350,1) -54,8(-64,3;-32,3)
Mato Grosso 14600,5 (9341,4;21713) 279,7 (193,3;432,5) 13913,1 (10913,9;22240,9) 185,5 (144,9;308) -33,7(-56,5;-3,8)
Mato Grosso do Sul 3653,5 (2937,1;4296,1) 329,9 (267,5;377,3) 6406,5 (5543;8476,1) 188,5 (163,6;246,6) -42,9(-53,3;-20,3)
Minas Gerais 4885,5 (3587,2;5423,8) 446,6 (313,4;496,6) 6646 (5713;8721,8) 227 (196,5;295,2) -49,2(-58;-23,3)
Pará 6504,4 (5594,8;8556,8) 234,7 (203,8;304,6) 11934,4 (9785,4;18602,1) 154,4 (126,4;242) -34,2(-46,7;-11,4)
Paraíba 12024,3 (8553,7;14204,9) 431,4 (300,4;502,6) 12785,5 (10190,5;14695,4) 275,2 (220,1;316,3) -36,2(-47,4;-20,6)
Paraná 22264,3 (17934,9;23976,9) 397,2 (309,5;430,3) 22812,7 (18990,6;32682,4) 182,6 (152,5;255,5) -54(-62,8;-27,9)
Pernambuco 18399,6 (15769,6;21268,1) 329,9 (284,7;372) 25233 (21518,1;30713,1) 247,5 (212,1;302,5) -25(-36,1;-11,2)
Piauí 6969,2 (5802,9;8446,6) 324,4 (276,8;385,1) 6207,9 (5130,4;9242,6) 165,6 (137;246,5) -49(-61,3;-27,4)
Rio de Janeiro 38312,2 (31811,2;46419,8) 357,1 (300,2;427,9) 71716 (46879,8;84553,9) 339,7 (225,5;397,7) -4,9(-40,6;13,4)
Rio Grande do Norte 5015,5 (4362,7;6077,7) 245,3 (213,5;305,8) 5882,6 (4598,4;9395,7) 152,6 (119,7;243,4) -37,8(-51,4;-15,2)
Rio Grande do Sul 16956,7 (14758;25507,2) 235,3 (205,2;353,1) 20924,4 (16731,2;34591,4) 148,7 (120,1;241) -36,8(-45,4;-23,2)
Rondônia 1570 (1255,2;2025) 320,2 (271,4;395,1) 2888,2 (2353,2;4117,1) 178,6 (146,2;255,3) -44,2(-55,8;-22,1)
Roraima 426,7 (289,1;506,9) 490,8 (321,1;566,9) 1273,9 (964,2;1442) 295,1 (225;332,4) -39,9(-49;-21,5)
Santa Catarina 10131 (9082,5;11640,1) 350,2 (302,4;387,2) 14421,3 (12268,6;20029,6) 185,8 (158,6;254,9) -47(-55,1;-30,5)
São Paulo 116500,2 (79828,7;128970,3) 509,1 (334,8;567,6) 149627 (103165,1;174050,1) 294,5 (205,5;340,4) -42,1(-49,3;-30,3)
Sergipe 3629 (3125,9;4094) 351,7 (303,7;394,9) 4389,6 (3599,6;6196,4) 190,2 (156,5;267,7) -45,9(-57,3;-21)
Tocantins 2297,9 (1812;2752) 362,6 (285,6;424,6) 3071,7 (2577,8;3989,1) 204,4 (171,7;268,2) -43,6(-55,4;-16,6)

Fonte: Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 4-7. – Rates of DALYs due to cardiomyopathy and myocarditis (per 100 000) and percent change of rates, by age and sex, Brazil, 1990 and 2019.

Grupo etário e sexo 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Ambos
Padronizada por idade 399,4 (319,6;426,4) 238,6 (213;272,3) -40,3 (-45,8;-27,9)
Abaixo de 5 498,4 (398,1;630,1) 222,3 (171,8;275,3) -55,4 (-68,1;-37)
5-14 anos 37,1 (31,7;41,3) 27,9 (22,7;32,8) -24,7 (-39,2;-9,3)
15-49 anos 156,7 (127,9;166,9) 127,2 (102;139,6) -18,8 (-26,7;-9,9)
50-69 anos 865,7 (657,8;930,7) 516,7 (455,5;593,5) -40,3 (-46,6;-25,6)
70+ anos 1841,8 (1402,3;2004,5) 1122,6 (969,8;1383,9) -39,1 (-46,4;-18,4)
Todas as idades 289,8 (234,9;312,5) 251,9 (223,8;286,8) -13,1 (-22,1;5,3)
Feminino
Padronizada por idade 321,1 (237,7;346,2) 165,7 (147,3;198) -48,4 (-55;-21,6)
Abaixo de 5 504,1 (343,7;638,6) 199,6 (160;250) -60,4 (-71,2;-36)
5-14 anos 34,7 (29,5;39,3) 24,1 (20,1;29) -30,6 (-41,7;-9,8)
15-49 anos 101,3 (78,6;109,6) 68,8 (61,5;77,4) -32,1 (-40,4;-13,7)
50-69 anos 644,9 (441,8;712,1) 324,8 (283,4;403,2) -49,6 (-57,7;-21,2)
70+ anos 1651,5 (1165,2;1824,5) 953,5 (799;1213,2) -42,3 (-51,4;-8,7)
Todas as idades 237,7 (176,4;258,6) 181,1 (160,3;216,3) -23,8 (-34,2;14,6)
Masculino
Padronizada por idade 484,8 (353,6;528,5) 320,4 (257,7;371,8) -33,9 (-41,8;-9,6)
Abaixo de 5 492,9 (334,4;675,3) 244,1 (181;309,8) -50,5 (-68,6;-20,5)
5-14 anos 39,5 (31,2;46,4) 31,6 (23;38,5) -19,9 (-41,1;3,6)
15-49 anos 213,9 (163,3;233,8) 187,1 (137,3;210,2) -12,5 (-27,6;0)
50-69 anos 1105,3 (785,4;1210,3) 733,9 (585,9;861,6) -33,6 (-41,9;-8)
70+ anos 2078,5 (1430,3;2306,7) 1353,1 (1144,9;1801,6) -34,9 (-44,9;1)
Todas as idades 343,1 (255,5;380,3) 326,1 (260,4;376,9) -5 (-17,6;28,2)

Fonte: Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 4-8. – Número de mortes e taxas de mortalidade padronizadas por idade (por 100 mil) por doença de Chagas, e variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas, 1990 e 2019.

Local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número de mortes (II 95%) Taxa de mortalidade (II 95%) Número de mortes (II 95%) Taxa de mortalidade (II 95%)
Brasil 7903,9 (2438,4;10073) 8,6 (2,8;10,9) 6523,3 (3350,2;11226,8) 2,8 (1,4;4,8) -67,5(-76,5;-0,4)
Acre 6,4 (3,6;18,3) 4 (2,3;11,4) 10,9 (5,1;31,4) 1,8 (0,8;5,1) -55,1(-75,4;2,3)
Alagoas 92,9 (38,9;165,2) 6,9 (2,9;12,5) 112,1 (73,1;189,6) 3,5 (2,3;5,9) -49,4(-68;0,7)
Amapá 2,5 (1,6;6,1) 2,5 (1,6;6,3) 6,9 (2,6;25,2) 1,3 (0,5;4,8) -48(-73;4,4)
Amazonas 22,3 (13,7;57,6) 2,8 (1,7;7,4) 38,1 (12,7;139,8) 1,3 (0,4;4,8) -53,7(-77,5;0)
Bahia 716 (174,3;1023,7) 10,4 (2,6;14,8) 750,6 (287,4;1055,3) 4,6 (1,8;6,5) -55,2(-68,1;2,8)
Ceará 120,7 (57,8;351,9) 3 (1,4;8,7) 177,6 (83,3;507,5) 1,8 (0,8;5,1) -39,9(-67,7;15,5)
Distrito Federal 198 (14,4;307,3) 35,1 (2,5;53,8) 172 (18,3;271) 7,7 (0,7;12,3) -78,1(-83,6;-5,2)
Espírito Santo 46,9 (33,7;102,7) 3,3 (2,3;7,3) 59,2 (24,3;205,2) 1,4 (0,6;4,7) -58,1(-78,4;2,1)
Goiás 1096,7 (67,1;1729,9) 52,3 (3,3;82,4) 705,6 (105,8;1137,9) 10,7 (1,5;17,3) -79,6(-84,3;-5,8)
Maranhão 89,2 (20,7;388,3) 3,5 (0,8;15,6) 121,2 (42,7;415) 1,8 (0,7;6,3) -47,6(-71,8;23,7)
Mato Grosso 52,8 (21,6;70,1) 6,4 (2,7;8,6) 77 (45,1;152,2) 2,3 (1,4;4,6) -63,6(-76,5;1,2)
Mato Grosso do Sul 67,7 (24,9;87) 7,4 (2,9;9,4) 66,9 (40,1;135,5) 2,3 (1,4;4,6) -69,1(-80,4;-5,3)
Minas Gerais 1976,9 (279,4;2880,5) 19,4 (2,9;28,1) 1215,5 (329,2;1749) 4,6 (1,2;6,6) -76,2(-82,1;-3,9)
Pará 86,3 (56,7;182,4) 4,1 (2,7;9) 110,3 (49,2;334,7) 1,6 (0,7;4,7) -61,9(-80,3;-1,1)
Paraíba 83,9 (42,3;228,1) 3,7 (1,9;10,2) 95,9 (54,3;236,1) 2 (1,1;4,9) -45,8(-68,2;2,2)
Paraná 415,3 (132,6;537) 8,4 (2,8;10,7) 316,7 (167,2;632,6) 2,4 (1,3;4,8) -70,7(-80,7;1)
Pernambuco 243,5 (128,6;419,2) 5,4 (2,9;9,5) 237,6 (150;541,9) 2,4 (1,5;5,4) -56(-73,2;2,4)
Piauí 86,7 (36,4;173,1) 6,4 (2,7;12,9) 101,6 (67,2;192,6) 2,7 (1,8;5,1) -58(-74,1;-0,2)
Rio de Janeiro 345,3 (224,4;698,8) 3,6 (2,4;7,2) 297,8 (135,9;1073) 1,3 (0,6;4,8) -62,9(-81,2;0)
Rio Grande do Norte 47,4 (27,1;134,3) 3 (1,7;8,5) 57,6 (24,3;176,4) 1,5 (0,6;4,5) -50,9(-73,2;-1,2)
Rio Grande do Sul 211 (149;418,7) 3,3 (2,3;6,5) 202 (91,2;715,3) 1,3 (0,6;4,7) -60,1(-79,8;0,7)
Rondônia 31,3 (10,4;42,3) 9,7 (3,3;12,9) 38,5 (24,9;79,8) 2,5 (1,6;5,1) -73,9(-84,2;-1,7)
Roraima 2,1 (1,3;5,7) 3,6 (2,2;9,9) 5,4 (1,9;19,7) 1,5 (0,5;5,3) -58,8(-79,3;4,7)
Santa Catarina 76,3 (55;170,7) 3,1 (2,2;7) 96,2 (38,7;352,7) 1,2 (0,5;4,3) -61,2(-80,7;0)
São Paulo 1718,8 (479,1;2275,6) 8,3 (2,5;10,8) 1352,9 (542,9;2400,9) 2,5 (1;4,5) -69,4(-78,6;-1,4)
Sergipe 29,8 (18,4;71,4) 3,9 (2,4;9,6) 39,2 (19,3;110,3) 1,7 (0,9;4,9) -56,1(-75;-8,1)
Tocantins 37,4 (10,8;60,2) 9,9 (2,8;16) 58,1 (22,9;82,6) 4,1 (1,6;5,8) -58,3(-75,5;2,4)

Fonte: Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 4-9. – Número de casos prevalentes e taxas de prevalência (por 100 mil) padronizadas por idade de insuficiência cardíaca por todas as causas, e variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas, 1990 e 2017.

Local 1990 2017 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) n (II 95%) Taxa (II 95%)
Brasil 670194,8 (589952,6;753672,6) 818,1 (718,1;922,8) 1686320,1 (1478563,8;1890537,3) 777,2 (680;874,8) -5 (-7,1;-3)
Acre 1235,9 (1083,5;1395,6) 764,3 (668,5;869) 4025,6 (3559,4;4534,9) 728,8 (638,1;830,1) -4,6 (-10,1;1,8)
Alagoas 9783 (8509,2;11210,5) 752,5 (654,5;861,9) 22691,5 (19784,3;25922) 764,8 (664,4;879,3) 1,6 (-5,7;8,3)
Amapá 748,2 (662;841,1) 779,1 (680,7;889,6) 3278,9 (2865,5;3672,3) 749,3 (651,9;845,2) -3,8 (-9,5;2,6)
Amazonas 6097,6 (5376,6;6855,3) 809,8 (709,1;919) 19459,2 (17131;21872,1) 775,9 (678,8;884,1) -4,2 (-10,2;1,9)
Bahia 52840,3 (46323,4;60082) 783,5 (685,2;893) 118062,7 (103361,3;134066,1) 753,3 (656,9;857,9) -3,8 (-9,6;2,5)
Ceará 30093,8 (26385,1;34137,4) 739,5 (648;842,1) 77144,8 (67097,6;87800,2) 785,5 (682,6;896) 6,2 (-0,8;14,2)
Distrito Federal 4256,7 (3710,8;4838,9) 813,3 (701,7;932) 16100,7 (13996,8;18333,4) 753,5 (654,5;850,2) -7,4 (-13,1;-0,6)
Espírito Santo 11320,9 (9847,7;12942,2) 841,5 (730,3;961,6) 31391,5 (27390,7;35566,7) 782,7 (680;889,7) -7 (-13,2;-0,6)
Goiás 14142 (12371,7;16150,6) 800,7 (703,5;912,7) 46168,1 (40298,2;52244,1) 753 (655,9;854) -6 (-12,9;1)
Maranhão 18235,7 (15857,1;20802,4) 747,2 (650,9;852,8) 49180,9 (43277;55993,9) 795,1 (697,6;907,8) 6,4 (0,2;13,5)
Mato Grosso 5774,8 (5067;6502,3) 819,3 (712,6;938) 21845,3 (19017,4;24622) 789,4 (688;895,4) -3,7 (-9,6;3)
Mato Grosso do Sul 6795,1 (5934,8;7652) 846,4 (740,2;961,2) 21183 (18418,4;24002) 816 (710,9;922,6) -3,6 (-9,3;3,4)
Minas Gerais 74411,2 (64608;84527,1) 826,9 (722;940,5) 187809,8 (163412,5;214570,5) 759,5 (659,4;867) -8,1 (-14,2;-1,6)
Pará 16002,3 (14153,8;18014,5) 789,4 (694,3;893,2) 46324,1 (40809,4;52186,1) 746,6 (652,1;844,8) -5,4 (-11,3;0,9)
Paraíba 17922,4 (15619,1;20442,3) 772 (675,4;881) 36827,2 (32186,6;41911,1) 794,6 (693,4;902,5) 2,9 (-3,6;10,2)
Paraná 35843,5 (31360,3;40661,2) 834,4 (726,6;948,5) 93386,5 (81689;106563,6) 779,7 (684;892,6) -6,6 (-12,2;0,1)
Pernambuco 34084,1 (29826,4;39017,2) 793,9 (695;908,1) 72004 (62756,3;81953,9) 753,9 (655,5;862,9) -5 (-11,2;1,3)
Piauí 11016,2 (9596,9;12503,6) 803,5 (698,9;912,6) 29097,2 (25425,9;33105,2) 812,7 (708,9;927) 1,1 (-5,6;8,5)
Rio de Janeiro 72976,8 (63619,5;83192) 850,4 (744;970,5) 162697,6 (140265,7;185508,6) 778,9 (674,2;887,1) -8,4 (-14,1;-1,7)
Rio Grande do Norte 13462,3 (11756,9;15396,2) 827 (720,5;948,1) 31332,8 (27529,6;35470,6) 839 (734;955,6) 1,5 (-4,9;8,1)
Rio Grande do Sul 51590,7 (45263,1;58166,6) 862,8 (754,1;980) 115132,9 (100064,2;130860) 787,4 (685,2;894,6) -8,7 (-14,7;-2,9)
Rondônia 2451,8 (2150,6;2766,5) 813,4 (710,9;925,4) 9980,6 (8742,3;11325) 766 (669,2;872,1) -5,8 (-11,9;1)
Roraima 419,1 (368,5;471,8) 809,3 (706,3;925) 2297,9 (2000,3;2611) 774,6 (674,4;884,7) -4,3 (-10,5;2)
Santa Catarina 19387,5 (16978;21842,4) 847 (741,4;957,7) 55662,9 (48893,1;63470,8) 779,6 (685,4;894,9) -8 (-13,7;-2)
São Paulo 150009 (131202;169778,7) 842,8 (734,6;959,2) 387169,5 (336629;442688,8) 787,9 (685;899,2) -6,5 (-12,8;-0,4)
Sergipe 6409,8 (5592,5;7302,6) 754,4 (657,2;860,7) 15587,4 (13661,6;17664,6) 763,8 (668,4;870,4) 1,2 (-4,7;8,8)
Tocantins 2884,2 (2501,8;3284,4) 789,5 (691,7;906,1) 10477,4 (9147,4;11899) 796,5 (692,4;907,9) 0,9 (-5,9;8,5)

Fonte: Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 4-10. – Taxas de prevalência de insuficiência cardíaca (por 100 mil) e variação percentual das taxas, por grupo etário e sexo, Brasil, 1990 e 2017.

Grupo etário e sexo 1990 2017 Variação percentual (II 95%)
Padronizada por idade 818,1 (718,1;922,8) 777,2 (680;874,8) -5 (-7,1;-3)
Abaixo de 5 46,3 (32;63,8) 45 (30,8;61,9) -2,9 (-5,5;-0,1)
5-14 anos 34,7 (24,2;47,2) 34,1 (23,6;46,7) -1,6 (-4,5;1,3)
15-49 anos 107,1 (90,7;124,8) 119 (100,2;139,3) 11,1 (5,5;15,6)
50-69 anos 1391,6 (1172,1;1627,5) 1330,4 (1125,6;1570,4) -4,4 (-6,9;-1,8)
70+ anos 8249,1 (6918,9;9752,5) 8530,2 (7265,9;9922,9) 3,4 (-1;8)
Todas as idades 448,5 (394,8;504,4) 796,1 (698,1;892,6) 77,5 (72,3;82,4)
Masculino
Padronizada por idade 811,8 (714;916,9) 750,6 (656,2;845) -7,5 (-10,2;-4,8)
Abaixo de 5 46,8 (32,2;64,5) 45,2 (31;62,1) -3,6 (-7,2;0,4)
5-14 anos 34,3 (23,7;46,9) 33,4 (23,1;45,9) -2,5 (-6,6;1,7)
15-49 anos 105,3 (89;122,4) 114,2 (95,6;134,7) 8,5 (0,5;14,2)
50-69 anos 1386,9 (1164,2;1643,5) 1311,3 (1102,4;1555,5) -5,4 (-9,1;-1,5)
70+ anos 8083,9 (6784,9;9549,3) 7926,1 (6721,2;9286,2) -2 (-6,4;2,9)
Todas as idades 415,6 (367,7;466,8) 685 (602,9;770) 64,8 (59,3;70,4)
Feminino
Padronizada por idade 820,9 (721;933,2) 794,7 (694,4;900,6) -3,2 (-6,5;-0,1)
Abaixo de 5 45,8 (31,6;63,3) 44,8 (30,7;63,3) -2,1 (-5,7;2,2)
5-14 anos 35,1 (24,7;47,9) 34,9 (24,3;47,2) -0,7 (-4,6;3,1)
15-49 anos 109 (91,7;126,6) 123,7 (103,9;144) 13,5 (8,8;18,3)
50-69 anos 1395,9 (1183,9;1632,2) 1347,3 (1137,1;1586,4) -3,5 (-6,9;0,3)
70+ anos 8381,9 (7012,1;9982,4) 8968,9 (7622,9;10482,3) 7 (1,1;12,8)
Todas as idades 480,8 (422,3;544,4) 902,3 (790,2;1020,9) 87,7 (81;94,4)

Fonte: Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2017, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 4-4. -Taxas de DALYs atribuídos a cardiomiopatia e miocardite padronizadas por idade e para todas as idades, por 100 mil habitantes, no Brasil de 1990 a 2017.

Figura 4-4

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2017, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 152

Cardiomiopatia e Miocardite

Prevalência e Incidência

•De acordo com as estimativas do Estudo GBD 2019, a prevalência padronizada por idade de cardiomiopatia e miocardite diminuiu no Brasil, passando de 76,6 (II 95%, 53,4-107,2) em 1990 para 73,0 (II 95%, 51,1-100,1) em 2019, uma redução de 4,7% (II 95%, - 9,5 a 0,8) no período ( Figura 4-1 .A e Tabela 4-1). Em números absolutos, as estimativas de prevalência de cardiomiopatia e miocardite no Brasil passaram de menos de 60 mil em 1990 para mais de 160 mil em 2019, principalmente devido ao crescimento e envelhecimento da população ( Figura 4-1 .B). A prevalência de cardiomiopatia e miocardite foi maior nos homens (98,9; II 95%, 69,5-137,2) do que nas mulheres (54,1; II 95%, 38,4-73,8) em 2019, embora tenha havido uma diminuição da prevalência de 5% (II 95%, -11,6 - 0) para mulheres e de 2,9% (II 95%, -9,1 - 0) para homens no período. 46

•De acordo com as estimativas do Estudo GBD 2019, a prevalência de cardiomiopatia e miocardite varia bastante entre as UF brasileiras, não tendo a variação percentual sido homogênea entre 1990 e 2019 (Tabela 4-1). Em 2019, as maiores taxas foram observadas nos estados de São Paulo, Paraíba e Roraima. De 1990 a 2019, houve aumento das taxas de prevalência padronizadas por idade em Goiás e no Maranhão, e diminuição nas demais UF. 46

•Segundo as estimativas do Estudo GBD 2019, as taxas de incidência padronizadas por idade por 100 mil por ano foram 15,8 (II 95%, 12,7-19,2) em 1990 e 15,8 (II 95%, 12,7-19,2) em 2019, com uma pequena variação de -0,2% (II 95%, -0,3 a -0,2) no período (Tabela 4-2). Os números absolutos de casos incidentes foram 18.583 (II 95%, 14.825-22.718) em 1990 e 35.863 (II 95%, 28.946-43.756) em 2019. Esse aumento acha-se relacionado ao crescimento e envelhecimento da população. A Tabela 4-3 mostra as taxas de incidência de cardiomiopatia e miocardite por 100 mil habitantes, por idade, para ambos os sexos, em 1990 e 2019, e a variação percentual das taxas. Em 1990 e 2019, as mais altas taxas foram observadas no grupo ‘70+ anos’. De 1990 a 2019, a incidência aumentou nos grupos etários de ‘15-49 anos’ e ‘70+ anos’ para mulheres e homens. 46

Mortalidade

•De acordo com as estimativas do Estudo GBD 2019, as taxas de mortalidade por cardiomiopatia e miocardite pareceram aumentar na década de 1990, mas diminuíram nas duas décadas seguintes ( Figura 4-2 ). Como mostra a Tabela 4-4, as taxas de mortalidade foram 15,9 (II 95%, 12,4-17,1) em 1990 e 9,4 (II 95%, 8,3-11,1) em 2019 por 100 mil habitantes, uma redução de 40,8% (II 95%, -46,6 a -25,4). Apesar dessa diminuição nas taxas de mortalidade, o número de mortes por cardiomiopatia e miocardite aumentou naquele período devido ao crescimento e envelhecimento da população. Cardiomiopatia e miocardite foram responsáveis por 13.408 (II 95%, 8417-10.163) mortes em 1990, número que se elevou para 21.425 (II 95%, 17.885-21.745) mortes em 2019. As estimativas do Estudo GBD 2019 das taxas de mortalidade por cardiomiopatia referem-se a casos com cardiomiopatia listada como causa básica de morte. As mortes por insuficiência cardíaca que resulta de outras causas específicas são atribuídas à doença de base, i.e., mortes relacionadas a cardiomiopatia isquêmica são codificadas como devidas a doença isquêmica do coração. Além disso, para o projeto GBD, a insuficiência cardíaca não é considerada uma causa de morte primária e, portanto, todas as mortes codificadas como relacionadas a insuficiência cardíaca são recodificadas para a condição de base (ver adiante). 46

Figura 4-2. Taxas de mortalidade por cardiomiopatia e miocardite padronizadas por idade e para todas as idades, por 100 mil habitantes, Brasil, 1990-2019.

Figura 4-2

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A Tabela 4-4 também mostra o número total de mortes e as taxas de mortalidade padronizadas por idade (por 100 mil habitantes) por cardiomiopatia e miocardite, além da variação percentual das taxas, por UF e no Brasil, em 1990 e 2019. Todas as UF apresentaram diminuição das taxas de mortalidade, tendo as maiores reduções percentuais sido observadas entre 1990 e 2019 em Goiás e no Paraná. Em 2019, as UF com as mais baixas taxas de mortalidade (abaixo de 6,0) foram Amazonas, Rio Grande do Norte e Pará.

•A Tabela 4-5 mostra as taxas de mortalidade por cardiomiopatia e miocardite de acordo com o sexo e os grupos etários, com base nas estimativas do Estudo GBD 2019. As mulheres apresentaram as mais baixas taxas de mortalidade padronizadas por idade, assim como uma redução mais pronunciada de 1990 a 2019. As taxas de mortalidade por cardiomiopatia e miocardite em mulheres foram 13,5 (II 95%, 9,9-14,7) em 1990 e 7,2 (II 95%, 6,2 - 9) em 2019, uma redução de 46,6% (II 95%, -54,8 a -0,2). As taxas nos homens foram 18,7 (II 95%, 13,2 - 20,4) em 1990 e 12,1 (II 95%, 10 - 15,1) em 2019, uma variação de -35,4% (II 95%, -43,3 a -0,1). Como esperado, as mais altas taxas de mortalidade foram observadas no grupo de 70+ anos, sendo, em 1990, 127,2 (II 95%, 96,5-138,3) e, em 2019, 84,6 (II 95%, 72,1-104) por 100 mil. Para o grupo de 50-69 anos, as taxas foram 29,2 (II 95%, 22 – 31,4) em 1990 e 17,2 (II 95%, 15,1 - 20) em 2019 por 100 mil. No geral, as taxas de mortalidade diminuíram de 1990 a 2019 em todos os grupos etários. 46

•O Estudo GBD 2019 usa o SDI como uma estimativa do nível socioeconômico de uma localidade. A Figura 4-3 mostra a correlação entre o SDI e a taxa de mortalidade padronizada por idade por cardiomiopatia e miocardite, por 100 mil habitantes, em 1990 e e 2019. Não houve correlação entre a taxa de mortalidade padronizada por idade e o SDI em 1990 (R = - 0,36, p=0,068). Entretanto, houve significativa correlação entre a taxa de mortalidade padronizada por idade e o SDI em 2019 (R = 0,4, p=0,041). 90

Figura 4-3. -Correlação entre taxa de mortalidade por cardiomiopatia e miocardite padronizada por idade, por 100 mil habitantes, e o índice sociodemográfico (SDI) de 1990 e 2019.

Figura 4-3

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Em estudo relatando dados da Fundação SEADE, do estado de São Paulo, as cardiomiopatias foram responsáveis por um total de 3.571 óbitos, correspondendo a 23,3% das mortes relacionadas a insuficiência cardíaca em 2006, a saber: cardiomiopatia dilatada, responsável por 17,2% das mortes; cardiomiopatia alcoólica, por 0,45%; e cardiomiopatias restritivas, por 0,37%. A CMCh e a cardiomiopatia alcoólica foram responsáveis por 7,8% e 0,45% das mortes relacionadas a insuficiência cardíaca, respectivamente. 135

•Dados sobre cardiomiopatias específicas são escassos. Em estudo de coorte de 214 pacientes com CMH, acompanhados por 7 anos em um hospital terciário de São Paulo, a idade média foi 37±16 anos, sendo 52% mulheres. Houve 22 mortes (10%), 15 diretamente relacionadas à CMH (11 mortes súbitas). As taxas de sobrevida acumulada foram 94,5% em 5 anos, 91% em 10 anos e 87,9% em 15 anos, com taxa de mortalidade anual de 1%, que é baixa, considerando que o estudo foi realizado em um centro de referência. 136

Carga de Doença

•De acordo com as estimativas do GBD 2019, as tendências das taxas de DALYs padronizadas por idade por cardiomiopatia e miocardite foram similares àquelas de mortalidade, com pequeno aumento na década de 1990 e diminuição nas décadas seguintes. Como mostra a Tabela 4-6, as taxas de DALYs padronizadas por idade foram 399,4 (II 95%, 319,6-426,4) em 1990 e 238,6 (II 95%, 213-272,3) em 2019, por 100 mil habitantes, uma diminuição de 40,3% (II 95%, -45,8 a -27,9). Tais mudanças são similares àquelas observadas nas taxas de mortalidade. A despeito dessa diminuição nas taxas de DALYs, cardiomiopatia e miocardite foram responsáveis por 431.381 (II 95%, 349.546-465.068) DALYs no Brasil em 1990 e por 545.772 (II 95%, 484.988-621.356) em 2019, o que representa 0,62% de todos os DALYs. 46

•A Tabela 4-7 mostra as taxas de DALYs por cardiomiopatia e miocardite de acordo com sexo e grupo etário, a partir das estimativas do Estudo GBD 2019. As taxas de DALYs padronizadas por idade foram menores nas mulheres, que também apresentaram a redução mais pronunciada de 1990 a 2017. As taxas de DALYs para mulheres foram 321,1 (II 95%, 237,7-346,2) em 1990 e 165,7 (II 95%, 147,3 - 198) em 2019, uma redução de 48,4% (II 95%, -55 a – 0,2). As taxas de DALYs para homens foram 484,8 (II 95%, 353,6 – 528,5) em 1990 e 320,4 (II 95%, 257,7 – 371,8) em 2019, uma redução de 33,9% (II 95%, -41,8 a -0,1). Como esperado, as mais altas taxas de DALYs foram observadas no grupo de 70+ anos, seguido pelo grupo de 50-69 anos. No geral, as taxas de DALYs diminuíram de 1990 a 2019 em todos os grupos etários (Tabela 4-4). 46

Doença de Chagas Crônica e Cardiomiopatia Chagásica

Prevalência e Incidência

•A prevalência de DCh no Brasil em 2010 foi estimada em 1.156.821 pela Organização Mundial da Saúde, 137 sendo essa a última estimativa oficial disponível, publicada em 2015. De acordo com tal estimativa, o número de indivíduos com CMCh no Brasil era 231.364. 137 Esses números revelam uma tendência significativa de diminuição de casos humanos de DCh no Brasil em relação a estimativas anteriores, sendo isso atribuído a vários fatores, mas principalmente à quase completa interrupção da transmissão vetorial e transfusional no Brasil.

•De acordo com as estimativas do Estudo GBD 2019, a prevalência padronizada por idade de DCh diminuiu significativamente no Brasil, 37,7% (II 95%, -40,2 a -35,2) de 1990 a 2019, passando de 1.463 (II 95%, 1.240-1.711) em 1990 para 912 (II 95%, 788-1.048) em 2019 por 100 mil habitantes. A prevalência de DCh no Brasil em 2019 foi maior entre os homens [987 (II 95%, 856,4 – 1.141,3)] do que entre as mulheres [841 (II 95%, 723,2-962)]. 46

•Em uma revisão sistemática de estudos de base populacional sobre a prevalência de DCh no Brasil realizados de 1980 a setembro de 2012, 42 artigos com dados relevantes de prevalência foram identificados a partir de um total de 4.985 referências. 138 A estimativa combinada de prevalência de DCh a partir dos estudos para todo o período foi 4,2% (IC 95%, 3,1-5,7), variando de 4,4% (IC 95%, 2,3-8,3) na década de 1980 a 2,4% (IC 95%, 1,5-3,8) após 2000. A prevalência estimada de DCh para homens e mulheres foi similar (4,1% [IC 95%, 2,6-6,6], 4,2% [IC 95%, 2,6-6,8], respectivamente). A maior estimativa combinada de prevalência foi observada em indivíduos com idade >60 anos (17,7%; IC 95%, 11,4-26,5), nas regiões Nordeste (5,0%; IC 95%, 3,1-8,1) e Sudeste (5,0%; IC 95%, 2,4-9,9) e em áreas mistas (urbana/rural) (6,4%; IC 95%, 4,2-9,4). Estima-se que cerca de 4,6 milhões (IC 95%, 2,9-7,2 milhões) de pessoas tenham sido infectadas pelo T. cruzi em 2010. Essas estimativas são bem maiores do que as da Organização Mundial da Saúde para 2010. 137

Os autores observaram grande heterogeneidade na maioria das estimativas combinadas (I(2)>75%; p<0,001).

•No estudo de coorte retrospectivo sobre Chagas dos National Institutes of Health , REDS-II, doadores de sangue inicialmente saudáveis com uma doação-índice soropositiva para T. cruzi pareados por idade, sexo e período com doadores soronegativos foram acompanhados por 10 anos. 139

A incidência diferencial de cardiomiopatia atribuível à infecção por T. cruzi foi 1,85 por 100 pessoas-ano. 140

Mortalidade

•De acordo com o Estudo GBD 2019, o número de mortes por DCh no Brasil diminuiu nas últimas décadas ( Figura 4-5 ). Na década de 1990, a DCh foi responsável por 7903 (II 95%, 2438-10.073) mortes, que diminuíram para 6523 (II 95%, 3350-11.226) em 2019. A taxa de mortalidade padronizada por idade apresentou redução mais marcante (variação de -67,5%), passando de 8,6 (II 95%, 2,8-10,9) mortes por 100 mil habitantes em 1990 para 2,8 (II 95%, 1,8-4,8) por 100 mil habitantes em 2019, correspondendo a 1,6% de todas as mortes cardiovasculares no país. Em 2019, os homens apresentaram maiores taxas de mortalidade padronizadas por idade do que as mulheres (3,5, II 95%, 1,4-6,2; e 2,2, II 95%, 0,9-4,3, respectivamente). 46

Figura 4-5. -Taxas de mortalidade por doença de Chagas padronizadas por idade e para todas as idades, por 100 mil habitantes, Brasil, 1990-2019.

Figura 4-5

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A Tabela 4-8 apresenta o número total de mortes por DCh, as taxas de mortalidade padronizadas por idade (por 100 mil habitantes), para ambos os sexos, além da variação percentual das taxas, por UF e no Brasil, em 1990 e 2019. O número de mortes e as taxas de mortalidade variaram significativamente entre as UF nos dois anos. Em 1990, taxas de mortalidade mais altas (> 10 por 100 mil habitantes) foram observadas nas UF centrais brasileiras (Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e Bahia), com pico em Goiás (52,3 por 100 mil, II 95%, 3,3-82,4). Todas as UF apresentaram redução nas taxas de mortalidade, que variaram de 39,9% (II 95%, 67,7 a 15,5) no Ceará a 79,6% (II 95%, -84,3 a -5,8) em Goiás.

•A mortalidade estimada em crianças com menos de 5 anos é praticamente zero. Para os outros grupos etários, a redução nas taxas de mortalidade foi mais acentuada (variação de 76,2%, UI -86,5 a 29,5) no grupo etário de 5-49 anos, passando de 2,6 (UI 0,6-3,5) a 0,6 (UI 0,4-1,3) por 100 mil habitantes. A maioria das mortes ocorreu em indivíduos com 70+ anos, que apresentaram a menor redução percentual (-54,7%, UI -65-6,3) no período de 1990-2019: de 53 (UI 19,2-66,3) a 24 (10,4-36,1) por 100 mil habitantes. A diminuição na taxa de mortalidade padronizada por idade por 100 mil habitantes correlaciona-se com o SDI das UF brasileiras em 1990 (R = -0,56, p=0,003) e em 2019 (R = -0,63, p<0,001) ( Figura 4-6 ).

Figura 4-6. -Correlação entre a variação percentual das taxas de mortalidade por doença de Chagas padronizadas por idade, por 100 mil habitantes, de 1990 a 2019, e o índice sociodemográfico (SDI) em 1990 e em 2019.

Figura 4-6

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Vários estudos de base populacional mostraram uma redução na mortalidade por DCh no Brasil nas últimas décadas. Martins-Melo et al . 141 relataram uma redução gradual das taxas de mortalidade padronizadas em todo o país, de 3,78 (1999) para 2,78 (2007) mortes/ano por 100 mil habitantes (-26,4%). Nobrega et al . 142 mostraram que as taxas de mortalidade padronizadas diminuíram em todo o país em 32,4%, passando de 3,4% em 2000 para 2,3% em 2010. A taxa de mortalidade por envolvimento cardíaco diminuiu em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde aumentou em 1,6%. A região Nordeste apresentou a menor redução, enquanto a região Centro-Oeste, a maior. Simões et al . 143 estudando a evolução da mortalidade por DCh no Brasil de 1980 a 2014, fizeram uma previsão para a mortalidade de 2015 a 2034. Esses autores estimaram um declínio progressivo na mortalidade por DCh, que seria maior entre os jovens.

A redução média esperada foi de 76,1% em comparação ao último período observado (2010-2014) e ao último período previsto (2030-2034). As regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul apresentaram uma redução na taxa de mortes por DCh entre 2000 e 2014. A taxa de mortalidade na região Nordeste não diferiu estatisticamente em nenhum período analisado, mas, na região Norte, apresentou tendência a aumento.

•Tendo por base o SIM, cuja abrangência é nacional, um estudo analisou todas as declarações de óbito emitidas entre 1999 e 2007 no Brasil 141 e concluiu que a DCh foi mencionada em 53.930 (0,6%) declarações de óbito: como causa básica em 44.537 (82,6%) declarações de óbito, e como uma causa de morte associada em 9.387 (17,4%) declarações de óbito. A DCh aguda foi responsável por 2,8% das mortes. A taxa de mortalidade padronizada média foi 3,36 por 100 mil habitantes/ano, que é 21% mais alta do que a taxa de mortalidade quando se considera apenas a causa básica de morte (2,78 mortes por 100 mil habitantes/ano).

A mortalidade proporcional, considerando-se múltiplas causas de morte foi 0,6%. Os indivíduos que morreram por DCh foram predominantemente do sexo masculino (57%), com idade superior a 60 anos (62,8%) e residentes do Sudeste (53,6%). O Centro-Oeste apresentou a maior mortalidade proporcional de todas as regiões (2,17%). 141

•Na mesma base de dados, calculando a taxa de mortalidade média para cada município de residência e usando Empirical Bayesian Smoothing , uma análise espacial identificou um grande cluster com alto risco de mortalidade por DCh, envolvendo nove estados na região central do Brasil ( Figura 4-7 ). 144

•Nobrega et al ., em estudo descritivo usando dados do SIM sobre todas as mortes por DCh no Brasil entre 2000 e 2010, observaram que, nesse período, a maioria (85,9%) ocorreu em homens com mais de 60 anos, tendo sido causadas por comprometimento cardíaco. No período estudado, a taxa de mortalidade diminuiu em todas as faixas etárias, exceto naquela a partir de 80 anos ( Figura 4-8 ). 142

Figura 4-7. -Distribuição espacial das taxas médias de mortalidade relacionada à doença de Chagas, por 100 mil habitantes, com base em múltiplas causas de morte, por municipalidade, Brasil, 1999–2007.

Figura 4-7

Fonte: Martins-Melo et al. 141

•Um estudo de coorte retrospectivo utilizou ligação probabilística para identificar entre doadores de sangue de 1996 a 2000 (2.842 soropositivos e 5.684 soronegativos para DCh) aqueles que morreram até 2010. 145 Os autores identificaram 159 mortes entre os doadores soropositivos (5,6%) e 103 mortes entre os soronegativos (1,8%).

Os doadores soropositivos apresentaram um risco 2,3 vezes maior de morte por todas as causas (IC 95%, 1,8-3,0) em comparação aos soronegativos. Entre os doadores soropositivos, apenas 26 tiveram, como causa básica de morte, o código da CID-10 indicativo de DCh (B57.0/B57.5). 145 Os autores concluíram que a DCh é uma causa de morte subnotificada na base de dados brasileira de mortalidade.

•Ayub-Ferreira et al . compararam o mecanismo de morte na insuficiência cardíaca por CMCh com aquele de outras etiologias em um ensaio clínico prospectivo, o REMADHE, que incluiu pacientes a partir de 18 anos, com insuficiência cardíaca crônica irreversível por pelo menos 6 meses e fração de ejeção ventricular esquerda inferior a 50%. Dos 342 pacientes analisados, 185 (54,1%) morreram, sendo que desses, 56,4% eram portadores de DCh e 53,7% não. De todas as mortes no grupo com DCh, 48,4% foram relacionadas a piora da insuficiência cardíaca, 25,7% a morte súbita e 6,4% a acidente vascular cerebral. A incidência acumulada de mortalidade por todas as causas e mortalidade por insuficiência cardíaca foi significativamente maior em pacientes com DCh do que naqueles sem DCh. 146 Não houve diferença na incidência acumulada de mortalidade por morte súbita entre os dois grupos. Na cardiopatia chagásica grave, insuficiência cardíaca progressiva é o principal mecanismo de morte.

•Na Coorte de Idosos de Bambuí, um grande estudo de base populacional de idosos residentes em uma área endêmica para DCh, 1.479 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos (38,1% com teste positivo para T. cruzi ) foram acompanhados de 1997 a 2007. Durante o acompanhamento médio de 8,72 anos, 567 participantes morreram. A infecção por T. cruzi foi um preditor de mortalidade entre os membros da coorte e essa associação permaneceu altamente significativa após ajustes para idade, sexo e fatores de risco cardiovascular convencionais (HR = 1,56; IC 95%, 1,32-1,85). No geral, o RAP de mortalidade por infecção por T . cruzi foi 13,2% (IC 95%, 9,8-16,4). 147

•Nadruz et al . estudaram as tendências temporais no RAP de CMCh para mortalidade em 2 anos entre pacientes com insuficiência cardíaca arrolados nos períodos 2002-2004 (era 1) e 2012-2014 (era 2) em um hospital universitário brasileiro. Foram estudados prospectivamente 362 (15% com CMCh) e 582 (18% com CMCh) pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção ≤ 50% nos períodos 1 e 2, respectivamente, tendo-se estimado o RAP de CMCh para mortalidade em 2 anos. Embora os números absolutos de morte tenham diminuído com o tempo nos grupos de CMCh e CMNCh, o RAP de CMCh para mortalidade aumentou entre os pacientes com insuficiência cardíaca [RAP (era 1) = 11,0 (IC 95%: 2,8-18,5%); RAP (era 2) = 21,9 (IC 95%: 16,5-26,9); p=0.023 vs. era 1], devido a aumento no HR associado com DCh. 148

•Em um estudo de coorte, 298 pacientes com DCh foram acompanhados de março de 1995 a setembro de 2019 no município de Virgem da Lapa, em Minas Gerais. No período de 24 anos estudado, 113 (37,9%) mortes foram registradas na coorte, 107 (35,9%) das quais foram atribuídas a doença do coração: apenas 10 (11,6%) ocorreram em 86 pacientes sem cardiomiopatia, 49 (31,4%) em 156 pacientes com cardiomiopatia e 48 (85,7%) em 56 pacientes com aneurisma de ventrículo esquerdo. O risco de morte foi significativamente maior (7,4 vezes) em pacientes com aneurisma de ventrículo esquerdo. 149

•Em um estudo de coorte que acompanhou por dois anos 1.637 pacientes com DCh vivendo em 21 municípios onde a DCh é endêmica, 205 (12,5%) deles apresentaram novos eventos cardiovasculares, 134 dos quais (8,2%) morreram, 28 (1,7%) desenvolveram fibrilação atrial e 43 (2,6%) necessitaram de implantação de marca-passo. Os residentes dos municípios com maior população rural apresentaram proteção contra eventos cardiovasculares (OR = 0,5; IC 95%, 0,4-0,7), enquanto os moradores dos municípios com menor número de médicos por 1.000 habitantes (OR = 1,6; IC 95%, 1,2-2,5) e aqueles residindo em municípios com menor cobertura da atenção primária à saúde (OR = 1,4; IC 95%, 1,1-2,1) apresentaram maiores chances de experienciar eventos cardiovasculares. 150

•Em um estudo de coorte incluindo 1.551 pacientes com CMCh em Minas Gerais, foi desenvolvido um escore preditivo de mortalidade em 2 anos. O escore incluiu variáveis simples, como idade, classe funcional da New York Heart Association , frequência cardíaca, duração do QRS e níveis anormais de NT-proBNP ajustado para idade. As taxas de mortalidade observadas nos grupos de risco baixo, médio e alto foram 0%, 3,6% e 32,7%, respectivamente, na coorte de derivação e 3,2%, 8,7% e 19,1%, respectivamente, na coorte de validação, com estatística C de 0,82 e 0,71, respectivamente. Esse parece ser um escore útil e simples para ser usado em áreas remotas com limitados recursos tecnológicos. 151

Carga de Doença

•De acordo com o Estudo GBD 2019, foram estimados 174.194 DALYs (II 95%, 109.039-302.974) devidos a DCh no Brasil, com uma redução relativa de 32,1% em comparação ao valor de 1990 (256.380 DALYs, II 95%, 81.697-328.720). As taxas de DALYs padronizadas por idade diminuíram em nível nacional (-70,5%) e em todas as UF brasileiras entre 1990 e 2019, mas com diferentes padrões regionais ( Figura 4-9 ). A diminuição nas taxas de DALYs foi primariamente devida a uma redução consistente nas taxas de YLLs, o principal componente do total de DALYs por DCh. A maior carga fatal e não fatal por DCh foi observada entre os homens e os idosos e nas UF brasileiras com importantes áreas endêmicas de transmissão vetorial no passado, como Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal. 46

Figura 4-8. -Taxas padronizadas de mortalidade por doença de Chagas no Brasil de acordo com o grupo etário (em anos) e o ano de ocorrência, de 2000 a 2010.

Figura 4-8

Fonte: Nóbrega et al. 142

Insuficiência cardíaca

•Como a insuficiência cardíaca não é considerada uma causa básica de morte (i.e., código garbage ) no Estudo GBD, todas as mortes atribuídas a insuficiência cardíaca nas declarações de óbito são reclassificadas e/ou redistribuídas para outras causas, de acordo com o método do GBD. Assim, não há dados do GBD sobre mortalidade por insuficiência cardíaca. A insuficiência cardíaca é classificada pelo GBD como um “comprometimento”, portanto, os únicos indicadores do GBD para insuficiência cardíaca são prevalência e YLDs, que é o componente de morbidade do DALYs.

Prevalência e Incidência

•De acordo com as estimativas do Estudo GBD 2017, a prevalência padronizada por idade de insuficiência cardíaca no Brasil passou de 818 (II 95%, 718-923) em 1990 para 772 (II 95%, 680-875) em 2017, uma diminuição de 5% (95 UI, -7,1 a -3) no período (Tabela 4-9). Em números absolutos, as estimativas de prevalência de insuficiência cardíaca no Brasil subiram de 0,67 milhão em 1990 para quase 1,7 milhão em 2017, principalmente devido a crescimento e envelhecimento da população. A prevalência de insuficiência cardíaca variou entre as UF brasileiras e a variação percentual não foi uniforme entre 1990 e 2017 (Tabela 4-9). Em 2017, as mais altas taxas foram observadas no Rio Grande do Norte e as mais baixas, no Acre. De 1990 a 2017, taxas de prevalência padronizadas por idade decrescentes foram observadas na maioria das UF, tendo aumento nas taxas ocorrido em 8 UF, principalmente na região Nordeste. 152

•A Tabela 4-10 mostra a prevalência de insuficiência cardíaca de acordo com sexo e grupo etário, a partir das estimativas do Estudo GBD 2017. A prevalência de insuficiência cardíaca foi maior em mulheres (795; II 95%, 694-901) do que em homens (751; II 95%, 656-845) em 2017, e a redução na prevalência de 1990 a 2017 foi mais pronunciada nos homens, sendo a porcentagem de diminuição 7,5 (II 95%, -10,2 a -4,8) para homens e 3,2 (II 95%, -6,5 a -0,1) para mulheres. Quanto aos grupos etários, as taxas de incidência aumentaram 10 vezes do grupo de 15-49 anos ao de 50-69 anos, e 6 vezes do último grupo ao de 70+ anos, tendo esses aumentos sido similares para mulheres e homens. De 1990 a 2017, a prevalência aumentou apenas no grupo de 15-49 anos, enquanto diminuiu nos demais, provavelmente em associação com a elevação de eventos isquêmicos naquele grupo etário. 152

•Uma revisão sistemática, avaliando a carga de insuficiência cardíaca na América Latina, incluiu 143 artigos publicados entre janeiro de 1994 e junho de 2014, com pelo menos 50 participantes com idade ≥ 18 anos; a maioria dos estudos incluídos (64%) foi do Brasil. 153 A idade média dos pacientes foi 60±9 anos, a fração de ejeção média, 36±9%, e a prevalência de insuficiência cardíaca, 1% (IC 95%, 0,1-2,7). Dos estudos incluídos, apenas um avaliou incidência, com 1.091 indivíduos identificados através de amostragem probabilística em múltiplas etapas na cidade de Porto Alegre. A idade média foi 42,8±16,9 anos e 55% eram mulheres. A incidência de insuficiência cardíaca em um estudo com apenas uma população fornecendo essa informação foi de 199 casos por 100 mil pessoas-ano. 154

•Em estudo de base populacional em atenção primária de uma cidade brasileira de tamanho médio, 633 indivíduos com idade ≥45 anos foram selecionados aleatoriamente e registrados em um programa de atenção primária.

A idade média foi 59,6±10,4 anos e 62% eram mulheres.

A prevalência de insuficiência cardíaca sintomática (estágio C) foi 9,3% e a de insuficiência cardíaca estágio B (anormalidades estruturais) foi 42,7%. Dos pacientes com insuficiência cardíaca, 59% apresentavam fração de ejeção preservada e 41% apresentavam fração de ejeção reduzida. 155

•Um estudo baseado na Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, com dados de 59.655 adultos (≥ 18 anos), encontrou prevalência autorrelatada de insuficiência cardíaca de 1,1%, representando cerca de 1,7 milhão de indivíduos. Naqueles acima de 60 anos, a prevalência foi de 3,3%. 156

•Outro estudo de base populacional com residentes da Zona da Mata, Minas Gerais, envolveu 7.113 idosos frágeis. A idade média foi 72,4 ± 8,0 anos, 67,6% eram mulheres e a prevalência de insuficiência cardíaca foi de 7,9%. 157

•Em estudo que incluiu 166 pacientes da área rural de Valença, Rio de Janeiro, a idade média foi 61± 14 anos e 51% eram homens. As principais etiologias foram hipertensiva e isquêmica, sendo 51% portadores de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, com características similares àquelas de coortes de centros terciários não rurais . 158

Mortalidade

•Em estudo avaliando dados do SIM de 2008 a 2012, insuficiência cardíaca foi um código garbage usado com frequência no Brasil. Foi listada como causa básica de morte em 123.268 (3,7%) daqueles registros e como causa múltipla de morte em 233.197 (7%). Utilizando 2 métodos de redistribuição para causas específicas de morte, apenas 38,7-44,8% puderam ser reclassificadas para uma causa definida de morte com o diagnóstico principal, dependendo do método de reclassificação. 159 A insuficiência cardíaca não deve ser considerada uma causa básica de morte, mas constar da cadeia de eventos que levam à morte. Portanto, qualquer análise de dados do SIM que use insuficiência cardíaca como causa básica de morte a partir de declarações de óbito deve ser interpretada com cautela, pois pode estar estimando de maneira errada a verdadeira carga de insuficiência cardíaca.

•Dados obtidos da Fundação SEADE para mortalidade no estado de São Paulo em 2006 avaliaram 242.832 mortes em estimativa de 41.654.020 habitantes. 135 Insuficiência cardíaca e etiologias a ela associadas (exceto doença valvar primária) foram responsáveis por 6,3% do total de mortes. Para esses dados, não houve distribuição nem reclassificação das causas básicas de morte, tendo todas as etiologias associadas com insuficiência cardíaca sido incluídas ao se considerar o impacto da insuficiência cardíaca na mortalidade total.

•Um estudo sobre mortalidade por insuficiência cardíaca nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul incluiu dados de 2.960.857 declarações de óbito de 1999 a 2005. As porcentagens de morte por insuficiência cardíaca foram 3,0% no formulário restrito (insuficiência cardíaca como causa básica de morte) e 9,0% no formulário abrangente (insuficiência cardíaca mencionada em qualquer linha da declaração de óbito) em 1999. As porcentagens diminuíram com o tempo, passando para 2,4% e 8,6%, respectivamente, em 2005. As taxas de mortalidade decresceram na maioria dos grupos etários, exceto naquele a partir de 80 anos. As taxas aumentaram com a idade e foram claramente mais elevadas entre homens até os 80 anos de idade. 160

•Um estudo de coorte brasileiro mostrou dados de 1.220 pacientes ambulatoriais de uma clínica especializada em insuficiência cardíaca, acompanhados por 26±26 meses, de 1991 a 2000. Os pacientes encontravam-se em classe funcional III e IV, tinham idade média de 45,5±11 anos e 78% deles eram homens. As principais etiologias foram cardiomiopatia dilatada (37%), DCh (20%) e cardiomiopatia isquêmica (17%). Durante o período de acompanhamento, 415 (34%) pacientes morreram e 71 (6%) foram submetidos a transplante cardíaco. A DCh foi preditor de mau prognóstico. 161

•Dados mais recentes de 700 pacientes consecutivos com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida de uma clínica ambulatorial de um centro de saúde terciário em São Paulo mostraram mortalidade de 1 ano de 6,8% (47 pacientes). O desfecho composto de morte e hospitalização foi observado em 123 pacientes (17,7%) e 7 pacientes (1%) foram submetidos a transplante cardíaco. A idade média dos pacientes foi 55,4±12,2 anos e 67% eram homens. As principais etiologias foram cardiomiopatia hipertensiva (26,0%), isquêmica (21,9%) e chagásica (17,0%). Níveis séricos elevados de ureia e de peptídeo natriurético cerebral, assim como pressão arterial sistólica baixa, foram preditores independentes de mortalidade geral em 1 ano na amostra. 162

•Em estudo relatando dados do Banco Nacional de Marcapasso Multissítio, incluindo 3.526 pacientes de 2002 a 2007 atendidos no SUS, a idade média dos pacientes foi 59,8±13,3 anos e 66% eram homens. A sobrevida geral dos pacientes submetidos à terapia de ressincronização cardíaca no Brasil foi 80,1% (IC 95%, 79,4-80,8) em 1 ano e 55,6% (IC 95%, 54,6-56,6) em 5 anos, enquanto a mediana da sobrevida geral foi 30,3 meses (IIQ, 16,1-50,9). Observou-se ainda melhora da sobrevida na coorte estudada de 2002 a 2007 (p=0,055). 163

Hospitalizações

•As hospitalizações são a principal consequência de insuficiência cardíaca descompensada, resultando em pior prognóstico e elevando os custos. O Estudo BREATHE avaliou uma amostra de pacientes admitidos por insuficiência cardíaca descompensada aguda. No total, 1.263 pacientes foram incluídos de 51 centros de diferentes regiões brasileiras em 2011 e 2012. A mortalidade hospitalar foi 12,6% e os indicadores de qualidade assistencial baseados nas recomendações de alta hospitalar foram alcançados em menos de 65% dos pacientes. 164

•Outros estudos sobre taxa de mortalidade, anteriores ao Estudo BREATHE, 165 , 166 mostraram taxas de mortalidade hospitalar similares, variando de 9% a 17%. 165

•Em uma comparação de pacientes com insuficiência cardíaca descompensada entre hospitais universitários terciários no Brasil e nos Estados Unidos, os pacientes dos Estados Unidos eram mais velhos (p < 0,01) e apresentaram maior prevalência da etiologia isquêmica (p < 0,01).

A permanência hospitalar foi significativamente mais curta (5 [IIQ, 3-9] vs. 11 [IIQ, 6-19] dias; p < 0,001) e a mortalidade hospitalar, menor (2,4% vs. 13%; p < 0,001) na coorte dos Estados Unidos, mas menos eventos clínicos nos 3 meses que se seguiram à alta foram observados nos pacientes brasileiros (42% vs. 54%; p = 0,02). Esse estudo ressalta a importância de se melhorar o conhecimento sobre insuficiência cardíaca em pacientes brasileiros para que se melhorem a assistência e os desfechos. 167

•Na revisão sistemática citada anteriormente, que avalia a carga de insuficiência cardíaca na América Latina, com 64% dos estudos incluídos provenientes do Brasil, 153 as taxas de hospitalização foram 33%, 28%, 31% e 35% em acompanhamentos de 3, 6, 12 e 24 a 60 meses, respectivamente. A mediana de permanência hospitalar foi 7,0 [IIQ, 5,20-11,00] dias. A mortalidade hospitalar foi 11,7% (IC 95%, 10,4%-13,0%), sendo as taxas maiores nos pacientes com fração de ejeção reduzida, doença isquêmica do coração ou DCh. A taxa de mortalidade em 1 ano foi 24,5% (IC 95%, 19,4-30,0).

•A partir de dados do SUS, foram descritos os números de hospitalizações e mortes por insuficiência cardíaca em São Paulo de 1992 a 2010. A taxa de mortalidade hospitalar por insuficiência cardíaca foi 15%. Ao se compararem os períodos de 1992-1993 e 2008-2009, houve diminuição de 32% no número de hospitalizações por insuficiência cardíaca (p = 0,002), aumento de 15% na mortalidade (p = 0,004) e aumento na permanência hospitalar por insuficiência cardíaca de 8,8 para 11,3 dias (p = 0,001). 168

•Outro estudo com dados do DATASUS avaliou as admissões por insuficiência cardíaca no Brasil no período de 2007 a 2016, comparando-as com as do Rio Grande do Sul e as de Porto Alegre, uma cidade com vários centros de referência. Como ilustra a Figura 4-10 , o estudo mostrou declínio nas taxas de mortalidade intra-hospitalar de 2007 a 2016 no Brasil (19% de redução) e no Rio Grande do Sul (25% de redução), e declínio ainda mais pronunciado em Porto Alegre (65%). 169

Figura 4-9. -Taxas de DALYs por doença de Chagas padronizadas por idade, por 100 mil habitantes, em 2016.

Figura 4-9

Fonte: Martins-Melo et al. 144

•Em 2020, um estudo mais recente com dados do DATASUS descreveu, no Brasil de 2008 a 2017, 51.172 hospitalizações por insuficiência cardíaca, que representou a principal causa de admissão por doença cardiovascular (29,4%). À semelhança do mencionado acima, esse estudo mostrou redução nas hospitalizações no período (34%; p = 0,004). Quando estratificados por idade, os indivíduos acima de 60 anos representaram 73% de todas as hospitalizações por insuficiência cardíaca no Brasil. A taxa de mortalidade por insuficiência cardíaca entre 2008 e 2015 foi 14,0 por 100 mil (± 0,53), com redução de 7,7% no período observado. 170

Carga de Doença

•De acordo com estimativas do GBD 2017 ( Tabela 4-11 ), as taxas de YLDs padronizadas por idade por insuficiência cardíaca foram 112 (II 95%, 83-141) em 1990 e 109 (II 95%, 81-134) em 2017 por 100 mil habitantes, correspondendo a diminuição de 3% (II 95%, -6,7 a 0,3). Tais variações são similares às observadas nas taxas de prevalência de insuficiência cardíaca. A despeito dessa diminuição nas taxas de YLDs, a insuficiência cardíaca resultou em 88.114 (II 95%, 64.078-112.624) DALYs no Brasil em 1990 e em 234.169 (II 95%, 174.338-291.188) DALYs em 2017, devido ao crescimento e envelhecimento da população. 152

Tabela 4-11. – Número de YLDs e taxas de YLDs padronizadas por idade (por 100 mil) por insuficiência cardíaca por todas as causas, e variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas, 1990 e 2017.

Local 1990 2017 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) n (II 95%) Taxa (II 95%)
Brasil 88114,2 (64078,1;112623,9) 112,2 (82,8;141,2) 234168,9 (174338,9;291187,7) 108,8 (81,4;134,5) -3 (-6,7;0,3)
Acre 188,7 (140,7;234,7) 123,8 (95,3;148,9) 636,8 (490,6;767,6) 119,8 (93,4;142,4) -3,2 (-9,6;5,2)
Alagoas 1230,4 (880,5;1587,3) 97,7 (70,9;124,1) 2951 (2189,4;3685,1) 101 (75;125,8) 3,3 (-5,8;12)
Amapá 100,2 (73,7;127,2) 112,2 (84,5;139,2) 451,5 (337,3;558,9) 108,9 (83,4;132,6) -3 (-9,5;5)
Amazonas 810,4 (592,2;1020,8) 115,9 (87,9;141,5) 2702,1 (2050;3305,1) 112,2 (86,1;135,8) -3,1 (-10;3,9)
Bahia 6684,8 (4893,5;8540,9) 101,7 (75,5;129) 15736,9 (11812,7;19456) 100,8 (75,3;125,3) -0,8 (-7,7;7,9)
Ceará 3969,6 (2897,9;5084,5) 99,2 (72,8;126,2) 10451,4 (7838,4;12882,6) 106,6 (79,8;132) 7,4 (-1,3;17)
Distrito Federal 431,1 (298,6;581,8) 97,6 (70,8;128,8) 1940,3 (1366,1;2560) 96,9 (69,9;125,4) -0,8 (-8,1;9,2)
Espírito Santo 1462,1 (1054,4;1878,9) 113,4 (84,3;143,6) 4162,7 (3063,9;5243,2) 104,9 (77,5;131,9) -7,5 (-14,4;0,1)
Goiás 1592,7 (1128;2094,6) 103,8 (76,7;132,4) 6291,2 (4685;7868,1) 106,1 (79,5;131,7) 2,2 (-6,5;11,5)
Maranhão 2190,7 (1560,1;2873,3) 92 (66,4;119,5) 5992,2 (4402,4;7553,5) 97,8 (72;122,9) 6,3 (-1,6;15,9)
Mato Grosso 725,4 (526,7;941) 113,1 (83,9;142,3) 3003 (2248,2;3728,7) 112 (84,7;137,3) -0,9 (-8,1;7,7)
Mato Grosso do Sul 850,1 (609,1;1106,8) 113,3 (83,8;142,8) 2829,1 (2072,2;3549,4) 110,8 (82,1;137,7) -2,2 (-9,5;6,5)
Minas Gerais 9477,1 (6808,4;12335,3) 110,9 (82,3;141,3) 25557 (18974,8;31992,6) 103,6 (77,2;129,4) -6,5 (-14,4;1,6)
Pará 2221,3 (1651,1;2795,8) 115,7 (88,1;142,8) 6624,9 (5036,2;8052,8) 109,8 (84,8;132,1) -5,2 (-12,2;2,3)
Paraíba 2298,3 (1666,9;2947,6) 99,5 (72,4;126,3) 4808 (3560,3;5995,7) 103,4 (76,3;129,4) 4 (-4,2;12,5)
Paraná 4964,3 (3563,3;6413,6) 123,5 (92,3;154,2) 13883,5 (10128,6;17249,1) 117 (86,8;144,4) -5,2 (-12,7;3,3)
Pernambuco 4627,4 (3326;5865,3) 110,9 (81,9;137,8) 10375,1 (7650,4;12784) 109,6 (81;134,6) -1,2 (-9;7,3)
Piauí 1230,3 (866,5;1647,8) 92,1 (65,6;122) 3402,3 (2478,9;4365,3) 95,1 (69,4;122,2) 3,3 (-5;11,9)
Rio de Janeiro 9922,7 (7229,9;12662,8) 119,7 (88,6;150,3) 22953,2 (16743,8;28786) 110 (81,3;137,7) -8,1 (-14,7;-0,4)
Rio Grande do Norte 1606,1 (1145,6;2057,5) 99,5 (71,8;126,6) 3856,8 (2838,4;4879,3) 103,5 (75,7;132) 4 (-3,9;12)
Rio Grande do Sul 8134 (5994,6;10280,5) 140,5 (106,7;171,9) 18696,6 (14241,9;22612,8) 126,9 (97;152,5) -9,7 (-16,6;-2,5)
Rondônia 300,3 (209,4;397,4) 117,4 (86,9;145,5) 1408,5 (1062,2;1750,7) 111,9 (85,8;137) -4,7 (-11,7;4,4)
Roraima 46,3 (32,4;62,3) 101,5 (74,8;130,8) 276,8 (197,7;358,6) 98,7 (72,2;125,2) -2,8 (-9,7;5)
Santa Catarina 2880 (2095,3;3688,1) 133,3 (99,4;165,6) 8433,4 (6334,3;10482,5) 119,7 (90,8;147,4) -10,2 (-16,8;-3,4)
São Paulo 18988,5 (13523,4;24849,5) 112,8 (81,9;144,5) 53360,6 (38622,8;68602,6) 109,6 (80,1;140,1) -2,9 (-10,6;5,1)
Sergipe 853,9 (627,3;1082,5) 102,4 (75,6;129) 2085,5 (1551,2;2578,3) 103,7 (77,4;127,2) 1,3 (-6,3;9,9)
Tocantins 327,5 (226,3;438,8) 96,4 (69,6;126,2) 1298,6 (952,1;1635,1) 100,3 (73,9;125,9) 4 (-4,3;14,5)

Fonte: Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2017, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A Tabela 4-12 mostra as taxas de YLDs por insuficiência cardíaca de acordo com o sexo e os grupos etários, a partir de estimativas do Estudo GBD 2017. As taxas de YLDs padronizadas por idade foram similares para mulheres e homens em 1990, mas as de 2017 foram 105 (II 95%, 82-127) para homens e 111 (II 95%, 80-141) para mulheres, devido a redução de 6,8% (II 95%, -10,9 a -2,6) para homens e quase nenhuma redução para mulheres (-0,3%, IC 95%, -4,9 a 4,2). Como esperado, as mais altas taxas de YLDs foram observadas no grupo de 70+ anos, seguido pelo grupo de 50-69 anos.

À semelhança das variações observadas na prevalência, de 1990 a 2017, os maiores aumentos de YLDs foram verificados no grupo de 15-49 anos. 152

Utilização e Custo da Atenção à Saúde

(Ver Tabelas 1-6 a 1-9 e Figuras 1-15 e 1-16 )

•De acordo com dados do SUS, houve 3.085.359 hospitalizações por insuficiência cardíaca de 2008 a 2019. Esse número representa um terço do total de hospitalizações clínicas relacionadas às condições cardiovasculares no período estudado. Os custos não ajustados foram R$ 3.957.126.308. Em dólares internacionais, valores convertidos para paridade do poder de compra e ajustados para US$ 2019, os custos foram Int$ 2.651.479.951. 95

•No período observado, houve redução no número de hospitalizações clínicas por insuficiência cardíaca, que passaram de 298.474 (157 por 100 mil) em 2008 para 222.620 (105 por 100 mil) em 2019, sendo a redução uniforme ao longo dos anos. A despeito dessa redução no número de admissões, os gastos em saúde não ajustados estimados a partir do pagamento direto por assistência a pacientes com insuficiência cardíaca aumentaram de 2008 para 2019 em quase 32%, passando de R$ 272.280.662 (2019 Int$ 267.102.469) em 2008 para R$ 359.301.691 (2019 Int$ 173.659.589) em 2019. O número decrescente de hospitalizações e o gasto crescente representam maiores custos por admissão no período observado (R$ 912 em 2008 para R$ 1.568 em 2018). Insuficiência cardíaca foi responsável pela maioria dos custos relacionados às hospitalizações clínicas por doenças cardiovasculares.

•A carga econômica de insuficiência cardíaca no Brasil foi avaliada usando-se o custo padrão da estrutura da doença para considerar os custos em 2015. Foram analisados a prevalência e os gastos associados ao tratamento, à perda de produtividade por redução do emprego, aos custos da provisão de cuidado formal e informal e à perda de bem-estar. O estudo relatou que a insuficiência cardíaca determina um custo financeiro de R$ 22,1 bilhões/US$ 6,8 bilhões, o segundo dentre as quatro principais condições cardíacas no Brasil: infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, hipertensão e fibrilação atrial. 124

•Em estudo utilizando dados do DATASUS sobre admissões por insuficiência cardíaca em 10 anos, Nicolao Nicolao et al . 169 mostraram um aumento de 97% no custo médio por paciente das hospitalizações relacionadas com insuficiência cardíaca de 2007 a 2016. Dados de Porto Alegre, uma cidade com vários hospitais de referência, mostraram um aumento ainda mais pronunciado (135%), como também uma diminuição mais pronunciada na mortalidade, em comparação aos dados do Brasil (ver acima).

Transplante Cardíaco Aberto e Implantação de Dispositivo de Assistência Ventricular

•O número de transplantes cardíacos realizados no Brasil aumentou de 149 em 2006 para 357 em 2016 e, embora esse aumento tenha sido significativo naquele período, representa cerca de um quinto da necessidade estimada da população. A sobrevida de 1 ano foi 73%. A sobrevida de 1 ano foi 73% (dados de sobrevida de 2010). 171

•Uma análise de custo de transplante cardíaco no Brasil, com todos os receptores consecutivos de transplante cardíaco em um único centro de julho de 2015 a junho de 2017, mostrou, para os 27 pacientes incluídos, uma média de custo total de US$ 74.341, que é mais baixa do que as relatadas para países desenvolvidos, mas excede em 60% o valor de reembolso por paciente. 172

•Em estudo descritivo de hospital público de referência em cardiologia localizado em Fortaleza, 16 pacientes foram submetidos a implantação de dispositivo de assistência ventricular de 2008 a 2015. A idade média foi 40,1±3,4 anos e 87,5% eram homens. Cardiopatia chagásica foi a principal etiologia (37,5%). Todos os pacientes apresentaram complicações durante o uso do dispositivo, sendo sangramento a mais frequente [11 (68,8%)]. Quanto ao desfecho clínico, 10 pacientes (62,5%) foram submetidos a transplante cardíaco e 5 (31,3%) morreram. 173

Pesquisa Futura

•Por ser a insuficiência cardíaca considerada um código garbage quando designada como causa básica de morte, são necessários estudos que investiguem o melhor método para reclassificar e redistribuir essa causa de modo a reduzir viés e propiciar melhor comparabilidade de dados para o aperfeiçoamento das políticas de saúde.

•Estudos brasileiros de coorte sobre cardiomiopatias são raros, tendo alguns estudos clínicos no Brasil informado dados de insuficiência cardíaca, havendo, no entanto, poucos estudos multicêntricos com dados da população brasileira. Vale ressaltar a importância de se poder contar com dados tanto de insuficiência cardíaca quanto de cardiomiopatia, assim como de pacientes ambulatoriais e hospitalizados, além de se compreender de maneira ampla a carga crescente da insuficiência cardíaca nas doenças cardiovasculares. São necessários mais estudos multicêntricos de larga escala para melhor descrever a carga, os desfechos e os custos da insuficiência cardíaca na população brasileira.

•Além disso, estudos que explorem a qualidade e os custos da assistência na insuficiência cardíaca auxiliariam no desenvolvimento de políticas de saúde para melhorar a conscientização, o acesso a intervenções que salvam vidas, a doação de órgãos, assim como o uso de recursos nesta doença tão complexa.

•As taxas de mortalidade por DCh diminuíram substancialmente nas últimas décadas e espera-se que continuem diminuindo nos próximos anos. Há, na verdade, evidência de que a DCh seja uma causa de morte subnotificada, assim como, provavelmente, de hospitalização. São necessários mais dados sobre taxas de hospitalização e desfechos de pacientes com CMCh.

5. DOENÇA VALVAR DO CORAÇÃO

CID-9 424; CID-10 I34 a I38

Ver Tabelas 5-1 a 5-5 e Figuras 5-1 a 5-11

Tabela 5-1. – Taxas de prevalência padronizadas por idade de doença valvar do coração por 100 mil, em 1990 e 2019, e variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas.

Causa de morte e localização 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2.1-Doença cardíaca reumática (;)
Acre 3450,4 (2590,5;4467,5) 871,3 (675,4;1091,9) 8765,8 (6801,6;11017,2) 889,9 (698,1;1114,6) 2,1(-4,3;8,5)
Alagoas 21422,5 (16168,7;27275,5) 870,4 (671,7;1095,4) 34480,6 (26684,6;43431,6) 911,8 (708,5;1147,6) 4,8(-1,4;12,1)
Amapá 2291,4 (1738,2;2949,2) 877,6 (686,6;1102) 8204,3 (6320,1;10401,1) 893,7 (695,8;1127,2) 1,8(-3,6;8,2)
Amazonas 17173,8 (12858,6;21944,2) 859,3 (662,8;1072,3) 39188,9 (30084;49139) 877,9 (681,7;1093,7) 2,2(-4,5;8,7)
Bahia 102924,7 (78855,6;131748,4) 883,1 (691,6;1106,3) 153263,4 (118427;190547,8) 923,2 (714,7;1146,6) 4,5(-1,6;10,7)
Brasil 1352613,2 (1040490,6;1695888,8) 899,6 (699,8;1119,1) 2102091,3 (1639303,8;2606302,5) 918,5 (716;1142,5) 2,1(0,2;4)
Ceará 54893,6 (41770,6;69929,9) 879,9 (684,7;1108,8) 94345,5 (73759;117854,4) 907,6 (712,2;1133,8) 3,1(-3;9,6)
Distrito Federal 14943,3 (11322,7;18780,2) 882,4 (685,5;1098,2) 29679,7 (23036,6;37007,4) 884,6 (683;1107,7) 0,3(-5,5;6)
Espírito Santo 23622,8 (18038;29882,3) 883,7 (685,2;1105,3) 37781 (29560,4;47163,4) 895,2 (696,3;1123,7) 1,3(-4,7;8)
Goiás 38342,4 (29158;48881,8) 894,2 (695;1119,9) 68040,7 (52578,2;84812,4) 911,1 (703,6;1137,2) 1,9(-3,8;9,3)
Maranhão 40195 (30705,5;51338,9) 862,1 (667,6;1078,8) 74568,2 (57721,4;93956,1) 894 (691,7;1118,2) 3,7(-2,4;11)
Mato Grosso 17655,9 (13403,8;22630,5) 866,2 (670,9;1092,4) 34380,9 (26531,8;42865,4) 881,9 (679;1099,6) 1,8(-4,1;7,9)
Mato Grosso do Sul 16461,5 (12566,8;20841,5) 900,8 (701,7;1128,6) 27971,6 (21773,1;34975) 923,4 (716,7;1154,5) 2,5(-3,6;9,2)
Minas Gerais 145136,4 (111832;182475) 893,7 (700,5;1114) 210129,5 (164841,3;261917,1) 917,3 (715,3;1146) 2,6(-3,5;8,1)
Pará 41348,9 (31068,7;52497,1) 871,9 (674,1;1090,2) 87391,4 (67117,7;110404) 890,7 (690,9;1115,6) 2,2(-3,4;8,6)
Paraíba 27841,4 (21209,4;35301,7) 888,2 (685,4;1106,3) 40854,4 (31738,7;51294) 912,9 (708,4;1149,3) 2,8(-3,3;8,8)
Paraná 81156 (62014,8;102568,9) 919,2 (710,1;1145,5) 113818,3 (88747,4;140998) 939,4 (730,5;1177,7) 2,2(-3,3;7,8)
Pernambuco 63259,3 (48155,2;80253) 886 (681,7;1107,1) 96588,1 (74881,1;120052) 913,6 (707,8;1139,5) 3,1(-2,5;10,4)
Piauí 22494,3 (16958,5;28886,4) 890,4 (687,3;1117,5) 34073,1 (26412,8;42807,5) 906,3 (700,6;1139,5) 1,8(-4,7;8,5)
Rio de Janeiro 124439,1 (95279,2;157326,7) 902,8 (694,5;1137,9) 172188,9 (135252,5;212372,6) 920,6 (712,8;1140,7) 2(-4,1;7,9)
Rio Grande do Norte 21271,9 (16243;26755,5) 895,1 (696,6;1119,8) 35469,3 (27439,4;44530,2) 910 (704;1144,4) 1,7(-4,1;8,4)
Rio Grande do Sul 89482,7 (68907,8;113899,5) 930,3 (722,5;1165,4) 111269 (87372;139471) 937,4 (724,5;1173) 0,8(-5,2;6,6)
Rondônia 9709,1 (7330,4;12319,3) 862 (671,8;1077,8) 16995,1 (13142,4;21253,2) 879,4 (681;1097,4) 2(-4;8,1)
Roraima 1816,1 (1377,7;2311,1) 854,8 (666,6;1069,7) 5547,7 (4230,2;6961,8) 878,9 (678,9;1101,6) 2,8(-3,3;8,7)
Santa Catarina 44246,8 (34096,9;55614,1) 936,1 (728;1169,1) 72819,1 (57156,6;90488,1) 942,9 (735,4;1169,9) 0,7(-5,1;6,9)
São Paulo 306459,4 (235629,4;380385,5) 917,2 (710,2;1138) 455434,6 (356653,1;565502,4) 934,7 (731,5;1171,7) 1,9(-3,4;7,7)
Sergipe 12997,3 (9939,7;16567,3) 889,4 (692,3;1115,1) 23773,4 (18367,2;29453,9) 925,7 (715,4;1147,8) 4,1(-2,9;11,1)
Tocantins 7577,3 (5704,2;9694,6) 859,4 (660,2;1078,4) 15068,9 (11720,2;18871,1) 868,5 (675,1;1087,3) 1,1(-4,9;8)
B.2.5-Doença valvar do coração não reumática (;)
Acre 45,9 (37,3;55) 21,8 (18,2;25,8) 237,7 (200,3;276,7) 33,6 (28,4;39) 53,9(29,2;85,5)
Alagoas 317,7 (260,6;374,9) 20,8 (17,1;24,3) 1007,7 (843,5;1167,9) 29,5 (24,7;33,9) 41,6(15,4;74,6)
Amapá 31,6 (26,1;37,8) 24,8 (20,8;29) 236,1 (197;275,5) 38,4 (32,5;44,8) 54,7(27,4;87,3)
Amazonas 247,3 (204;295,5) 24,3 (20,5;28,5) 1237,1 (1037,9;1449,9) 37,7 (31,7;43,8) 55,2(30,6;84,6)
Bahia 1717,8 (1432,8;2026,8) 23 (19,5;27,1) 4952,1 (4171,7;5747,9) 29,8 (25,1;34,6) 29,2(6,4;55,7)
Brasil 26255,7 (23385;28824,5) 25,3 (22,4;27,8) 95300,5 (82828,7;108921,1) 39 (33,9;44,6) 54,3(41,1;68,3)
Ceará 938,5 (780,3;1092,3) 21,5 (18;25) 3319,7 (2799,3;3846,7) 32,5 (27,4;37,8) 51(25;84)
Distrito Federal 277,5 (231,5;328,5) 30,8 (26,2;35,6) 3271,6 (2650,9;3935,7) 110 (89,2;132) 256,6(194,9;333,7)
Espírito Santo 421,7 (344,2;499,2) 24,1 (20,2;28,2) 1776,4 (1477;2076,8) 38,5 (32,2;44,9) 59,9(32,5;91,1)
Goiás 626,9 (524,7;740,6) 23,6 (20,1;27,7) 2652,7 (2242,2;3112,3) 35 (29,6;40,9) 47,9(23,9;78,7)
Maranhão 583,9 (482,4;690,1) 20,1 (16,8;23,5) 1807,7 (1525;2100,4) 26,1 (22;30,2) 29,9(4,9;59,3)
Mato Grosso 252,7 (209,6;298,6) 23 (19,5;26,7) 1498,6 (1253,1;1755,6) 40,7 (34,2;47,7) 77,2(48,5;112)
Mato Grosso do Sul 288,6 (237,7;341,2) 25,5 (21,3;29,8) 1356,1 (1126;1592) 43,4 (36;51) 70,2(40,9;104,5)
Minas Gerais 2731,8 (2280;3218,2) 23,9 (20,2;28) 8965,3 (7605,9;10440,9) 33,4 (28,3;38,9) 39,9(17,1;69,5)
Pará 577,7 (476,5;682,4) 22 (18,4;25,6) 2437,5 (2051,8;2854,5) 31,4 (26,6;36,5) 42,9(19,1;71,9)
Paraíba 505,8 (426,6;591) 21,8 (18,4;25,4) 1401,1 (1193;1612,9) 29,8 (25,4;34,3) 36,7(13,3;66,1)
Paraná 1569,6 (1320,1;1846,9) 26,2 (22,3;30,5) 5786,1 (4865,1;6888,9) 41,5 (34,8;49,4) 58,4(32,8;87,6)
Pernambuco 1120,9 (946,9;1304,1) 22,4 (19,1;26) 3402,5 (2879,5;3968,3) 32,3 (27,2;37,6) 44(17,7;72,8)
Piauí 333,2 (271,4;393,2) 20,7 (17,2;24,2) 1013,3 (857,1;1175,3) 26,7 (22,6;31) 29,3(6,9;57,3)
Rio de Janeiro 2932 (2439;3452,2) 26,4 (22,3;31) 8945,1 (7447;10466,6) 39,3 (32,8;46) 48,6(23,7;76,8)
Rio Grande do Norte 384,4 (318,7;451,3) 23,2 (19,4;27,1) 1382,3 (1144,1;1600,7) 35 (29;40,5) 50,8(25,6;82,7)
Rio Grande do Sul 2261,2 (1899,8;2643,1) 29,7 (25,1;34,4) 6749,2 (5633,2;7857,4) 43,5 (36,4;50,6) 46,3(23,8;72,5)
Rondônia 130 (107,2;154,2) 23,1 (19,2;26,7) 648,6 (544,5;759,1) 37,4 (31,3;43,7) 61,6(34,5;95,9)
Roraima 21,3 (17;25,7) 22,2 (18,6;25,9) 162,4 (134,6;189,9) 35,6 (29,9;41,3) 60,2(30,6;93,9)
Santa Catarina 841,9 (702,4;975,8) 26,9 (22,6;31,1) 3775,8 (3163,4;4442,1) 43,5 (36,6;51) 61,7(36,3;93,4)
São Paulo 6786,6 (5675;7889) 28,1 (23,7;32,6) 26025,6 (21778,6;30883,2) 46,2 (38,8;54,9) 64,2(38,6;94,8)
Sergipe 196,5 (162,9;230,2) 21,7 (18,1;25,3) 738,2 (628,7;864,3) 30,6 (26;35,7) 41,2(16,6;72,3)
Tocantins 112,9 (93,1;134,4) 21,3 (18;25,1) 514 (434;596,7) 33,4 (28,2;38,7) 56,3(29,1;89,9)
B.2.5.1-Doença valvar aórtica calcífica não reumática (;)
Acre 10,1 (8;12,6) 5 (4;6,2) 123,4 (98;151,9) 18,5 (14,6;22,9) 266,7(224,6;314,6)
Alagoas 56,9 (45,1;70,2) 3,8 (3,1;4,7) 444,1 (354,3;546,4) 13,4 (10,7;16,5) 249,8(212;294,5)
Amapá 9,2 (7,3;11,3) 7,6 (6;9,4) 133,4 (106,8;163,6) 23,2 (18,7;28,5) 204,1(173,5;241,7)
Amazonas 70,2 (55,6;86,4) 7,3 (5,8;9) 705,8 (562,7;866,4) 22,6 (18;28) 210,8(179,8;251,5)
Bahia 404,7 (324,5;495,1) 5,5 (4,4;6,8) 2294,2 (1832,8;2814,7) 14,1 (11,2;17,3) 154,2(129,8;184,4)
Brasil 7905,4 (6333;9659,2) 7,9 (6,3;9,6) 57152,9 (45926,6;70348,4) 23,7 (19,1;29) 201,8(177,5;231,8)
Ceará 196,4 (154,7;244,3) 4,6 (3,6;5,6) 1730 (1381,8;2137) 17,2 (13,7;21,3) 276,5(231,9;332)
Distrito Federal 108,8 (85,4;132,8) 13,2 (10,5;16,3) 2764 (2173,3;3401,8) 94,8 (75;117,1) 618,3(520,2;732,3)
Espírito Santo 111,5 (88,6;136,7) 6,6 (5,3;8,2) 1049,8 (835,9;1303,9) 23,2 (18,5;28,6) 251,4(211,7;295)
Goiás 164,1 (130,9;201,4) 6,5 (5,2;8) 1421,1 (1139,4;1754,3) 19,4 (15,6;23,8) 198,4(168;237,7)
Maranhão 95,1 (74,8;119,1) 3,3 (2,6;4,1) 695,4 (554,8;852,2) 10,3 (8,2;12,6) 209,2(176,7;247,1)
Mato Grosso 63,4 (49,8;78,4) 6,2 (4,9;7,6) 919,2 (726;1132,8) 26 (20,7;32) 321(274,6;376,5)
Mato Grosso do Sul 86,4 (68,8;106) 8,1 (6,4;10) 867,8 (687,5;1078,8) 28,3 (22,6;34,8) 249,9(214,5;294)
Minas Gerais 727,1 (568,6;898,5) 6,5 (5,1;8) 4835 (3834,5;5958,1) 18,1 (14,4;22,2) 177,8(150,7;214,2)
Pará 129,4 (102,4;159,9) 5,2 (4,1;6,3) 1199,8 (951,4;1476,5) 16,2 (12,8;20) 214,6(179,7;254,2)
Paraíba 106 (83,3;131,7) 4,5 (3,6;5,7) 669,2 (532,7;821,2) 14,3 (11,4;17,6) 215(182,9;255,2)
Paraná 500,8 (399;618,4) 8,8 (7;10,8) 3677,2 (2950,2;4581,6) 26,7 (21,5;33,1) 204,3(171,8;239,2)
Pernambuco 243,8 (191,2;302,7) 5 (3,9;6,2) 1696 (1349,5;2086,2) 16,5 (13,1;20,2) 230,5(196;271,1)
Piauí 61,4 (48,4;75,5) 3,9 (3,1;4,8) 410,2 (324,2;499,1) 10,9 (8,6;13,3) 180(152,3;219,4)
Rio de Janeiro 907,3 (714,4;1122,4) 8,5 (6,8;10,5) 5421,6 (4290,2;6733,4) 23,8 (18,9;29,4) 181(153,8;214,6)
Rio Grande do Norte 95,8 (76,2;118,1) 5,8 (4,6;7,2) 762,9 (606,7;931,8) 19,6 (15,6;24) 238,6(204,2;283,4)
Rio Grande do Sul 894,7 (716,2;1105) 12,2 (9,7;15) 4459,5 (3551,3;5500,3) 28,5 (22,9;34,9) 133,9(112,6;159,4)
Rondônia 32,2 (25,2;39,9) 6,3 (5;7,8) 369,3 (291;456,9) 22,4 (17,7;27,6) 252,9(213,9;300,7)
Roraima 5,4 (4,2;6,8) 6,1 (4,8;7,5) 88,3 (69,6;109,8) 20,8 (16,6;25,8) 242(206,2;283,6)
Santa Catarina 288,2 (232,8;354) 9,6 (7,7;11,8) 2440,1 (1939,3;3004,9) 28,6 (22,9;35) 198(167,5;231)
São Paulo 2472,7 (1981,2;3024,5) 10,6 (8,5;13) 17366,6 (13732,1;21578,8) 31,1 (24,7;38,6) 193(162;227,9)
Sergipe 39,7 (31,1;49,7) 4,5 (3,6;5,6) 346,4 (275,9;428,6) 14,9 (11,8;18,5) 232(196,5;272,4)
Tocantins 24,3 (19,1;30,2) 4,8 (3,8;6) 262,7 (209,8;323,3) 17,7 (14,1;21,7) 265,3(224,9;313,9)
B.2.5.2-Doença valvar mitral degenerativa não reumática (;)
Acre 47,4 (43,9;50,9) 21,7 (20,2;23,3) 163,5 (151,5;176,9) 21,6 (20;23,2) -0,5(-4,7;4,2)
Alagoas 346 (320;372,4) 22,2 (20,6;23,9) 761,9 (707,8;817,9) 21,9 (20,3;23,5) -1,6(-6;2,8)
Amapá 30,3 (28;32,5) 22,2 (20,6;23,8) 147,5 (135,3;160) 21,8 (20,1;23,6) -1,8(-5,6;2,1)
Amazonas 239,6 (222,1;258,5) 22,1 (20,5;23,8) 760,6 (700,6;827) 21,6 (20;23,4) -2,4(-6,9;2,3)
Bahia 1701,1 (1585,3;1824,1) 22,3 (20,7;23,9) 3654,4 (3395,5;3938,8) 21,8 (20,2;23,4) -2,3(-6,1;1,9)
Brasil 24034,9 (22437,7;25715,6) 22,5 (21;24) 53918,2 (50205,1;57756,5) 22 (20,5;23,5) -2,3(-4;-0,4)
Ceará 979,8 (914;1051,6) 22,1 (20,6;23,7) 2248,8 (2085,5;2425,1) 21,8 (20,2;23,4) -1,6(-6,1;2,6)
Distrito Federal 224,3 (207,5;242,2) 23,1 (21,5;24,7) 731,7 (675,1;789,5) 22,5 (20,9;24,2) -2,4(-7,1;2)
Espírito Santo 409,4 (381;439,6) 22,6 (21,1;24,2) 1025 (949;1104,5) 22,2 (20,6;23,9) -1,7(-5,8;2,5)
Goiás 608,1 (564,3;652,9) 22,1 (20,5;23,7) 1678,8 (1548,4;1815,2) 21,8 (20,1;23,5) -1,3(-5,6;3)
Maranhão 641,7 (595,4;691,4) 21,7 (20,2;23,4) 1520,8 (1402,1;1649,9) 21,4 (19,8;23,2) -1,5(-6,6;2,8)
Mato Grosso 251,2 (232,1;271,5) 21,6 (20,1;23,1) 828,9 (766,4;894,9) 21,7 (20,1;23,3) 0,4(-4;4,9)
Mato Grosso do Sul 261,3 (241,6;281,7) 22,1 (20,5;23,7) 692,5 (640,2;746,3) 21,9 (20,3;23,5) -1,1(-5,7;3,5)
Minas Gerais 2629,8 (2444,6;2826,8) 22,5 (21;24,1) 5799,3 (5351,7;6249,1) 21,9 (20,3;23,6) -2,6(-7;1,7)
Pará 599,1 (557;645,2) 22 (20,4;23,5) 1752,1 (1625,8;1905,2) 21,5 (20;23,3) -1,9(-6,1;2,7)
Paraíba 519,3 (482,7;555,7) 22,2 (20,6;23,7) 1015,4 (940,1;1094,2) 21,6 (20;23,3) -2,6(-6,7;1,8)
Paraná 1395,4 (1296,6;1498,3) 22,6 (21;24,2) 3058,4 (2831,7;3304,5) 22,1 (20,5;23,9) -1,9(-6,4;2,6)
Pernambuco 1150 (1065,2;1234,1) 22,6 (20,9;24,3) 2351 (2177,2;2534,8) 22,1 (20,5;23,7) -2,5(-6,6;2,2)
Piauí 357,2 (330,8;383,5) 21,9 (20,2;23,4) 819,1 (761,2;882,8) 21,5 (20;23,2) -1,4(-6,2;3,2)
Rio de Janeiro 2586,9 (2403,3;2775) 22,9 (21,3;24,6) 4954,2 (4572,2;5335,5) 22,2 (20,5;23,9) -3,2(-7,4;1,5)
Rio Grande do Norte 376,6 (350,1;404) 22,2 (20,7;23,9) 869 (804,6;936,1) 21,7 (20,1;23,4) -2,3(-6,4;1,7)
Rio Grande do Sul 1774,1 (1650,6;1908,7) 22,8 (21,3;24,5) 3317,6 (3070,6;3580,6) 22,2 (20,5;23,9) -2,9(-7;1,2)
Rondônia 128,5 (118,7;139,3) 21,5 (20;23) 389,8 (359,5;421,6) 21,5 (19,9;23,3) 0,2(-3,9;5,1)
Roraima 21,8 (20,1;23,6) 20,9 (19,4;22,5) 104,3 (96;112,7) 21,2 (19,5;22,8) 1,5(-2,6;5,8)
Santa Catarina 740,9 (687,2;794,5) 22,7 (21,1;24,3) 1915,3 (1772,8;2077,6) 22,1 (20,5;23,9) -2,9(-6,9;1,5)
São Paulo 5691,2 (5272,3;6125,5) 22,8 (21,2;24,5) 12477,6 (11520,7;13408) 22,3 (20,6;23,9) -2,4(-6,8;2)
Sergipe 207,1 (192,7;221,7) 22,4 (20,9;23,9) 536,6 (497,6;577,2) 21,8 (20,3;23,5) -2,4(-6,4;1,9)
Tocantins 117 (108,8;126,2) 21,6 (20,2;23,3) 344,2 (318,6;371,1) 21,7 (20,1;23,4) 0,4(-4;4,5)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 5-5. – Número total de admissões e custos associados em Reais (R$) e Dólares Internacionais 2019 (Int$) para procedimentos clínicos e cirúrgicos para tratar doença valvar do coração no Brasil, de 2008 a 2019.

Procedimento: 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total
Cirurgias valvares (N) 12.201 12.664 12.169 13.181 13.435 13.067 12.993 12.624 12.432 12.277 12.088 12.771 151.902
Cirurgias valvares (R$) R$ 125,954,499 R$ 140,683,968 R$ 142,383,177 R$ 179,111,011 R$ 183,271,263 R$ 178,563,635 R$ 180,088,277 R$ 176,813,774 R$ 175,318,559 R$ 176,135,832 R$ 177,583,849 R$ 187,382,032 R$ 2,023,289,882
Cirurgias valvares (Int$) $123,559,115 $128,654,775 $120,060,127 $139,380,403 $132,111,420 $119,760,766 $111,985,310 $102,217,742 $93,772,533 $91,038,538 $89,090,521 $90,566,473 $1,342,197,727
Outras valvoplastias (N) 451 477 445 486 456 527 515 513 399 427 391 450 5,537
Outras valvoplastias (R$) R$ 1,518,843 R$ 1,661,544 R$ 1,717,544 R$ 1,918,678 R$ 1,870,621 R$ 2,051,540 R$ 2,128,294 R$ 2,085,967 R$ 1,594,213 R$ 1,888,744 R$ 1,689,593 R$ 1,959,571 R$ 22,085,157
Outras valvoplastias (Int$) $1,489,958 $1,519,473 $1,448,265 $1,493,075 $1,348,440 $1,375,947 $1,323,449 $1,205,917 $852,695 $976,227 $847,637 $947,110 $14,828,198
Valvoplastia mitral (N) 477 551 478 473 403 431 408 341 206 236 200 195 4,399
Valvoplastia mitral (R$) R$ 3,115,254 R$ 3,585,355 R$ 3,147,310 R$ 3,227,816 R$ 2,718,391 R$ 2,970,343 R$ 2,808,556 R$ 2,392,670 R$ 1,377,571 R$ 1,720,524 R$ 1,461,666 R$ 1,430,166 R$ 29,955,628
Valvoplastia mitral (Int$) $3,056,009 $3,278,789 $2,653,870 $2,511,818 $1,959,557 $1,992,178 $1,746,460 $1,383,225 $736,820 $889,279 $733,290 $691,235 $21,632,536
Total cirúrgico (N) 13,129 13,692 13,092 14,140 14,294 14,025 13,916 13,478 13,037 12,940 12,679 13,416 161,838
Total cirúrgico (R$) R$ 130,588,598 R$ 145,930,868 R$ 147,248,032 R$ 184,257,507 R$ 187,860,275 R$ 183,585,519 R$ 185,025,128 R$ 181,292,412 R$ 178,290,344,05 R$ 179,745,101 R$ 180,735,108 R$ 190,771,770 R$ 2,075,330,668
Total cirúrgico (Int$) $128,105,083 $133,453,038 $124,162,262 $143,385,297 $135,419,418 $123,128,891 $115,055,220 $104,806,885 $95,362,050,10 $92,904,045 $90,671,449 $92,204,819 $1,378,658,462
Doença valvar (clínico) (N) 3,237 4,156 3,526 3,637 3,285 2,996 2,753 2,400 2,244 2,231 2,330 2,289 35,084
Doença valvar (clínico) (R$) R$ 1,051,959 R$ 1,589,247 R$ 1,439,424 R$ 1,606,640 R$ 1,509,338 R$ 1,509,785 R$ 1,584,222 R$ 1,672,410 R$ 1,675,284 R$ 1,678,874 R$ 2,043,385 R$ 1,999,540 R$ 19,360,112
Doença valvar (clínico) (Int$) $1,031,953 $1,453,358 $1,213,749 $1,250,253 $1,088,009 $1,012,597 $985,126 $966,836 $896,058 $867,752 $1,025,128 $966,428 $12,757,251

Figura 5-1. -A: Taxa de prevalência bruta e padronizada por idade de doença cardíaca reumática no Brasil de 1990 a 2019. B: Total de casos prevalentes de doença cardíaca reumática no Brasil de 1990 a 2019.

Figura 5-1

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 5-11. -Despesas associadas ao tratamento cirúrgico de doenças cardiovasculares no Brasil, de acordo com o tipo no SUS, de 2008 a 2020 (Moeda: International Dollars). 95 .

Figura 5-11

Abreviaturas usadas no Capítulo 5.

CID Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde
CRVM Cirurgia de Revascularização do Miocárdio
DAC Doença Arterial Coronariana
DALYs Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (do inglês, Disability-Adjusted Life-Years )
DCR Doença Cardíaca Reumática
DVNR Doença Valvar do Coração Não Reumática
ECG Eletrocardiograma
FA Fibrilação Atrial
FRA Febre Reumática Aguda
GBD Global Burden of Disease
IC Intervalo de Confiança
II Intervalo de Incerteza
IL Interleucina
SUS Sistema Único de Saúde
TAVI Implantação Percutânea de Valva Aórtica (do inglês, Transcatheter Aortic Valve Implantation )
UF Unidade Federativa

Tabela 5-2. – Taxas de mortalidade e de DALYs por 100 mil em 1990 e 2019 e variação percentual das taxas, por idade, sexo e causa de morte no Brasil.

Causa de morte e localização Taxa mortalidade 1990 Taxa mortalidade 2019 Variação percentual da taxa mortalidade (II 95%) Taxa de DALYs 1990 Taxa de DALYs 2019 Variação percentual da taxa de DALYs (II 95%)
(II 95%) (II 95%) (II 95%) (II 95%)
B.2.1-Doença cardíaca reumática
Ambos
15-49 anos 1,7 (1,6;1,8) 0,6 (0,6;0,7) -64,6 (-68,3;-60,4) 159,1 (132,1;193,1) (II 95% 95,5 (68,7;130,8) -40 (-48,4;-32,1)
50-69 anos 6 (5,5;6,5) 2,6 (2,4;2,9) -55,9 (-61,1;-50,4) 214,1 (194,3;236,2) 113,4 (97,5;132,9) -47 (-53,2;-40,7)
5-14 anos 0,7 (0,6;0,7) 0,1 (0,1;0,2) -78,1 (-81,9;-73,6) 78,4 (64,6;99) 39 (25,8;60,5) -50,3 (-62;-38,6)
70+ anos 12,5 (11,4;13,6) 6,8 (6;7,6) -45,4 (-52,5;-38,4) 202,1 (184,6;218,4) 111,1 (98,3;123,3) -45,1 (-51,7;-39,1)
Padronizada por idade 2,8 (2,7;3) 1,2 (1,1;1,2) -59,4 (-63,1;-55,4) 144,6 (126,8;167,3) 79,3 (61,6;102,6) -45,1 (-52,1;-38,2)
Todas as idades 2,1 (2;2,2) 1,3 (1,2;1,3) -39,6 (-45,2;-33,9) 132,8 (114,5;156,3) 85 (66,3;109,9) -36 (-43,2;-29,2)
Abaixo de 5 0,4 (0,3;0,6) 0 (0;0,1) -88,2 (-93,4;-79,6) 35 (24,5;50,2) 6,6 (4,6;9,2) -81,3 (-89,1;-69,5)
Feminino
15-49 anos 2 (1,9;2,1) 0,7 (0,7;0,8) -63,3 (-67,4;-58,2) 179,2 (149,4;216,1) 109,5 (79,7;149,9) -38,9 (-47;-30,7)
50-69 anos 6,9 (6,3;7,6) 3,1 (2,8;3,4) -55,2 (-60,7;-49) 250,3 (225,4;278,8) 134,8 (115,2;158,4) -46,2 (-52,5;-39)
5-14 anos 0,7 (0,6;0,7) 0,1 (0,1;0,2) -77,6 (-81,5;-73,3) 80,8 (65,9;102,2) 42 (27,5;64,6) -48,1 (-59,8;-36,8)
70+ anos 12,7 (11,5;13,9) 7,6 (6,5;8,4) -40,5 (-48,8;-32) 207,1 (187,7;226) 121,4 (106,1;136) -41,4 (-48,5;-34,2)
Padronizada por idade 3,2 (3;3,4) 1,3 (1,2;1,4) -58,1 (-62,5;-53,3) 162,2 (142,3;187) 90,5 (70,7;116,5) -44,2 (-51,1;-36,9)
Todas as idades 2,4 (2,3;2,5) 1,5 (1,4;1,7) -35,8 (-42,3;-28,6) 149,3 (129,2;174,9) 98,6 (78,1;126) -34 (-40,9;-26,9)
Abaixo de 5 0,4 (0,3;0,6) 0,1 (0;0,1) -87,3 (-93,2;-77,3) 37,8 (24,7;56,3) 7,4 (5,1;10,3) -80,5 (-89,1;-66,6)
Masculino
15-49 anos 1,5 (1,4;1,6) 0,5 (0,4;0,5) -66,5 (-70,6;-61,4) 138,3 (113,9;169,9) 81,2 (57,8;112,1) -41,3 (-50,3;-33,4)
50-69 anos 4,9 (4,5;5,4) 2,1 (1,9;2,3) -57,6 (-63,4;-50,7) 174,8 (157,8;193,8) 89,3 (76;105,2) -48,9 (-55,5;-41,7)
5-14 anos 0,7 (0,6;0,7) 0,1 (0,1;0,2) -78,6 (-82,9;-73,3) 76 (62,4;95,1) 36,1 (23,5;56,5) -52,5 (-64,3;-40,3)
70+ anos 12,3 (11,2;13,6) 5,8 (5,1;6,5) -52,5 (-60,3;-44,5) 196 (179;215,5) 96,9 (86,2;108,4) -50,5 (-57,7;-43,1)
Padronizada por idade 2,5 (2,4;2,7) 1 (0,9;1) -62 (-66,7;-56,7) 126,1 (109,6;146,8) 67,3 (51,7;87,7) -46,7 (-54,4;-39,3)
Todas as idades 1,8 (1,7;1,9) 1 (0,9;1,1) -45,3 (-51,7;-37,8) 116 (99,4;137) 70,9 (54,3;92,9) -38,9 (-46,7;-31,5)
Abaixo de 5 0,3 (0,2;0,5) 0 (0;0,1) -89,2 (-94,4;-77,5) 32,3 (20,7;47,8) 5,8 (3,9;8,5) -82,1 (-90,2;-68)
B.2.5.1-Doença valvar aórtica calcífica não reumática
Ambos
15-49 anos 0,4 (0,4;0,5) 0,2 (0,2;0,3) -49,3 (-55,6;-38,9) 23,1 (20,5;26,7) 11,2 (9,6;12,7) -51,5 (-57,4;-41,8)
50-69 anos 3,5 (3,1;3,8) 2,3 (2,1;2,7) -32,7 (-39,1;-23) 102 (90;111,9) 67 (60,3;78,1) -34,3 (-40,4;-25,1)
70+ anos 14,8 (12,7;16) 17,3 (14,4;20,2) 17 (2;38,5) 209,2 (179,7;226,3) 216,7 (184,1;251,7) 3,6 (-9,5;22,6)
Padronizada por idade 1,8 (1,6;2) 1,5 (1,3;1,8) -15,6 (-24;-4) 41,9 (37;45,9) 29,2 (26,3;33,4) -30,3 (-36,3;-21,3)
Todas as idades 1 (0,9;1,1) 1,6 (1,4;1,8) 58 (42,2;78,7) 28,6 (25,4;31,8) 31,5 (28,4;36,2) 10,3 (0,7;25)
Feminino
15-49 anos 0,3 (0,2;0,4) 0,2 (0,1;0,2) -42,2 (-55,2;-23,5) 14,5 (10,9;19,6) 8 (5,7;10,7) -44,7 (-57,3;-26,8)
50-69 anos 2,3 (1,8;2,8) 1,8 (1,5;2,3) -23,2 (-32,8;-7,1) 66 (51,1;81,1) 49,4 (40,9;64,3) -25,1 (-34,2;-9,7)
70+ anos 14,6 (11,9;16,2) 17,3 (14;21,1) 18,3 (0,1;45,7) 194,7 (158;215,7) 203 (167;248,8) 4,2 (-12,2;29,4)
Padronizada por idade 1,5 (1,3;1,7) 1,4 (1,1;1,7) -10,9 (-21,9;7,4) 30,8 (24,5;36,6) 23,8 (20,3;29,5) -22,8 (-31,2;-6,5)
Todas as idades 0,8 (0,7;1) 1,6 (1,3;2) 89,3 (65,8;129,5) 20,7 (16,3;25,4) 27,6 (23,6;34,3) 33,2 (18,6;62,1)
Masculino
15-49 anos 0,6 (0,5;0,7) 0,3 (0,2;0,3) -52,8 (-58,3;-43,6) 32,1 (28,3;35,7) 14,5 (12,4;17,1) -54,7 (-60,2;-46)
50-69 anos 4,8 (4,3;5,2) 3 (2,7;3,4) -37,1 (-44;-29,1) 141 (126,3;151,6) 86,8 (77,9;97,5) -38,4 (-45,1;-30,9)
70+ anos 15,1 (12,9;16,3) 17,4 (14,9;19,8) 15,5 (0,7;34,7) 227,2 (195,3;246,1) 235,4 (203,9;267,6) 3,6 (-9,8;20,7)
Padronizada por idade 2,1 (1,9;2,3) 1,7 (1,5;2) -18,1 (-27;-8,8) 53,6 (47,6;57,5) 35,3 (31,7;40) -34,1 (-40,3;-26,6)
Todas as idades 1,2 (1;1,3) 1,6 (1,4;1,8) 35,2 (21,4;50,8) 36,7 (32,8;39,8) 35,7 (32,2;40,4) -2,7 (-11,7;8,4)
B.2.5.2-Doença valvar mitral degenerativa não reumática
Ambos
15-49 anos 0,3 (0,2;0,4) 0,2 (0,2;0,2) -42,1 (-50,5;-30,1) 17,1 (13,2;19,4) 9,4 (8;11,3) -45 (-52,9;-33,2)
50-69 anos 1,6 (1,3;2) 1,2 (0,9;1,4) -23,6 (-37,4;-13,3) 48,2 (38,8;58,8) 36 (27,5;41,3) -25,4 (-38,6;-15,6)
70+ anos 4 (3,3;5,7) 4,6 (2,9;5,5) 16,5 (-18,5;48,7) 59 (49,4;84) 64,3 (40,8;75,7) 9 (-23,4;39,2)
Padronizada por idade 0,7 (0,6;0,9) 0,6 (0,4;0,7) -19 (-34,8;-5,8) 20,4 (16,3;24,6) 14,1 (10,8;16,3) -30,7 (-41,6;-22,6)
Todas as idades 0,4 (0,4;0,6) 0,6 (0,4;0,7) 36,2 (11,4;56,6) 15,6 (12,4;18,4) 15,6 (11,9;18) 0,2 (-13,5;11,1)
Feminino
15-49 anos 0,4 (0,3;0,5) 0,2 (0,2;0,3) -46,6 (-56,6;-32,4) 21,5 (15,4;25) 10,9 (8,8;13,7) -49,3 (-58,5;-35,8)
50-69 anos 2 (1,5;2,5) 1,4 (1;1,7) -28,5 (-43,6;-17,8) 59,8 (44,2;75,6) 41,8 (28,8;51) -30,1 (-44,9;-19,8)
70+ anos 4,3 (3,2;6,7) 5 (2,6;6,3) 15,1 (-26,4;55,5) 63,8 (48,6;98,2) 68 (36,8;85) 6,7 (-31,3;43,3)
Padronizada por idade 0,8 (0,6;1,1) 0,6 (0,4;0,8) -24,4 (-43,5;-10) 24,9 (18,5;31,3) 15,9 (11,1;19,4) -36,1 (-48,5;-27,9)
Todas as idades 0,6 (0,4;0,7) 0,7 (0,5;0,9) 30,4 (-1,6;52,8) 19,6 (14,5;24) 18,5 (12,9;22,4) -5,8 (-23,4;5,7)
Masculino
15-49 anos 0,2 (0,2;0,3) 0,2 (0,1;0,2) -33,9 (-45,9;-17,2) 12,5 (8,9;15,6) 7,9 (5,9;10,1) -37,3 (-48,4;-19,9)
50-69 anos 1,2 (0,9;1,6) 1 (0,7;1,2) -15,6 (-30,5;0,7) 35,7 (27,1;47,2) 29,4 (19,6;35,8) -17,5 (-31,5;-1,8)
70+ anos 3,5 (2,8;5,2) 4,2 (2,6;5) 17,6 (-18;45,5) 53,1 (42,5;78) 59,2 (37,3;71,1) 11,5 (-22,3;39)
Padronizada por idade 0,6 (0,4;0,7) 0,5 (0,3;0,6) -11 (-28,8;4,2) 15,5 (11,7;20,1) 12,1 (8,6;14,5) -22 (-33,3;-10,2)
Todas as idades 0,3 (0,2;0,4) 0,5 (0,3;0,6) 45,4 (19,8;69,1) 11,4 (8,4;14,6) 12,6 (8,8;15,2) 10,2 (-5,1;26,4)
B.2.5-Doença valvar do coração não reumática
Ambos
15-49 anos 0,8 (0,7;0,8) 0,4 (0,4;0,4) -45,5 (-50;-40,3) 40,8 (39,1;42,5) 21,2 (19,8;22,7) -47,9 (-52;-42,9)
50-69 anos 5,1 (4,9;5,4) 3,6 (3,4;3,9) -29,4 (-34,7;-24,3) 151,3 (145,2;158,3) 104,4 (97,1;111,5) -31 (-36;-25,9)
70+ anos 18,9 (17,3;20,1) 22,2 (18,8;24,3) 17,2 (5,4;27,4) 270,2 (250,3;285,3) 283,7 (247;309,3) 5 (-5,3;13,8)
Padronizada por idade 2,5 (2,4;2,7) 2,1 (1,9;2,3) -16,2 (-22,5;-10,3) 62,8 (60,3;65,2) 44 (40,7;47) -30 (-34,5;-25)
Todas as idades 1,5 (1,4;1,5) 2,2 (2;2,4) 51,9 (39,8;62,7) 44,6 (43,1;46,2) 47,9 (44,4;51,1) 7,3 (0;15,1)
Feminino
15-49 anos 0,7 (0,6;0,7) 0,4 (0,3;0,4) -43,9 (-49,8;-36,2) 36,5 (34,5;38,7) 19,5 (17,7;21,4) -46,5 (-52;-39,4)
50-69 anos 4,3 (4;4,6) 3,2 (2,9;3,5) -25,1 (-32,7;-16,5) 126,9 (119,5;134,6) 92,7 (84,7;101,1) -26,9 (-34,1;-18,9)
70+ anos 19 (17,1;20,5) 22,5 (18,7;25,3) 17,9 (4,6;31,3) 260,1 (235,5;279,4) 273,4 (233;304,6) 5,1 (-6;17,2)
Padronizada por idade 2,4 (2,2;2,5) 2 (1,8;2,2) -15,2 (-23,2;-7,1) 56,2 (53,1;59) 40,3 (36,6;43,8) -28,2 (-34,5;-21,2)
Todas as idades 1,4 (1,3;1,5) 2,4 (2,1;2,6) 66,5 (49,8;83) 40,7 (38,8;42,8) 46,8 (42,5;50,9) 14,9 (4,5;26,7)
Masculino
15-49 anos 0,8 (0,8;0,9) 0,4 (0,4;0,5) -46,9 (-52,1;-40,8) 45,2 (42,7;48,1) 23 (21,1;25,1) -49,1 (-54,1;-43,3)
50-69 anos 6 (5,7;6,4) 4,1 (3,7;4,4) -32,5 (-38,7;-25,7) 177,9 (168,9;188,4) 117,6 (108;127,5) -33,9 (-39,8;-27,2)
70+ anos 18,8 (17,2;20) 21,8 (19;23,8) 16,1 (2,6;27,5) 282,7 (260,4;301,7) 297,6 (262,9;325) 5,3 (-6,1;16)
Padronizada por idade 2,7 (2,5;2,8) 2,3 (2;2,4) -16,4 (-23,9;-9,5) 69,8 (66,7;73,1) 48,1 (44,5;51,7) -31 (-36,5;-25)
Todas as idades 1,5 (1,5;1,6) 2,1 (1,9;2,3) 38 (25,8;50,3) 48,6 (46,5;51,1) 49 (45,4;52,7) 0,9 (-7,3;9,9)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 5-3. – Número de mortes, taxas de mortalidade padronizadas por idade (por 100 mil) em 1990 e 2019 e variação percentual das taxas, por grupo cardiovascular de causa de morte, no Brasil e suas unidades federativas.

Causa de morte e localização 1990 2019 Variação percentual das taxas (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2.1-Doença cardíaca reumática (;)
Acre 6,4 (5,3;7,6) 2,7 (2,3;3,1) 9 (7,3;10,8) 1,3 (1;1,5) -52,1(-63,3;-39,3)
Alagoas 50,6 (40,4;65,3) 2,8 (2,2;3,6) 43,4 (35,3;53,2) 1,3 (1;1,6) -54,9(-68,5;-37)
Amapá 1,9 (1,5;2,2) 1,3 (1,1;1,4) 4,7 (3,8;5,7) 0,7 (0,6;0,9) -41,1(-53,3;-24,9)
Amazonas 18,5 (15,8;21,2) 1,6 (1,4;1,9) 23,6 (19,4;28,7) 0,7 (0,6;0,9) -56,2(-65,2;-44,6)
Bahia 243,8 (210,7;286,5) 2,7 (2,3;3,2) 208,7 (169,5;258,2) 1,3 (1;1,6) -53,5(-65,1;-39,3)
Brasil 3088,2 (2938,9;3256) 2,8 (2,7;3) 2715,2 (2505,1;2913,1) 1,2 (1,1;1,2) -59,4(-63,1;-55,4)
Ceará 78,8 (64,9;94,7) 1,6 (1,3;1,9) 81,7 (67,6;98,7) 0,8 (0,7;1) -49(-60;-35,2)
Distrito Federal 43,1 (37,3;50,1) 5,1 (4,4;5,9) 40,7 (32,8;49,6) 1,6 (1,3;1,9) -68,5(-75,1;-60,2)
Espírito Santo 47,6 (42,9;52,4) 2,6 (2,3;2,9) 56,1 (45,2;68,8) 1,3 (1;1,6) -50,4(-60,3;-38,2)
Goiás 112,9 (95,8;136,2) 4,1 (3,4;4,9) 114,7 (92,7;139,8) 1,6 (1,3;1,9) -60,6(-69,3;-50,6)
Maranhão 78,1 (60,4;101,6) 2,2 (1,7;2,9) 69,1 (55,6;84,5) 1 (0,8;1,2) -56(-69,1;-37)
Mato Grosso 25,9 (20,9;31,2) 2,2 (1,9;2,6) 33 (26,5;39,8) 0,9 (0,8;1,1) -57,5(-66,7;-45)
Mato Grosso do Sul 28,5 (25,2;32,3) 2,4 (2,1;2,7) 29 (23,8;34,8) 1 (0,8;1,2) -59,7(-67,5;-50,6)
Minas Gerais 419,6 (379,7;465,1) 3,5 (3,2;3,9) 336,6 (280,4;394,5) 1,3 (1,1;1,5) -63,1(-69,9;-55,1)
Pará 58 (49,7;68) 2 (1,7;2,3) 65,4 (55,3;77) 0,8 (0,7;1) -57,8(-66;-47,2)
Paraíba 60,7 (49,1;76,6) 2,4 (1,9;3) 50,3 (40,1;62) 1,1 (0,8;1,3) -54,9(-68,1;-37,8)
Paraná 197,9 (178,1;217,7) 3,3 (3;3,7) 192,9 (161,2;227,3) 1,5 (1,2;1,7) -56,2(-63,6;-47,6)
Pernambuco 149,6 (128,8;175,6) 2,7 (2,3;3,2) 148,4 (122,5;179,2) 1,4 (1,2;1,7) -46,4(-58,4;-33,3)
Piauí 31,3 (26,1;36,7) 1,8 (1,5;2,1) 28,4 (23,5;33,8) 0,8 (0,6;0,9) -58,3(-67;-47,1)
Rio de Janeiro 295,5 (273,1;320,9) 2,7 (2,5;2,9) 232,3 (193,1;276,8) 1,1 (0,9;1,3) -59,6(-66,7;-50,8)
Rio Grande do Norte 40,1 (34;46,9) 2,1 (1,8;2,5) 42,3 (33,7;52,1) 1,1 (0,9;1,3) -49,9(-61,8;-36,2)
Rio Grande do Sul 149,9 (135,7;165,7) 2 (1,8;2,2) 126 (104,6;150) 0,9 (0,7;1) -58,3(-65,3;-49,8)
Rondônia 13,9 (10,7;16,9) 2,7 (2,3;3,2) 17,7 (14,6;21,1) 1,1 (0,9;1,3) -60,7(-68,6;-50,3)
Roraima 1,7 (1,3;2) 1,8 (1,6;2,1) 3,5 (2,9;4,3) 0,8 (0,7;1) -53,1(-62;-41,8)
Santa Catarina 79,4 (70,8;89,1) 2,6 (2,3;2,9) 82,7 (67,8;99,3) 1 (0,9;1,2) -60,5(-67,8;-51,4)
São Paulo 815,4 (739,4;897,2) 3,5 (3,1;3,9) 629,3 (531,7;737,8) 1,2 (1;1,4) -65,9(-71,7;-59)
Sergipe 26,5 (22,1;31,4) 2,7 (2,2;3,2) 30,1 (24,1;37,3) 1,3 (1;1,6) -53(-64,1;-38,5)
Tocantins 12,6 (10,1;15,4) 2,4 (2;2,9) 15,9 (12,6;19,7) 1,1 (0,8;1,3) -56,4(-67,1;-41,3)
B.2.5-Doença valvar do coração não reumática (;)
Acre 2,7 (2,4;3,1) 1,8 (1,6;2,1) 10,2 (8,9;11,6) 1,8 (1,6;2,1) -1,6(-17,9;18,5)
Alagoas 23 (20;26,8) 1,8 (1,5;2,1) 61,5 (52,3;70,5) 2 (1,7;2,2) 9,3(-12,2;33,3)
Amapá 2 (1,8;2,2) 2,1 (1,9;2,4) 9,7 (8,6;10,8) 2 (1,7;2,2) -7,2(-18,6;6,7)
Amazonas 17,1 (15,5;19) 2,3 (2,1;2,6) 46,7 (40,1;53,4) 1,7 (1,4;1,9) -27,7(-37,5;-16,4)
Bahia 143,8 (124,5;162,7) 2,2 (1,9;2,5) 275,3 (228,2;324,4) 1,7 (1,4;2) -22(-37,2;-4)
Brasil 2189,8 (2092,3;2275,8) 2,5 (2,4;2,7) 4842,8 (4326;5225,5) 2,1 (1,9;2,3) -16,2(-22,5;-10,3)
Ceará 48,5 (39,4;59,8) 1,2 (1;1,5) 158 (130,5;188,1) 1,6 (1,3;1,9) 33,8(1,7;75,5)
Distrito Federal 19,6 (17,5;22) 4 (3,5;4,5) 47,9 (41,1;54,8) 2,5 (2,1;2,9) -38,1(-47,5;-27,5)
Espírito Santo 41,1 (38;44,3) 3 (2,8;3,2) 109,3 (92,8;124,7) 2,7 (2,2;3) -11,7(-23,5;0,9)
Goiás 62,7 (54,1;74,3) 3,2 (2,8;3,7) 138,3 (114,9;164,7) 2,1 (1,7;2,5) -34,2(-45,8;-20,5)
Maranhão 29,8 (22,6;39,3) 1,2 (0,9;1,6) 97,4 (82,5;114,8) 1,5 (1,3;1,8) 24,4(-11,1;71,3)
Mato Grosso 18,4 (15,6;21) 2,4 (2,1;2,7) 56,2 (48,7;64) 1,8 (1,6;2,1) -24,3(-36,1;-9,3)
Mato Grosso do Sul 23,7 (21,7;25,8) 2,8 (2,6;3,1) 56,5 (48,7;65,2) 2 (1,7;2,3) -28,4(-38,2;-16,9)
Minas Gerais 256,2 (235,7;280,3) 2,7 (2,5;3) 511,4 (442,8;577,5) 2 (1,7;2,2) -28,2(-37,5;-18,6)
Pará 44,3 (39;50) 2,2 (2;2,5) 110 (95,1;124,9) 1,6 (1,4;1,8) -27,9(-39,5;-14,1)
Paraíba 25,9 (21,9;31,3) 1,2 (1;1,4) 57 (48,1;66,6) 1,2 (1;1,4) 1,2(-21,4;26,7)
Paraná 152 (143,6;161,2) 3,4 (3,1;3,6) 350,6 (301,7;397,4) 2,8 (2,4;3,2) -16,2(-27,2;-5,2)
Pernambuco 97,7 (89,1;106,5) 2,3 (2;2,5) 217,6 (189,9;246,3) 2,3 (2;2,6) -0,4(-14,9;16)
Piauí 18,3 (16;21,3) 1,5 (1,2;1,7) 46,5 (38,9;53,4) 1,2 (1;1,4) -17,1(-32,8;1,3)
Rio de Janeiro 218,6 (205,1;230,2) 2,4 (2,2;2,5) 418,7 (367;475,5) 1,9 (1,7;2,2) -19,8(-29,3;-8,9)
Rio Grande do Norte 23,2 (19,7;27) 1,5 (1,2;1,7) 59,8 (49,2;71,6) 1,5 (1,2;1,8) 2,1(-19,5;28,7)
Rio Grande do Sul 189,2 (176,5;200,4) 3,1 (2,8;3,3) 447 (383,4;510,1) 2,9 (2,5;3,3) -5,1(-17,6;8,1)
Rondônia 8,4 (7;9,6) 2,9 (2,6;3,3) 25,1 (21,4;29,2) 1,8 (1,5;2) -39,9(-49,5;-28,5)
Roraima 1,2 (1;1,3) 2,3 (2,1;2,6) 5,3 (4,7;6) 1,8 (1,5;2) -24,8(-34,5;-13,2)
Santa Catarina 84,9 (78,8;91,3) 3,7 (3,4;4) 216,9 (187,3;247,6) 3 (2,5;3,4) -20,8(-31,6;-9,4)
São Paulo 619,5 (580,7;656,9) 3,2 (3;3,4) 1251,4 (1078,1;1408,6) 2,4 (2,1;2,8) -23,4(-33,1;-14,5)
Sergipe 11,2 (9,9;12,6) 1,6 (1,4;1,8) 29,3 (24,8;34,2) 1,3 (1,1;1,6) -15,7(-29,9;2,7)
Tocantins 6,9 (5,8;8,2) 2,2 (1,8;2,6) 29,4 (24,7;34,1) 2,2 (1,8;2,5) -2,8(-22,3;22)
B.2.5.1-Doença valvar aórtica calcífica não reumática (;)
Acre 1,8 (1,4;2,1) 1,3 (1;1,6) 7 (6;8,1) 1,3 (1,1;1,5) -2,1(-20,8;27)
Alagoas 14 (11;16,6) 1,1 (0,9;1,4) 40,3 (33,9;49,1) 1,3 (1,1;1,6) 13,9(-9,6;53,2)
Amapá 1,4 (1,2;1,5) 1,6 (1,3;1,8) 6,4 (5,6;7,6) 1,4 (1,2;1,6) -11(-24,5;7,9)
Amazonas 12,2 (9,9;13,8) 1,8 (1,4;2) 33,7 (28,5;39,4) 1,2 (1;1,5) -29,2(-40,3;-14,3)
Bahia 102,5 (82;119,3) 1,6 (1,3;1,9) 190,6 (155,8;234) 1,2 (1;1,4) -26,6(-42,6;-2,3)
Brasil 1507,5 (1326;1636,7) 1,8 (1,6;2) 3467,3 (3000,8;4002,6) 1,5 (1,3;1,8) -15,6(-24;-4)
Ceará 29,4 (21,7;37,7) 0,7 (0,6;1) 103,9 (84,3;130,5) 1,1 (0,9;1,3) 42,1(5,4;107)
Distrito Federal 12,7 (11;15,4) 3 (2,5;3,4) 32,7 (27,3;40) 1,8 (1,5;2,2) -38,4(-48,2;-26,4)
Espírito Santo 26,7 (23,8;30,6) 2,1 (1,8;2,4) 75,4 (62,3;92,7) 1,9 (1,5;2,3) -10,8(-24,5;4,8)
Goiás 42,8 (36,5;52,2) 2,3 (2;2,8) 97,5 (79,5;121,2) 1,5 (1,2;1,9) -35,4(-46,9;-21,7)
Maranhão 19,2 (13,4;26,8) 0,8 (0,6;1,1) 67,3 (53,9;81,9) 1 (0,8;1,3) 30,3(-9,6;85,7)
Mato Grosso 12,5 (10,3;14,3) 1,8 (1,5;2) 38,3 (32,6;45,5) 1,3 (1,1;1,5) -27,6(-40,7;-10,1)
Mato Grosso do Sul 16,3 (14,2;18,4) 2,1 (1,8;2,3) 39,7 (33,7;47,3) 1,5 (1,2;1,7) -30,3(-40,8;-17,4)
Minas Gerais 177,8 (159,3;198,2) 2 (1,7;2,2) 370,4 (313;436,4) 1,4 (1,2;1,7) -28,2(-38,2;-17,2)
Pará 28,5 (23,9;33,1) 1,5 (1,3;1,8) 70,5 (58,8;85,4) 1,1 (0,9;1,3) -31,4(-44;-14,3)
Paraíba 16,8 (12,2;20,8) 0,8 (0,6;0,9) 39,5 (32,4;46,8) 0,8 (0,7;0,9) 5,5(-18,6;41,8)
Paraná 104,6 (91,7;117,3) 2,5 (2,1;2,7) 257,8 (215,7;308,6) 2,1 (1,8;2,5) -14,4(-26,4;-1,4)
Pernambuco 60,3 (52,8;68,1) 1,5 (1,3;1,6) 143,8 (120;178,2) 1,5 (1,3;1,9) 3,4(-14,6;27,3)
Piauí 11,3 (9,1;13,6) 1 (0,8;1,2) 30,3 (24,7;37,8) 0,8 (0,6;1) -17,5(-35,8;4,5)
Rio de Janeiro 143,6 (120,7;157,7) 1,7 (1,4;1,8) 301,5 (259,8;349) 1,4 (1,2;1,6) -15,9(-27,3;-1,2)
Rio Grande do Norte 16,1 (12,4;19,2) 1 (0,8;1,3) 42,1 (34;51,4) 1,1 (0,9;1,3) 1,6(-21,9;37)
Rio Grande do Sul 134,9 (116,1;149,5) 2,3 (1,9;2,5) 343 (283,6;408) 2,3 (1,9;2,7) -1,7(-15,5;15,7)
Rondônia 5,6 (4,6;6,5) 2,2 (1,9;2,5) 17,5 (14,7;20,6) 1,3 (1,1;1,5) -42,8(-52,4;-29,8)
Roraima 0,9 (0,6;1) 1,9 (1,5;2,1) 3,9 (3,3;4,5) 1,4 (1,2;1,6) -25,9(-36,6;-11,7)
Santa Catarina 61 (53,1;69) 2,8 (2,4;3,2) 166,5 (137;196,3) 2,3 (1,9;2,7) -18,6(-30,6;-6,3)
São Paulo 443,5 (387,3;491,7) 2,4 (2,1;2,6) 910,2 (757,6;1083,5) 1,8 (1,5;2,1) -24,2(-35,1;-10,3)
Sergipe 6,8 (5,2;8) 1 (0,8;1,2) 18,4 (15,1;22,4) 0,8 (0,7;1) -16,9(-33,6;7,9)
Tocantins 4,1 (3,3;4,9) 1,5 (1,2;1,8) 18,9 (14,9;24,7) 1,4 (1,1;1,8) -3,8(-25,5;25,5)
B.2.5.2-Doença valvar mitral degenerativa não reumática (;)
Acre 0,8 (0,7;1,1) 0,5 (0,4;0,7) 2,9 (2,3;3,9) 0,5 (0,4;0,6) -2,8(-22,4;27,2)
Alagoas 8,7 (6,7;10,9) 0,6 (0,5;0,8) 20,2 (15,5;25) 0,6 (0,5;0,8) 0,3(-25,3;38)
Amapá 0,6 (0,5;0,8) 0,6 (0,5;0,7) 3 (2,2;3,6) 0,6 (0,4;0,7) 0,4(-18,2;21,6)
Amazonas 4,8 (3,9;6,6) 0,5 (0,4;0,8) 12,2 (9,8;16) 0,4 (0,3;0,5) -24,5(-40,7;-5,6)
Bahia 40 (31,9;52,4) 0,6 (0,4;0,7) 81,1 (61,1;101,9) 0,5 (0,4;0,6) -10(-33,1;20,8)
Brasil 663,1 (535,3;818,9) 0,7 (0,6;0,9) 1315,1 (943,8;1507) 0,6 (0,4;0,7) -19(-34,8;-5,8)
Ceará 17,9 (12,6;23,3) 0,4 (0,3;0,6) 50,6 (36,3;63,9) 0,5 (0,4;0,6) 19,3(-13,5;64,8)
Distrito Federal 6,7 (5;8,1) 1 (0,7;1,4) 14,4 (9,8;17,7) 0,6 (0,4;0,8) -39(-57,4;-24)
Espírito Santo 14 (9,6;16,4) 0,9 (0,6;1) 32,3 (20,7;40,6) 0,8 (0,5;1) -15,2(-30;2,6)
Goiás 19,3 (14,4;27,3) 0,8 (0,6;1,2) 38,9 (28,3;50,8) 0,6 (0,4;0,7) -32,3(-50,2;-13,3)
Maranhão 9,8 (6,6;12,9) 0,4 (0,2;0,5) 27,6 (21,3;39,4) 0,4 (0,3;0,6) 11,3(-23,4;59,6)
Mato Grosso 5,7 (4,4;7,2) 0,6 (0,5;0,8) 17 (12,9;20,5) 0,5 (0,4;0,6) -16,6(-33,9;4,6)
Mato Grosso do Sul 7,3 (5,6;8,8) 0,7 (0,6;0,9) 16,3 (11,7;19,9) 0,6 (0,4;0,7) -23,9(-39,7;-6,4)
Minas Gerais 76,3 (63;100,7) 0,7 (0,6;1) 135 (99,2;162,8) 0,5 (0,4;0,6) -29,4(-48,9;-13)
Pará 15,1 (11,8;18,4) 0,7 (0,5;0,8) 36,2 (26,8;44,4) 0,5 (0,4;0,6) -22,9(-39;-3,7)
Paraíba 8,5 (6,1;11,5) 0,4 (0,3;0,5) 16 (12,3;23) 0,3 (0,3;0,5) -8,3(-33,3;25,8)
Paraná 46,1 (33,9;56,6) 0,9 (0,6;1,1) 88,4 (56,8;110,5) 0,7 (0,4;0,9) -22,7(-40,5;-4,3)
Pernambuco 36,4 (27,1;41,8) 0,8 (0,6;0,9) 70,7 (47,2;85,4) 0,7 (0,5;0,9) -8,6(-27;13,4)
Piauí 6,7 (5,1;8) 0,5 (0,4;0,6) 15,1 (11,2;19) 0,4 (0,3;0,5) -17,5(-34,4;3,1)
Rio de Janeiro 73,5 (62,9;94,3) 0,7 (0,6;1) 113,6 (88,7;145,7) 0,5 (0,4;0,7) -29,3(-42,5;-16,2)
Rio Grande do Norte 6,7 (5,2;9,2) 0,4 (0,3;0,6) 16,2 (12,3;21) 0,4 (0,3;0,5) 1,1(-24,9;35,4)
Rio Grande do Sul 52,8 (39;64,3) 0,8 (0,6;1) 99,5 (60,4;126,5) 0,6 (0,4;0,8) -16,5(-35,5;3,2)
Rondônia 2,7 (2,1;3,5) 0,7 (0,6;1) 7,2 (5,7;9,4) 0,5 (0,4;0,6) -32,7(-51;-16)
Roraima 0,3 (0,2;0,5) 0,4 (0,3;0,8) 1,1 (0,8;2,1) 0,3 (0,2;0,6) -27(-39,1;-11,7)
Santa Catarina 23,4 (16;30,1) 0,9 (0,6;1,2) 48,7 (30,4;61,4) 0,6 (0,4;0,8) -28,5(-44,4;-12)
São Paulo 172,3 (133,2;223,6) 0,8 (0,6;1,1) 330,3 (211,8;399,1) 0,6 (0,4;0,8) -21,7(-44,6;-2,1)
Sergipe 4,2 (3,3;5,4) 0,5 (0,4;0,7) 10,4 (7,6;13,1) 0,5 (0,3;0,6) -14,7(-33,1;13)
Tocantins 2,7 (1,8;3,4) 0,7 (0,5;0,9) 9,9 (6,4;12,5) 0,7 (0,4;0,9) -1,6(-23,1;29,2)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 5-4. – Número de DALYs, taxas de DALYs padronizadas por idade (por 100 mil) em 1990 e 2019 e variação percentual das taxas, por grupo cardiovascular de causa de morte, no Brasil e suas unidades federativas.

Causa de morte e localização 1990 2019 Variação percentual das taxas (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
B.2.1-Doença cardíaca reumática (;)
Acre 478,6 (384,9;587,3) 134,1 (109,9;161,8) 753,3 (566,2;993,1) 82,6 (62,9;106,6) -38,4(-49,7;-27,2)
Alagoas 3473,1 (2746,4;4365,8) 149,5 (120;186) 3192,6 (2447,9;4092,5) 86,5 (66,7;110,6) -42,1(-56;-27,5)
Amapá 197,9 (146,9;261,3) 83,6 (64,4;107) 573,8 (413;795,1) 66,6 (49,3;90,8) -20,4(-31,2;-9,4)
Amazonas 1696,9 (1318,6;2188,4) 95,4 (77,2;119,6) 2745,7 (1929,8;3783,2) 64,7 (46,3;87,8) -32,1(-43,3;-21,6)
Bahia 16674,5 (13969;19833,8) 148 (124,8;175,3) 14372 (11188,8;18390,2) 86,4 (67,4;111) -41,6(-52,4;-30,7)
Brasil 197716,1 (170430,6;232611,3) 144,6 (126,8;167,3) 184224,8 (143687,3;238145,9) 79,3 (61,6;102,6) -45,1(-52,1;-38,2)
Ceará 6153,3 (4892,5;7694,2) 101,7 (81,3;125,6) 7192 (5239,3;9577,4) 69,5 (50,6;92,6) -31,6(-43,4;-20,6)
Distrito Federal 2733 (2325,3;3194,9) 202,3 (175,2;232,6) 2748,9 (2101,9;3590,4) 85,6 (65,8;109,5) -57,7(-65,7;-49,1)
Espírito Santo 3228,8 (2710,2;3880,5) 133,5 (113,7;157,1) 3625,4 (2794,7;4689,5) 84,1 (64,7;109) -37(-47,1;-27,4)
Goiás 6941,8 (5867,3;8245,7) 186,2 (158,6;219,8) 6955 (5375,9;8927,3) 92,7 (71,8;118,7) -50,2(-59,9;-39,7)
Maranhão 5793,2 (4511,6;7327) 128,3 (100,7;161,8) 5937,4 (4413,8;8026,1) 74 (55,7;99,1) -42,3(-55,9;-27,7)
Mato Grosso 2061,6 (1608,5;2580,3) 117,3 (95,7;140,7) 2777,9 (2060,8;3705,6) 72,4 (53,8;96,2) -38,3(-49,5;-26,2)
Mato Grosso do Sul 2052,3 (1689,3;2521,1) 126,6 (106,3;152) 2259,9 (1708,7;2978,9) 74,2 (56,2;98,2) -41,4(-51,5;-32,2)
Minas Gerais 25212,5 (21921,1;29506,4) 170,8 (149,3;197,7) 19945,3 (15436,6;25464,7) 83 (63,9;107,9) -51,4(-59,8;-42,7)
Pará 4685,7 (3688,2;5883) 110,3 (89,1;134,6) 6570,4 (4804,8;8902,7) 70,1 (52;93,5) -36,5(-46,9;-26,3)
Paraíba 3869,2 (3097,1;4891,2) 130,2 (104,2;163,2) 3595,1 (2709,1;4709,2) 79,5 (59,9;104,8) -39(-51,9;-25,6)
Paraná 12144,3 (10386,1;14396,5) 156,5 (135,8;181,9) 11030,6 (8623;14136,8) 87,1 (67,7;113,1) -44,3(-53;-35,7)
Pernambuco 9944,8 (8279,9;11968,4) 144,5 (121,6;173,2) 9819,1 (7641,7;12313,8) 92,9 (72,5;116,8) -35,7(-47,6;-24,6)
Piauí 2500,4 (1977,2;3115,3) 105,7 (85,2;129,1) 2580,9 (1896,6;3474,4) 68,7 (50,3;92,8) -35(-46,1;-23,5)
Rio de Janeiro 18562 (15876,8;22061,5) 142,9 (123,1;167,2) 15385,3 (11850;19928,5) 78,6 (59,8;103,2) -45(-53,8;-35,9)
Rio Grande do Norte 2723,6 (2217,2;3328,6) 120,4 (99,1;146,3) 3111,1 (2330,5;4079) 79,7 (59,7;104,4) -33,8(-45,4;-23,4)
Rio Grande do Sul 10128,1 (8278,3;12485,4) 113,1 (93,9;138,1) 8733,1 (6508,8;11731,9) 69,5 (50,3;94,7) -38,5(-48,3;-29,6)
Rondônia 1122,1 (847,6;1419,2) 124,4 (99,6;149,5) 1430,6 (1081,9;1885,8) 76,1 (58;99,1) -38,8(-49,7;-26,2)
Roraima 165,6 (124,9;220,2) 95,7 (76,1;120,8) 398 (288,9;538,5) 67,2 (50,1;89,6) -29,7(-41;-18,6)
Santa Catarina 5344,1 (4385,8;6550,2) 128,9 (108,3;153,5) 5883,4 (4408,2;7698,3) 74,6 (55,6;98,4) -42,1(-51,6;-33,2)
São Paulo 47070,4 (40270,9;55070,9) 159,3 (138,6;182,7) 39172,3 (30110,2;51125,7) 77,3 (58,5;101,5) -51,5(-59,2;-43)
Sergipe 1807,3 (1481,5;2208,5) 135,6 (111,5;164,9) 2176,7 (1655,5;2835) 86,2 (66;111,8) -36,4(-48,6;-23,1)
Tocantins 950,7 (747,3;1192,2) 120,7 (97,2;147,6) 1258,9 (933;1679,4) 74,7 (55,7;98,9) -38,1(-49,6;-24,9)
B.2.5-Doença valvar do coração não reumática (;)
Acre 85 (73,5;98,7) 40 (34,9;45,5) 260,4 (229,9;292,8) 37,9 (33,4;42,6) -5,4(-22,2;15)
Alagoas 663,4 (578,5;772,7) 42,2 (36,8;49,3) 1538,5 (1313,5;1768,2) 45,8 (39,1;52,5) 8,5(-12,8;33,5)
Amapá 64,3 (55,6;72) 47,3 (42;52,1) 262,1 (234,9;291,7) 43,2 (38,4;47,9) -8,7(-20,5;5,9)
Amazonas 542,6 (482,1;605,8) 52,2 (47,2;57,7) 1191,1 (1029,4;1356,5) 36,9 (31,9;42,1) -29,2(-38,9;-17,1)
Bahia 4048,8 (3511,8;4582) 51,8 (45,1;58,6) 6278,5 (5226,1;7459,1) 38,3 (31,9;45,4) -26,1(-41;-8,1)
Brasil 66419,8 (64127,5;68749,3) 62,8 (60,3;65,2) 103773,8 (96149,3;110720) 44 (40,7;47) -30(-34,5;-25)
Ceará 1261,9 (1037,7;1575,1) 28 (23;34,8) 3539,9 (2933,6;4257,3) 35 (29;42) 25,3(-5,1;65,1)
Distrito Federal 704 (622,6;794,5) 84,4 (74,9;94,3) 1148,6 (990,1;1325,1) 44,2 (38,2;50,5) -47,7(-55,2;-38,2)
Espírito Santo 1268,1 (1174,9;1371,7) 70,7 (65,4;75,9) 2457,5 (2119,5;2803,4) 56,2 (48,5;64) -20,5(-31,2;-8,9)
Goiás 2042 (1745,9;2416,1) 76 (65,4;90,2) 3337,7 (2797;3975,1) 46,2 (38,6;54,9) -39,2(-50,8;-25,1)
Maranhão 893,7 (677,8;1170,3) 30,1 (22,7;39,8) 2260,7 (1897,2;2699,7) 32,7 (27,5;39,1) 8,6(-22,6;51,1)
Mato Grosso 619 (510,5;721,6) 55,9 (47,8;63,7) 1407,6 (1228,7;1606,9) 40,1 (35,1;45,8) -28,1(-40,1;-12,5)
Mato Grosso do Sul 755 (693,1;822,6) 66,2 (60,9;72,1) 1317,8 (1132,8;1518,3) 43,9 (37,7;50,6) -33,8(-43,3;-23)
Minas Gerais 8073,1 (7457,7;8872) 68,9 (63,6;75,5) 10888,8 (9597;12210,7) 41,6 (36,7;46,7) -39,5(-47,1;-31,2)
Pará 1375,1 (1191,3;1561) 51 (44,7;57,4) 2787,7 (2449,2;3195,9) 36,5 (32;41,7) -28,4(-40,7;-14,4)
Paraíba 643,9 (553,1;788,6) 26,7 (22,9;32,7) 1264,3 (1090,6;1484,8) 26,9 (23,2;31,5) 0,9(-22,1;27)
Paraná 4629,9 (4386,7;4909,4) 79,1 (75;83,9) 7300 (6383,8;8258,8) 55,3 (48,3;62,5) -30(-39;-20,5)
Pernambuco 2816,5 (2575,4;3061,6) 54,9 (50,3;59,6) 5002 (4359,4;5687,4) 49,1 (42,7;55,6) -10,6(-24,1;5,1)
Piauí 503,5 (441,6;578) 31,9 (27,9;36,9) 1047,2 (909,9;1190,8) 27,7 (24,1;31,5) -13,2(-28,9;6)
Rio de Janeiro 6715,9 (6311,1;7069,2) 60,6 (57;63,8) 8742,8 (7701,7;9962,7) 39,9 (35,2;45,2) -34,2(-42,3;-24,9)
Rio Grande do Norte 596,3 (510,5;694,2) 34,2 (29,3;39,8) 1331,5 (1102,2;1581,2) 33,9 (28,1;40,3) -0,8(-23;25,9)
Rio Grande do Sul 5430,1 (5055,9;5757,8) 73,2 (68,5;77,5) 8355,5 (7203,2;9441,7) 55,1 (47,6;62,2) -24,7(-33,8;-14,7)
Rondônia 307,5 (249,9;356,2) 61,6 (53,6;69,4) 627,6 (533,9;731,3) 38,1 (32,6;44,2) -38,1(-48,8;-24,8)
Roraima 42,8 (36;48,6) 48,3 (43,2;53,2) 139,9 (122,9;158,7) 33,9 (29,9;38,5) -29,8(-39,2;-18,5)
Santa Catarina 2458,1 (2272,3;2657,3) 81,9 (75,9;88,1) 4423,2 (3874,6;5006,2) 55,2 (48,5;62,4) -32,5(-41,1;-22,9)
São Paulo 19362,4 (18240;20529,6) 79,7 (74,8;84,5) 25466,7 (22329,9;28597,2) 47,4 (41,5;53,1) -40,6(-47,7;-33,3)
Sergipe 305,9 (269,7;348,4) 34,1 (30,1;38,4) 705,3 (592,8;831,7) 30 (25,3;35,2) -12(-28,6;7,7)
Tocantins 211,1 (176,1;249,7) 44,4 (37,2;52,3) 691 (578,1;805,1) 46,1 (38,7;53,5) 3,8(-17,6;31)
B.2.5.1-Doença valvar aórtica calcífica não reumática (;)
Acre 51,9 (39;62) 26,5 (20,1;30,9) 163,7 (139;188,2) 25 (21,3;28,7) -5,7(-24,3;23,4)
Alagoas 363,6 (285,3;425,5) 24,4 (19,2;28,7) 917,3 (762,5;1134,3) 27,8 (23,2;34,4) 14,3(-9,7;53,2)
Amapá 39,3 (32,3;44,9) 31,5 (26,4;35,4) 158,8 (137,4;187,6) 27,7 (24;32,5) -11,9(-25,8;6,8)
Amazonas 359,5 (291,9;408,9) 36,9 (29,8;41,7) 795,3 (671,5;926,9) 25,5 (21,5;29,8) -30,7(-41,3;-15,5)
Bahia 2641,7 (2109,8;3085,6) 35,1 (28,2;40,9) 3989,3 (3247;4860,7) 24,5 (19,9;29,9) -30,3(-45,8;-6,7)
Brasil 42579 (37870,3;47363,9) 41,9 (37;45,9) 68342,2 (61550;78453,3) 29,2 (26,3;33,4) -30,3(-36,3;-21,3)
Ceará 681,1 (502,2;869,2) 15,6 (11,6;20,1) 2097,8 (1692,1;2650,6) 20,9 (16,9;26,5) 33,7(-1,7;94,9)
Distrito Federal 427,6 (364;525,3) 57 (49,2;67,7) 727,9 (616;894,4) 29,6 (25;36,1) -48(-55,7;-37,2)
Espírito Santo 751,9 (666,4;894,9) 44,4 (39,5;51,6) 1547,9 (1278,5;1956,8) 35,8 (29,6;45,1) -19,5(-31,6;-6,3)
Goiás 1300,3 (1084,7;1633,2) 51,4 (43,6;63,1) 2186,1 (1774;2711,5) 30,8 (25,2;38,2) -40,1(-51,9;-26)
Maranhão 537,9 (372,1;749,1) 18,8 (13,1;26,1) 1430,7 (1131,3;1752,5) 21,1 (16,7;25,8) 12,2(-22,4;60,8)
Mato Grosso 389,5 (311,5;457,7) 37,9 (31,6;43,6) 886,3 (752;1040,4) 26 (22,2;30,6) -31,6(-44;-14,5)
Mato Grosso do Sul 480 (417,5;547,4) 44,8 (39,3;50,6) 861 (731,5;1024) 29 (24,7;34,5) -35,2(-45;-22,5)
Minas Gerais 5239 (4676,4;5973,4) 46,4 (41,5;52,2) 7257,9 (6282,1;8566,6) 27,7 (24;32,7) -40,3(-48,2;-31,3)
Pará 799,5 (667,7;934,9) 32 (26,8;37,2) 1621,9 (1376,2;1975) 22 (18,6;26,6) -31,3(-44,2;-14,2)
Paraíba 374,9 (262,1;468,5) 15,8 (11,2;19,7) 796,6 (649,7;956) 16,9 (13,8;20,3) 6,6(-17,4;43)
Paraná 2959,8 (2640,8;3386,2) 53,3 (46,9;60,2) 5001,5 (4227,4;5984,7) 38,2 (32,3;45,7) -28,2(-38,2;-17,4)
Pernambuco 1574,6 (1396;1798,1) 31,9 (28,2;36,2) 3016,7 (2526,4;3737,7) 30 (25,1;37,2) -6,1(-22,4;14,8)
Piauí 280,7 (223,7;336,3) 18,8 (15,2;22,5) 616,2 (516,4;769,6) 16,3 (13,6;20,3) -13,3(-31,2;9,6)
Rio de Janeiro 4090,8 (3468;4549,8) 38,3 (32,4;42,2) 5758,8 (4921,1;6639,2) 26,2 (22,4;30,2) -31,6(-40,4;-20,5)
Rio Grande do Norte 375 (285,6;450,5) 22,1 (16,9;26,5) 853,2 (693,3;1040,7) 21,8 (17,7;26,7) -1,2(-24,8;32,9)
Rio Grande do Sul 3619,1 (3136,5;4083,7) 50,4 (43,6;56,2) 5938 (4979,2;7063,4) 38,9 (32,7;46,1) -22,8(-33,1;-10,4)
Rondônia 195,6 (154,3;229,2) 43,3 (36,2;49,3) 403,1 (335,6;477,7) 25,2 (21,1;29,8) -41,8(-52,8;-26,8)
Roraima 29,8 (21,7;35,6) 36,3 (27,8;41,9) 95,9 (77;112,8) 24,5 (20,4;28,5) -32,5(-42,3;-18,5)
Santa Catarina 1638,4 (1417,6;1889,5) 57,6 (50,3;65,5) 3162,9 (2677;3733,4) 40 (34;47,1) -30,5(-40;-19,9)
São Paulo 13095,7 (11482,2;14641,3) 55,8 (48,6;62,1) 17256,1 (14768,7;20498,9) 32,3 (27,6;38,3) -42,1(-49,8;-30,8)
Sergipe 167,8 (127,4;201,3) 19,8 (15,2;23,5) 398,4 (324,4;492,7) 17,3 (14,1;21,3) -12,8(-31,7;13,9)
Tocantins 113,9 (91,9;138,5) 26,4 (21,3;31,6) 402,9 (317;537,4) 27,5 (21,8;36,7) 4,2(-20,2;39)
B.2.5.2-Doença valvar mitral degenerativa não reumática (;)
Acre 30,8 (24,8;40,5) 12,7 (10,2;17,1) 87,5 (70,5;117,6) 11,7 (9,4;15,7) -7,5(-26,1;15,3)
Alagoas 289 (228,4;353,5) 17,2 (13,4;21,2) 594,5 (467,7;729,3) 17,2 (13,4;21) -0,4(-23,6;32,1)
Amapá 23,9 (18,7;29,1) 15,1 (12;18,8) 95,5 (74,7;115,9) 14,3 (10,9;17,4) -5,1(-20,3;12,4)
Amazonas 176,4 (144,8;232,6) 14,8 (12,2;20,3) 370,2 (300,2;480,1) 10,7 (8,7;13,8) -27,5(-40,3;-11,6)
Bahia 1363,3 (1095,7;1693,3) 16,2 (13;20,5) 2193,7 (1725,5;2681,5) 13,2 (10,3;16,2) -18,4(-36,8;5,3)
Brasil 23163,9 (18446,7;27428,1) 20,4 (16,3;24,6) 33793,5 (25861,5;39014,6) 14,1 (10,8;16,3) -30,7(-41,6;-22,6)
Ceará 545 (408,1;692,2) 11,6 (8,6;14,9) 1346,8 (1010,7;1698,5) 13,2 (9,9;16,6) 13,7(-17,1;54)
Distrito Federal 268,7 (201,2;319,7) 26,6 (19,4;32,9) 398,9 (287,1;482,7) 13,8 (9,8;16,7) -48,3(-61,4;-37,1)
Espírito Santo 502,3 (340,2;588,9) 25,5 (17,4;29,8) 867,1 (599,1;1068,3) 19,4 (13,3;23,9) -23,9(-36,2;-9,6)
Goiás 720,9 (530,3;979,3) 24 (17,8;33,5) 1095,9 (824,4;1416,4) 14,7 (11;18,9) -38,8(-53,3;-21,5)
Maranhão 326,5 (222,8;439) 10,5 (7,2;13,9) 762,9 (582,9;1040,8) 10,7 (8,2;14,7) 2,2(-30,8;47,5)
Mato Grosso 222,5 (166,6;275,9) 17,4 (13,4;21,6) 495,7 (391,1;597,1) 13,5 (10,5;16,3) -22,4(-37,3;-4,2)
Mato Grosso do Sul 269,3 (203,6;315,4) 21 (16,1;25) 443,9 (337,5;538,1) 14,4 (10,9;17,5) -31,4(-43,9;-17,7)
Minas Gerais 2759,7 (2198,7;3466,3) 21,9 (17,7;28) 3473,5 (2676;4153,8) 13,3 (10,3;15,9) -39,1(-53,7;-27,4)
Pará 547,6 (420,2;655,9) 18,1 (14,1;21,9) 1063,7 (825,2;1291,4) 13,2 (10;16,1) -26,7(-40,6;-9,5)
Paraíba 248,7 (184,3;329) 10,1 (7,4;13,2) 427,3 (334,8;609,2) 9,2 (7,1;13) -9(-35,2;22,2)
Paraná 1622,1 (1205,7;1926,7) 25,1 (18,5;30,1) 2183,5 (1520,6;2709,5) 16,2 (11,3;20) -35,3(-47,5;-22,5)
Pernambuco 1209,1 (901,4;1393,7) 22,4 (16,7;25,8) 1901,1 (1367,5;2278,3) 18,3 (13,1;21,9) -18,3(-32,7;-1)
Piauí 211,4 (164,6;250,5) 12,5 (9,6;14,9) 404 (321,8;497,4) 10,7 (8,5;13,2) -14,5(-31,4;4,9)
Rio de Janeiro 2576,8 (2159,7;3166,9) 21,9 (18,4;27,3) 2889,1 (2339,7;3691,9) 13,2 (10,7;16,8) -39,6(-49,2;-29,6)
Rio Grande do Norte 207,9 (165,8;270,9) 11,4 (9,1;15) 439,4 (341,2;567,7) 11,1 (8,7;14,4) -2,5(-27,6;27,6)
Rio Grande do Sul 1762,1 (1287,4;2066,8) 22,2 (16,4;26,5) 2310,3 (1546,4;2837,7) 15,4 (10,5;18,9) -30,5(-42,4;-17)
Rondônia 108,1 (81,9;139,1) 17,6 (14;23,7) 210,4 (169,3;274,4) 12,1 (9,7;15,7) -31,4(-47,3;-13,3)
Roraima 11,7 (7,8;20,6) 10,8 (7,4;19,5) 36,3 (24;64,6) 7,8 (5,2;14) -28,4(-41,2;-12,2)
Santa Catarina 801,5 (548,8;987,9) 23,8 (16,2;29,7) 1215,4 (818,2;1494,1) 14,7 (9,8;18,1) -38,3(-49,6;-26,3)
São Paulo 6133,9 (4630,3;7686,7) 23,4 (17,9;29,9) 7925,7 (5513,9;9414) 14,5 (10,2;17,2) -37,9(-52,3;-26,2)
Sergipe 132,8 (103,6;165,3) 13,7 (10,8;17,5) 290,8 (222,2;361,9) 12 (9,2;15) -12,3(-30,2;13,9)
Tocantins 91,9 (63,5;114,4) 17,1 (11,4;21,3) 270,5 (184,9;338) 17,4 (11,8;21,9) 2,1(-20,4;32,7)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Prevalência

Doença Cardíaca Reumática

•De acordo com o Global Atlas on Cardiovascular Disease Prevention and Control , atualizado pelo GBD 2019, estima-se que a DCR afete atualmente cerca de 40,5 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo responsável por 1% a 1,5% de todas as mortes cardiovasculares (306 mil mortes). 1 , 2 Até a metade do século 20, a DCR foi a principal causa de doença valvar cardíaca no mundo. Melhores condições de saúde, identificação precoce das infecções por Streptococcus pyogenes , além do uso de antibióticos, reduziram significativamente a prevalência de DCR em países de alta renda. Dados publicados em 2016 estimaram que a DCR fosse a causa primária de 2,5% das doenças valvares do coração nos Estados Unidos e no Canadá, chegando a 22% na Europa. 175 Taxas ainda mais altas foram relatadas no Brasil, sendo a DCR responsável por cerca de 50% das cirurgias valvares no SUS. 176–178

•Em países de renda baixa e média, a prevalência de DCR permanece em torno de 444 por 100 mil habitantes. 4 , 179 No Brasil, a DCR persiste como a principal etiologia das doenças valvares cardíacas, em especial em pacientes do SUS. Avaliações anteriores mostraram prevalência de 360 por 100 mil no Brasil. 180 Outras avaliações encontraram prevalência variando de 100 a 700 por 100 mil crianças em idade escolar. 181

•No Brasil, dos 174 pacientes com doença valvar cardíaca aguda que se apresentaram na emergência do Instituto do Coração de São Paulo, observou-se envolvimento reumático em 60%, seguindo-se doença valvar aórtica degenerativa (15%) e prolapso de valva mitral (13%). No total, 27,5% dos pacientes apresentavam regurgitação mitral isolada e 11% apresentavam estenose mitral, estando a doença valvar aórtica presente nos demais. 182

•Um estudo recente no Brasil mostrou que as taxas de resolução da doença valvar cardíaca, em especial em pacientes com FRA moderada/grave, podem ser menores do que anteriormente descrito. Apenas 22/69 pacientes (31,9%) apresentaram resolução total da regurgitação mitral após cardite reumática. A resolução total da regurgitação aórtica também foi menos frequente do que a relatada em estudos anteriores à ‘era da ecocardiografia’ (18%). A maioria dos casos persistiu com regurgitação mitral leve ou aórtica residual. 183 Em outro estudo envolvendo 258 crianças e adolescentes com FRA acompanhados por 2 a 15 anos, involução das lesões valvares ocorreu em 25% dos pacientes com cardite leve, em 2,5% daqueles com cardite moderada e em nenhum daqueles com cardite grave. 184

•Com relação à progressão da doença, um escore ecocardiográfico de risco para predição de desfecho em médio prazo de crianças com DCR detectada à ecocardiografia foi derivado de uma coorte brasileira, 185 com boa discriminação em uma segunda amostra de rastreamento no país 186 (estatística C=0,71, IC 95%, 0,63 - 0,80) e em um pool de coortes de três outros países (estatística C=0,70, IC 95%, 0,64 - 0,76). Sua aplicação pode ser útil para detectar indivíduos com maior risco de sequelas tardias. 187

•Além do escore ecocardiográfico de risco, outros marcadores de desfecho desfavorável de DCR latente e clínica (em especial, progressão para doença clínica e necessidade de intervenção valvar, respectivamente) foram avaliados no Brasil. Entre indivíduos com DCR latente, IL-4, IL-8 e IL-1RA parecem ser os melhores preditores de doença clínica. Ademais, a expressão corregulada de IL-6 e fator de necrose tumoral-α está associada a disfunção valvar grave, enquanto altos níveis de IL-10 e IL-4 foram, subsequentemente, preditores de desfecho adverso em indivíduos com doença estabelecida. 188

•Em outro estudo genético comparando amostras de indivíduos com DCR latente e clínica a controles, doença clínica associou-se a níveis mais elevados de todas as citocinas, sendo IL-4, CXCL8 e IL-1RA seus mais fortes preditores em comparação à DCR latente. Observou-se uma associação de DCR clínica com polimorfismo nos genes IL-2, IL-4, IL-6 e IL-10, sendo que polimorfismo genético e expressão fenotípica de IL-4 discriminam com precisão DCR latente versus DCR clínica, podendo orientar o manejo clínico no futuro. 189

•De acordo com o GBD 2019, de 1990 a 2019, a prevalência padronizada por idade de DCR apresentou discreto aumento de 2,1% (II 95%, 0,2 – 4,0), passando de 899,6 (II 95%, 699,8 – 1119,1) para 918,5 (II 95%, 716 – 1142,5) por 100 mil, permanecendo mais alta em mulheres do que em homens em todo o período (Tabela 5-1 e Figura 5 -1 .A). Ainda que pequeno em ambos os sexos, o aumento percentual foi numericamente mais pronunciado em mulheres (3,5%) do que em homens, que apresentaram tendência à estabilidade (0,1%, II 95%, -2,4 – 2,8). Os aumentos percentuais foram mais altos nos estados de Alagoas, Bahia e Sergipe, da região Nordeste, que apresenta a mais baixa renda. Embora as estimativas centrais tenham sido mais elevadas nesses estados, os II 95% foram amplos e se sobrepuseram àqueles de outras UF (Tabela 5-1). 190 Entretanto, pode-se levantar a hipótese de que o pequeno aumento na prevalência de DCR observado no período reflita o avanço ocorrido na coleta de dados epidemiológicos e nas estatísticas de saúde, assim como a inclusão sistemática de DCR definitiva subclínica. 4 , 18

•A prevalência bruta de DCR, entretanto, aumentou 6,8% (II 95%, 1,7 – 12,5%) de 1990 a 2019, passando de 908,8 (II 95%, 699,1 - 1139,4) para 970,2 (II 95%, 756,6 - 1202,9) por 100 mil, permanecendo também maior nas mulheres no período ( Figura 5 -1 .B). À semelhança da tendência das taxas de prevalência padronizadas por idade, o aumento na prevalência bruta foi mais pronunciado entre as mulheres do que entre os homens (8,4% vs. 4,2%). 4 , 18

•Mesmo com as tendências relativamente estáveis retratadas pela modelagem do GBD 2019, a DCR é a causa mais prevalente de doença valvar mitral no Brasil conforme dados publicados, quando tanto estenose mitral (> 90%) quanto regurgitação mitral (55-60%) são consideradas. 182

•A estenose mitral ocorre muito mais frequentemente em mulheres do que em homens, na razão de 3 para 2. Trata-se de sequela frequente da FRA, afetando mais de 85% dos casos mesmo em países de alta renda, como os europeus, 191 com padrão similar ao observado no Brasil. 178 , 182 Mais raramente, a estenose mitral está associada com outras doenças, como calcificação do anel mitral, mucopolissacaridose, artrite reumatoide e síndrome carcinoide congênita. 175 , 182

•Estudo mais recente de rastreamento em larga escala, avaliando DCR subclínica, mostrou prevalência de 42 por 1.000 crianças em idade escolar (idade média de 11 anos) em Minas Gerais: 37 por 1.000 para DCR borderline e 5 por 1.000 para DCR definitiva. Nesse estudo, observou-se maior prevalência em meninas (48 por 1.000 vs. 35 por 1.000) e em crianças acima dos 12 anos. 176 O mesmo projeto concluiu que os centros de atenção primária são o cenário ideal para rastreio de DCR, considerando-se as maiores taxas de participação e envolvimento da população. 192

•O rastreamento ecocardiográfico no cenário da atenção primária foi testada como ferramenta adicional, em adição às variáveis clínicas, para predizer alterações maiores no ecocardiograma convencional (incluindo doença valvar significativa e DCR) e priorizar o referenciamento no Brasil. O escore combinado – derivado de 603 pacientes na lista de espera por ecocardiografia e validado em uma amostra similar de 1.526 indivíduos – apresentou boa discriminação, com estatística C = 0,72, sensibilidade = 99% e valor preditivo negativo = 97%, emergindo como ferramenta promissora para o diagnóstico precoce de doença valvar/DCR, avaliação da carga de doença e a priorização de referenciamento. 193

•Uma ferramenta adicional para se estimar a prevalência de DCR subclínica é a inteligência artificial. O sistema de machine learning ( Convolutional Neural Network: Redes Neurais Convolucionais ), atualmente sendo desenvolvido no Brasil para estudos de rastreamento, mostrou boa acurácia (normal=72,8±10,2; DCR borderline =64,3±12,2; e DCR definitiva=85,8±11,3), podendo auxiliar a ampliar a disponibilidade do diagnóstico ecocardiográfico precoce no futuro. 194

Doença Valvar do Coração Não Reumática

•De acordo com o GBD 2019, a prevalência padronizada por idade de DVNR amentou de maneira significativa no Brasil de 1990 a 2019 (aumento de 54,3%), quando passou de 25,3 (II 95%, 22,4 - 27,8) para 39 (II 95%, 33,9 - 44,6), por 100 mil, respectivamente. A variação percentual foi consideravelmente maior para os homens do que para as mulheres (105,9% vs. 20,9%) ( Figura 5 -2 .A). A tendência de elevação foi devida principalmente à doença valvar aórtica calcífica (201,8%), que passou de 7,9 (II 95%, 6,3 - 9,6) por 100 mil em 1990 para 23,7 (II 95%, 19,1 - 29) por 100 mil em 2019, tanto para homens (218,8%) quanto para mulheres (182,2%). Entretanto, para a doença valvar mitral degenerativa, a prevalência padronizada por idade permaneceu estável, com uma discreta variação percentual: -2,3% (II 95%, -4 a -0,4) (Tabela 5-1). 4 , 18

Figura 5-2. -A: Taxa de prevalência bruta e padronizada por idade de doença valvar do coração não reumática no Brasil de 1990 a 2019. B: Número de casos prevalentes de doença valvar do coração não reumática no Brasil de 1990 a 2019.

Figura 5-2

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Alinhada às taxas padronizadas por idade, a prevalência bruta de DVNR mostrou aumento significativo de 149,3% (II 95%, 126,7 - 173,3) de 1990 a 2019, passando de 17,6 (II 95%, 15,7 - 19,4) a 44 (II 95%, 38,2 - 50,3) por 100 mil, respectivamente (Tabela 5-1 e Figura 5 -2 .B). Mais uma vez, o aumento foi mais pronunciado para os homens do que para as mulheres. A maior inclinação em comparação às taxas padronizadas por idade sugere que a prevalência esteja aumentando desproporcionalmente nas faixas de idade mais avançada ( Figura 5 -2 .B). 4 , 18

•De modo diferente da doença valvar mitral, a doença valvar aórtica é predominantemente degenerativa ou calcífica. Estudos observacionais mostraram que a estenose aórtica é observada em 4,5% da população com idade superior a 75 anos em países de alta renda, como os Estados Unidos. 195 De acordo com estudos observacionais 182 , 196 e dados do GBD 2019, 18 no Brasil, assim como no resto do mundo, tem-se observado uma tendência para aumento da doença valvar aórtica degenerativa em comparação a de outras etiologias, como DCR.

•Portanto, o aumento na prevalência de DVNR em todas as idades tem sido devido principalmente à doença valvar aórtica calcífica [396,6% (II 95%, 353,1 – 450,0)], em especial para os grupos mais idosos (>70 anos) (Tabela 5-2). Entretanto, tem-se observado também tendência a aumento significativo na doença valvar mitral degenerativa [54,1% (II 95%, 50,4 – 58,0)] e outras DVNR, sendo a qualidade de dados sobre DVNR limitada a despeito da melhora em suas fontes (Tabela 5-1). 4 , 18

•Contrário ao observado para a etiologia reumática, houve aumento do prolapso de valva mitral como causa de regurgitação mitral primária no Brasil: embora na população geral ele atinja taxas de 1% a 2,5% e tenha bom prognóstico na maioria dos casos, entre os pacientes admitidos com doença valvar cardíaca em uma emergência brasileira em 2009 (56±17 anos, 54% mulheres), 13% apresentavam prolapso de valva mitral como etiologia. 181 Inversamente, em um registro hospitalar de cirurgia cardíaca de uma das maiores capitais do país (Salvador), de 2002 a 2005, apenas uma pequena proporção de casos foi associada a prolapso mitral. 178 Esse resultado é semelhante ao de um estudo com 78.808 pacientes usando duas grandes bases de dados nacionais (o Sistema Brasileiro de Informações Hospitalares e o Sistema Brasileiro de Informações sobre Mortalidade) de 2001 a 2007, em que apenas 0,24% (187) dos casos informavam prolapso mitral como causa básica. 197 Entretanto, os dados podem apresentar viés em razão da ausência de atribuição de código para as etiologias de doença valvar cardíaca no sistema público e na maior parte do sistema privado de saúde.

Incidência

•De acordo com um estudo baseado em dados hospitalares no Nordeste do Brasil, de 2002 a 2005 (1.320 cirurgias), a incidência anual média de cirurgia valvar cardíaca foi 4,75 por 100 mil residentes e positivamente correlacionada com a idade. As incidências anuais médias de DCR e doença valvar degenerativa foram 2,86 e 0,73 por 100 mil de população, respectivamente. 178

Doença Cardíaca Reumática

•Para a DCR, a incidência específica por idade seguiu uma distribuição bimodal de acordo com a fonte do reembolso da cirurgia, aumentando quase que linearmente em 1 caso por 100 mil de população para cada década de vida até a idade de 40–49 anos, com pico em 4,85 casos por 100 mil de população. Após um declínio, um segundo pico ocorreu no grupo etário de 60-69 anos (6,54 casos por 100 mil de população). 178

•A incidência de DCR permaneceu estável no Brasil [aumento percentual: 0,5% (II 95%, -1,2 - 2,6)], variando de 53,9 (II 95%, 40,4 - 67,5) por 100 mil (95.299 casos) em 1990 a 54,2 (II 95%, 40,7 - 68,5) por 100 mil (108.204 casos) em 2019, de acordo com dados do GBD 2019. Essa tendência à estabilidade foi relativamente homogênea em todo o país, com superposição de II 95% mesmo nos estados mais pobres das regiões Norte e Nordeste. 4 , 18

•Em geral, observou-se significativa redução na incidência de DCR no grupo etário de 15-49 anos [-12,7% (II 95%, -17,2 a -6,8)], enquanto houve tendência à estabilidade nos demais grupos etários. Tal padrão pode estar associado à melhora no diagnóstico da doença e no controle nos grupos mais jovens (principalmente, 5-18 anos, em que ocorre o pico da incidência de FRA) nas últimas décadas, resultando em menor incidência nos adolescentes e adultos. Entretanto, a diminuição no grupo etário 5-14 anos não foi capturada pelo modelo, presumivelmente influenciado pela falta de dados sobre DCR subclínica antes de 2014. 4 , 18

Doença Valvar do Coração Não Reumática

•Em um padrão diferente daquele da DCR, as taxas de incidência de DVNR padronizadas por idade apresentaram aumento significativo de 11,1% (II 95%, 6,5 - 16,4), passando de 3,6 (II 95%, 3,3 – 4,0) por 100 mil em 1990 para 4,0 (II 95%, 3,6 - 4,5) por 100 mil em 2019, de acordo com estimativas do GBD 2019. Essa elevação deveu-se principalmente ao aumento de 20,1% (II 95%, 12,9 - 28,4) na doença valvar aórtica calcífica, em especial em indivíduos com idade de 50-69 anos [56,9% (II 95%, 39,8 - 75,6)]. 4 , 18

•Entretanto, a já mencionada crescente incidência da doença valvar aórtica calcífica em indivíduos de meia-idade [15-49 anos: 56,9% (II 95%, 39,8 - 75,6)] é atípica, considerando-se a epidemiologia da doença, devendo ser interpretada com cautela como uma possível limitação da modelagem do GBD, 18 , 46 pois dados primários para essa causa são escassos no Brasil. Ademais, um padrão estável não esperado em indivíduos >70 anos foi modelado. 4

Mortalidade

•Doença valvar do coração é uma das principais causas de morte cardiovascular no Brasil, em particular em regiões economicamente desfavorecidas, e a DCR – a etiologia com maior componente social – ocupou a 8 a /9 a posição entre as principais causas nas últimas décadas. 18 No cenário menos favorecido economicamente, a DCR tem desempenhado importante papel por décadas, com tendência decrescente – nem sempre adequadamente capturada pela modelagem estatística – seguindo-se à melhora socioeconômica. 174 , 179 , 197

•Apesar da escassez dos dados em âmbito nacional, a sub-análise de uma coorte multicêntrica com 920 pacientes submetidos a cirurgia valvar (substituição isolada da valva aórtica, 34%; substituição isolada da valva mitral, 25%; 81% cobertas pelo sistema público de saúde) mostrou uma taxa de mortalidade cirúrgica aceitável (7,3%) 198 quando comparada à de séries anteriores (11,9%). 178

Doença Cardíaca Reumática

•Contrastando com a tendência crescente de prevalência, as taxas de mortalidade padronizadas por idade atribuíveis à DCR diminuíram significativamente em 59,4% no Brasil, passando de 2,8 (II 95%, 2,7 – 3,0) para 1,2 (II 95%, 1,1 - 1,2) por 100 mil, de acordo com o estudo GBD 2019. A redução percentual foi similar para homens (62,0%) e mulheres (58,1%) (Tabela 5-3 e Figura 5 -3 .A). Observou-se tendência similar para as taxas brutas de mortalidade ( Figura 5 -3 .B). No período, o número total de mortes diminuiu de 3.088 (II 95%, 2.939 – 3.256) em 1990 para 2.715 (II 95%, 2.505 – 2.913) em 2019, apesar do crescimento da população (Tabela 5-3). Essas tendências podem refletir uma melhora das condições de saúde, além de melhor e mais precoce acesso à assistência em saúde. 4 , 18

Figura 5-3. -A: Taxa de mortalidade bruta e padronizada por idade de doença cardíaca reumática no Brasil de 1990 a 2019. B: Número total de mortes atribuíveis a doença cardíaca reumática no Brasil de 1990 a 2019.

Figura 5-3

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Em 1990, a DCR ocupou a 10 a posição entre as causas de morte no Brasil (9 a a 12 a em diferentes estados), tendo passado para a 12 a posição em 2019 (10 a a 13 a na maioria dos estados, e 14 a apenas no Mato Grosso do Sul, na região Centro-Oeste). 4 , 18

•A redução mais significativa nas taxas de mortalidade foi observada nas idades menores, especialmente nos grupos etários de ‘5-14 anos’ e ‘15-49 anos’: -78,1% (II 95%, -81,9 a -73,6) e -64,6% (II 95%, -68,3 a -60,4) por 100 mil, respectivamente (Tabela 5-2). 4 , 18 Isso pode estar associado ao melhor tratamento de faringite, da FRA e das apresentações precoces da DCR, ainda que as sequelas crônicas persistam como um desafio. 199 , 200

•De acordo com dados do GBD 2019, houve significativa correlação negativa entre a variação percentual nas taxas de mortalidade padronizadas por idade e o SDI em 1990 ( Figura 5 -4 ) (r=-0,41, p=0,03) e em 2019 (r=-0,44, p=0,02). 4 , 18 Considerando-se a DCR como a etiologia com maior componente social entre as doenças valvares cardíacas, esse padrão difere das estimativas do GBD 2017, não tendo alcançado significância estatística em 2017. Isso pode sugerir que, a despeito das inegáveis melhorias socioeconômicas observadas em todas as regiões brasileiras desde 1990, que impactaram diferentes aspectos de prevenção de doença e atenção à saúde e reduziram significativamente o hiato sociodemográfico, a desigualdade ainda desempenha importante papel na mortalidade por DCR. 4 , 18

Figura 5-4. -Correlação entre o Índice Sociodemográfico (SDI) e a variação percentual nas taxas de mortalidade padronizadas por idade atribuíveis a doença cardíaca reumática nas unidades federativas brasileiras em 1990 (A) e 2019 (B).

Figura 5-4

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Doença Valvar do Coração Não Reumática

•De acordo com o estudo GBD 2019, as taxas de mortalidade padronizadas por idade atribuíveis a DVNR apresentaram uma redução de 16,2% (II 95%, 10,3 - 22,5) de 1990 a 2019 (Tabela 5-3 e Figura 5 -5 .A). Entretanto, para as taxas de mortalidade brutas, observou-se aumento significativo de 51,9% (II 95%, 39,8 - 62,7), com uma considerável contribuição das idades mais avançadas, em especial acima de 70 anos [17,2% (II 95%, 5,4 - 27,4)] (Tabela 5-3 e Figura 5 -5 .B). Os padrões foram similares para homens e mulheres. Tendências semelhantes foram observadas para as taxas de mortalidade por doença valvar aórtica calcífica, com acentuado aumento de 17% (II 95%, 2,0 - 38,5) nos idosos (≥70 anos), refletindo associação com envelhecimento populacional e prevalência de fatores de risco cardiovascular (Tabela 5-2). Para a doença valvar mitral degenerativa, as taxas de mortalidade padronizadas por idade diminuíram 19,0% (II 95%, 5,8 - 34,8), em oposição ao aumento de 36,2% na prevalência bruta (Tabelas 5-1 e 5-3), como resultado das taxas crescentes [16,5% (II 95%, -18,5 - 48,7)] nos septuagenários e mais idosos (Tabela 5-2), embora com II 95% mais amplos. 4 , 18 , 19

Figura 5-5. -A: Taxa de mortalidade bruta e padronizada por idade atribuível a doença valvar do coração não reumática no Brasil de 1990 a 2019. B: Número total de mortes atribuíveis a doença valvar do coração não reumática no Brasil de 1990 a 2019.

Figura 5-5

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•As taxas crescentes de mortalidade por DVNR nas idades mais avançadas contrastam bastante com as tendências observadas para DCR, podendo refletir uma maior prevalência e, consequentemente, mortalidade nos grupos etários >70 anos, para DVNR tanto aórtica quanto mitral (Tabela 5-2). De 1990 a 2019, uma carga crescente de doença valvar aórtica calcífica, em homens e mulheres, associou-se com um aumento na mortalidade naquele grupo etário. Os II 95% são amplos em geral para as estimativas de mortalidade por DVNR, em especial para cada envolvimento valvar específico em separado. 4 , 18

•Em 1990, a DVNR ocupou a 10 a posição entre as causas de morte no Brasil (8 a a 11 a em diferentes estados), tendo aumentado proporcionalmente para a 9 a em 2019 (8 a a 10 a na maioria dos estados), tendência oposta à observada para a DCR ( Figura 5 -4 ). 18

•Os dados do GBD 2019 demonstraram correlações significativas entre as variações nas taxas de mortalidade padronizadas por idade por DVNR em geral e o SDI em 1990 (r= -0,55, p=0,003) e em 2019 (r= -0,58, p=0,001), assim como padrão similar para a doença valvar aórtica calcífica (1990: r= -0,51, p=0,007; 2019: r= -0,54, p=0,003). Fortes correlações positivas foram observadas entre a mortalidade padronizada por idade e o SDI tanto de 1990 (r=0,80, p<0,001) quanto de 2019 (r=0,70, p<0,001) ( Figura 5 -6 ). Como o desenvolvimento socioeconômico se correlaciona com transição epidemiológica e expectativa de vida, um maior SDI está associado a indivíduos mais idosos com risco para condições valvares degenerativas e menos propensos a etiologias infecciosas, como a DCR. Entretanto, no Brasil, as condições socioeconômicas – e possivelmente acesso ótimizado à atenção à saúde – ainda desempenharam um paper importante nas variações de mortalidade por DVNR ao longo do tempo. 18

Figura 5-6. -Correlação entre as taxas de mortalidade padronizadas por idade atribuíveis a doença valvar aórtica calcífica e o Índice Sociodemográfico (SDI) nas unidades federativas brasileiras em 1990 (A) e 2019 (B).

Figura 5-6

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington.46

•Correlações similares foram observadas para a doença valvar mitral degenerativa. Por outro lado, para as outras DVNR, não se observou correlação significativa entre o SDI e as taxas de mortalidade padronizadas por idade – e tampouco com suas variações percentuais ao longo do tempo. 18

Carga de Doença

Doença cardíaca reumática

•De acordo com dados do GBD 2019, a taxa de DALYs padronizada por idade atribuível a DCR diminuiu significativamente em 45,1% no Brasil, passando de 144,6 (II 95%, 126,8 - 167,3) por 100 mil em 1990 para 79,3 (II 95%, 61,6 - 102,6) por 100 mil em 2019 ( Figura 5 -7 .A). As taxas decrescentes observadas no período foram similares para homens e mulheres, -46,7% (II 95%, -54,4 a -39,3) e -44,2% (II 95%, -51,1 a -36,9), respectivamente (Tabela 5-4). 201

Figura 5-7. -A: Taxas de mortalidade padronizadas por idade atribuíveis a doença cardíaca reumática no Brasil e em cada região de 1990 a 2019. B: Taxas de DALYs padronizadas por idade atribuíveis a doença cardíaca reumática no Brasil e em cada região de 1990 a 2019.

Figura 5-7

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•As taxas de DALYs padronizadas por idade diminuíram em todos os estados brasileiros, com tendência mais significativa nas regiões com as mais altas taxas em 1990: Centro-Oeste e Sudeste (Tabela 5-2). As regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram as mais altas taxas de DALYs padronizadas por idade e DALYs proporcionais em 1990, enquanto quatro estados do Nordeste (Sergipe, Bahia, Alagoas e Pernambuco), um do Sul (Paraná) e um do Centro-Oeste (Goiás) ocuparam o topo da lista em 2019. 4 , 18

•Um padrão decrescente similar foi observado para as taxas de YLLs padronizadas por idade por DCR, que variaram de 102,1 (II 95%, 97,5 - 107,3) por 100 mil em 1990 a 35,8 (II 95%, 33,5 - 38,4) por 100 mil em 2019, uma redução de 64,9% (II 95%, 61,6 - 67,9). 4 , 18

•As estimativas do GBD 2019 não mostraram correlação entre as taxas de DALYs padronizadas por idade e o SDI em 1990 nem em 2019. Da mesma maneira, não houve correlação entre o SDI e a variação percentual nas taxas de DALYs padronizadas por idade em 1990 (r= -0,36, p=0,06), e apenas uma fraca correlação em 2019 (r= -0,41, p=0,03) ( Figura 5 -8 ), sugerindo que os efeitos do desenvolvimento socioeconômico foram menos pronunciados na morbidade em comparação à mortalidade.

Figura 5-8. -Correlação entre a variação percentual nas taxas de DALYs atribuíveis a doença cardíaca reumática de 1990 a 2019 e o Índice Sociodemográfico (SDI) nas unidades federativas brasileiras em 1990 (A) e 2019 (B).

Figura 5-8

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Doença Valvar do Coração Não Reumática

•De acordo com o GBD 2019, as taxas de DALYs padronizadas por idade atribuíveis a DVNR diminuíram (30%) no Brasil, passando de 62,8 (II 95%, 60,3 – 65,2) por 100 mil em 1990 para 44 (II 95%, 40,7 - 47) por 100 mil em 2019 (Tabela 5-4 e Figura 5 -9 .B). O padrão de redução observado no período foi similar para homens (-31%) e mulheres (-28%). Com relação às doenças específicas, as taxas diminuíram igualmente para a doença valvar mitral degenerativa [-30,7% (II 95%, -41,6 a -22,6)] em comparação à doença valvar aórtica calcífica [-30,3% (II 95%, -36,3 a -21,3)]. Para outras DVNR, as taxas padronizadas por idade tenderam ao aumento [19,1% (II 95%, -21,1 – 68,5)], embora os II fossem consideravelmente amplos, incluindo 0. As tendências observadas para os YLLs foram similares. 4 , 18

Figura 5-9. -A: Taxas de mortalidade padronizadas por idade atribuíveis a doença valvar do coração não reumática no Brasil e em cada região de 1990 a 2019. B: Taxas de DALYs padronizadas por idade atribuíveis a doença valvar do coração não reumática no Brasil e em cada região de 1990 a 2019.

Figura 5-9

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A tendência decrescente foi relativamente homogênea em todos os estados brasileiros e as taxas de DALYs padronizadas por idade permaneceram mais altas nas regiões Sul e Sudeste em todo o período, assim como em Pernambuco, estado da região Nordeste (5 o lugar em 2019) ( Figura 5 -9 .B. A redução mais significativa foi observada nas regiões Sudeste e Centro-Oeste (Distrito Federal e estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro), assim como em Rondônia, na região Norte, que não tem dados primários para a maioria das estimativas. 4 , 18

•À semelhança do observado para mortalidade, as taxas decrescentes de DALYs padronizadas por idade devidas a DVNR contrastam com o discreto aumento nas taxas brutas [7,3% (II 95%, 0 - 15,1)] no período (1990 – 2019), influenciadas pelo grupo etário >70 anos (+5%), e mais uma vez sugerindo que a morbidade associada com DVNR esteja se deslocando para os idosos, possivelmente em resposta às mudanças na composição etária da população. 4 , 18

•As taxas de DALYs proporcionais no Brasil aumentaram e, de 1990 a 2019, as regiões Sul e Sudeste foram responsáveis pelas maiores proporções de DALYs no período, de acordo com as estimativas do GBD. 201 , 202

•Ainda segundo dados do GBD 2019, houve significativas correlações positivas entre as taxas de DALYs padronizadas por idade por DVNR em geral e o SDI em 1990 (r=0,80, p<0,001) e em 2019 (r=0,55, p<0,001) ( Figura 5 -10 ). As variações percentuais nas taxas de DALYs padronizadas por idade (1990 – 2019) também se correlacionaram com o SDI em 1990 (r= -0,72, p<0,001) e em 2019 (r= -0,72, p<0,001). Para a doença valvar aórtica calcífica, foram observadas correlações significativas entre DALYs e SDI em 1990 (r2=0,80, p<0,001) e em 2019 (r2=0,62, p<0,001), assim como entre as variações percentuais nas taxas de DALYs e o SDI nos dois anos, sugerindo que o desenvolvimento socioeconômico também seja um determinante de DVNR degenerativa, ligado ao envelhecimento e aos fatores de risco.

Figura 5-10. -Correlação entre a variação percentual nas taxas de DALYs atribuíveis a doença valvar do coração não reumática de 1990 a 2019 e o Índice Sociodemográfico (SDI) nas unidades federativas brasileiras em 1990 (A) e 2019 (B).

Figura 5-10

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Para a doença valvar mitral degenerativa, observou-se correlação positiva entre as taxas de DALYs padronizadas por idade e o SDI em 1990, mas não em 2019, enquanto as variações percentuais nas taxas de DALYs correlacionaram-se negativamente com o SDI em 1990 e em 2019, sugerindo algum impacto dos marcadores socioeconômicos também sobre esta condição.

Complicações e Doenças Associadas

Arritmias Associadas com Doença Valvar

•Para pacientes com doença cardíaca valvar, a FA é um fator complicador, ocorrendo, em geral, naqueles com a história natural da doença mais avançada. Acha-se mais comumente associada à doença valvar mitral, em especial estenose mitral. A FA foi observada em 34% de uma coorte de 427 pacientes (idade média, 50±16 anos; 84% mulheres) com estenose mitral grave, tendo sido mais frequente naqueles que morreram durante o acompanhamento (27 de 41; 66%) em comparação aos que sobreviveram (114 de 378; 30%), reforçando seu papel de marcador de prognóstico na doença valvar cardíaca. 203

•Além disso, a FA pode se desenvolver na doença valvar aórtica grave, especialmente em pacientes mais idosos e no pós-operatório. Em uma coorte retrospectiva de 348 pacientes (idade média, 76,8±4,6 anos), FA pós-operatória foi observada em 114 (32,8%), mas as taxas foram mais altas a partir de 80 anos em comparação ao grupo etário de 70-79 anos (42,9% vs. 28,8%, p=0,017). 204

•Em outra avaliação retrospectiva conduzida em Pernambuco (Nordeste do Brasil), envolvendo 491 pacientes consecutivos após cirurgia por doença valvar do coração, a incidência de FA foi 31,2% e associada com idade >70 anos (OR=6,82; IC 95%, 3,34 - 14,10, p <0,001), doença valvar mitral (OR=3,18; IC 95%, 1,83 - 5,20, p<0,001) e a não utilização de betabloqueadores no período pós-operatório, entre outros fatores. 205

•Doença valvar do coração (17,5%) e arritmias (FA e flutter atrial – 50,7%) foram as principais fontes cardioembólicas para acidente vascular cerebral em estudo que envolveu 256 pacientes (60,2 ± 6,9 anos, 132 homens) na região Sul do Brasil. 206

•No registro BYPASS, uma coorte multicêntrica de pacientes submetidos a cirurgia valvar cardíaca, as complicações pós-operatórias mais frequentes foram arritmias (22,6%), infecções (5,7%) e síndrome de baixo débito (5,1%). 198

Associação entre Doença Valvar do Coração e Doença Arterial Coronariana

•Devido ao elevado risco cirúrgico da combinação de procedimentos valvares e revascularização coronária, é essencial que se reconheça a prevalência de DAC obstrutiva em associação com doença valvar do coração. Estudos mostraram menor prevalência de DAC em pacientes com DCR em comparação àqueles com DVNR, possivelmente como reflexo da menor mediana de idade dos pacientes com DCR e da maior prevalência de fatores de risco coronariano na DVNR. 207

•Em estudo no Rio de Janeiro incluindo 1.412 candidatos a cirurgia cardíaca por qualquer indicação, 294 portadores de doença cardíaca valvar primária de etiologia reumática e não reumática foram selecionados. Todos os 294 pacientes tinham idade ≥40 anos e foram submetidos a angiografia coronária. As prevalências de DAC em pacientes com DCR e DVNR foram 4% e 33,6% (p <0,0001), respectivamente. Características e fatores de risco, como idade, dor precordial típica, hipertensão, diabetes mellitus e dislipidemia, foram significativamente associados com DAC obstrutiva. 208

•Em outro estudo no Brasil que avaliou 712 pacientes com doença valvar do coração e idade média de 58±13 anos, a incidência de DAC obstrutiva foi 20%. Entretanto, nos mais jovens (<50 anos), a prevalência foi mais baixa (3,3%). 209 Esses dados são similares aos observados em outro estudo que incluiu 3.736 pacientes (idade média de 43,7 anos), nos quais a prevalência de DAC obstrutiva combinada com doença valvar do coração foi 3,42%. 207

Utilização e Custo da Atenção à Saúde

•De acordo com a base de dados administrativos do SUS, o total de despesas brutas (reembolso) com hospitalização para tratamento clínico de doença valvar do coração no Brasil aumentou significativamente em 90%, passando de R$ 1.051.959 em 2008 para R$ 1.999.540 em 2019, em um padrão quase linear. Ajustando e convertendo esses valores para dólares internacionais de 2019, o total de custos no sistema público de saúde para hospitalização por condições valvares foi de $ 1.031. 953, em 2008, e $ 966.428, em 2019, uma redução de 6,3%. 210

•Da mesma forma, os custos não ajustados associados com procedimentos cirúrgicos/intervencionistas valvares (códigos relacionados com cirurgia valvar, comissurotomia mitral percutânea e outros tipos de valvuloplastia) também aumentaram de 2008 a 2019, passando de R$ 130.588.598 (2019 Int$ 128.105.083) para R$ 190.771.771 (2019 Int$ 92.204.819), embora com menor magnitude em comparação àqueles de internações clínicas (46% vs. 90%). Após ajuste para Int$, observou-se uma significativa redução de 28,0%. O total de despesas com procedimentos cirúrgicos para o SUS nessa série temporal (2008 – 2019) foi R$ 10.524.044.511 (Int$ 6.853.635.725) (Tabela 5-5 e Figura 5 -11 ). 210

•O número de internações para cirurgias/intervenções relacionadas às doenças valvares não cresceu muito no Brasil de 2008 a 2019, variando de 12.679 em 2008 a 14.294 em 2019. Isso está provavelmente associado com a complexidade e os custos crescentes das intervenções (em especial, custos hospitalares, dispositivos e próteses) e denota a carga econômica imposta pela incorporação de novos procedimentos e tecnologias, além do efeito marcante da inflação sobre os custos da atenção à saúde – considerando-se os valores mais baixos em 2019 quando ajustados para Int$. Nesse cenário, a futura incorporação de terapias bem estabelecidas ainda não reembolsadas pelo SUS, como a TAVI, contribuirá para aumentar a carga econômica, embora as despesas com demandas judiciais possam facilmente exceder os custos ordinários. 211

•O número total de internações por doença valvar (clínica e cirúrgica) nesse período foi de 196.922, tendo a maioria ocorrido na região Sudeste (41,2%), seguida pelas regiões Nordeste (25,7%), Sul (20,2%), Centro-Oeste (7,5%) e Norte (5,4%) (Tabela 5-5). 210

•Observou-se queda dramática em alguns tipos de procedimentos, a despeito de suas crescentes indicações, como a comissurotomia mitral percutânea. Especificamente para esse procedimento, os números decrescentes podem estar associados com o atraso nas tabelas de reembolso do SUS, limitando o número de hospitais que realizam essa intervenção. O número absoluto de cirurgias valvares abertas permaneceu estável no período, variando de 12.201 em 2008 a 12.771 em 2019, a despeito do crescente número de casos de doença valvar do coração – em especial DVNR – e da crescente carga para os idosos, à medida que a população envelhece. 190 , 211

•Em nenhum dos períodos, o aumento no número de internações esteve em paralelo com as despesas crescentes, sugerindo uma progressiva complexidade – e, consequentemente, custo – dos procedimentos para o tratamento da doença valvar cardíaca, além da inflação dos dispositivos médicos e dos custos hospitalares associados (considerando os valores em Int$) (Tabela 5-5 e Figura 11 ). 210

Figura 1-11. – Taxa de mortalidade por doença cardiovascular padronizada por idade, por 100 mil habitantes, por regiões brasileiras, para homens, 1990-2019.

Figura 1-11

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A partir da base de dados administrativos do SUS, os procedimentos valvares associados com sequelas de DCR não puderam ser diferenciados daqueles associados com outras etiologias, devido à ausência de código específico disponível, além da imprecisão da notificação dos códigos da CID. 210

•É interessante notar que estudos observacionais enfatizaram que a DCR permanece sendo a principal etiologia associada com cirurgia cardíaca em jovens no Brasil, atingindo até 60% em um estudo realizado em Salvador, Bahia. 178 No Instituto do Coração de São Paulo, o número de cirurgias cardíacas valvares associadas com DCR aumentou substancialmente nos últimos 10 anos, de cerca de 400 cirurgias/ano em 1990 para mais de 600 após 2000. 121 Entre 2008 e 2015, houve 26.054 hospitalizações por sequelas de FRA, 45% das quais por doença cardíaca, levando a um custo total possivelmente subestimado de US$ 3,5 milhões ao ano. 177 , 210

•Ainda de acordo com estudos observacionais e registros de base hospitalar, as doenças valvares de origem reumática, em geral, são responsáveis por cerca de 90% das cirurgias cardíacas em crianças e por mais de 30% das cirurgias cardíacas em adultos, a maioria jovem. 135 Entretanto, poucos estudos epidemiológicos estimaram a carga da doença valvar por causa específica no Brasil.

•O rastreamento ecocardiográfico para DCR latente mostrou-se custo-efetiva em um estudo conduzido no Brasil. Uma estratégia baseada em divisão de tarefas, com aquisição de imagem por não médicos, utilizando dispositivos portáteis, e telemedicina para interpretação remota por especialistas, resultou em uma razão de custo-efetividade incremental de $10.148,38 por DALY evitado, abaixo do limiar estimado de 3 vezes o produto interno bruto per capita, sugerido pela Organização Mundial da Saúde. 212

•Informação obtida na base de dados do SUS (DATASUS) mostrou que, de 2008 a 2017, houve 42.720 e 78.966 hospitalizações por FRA e DCR crônica, respectivamente, representando 0,4% e 0,7% das hospitalizações cardiovasculares no país, respectivamente. Essa análise, no entanto, não tem dados específicos para DVNR. 213

Doença Valvar Mitral

•Com base em dados administrativos do SUS de 2001 a 2007 e referentes a cirurgia de valva mitral, em uma série retrospectiva de 78.808 pacientes cirúrgicos consecutivos, a idade média foi de 50,0 anos (35,9 – 62,5) e 40.106 eram mulheres (50,9%). Novamente, a DCR foi a principal etiologia, responsável por 53,7% do total de pacientes submetidos a cirurgia e a mais de 94% daqueles submetidos a procedimentos para estenose mitral, que representou a maior indicação cirúrgica única, correspondendo a 38,9% do total. No geral, a substituição valvar foi realizada em 69,1% das cirurgias. A mortalidade hospitalar foi 7,6%. 197

•A mortalidade cirúrgica foi discretamente maior em mulheres do que em homens (7,8% vs. 7,3%; p <0,001) e consideravelmente mais alta nos indivíduos com idade ≥80 anos. Por outro lado, a mais baixa mortalidade foi observada naqueles entre 20 e 39,9 anos (p <0,001). Os pacientes com cirurgias aórtica e mitral combinadas (refletindo etiologia reumática) foram os mais jovens (mediana, 43,3 anos). A cirurgia para estenose aórtica foi mais comum em indivíduos mais idosos (mediana, 58,0 anos) (p <0,001). Reparo valvar apresentou menor mortalidade (3,5%) em comparação a substituição valvar (6,9%), reparo/substituição valvar múltipla (8,2%) e CRVM concomitante (14,6%) (p<0,001). Associação com CRVM ocorreu em 7.147 pacientes (9,1% da amostra). 197

•Quanto à comissurotomia percutânea, estudos no Brasil mostraram uma proporção muito maior de mulheres (85%) – coincidente com a epidemiologia da DCR e principalmente da estenose mitral – e de jovens (<40 anos). 214 , 215 À medida que se desenvolve expertise local nesse procedimento, investigam-se aspectos técnicos, como a utilização rotineira de sedação consciente (baixa dose de midazolam e fentanil), resultando em ansiólise e analgesia, sem efeitos hemodinâmicos. 216 Além disso, há esforços contínuos para definir preditores de desfechos clínicos de longo prazo, como alterações na complacência atrioventricular invasiva e não invasiva. 217

•Em um estudo retrospectivo visando avaliar o reparo da valva mitral em 54 crianças brasileiras (<16 anos) com DCR crônica precoce, não houve relato de morte peroperatória. Os desfechos tardios mais frequentes (>7 dias) foram lesão mitral residual (n=11) e necessidade de reoperação (n=3). Portanto, o reparo da valva mitral permanece sendo uma estratégia razoável para DCR em idades mais jovens. 218

Doença Valvar Aórtica

•Uma coorte de 724 pacientes consecutivos, submetidos a cirurgia cardíaca no Instituto do Coração de São Paulo, evidenciou, à semelhança de outros estudos, maior taxa de mulheres (55%) e predominância de DCR (60%). Nessa série, entretanto, houve maior proporção de doença valvar aórtica (396 casos) do que de doença valvar mitral (306 casos) em comparação a outras séries. Nos pacientes com doença valvar mitral, observaram-se estenose em 39,9%, regurgitação em 38,4% e disfunção de prótese mitral em 21,7%. Naqueles submetidos a intervenção valvar aórtica, observaram-se estenose em 51,6%, regurgitação em 29,3% e disfunção de prótese em 19,1%. O estudo sugere um aumento de doença valvar aórtica em comparação à doença valvar mitral em um hospital terciário na região Sudeste do Brasil. 219

•Outro estudo retrospectivo de coorte foi conduzido em Porto Alegre (Sul do Brasil), com 1.065 pacientes (idade média, 61,4 ± 11,8 anos; 38% mulheres). Substituição de valva aórtica foi realizada em 18,8% e de valva mitral, em 13,4%. Revascularização coronária concomitante foi realizada em 60,3% da amostra e cirurgias valvares, em 32,7%.

A mortalidade hospitalar geral foi 7,8%, sendo menor para CRVM isolada (5,9%), intermediária para cirurgia valvar (aórtica e/ou mitral e/ou tricúspide = 8,6%) e maior para a combinação de procedimentos valvares e CRVM (20,0%). 220

Implante Percutâneo de Valva Aórtica no Brasil

•Como em outros países, a TAVI ganhou importância no Brasil nos últimos 20 anos. Estima-se que mais de 100 mil TAVI já foram realizadas no mundo. 196 , 211 A primeira TAVI no Brasil ocorreu em 2008. O registro brasileiro de TAVI informa a realização de 418 TAVI em 18 centros até 2014, tendo esse número crescido exponencialmente desde então. O acesso femoral foi escolhido em 96,2% dos procedimentos e as próteses usadas foram CoreValve ® (86,1%) e Sapien XT ® (13,9%). Nessa experiência inicial, as mortalidades por todas as causas em 30 dias e 1 ano foram 9,1% e 21,5%, respectivamente. 221

•Dados do registro de TAVI atualizados em 2017 revelaram um total de 819 pacientes em acompanhamento clínico, demonstrando que o procedimento tem baixa incidência de complicações – em especial desfechos clínicos duros precoces – e ressaltando taxas de disfunção renal pós-procedimento em torno de 18%. 222 , 223

•Em outra avaliação realizada na cidade do Rio de Janeiro com 136 pacientes submetidos a TAVI [mediana de idade, 83 (80-87) anos; 51% homens], a mortalidade peroperatória foi 1,5%, a mortalidade de 30 dias, 5,9%, a mortalidade hospitalar, 8,1% e a mortalidade de 1 ano, 15,5%. 224

•De 819 valvas aórticas implantadas por via percutânea até 2017, 135 pacientes (20,1%) precisaram de marca-passo permanente. Esses pacientes eram mais velhos (82,5 vs. 81,1 anos; p=0,047), predominantemente homens (59,3% vs 45%; p=0,003) e tinham bloqueio de ramo direito prévio (OR=6,19; IC 95%, 3,56 – 10,75, p≤0,001). O uso da prótese CoreValve ® (OR=3,16; IC 95%, 1,74 – 5,72, p≤0,001) e gradiente transaórtico basal >50 mmHg (OR=1,86; IC 95%, 1,08 – 3,20, p=0,025) foram preditores independentes de implantação de marca-passo permanente. 223

Pesquisa Futura

•Apesar da notável melhora nas últimas décadas, ainda há escassez de dados primários sobre a epidemiologia da doença valvar do coração no Brasil e muito espaço para pesquisa futura.

•Deve-se incluir a coleta de dados administrativos, com o desenvolvimento de codificação específica que permita a discriminação de variáveis, como a valva envolvida, o tipo de disfunção valvar, o tipo de prótese e, principalmente, a etiologia e a associação com doenças sistêmicas. Isso é de especial importância no SUS.

•Além disso, o desenvolvimento em âmbito nacional de registros sobre doença valvar e procedimentos é necessário. O refinamento do sistema de codificação e a implementação mandatória de relatórios clínicos e cirúrgicos – como feito anteriormente para as intervenções coronárias percutâneas – podem ser um passo inicial para melhorar a acurácia na aquisição de dados.

•Como o país tem algumas coortes significativas de pacientes com doença valvar do coração, o acompanhamento de médio e longo prazo dessas amostras deve ser garantido. Importante notar que há iniciativas de pesquisa que requerem incentivos e financiamento para sua continuação, como os estudos em andamento sobre prognóstico de longo prazo de DCR subclínica em crianças e adolescentes, 176 , 192 determinantes genéticos e imunológicos da resposta às infecções estreptocócicas que leva a DCR, 225 preditores clínicos e relacionados ao procedimento de eventos a curto e longo prazo após comissurotomia mitral percutânea, 203 , 226 além de um registro nacional de TAVI. 221

•Como um estudo sugere que o rastreamento ecocardiográfico para DCR seja custo-efetivo no Brasil, 212 sua aplicação fora do contexto de pesquisa e sua integração no sistema de saúde deveriam ser investigadas em programas de larga escala.

•Além disso, esforços continuados foram direcionados para o desenvolvimento de vacinas contra infecções estreptocócicas, 225 devendo-se garantir estudos colaborativos sobre sua eficácia e aplicação clínica para reduzir a carga de DCR.

•Como o reembolso para TAVI acaba de ser aprovado no sistema privado de saúde brasileiro, sua incorporação no SUS parece próxima, 211 sendo que a avaliação do seu verdadeiro impacto clínico, orçamentário e social nos desfechos da atenção à saúde pública requer extensa pesquisa e financiamento.

•Finalmente, outras estratégias promissoras para prover diagnóstico precoce e priorizar referenciamentos em áreas com poucos recursos devem ser investigadas no Brasil. Como exemplo, a disponibilidade de modalidades de exames de imagem para o manejo da doença valvar do coração – em especial ecocardiografia – é limitada e distribuída de maneira desigual no país. Nesse cenário, avaliou-se a implementação de tele-ecocardiografia, com a divisão de tarefas e aquisição de imagem por não médicos (ainda não permitida fora do contexto de pesquisa pela regulamentação da atenção à saúde no Brasil) e sua leitura remota. 227 Apesar do seu bom desempenho para diagnóstico e discriminação de pacientes com alto risco cardiovascular, 227 o impacto sobre os desfechos clínicos e a custo-efetividade da estratégia ainda necessitam avaliação.

•Há espaço para aprimorar o diagnóstico cardíaco remoto no Brasil, através da expansão do tele-ECG, do rastreio de FA, 228 das consultas remotas – incluindo aquelas para condições infecciosas, como a COVID-19 229 – e da incorporação das inovações em técnicas de imagem para melhorar o acesso ao cuidado cardiovascular. São necessárias extensas discussões baseadas em robustas evidências científicas.

Incidência

•De acordo com um estudo baseado em dados hospitalares no Nordeste do Brasil, de 2002 a 2005 (1.320 cirurgias), a incidência anual média de cirurgia valvar cardíaca foi 4,75 por 100 mil residentes e positivamente correlacionada com a idade. As incidências anuais médias de DCR e doença valvar degenerativa foram 2,86 e 0,73 por 100 mil de população, respectivamente. 178

Doença Cardíaca Reumática

•Para a DCR, a incidência específica por idade seguiu uma distribuição bimodal de acordo com a fonte do reembolso da cirurgia, aumentando quase que linearmente em 1 caso por 100 mil de população para cada década de vida até a idade de 40–49 anos, com pico em 4,85 casos por 100 mil de população. Após um declínio, um segundo pico ocorreu no grupo etário de 60-69 anos (6,54 casos por 100 mil de população). 178

•A incidência de DCR permaneceu estável no Brasil [aumento percentual: 0,5% (II 95%, -1,2 - 2,6)], variando de 53,9 (II 95%, 40,4 - 67,5) por 100 mil (95.299 casos) em 1990 a 54,2 (II 95%, 40,7 - 68,5) por 100 mil (108.204 casos) em 2019, de acordo com dados do GBD 2019. Essa tendência à estabilidade foi relativamente homogênea em todo o país, com superposição de II 95% mesmo nos estados mais pobres das regiões Norte e Nordeste. 4 , 18

•Em geral, observou-se significativa redução na incidência de DCR no grupo etário de 15-49 anos [-12,7% (II 95%, -17,2 a -6,8)], enquanto houve tendência à estabilidade nos demais grupos etários. Tal padrão pode estar associado à melhora no diagnóstico da doença e no controle nos grupos mais jovens (principalmente, 5-18 anos, em que ocorre o pico da incidência de FRA) nas últimas décadas, resultando em menor incidência nos adolescentes e adultos. Entretanto, a diminuição no grupo etário 5-14 anos não foi capturada pelo modelo, presumivelmente influenciado pela falta de dados sobre DCR subclínica antes de 2014. 4 , 18

Doença Valvar do Coração Não Reumática

•Em um padrão diferente daquele da DCR, as taxas de incidência de DVNR padronizadas por idade apresentaram aumento significativo de 11,1% (II 95%, 6,5 - 16,4), passando de 3,6 (II 95%, 3,3 – 4,0) por 100 mil em 1990 para 4,0 (II 95%, 3,6 - 4,5) por 100 mil em 2019, de acordo com estimativas do GBD 2019. Essa elevação deveu-se principalmente ao aumento de 20,1% (II 95%, 12,9 - 28,4) na doença valvar aórtica calcífica, em especial em indivíduos com idade de 50-69 anos [56,9% (II 95%, 39,8 - 75,6)]. 4 , 18

•Entretanto, a já mencionada crescente incidência da doença valvar aórtica calcífica em indivíduos de meia-idade [15-49 anos: 56,9% (II 95%, 39,8 - 75,6)] é atípica, considerando-se a epidemiologia da doença, devendo ser interpretada com cautela como uma possível limitação da modelagem do GBD, 18 , 46 pois dados primários para essa causa são escassos no Brasil. Ademais, um padrão estável não esperado em indivíduos >70 anos foi modelado. 4

Mortalidade

•Doença valvar do coração é uma das principais causas de morte cardiovascular no Brasil, em particular em regiões economicamente desfavorecidas, e a DCR – a etiologia com maior componente social – ocupou a 8 a /9 a posição entre as principais causas nas últimas décadas. 18 No cenário menos favorecido economicamente, a DCR tem desempenhado importante papel por décadas, com tendência decrescente – nem sempre adequadamente capturada pela modelagem estatística – seguindo-se à melhora socioeconômica. 174 , 179 , 197

•Apesar da escassez dos dados em âmbito nacional, a sub-análise de uma coorte multicêntrica com 920 pacientes submetidos a cirurgia valvar (substituição isolada da valva aórtica, 34%; substituição isolada da valva mitral, 25%; 81% cobertas pelo sistema público de saúde) mostrou uma taxa de mortalidade cirúrgica aceitável (7,3%) 198 quando comparada à de séries anteriores (11,9%). 178

Doença Cardíaca Reumática

•Contrastando com a tendência crescente de prevalência, as taxas de mortalidade padronizadas por idade atribuíveis à DCR diminuíram significativamente em 59,4% no Brasil, passando de 2,8 (II 95%, 2,7 – 3,0) para 1,2 (II 95%, 1,1 - 1,2) por 100 mil, de acordo com o estudo GBD 2019. A redução percentual foi similar para homens (62,0%) e mulheres (58,1%) (Tabela 5-3 e Figura 5 -3 .A). Observou-se tendência similar para as taxas brutas de mortalidade ( Figura 5 -3 .B). No período, o número total de mortes diminuiu de 3.088 (II 95%, 2.939 – 3.256) em 1990 para 2.715 (II 95%, 2.505 – 2.913) em 2019, apesar do crescimento da população (Tabela 5-3). Essas tendências podem refletir uma melhora das condições de saúde, além de melhor e mais precoce acesso à assistência em saúde. 4 , 18

•Em 1990, a DCR ocupou a 10 a posição entre as causas de morte no Brasil (9 a a 12 a em diferentes estados), tendo passado para a 12 a posição em 2019 (10 a a 13 a na maioria dos estados, e 14 a apenas no Mato Grosso do Sul, na região Centro-Oeste). 4 , 18

•A redução mais significativa nas taxas de mortalidade foi observada nas idades menores, especialmente nos grupos etários de ‘5-14 anos’ e ‘15-49 anos’: -78,1% (II 95%, -81,9 a -73,6) e -64,6% (II 95%, -68,3 a -60,4) por 100 mil, respectivamente (Tabela 5-2). 4 , 18 Isso pode estar associado ao melhor tratamento de faringite, da FRA e das apresentações precoces da DCR, ainda que as sequelas crônicas persistam como um desafio. 199 , 200

•De acordo com dados do GBD 2019, houve significativa correlação negativa entre a variação percentual nas taxas de mortalidade padronizadas por idade e o SDI em 1990 ( Figura 5 -4 ) (r=-0,41, p=0,03) e em 2019 (r=-0,44, p=0,02). 4 , 18 Considerando-se a DCR como a etiologia com maior componente social entre as doenças valvares cardíacas, esse padrão difere das estimativas do GBD 2017, não tendo alcançado significância estatística em 2017. Isso pode sugerir que, a despeito das inegáveis melhorias socioeconômicas observadas em todas as regiões brasileiras desde 1990, que impactaram diferentes aspectos de prevenção de doença e atenção à saúde e reduziram significativamente o hiato sociodemográfico, a desigualdade ainda desempenha importante papel na mortalidade por DCR. 4 , 18

Doença Valvar do Coração Não Reumática

•De acordo com o estudo GBD 2019, as taxas de mortalidade padronizadas por idade atribuíveis a DVNR apresentaram uma redução de 16,2% (II 95%, 10,3 - 22,5) de 1990 a 2019 (Tabela 5-3 e Figura 5 -5 .A). Entretanto, para as taxas de mortalidade brutas, observou-se aumento significativo de 51,9% (II 95%, 39,8 - 62,7), com uma considerável contribuição das idades mais avançadas, em especial acima de 70 anos [17,2% (II 95%, 5,4 - 27,4)] (Tabela 5-3 e Figura 5 -5 .B). Os padrões foram similares para homens e mulheres. Tendências semelhantes foram observadas para as taxas de mortalidade por doença valvar aórtica calcífica, com acentuado aumento de 17% (II 95%, 2,0 - 38,5) nos idosos (≥70 anos), refletindo associação com envelhecimento populacional e prevalência de fatores de risco cardiovascular (Tabela 5-2). Para a doença valvar mitral degenerativa, as taxas de mortalidade padronizadas por idade diminuíram 19,0% (II 95%, 5,8 - 34,8), em oposição ao aumento de 36,2% na prevalência bruta (Tabelas 5-1 e 5-3), como resultado das taxas crescentes [16,5% (II 95%, -18,5 - 48,7)] nos septuagenários e mais idosos (Tabela 5-2), embora com II 95% mais amplos. 4 , 18 , 19

•As taxas crescentes de mortalidade por DVNR nas idades mais avançadas contrastam bastante com as tendências observadas para DCR, podendo refletir uma maior prevalência e, consequentemente, mortalidade nos grupos etários >70 anos, para DVNR tanto aórtica quanto mitral (Tabela 5-2). De 1990 a 2019, uma carga crescente de doença valvar aórtica calcífica, em homens e mulheres, associou-se com um aumento na mortalidade naquele grupo etário. Os II 95% são amplos em geral para as estimativas de mortalidade por DVNR, em especial para cada envolvimento valvar específico em separado. 4 , 18

•Em 1990, a DVNR ocupou a 10 a posição entre as causas de morte no Brasil (8 a a 11 a em diferentes estados), tendo aumentado proporcionalmente para a 9 a em 2019 (8 a a 10 a na maioria dos estados), tendência oposta à observada para a DCR ( Figura 5 -4 ). 18

•Os dados do GBD 2019 demonstraram correlações significativas entre as variações nas taxas de mortalidade padronizadas por idade por DVNR em geral e o SDI em 1990 (r= -0,55, p=0,003) e em 2019 (r= -0,58, p=0,001), assim como padrão similar para a doença valvar aórtica calcífica (1990: r= -0,51, p=0,007; 2019: r= -0,54, p=0,003). Fortes correlações positivas foram observadas entre a mortalidade padronizada por idade e o SDI tanto de 1990 (r=0,80, p<0,001) quanto de 2019 (r=0,70, p<0,001) ( Figura 5 -6 ). Como o desenvolvimento socioeconômico se correlaciona com transição epidemiológica e expectativa de vida, um maior SDI está associado a indivíduos mais idosos com risco para condições valvares degenerativas e menos propensos a etiologias infecciosas, como a DCR. Entretanto, no Brasil, as condições socioeconômicas – e possivelmente acesso ótimizado à atenção à saúde – ainda desempenharam um paper importante nas variações de mortalidade por DVNR ao longo do tempo. 18

•Correlações similares foram observadas para a doença valvar mitral degenerativa. Por outro lado, para as outras DVNR, não se observou correlação significativa entre o SDI e as taxas de mortalidade padronizadas por idade – e tampouco com suas variações percentuais ao longo do tempo. 18

Carga de Doença

Doença cardíaca reumática

•De acordo com dados do GBD 2019, a taxa de DALYs padronizada por idade atribuível a DCR diminuiu significativamente em 45,1% no Brasil, passando de 144,6 (II 95%, 126,8 - 167,3) por 100 mil em 1990 para 79,3 (II 95%, 61,6 - 102,6) por 100 mil em 2019 ( Figura 5 -7 .A). As taxas decrescentes observadas no período foram similares para homens e mulheres, -46,7% (II 95%, -54,4 a -39,3) e -44,2% (II 95%, -51,1 a -36,9), respectivamente (Tabela 5-4). 201

•As taxas de DALYs padronizadas por idade diminuíram em todos os estados brasileiros, com tendência mais significativa nas regiões com as mais altas taxas em 1990: Centro-Oeste e Sudeste (Tabela 5-2). As regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram as mais altas taxas de DALYs padronizadas por idade e DALYs proporcionais em 1990, enquanto quatro estados do Nordeste (Sergipe, Bahia, Alagoas e Pernambuco), um do Sul (Paraná) e um do Centro-Oeste (Goiás) ocuparam o topo da lista em 2019. 4 , 18

•Um padrão decrescente similar foi observado para as taxas de YLLs padronizadas por idade por DCR, que variaram de 102,1 (II 95%, 97,5 - 107,3) por 100 mil em 1990 a 35,8 (II 95%, 33,5 - 38,4) por 100 mil em 2019, uma redução de 64,9% (II 95%, 61,6 - 67,9). 4 , 18

•As estimativas do GBD 2019 não mostraram correlação entre as taxas de DALYs padronizadas por idade e o SDI em 1990 nem em 2019. Da mesma maneira, não houve correlação entre o SDI e a variação percentual nas taxas de DALYs padronizadas por idade em 1990 (r= -0,36, p=0,06), e apenas uma fraca correlação em 2019 (r= -0,41, p=0,03) ( Figura 5 -8 ), sugerindo que os efeitos do desenvolvimento socioeconômico foram menos pronunciados na morbidade em comparação à mortalidade.

Doença Valvar do Coração Não Reumática

•De acordo com o GBD 2019, as taxas de DALYs padronizadas por idade atribuíveis a DVNR diminuíram (30%) no Brasil, passando de 62,8 (II 95%, 60,3 – 65,2) por 100 mil em 1990 para 44 (II 95%, 40,7 - 47) por 100 mil em 2019 (Tabela 5-4 e Figura 5 -9 .B). O padrão de redução observado no período foi similar para homens (-31%) e mulheres (-28%). Com relação às doenças específicas, as taxas diminuíram igualmente para a doença valvar mitral degenerativa [-30,7% (II 95%, -41,6 a -22,6)] em comparação à doença valvar aórtica calcífica [-30,3% (II 95%, -36,3 a -21,3)]. Para outras DVNR, as taxas padronizadas por idade tenderam ao aumento [19,1% (II 95%, -21,1 – 68,5)], embora os II fossem consideravelmente amplos, incluindo 0. As tendências observadas para os YLLs foram similares. 4 , 18

•A tendência decrescente foi relativamente homogênea em todos os estados brasileiros e as taxas de DALYs padronizadas por idade permaneceram mais altas nas regiões Sul e Sudeste em todo o período, assim como em Pernambuco, estado da região Nordeste (5 o lugar em 2019) ( Figura 5 -9 .B. A redução mais significativa foi observada nas regiões Sudeste e Centro-Oeste (Distrito Federal e estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro), assim como em Rondônia, na região Norte, que não tem dados primários para a maioria das estimativas. 4 , 18

•À semelhança do observado para mortalidade, as taxas decrescentes de DALYs padronizadas por idade devidas a DVNR contrastam com o discreto aumento nas taxas brutas [7,3% (II 95%, 0 - 15,1)] no período (1990 – 2019), influenciadas pelo grupo etário >70 anos (+5%), e mais uma vez sugerindo que a morbidade associada com DVNR esteja se deslocando para os idosos, possivelmente em resposta às mudanças na composição etária da população. 4 , 18

•As taxas de DALYs proporcionais no Brasil aumentaram e, de 1990 a 2019, as regiões Sul e Sudeste foram responsáveis pelas maiores proporções de DALYs no período, de acordo com as estimativas do GBD. 201 , 202

•Ainda segundo dados do GBD 2019, houve significativas correlações positivas entre as taxas de DALYs padronizadas por idade por DVNR em geral e o SDI em 1990 (r=0,80, p<0,001) e em 2019 (r=0,55, p<0,001) ( Figura 5 -10 ). As variações percentuais nas taxas de DALYs padronizadas por idade (1990 – 2019) também se correlacionaram com o SDI em 1990 (r= -0,72, p<0,001) e em 2019 (r= -0,72, p<0,001). Para a doença valvar aórtica calcífica, foram observadas correlações significativas entre DALYs e SDI em 1990 (r2=0,80, p<0,001) e em 2019 (r2=0,62, p<0,001), assim como entre as variações percentuais nas taxas de DALYs e o SDI nos dois anos, sugerindo que o desenvolvimento socioeconômico também seja um determinante de DVNR degenerativa, ligado ao envelhecimento e aos fatores de risco.

•Para a doença valvar mitral degenerativa, observou-se correlação positiva entre as taxas de DALYs padronizadas por idade e o SDI em 1990, mas não em 2019, enquanto as variações percentuais nas taxas de DALYs correlacionaram-se negativamente com o SDI em 1990 e em 2019, sugerindo algum impacto dos marcadores socioeconômicos também sobre esta condição.

Complicações e Doenças Associadas

Arritmias Associadas com Doença Valvar

•Para pacientes com doença cardíaca valvar, a FA é um fator complicador, ocorrendo, em geral, naqueles com a história natural da doença mais avançada. Acha-se mais comumente associada à doença valvar mitral, em especial estenose mitral. A FA foi observada em 34% de uma coorte de 427 pacientes (idade média, 50±16 anos; 84% mulheres) com estenose mitral grave, tendo sido mais frequente naqueles que morreram durante o acompanhamento (27 de 41; 66%) em comparação aos que sobreviveram (114 de 378; 30%), reforçando seu papel de marcador de prognóstico na doença valvar cardíaca. 203

•Além disso, a FA pode se desenvolver na doença valvar aórtica grave, especialmente em pacientes mais idosos e no pós-operatório. Em uma coorte retrospectiva de 348 pacientes (idade média, 76,8±4,6 anos), FA pós-operatória foi observada em 114 (32,8%), mas as taxas foram mais altas a partir de 80 anos em comparação ao grupo etário de 70-79 anos (42,9% vs. 28,8%, p=0,017). 204

•Em outra avaliação retrospectiva conduzida em Pernambuco (Nordeste do Brasil), envolvendo 491 pacientes consecutivos após cirurgia por doença valvar do coração, a incidência de FA foi 31,2% e associada com idade >70 anos (OR=6,82; IC 95%, 3,34 - 14,10, p <0,001), doença valvar mitral (OR=3,18; IC 95%, 1,83 - 5,20, p<0,001) e a não utilização de betabloqueadores no período pós-operatório, entre outros fatores. 205

•Doença valvar do coração (17,5%) e arritmias (FA e flutter atrial – 50,7%) foram as principais fontes cardioembólicas para acidente vascular cerebral em estudo que envolveu 256 pacientes (60,2 ± 6,9 anos, 132 homens) na região Sul do Brasil. 206

•No registro BYPASS, uma coorte multicêntrica de pacientes submetidos a cirurgia valvar cardíaca, as complicações pós-operatórias mais frequentes foram arritmias (22,6%), infecções (5,7%) e síndrome de baixo débito (5,1%). 198

Associação entre Doença Valvar do Coração e Doença Arterial Coronariana

•Devido ao elevado risco cirúrgico da combinação de procedimentos valvares e revascularização coronária, é essencial que se reconheça a prevalência de DAC obstrutiva em associação com doença valvar do coração. Estudos mostraram menor prevalência de DAC em pacientes com DCR em comparação àqueles com DVNR, possivelmente como reflexo da menor mediana de idade dos pacientes com DCR e da maior prevalência de fatores de risco coronariano na DVNR. 207

•Em estudo no Rio de Janeiro incluindo 1.412 candidatos a cirurgia cardíaca por qualquer indicação, 294 portadores de doença cardíaca valvar primária de etiologia reumática e não reumática foram selecionados. Todos os 294 pacientes tinham idade ≥40 anos e foram submetidos a angiografia coronária. As prevalências de DAC em pacientes com DCR e DVNR foram 4% e 33,6% (p <0,0001), respectivamente. Características e fatores de risco, como idade, dor precordial típica, hipertensão, diabetes mellitus e dislipidemia, foram significativamente associados com DAC obstrutiva. 208

•Em outro estudo no Brasil que avaliou 712 pacientes com doença valvar do coração e idade média de 58±13 anos, a incidência de DAC obstrutiva foi 20%. Entretanto, nos mais jovens (<50 anos), a prevalência foi mais baixa (3,3%). 209 Esses dados são similares aos observados em outro estudo que incluiu 3.736 pacientes (idade média de 43,7 anos), nos quais a prevalência de DAC obstrutiva combinada com doença valvar do coração foi 3,42%. 207

Utilização e Custo da Atenção à Saúde

•De acordo com a base de dados administrativos do SUS, o total de despesas brutas (reembolso) com hospitalização para tratamento clínico de doença valvar do coração no Brasil aumentou significativamente em 90%, passando de R$ 1.051.959 em 2008 para R$ 1.999.540 em 2019, em um padrão quase linear. Ajustando e convertendo esses valores para dólares internacionais de 2019, o total de custos no sistema público de saúde para hospitalização por condições valvares foi de $ 1.031. 953, em 2008, e $ 966.428, em 2019, uma redução de 6,3%. 210

•Da mesma forma, os custos não ajustados associados com procedimentos cirúrgicos/intervencionistas valvares (códigos relacionados com cirurgia valvar, comissurotomia mitral percutânea e outros tipos de valvuloplastia) também aumentaram de 2008 a 2019, passando de R$ 130.588.598 (2019 Int$ 128.105.083) para R$ 190.771.771 (2019 Int$ 92.204.819), embora com menor magnitude em comparação àqueles de internações clínicas (46% vs. 90%). Após ajuste para Int$, observou-se uma significativa redução de 28,0%. O total de despesas com procedimentos cirúrgicos para o SUS nessa série temporal (2008 – 2019) foi R$ 10.524.044.511 (Int$ 6.853.635.725) (Tabela 5-5 e Figura 5 -11 ). 210

•O número de internações para cirurgias/intervenções relacionadas às doenças valvares não cresceu muito no Brasil de 2008 a 2019, variando de 12.679 em 2008 a 14.294 em 2019. Isso está provavelmente associado com a complexidade e os custos crescentes das intervenções (em especial, custos hospitalares, dispositivos e próteses) e denota a carga econômica imposta pela incorporação de novos procedimentos e tecnologias, além do efeito marcante da inflação sobre os custos da atenção à saúde – considerando-se os valores mais baixos em 2019 quando ajustados para Int$. Nesse cenário, a futura incorporação de terapias bem estabelecidas ainda não reembolsadas pelo SUS, como a TAVI, contribuirá para aumentar a carga econômica, embora as despesas com demandas judiciais possam facilmente exceder os custos ordinários. 211

•O número total de internações por doença valvar (clínica e cirúrgica) nesse período foi de 196.922, tendo a maioria ocorrido na região Sudeste (41,2%), seguida pelas regiões Nordeste (25,7%), Sul (20,2%), Centro-Oeste (7,5%) e Norte (5,4%) (Tabela 5-5). 210

•Observou-se queda dramática em alguns tipos de procedimentos, a despeito de suas crescentes indicações, como a comissurotomia mitral percutânea. Especificamente para esse procedimento, os números decrescentes podem estar associados com o atraso nas tabelas de reembolso do SUS, limitando o número de hospitais que realizam essa intervenção. O número absoluto de cirurgias valvares abertas permaneceu estável no período, variando de 12.201 em 2008 a 12.771 em 2019, a despeito do crescente número de casos de doença valvar do coração – em especial DVNR – e da crescente carga para os idosos, à medida que a população envelhece. 190 , 211

•Em nenhum dos períodos, o aumento no número de internações esteve em paralelo com as despesas crescentes, sugerindo uma progressiva complexidade – e, consequentemente, custo – dos procedimentos para o tratamento da doença valvar cardíaca, além da inflação dos dispositivos médicos e dos custos hospitalares associados (considerando os valores em Int$) (Tabela 5-5 e Figura 11 ). 210

•A partir da base de dados administrativos do SUS, os procedimentos valvares associados com sequelas de DCR não puderam ser diferenciados daqueles associados com outras etiologias, devido à ausência de código específico disponível, além da imprecisão da notificação dos códigos da CID. 210

•É interessante notar que estudos observacionais enfatizaram que a DCR permanece sendo a principal etiologia associada com cirurgia cardíaca em jovens no Brasil, atingindo até 60% em um estudo realizado em Salvador, Bahia. 178 No Instituto do Coração de São Paulo, o número de cirurgias cardíacas valvares associadas com DCR aumentou substancialmente nos últimos 10 anos, de cerca de 400 cirurgias/ano em 1990 para mais de 600 após 2000. 121 Entre 2008 e 2015, houve 26.054 hospitalizações por sequelas de FRA, 45% das quais por doença cardíaca, levando a um custo total possivelmente subestimado de US$ 3,5 milhões ao ano. 177 , 210

•Ainda de acordo com estudos observacionais e registros de base hospitalar, as doenças valvares de origem reumática, em geral, são responsáveis por cerca de 90% das cirurgias cardíacas em crianças e por mais de 30% das cirurgias cardíacas em adultos, a maioria jovem. 135 Entretanto, poucos estudos epidemiológicos estimaram a carga da doença valvar por causa específica no Brasil.

•O rastreamento ecocardiográfico para DCR latente mostrou-se custo-efetiva em um estudo conduzido no Brasil. Uma estratégia baseada em divisão de tarefas, com aquisição de imagem por não médicos, utilizando dispositivos portáteis, e telemedicina para interpretação remota por especialistas, resultou em uma razão de custo-efetividade incremental de $10.148,38 por DALY evitado, abaixo do limiar estimado de 3 vezes o produto interno bruto per capita, sugerido pela Organização Mundial da Saúde. 212

•Informação obtida na base de dados do SUS (DATASUS) mostrou que, de 2008 a 2017, houve 42.720 e 78.966 hospitalizações por FRA e DCR crônica, respectivamente, representando 0,4% e 0,7% das hospitalizações cardiovasculares no país, respectivamente. Essa análise, no entanto, não tem dados específicos para DVNR. 213

Doença Valvar Mitral

•Com base em dados administrativos do SUS de 2001 a 2007 e referentes a cirurgia de valva mitral, em uma série retrospectiva de 78.808 pacientes cirúrgicos consecutivos, a idade média foi de 50,0 anos (35,9 – 62,5) e 40.106 eram mulheres (50,9%). Novamente, a DCR foi a principal etiologia, responsável por 53,7% do total de pacientes submetidos a cirurgia e a mais de 94% daqueles submetidos a procedimentos para estenose mitral, que representou a maior indicação cirúrgica única, correspondendo a 38,9% do total. No geral, a substituição valvar foi realizada em 69,1% das cirurgias. A mortalidade hospitalar foi 7,6%. 197

•A mortalidade cirúrgica foi discretamente maior em mulheres do que em homens (7,8% vs. 7,3%; p <0,001) e consideravelmente mais alta nos indivíduos com idade ≥80 anos. Por outro lado, a mais baixa mortalidade foi observada naqueles entre 20 e 39,9 anos (p <0,001). Os pacientes com cirurgias aórtica e mitral combinadas (refletindo etiologia reumática) foram os mais jovens (mediana, 43,3 anos). A cirurgia para estenose aórtica foi mais comum em indivíduos mais idosos (mediana, 58,0 anos) (p <0,001). Reparo valvar apresentou menor mortalidade (3,5%) em comparação a substituição valvar (6,9%), reparo/substituição valvar múltipla (8,2%) e CRVM concomitante (14,6%) (p<0,001). Associação com CRVM ocorreu em 7.147 pacientes (9,1% da amostra). 197

•Quanto à comissurotomia percutânea, estudos no Brasil mostraram uma proporção muito maior de mulheres (85%) – coincidente com a epidemiologia da DCR e principalmente da estenose mitral – e de jovens (<40 anos). 214 , 215 À medida que se desenvolve expertise local nesse procedimento, investigam-se aspectos técnicos, como a utilização rotineira de sedação consciente (baixa dose de midazolam e fentanil), resultando em ansiólise e analgesia, sem efeitos hemodinâmicos. 216 Além disso, há esforços contínuos para definir preditores de desfechos clínicos de longo prazo, como alterações na complacência atrioventricular invasiva e não invasiva. 217

•Em um estudo retrospectivo visando avaliar o reparo da valva mitral em 54 crianças brasileiras (<16 anos) com DCR crônica precoce, não houve relato de morte peroperatória. Os desfechos tardios mais frequentes (>7 dias) foram lesão mitral residual (n=11) e necessidade de reoperação (n=3). Portanto, o reparo da valva mitral permanece sendo uma estratégia razoável para DCR em idades mais jovens. 218

Doença Valvar Aórtica

•Uma coorte de 724 pacientes consecutivos, submetidos a cirurgia cardíaca no Instituto do Coração de São Paulo, evidenciou, à semelhança de outros estudos, maior taxa de mulheres (55%) e predominância de DCR (60%). Nessa série, entretanto, houve maior proporção de doença valvar aórtica (396 casos) do que de doença valvar mitral (306 casos) em comparação a outras séries. Nos pacientes com doença valvar mitral, observaram-se estenose em 39,9%, regurgitação em 38,4% e disfunção de prótese mitral em 21,7%. Naqueles submetidos a intervenção valvar aórtica, observaram-se estenose em 51,6%, regurgitação em 29,3% e disfunção de prótese em 19,1%. O estudo sugere um aumento de doença valvar aórtica em comparação à doença valvar mitral em um hospital terciário na região Sudeste do Brasil. 219

•Outro estudo retrospectivo de coorte foi conduzido em Porto Alegre (Sul do Brasil), com 1.065 pacientes (idade média, 61,4 ± 11,8 anos; 38% mulheres). Substituição de valva aórtica foi realizada em 18,8% e de valva mitral, em 13,4%. Revascularização coronária concomitante foi realizada em 60,3% da amostra e cirurgias valvares, em 32,7%.

A mortalidade hospitalar geral foi 7,8%, sendo menor para CRVM isolada (5,9%), intermediária para cirurgia valvar (aórtica e/ou mitral e/ou tricúspide = 8,6%) e maior para a combinação de procedimentos valvares e CRVM (20,0%). 220

Implante Percutâneo de Valva Aórtica no Brasil

•Como em outros países, a TAVI ganhou importância no Brasil nos últimos 20 anos. Estima-se que mais de 100 mil TAVI já foram realizadas no mundo. 196 , 211 A primeira TAVI no Brasil ocorreu em 2008. O registro brasileiro de TAVI informa a realização de 418 TAVI em 18 centros até 2014, tendo esse número crescido exponencialmente desde então. O acesso femoral foi escolhido em 96,2% dos procedimentos e as próteses usadas foram CoreValve ® (86,1%) e Sapien XT ® (13,9%). Nessa experiência inicial, as mortalidades por todas as causas em 30 dias e 1 ano foram 9,1% e 21,5%, respectivamente. 221

•Dados do registro de TAVI atualizados em 2017 revelaram um total de 819 pacientes em acompanhamento clínico, demonstrando que o procedimento tem baixa incidência de complicações – em especial desfechos clínicos duros precoces – e ressaltando taxas de disfunção renal pós-procedimento em torno de 18%. 222 , 223

•Em outra avaliação realizada na cidade do Rio de Janeiro com 136 pacientes submetidos a TAVI [mediana de idade, 83 (80-87) anos; 51% homens], a mortalidade peroperatória foi 1,5%, a mortalidade de 30 dias, 5,9%, a mortalidade hospitalar, 8,1% e a mortalidade de 1 ano, 15,5%. 224

•De 819 valvas aórticas implantadas por via percutânea até 2017, 135 pacientes (20,1%) precisaram de marca-passo permanente. Esses pacientes eram mais velhos (82,5 vs. 81,1 anos; p=0,047), predominantemente homens (59,3% vs 45%; p=0,003) e tinham bloqueio de ramo direito prévio (OR=6,19; IC 95%, 3,56 – 10,75, p≤0,001). O uso da prótese CoreValve ® (OR=3,16; IC 95%, 1,74 – 5,72, p≤0,001) e gradiente transaórtico basal >50 mmHg (OR=1,86; IC 95%, 1,08 – 3,20, p=0,025) foram preditores independentes de implantação de marca-passo permanente. 223

Pesquisa Futura

•Apesar da notável melhora nas últimas décadas, ainda há escassez de dados primários sobre a epidemiologia da doença valvar do coração no Brasil e muito espaço para pesquisa futura.

•Deve-se incluir a coleta de dados administrativos, com o desenvolvimento de codificação específica que permita a discriminação de variáveis, como a valva envolvida, o tipo de disfunção valvar, o tipo de prótese e, principalmente, a etiologia e a associação com doenças sistêmicas. Isso é de especial importância no SUS.

•Além disso, o desenvolvimento em âmbito nacional de registros sobre doença valvar e procedimentos é necessário. O refinamento do sistema de codificação e a implementação mandatória de relatórios clínicos e cirúrgicos – como feito anteriormente para as intervenções coronárias percutâneas – podem ser um passo inicial para melhorar a acurácia na aquisição de dados.

•Como o país tem algumas coortes significativas de pacientes com doença valvar do coração, o acompanhamento de médio e longo prazo dessas amostras deve ser garantido. Importante notar que há iniciativas de pesquisa que requerem incentivos e financiamento para sua continuação, como os estudos em andamento sobre prognóstico de longo prazo de DCR subclínica em crianças e adolescentes, 176 , 192 determinantes genéticos e imunológicos da resposta às infecções estreptocócicas que leva a DCR, 225 preditores clínicos e relacionados ao procedimento de eventos a curto e longo prazo após comissurotomia mitral percutânea, 203 , 226 além de um registro nacional de TAVI. 221

•Como um estudo sugere que o rastreamento ecocardiográfico para DCR seja custo-efetivo no Brasil, 212 sua aplicação fora do contexto de pesquisa e sua integração no sistema de saúde deveriam ser investigadas em programas de larga escala.

•Além disso, esforços continuados foram direcionados para o desenvolvimento de vacinas contra infecções estreptocócicas, 225 devendo-se garantir estudos colaborativos sobre sua eficácia e aplicação clínica para reduzir a carga de DCR.

•Como o reembolso para TAVI acaba de ser aprovado no sistema privado de saúde brasileiro, sua incorporação no SUS parece próxima, 211 sendo que a avaliação do seu verdadeiro impacto clínico, orçamentário e social nos desfechos da atenção à saúde pública requer extensa pesquisa e financiamento.

•Finalmente, outras estratégias promissoras para prover diagnóstico precoce e priorizar referenciamentos em áreas com poucos recursos devem ser investigadas no Brasil. Como exemplo, a disponibilidade de modalidades de exames de imagem para o manejo da doença valvar do coração – em especial ecocardiografia – é limitada e distribuída de maneira desigual no país. Nesse cenário, avaliou-se a implementação de tele-ecocardiografia, com a divisão de tarefas e aquisição de imagem por não médicos (ainda não permitida fora do contexto de pesquisa pela regulamentação da atenção à saúde no Brasil) e sua leitura remota. 227 Apesar do seu bom desempenho para diagnóstico e discriminação de pacientes com alto risco cardiovascular, 227 o impacto sobre os desfechos clínicos e a custo-efetividade da estratégia ainda necessitam avaliação.

•Há espaço para aprimorar o diagnóstico cardíaco remoto no Brasil, através da expansão do tele-ECG, do rastreio de FA, 228 das consultas remotas – incluindo aquelas para condições infecciosas, como a COVID-19 229 – e da incorporação das inovações em técnicas de imagem para melhorar o acesso ao cuidado cardiovascular. São necessárias extensas discussões baseadas em robustas evidências científicas.

6. FIBRILAÇÃO ATRIAL E FLUTTER ATRIAL

CID-10 I48

Ver Tabelas 6-1 até 6-5 e Figuras 6-1 até 6-3

Tabela 6-1. – Número de casos prevalentes e taxas de prevalência padronizadas por idade (por 100 mil habitantes) por fibrilação atrial e flutter em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, por sexo e grupo etário, no Brasil.

Sexo e idade 1990 2019 Variação percentual
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%) (II 95%)
Ambos os sexos
15-49 anos 19888 (12331,5;30044) 25,9 (16,1;39,2) 42502,2 (26157,4;64165,2) 36,8 (22,6;55,6) 41,8 (37,2;46,9)
50-69 anos 164660,9 (115683,1;228396,1) 1049,6 (737,4;1455,9) 444122,5 (311101;613445,2) 1100,9 (771,1;1520,6) 4,9 (2,9;6,8)
70+ anos 217157,3 (158121,9;292116,4) 5133,7 (3738;6905,7) 740228,7 (542333,8;984791,4) 5655,6 (4143,6;7524,1) 10,2 (6,8;15)
Padronizada por idade 401706,1 (302349,2;518702,6) 519,4 (393;668,6) 1226853,4 (934018,3;1577999,6) 537,3 (409,2;692,5) 3,5 (1,8;5,1)
Todas as idades 401706,1 (302349,2;518702,6) 269,9 (203,1;348,5) 1226853,4 (934018,3;1577999,6) 566,2 (431,1;728,3) 109,8 (103,4;117,4)
Mulheres
15-49 anos 7612,1 (4581,8;11533,4) 19,6 (11,8;29,6) 16625,9 (10080,7;25447,2) 28,4 (17,2;43,5) 45,4 (38,6;52,3)
50-69 anos 68973,4 (48140,1;96070) 845 (589,8;1177) 191525,6 (133320,6;267053,6) 894,4 (622,6;1247,1) 5,8 (3;8,5)
70+ anos 105220,9 (76305,5;141439,1) 4486,9 (3253,9;6031,4) 379236,7 (275610,2;508021,7) 5022,5 (3650,1;6728,1) 11,9 (7,5;18)
Padronizada por idade 181806,4 (136384,7;235600,5) 437,3 (331,2;566,3) 587388,3 (445578,6;762442,3) 454,9 (345,1;591,9) 4 (1,9;6,5)
Todas as idades 181806,4 (136384,7;235600,5) 241,5 (181,2;313) 587388,3 (445578,6;762442,3) 529,8 (401,9;687,7) 119,4 (111,3;129,4)
Homens
15-49 years 12275,9 (7602,8;18468,4) 32,6 (20,2;49) 25876,3 (16054,7;38681,1) 45,4 (28,2;67,9) 39,4 (33,9;45,1)
50-69 years 95687,5 (67028,6;132303,1) 1271,6 (890,7;1758,1) 252596,9 (176982;344940,7) 1334,5 (935;1822,3) 4,9 (2,3;7,6)
70+ years 111936,4 (81555,8;150612,8) 5938,2 (4326,5;7990) 360992 (264762;481432) 6518,7 (4781;8693,6) 9,8 (6,4;14)
Age-standardized 219899,7 (164842,2;283209,5) 618,6 (468,5;792,3) 639465,2 (486071,9;821088,6) 643,4 (489,2;828,7) 4 (1,9;6)
All Ages 219899,7 (164842,2;283209,5) 298,9 (224,1;385) 639465,2 (486071,9;821088,6) 604,4 (459,4;776,1) 102,2 (96,2;108,8)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 6-5. – Número de DALYs e taxas de DALYs padronizadas por idade (por 100 mil habitantes) por fibrilação atrial e flutter em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, por sexo e grupo etário, no Brasil .

Sexo e idade 1990 2019 Variação percentual
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%) (II 95%)
Ambos os sexos
15-49 anos 4251 (3336,7;5517,3) 5,5 (4,4;7,2) 8855,5 (6876;11253,8) 7,7 (6;9,7) 38,3 (16,9;51,2)
50-69 anos 25126,7 (19600,3;32757,4) 160,2 (124,9;208,8) 66612,8 (51964,2;86102,4) 165,1 (128,8;213,4) 3,1 (-6,2;7,9)
70+ anos 42042,9 (34764,9;51839,4) 993,9 (821,9;1225,5) 154647,9 (126905,8;188279,2) 1181,6 (969,6;1438,5) 18,9 (7,2;25,7)
Padronizada por idade 71420,6 (58907,9;88622,2) 98,7 (81,8;121,3) 230116,3 (189167;279885,9) 102,5 (84,3;124,5) 3,9 (-6,4;8,7)
Todas as idades 71420,6 (58907,9;88622,2) 48 (39,6;59,5) 230116,3 (189167;279885,9) 106,2 (87,3;129,2) 121,3 (99,5;133,3)
Mulheres
15-49 anos 1789,8 (1436,2;2324,2) 4,6 (3,7;6) 3878,6 (2980,7;4931,9) 6,6 (5,1;8,4) 44,3 (19,3;62,4)
50-69 anos 11044,7 (8663,5;14294,3) 135,3 (106,1;175,1) 30304,9 (23538,7;39110,9) 141,5 (109,9;182,6) 4,6 (-5,3;11,8)
70+ anos 22605,8 (18670,3;27843,4) 964 (796,2;1187,3) 89454,8 (70991,4;107212,8) 1184,7 (940,2;1419,9) 22,9 (8;32,8)
Padronizada por idade 35440,3 (29438,2;43933,5) 91 (75,8;111,6) 123638,3 (100891,8;148053,7) 95,8 (78;114,7) 5,3 (-7,3;12,5)
Todas as idades 35440,3 (29438,2;43933,5) 47,1 (39,1;58,4) 123638,3 (100891,8;148053,7) 111,5 (91;133,5) 136,9 (109,4;155,1)
Homens
15-49 anos 2461,2 (1840,7;3237) 6,5 (4,9;8,6) 4976,9 (3658,8;6398,8) 8,7 (6,4;11,2) 33,8 (13,8;50,7)
50-69 anos 14082 (10693,3;18706,2) 187,1 (142,1;248,6) 36307,9 (27210,5;47858,4) 191,8 (143,8;252,8) 2,5 (-7,3;8,9)
70+ anos 19437,2 (15002,9;24958,6) 1031,1 (795,9;1324,1) 65193,2 (50511,1;82124,3) 1177,2 (912,1;1483) 14,2 (4;21,4)
Padronizada por idade 35980,3 (28333,3;46350,5) 107,5 (85;136,9) 106478 (82477,5;133352,6) 110,2 (85,5;137,8) 2,6 (-6,4;8,3)
Todas as idades 35980,3 (28333,3;46350,5) 48,9 (38,5;63) 106478 (82477,5;133352,6) 100,6 (78;126) 105,8 (87;117,7)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 6-1. -Taxas de fibrilação/flutter atrial para todas as idades e padronizadas por idade entre 1990 e 2019, no Brasil. A. Prevalência, B. Incidência, C. Mortes, D. YLLs, D. DALYs, E. YLDs. 46 .

Figura 6-1

Figura 6-3. -Mortes (por 100 mil) por fibrilação atrial e flutter atribuíveis a fatores de risco no Brasil em 1990 e 2019 e variação percentual, para ambos os sexos, homens e mulheres.

Figura 6-3

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Abreviaturas usadas no Capítulo 6.

AIT Ataque Isquêmico Transitório
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVK Antagonista da Vitamina K
BNP Peptídeo Natriurético Cerebral
CID-10 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, 10 a Revisão
CRVM Cirurgia de Revascularização Miocárdica
DALYs Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (do inglês, Disability-Adjusted Life-Years )
DCh Doença de Chagas
ECG Eletrocardiograma
ELSA-Brasil Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto
FA Fibrilação Atrial
GARFIELD-AF Global Anticoagulant Registry in the FIELD-AF
GBD Global Burden of Disease
HR Hazard Ratio
IC Intervalo de Confiança
II Intervalo de Incerteza
IMPACT-AF A Multifaceted Intervention to Improve Treatment with Oral Anticoagulants in Atrial Fibrillation
INR Índice Internacional Normalizado (do inglês, International Normalized Ratio )
NOAC Novos Anticoagulantes Orais
OR Odds Ratio
PPC Paridade do Poder de Compra
SDI Índice Sociodemográfico (do inglês, Sociodemographic Index )
SUS Sistema Único de Saúde
TTR Tempo na Faixa Terapêutica (do inglês, Time in Therapeutic Range )
UF Unidade Federativa
YLDs Anos vividos com incapacidade (do inglês, Years Lived with Disability )
YLLs Anos de vida perdidos por morte prematura (do inglês, Years of Life Lost)

Tabela 6-2. – Número de casos prevalentes e taxas de prevalência padronizadas por idade (por 100 mil habitantes) por fibrilação atrial e flutter em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas .

Local 1990 2019 Variação percentual
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%) (II 95%)
Acre 658 (494,3;846,9) 477,6 (363,8;609,8) 2719,6 (2059,4;3482,1) 495,6 (375,3;633,2) 3,8(-1,2;8,8)
Alagoas 5737,2 (4311,7;7420,5) 480,6 (364,9;617,3) 14985,3 (11478;19154,2) 496,6 (379,7;636,9) 3,3(-1,9;7,6)
Amapá 382,2 (289,6;491,2) 460 (350,2;590,3) 2167,2 (1660,1;2770,8) 481,3 (367,1;620,4) 4,6(-0,5;9,8)
Amazonas 3032,8 (2269,6;3906,7) 474,9 (360,2;611,7) 12830,4 (9829,7;16439,3) 492,9 (376,6;632,3) 3,8(-1;9)
Bahia 29515,5 (22145,1;37849,7) 481,3 (364,7;615,4) 78718,3 (60254,3;100714,7) 496,7 (377,6;636,5) 3,2(-1,3;7,9)
Ceará 18182,8 (13882,4;23457,1) 473 (361,6;609,1) 47310,1 (35919,5;61015,3) 484,6 (367,2;624,8) 2,4(-1,9;7,3)
Distrito Federal 2005 (1503,1;2616,3) 466,1 (355;598,2) 11277,1 (8448,4;14707,1) 487,8 (371;633,6) 4,6(0;10,2)
Espírito Santo 6046,9 (4508,7;7782,4) 477 (360,7;609,5) 20591,3 (15508,9;26528) 494,1 (373,4;637) 3,6(-1,8;9)
Goiás 8112,6 (6103;10537,3) 473,8 (358,8;618,5) 31759,2 (24091,6;40630,4) 488,7 (373,2;628) 3,1(-2;8,8)
Maranhão 10154,6 (7606,6;13258,2) 445,1 (337,1;576,8) 29373,5 (22463,1;37530) 464,8 (354,9;593) 4,4(-0,6;9,4)
Mato Grosso 2967,4 (2238;3853,5) 481,9 (367,5;627) 14898,3 (11378,3;19217,4) 495,9 (376,2;641,8) 2,9(-2,8;7,8)
Mato Grosso do Sul 3568 (2677,8;4589,9) 484,9 (370,2;623,5) 13928,3 (10490,8;17874,3) 500,6 (375,5;643,5) 3,2(-1,8;7,8)
Minas Gerais 71781,4 (53528,5;93821,9) 831,3 (627,8;1079,1) 223364,2 (168276,2;291716,3) 849,1 (640,5;1103,7) 2,1(-2,2;6,6)
Pará 8234,5 (6281,7;10593,5) 464,3 (354,2;598,1) 31143,2 (23903;39996,1) 485,2 (370,9;626) 4,5(-0,6;9,4)
Paraíba 10701,6 (8052,8;13746,5) 480,4 (363,4;614,6) 23515,3 (17936,4;30396,6) 489,9 (372,3;633,8) 2(-3,8;7,4)
Paraná 19787,5 (14787;25568,1) 487,8 (370,8;626,5) 64224,8 (48888,4;83035,5) 502,7 (383,3;651,8) 3(-1,4;8,1)
Pernambuco 19150,2 (14364,7;24937,2) 463,9 (351,7;600,9) 46115,3 (35058;59389,5) 480,9 (366,5;621,5) 3,7(-1,2;9,9)
Piauí 5728,6 (4318,8;7395,8) 463,3 (353,4;598,2) 18024 (13731,2;23287,2) 479,1 (364,2;620,3) 3,4(-1,1;8,2)
Rio de Janeiro 39769,7 (29930,9;51462,6) 475,4 (358,3;613,4) 109091,6 (82434,2;141021,5) 492 (373,7;634,7) 3,5(-0,9;8,6)
Rio Grande do Norte 7220,3 (5485,8;9275,2) 473,5 (362,3;608,7) 18814,8 (14363,2;24105,1) 489,4 (373,6;630,9) 3,4(-1,1;7,9)
Rio Grande do Sul 27957,6 (20979,2;36240,9) 486,8 (370,7;628,7) 78012,2 (58643;101476,3) 499,6 (376,5;646,6) 2,6(-1,9;7,8)
Rondônia 1196,4 (871,8;1563,9) 477,4 (358,7;611) 6770,9 (5121,3;8697,4) 487,5 (367,9;627) 2,1(-2,6;7)
Roraima 201,9 (151,7;260,8) 476,4 (364,9;615,4) 1589,6 (1203,7;2062,2) 495,4 (377,6;632,2) 4(-0,2;8,6)
Santa Catarina 10427,4 (7849,1;13416,7) 489,4 (370,8;623,4) 38974 (29337,7;50470,5) 504,9 (384,6;648,6) 3,2(-2;8,2)
São Paulo 84287,7 (63124,6;108978,1) 495,8 (379,2;636,4) 269601,2 (204582,8;347991,5) 511,2 (388,9;664) 3,1(-2,8;8,2)
Sergipe 3387,4 (2523,5;4411,4) 480,9 (364,7;627,1) 10672,7 (8098,7;13831,9) 502 (380,7;652,5) 4,4(0,3;9,3)
Tocantins 1510,8 (1130;1956,4) 452,5 (345,4;588) 6381 (4850,7;8197,6) 476,1 (363,6;612,1) 5,2(0,3;10,9)
Brasil 401706,1 (302349,2;518702,6) 519,4 (393;668,6) 1226853,4 (934018,3;1577999,6) 537,3 (409,2;692,5) 3,5(1,8;5,1)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 6-3. – Número de mortes e taxas de mortalidade padronizadas por idade (por 100 mil habitantes) por fibrilação atrial e flutter em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, por sexo e grupo etário, no Brasil .

Sexo e idade 1990 2019 Variação percentual
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%) (II 95%)
Ambos os sexos
15-49 anos 57,3 (48,3;76,1) 0,1 (0,1;0,1) 118,1 (91,1;138,6) 0,1 (0,1;0,1) 36,7 (7,7;52,4)
50-69 anos 432,5 (370,3;566,3) 2,8 (2,4;3,6) 1125 (918,5;1355,3) 2,8 (2,3;3,4) 1,1 (-16;10,3)
70+ anos 2169,7 (1822,6;2747) 51,3 (43,1;64,9) 9568,3 (7433,7;11342,6) 73,1 (56,8;86,7) 42,5 (20,2;54,1)
Padronizada por idade 2659,5 (2263,6;3342,6) 4,8 (4;6) 10811,4 (8636,5;12800,8) 5 (4;6) 5,4 (-10,6;13,1)
Todas as idades 2659,5 (2263,6;3342,6) 1,8 (1,5;2,2) 10811,4 (8636,5;12800,8) 5 (4;5,9) 179,3 (133,7;202,2)
Mulheres
15-49 anos 25,6 (23,2;35,2) 0,1 (0,1;0,1) 55,5 (43,6;63,2) 0,1 (0,1;0,1) 44,6 (10,2;65,6)
50-69 anos 202,6 (183,8;264,5) 2,5 (2,3;3,2) 550 (447;619,2) 2,6 (2,1;2,9) 3,5 (-15,5;15,7)
70+ anos 1278,4 (1060,8;1636,8) 54,5 (45,2;69,8) 6122,4 (4570;7074,9) 81,1 (60,5;93,7) 48,7 (21,8;65,3)
Padronizada por idade 1506,6 (1266,7;1935,4) 4,8 (4;6,2) 6727,9 (5082;7750,1) 5,2 (3,9;6) 7,6 (-11,2;19)
Todas as idades 1506,6 (1266,7;1935,4) 2 (1,7;2,6) 6727,9 (5082;7750,1) 6,1 (4,6;7) 203,2 (148,8;236,1)
Homens
15-49 anos 31,8 (23,1;47,1) 0,1 (0,1;0,1) 62,6 (39,9;81,3) 0,1 (0,1;0,1) 30,3 (3,6;51,7)
50-69 anos 229,9 (168,9;336,6) 3,1 (2,2;4,5) 575 (392,4;780,2) 3 (2,1;4,1) -0,6 (-17,5;11,1)
70+ anos 891,3 (645;1258,4) 47,3 (34,2;66,8) 3445,9 (2286;4594,7) 62,2 (41,3;83) 31,6 (12,7;45,6)
Padronizada por idade 1153 (843,8;1633,3) 4,7 (3,4;6,6) 4083,4 (2781,1;5478,5) 4,8 (3,2;6,4) 1,2 (-13;11)
Todas as idades 1153 (843,8;1633,3) 1,6 (1,1;2,2) 4083,4 (2781,1;5478,5) 3,9 (2,6;5,2) 146,3 (109,6;172,8)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington, 46

Tabela 6-4. – Número de mortes e taxas de mortalidade padronizadas por idade (por 100 mil habitantes) por fibrilação atrial e flutter em 1990 e 2019, com variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas .

Local 1990 2019 Variação percentual
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%) (II 95%)
Acre 4 (3,2;4,7) 5,1 (4;6,1) 24,7 (19,2;28,8) 5,7 (4,4;6,6) 10,7(-5,8;25,5)
Alagoas 37,4 (30,3;46,3) 4 (3,3;5) 137,2 (106,1;169,5) 4,6 (3,5;5,7) 14,7(-3,6;34,2)
Amapá 2,9 (2,2;3,3) 5,2 (4;6) 19,8 (14,1;22,9) 5,4 (3,9;6,3) 3,5(-8,1;13,7)
Amazonas 19,3 (15,9;23,8) 4,8 (3,9;5,9) 95,7 (72,8;119,1) 4 (3,1;5) -15,9(-26,3;-5,6)
Bahia 219,2 (166,6;261) 4,3 (3,2;5,1) 801,9 (552,5;974,5) 4,8 (3,3;5,8) 11,8(-8,3;33,5)
Ceará 121,8 (89,5;156,9) 3,4 (2,5;4,4) 489,1 (375,1;592,4) 5 (3,9;6,1) 48,5(14,2;83,8)
Distrito Federal 14,3 (12,2;20) 9,2 (7,3;12,5) 104,6 (84;133,8) 8,8 (7;11,2) -3,8(-22,1;14,1)
Espírito Santo 39,3 (33,4;50,9) 4,9 (4,1;6,5) 193,5 (154,7;236) 5,2 (4,1;6,3) 5(-10,7;17,7)
Goiás 56,1 (47,5;77,4) 5,5 (4,6;7,6) 265,9 (209,7;336,1) 4,8 (3,7;6) -13,8(-30,5;1,2)
Maranhão 77,7 (42,2;105,3) 4,4 (2,4;6) 445,9 (240,1;554) 7,2 (3,9;9) 65,4(29,7;118)
Mato Grosso 17,7 (14,5;22,4) 4,6 (3,7;5,7) 108,3 (85,9;137,8) 4,3 (3,3;5,4) -6,7(-18,3;6,1)
Mato Grosso do Sul 23,7 (20,1;30,2) 5,3 (4,3;6,6) 117,1 (94,2;146,4) 4,8 (3,8;6) -9(-18,7;1)
Minas Gerais 290,7 (249,5;374,6) 5,3 (4,4;6,7) 1193,3 (889,8;1407,2) 4,6 (3,4;5,4) -13,2(-35,8;-0,4)
Pará 63,2 (48,7;73,1) 5,5 (4,1;6,3) 267 (195,7;317,4) 4,4 (3,2;5,2) -19,8(-30,7;-7,9)
Paraíba 74,9 (57,3;92,5) 3,8 (2,9;4,7) 221,3 (167,4;273,4) 4,1 (3,2;5,1) 9,5(-10,2;27,9)
Paraná 126,5 (108,6;178,9) 5 (4,2;7,1) 541,3 (444,9;678,3) 4,9 (4;6,1) -1,6(-18,3;11,1)
Pernambuco 133,9 (113,2;175,8) 4,4 (3,6;5,9) 438,3 (357;561,5) 4,9 (4;6,3) 11,3(-3;25,9)
Piauí 37,9 (29,3;46,4) 4,6 (3,4;5,7) 161,3 (116,8;193,7) 4 (2,9;4,8) -12,7(-27,6;1,3)
Rio de Janeiro 297,6 (256,7;435,5) 5,2 (4,5;7,6) 1074,4 (853,7;1362,3) 5,2 (4,1;6,6) -0,7(-21,7;14)
Rio Grande do Norte 54,5 (41,3;66) 4 (3;4,8) 182,9 (136,5;224) 4,3 (3,2;5,3) 8,9(-13,2;29,6)
Rio Grande do Sul 189,9 (162,8;272,6) 4,7 (4;6,7) 733,7 (590,2;905,4) 4,9 (3,9;6,1) 5,3(-17,5;19,9)
Rondônia 5,3 (4,3;7,1) 6,9 (5,4;9) 55,1 (44,3;70,3) 4,7 (3,7;6,1) -31,6(-42,5;-17)
Roraima 1,2 (0,9;1,5) 7,2 (5,6;8,6) 13,2 (10,5;15,4) 7 (5,6;8,2) -3(-13,9;8,4)
Santa Catarina 74,8 (64,6;101,5) 5,3 (4,5;7,2) 333,7 (265,1;409,5) 5,2 (4,1;6,4) -1,4(-19,6;11,7)
São Paulo 642,9 (547,6;820,7) 5,9 (4,9;7,4) 2630,3 (1986,8;3101,9) 5,6 (4,2;6,7) -3,6(-21,8;9)
Sergipe 24,2 (20,1;30,2) 5,1 (4,3;6,4) 92 (70,5;113,9) 4,4 (3,4;5,5) -14,2(-27,6;-0,9)
Tocantins 8,7 (6,5;10,6) 6 (4,6;7,3) 69,9 (51,4;84,5) 5,7 (4,2;6,9) -4,6(-21,2;13,3)
Brasil 2659,5 (2263,6;3342,6) 4,8 (4;6) 10811,4 (8636,5;12800,8) 5 (4;6) 5,4(-10,6;13,1)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Prevalência e Incidência

•De acordo com as estimativas do Estudo GBD 2019, as taxas de prevalência de FA e flutter atrial padronizadas por idade apresentaram um pequeno aumento no Brasil: de 519 (II 95%, 393-669) em 1990 para 537 (II 95%, 409-692) em 2019, por 100 mil habitantes, para ambos os sexos, com variação de 3,5% (II 95%, 1,8-5,1) no período. A prevalência de FA e flutter atrial foi maior nos homens [em 1990, 619 (II 95%, 468-792); em 2019, 643 (II 95%, 489-829)] do que nas mulheres [em 1990, 499 (II 95%, 418-587); em 2019, 522 (II 95%, 440-610)], embora a variação percentual tenha sido similar nos dois sexos (mulheres, 4.0%; II 95%, 1,9-6,5; e homens, 4,0%; II 95%, 1,9-6,0) no período. Em números absolutos, as estimativas de prevalência de FA e flutter atrial no Brasil subiram de 0,4 milhão em 1990 para 1,2 milhão em 2019, principalmente devido ao crescimento e envelhecimento da população (Tabela 6-1 e Figura 6-1 ), como sugerido pelas crescentes taxas de prevalência bruta. Em 2019, a proporção de indivíduos com FA prevalente foi de 0,59% (II 95%, 0,45-0,76). Ao estratificar pelas UF brasileiras, a taxa de prevalência de FA e flutter atrial é similar na maioria das UF brasileiras, exceto em Minas Gerais, cuja taxa é quase o dobro daquela dos outros estados (Tabela 6-2). Importante ressaltar que Minas Gerais é o único estado para o qual o Institute for Health Metrics and Evaluation tem dados primários, o que pode explicar essa diferença e sugerir que a prevalência de FA possa ser ainda maior no Brasil do que estimado pelo GBD. 46

•Com relação à taxa de incidência padronizada por idade por 100 mil por-ano, as estimativas do Estudo GBD 2019 foram 44 (II 95%, 33-56) em 1990 e 45 (II 95%, 34-58) em 2019, também maior para os homens nos dois períodos [mulheres, 1990: 37 (II 95%, 28-48) e 2017: 39 (II 95%, 29-50); homens: 1990: 50 (II 95%, 38-64) e 2017: 52 (II 95%, 39-67)].

•Dados de estudos de base populacional mostraram prevalência variando de 0,3% a 2,4%. No estudo de coorte ELSA-Brasil, que incluiu 14.424 adultos com ECG válidos (45,8% homens, faixa etária: 35-74 anos), a prevalência de FA e flutter atrial foi 0,3% (homens, 0,5%; mulheres, 0,2%), sendo maior na faixa etária de 65-74 anos (mulheres: OR, 17; 95% CI, 2,1-135,9; homens: OR, 52,3; 95% CI, 3,1-881,8). Não houve diferença na prevalência de acordo com a raça autorreferida, para os dois sexos. 230 Em estudo transversal com 1.524 idosos em São Paulo, a prevalência de FA ou flutter atrial foi 2,4% (homens 3,9%; mulheres, 2,0%). 231

•Os centros de telessaúde no Brasil forneceram informação sobre a prevalência de FA e flutter atrial com base em ECG da atenção primária. 232–235 No conjunto de dados sobre ECG do sistema de telessaúde de Minas Gerais, que incluiu 1.558.421 indivíduos (idade média, 51±18 anos; 40,2% homens) com ECG realizado entre 2010 e 2017, a prevalência de FA foi 1,33%, maior em homens (1,81% vs. 1,02%) e aumentando com a idade (OR 1,08, CI 95% 1,08-1,08), chegando a 7,0% nos octogenários (8,4% em homens vs. 5,9% em mulheres). 236

•Dados de 676.621 ECG (idade média, 51±19 anos; 57,5% mulheres) realizados de 2009 a 2016 foram analisados no serviço de telemedicina da Universidade Federal de São Paulo, revelando uma prevalência de FA em 7 anos de 2,2% e uma prevalência de FA projetada para 2025 no Brasil de 1,7%. 234

•O registro de base hospitalar GARFIELD-AF incluiu pacientes ≥18 anos com FA diagnosticada nas 6 semanas anteriores e pelo menos um fator de risco adicional para AVC. No Brasil, 41 sites incluíram 1.065 pacientes com FA não valvar entre 2010 e 2014 (idade média, 68±13 anos; 55% homens). A prevalência dos tipos de FA foi a seguinte: primeiro episódio, 52%; paroxística, 25%; persistente, 14%; e permanente, 8%. 237

Mortalidade

•Segundo o Estudo GBD 2019, o número de óbitos por FA no Brasil aumentou nos últimos anos em razão do crescimento e envelhecimento da população. Na década de 1990, a FA foi responsável por 2.659 (II 95%, 2.263-3.342) óbitos, que subiram para 10.811 (II 95%, 8.636-12.801) em 2019. Entretanto, a taxa de mortalidade padronizada por idade por FA permaneceu estável no período, 4,8 (II 95%, 4,0-6,0) óbitos por 100 mil habitantes em 1990 e 5,0 (II 95%, 4,0-6,0) por 100 mil habitantes em 2019, correspondendo a 0,8% (II 95%, 0,6-0,9) de todos os óbitos no país. Embora as taxas de prevalência padronizadas por idade fossem consistentemente mais altas nos homens, as mulheres apresentaram uma maior taxa de mortalidade padronizada por idade em 2019 [(mulheres, 5,2 (II 95%, 3,9-6,0); homens, 4,8 (II 95%, 3,2-6,4)], dados coerentes com os de outros países. 238 , 239 Considerando-se os indivíduos com idade > 70 anos, a taxa de mortalidade aumentou de 1990 (51, II 95%, 43-65) a 2019 (73, II 95%, 57-87) (Tabela 6-3). Vale ressaltar que, como a mortalidade baseada apenas em dados de registro vital apresenta um implausível aumento vertiginoso ao longo do tempo, o Estudo GBD 2019 presume, a priori , que as taxas de mortalidade específicas para idade e sexo não estejam aumentando nem diminuindo com o tempo. 4 Portanto, as pequenas variações com o tempo aqui relatadas são intencionalmente mais baixas do que as reais variações em dados brutos.

•A Figura 6-1 mostra que, embora as taxas de mortalidade padronizadas por idade sejam estáveis, as taxas de mortalidade brutas estão subindo em razão do envelhecimento da população e crescimento do número de indivíduos que vivem mais com doenças crônicas do coração. Além disso, os YLLs, a métrica usada no GBD para óbito prematuro, também estão subindo quando não padronizados por idade.

•A Tabela 6-4 mostra o número total de óbitos e a taxa de mortalidade padronizada por idade por FA por 100 mil habitantes, ambos os sexos, e a variação percentual no Brasil e suas UF no período 1990-2017. As UF com as maiores taxas de mortalidade em 2019 foram Distrito Federal, Maranhão e Roraima, enquanto as menores foram observadas no Piauí, no Amazonas e na Paraíba. Entretanto, devido a problemas de notificação, esses dados podem apresentar inconsistência e devem ser interpretados com cautela.

•O Estudo GBD 2019 utiliza o SDI como uma estimativa do nível socioeconômico de um local. Como demonstrado na Figura 6-2 , houve modesta associação de maior SDI em 2019 com maior variação percentual na taxa de mortalidade padronizada por idade de 1990 a 2019 (r=-0,44, p=0,02), revelando que, nas UF mais desenvolvidas, houve maior redução na mortalidade, possivelmente devido a investimentos em saúde e maior redução na carga de doença cardiovascular como um todo.

Figura 6-2. -Correlação do Índice Sociodemográfico (SDI) de 2019 com a variação percentual nas taxas de mortalidade padronizadas por idade por fibrilação atrial e flutter por 100 mil habitantes de 1990 a 2019.

Figura 6-2

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A partir de dados de 1.558.421 ECG de pacientes da atenção primária do sistema de telessaúde de Minas Gerais, ligado ao Sistema de Informação sobre Mortalidade do Brasil, a taxa de mortalidade geral foi 3,34% em um seguimento médio de 3,68 anos. Após ajuste para idade e comorbidades, os portadores de FA apresentaram maior risco de morte geral (HR 2,10; 95% CI, 2,03–2,17) e cardiovascular (HR 2,06; 95% CI, 1,86–2,29), que foi ainda maior nas mulheres, que perderam sua vantagem de sobrevida em relação aos homens na presença de FA. 236

•Em seguimento de 10 anos de 1.462 indivíduos com idade ≥ 60 anos (idade média, 69 anos; 61% mulheres) incluídos no estudo de coorte de Bambuí em 1997, FA ou flutter mostrou associação independente com um aumento na mortalidade por todas as causas (HR, 2,35; 95% CI, 1,53-3,62) entre pacientes com e sem DCh (HR,1,92; 95% CI, 1,05-3,51). 240

•No registro GARFIELD-AF, um estudo mundial de base hospitalar que incluiu 1.061 pacientes ≥18 anos no Brasil com FA diagnosticada nas 6 semanas anteriores e pelo menos um fator de risco adicional para AVC, a taxa de mortalidade por todas as causas por 100-pessoas-ano foi 6,19 (CI 95%, 4,83-7,94), sendo 38,7% óbitos cardiovasculares. 237

Carga de Doença

•De acordo com as estimativas do GBD 2019, a FA resultou em 230.116 (II 95%, 189.167 – 279.885) DALYs no Brasil em 2019, representando 0,35% de todos os DALYs. A taxa de DALYs padronizada por idade foi 103 (II 95%, 84-125) por 100 mil em 2019, maior para os homens (110; II 95% 86-138) do que para as mulheres (96; II 95%, 78-115), embora a proporção de DALYs seja maior para as mulheres (0,42%; II 95%, 0,35-0,48) do que para os homens (0,30%; II 95%, 0,24-0,37) (Tabela 6-5).

•A Figura 6-1 e a Tabela 6-4 revelam o mesmo padrão para as taxas de mortalidade: enquanto a taxa de mortalidade padronizada por idade permaneceu estável de 1990 a 2019, a taxa bruta aumentou.

Complicações

Acidente Vascular Cerebral

•Todos os 429 casos de AVC (87,2% dos quais isquêmicos) que ocorreram na cidade de Joinville em 2015 foram incluídos em um registro, sendo FA detectada em 11,4% deles e em 58% daqueles com AVC cardioembólico. 241 Da mesma forma, detectou-se FA em 58% dos 359 pacientes com AVC cardioembólico de uma amostra consecutiva proveniente de um único centro na cidade de Curitiba. 242

•Idade (OR=1,04; 95% CI, 1,02-1,08), escala do National Institutes of Health para avaliar AVC na admissão (OR=1,10; 95% CI, 1,05-1,16) e aumento do átrio esquerdo (OR=2,5; 95% CI, 1,01-6,29) foram preditores de FA (Estatística C, 0,76; 95% CI, 0,69-0,83) em pacientes hospitalizados por AVC agudo isquêmico ou AIT em uma coorte brasileira. 243

•Em uma coorte de 1.121 pacientes com AVC isquêmico em seguimento de 12 anos, FA foi independentemente associada a aumento da mortalidade geral (HR 1,82; 95% CI, 1,43-2,31) e cardiovascular (HR 2,07; 95% CI, 1,36-3,14). 244

Demência

•Em um estudo transversal com 1.524 participantes com idade >65 anos, diagnosticou-se demência em 11% daqueles com FA e em 4% daqueles sem FA (p=0,07). Os autores reportaram uma razão de chance para demência de 2,8 (95% CI, 1,0-8,1; p = 0,06) entre os indivíduos com FA. 245

Associação de Fatores de Risco para FA/Flutter

•De acordo com o Estudo GBD 2019, as mortes por FA foram atribuídas a seis fatores de risco em 1990 e 2019: hipertensão arterial, índice de massa corporal alto, riscos dietéticos, uso de álcool, tabaco e outros riscos ambientais. Para ambos os sexos, a hipertensão arterial foi o mais importante fator de risco para óbito por FA, representando 35,8% (II 95%, 29,7-42,2) dos óbitos nos homens e 34,4% (II 95%, 27,5-41,7) nas mulheres em 2019.

O índice de massa corporal alto foi o segundo mais importante para os dois sexos, representando 23,9% dos óbitos por FA (II 95%, 12-38) nos homens e 28,8% (II 95%, 16,7-43,2%) nas mulheres, em 2019. É importante notar que enquanto o risco atribuído a hipertensão aumentou levemente de 1990 a 2019 (variação de 7,1% para os homens e de 10,7% para as mulheres), os óbitos por FA atribuíveis a índice de massa corporal alto estão subindo abruptamente (variação de 74,4% para os homens e 79,5% para as mulheres). O risco de óbito por FA atribuível ao uso de álcool também cresce, em particular para as mulheres ( Figura 6-3 ).

•Dados do sistema de telessaúde de Minas Gerais com ECG de 1.558.421 indivíduos (idade média, 51±18 anos; 40,2% homens) realizados entre 2010 e 2017 revelaram, em modelos multivariados ajustados por idade e sexo, a relação das seguintes comorbidades autorrelatadas com a presença de FA: DCh (OR 3,08; 95% CI, 2,91-3,25), infarto do miocárdio prévio (OR 1,74; 95% CI, 1,56-1,93), doença pulmonar obstrutiva crônica (OR 1,48; 95% CI, 1,33-1,66), hipertensão (OR 1,31; 95% CI, 1,27-1,34), dislipidemia (OR 1,09; 95% CI, 1,03-1,16). Tabagismo atual e diabetes não foram associados à prevalência de FA. 236

•Um estudo transversal comparando indivíduos com FA a controles saudáveis encontrou maior frequência de apneia do sono no grupo com FA do que no grupo controle (81,6% versus 60%, p = 0,03). 246

Comorbidades

Fibrilação Atrial e Outras Doenças Cardíacas

•A incidência de FA entre 300 idosos (idade média, 75±8 anos; 56% mulheres) monitorados com marca-passo, sem FA na linha de base, foi de 22% em um seguimento de 435 dias, 247 atingindo 85% dos pacientes com marca-passo e doença renal crônica em seguimento de 1 ano. 248

•No ecocardiograma, a FA foi associada com doença cardíaca (OR = 3,9; 95% CI, 2,1 – 7,2, p <0,001) em 1.518 pacientes (idade média, 58±16 anos, 66% mulheres) de uma lista de espera para ecocardiografia na atenção primária, que também foram rastreados para FA com um dispositivo portátil (prevalência de FA de 6,4%). Os autores sugerem que rastrear FA possa ser útil na atenção primária para estratificar risco e priorizar o ecocardiograma. 228

•Insuficiência cardíaca e FA coexistem em muitos pacientes, pois compartilham vias fisiopatológicas similares. Em um estudo retrospectivo de 659 pacientes hospitalizados por insuficiência cardíaca descompensada em 2011, a prevalência de FA foi de 40% (73% FA permanente), estando a FA associada ao avançar da idade (p < 0,0001), etiologia não isquêmica (p = 0,02), disfunção ventricular direita (p = 0,03), pressão sistólica mais baixa (p = 0,02), maior fração de ejeção (p < 0,0001) e aumento do átrio esquerdo (p < 0,0001). Pacientes com FA apresentaram tempo de permanência no hospital mais longo (20,5 ± 16 dias versus 16,3 ± 12, p = 0,001). 249

•Com relação aos pacientes com doença cardiovascular atendidos na emergência, a prevalência de FA é 40% entre aqueles com insuficiência cardíaca descompensada 22 e 44% entre aqueles com doença valvar do coração. 182

•Um estudo com pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva identificou incidência de FA de 11% durante a internação naquele setor. 250

Fibrilação atrial peroperatória e cirurgia cardiovascular

•No pós-operatório de cirurgia cardíaca, identificou-se FA em 12% a 33% dos pacientes. 204 , 251 , 252 As cirurgias de substituição valvar foram associadas a maior ocorrência de FA (31%-33%) durante a hospitalização em comparação à CRVM (12%-16%).

•Idade avançada, doença valvar mitral e não uso de betabloqueadores foram associados com FA no pós-operatório de cirurgia valvar. 205 Entre aqueles submetidos a CRVM, a incidência de FA no pós-operatório foi associada com átrio esquerdo > 40,5 mm e idade > 64,5 anos. 253

Fibrilação Atrial e Doença de Chagas

•A FA tem sido consistentemente associada a DCh e aumenta o risco de morte nos pacientes com DCh. 254–257 No estudo de coorte de Bambuí, 1.462 participantes com idade ≥ 60 anos (idade média, 69 anos; DCh n=557, 38,1%) e ECG na linha de base foram seguidos por 10 anos. Fibrilação atrial foi mais frequentemente observada nos indivíduos com DCh, 6,1% vs. 3,4% (OR: 3,43; IC 95%, 1,87-6,32, ajustada para idade, sexo e variáveis clínicas), e foi um fator de risco independente para morte (HR: 2,35; IC 95%, 1,53-3,62, ajustada para idade, sexo, variáveis clínicas e níveis de BNP) nos indivíduos com DCh. 240

•Em uma grande amostra de 264.324 pacientes submetidos a tele-ECG em unidades de atenção primária à saúde em 2011, DCh foi autorrelatada por 7.590 (2,9%). A idade média dos indivíduos com DCh foi 57,0±13,7 anos e a daqueles sem DCh foi 50,4±19,1 anos, com 5% de octogenários nos dois grupos. Fibrilação atrial foi observada em 5,35% dos indivíduos com DCh e em 1,65% daqueles sem DCh (OR: 3,15; IC 95%, 2,83-3,51, ajustada para idade, sexo e comorbidades autorrelatadas). 254

•Em uma revisão sistemática e meta-análise, Rojas et al . avaliaram a frequência de anormalidades eletrocardiográficas da DCh na população geral. Foram selecionados 49 estudos, incluindo 34.023 pacientes (12.276 chagásicos e 21.747 não chagásicos). A prevalência de FA foi significativamente mais alta nos chagásicos (OR: 2,11; IC 95%, 1,40-3,19). 256

•Em uma amostra de 424 pacientes chagásicos com idade inferior a 70 anos (41,7% mulheres; idade média, 47±11 anos), seguidos por 7,9±3,2 anos, Rassi et al . encontraram prevalência de FA de 13,3±3,1%, com forte associação a risco de morte (HR: 5,43; 2,91-10,13) em análise univariada. 257

Utilização e Custo da Atenção à Saúde

(Ver Tabelas 1-6 a 1-9 e Figuras 1-15 e 1-16)

•De 2008 a 2019, houve 354.619 hospitalizações por FA e 1.413 procedimentos de ablação para FA e flutter atrial realizados pelo SUS, com custos não ajustados de R$ 260.593.600 e R$ 7.912.561, respectivamente. Após ajuste para a inflação brasileira, esses custos foram de R$ 451.530.532 e R$ 13.710.094, respectivamente, e, em dólares internacionais convertidos em PPC ajustados para US$ 2019, $ 169.076.584 e $ 5.047.822, respectivamente.

•Uma análise da carga econômica das condições cardíacas no Brasil estimou uma prevalência de FA de 0,8% (n=1.202.151 casos) em 2015. Os autores estimaram um custo total para FA de R$ 3,921 bilhões (US$ 1,2 bilhão), 94% devidos a custos diretos da atenção à saúde. 124

•Um estudo com dados de um ambulatório de anticoagulação privado analisou o custo anual por paciente com FA (n=1.220; idade média, 64 anos) e relatou que 64% do custo total (US$ 10.679) durante seguimento de 1,5 ano foi atribuído a custo com pacientes internados. 258

Conhecimento, Tratamento e Controle

Anticoagulação

•Houve grande variação no uso de anticoagulação entre os pacientes com FA, de 1,5% a 91%. Estudos com amostras da atenção primária apresentaram maior probabilidade de baixo uso de anticoagulação em comparação a amostras recrutadas de centros terciários ou de cardiologistas, como detalhado a seguir.

•Entre 4.638 indivíduos com FA em centros de atenção primária de 658 municípios em Minas Gerais (idade média, 70±14 anos; 54% homens), submetidos a ECG através de telessaúde em 2011, o uso de AVK foi relatado por 1,5% e o de aspirina, por 3,1%. 233

•Em um estudo de pacientes de 125 centros de atenção primária em nove estados de quatro regiões geográficas brasileiras, de janeiro de 2009 a abril de 2016, identificou-se um subconjunto de pacientes com FA (n=301), 189 (63%) dos quais com alto risco de AVC; apenas 28 (15%) faziam uso regular de anticoagulantes orais e 102 (54%), de aspirina. 234

•No registro GARFIELD-AF, dos 1.061 pacientes incluídos (82,3% por cardiologistas) no Brasil entre 2010 e 2014 (idade média, 68±13 anos; 55% homens), 86% tinham escore CHA 2 DS 2 -VASc ≥2, 19% não usavam anticoagulação na linha de base, 26% estavam recebendo apenas terapia antiplaquetária, 29% estavam usando AVK e 26% estavam usando NOAC. 237

•O IMPACT-AF, 259 um ensaio randomizado por cluster para aperfeiçoar o tratamento com anticoagulantes em pacientes com FA, conduzido na Argentina, Brasil, China, Índia e Romênia, mostrou que dois terços dos pacientes usavam anticoagulação oral na linha de base: 83%, AVK e 15%, NOAC. Dos pacientes do Brasil (n=360), 91% usavam anticoagulação oral na linha de base e 27% usavam NOAC. De todos os pacientes tomando AVK no Brasil, 40,3% apresentavam valores de INR entre 2 e 3 antes da visita na linha de base.

•Um registro de AVC na cidade de Joinville descreveu todos os 429 casos de AVC que ocorreram em 2015, sendo FA detectada em 49 (11,4%) pacientes. Dos 26 pacientes que sabidamente tinham FA prévia, 19 (73%) não estavam anticoagulados, 20 (77%) tinham escore CHA 2 DS 2 -VASc ≥ 3 e 21 (81%) tinham escore HAS-BLED < 3. 241

•Em uma coorte de 1.121 pacientes com AVC isquêmico, 200 dos quais com FA, anticoagulação para FA foi inversamente associada com mortalidade por todas as causas (efeito tempo-dependente de anticoagulante oral: HR multivariável, 0,47; 95% CI, 0,30–0,50) e mortalidade por AVC (efeito tempo-dependente de anticoagulante oral ≥ 6 meses: OR multivariável, 0,09; 95% CI, 0,01–0,65), mas não com mortalidade cardiovascular. 244

•A qualidade da terapia com varfarina foi avaliada usando TTR como parâmetro em diferentes amostras no Brasil. O TTR da anticoagulação para FA variou de 31% a 67% nos estudos. 258,260–263 Idade > 65 anos, mas não letramento em saúde, foi associada com um TTR mais longo. 40 Em uma análise retrospectiva de 1.220 pacientes de ambulatório privado, aqueles com menor TTR apresentaram sangramentos mais graves e custos de atenção à saúde 40% maiores em seguimento mediano de 1,5 ano. 258

Controle de Ritmo ou Frequência (Medicamento, Cardioversão, Ablação por Cateter)

•Um estudo transversal com 167 pacientes com FA relatou que controle da frequência foi mais comum do que controle do ritmo como estratégia de tratamento (79% vs. 21%; p < 0,001). Entre aqueles tratados com controle de ritmo, as drogas mais prescritas foram amiodarona (43%), sotalol (16%) e propafenona (14%). Os betabloqueadores foram prescritos para 81% dos pacientes em tratamento com controle de frequência. 264 Amiodarona foi mencionada por 83% dos médicos como a escolha para controle de ritmo. 265

•Dados de 125 centros de atenção primária mostraram que, de 301 pacientes com FA, 91 (30,2%) não recebiam qualquer tipo de tratamento para controle de frequência ou ritmo.

Dos 210 pacientes restantes em tratamento, 147 (70%) usavam agentes para controle de frequência (betabloqueadores, digoxina, diltiazem ou verapamil) e 25 (12%) usavam pelo menos um antiarrítmico (amiodarona ou propafenona). O uso simultâneo de antiarrítmicos e betabloqueadores foi relatado em 36 (17%). 234

Direções Futuras

•Estudos de coorte em andamento têm potencial para preencher os hiatos de informação sobre incidência, fatores de risco, predição de risco e prevenção de FA no Brasil. Até onde se sabe, não há estudo original publicado com informação sobre a incidência de FA no Brasil nem dados longitudinais sobre fatores de risco.

•Estudos desenhados para rastrear FA em uma base populacional ou populações selecionadas através do uso de ECG ou dispositivos de rastreio estão em andamento e deverão fornecer informação sobre a relevância da inclusão dessa estratégia em centros de atenção primária ou especializados.

•O estudo RECALL, o primeiro registro cardiovascular brasileiro de FA, encerrou a inclusão de 4.584 pacientes em 2019 e seus resultados são aguardados. Será o maior registro brasileiro com dados relacionados às características e ao tratamento de pacientes com FA de 73 centros de todas as regiões do Brasil. 266

•Estratégias de implementação para aumentar o uso da anticoagulação entre pacientes com FA devem ser encorajadas, em particular no contexto da atenção primária.

Estudos utilizando inteligência artificial para diagnosticar ou prever FA podem ser uma ferramenta para aperfeiçoar o diagnóstico de FA e personalizar estratégias de rastreio.

7. HIPERTENSÃO

CID-10 - I10

Ver Tabelas 7-1 a 7-6 e Figuras 7-1 a 7-7

Tabela 7-1. – Taxas de hipertensão autorreferida em indivíduos a partir dos 18 anos de idade e intervalos de confiança 95%, de acordo com o sexo, no Brasil, suas regiões, unidades federativas e área de residência (urbana ou rural), 2019.

Taxas de hipertensão autorreferida (%)
Total Sexo
Masculino Feminino
Taxa IC 95% Taxa IC 95% Taxa IC 95%
Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior
Brasil 23,9 23,5 24,4 21,1 20,4 21,7 26,4 25,8 27,1
Urbana 24,0 23,5 24,6 21,4 20,7 22,1 26,3 25,5 27,0
Rural 23,2 22,3 24,1 19,1 18,0 20,2 27,9 26,4 29,4
Norte 16,8 16,0 17,6 14,0 13,1 15,0 19,4 18,2 20,5
Rondônia 18,8 16,9 20,7 16,1 13,7 18,6 21,4 18,3 24,4
Acre 19,2 17,3 21,0 17,7 15,0 20,4 20,5 17,9 23,1
Amazonas 16,0 14,6 17,3 13,9 12,1 15,7 17,9 16,0 19,8
Roraima 15,7 14,0 17,4 12,7 10,5 14,8 18,6 16,0 21,3
Pará 15,3 14,0 16,7 12,0 10,3 13,6 18,4 16,4 20,5
Amapá 18,2 15,7 20,7 15,3 12,5 18,0 20,9 17,4 24,4
Tocantins 22,5 20,2 24,8 20,3 17,3 23,3 24,6 21,6 27,6
Nordeste 23,1 22,5 23,7 19,5 18,6 20,4 26,2 25,4 27,1
Maranhão 19,3 18,0 20,6 16,8 15,1 18,6 21,5 19,8 23,3
Piauí 23,6 21,6 25,6 22,9 19,9 25,9 24,3 21,7 26,8
Ceará 21,3 19,8 22,7 17,1 15,2 19,0 24,9 22,8 26,9
Rio Grande do Norte 21,9 20,3 23,5 18,5 16,6 20,4 24,8 22,5 27,2
Paraíba 25,1 23,1 27,1 22,0 19,1 24,9 27,7 25,3 30,1
Pernambuco 23,4 22,2 24,7 18,4 16,4 20,3 27,5 25,7 29,4
Alagoas 23,9 22,4 25,4 19,1 16,7 21,5 27,9 25,8 30,0
Sergipe 22,5 20,8 24,3 18,6 15,9 21,3 26,0 23,6 28,3
Bahia 25,2 23,6 26,8 21,8 19,4 24,2 28,3 26,0 30,5
Sudeste 25,9 25,0 26,8 23,1 21,9 24,3 28,3 27,0 29,5
Minas Gerais 27,7 25,9 29,5 25,5 23,1 27,9 29,7 27,2 32,1
Espírito Santo 25,5 23,9 27,2 23,7 21,7 25,7 27,1 24,5 29,7
Rio de Janeiro 28,1 26,7 29,4 24,8 22,8 26,7 30,7 28,9 32,5
São Paulo 24,2 22,8 25,6 21,3 19,4 23,2 26,8 24,8 28,8
Sul 24,5 23,5 25,5 22,0 20,8 23,3 26,7 25,3 28,2
Paraná 22,9 21,2 24,7 22,6 20,2 25,0 23,2 20,9 25,6
Santa Catarina 23,6 22,0 25,2 20,5 18,5 22,5 26,6 24,4 28,7
Rio Grande do Sul 26,6 24,8 28,4 22,5 20,4 24,5 30,3 27,6 32,9
Centro-Oeste 21,9 20,9 23,0 20,5 18,9 22,1 23,2 21,8 24,6
Mato Grosso do Sul 24,5 22,7 26,4 23,2 20,6 25,7 25,7 23,3 28,1
Mato Grosso 21,6 19,8 23,5 20,4 17,3 23,4 22,8 20,0 25,5
Goiás 23,4 21,4 25,4 22,0 19,1 25,0 24,7 22,2 27,2
Distrito Federal 16,6 14,7 18,4 14,6 12,3 16,9 18,2 15,5 20,9

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Tabela 7-6. – Taxas de mortalidade padronizadas por idade (por 100 mil) atribuída a pressão arterial sistólica elevada por doenças cardiovasculares, e variação percentual das taxas, de acordo com o sexo, no Brasil e suas unidades federativas, 1990 e 2019.

Local Feminino Masculino
1990 Taxa (II 95%) 2019 Taxa (II 95%) Variação percentual (II 95%) 1990 Taxa (II 95%) 2019 Taxa (II 95%) Variação percentual (II 95%)
Acre 116,1(92;136,8) 71,2(57,1;84,6) -38,6(-49,2;-25,6) 166,2(135,5;196,1) 109,8(90,3;129,4) -33,9(-44,7;-21,2)
Alagoas 167,8(138,8;198,4) 117,2(95;141) -30,1(-43,9;-13,2) 197,2(163,7;232,3) 143,5(115,7;175,4) -27,2(-42,5;-8,6)
Amapá 95,4(75;118) 59,8(47,9;73,3) -37,3(-49,7;-22,3) 124,2(102,1;147,7) 86,5(71,9;102,9) -30,4(-41,6;-16,8)
Amazonas 124,8(96,6;153,6) 53,2(41,7;66,1) -57,4(-66,4;-44,5) 153,7(126,8;183) 90,4(73,8;107,4) -41,2(-52,1;-29,4)
Bahia 144,4(112,7;173,9) 77,6(59,9;97,5) -46,2(-58,1;-30) 172,6(141,2;205,3) 133,3(105,4;166,6) -22,8(-40,6;0,9)
Brasil 161,6(140,1;182,2) 76,8(64,8;87,4) -52,5(-56;-49) 212,6(187,4;236) 113(98,4;126,1) -46,8(-50,3;-43,3)
Ceará 96,4(72,7;121,8) 74,9(56,2;95,5) -22,3(-41,9;7,6) 121,1(93,5;151,1) 105,1(80,4;135) -13,2(-36,8;19,1)
Distrito Federal 191,7(152,8;233,2) 80,5(63,2;97,7) -58(-67,1;-47,4) 246,2(197,3;298,1) 95,3(74,6;116,3) -61,3(-68,9;-52,5)
Espírito Santo 167,5(135,3;198,4) 83,6(67,4;100,9) -50,1(-59,9;-39) 218,1(189,1;250,9) 129(105,5;152,6) -40,9(-51,2;-30,1)
Goiás 168,1(130,5;211,1) 73,2(56,6;91,3) -56,5(-66,7;-42,1) 214,9(170,3;259,1) 105,1(82;129,8) -51,1(-62,6;-36,4)
Maranhão 81,4(59,6;104) 85,3(65,2;107,9) 4,8(-21;45,1) 233,6(180,1;289,3) 169,5(134,7;213,8) -27,5(-44,8;-2,6)
Mato Grosso 138,1(108,7;167,9) 71,7(56,8;86,7) -48,1(-59,2;-35,2) 158,8(124,8;193,6) 84,3(67,9;102,4) -46,9(-57,3;-33,4)
Mato Grosso do Sul 166,1(132,8;194,5) 80(65,6;96,7) -51,8(-60,4;-40,5) 200,8(169,6;229,9) 110,6(91;131,6) -44,9(-54,4;-33,7)
Minas Gerais 161,1(134,2;189,5) 63,8(50,8;77,3) -60,4(-67,5;-52,6) 210,2(177,7;242,6) 88,3(72,7;104,7) -58(-64,7;-50,3)
Pará 148,2(115,8;183,2) 65,9(51,9;78,9) -55,5(-65,5;-43,1) 169,4(132,3;206,5) 96,3(77,9;116,1) -43,1(-54,6;-27)
Paraíba 122,2(98,6;147,3) 78,9(62,4;98,4) -35,5(-48,9;-17,3) 142,5(114,7;174,1) 112,6(90,9;138,4) -21(-38,4;-0,6)
Paraná 203,1(165,1;237) 82,7(65,9;99) -59,3(-67,3;-50,7) 248,6(214,7;283,2) 118,6(96,7;141,2) -52,3(-59,9;-43,4)
Pernambuco 160,4(130,4;189,8) 90,5(73,1;109,2) -43,6(-54,5;-29,7) 194,3(165,6;222,6) 142,2(115,1;170,4) -26,8(-39,2;-11,1)
Piauí 128,2(101,6;154,5) 76,2(60,1;93,2) -40,6(-52,2;-24,4) 208(170,5;246) 112,9(93,3;134,1) -45,7(-55;-34,3)
Rio de Janeiro 202,8(166,2;236,8) 82,9(67,3;99,5) -59,1(-66,1;-49,7) 264,8(223,9;301,9) 121,3(99,5;143,2) -54,2(-61,3;-44,7)
Rio Grande do Norte 106,4(83,3;130,8) 66,2(50,3;82,6) -37,7(-52,4;-19) 141,8(115,1;172,8) 101,5(79,2;127,3) -28,4(-45,6;-6,9)
Rio Grande do Sul 176,3(149,6;201,7) 74,8(60,4;90) -57,6(-64,4;-49,4) 218,6(189;244,8) 109,8(92,9;130,2) -49,8(-57,1;-41,8)
Rondônia 228,3(183,1;274,5) 84,6(67,3;102,1) -62,9(-70,3;-53,3) 208,2(167,3;250,2) 99,9(79,6;121,2) -52(-62,1;-38,7)
Roraima 149,9(116,9;180,6) 75,2(60,5;90,3) -49,9(-59,2;-36) 228,8(193,7;265,3) 117,3(98,4;135,8) -48,7(-56,2;-39,3)
Santa Catarina 189,7(154,5;224,4) 78,4(62,5;94,6) -58,7(-66;-49,6) 230,8(196,7;264,2) 103,7(85,9;122,8) -55,1(-62,5;-46,9)
São Paulo 186,2(152,7;219,7) 78(62,6;93,7) -58,1(-65,7;-48,7) 262,4(225,1;297,9) 115,2(96;134,4) -56,1(-62,3;-48,6)
Sergipe 152,1(119,4;183) 86,2(68,7;106,3) -43,3(-55,5;-26,5) 180,6(149,3;214,3) 112,2(87,2;137,6) -37,9(-50,7;-20,7)
Tocantins 135,5(105,4;166,9) 72,7(55,6;89,7) -46,3(-58,8;-29,5) 165,3(128,4;203,8) 120,2(94,5;148,6) -27,3(-43,4;-4,1)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 7-1. – Número de mortes (A) e taxas de mortalidade (B) atribuída a pressão arterial sistólica elevada no Brasil, 1990-2019.

Figura 7-1

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 7-7. -Taxas de YLLs (A), YLDs (B) e DALYs (C) por hipertensão, no Brasil, 1990-2020.

Figura 7-7

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Abreviaturas Usadas no Capítulo 7.

AVC Acidente Vascular Cerebral
CID-10 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, 10 a Revisão
DALYs Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (do inglês, Disability-Adjusted Life-Year )
DCV Doenças Cardiovasculares
ELSA English Longitudinal Study of Aging
ELSA-Brasil Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - Brasil
ERICA Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes
GBD Carga Global de Doenças (do inglês, Global Burden of Disease )
HIPERDIA Programa de Hipertensão Arterial e Diabetes do SUS
HR Hazard Ratio
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IC Intervalo de Confiança
II Intervalo de Incerteza
IPAQ Questionário Internacional de Atividade Física (do inglês, International Physical Activity Questionnaire)
OR Odds Ratio
PAD Pressão Arterial Diastólica
PAS Pressão Arterial Sistólica
QVRS Qualidade de Vida Relacionada à Saúde
RP Razão de Prevalência
SBC Sociedade Brasileira de Cardiologia
SDI Índice Sociodemográfico (do inglês, Sociodemographic Index )
SUS Sistema Único de Saúde
UF Unidade Federativa
YLDs Anos vividos com incapacidade (do inglês, Years Lived with Disability )
YLLs Anos potenciais de vida perdidos (do inglês, Years of Life Lost )

Tabela 7-2. – Taxas de hipertensão autorreferida em indivíduos a partir dos 18 anos de idade e intervalos de confiança 95%, de acordo com variáveis sociodemográficas, no Brasil, 2019.

Taxas de hipertensão autorreferida
Variável Taxa IC 95%
Limite inferior Limite superior
Grupo etário
18-29 anos 2,8 2,4 3,3
30-59 anos 20,3 19,6 20,9
60-64 anos 46,9 44,9 48,9
65-74 anos 56,6 54,9 58,2
75+ anos 62,1 60,1 64,1
Nível educacional
Sem instrução ou fundamental incompleto 36,6 35,7 37,4
Fundamental ou médio incompleto 20,4 19,1 21,6
Médio ou superior incompleto 15,4 14,7 16,1
Superior 18,2 17,1 19,3
Raça/cor da pele
Branca 24,4 23,6 25,1
Negra 25,8 24,4 27,2
Parda 22,9 22,2 23,5
Status de emprego
Empregado 16,9 16,4 17,4
Desempregado 11,9 10,1 13,7
Fora da força de trabalho 38,7 37,8 39,6
Renda mensal (salários mínimos)
Nenhuma - ¼ 16,4 15,1 17,8
1/4 - 1/2 18,7 17,6 19,8
1/2 - 1 25,8 24,9 26,8
1 - 2 25,7 24,9 26,6
2 - 3 25,3 23,5 27,1
3 – 5 25,2 23,2 27,3
Mais de 5 25,0 23,0 27,1
Total 23,9 23,5 24,4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Tabela 7-3. – Número de mortes, taxas de mortalidade padronizadas por idade (por 100 mil) atribuída a pressão arterial sistólica elevada por todas as causas, e variação percentual das taxas, no Brasil, 1990 e 2019.

Grupo etário 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
15-49 anos 19166.8 (16242.9;22027.6) 25 (21.2;28.7) 17477.5 (15011.4;19693.6) 15.1 (13;17.1) -39.5 (-43.9;-34.5)
50-69 anos 62163.9 (55971.7;67686.6) 396.3 (356.8;431.5) 82839 (74580.1;90234.2) 205.3 (184.9;223.7) -48.2 (-51.1;-45.1)
70+ anos 71875.6 (61751.8;81924.4) 1699.2 (1459.8;1936.7) 139099.3 (116155.4;157920.7) 1062.8 (887.5;1206.6) -37.5 (-42.3;-33)
Padronizada por idade 197.3 (174.7;218.9) 104.8 (91.2;116.2) -46.9 (-49.6;-44)
Todas as idades 153206.3 (137435.7;167785.4) 102.9 (92.3;112.7) 239415.9 (209603.5;264681.2) 110.5 (96.7;122.2) 7.3 (0.7;13.6)

Tabela 7-4. – Taxas de mortalidade padronizadas por idade (por 100 mil) atribuída a pressão arterial sistólica elevada por todas as causas, e variação percentual das taxas, de acordo com o sexo, no Brasil e suas unidades federativas, 1990 e 2019.

Local Feminino Masculino
1990 Taxa (II 95%) 2019 Taxa (II 95%) Variação percentual (II 95%) 1990 Taxa (II 95%) 2019 Taxa (II 95%) Variação percentual (II 95%)
Acre 126,7 (101,3;148,1) 83,3 (67,6;98,4) -34,2 (-45;-21,4) 184,6 (152,2;215,6) 131,1 (109,6;153,2) -29 (-39,8;-15,8)
Alagoas 181,3 (150,6;212,5) 130 (105,7;156,2) -28,3 (-42,1;-11,6) 212,2 (177,3;247,4) 159,9 (129,1;193,4) -24,7 (-39,9;-5,6)
Amapá 105 (83,5;128,6) 71,1 (57,5;85,9) -32,2 (-45;-16,7) 138 (114,7;162,8) 102,3 (85,6;120,5) -25,9 (-37,3;-11,7)
Amazonas 134,2 (105,1;164) 63,1 (49,8;77,6) -53 (-63;-39,3) 166,9 (138,9;196,7) 106,1 (86,9;124,8) -36,4 (-48,2;-23,5)
Bahia 154,2 (120,8;185,7) 87,3 (67,7;109,1) -43,4 (-55,8;-26,3) 186 (153;220,6) 152,5 (121,1;189,6) -18 (-36,5;6,2)
Brasil 171,3 (149,6;192,2) 86,3 (73,4;97,2) -49,6 (-53,2;-45,8) 225,9 (199,7;249,4) 126,9 (111,6;140,4) -43,8 (-47,2;-40,1)
Ceará 102,6 (77,9;128,7) 82,5 (62,2;104,9) -19,6 (-39,7;11,6) 128,5 (99,9;159,6) 116,7 (89,8;148,5) -9,2 (-33,8;24,7)
Distrito Federal 202,9 (162,3;245,4) 89,7 (71,3;107,4) -55,8 (-64,8;-44,8) 267,3 (216,5;320,7) 110,3 (87,4;133,3) -58,7 (-66,5;-49,6)
Espírito Santo 176,5 (143;207,5) 93,4 (75,7;112,1) -47,1 (-57,4;-35,6) 230,4 (201;264) 143,1 (117,4;168,7) -37,9 (-48,8;-26,8)
Goiás 179 (140,1;224,8) 83,8 (65,6;104,1) -53,2 (-64;-37,8) 231,5 (184,9;278,1) 119,5 (93,5;147,2) -48,4 (-60,4;-33,1)
Maranhão 88 (65,4;111,3) 94,7 (73;119,2) 7,6 (-19,2;49) 250,9 (195,5;309,1) 188,8 (151,6;236,6) -24,8 (-42,6;0,3)
Mato Grosso 148,2 (117,7;179,1) 82,7 (66,3;99,4) -44,2 (-56,1;-30,5) 170,8 (134,9;207,7) 97 (78,7;117) -43,2 (-54;-28,9)
Mato Grosso do Sul 175,7 (141,9;204,8) 89,5 (73,8;107,9) -49,1 (-57,9;-37,1) 213,9 (181,9;244,1) 123,1 (101,6;145,8) -42,4 (-52,4;-31,3)
Minas Gerais 172,1 (144,1;201,1) 73,2 (58,7;88,1) -57,5 (-65;-49,3) 226,1 (191,8;260,6) 100,2 (83;118,2) -55,7 (-62,7;-47,9)
Pará 158,8 (124,9;195,2) 75,6 (60,2;89,5) -52,4 (-62,9;-38,9) 183,4 (144,7;222,4) 109,8 (89,4;131,2) -40,1 (-51,9;-23,7)
Paraíba 132,6 (107,2;159,1) 88,2 (70,5;109,8) -33,5 (-46,9;-15,2) 153,1 (124,2;184,7) 126,9 (102,5;155,4) -17,1 (-34,9;3,8)
Paraná 213,3 (175;248,8) 92,9 (74,8;110,3) -56,5 (-65;-47,4) 261,2 (227;296,5) 132,3 (108;156,9) -49,3 (-57,4;-40,1)
Pernambuco 170,1 (139,5;200,4) 100,2 (81,5;119,8) -41,1 (-51,9;-27) 206 (176,3;235) 156,7 (127,7;186,6) -23,9 (-36,7;-7,9)
Piauí 135,9 (107,9;163,4) 83,3 (65,7;101,5) -38,7 (-50,4;-22) 220,5 (182,2;259,1) 124,1 (102,9;146,2) -43,7 (-53,1;-32,3)
Rio de Janeiro 212,6 (175,4;247,1) 94,3 (77,2;112,4) -55,6 (-63,1;-45,6) 278,6 (236,7;316,6) 137,6 (114,4;161,6) -50,6 (-58;-40,7)
Rio Grande do Norte 113,2 (88,6;138,2) 74,4 (56,7;92,4) -34,3 (-49,7;-15,2) 151 (123,3;182,8) 114,1 (89,5;143) -24,4 (-42,3;-1,8)
Rio Grande do Sul 185,7 (158,2;211,6) 84 (68,5;100) -54,8 (-61,7;-46,4) 231,4 (201;258,6) 122,6 (104;144,7) -47 (-54,7;-38,7)
Rondônia 245,2 (197,8;292,3) 98,3 (79,4;117,4) -59,9 (-67,7;-50,1) 225,2 (182,5;268,9) 115,6 (92,7;139,2) -48,6 (-59,4;-34,8)
Roraima 165 (130,7;198) 89,4 (72,9;106,3) -45,8 (-55,6;-31,9) 250,1 (213,1;288,5) 136,2 (115,7;156,1) -45,5 (-53,2;-35,9)
Santa Catarina 200,1 (163,1;235,6) 88,1 (71,1;105) -56 (-63,7;-46,3) 243,6 (209,6;278,2) 115,6 (96,3;136) -52,6 (-60,2;-44,3)
São Paulo 196,5 (162,4;231,3) 87,1 (70,3;104) -55,7 (-63,4;-46) 277,6 (238,9;313,9) 128,2 (107,7;148,6) -53,8 (-60,5;-46,1)
Sergipe 163,7 (129,8;196,1) 96,4 (77,8;118) -41,1 (-53,6;-23,7) 197,3 (163,7;231,9) 128,4 (101,1;157,4) -34,9 (-48,2;-17,2)
Tocantins 145,9 (113,6;178,7) 82,2 (64;100,5) -43,7 (-56,5;-26,6) 180,1 (141,7;220,5) 137,9 (109,1;169,5) -23,5 (-40,2;0,1)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 7-5. – Número de mortes e taxas de mortalidade padronizadas por idade (por 100 mil) atribuída a pressão arterial sistólica elevada por doenças cardiovasculares, e variação percentual das taxas, por grupo etário, no Brasil, 1990 e 2019.

Grupo etário 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
15-49 anos 18030.1 (15194.2;20699.9) 23.5 (19.8;27) 16125.8 (13748;18241.4) 14 (11.9;15.8) -40.6 (-45.2;-35.6)
50-69 anos 58938.4 (52867.6;64283.7) 375.7 (337;409.8) 74600.9 (66631.3;81646.5) 184.9 (165.2;202.4) -50.8 (-53.6;-47.9)
70+ anos 67682.3 (57758.8;77603.7) 1600 (1365.4;1834.6) 122839.6 (101314.4;141062.5) 938.5 (774.1;1077.8) -41.3 (-45.9;-37.3)
Padronizada por idade 144650.8 (129424.1;159074) 186.1 (163.8;206.7) 213566.3 (185076;237650.4) 93.4 (80.2;104.2) -49.8 (-52.5;-47.1)
Todas as idades 144650.8 (129424.1;159074) 97.2 (87;106.9) 213566.3 (185076;237650.4) 98.6 (85.4;109.7) 1.4 (-5.1;7.3)

Panorama

•Com o objetivo de padronização neste documento, hipertensão arterial foi caracterizada como níveis sustentados de PAS igual ou superior a 140 mmHg e/ou PAD igual ou superior a 90 mmHg. 267 Os valores de prevalência percentual serão apresentados seguidos por IC 95% ou II 95%, como disponibilizado nos estudos citados.

•Nos estudos populacionais, a hipertensão pode ser aferida ou autorreferida. No primeiro caso, o valor deriva da medida direta da pressão arterial através da utilização de técnicas padronizadas e é descrito em um documento, enquanto a hipertensão autorreferida se caracteriza por uma resposta positiva à pergunta sobre a presença desse diagnóstico médico ou o uso de anti-hipertensivos, 268 dependendo, portanto, do acesso do paciente ao diagnóstico e do seu entendimento sobre essa informação.

•Quando o Estudo GBD é a fonte de dados, o risco é atribuído à PAS alta, como descrito em publicação anterior. 269

Prevalência e Incidência

Incidência

•Em estudo de 2021, Lopes et al. analisaram 8.154 participantes do estudo ELSA-Brasil e relataram uma incidência de hipertensão de 43,2 por 1.000 pessoas-ano, sendo 51,6 nos homens e 37,3 nas mulheres. A incidência por 1.000 pessoas-ano foi maior no grupo etário de 70-74 anos (88,8), nos indivíduos negros (55,9), obesos (79,7) ou diabéticos (91,4) e naqueles de menor nível socioeconômico (58,9). 270

Prevalência

•Os dados sobre a prevalência de hipertensão podem diferir entre os estudos, dependendo do tipo de pesquisa e da população estudada, especialmente em um país de dimensões continentais e substancial miscigenação, como o Brasil.

Hipertensão Aferida

•De acordo com Malta et al ., em uma análise dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, a prevalência de hipertensão aferida a partir dos 18 anos de idade foi 22,8% (IC 95%, 22,1 - 23,4%) em uma amostra de 59.402 indivíduos. 271 Naqueles com mais de 75 anos, a prevalência estimada foi de 47,1% (IC 95%, 44,1 - 50,2%) e, em análise estratificada de acordo com o sexo, no grupo etário de 18 a 74 anos, a prevalência foi maior entre os homens, tendo as mulheres apresentado leve predominância apenas no grupo etário ‘acima de 75 anos’ (47,8%, IC 95%, 43,9 -51,7 versus 46,2%, IC 95%, 41,3 - 51,3%), revelando uma possível tendência de sobrevivência. A análise por região mostrou que o Sudeste (25%, IC 95%, 23,8 - 26,1%) e o Sul (25%, IC 95%, 23,5 - 26,5%) apresentaram as maiores prevalências em ambos os sexos. 271

•No estudo ELSA, Chor et al . observaram prevalência de hipertensão de 40,1% nos homens e de 32,2% nas mulheres, com aumento progressivo com a idade, chegando a 63,7% dos indivíduos de 65-74 anos. 6 Além disso, houve menor prevalência nos indivíduos pós-graduados (28,4%), em comparação àqueles sem educação secundária completa (44%), e nos indivíduos com renda familiar per capita acima de USD $1.000,00 (30,7%), em comparação àqueles com renda inferior a USD $500,00 (40,9%). A avaliação por raça mostrou maior prevalência entre os negros (49,3%) em comparação às outras categorias de raça/cor. 272

•Em estudo transversal conduzido em população da região semiárida de Pernambuco, Santiago et al. observaram prevalência de hipertensão aferida similar em indivíduos brancos (28,9%, IC 95%, 19,8 - 39,4%) em comparação a negros ou pardos (27%, IC 95%, 22,3 - 32,2%). 7 Ao se considerar o nível educacional na análise, a prevalência foi de 44,6% (IC 95%, 36,4 - 53%) entre aqueles que nunca frequentaram a escola, quase duas vezes maior do que entre aqueles com nível educacional elementar ou secundário/superior completo. A avaliação por status de emprego mostrou maior prevalência entre indivíduos sem qualquer atividade laboral (30,3%, IC 95%, 24,4 - 36,7%) em comparação àqueles que trabalhavam (23,9%, IC 95%, 18,0 - 30,7%). A prevalência foi maior entre indivíduos dos níveis socioeconômicos superior e intermediário (20,5%, IC 95%, 15,3 - 26,4%) em comparação aos pertencentes ao nível inferior (35,2%, IC 95%, 28,5 - 42,3%). 273

•Barbosa et al . estimaram a prevalência de hipertensão e seus fatores associados nas regiões brasileiras menos desenvolvidas em estudo transversal realizado com 835 indivíduos com idade >18 anos, que responderam um questionário estruturado domiciliar. 274 As medidas de pressão arterial, peso, altura e circunferência abdominal foram tomadas e outros fatores de risco para DCV foram avaliados. A idade variou entre 18 anos e 94 anos (idade média, 39,4 anos), sendo 293 (35,1%) indivíduos normotensos e 313 (37,5%) pré-hipertensos. A prevalência de hipertensão foi 27,4% (IC 95%, 24,4% - 30,6%), sendo maior entre homens (32,1%) do que entre mulheres (24,2%). Na análise ajustada, as seguintes variáveis permaneceram independentemente associadas a hipertensão: sexo masculino (RP 1,52, IC 95%, 1,25 - 1,84), idade ≥ 30 anos (RP 6,65, IC 95%, 4,40 - 10,05 para idade ≥60 anos), sobrepeso (RP 2,09, IC 95%, 1,64 - 2,68), obesidade (RP 2,68, IC 95%, 2,03 - 3,53) e diabetes (RP 1,56, IC 95%, 1,24 - 1,97). 274

Hipertensão Autorreferida

•O critério mais frequentemente usado para avaliar a prevalência de hipertensão no Brasil é o autorrelato. Picon et al ., em meta-análise envolvendo 120.018 indivíduos, demonstrou que, a despeito dos diferentes critérios para o diagnóstico de hipertensão nas décadas de 1980 e 1990, a prevalência de hipertensão caiu de 36,1% (IC 95%, 28,7 - 44,2%) para 28,7% (IC 95%, 26,2 - 31,4%) em 30 anos. 274 Entretanto, no início da década de 2000, a prevalência estimada em inquéritos telefônicos ainda foi 20,6% (IC 95%, 19,0 - 22,4%). 275

•Uma análise dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 indicou as seguintes prevalências de hipertensão nos homens: 18,3% (IC 95%, 17,5 - 19,1%) quando autorreferida; 25,8% (IC 95%, 24,8 - 26,7%) quando medida por instrumento; e 33% (IC 95%, 32,1 - 34,0%) quando medida por instrumento e/ou uso de anti-hipertensivo foi relatado. Nas mulheres, as percentagens observadas foram maiores quando se usou o critério autorreferido [24,2% (IC 95%, 23,4 - 24,9%)] e menores quando os demais critérios diagnósticos foram usados: 20% (IC 95%, 19,3 - 20,8%) quando medida por instrumento e 31,7% (IC 95%, 30,9 - 32,5%) quando medida por instrumento e/ou uso de anti-hipertensivo foi relatado. 268 Tais diferenças podem ser explicadas pelo fato de que as mulheres buscam os serviços de saúde com maior frequência, apresentando maior probabilidade de serem diagnosticadas com hipertensão.

As regiões Sudeste e Sul e as áreas urbanas do país apresentaram as maiores prevalências quando da análise das regiões geográficas e da área de residência, respectivamente. 268

•No estudo VIGITEL, 276 baseado em entrevistas telefônicas realizadas em 26 capitais e no Distrito Federal em 2019, a prevalência de hipertensão foi 24,5%, sendo de 27,3% nas mulheres e 21,2% nos homens. As maiores prevalências foram observadas no Distrito Federal (29,6%) e nas cidades de Porto Alegre (27,2%) e Recife (26%) para os homens, e nas cidades do Rio de Janeiro (32,8%), Recife (30,2%) e Salvador (30%) para as mulheres. 276 Além disso, esse estudo avaliou a relação com o nível educacional e descobriu que, nos indivíduos com até 8 anos de escolaridade, a prevalência de hipertensão foi cerca de três vezes a daqueles com pelo menos 12 anos de escolaridade, para ambos os sexos. 276

•Utilizando estimativas do Estudo GBD 2017, Nascimento et al . relataram um aumento na prevalência de PAS elevada padronizada por idade, que passou de 16,9% (II 95%, 16,5 - 17,3%) em 1990 para 18,9% (II 95%, 18,5 - 19,3%) em 2017, tendo esse aumento sido maior entre os homens em todo o período estudado. Além disso, a taxa de crescimento no país foi +0,4% ao ano entre adultos a partir dos 25 anos. 277 Ao se analisar de acordo com o sexo, as mais altas prevalências em 2017 foram observadas em Santa Catarina (28,8%, II 95%, 26,6-31%) para o sexo masculino e em Sergipe (19,8%, II 95%, 17,7-21,9%) para o sexo feminino. 277

•A Tabela 7-1 mostra a prevalência de hipertensão autorreferida no Brasil de acordo com o sexo em adultos a partir de 18 anos de idade em 2019, como relatado pelo IBGE. A prevalência de hipertensão no país foi 23,9% e maior no sexo feminino do que no masculino (26,4% versus 21,1%, respectivamente). A prevalência foi maior nas áreas urbanas do que nas rurais (24,0% versus 23,2%, respectivamente) e na região Sudeste para ambos os sexos (23,1% para homens e 28,3% para mulheres).

•A Tabela 7-2 mostra a prevalência de hipertensão autorreferida de acordo com variáveis sociodemográficas, como relatado pelo IBGE. Importante notar que as maiores taxas de prevalência foram observadas em indivíduos a partir dos 75 anos de idade (62,1%), naqueles sem educação formal ou com poucos anos de escolaridade (36,6%) e nos negros (25,8%) e desempregados (38,7%). Em contraste, ao se utilizar renda como critério, indivíduos com renda mais baixa apresentaram menor prevalência de hipertensão (18,7%), provavelmente como reflexo da falta de acesso ao sistema de saúde.

Mortalidade

Mortalidade Total Atribuída a Hipertensão

•Oliveira et al . compararam a mortalidade por todas as causas atribuída a hipertensão em dois grupos populacionais, sendo um brasileiro e o outro inglês. Os dados usados foram obtidos da coorte ELSA, com 3.205 indivíduos, e da coorte Bambuí, com 1.382 participantes, todos com mais de 60 anos de idade. Importante notar que as características sociodemográficas diferiram nas duas coortes, sendo o nível educacional e a renda familiar maiores na coorte inglesa, enquanto as taxas de tabagismo e diabetes foram maiores na coorte brasileira. Quanto aos riscos relativos, na coorte inglesa, não houve diferença quando hipertensão foi avaliada sozinha, enquanto, na coorte brasileira, hipertensão conferiu um risco relativo de 1,43 (IC 95%, 1,06 - 1,94, p=0,028) para mortalidade em 6 anos. Ademais, as mortes atribuídas a hipertensão na coorte brasileira corresponderam a 25,3% (IC 95%, 8,2 - 39,3%), ultrapassando em muito as da coorte inglesa, na qual o resultado foi limítrofe e sem adequada precisão estatística. 278

•A Tabela 7-3 mostra o número de mortes e as taxas de mortalidade atribuída a PAS elevada por todas as causas padronizadas por idade de acordo com os dados do Estudo GBD 2019. Importante notar que nos grupos etários mais velhos, o número de mortes e a taxa de mortalidade são maiores, como esperado para essa doença. Entretanto, a taxa de mortalidade atribuída a PAS elevada em 2019 foi 104,8 por 100 mil habitantes; houve uma redução de 46,9% durante o período estudado, que pode representar uma menor incidência e maior controle terapêutico da hipertensão, assim como uma melhora nas condições socioeconômicas nesse período. 37 , 279

•A Tabela 7-4, mostrando as taxas de mortalidade atribuída a PAS elevada por todas as causas padronizadas por idade de acordo com o sexo e as UF brasileiras, indica que essas taxas de mortalidade diminuíram em quase 50% entre 1990 e 2019 para ambos os sexos, tendo sido essa redução maior nas mulheres do que nos homens (49,6% versus 43,8%, respectivamente). Entretanto, para as mulheres, exceto em Rondônia, que apresentou a maior redução percentual na taxa de mortalidade atribuída a PAS alta, as maiores quedas foram constatadas nas UF das regiões Sudeste e Sul e no Distrito Federal. O Maranhão foi a única UF a apresentar aumento nas taxas durante o período estudado. Entre os homens, todas as UF apresentaram diminuição na mortalidade atribuída a PAS elevada, com as maiores reduções percentuais registradas nas UF das regiões Sul e Sudeste, como observado para as mulheres (Tabela 7-4).

•A Figura 7-1 mostra o número de mortes (A) e a taxa de mortalidade (B) atribuída a PAS elevada entre 1990 e 2019. Com o aumento na expectativa de vida e consequente envelhecimento da população, além dos dados observados nas tabelas anteriores, esperava-se aumento no número de mortes relacionadas a PAS elevada, como mostra a F igura 7-1A. Entretanto, ao se mitigar o efeito da idade nas taxas por padronização por idade, observou-se diminuição na taxa de mortalidade com o tempo (B).

•A Figura 7-2 apresenta a mortalidade proporcional por grupo etário em 2019. Importante notar que houve uma maior proporção de mortes nos grupos entre 55 anos e 74 anos para as mulheres; entretanto, para os homens, a maior proporção foi observada no grupo etário 10 anos mais jovem (45-64 anos). Importante ainda notar que os grupos etários acima de 75 anos para mulheres e acima de 65 anos para os homens podem apresentar outras doenças concorrentes; logo, a proporção de mortes por PAS elevada tende a cair devido às causas competitivas, o que pode, pelo menos em parte, explicar os dados descritos acima.

Figura 7-2. -Mortalidade proporcional por pressão arterial sistólica elevada de acordo com o grupo etário e com o sexo, no Brasil, 2019.

Figura 7-2

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A Figura 7-3 apresenta as taxas de mortalidade por doenças atribuídas a PAS elevada padronizadas por idade, estratificadas por todas as causas, entre 1990 e 2019. Como mostrado, a maioria das mortes está relacionada às três principais doenças cardiovasculares, i.e., doença isquêmica do coração, cerebrovascular e hipertensiva, que diminuíram entre 1990 e 2019. A doença hipertensiva, em comparação às outras duas, apresentou a menor redução, o que pode estar relacionado às regras para a escolha da causa básica de morte na declaração de óbito, que, devido a algoritmos específicos, raramente contempla doença hipertensiva como causa básica de morte. 280

Figura 7-3. -Taxas de mortalidade por doenças atribuídas a pressão arterial sistólica elevada padronizadas por idade, estratificadas por todas as causas, no Brasil, 1990 e 2019.

Figura 7-3

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Mortalidade Cardiovascular Atribuída a Hipertensão

•Com relação à mortalidade cardiovascular atribuída a PAS elevada, a Tabela 7-5 mostra o número de mortes, as taxas de mortalidade e a variação percentual das taxas entre 1990 e 2019 de acordo com as estimativas do GBD. Houve uma redução na taxa de mortalidade cardiovascular atribuída a hipertensão (por 100 mil habitantes) de quase 50% no período, de 186,1 em 1990 para 93,4 em 2019 (Tabela 7-5) e, à semelhança da mortalidade por todas as causas, as maiores taxas foram observadas nos grupos etários mais idosos.

•A Tabela 7-6 apresenta a mortalidade atribuída a PAS elevada por doenças cardiovasculares de acordo com a UF e o sexo, indicando uma tendência similar à mostrada nas Tabelas 7-3 e 7-4 para mortalidade por todas as causas, que apresentaram avaliação por grupo etário e UF. Portanto, houve uma redução na mortalidade cardiovascular atribuída a hipertensão de 52,5% entre mulheres e de 46,8% entre homens entre 1990 e 2019 no Brasil. Para as mulheres, as UF com maiores reduções foram Rondônia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Distrito Federal, com 62,9%, 60,4%, 59,3%, 59,1% e 58%, respectivamente (Tabela 7-6). Para os homens, as maiores reduções foram observadas no Distrito Federal e nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro, 61,3%, 58%, 56,1%, 55,1% e 54,2%, respectivamente.

•A Figura 7-4 mostra as taxas de mortalidade por doenças atribuídas a PAS elevada padronizadas por idade, estratificadas por doenças cardiovasculares, entre 1990 e 2019. As taxas de mortalidade por doença renal crônica permaneceram estáveis, enquanto aquelas por doença isquêmica do coração, cerebrovascular e hipertensiva, além de cardiomiopatias e miocardite, diminuíram no período.

Figura 7-4. -Taxas de mortalidade por doenças atribuídas a pressão arterial sistólica elevada padronizadas por idade, estratificadas por doenças cardiovasculares, no Brasil, 1990 e 2019.

Figura 7-4

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Por fim, a Figura 7-5 mostra a relação entre o SDI de 2019 e a variação percentual nas taxas de mortalidade por DCV atribuída a PAS elevada de 1990 a 2019, no Brasil e por UF. A Figura 7-5 mostra que as maiores reduções na taxa de mortalidade padronizada por idade ocorreram nas UF com os maiores valores de SDI em uma relação quase que linear, com coeficiente de correlação de 0,78 e p-valor = 0.

Figura 7-5. -Correlação entre o Índice Sociodemográfico (SDI) de 2019 e a variação percentual das taxas de mortalidade por doença cardiovascular atribuída a pressão arterial sistólica elevada entre 1990 e 2019, no Brasil.

Figura 7-5

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Carga de Doença

•A Figura 7-6 mostra o número absoluto de YLLs (A), YLDs (B) e DALYs (C) relacionados a hipertensão entre 1990 e 2020. Vale notar a tendência a um aumento nos YLLs (A) e, principalmente, YLDs (B), com um consequente impacto na curva de DALYs (A). Essas observações podem ser justificadas, ao menos em parte, por crescimento e envelhecimento populacional.

Figura 7-6. -Número absoluto de YLLs (A), YLDs (B) e DALYs (C) por hipertensão, no Brasil, 1990-2020.

Figura 7-6

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Em contraste, a Figura 7-7 mostra uma redução nas taxas padronizadas por idade de YLLs (A) e YLDs (B) com consequente impacto nos DALYs (C). Essas curvas refletem a atenuação do efeito do envelhecimento populacional na carga de doença, com menor influência nos YLDs, o que pode ser parcialmente explicado pela desigualdade de acesso ao sistema de saúde, comprometendo o tratamento das doenças mais graves, com consequente impacto nos YLDs.

Impacto na Saúde Cardiovascular

•Fuchs et al. investigaram a associação entre ‘agrupamento’ de fatores de risco e DCV autorreferida em 1.007 mulheres residentes em Porto Alegre, sul do Brasil. 281 A prevalência de hipertensão, diabetes e atividade física e o padrão de dieta foram avaliados quanto à sua associação, em um modo ‘agrupado’, com DCV, que foi definida como autorrelato de história de infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, AVC ou cirurgia de revascularização do miocárdio. Os autores descobriram que hipertensão e diabetes eram o principal ‘agrupamento’ associado com DCV e responsáveis por uma razão de risco independente de 8,5 (IC 95%, 3,0 - 24,5).

•Carvalho et al. , avaliando a associação entre hipertensão e qualidade de vida medida pelo SF-36 em uma amostra de 333 indivíduos com hipertensão tratada ou sem hipertensão, mostraram pior qualidade de vida dos pacientes hipertensos em comparação a seus correspondentes normotensos. 282 Os autores observaram que os normotensos apresentavam maiores escores do questionário de QVRS em comparação aos hipertensos em todos os domínios, exceto no ‘aspecto emocional’. Com respeito ao ‘componente físico agrupado’, o escore dos homens hipertensos foi 298,4±72,6 em comparação a 333,1±52,1 dos normotensos (P<0,01), e o escore das mulheres hipertensas foi 243,8±84,0 em comparação a 318,7±58,5 das normotensas (P<0,01). Entre os homens, a diferença foi significativa para os domínios ‘capacidade funcional’, ‘aspectos sociais’ e ‘saúde mental’ e, entre as mulheres, houve diferença no domínio ‘aspecto emocional’ do SF-36.

•Para investigar a associação entre hipertensão, pré-hipertensão, idade, tempo do diagnóstico e pressão arterial, Menezes et al . usaram dados do ELSA-Brasil, que incluiu 7.063 pacientes com idade média de 58,9 anos na linha de base (2008-2010). Os autores observaram que hipertensão se associou com maiores declínios de memória, fluência e escore cognitivo global. Além disso, pré-hipertensão foi preditor independente de maior declínio no teste de fluência verbal e no escore cognitivo global. Entre indivíduos tratados, o controle da pressão arterial na linha de base associou-se inversamente com o declínio nos escores cognitivo global e teste de memória. 283

•A associação de diabetes, hipertensão e diabetes mais hipertensão com DCV (doença arterial coronariana, infarto do miocárdio e AVC) foi investigada por Santos et al. em 2.691 pacientes arrolados no programa HIPERDIA em Fortaleza. 284 Os autores confirmaram uma significativa associação de hipertensão com doença arterial coronariana, infarto do miocárdio e AVC (P<0,001).

Utilização e Custo da Atenção à Saúde

•Ao estimar os custos de hipertensão, diabetes e obesidade em pacientes do SUS em 2018, Nilson et al. notaram que o custo total de hipertensão, diabetes e obesidade pago pelo SUS chegou a R$ 3,45 bilhões (IC 95%, 3,15 - 3,75), mais de US$ 890 milhões. Desse valor total, 59% foram gastos com hipertensão, 30% com diabetes e 11% com obesidade. Quando se considerou isoladamente obesidade um fator de risco para hipertensão e diabetes, o custo atribuído a essa doença chegou a R$ 1,42 bilhão (IC 95%, 0,98 - 1,87), correspondendo a 41% do custo total. 285

•Marinho et al. , investigando os custos da atenção à saúde de pacientes com diabetes e hipertensão, compararam os custos diretos de procedimentos ambulatoriais com o valor reembolsado pelo SUS. A principal conclusão do estudo foi que os custos diretos de procedimentos foram maiores do que os reembolsados pelo SUS, caracterizando um subfinanciamento da atenção à saúde pública, o que pode comprometer a qualidade do controle dos fatores de risco cardiovascular. Dos custos, aquele com medicamentos foi o maior, seguido por serviços terceirizados e recursos humanos. 286

•Queiroz et al . investigaram a associação do número de fatores de risco cardiovascular ou de DCV com internações em 514 usuários do SUS na cidade de Presidente Prudente, estado de São Paulo. Os autores concluíram que hipertensão, arritmias, baixos níveis de atividade física e infarto do miocárdio estavam associados com o número de dias de hospitalização. Além disso, relataram que o número de fatores de risco cardiovascular ou DCV por paciente estava associado com o número de dias de internação. No entanto, as taxas de hospitalização nos últimos 12 meses foram independentemente maiores apenas naqueles com arritmias (OR 3,04; IC 95%, 1,74 - 5,31) e história de infarto do miocárdio (OR 3,07; IC 95%, 1,34 - 7,01). 287

Conhecimento, Tratamento e Controle da Hipertensão

•Utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, Macinko et al . estimaram que cerca de 36% da população brasileira (51,4 milhões) tinha diagnóstico prévio e/ou medida da pressão arterial igual ou superior a 140/90 mmHg. Desses, 89% tinham tido contato com o sistema de saúde nos 2 anos anteriores, mas apenas 65% estavam cientes de sua condição. Entre os conhecedores de sua condição de hipertensos, 62% procuravam assistência com regularidade, 92% dos quais haviam recebido prescrição de medicamentos. Daqueles que informaram receber medicamentos, apenas 56% relataram que a assistência à sua condição não apresentava problemas e incluía orientação sobre importantes fatores de risco e comportamento. De toda a população hipertensa, cerca de 33% apresentavam controle de sua pressão arterial. 288

•Para a estimativa de prevalência, conscientização, tipos de tratamento anti-hipertensivo e associação de controle de hipertensão com status social, coletaram-se os dados de 15.103 indivíduos do estudo ELSA-Brasil na linha de base (2008-2010). 273 A pressão arterial foi medida pelo método oscilométrico e 35,8% dos indivíduos foram classificados como hipertensos e 76,8% deles estavam usando medicação anti-hipertensiva. As mulheres estavam mais conscientes do que os homens (84,8% versus 75,8%) e usavam medicação com maior frequência (83,1% versus 70,7%). Uso de pelo menos uma droga anti-hipertensiva foi relatado por 76,8% (n = 447) dos participantes classificados como hipertensos e foi mais frequente entre as mulheres em todos os grupos etários. Dos usuários de anti-hipertensivos, 69,4% apresentaram níveis controlados de pressão arterial (65,5% dos homens e 72,9% das mulheres). Considerando-se todos os indivíduos hipertensos, cerca de 53% mostraram níveis apropriados de pressão arterial. Entre aqueles em tratamento medicamentoso, maior probabilidade de controle da pressão arterial foi observada no grupo com maior nível educacional do que entre aqueles com nível educacional inferior ao secundário (RP 1,21; IC 95%, 1,14 - 1,28), além de entre indivíduos de ascendência asiática (RP 1,21; IC 95%, 1,12 - 1,32) e brancos (PR 1,19; IC 95%, 1,12 -1,26) em comparação aos negros.

•Em estudo transversal de base populacional, conduzido através de pesquisa domiciliar com amostragem aleatória por agrupamento, sobre a situação de saúde da população idosa de Goiânia, Sousa et al . avaliaram 912 idosos (≥ 60 anos) não institucionalizados residentes da área urbana. Os autores relataram uma prevalência de hipertensão de 74,9%, maior (78,6%) entre os homens (OR 1,4; IC 95%, 1,04 - 1,92). A taxa de tratamento foi de 72,6%, sendo maior entre fumantes (OR 2,06; IC 95%, 1,28 - 3,33). A taxa de controle de hipertensão foi de 50,8%, maior entre as mulheres (OR 1,57; IC 95%, 1,19 - 2,08). 289

•Em estudo transversal investigando 502 usuários da Estratégia Saúde da Família para controle de hipertensão, Rocha et al . compararam três diferentes instrumentos para medir a adesão dos pacientes ao tratamento de hipertensão: o teste Morisky-Green, o questionário de adesão a medicamentos Qualiaids e o questionário Haynes. Os autores relataram as seguintes taxas de prevalência de não adesão: 29,28% pelo teste Morisky-Green; 60,16% pelo questionário Qualiaids; e 13,15% pelo questionário Haynes. Esses achados indicam a existência de oportunidade de melhoria até mesmo em um programa estruturado como a Estratégia Saúde da Família. A despeito da grande variabilidade das taxas de adesão ao tratamento a depender do instrumento usado para medi-la, os autores observaram significativa associação entre adesão ao tratamento e controle da pressão arterial. 290

•Para avaliar a evolução de prevalência, conhecimento e controle de hipertensão por 10 anos, dois estudos transversais foram conduzidos em amostras aleatórias em domicílios urbanos e rurais de Pernambuco em 2006 e 2015/2016, envolvendo adultos a partir dos 20 anos de idade. Cerca de um terço da população adulta de Pernambuco tinha hipertensão em 2006 e essa prevalência permaneceu em 2015/2016. Nas áreas rurais, o conhecimento sobre hipertensão aumentou de 44,8% em 2006 para 67,3% em 2015/2016 e o controle de hipertensão passou de 5,3% para 27,1%, de modo que o conhecimento e o controle foram similares nas áreas urbanas e rurais em 2015/2016. Realizou-se análise de regressão logística para estimar a influência de determinantes sociais, comportamentais e antropométricos na hipertensão. A despeito da melhora dos fatores sociais e comportamentais no período de 10 anos, sobrepeso e obesidade abdominal aumentaram. Após ajuste para potenciais fatores de confusão, a probabilidade de apresentar hipertensão mais do que dobrou entre homens (OR 2,03; p < 0,001), adultos jovens (OR 4,41; p < 0,001), idosos (OR 14,44; p < 0,001) e aqueles com obesidade abdominal (OR 2,04; p < 0,001) nas áreas urbanas, assim como nas áreas rurais entre adultos jovens (OR 2,56; p < 0,001) e indivíduos com nível educacional mais baixo (OR 2,21; p = 0,006) e com sobrepeso (OR 2,23; p < 0,001). 291

•Em estudo prospectivo, Krieger et al . investigaram a prevalência de hipertensão resistente em uma coorte de 1.597 pacientes com hipertensão estágio 2 submetidos a um protocolo de uso de medicamentos em etapas. Dos 1.597 pacientes recrutados, 187 (11,7%) preenchiam os critérios de hipertensão resistente, definida como a falta de controle da hipertensão avaliada por pressão arterial no consultório ≥ 140/90 mmHg e média da pressão arterial no monitoramento ambulatorial de 24 horas ≥ 130/80 mmHg a despeito do tratamento com três medicamentos (enalapril ou losartana, anlodipino e clortalidona) por 12 semanas. Além disso, ao investigarem preditores clínicos de hipertensão, os autores observaram que história de AVC, diabetes mellitus e pressão arterial no consultório ≥ 180/110 mmHg na entrada do estudo foram independentemente associados com hipertensão resistente. 292

•No programa HealthRise com intervenções de base comunitária para detecção e tratamento de hipertensão e diabetes em comunidades carentes implementado em 2017-2018, mais pacientes haviam alcançado as metas de tratamento de hipertensão [45,9% (43,0%–48,9%)] no final do que na linha de base [35,4% (32,6%–38,6%), p<0,001], na cidade de Vitória da Conquista, na Bahia. Da mesma forma, na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, também incluída no projeto, mais pacientes haviam alcançado as metas de tratamento de hipertensão no final [52,2% (49,3–55%)] em comparação à linha de base [48,3% (45,5–51,2%); p<0,05], sugerindo que as intervenções de base comunitária têm potencial para melhorar o controle da hipertensão. 293

Fatores de Risco e Prevenção

•Em sua dissertação, Treff CA Junior investigou a relação entre hipertensão e níveis de atividade física nos domínios ‘lazer’ e ‘transporte’ do questionário IPAQ, usando o banco de dados do estudo ELSA-Brasil. Aquele autor observou que indivíduos fisicamente ativos durante o tempo de lazer apresentavam níveis mais baixos de PAS (p=0,007) e PAD (p=0,001). Por outro lado, não identificou relação entre hipertensão e níveis de atividade física realizada durante o deslocamento. 294

•Ao investigar o papel potencial da dieta na determinação da elevação da pressão arterial e a expressão de outros fatores de risco cardiovascular, Pavan et al . estudaram 1.110 indivíduos com 22–89 anos de idade, divididos em três grupos pareados de acordo com sexo e idade (370 da Tanzânia e Uganda, 370 da região Amazônica do Brasil e 370 do norte da Itália), com 111 homens e 259 mulheres em cada grupo. A PAS dos africanos que consumiam uma dieta hipossódica de ‘peixe e vegetais’ foi mais baixa do que a dos brasileiros, cuja dieta teve por base cereais e carne, e ainda do que a dos italianos altamente urbanizados (144,1±21,9; 155,4±26,8; 159,7±22,9 mmHg, respectivamente, < 0,0001). O mesmo ocorreu com a PAD (83,2±11,8; 94,5±15,5; 94,7±11,6 mmHg, respectivamente, < 0,0001). A PAS foi correlacionada com o índice de massa corporal das três populações, mas com a idade apenas dos brasileiros e italianos. O nível de colesterol total e o índice de massa corporal, ambos baixos entre os africanos, aumentaram progressivamente com o aumento do nível socioeconômico. A transição do estilo de vida rural para o urbano parece ser acompanhada pelo aumento nas taxas de fatores de risco cardiovascular. Além disso, fatores ambientais, mais do que raciais, têm crucial impacto no padrão de risco das populações. 295

•Em estudo transversal de base populacional, descritivo e observacional, Jardim et al . avaliaram 1.739 indivíduos e observaram que hipertensão foi prevalente em 36,4% da população total, maior entre os homens (41,8%) do que entre as mulheres (31,8%). Hipertensão foi positivamente correlacionada a idade ≥60 anos versus idade de 18-29 anos (OR 8,92; 5,94 – 14,11; P<0,000), sexo masculino (OR 1,86; 1,47–2,35; P<0,000) e índice de massa corporal (OR 1,44; 1,13 – 1,83; P=0,004). As prevalências de sobrepeso e obesidade foram 30,0% e 13,6%, respectivamente. Sobrepeso foi mais frequente entre as mulheres e obesidade, entre os homens. A prevalência de tabagismo foi 20,1%, mais frequente entre os homens (27,1%) do que entre as mulheres (16,4%). Observou-se estilo de vida sedentário em 62,3% da população, sem diferença entre os sexos. Consumo regular de álcool foi relatado por 44,4% dos indivíduos e mais frequentemente entre os homens. 296

•Utilizando dados da pesquisa VIGITEL, Moreira et al . tentaram identificar e medir as relações das características sociodemográficas e comportamentais, das características do consumo de alimentos e dos indicadores de saúde relacionados a hipertensão e diabetes. As variáveis independentes analisadas no estudo foram selecionadas tendo por base a sua importância na determinação da carga total de doença, como estimado pela Organização Mundial da Saúde para a região das Américas. 297 A análise ajustada relacionada aos dados das mulheres mostrou que idade ≥ 65 anos (RP 1,3; 1,0-1,7), excesso de peso corporal (RP 1,7;1,3-2,2), autoavaliação de mau estado de saúde (RP 1,3; 1,0-1,8) e diagnóstico médico prévio de dislipidemia (RP 1,5; 1,2-1,8) permaneceram independentemente associados com maior prevalência de hipertensão. O consumo de leite integral permaneceu associado com menor prevalência de hipertensão em mulheres (RP 0,7; 0,6-0,9). Na análise ajustada para homens, sobrepeso (RP 1,7; 1,1-2,5) e autoavaliação de mau estado de saúde foram independentemente associados com hipertensão (RP 1,9; 1,4-2,5).

•Ao investigar se a resposta de pressão arterial à ingestão de sal seria específica ao sexo, Mill et al . estudaram as variações da pressão arterial de acordo com diferentes ingestões de sal por homens e mulheres. Os autores avaliaram 12.813 indivíduos com uma coleta de urina de 12 horas durante a noite validada, em que a ingestão de sal foi estimada. Em uma única visita, questionários foram aplicados e exames clínico e laboratoriais realizados. A ingestão de sal foi 12,9 ± 5,9 g/d entre os homens e 9,3 ± 4,3 g/d entre as mulheres. Como esperado, os autores concluíram que a pressão arterial aumentou à medida que a ingestão de sal aumentou, independentemente do uso de medicação anti-hipertensiva. No entanto, a inclinação do aumento na pressão arterial provocado pela ingestão de sal foi significativamente maior nas mulheres do que nos homens. Os autores concluíram que a ingestão de sal foi alta nessa grande amostra de brasileiros adultos e apenas poucos participantes atendiam às recomendações das diretrizes. Ademais, a maior responsividade à ingestão de sal observada nas mulheres, mesmo após controle para fatores confundidores, indica maior sensibilidade ao sal e pode ter implicações fisiopatológicas. 298

Crianças e Adolescentes

•Hipertensão, obesidade, dieta pobre e inatividade física na infância e adolescência são preocupações epidemiológicas emergentes. Além disso, identificação e intervenção precoces podem prevenir DCV prematura na vida adulta.

•Para estimar a prevalência de hipertensão e obesidade, além do papel da obesidade na hipertensão, em adolescentes brasileiros, dados dos participantes do Estudo ERICA foram avaliados por Bloch et al . A prevalência e o IC 95% de hipertensão arterial e obesidade em âmbito nacional e nas regiões brasileiras foram estimados de acordo com o sexo e o grupo etário, assim como a proporção de hipertensão atribuída a obesidade na população. O estudo avaliou 73.399 estudantes, 55,4% do sexo feminino, idade média de 14,7 ± 1,6 anos. A prevalência de hipertensão foi 9,6% (IC 95%, 9,0 - 10,3), sendo mais baixa nas regiões Norte (8,4%; IC 95%, 7,7 - 9,2) e Nordeste (8,4%; IC 95%, 7,6 - 9,2) e mais alta na região Sul (12,5%; IC 95%, 11,0 - 14,2). A prevalência média de obesidade foi 8,4% (IC 95%, 7,9 - 8,9), mais baixa na região Norte e maior na região Sul. As prevalências de hipertensão e obesidade foram maiores no sexo masculino. Adolescentes obesos apresentaram maior prevalência de hipertensão, 28,4% (IC 95%, 25,5 - 31,2), em comparação aos com sobrepeso, 15,4% (IC 95%, 17,0 - 13,8), ou eutróficos, 6,3% (IC 95%, 5,6 - 7,0), como comumente observado. A proporção de hipertensão atribuída a obesidade foi estimada em 17,8%. Os autores concluíram que o controle da obesidade poderia reduzir a prevalência de hipertensão entre adolescentes brasileiros em cerca de 20%. 299

•Christofaro et al . analisaram a relação entre a hipertensão de adolescentes e as características sociodemográficas e o estilo de vida de seus pais. Para tal, 1.231 adolescentes, 1.202 mães e 871 pais foram avaliados. A prevalência de hipertensão foi maior entre adolescentes nas seguintes situações: pais mais idosos; ambos os pais relatando hipertensão; e sobrepeso materno. Na análise multivariada, adolescentes com as seguintes características apresentaram maior probabilidade de ter hipertensão: com mães mais idosas (OR 2,36; IC 95%, 1,12 - 4,98); com mães hipertensas (OR 2,22; IC 95%, 1,26 - 3,89); e com pais hipertensos (OR 1,70; IC 95%, 1,03 - 2,81). Em uma análise que considerou os fatores de risco, os maiores riscos de hipertensão foram observados em adolescentes cujas mães tinham quatro ou mais fatores de risco agregados (OR 2,53; IC 95%, 1,11 - 5,74). 300

•Para estimar a presença de risco cardiovascular (obesidade e hipertensão) em escolares e suas interações potenciais com aptidão cardiorrespiratória, Burgos et al . conduziram estudo transversal em 1.666 escolares com idade entre 7 e 17 anos, sendo 873 (52,4%) do sexo masculino. As seguintes variáveis foram avaliadas: PAS, PAD, índice de massa corporal, percentual de gordura corporal e aptidão cardiorrespiratória. A PAS e a PAD foram correlacionadas com circunferência abdominal, relação cintura-quadril, soma das pregas cutâneas e aptidão cardiorrespiratória. Os autores relataram que 26,7% tinham sobrepeso ou obesidade e 35,9% apresentavam percentual de gordura corporal acima de moderadamente alto. Relataram ainda que 13,9% e 12,1% dos escolares apresentavam níveis limítrofes ou elevados de PAS e PAD, respectivamente. Houve significativa correlação da PAS e PAD com todas as variáveis e uma fraca a moderada correlação com idade, peso, altura, índice de massa corporal e circunferência abdominal. Esses dados indicam um agrupamento de hipertensão, obesidade e falta de aptidão cardiorrespiratória no início da vida e devem determinar o desenvolvimento de programas efetivos de prevenção para reduzir DCV na vida adulta. 301

•Schommer et al . avaliaram a associação entre variáveis antropométricas e níveis de pressão arterial em escolares do quinto ao oitavo ano para identificar o parâmetro que se correlacionava mais fortemente com os níveis de pressão arterial. Utilizando estudo transversal de base populacional com amostragem probabilística por agrupamento, os autores arrolaram escolares do quinto ao oitavo ano de escolas públicas da cidade de Porto Alegre. A idade média dos participantes foi 12,6 ± 1,6 anos e 55,2% eram do sexo feminino. Níveis anormais de pressão arterial foram identificados em 11,3% da amostra e valores limítrofes, em 16,2%. Das variáveis antropométricas analisadas, circunferência do quadril apresentou a mais forte correlação com pressão arterial elevada (r = 0,462, p < 0,001), sendo seguida por circunferência abdominal (r = 0,404, p < 0,001) e prega cutânea abdominal (r = 0,291, p < 0,001). 302

Pesquisa Futura

•Devido a sua prevalência e seu impacto, a hipertensão é o principal fator de risco cardiovascular para incapacidade e morte no mundo e no Brasil. A despeito do conhecimento atual, faltam dados mais representativos e abrangentes para melhor quantificar a atual incidência de hipertensão, suas tendências, suas trajetórias e determinantes, assim como a morbimortalidade a ela relacionada, estratificadas por região, sexo, idade e nível socioeconômico no Brasil.

•Ao se planejar a redução da carga cardiovascular no Brasil, observa-se um enorme obstáculo ao conhecimento mais profundo e integrado sobre como melhorar a prevenção, o entendimento, o tratamento e o controle da hipertensão, assim como sua relação com outros comportamentos desfavoráveis e fatores de risco cardiovascular, como proposto pela American Heart Association com as sete métricas para medir saúde cardiovascular em nível populacional. 303 O conhecimento atual aponta para o risco cardiovascular global em nível populacional como sendo o principal determinante da morbimortalidade cardiovascular em âmbito nacional. Portanto, o Brasil necessita urgentemente de melhores dados sobre desfecho e pesquisa em saúde para medir os resultados na população e o desempenho do sistema de saúde, assim como para implementar estratégias de investigação científica de como melhorar esses desfechos. 304

•Além disso, devemos evoluir da simples geração de evidência para um modelo de tradução contínua da evidência em boas políticas de atenção à saúde. 305 Estratégias nacionais populacionais com campanhas efetivas para a promoção de hábitos saudáveis ( i.e. , redução do sal na dieta, taxação dos alimentos pouco saudáveis, aumento de atividade física), aliadas a identificação e tratamento mais efetivos de indivíduos com maior risco cardiovascular, assim como a vigilância objetiva dos resultados, devem ser disseminadas a todos os níveis do nosso sistema de saúde.

•Outro tema que merece ser melhor pesquisado relaciona-se às disparidades de acesso, tempos e desfechos para os hipertensos usuários do SUS em comparação àqueles dos serviços privados de saúde. 96 Considerando-se que mais de três quartos dos brasileiros são usuários do SUS, é imperativo que se meçam continuamente os desfechos dos programas de hipertensão implementados pelo SUS, como a Estratégia Saúde da Família, e que se comparem àqueles obtidos no sistema de saúde privado.

8. DIABETES MELLITUS

CID-10 E10 a E14; CID-10-CM E8 a E13

Ver Tabelas 8-1 a 8-5 e Figuras 8-1 a 8-4

Tabela 8-1. – Prevalência de diabetes mellitus (hemoglobina glicada ≥ 6,5% ou uso de antidiabéticos) por sexo, total e regiões.

Variáveis % IC 95%
Total 8,4 7,6 – 9,1
Sexo
Feminino 9,7 8,6-10,7
Masculino 6,9 5,9-7,9
Região
Norte 6,3 5,3 – 7,3
Nordeste 7,6 6,7 – 8,6
Sudeste 9,3 7,9 – 10,7
Sul 7,4 5,9 – 8,9
Centro-Oeste 9,4 7,6 – 11,2

Fonte: Malta et al. 345

Tabela 8-5. Número de DALYS e taxa de DALYS padronizada por idade (por 100 mil) por doença cardiovascular atribuível ao diabetes, para ambos os sexos. Brasil e Estados, 1990 e 2019.

Localidade 1990 2019 Variação percentual da taxa (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
Acre 1335.2 (912.8;1888.1) 941.8 (633.3;1371) 3934.6 (2782.2;5669) 683.4 (475.1;986) -27.4 (-38.8;-10)
Alagoas 17722.1 (12411.8;24790.4) 1387.3 (965.4;1978.1) 35556 (25585.2;48957.8) 1134.8 (819.4;1566.4) -18.2 (-34.2;3.8)
Amapá 630.7 (433.5;914.9) 723.1 (475.3;1095) 3022.1 (2113.7;4226.6) 623.3 (427.4;894.6) -13.8 (-31.8;11.6)
Amazonas 6428.5 (4391;9409.2) 965.9 (641.4;1472.8) 16437.5 (11420;23668.2) 608.2 (420.8;881.9) -37 (-50.4;-17.8)
Bahia 60323 (41070.5;88143.3) 926.4 (622.4;1396.6) 120282.6 (83918;176491.9) 757.4 (525.9;1119.6) -18.2 (-39.5;10.1)
Ceará 26051.4 (16968.5;39656.1) 662.4 (424.8;1021.6) 71929.9 (49135.3;103619.2) 733.5 (497.6;1060.9) 10.7 (-18.6;51.3)
Distrito Federal 8468 (5993.5;11589.3) 1726.1 (1219.3;2443.4) 14639.6 (10394.9;20195.3) 632 (440.7;895.3) -63.4 (-71.5;-52.8)
Espírito Santo 15740.9 (11037.6;22572.5) 1165.3 (797.7;1722) 29886.8 (21156.3;42438) 697.7 (488.3;1000.8) -40.1 (-53.1;-22.7)
Goiás 22199.6 (15278.2;32417.9) 1165 (776.4;1711.4) 43263.8 (29225.9;64727.4) 632.8 (428.1;953.8) -45.7 (-59.9;-24.9)
Maranhão 30853.4 (20729.6;44978.9) 1241.5 (845.8;1830.5) 68520.9 (47179.2;99823.3) 1062.6 (731.1;1556.5) -14.4 (-35.9;13.9)
Mato Grosso 7137.7 (4910.7;10348.6) 1035.9 (688.5;1536.7) 19808.7 (13578.4;28204) 622.3 (424.8;897) -39.9 (-53.1;-20.8)
Mato Grosso do Sul 10808.6 (7735.6;15042.3) 1319.5 (913.6;1871.1) 20964.7 (14543.3;29539.1) 726 (504.9;1024.7) -45 (-56.3;-29.1)
Minas Gerais 90445.6 (65437.6;127258.5) 961.2 (684.3;1390.3) 119023.5 (80740.1;174655.1) 450.2 (303.6;661.3) -53.2 (-63.3;-39.1)
Pará 20697.3 (14113;30025.6) 1124.9 (747.8;1683) 49334.3 (34295.7;68456.6) 739.9 (504;1037.5) -34.2 (-48.3;-14.2)
Paraíba 22665.6 (15429.1;32837.2) 993.8 (674.6;1439.3) 39309.5 (27360.3;56659.5) 837 (582.8;1205.1) -15.8 (-34.2;10)
Paraná 58887.3 (40717.4;84598.3) 1354.2 (894.9;2009.2) 91772.5 (62792.3;129456.7) 699.4 (477.5;991.9) -48.4 (-58.9;-32.9)
Pernambuco 59380 (41231.5;83117.2) 1366 (942.4;1923.6) 100595.8 (70745.7;143053.9) 1017.4 (711.7;1452.2) -25.5 (-39.4;-6.5)
Piaui 12857.4 (8842.4;19094.9) 998.5 (673.1;1525.2) 27097.6 (18663.2;39307.5) 724.6 (499.2;1055.2) -27.4 (-43.3;-3.5)
Rio de Janeiro 176130.1 (123280.1;244011.1) 1888.9 (1331.8;2618.9) 178623.1 (126398.8;254598.7) 790 (561;1127) -58.2 (-66.3;-47.6)
Rio Grande do Norte 14427.4 (9841.6;21299.8) 924.2 (630.3;1361.8) 26480.8 (17460.1;37536.8) 693.6 (455.8;984.5) -25 (-41.7;-2.5)
Rio Grande do Sul 65930.3 (46174.7;94957.8) 1075 (740.8;1584.9) 87421.8 (58608.1;129018) 558.7 (375.7;819) -48 (-59.9;-32.9)
Rondônia 4693.9 (3130.2;6604.9) 1850.9 (1256.7;2680.8) 11161.5 (7688.3;16108.6) 761.7 (520.9;1110) -58.8 (-67.1;-48.3)
Roraima 701.7 (486.9;981.2) 1510.3 (1042.4;2179.8) 2550 (1822.3;3524.3) 737.4 (521.9;1032.2) -51.2 (-58.6;-41.4)
Santa Catarina 29444.9 (20595.6;41977.2) 1315.9 (886.4;1907.9) 45537.1 (31491;64303.7) 577.1 (396.9;820.5) -56.1 (-65.4;-44.1)
São Paulo 295196.3 (209790.2;409567) 1609.4 (1116.3;2263.4) 315407.1 (218126;449199.4) 586.5 (403.7;842.8) -63.6 (-71.1;-55.1)
Sergipe 9507.4 (6819.9;13407.5) 1308.1 (916.3;1874.8) 17955.5 (12531.5;25018.5) 821.4 (570.1;1153.4) -37.2 (-49.4;-21)
Tocantins 3644.4 (2521.7;5217.6) 1085.4 (724.5;1612.6) 10599.2 (7112.5;14982.1) 766.2 (510;1096.3) -29.4 (-46.1;-5.5)
Brasil 1072308.9 (784276.4;1484959.3) 1279.7 (922.2;1800.5) 1571116.4 (1140912.3;2203187.8) 673.5 (485.1;947.7) -47.4 (-52.2;-41.9)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 8-1. -Número total de mortes por diabetes (A). Por doença cardiovascular atribuível ao diabetes, número de mortes (B), taxa de mortalidade padronizada por idade (por 100 mil) (C) e taxa de DALYs (D). Brasil, 2019.

Figura 8-1

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 8-4. -Relação entre índice sociodemográfico (SDI) de 2019 e variação percentual nas mortes por doença cardiovascular atribuível ao diabetes de 1990 a 2019. Brasil e Estados.

Figura 8-4

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 8-2. – Prevalência de diabetes mellitus (hemoglobina glicada ≥ 6,5% ou uso de antidiabéticos) por faixa etária e características sociodemográficas.

Variáveis % IC 95%
Faixa etária
18 a 29 anos 1,5 0,7 – 2,2
30 a 44 anos 3,5 2,5 – 4,4
45 a 59 anos 12,6 10,9 – 14,3
60 anos ou mais 20,6 18,2 – 22,9
Escolaridade
Sem instrução 12,3 11,0 – 13,7
Fundamental 7,4 5,6 – 9,2
Médio completo 5,3 4,4 – 6,3
Raça/cor
Branca 8,4 7,3 – 9,6
Preta 10,3 7,5 – 13,0
Parda 7,9 6,9 – 8,9
Outra 7,7 3,3 – 12,1
Índice de massa corporal
Peso baixo/normal 4,0 3,3 – 4,8
Sobrepeso 8,5 7,3 – 9,8
Obesidade 16,9 14,7 – 19,0

Fonte: Malta et al . 345

Tabela 8-3. – Número de mortes e taxa de mortalidade padronizada por idade (por 100 mil) por doença cardiovascular atribuível ao diabetes, para ambos os sexos. Brasil e Estados, 1990 e 2019.

Localidade 1990 2019 Variação percentual da taxa (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
Acre 64,6 (43,5;94,8) 57,1 (36;92,4) 195,1 (133,9;284,1) 38,3 (25,4;58,4) -32,9 (-43,8;-16,9)
Alagoas 864,2 (581,3;1270,1) 75,2 (48,9;113) 1708,7 (1203,3;2458,4) 56,7 (39,4;82) -24,6 (-38,9;-5,4)
Amapá 31,6 (20,7;48,7) 43,9 (27,1;71) 141,6 (94,9;204,8) 33,2 (21,7;49,5) -24,3 (-39,9;-1,8)
Amazonas 315,8 (206,7;490,7) 58,6 (36,7;96,6) 824,9 (548,9;1222,8) 33 (21,6;49,5) -43,6 (-54,8;-26,8)
Bahia 2955,3 (1921,1;4621,9) 49,6 (31,6;78,7) 6101,2 (4096,4;9411,7) 38,5 (25,7;59,2) -22,4 (-41,5;4,7)
Ceará 1422,3 (869,1;2289,7) 37,7 (22,9;62,1) 3981,1 (2517,4;5969,7) 41,1 (25,8;62) 8,9 (-18,9;47,8)
Distrito Federal 327,1 (232,6;446,1) 105,4 (70,3;160,3) 710,8 (488,7;1014,2) 40 (26;62,3) -62 (-70,9;-50,5)
Espírito Santo 759,3 (500,7;1136,6) 68,2 (43,5;110,6) 1536,2 (1024,7;2294,8) 38 (25,1;57,9) -44,3 (-56,7;-27,9)
Goiás 990,7 (650,4;1477,2) 65,5 (41,1;104,7) 2109,1 (1393,4;3211,1) 33,3 (21,5;51,5) -49,1 (-61,8;-30,4)
Maranhão 1388,1 (920,9;2107,1) 62,3 (40,6;96) 3568,4 (2352,1;5390) 56,8 (37,2;86) -8,9 (-30,1;17,6)
Mato Grosso 319,9 (210,4;476) 59,6 (37,3;92,5) 951,3 (626,1;1401,9) 32,9 (21,2;49,4) -44,7 (-56,6;-27,6)
Mato Grosso do Sul 489,1 (334,7;696,2) 75,2 (49;114,6) 1050,2 (708,3;1526,9) 38,9 (25,8;57,4) -48,2 (-58,6;-33,4)
Minas Gerais 4033,5 (2792,7;5941,5) 52,2 (34,4;79,9) 6101,6 (3909,3;9406) 23,3 (14,9;35,9) -55,3 (-65,7;-41,7)
Pará 1048,9 (680,6;1613,8) 68,1 (42,1;109,9) 2461,9 (1641,9;3553,9) 39 (25,6;57,2) -42,7 (-54,7;-23,9)
Paraíba 1208,7 (785,1;1848,2) 55 (35,5;85,2) 2106,7 (1395;3164,2) 43,4 (28,9;65) -21 (-36,7;0,4)
Paraná 2811 (1846,6;4153,8) 79,2 (49,4;126,7) 4756,2 (3146,9;7007,4) 38,6 (25,2;58,5) -51,3 (-61,1;-36,6)
Pernambuco 2973,6 (1992,5;4385,2) 76,4 (49,9;115,9) 5047,3 (3437,1;7374,5) 53,3 (35,7;78,6) -30,2 (-42,6;-12,1)
Piaui 655,7 (425,9;1025,4) 59,5 (36,7;96,6) 1481,3 (951,6;2261,5) 39 (25,1;59,3) -34,5 (-48,3;-12,3)
Rio de Janeiro 7914,2 (5433,6;11183,9) 98,7 (65;142,3) 8936,3 (6041,8;13238,2) 40,6 (27,3;60,1) -58,9 (-66,3;-49,1)
Rio Grande do Norte 785,8 (515,7;1213,6) 52,5 (33,6;82,2) 1402,4 (894,9;2075,7) 36,1 (23;53,7) -31,1 (-44,9;-12,2)
Rio Grande do Sul 3206,9 (2141,9;4941,3) 61,2 (39,5;97,9) 4779,8 (3012,6;7502,5) 31 (19,4;49,1) -49,3 (-61,2;-34)
Rondônia 187,3 (122,5;266,3) 114,4 (73,6;177,2) 547,6 (363,6;815,8) 41,3 (27,1;62,4) -63,9 (-70,7;-55,7)
Roraima 28,9 (20,2;40,9) 90,6 (59,2;137,9) 116,6 (82,4;166,8) 42,3 (28,1;64,5) -53,3 (-59,3;-46,1)
Santa Catarina 1462,2 (975,1;2147,5) 78,1 (49,8;119,2) 2392,6 (1603,5;3597,3) 32,9 (21,3;51,3) -57,9 (-66,4;-46,9)
São Paulo 13914,2 (9600,8;19624,5) 93,2 (59,9;141,8) 16291,4 (10698,7;24578,1) 31,9 (20,5;49,5) -65,7 (-72,4;-57,6)
Sergipe 483,5 (334;711,7) 76,9 (50,1;119,9) 904,8 (609,4;1323,8) 42,9 (28,8;63,6) -44,2 (-54,7;-29,4)
Tocantins 169,8 (114,4;250,5) 68,7 (42,5;112,8) 549 (355,4;810,2) 42 (26,6;63,4) -38,9 (-53,3;-18,9)
Brasil 50812,4 (35649,3;73136,9) 70,4 (47,4;106,1) 80754,1 (55922,4;118175,4) 35,9 (24,5;53) -49 (-53,4;-43,9)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 8-4. – Taxa de mortalidade padronizada por idade (por 100 mil) por doença cardiovascular atribuível ao diabetes, para homens e mulheres. Brasil e Estados, 1990 e 2019.

Localidade Mulheres Homens
1990 2019 Variação percentual da taxa (II 95%) 1990 2019 Variação percentual da taxa (II 95%)
Acre 42.7 (25.5;69.4) 27.8 (17.1;44.3) -35 (-51.6;-9.2) 76.5 (46.8;125.2) 51.6 (33.8;79.5) -32.5 (-45.7;-13.3)
Alagoas 65.3 (40.5;102.6) 48.6 (31.7;71.5) -25.5 (-44.5;3.8) 86.6 (54.3;132.5) 67 (44.9;96.2) -22.7 (-41.8;6.9)
Amapá 33.9 (19.5;56.2) 23.3 (14.2;37) -31.3 (-50.9;-2.4) 56.1 (33.4;90.8) 45 (28.8;66.6) -19.8 (-39.3;12.5)
Amazonas 54.2 (32.8;92.4) 24.8 (15.2;39) -54.2 (-67.5;-35.7) 62.9 (37.9;103.7) 42 (27.6;62.6) -33.3 (-49.6;-3.2)
Bahia 43.9 (26.7;70) 26.4 (16.4;42.5) -40 (-59;-12.2) 56.2 (33.6;95.8) 54.6 (34.4;84.2) -2.9 (-34.1;51.1)
Ceará 31 (17.4;54.3) 32.2 (18.4;51.1) 4 (-29.2;58.8) 45.6 (25.9;77.9) 52.5 (32.6;80.4) 15.1 (-22.2;77.8)
Distrito Federal 91 (56.3;144.1) 33.8 (20.3;54.2) -62.9 (-74.3;-48) 137.1 (88.8;210.4) 49.3 (31.2;79.1) -64 (-73.6;-51.5)
Espírito Santo 58.2 (35;96.8) 28.7 (18;44.9) -50.7 (-65.1;-28.8) 79.3 (48.3;127.4) 49.8 (31.9;76.7) -37.1 (-54.7;-13)
Goiás 57.8 (34.7;94.5) 25.9 (15.6;42.7) -55.1 (-69.7;-31.8) 75.1 (45.4;126.3) 41.8 (25.7;65.1) -44.3 (-61.8;-16.1)
Maranhão 30 (17.7;49.5) 36.5 (22.2;58) 21.8 (-19;82.1) 123.1 (77.8;194.1) 85.5 (54.6;132.5) -30.6 (-48;-5.9)
Mato Grosso 53.2 (31.6;84.4) 27 (16.7;42.2) -49.2 (-64.7;-27.4) 65.1 (37.4;107) 38.7 (24.2;58.8) -40.5 (-57.6;-12.9)
Mato Grosso do Sul 66.5 (41.6;105.4) 31.1 (19.7;47.9) -53.2 (-66.4;-34.4) 83.3 (52.6;126.6) 47.8 (30.4;71.3) -42.6 (-57.2;-22.3)
Minas Gerais 44.7 (28.8;73.4) 18.2 (11.3;29.9) -59.3 (-72.3;-42) 61.1 (40.5;97.5) 29.6 (17.6;47.8) -51.6 (-66.4;-30.7)
Pará 59.1 (34;98.7) 28.5 (17.6;44.5) -51.7 (-65.3;-27.8) 78.4 (45.6;129.7) 50.6 (32.9;76) -35.4 (-52.2;-7.8)
Paraíba 51.7 (31.8;81.4) 35.5 (21.8;54.7) -31.3 (-50.2;-5.1) 58.6 (36.9;91.6) 53.5 (35.4;80.3) -8.7 (-31.2;25.2)
Paraná 67.8 (40.3;113.2) 29.8 (18.2;47.9) -56 (-68.8;-36.7) 91.1 (54.7;146.6) 49.3 (31.5;75) -45.9 (-59;-22.2)
Pernambuco 70 (44.3;108.9) 42.1 (26.9;63.4) -39.9 (-54;-21.3) 84 (52.6;127.2) 68.6 (45.5;101.7) -18.4 (-38.8;12.1)
Piaui 43.6 (25.9;74.3) 30.1 (18.5;48.5) -31 (-50;-2.3) 79.6 (47.9;136.7) 49.8 (31.8;77.7) -37.4 (-53.4;-12.4)
Rio de Janeiro 75.1 (45.5;115.2) 28.9 (17.7;45.2) -61.6 (-72.4;-46.8) 133.4 (90.5;193.4) 57.3 (38.8;85.3) -57 (-65.4;-45.8)
Rio Grande do Norte 41.4 (25.9;65.1) 27.1 (16.4;42.4) -34.4 (-53.4;-8.6) 65.4 (40.9;104.5) 47.8 (29;72.4) -26.9 (-46.5;2.8)
Rio Grande do Sul 51.5 (30.9;85) 25 (14.7;41.7) -51.4 (-66.2;-28.2) 74.2 (46.6;120.3) 38.7 (23.8;62.6) -47.9 (-63.9;-23.2)
Rondônia 115.4 (73.3;180.4) 32.5 (19.9;50.4) -71.8 (-79.7;-62.9) 112.4 (69.3;172.3) 50 (32.3;75.3) -55.5 (-66.3;-42.3)
Roraima 74 (47.5;115.5) 34.2 (22.1;53.7) -53.8 (-61.4;-44.2) 104.5 (65.8;159.2) 49.8 (32.7;75.5) -52.3 (-59.9;-42.5)
Santa Catarina 69.3 (42.1;112.3) 25.7 (15.4;42.3) -62.9 (-73.5;-47.7) 88.3 (54.6;139.3) 41.8 (26.5;63.9) -52.7 (-64.8;-34.7)
São Paulo 75.9 (46.7;120.5) 24.1 (14.7;40.3) -68.2 (-77.2;-55.4) 115 (75.2;168.4) 42.2 (25.8;64.6) -63.3 (-72;-53)
Sergipe 67.2 (42.4;106.5) 35.6 (22.4;55.6) -47 (-61.7;-28.1) 89.2 (56.6;139.4) 52.3 (34.3;78.7) -41.4 (-54.9;-20.5)
Tocantins 61.7 (38.1;101.7) 31.1 (19.5;48.5) -49.6 (-63.3;-29.6) 76.7 (44.9;130.4) 55.1 (33.7;86.8) -28.1 (-50.2;4)
Brasil 58.1 (38.4;88.3) 27.2 (18;41.6) -53.2 (-59.3;-46.1) 85.4 (58.1;128.3) 47.1 (32.1;68.6) -44.9 (-50.4;-37.8)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Abreviaturas usadas no Capítulo 8.

CID Classificação Internacional das Doenças
CID-10 Classificação Internacional das Doenças, 10ª Revisão
DALYs Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (do inglês, Disability-Adjusted Life-Years )
DCV Doença Cardiovascular
ELSA-Brasil Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - Brasil
ERICA Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes
GBD Carga Global de Doenças (do inglês, Global Burden of Disease )
HbA1c Hemoglobina Glicada
HDL Lipoproteína de Alta Densidade (do inglês, High-Density Lipoprotein )
HR Hazard Ratio
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IC Intervalo de Confiança
IDF Federação Internacional de Diabetes (do inglês, International Diabetes Federation )
II Intervalo de Incerteza
IMC Índice de Massa Corporal
LDL Lipoproteína de Baixa Densidade (do inglês, Low-Density Lipoprotein )
MASS Registro de Medicina, Angioplastia ou Cirurgia (do inglês, The Medicine, Angioplasty or Surgery Study )
MEV Mudanças no Estilo de Vida
OR Odds Ratio
PNAUM Pesquisa Nacional sobre o Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil
PR Prevalence ratio
REACT Registro do Paciente de Alto Risco Cardiovascular na Prática Clínica
SBC Sociedade Brasileira de Cardiologia
SDI Índice Sociodemográfico (do inglês, Sociodemographic Index)
SF-36 Questionário de qualidade de vida SF-36 (do inglês, Short Form 36 )
SIM Sistema de Informação sobre Mortalidade
SUS Sistema Único de Saúde
UF Unidade Federativa
VIGITEL Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico
YLDs Anos vividos com incapacidade (do inglês, Years Lived with Disability)
YLLs Anos de vida perdidos por morte prematura (do inglês, Years of Life Lost)

Introdução

•Diabetes melito é uma doença crônica e progressiva, caracterizada por alterações metabólicas decorrentes de hiperglicemia persistente resultante de defeitos na secreção e/ou na ação da insulina produzida pelas células beta pancreáticas. Em longo prazo, a hiperglicemia persistente determina complicações microvasculares (retinopatia, doença renal do diabetes, neuropatia) e macrovasculares (doença arterial coronariana, doença cerebrovascular e doença arterial obstrutiva periférica). Pré-diabetes (tolerância diminuída à glicose e glicemia de jejum alterada) refere-se à condição em que a glicemia está elevada em relação aos parâmetros normais, porém sem atingir critérios para o diagnóstico de diabetes. A identificação do pré-diabetes é importante porque determina maior risco de diabetes no futuro e aumento de risco de DCV, além de que intervenções principalmente relacionadas a MEV comprovadamente reduzem o risco de diabetes nesses indivíduos.

•A classificação do diabetes baseia-se na sua etiologia. Os tipos mais prevalentes são o diabetes tipo 2 (90-95% dos casos) e o diabetes tipo 1 (5-10% dos casos). O diabetes tipo 2 ocorre em geral em adultos a partir dos 30-40 anos, tem etiologia complexa e multifatorial, envolvendo herança poligênica, influência familiar e influência de fatores ambientais (hábitos alimentares inadequados, inatividade física e sedentarismo). A fisiopatologia envolve resistência insulínica acompanhada de aumento inicial na produção de insulina, seguida, ao longo dos anos, de falência pancreática na produção desse hormônio. 307

•O diabetes tipo 1, em geral, ocorre em crianças, adolescentes ou adultos jovens, tem etiologia autoimune, poligênica, decorrente da destruição das células beta pancreáticas e deficiência completa de insulina. Pode ocorrer em adultos (antigo LADA – latent autoimune diabetes in adults, hoje mais comumente conhecido como diabetes tipo 1 do adulto). Subdivide-se em tipos 1A e 1B a depender da presença de autoanticorpos. No diabetes tipo 1A, autoanticorpos estão presentes, havendo predisposição genética associada a fatores ambientais desencadeantes da resposta imune (infecções virais, componentes da dieta e da microbiota intestinal). No diabetes tipo 1B, autoanticorpos não estão presentes e a etiologia é idiopática. A DCV é a principal causa de morte em pacientes com diabetes, que apresentam o dobro do risco de eventos cardiovasculares maiores quando comparados à população sem a doença, além de piores respostas aos tratamentos e piores desfechos após serem acometidos por algum evento cardiovascular (infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral). Os fatores de risco cardiovasculares clássicos (tabagismo, hipertensão arterial, colesterol LDL alto, colesterol HDL baixo) maximizam esse risco, além da duração do diabetes e da coexistência de complicações microvasculares. Estão incluídas nas complicações cardiovasculares do diabetes as doenças arteriais coronariana e periférica e cerebrovascular. 308 , 309

•O diabetes compromete diretamente a qualidade de vida, a produtividade e a sobrevida dos indivíduos, além de gerar importante impacto econômico para os sistemas de saúde. Atingir os alvos glicêmicos adequados e controlar os outros fatores de risco cardiovasculares comprovadamente contribuem para a prevenção e o retardo da progressão das complicações crônicas da doença. O acometimento sistêmico de diversos órgãos e a complexidade da doença exigem uma assistência global ao paciente, abrangendo os diversos aspectos que seu tratamento inclui. 309

•Neste capítulo, o diabetes mellitus será abordado como fator de risco cardiovascular, uma vez que assim foi identificado desde o clássico estudo de Framingham, 2 e sua presença, em associação a tabagismo, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia, aumenta em duas a três vezes o risco de DCV nesses indivíduos. 310

Prevalência

•Teló et al ., em revisão sistemática com meta-análise de estudos observacionais brasileiros de 1980 a 2015, incluíram 50 estudos e mostraram uma crescente prevalência de diabetes nas últimas décadas, como se segue: diabetes autorreferido (36 estudos), 5,6% (IC 95% 5,0 - 6,3); diagnosticado por glicemia de jejum (7 estudos), 6,6% (IC 95% 4,8 - 8,9); e diagnosticado por teste oral de tolerância à glicose (7 estudos), 11,9% (IC 95% 7,7 - 17,8). Nas análises de tendência, houve aumento da prevalência de diabetes com o tempo, sendo o maior aumento observado em estudos que utilizaram o teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico: 7,4% (IC 95% 7,1 - 7,7) nos anos 1980, 12,1% (IC 95% 10,5 - 13,8) nos anos 1990, 14,5% (IC 95% 13,1 - 16,0) nos anos 2000 e 15,7% (IC 95% 9,8 - 24,3) nos anos 2010. 311

•Considerando-se os dados da IDF publicados em 2019, o Brasil era o quinto país no mundo em quantidade de adultos com diabetes, totalizando 16,8 milhões (IC 95% 15,0 - 18,7) de pessoas com essa condição, das quais 46% desconheciam ter a doença. A prevalência de pré-diabetes foi de 9,5% (15,1 milhões de pessoas). 312

•Dados obtidos da Pesquisa Nacional de Saúde (2014 a 2015) mostraram as seguintes prevalências de diabetes de acordo com diferentes critérios: 6,6% (IC 95% 5,9 - 7,2) [critério de HbA1c ≥ 6,5%]; de 8,4% (IC 95% 7,6 - 9,1) [critério de HbA1c ≥ 6,5% ou uso de antidiabéticos]; de 9,4% (IC 95% 8,6 - 10,1) [critério de HbA1c ≥ 6,5% ou histórico de diabetes] e de 7,5% (IC 95% 6,7 - a 8,2) [critério de histórico de diabetes]. Essas informações estão apresentadas de acordo com sexo, região (Tabela 8-1), faixa etária, escolaridade, cor da pele autorreferida e IMC (Tabela 8-2), considerando-se o critério mais abrangente (HbA1c ≥ 6,5% ou uso de antidiabéticos). Em qualquer um dos critérios, a prevalência foi maior em mulheres, em indivíduos acima de 30 anos e naqueles com sobrepeso ou obesidade. Maior nível educacional associou-se com menor prevalência de diabetes. A região brasileira com maior prevalência foi a Centro-Oeste. 28

•Malta et al. , em estudo transversal que incluiu dados autorreferidos de 60.202 brasileiros, analisaram as desigualdades na prevalência autorreferida de doenças não transmissíveis, incluindo o diabetes. A prevalência de diabetes foi maior para indivíduos analfabetos/ensino fundamental incompleto e para aqueles com ensino médio incompleto, alcançando 9,61% (PR 1,42, IC 95% 1,13-1,77) e 5,36% (PR 1,59, IC 95% 1,23-2,06), respectivamente, enquanto para indivíduos com ensino superior completo, a prevalência foi de 4,18%. 28

•Iser et al. mostraram em dados obtidos da Pesquisa Nacional de Saúde (2014 a 2015) que a prevalência de pré-diabetes pelo critério da Associação Americana de Diabetes (HbA1c 5,7 a 6,4%) foi de 18,5% (IC 95% 17,4 - 19,7) e, pelo critério da Organização Mundial da Saúde (HbA1c 6,0-6,4%), de 7,5% (IC 95% 6,7 - 8,3). 313

•Teló et al. publicaram em 2019 resultados de grande estudo transversal desenvolvido em amostra representativa de estudantes brasileiros de 12 a 17 anos mostrando que, dentre os 37.854 jovens incluídos, 3,3% (IC 95% 2,9 - 3,7) tinham diabetes tipo 2 (HbA1c ≥ 6.5% ou glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl ou histórico de diabetes) e 22,0% (IC 95% 20,6 - 23,4) tinham pré-diabetes (HbA1c entre 5,7% e 6,5% ou glicemia de jejum entre 100 e 126 mg/dl). 314

Incidência

•Estudos de incidência de diabetes reportam em sua maioria dados de países de alta renda e, em geral, de populações adultas, de forma que refletem especialmente a incidência de diabetes tipo 2. O diabetes tipo 2 em crianças e adolescentes tem crescido em muitos países, devido ao aumento na prevalência de sobrepeso, obesidade, inatividade física e sedentarismo. 312

•Schmidt et al. publicaram análise de seguimento a partir de 2008-2010 por 3,7 ± 0,63 anos de 11.199 funcionários públicos sem diabetes do estudo multicêntrico brasileiro ELSA-Brasil. Diabetes foi diagnosticado no seguimento se glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl ou glicemia após sobrecarga oral de glicose ≥ 200 mg/dl ou HbA1c ≥ 6,5%. A incidência cumulativa de diabetes foi de 2,0/100 pessoas-ano (IC 95% 1,8 - 2,1), semelhante entre homens e mulheres, maior nos indivíduos acima de 65 anos [2,8%; IC 95% 2,3 - 3,4], com obesidade (3,8%; IC 95% 3,4 - 4,3) e naqueles com menor nível educacional (3,0%; IC 95% 2,6 - 3,6). 315

•Sitnik et al. reportaram coorte prospectiva de 1.536 indivíduos sem diabetes, funcionários da Universidade de São Paulo, participantes do Projeto ELSA-Brasil com idade entre 23 anos e 63 anos em 1998 (data da coleta da glicemia de jejum), com o objetivo de avaliar a associação entre glicemia de jejum, incidência de diabetes, aterosclerose subclínica e eventos cardiovasculares. A taxa de incidência ajustada de diabetes foi de 9,8/1.000 pessoas-ano (IC 95% 7,7 - 13,6/1.000 pessoas-ano). 316

•O número de crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 tem crescido em todo o mundo, aproximadamente 3% ao ano, embora com importantes diferenças regionais. 6 , 12 , 13 O Brasil é o terceiro no ranking mundial em número de novos casos de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos com diabetes tipo 1 (7,3 casos/1000/ano) e também em prevalência da doença na mesma faixa etária (51,1/1000). 312

•Negrato et al. descreveram a incidência anual de diabetes tipo 1 de 1986 a 2015 na cidade de Bauru (São Paulo) em crianças ≤ 14 anos, usando método de notificação de casos e capture and recapture . Foram identificados 302 casos nesse período, uma incidência (por 100 mil) de 12,8 (IC 95% 11,2 - 14,4), variando de 2,8 em 1987 a 25,6 em 2013, sem diferença entre sexos. 319

Mortalidade

Mortalidade Geral Atribuível ao Diabetes

•Klafke et al. descreveram dados de mortalidade por complicações agudas por diabetes (cetoacidose, estado hiperosmolar, hipoglicemia) no Brasil, para todas as idades, entre 1991 e 2010, período em que ocorreu a implantação do SUS. Usando dados do IBGE e do SIM, foram registradas 694.769 mortes por diabetes nesse período, das quais 81.208 (11,7%) ocorreram por complicações agudas. Em 1991, houve 2.070 mortes em homens por complicações agudas do diabetes, com taxa de mortalidade padronizada por idade por 100 mil habitantes de 7,4 (IC 95% 7,2 - 7,6), e 2.832 mortes em mulheres, com taxa de mortalidade de 9,7 por 100 mil habitantes (IC 95% 9,1 - 9,6), gerando relação de taxa de mortalidade mulher/homem de 1,3. Em comparação com 1991, em 2010 houve 1.600 mortes em homens por complicações agudas do diabetes, com taxa de mortalidade de 2,4 por 100 mil habitantes (IC 95% 2,3 - 2,5), e 2.141 mortes em mulheres, com taxa de mortalidade de 2,5 por 100 mil habitantes (IC 95% 2,4 - 2,6), gerando relação de taxa de mortalidade mulher/homem de 1,0. Desse modo, a mortalidade por complicações do diabetes em 20 anos para ambos os sexos diminuiu 70,9% (IC 95% 67,2 - 74,5), de 8,42 (IC 95% 8,3 - 8,6) mortes por 100 mil habitantes em 1991 para 2,45 por 100 mil habitantes (IC 95% 2,4 - 2,5) em 2010. Essa redução ocorreu em ambos os sexos, em todas as idades e em todas as regiões do Brasil. 320

•Malhão et al. avaliaram o padrão de mortalidade por diabetes no Brasil, por sexo, em adultos ≥ 20 anos, de 1980 a 2012, usando dados do IBGE e do SIM. De 1980 a 2012, 955.455 pessoas morreram considerando-se diabetes como principal causa. Mulheres representaram 57.7% (551.016) das mortes e homens, 42,3% (404.439). Nesse período, as taxas de mortalidade padronizadas por idade por 100 mil habitantes aumentaram de 20,8 (IC 95% 20,2 - 21,5) para 47,6 (IC 95% 47,0 - 48,2) nos homens e de 28,7 (IC 95% 27,9 - 29,4) para 47,2 (IC 95% 46,7 - 47,7) nas mulheres. Considerando todo o período analisado, a taxa aumentou 2,9% ao ano nos homens (variação percentual média anual de 2,9; IC 95% 2,6 - 3,1) e 1,7% nas mulheres (variação percentual média anual de 1,7; IC 95%: 1,5 - 1,9). Considerando o diabetes como a causa principal ou associada de mortalidade entre 2001 e 2012, o número de mortes foi de 1.076.434 (mulheres 603.686 – 56,1%; homens 472.748 – 43,9%). A taxa de mortalidade padronizada por idade por 100 mil habitantes aumentou nesse período de 76,1 (IC 95% 75,2 - 77,0) para 95,6 (IC 95% 94,8 - 96,5) nos homens, e de 83,7 (IC 95% 82,9 - 84,6) para 93,3 (IC 95% 92,6 - 94,1) nas mulheres. 321

•Duncan et al. , usando dados sobre diabetes e hiperglicemia do Estudo GBD 2015 para todas as idades, mostraram que no Brasil, em 2015, a taxa de mortalidade por diabetes por 100 mil habitantes foi de 26,8 (IC 95% 25,0 - 28,5) para homens e de 33,2 (IC 95% 31,1 - 35,2) para mulheres. 322

•Duncan et al. , usando dados sobre diabetes e hiperglicemia do Estudo GBD 2016-2017 para todas as idades, mostraram que, nesse período, para o diabetes tipo 1, a mortalidade padronizada por idade diminuiu mais de 50% para mulheres e cerca de 10% para homens, aproximando assim as taxas específicas de gênero, que eram muito diferentes no início do período. Taxas de mortalidade padronizadas por idade para o diabetes tipo 2, em contraste, estiveram estáveis durante o período, com ligeira diminuição nas mulheres e ligeiro aumento nos homens. Quando traduzida em taxas brutas, no entanto, a mortalidade por diabetes tipo 2 aumentou de forma dramática, basicamente dobrando no período. Os autores também mostraram que as maiores taxas de mortalidade por diabetes em 2017 ocorreram principalmente nos estados do Nordeste, sendo que os maiores aumentos na mortalidade entre 1990 e 2017 foram observados no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com as maiores diminuições observadas no Sudeste. 323

•Os dados do Estudo GBD 2019 mostram que, embora as taxas de mortalidade padronizada por idade por diabetes tenham diminuído substancialmente nos últimos anos no Brasil, o número total de mortes pela doença aumentou ( Figura 8-3 A). Houve 87.644 (IC 95% 71.924 -110.625) e 174.198 (IC 95% 142.704 - 217.111) mortes por diabetes no país em 1990 e 2019, respectivamente ( Figura 8-1 A). A taxa de mortalidade padronizada por idade por 100 mil habitantes foi 116,8 (IC 95% 92,8 - 152,0) em 1990 e 77,0 (IC 95% 63,0 - 96,7) em 2019, diminuindo em 34% (IC 95% -40,1 a -28,1) no período. Essa redução não foi homogênea entre as regiões e UF do Brasil, sendo mais pronunciada no Distrito Federal e nas UF do Sudeste, Centro-Oeste e Sul, com redução modesta a pouco significativa em diversas UF do Norte e Nordeste. É importante destacar que a tendência à redução da taxa de mortalidade padronizada por idade por diabetes ocorreu em todos os grupos etários, mas com redução mais significativa na população de 5-14 anos (-45,8%; IC 95% -57,2 a -33,1) e menos significativa para a população de 15-49 anos (-24.8%; IC 95% -30,7 a -18,5), com reduções intermediárias nos grupos etários com mais de 70 anos (-26%; IC 95% -33,2 a -18,2) e 50-69 anos (-33,2%; IC 95% -40,1 a -26,4). 46

Figura 8-3. -Mortes atribuíveis ao diabetes estratificadas por todas as causas e por doenças cardiovasculares. Brasil, 2019.

Figura 8-3

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Mortalidade Cardiovascular Atribuível ao Diabetes

•A mortalidade por DCV no Brasil atribuível ao diabetes para todas as idades, segundo dados do Estudo GBD 2019, aumentou em termos absolutos de 50.812 mortes (IC 95% 35.649 - 73.137) em 1990 para 80.754 (IC 95% 55.922 - 118.175) em 2019 (Tabela 8-3 e Figura 8-1 B). No entanto, as taxas de mortalidade padronizada por idade por 100 mil habitantes diminuíram de 70,4 (IC 95% 47,4 - 106,1) em 1990 para 35,9 (IC 95% 24,5 - 53,0) em 2019, expressando uma redução de -49,0% (IC 95% -53,4 a -43,9) ( Figura 8-1 C). Essa tendência de redução ocorreu de forma não uniforme nas UF, sendo mais significativa na maioria das UF das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte e Distrito Federal, e apenas modesta nas UF da região Nordeste. Na comparação entre sexo, as mulheres apresentaram maiores reduções da taxa de mortalidade em comparação aos homens na maioria das UF do Brasil nos dados de 1990 e 2019, exceto no Maranhão, Piauí e Distrito Federal (Tabela 8-4). Quanto à tendência por grupo etário, a redução da taxa de mortalidade por DCV atribuível ao diabetes ocorreu em todas os grupos etários: 15 a 49 anos (-37,3%; IC 95% -46,8 a -25,3), 50 a 69 anos (-46,0%; IC 95% -54,2 a -35,5) e mais de 70 anos de idade (-43,5%; IC 95% -50,3 a -36,7). É importante destacar que em 2019, na comparação por sexo e grupos etários ( Figura 8-2 ), as mulheres tiveram menores taxas de mortalidade proporcional por DCV atribuível ao diabetes em praticamente todos os grupos etários descritos. 46

Figura 8-2. -Mortalidade proporcional por doença cardiovascular atribuível ao diabetes por sexo e grupo etário. Brasil, 2019.

Figura 8-2

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•Apesar de os dados do Estudo GBD 2019 demonstrarem que o número total de mortes atribuíveis ao diabetes, para todas as idades e estratificadas por todas as causas, aumentou no Brasil entre 1990 e 2019 ( Figura 8-3 A), a taxa de mortalidade padronizada por idade por 100 mil habitantes diminuiu no mesmo período de 116,8 (IC 95% 92,8 - 152,0) para 77 (IC 95% 63,0 - 96,7). É importante destacar que mais de 85% dessa redução ocorreu devido à diminuição das taxas de doença isquêmica do coração, de 39,8% (IC 95% 21,3 -65,3) em 1990 para 20,9% (IC 95% 11,6 - 34,4) em 2019, e de acidente vascular encefálico, de 30,3% (IC 95% 18,2 - 54,8) em 1990 para 14,7% (IC 95% 8,6 - 25,6) em 2019 ( Figura 8-3 B). 46

•O SDI é uma estimativa do nível socioeconômico de uma determinada localidade e a Figura 8-4 mostra a relação entre o SDI de 2019 e a variação percentual nas mortes por DCV atribuíveis ao diabetes de 1990 a 2019. Os dados revelam que há correlação entre a maior variação percentual de taxa de mortalidade padronizada pela idade entre 1990 e 2019 e o SDI de 2019, sugerindo que a redução de mortalidade por DCV seguiu a melhora nas condições socioeconômicas. As UF com menores SDI tiveram menores variações percentuais nas mortes (mais mortes), com exceção de Roraima e Rondônia, enquanto as UF com maiores SDI tiveram as maiores variações percentuais nas mortes (menos mortes), como São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

Carga de Doença

Carga de Doença Atribuível ao Diabetes

•Os dados do Estudo GBD 2019 estimaram uma redução da taxa de DALYs atribuíveis ao diabetes padronizada por idade por 100 mil habitantes no Brasil de -26,1% (IC 95% -31,7 a -20,9) entre 1990 e 2019, apesar de ter ocorrido aumento no número total de DALYs de 2.448.714,5 (IC 95% 2.087.403,6 - 2.919.735,6) para 4.778.225,9 (IC 95% 4.017.716,8 -5.709.063,5) no período. A redução da taxa de DALYs, apesar de ter ocorrido em todos os grupos etários, foi mais pronunciada em UF das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e no Distrito Federal, sendo pouco expressiva em muitas UF das regiões Norte e Nordeste, incluindo aumento da taxa de DALYs no Amapá, Ceará e Maranhão. Na comparação entre sexos, a redução da taxa foi mais expressiva nas mulheres (-37.7%; IC 95% a 44.2 a -31.1) do que nos homens (-29.9%; IC 95% 36.9 a -22.3) para o mesmo período. 46

Carga de Doença Cardiovascular Atribuível ao Diabetes

•Quanto à carga de DCV, o Estudo GBD 2019 estimou redução de DALYs atribuíveis ao diabetes no Brasil ( Figura 8-1 D e Tabela 8-5), taxa essa padronizada por idade por 100 mil habitantes, de -47,4% (IC 95% - 52,2 a -41,9) entre 1990 e 2019, apesar de ter ocorrido um aumento no número total de DALYs de 1.072.309 (IC 95% 784.276 -1.484.959) para 1.571.116 (IC 95% 1.140.912 - 2.203.188) no período. Essa redução da taxa ocorreu devido à redução dos YLLs, da ordem de -33,4% (IC 95% -42,5 a -15) entre 1990 e 2019. No mesmo período, houve aumento dos YLDs da ordem de 17,6% (IC 95% 0,4 - 50,5). 46

•Houve redução heterogênea da taxa de DALYs padronizada por idade por diabetes entre as diversas UF e regiões do Brasil, sendo mais acentuada nas UF das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e no Distrito Federal, com redução modesta nas UF na região Norte e ainda mais discreta na maioria das UF do Nordeste.

•Os dados do Estudo GBD 2019 demonstram que a redução da taxa de DALYs por diabetes padronizada por idade de 1990 a 2019 ocorreu em todos os grupos etários: 15 a 49 anos (-36,5%; IC 95% -46,0 a -24,5), 50 a 69 anos (-45,5%; IC 95% -53,4 a -35,2) e mais de 70 anos (-46,2%; IC 95% -52,5 a -39,1). Para homens de todas as idades, a variação foi de -43,1% (IC 95% -49,4 a -35,1) e, para mulheres de todas as idades, a variação foi de -52,0% (IC 95% -58,5 a -44,5). Apenas no Maranhão e no Piauí, os homens tiveram maior redução em comparação às mulheres. 46

Impacto na Saúde Cardiovascular

•Fuchs et al. , em estudo transversal realizado em 2005 na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, com adultos de 18-90 anos, avaliou a associação entre o agrupamento de fatores de risco e DCV autorreferida. Os participantes foram entrevistados em casa sobre a presença de diabetes, atividade física e padrão alimentar, além de avaliados quanto à presença de hipertensão arterial sistêmica. Uma amostra de 1.007 mulheres, a maioria branca (73,0%), idade média de 44,8 anos (±0,8) e média de escolaridade de 9,3 anos (±0,3), foi investigada. Hipertensão arterial, diabetes, obesidade, baixa ingestão de frutas e vegetais e falta de atividade física vigorosa ou moderada foram agrupados em uma combinação de fatores de risco, que se associaram de forma independente à DCV autorreferida. O grupo principal dessa associação incluiu a presença de hipertensão arterial e diabetes, representando uma razão de risco independente de 8,5 (IC 95% 3,0 - 24,5). 281

•Cardoso el al. reportaram os resultados de estudo observacional prospectivo realizado no Rio de Janeiro entre agosto de 2004 e dezembro de 2008 em 620 indivíduos adultos com diabetes tipo 2, seguidos até agosto de 2013 em ambulatório de diabetes de hospital universitário brasileiro. Os autores objetivaram relacionar os níveis de HbA1c com desfechos cardiovasculares. Níveis de HbA1c foram medidos no início do estudo e 3-4 vezes ao ano ao longo do seguimento clínico. Os desfechos primários foram compostos por eventos cardiovasculares totais (fatais e não fatais), eventos cardiovasculares maiores e mortalidade por todas as causas. Mortalidade cardiovascular e não cardiovascular foram os desfechos secundários. A amostra teve idade média de 60,4 anos (± 9,4), 37,1% eram homens, 55% caucasianos. Após acompanhamento mediano de 79 meses (59-93), 125 eventos cardiovasculares totais ocorreram (90 eventos maiores), com um total de 111 óbitos, 64 dos quais por DCV. Após ajustes estatísticos para outros fatores de risco cardiovascular, a linha de base da HbA1c e a HbA1c média do primeiro ano foram preditoras de eventos cardiovasculares totais (HR 1,13; IC 95% 1,04 - 1,23 e HR 1,26; IC 95% 1,12 - 1,41, respectivamente), de eventos cardiovasculares maiores (HR 1,15; IC 95% 1,04 - 1,28 e HR 1,27; IC 95% 1,11 - 1,45, respectivamente), de mortalidade por todas as causas (HR 1,10; IC 95% 1,00 - 1,21 e HR 1,18 e IC 95% 1,04 - 1,35, respectivamente) e mortalidade cardiovascular (HR 1,14; IC 95% 1,01 - 1,27 e HR 1,27; IC 95% 1,08 - 1,50, respectivamente). Cada aumento de 1% na média de HbA1c do primeiro ano aumentou 27,0% (IC 95% 11,0 - 45,0) o risco de eventos cardiovasculares maiores. Proteção cardiovascular foi observada até valores de HbA1c menores que 6,5%. Já HbA1c no segundo ano não foi preditiva para nenhum dos desfechos (HR 1,12; IC 95% 0,98 - 1,28; p=0,09 para eventos cardiovasculares totais; HR 1,09; IC 95% 0,92 - 1,29; p=0,32 para eventos cardiovasculares maiores). 324

•Sitnik et al. reportaram coorte prospectiva de 1.536 indivíduos sem diabetes, funcionários da Universidade de São Paulo, participantes do Projeto ELSA-Brasil com idade de 23-63 anos em 1998 (data da coleta da glicemia de jejum), com o objetivo de avaliar a associação entre glicemia de jejum e incidência de diabetes com aterosclerose subclínica e eventos cardiovasculares. Níveis de glicemia de jejum de 110-125 mg/dl foram associados a maior espessura da íntima-média da carótida (β 0,028; IC 95% 0,003 - 0,053). Excluindo aqueles indivíduos que desenvolveram diabetes no seguimento, houve associação limítrofe entre maior espessura da íntima-média da carótida e glicemia de jejum de 110-125 mg/dl (β 0,030; IC 95% -0,005 a 0,065). O diabetes foi associado a maior espessura da íntima-média da carótida (β 0,034; IC 95% 0,015 - 0,053), escores de cálcio coronariano ≥ 400 (OR 2,84; IC 95% 1,17 - 6,91) e o resultado combinado de escore de cálcio coronariano ≥ 400 ou evento cardiovascular (OR 3,50; IC 95% 1,60 - 7,65). 316

•Schaan et al. , através do registro multicêntrico brasileiro, Estudo REACT, realizado de julho de 2010 a maio de 2016, objetivaram estabelecer o risco de longo prazo de eventos clínicos em pacientes de alto risco cardiovascular no Brasil. Esse projeto foi idealizado e coordenado pela SBC com a participação de centros privados e públicos de todas as regiões do Brasil, respeitando a distribuição da população segundo dados do IBGE. Um total de 5.006 indivíduos (≥ 45 anos de idade) foi incluído e analisado em quatro grupos: sem diabetes e nenhum evento cardiovascular anterior (n = 430); com diabetes e nenhum evento cardiovascular anterior (n = 1.138); sem diabetes e com evento cardiovascular anterior (n = 1.747); e com diabetes e com evento cardiovascular anterior (n = 1.691). Evento cardiovascular anterior foi definido como evidência de doença arterial coronariana, acidente vascular encefálico ou acidente isquêmico transitório, doença arterial periférica, presença de três fatores de risco cardiovascular, exceto diabetes (hipertensão arterial, dislipidemia, idade acima de 70 anos, história familiar de doença arterial coronariana, doença carotídea assintomática). Ocorreram eventos clínicos maiores (mortalidade por todas as causas, infarto do miocárdio não fatal, parada cardiorrespiratória não fatal e acidente vascular encefálico não fatal) no acompanhamento de um ano em 332 pacientes. Evento cardiovascular anterior foi associado a maior risco de outro evento no acompanhamento (HR 2,31; IC 95% 1,74 - 3,05, p<0,001), assim como a presença de diabetes (HR 1,28; IC 95% 1,10 - 1,73, p=0,005). Em pacientes com diabetes, a falha em alcançar os alvos de HbA1c foi relacionada a pior sobrevida livre de eventos em comparação a pacientes com bom controle metabólico (HR 1,70; IC 95% 1,01 - 2,84, p=0,044). 325

•Rezende et al. reportaram os dados retrospectivos de pacientes com diabetes tipo 2 e doença arterial coronariana multivascular inscritos no MASS do Instituto do Coração da Universidade de São Paulo de janeiro de 2003 a dezembro de 2007. Os pacientes foram acompanhados em consultas ambulatoriais a cada seis meses e avaliados prospectivamente para eventos cardiovasculares. De 888 pacientes com diabetes tipo 2 e doença arterial coronariana multiarterial, 725 (81,6%) tinham informações clínicas e de HbA1c completas para análise. A amostra foi caracterizada por idade mediana de 62,4 anos (55,7-68,0), 467 homens (64,4%), período mediano de seguimento de 10,0 anos (8,0-12,3) e média de 9,5 ± 3,8 medidas de HbA1c por paciente. O desfecho composto de morte, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral isquêmico ocorreu em 262 pacientes (36,1%) da amostra. Aumento de um ponto no valor longitudinal de HbA1c foi significativamente associado a risco 14% maior do desfecho combinado de mortalidade por todas as causas, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral isquêmico (HR 1,14; IC 95% 1,04 - 1,24; p=0,002) na análise não ajustada. Depois de ajustar os fatores de linha de base (idade, sexo, doença arterial coronariana de dois ou três vasos, tratamentos da doença arterial coronariana inicial, fração de ejeção, níveis de creatinina e níveis de colesterol LDL), aumento de um ponto no valor longitudinal de HbA1c foi associado a risco 22% maior do desfecho combinado (HR 1,22; IC 95% 1,12 - 1,35; p<0,001). 326

Conhecimento, Tratamento e Controle de Condição

•O tratamento do diabetes baseia-se em três pilares: dieta, exercício físico e medicamentos (antidiabéticos orais e insulina). Estudo transversal, multicêntrico publicado em 2016 por Gomes e Negrato 327 descreveu dados de amostra de conveniência de 1.698 pessoas com diabetes tipo 1 de dez cidades brasileiras quanto à sua adesão ao tratamento (questionário de Morisky), que foi máxima em 9,8% delas, moderada em 42,2% e mínima em 48,0%, associando-se menor adesão a maiores valores de HbA1c (9,2 ± 2,2%, 8,9 ± 2,0% e 8,6 ± 1.9%, respectivamente) para cada grupo avaliado. 327

•Ensaio clínico randomizado envolvendo 238 pacientes com diabetes tipo 2 comparou um programa de empoderamento baseado em protocolo de mudança comportamental e seu efeito sobre o controle glicêmico, mostrando que o grupo que foi randomizado para a intervenção obteve menores índices de Hba1c (7,5 ± 1,7% vs. 8,1 ± 2,2%). 328

•Meiners et al. em 2017, a partir de dados do inquérito domiciliar de base populacional PNAUM com delineamento transversal baseado em amostra probabilística da população brasileira, avaliaram 2.624 pessoas com diabetes e idade > 20 anos quanto a acesso e adesão ao tratamento. O acesso total aos medicamentos pesquisados foi de 98%, enquanto a adesão foi provável em 71% (IC 95% 67,2 - 74,5), provavelmente baixa em 9,8% (IC 95% 8,0 - 12,0) ou baixa em 17,2% (IC 95% 14,6 -20,1), com as melhores taxas de adesão na região Centro-Oeste. 329

•A aderência ao tratamento (autorreferida) e seus fatores associados foi avaliada por Marinho et al. em 2018 em estudo transversal com 476 pacientes diabéticos de um hospital terciário. Boa adesão foi de 93,5% para uso de medicamentos, 59,3% para cuidados com os pés, 56,1% para monitoramento da glicemia, 29,2% para dieta e 22,5% para exercícios físicos. Foram associados à boa adesão menor idade, menor IMC, presença de complicações macrovasculares e melhor desempenho ocupacional e no domínio emocional do SF-36. 330

•Silva et al. em 2018 realizaram inquérito domiciliar em 63 municípios de Minas Gerais selecionados por conveniência, com o objetivo de analisar o perfil de utilização de medicamentos em pacientes com diabetes naquele estado, avaliando 2.619 pessoas com diabetes (83,7% com diabetes tipo 2 e 10,4% com diabetes tipo 1, idade média de 61,3 ± 16,4 anos). Foi relatado o uso de 13.629 medicamentos, 60% adquiridos em farmácias públicas e 35% genéricos.

Os medicamentos mais frequentes em uso foram metformina, losartan, glibenclamida e sinvastatina; 56,5% (IC 95% 3,4) dos entrevistados estavam em polifarmácia (uso de cinco ou mais medicamentos). Os fatores associados à ocorrência de polifarmácia nesses pacientes foram idade de 40-59 anos (OR 2,46; IC 95% 1,68 - 3,61), idade acima de 60 anos (OR 4,58; IC 95% 3,18 - 6,60), autopercepção de saúde ruim ou muito ruim (OR 1,75; IC 95% 1,26 - 2,38), presença de cinco ou mais comorbidades (OR 3,45; IC 95% 2,84 - 4,19), tempo médio de diagnóstico acima de 10 anos (OR 1,64; IC 95% 1,36 - 1,98), quatro ou mais consultas médicas no último ano (OR 1,79; IC 95% 1,48 - 2,16), ausência de atividade física regular (OR 1,47; IC 95% 1,22 - 1,78), interrupção das atividades habituais nos últimos 15 dias (OR 1,30; IC 95% 1,03 - 1,64) e possuir plano de saúde particular (OR 1,39; IC 95% 1,13 - 1,70). 331

•Leitão et al., em estudo transversal de base populacional com indivíduos de 20 anos ou mais que referiram diagnóstico de diabetes, entrevistados pelo Sistema VIGITEL de 2012 a 2018, estimaram a prevalência de uso de antidiabéticos orais e a distribuição das suas fontes de obtenção segundo variáveis sociodemográficas no Brasil. A prevalência de uso de antidiabéticos orais no Brasil passou de 77,4% (IC 95% 74,3 - 80,1) em 2012 para 85,2% (IC 95% 82,8 - 87,2) em 2018. Observou-se aumento de uso na região Sul, crescendo de 73,4% (IC 95% 67,8 - 78,4) em 2012 para 84,9% (IC 95% 79,7 - 88,9) em 2018. Quanto à obtenção de antidiabéticos orais, observou-se diminuição nas farmácias de unidades de saúde do SUS e aumento nas farmácias populares, sem mudança significativa nas farmácias privadas. 332

•Estudo transversal com amostra de conveniência a partir de 20 centros médicos brasileiros com dados de atendimentos ocorridos entre 2006 e 2007 descreveu o controle glicêmico de 5.692 pessoas acima de 18 anos com diabetes, 1.904 homens e 3.788 mulheres. A HbA1c estava acima de 7,0% em 72% dos homens e 74% das mulheres. 333

•Schneiders et al ., em coorte retrospectiva com 488 pacientes em atendimento em nível primário (n=192) e terciário (n=192), avaliaram indicadores de qualidade do cuidado ao diabetes em pessoas com uma HbA1c avaliada no último ano, a saber: avaliação anual de doença renal do diabetes, retinopatia diabética, neuropatia diabética, perfil lipídico, avaliação nutricional e abordagem de cessação de fumo. Apenas 14 pacientes (7,3%) na atenção primária e 52 (27,0%) na terciária tinham avaliados pelo menos 50% desses indicadores de qualidade. As maiores diferenças no cuidado reportado pelos pacientes da atenção primária e terciária foram: avaliação da doença renal do diabetes (84,8% na atenção primária vs. 95,8% na terciária), da retinopatia diabética (13,2% na atenção primária vs. 35,9% na terciária) e da neuropatia (9,5% na atenção primária vs. 58,9% na terciária); e avaliação nutricional (17,2% na atenção primária vs. 38,0% na terciária). 334

•Alessi et al . conduziram estudo transversal multicêntrico na atenção primária e terciária em idosos com diabetes tipo 2 (>65 anos, n=322, 160 da atenção primária e 162 da terciária) buscando avaliar quantitativo de pacientes que teriam controle glicêmico adequado considerando-se a necessidade de alvos glicêmicos customizados em boa parte dessa população. Foram considerados dentro do alvo glicêmico pacientes com HbA1c entre 7,0% e 7,5% quando tivessem expectativa de vida >10 anos; HbA1c entre 7,5% e 8,0% quando tivessem expectativa de vida entre 5 e 10 anos; e HbA1c entre 8,0% e 8,5% quando tivessem expectativa de vida <5 anos. A HbA1c estava fora do alvo em 49,1% e 50,3% dos pacientes na atenção primária e na terciária, respectivamente. Na amostra total, 42,2% dos pacientes estavam acima do alvo de HbA1c, 28,9% estavam no alvo e 28,9% estavam abaixo do alvo. 335

Fatores de Risco e Prevenção

•Obesidade, constituição da dieta, inatividade física e sedentarismo são fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento de diabetes tipo 2. A prevalência de diabetes aumenta claramente à medida que aumenta a prevalência de obesidade. 336 O diabetes pode ser prevenido ou seu início postergado com MEV, modificações na composição da dieta e medicamentos, na maioria antidiabéticos orais.

•Revisão sistemática com meta-análise publicada por Sbaraini et al. em 2021 compilou dados de 151 estudos de prevalência de sobrepeso e obesidade em adolescentes brasileiros de 10-19 anos. Observou-se aumento na prevalência de sobrepeso de 8,2% (IC 95% 7,7 - 8,7) até 2000, de 18,9% (IC 95% 14,7 - 23,2) de 2000 a 2009, e de 25,1% (IC 95% 23,4 - 26,8) de 2010 em diante, padrão que foi similar para a prevalência de obesidade. Regiões Sudeste e Sul tiveram maiores prevalências de sobrepeso e obesidade, sem diferença entre os sexos. 337

•Os mesmos autores mostraram, em 37.892 adolescentes do Estudo ERICA, sobrepeso em 17,2%, obesidade em 5,6% e obesidade grave em 1,3%, com aumento da chance de desfechos cardiometabólicos adversos de acordo com o maior IMC, incluindo maior glicemia de jejum [RP 5,30 (IC 95% 1,94 - 14,50)] e HbA1c (2,04, IC 95% 1,29 - 3,25). 338

•Flor et al. estimaram a relação do diabetes tipo 2 em adultos com mais de 20 anos de idade e sua fração atribuível a sobrepeso e obesidade no Projeto Carga de Doença do Brasil 2008. Os resultados mostraram que 49,2%, 58,3% e 70,6% do diabetes no sexo feminino foi atribuível a sobrepeso, obesidade e excesso de peso, respectivamente. Entre os homens, esses percentuais foram de 40,5%, 45,4% e 60,3%, respectivamente. Diferenças foram observadas nas diferentes regiões brasileiras, sendo que, nas mais desenvolvidas, Sul e Sudeste, houve altas frações de diabetes atribuível a obesidade, enquanto na região Norte, essa relação se deu com o sobrepeso. Esse comportamento pode estar relacionado com uma transição epidemiológica mais tardia nas regiões menos favorecidas do país. 339

•Na linha de base do ELSA-Brasil, a análise de 14.912 funcionários públicos brasileiros mostrou prevalência maior de diabetes entre pessoas com IMC de 25-29,9 kg/m2 (18,9%; IC 95% 18,0 - 19,9%) e acima de 30 kg/m2 (32,1%; IC 95% 30,6 - 33,6%) em comparação com aquelas com IMC ≤ 24,9 kg/m2 (11,7; IC 95% 10,9 - 12,6%). 340

•Moreira et al . avaliaram características sociodemográficas, comportamentais e de hábitos alimentares de 867 adultos de mais de 45 anos de João Pessoa, Paraíba, em pesquisa transversal de base populacional (VIGITEL, 2014) 297 e suas associações com a presença de hipertensão arterial sistêmica e diabetes. Em análise ajustada, a prevalência de diabetes foi maior em mulheres com menor nível educacional (0-4 anos de educação, PR 3,3; IC 95% 1,4 - 7,5) e que não consumiam feijões (PR 1,6; IC 95% 1,0 - 2,8). Em homens, as faixas etárias de 55-64 anos (PR 5,1; IC 95% 1,9 - 13,4) e ≥ 65 anos (PR 4,0; IC 95% 1,4 - 10,9) e estado civil ‘casado’ (PR 17,7; IC 95% 2,0 - 153,0) associaram-se a maior prevalência de diabetes. 297

•Oliveira et al . avaliaram características sociodemográficas, comportamentais e de hábitos alimentares de 572.437 adultos com idade superior a 18 anos de capitais brasileiras e Distrito Federal em pesquisa transversal de base populacional realizada de 2006 a 2016 (VIGITEL, 2014) 297 e suas associações com a presença de diabetes autorrelatado. Indivíduos com diabetes relataram maior consumo de frutas e verduras [40,7% (IC 95% 39,7 - 41,8) em diabéticos e 34,0% (IC 95% 33,8 - 34,3) em controles, PR ajustada 1,05] e menor consumo de carne com gordura aparente [24,3% (IC 95% 23,3 - 25,2) vs. 32,3% (IC 95% 31,9 - 32,5) PR ajustada 0,95], de leite integral [44,5% (IC 95% 43,5 - 45,5) vs. 55,4% (IC 95% 55,1 - 55,7%), PR ajustada 0,87] e de refrigerantes e sucos adoçados [9,5% (IC 95% 8,5 - 10,5) vs. 25% (IC 95% 24,6 - 25,4), PR ajustada 0,57]. Indivíduos com diabetes reportaram menor uso abusivo de álcool [15,9% (IC 95% 14,7 - 17,1) vs. 26,8% (IC 95% 26,4 - 27,2), PR ajustada 0,86] e menos atividade física no lazer [24,0% (IC 95% 23,1 - 25,0) vs. 34,6% (IC 95% 34,3 - 34,9), PR ajustada 0,92] do que pessoas sem diabetes. 341

•Em modelo ajustado, a ingestão de pelo menos quatro porções de alimentos lácteos ao dia associou-se com menor ocorrência de diabetes [0,76 (IC 95% 0,59 - 0,97)] em 10.010 adultos de análise transversal do ELSA-Brasil. 342

•Considerando a atividade física durante o lazer, o ELSA-Brasil mostrou menor chance de ocorrência de diabetes em homens e mulheres ativos em relação aos inativos: 0,73 (IC 95% 0,61 - 0,87) e 0,83 (IC 95% 0,67 - 1,03), respectivamente. 343

•Werneck et al . em 2018 avaliaram os níveis e padrões de assistir televisão autorreferidos de brasileiros e sua associação com diabetes tipo 2 em 60.202 adultos a partir de dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. Assistir televisão por mais de 4 horas por dia aumentou a chance de desenvolver diabetes em homens (1,64; IC 95% 1,23 - 2,17) e mulheres (1,33; IC 95% 1,09 - 1,63) em comparação a menos de 2 horas por dia. 344

•Teló et al . mostraram, em estudo transversal com 37.854 adolescentes, maior chance de diabetes tipo 2 naqueles com obesidade (OR 1,59; IC 95% 1,20 - 2,11) e aumento da circunferência abdominal (OR 1,51; IC 95% 1,13 - 2,01), sem associação com inatividade física (< 60 min/dia). 314

Pesquisa Futura

•Ainda há evidências insuficientes quanto à questão de se a prevenção do diabetes através de MEV também preveniria complicações cardiovasculares e microvasculares da doença.

•Estudos de incidência de diabetes tipo 1 e tipo 2 com representatividade nacional, buscando determinantes sociais e comportamentais são necessários.

•Considerando a abrangência do SUS e a possibilidade de atingir boa parte de pacientes com diabetes tipo 1 e 2, estudos focados na avaliação da eficácia e efetividade de cuidado a esses pacientes no Brasil são desejáveis.

•Considerando as várias publicações que mostram aumento de sobrepeso e obesidade na população brasileira de todas as faixas etárias, com preferência para classes sociais mais baixas, políticas públicas eficientes na prevenção da obesidade deveriam ser prioritárias na busca de redução de novos casos de diabetes e suas complicações. Nelas podem ser incluídas: 1. Taxação de alimentos com alto teor calórico; 2. Rotulagem obrigatória de produtos alimentícios; 3. Criação de programas de prevenção e tratamento da obesidade nas comunidades, resgatando pessoas predispostas ao diabetes através de ferramentas simples (questionários); 4. Capacitação de equipes multiprofissionais para que possam se envolver em programas de MEV para prevenção e tratamento do diabetes; 5. Integração de profissionais de educação física aos programas mencionados.

9. DISLIPIDEMIA

CID-10 E78 (E78.0 – E78.9); CID-10-CM E78 (E78.0 – E78.9)

Ver Tabelas 9-1 a 9-8 e Figuras 9-1 a 9-5

Tabela 9-1. – Níveis médios de lipídios plasmáticos, prevalências de níveis borderline e altos, além de população estimada com níveis lipídicos anormais, de acordo com sexo e grupo etário. ERICA-Brasil, 2013-2014.

Lipídios Médio Borderline Alto População estimada com anormalidade
mg/dl IC 95% % IC 95% % IC 95%
Colesterol total
População geral 148,1 147,1-149,1 24,2 22,7-25,8 20,1 19,0-21,3 2.940.705
Homens 143,6 142,4-144,8 22,7 20,4-25,2 15,3 13,9-16,9 1.256.102
Mulheres 152,6 151,4-153,9 25,7 24,5-27,0 24,9 23,4-26,5 1.684.602
12-14 anos 149,4 148,0-150,7 25,8 24,3-27,4 20,7 19,1-22,5 937.793
15-17 anos 147,1 145,8-148,3 22,8 20,8-24,9 19,6 18,0-21,2 2.002.911
LDLc
População geral 85,3 84,5-86,1 19,5 18,5-20,5 3,5 3,2-4,0 1.526.733
Homens 83,4 82,2-84,5 17,4 16,0-18,9 2,9 2,3-3,6 669.805
Mulheres 87,2 86,3-88,1 21,5 20,2-22,9 4,3 3,7-4,9 856.928
12-14 anos 86,2 85,1-87,3 20,6 19,0-22,4 3,7 3,1-4,4 467.877
15-17 anos 84,5 83,5-85,5 18,4 17,2-19,7 3,4 2,9-4,1 1058.856
Triglicerídeos
População geral 77,8 76,5-79,2 12,0 11,0-13,0 7,8 7,1-8,6 1.312.329
Homens 76,4 74,7-78,1 10,9 9,8-12,2 7,6 6,5-8,8 610.449
Mulheres 79,3 77,8-80,7 13,0 11,8-14,2 8,1 7,3-9,0 701.880
12-14 anos 78,9 76,7-81,0 12,7 11,0-14,6 8,3 7,2-9,5 434.638
15-17 anos 76,9 75,8-78,1 11,3 10,2-12,4 7,4 6,6-8,4 877.690
HDLc Médio Baixo
População geral 47,3 46,7-47,9 46,8 44,8-48,9 - - 3.104.161
Homens 44,9 44,4-45,5 55,9 53,7-58,2 - - 1.256.003
Mulheres 49,6 48,9-50,3 37,8 35,4-40,2 - - 1.848.158
12-14 anos 47,4 46,7-48,1 45,0 42,3-47,8 - - 819.980
15-17 anos 47,2 46,4-48,0 48,4 45,9-50,8 - - 2.284.181

*Modificado de Faria Neto JR et al. 349 a: alteração = níveis borderline + altos. b: estimativas populacionais foram obtidas do processamento de microdados do Censo Demográfico do IBGE 2000 e 2010.

Tabela 9-8. – Taxas de DALYs atribuídos a níveis altos de LDL-colesterol padronizadas por idade em 1990 e 2019 e variação percentual das taxas, estratificadas por sexo, no Brasil e unidades federativas.

Localização Mulheres Homens
1990 2019 Variação percentual (II 95%) 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Acre 933.9(730.9-1172.4) 563.1(440-713.7) -39.7(-48.2--28.8) 1652.5(1305.3-2048.3) 1072.6(861.3-1321) -35.1(-44.5--23.2)
Alagoas 1400.3(1097.3-1750.5) 983.1(768.6-1227.2) -29.8(-41.7--14.9) 2166.9(1748.7-2660.8) 1601.9(1262.7-1987.3) -26.1(-39.5--8.7)
Amapá 863.2(685.6-1082.8) 557.2(444.5-697.8) -35.5(-43.4--27) 1506.7(1243.3-1837.2) 1055.6(864.5-1291.4) -29.9(-38.6--20.4)
Amazonas 1084.7(838.7-1405.1) 471.7(360-607.7) -56.5(-62.8--48.8) 1573.5(1265.9-1945.1) 927.4(722.3-1172.9) -41.1(-50.9--30.3)
Bahia 1193.9(932.9-1513.8) 677.8(508.4-866.2) -43.2(-55.6--27.8) 1814(1435.9-2248.1) 1320.7(1009.4-1689) -27.2(-44--4.8)
Brasil 1425.8(1165.2-1745.1) 692.2(567-842.5) -51.5(-54.8--47.9) 2496(2090.2-2980.2) 1310.6(1097.4-1543) -47.5(-50.9--43.8)
Ceará 922(698.3-1185.5) 712.9(526.1-940) -22.7(-41.2-4.2) 1404.6(1054.1-1827.7) 1263.1(956.6-1661.9) -10.1(-32.7-23)
Distrito Federal 1520.2(1186.9-1929.7) 544.6(407.7-712.1) -64.2(-70.5--57.9) 2657(2070.6-3340.4) 1013.4(795.3-1273.3) -61.9(-67.4--54.6)
Espírito Santo 1382.6(1115.2-1751.2) 725.3(575.8-910.9) -47.5(-54.9--39.1) 2181.2(1802.6-2663.3) 1347.5(1080.9-1677.9) -38.2(-48--27.8)
Goiás 1441.1(1105-1866.5) 721.4(555.1-931.4) -49.9(-60.2--36.6) 2336.7(1833.9-2936.5) 1313.5(1013.1-1659.3) -43.8(-56.9--26.3)
Maranhão 971.1(720.4-1247.8) 884.4(670.7-1156.5) -8.9(-30.8-26.9) 3147.1(2354.6-4071.7) 1880.2(1403.5-2520.1) -40.3(-54.9--19.2)
Mato Grosso 1355.4(1081.9-1688.7) 614.4(480.1-776.8) -54.7(-61.9--46.1) 2116.8(1663.5-2650) 1083.4(867.6-1325.6) -48.8(-57.5--37)
Mato Grosso do Sul 1505.9(1226.7-1853.2) 714(558.4-902) -52.6(-59.1--44.9) 2387.8(1980.9-2867.9) 1338.7(1082.1-1637.9) -43.9(-52.7--33.9)
Minas Gerais 1549.5(1261.2-1917.9) 601.5(481.6-767.4) -61.2(-66.7--55.1) 2620.9(2197.5-3117.1) 1075.8(870.3-1303.7) -59(-65.2--52.1)
Pará 1237.1(959.3-1603.7) 612.2(470.3-777.2) -50.5(-58.7--40.1) 1992.2(1570.9-2548.5) 1187.9(936-1495) -40.4(-51.8--26.4)
Paraíba 1196.6(938.8-1467.9) 797.1(621.6-1009) -33.4(-44.6--18.4) 1724.1(1365.9-2161) 1391.5(1089.9-1748.8) -19.3(-35.7-1.7)
Paraná 1695.8(1366.5-2120.4) 686.8(532.4-876.2) -59.5(-65.2--53.6) 2599.9(2167-3137.2) 1268.8(994.8-1596.1) -51.2(-58--43.1)
Pernambuco 1508.5(1223.5-1864.7) 939(738.7-1166.5) -37.8(-46.8--28.1) 2311.8(1933.4-2767.6) 1818.3(1446.6-2218.6) -21.3(-33.9--7.1)
Piauí 1055.1(828.3-1348.6) 662.4(520.5-848) -37.2(-47.3--25.5) 2056.7(1662.2-2564.9) 1231.8(999.6-1495.1) -40.1(-49.5--28.7)
Rio de Janeiro 1784.1(1474.1-2152) 792.4(632.7-970.2) -55.6(-61--49) 3442(2926.8-4060.3) 1622.7(1322-1965.5) -52.9(-59.2--45.8)
Rio Grande do Norte 996.1(779.7-1245.5) 660.3(494.9-838) -33.7(-46.7--17.5) 1673.9(1313.8-2102.4) 1309.4(983.6-1656.2) -21.8(-40.2-1.6)
Rio Grande do Sul 1452(1181.6-1788.3) 656.1(514-845.5) -54.8(-60.4--48.4) 2481(2041.4-2989.1) 1115.5(880.1-1384.5) -55(-61.1--48.5)
Rondônia 1767.1(1344.4-2274.7) 702.6(551.9-888.8) -60.2(-66.9--52.1) 2277.1(1790.4-2862.2) 1224.4(942.4-1536.4) -46.2(-56.6--32.5)
Roraima 1199.6(947-1536.6) 554.7(430.9-695.3) -53.8(-59.1--47.9) 2103.1(1689.7-2625.6) 1075.6(865.6-1312.8) -48.9(-56--40.4)
Santa Catarina 1514.2(1206.4-1898.2) 609.7(474.3-774.7) -59.7(-65.5--53.8) 2427.5(2005.9-2959.6) 1134.2(907.3-1399.6) -53.3(-60--45.5)
São Paulo 1547.8(1237-1892.5) 662.1(527.8-827) -57.2(-62.9--50.7) 2906.3(2421.4-3472.8) 1310.8(1075.3-1602.9) -54.9(-60.8--47.8)
Sergipe 1149.9(884.9-1477) 745.5(574.6-978.8) -35.2(-48--18.6) 1693.4(1339.3-2177.8) 1194.7(913.1-1516.8) -29.4(-44.7--9.5)
Tocantins 1177(907.1-1521.7) 689.2(539.2-869) -41.4(-52.3--26.8) 1904(1458.8-2435.4) 1415.8(1094.7-1824.6) -25.6(-41.2--4.2)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Abreviaturas Usadas no Capítulo 9.

CT Colesterol Total
DALYs Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (do inglês, Disability-Adjusted Life-Year )
DCV Doenças Cardiovasculares
ELSA-Brasil Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - Brasil
ERICA Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes
GBD Carga Global de Doenças (do inglês, Global Burden of Disease )
HDLc Colesterol da Lipoproteína de Alta Densidade (do inglês, High-Density Lipoprotein Cholesterol )
IAM Infarto Agudo do Miocárdio
IC Intervalo de Confiança
II Intervalo de Incerteza
LDLc Colesterol da Lipoproteína de Baixa Densidade (do inglês, Low-Density Lipoprotein Cholesterol )
OR Odds Ratio
PNAUM Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil
PNS Pesquisa Nacional de Saúde
SDI Índice Sociodemográfico (do inglês, Sociodemographic Index )
SUS Sistema Único de Saúde
TG Triglicerídeos
UF Unidade Federativa
YLDs Anos vividos com incapacidade (do inglês, Years Lived with Disability )
YLLs Anos potenciais de vida perdidos (do inglês, Years of Life Lost )

Tabela 9-2. – Prevalência de colesterol total ≥ 200 mg/dl de acordo com sexo, grupo etário, nível educacional, cor da pele e região do Brasil, PNS 2014-2015.

Total Homens Mulheres
% IC 95% p % IC 95% p % IC 95% p
Total 32,7 31,5 - 34,1 30,1 28,2 - 32,1 35,1 33,4 - 36,8 < 0,001
Grupo etário (anos)
18 - 29 17,9 15,7 - 20,4 < 0,001 13,9 11,2 - 17,4 < 0,001 21,9 18,7 - 25,5 < 0,001
30 - 44 31,0 28,7 - 33,4 34,9 31,2 - 38,8 27,6 24,9 - 30,5
45 - 59 43,4 40,8 - 46,0 39,4 35,7 - 43,4 47,0 43,5 - 50,5
≥ 60 41,9 39,1 - 44,8 33,5 29,5 - 37,9 48,4 44,7 - 52,2
Escolaridade (anos)
0 - 8 37,1 35,2 - 39,1 < 0,001 31,6 28,9 - 34,5 0,237 42,2 39,6 - 44,8 < 0,001
9 - 11 28,6 25,5 - 32,0 26,6 22,2 - 31,6 30,6 26,4 - 35,2
≥ 12 30,4 28,4 - 32,5 30,0 26,9 - 33,3 30,8 28,3 - 33,4
Cor da pele
Branca 33,9 31,9 - 36,0 0,146 30,8 27,8 - 33,9 0,669 36,6 33,9 - 39,4 0,196
Negra 33,2 29,0 - 37,6 30,0 23,9 - 37,0 36,0 30,5 - 41,8
Parda 31,5 29,8 - 33,3 29,5 26,9 - 32,4 33,4 31,1 - 35,7
Outras 23,3 14,8 - 34,6 19,6 9,7 - 35,4 25,8 14,2 - 42,2
Região
Norte 32,5 30,4 - 34,6 0,195 31,0 27,9 - 34,3 0,376 33,9 31,2 - 36,7 0,291
Nordeste 34,0 32,3 - 35,8 30,2 27,7 - 33,0 37,4 35,1 - 39,8
Sudeste 31,5 29,1 - 34,1 28,7 25,1 - 32,6 34,1 30,9 - 37,4
Sul 34,7 31,7 - 37,8 33,4 28,9 - 38,3 35,8 32,0 - 39,8
Centro-Oeste 31,7 28,7 - 34,8 30,1 25,7 - 34,9 33,0 29,1 - 37,2

Tabela 9-3. – Prevalência de níveis baixos de HDL-colesterol (< 40 mg/dl) de acordo com sexo, grupo etário, nível educacional, cor da pele e região do Brasil, PNS 2014-2015.

Total Homens Mulheres
% IC 95% P % IC 95% p % IC 95% p
Total 31,8 30,5 - 33,1 42,8 40,6 - 45,0 22,0 20,6 - 23,5 < 0,001
Grupo etário (anos)
18 - 29 29,1 26,2 - 32,2 0,070 39,7 34,9 - 44,7 0,159 18,7 15,9 - 21,9 0,046
30 - 44 31,8 29,4 - 34,2 41,8 37,9 - 45,7 23,0 20,4 - 25,9
45 - 59 34,1 31,6 - 36,6 44,8 40,9 - 48,8 24,3 21,5 - 27,4
≥ 60 32,4 29,8 - 35,2 46,5 42,1 - 51,1 21,5 18,7 - 24,6
Escolaridade (anos)
0 - 8 33,7 31,8 - 35,7 < 0,001 43,3 40,2 - 46,4 0,006 24,9 22,8 - 27,2 < 0,001
9 - 11 38,5 34,9 - 42,2 50,0 44,3 - 55,6 27,0 22,9 - 31,5
≥ 12 27,8 25,9 - 29,9 39,6 36,2 - 43,2 18,1 16,1 - 20,3
Cor da pele
Branca 31,0 29,0 - 33,1 0,072 43,0 39,7 - 46,5 0,586 20,6 18,4 - 23,0 0,006
Negra 28,5 24,3 - 33,2 41,8 34,5 - 49,4 16,6 12,6 - 21,6
Parda 33,5 31,7 - 35,4 43,0 40,0 - 46,1 24,8 22,8 - 27,0
Outras 24,7 15,8 - 36,5 27,7 15,1 - 45,2 22,7 11,6 - 39,5
Região do país
Norte 36,6 34,4 - 38,8 < 0,001 47,2 43,7 - 50,7 0,036 26,7 24,2 - 29,4 < 0,001
Nordeste 34,8 33,0 - 36,6 44,3 41,4 - 47,2 26,4 24,3 - 28,6
Sudeste 30,8 28,3 - 33,4 43,1 38,9 - 47,3 20,0 17,4 - 22,9
Sul 26,1 23,3 - 29,0 36,3 31,6 - 41,2 16,8 14,1 - 20,0
Centro-Oeste 34,3 31,1 - 37,6 45,0 39,8 - 50,3 24,7 21,2 - 28,6

Tabela 9-4. – Prevalência de níveis altos de LDL-colesterol (> 130 mg/dl) de acordo com sexo, grupo etário, nível educacional, cor da pele e região do Brasil, PNS 2014-2015.

Total Homens Mulheres
% IC 95% p % IC 95% p % IC 95% p
Total 18,6 17,5 - 19,7 17,1 15,6 - 18,8 19,9 18,5 - 21,3 0,012
Grupo etário (anos)
18 - 29 8,8 7,2 - 10,7 < 0,001 6,6 4,8 - 9,0 < 0,001 11,0 8,7 - 14,0 < 0,001
30 - 44 17,5 15,7 - 19,5 20,2 17,3 - 23,6 15,2 13,0 - 17,6
45 - 59 25,6 23,3 - 27,9 23,2 20,0 - 26,7 27,7 24,7 - 30,9
≥ 60 24,5 22,2 - 27,0 19,5 16,3 - 23,2 28,4 25,1 - 31,9
Escolaridade (anos)
0 - 8 21,5 20,0 - 23,2 < 0,001 17,8 15,7 - 20,1 0,525 24,9 22,8 - 27,2 < 0,001
9 - 11 16,8 14,3 - 19,7 15,2 11,8 - 19,3 18,5 15,0 - 22,6
≥ 12 16,7 15,1 - 18,4 17,2 14,8 - 20,0 16,2 14,2 - 18,4
Cor da pele
Branca 20,1 18,5 - 21,9 0,009 18,8 16,4 - 21,4 0,131 21,3 19,1 - 23,8 0,095
Negra 16,6 13,6 - 20,2 15,2 10,9 - 20,8 17,9 13,9 - 22,7
Parda 17,4 16,1 - 18,8 15,9 13,9 - 18,1 18,8 17,0 - 20,7
Outras 10,1 6,0 - 16,6 8,6 3,6 - 19,1 11,2 5,7 - 20,7
Região do país
Norte 16,2 14,7 - 17,9 0,136 15,5 13,2 - 18,1 0,355 17,0 14,9 - 19,2 0,195
Nordeste 19,8 18,4 - 21,3 17,5 15,5 - 19,8 21,9 19,9 - 23,9
Sudeste 17,9 16,0 - 19,9 16,1 13,4 - 19,3 19,4 16,8 - 22,2
Sul 20,0 17,6 - 22,6 19,8 16,2 - 24,0 20,1 17,1 - 23,5
Centro-Oeste 17,8 15,4 - 20,4 17,8 14,3 - 21,9 17,8 14,8 - 21,3

Fonte: Malta et al. 2019 . 348

Tabela 9-5. – Número de mortes e taxas de mortalidade atribuídas a níveis altos de LDL-colesterol em 1990 e 2019 e variação percentual das taxas, no Brasil e unidades federativas.

Morte por LDLc alto e localização 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
Acre 80.9 (63.6;101.6) 64.4 (46.8;87.3) 210.6 (165.1;270.7) 38.3 (28.2;51.5) -40.5 (-46.4;-32.9)
Alagoas 936.8 (725.7;1212.7) 78.9 (58.7;106.1) 1690.1 (1304.7;2141.2) 53.4 (40.6;69.2) -32.3 (-40.6;-21.2)
Amapá 47.3 (37.8;59.9) 58.5 (43.4;79.3) 172.7 (139.2;218.4) 36 (27.5;47.8) -38.5 (-44.6;-31.8)
Amazonas 411.7 (325.7;521.4) 69.7 (51.1;94.9) 883.6 (663.9;1167.2) 32.7 (23.5;44.5) -53.1 (-59;-46.4)
Bahia 4070.8 (3156.6;5194.6) 66.4 (49.6;87.6) 6786.7 (5077.9;8762.6) 41.3 (30.8;53.8) -37.8 (-48;-25.8)
Brasil 68327.1 (55096.6;83767.8) 88.6 (67.8;114.8) 99375.3 (78038.6;126142.7) 43.1 (33.4;55.9) -51.3 (-53.8;-48.6)
Ceará 2062.8 (1514.7;2733.1) 53.3 (38.8;71.8) 4448.1 (3298.5;6074.6) 45.1 (33.2;62) -15.5 (-29.9;4.8)
Distrito Federal 411.5 (339.1;499.7) 107.1 (77.1;144.1) 791.7 (603.6;1004) 41.7 (29.3;57.5) -61.1 (-66.1;-55.6)
Espírito Santo 1032.7 (822.4;1303.7) 87.8 (64.6;117.7) 1923.6 (1488.8;2494.9) 45.9 (34.8;60.9) -47.7 (-53.9;-41)
Goiás 1506.3 (1190.3;1897.7) 87.5 (64.1;116.2) 2894.6 (2210.2;3652.8) 43.1 (32.6;55.7) -50.7 (-59.5;-40.2)
Maranhão 1836.1 (1417.7;2352.5) 77.1 (57.8;102.6) 3879.6 (2906.2;5171.6) 59.8 (44.1;80.6) -22.5 (-37;-3.5)
Mato Grosso 548.4 (436.1;671.6) 82.5 (62;107.9) 1170.8 (904.1;1482.8) 37.4 (27.8;49.1) -54.7 (-60.1;-48.1)
Mato Grosso do Sul 681 (555.3;829.6) 91.6 (70;117.2) 1255.2 (983.2;1596.2) 44.5 (33.9;58) -51.5 (-56.8;-45.5)
Minas Gerais 7931.1 (6430.8;9675) 98.8 (75.7;126.6) 9517.5 (7373.8;12338.1) 36 (27.7;46.8) -63.6 (-67.7;-59.3)
Pará 1367.8 (1062.2;1781.8) 81.3 (59.4;112.2) 2690.8 (2065;3506.2) 39.7 (29.8;53) -51.1 (-57.5;-43.6)
Paraíba 1382.7 (1045.4;1805.4) 64 (48;83.7) 2269.8 (1696.4;3012.5) 46.2 (34.9;60.3) -27.9 (-37.2;-16.6)
Paraná 4091.5 (3306.9;5040.5) 104.8 (79;139.1) 5530.9 (4235;7223) 43.9 (33.1;58.3) -58.1 (-62.3;-53.2)
Pernambuco 3428.3 (2704;4329.7) 86.5 (65.4;113.9) 5636 (4347.5;7062.3) 57.6 (44;73.1) -33.4 (-40.4;-24.4)
Piauí 847.6 (658.5;1106.6) 73.5 (53.9;100.8) 1584.5 (1179.1;2110.5) 41 (30.9;54.7) -44.2 (-51;-36.5)
Rio de Janeiro 9443.4 (7744.9;11437.7) 112.3 (87.4;141.7) 10806.8 (8418.7;13551.9) 49.1 (37.8;62.2) -56.3 (-60.6;-51.7)
Rio Grande do Norte 916.4 (688.2;1212) 61.3 (45.6;81.8) 1644.4 (1223.6;2156.1) 41 (30.9;53.6) -33.1 (-43.6;-20.3)
Rio Grande do Sul 5115.6 (4086.6;6345.7) 90.4 (68.2;117.4) 6199.1 (4632.3;8338.2) 40.5 (30;54.5) -55.2 (-59.9;-50.7)
Rondônia 242 (196.1;293.9) 108.9 (78.7;147.6) 630.4 (483.6;801.3) 43.7 (32.4;57.5) -59.9 (-65.6;-52.8)
Roraima 36.7 (30;44.4) 87.6 (64.5;118.2) 123.9 (98.8;152.6) 41 (30.3;54.8) -53.1 (-57.7;-47.9)
Santa Catarina 1997.2 (1608.5;2492.3) 96.8 (72.5;128.5) 3061.3 (2351.4;3875.8) 40.6 (30.1;52.9) -58.1 (-62.4;-53.1)
São Paulo 17219.5 (13928.7;21011.3) 104.1 (79.1;133.6) 21988.1 (16961;27558.7) 42.2 (31.9;53.6) -59.5 (-63.6;-54.9)
Sergipe 450.3 (344;592.6) 72.8 (52.1;100.4) 935.9 (707.3;1229.3) 42.3 (31.4;56.2) -41.9 (-51;-30)
Tocantins 230.7 (179.4;291) 80.5 (57.9;110.3) 648.6 (491.9;860.9) 47.3 (35.1;63.8) -41.3 (-50.2;-30.1)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 9-6. – Taxas de mortalidade atribuídas a altos níveis de LDL-colesterol em 1990 e 2019 e variação percentual das taxas, estratificadas por sexo, no Brasil e unidades federativas.

Taxa de mortalidade atribuída a LDLc alto Mulheres Homens
1990 2019 Variação percentual (II 95%) 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Acre 49.4(35.1-67.2) 28.8(20.5-39.9) -41.6(-49.4--31.2) 82.5(59.6-112.2) 49.9(37-66.7) -39.5(-48--29.1)
Alagoas 67.9(48.6-92.7) 45(32.9-61) -33.8(-44.2--19.6) 91.3(68.3-122) 63.5(46.7-82.4) -30.4(-42.8--14.1)
Amapá 47.1(34.3-65.4) 27.1(19.5-37.3) -42.5(-49.6--34.3) 71(53.5-95.4) 46(34.8-61.1) -35.2(-42.9--26.7)
Amazonas 63.5(44.2-88.4) 25(17.2-35.2) -60.6(-66.4--53.3) 75(55.5-100.1) 40.7(29.6-54.8) -45.8(-54.5--35.8)
Bahia 57.9(41.7-79.8) 30.6(20.8-41.7) -47.1(-58--32.6) 75.8(56.3-101) 54.7(39.5-72.8) -27.9(-44.4--6.6)
Brasil 72.9(54.2-97.8) 33.8(25-45.1) -53.7(-56.9--50.4) 105.7(82.4-133.6) 54.2(42.3-68.4) -48.8(-52.1--44.9)
Ceará 45.4(31.7-62) 36.8(25.1-51.3) -18.9(-36.8-7.7) 62.4(44.6-86.9) 54.9(38.8-76.8) -12(-33.7-19)
Distrito Federal 89.4(63.8-121.1) 34.3(22.9-48.5) -61.6(-68.4--54.8) 137.9(97.6-187.2) 51.7(36.6-70.3) -62.5(-67.8--56)
Espírito Santo 76.2(54.7-104.6) 35.9(26.2-48.7) -52.9(-59.3--45) 100.1(75.8-131.4) 57.7(43.9-76.4) -42.4(-51.3--32.6)
Goiás 74(52.2-102.8) 34.5(24.7-47.2) -53.4(-62.3--41.9) 102(75.4-134.7) 52.6(38.9-68.4) -48.4(-60--32.7)
Maranhão 42.3(29.7-57.3) 41.8(30.2-58.5) -1(-23.3-31.9) 134.1(95.5-185) 84.3(59.8-116.1) -37.2(-51.1--18.1)
Mato Grosso 68.8(50.2-91.4) 30.3(21.6-41.1) -56(-62.7--47.7) 93.8(70.5-124) 44.3(33.6-58.2) -52.7(-60.3--42.7)
Mato Grosso do Sul 78.6(57.9-103.8) 34.8(24.6-47.5) -55.7(-61.6--48.8) 102.9(79-131) 54.9(41.8-70.3) -46.7(-54.6--37.6)
Minas Gerais 83.7(61.4-111.4) 28.9(20.8-39.5) -65.4(-70.4--60.1) 114.8(89.2-144.7) 43.9(33.5-56.7) -61.8(-67.5--55.4)
Pará 68.9(47.9-97.3) 29.6(20.9-41.1) -57(-63.9--48.4) 93.6(68.8-127.3) 50.5(37.6-67.7) -46(-55.7--33.7)
Paraíba 58.3(42-78.4) 38.1(27.7-51.7) -34.6(-45.1--20.4) 70.9(52.5-93.2) 55.7(41.7-73) -21.4(-37--1.5)
Paraná 92.9(67.9-126.1) 35.2(25.2-48.3) -62.1(-67.2--56.8) 116.5(89.3-151.1) 53.9(39.8-70.7) -53.7(-60.2--46.2)
Pernambuco 75.6(55.6-100.1) 45(32.8-59.3) -40.4(-48.7--31.2) 99.1(76.5-127.5) 73.5(55.7-93.5) -25.8(-37.2--12.3)
Piauí 55.8(39-78.6) 32.7(23.3-46.5) -41.5(-50.7--30.6) 94.6(70.4-130.5) 50.6(38.7-66.1) -46.5(-55--35.8)
Rio de Janeiro 88.4(66-117.8) 36.7(27.2-48.4) -58.4(-63.5--52.5) 142(111.6-176.7) 64.9(50-83.1) -54.3(-60.1--47.7)
Rio Grande do Norte 49.7(35.3-66.6) 31.1(21.9-41.4) -37.3(-49.4--22.6) 75.1(55.3-100.5) 52.9(38.4-70.5) -29.5(-45.8--8.5)
Rio Grande do Sul 76.3(55.9-102.2) 34(24.4-47.2) -55.4(-60.8--49.6) 105.6(81.6-134.5) 47.5(35-62.7) -55(-61--48.5)
Rondônia 103.6(71.7-145.3) 35.2(25.2-47.9) -66.1(-71.6--59.5) 112.1(81.3-152.8) 52.1(37.9-68.5) -53.5(-62.4--41.9)
Roraima 68.1(48.4-95.3) 31.9(22.5-43.8) -53.1(-58.4--47.9) 103(76.2-135.5) 49.4(36.7-65.5) -52.1(-58.1--44.6)
Santa Catarina 84(60.1-115.4) 32.7(22.9-45.3) -61.1(-66.2--55.1) 110.1(84.9-143.3) 49.2(37.2-63.2) -55.3(-61.6--48.3)
São Paulo 84.8(61.3-112.9) 32.9(23.6-44.3) -61.2(-66.3--55.5) 125.3(96.9-159) 53.1(40.3-68.1) -57.6(-63.1--51)
Sergipe 64.6(45.3-89.8) 35.9(25.6-50) -44.5(-55.1--30.6) 82.4(58.7-115) 50(36.1-66.6) -39.3(-52.3--21.8)
Tocantins 67(46.4-94.9) 33.2(23.9-45.5) -50.5(-59.7--38.3) 93.5(66-129.9) 64.1(46.5-86.8) -31.5(-44.9--13.7)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 9-7. – Números e taxas de mortes, DALYs, YLLs e YLDs atribuídas a níveis altos de LDL-colesterol em 1990 e 2019 e variação percentual das taxas, por grupo etário, no Brasil.

Mortes
1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
15-49 anos 11.169,2 (10.105,5-12.136,3) 14,6 (13,2-15,8) 10.693,4 (9.673,6-11.619,4) 9,3 (8,4-10,1) -36,5 (-40,2 a -32,6)
50-69 anos 28.552,5 (23.642,8-33.735,4) 182 (150,7-215) 37.840,3 (31.377,7-43.975,3) 93,8 (77,8-109) -48,5 (-51,8 a -45,1)
05-14 anos
70+ anos 28.605,4 (18.724,9-41.561,4) 676,2 (442,7-982,5) 50.841,6 (32.880,6-75.444,8) 388,4 (251,2-576,4) -42,6 (-47,5 a -38,6)
Padronizada por idade 88,6 (67,8-114,8) 43,1 (33,4-55,9) -51,3 (-53,8 a -48,6)
Todas as idades 68.327,1 (55.096,6-83.767,8) 45,9 (37-56,3) 99.375,3 (78.038,6-126.142,7) 45,9 (36-58,2) -0,1 (-7,4 a -6,7)
Abaixo de 5
DALYs
1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
15-49 anos 547.499,7 (493.892-595.058,5) 714,3 (644,4-776,4) 529.727,6 (476.934,4-574.563,7) 458,7 (413-497,5) -35,8 (-39,3 a -32)
50-69 anos 884.741,5 (742.881,3-1.036.354,8) 5.639,7 (4.735,5-6.606,2) 1.184.341,7 (997.186,1-1.365.623,1) 2.935,7 (2.471,8-3.385) -47,9 (-51,1 a -44,7)
5-14 anos
70+ anos 389.558,3 (259.395,2-568.128) 9.209,3 (6.132,2-13.430,7) 649.071,5 (432.523,4-944.262,9) 4.959,1 (3.304,6-7.214,4) -46,2 (-50,3 a -42,5)
Padronizada por idade 1.940,1 (1.614,4-2.322,9) 981,3 (817,1-1.162,4) -49,4 (-52 a -46,8)
Todas as idades 1.821.799,5 (1.548.456,3-2.139.062,9) 1.224 (1.040,4-1.437,2) 2.363.140,8 (1.985.655,3-2.781.317,9) 1.090,7 (916,5-1.283,7) -10,9 (-16 a -6,1)
Abaixo de 5
YLLs
1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
15-49 anos 527.862,7 (477.315,3-573.651,8) 688,7 (622,8-748,4) 498.313,6 (450.959,6-540.989,3) 431,5 (390,5-468,4) -37,3 (-40,9 a -33,5)
50-69 anos 855.877 (719.469,5-1.001.509,1) 5.455,7 (4.586,2-6.384,1) 1.123.815,9 (947.867-1.297.638,5) 2.785,6 (2.349,5-3.216,5) -48,9 (-52,2 a -45,7)
5-14 anos
70+ anos 375.390,1 (246.447,5-550.544,6) 8.874,3 (5.826,1-13.015) 608.617,9 (406.217-887.792,4) 4.650 (3.103,6-6.783) -47,6 (-51,8 a -44)
Padronizada por idade 1.874,3 (1.560,8-2.234,9) 925,9 (773,1-1.093,9) -50,6 (-53,2 a -47,9)
Todas as idades 1.759.129,8 (1.501.507,3-2.056.575,1) 1.181,9 (1.008,8-1.381,8) 2.230.747,4 (1.880.846,6-2.617.317) 1.029,6 (868,1-1.208) -12,9 (-18 a -8)
Abaixo de 5
YLDs
1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
15-49 anos 19.637 (12.830,1-27.604,3) 25,6 (16,7-36) 31.414 (20.934,9-43.414) 27,2 (18,1-37,6) 6,2 (-0,5-13,9)
50-69 anos 28.864,5 (18.492,9-41.136,1) 184 (117,9-262,2) 60.525,8 (38.344,5-87.578,5) 150 (95-217,1) -18,5 (-24,7 a -12,1)
5-14 anos
70+ anos 14.168,2 (7.112,4-23.987,6) 334,9 (168,1-567,1) 40.453,6 (21.750,9-67.619,8) 309,1 (166,2-516,6) -7,7 (-17,4-3)
Padronizada por idade 65,7 (42,2-92,3) 55,4 (36,3-77,7) -15,8 (-20,6 a -11)
Todas as idades 62.669,7 (41.368,3-87.014,6) 42,1 (27,8-58,5) 132.393,4 (87.120,9-184.088,9) 61,1 (40,2-85) 45,1 (35,5-54,6)
Abaixo de 5

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Introdução

•Define-se dislipidemia como níveis séricos anormais de lipídios, incluindo colesterol, suas frações e/ou TG. A dislipidemia é um conhecido fator de risco para as DCV, nas quais seu papel causal já está inequivocamente estabelecido. 346 Já foi demonstrado que o tratamento da dislipidemia, mesmo em prevenção primária, efetivamente reduz DCV. 347 Dados sobre os níveis médios de colesterol e a prevalência de dislipidemia foram obtidos primariamente para adultos na PNS 2015 e para adolescentes no Estudo ERICA. Além disso, estudos menores de prevalência (de base regional) foram usados, quando apropriado.

•Este capítulo apresenta dados sobre CT, LDLc, HDLc e TG. As definições de dislipidemia variam historicamente e conforme as posições das sociedades de cardiologia locais. Com o objetivo de classificação e a menos que especificado de outra maneira, neste capítulo, usaremos o termo dislipidemia para os seguintes valores: 1) em adultos: CT ≥ 200 mg/dl, LDLc ≥ 130 mg/dl, HDLc < 40 mg/dl, e TG ≥ 150 mg/dl; 348 2) em crianças e adolescentes: CT ≥ 170 mg/dl, LDLc ≥ 130 mg/dl, HDLc < 45 mg/dl, e TG ≥ 130 mg/dl. 349

Prevalência

Jovens

•No Estudo ERICA de abrangência nacional, Faria Neto et al . 349 avaliaram 38.069 estudantes (60% sexo feminino) com idade variando de 12 a 17 anos, nas capitais das 27 UF brasileiras, além de cinco conjuntos de municípios com mais de 100 mil habitantes, nas cinco regiões geográficas do país. 349 Os seguintes valores médios foram encontrados: CT, 148 mg/dl (IC 95%, 147-149 mg/dl); LDLc, 85 mg/dl (IC 95%, 84-86 mg/dl); HDLc, 47 mg/dl (IC 95%, 47-48 mg/dl); e TG, 78 mg/dl (IC 95%, 76-79 mg/dl). Com relação à prevalência de valores anormais, 20,1% (IC 95%, 19-21,3%) mostraram aumento de CT, 3,5% (IC 95%, 3,2-4%) de LDLc e 7,8% (IC 95%, 7,1-8,6%) de TG. A prevalência de HDLc baixo foi de 47% (IC 95%, 45-49%). A Tabela 9-1 mostra dados estratificados por idade e sexo .

•Para crianças de 6 a 12 anos de idade, os dados são escassos. Um estudo conduzido em Santa Catarina com 1.011 estudantes de 6 a 14 anos (52,4% meninas) relatou os seguintes níveis médios: CT, 172 (± 27) mg/dl em meninas e 170 (± 28) mg/dl em meninos; LDLc, 104 (± 24) mg/dl em meninas e 104 (± 27) mg/dl em meninos; HDLc, 49 (± 11) mg/dl em meninas e 49 (± 11) mg/dl em meninos; e TG, 80 (24-459) mg/dl em meninas e 77 (14-752) mg/dl em meninos. 350

•Um estudo conduzido em Vitória, no estado do Espírito Santo, com 511 crianças (idade, 6 a 9 anos; 46,77% sexo masculino) encontrou níveis altos de CT (em 32,7% delas), de LDLc (em 9,2%) e de TG (em 4,1%) e baixos de HDLc (em 27%). 351 Outro estudo conduzido na cidade de Salvador, avaliando 1.131 crianças (idade, 7 a 15 anos; 50,1% sexo masculino), identificou dislipidemia (CT ≥ 170 mg/dl e/ou TG ≥ 130 mg/dl) em 25,5% (IC 95%, 22,7 – 28,3) delas.

A dislipidemia estava associada com excesso de peso corporal (OR: 3,40; IC 95%, 2,07-5,58) e consumo moderado a elevado de alimentos de alto risco (OR: 1,49; IC 95%, 1,01-2,19). 352

Adultos

•De acordo com estudo de Malta et al . 348 usando dados da PNS 2014-2015, na população brasileira adulta, a prevalência de níveis altos de CT foi 32,7%, de níveis altos de LDLc, foi 18,6%, e de níveis baixos de HDLc, foi 31,8%. Esse estudo identificou os seguintes níveis médios: CT, 185 mg/dl; HDLc, 46 mg/dl; e LDLc, 105 mg/dl. Enquanto a prevalência de CT elevado foi maior nas mulheres, a prevalência de HDLc baixo foi maior nos homens. Detalhes sobre a prevalência de níveis elevados de CT e LDLc, assim como de níveis baixos de HDLc, estratificada por sexo, para diferentes grupos etários, nível educacional, cor da pele e região do país são apresentados nas Tabelas 9-2 a 9-4. Em geral, níveis educacionais mais altos foram relacionados a menor prevalência de níveis elevados de CT e LDLc, assim como de níveis baixos de HDLc. Os grupos etários mais avançados apresentaram maior prevalência de níveis elevados de CT e LDLc. Residir nas regiões Sul e Sudeste do Brasil esteve relacionado a menor prevalência de níveis baixos de HDLc. Uma relação significativa entre cor de pele autorrelatada e perfil lipídico foi menos clara, mas mulheres negras apresentaram menor prevalência de níveis baixos de HDLc. 348 Outros fatores associados com alterações relatadas no perfil lipídico da população brasileira incluem atividade física 353 e variações sazonais. 354

•O estudo ELSA-Brasil relatou as seguintes porcentagens em mulheres e homens, respectivamente: hipertrigliceridemia, 23,2% e 40,7%; níveis baixos de HDLc, 20,7% e 14,7%; e níveis altos de LDLc, 57,6% e 58,8%. Além disso, o estudo ELSA-Brasil relatou pequenas diferenças, cujo impacto clínico parece limitado, no perfil lipídico de acordo com a cor da pele. 355

•Em 2003, Martinez et al . avaliaram 81.262 indivíduos (51% sexo masculino; 44,7 ± 15,7 anos) de 13 grandes cidades brasileiras. 356 O nível médio de CT foi 199,0 ± 35,0 mg/dl e 13% da amostra apresentava CT acima de 240 mg/dl.

Risco Atribuído

Mortalidade

•Os números absolutos de mortes e as taxas de mortalidade nacionais e por UF, incluindo a variação percentual, podem ser vistos na Tabela 9-5. De acordo com as estimativas do Estudo GBD 2019, entre 1990 e 2019, a mortalidade cardiovascular atribuída a altos níveis de LDLc no Brasil aumentou em números absolutos de 68.327 (IC 95%, 55.097 – 83.768) a 99.375 (IC 95%, 78.039 – 126.143), mas a taxa padronizada por idade diminuiu em 51,3%, passando de 88,6 (IC 95%, 67,8 - 114,8) para 43,1 (IC 95%, 33,4 - 55,9) por 100.000, como resultado do envelhecimento da população. Entre os estados, Minas Gerais apresentou a maior redução na taxa de mortalidade (-63%) e o Ceará, a menor (-15%).

•A Tabela 9-6 apresenta as taxas de mortalidade atribuída a níveis elevados de LDLc estratificadas por sexo. Para mulheres, a taxa passou de 72,9 (54,2-97,8) em 1990 para 33,8 (25-45,1) em 2019, uma redução de 53,7% (-56,9 a -50,4) em nível nacional. A maior redução foi observada em Rondônia (-66,1%) e a menor, no Maranhão (-1%). Para homens, a variação percentual das taxas foi de -48,8% (-52,1 a -44,9), que passaram de 105,7 (82,4-133,6) em 1990 para 54,2 (42,3-68,4) em 2019, tendo o Distrito Federal apresentado a maior redução (-61,9%) e o Ceará, a menor (-10,1%).

•As causas específicas de morte atribuídas ao colesterol elevado seguiram a mesma tendência. As mortes por doença isquêmica do coração passaram de 57.020 (IC 95%, 46.252 – 68.541) para 83.759 (IC 95%, 65.742 – 101.543) e por doença cerebrovascular, de 11.306 (IC 95%, 5.270 – 21.619) para 15.615 (IC 95%, 5.522 – 32.805), com uma redução na taxa de mortalidade padronizada por idade para ambas. 46 A variação nas taxas de mortalidade padronizadas por idade por doenças isquêmica do coração e cerebrovascular atribuídas a LDLc elevado, entre 1990 e 2019, é representada na Figura 9-1 .

Figura 9-1. -Variação nas taxas de mortalidade padronizadas por idade por doença isquêmica do coração e acidente vascular cerebral atribuídos a níveis altos de LDL-colesterol, entre 1990 e 2019.

Figura 9-1

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•O SDI é um índice composto que mede renda per capita, fertilidade, educação e desenvolvimento sociodemográfico. O SDI permite a comparação de estados e países de acordo com seu desenvolvimento. A redução na taxa de mortalidade padronizada por idade foi maior nas UF com SDI mais alto (Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro) e menor naquelas com SDI mais baixo, como as da região Nordeste ( Figura 9-2 ).

Figura 9-2. -Correlação entre a variação percentual nas taxas de mortalidade padronizadas por idade entre 1990 e 2019 e o índice sociodemográfico de 2019 (SDI 2019) de cada unidade federativa.

Figura 9-2

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A Tabela 9-7 apresenta os números absolutos de mortes e as taxas de mortalidade por grupo etário. Houve redução na taxa de mortalidade para todos os grupos etários. O grupo etário de 50-69 anos apresentou a maior redução na taxa de mortalidade (-48,5%). A Figura 9-3 ilustra a mortalidade proporcional atribuída a níveis altos de LDLc por grupo etário. Esse fator de risco parece ter maior impacto nos indivíduos com idade entre 40 e 64 anos.

Figura 9-3. -Mortalidade proporcional atribuída a níveis altos de LDL-colesterol por grupo etário.

Figura 9-3

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Anos Potenciais de Vida Perdidos

•O mesmo fenômeno observado para as taxas de mortalidade pode ser evidenciado pelos YLLs, cujos números absolutos variaram de 1.759.130 (IC 95%, 1.501.507 – 2.056.575) a 2.230.747 (IC 95%, 1.880.847 – 2.617.317). A taxa padronizada por idade variou de 1.874,3 (IC 95%, 1.561 – 2.235) a 926 (IC 95%, 773-1.094). 12 A Figura 9-4 apresenta o aumento no número de mortes e de YLLs atribuídos ao LDLc, assim como a redução nas taxas de ambos, padronizadas por idade, entre 1990 e 2019.

Figura 9-4. -Números de mortes e de YLLs e taxas de mortalidade e de YLLs atribuídos a níveis elevados de LDL-colesterol entre 1990 e 2019.

Figura 9-4

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

A ausência de redução na taxa de mortalidade, ao se remover a padronização por idade, é explicada pelo envelhecimento da população.

Carga de Doença

•Além das complicações fatais das DCV atribuídas à dislipidemia, as complicações não fatais, como IAM e acidente vascular cerebral não fatais, podem ser parcialmente atribuídas à dislipidemia. O impacto dessas condições pode ser medido pelos YLDs e pelos DALYs, esse último sendo a soma dos YLLs e YLDs. Com relação aos YLDs, entre 1990 e 2019, houve aumento em seu número absoluto, que passou de 62.670 (IC 95%, 41.368 – 87.015) a 132.393 (IC 95%, 87.121 – 184.089), e diminuição na sua taxa (por 100.000), que passou de 65,7 (IC 95%, 42,2-92,3) a 55,4 (36,3-77,7), uma variação negativa de 15,8% (Tabela 9-7). 46

•Com relação aos DALYs, acompanhando a mesma tendência da mortalidade, houve um aumento em seu número absoluto, que passou de 1.821.799 (IC 95%, 1.548.456 – 2.139.063) para 2.363.141 (IC 95%, 1.985.655 – 2.781.318). Esse aumento foi acompanhado por uma redução na taxa de DALYs padronizada por idade, de 1.940,1 (IC 95%, 1.614,4 – 2.322,9) para 981,3 (IC 95%, 817,1 – 1.162,4), uma variação percentual de -49,4%. Essas variações estão ilustradas na Figura 9-5 .

Figura 9-5. -Números e taxas de DALYs e YLDs atribuídos a níveis altos de LDL-colesterol entre 1990 e 2019.

Figura 9-5

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A Tabela 9-8 mostra as taxas de DALYs atribuídos aos altos níveis de LDLc padronizadas por idade em 1990 e 2019 e sua variação percentual no período, estratificadas por sexo, no Brasil e suas UF. Para as mulheres, a taxa nacional passou de 1.425,8 (1.165,2 – 1.745,1) em 1990 para 692,2 (567-842,5) em 2019, uma variação percentual de -51,5% (-54,8 a -47,9). A maior variação ocorreu no Distrito Federal, -64,2% (-70,5 a -57,9), e a menor, no Maranhão, -8,9% (-30,8 a -26,9). Para os homens, a taxa de DALYs passou de 2.496 (2.090,2 – 2.980,2) para 1.310,6 (1.097,4 – 1.543) no período, uma variação de -47,5% (-50,9 a -43,8) no Brasil. A maior melhora foi observada no Distrito Federal, -61,9% (-67,4 a -54,6), e a menor variação percentual, no Ceará, -10,1% (-32,7 a -23).

•A Tabela 9-7 mostra os números e as taxas de mortes, DALYs, YLLs e YLDs atribuídos a níveis altos de LDLc em 1990 e 2019, com suas respectivas variações percentuais no período, por grupo etário.

Dislipidemia Familiar

•A prevalência de dislipidemia familiar foi avaliada no estudo ELSA-Brasil, diagnosticada por Dutch Lipid Clinic Network (DLCN)onde se documentou prevalência de 1 em 263 indivíduos. Essa condição foi mais prevalente nos indivíduos de cor de pele negra (1 em 156) e parda (1 em 204) do que branca (1 em 417). 357

•A despeito das controvérsias no uso de triagem em cascata para identificar parentes de indivíduos com dislipidemia familiar, um estudo brasileiro demonstrou que 59% dos familiares de indivíduos com mutações eram portadores das mesmas mutações, sugerindo uma alta prevalência de dislipidemia familiar no subgrupo selecionado. 358

Conscientização e Uso de Estatina no Brasil

•Análise conduzida no estudo ELSA-Brasil, incluindo 15.096 adultos com idade de 35-74 anos, explorou a prevalência de níveis elevados de LDLc (de acordo com os critérios NCEP-ATP-III) e a proporção de participantes conhecedores de seu diagnóstico. 340 A frequência de participantes com níveis elevados de LDLc foi 45,5%, dos quais, apenas 58,1% conheciam seu diagnóstico. Dos participantes com níveis elevados de LDLc, 42,3% se tratavam com medicações hipolipemiantes e 58,3% alcançaram o alvo definido pelo painel NCEP-ATP-III.

•Em uma análise baseada na PNAUM entre 2014 e 2015, avaliou-se o uso de estatinas na atenção primária do SUS nas cinco regiões brasileiras. 359 Entre os 8.803 respondentes, a prevalência de uso de estatina foi 9,3%, sendo que 81,4% desses usuários relataram ter dislipidemia. Sinvastatina foi a mais usada (90,3%), seguida por atorvastatina (4,7%) e rosuvastatina (1,9%).

•Quanto à conscientização sobre dislipidemia familiar e seu tratamento, Santos et al . relataram resultados de um banco de dados com 70.000 indivíduos submetidos a avaliação de saúde rotineira e obrigatória patrocinada pelo empregador em um hospital privado de São Paulo. 359 Dos 70.000 indivíduos, 1.987 atendiam aos critérios estabelecidos para dislipidemia familiar (LDLc ≥ 190 mg/dl ou LDLc ≥ 160 mg/dl em uso de estatina). Uma amostra de 200 foi selecionada para completar o questionário. Desses 200 indivíduos, o médico assistente suspeitou de dislipidemia familiar em apenas 29 (14.5%), embora a maioria deles (97%) conhecesse seus altos níveis séricos de colesterol. Apenas 18% tinham a percepção de seu alto risco para DCV, 30% conheciam seus alvos de LDLc e 37% não utilizavam medicação hipolipemiante.

Dislipidemia e Aterosclerose Subclínica

•Aterosclerose subclínica, incluindo marcadores como escore de cálcio coronariano e espessura médio-intimal da carótida, foi usada como substituto para aterosclerose e, portanto, sua associação com perfil lipídico anormal pode ser de interesse epidemiológico.

•Em um estudo com mais de 3.600 indivíduos, Generoso et al . 19 demonstraram que HDLc estava associado com cálcio na artéria coronária mesmo após ajuste para os fatores de risco cardiovascular tradicionais em uma população brasileira. Entretanto, essa associação não continuou significativa após ajuste para TG. 360 Esse estudo também avaliou as frações de HDLc e mostrou que elas não estavam associadas com calcificação na artéria coronária após ajuste para HDLc total. Além disso, o mesmo grupo demonstrou a associação entre HDLc e a espessura médio-intimal da carótida e ainda que tal associação é modificada pela presença de diabetes. 361

•Laurinavicius et al . 362 estudaram a associação entre níveis muito altos de HDLc e espessura médio-intimal da carótida. Tais níveis muito altos de HDLc podem caracterizar hiperalfalipoproteinemia, uma condição disfuncional do HDLc. A despeito de evidência anterior, esses autores não mostraram associação entre esse perfil e a espessura médio-intimal da carótida. 362

•Em uma análise das lipoproteínas ricas em TG no estudo ELSA-Brasil, Bittencourt et al . mostraram que essas partículas estão associadas com calcificação na artéria coronária mesmo após ajuste para fatores de risco significativos. 363

•Em um estudo com octogenários brasileiros, os autores descobriram que a associação entre LDLc e calcificação na artéria coronária enfraquece com a idade, enquanto a associação com HDLc não. 364

•Em conjunto, esses estudos demonstram a robusta associação entre perfil lipídico e aterosclerose subclínica, corroborando achados da associação entre dislipidemia e DCV.

Pesquisa Futura

•Dados atuais sobre a epidemiologia da dislipidemia na população brasileira contemporânea são limitados. Estudos adicionais sobre a prevalência de dislipidemia na população geral, assim como em grupos específicos de alto risco, como aqueles de nível socioeconômico mais baixo, são necessários.

•A frequência de rastreio de colesterol no Brasil, de acordo com sexo e grupos etários, precisa ser investigada.

•Dados brasileiros locais sobre o impacto da dislipidemia no sistema de saúde, incluindo custos, ainda não foram avaliados.

10. OBESIDADE E SOBREPESO

CID-10 E66

Ver Tabelas 10-1 a 10-14 e Figuras 10-1 a 10-10

Tabela 10-1. – Prevalência de excesso de peso e obesidade na população total com idade a partir de 18 anos, por sexo e grupos etários, no Brasil, em 2019.* .

Grupos de idade Prevalência de excesso de peso e obesidade no total de pessoas de 18 anos ou mais de idade
Total Sexo
Masculino Feminino
Prevalência % Intervalo de confiança de 95% Prevalência % Intervalo de confiança de 95% Prevalência % Intervalo de confiança de 95%
Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior
Excesso de peso
Total 60,3 58,3 62,1 57,5 54,8 60,2 62,6 59,1 66,0
18 a 24 anos 33,7 27,4 40,6 25,7 19,1 33,7 41,7 31,1 53,1
25 a 39 anos 57,6 53,1 62,1 58,3 52,3 64,1 57,0 50,0 63,8
40 a 59 anos 70,3 67,4 73,1 67,1 62,1 71,8 73,1 68,8 77,0
60 anos e mais 64,4 60,5 68,1 63,3 56,9 69,2 65,3 60,6 69,7
Obesidade
Total 25,9 22,9 29,2 21,8 19,2 24,7 29,5 25,4 34,0
18 a 24 anos 10,7 7,7 14,7 7,9 4,8 12,8 13,5 8,8 20,4
25 a 39 anos 23,7 18,3 30,1 19,3 15,3 24,1 27,9 18,8 39,2
40 a 59 anos 34,4 29,7 39,4 30,2 24,8 36,3 38,0 32,3 44,0
60 anos e mais 24,8 20,9 29,1 21,2 15,6 28,1 27,5 23,0 32,5

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. * Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Tabela 10-14. – Número de DALYs, taxas de DALYs brutas e padronizadas por idade por doença cardiovascular atribuída a IMC elevado, por grupo etário, em 1990 e 2019, e variação percentual das taxas no período, no Brasil.

IMC elevado 1990 Número (II 95%) 1990 Taxa (II 95%) 2019 Número (II 95%) 2019 Taxa (II 95%) Variação percentual (II 95%)
15-49 anos 11.876,9 (7.042;16.974,1) 15,5 (9,2;22,1) 13.729,8 (10.494,6;16.942) 11,9 (9,1;14,7) -23,3 (-35,3;2,7)
50-69 anos 25.692,7 (15.086,6;37.700,4) 163,8 (96,2;240,3) 43.871,8 (30.231,8;58.205,9) 108,7 (74,9;144,3) -33,6 (-42,5;-16,5)
5-14 anos
70+ anos 15.077,1 (7.374,5;24.799,9) 356,4 (174,3;586,3) 40.905,3 (25.123,3;59.857,6) 312,5 (191,9;457,3) -12,3 (-28,3;20,2)
Padronizada por idade 58,5 (32,7;89,7) 41,8 (28,1;56,8) -28,5 (-38,8;-8,6)
Todas as idades 52.646,7 (30.085,3;78.950,7) 35,4 (20,2;53) 98.506,9 (66.815,9;133.940,7) 45,5 (30,8;61,8) 28,5 (11,1;63,2)
Abaixo de 5

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 10-1. – Número de mortes por todas as causas atribuídas a IMC elevado, todas as idades, de 1990 a 2019.

Figura 10-1

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 10-10. – Taxas de DALYs por doenças cardiovasculares atribuídas a IMC elevado, padronizadas por idade, no Brasil, 1990 e 2019.

Figura 10-10

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Abreviaturas utilizadas no Capítulo 10.

AVC Acidente Vascular Cerebral
DALYs Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (do inglês, Disability-Adjusted Life-Year )
DCNT Doenças Crônicas Não Transmissíveis
DCV Doença Cardiovascular
ELSA-Brasil Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - Brasil
ERICA Estudo dos Riscos Cardiovasculares em Adolescentes
GBD Global Burden of Disease
HR Hazard Ratio
IC Intervalo de Confiança
II Intervalo de Incerteza
IMC Índice de Massa Corporal
IMC_i Índice de Massa Corporal Imputado
OMS Organização Mundial da Saúde
OR Odds Ratio
PNS Pesquisa Nacional de Saúde
QALYs Anos de Vida Ajustados pela Qualidade (do inglês, Quality-Adjusted Life-Years )
RCEI Razão de Custo-Efetividade Incremental
RP Razão de Prevalência
RR Risco Relativo
SABE Estudo de Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (do espanhol, Salud, Bienestar y Envejecimiento )
SDI Índice Sociodemográfico (do inglês, Sociodemographic Index )
SUS Sistema Único de Saúde
UF Unidade Federativa
VIGITEL Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico
YLDs Anos vividos com incapacidade (do inglês, Years Lived with Disability )
YLLs Anos potenciais de vida perdidos (do inglês, Years of Life Lost )

Tabela 10-2. – Percentual de adultos com excesso de peso (IMC_i ≥ 25 kg/m2) com imputação, por sexo, segundo as capitais dos estados brasileiros e Distrito Federal.* .

Capitais / DF Total IC95% IC95% Masculino IC95% IC95% Feminino IC95% IC95%
LimInf LimSup LimInf LimSup LimInf LimSup
ARACAJU 53,6 50,5 56,7 56 50,8 61,2 51,7 48 55,3
BELEM 53,3 50,1 56,6 53,8 48,3 59,3 53 49,1 56,8
BELO HORIZONTE 52,5 49,7 55,3 57,1 52,7 61,4 48,6 45,1 52,2
BOA VISTA 54,3 49,5 59,2 60,1 52,7 67,5 49 43 55
CAMPO GRANDE 58 54,7 61,3 63,7 58,6 68,9 52,9 48,8 56,9
CUIABA 55,8 52,7 59 58,1 53 63,1 53,8 49,8 57,8
CURITIBA 53,7 50,6 56,9 59,5 54,6 64,4 48,8 44,8 52,8
FLORIANOPOLIS 53,6 50,3 56,8 58,9 53,9 63,8 48,7 44,6 52,8
FORTALEZA 55,6 52,4 58,7 57,7 52,5 63 53,8 50 57,6
GOIANIA 52,7 49,6 55,8 58,3 53,5 63,2 47,8 43,9 51,7
JOAO PESSOA 54,7 51,5 58 56,6 51,2 62,1 53,1 49,2 57
MACAPA 53,3 48,7 57,9 53 45,6 60,4 53,6 48 59,3
MACEIO 54,4 50,9 58 56,6 50,5 62,8 52,6 48,6 56,7
MANAUS 60,9 57,5 64,4 61,1 55,4 66,8 60,8 56,6 65
NATAL 56,6 53,3 59,8 60,8 55,6 66 52,9 48,9 56,9
PALMAS 49,9 46,2 53,6 56,8 50,8 62,7 43,7 39,2 48,1
PORTO ALEGRE 59,2 56 62,3 63 57,9 68,1 56 52 60
PORTO VELHO 56,6 52,9 60,3 62,2 56,6 67,7 50,6 46,1 55
RECIFE 59,5 56,5 62,5 60,4 55,5 65,2 58,8 55,1 62,5
RIO BRANCO 56,6 52,6 60,7 58 51 64,9 55,4 50,8 59,9
RIO DE JANEIRO 57,1 54 60,2 57,9 52,9 63 56,3 52,5 60,1
SALVADOR 51,8 48,6 54,9 47,2 41,9 52,5 55,5 51,8 59,2
SAO LUIS 50,3 46,9 53,7 57,6 51,9 63,2 44,4 40,5 48,3
SAO PAULO 55,8 53 58,6 56,6 52 61,2 55,1 51,6 58,6
TERESINA 52,7 49,5 55,9 56,3 51,1 61,6 49,7 45,8 53,5
VITORIA 49,1 45,8 52,3 50,6 45,3 55,8 47,8 43,8 51,7
DISTRITO FEDERAL 55 51,2 58,9 55,8 49,2 62,5 54,3 50,1 58,6

(*) Inquéritos 2006 a 2019, com pesos calculados pelo Método de Ponderação Rake. Consulta feita em:06/03/2021. Fonte: VIGITEL 2019. 276

Tabela 10-3. – Percentual de adultos com obesidade (IMC_i ≥ 30 kg/m2 ) com imputação, por sexo, segundo as capitais dos estados brasileiros e Distrito Federal.* .

Capitais / DF Total IC95% IC95% Masculino IC95% IC95% Feminino IC95% IC95%
LimInf LimSup LimInf LimSup LimInf LimSup
ARACAJU 20,6 18,1 23 18,7 14,7 22,6 22,1 19 25,2
BELEM 19,6 17,1 22,1 20,1 15,9 24,3 19,1 16,1 22,1
BELO HORIZONTE 19,9 17,7 22,2 20,7 17 24,4 19,2 16,5 22
BOA VISTA 21,2 16,8 25,5 24,6 17,1 32,2 17,9 13,5 22,3
CAMPO GRANDE 22,5 19,8 25,1 23 18,8 27,2 22 18,7 25,4
CUIABA 22,5 19,9 25 21,9 17,9 25,9 23 19,6 26,3
CURITIBA 19,4 17 21,8 21,1 17,2 25 17,9 14,9 20,9
FLORIANOPOLIS 17,8 15,5 20,1 18,8 15,1 22,5 16,8 14 19,7
FORTALEZA 19,9 17,5 22,4 18,9 15,1 22,6 20,9 17,6 24,1
GOIANIA 19,5 17,1 21,8 20,6 16,7 24,4 18,6 15,7 21,4
JOAO PESSOA 20,4 17,6 23,2 18,6 14 23,2 21,8 18,4 25,2
MACAPA 22,9 19 26,7 20,4 14,8 26 25,2 19,9 30,4
MACEIO 20 17,3 22,7 17,5 13,2 21,8 22 18,6 25,5
MANAUS 23,4 20,3 26,5 21 16,4 25,6 25,7 21,6 29,7
NATAL 22,5 19,7 25,4 24,3 19,5 29,1 21 17,8 24,2
PALMAS 15,4 12,8 18 16,6 12,2 21 14,3 11,3 17,3
PORTO ALEGRE 21,6 19 24,3 23,2 18,7 27,7 20,3 17,2 23,4
PORTO VELHO 19,9 16,8 23 21,6 16,5 26,7 18 14,7 21,4
RECIFE 21,7 19,2 24,3 19,7 15,8 23,5 23,4 20 26,8
RIO BRANCO 23,3 19,8 26,8 23,3 17,6 28,9 23,4 19 27,7
RIO DE JANEIRO 21,7 19,2 24,2 20,1 16,1 24,1 23,1 19,9 26,3
SALVADOR 18,1 15,8 20,4 15,5 11,7 19,3 20,3 17,5 23
SAO LUIS 17,2 14,2 20,1 18,8 13,4 24,2 15,8 12,8 18,8
SAO PAULO 19,9 17,7 22 18,5 15,1 21,8 21,1 18,3 23,9
TERESINA 17,6 15,3 19,9 17,1 13,5 20,6 18 15,1 21
VITORIA 17,6 15,3 19,9 16 12,3 19,6 19,1 16,1 22
DISTRITO FEDERAL 19,6 16,3 22,8 18,6 13,1 24 20,4 16,5 24,3

(*) Inquéritos 2006 a 2019, com pesos calculados pelo Método de Ponderação Rake. Consulta feita em:06/03/2021. Fonte: VIGITEL 2019. 276

Tabela 10-4. – Número de mortes, taxas de mortalidade padronizadas por idade para todas as causas atribuídas a IMC elevado, por 100 mil habitantes, em 1990 e 2019, e variação percentual das taxas no período, no Brasil e unidades federativas.

Causa de morte e Local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
IMC elevado
Acre 80,1 (40,3;128,7) 50,9 (23,5;84,4) 443,6 (305,1;590,6) 75,3 (50,7;102,5) 47,9 (11,7;140,2)
Alagoas 926 (477;1462,1) 69,8 (35,1;111,7) 3244,2 (2234,3;4349,1) 101,1 (69,1;137,2) 44,9 (9;123,8)
Amapá 53,2 (31,5;78,4) 54,7 (30,3;83,8) 365,3 (259,2;478,3) 71,5 (49,3;96,1) 30,6 (6,2;77,4)
Amazonas 525,2 (312,4;765,4) 70,6 (40,5;106,3) 2009,3 (1400,6;2636,9) 71,2 (49;94,7) 0,9 (-17,4;35,7)
Bahia 4395,5 (2318,1;6785,9) 65,3 (33,6;102,3) 13225,3 (8827,3;18489,3) 81,1 (54,1;113,1) 24,1 (-5,4;86,8)
Brasil 74.266,2 (43.491,7;110.056,9) 84,4 (48,1;127,9) 177.939,7 (124.637,7;237.783) 76,2 (52,9;102,1) -9,7 (-23,1;16,2)
Ceará 1762,6 (831,5;2903,1) 43,8 (20,4;72,5) 7194,6 (4786,1;10036,6) 72,5 (48,2;101,2) 65,4 (19,9;172,1)
Distrito Federal 657,1 (439;908,9) 121,9 (75,5;176,5) 1751,1 (1220,7;2263) 80,6 (54,6;107,6) -33,8 (-45,2;-14,6)
Espírito Santo 1089 (608,6;1642,8) 75,8 (40,9;117,6) 3588,6 (2472,9;4828,9) 83,7 (57,3;112,7) 10,4 (-13;61,5)
Goiás 1610,1 (830,7;2574,7) 76,8 (38,1;126,3) 5058,6 (3482;6954,6) 73,9 (50,3;101,7) -3,8 (-29,4;49,2)
Maranhão 1245,2 (489,7;2212,8) 48,2 (18,5;87,4) 5846,2 (3709,8;8423,6) 89 (56;128,6) 84,8 (25,5;250,7)
Mato Grosso 511,1 (276,4;794,5) 63,8 (32,6;101,1) 2471,7 (1734,2;3272,6) 76,8 (52,7;102,4) 20,5 (-9,1;85,8)
Mato Grosso do Sul 746,8 (436,4;1106,5) 83,3 (46,1;128,2) 2223,5 (1521,9;2976,5) 77 (52;103,9) -7,6 (-26;24,5)
Minas Gerais 7763 (4227,8;11827,3) 79,5 (41,8;123,4) 16660,8 (11377,3;22486,1) 62,7 (42,8;84,8) -21,1 (-36,5;13,9)
Pará 1320,3 (711,4;2041,6) 65,2 (33,7;103,8) 5128,9 (3498,2;6897,9) 74 (49,8;100,6) 13,5 (-12,8;70,3)
Paraíba 1273,5 (638,4;2048,7) 56,6 (28,1;91,7) 3974,9 (2740,4;5388,3) 82 (56,8;111,2) 45 (9,4;129,3)
Paraná 4468,1 (2563,7;6646,6) 94,2 (52,1;145) 10015,1 (6653;13717,2) 77,1 (50,8;106,2) -18,2 (-31,9;9,1)
Pernambuco 3345,4 (1772,7;5178,4) 75,4 (38,8;118,8) 9471,3 (6571,7;12641,6) 95,3 (65,8;128,2) 26,3 (0,7;83,6)
Piauí 669,5 (287,7;1133,6) 49,6 (20,4;86,2) 2676,8 (1799,4;3642,1) 70,1 (47,1;94,8) 41,3 (3,1;159,1)
Rio de Janeiro 11.589,1 (7.176,8;16.646,3) 120,7 (72,9;175,6) 19.470,2 (13.465,9;26.105,1) 87,3 (60,2;117,2) -27,7 (-39,7;-6,8)
Rio Grande do Norte 835,1 (404,9;1341) 53,2 (25,5;85,9) 2990,3 (1997;4137,2) 75,7 (50,4;104,7) 42,2 (4,4;128,1)
Rio Grande do Sul 6158,4 (3741,6;8880,7) 96,3 (56,6;142,5) 11470,3 (7637,2;15714,9) 73,8 (49,1;101,1) -23,3 (-34,4;-4,2)
Rondônia 306,4 (175,6;451,6) 92,2 (48,4;144,4) 1256,6 (872,4;1680,6) 84,2 (57,6;113,1) -8,7 (-29,9;33,9)
Roraima 47,4 (27,1;70,9) 84,5 (44,7;131,4) 305,1 (221;394,8) 91 (64,2;119,8) 7,8 (-14,7;58,5)
Santa Catarina 2262,4 (1388,2;3300,1) 93,3 (55,9;139,1) 5617,9 (3838,4;7494) 72,1 (49;96,8) -22,7 (-35,5;-1,7)
São Paulo 19.864,6 (12.062,3;28.733,9) 102,9 (60,7;151,2) 38.343,9 (26.476,1;51.560,4) 72,4 (49,6;97,8) -29,6 (-41;-9,3)
Sergipe 547,1 (307,2;815,2) 73,4 (39,6;112,1) 1885,1 (1288,8;2533,3) 84,4 (57,5;114,3) 14,9 (-11,8;65,8)
Tocantins 214 (97,3;356,9) 56,9 (24,3;99,6) 1250,5 (836,2;1702,4) 89,4 (59,9;122,4) 57,1 (11,6;185)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 10-5. – Taxas de mortalidade padronizadas por idade para todas as causas atribuídas a IMC elevado, por 100 mil habitantes, em 1990 e 2019, por sexo, e variação percentual das taxas no período, no Brasil e unidades federativas.

Causa de morte e Local Feminino Masculino
1990 Taxa (II 95%) 2019 Taxa (II 95%) Variação percentual (II 95%) 1990 Taxa (II 95%) 2019 Taxa (II 95%) Variação percentual (II 95%)
IMC elevado
Acre 52,3 (27,5;83,3) 69,6 (49;92,1) 33 (0,8;108,3) 50,7 (19,9;90,3) 81,5 (50,6;116,5) 60,9 (18;201,5)
Alagoas 75,5 (40,3;117,1) 101,7 (70,8;137,2) 34,7 (-0,2;108,7) 63,4 (27,3;109,8) 99,3 (60,9;145,1) 56,8 (12,2;174,2)
Amapá 54,4 (31,6;80,9) 67,1 (46,8;88) 23,3 (-2;68,1) 54,7 (27,1;88,3) 75,6 (48,2;106,2) 38,3 (7,6;107,4)
Amazonas 76,4 (45,2;113) 66,4 (45,8;87,1) -13 (-30,5;17,1) 63,8 (32,7;102,1) 75,5 (49,5;105,1) 18,3 (-10;80,3)
Bahia 70,6 (39,7;108,4) 72 (47,6;101,6) 2 (-24,9;50,3) 59,1 (25,6;101,4) 91,4 (56,3;134,8) 54,7 (5,8;173)
Brasil 83,7 (50,6;122,1) 70,1 (50,5;91,3) -16,3 (-28,8;6) 84,2 (43,8;131,9) 82,4 (54,2;114,6) -2,1 (-19;35,5)
Ceará 45,5 (22,1;73,7) 69,9 (46,1;98,7) 53,6 (5,5;166,7) 41,8 (17;73,8) 74,2 (44,2;110,6) 77,4 (17,1;234,1)
Distrito Federal 116,2 (74,3;165,2) 71,8 (48,2;96,6) -38,2 (-49,9;-20,6) 130,6 (75,3;197,1) 92 (60,1;126) -29,5 (-45,3;-0,6)
Espírito Santo 77,1 (43,8;116,5) 76,1 (52,3;101,2) -1,3 (-24,9;43,5) 74 (36,2;119,1) 91,5 (57,7;129,2) 23,7 (-8,1;95,6)
Goiás 80,3 (42,5;128,8) 72 (50,2;97,1) -10,4 (-35,9;42,1) 73 (31,1;126,2) 75,5 (47,6;109,8) 3,3 (-28,9;78)
Maranhão 37,3 (15,6;65,4) 78 (50,1;113) 109 (39,4;294,2) 63 (21,9;121,2) 102,8 (58,2;158,4) 63,1 (4,4;230,1)
Mato Grosso 65,8 (35,4;102,9) 73 (50,5;96,4) 11,1 (-16,8;70,4) 62,2 (28,6;104) 80,4 (53;111,3) 29,2 (-7,9;117,6)
Mato Grosso do Sul 84,6 (49,5;124,6) 72,3 (49,8;97,8) -14,5 (-32;16,7) 81,7 (42,3;129,2) 81,5 (52,1;114,8) -0,3 (-22,7;49,6)
Minas Gerais 82,1 (47,2;122,4) 59,5 (41;79,5) -27,6 (-42,6;1,4) 75,5 (33,6;124,5) 65,7 (41,5;94,2) -13,1 (-34,7;47,3)
Pará 65,2 (35,5;102,6) 67,6 (46,6;89) 3,6 (-22,3;58,8) 64,3 (30,1;107,6) 80,3 (50,2;113,2) 24,9 (-9,8;103,8)
Paraíba 62,3 (32,2;97,1) 78,6 (55;105,9) 26,2 (-6,2;105,4) 50,5 (21,7;86,3) 85,3 (54;120,7) 69 (18,3;199,6)
Paraná 95,6 (55,4;142,8) 72,2 (49,2;97,3) -24,5 (-38,5;2,3) 92,5 (46,2;146,6) 81,8 (49,4;117,3) -11,6 (-29,7;27)
Pernambuco 79,8 (43,8;122) 87 (59,9;115,6) 9 (-16,1;59,4) 69,8 (31,5;115,5) 104,8 (66,6;145,7) 50,1 (12;143,7)
Piauí 49 (21,8;82) 70,4 (48,4;94,3) 43,8 (3,6;160,8) 50,3 (17,7;93,3) 68,7 (43,1;97,9) 36,5 (-6,1;178,4)
Rio de Janeiro 113,2 (71,2;160,1) 77,6 (55,3;101,3) -31,5 (-43,8;-10) 128,5 (70,8;196,1) 98,7 (63,2;138,8) -23,2 (-38,8;5,4)
Rio Grande do Norte 53,2 (26,7;84,4) 68,4 (45,7;94) 28,5 (-7,2;103,3) 53,5 (22,8;92,1) 84 (52,4;123,4) 57 (8,2;180,2)
Rio Grande do Sul 89,1 (55,1;129,2) 67,2 (46,7;90,5) -24,6 (-37,2;-2,6) 103,7 (57,5;157,1) 80,3 (49,6;114,1) -22,5 (-36,5;1,2)
Rondônia 105,7 (58,6;159,8) 82,4 (57,4;110,3) -22 (-40,3;15,8) 81,8 (39,2;136,8) 85,9 (54,4;121,8) 5 (-26,4;73,5)
Roraima 86,5 (47,7;130,6) 92,5 (66,8;120,6) 6,9 (-15,6;59) 82,2 (39,5;133,8) 88,4 (57,3;121,5) 7,6 (-17,9;72,3)
Santa Catarina 93,6 (57,7;135,6) 66,9 (46;88,7) -28,5 (-41,7;-6,6) 91,8 (49,8;143) 76,5 (47,8;107,1) -16,7 (-33,4;15,5)
São Paulo 99,9 (62;144,6) 65,5 (45,9;86,5) -34,4 (-46,3;-14,3) 104,1 (57,6;159,8) 79,6 (51,1;113,1) -23,5 (-38,8;5,9)
Sergipe 80,5 (45,7;119,6) 81,4 (55,2;111,5) 1,2 (-23,9;46,9) 64 (29,9;105,5) 86,9 (53,4;123,4) 35,8 (-4,1;125,1)
Tocantins 58,7 (26,5;98,5) 81,1 (56,5;108,8) 38 (-4,1;153,9) 54,8 (20,9;100,6) 99,3 (60,2;146,9) 81,2 (22,4;268,4)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 10-6. – Número de mortes, taxas de mortalidade brutas e padronizadas por idade para todas as causas de morte atribuídas a IMC elevado, por grupo etário, no Brasil em 1990 e 2019, e variação percentual das taxas no período.

Grupo etário 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
Abaixo de 5 20.3 (8;37.7) 0.1 (0;0.2) 5.8 (2.5;10.8) 0 (0;0.1) -68.8 (-82.5;-39.7)
5-14 anos 3.9 (1.9;6.3) 0 (0;0) 3.2 (1.6;5.1) 0 (0;0) -10.4 (-33.3;23.2)
15-49 anos 14678.5 (8877.8;20807.9) 19.2 (11.6;27.1) 19019.1 (14656.4;23409) 16.5 (12.7;20.3) -14 (-27.5;14.5)
50-69 anos 36499.3 (22180.1;53036.6) 232.7 (141.4;338.1) 76441.7 (54807.4;99553.2) 189.5 (135.9;246.8) -18.6 (-29.6;2.6)
70+ anos 23064.2 (11761.5;37147.7) 545.2 (278;878.2) 82469.9 (53033.1;116025.8) 630.1 (405.2;886.5) 15.6 (-5.5;59.7)
Padronizada por idade 74266.2 (43491.7;110056.9) 84.4 (48.1;127.9) 177939.7 (124637.7;237783) 76.2 (52.9;102.1) -9.7 (-23.1;16.2)
Todas as idades 74266.2 (43491.7;110056.9) 49.9 (29.2;73.9) 177939.7 (124637.7;237783) 82.1 (57.5;109.7) 64.6 (42.2;107.4)

Tabela 10-7. – Número de mortes e taxas de mortalidade padronizadas por idade por doença cardiovascular atribuída a IMC elevado (por 100 mil), e variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas, 1990 e 2019.

Causa de morte e Local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
IMC elevado
Acre 54,3 (26,3;88,1) 32,9 (15,1;55,2) 240,7 (162;324,9) 39,4 (25,6;54,4) 19,7 (-9,2;92,6)
Alagoas 602,6 (298,9;970) 44,4 (21,4;72,2) 1771,2 (1198,6;2438,8) 54,5 (36,5;75,4) 22,7 (-7,3;89,6)
Amapá 35,8 (20,9;53,5) 35,1 (19,3;54,9) 197,1 (135,5;262,4) 36,8 (24,6;50,4) 4,7 (-14,7;42,6)
Amazonas 352,5 (205,6;520,2) 45,9 (25,7;70,8) 998,7 (674,7;1337,4) 34,4 (22,8;46,8) -25 (-38,9;-0,1)
Bahia 2885,5 (1491,2;4533,3) 42,2 (21,1;67,7) 6924,3 (4434,5;9803,3) 42,3 (26,9;59,8) 0,1 (-24,1;51,2)
Brasil 52.646,7 (30.085,3;78.950,7) 58,5 (32,7;89,7) 98.506,9 (66.815,9;133.940,7) 41,8 (28,1;56,8) -28,5 (-38,8;-8,6)
Ceará 1165,6 (535,6;1957) 28,6 (13;48,7) 4027,1 (2576,7;5720,1) 40,3 (25,6;57,4) 40,9 (2,3;132,4)
Distrito Federal 474,2 (311,9;658,5) 82,1 (49,6;120,5) 976,1 (663,5;1284,2) 43,3 (28;58,5) -47,2 (-56,5;-31,5)
Espírito Santo 806,5 (446,2;1222,5) 54,8 (29;85,3) 2070,4 (1400,5;2823,1) 47,8 (32,1;65,4) -12,9 (-31;26,8)
Goiás 1188 (602,6;1919,7) 54,8 (26,6;91,9) 2871,2 (1930,6;3989,4) 41 (27,3;57,6) -25,2 (-45,4;15,5)
Maranhão 835,9 (316,7;1531,8) 31,4 (11,6;58,7) 3369,1 (2093,2;4945,6) 50,7 (31;75) 61,6 (9,6;208,8)
Mato Grosso 368,8 (196,9;581,3) 44,2 (22,1;72,3) 1348,7 (914,3;1828,4) 40,8 (26,9;56,1) -7,9 (-30,1;42,4)
Mato Grosso do Sul 564 (324,8;844,1) 60,9 (33,8;94,8) 1326,7 (903,8;1798,1) 45,2 (30,2;61,7) -25,7 (-40,2;0,7)
Minas Gerais 5533 (2941,6;8429,9) 55,5 (28,4;87,4) 8966,4 (6002,5;12276,5) 33,7 (22,5;46,3) -39,2 (-51,4;-12,9)
Pará 947 (500,7;1486,5) 45,6 (23,1;73,8) 2780,4 (1825,6;3803,1) 39,2 (25,4;54,2) -14 (-33,6;27,9)
Paraíba 798,3 (387,4;1308,8) 35,2 (17,2;58,2) 2099,6 (1385,9;2931,4) 43,5 (28,8;60,4) 23,5 (-7,9;96)
Paraná 3348,7 (1894,5;4987,2) 69,1 (37,4;105,8) 5507,9 (3564,2;7725,2) 42 (27;59) -39,2 (-49,7;-18,6)
Pernambuco 2291,3 (1176;3613,6) 50,9 (25,4;81,3) 5351,1 (3592,7;7304,5) 53,1 (35,3;73,1) 4,4 (-16,8;51)
Piauí 475,8 (196,1;816,3) 34,5 (13,7;61) 1548,3 (1017,4;2156,1) 40,5 (26,6;56,2) 17,4 (-14,5;118,3)
Rio de Janeiro 8407 (5110,5;12228,9) 86 (51,1;126,6) 10.753,6 (7.228;14.568,8) 48 (32,2;65,1) -44,1 (-53,2;-27,8)
Rio Grande do Norte 526,5 (245,4;861,5) 33,3 (15,5;55) 1521,9 (977,9;2172,1) 38,4 (24,7;54,6) 15,4 (-15,8;85,6)
Rio Grande do Sul 4455,3 (2668,3;6541,9) 68,1 (39,9;100,4) 6132,7 (3977,2;8434,1) 39,5 (25,7;54,5) -41,9 (-50,4;-27,6)
Rondônia 221,7 (124,2;331,6) 63,7 (32,7;102,5) 696,4 (475,8;952,7) 45,3 (30,3;62,8) -28,9 (-45,6;5,2)
Roraima 31,1 (17,3;47,7) 52,7 (26,9;83,6) 150,4 (104,8;199,1) 43,5 (29,1;59,3) -17,4 (-34,7;24,4)
Santa Catarina 1628,2 (981,8;2402,5) 65,3 (38,5;100) 3055,7 (2029,3;4095,5) 38,6 (25,3;52,5) -40,9 (-50,6;-23,7)
São Paulo 14.175,3 (8.410,5;20.750,5) 71,6 (40,9;107,2) 22.149,9 (15.099,6;29.984,3) 41,3 (27,9;56,3) -42,3 (-51,9;-24,9)
Sergipe 320,9 (173,8;492,9) 41,9 (21,9;66,2) 956,8 (634,6;1320,9) 42,1 (27,9;58,6) 0,6 (-23,4;44,7)
Tocantins 152,9 (67,6;258,2) 38,9 (16,1;68,7) 714,7 (463,1;986,3) 50,3 (32,2;70,2) 29,4 (-7,6;134,9)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 10-8. – Taxas de mortalidade padronizadas por idade para doença cardiovascular atribuída a IMC elevado, por sexo, no Brasil e unidades federativas, em 1990 e 2019, e variação percentual das taxas no período.

Causa de morte e Local Feminino Masculino
1990 Taxa (II 95%) 2019 Taxa (II 95%) Variação percentual (II 95%) 1990 Taxa (II 95%) 2019 Taxa (II 95%) Variação percentual (II 95%)
IMC elevado
Acre 32,4(17;52) 34,5(23,7;46,3) 6,6(-20;65,5) 34,2(13,3;60,8) 44,8(27,4;64,7) 31,1(-5,3;138,8)
Alagoas 44,9(23,6;70,8) 52,1(35,1;70,8) 16(-15,1;81,4) 43,8(18,5;76,5) 56,9(34,2;83) 30(-8,7;125,4)
Amapá 32,7(18,8;49,3) 31,8(21,4;42,2) -2,8(-22,6;32,1) 37,6(18,6;60,8) 42(26,3;59,5) 11,8(-11,9;66,4)
Amazonas 47,2(27,3;70,1) 29,5(19,7;39,5) -37,5(-50,1;-15,8) 44,1(22,4;71,6) 39,3(24,8;56) -10,8(-31,6;35,7)
Bahia 43,7(23,9;68,7) 36(23,1;51,7) -17,5(-40;22,8) 40,5(17,3;69,9) 49,6(29,8;74,6) 22,5(-16,1;111,6)
Brasil 54,7(32,2;81,1) 36,2(25,4;48,4) -33,9(-43,7;-16,7) 62,1(32,4;98,6) 47,9(30,4;66,8) -22,8(-35,9;6,2)
Ceará 27,7(13,2;45,7) 36,3(23,2;51,8) 31,3(-9;128,3) 29,6(11,8;52,6) 44,5(26,2;66,2) 50,2(-0,7;188,2)
Distrito Federal 74,7(46,2;108,6) 37(23,9;51,4) -50,4(-60,4;-35,8) 92,7(51,8;141,2) 51,3(32,7;72,2) -44,6(-57,4;-21,5)
Espírito Santo 52,8(29,2;80,6) 40,7(27,5;55,5) -22,9(-40,7;9,6) 56,8(27,9;91,3) 55,5(35;79,3) -2,3(-28;52,5)
Goiás 54,8(28,6;89) 37,5(25,4;51,6) -31,6(-50,7;8,2) 54,7(23,3;93,9) 44,7(27,3;66,5) -18,2(-44,3;42)
Maranhão 21,9(9,1;39,4) 41,5(26,1;60,2) 89,9(27,4;262,4) 44(14,8;86,5) 62,2(34,7;98,8) 41,4(-8,9;193,3)
Mato Grosso 42,4(22,4;67,5) 36(24,3;49) -15,1(-36,9;28,3) 45,8(20,9;77,5) 45,3(28,9;64,1) -1(-29,5;65,5)
Mato Grosso do Sul 58,7(33,7;87,7) 39,5(26,8;53,7) -32,6(-46,3;-8,6) 62,7(32,3;99,6) 51,2(32,3;72,4) -18,3(-36,6;21,6)
Minas Gerais 54,2(30,4;81,5) 30,1(20,6;41,2) -44,5(-55,9;-21,8) 56,3(24,8;94,4) 37,5(23,3;53,8) -33,3(-50,3;12,1)
Pará 43,3(23,1;69,4) 32,7(21,7;45) -24,7(-42,7;16,7) 47,3(21,7;79,9) 45,9(28,1;65,8) -3(-29,4;56,1)
Paraíba 36(18,3;57,7) 39,4(26,9;54,9) 9,4(-19,9;77,9) 34,6(14,5;59,6) 48,2(29,2;69,8) 39,5(-2,3;147,5)
Paraná 66,9(38,1;100,1) 37,1(24,9;51,3) -44,5(-55,1;-25,5) 71(35,1;112,4) 47,2(28;69,5) -33,6(-47,6;-4,3)
Pernambuco 50,8(27,5;78,8) 45(30,2;61,9) -11,5(-31,4;29,2) 50,6(22,3;84,4) 62,9(39,3;89,1) 24,3(-7,4;100,1)
Piauí 31,7(13,8;54,2) 38,3(25,1;53,6) 20,9(-13,4;119,7) 37,7(13,1;70,7) 42,6(25,9;61,8) 13(-21,6;128,8)
Rio de Janeiro 76,5(47,9;110) 40,1(27,7;53,3) -47,6(-57,2;-31,5) 96,8(53;148,2) 57,7(36,1;81,9) -40,4(-52,8;-18,7)
Rio Grande do Norte 30,5(14,8;49,7) 31,8(20,4;45,2) 4,2(-24,7;66,3) 36,5(15,5;63,2) 46,1(27,8;68,6) 26,5(-13,5;124,4)
Rio Grande do Sul 60,5(36,6;87,9) 34,4(23,3;47,1) -43,2(-52,8;-26,6) 76,3(41,7;116,5) 45(27;64,8) -41,1(-51,6;-22,1)
Rondônia 68,8(36,8;105,7) 41,2(28,1;56,5) -40,1(-54,7;-11,5) 59,6(28,2;99,8) 49,3(31;71,5) -17,3(-42;35,9)
Roraima 48,6(26,2;74,9) 38,8(26,2;52,7) -20,1(-36,9;20) 55,6(26,4;92,2) 47,1(29,3;65,9) -15,3(-35,3;34,7)
Santa Catarina 62,1(37,4;91,4) 33,8(22,3;47) -45,6(-56;-27,5) 68,2(36,7;107,4) 43,4(26,7;61,3) -36,5(-49,7;-12,6)
São Paulo 65,5(39,5;96,3) 35,3(24,2;47,8) -46,1(-56,1;-29,6) 77,3(41,6;119,3) 47,9(30,7;68,1) -38(-50,2;-14,6)
Sergipe 42,8(23,7;65,1) 39,3(25,9;55,1) -8,1(-32,2;34) 40,3(18,6;68) 45,2(26,7;66,2) 12(-21,5;82,9)
Tocantins 37,9(16,6;65,6) 42,1(28,1;58,2) 11,2(-22,3;105,1) 39,5(14,7;73,3) 59,5(35,5;88) 50,5(1,6;202)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 10-9. – Número de mortes e taxas de mortalidade brutas e padronizadas por idade por doença cardiovascular atribuída a IMC elevado, por grupo etário, no Brasil, em 1990 e 2019, e variação percentual das taxas no período.

IMC elevado 1990 Número (II 95%) 1990 Taxa (II 95%) 2019 Número (II 95%) 2019 Taxa (II 95%) Variação percentual (II 95%)
15-49 anos 11.876,9 (7.042;16.974,1) 15,5 (9,2;22,1) 13.729,8 (10.494,6;16.942) 11,9 (9,1;14,7) -23,3 (-35,3;2,7)
50-69 anos 25.692,7 (15.086,6;37.700,4) 163,8 (96,2;240,3) 43.871,8 (30.231,8;58.205,9) 108,7 (74,9;144,3) -33,6 (-42,5;-16,5)
5-14 anos
70+ anos 15.077,1 (7.374,5;24.799,9) 356,4 (174,3;586,3) 40.905,3 (25.123,3;59.857,6) 312,5 (191,9;457,3) -12,3 (-28,3;20,2)
Padronizada por idade 58,5 (32,7;89,7) 41,8 (28,1;56,8) -28,5 (-38,8;-8,6)
Todas as idades 52.646,7 (30.085,3;78.950,7) 35,4 (20,2;53) 98.506,9 (66.815,9;133.940,7) 45,5 (30,8;61,8) 28,5 (11,1;63,2)
Abaixo de 5

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 10-10. – Números de DALYs e taxas de DALYs padronizadas por idade por todas as causas de morte atribuídas a IMC elevado (por 100 mil habitantes), em 1990 e 2019, e variação percentual das taxas no período, no Brasil e unidades federativas.

Causa de morte e Local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
IMC elevado
Acre 80,1 (40,3;128,7) 50,9 (23,5;84,4) 443,6 (305,1;590,6) 75,3 (50,7;102,5) 47,9 (11,7;140,2)
Alagoas 926 (477;1462,1) 69,8 (35,1;111,7) 3244,2 (2234,3;4349,1) 101,1 (69,1;137,2) 44,9 (9;123,8)
Amapá 53,2 (31,5;78,4) 54,7 (30,3;83,8) 365,3 (259,2;478,3) 71,5 (49,3;96,1) 30,6 (6,2;77,4)
Amazonas 525,2 (312,4;765,4) 70,6 (40,5;106,3) 2009,3 (1400,6;2636,9) 71,2 (49;94,7) 0,9 (-17,4;35,7)
Bahia 4395,5 (2318,1;6785,9) 65,3 (33,6;102,3) 13225,3 (8827,3;18489,3) 81,1 (54,1;113,1) 24,1 (-5,4;86,8)
Brasil 74.266,2 (43.491,7;110.056,9) 84,4 (48,1;127,9) 177.939,7 (124.637,7;237.783) 76,2 (52,9;102,1) -9,7 (-23,1;16,2)
Ceará 1762,6 (831,5;2903,1) 43,8 (20,4;72,5) 7194,6 (4786,1;10036,6) 72,5 (48,2;101,2) 65,4 (19,9;172,1)
Distrito Federal 657,1 (439;908,9) 121,9 (75,5;176,5) 1751,1 (1220,7;2263) 80,6 (54,6;107,6) -33,8 (-45,2;-14,6)
Espírito Santo 1089 (608,6;1642,8) 75,8 (40,9;117,6) 3588,6 (2472,9;4828,9) 83,7 (57,3;112,7) 10,4 (-13;61,5)
Goiás 1610,1 (830,7;2574,7) 76,8 (38,1;126,3) 5058,6 (3482;6954,6) 73,9 (50,3;101,7) -3,8 (-29,4;49,2)
Maranhão 1245,2 (489,7;2212,8) 48,2 (18,5;87,4) 5846,2 (3709,8;8423,6) 89 (56;128,6) 84,8 (25,5;250,7)
Mato Grosso 511,1 (276,4;794,5) 63,8 (32,6;101,1) 2471,7 (1734,2;3272,6) 76,8 (52,7;102,4) 20,5 (-9,1;85,8)
Mato Grosso do Sul 746,8 (436,4;1106,5) 83,3 (46,1;128,2) 2223,5 (1521,9;2976,5) 77 (52;103,9) -7,6 (-26;24,5)
Minas Gerais 7763 (4227,8;11827,3) 79,5 (41,8;123,4) 16660,8 (11377,3;22486,1) 62,7 (42,8;84,8) -21,1 (-36,5;13,9)
Pará 1320,3 (711,4;2041,6) 65,2 (33,7;103,8) 5128,9 (3498,2;6897,9) 74 (49,8;100,6) 13,5 (-12,8;70,3)
Paraíba 1273,5 (638,4;2048,7) 56,6 (28,1;91,7) 3974,9 (2740,4;5388,3) 82 (56,8;111,2) 45 (9,4;129,3)
Paraná 4468,1 (2563,7;6646,6) 94,2 (52,1;145) 10015,1 (6653;13717,2) 77,1 (50,8;106,2) -18,2 (-31,9;9,1)
Pernambuco 3345,4 (1772,7;5178,4) 75,4 (38,8;118,8) 9471,3 (6571,7;12641,6) 95,3 (65,8;128,2) 26,3 (0,7;83,6)
Piauí 669,5 (287,7;1133,6) 49,6 (20,4;86,2) 2676,8 (1799,4;3642,1) 70,1 (47,1;94,8) 41,3 (3,1;159,1)
Rio de Janeiro 11589,1 (7176,8;16646,3) 120,7 (72,9;175,6) 19470,2 (13465,9;26105,1) 87,3 (60,2;117,2) -27,7 (-39,7;-6,8)
Rio Grande do Norte 835,1 (404,9;1341) 53,2 (25,5;85,9) 2990,3 (1997;4137,2) 75,7 (50,4;104,7) 42,2 (4,4;128,1)
Rio Grande do Sul 6158,4 (3741,6;8880,7) 96,3 (56,6;142,5) 11470,3 (7637,2;15714,9) 73,8 (49,1;101,1) -23,3 (-34,4;-4,2)
Rondônia 306,4 (175,6;451,6) 92,2 (48,4;144,4) 1256,6 (872,4;1680,6) 84,2 (57,6;113,1) -8,7 (-29,9;33,9)
Roraima 47,4 (27,1;70,9) 84,5 (44,7;131,4) 305,1 (221;394,8) 91 (64,2;119,8) 7,8 (-14,7;58,5)
Santa Catarina 2262,4 (1388,2;3300,1) 93,3 (55,9;139,1) 5617,9 (3838,4;7494) 72,1 (49;96,8) -22,7 (-35,5;-1,7)
São Paulo 19864,6 (12062,3;28733,9) 102,9 (60,7;151,2) 38343,9 (26476,1;51560,4) 72,4 (49,6;97,8) -29,6 (-41;-9,3)
Sergipe 547,1 (307,2;815,2) 73,4 (39,6;112,1) 1885,1 (1288,8;2533,3) 84,4 (57,5;114,3) 14,9 (-11,8;65,8)
Tocantins 214 (97,3;356,9) 56,9 (24,3;99,6) 1250,5 (836,2;1702,4) 89,4 (59,9;122,4) 57,1 (11,6;185)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 10-12. – Número de DALYs, taxas de DALYs padronizadas por idade por doença cardiovascular atribuída a IMC elevado (por 100 mil habitantes), em 1990 e 2019, e variação percentual das taxas no período, no Brasil e unidades federativas.

Causa de morte e Local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
IMC elevado
Acre 1780,2 (889,4;2831,6) 883,9 (440;1418,2) 7206,1 (5100,2;9394,6) 1016,6 (702,7;1344,8) 15 (-11,4;79,5)
Alagoas 18827,9 (9699,9;29802,6) 1258,7 (648,4;1992) 50787,6 (35418;68595,7) 1487,6 (1027,8;2014,5) 18,2 (-10,2;77,2)
Amapá 1192,5 (719,1;1727,5) 957,2 (564,6;1414,6) 6210,3 (4496,9;8037,8) 994,6 (700,1;1313) 3,9 (-14,1;36,2)
Amazonas 11139,6 (6646;16127,6) 1182,8 (693,9;1745,6) 29209,5 (20703,6;38137,7) 898,5 (624,3;1187,5) -24 (-37,1;-0,6)
Bahia 89200,9 (47500,8;135753) 1206 (642,6;1848,6) 192247,1 (129702,6;260980,6) 1157,8 (781,1;1574,5) -4 (-27;40,7)
Brasil 1639034,2 (961484,2;2409951,1) 1611,6 (936,5;2376) 2696796,3 (1898493,9;3537093,7) 1108,9 (778,3;1460,7) -31,2 (-40,5;-12,4)
Ceará 34076,1 (16343,8;55265) 791,3 (381,9;1288,2) 107555,9 (72801,4;147276,2) 1052,9 (706,8;1446,7) 33,1 (-3,5;117,9)
Distrito Federal 16685,1 (11186,2;22749) 2031,2 (1322,9;2849,8) 27936 (19529,6;35968,2) 971 (668,6;1257,6) -52,2 (-59,9;-39,2)
Espírito Santo 25631,5 (14621,7;37654,9) 1506,1 (843,5;2239,7) 56314,7 (39334,5;74972,3) 1235,5 (864,8;1650,3) -18 (-34,3;14,2)
Goiás 39404,4 (20135,7;61905,7) 1525,8 (774,6;2442) 81966,4 (56554,9;110604,8) 1089,1 (745,8;1476,4) -28,6 (-48,1;8,5)
Maranhão 27659,1 (10640,5;49579,6) 950,3 (364,3;1710,5) 95781,1 (62438,9;135543,8) 1378,7 (888,2;1959,2) 45,1 (-3;180,4)
Mato Grosso 12499,7 (6759,1;19413,5) 1201,3 (643,5;1888,1) 39147,3 (27640,9;51142,7) 1069 (743,3;1406,8) -11 (-31,8;33,7)
Mato Grosso do Sul 18472,6 (10922,8;27010,7) 1676,8 (976,7;2488,9) 36983,9 (26120,2;48494,8) 1188 (836,9;1566,2) -29,2 (-42,1;-5,4)
Minas Gerais 178307,9 (96726,7;266926,7) 1573,5 (846,8;2377,1) 248509,9 (172433,1;331499,9) 933,9 (649,9;1243,3) -40,6 (-52,4;-16,3)
Pará 29622,4 (15900,2;45428,6) 1197 (637,6;1854,3) 81046 (55976,2;107682,3) 1049,9 (718;1411,2) -12,3 (-31,7;28,5)
Paraíba 22695,5 (11404,9;36547,5) 978,7 (497,2;1568) 54880,5 (37966,1;73798,1) 1165,1 (803,2;1567,4) 19 (-10,5;81,8)
Paraná 102453,2 (59672,3;149681,7) 1806,7 (1032,7;2664,8) 146167,1 (99521,6;198031,2) 1063,6 (719,1;1446,9) -41,1 (-51;-22,6)
Pernambuco 68159,2 (35857,2;104510) 1393,8 (728;2142,4) 149066,6 (103475,9;196806,9) 1418,1 (980,7;1879,4) 1,7 (-18,6;45,6)
Piauí 14484 (6173;24176,3) 930,8 (392,4;1565,3) 40804 (28043,3;54462) 1076,5 (738,6;1442,1) 15,7 (-15,3;109,8)
Rio de Janeiro 265346,7 (163837;376942,1) 2415,5 (1492,4;3462,6) 294309,2 (203915,1;389667,6) 1306,1 (905;1730,1) -45,9 (-54,6;-32)
Rio Grande do Norte 15080,4 (7424,1;23973,7) 915,4 (450,8;1457,1) 40596,4 (27349,8;55821,9) 1024,7 (691,1;1412,5) 11,9 (-16,1;73,8)
Rio Grande do Sul 134076,3 (82681;189686) 1812,7 (1106,9;2606) 154005,5 (103910,1;205502,3) 1003,2 (683,1;1332,5) -44,7 (-52,5;-32,3)
Rondônia 7633,3 (4329,7;11286,4) 1575 (856,2;2405,9) 20049,9 (14029,6;26530,5) 1168,3 (810,5;1568) -25,8 (-42,9;6,3)
Roraima 1085,3 (607,1;1643,6) 1310,2 (715,6;2019) 4525,5 (3246,3;5829,3) 1035,1 (726,4;1359,5) -21 (-36,8;13,5)
Santa Catarina 48419,9 (29534,7;69616,8) 1659,7 (1004;2418,4) 80459,3 (55267,9;107093,5) 946,7 (647,5;1260,8) -43 (-52,2;-27,3)
São Paulo 440645,2 (266543;633017,1) 1887,2 (1129,4;2747,7) 604648,5 (420556,1;807155,9) 1086,9 (754,4;1451,7) -42,4 (-51,5;-25,9)
Sergipe 9519,2 (5300,6;14142,7) 1093,9 (604;1638,1) 26778,2 (18413,5;36053,3) 1120,1 (765,6;1518) 2,4 (-21,7;44,2)
Tocantins 4936 (2229;8219) 996,3 (440,5;1672,6) 19603,7 (13269,9;26463,2) 1283,3 (859,7;1742,7) 28,8 (-7,3;125,2)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 10-11. – Número de DALYs, taxas de DALYs brutas e padronizadas por idade por todas as causas atribuídas a IMC elevado no Brasil, em 1990 e 2019, por grupo etário, e variação percentual das taxas no período.

Causa de morte e Local 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
IMC elevado
15-49 anos 861.762,6 (516.176,5;1.233.120,2) 1124,3 (673,5;1608,8) 1370603,6 (1.050.414,8;1.717.233,6) 1186,8 (909,5;1486,9) 5,6 (-11,6;44,5)
50-69 anos 1.295.145,7 (795.232,8;1.864.296,5) 8255,8 (5069,2;11883,8) 2.994.279,6 (2.154.207,4;3.881.777,3) 7422 (5339,7;9621,9) -10,1 (-22,2;13,7)
5-14 anos 6200,5 (2476,5;12237,7) 17,5 (7;34,6) 11291 (4692,6;22536,7) 35 (14,6;69,9) 99,5 (53,1;158,3)
70+ anos 412.245,5 (213.001,8;647.980,5) 9745,6 (5035,4;15318,4) 1.437.648,1 (953.535,3;1.955.964,7) 10984,1 (7285,3;14944,1) 12,7 (-7,1;54,6)
Padronizada por idade 2569,4 (1528,8;3742,3) 2404,5 (1733,3;3121,6) -6,4 (-19,6;19,1)
Todas as idades 2.579.849,9 (1.556.675,2;3.720770,6) 1733,4 (1045,9;2499,9) 5.817.938,7 (4.197.826,2;7.541.630) 2685,2 (1937,5;3480,8) 54,9 (33,7;96,5)
Abaixo de 5 4495,6 (1661,7;8306,5) 26,5 (9,8;49) 4116,5 (1548;8183,5) 26,6 (10;52,8) 0,1 (-37,3;55,2)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 10-13. – Taxas de DALYs por doença cardiovascular atribuída a IMC elevado, padronizadas por idade (por 100 mil habitantes), por sexo, em 1990 e 2019, e variação percentual das taxas no período, no Brasil e unidades federativas.

Causa de morte e Local Feminino Masculino
1990 Taxa (II 95%) 2019 Taxa (II 95%) Variação percentual (II 95%) 1990 Taxa (II 95%) 2019 Taxa (II 95%) Variação percentual (II 95%)
IMC elevado
Acre 1666,7 (945,5;2533) 2215,7 (1633,1;2831,2) 32,9 (5;90,2) 1462,7 (626,1;2473,2) 2477,1 (1665,7;3353,4) 69,4 (26,3;202,2)
Alagoas 2332,8 (1335,3;3446,4) 3140,8 (2273,2;4072,8) 34,6 (4;96,1) 2000,7 (894,3;3324,9) 3218,7 (2106,4;4491,3) 60,9 (16,5;177,9)
Amapá 1739,8 (1088,9;2470,2) 2201,4 (1625;2869,5) 26,5 (4,4;60,9) 1696,2 (917,9;2578,9) 2439,5 (1674,7;3243,9) 43,8 (15,6;105,3)
Amazonas 2213,9 (1411,8;3085,8) 2146,7 (1574,1;2758,1) -3 (-19,4;23,3) 1937,2 (1052,2;2967) 2412 (1655,5;3272,9) 24,5 (-1,5;80)
Bahia 2273,3 (1364;3342,5) 2393,3 (1694,4;3160,6) 5,3 (-18,2;48,7) 1872,6 (851,1;3100,8) 2828 (1877,7;3973,6) 51 (6,2;161,3)
Brasil 2522,2 (1618,1;3530,4) 2218,9 (1660,5;2838,6) -12 (-23,8;8,9) 2607,5 (1429,4;3944,7) 2606,2 (1811,8;3456,8) -0,1 (-16,5;36,8)
Ceará 1445,3 (749,4;2281,7) 2141,3 (1518,3;2869,9) 48,2 (8,6;135,5) 1311,6 (563,9;2209,6) 2384,6 (1546,8;3346,4) 81,8 (25,1;231,1)
Distrito Federal 3223,9 (2167,8;4339,7) 2101,8 (1524,3;2716,4) -34,8 (-44,7;-20) 3532,8 (2200,7;5211,7) 2622,5 (1830,6;3414,5) -25,8 (-39,8;-0,9)
Espírito Santo 2299,2 (1369,2;3332,5) 2367,6 (1715,7;3054,1) 3 (-17,2;39,6) 2302,7 (1204,6;3522,3) 2798 (1890,3;3832) 21,5 (-6;84,9)
Goiás 2409 (1360,3;3691,8) 2230,6 (1605;2906,5) -7,4 (-30,5;36,5) 2267,1 (1034;3714,1) 2441,9 (1619,5;3440,1) 7,7 (-24,4;83,1)
Maranhão 1294,4 (572,5;2152,6) 2534,5 (1733,4;3481,5) 95,8 (33,9;254,2) 1938,3 (708,5;3561,7) 3090,5 (1889,2;4607,6) 59,4 (3,1;222)
Mato Grosso 2039 (1201,2;3066,6) 2322,2 (1696,7;2988,7) 13,9 (-11,8;63,8) 1887 (929;3042) 2551,9 (1798;3417) 35,2 (-0,9;124,5)
Mato Grosso do Sul 2607,8 (1637,8;3665,6) 2345,2 (1719,7;3027) -10,1 (-26,4;16,3) 2534,7 (1380,1;3834,3) 2644,9 (1803,1;3572,2) 4,3 (-18,1;49,9)
Minas Gerais 2525,3 (1521,6;3620,3) 1987,2 (1443,5;2594,3) -21,3 (-35,7;5,1) 2368,8 (1119,3;3800) 2178 (1441,1;2993,5) -8,1 (-30,2;52,3)
Pará 1934,7 (1111,7;2925,6) 2204,2 (1600,9;2887,9) 13,9 (-10,9;63,4) 1924,2 (965,8;3098,7) 2540,5 (1704,3;3421,4) 32 (-1,7;108,5)
Paraíba 1899,2 (1060,3;2852,9) 2439,5 (1774,9;3210,3) 28,5 (-0,8;96,3) 1594,8 (721,9;2636,9) 2742,3 (1819,5;3764,3) 71,9 (23,7;195,3)
Paraná 2714,9 (1685,9;3894) 2208,6 (1595;2896,2) -18,7 (-32,2;5,6) 2724,5 (1450,3;4154,4) 2551,3 (1664,5;3540,3) -6,4 (-24,7;32,5)
Pernambuco 2406 (1411,2;3488,8) 2649,2 (1900,4;3456) 10,1 (-12;52,1) 2159,8 (1023,9;3415,9) 3236,4 (2147,8;4376,2) 49,8 (13,8;135,2)
Piauí 1477,2 (720,6;2368,7) 2204,5 (1603,4;2884,7) 49,2 (10,6;150,6) 1504,4 (573,7;2651,8) 2313,5 (1535,8;3212,2) 53,8 (7,4;209,8)
Rio de Janeiro 3436,9 (2263,2;4669) 2455,3 (1792,8;3163,6) -28,6 (-39,4;-10,7) 3970,5 (2328,9;5904,3) 3083,7 (2101,7;4138) -22,3 (-36,9;5,4)
Rio Grande do Norte 1726,8 (947,3;2643,6) 2215,7 (1544,3;2943,3) 28,3 (-0,8;91,8) 1660,8 (767;2717,1) 2688,8 (1800,5;3760,4) 61,9 (16,8;171,5)
Rio Grande do Sul 2588,6 (1691,5;3570,9) 2064,1 (1490,8;2671,4) -20,3 (-31,6;-0,6) 3051,2 (1777,5;4503,7) 2457,2 (1632,3;3370,7) -19,5 (-32,3;4,3)
Rondônia 2864,4 (1727,9;4164,1) 2500,5 (1825,5;3218,3) -12,7 (-29,4;17,4) 2306,9 (1185,4;3619,5) 2676,4 (1809,3;3626,4) 16 (-14,5;82)
Roraima 2485,3 (1513,2;3620,5) 2671,9 (1987,3;3404,1) 7,5 (-12,2;45,5) 2285,2 (1167,1;3580,1) 2652,2 (1828,6;3518,3) 16,1 (-11,2;77,4)
Santa Catarina 2588,5 (1693,7;3628,3) 1998,8 (1455,5;2620,4) -22,8 (-34,8;-3,5) 2643,6 (1500,7;3972) 2338,3 (1570,6;3175,8) -11,5 (-28,3;22,1)
São Paulo 2837,6 (1833,2;3917,5) 2053,6 (1507,5;2641,7) -27,6 (-38,7;-9,2) 3171,7 (1783,1;4669,5) 2531,2 (1733,6;3432,3) -20,2 (-35;8,7)
Sergipe 2331,9 (1433,6;3333,1) 2538,5 (1822,8;3342,3) 8,9 (-15,2;47,5) 1939,7 (981,7;3024,1) 2777,4 (1831,7;3783,5) 43,2 (5;129,3)
Tocantins 1721,5 (846,4;2717,9) 2523,8 (1842,5;3288,3) 46,6 (7,8;144,4) 1554,5 (636;2746,6) 2856,4 (1884,3;3998,6) 83,7 (27,8;251,3)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 10-7. – Número de YLLs (A), YLDs (B) e DALYs (C) por IMC elevado, todas as idades, ambos os sexos, Brasil, de 1990 a 2019.

Figura 10-7

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 10-8. – Taxas de YLLs (A), YLDs (B) e DALYs (C) por IMC elevado para todas as idades e padronizadas por idade, por 100 mil, ambos os sexos, Brasil, de 1990 a 2019.

Figura 10-8

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Panorama

•Segundo definição da OMS, obesidade é um acúmulo anormal ou excessivo de gordura que representa risco à saúde, sendo considerada presente quando o IMC é ≥ 30 kg/m2 . Trata-se de condição multifatorial, ligada não apenas ao desequilíbrio entre consumo e gasto calórico e, portanto, a uma dieta rica em alimentos com alto teor de açúcar e gordura, mas também a fatores genéticos, metabólicos, ambientais, econômicos, socioculturais, dentre outros, que levam, em última análise, ao acúmulo de gordura corporal. Além de inserida no grupo de DCNT, a obesidade é considerada um importante fator de risco para afecções como diabetes mellitus, hipertensão e DCV. A obesidade é atualmente considerada uma pandemia, com impacto tanto em países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento e repercussão nos níveis individual, social, familiar e financeiro dos indivíduos. O sobrepeso, definido como IMC acima de 25 kg/m2 , também se associa às complicações observadas nos obesos, com aumento crescente de tais complicações ocorrendo em paralelo ao aumento do IMC. 365 Apesar de o IMC apresentar limitações para avaliar excesso de peso, como a não definição da quantidade de gordura que contribui para o peso corporal, 366 essa variável é atualmente utilizada pela OMS para suas definições.

•As mortes e a carga de doença atribuídas a obesidade aumentaram globalmente entre 1990 e 2019, passando de 2,20 (II 95%, 1,21 - 3,43) para 5,02 (II 95%, 3,22 - 7,11) milhões de mortes e de 67,3 (II 95%, 38 - 104) para 160 (II 95%, 106 - 219) milhões de DALYs em números absolutos. A obesidade contribuiu para mais YLLs, 119 milhões (79,6 - 164), do que YLDs, 40,9 milhões (24,5 - 60,9), no mundo em 2019. Possivelmente a maior parte desse incremento (4,9% {7,3-24,6} mortes, 18% {2,2-42,3} DALYs e 8,3% [-6,6-31,2] YLLs) decorreu do crescimento e envelhecimento da população, demonstrados após padronização pela idade. 4

•A obesidade contribui para o agravamento da maioria dos fatores de risco cardiovascular, notadamente para a elevação de pressão arterial, glicemia e lipídios séricos, além de apresentar efeitos adversos decorrentes da inflamação sérica e alteração da estrutura e função cardíacas. Essa associação se manifesta na relação existente entre obesidade e aumento da prevalência de hipertensão, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e fibrilação atrial, dentre outras. Assim, ainda que não se tenha alcançado consenso sobre a questão de a obesidade ser considerada uma doença ou um fator de risco, este capítulo procura abordá-la como fator de risco cardiovascular. 367

•Importante ressaltar que, para a padronização por idade das taxas, foi empregada a população global usada pelo GBD.

Prevalência

•A Tabela 10 -1 mostra a prevalência de excesso de peso e obesidade na população total com idade a partir de 18 anos, por sexo e grupos etários, no Brasil, em 2019, segundo dados antropométricos aferidos pela PNS. No Brasil, o percentual de adultos (≥18 anos de idade) com excesso de peso e obesidade em 2019 foi de 57,5% (IC 95%, 54,8 - 60,2) e 21,8 % (IC 95%, 19,2 - 24,7) para os homens, e de 62,6% (IC 95%, 59,1 - 66,0) e 29,5% (IC 95%, 25,4 - 34,0) para as mulheres. Observa-se aumento progressivo do excesso de peso com o incremento da idade, variando de 33,7% (IC 95%, 27,4 - 40,6) [masculino: 25,7% (IC 95%, 19,1 - 33,7); feminino: 41,7% (IC 95%, 31,1 - 53,1)] no grupo etário de 18-24 anos a 70,3% (IC 95%, 67,4 - 73,1) [masculino: 67,1% (IC 95%, 62,1 - 71,8); feminino: 73,1% (IC 95%, 68,8 -77,0)] no grupo etário de 40-59 anos. A partir dos 60 anos, há uma pequena redução da prevalência, 64,4% (IC 95%, 60,5 - 68,1) [masculino: 63,3% (IC 95%, 56,9 - 69,2); feminino: 65,3% (IC 95%, 60,3 - 69,7)]. O mesmo aconteceu com a obesidade, com aumento progressivo com a idade, variando de 10,7% (IC 95%, 7,7 - 14,7) [masculino: 7,9% (IC 95%, 4,8 - 12,8); feminino: 13,5% (IC 95%, 8,8 - 20,4)] no grupo etário de 18-24 anos a 34,4% (IC 95%, 29,7 - 39,4) [masculino: 30,2% (IC 95%, 24,8 - 36,3); feminino: 38,0% (IC 95%, 32,3 - 44,0)] no grupo etário de 40-59 anos. A partir dos 60 anos, há uma pequena redução da prevalência, 24,8% (IC 95%, 20,9 - 29,1) [masculino: 21,2% (IC 95%, 15,6 - 28,1); feminino: 27,5 (IC 95%, 23,0 -32,5)]. Nota-se que a prevalência de excesso de peso e obesidade foi maior no sexo feminino em todos os grupos etários.

•A Tabela 10 -2 mostra o percentual de adultos com excesso de peso, segundo método de imputação (IMC_i ≥ 25 kg/m2), por sexo, segundo as capitais dos estados brasileiros e Distrito Federal com base na Pesquisa Vigitel 2019. Campo Grande, Cuiabá, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram percentuais superiores aos nacionais para ambos os sexos. Para os homens, as capitais Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiana, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife e Rio Branco apresentaram percentuais superiores ao nacional. Nota-se que, para o excesso de peso nas mulheres, houve menor número de capitais acima da média nacional: Manaus, Natal, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Distrito Federal.

•A Tabela 10 -3 apresenta o percentual de adultos com obesidade, segundo método de imputação (IMC_i ≥ 30 kg/m2), por sexo, segundo as capitais dos estados brasileiros e Distrito Federal, a partir da Pesquisa Vigitel 2019. Aracajú, Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Macapá, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Branco e Rio de Janeiro apresentaram percentuais superiores aos nacionais para ambos os sexos. Para os homens, as capitais Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Goiânia, Macapá, Manaus, Natal, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco e Rio de Janeiro estavam acima do percentual nacional de obesidade. As mulheres apresentaram percentual superior ao dos homens para obesidade, comportamento oposto ao observado para o excesso de peso. As capitais com percentual de mulheres acima da média nacional foram Aracajú, Campo Grande, Cuiabá, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro e São Paulo.

•Felisbino-Mendes et al ., empregando dados do estudo GBD 2017, demonstraram que a prevalência de obesidade, padronizada para idade, no Brasil foi maior no sexo feminino (29,8%) do que no masculino (24,6%) em 2017. Porém, os homens apresentaram maior aumento da obesidade (244,1%) do que as mulheres (165,7%) no período de 1990 a 2017. Um aumento anual de mais de 300% foi observado na maior parte dos estados do Norte e Nordeste para os homens, provavelmente devido ao atraso da transição epidemiológica nessas regiões geográficas. Mais da metade da população estava acima do peso na maioria dos estados brasileiros, exceto Maranhão e Piauí. 368 Esses achados são consistentes com os do estudo que observou maior prevalência de obesidade em populações menos favorecidas, que migraram da desnutrição para a supernutrição, contribuindo para a nutrição inadequada em todo o mundo. 369

•Flores-Ortiz et al ., estudando dados autorrelatados de peso e altura de 572.437 adultos nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, de 2006 a 2016, de ambos os sexos, estimaram a prevalência geral de obesidade e observaram aumento de 11,7% para 18,1% em homens, e de 12,1% para 18,8% em mulheres, que foi mais acentuada também nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 370

•Araújo et al ., empregando dados da Pesquisa Vigitel de 2008 a 2015, observaram aumento de sobrepeso e obesidade em mulheres brasileiras em idade reprodutiva, que ocorreu independentemente de idade, educação formal, estado civil, raça/cor e região de residência (exceto para mulheres de 30 a 39 anos, negras e que vivem na região Sul). Os autores salientam que, em comparação aos dados da população geral, observaram maior incremento de obesidade entre mulheres de 18 a 49 anos e aumento na prevalência de sobrepeso entre mulheres de 18 a 29 anos no período, apontando para a ocorrência precoce desse fator de risco para DCV e para DCNT. 371 Importante lembrar que a Pesquisa Vigitel utiliza diagnóstico autorrelatado pelo entrevistado.

•Realizou-se estudo transversal de base populacional em 2002 e 2003 com participantes do “Inquérito domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenças e agravos não transmissíveis”, composto por 23.457 indivíduos com idade a partir de 15 anos, residentes em 16 capitais (Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória). Esse estudo analisou 3.142 idosos, dos quais 1.868 (59,4%) eram mulheres e 1.274 (40,6%), homens. A média de idade foi 69,5±0,19 anos e 1.742 (55,4%) tinham idade entre 60 e 69 anos. A prevalência de obesidade foi de 17,7% na faixa de 60-69 anos, 22,9% na faixa de 70-79 anos e 17,5% a partir dos 80 anos. A obesidade foi mais frequente entre mulheres (19,3%; IC 95%, 16,6-22,3; χ2= 9,5; p = 0,03). 372

•Estudo com 157 mulheres pós-menopausa atendidas em dois ambulatórios públicos da cidade de São Paulo observou média de IMC de 28,0 kg/m2 e 34,4% de obesidade, que foi classificada como classe I em 26,1%, classe II em 5,7% e classe III em 2,6%. Houve associação estatisticamente significativa da prevalência de obesidade global com o grau de instrução (p=0,006), a prática de atividade física (p<0,001), o uso de terapia hormonal na menopausa (p=0,007) e a paridade (p=0,002). A prevalência de obesidade abdominal foi de 73,8%. A proporção de mulheres com obesidade abdominal foi maior entre aquelas com até 7 anos de escolaridade (p=0,030). 373

•Estudo transversal de base populacional em que foram utilizados dados coletados pela PNS de 2013 relatou IMC ideal (<25 kg/m2) em 46,8% das mulheres (IC 95%, 45,5 - 48,1), 40,5% dos homens (IC 95%, 39 - 42) e 43,7% do total (IC 95%, 42,7 - 44,7). Na estratificação por faixa etária, a prevalência de IMC ideal foi de 54,2% (IC 95%, 52,4 - 55,8) entre 18 e 35 anos, 36,8% (IC 95%, 35,4 - 38,2) entre 36 e 59 anos e 40,9% (IC 95%, 38,6 - 43,2) a partir dos 60 anos. O IMC ideal foi mais frequente na região Nordeste (47,5%) e menos frequente na região Sul (40,4%) do Brasil. 374

•O ELSA-Brasil é uma coorte de 15.105 servidores ativos ou aposentados, voluntários, de universidade ou instituições de pesquisa de 6 cidades do Brasil, inscritos entre agosto de 2008 e dezembro de 2010, com idade entre 35 e 74 anos, majoritariamente composta por mulheres (54%) e adultos de meia-idade (78% com idade <60 anos). Um subestudo que incluiu 14.545 participantes com idades entre 35 e 74 anos, com maioria (54,1%) de mulheres, observou que 22,7% (n = 3.298) eram obesos e 40,8% (n = 5.934) apresentavam sobrepeso. Reportou classificação em “estado metabolicamente saudável”, por múltiplos critérios, em 12,0% (n = 396) de obesos e 25,5% (n = 1514) de sobrepeso, que foi associado a menor idade, sexo feminino, menor IMC e mudança de peso a partir dos 20 anos em todas as categorias de IMC. 375 Um subestudo incluindo 6.453 homens e 7.686 mulheres avaliou a associação do IMC e da circunferência da cintura com a classe sócio-ocupacional e observou que, para as mulheres, os efeitos da classe sócio-ocupacional baixa e média foram maiores para aquelas com circunferência da cintura entre 80 e 88 cm ou sobrepeso, e para os homens, a classe sócio-ocupacional baixa e média se associou com circunferência da cintura adequada ou IMC normal. 376 Outro subestudo que avaliou toda a coorte reportou que a prevalência de sobrepeso foi maior nos homens e a obesidade foi mais comum nas mulheres. Tempo insuficiente para cuidados pessoais e lazer foi associado com sobrepeso (RP = 1,29; IC 95%, 1,04 - 1,61) e obesidade (RP = 1,65; IC 95%, 1,28 - 2,12) nas mulheres que trabalhavam mais de 40 horas/semana e os autores concluíram que os resultados decorrem das desigualdades de gênero envolvendo as relações entre tempo e saúde. 377 Outro estudo empregando modelos de regressão logística multinível ajustados para idade, educação, cor da pele, estado de residência, nível individual, pontuação de coesão social e violência percebida mostrou que as mulheres que vivem em áreas menos coesas socialmente e bairros considerados mais violentos tiveram maiores chances de obesidade em comparação com suas contrapartes (OR 1,25, IC 95%, 1,02 - 1,53; OR 1,28, IC 95%, 1,04 - 1,56, respectivamente). 378

Crianças e Adolescentes

•O aumento da prevalência de obesidade também foi observado em crianças e adolescentes brasileiros. Meta-análise de 21 estudos com 18.463 crianças/adolescentes brasileiros estimou prevalência de 14,1%, sendo 16,1% nos meninos e 14,95% nas meninas, sem diferença significativa entre os sexos (RP = 1,06; IC 95%, 0,81 - 1,40; p> 0,05). 379

•O estudo ERICA avaliou 73.399 alunos, 55,4% do sexo feminino, com média de idade de 14,7±1,6 anos. A prevalência de obesidade foi de 8,4% (IC 95%, 7,9 - 8,9), menor na região Norte e maior na região Sul e, quanto ao sexo, maior no masculino. Adolescentes obesos apresentaram maior prevalência de hipertensão, 28,4% (IC 95%, 25,5 - 31,2), do que adolescentes com sobrepeso, 15,4% (IC 95%, 17,0 - 13,8), ou eutróficos, 6,3% (IC 95%, 5,6 - 7,0). A fração de hipertensão atribuível à obesidade foi de 17,8%. 299

•Revisão sistemática com meta-análise publicada por Sbaraini et al. em 2021 compilou dados de 151 estudos de prevalência de sobrepeso e obesidade em adolescentes brasileiros de 10 a 19 anos. Observou-se aumento na prevalência de sobrepeso nas últimas décadas: 8,2% (IC 95%, 7,7 - 8,7) até 2000, 18,9% (IC 95%, 14,7 - 23,2) de 2000 a 2009, e 25,1% (IC 95%, 23,4 - 26,8) de 2010 em diante, padrão que foi similar para a prevalência de obesidade. As regiões Sudeste e Sul tiveram maiores prevalências de sobrepeso e obesidade, sem diferença entre os sexos. 337

•Os determinantes do aumento da prevalência de obesidade incluem mudanças na alimentação, meio ambiente, maior oferta de alimentos de alto teor energético, marketing , urbanização e redução do tempo e espaço para atividades físicas. 380

Incidência

•Estudo derivado da coorte do ELSA-Brasil com seguimento de 3,8 anos de 13.625 homens e mulheres de 35-74 anos, incluídos no período de 2008-2010, demonstrou incidência global de 7,7% e 10,6% para sobrepeso e obesidade, respectivamente. Os maiores percentuais foram observados entre as mulheres com baixa escolaridade (35,0%) e negras (28,5%), e nos homens jovens (21,1%). Os autores reportaram também aumento de sobrepeso com idade, baixa de renda per capita e menor escolaridade. 381

•Empregando dados da Pesquisa Vigitel, foram estimadas a incidência e a persistência da obesidade entre brasileiros adultos no período de 2006 a 2009. Os autores observaram que a incidência do excesso de peso aos 20 anos é estimada em 40% para os homens e 30% para as mulheres. A persistência da obesidade, por sua vez, é estimada em 65% no sexo masculino e 47% no feminino. Os autores apontam a necessidade da elaboração de políticas públicas, particularmente para jovens, que reduzam os riscos dietéticos e promovam a atividade física. 382

Mortalidade

•Meta-análise de 239 estudos prospectivos demonstrou relação consistente de sobrepeso e obesidade (em todos os graus) com mortalidade por todas as causas em diferentes populações no mundo. Os autores questionaram a hipótese de que houvesse obesos metabolicamente saudáveis. 383

•Em 1.450 indivíduos com 60 anos ou mais do Estudo de Coorte de Envelhecimento de Bambuí, observou-se que o IMC contínuo (HR 0,85; IC 95%, 0,80 - 0,90) relacionou-se inversamente à mortalidade, mesmo após ajustes para as variáveis confundidoras. Obesidade ocorreu em 12,5% dos idosos e foi positivamente associada com sexo feminino, maior renda familiar e presença de hipertensão e diabetes, e inversamente com atividade física. Sobrepeso foi inversamente (HR 0,76; IC 95%, 0,61 - 0,93) associado a mortalidade. Indivíduos com IMC entre 25 kg/m2 e 35 kg/m2 tiveram as menores taxas absolutas de morte em 10 anos de acompanhamento. Os autores concluem que os pontos de corte usuais de IMC não devem ser usados para a elaboração de políticas públicas para idosos no Brasil. 384

Mortalidade por Todas as Causas Atribuíveis a IMC Elevado

•A Tabela 10 -4 apresenta as taxas de mortalidade por todas as causas atribuídas a IMC elevado, padronizadas por idade, por 100 mil habitantes, em 1990 e 2019, e a variação percentual das taxas no período, no Brasil e UF (GBD 2019). Os maiores decréscimos dos percentuais de mortalidade ocorreram nos estados com maior renda no Brasil. O Distrito Federal apresentou a maior redução -33,8 (-45,2;-14,6), seguido de São Paulo -29,6 (-41;-9,3), Rio de Janeiro -27,7 (-39,7;-6,8), Santa Catarina -22,7 (-35,5;-1,7), Minas Gerais -21,1 (-36,5;13,9), Paraná -18,2 (-31,9;9,1), Bahia -9,7 (-23,1;16,2), Rondônia -8,7 (-29,9;33,9), Mato Grosso do Sul -7,6 (-26;24,5) e Goiás -3,8 (-29,4;49,2). Quanto à obesidade nos homens, segundo a Tabela 10 -5, a maioria das UF apresentou variação percentual positiva nas taxas de morte decorrente de IMC elevado, que variou de 7,6 (-17,9;72,3) em Roraima a 63,1(4,4;230,1) no Maranhão.

•Quanto à obesidade nas mulheres, segundo a Tabela 10 -5, a maioria dos estados apresentou variação percentual positiva das mortes dela decorrentes, com variação de 1,2 (-23,9;46,9) em Sergipe a 109 (39,4;294,2) no Maranhão, exceto o Distrito Federal, que apresentou a maior redução -38,2 (-49,9;-20,6), seguido de São Paulo -34,4 (-46,3;-14,3), Rio de Janeiro -31.5 (-43,8;-10), Santa Catarina -28.5 (-41,7;-6,6), Minas Gerais -27,6 (-42,6;1,4), Paraná -24,5 (-38,5;2,3), Rio Grande do Sul -24,6 (-37,2;-2,6), Mato Grosso do Sul -14,5 (-32;16,7), Amazonas -13 (-30,5;17,1), Goiás -10,4 (-35,9;42,1) e Espírito Santo -1,3 (-24,9;43,5). Os maiores decréscimos dos percentuais de mortalidade ocorreram no Brasil para as mulheres, -16,3 (-28,8;6), em relação aos homens, -2,1 (-19;35,5) ( Tabela 10 -5).

•A Tabela 10 -6 mostra o número de mortes, as taxas de mortalidade brutas e padronizadas por idade para todas as causas de morte atribuídas a IMC elevado no Brasil, por grupo etário, em 1990 e 2019, além da variação percentual no período, segundo dados do GBD 2019. Observa-se redução percentual de -9,7 (-23,1;16,2) se considerarmos as taxas padronizadas por idade no período.

•A Figura 10-1 mostra aumento do número de mortes por todas as causas atribuídas a IMC elevado, em todas as idades no Brasil. Na Figura 10-2 , observam-se as taxas de mortalidade brutas e padronizadas por idade por todas as causas atribuídas a IMC elevado de 1990 a 2019. Enquanto as taxas brutas aumentaram, as padronizadas por idade apresentaram estabilidade no período, sugerindo que um fator determinante do aumento seja o envelhecimento da população. Segundo Brant et al ., quanto ao ranking das taxas de mortalidade padronizadas por idade por DCV atribuíveis aos fatores de risco, segundo sexo, em 1990 e 2019, houve ascensão do IMC elevado, passando de 6ª posição para 3ª nas mulheres e de 7ª para 4ª nos homens. 269

Figura 10-2. – Taxa de mortalidade por todas as causas atribuídas a IMC elevado, por 100 mil, todas as idades e padronizada por idade, no Brasil, de 1990 a 2019.

Figura 10-2

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A distribuição da mortalidade proporcional atribuída ao IMC elevado, por faixa etária e por sexo, pode ser vista na Figura 10-3 . Observamos maior mortalidade proporcional devido a IMC elevado entre 50 e 69 anos em homens e mulheres, com predomínio das mulheres dessas faixas etárias. A mortalidade proporcional padronizada pela idade foi 84,4 (48,1;127,9) em 1990 e 76,2 (52,9;102,1) em 2019, com variação percentual de -9,7 (-23,1;16,2).

Figura 10-3. – Mortalidade proporcional por todas as causas atribuídas a IMC elevado, de acordo com grupo etário e sexo, no Brasil, 2019.

Figura 10-3

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A Figura 10-4 mostra as taxas de mortalidade por doenças atribuídas a IMC elevado, padronizadas por idade, estratificadas por todas as causas, no Brasil, 1990 e 2019, segundo o GBD 2019. O IMC elevado contribuiu predominantemente para mortalidade por: doença isquêmica do coração [número de mortes: 21.732,5 (11.703,8;34.207,7) em 1990 e 45.210,1 (29.102,5;63.084,1) em 2019; mortalidade proporcional: 25,1% (13,2%; 40,2%) em 1990 e 19,1 (12,2%; 27,0%) em 2019]; AVC [número de mortes: 24.398,5 (14.209,8;35.441,2) em 1990 e 35.124,7 (24.073,7;46.859,7) em 2019; mortalidade proporcional: 25% (14,2%;37,1%) em 1990 e 14,6% (9,9%;19,6%) em 2019]; e diabetes [número de mortes: 10.862,5 (6.997,5;15.055,0) em 1990 e 33.811,0 (24.964,7;43.247,8) em 2019; mortalidade proporcional: 12,2% (7,7%;17,3%) em 1990 e 14,5% (10,5%;18,6%) em 2019]. A contribuição para todas as causas de morte foi 74.266,2 (43.491,7;110.056,9) e 177.939,7 (124.637,7;237.783,0) em números de mortes em 1990 e 2019, respectivamente.

Figura 10-4. – Taxas de mortalidade por doenças atribuídas a IMC elevado padronizadas por idade, estratificadas por todas as causas, no Brasil, 1990 e 2019.

Figura 10-4

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

• A Figura 10-5 mostra as taxas de mortalidade padronizadas por idade por causas específicas atribuídas a IMC elevado, por 100 mil habitantes, para todas as idades, por sexo, nas UF, segundo o GBD 2019. Observa-se que a mortalidade variou nas UF de forma diferente para os sexos. As maiores taxas de mortalidade padronizadas por idade para DCV e diabetes atribuídas a IMC elevado nas mulheres (por 100 mil habitantes) foram observadas em Alagoas (52,1), Pernambuco (45,0), Tocantins (42,1), Espírito Santo (40,7), Maranhão (40,5), Rondônia (40,2) e Rio de Janeiro (40,1). Nos homens, essas taxas foram maiores em Pernambuco, Maranhão, Rio de Janeiro, Tocantins e Alagoas. Felisbino-Mendes et al . reportaram que, em 2017, a obesidade foi responsável por 12,3% das mortes por todas as causas, perfazendo um total de 165.954 mortes. A mortalidade proporcional atribuída a IMC elevado foi mais expressiva nas mulheres (14,6%, II 95%, 10,7 - 18,9) do que nos homens (10,5%, II 95%, 7,2 - 14,1). 368

Figura 10-5. – Taxas de mortalidade padronizadas por idade por causas específicas atribuídas a IMC elevado, por 100 mil habitantes, de acordo com o sexo (mulheres à esquerda e homens à direita), por unidade federativa do Brasil em 2019. As barras coloridas representam as causas específicas de morte conforme a legenda.

Figura 10-5

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

•A Figura 10-6 mostra a correlação entre o SDI de 2019 e a variação percentual das taxas de mortalidade por DCV atribuída ao IMC elevado, padronizadas por idade, entre 1990 e 2019, em todas as idades e ambos os sexos. Nota-se que a diminuição da mortalidade por DCV atribuída a IMC elevado foi correlacionada com melhora nas condições socioeconômicas das UF e provavelmente decorreu da transição epidemiológica tardia com competição de causas de mortes nas regiões com menor renda.

Figura 10-6. – Correlação entre o Índice Sociodemográfico (SDI) de 2019 e a variação percentual das taxas de mortalidade por doença cardiovascular atribuída a IMC elevado, padronizadas por idade, entre 1990 e 2019.

Figura 10-6

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Mortalidade por Doenças Cardiovasculares Atribuídas a IMC Elevado

•As Tabelas 10-7 e 10-8 mostram números de mortes e taxas de mortalidade padronizadas por idade por DCV atribuída a IMC elevado, por 100 mil habitantes, e a variação percentual das taxas, no Brasil e suas UF, em 1990 e 2019 (GBD 2019). Com relação aos homens, a maioria das UF apresentou variação percentual negativa das mortes decorrentes de IMC elevado, que variou de -1 (-29,5;65,5) no Mato Grosso a -44,6 (-57,4;-21,5) no Distrito Federal. Os maiores decréscimos dos percentuais de mortalidade ocorreram nas UF com maior renda no Brasil. As maiores variações percentuais positivas nos homens ocorreram nos estados das regiões Norte [Tocantins 50,5 (1,6;202,0)] e Nordeste [Ceará 50,2 (-0,7;188,2)]. No Brasil, ocorreu variação negativa das taxas de mortalidade por DCV atribuíveis a IMC elevado para os homens [-22,8 (-35,9;6,2)].

•Com relação às mulheres, a maioria dos estados apresentou variação percentual negativa das mortes por DCV decorrentes de IMC elevado, que variou de -2,8 (-22,6;32,1) no Amapá a -50,4 (-60,4;-35,8) no Distrito Federal. Os maiores decréscimos nos percentuais de mortalidade ocorreram nas UF com maior renda no Brasil. As maiores variações percentuais positivas nas mulheres ocorreram nos estados da região Nordeste [Maranhão 89,9 (27,4;262,4)]. No Brasil ocorreu variação negativa das taxas de mortalidade por DCV atribuíveis a IMC elevado para as mulheres [-33,9 (-43,7;-16,7)] maior do que para os homens [-22,8 (-35,9;6,2)] ( Tabela 10 -8).

•A Tabela 10 -9 apresenta o número de mortes, as taxas de mortalidade brutas e padronizadas por idade para as DCV atribuídas a IMC elevado no Brasil, em 1990 e 2019, por grupo etário, além da variação percentual das taxas no período, segundo dados do GBD 2019. Observa-se variação percentual de -28,5 (-38,8;-8,6) se considerarmos as taxas padronizadas para todas as idades no período.

Carga de Doença

Carga de Doença por Todas as Causas Atribuídas a IMC Elevado

•A Tabela 10 -10 mostra os DALY em números absolutos, suas taxas padronizadas por idade (por 100 mil habitantes) por todas as causas de morte atribuídas a IMC elevado, em 1990 e 2019, e a variação percentual das taxas no Brasil e UF (GBD 2019). Em relação à carga de doença no Brasil em 2019, a obesidade foi responsável por 177.939,7 (124.637,7;237.783) DALYs [76,2 (52,9;102,1) por 100 mil habitantes]. A variação percentual foi de -9,7 (-23,1;16,2) em relação a 1990, para o qual foram estimados 74.266,2 (43.491,7;110.056,9) DALYs [84,4 (48,1;127,9) por 100 mil]. As UF da região Norte [Maranhão 84,8 (25,5;250,7)] e Nordeste [Ceará 65,4 (19,9;172,1)] apresentaram as maiores variações percentuais positivas.

•A Tabela 10 -11 mostra o número de DALYs, suas taxas brutas e padronizadas por idade por todas as causas atribuídas a IMC elevado no Brasil, em 1990 e 2019, por grupo etário, além da variação percentual das taxas no período, segundo dados do GBD 2019. Observa-se que a maior variação percentual positiva ocorreu em crianças e adolescentes, de 5 a 14 anos [99,5 (53,1;158,3)].

•Nas Figuras 10-7 e 10-8, observamos a representação gráfica dos números absolutos e das taxas padronizadas por idade e por todas as idades dos YLLs, YLDs e DALYs atribuídos a IMC elevado, de 1990 a 2019, no Brasil, respectivamente. Nota-se tendência de crescimento de todos os números absolutos e das taxas brutas por 100 mil habitantes. Já as taxas padronizadas por idade dos DALYs e YLLs apresentaram tendência de queda no período, enquanto as de YLDs aumentaram, sugerindo um impacto crescente na morbidade causada pela obesidade mesmo independentemente do envelhecimento da população. Felisbino-Mendes et al . estimaram que os DALYs, para ambos os sexos, tiveram aumento de 96% e 42% pelo envelhecimento e crescimento da população, respectivamente, e aumento de 130% pela mudança de exposição ao risco. 368

•A Figura 10-9 mostra as taxas de DALYs padronizadas por idade para causas específicas atribuídas a IMC elevado, por 100 mil habitantes, nas UF, para todas as idades, de acordo com o sexo, segundo o GBD 2019. Observa-se que os DALYs variaram nas UF de forma diferente para os sexos. Diabetes e doenças renais foram as segundas maiores causas de DALYs atribuídos a IMC elevado, sendo precedidas pelas DCV.

Figura 10-9. – Taxas de DALYs padronizadas por idade para causas específicas atribuídas a IMC elevado, por 100 mil habitantes, de acordo com o sexo (mulheres à esquerda e homens à direita), por unidade federativa em 2019. As barras coloridas representam as causas específicas de morte conforme a legenda.

Figura 10-9

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

As maiores taxas de DALYs padronizadas por idade por diabetes e doenças renais atribuídas a IMC elevado nas mulheres (por 100 mil habitantes) foram observadas em Alagoas (1.320,1), Roraima (1.250,8), Sergipe (1.253,6), Pernambuco e Maranhão (1.013,5), Paraíba (990,4), Rondônia (989,3) e Tocantins (981,7). Em relação aos homens, essas taxas (por 100 mil habitantes) foram maiores em Alagoas (1.263,9), Sergipe (1.168,1), Maranhão (1.130,8), Pernambuco (1.104,7), Bahia (1.086,2), Roraima (1.071,7), Paraíba (1.047,4), Rio de Janeiro (1.042,5) e Rio Grande do Norte (1.024,5).

Carga de Doença Cardiovascular Atribuível a IMC Elevado

•Em relação à carga de doença em 2019, IMC elevado foi responsável por 177.939,7 (II 95%, 124.637 - 237.783) DALYs por DCV [76,2 (II 95%, 52,9 - 102,1) por 100 mil habitantes], com maior relevância para a doença isquêmica do coração [45.210,1 (II 95%, 29.102,5 - 63.084,1)] e AVC [35.124,7 (II 95%, 24.073,7 - 46.859,7)]. Esse fator de risco contribuiu, no Brasil, em 2019, para 5.817.938,7 (II 95%, 4.197.826,2 - 7.541.630) DALYs [2.404,5 (II 95%, 1.733,3 - 3.121,6) por 100 mil habitantes]. O percentual de redução foi de -6,4 (II 95%, -19.6 a 19.1) em relação a 1990, quando foram estimados 2.579.849,9 (II 95%, 1.556.675,2 - 3.720.770,6) DALYs [35.124,7 (II 95%, 24.073,7 - 46.859,7)] ( Figura 10-10 ).

•As Tabelas 10-12 e 10-13 mostram as taxas de DALYs por DCV atribuída a IMC elevado, padronizadas por idade (por 100 mil habitantes) e variação percentual das taxas, por sexo, no Brasil e UF, em 1990 e 2019 (GBD 2019). A maioria das UF apresentou decréscimo dos DALYs para as mulheres no período, que foi mais acentuado no Distrito Federal [-34,8 (-44,7;-20)], Rio de Janeiro [-28,6 (-39,4;-10,7)], São Paulo [-27,6 (-38,7;-9,2)], Santa Catarina [-22,8 (-34,8;-3,5)], Minas Gerais [-21,3 (-35,7;5,1)] e Rio Grande do Sul [-20,3 (-31,6;-0,6)]. O Maranhão apresentou o maior incremento entre 1990 e 2019 [95,8 (33,9;254,2].

•Comportamento semelhante foi observado em relação aos homens, com decréscimo de obesidade, no período de 1990 a 2019. Os maiores decréscimos percentuais foram observados no Distrito Federal [-25,8 (-39,8;-0,9)], Rio de Janeiro [-22,3 (-36,9;5,4)], São Paulo [-20,2 (-35;8,7)], Rio Grande do Sul [-19,5 (-32,3;4,3)], Santa Catarina [-11,5 (-28,3;22,1)] e Minas Gerais [-8,1 (-30,2;52,3)], menores do que os observados para as mulheres. O Ceará apresentou o maior incremento entre 1990 e 2019 [81,8 (25,1;231,1)]. Também os maiores aumentos percentuais foram observados para as mulheres no período ( Tabela 10 -13). Importante observar que, para o Brasil como um todo, observou-se o mesmo padrão, com maior decréscimo percentual para as mulheres [-12 (-23,8;8,9)] em relação aos homens [-0,1 (-16,5;36,8)].

•A Tabela 10 -14 mostra o número de DALYs, as taxas de DALYs brutas e padronizadas por idade por DCV atribuída a IMC elevado no Brasil, em 1990 e 2019, por grupo etário, além da variação percentual das taxas no período, segundo dados do GBD 2019. A maior variação percentual negativa ocorreu na faixa etária de 50 a 69 anos [-33,6 (-42,5;-16,5)]. Houve redução percentual de -31,2 (-40,5;-12,4) se considerarmos as taxas padronizadas por idade no período ( Tabela 10 -12).

Impacto na Saúde Cardiovascular

•O IMC alto causa principalmente inflamação sistêmica crônica e maior atividade simpática, que pode contribuir para resistência a insulina e hipertensão, levando a disfunção endotelial e aterosclerose e contribuindo para diabetes mellitus. Seu efeito é mediado principalmente por outros fatores de risco intermediários, como hipertensão, hipercolesterolemia e hiperglicemia. 385 A obesidade tem natureza multifatorial e é um dos principais fatores para explicar o crescimento das DCNT dada a sua associação frequente com DCV, como hipertensão arterial, AVC, insuficiência cardíaca, dislipidemias, diabetes, fibrilação atrial e morte súbita. As intervenções que reduzem hipertensão, colesterol e glicose poderiam resolver cerca de metade do excesso de risco de doença coronária e três quartos do excesso de risco de AVC associado a alto IMC. 386

•Rimes-Dias e Canella aventaram a hipótese de que as DCNT associadas a obesidade geralmente requerem tratamento medicamentoso e realizaram estudo empregando a PNS de 2013, com 59.402 indivíduos com 18 anos ou mais. Avaliaram o número de medicamentos usados para tratar nove DCNT relacionadas a obesidade (hipertensão arterial, DCV, AVC, diabetes, artrite e reumatismo, doença renal crônica, doença pulmonar, lombalgia crônica e depressão). O uso de medicamentos aumentou progressivamente com o aumento do IMC. O risco de tratamento de duas ou mais DCNT com medicamentos foi cerca de 70% maior entre os indivíduos com sobrepeso (RR ajustado = 1,66; IC 95%, 1,46 - 1,89), 170% maior naqueles com obesidade grau I (RR ajustado = 2,68; IC 95%, 2,29 - 3,12), 340% maior na obesidade grau II (RR ajustado = 4,44; IC 95%, 3,54 - 5,56) e 450% maior na obesidade grau III (RR ajustado = 5,53; IC 95%, 3,81 - 8,02) em comparação a indivíduos com peso normal. 387

•Foi realizado estudo transversal analisando a presença de fatores de risco cardiovascular de acordo com o padrão de distribuição de gordura corporal em 113 brasileiros com 80 anos ou mais (média de idade, 83,4 anos), de ambos os sexos, recrutados entre 2009 e 2010 na cidade de Presidente Prudente, em São Paulo, como parte do estudo SABE. Os autores observaram a associação de obesidade abdominal e total com fatores de risco para DCV, como maiores níveis de colesterol total e triglicerídeos. Houve importante associação entre hipertensão arterial e obesidade total. 388

•Uma coorte com duração de 12 meses, avaliando 89 adolescentes da cidade de Presidente Prudente, com idade entre 11 e 14 anos, demonstrou, após ajustes para gênero, idade, maturação biológica e atividade física, que as mudanças na espessura médio-intimal femoral se associaram com alterações na gordura corporal: para cada aumento percentual na gordura corporal, a espessura médio-intimal femoral aumentou 0,007 mm. 389

Fatores de Risco e Prevenção

•Rabacow et al . estimaram a proporção de morte por DCNT que poderia ser reduzida no Brasil através da diminuição do IMC, com dados da PNS de 2013. Redução populacional do IMC para um nível de mínimo risco teórico (22,0 kg/m2 ) poderia prevenir aproximadamente 168.431 mortes por ano no Brasil, sendo 106.307 por DCV. Já uma redução para os níveis de IMC de 24,6 kg/m2 poderia prevenir 65.721 mortes, representando 10% das mortes por DCNT e 5,8% de todas as mortes. Uma redução de 1,0 kg/m2 no IMC populacional poderia prevenir 30.715 mortes, representando 4,6% das mortes por DCNT e 2,7% de todas as mortes. O conjunto dos dados reforça a necessidade da adoção de medidas antiobesidade em nível nacional. 390

•Estudo que analisou a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002/2003 e 2008/2009 e a PNS de 2013, com 234.791 adultos de 20-59 anos, demonstrou que os níveis educacionais mais elevados foram associados a obesidade e excesso de peso para homens, enquanto o nível de ensino médio foi associado a aumento de obesidade nas mulheres. Os autores concluíram que os achados revelam a necessidade de educação nutricional e elaboração de campanhas e políticas para conter a epidemia de obesidade. 391

Utilização e Custo da Atenção à Saúde

•Um estudo orçou os custos totais diretos, em um ano, associados com a assistência ambulatorial e hospitalar às doenças relacionadas com excesso de peso e obesidade, na perspectiva do SUS no Brasil, entre 2008 e 2010. Esses valores foram estimados em US$ 2,1 bilhões, sendo US$ 1,4 bilhão (68,4% dos custos totais) devido a internações e US$ 679 milhões devidos a procedimentos ambulatoriais. Usando o fator de risco atribuível à população, os autores avaliaram que aproximadamente 10% desses custos foram atribuíveis a sobrepeso e obesidade. Os custos para as mulheres foram maiores do que para os homens, por causa dos maiores gastos ambulatoriais (73,3% vs. 26,7%). 392 Outro estudo avaliou o custo direto total de sobrepeso/obesidade em 3,02% dos custos totais de hospitalização em homens e 5,83% em mulheres, correspondendo a 6,8% e 9,3% de todas as hospitalizações (excluindo gestantes), respectivamente. 393

•Um estudo analisou a custo-utilidade da cirurgia de bypass gástrico em comparação ao tratamento clínico para obesidade grave com e sem diabetes na perspectiva do SUS. O modelo de Markov considerou um horizonte de tempo de 10 anos e uma taxa de desconto de 5%. Ao longo de 10 anos, a cirurgia de bypass gástrico aumentou os QALYs e os custos em comparação ao tratamento clínico, resultando em uma RCEI de Int$ 1.820,17/QALY e Int$ 1.937,73/QALY em indivíduos com e sem diabetes, respectivamente. A análise de sensibilidade mostrou que os valores de utilidade e os custos diretos dos tratamentos foram os parâmetros que mais afetaram a RCEI. Os autores concluíram que a cirurgia de bypass gástrico é uma intervenção com boa relação custo-benefício para obesos graves na perspectiva do SUS, com melhor resultado em obesos com diabetes. 394

•Um estudo avaliou que os custos totais de hipertensão, diabetes e obesidade no SUS alcançaram R$ 3,45 bilhões (IC 95%, 3,15 - 3,75) em 2018, cerca de US$ 890 milhões. Para obesidade como fator de risco para hipertensão e diabetes, os custos atribuíveis chegaram a R$ 1,42 bilhão (IC 95%, 0,98 - 1,87), ou seja, 41% dos custos totais. 395

•Um modelo de micro simulação foi usado para projetar a extensão da obesidade, as doenças a ela relacionadas e os custos de saúde a ela associados no Brasil até 2050. No total, 13 doenças foram consideradas (doença cardíaca coronária, AVC, hipertensão, diabetes, osteoartrite e oito cânceres), simulando três cenários hipotéticos de intervenção: não intervenção, redução de 1% e de 5% no IMC. Os autores estimam que os custos com saúde dobrarão até 2050 (US$ 10,1 bilhões), alcançando US$ 330 bilhões no período de 2010 a 2050. Porém, com intervenções eficazes, como a redução do IMC médio na população em 1% e 5%, os custos podem ser reduzidos para US$ 302 bilhões e US$ 273 bilhões, respectivamente. 396

Pesquisa Futura

•Observam-se lacunas nos dados primários de mortalidade atribuível a IMC elevado no Brasil e suas UF. Registros de âmbito nacional com dados aferidos devem ser realizados para que possamos desenvolver políticas públicas mais efetivas para o controle da obesidade, que vem aumentando no Brasil, em ambos os sexos e nas diversas faixas etárias.

•A maioria das políticas públicas falhou em reduzir a obesidade em adultos e crianças, provavelmente por ser uma condição multifatorial e envolver muitos interesses socioeconômicos. Cabe ressaltar o papel da indústria de alimentos, que inclui a oferta de alimentos ultraprocessados com menores custos, a ausência da comunicação dos riscos associados com o excesso de peso e obesidade nas mídias sociais, além do estilo de vida das grandes cidades, onde as crianças são cada vez mais sedentárias e têm dietas com alto teor calórico. Estudos futuros com intervenções multifatoriais envolvendo toda a família precisarão ser realizados, especialmente para beneficiar crianças e adolescentes. 397

•O cuidado centrado no paciente portador de obesidade demandará pesquisas futuras, sendo um componente essencial dos cuidados de saúde de alta qualidade que poderá melhorar os resultados clínicos e a satisfação do paciente, reduzindo os custos de saúde. Um estudo sugere os seguintes itens para os pesquisadores em obesidade: desenvolver agendas que enfatizem a pesquisa de ferramentas e técnicas de cuidado centrado no paciente; priorizar a análise das barreiras que impedem o paciente de alcançar a perda de peso e avaliar ferramentas que podem ser usadas para superar essas barreiras; avaliar os fatores culturais e ambientais que podem afetar a capacidade de perder peso; e estabelecer métricas baseadas em evidências para o paciente obeso. 398

•Dados mais recentes destacam a obesidade abdominal, avaliada pela circunferência da cintura, como um marcador de risco de DCV independente do IMC. Estudos que quantificam depósitos de gordura, incluindo gordura ectópica, com métodos de imagem, demonstraram que o excesso de adiposidade visceral foi indicador independente de desfechos cardiovasculares adversos. Estudos que avaliem a obesidade abdominal na população brasileira precisam ser realizados para investigar seu papel incremental na estratificação de risco cardiovascular em ambos os sexos e nos diversos grupos etários. 399

11. TABAGISMO E USO DE TABACO

Tabagismo e suas consequências para as doenças cardiovasculares no Brasil e nas Unidades Federativas, 1990 a 2019

CID-10: Z.72.0

Ver Tabelas 11-1 a 11-13 e Figuras 11-1 a 11-12

Tabela 11-1. – Porcentagem de alunos do nono ano que já experimentaram cigarro, de acordo com o sexo e tipo de escola, no Brasil, suas regiões e unidades federativas.

Regiões e unidades federativas
Total Sexo Tipo de escola
Masculino Feminino Pública Privada
Total II 95% Total II 95% Total II 95% Total II 95% Total II 95%
Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior
Brasil 18,4 17,8 19,0 19,4 18,7 20,2 17,4 16,6 18,2 19,4 18,7 20,0 12,6 11,6 13,6
Norte 20,1 18,8 21,3 22,7 21,1 24,3 17,6 16,2 18,9 20,8 19,5 22,2 11,8 8,9 14,6
Rondônia 21,5 18,9 24,2 22,4 18,8 26,0 20,7 18,0 23,4 21,9 19,1 24,7 16,1 11,6 20,7
Acre 26,2 23,7 28,6 28,3 25,6 31,1 24,0 21,0 27,0 27,1 24,5 29,6 12,1 5,8 18,4
Amazonas 21,1 19,1 23,0 23,3 20,8 25,7 18,9 16,7 21,1 21,9 19,9 24,0 9,5 3,2 15,7
Roraima 28,2 25,3 31,2 30,6 27,5 33,7 25,8 21,9 29,6 29,2 26,1 32,3 12,4 1,5 23,3
Pará 18,7 16,3 21,1 22,3 19,1 25,5 15,5 13,0 18,1 19,4 16,9 22,0 12,3 7,7 16,9
Amapá 21,5 19,5 23,6 22,4 20,2 24,7 20,7 18,1 23,2 22,5 20,3 24,6 12,5 7,3 17,8
Tocantins 15,1 12,1 18,1 17,1 13,2 21,1 13,1 10,4 15,8 15,6 12,3 18,9 8,6 5,2 12,1
Nordeste 14,2 13,5 14,9 16,3 15,4 17,3 12,4 11,6 13,3 15,1 14,3 15,9 9,3 8,3 10,4
Maranhão 11,9 10,6 13,2 15,4 13,4 17,5 9,0 7,5 10,4 12,2 10,8 13,6 8,8 6,0 11,6
Piauí 12,8 11,3 14,3 15,5 13,1 17,8 10,5 8,8 12,2 13,3 11,7 15,0 9,4 6,4 12,5
Ceará 18,7 16,5 20,9 19,6 17,1 22,2 17,7 14,9 20,5 19,9 17,4 22,4 11,7 8,8 14,6
Rio Grande do Norte 10,9 9,6 12,1 13,3 11,3 15,3 8,7 7,3 10,2 11,7 10,3 13,2 7,1 5,1 9,1
Paraíba 15,3 13,6 17,1 16,6 14,4 18,8 14,3 12,2 16,4 16,4 14,3 18,5 10,5 8,7 12,4
Pernambuco 14,0 12,4 15,5 14,7 12,6 16,8 13,2 11,2 15,3 15,0 13,1 16,9 9,3 7,4 11,2
Alagoas 13,0 10,9 15,0 13,6 11,5 15,8 12,4 9,7 15,1 13,5 11,1 15,9 11,0 7,6 14,3
Sergipe 9,3 8,1 10,5 11,4 9,5 13,2 7,7 6,5 8,9 9,9 8,5 11,2 7,3 4,8 9,8
Bahia 14,6 12,7 16,4 17,8 15,2 20,5 12,0 9,8 14,2 15,6 13,5 17,7 8,0 4,8 11,2
Sudeste 18,3 17,1 19,4 18,2 16,7 19,6 18,4 16,7 20,0 19,2 17,9 20,5 13,5 11,6 15,4
Minas Gerais 17,6 15,5 19,6 17,4 15,2 19,6 17,7 15,2 20,3 18,5 16,3 20,7 9,1 4,9 13,3
Espírito Santo 17,6 15,5 19,7 18,3 15,7 20,9 16,9 14,5 19,4 18,3 15,9 20,6 13,4 9,9 16,9
Rio de Janeiro 16,6 14,8 18,3 15,3 13,2 17,4 17,7 15,4 20,1 18,0 15,8 20,2 13,0 10,2 15,7
São Paulo 19,2 17,4 21,1 19,5 17,1 21,9 19,0 16,3 21,7 20,0 17,9 22,1 15,1 12,0 18,3
Sul 24,9 23,5 26,3 25,2 23,4 27,0 24,6 22,7 26,4 26,0 24,5 27,5 14,9 12,2 17,7
Paraná 25,5 23,2 27,7 26,4 23,8 29,0 24,4 21,4 27,4 27,4 24,9 30,0 12,0 8,2 15,8
Santa Catarina 22,1 19,5 24,6 24,2 20,9 27,6 20,2 16,9 23,4 22,8 20,0 25,6 16,2 11,9 20,6
Rio Grande do Sul 26,4 24,0 28,8 24,1 20,3 27,9 28,7 25,4 31,9 26,7 24,2 29,1 22,2 15,3 29,2
Centro-Oeste 22,1 20,9 23,2 24,2 22,6 25,7 20,0 18,6 21,4 22,9 21,6 24,1 17,5 15,5 19,5
Mato Grosso do Sul 27,0 24,9 29,2 29,4 26,7 32,1 24,7 21,9 27,6 28,2 25,8 30,6 15,5 13,4 17,6
Mato Grosso 23,2 21,0 25,4 25,6 22,2 29,1 20,7 18,0 23,3 23,9 21,5 26,2 15,5 10,7 20,4
Goiás 18,8 17,1 20,5 20,2 18,2 22,2 17,4 15,0 19,8 19,1 17,2 21,0 17,1 13,9 20,3
Distrito Federal 23,7 20,8 26,6 26,8 22,6 31,0 20,9 18,0 23,9 25,2 21,6 28,7 19,4 15,7 23,0

Fonte: PeNSE 2015. 410

Tabela 11-3. – Porcentagem de alunos do nono ano que usaram outros derivados do tabaco nos 30 dias que antecederam à pesquisa, de acordo com o sexo e tipo de escola, no Brasil, suas regiões e unidades federativas.

Regiões e unidades federativas Total Sexo Tipo de escola
Masculino Feminino Pública Privada
Total IC 95% Total IC 95% Total IC 95% Total IC 95% Total IC 95%
Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior
Brasil 6,1 5,7 6,4 6,5 6,1 7,0 5,6 5,1 6,0 6,2 5,8 6,6 5,2 4,5 5,9
Norte 3,0 2,6 3,4 3,7 3,1 4,2 2,4 2,0 2,8 3,0 2,6 3,4 3,1 1,8 4,3
Rondônia 5,4 4,1 6,8 4,7 3,3 6,1 6,1 4,4 7,9 5,4 3,9 6,8 6,3 2,7 10,0
Acre 5,0 4,0 5,9 6,3 4,7 7,9 3,6 2,5 4,7 5,1 4,1 6,1 3,4 1,1 5,8
Amazonas 2,8 2,1 3,5 3,4 2,4 4,4 2,3 1,5 3,0 2,9 2,2 3,6 1,5 0,2 2,7
Roraima 5,2 4,0 6,3 6,4 4,9 7,8 4,0 2,6 5,3 5,1 4,0 6,1 6,8 0,0 15,3
Pará 2,0 1,4 2,7 2,9 1,9 3,9 1,3 0,7 1,9 1,9 1,3 2,6 3,1 0,9 5,2
Amapá 2,7 2,1 3,3 3,3 2,5 4,2 2,2 1,4 2,9 2,7 2,1 3,4 2,6 1,3 3,9
Tocantins 4,1 2,8 5,4 4,8 2,9 6,8 3,4 2,3 4,6 4,2 2,8 5,6 3,2 0,3 6,2
Nordeste 2,3 2,0 2,6 2,9 2,5 3,3 1,8 1,5 2,1 2,3 2,0 2,7 2,1 1,7 2,5
Maranhão 1,7 1,2 2,1 2,1 1,4 2,8 1,4 0,8 1,9 1,6 1,1 2,1 2,6 1,0 4,3
Piauí 1,9 1,4 2,5 2,4 1,6 3,2 1,6 0,9 2,3 2,0 1,4 2,5 1,6 0,0 3,8
Ceará 3,0 1,9 4,0 3,1 2,1 4,2 2,8 1,6 4,1 3,1 1,9 4,3 2,3 1,1 3,5
Rio Grande do Norte 1,5 1,0 1,9 1,8 1,1 2,6 1,2 0,7 1,6 1,5 1,0 2,1 1,2 0,4 2,0
Paraíba 2,4 1,8 2,9 3,7 2,7 4,6 1,3 0,8 1,8 2,3 1,7 3,0 2,6 1,5 3,7
Pernambuco 2,3 1,7 2,9 2,9 2,1 3,7 1,6 1,0 2,3 2,4 1,7 3,1 1,7 1,0 2,3
Alagoas 2,0 1,4 2,6 2,3 1,6 3,0 1,7 0,9 2,5 1,8 1,2 2,4 2,7 0,9 4,5
Sergipe 1,5 1,1 1,9 2,2 1,5 3,0 0,9 0,5 1,3 1,6 1,1 2,0 1,2 0,6 1,8
Bahia 2,6 1,8 3,4 3,5 2,3 4,8 1,9 1,2 2,6 2,7 1,8 3,5 2,3 1,6 3,0
Sudeste 7,5 6,8 8,2 7,8 7,0 8,7 7,2 6,2 8,1 7,8 7,0 8,6 6,0 4,8 7,3
Minas Gerais 4,6 3,8 5,5 5,4 4,2 6,6 3,9 2,7 5,1 4,8 3,9 5,8 2,9 1,6 4,2
Espírito Santo 3,3 2,5 4,1 3,6 2,5 4,6 3,0 2,0 4,0 3,1 2,3 4,0 4,2 2,3 6,0
Rio de Janeiro 4,5 3,7 5,3 4,8 3,9 5,7 4,2 3,1 5,3 4,7 3,7 5,7 3,9 2,6 5,2
São Paulo 10,2 9,0 11,4 10,3 8,9 11,7 10,2 8,6 11,8 10,6 9,3 12,0 8,3 6,0 10,6
Sul 9,6 8,5 10,6 9,6 8,4 10,8 9,6 8,2 11,0 9,8 8,7 11,0 7,7 5,5 9,9
Paraná 13,8 11,9 15,8 13,8 11,6 16,1 13,8 11,3 16,4 14,5 12,3 16,7 9,3 5,6 13,0
Santa Catarina 8,3 6,2 10,5 8,1 6,0 10,1 8,6 5,7 11,5 8,6 6,2 11,0 6,5 3,2 9,8
Rio Grande do Sul 4,6 3,6 5,6 4,6 3,2 6,0 4,6 3,0 6,1 4,6 3,6 5,6 4,6 2,6 6,6
Centro-Oeste 10,0 9,2 10,8 10,4 9,4 11,4 9,6 8,6 10,6 10,0 9,1 10,8 10,2 8,2 12,1
Mato Grosso do Sul 13,9 12,1 15,7 15,1 12,8 17,3 12,8 10,7 14,9 14,1 12,2 16,0 12,1 6,2 18,1
Mato Grosso 9,4 7,9 10,8 8,3 6,3 10,3 10,5 8,6 12,4 9,4 7,9 11,0 8,6 3,7 13,5
Goiás 7,8 6,6 9,0 8,4 7,0 9,8 7,2 5,6 8,7 7,5 6,2 8,9 9,3 7,1 11,5
Distrito Federal 12,2 10,2 14,2 13,6 11,0 16,2 10,9 8,7 13,2 12,5 10,3 14,7 11,4 7,1 15,7

Fonte: PeNSE 2015. 410

Figura 11-1. -Tendência da prevalência de tabagismo atual de acordo com as estimativas do GBD 2017 e pesquisas brasileiras (valores brutos) em indivíduos a partir dos 20 anos de idade, Brasil, 1989 a 2017.

Figura 11-1

Fonte: Malta DC et al. 400

Figura 11-12. -Tendência temporal das taxas de DALYs por uso de tabaco de 1990 a 2019.

Figura 11-12

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Abreviaturas Usadas no Capítulo 11.

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
AVC Acidente Vascular Cerebral
DALYs Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (do inglês, Disability-Adjusted Life-Year )
DCNT Doenças Crônicas Não Transmissíveis
DCV Doenças Cardiovasculares
ELSA-Brasil Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - Brasil
ERICA Estudo dos Riscos Cardiovasculares em Adolescentes
GBD Global Burden of Disease
PeNSE Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar
PNS Pesquisa Nacional de Saúde
SDI Índice Sociodemográfico (do inglês, Sociodemographic Index )
UF Unidade Federativa
Vigitel Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico
YLDs Anos vividos com incapacidade (do inglês, Years Lived with Disability )
YLLs Anos potenciais de vida perdidos (do inglês, Years of Life Lost )

Tabela 11-2. – Porcentagem de alunos do nono ano que fumaram nos 30 dias que antecederam à pesquisa, de acordo com o sexo e tipo de escola, no Brasil, suas regiões e unidades federativas.

Regiões e unidades federativas Total Sexo Tipo de escola
Masculino Feminino Pública Privada
Total IC 95% Total IC 95% Total IC 95% Total IC 95% Total IC 95%
Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior
Brasil 5,6 5,3 5,9 5,8 5,4 6,3 5,4 4,9 5,8 5,9 5,5 6,3 3,6 3,0 4,3
Norte 6,1 5,4 6,7 7,1 6,2 8,0 5,1 4,4 5,8 6,3 5,6 7,0 3,7 2,0 5,4
Rondônia 5,3 4,2 6,4 5,8 4,1 7,6 4,9 3,7 6,0 5,5 4,3 6,6 3,2 0,7 5,8
Acre 7,1 6,1 8,1 8,2 6,8 9,7 6,0 4,6 7,3 7,4 6,4 8,5 2,4 0,0 4,8
Amazonas 6,6 5,3 7,9 7,7 6,0 9,3 5,5 4,0 7,0 6,8 5,4 8,2 3,6 0,0 7,2
Roraima 10,4 8,4 12,4 12,1 10,0 14,2 8,6 6,3 10,9 10,8 8,7 12,9 3,9 0,0 9,0
Pará 5,5 4,3 6,7 6,5 4,8 8,3 4,6 3,3 5,9 5,7 4,3 7,0 4,2 1,4 7,0
Amapá 7,7 6,6 8,8 8,2 6,9 9,6 7,2 5,8 8,7 8,0 6,9 9,2 4,8 1,1 8,6
Tocantins 4,9 3,5 6,3 5,7 3,8 7,6 4,1 2,8 5,4 5,2 3,7 6,7 1,0 0,4 1,6
Nordeste 4,0 3,6 4,3 4,5 4,0 5,0 3,5 3,1 4,0 4,3 3,8 4,7 2,2 1,8 2,7
Maranhão 3,2 2,5 3,8 3,7 2,6 4,8 2,7 1,9 3,5 3,2 2,5 3,9 2,9 1,4 4,3
Piauí 3,2 2,6 3,9 4,0 2,9 5,1 2,5 1,8 3,2 3,4 2,7 4,2 1,6 0,5 2,8
Ceará 5,9 4,8 7,1 5,8 4,4 7,2 6,1 4,6 7,6 6,4 5,0 7,7 3,5 1,9 5,1
Rio Grande do Norte 1,9 1,4 2,3 2,2 1,5 3,0 1,6 1,1 2,1 2,1 1,6 2,7 0,9 0,3 1,5
Paraíba 4,2 3,3 5,0 5,2 4,0 6,4 3,4 2,4 4,3 4,4 3,4 5,4 3,3 1,8 4,8
Pernambuco 4,2 3,3 5,0 4,4 3,3 5,5 3,9 2,7 5,1 4,6 3,5 5,7 2,1 1,2 3,0
Alagoas 3,6 2,6 4,6 3,3 2,3 4,3 3,9 2,7 5,1 3,6 2,5 4,7 3,6 2,2 5,0
Sergipe 1,6 1,1 2,0 1,8 1,2 2,4 1,4 0,8 2,0 1,7 1,2 2,2 1,1 0,4 1,9
Bahia 4,0 3,0 4,9 5,2 3,6 6,8 3,1 2,0 4,2 4,4 3,3 5,5 1,2 0,4 2,1
Sudeste 6,0 5,3 6,7 5,8 4,9 6,8 6,2 5,2 7,2 6,4 5,6 7,2 4,1 2,9 5,3
Minas Gerais 4,7 3,7 5,8 4,9 3,5 6,3 4,5 3,4 5,7 4,9 3,8 6,1 2,8 0,8 4,8
Espírito Santo 5,0 3,6 6,3 5,2 3,7 6,7 4,7 3,2 6,3 4,9 3,4 6,4 5,4 2,6 8,2
Rio de Janeiro 5,5 4,5 6,5 5,0 3,9 6,0 6,1 4,6 7,5 6,1 4,8 7,4 4,2 3,1 5,3
São Paulo 6,9 5,7 8,1 6,6 5,0 8,2 7,2 5,4 9,0 7,4 6,0 8,7 4,4 2,2 6,5
Sul 7,0 6,2 7,7 7,0 5,9 8,1 6,9 5,9 7,9 7,2 6,3 8,1 4,8 3,1 6,5
Paraná 7,8 6,3 9,2 8,0 6,1 9,8 7,6 5,7 9,5 8,3 6,7 10,0 3,9 1,3 6,6
Santa Catarina 5,4 4,3 6,6 5,4 3,8 6,9 5,4 3,9 7,0 5,4 4,1 6,6 5,8 3,0 8,5
Rio Grande do Sul 7,1 5,8 8,3 6,8 4,8 8,9 7,3 5,7 8,8 7,1 5,8 8,4 5,9 3,9 7,9
Centro-Oeste 6,5 6,0 7,1 7,2 6,5 8,0 5,8 5,2 6,5 6,9 6,3 7,5 4,5 3,4 5,6
Mato Grosso do Sul 8,2 6,9 9,5 8,6 6,7 10,4 7,8 6,1 9,5 8,7 7,3 10,2 3,0 1,1 4,8
Mato Grosso 7,6 6,2 8,9 7,9 5,9 9,9 7,2 5,7 8,8 7,9 6,4 9,3 4,1 0,2 8,1
Goiás 5,6 4,8 6,3 6,4 5,4 7,4 4,7 3,6 5,8 5,8 4,9 6,6 4,3 2,9 5,8
Distrito Federal 6,1 4,9 7,4 7,3 5,2 9,3 5,1 3,9 6,3 6,4 4,9 7,9 5,3 3,4 7,3

Fonte: PeNSE 2015. 410

Tabela 11-5. – Proporção de usuários atuais de tabaco a partir dos 18 anos de idade, de acordo com o sexo, no Brasil, suas regiões e unidades federativas, e áreas urbana e rural.

Regiões, unidades federativas e áreas urbana e rural Total Sexo
Masculino Feminino
Proporção IC 95% Proporção IC 95% Proporção IC 95%
Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior
Brasil 12,6 12,2 13,0 15,9 15,3 16,6 9,6 9,2 10,1
Urbana 12,4 12,0 12,9 15,6 14,8 16,3 9,8 9,2 10,3
Rural 13,7 12,8 14,6 17,9 16,6 19,1 8,9 7,9 9,9
Norte 10,5 9,7 11,3 15,2 13,9 16,5 6,1 5,2 7,0
Rondônia 10,4 8,8 12,0 15,8 13,3 18,3 5,2 3,4 7,0
Acre 13,9 12,0 15,7 17,0 13,7 20,2 10,9 8,7 13,2
Amazonas 10,2 8,9 11,4 15,9 13,5 18,3 4,7 3,6 5,9
Roraima 11,4 9,7 13,2 16,2 13,3 19,1 6,8 5,0 8,6
Pará 9,8 8,4 11,3 14,1 11,8 16,4 5,9 4,3 7,6
Amapá 10,9 8,8 12,9 15,0 11,3 18,6 7,0 4,9 9,2
Tocantins 12,6 10,4 14,7 17,4 13,8 21,0 7,9 5,6 10,1
Nordeste 10,8 10,2 11,4 14,2 13,3 15,2 7,7 7,1 8,3
Maranhão 11,0 9,9 12,1 15,7 13,9 17,6 6,8 5,6 8,0
Piauí 11,0 9,5 12,5 15,2 12,7 17,7 7,2 5,3 9,1
Ceará 11,6 10,4 12,7 14,5 12,5 16,4 9,0 7,7 10,4
Rio Grande do Norte 11,0 9,2 12,7 15,1 12,2 18,0 7,4 5,8 9,1
Paraíba 11,7 10,0 13,3 14,3 11,6 17,0 9,4 7,8 11,0
Pernambuco 11,2 9,6 12,9 14,7 11,2 18,1 8,5 7,0 9,9
Alagoas 10,6 9,3 11,9 13,8 11,6 16,1 7,9 6,6 9,2
Sergipe 9,2 8,0 10,5 11,4 9,3 13,5 7,3 5,8 8,9
Bahia 9,8 8,2 11,4 13,3 11,0 15,6 6,6 5,0 8,3
Sudeste 13,3 12,5 14,1 16,6 15,3 17,8 10,4 9,5 11,3
Minas Gerais 12,7 11,3 14,1 16,4 14,1 18,7 9,4 7,9 10,9
Espírito Santo 10,2 8,9 11,5 13,9 11,5 16,2 6,9 5,4 8,4
Rio de Janeiro 12,0 10,8 13,2 14,6 12,8 16,5 9,9 8,4 11,4
São Paulo 14,3 13,0 15,6 17,6 15,6 19,6 11,4 10,0 12,8
Sul 14,7 13,7 15,6 17,0 15,6 18,4 12,5 11,4 13,7
Paraná 14,6 12,9 16,3 17,2 14,9 19,6 12,2 10,1 14,3
Santa Catarina 13,0 11,5 14,5 15,6 13,4 17,9 10,6 8,8 12,4
Rio Grande do Sul 15,8 14,2 17,3 17,8 15,3 20,2 14,0 12,1 16,0
Centro-Oeste 13,1 12,1 14,1 16,5 14,9 18,1 10,0 8,9 11,1
Mato Grosso do Sul 14,9 13,2 16,7 18,0 15,4 20,7 12,2 10,3 14,1
Mato Grosso 12,9 11,2 14,6 16,0 13,0 19,0 9,9 7,9 12,0
Goiás 13,4 11,6 15,2 17,3 14,3 20,2 9,9 7,9 11,9
Distrito Federal 11,0 9,3 12,8 14,0 11,2 16,8 8,5 6,4 10,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Tabela 11-6. – Proporção de usuários atuais de tabaco a partir dos 18 anos de idade, de acordo com o grupo etário, no Brasil, suas regiões e unidades federativas, e áreas urbana e rural.

Regiões, unidades federativas e áreas urbana e rural Total Grupos etários
18 – 24 anos 25 - 39 anos 40 - 59 anos ≥ 60 anos
Proporção IC 95% Proporção IC 95% Proporção IC 95% Proporção IC 95% Proporção IC 95%
Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior
Brasil 12,8 12,4 13,2 10,8 9,6 12,0 12,0 11,2 12,7 14,9 14,2 15,6 11,9 11,2 12,6
Urbana 12,6 12,1 13,0 11,1 9,7 12,4 12,0 11,2 12,9 14,5 13,7 15,3 11,1 10,4 11,9
Rural 14,3 13,4 15,2 9,0 6,9 11,0 11,6 10,1 13,1 17,5 15,9 19,0 16,2 14,6 17,9
Norte 10,7 9,9 11,5 8,0 6,3 9,6 11,1 9,7 12,5 12,2 10,8 13,7 9,9 8,4 11,3
Rondônia 10,8 9,2 12,4 12,6 7,9 17,3 10,5 7,8 13,1 11,7 9,0 14,3 7,9 5,1 10,7
Acre 15,1 13,2 17,1 14,1 9,9 18,3 11,4 8,5 14,3 18,3 15,0 21,7 17,3 13,3 21,3
Amazonas 10,2 9,0 11,4 7,4 4,6 10,1 12,0 9,4 14,5 11,1 8,8 13,4 8,0 5,6 10,3
Roraima 11,6 9,8 13,3 9,1 5,1 13,0 12,8 10,0 15,7 13,2 10,0 16,4 7,9 5,0 10,9
Pará 10,1 8,6 11,5 6,5 3,6 9,5 10,8 8,3 13,4 11,4 8,8 14,0 9,6 7,0 12,2
Amapá 10,9 8,8 12,9 9,2 5,9 12,5 9,2 5,0 13,3 14,1 10,1 18,1 10,1 6,2 14,0
Tocantins 12,8 10,7 14,9 8,0 3,9 12,1 11,7 8,3 15,1 15,1 11,0 19,2 14,1 10,1 18,1
Nordeste 11,1 10,5 11,7 7,5 6,2 8,9 9,0 8,1 9,8 13,4 12,2 14,6 12,8 11,7 13,9
Maranhão 11,3 10,2 12,4 7,9 5,3 10,6 10,2 8,4 12,0 13,3 11,3 15,4 12,6 10,2 15,1
Piauí 11,7 10,3 13,2 7,7 3,3 12,1 10,4 7,6 13,1 12,6 9,7 15,4 14,9 11,3 18,4
Ceará 12,2 11,1 13,4 5,3 2,8 7,9 10,5 8,3 12,6 14,1 12,0 16,2 16,5 13,9 19,2
Rio Grande do Norte 11,3 9,6 13,1 10,2 4,7 15,7 8,0 5,4 10,6 14,3 11,5 17,1 12,3 9,4 15,2
Paraíba 11,8 10,1 13,4 6,9 3,8 10,0 8,8 6,4 11,1 15,7 12,6 18,8 13,0 9,7 16,3
Pernambuco 11,3 9,6 13,0 9,5 6,3 12,7 10,4 7,9 12,8 13,0 9,9 16,2 10,9 8,6 13,2
Alagoas 10,6 9,3 12,0 8,1 4,5 11,7 8,3 6,1 10,4 13,2 10,5 15,8 11,7 8,9 14,6
Sergipe 9,4 8,2 10,6 5,2 1,7 8,7 8,2 6,0 10,4 12,0 9,4 14,6 10,0 7,1 13,0
Bahia 10,1 8,4 11,7 7,2 3,3 11,0 6,8 4,7 8,9 12,9 9,6 16,2 11,8 8,8 14,9
Sudeste 13,5 12,7 14,3 12,8 10,2 15,3 12,8 11,3 14,2 15,6 14,3 16,8 11,5 10,2 12,8
Minas Gerais 13,2 11,8 14,6 11,7 7,1 16,3 11,7 9,6 13,8 15,2 12,8 17,6 12,7 10,3 15,0
Espírito Santo 10,4 9,1 11,6 8,2 3,7 12,7 10,0 7,7 12,4 12,2 10,2 14,1 9,2 6,8 11,6
Rio de Janeiro 12,1 10,9 13,3 10,2 6,7 13,6 12,8 10,4 15,2 13,2 11,4 15,0 10,8 8,8 12,8
São Paulo 14,4 13,1 15,7 14,6 10,4 18,7 13,5 11,0 15,9 16,9 14,8 18,9 11,4 9,3 13,5
Sul 14,7 13,8 15,7 12,6 9,7 15,5 15,2 13,3 17,2 16,5 15,0 18,1 12,4 11,1 13,8
Paraná 14,7 13,0 16,4 14,3 9,4 19,1 16,2 12,6 19,8 15,4 12,4 18,3 11,7 9,3 14,2
Santa Catarina 13,1 11,6 14,6 9,7 5,1 14,3 13,0 10,3 15,7 15,2 12,7 17,7 11,7 9,1 14,2
Rio Grande do Sul 15,8 14,3 17,4 12,5 7,3 17,6 15,7 12,4 19,1 18,6 16,1 21,1 13,5 11,3 15,6
Centro-Oeste 13,7 12,7 14,7 12,7 10,0 15,3 13,3 11,6 15,0 15,4 13,6 17,3 11,7 9,9 13,5
Mato Grosso do Sul 16,3 14,5 18,2 17,3 12,3 22,3 16,6 13,3 19,8 17,8 15,0 20,6 12,8 9,6 16,0
Mato Grosso 13,0 11,3 14,8 13,5 7,6 19,5 14,0 10,6 17,4 14,3 10,9 17,7 7,9 5,2 10,5
Goiás 13,9 12,1 15,8 11,2 6,6 15,8 12,3 9,4 15,2 16,6 13,0 20,2 13,3 10,1 16,6
Distrito Federal 11,6 9,9 13,4 11,3 6,9 15,8 11,9 8,7 15,0 12,1 9,2 15,0 10,5 6,9 14,1

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Tabela 11-7. – Proporção de usuários atuais de tabaco a partir dos 18 anos de idade, de acordo com o nível educacional, no Brasil, suas regiões e unidades federativas, e áreas urbana e rural.

Regiões, unidades federativas e áreas urbana e rural Total Nível educacional
Sem instrução e fundamental incompleto Fundamental completo e médio incompleto Médio completo e superior incompleto Superior completo
Proporção IC 95% Proporção IC 95% Proporção IC 95% Proporção IC 95% Proporção IC 95%
Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior
Brasil 12,8 12,4 13,2 17,6 16,8 18,4 15,5 14,3 16,6 9,6 8,9 10,2 7,1 6,3 7,8
Urbana 12,6 12,1 13,0 17,4 16,5 18,3 16,2 14,8 17,5 9,9 9,2 10,5 7,1 6,4 7,9
Rural 14,3 13,4 15,2 18,2 17,0 19,5 11,2 9,3 13,1 5,5 4,5 6,6 4,4 2,4 6,3
Norte 10,7 9,9 11,5 16,7 15,1 18,4 11,0 9,1 12,9 6,4 5,4 7,4 4,0 2,7 5,2
Rondônia 10,8 9,2 12,4 15,3 12,6 18,1 14,0 9,4 18,6 5,6 3,3 7,9 4,7 1,5 7,8
Acre 15,1 13,2 17,1 25,5 21,9 29,1 14,3 9,8 18,7 8,6 5,9 11,4 4,4 1,7 7,0
Amazonas 10,2 9,0 11,4 16,0 13,5 18,6 11,7 8,2 15,1 6,7 4,7 8,6 4,7 2,1 7,3
Roraima 11,6 9,8 13,3 18,9 15,0 22,8 16,5 10,5 22,4 8,2 6,2 10,2 5,2 2,7 7,6
Pará 10,1 8,6 11,5 15,8 12,9 18,7 9,6 6,5 12,6 5,4 3,7 7,2 3,0 0,6 5,4
Amapá 10,9 8,8 12,9 15,1 11,2 19,0 10,0 5,4 14,7 10,1 6,9 13,3 5,3 1,4 9,2
Tocantins 12,8 10,7 14,9 20,4 16,6 24,3 12,4 6,5 18,3 7,3 4,6 10,0 4,0 1,5 6,4
Nordeste 11,1 10,5 11,7 16,8 15,7 17,9 10,3 9,0 11,7 5,6 4,8 6,3 3,6 2,8 4,5
Maranhão 11,3 10,2 12,4 18,1 16,2 20,0 10,3 7,7 12,9 3,8 2,5 5,1 3,6 1,8 5,3
Piauí 11,7 10,3 13,2 17,8 15,2 20,5 8,9 4,1 13,7 5,0 3,3 6,6 6,8 2,9 10,6
Ceará 12,2 11,1 13,4 18,5 16,5 20,6 10,3 7,4 13,3 7,6 5,7 9,4 3,1 0,9 5,4
Rio Grande do Norte 11,3 9,6 13,1 19,5 16,1 22,9 8,2 4,9 11,5 5,2 3,4 6,9 2,6 0,8 4,4
Paraíba 11,8 10,1 13,4 17,4 14,7 20,2 9,3 5,9 12,8 5,9 3,8 8,0 4,7 2,5 6,9
Pernambuco 11,3 9,6 13,0 16,1 13,2 19,0 13,7 9,6 17,7 7,1 5,0 9,2 4,5 2,4 6,6
Alagoas 10,6 9,3 12,0 15,8 13,7 17,9 12,7 8,3 17,0 4,8 2,7 6,8 1,7 0,5 3,0
Sergipe 9,4 8,2 10,6 14,9 12,6 17,3 7,7 4,5 10,9 4,5 2,8 6,2 1,7 0,5 3,0
Bahia 10,1 8,4 11,7 15,2 12,3 18,1 9,5 5,9 13,1 4,3 2,6 6,1 3,3 1,1 5,4
Sudeste 13,5 12,7 14,3 17,4 15,8 19,1 18,0 15,7 20,3 11,2 10,0 12,3 8,6 7,4 9,8
Minas Gerais 13,2 11,8 14,6 17,3 14,9 19,6 16,2 12,4 19,9 10,1 7,9 12,2 6,4 4,4 8,4
Espírito Santo 10,4 9,1 11,6 13,3 10,9 15,7 13,4 9,3 17,5 8,9 6,8 10,9 4,4 2,7 6,2
Rio de Janeiro 12,1 10,9 13,3 14,6 12,2 17,1 16,0 12,3 19,8 10,9 9,2 12,6 8,2 6,3 10,1
São Paulo 14,4 13,1 15,7 19,0 16,0 22,0 20,2 16,2 24,2 11,9 10,1 13,7 9,6 7,7 11,5
Sul 14,7 13,8 15,7 19,0 17,3 20,6 19,3 16,6 22,1 12,1 10,6 13,5 7,6 6,1 9,1
Paraná 14,7 13,0 16,4 20,3 17,3 23,3 21,2 16,3 26,1 11,1 8,3 13,9 6,1 3,9 8,2
Santa Catarina 13,1 11,6 14,6 17,6 14,8 20,5 16,2 12,6 19,9 10,6 8,7 12,6 6,4 4,2 8,7
Rio Grande do Sul 15,8 14,3 17,4 18,5 16,0 21,0 19,9 15,0 24,8 14,0 11,4 16,5 10,0 7,0 13,0
Centro-Oeste 13,7 12,7 14,7 20,9 18,9 23,0 14,8 12,5 17,1 10,5 9,1 11,9 6,0 4,3 7,7
Mato Grosso do Sul 16,3 14,5 18,2 21,1 17,9 24,4 17,4 12,6 22,1 15,9 12,4 19,3 5,8 3,7 7,8
Mato Grosso 13,0 11,3 14,8 17,5 13,5 21,5 20,0 14,6 25,4 9,5 6,6 12,4 3,3 1,5 5,1
Goiás 13,9 12,1 15,8 22,4 18,8 26,0 11,1 7,7 14,4 9,2 6,9 11,4 7,3 2,8 11,8
Distrito Federal 11,6 9,9 13,4 21,1 16,7 25,5 15,8 10,7 20,8 10,5 7,6 13,4 6,3 4,0 8,7

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Tabela 11-8. – Proporção de usuários atuais de tabaco a partir dos 18 anos de idade, de acordo com a cor da pele ou raça, no Brasil, suas regiões e unidades federativas, e áreas urbana e rural.

Regiões, unidades federativas e áreas urbana e rural Total Cor da pele ou raça
Branca Negra Parda
Proporção IC 95% Proporção IC 95% Proporção IC 95% Proporção IC 95%
Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior
Brasil 12,8 12,4 13,2 11,8 11,2 12,4 13,7 12,5 15,0 13,5 12,9 14,2
Urbana 12,6 12,1 13,0 11,9 11,2 12,5 13,4 12,1 14,7 13,1 12,4 13,8
Rural 14,3 13,4 15,2 11,4 10,3 12,6 15,9 13,2 18,6 15,6 14,3 16,9
Norte 10,7 9,9 11,5 8,5 7,0 9,9 11,0 8,9 13,0 11,2 10,2 12,3
Rondônia 10,8 9,2 12,4 9,3 6,3 12,3 12,2 7,4 16,9 11,1 8,9 13,3
Acre 15,1 13,2 17,1 9,6 5,8 13,4 24,1 16,6 31,5 15,1 12,8 17,4
Amazonas 10,2 9,0 11,4 8,2 5,1 11,3 8,4 4,0 12,9 10,7 9,2 12,1
Roraima 11,6 9,8 13,3 7,6 4,6 10,6 16,9 9,7 24,1 12,0 10,0 13,9
Pará 10,1 8,6 11,5 7,7 5,2 10,3 7,8 4,5 11,0 11,0 9,1 12,8
Amapá 10,9 8,8 12,9 9,4 5,0 13,9 16,7 10,2 23,3 9,8 7,2 12,3
Tocantins 12,8 10,7 14,9 10,4 7,0 13,9 14,6 9,8 19,5 13,0 10,2 15,8
Nordeste 11,1 10,5 11,7 8,8 7,9 9,7 11,9 10,3 13,5 11,9 11,1 12,7
Maranhão 11,3 10,2 12,4 10,0 7,5 12,4 10,4 7,8 13,0 11,9 10,5 13,3
Piauí 11,7 10,3 13,2 8,4 5,5 11,3 9,2 6,0 12,4 13,3 11,4 15,2
Ceará 12,2 11,1 13,4 11,7 9,2 14,1 15,1 10,7 19,4 12,2 10,8 13,6
Rio Grande do Norte 11,3 9,6 13,1 7,5 5,4 9,7 22,1 15,3 28,9 12,4 9,9 14,8
Paraíba 11,8 10,1 13,4 8,5 6,3 10,7 20,8 14,8 26,8 12,2 10,3 14,1
Pernambuco 11,3 9,6 13,0 9,2 7,1 11,3 17,1 11,1 23,1 11,6 9,5 13,8
Alagoas 10,6 9,3 12,0 7,7 5,2 10,2 14,4 9,4 19,4 11,3 9,6 13,0
Sergipe 9,4 8,2 10,6 8,0 5,3 10,7 12,9 8,3 17,5 9,2 7,5 10,9
Bahia 10,1 8,4 11,7 6,5 4,0 8,9 9,0 6,2 11,7 11,9 9,3 14,5
Sudeste 13,5 12,7 14,3 12,3 11,3 13,4 14,3 12,1 16,5 14,9 13,5 16,2
Minas Gerais 13,2 11,8 14,6 11,0 9,0 13,0 13,0 9,8 16,2 15,4 13,3 17,6
Espírito Santo 10,4 9,1 11,6 8,5 6,5 10,6 13,6 9,7 17,5 10,9 8,8 13,0
Rio de Janeiro 12,1 10,9 13,3 11,6 10,0 13,1 12,1 9,2 15,0 12,3 10,3 14,2
São Paulo 14,4 13,1 15,7 13,2 11,7 14,8 17,0 12,2 21,7 16,2 13,7 18,6
Sul 14,7 13,8 15,7 13,2 12,2 14,2 17,3 13,4 21,3 18,9 16,3 21,5
Paraná 14,7 13,0 16,4 12,4 10,6 14,2 18,1 11,6 24,7 18,2 14,4 22,0
Santa Catarina 13,1 11,6 14,6 11,7 10,1 13,3 15,5 7,7 23,3 19,1 14,3 23,9
Rio Grande do Sul 15,8 14,3 17,4 14,7 13,1 16,3 17,3 11,4 23,2 20,2 15,4 25,0
Centro-Oeste 13,7 12,7 14,7 11,7 10,1 13,2 18,0 14,9 21,2 14,2 12,8 15,6
Mato Grosso do Sul 16,3 14,5 18,2 15,2 12,3 18,1 19,5 12,9 26,0 17,4 14,9 19,9
Mato Grosso 13,0 11,3 14,8 11,2 8,0 14,3 18,2 13,0 23,4 13,0 10,8 15,2
Goiás 13,9 12,1 15,8 10,2 7,4 13,0 18,1 12,2 23,9 15,3 12,6 17,9
Distrito Federal 11,6 9,9 13,4 11,6 8,5 14,7 17,2 11,7 22,6 10,2 8,3 12,2

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Tabela 11-9. – Prevalência de fumantes com mais de 18 anos de idade nas principais capitais brasileiras, de acordo com o sexo e com base na pesquisa domiciliar Vigitel.

Indicador Sexo 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fumantes Masculino 19,3 19,6 18 17,5 16,8 16,5 15,5 14,4 12,8 12,8 12,7 13,2 12,1 12,3
Feminino 12,4 12,3 12 11,5 11,7 10,7 9,2 8,6 9 8,3 8 7,5 6,9 7,7
Total 15,6 15,7 14,8 14,3 14,1 13,4 12,1 11,3 10,8 10,4 10,2 10,1 9,3 9,8

Fonte: Vigitel – 2006 a 2019. 276

Tabela 11-10. – Taxas de mortes atribuídas ao tabaco padronizadas por idade (por 100 mil) e variação percentual das taxas, de acordo com o sexo, no Brasil e suas unidades federativas, 1990 e 2019.

Local da morte Feminino Masculino
1990 (II 95%) 2019 (II 95%) Variação percentual (II 95%) 1990 (II 95%) 2019 (II 95%) Variação percentual (II 95%)
Acre 143.9 (122.5;164.7) 79.9 (68.9;90.7) -44.5 (-52.9; -34.2) 240.9 (221.2;262.2) 123.8 (109.7;138.8) -48.6 (-55.2; -41.7)
Alagoas 125.3 (105.4;145.5) 58.8 (49.7;69.2) -53 (-62; -42.4) 216.2 (194.6;237.4) 103.7 (88.1;122.3) -52 (-60; -42.6)
Amapá 86.3 (73;101.2) 48.5 (41.9;55.6) -43.8 (-53.6; -31.9) 154.4 (139.7;169.1) 83.4 (74.4;93.4) -46 (-52.5; -38.4)
Amazonas 101.3 (83.2;121.7) 44.4 (38.1;52.1) -56.1 (-64.7; -44.8) 183.1 (162.3;204.2) 87.3 (75.6;100.5) -52.3 (-59.7; -43.4)
Bahia 91.7 (75.5;109.9) 39.9 (32.3;48.9) -56.5 (-66.7; -43.2) 177.1 (151.9;205.9) 101.1 (82;123.8) -42.9 (-55.6; -26.8)
Brasil 139.7 (126.3;153.1) 57.1 (52.8;61.5) -59.1 (-63.1; -54.9) 271.6 (258.6;285) 115.1 (108.1;123.3) -57.6 (-60.2; -54.8)
Ceará 99.4 (80.3;120.4) 60.8 (49.3;74.3) -38.8 (-53.3; -18.8) 164.7 (136.9;195.2) 103.3 (82.5;127.2) -37.3 (-52.5; -16.8)
Distrito Federal 149.4 (122.9;178.2) 52.7 (45.2;62) -64.7 (-71.1; -56.2) 303.7 (270;339.3) 97.3 (84.2;112) -68 (-72.7; -61.9)
Espírito Santo 118.7 (101.7;137.1) 48.6 (41.3;56.8) -59 (-66.3; -49.6) 239.1 (223.2;254.8) 111.2 (94.7;128.1) -53.5 (-60.6; -46.1)
Goiás 155.7 (126.5;190.4) 60.4 (49.8;72.9) -61.2 (-69.9;-49.5) 284.3 (242.7;333.5) 115.3 (94.2;139.5) -59.4 (-68.1;-49.2)
Maranhão 69.8 (55.7;86.8) 46.1 (37.4;57.1) -34 (-49.7;-11.3) 226 (187.6;269.3) 101.9 (80.7;124.6) -54.9 (-65.7;-41.5)
Mato Grosso 116 (96.6;137.2) 50.3 (43.3;58.7) -56.6 (-65;-46.1) 211.5 (182.9;242.8) 94.2 (81.3;108.2) -55.5 (-63.1;-45.6)
Mato Grosso do Sul 142.4 (122.5;164.1) 55.2 (47.4;63.9) -61.2 (-67.7;-53.6) 251.9 (230.7;273.9) 108.8 (94.9;125.6) -56.8 (-63.1;-49.4)
Minas Gerais 139.8 (120.7;159.9) 50 (43.2;57.6) -64.3 (-70.3;-57) 275 (252.2;298.7) 102.9 (90;117.3) -62.6 (-67.7;-56.9)
Pará 103.7 (84.8;125.5) 43.1 (36.5;50.9) -58.5 (-66.9;-48.3) 200.2 (170.7;233.3) 89.2 (76;102.8) -55.4 (-63.8;-45.8)
Paraíba 102.9 (86.3;120.6) 50.9 (42.4;60.5) -50.5 (-60.4;-37.7) 162.6 (145.6;180.1) 95.5 (79.7;113.3) -41.2 (-52.5;-29.3)
Paraná 172.6 (149.9;195.8) 67.2 (57.6;77.6) -61.1 (-67.7;-53.1) 298.6 (281.7;315.6) 127.2 (109.9;146.8) -57.4 (-63.5;-50.7)
Pernambuco 140 (122;161) 71.1 (60.5;82.2) -49.2 (-57.6;-38.9) 221 (205.5;235.5) 133.7 (114.3;154) -39.5 (-48.9;-29.4)
Piauí 88.5 (74.5;105.1) 41.1 (34.8;48.2) -53.5 (-62;-42.2) 186.3 (166.6;208) 77.1 (65.4;89.2) -58.6 (-65.3;-51)
Rio de Janeiro 170 (149.8;190.3) 62 (53.9;71.8) -63.5 (-69.1;-56.6) 352.4 (334;371.2) 129.1 (112.8;147.9) -63.4 (-67.9;-57.8)
Rio Grande do Norte 97.7 (80;116.8) 49.5 (40.1;60.3) -49.4 (-60.8;-35) 160.4 (139;183.6) 86.6 (69.6;106.1) -46 (-58;-31.3)
Rio Grande do Sul 175.5 (155.4;197) 75.4 (65.5;85.6) -57 (-63.4;-49.5) 366.9 (346.6;386.8) 144.2 (125.6;165.1) -60.7 (-65.4;-54.7)
Rondônia 181.8 (154.2;213.4) 63.6 (54.3;74.6) -65 (-71.6;-57.1) 257.6 (230.2;287) 102.7 (85.9;122.8) -60.1 (-67.6;-51.2)
Roraima 130.3 (111.6;151) 57.2 (50.2;65.2) -56.1 (-62.7;-47.9) 252.8 (228.8;278.4) 96 (84.4;107.7) -62 (-67;-56.1)
Santa Catarina 146.8 (127.3;167.9) 53.5 (46.2;61.2) -63.5 (-69.9;-55.9) 320.4 (296.4;344.5) 124.3 (109.2;141.8) -61.2 (-66.4;-55)
São Paulo 164.6 (144.2;185.2) 61 (53;69.1) -62.9 (-68.5;-56.5) 341.7 (318.2;366.2) 127.3 (111.7;145) -62.7 (-67.6;-57.3)
Sergipe 89.8 (74;108.2) 40.2 (33;48.8) -55.2 (-65.2;-41.2) 183.1 (160.2;205.8) 85.2 (69.6;102.8) -53.5 (-62.5;-42.2)
Tocantins 95.9 (79.5;115.5) 46.7 (38.9;55.9) -51.3 (-61.4;-38.1) 193.5 (165.8;223.1) 99.1 (83.2;117.7) -48.8 (-58.8;-36)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 11-11. – Números de mortes atribuídas ao tabaco e suas taxas padronizadas por idade (por 100 mil), e variação percentual das taxas, no Brasil e suas unidades federativas, 1990 e 2019.

Local da morte 1990 2019 Variação percentual (II 95%)
Número (II 95%) Taxa (II 95%) Número (II 95%) Taxa (II 95%)
Acre 268.1 (244.8;290.2) 188.3 (171.9;204.5) 555.2 (499.8;608.6) 99.8 (89.7;109.8) -47 (-52.6; -40.8)
Alagoas 2251 (2031.3;2493.1) 168.1 (152.9;183.3) 2450.4 (2147.3;2781.5) 78.6 (68.9;89.1) -53.2 (-59.7; -46.6)
Amapá 105 (95.2;114.6) 118.1 (107.2;129.5) 314.7 (286.5;346.4) 65 (59;71.6) -45 (-50.8; -38.8)
Amazonas 980.5 (881.8;1086.3) 141.1 (126.2;156.8) 1754.9 (1565;1970) 64.8 (57.7;72.8) -54 (-60; -47.2)
Bahia 8778 (7710.9;9868.5) 131.7 (115.9;147.5) 10687.3 (9048.9;12468.7) 66.6 (56.3;77.7) -49.5 (-58.5; -39.1)
Brasil 168443.1 (159638.4;176773.3) 199.9 (189.1;210.6) 191.127.5 (180887.1;202595.5) 82.4 (77.9;87.5) -58.8 (-61.1; -56.3)
Ceará 5309.1 (4636.5;6033.6) 130.1 (114;148.4) 7831.3 (6685.7;9108.7) 79.6 (68;92.7) -38.8 (-50.1; -25.6)
Distrito Federal 955.1 (851.9;1072.6) 203.1 (178.6;230) 1524.6 (1362.5;1715) 70.6 (63.2;79.2) -65.2 (-69.8; -60)
Espírito Santo 2358.2 (2208.3;2512.6) 176.2 (163.1;189.5) 3245.8 (2865.4;3627.9) 76.2 (67.2;85.1) -56.8 (-62.1; -50.9)
Goiás 4064.4 (3535.8;4726.8) 215.6 (188.9;248.5) 5719 (4862.5;6648.2) 85.9 (73.2;99.7) -60.2 (-67; -51.9)
Maranhão 3580.9 (2990.5;4188.3) 132.9 (112.6;154.1) 4554 (3835.5;5406) 70.2 (59.2;83.1) -47.2 (-57.1; -34.3)
Mato Grosso 1196.6 (1045.2;1341.9) 167.7 (148;187) 2265.3 (2030.9;2507.8) 72.4 (64.8;80.2) -56.8 (-62.7; -49.4)
Mato Grosso do Sul 1602.9 (1488.1;1726.3) 198.8 (183.3;215) 2279.7 (2040;2569) 80.3 (72;90.3) -59.6 (-64.4; -54.3)
Minas Gerais 18482.8 (17049.2;20105.5) 200.8 (185.2;218.2) 19486.7 (17571.9;21630.8) 73.7 (66.5;81.9) -63.3 (-67.2; -58.7)
Pará 2922 (2551.9;3292) 149.7 (131.3;168.8) 4359.3 (3833.9;4910.9) 65.1 (57.5;73.3) -56.5 (-62.7; -49.3)
Paraíba 2969.5 (2689.7;3264.7) 131.1 (118.9;144) 3391.9 (2965.5;3853) 70.3 (61.4;80.1) -46.4 (-53.8; -38.3)
Paraná 10355.6 (9761.2;10941.2) 234.4 (218.8;249.7) 12142 (10811.1;13558.7) 94 (83.7;104.9) -59.9 (-64.5; -55.2)
Pernambuco 7749.4 (7180.2;8368.7) 176.8 (164;190.9) 9553.9 (8501;10648.7) 97.7 (87;108.7) -44.8 (-51.4; -37.8)
Piaui 1774 (1606;1950.4) 133.2 (120.4;146.4) 2162.9 (1901.9;2425.6) 57.4 (50.5;64.3) -56.9 (-62.7; -51.2)
Rio de Janeiro 22495.9 (21190.9;23737.9) 246.4 (230.1;262.6) 20055.2 (18102.7;22233) 89.7 (80.9;99.3) -63.6 (-67.3; -59.3)
Rio Grande do Norte 2027.5 (1804.3;2269.4) 127.2 (113.2;141.9) 2549.6 (2176.1;2966.6) 65.7 (56.1;76.6) -48.3 (-57.1; -38.1)
Rio Grande do Sul 15779.3 (14859.6;16593.5) 257.8 (241.2;273.4) 16325.6 (14743.7;18073.6) 104.6 (94.4;115.9) -59.4 (-63.6; -54.7)
Rondônia 613.6 (537.2;687.9) 226.1 (205.9;249) 1200.6 (1047.7;1377.8) 83.3 (73.1;95.5) -63.2 (-68.7; -57.2)
Roraima 94.8 (84.7;103.6) 196.2 (180.3;214.2) 254.2 (230.2;279.4) 76.7 (69.3;84.8) -60.9 (-65.1; -56.1)
Santa Catarina 5228.8 (4848.3;5603.6) 227 (209.9;244.5) 6668.9 (6011;7389.5) 84.5 (76.1;93.6) -62.8 (-66.9; -58)
São Paulo 45041.6 (42124.3;47925.1) 243.1 (226.1;260.4) 47506.6 (42991.3;52327.4) 89.1 (80.7;98.4) -63.3 (-67; -59.3)
Sergipe 958.8 (859.2;1064.6) 130.8 (116.6;146.4) 1314.9 (1124.3;1520.3) 59.7 (51.2;68.7) -54.4 (-61.8; -46.2)
Tocantins 499.9 (438;568.3) 142.2 (124.8;159.8) 973.1 (847.1;1113.9) 70.7 (61.5;81) -50.3 (-57.8; -40.9)

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Tabela 11-12. – Proporção de não fumantes a partir de 18 anos de idade expostos ao tabagismo passivo em ambiente de trabalho fechado, de acordo com o sexo, no Brasil, suas regiões e unidades federativas, e áreas urbana e rural.

Regiões, unidades federativas e áreas urbana e rural Total Sexo
Masculino Feminino
Proporção IC 95% Proporção IC 95% Proporção IC 95%
Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior
Brasil 8,4 7,8 9,0 10,4 9,4 11,3 6,7 6,1 7,4
Urbana 8,3 7,7 8,9 10,3 9,3 11,3 6,6 5,9 7,3
Rural 10,2 8,6 11,7 11,6 9,4 13,8 9,0 6,8 11,2
Norte 7,8 6,8 8,8 10,1 8,5 11,7 5,6 4,4 6,8
Rondônia 9,8 6,9 12,8 12,9 7,5 18,3 7,4 3,8 11,0
Acre 5,9 3,9 8,0 6,9 3,2 10,7 5,1 2,7 7,5
Amazonas 7,9 5,7 10,0 10,5 7,1 13,9 5,0 2,8 7,1
Roraima 7,9 5,5 10,3 9,0 5,3 12,7 6,9 4,1 9,7
Pará 6,7 5,0 8,4 8,7 6,1 11,3 4,8 2,8 6,9
Amapá 7,6 4,8 10,3 9,6 5,4 13,8 5,8 2,0 9,5
Tocantins 10,8 7,9 13,6 15,0 10,0 20,0 7,7 4,5 10,9
Nordeste 9,2 8,4 10,0 11,0 9,8 12,3 7,7 6,7 8,8
Maranhão 10,4 8,5 12,3 12,4 9,2 15,5 8,8 6,3 11,3
Piauí 13,2 9,9 16,6 15,4 10,8 20,0 11,4 6,6 16,2
Ceará 8,5 6,6 10,4 9,0 5,9 12,1 8,1 5,7 10,5
Rio Grande do Norte 10,6 7,4 13,9 13,5 8,7 18,3 8,2 4,8 11,7
Paraíba 10,1 7,9 12,3 11,2 8,2 14,2 9,2 6,1 12,2
Pernambuco 8,8 6,8 10,9 9,9 7,2 12,6 7,8 5,2 10,5
Alagoas 8,7 6,4 11,1 10,5 6,7 14,3 7,2 4,5 10,0
Sergipe 8,3 6,3 10,3 9,3 6,4 12,2 7,4 4,4 10,3
Bahia 8,2 6,3 10,1 11,1 7,9 14,3 6,0 3,6 8,3
Sudeste 8,8 7,7 9,8 10,4 8,6 12,2 7,3 6,1 8,6
Minas Gerais 11,5 9,0 13,9 15,8 10,8 20,8 8,2 5,9 10,5
Espírito Santo 9,1 7,2 11,0 12,6 9,3 15,8 6,2 3,9 8,6
Rio de Janeiro 6,8 5,3 8,2 7,8 5,7 10,0 5,8 3,8 7,8
São Paulo 8,3 6,7 9,9 9,1 6,7 11,6 7,6 5,7 9,5
Sul 6,3 5,2 7,4 9,0 7,1 11,0 3,8 2,8 4,9
Paraná 5,8 3,9 7,6 8,5 5,2 11,8 3,2 1,7 4,7
Santa Catarina 5,4 4,1 6,7 7,0 4,9 9,2 3,8 2,3 5,3
Rio Grande do Sul 7,4 5,5 9,3 10,9 7,1 14,7 4,5 2,5 6,5
Centro-Oeste 9,0 7,6 10,4 11,3 8,8 13,8 6,9 5,4 8,4
Mato Grosso do Sul 7,2 5,3 9,0 9,8 6,6 12,9 4,8 3,0 6,7
Mato Grosso 9,2 6,7 11,7 10,3 6,8 13,8 8,2 4,8 11,6
Goiás 11,5 8,5 14,5 14,8 9,3 20,3 8,4 5,4 11,4
Distrito Federal 5,8 4,0 7,6 6,8 4,2 9,3 4,8 2,7 6,9

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Tabela 11-13. – Distribuição dos usuários de dispositivos eletrônicos com nicotina líquida ou folha de tabaco triturada, com idade a partir de 15 anos, no Brasil, suas regiões e unidades federativas.

Regiões e unidades federativas Prevalência de usuários ativos 95% IC
Limite inferior Limite superior
Brasil 0,6 0,5 0,8
Norte 0,2 0,1 0,2
Rondônia 0,7 0,1 1,4
Acre 0,1 0,0 0,2
Amazonas 0,0 0,0 0,1
Roraima 0,0 0,0 0,1
Pará 0,1 0,0 0,2
Amapá 0,1 0,0 0,3
Tocantins 0,4 0,0 0,7
Nordeste 0,1 0,1 0,2
Maranhão 0,1 0,0 0,2
Piauí 0,5 0,1 0,8
Ceará 0,3 0,0 0,5
Rio Grande do Norte 0,0 0,0 0,1
Paraíba 0,0 0,0 0,1
Pernambuco 0,0 0,0 0,1
Alagoas 0,2 0,0 0,4
Sergipe 0,1 0,0 0,2
Bahia 0,1 0,0 0,2
Sudeste 0,7 0,5 1,0
Minas Gerais 0,2 0,0 0,3
Espírito Santo 0,4 0,0 0,8
Rio de Janeiro 0,2 0,0 0,3
São Paulo 1,3 0,8 1,7
Sul 1,1 0,7 1,5
Paraná 2,1 1,2 3,0
Santa Catarina 1,0 0,5 1,6
Rio Grande do Sul 0,2 0,0 0,3
Centro-Oeste 1,5 1,1 1,8
Mato Grosso do Sul 2,1 1,2 3,0
Mato Grosso 0,4 0,2 0,7
Goiás 1,4 0,7 2,0
Distrito Federal 2,2 1,4 2,9

Source: PNS 2019. 13

Figura 11-2. -Tendência da prevalência de tabagismo, de acordo com o sexo e dados da pesquisa Vigitel, nas capitais brasileiras, entre 2006 e 2019.

Figura 11-2

Fonte: Vigitel – 2006 a 2019. 276

Figura 11-3. -Taxa de mortalidade (A) e taxa de mortalidade padronizada por idade (B) de acordo com sexo; número absoluto de mortes associadas com o uso de tabaco (C) e taxas de mortalidade associada ao uso de tabaco para todas as idades e padronizadas por idade (D), de 1990 a 2019.

Figura 11-3

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 11-4. -Proporção de mortalidade de cada grupo etário apresentado no eixo Y de acordo com o sexo, no Brasil em 2019.

Figura 11-4

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 11-5. -Número absoluto de mortes atribuídas ao tabaco e ao tabagismo passivo, por todas as causas de morte, para ambos os sexos, 2019. Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46 .

Figura 11-5

Figura 11-6. -Taxas de mortalidade por tabagismo e por tabagismo passivo padronizadas por idade para ambos os sexos, por todas as causas de morte, Brasil, 1990 e 2019.

Figura 11-6

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 11-7. -Número total de mortes por doença cardiovascular atribuída ao tabaco e ao tabagismo passivo, para ambos os sexos. Cada cor representa uma causa específica de morte cardiovascular, 1990.

Figura 11-7

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 11-8. -Número total de mortes por doença cardiovascular atribuída ao tabaco e ao tabagismo passivo, para ambos os sexos. Cada cor representa uma causa específica de morte cardiovascular, 2019.

Figura 11-8

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 11-9. -Correlação entre o Índice Sociodemográfico (SDI) de 2019 e a variação percentual das taxas de mortalidade atribuída ao tabagismo entre 1990 e 2019, no Brasil.

Figura 11-9

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 11-10. -Tendência temporal das taxas de YLLs por uso de tabaco de 1990 a 2019.

Figura 11-10

Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Figura 11-11. -Tendência temporal das taxas de YLDs por uso de tabaco de 1990 a 2019. Fonte: Dados derivados do estudo Global Burden of Disease 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46 .

Figura 11-11

Panorama

Definições

•Fumante atual: Adulto que já fumou cigarro em algum momento e ainda fuma. 19 , 400 Adolescente que fumou pelo menos um dia nos últimos 30 dias foi considerado fumante atual de cigarro. 401

•Tabagismo passivo: Em geral, refere-se à presença de fumaça de cigarro no ambiente de um não fumante. 400

•Ex-fumante: Adulto que fumava mas havia cessado o tabagismo por ocasião da entrevista. 400

•Experimentação de tabaco: Definido como tendo fumado cigarro pelo menos uma vez na vida. 401

•Dispositivos eletrônicos de fumar, mais conhecidos como cigarros eletrônicos, são aqueles operados por bateria que fornecem nicotina, sabores e outras substâncias químicas em aerossol ao usuário. 3 , 402 Os líquidos usados nesses dispositivos podem diferir quanto à composição química, concentração de nicotina e aditivos usados, tendo sido descritos mais de 8.000 sabores de cigarros eletrônicos. Discrepância entre a composição do produto declarada na embalagem e a verdadeira já foi mostrada.

•O SDI é um índice composto que mede renda per capita, fertilidade e educação e reflete o desenvolvimento sociodemográfico. O SDI permite que estados e países sejam comparados quanto ao seu desenvolvimento. 403

Tabaco e Doença Cardiovascular Total

•O uso do tabaco é uma das principais causas de morte prevenível no Brasil e no mundo. 19 , 400 O tabaco é um dos principais fatores de risco de DCNT, como DCV, câncer, doenças respiratórias crônicas, restrição ao crescimento intrauterino e predisposição ao parto prematuro. 3–5 O impacto negativo do tabaco na saúde resulta tanto do consumo direto de várias formas de produtos derivados do tabaco (fumado, inalado ou mascado) quanto da exposição ao tabagismo passivo. 400 , 404

•O tabaco é um fator de risco independente para DCV e multiplica o risco quando associado a outros fatores de risco, como hipertensão, dislipidemia e diabetes mellitus. 405 Há um aumento significativo no risco para DCV mesmo em níveis baixos de exposição ao tabaco, incluindo tabagismo passivo e uso de charuto. Além disso, o risco cresce, mas em menor grau, com o aumento no número de cigarros consumidos por dia. 34

•Tabagismo atual ou passado está associado com risco aumentado de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida ou preservada. 406 , 407

•O consumo de tabaco em diferentes formas de tabagismo está associado com risco aumentado de eventos cardiovasculares, com OR de 1,67 (IC 95%, 1,25 – 2,24) para a associação de doença isquêmica do coração e insuficiência cardíaca com consumo de fumo no narguilé. 408

•Não fumantes expostos ao tabagismo passivo em casa ou no trabalho apresentam aumento de 25% a 30% no risco de desenvolver DCV. 4 , 8 Exposição ao tabagismo passivo eleva o risco de AVC em 20% a 30% e está associada a aumento de mortalidade após o evento. 3 , 405

Medidas

•A prevalência de tabagismo será abordada com base nas pesquisas populacionais mais recentes no Brasil: o Estudo ELSA-Brasil; a PNS 2019, contendo estimativas para a população a partir de 18 anos; a PeNSE 2015, contendo estimativas para adolescentes de 13 a 15 anos; o Estudo ERICA, que incluiu 74.589 adolescentes de 12 a 17 anos, de municípios com mais de 100 mil habitantes; e as estimativas de tendência para adultos nas capitais brasileiras entre 2006 e 2019. 401 , 409 , 410

•As taxas de mortalidade e hazard ratios ajustadas da associação entre tabagismo e morte são apresentadas em coortes brasileiras. 19 , 404

•As taxas de mortalidade e os números absolutos de mortes atribuídas ao tabaco são apresentados para o Brasil e suas 27 UF em 1990 e 2019, sendo as estimativas extraídas do Estudo GBD 2019. 19

Prevalência

Prevalência do Uso de Tabaco entre Adolescentes

•As Tabelas 11-1 a 11-3 mostram a prevalência dos indicadores de tabagismo entre adolescentes do nono ano, com idade entre 13 e 15 anos, de acordo com dados da PeNSE 2015. 410

•Ainda de acordo com dados da PeNSE 2015, 18,4% (IC 95%, 17,8 - 19) dos adolescentes de 13 a 15 anos já experimentaram cigarro. A prevalência foi maior no sexo masculino (19,4%; IC 95%, 16,6 – 18,2) do que no feminino (17,4%; IC 95%, 18,7 – 20,0). A porcentagem de adolescentes que experimentaram fumar variou de 27,0% no Mato Grosso do Sul a 9,3% em Sergipe, sendo maior na região Sul (24,9%)e menor na região Nordeste. 410

•A prevalência de tabagismo atual ou ter fumado nos 30 dias que antecederam a pesquisa foi de 5,6% (IC 95%, 5,3 – 5,9), sem diferença quanto ao sexo (masculino 5,8%; IC 95%, 5,4 – 6,3; feminino 5,4%; IC 95%, 4,9 – 5,8). O uso de outros produtos derivados do tabaco foi de 6,1% (IC 95%, 5,7 – 6,4) entre adolescentes do sexo masculino e 5,6% (IC 95%, 5,1 – 6,0) entre as do sexo feminino. 410

•O estudo ERICA, um estudo transversal, de âmbito nacional e base escolar dos riscos cardiovasculares, incluiu 74.589 adolescentes de 12 a 17 anos, de municípios com mais de 100 mil habitantes. Os resultados mostraram que 18,5% (IC 95%, 17.7-19.4) dos adolescentes já haviam fumado pelo menos uma vez, 5,7% (IC 95%, 5,3 – 6,2) fumavam na ocasião da pesquisa e 2,5% (IC 95%, 2,2 – 2,8) fumavam com frequência, sem diferença significativa entre os sexos. 401

•A região Sul apresentou maior prevalência de experimentação de tabaco (23,3%; IC 95%, 21,5 – 25,3), de uso atual de tabaco (7,3%; IC 95%, 6,2 - 8.7) e de uso de tabaco por sete dias consecutivos (3,8%; IC 95%, 2,8 – 5,1) em comparação às regiões Norte (19,2%, 5,9% e 2,2%, respectivamente) e Nordeste (15,2%, 4,7% e 1,5%, respectivamente).

•A prevalência do uso de tabaco não diferiu significativamente de acordo com indicadores socioeconômicos (etnia autorrelatada, nível educacional, nível educacional materno, nível educacional paterno) para ambos os sexos.

•A prevalência foi mais alta entre adolescentes que haviam tido empregos remunerados no ano anterior ao estudo, para ambos os sexos [9,3% (IC 95%, 8,1 – 10,5) vs 5,0% (IC 95%, 4,3 - 5,6) para o sexo masculino; 8,8% (IC 95%, 7,5 – 10,1) vs 4,6% (IC 95%, 4,0-5,1) para o sexo feminino]. Além disso, a prevalência foi maior entre aqueles que não moravam com os dois pais em comparação àqueles que moravam [8,0% (IC 95%, 6,8 – 9,2) vs 4,8% (IC 95%, 4,0-5,5) para o sexo masculino; 6,4% (95% CI, 5,7 – 7,1) vs 4,4% (95% CI, 3,8 – 5,1)) para o sexo feminino].

•Estudantes do sexo feminino de escolas públicas relataram mais tabagismo [5.7% (IC 95%, 5.1 - 6.2)] do que as de escolas privadas [3.7% (IC 95%, 2.3 - 5.1)]. Quanto aos adolescentes do sexo masculino, a diferença não foi significativa, 6,1% (IC 95%, 5,6 – 6,9) e 5,2% (IC 95%, 3,5 – 7,0), respectivamente.

•A prevalência de tabagismo é maior entre adolescentes que convivem em casa com fumantes: 8,1% (IC 95%, 6,7 – 9,6) vs 5,4% (IC 95%, 4,7 – 6,1) para o sexo masculino; e 7,1% (IC 95%, 6,2 – 8,0) vs 4,5% (IC 95%, 4,0 – 5,1) para o sexo feminino. Além disso, maior prevalência foi observada entre aqueles em contato com fumantes fora de casa: para o sexo masculino, 9,9% (IC 95%, 8,6 – 11,1) vs 3,6% (IC 95%, 3,0 – 4,3); e para o sexo feminino, 7,6% (IC 95%, 6,8 – 8,4) vs 2,7% (IC 95%, 2,2 – 3,3).

Prevalência do Uso de Tabaco entre Adultos

•A Tabela 11-4 mostra dados da PNS 2019 indicando que 12,8% (IC 95%, 12,4 – 13,2) dos adultos usam algum derivado do tabaco, sendo o uso maior entre os homens (16,2%; IC 95%, 15,6 – 16,9) do que entre as mulheres (9,9%; IC 95%, 9,3 – 10,3). 306

Tabela 11-4. – Proporção de usuários atuais de derivados do tabaco a partir dos 18 anos de idade, de acordo com o sexo, no Brasil, suas regiões e unidades federativas, e áreas urbana e rural.

Regiões, unidades federativas e áreas urbana e rural Total Sexo
Masculino Feminino
Proporção IC 95% Proporção IC 95% Proporção IC 95%
Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior Limite inferior Limite superior
Brasil 12,8 12,4 13,2 16,2 15,6 16,9 9,8 9,3 10,3
Urbana 12,6 12,1 13,0 15,8 15,0 16,5 9,9 9,4 10,4
Rural 14,3 13,4 15,2 18,6 17,4 19,9 9,3 8,3 10,2
Norte 10,7 9,9 11,5 15,5 14,2 16,8 6,2 5,4 7,1
Rondônia 10,8 9,2 12,4 16,6 14,1 19,1 5,2 3,4 7,1
Acre 15,1 13,2 17,1 19,0 15,7 22,2 11,5 9,2 13,9
Amazonas 10,2 9,0 11,4 16,0 13,6 18,4 4,8 3,6 5,9
Roraima 11,6 9,8 13,3 16,5 13,6 19,4 6,8 5,0 8,6
Pará 10,1 8,6 11,5 14,3 12,0 16,6 6,1 4,5 7,8
Amapá 10,9 8,8 12,9 15,0 11,3 18,6 7,0 4,9 9,2
Tocantins 12,8 10,7 14,9 17,6 14,0 21,1 8,1 5,9 10,3
Nordeste 11,1 10,5 11,7 14,7 13,7 15,6 7,9 7,3 8,6
Maranhão 11,3 10,2 12,4 16,0 14,1 17,9 7,0 5,9 8,2
Piauí 11,7 10,3 13,2 15,9 13,4 18,4 7,9 5,8 10,0
Ceará 12,2 11,1 13,4 15,4 13,3 17,4 9,5 8,1 10,9
Rio Grande do Norte 11,3 9,6 13,1 15,9 12,9 18,8 7,4 5,8 9,1
Paraíba 11,8 10,1 13,4 14,5 11,8 17,2 9,4 7,8 11,0
Pernambuco 11,3 9,6 13,0 14,7 11,3 18,2 8,5 7,1 9,9
Alagoas 10,6 9,3 12,0 13,9 11,6 16,1 7,9 6,6 9,2
Sergipe 9,4 8,2 10,6 11,6 9,5 13,7 7,5 5,9 9,0
Bahia 10,1 8,4 11,7 13,7 11,3 16,0 6,8 5,1 8,5
Sudeste 13,5 12,7 14,3 16,8 15,5 18,1 10,6 9,7 11,5
Minas Gerais 13,2 11,8 14,6 17,1 14,8 19,4 9,7 8,2 11,3
Espírito Santo 10,4 9,1 11,6 14,0 11,6 16,3 7,1 5,7 8,6
Rio de Janeiro 12,1 10,9 13,3 14,6 12,8 16,5 10,0 8,6 11,5
São Paulo 14,4 13,1 15,7 17,7 15,7 19,7 11,5 10,0 12,9
Sul 14,7 13,8 15,7 17,1 15,7 18,5 12,6 11,4 13,8
Paraná 14,7 13,0 16,4 17,3 14,9 19,7 12,3 10,2 14,5
Santa Catarina 13,1 11,6 14,6 15,7 13,5 18,0 10,6 8,8 12,4
Rio Grande do Sul 15,8 14,3 17,4 17,8 15,3 20,2 14,1 12,2 16,1
Centro-Oeste 13,7 12,7 14,7 17,6 15,9 19,2 10,2 9,1 11,3
Mato Grosso do Sul 16,3 14,5 18,2 20,8 17,9 23,7 12,4 10,5 14,3
Mato Grosso 13,0 11,3 14,8 16,3 13,2 19,3 10,0 7,9 12,1
Goiás 13,9 12,1 15,8 18,1 15,0 21,2 10,1 8,1 12,1
Distrito Federal 11,6 9,9 13,4 15,1 12,3 17,9 8,7 6,6 10,8

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

•A prevalência do uso de alguns derivados do tabaco é maior na área rural (14,3%) do que na urbana (12,6%), assim como maior na região Sul (14,7%) do que na Norte (10,7%).

•A proporção de fumantes acima de 18 anos em 2019 foi 12,6% (IC 95%, 12,2 – 13,0) e, de acordo com o sexo, 15,9% (IC 95%, 15,3 – 16,6) dos homens e 9,6% (IC 95%, 9,2 – 10,1) das mulheres ( Tabela 11 -1). 306

•Quanto aos grupos etários, a prevalência foi a seguinte em ordem decrescente: 14,9% (IC 95%, 14,2 – 15,5) no grupo de 40-59 anos; 10,8% (IC 95%, 9,6 – 12,0) no grupo de 18-24 anos; 12,0% (IC 95%, 11,2 – 12,7) no grupo de 25-39 anos; e 11,9% (IC 95%, 11.2 - 12.6) no grupo de 60 anos ou mais ( Tabela 11 -5). 306

•A prevalência de tabagismo é menor nas populações com níveis mais elevados de educação e renda: 17,6% (IC 95%, 16,8 – 18,4) entre aqueles sem educação formal ou educação fundamental incompleta; 15,5% (IC 95%, 14,3 – 16,6) entre aqueles com educação fundamental completa e nível médio incompleto; 9,6% (IC 95%, 8,9 – 10,2) entre aqueles com nível médio completo e superior incompleto; e 7,1% (IC 95%, 6,3 – 7,8) entre aqueles com nível superior completo ( Tabela 11 -7). 306

•A prevalência de tabagismo foi maior entre indivíduos negros (13,7%; IC 95%, 12,5 - 15) em comparação a “pardos” (13,5%; IC 95%, 12,9 – 14,2) e brancos (11,8%; IC 95%, 11,2 – 12,4) ( Tabela 11 -8). 306

•A pesquisa Vigitel 2019 mostrou uma frequência de adultos fumantes de 9,8%, maior entre os homens (12,3%) do que entre as mulheres (7,7%). Na população total, a frequência de fumantes tendeu a ser mais baixa entre adultos jovens (menos de 25 anos de idade) e a partir de 65 anos. A frequência de tabagismo diminuiu com o aumento da escolaridade, sendo particularmente alta entre homens com até oito anos de escolaridade (16,8%). 410

•De acordo com o Estudo GBD 2019, no Brasil, a prevalência de tabagismo passivo em casa é de 9,2% (II 95%, 8,8 – 9,8), maior entre mulheres (10,2%; IC 95%, 8,7 – 10,8) do que entre homens (7,9%; II 95%, 7,3 – 8,5). 19

•A prevalência de tabagismo passivo no trabalho é de 8,4% (IC 95%, 8,8 – 9,8), maior entre homens (10,4%; IC 95%, 9,4 – 11,3) do que entre mulheres (8,7%; IC 95%, 6,1 – 7,4) ( Tabela 11 -12). 19

•O uso de cigarros eletrônicos foi medido pela primeira vez na PNS 2019, revelando uma prevalência de 0,6%, sendo o uso maior no Distrito Federal (2,2%) e nos estados do Mato Grosso do Sul (2,1%) e Paraná (2,1%) ( Tabela 11 -13). 405

Tendência de Prevalência

•A prevalência obtida nas principais pesquisas domiciliares nacionais, no inquérito telefônico Vigitel com participantes a partir de 18 anos de idade e na PNS indica uma redução significativa na prevalência de tabagismo na população adulta, de 37,6% de 2006 a 2019. Essa tendência é similar àquela reportada em outros nacionais estudos ( Tabela 11 -9, Figura 11 -1). 306 , 400 , 410 , 411 Entretanto, o índice é 0,5% maior do que o calculado em 2018.

•De acordo com os dados do inquérito Vigitel, nas capitais brasileiras, entre 2006 e 2019, houve um declínio no tabagismo para ambos os sexos. Depois de 2015, o declínio foi menor, havendo até estabilidade para os homens ( Tabela 11 -9 e Figura 11 -2). 400 , 411

•Entre adolescentes e comparando com a pesquisa PeNSE 2012, a prevalência de tabagismo ativo permaneceu sem alteração: 5,0% em 2012 e 5,6% em 2015. Entretanto, o uso de derivados do tabaco aumentou, passando de 4,8% (IC 95%, 4,6 – 5,0) em 2012 para 6,1% (IC 95%, 5,7 – 6,4) em 2015, sendo a proporção maior para os homens. O uso de cigarro junto com outros derivados do tabaco aumentou em 18%, passando de 7,6% em 2012 para 9,0% em 2015. O narguilé foi o produto mais usado em 2015 (71,6%; IC 95%, 68,8 – 74,2) e com maior frequência entre as mulheres (4% entre adolescentes masculinos e 5,6% entre adolescentes femininas). 8 , 16

•De acordo com o Estudo GBD 2019, as mortes relacionadas a tabagismo passivo diminuíram entre 1990 e 2019. As principais causas de morte por DCV associadas a tabagismo passivo foram doença isquêmica do coração e AVC. 19 Em 1990, houve 7.489 mortes (5,03 por 100 mil habitantes) por doença isquêmica do coração devida ao tabagismo passivo e, em 2019, 6.934 mortes (3,2 por 100 mil habitantes). 19 Em 1990, houve 4.400 mortes (2,96 por 100 mil habitantes) por AVC devido ao tabagismo passivo e, em 2019, 3.219 mortes (1,3 por 100 mil habitantes). 19

Mortalidade

Tabaco e Mortalidade Total

•A Tabela 11 -10 mostra as taxas de mortalidade atribuída ao tabaco padronizadas por idade (por 100 mil habitantes), além da variação percentual dessas taxas entre 1990 e 2019, de acordo com o sexo, no Brasil e suas UF. A Tabela 11 -11 mostra o número e as taxas de mortes atribuídas ao tabaco padronizadas por idade e variação percentual dessas taxas entre 1990 e 2019. Esses dados foram estimados pelo GBD, considerando a literatura existente e a fração atribuível populacional do tabagismo, que é a proporção de casos atribuídos ao uso de tabaco ( Figura 11 -3). 19

•De acordo com dados do GBD 1990, o número absoluto de mortes atribuídas ao tabaco em 1990 foi 168.443 (II 95%, 159.638 – 176.773), tendo aumentado em 2019 para 191.127 (II 95%, 180.887 – 202.595) ( Tabela 11 -11). 19

•O número absoluto de mortes atribuídas ao tabaco aumentou principalmente devido ao crescimento e envelhecimento da população; entretanto, houve uma redução de 58,8% (II 95%, 56,3 - 61,1) na taxa de mortalidade atribuída ao tabagismo, que passou de 199,9 (II 95%, 189,1 – 210,6) por 100 mil habitantes em 1990 para 82,4 (II 95%, 77,9 – 87,5) por 100 mil habitantes em 2019 ( Tabela 11 -11). Essa redução resultou da diminuição do risco ou da prevalência de fumantes. 19

•As taxas de mortalidade atribuída ao tabaco diminuíram em todas as UF brasileiras e, em 2019, as mais altas foram observadas no Rio Grande do Sul (104,6; II 95%, 94,4 -115,9), Acre (99,8; II 95%, 89,7 – 109,8) e em Pernambuco (97,7; II 95%, 87 – 108,7). 19

•A Figura 11 -5 mostra o número absoluto de mortes atribuídas ao tabaco e ao tabagismo passivo. Fumar tabaco contribuiu para mais de 190 mil mortes por DCNT e outras, como DCV (65.693), câncer (53.000: pulmão, cavidade oral, mama), doenças respiratórias crônicas, doenças respiratórias infecciosas e tuberculose, diabetes, doenças digestivas e renais (Figuras 11-5 e 11-6). 19

Tabaco e Mortalidade por DCV

•A análise das causas de morte específicas atribuídas ao tabagismo indica que a mortalidade por DCV por 100 mil habitantes diminuiu de 88,0 (II 95%, 81,3 – 94,3) em 1990 para 26,3 (IC 95%, 23,8 – 28,9) em 2019. 19

•Em 2019, o tabagismo foi responsável por 65.696 mortes por DCV. Além disso, houve um decréscimo nas taxas de mortalidade de algumas DCV atribuídas ao tabagismo, como doença isquêmica do coração e AVC, no período estudado (Figuras 11-7 e 11-8). 2 Entre as DCV, a doença isquêmica do coração apresentou a maior redução na mortalidade atribuída ao tabagismo, passando de 41.564 mortes [47,2 (II 95%, 43,8 – 50,4) por 100 mil habitantes] em 1990 para 35.218 mortes [14,7 (II 95%, 16,0 – 13,5) por 100 mil habitantes] em 2019. 19

•As mortes por AVC passaram de 28.468 [31,8 (II 95%, 29,0 – 34,8) por 100 mil habitantes] em 1990 para 17.577 [7,4 (II 95%, 6,6 – 8,3) por 100 mil habitantes] em 2019. As mortes por aneurisma aórtico aumentaram de 1.678 [7,4 (II 95%, 1,7 – 2,0) por 100 mil habitantes] em 1990 para 3.999 [1,7 (II 95%, 1,5 – 1,9) por 100 mil habitantes] em 2019, enquanto as mortes por doença arterial periférica aumentaram de 343 [0,4 (II 95%, 0,2 – 0,8) por 100 mil habitantes] em 1990 para 674 mortes [0,3 (II 95%, 0,1 – 0,6) por 100 mil habitantes] em 2019. 19

•No geral, reduções mais significativas nas taxas de mortalidade atribuída ao tabagismo foram observadas nas UF com SDI mais altos, sendo as maiores reduções observadas naquelas com SDI mais elevados (Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais) e as menores reduções observadas nos estados das regiões Norte e Nordeste, que têm os menores SDI (Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Pará, Paraíba) (correlação de Pearson: 0,637; p < 0,001) ( Figura 11 -9). 34

Carga de Doença

Carga de Doença total do Tabaco

•As Figuras 11-10, 11-11 e 11-12 mostram as tendências de 1990 a 2019 para as métricas YLL, YLD e DALY. Em todas as situações, as taxas brutas e padronizadas por idade diminuíram. 19

•Dados do GBD 2019 estimaram uma redução na taxa de DALYs atribuídos ao tabaco padronizada por idade por 100 mil habitantes no Brasil de 59% (II 95%, 56% - 61%) entre 1990 [4.614,5 (II 95%, 4.372,3 – 4.888,0)] e 2019 [1.893,7 (II 95%, 1.768,6 – 2.028,0)]. As diferenças nas curvas da Figura 11 -12 refletem DALYs ajustados para diferenças na distribuição etária da população, sendo a curva ‘todas as idades’ influenciada por uma combinação de crescimento e envelhecimento populacional.

•A redução nas taxas de DALYs é consequência da diminuição dos YLLs em 61% (II 95%, 58 - 63%) entre 1990 e 2019. A combinação de diminuição da exposição ao tabagismo e taxas de DALYS registradas após remoção do tabagismo como fator de risco contribuiu para a redução geral.

•Houve uma redução heterogênea nas taxas de DALYs atribuídos ao tabaco padronizadas por idade nas diferentes UF e regiões do Brasil, sendo mais pronunciada nos estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste e Distrito Federal, modesta nas UF da região Norte e ainda mais discreta na maioria das UF do Nordeste.

Carga de Doença Cardiovascular Atribuída ao Tabaco

•Dados do GBD 2019 estimaram uma taxa de DALYs atribuídos ao tabaco padronizada por idade por 100 mil habitantes no Brasil de 650 (II 95%, 604 - 701), uma redução de 69% (II 95%, 67 - 71) em comparação à de 1990, 2.124 (II 95%, 1.993 – 2.254).

•As taxas de YLL padronizadas por idade por 100 mil habitantes foram 2.040 (II 95%, 1.919 – 2.164) em 1990 e 611 (II 95%, 568 - 657) em 2019, uma redução de 70% (II 95%, 68% - 72%) no período.

•As taxas de YLD padronizadas por idade por 100 mil habitantes foram 84 (II 95%, 60 - 108) em 1990 e 39 (II 95%, 28 - 51) em 2019, uma redução de 54% (II 95%, 50-57%).

Impacto Econômico do Tabaco

•O impacto econômico do tabaco no Brasil, incluindo o custo direto (custos de diagnóstico, tratamento e seguimento), foi recentemente estimado usando um modelo econômico de micro simulação probabilística sobre a história natural, os custos médicos e as perdas de qualidade de vida associados às doenças mais comuns relacionadas ao tabaco. Os dados foram obtidos através de revisão da literatura, estatísticas vitais e bancos de dados hospitalares. Doença pulmonar obstrutiva crônica, DCV, câncer de pulmão e AVC foram responsáveis por 78% daquele custo. Em 2015, o custo direto total do tabaco foi estimado em US$ 11,8 bilhões ao ano, 70% correspondendo ao custo direto associado com a assistência à saúde e o restante associado com o custo indireto por perda de produtividade por morte prematura e incapacidade. O tabaco representou 22% dos custos diretos de DCV no Brasil e 17% dos custos diretos de AVC. O custo atribuído ao tabagismo passivo foi US$ 1,36 bilhão. 413 , 414

•Os custos de saúde atribuídos ao uso do tabaco representam uma estimativa de 5,7% de todos os gastos de governo com saúde e 0,7% do produto interno bruto. Estima-se que, no Brasil, 25,6% dos recursos gastos sejam recuperados através dos impostos sobre o tabaco. 413 , 414

Pesquisa Futura

•Devido à falta de dados longitudinais, os riscos de longo prazo de DCV associada ao uso de cigarro eletrônico são desconhecidos. Atualmente, há informação limitada sobre os riscos para a saúde dos produtos derivados do tabaco eletrônico. São necessários pesquisas adicionais e seguimento mais longo, pois o cigarro eletrônico, incluindo o narguilé eletrônico, tornaram-se prevalente entre os jovens.

•Finalmente, a despeito dos resultados positivos do programa de controle do tabagismo, avanços ainda são necessários no país. Isso inclui: medidas regulatórias (elevação de preços/impostos, espaço para advertência na embalagem, adoção de embalagem simples); medidas sociais (incentivo para que pequenos agricultores substituam o cultivo do tabaco por outros cultivos); e medidas legais (supervisão dos produtos de tabaco, controle das fronteiras e combate ao comércio ilegal, políticas de incentivo para criar fundos de controle do tabaco para compensar os custos com assistência à saúde relacionada ao tabagismo em âmbito federal e subnacional).

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Cardiovascular Statistics – Brazil 2021

Gláucia Maria Moraes de Oliveira 1,2, Luisa Campos Caldeira Brant 3,4, Carisi Anne Polanczyk 5,6,7, Deborah Carvalho Malta 3, Andreia Biolo 5,6,7, Bruno Ramos Nascimento 3,4, Maria de Fatima Marinho de Souza 3,8, Andrea Rocha De Lorenzo 2,9, Antonio Aurélio de Paiva Fagundes Júnior 10, Beatriz D Schaan 5,7, Fábio Morato de Castilho 4, Fernando Henpin Yue Cesena 11, Gabriel Porto Soares 1,12, Gesner Francisco Xavier Junior 3, Jose Augusto Soares Barreto Filho 13,14, Luiz Guilherme Passaglia 3, Marcelo Martins Pinto Filho 3, M Julia Machline-Carrion 15, Marcio Sommer Bittencourt 16, Octavio M Pontes Neto 17, Paolo Blanco Villela 1,2, Renato Azeredo Teixeira 3, Roney Orismar Sampaio 18,19, Thomaz A Gaziano 20,21, Pablo Perel 22,23, Gregory A Roth 24, Antonio Luiz Pinho Ribeiro 3,4

About these statistics

Abbreviations Used in ‘About These Statistics’ and Highlights.

AF Atrial Fibrillation
AMI Acute Myocardial Infarction
CABG Coronary Artery Bypass Grafting
CI Confidence Interval
CV Cardiovascular
CVD Cardiovascular Disease
DALY Disability-Adjusted Life Year
FU Federative Unit
GBD Global Burden of Disease
GDP Gross Domestic Product
HR Hazard Ratio
HS Hemorrhagic Stroke
IBGE Brazilian Institute of Geography and Statistics (in Portuguese, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística )
ICD International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems
IHD Ischemic Heart Disease
IHME Institute for Health Metrics and Evaluation
Int$ International dollars
IPCA Brazilian Consumer Price Index (in Portuguese, Índice de Preços ao Consumidor Amplo )
IRR Incidence Rate Ratio
IS Ischemic Stroke
NRVD Non-Rheumatic Valvular Heart Disease
OR Odds Ratio
PCI Percutaneous Coronary Intervention
PNS National Health Survey (in Portuguese, Pesquisa Nacional de Saúde )
PPP Purchasing Power Parity
R$ Reais , Brazilian currency
RHD Rheumatic Heart Disease
SAH Subarachnoid Hemorrhage
SDI Sociodemographic Index
SIH Brazilian Hospital Information System (in Portuguese, Sistema de Informações Hospitalares )
SIM Brazilian Mortality Information System (in Portuguese, Sistema de Informações sobre Mortalidade )
SUS Brazilian Unified Health System (in Portuguese, Sistema Único de Saúde )
UI Uncertainty Interval
US$ US dollars
YLD Year Lived with Disability
YLL Year of Life Lost

This is the 2021 edition of the Cardiovascular Statistics - Brazil , a multi-institutional effort to periodically provide updated information on the epidemiology of heart diseases and stroke in Brazil. The report incorporates official statistics provided by the Brazilian Ministry of Health and other government agencies, by the GBD project led by the IHME of the University of Washington, as well as data generated by other sources and scientific studies, such as cohorts and registries, on CVDs and their risk factors. The document is directed to researchers, clinicians, patients, healthcare policy makers, media professionals, the public, and others who seek comprehensive national data available on heart disease and stroke.

The Cardiovascular Statistics – Brazil 2021 is an updated and expanded version of the Cardiovascular Statistics – Brazil 2020 , 1 published last year in the ABC Cardiol. It includes the most recent data on CVD as a group of conditions and five specific CVDs covered by the 2020 document, in addition to new chapters on CV risk behaviors and factors, specifically hypertension, diabetes, dyslipidemia, obesity, and smoking and tobacco use. The work was conducted by volunteer researchers from several Brazilian Universities and research institutions led by a steering committee of five members (ALPR, CAP, DCM, GMMO, and LCCB), with the support of the Brazilian Society of Cardiology and the collaboration of the GBD Brazil Network 2 and of an International Committee (GAR, PP, and TAG). The document follows the methodology used by the American Heart Association to produce the annual Heart Disease & Stroke Statistics Update , 3 which emphasizes epidemiological and public health data. The Cardiovascular Statistics – Brazil neither gives information on pathophysiological mechanisms nor makes treatment recommendations. Unlike guidelines and position papers, it intends to present the newest and best health-related metrics of CVD statistics of the Brazilian population.

Data used in the present document have four different sources: (a) the Brazilian Mortality and Hospital Information Systems, provided by the government; (b) the GBD 2019 estimates; 4 (c) the systematic review of the literature with emphasis on the publications of the last 10 years; (d) the health care utilization costs, based on the reimbursement tables from the Public Health System, adjusted for inflation and reported in both original currency units (Reais or US dollars in a specific year) and international dollars. The international dollars were converted to PPP adjusted to US$ 2019 (Int$ 2019) using the Campbell and Cochrane Economics Methods Group and the Evidence for Policy and Practice Information and Coordinating Centre cost converter. 5 Better explanation on how mortality rate estimates can vary depending on the source used (mortality information system or GBD datasets) can be seen elsewhere. 6

As expected, different or discordant metrics are sometimes presented for a single condition, considering that studies may have distinct methodologies or were conducted in different time periods, locations, and age ranges. These differences are unavoidable, and their possible reasons are always discussed in this document. Since many studies cover a long period of time and life expectancy increased in Brazil in the last decades, we used age-standardized rates, i.e., a weighted average of the age-specific rates per 100 000 persons, in which the weights are the proportions of people in the corresponding age groups of a standard population. The GBD age-standardization uses a global age pattern, although other sources may have used different reference populations. For most studies, race/skin color was used according to the IBGE definition, i.e., white, black, brown, yellow (oriental), and indigenous.

Cardiovascular disease is still responsible for nearly one third of deaths in Brazil and affects disproportionally the most vulnerable stratum of the population, which has marked difficulties in accessing high quality health care. 7 , 8 To have representative, reliable and extensive national data on CVD, risk behaviors and factors is an obligatory step towards overcoming these inequalities and providing the best possible CV care to all Brazilians. This study gathers this information, essential to individual care and to plan the next steps of health policy in Brazil. 9 In addition, it points out gaps in the knowledge to be filled with further studies. We all aspire for people to live longer and better. Knowing more about CV statistics to help tackle CVD is a good start to this goal.

Main Brazilian Data Sources

A. For the present version of the Cardiovascular Statistics - Brazil document, the main Brazilian data sources were the Brazilian Mortality and Hospital Information Systems, periodic health surveys, such as the National Health Survey, and official population estimates. Brazilian Mortality Information System: In Brazil, the SIM, created in 1975 by the Brazilian Ministry of Health, is responsible for collecting, storing, managing, and disseminating national mortality data. This health information system represented a major advance in the country’s epidemiological surveillance, since its main task is to record all deaths occurring in the Brazilian territory. The Brazilian Ministry of Health implemented a Standard Certificate of Death model, a document for collecting information on death, that uses the ICD to code the causes of death. In addition, a flow of collection, processing, and distribution of death information has been implemented in all 5570 municipalities across the country. 10 , 11 The quality of statistics on causes of death in Brazil significantly improved in the last two decades, but data from the beginning of the 2000 decade are still of low quality, specifically in some parts of the country. 12 Knowing the heterogeneity of these indicators in Brazil, the Brazilian Cardiovascular Statistics report treated data to estimate information closer to real, by correcting for underreporting and redistribution of ill-defined causes of death. More details can be found in the article by Malta et al . 6

B. Brazilian Hospital Information System: The aim of the SIH database is to register all hospitalizations funded by the SUS. The SIH-SUS compiles the hospitalizations at the municipal level through the “Hospital Admission Authorization”, which has information about the diseases leading to hospitalization (using ICD-10), length of stay, procedures, and costs. 13 The SIH-SUS information allows the development of methodologies and the definition of indicators to identify geographical disparities related to hospital resources. 14

C. National Health Survey: When the statistics for CV risk factors are cited, a preference for the PNS survey was made. The PNS is a household-based epidemiological survey, representative of Brazil, its large regions, FUs, metropolitan regions, capitals, and other municipalities in each FU. The PNS 2013 sample was composed of 64 348 households. The survey was carried out by the IBGE in partnership with the Ministry of Health. Most health topics were included, such as noncommunicable diseases, risk factors, elderly, women, children, use of health services, health inequalities, anthropometric features, laboratory tests, and blood pressure measurements. 15 The PNS data are used by the GBD in its estimates for Brazil.

D. For population estimates, the most updated population estimates generated by the IBGE (www.ibge.gov.br) were used in the denominator. For the hospitalizations and cost analyses, the resident population estimated for the National Audit Office yearly, from 2008 to 2019, was used.

GBD 2019

The GBD Study ( http://www.healthdata.org/gbd ) is the most comprehensive worldwide observational epidemiological study to date. It describes mortality and morbidity from major diseases, injuries, and risk factors to health at global, national, and regional levels. Examining trends from 1990 to the present and making comparisons across populations enable us to understand the changing health challenges faced by people across the world in the 21st century. The GBD 2019 is the latest publicly available dataset. 4 , 16 The GBD Brazil network has been collaborating with the IHME, which leads the project in the world, in the identification and provision of datasets, revision of models and estimates, and validation and publication of the results for Brazil. 20 , 21 Details on how the estimates are calculated can be obtained in the capstone papers of the GBD Study and in the IHME website ( http://www.healthdata.org/acting-data/what-we-measure-and-why ). We summarize below the main estimates used in this document:

A. Estimates of deaths and causes of deaths. The main source of information is the SIM, a database from the Brazilian Ministry of Health, adjusted to other national and international sources. The IHME used methods for correcting for underreporting of deaths and “garbage codes” deaths according to previously published algorithms, 22 updated in the newer versions of the study ( http://www.healthdata.org/acting-data/determining-causes-death-how-we-reclassify-miscoded-deaths ).

B. The YLLs are years lost due to premature mortality. The YLLs are calculated by subtracting the age at death from the longest possible life expectancy for a person at that age. For example, if the longest life expectancy for men in a given country is 75 years, and a man dies of cancer at 65, this would be 10 years of life lost due to cancer.

C. The YLDs can also be described as years lived in less-than-ideal health. This includes conditions such as influenza, which may last for only a few days, or epilepsy, which can last a lifetime. It is measured by taking the prevalence of the condition multiplied by the disability weight for that condition. Disability weights reflect the severity of different conditions and are developed through surveys with the general population.

D. The DALY is a universal metric that allows researchers and policymakers to compare very different populations and health conditions across time. The DALYs equal the sum of YLLs and YLDs. One DALY equals one lost year of healthy life. The DALYs allow us to estimate the total number of years lost due to specific causes and risk factors at the country, regional, and global levels.

Systematic Review of the Literature

Descriptors for the elaboration of search strategies were selected in MeSH and DeCS, the controlled vocabularies from MEDLINE and LILACS, respectively. Embase’s plan was designed with Emtree descriptors associated with MeSH. Free terms were also used, that is, significant keywords and their synonyms, spelling variations, and acronyms that are essential for searching in the searched domain, but which are not controlled descriptors (or are not in the synonym list of these descriptors). Importantly, to maintain search uniformity, the same descriptors were used in all search strategies. However, search strategies were customized according to the specifics of each database. In addition, it is worth noting that the terms related to “Brazil” were generally searched in all fields of research (subject, author, title, institutional affiliation, journal name, etc.).

The selected bases for research were MEDLINE/PubMed, Embase, LILACS, CINAHL, Cochrane Library Scopus, and Web of Science. The following bibliographic research filters and limits were used: period of publication (2004-2020); languages (Portuguese, English and Spanish); type of study/publication (Review, Meta-Analysis, Clinical Trial, Randomized Controlled Trial, Comparative Study, Practice Guideline, Guideline, Systematic Review, Evaluation Studies, Government Publications, and Multicenter Study). All references were managed using EndNote Web. From the search, articles were included if the study were population- or community-based; nation- or state-wide studies were preferred. Moreover, articles set at health services or hospitals were included if the study was multicenter and had an adequate sample size (>200 participants was the suggested cut-off), preferably. In addition to the articles identified by the systematic search, the authors could include other studies found in the references of the searched articles or other articles they were aware of in their area of expertise, if the studies fulfilled the criteria above mentioned. Finally, which studies should be described in each chapter was mostly a decision of the experts commissioned to the specific theme.

Healthcare Utilization

Healthcare costing studies have expressive methodologic variability and need to be carefully interpreted. In the present document, most of the cost data were gathered from the Public Health System reimbursement tables from 2008 to 2019. During this period, adjustment for inflation was performed neither regularly nor homogeneously across the CVD groups or procedures, thus the crude values presented were not adjusted to actual inflation.

To minimize biases in reporting and interpreting cost data, a systematic approach was applied to all chapters. Overall costing studies were described in original units (Reais or US dollars in a specific year) and international dollars. International dollars were converted to PPP adjusted to 2019 US dollars (Int$ 2019) using the Campbell and Cochrane Economics Methods Group and the Evidence for Policy and Practice Information and Coordinating Centre cost converter (https://eppi.ioe.ac.uk/costconversion/default.aspx). A two-stage approach is applied in this method. First, it adjusts the original estimate of cost from the original price-year to a target price-year, using a GDP deflator index (GDPD values). Second, it converts the price-year adjusted cost estimate in the original currency to a target currency, using conversion rates based on PPP for GDP (PPP values). 5 For original economic studies, when the base year of the currency was not reported or could not be inferred from the manuscript (e.g. the last year of data collection), the recommendation was to assume the year before the publication of the paper.

Highlights

Total Cardiovascular Disease

• According to both the GDB Study 2019 and the SUS database, CVDs are the number 1 cause of death in Brazil. Of the CVDs, IHD was the leading cause of death in the country, followed by stroke in 1990 and 2019.

• According to the GBD Study 2019, CVD prevalence was estimated in 6.1% of the population and has increased from 1990 due to population growth and aging. However, the age-standardized CVD prevalence and incidence rate in Brazil decreased in the same period.

• A reduction in age-adjusted mortality rate from 1990 to 2019 was observed in all FUs, although less impressive in the North and Northeastern as compared to the other regions.

• Age-standardized DALY rates in Brazil decreased from 1990 to 2019, and there was a correlation between the percent decline in DALY rates and the increase in the SDI: the higher the SDI, the greater the decline in DALYs due to CVD.

• Data from the SUS database showed a significant number of clinical and surgical CV procedures paid, led by heart failure, cerebrovascular diseases, and acute coronary syndrome. Hospitalizations for PCI significantly increased in the last decades, while surgical procedures remained stable.

Stroke

• According to a community-based study performed in the city of Matão in 2003-2004 and 2015-2016, the age-adjusted stroke incidence decreased by 39% (IRR 0.61; 95% CI, 0.46–0.79) and mortality by 50% (IRR 0.50; 95% CI, 0.31– 0.94). The mean age of stroke patients increased by 9%, from 65.2 (95% CI, 62.6–67.8) to 71.0 (95% CI, 68.1–73.8) years. The 1-year case fatality was 26%; approximately 56% of the patients were functionally independent, while 7% had a recurrent stroke.

• Regarding the distribution of stroke subtypes, according to the Joinvasc Registry performed in the city of Joinville, from 1995 to 2013, the proportion of IS increased 12%, whereas that of HS decreased 16%. Meanwhile, the proportion of SAH remained relatively stable, ranging from 7.5% in 1995 to 6% in 2012–2013. In the last 8 years, the incidences of IS and HS showed significant decreases of 15% (95% CI, 1–28) and 60% (95% CI, 13–86), respectively.

• According to data from the GBD Study 2019, the age-standardized mortality rate from stroke per 100 000 in 1990 was 137.8 (127.8 to 144) and, in 2019, 58.1 (52.6 to 61.8), representing a percent change of -57.8 (-60.4 to -0.6). The highest percent change occurred in Goiás, -65.9 (-71.8 to -0.6), and the lowest in Maranhão, -22.7 (-37.2 to 0). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -61 (-603.6 to -0.6).

• Considering the burden of stroke in Brazil, the GBD Study 2019 also observed a prominent decrease in YLL: the age-standardized YLL rates due to stroke per 100 000 in 1990 was 2778.6 (2659.5 to 2879.2) and, in 2019, 1098.7 (1025.8 to 1153.7), representing a percent change of -60.5 (-62.7 to -0.6). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-59 years, -61.7 (-64.3 to -0.6).

Acute and Chronic Coronary Artery Disease

• According to the GBD Study 2019, the number of individuals with IHD (AMI, stable angina, or ischemic heart failure) in Brazil increased from 1.48 million in 1990 to more than 4 million in 2019, and the crude IHD prevalence rate increased from 0.99% to 1.85% in the period, although age-standardized prevalence rates remained stable.

• In 2019, there were 171 246 deaths due to IHD in Brazil, corresponding to 12% of total deaths in the country and 43% of all CVD deaths. IHD was the number one cause of death in Brazil in all but two FUs. A reduction in age-adjusted mortality rate from 1990 to 2019 was observed in all FUs, although less impressive in the Northeastern as compared to the other regions.

• According to the SUS database, the number of hospitalizations due to AMI in the public system increased by 54% from 2008 to 2019, adjusted for the population. Non-primary PCIs per inhabitants doubled, while primary PCIs increased by 31%. Meanwhile, the total number of CABGs remained stable in the period. The in-hospital mortality rate for AMI decreased from 15.9% in 2008 to 12.9% in 2019; for acute coronary syndrome, rates were stable during that period, as well as for PCI and CABG procedures.

Cardiomyopathy and Heart Failure

• According to GBD Study 2019 estimates, the age-standardized prevalence of cardiomyopathy and myocarditis decreased in Brazil from 76.6 (95% UI, 53.4-107.2) in 1990 to 73.0 (95% UI, 51.1-100.1) in 2019, a decrease of 4.7% (95% UI, - 9.5 to 0.8) in the period. In absolute numbers, estimates of the prevalence of cardiomyopathy and myocarditis in Brazil increased from less than 60 000 in 1990 to over 160 000 in 2019, mainly due to population growth and aging. The cardiomyopathy and myocarditis prevalence was greater in men (98.9; 95% UI, 69.5-137.2) than in women (54.1; 95% UI, 38.4-73.8) in 2019.

• In the NIH REDS-II Chagas retrospective cohort study, initially healthy blood donors with an index T. cruzi -seropositive donation and age, sex, and period-matched seronegative donors were followed up for 20 years. The differential incidence of cardiomyopathy was 1.85 per 100 person-years attributable to T. cruzi infection in the first 10 years of follow-up, and 0.9 per 100 person-years in the following 10 years. A T. cruzi antibody level in the second visit was associated with the development of cardiomyopathy (adjusted OR, 1.4; 95% CI 1.1-1.8) in the last visit.

• According to the GBD Study 2019, the number of deaths due to Chagas disease in Brazil decreased from 7903 (95% UI, 2438-10 073) in 1990 to 6523 (95% UI, 3350-11 226) in 2019. The age-standardized mortality rate showed a more striking decrease (-67.5% change), from 8.6 (95% UI, 2.8-10.9) deaths per 100 000 inhabitants in 1990 to 2.8 (95% UI, 1.8-4.8) per 100 000 inhabitants in 2019, accounting for 1.6% of all CV deaths in the country.

• According to data from the SUS, there were 3 085 359 hospitalizations due to heart failure from 2008 to 2019. This number represents one-third of total clinical admissions related to CV conditions in the period studied, when there was a reduction in the number of clinical admissions due to heart failure from 298 474 (157 per 100 000) in 2008 to 222 620 (105 per 100 000) in 2019, with an even reduction over the years. Despite that reduction in the number of admissions, unadjusted healthcare expenditure estimates from the direct payment for the care of heart failure patients increased from 2008 to 2019 by almost 32%, from R$ 272 280 662 (2019 Int$ 267 102 469) in 2008 to R$ 359 301 691 (2019 Int$ 173 659 589) in 2019. Heart failure accounted for most costs related to clinical admissions due to CVD.

Valvular Heart Disease

• According to the GBD Study 2019, the pattern of valvular heart disease has been changing in Brazil: age-standardized prevalence was stable from 1990 to 2019 for RHD, but a marked increase of over 50% was observed for NRVD, especially for men and older age groups. Among specific valve diseases, there was a marked 201.8% increase of calcific aortic valve disease, reinforcing the impact of population aging.

• RHD showed a marked decrease in age standardized mortality (-59.4%) from 1990 to 2019, while a milder decrease was observed for NRVD, 16.2% (95% UI, 10.3-22.5). However, crude mortality rates increased significantly for older ages (>70 years), associated with degenerative aortic valve disease, suggesting a growing burden to the health systems and urging specific actions to minimize impacts.

• The burden attributable to valvular heart disease in Brazil remains socioeconomically driven, with significant negative correlations between changes in the age-standardized mortality rates associated with RHD and the SDI in 1990 and 2019, in addition to positive correlations between NRVD mortality rates and the SDI in both years.

• Expenses with valvular heart disease by the Brazilian public health system decreased proportionally from 2008 to 2019 (-6.3% and -28% for clinical and interventional admissions, respectively), due to inflation and monetary correction. This constraint urges discussions towards a budgetary revision, avoiding the deferral or restriction of interventional and surgical procedures and allowing for the incorporation of new technologies and devices.

• Despite the improvement in the past decades, RHD remains as an important cause of morbidity and mortality in Brazil: data from the SUS database show that besides being the etiology of nearly half of the valve surgeries in the public health system – associated with higher hospital mortality – the prevalence of subclinical disease among schoolchildren proved to be high (4.5%), with the implementation of large-scale screening programs in 2014. Thus, coordinated actions for early diagnosis and prophylaxis are needed to avoid disease progression and late sequelae.

Atrial Fibrillation

• According to the GBD Study 2019, the age-standardized prevalence rates due to AF and atrial flutter increased slightly in Brazil from 519 (95% UI, 393-669) in 1990 to 537 (95% UI, 409-692) in 2019, per 100 000 inhabitants, for both sexes, with 3.5% (95% UI, 1.8-5.1) change in the period.

• In a 10-year follow-up of 1462 individuals aged ≥ 60 years (mean age, 69 years; 61% women) included in the Bambuí Cohort Study in 1997, AF or flutter was independently associated with an increase in all-cause mortality (HR, 2.35; 95% CI, 1.53-3.62) among patients with and without Chagas disease.

• Data from the Telehealth Network of Minas Gerais with ECGs of 1 558 421 individuals (mean age, 51±18 years; 40.2% men) performed between 2010 and 2017 revealed in multivariable models adjusted for age and sex that the following self-reported comorbidities and risk factors related to the presence of AF: Chagas disease (OR 3.08; 95% CI, 2.91-3.25), previous myocardial infarction (OR 1.74; 95% CI, 1.56-1.93), chronic obstructive pulmonary disease (OR 1.48; 95% CI, 1.33-1.66), hypertension (OR 1.31; 95% CI, 1.27-1.34), and dyslipidemia (OR 1.09; 95% CI, 1.03-1.16). Current smoking and diabetes were not associated with prevalent AF.

• Of all 429 cases of stroke (87.2% ischemic strokes) that occurred in the city of Joinville in 2015 and were included in a registry, AF was detected in 11.4% of all patients and in 58% of the cardioembolic strokes. Similarly, AF was detected in 58% of 359 patients with cardioembolic stroke from a single-center, consecutive sample in the city of Curitiba, Brazil.

Hypertension

• Analysis of the 2013 PNS showed a 22.8% prevalence of measured hypertension in individuals older than 18 years in a sample of 59 402 individuals. In those older than 75 years, the estimated prevalence was 47.1%. In the age groups between 18 and 74 years, the prevalence was higher in men, while women showed a slight predominance only in the age group above 75 years. The analysis by region showed that the Southeastern (25%) and Southern (25%) regions had the highest prevalence for both sexes.

• Using data from the 2013 PNS, 36% of the Brazilians included had a previous diagnosis and/or measured blood pressure ≥140/90 mm Hg. Of these, 89% had contacted the health system in the previous 2 years, but only 65% were aware of their condition. From those aware of their hypertensive condition, 62% regularly sought care, 92% of whom had been prescribed medications. Of those who reported receiving medications, only 56% reported that ongoing care for their condition was free of barriers and included advice about managing important risk factors and behavior. Of the entire hypertensive population, about 33% had their blood pressure under control.

• According to data from participants in the Brazilian Study of Cardiovascular Risks in Adolescents (ERICA), of 73 399 students evaluated, 55.4% were female and the mean age was 14.7 ± 1.6 years. The prevalence of hypertension was 9.6%, with the lowest in the Northern (8.4%) and Northeastern regions (8.4%), and the highest, in the Southern region (12.5%). Obese adolescents had a higher prevalence of hypertension (28.4%) than overweight (15.4%) or eutrophic adolescents (6.3%). The proportion of hypertension due to obesity was estimated in 17.8%.

• In the ELSA-Brasil cohort study, which included 7063 patients with a mean age of 58.9 years at baseline (2008-2010), hypertension was associated with the greatest decline in memory, fluency, and global cognitive score. Prehypertension was also an independent predictor of greater decline in the verbal fluency test and global cognitive score. Moreover, among treated individuals, blood pressure control at baseline was inversely associated with the decline in both global cognitive and memory test scores.

Diabetes mellitus

• Considering the International Diabetes Federation data published in 2019, Brazil ranked 5th regarding the number of adults with diabetes worldwide, totaling 16.8 million (95% CI, 15.0 – 18.7) people, 46% of whom were not aware of their disease. The prevalence of prediabetes was 9.5% (15.1 million people).

• According to GBD 2019, mortality from CVD attributable to diabetes for all ages in Brazil increased in absolute numbers from 50 812 deaths (95% UI, 35 649 -73 137) in 1990 to 80 754 (95% UI, 55 922 – 118 175) in 2019. However, the age-standardized mortality rates per 100 000 inhabitants decreased from 70.4 (95% UI, 47.4 – 106.1) in 1990 to 35.9 (95% UI, 24.5 – 53.0) in 2019, a reduction of -49.0% (95% UI, -53.4 to -43.9).

• Regarding the burden of CVD attributable to diabetes, the age-standardized DALY rates decreased by -47.4% (95% UI, -52.2 to -41.9) per 100 000 inhabitants from 1990 to 2019, despite the increase in the total number of DALYs from 1 072 309 (95% UI: 784 276 - 1 484 959) to 1 571 116 (95% UI: 1 140 912 – 2 203 188) in the same period. There was a heterogeneous reduction in the age-standardized DALY rates attributable to diabetes among the Brazilian FUs and regions.

Dyslipidemia

• According to the PNS 2014-2015, the prevalence of dyslipidemia in Brazil is still high: total cholesterol ≥ 200 mg/dL in 32.7% (95% CI, 31.5 - 34.1) of the general population; low HDLc in 31.8% (95% CI, 30.5 – 33.1), and high LDLc in 18.6% (95% CI, 17.5 – 19.7). Greater level of education was related to lower prevalence of high total cholesterol, high LDLc, and low HDLc.

• According to the GBD Study 2019, when analyzing trends from 1990 to 2019, an increase was observed in the absolute numbers of deaths, YLLs, and DALYs, with a decrease in the age-standardized rates for those same metrics in all states and at national level.

• A Brazilian cohort (ELSA-Brasil study) assessed familial hypercholesterolemia and showed a prevalence of 1 in 263 individuals, but data on burden of disease and impact on cost are still lacking.

• Awareness of dyslipidemia according to the ELSA-Brasil is also low (58.1% of individuals with elevated LDLc), with only 42.3% of those individuals receiving medical treatment. Only 58.3% of the individuals on some kind of lipid-lowering medication achieved target serum lipid level.

Obesity and Overweight

• According to data from IBGE, in Brazil, the percentages of adults (age ≥18 years) with excess weight and obesity in 2019 were, respectively, 57.5% (95% CI, 54.8 – 60.2) and 21.8 % (95% CI, 19.2 – 24.7) for men, and 62.6% (95% CI, 59.1 – 66.0) and 29.5% (95% CI, 25.4 – 34.0) for women. Progressive increase of obesity was observed with age increase, ranging from 10.7% (95% CI, 7.7 – 14.7) [male: 7.9% (95% CI, 4.8 – 12.8); female: 13.5% (95% CI, 8.8 – 20.4)] in the age group of 18-24 years to 34.4% (95% CI, 29.7 – 39.4) [male: 30.2% (95% CI, 24.8 – 36.3); female: 38.0% (95% CI, 32.3 - 44.0)] in the age group of 40-59 years. It is worth noting the higher prevalence of excess weight and obesity in the female sex for all age groups.

• From 1990 to 2019, there was a negative change in the mortality rates from CVD attributable to high body mass index for women [-33.9 (-43.7; -16.7)], which was higher than that for men [-22.8 (-35.9;6.2)]. The highest decreases in the percentage of mortality occurred in the FUs with higher income in Brazil.

• Most FUs had a decrease in the age-standardized rates of DALYs due to CVD attributed to high body mass index for women in the period. Similar behavior was observed in those rates for men, with a percent decrease of obesity from 1990 to 2019.

• Most public policies have failed to reduce obesity in adults and children, probably because obesity is multifactorial and involves many socioeconomic interests. Obesity is a pandemic, with impact on both developed and developing countries and consequences for the individual, social, familial, and financial levels. Nationwide registries of measured obesity should be built to enable the development of more effective public policies to control obesity, which has been increasing in Brazil in both sexes and several age groups.

Smoking and Tobacco Use

• PNS 2019 data indicate that 12.8% (95% CI, 12.4 - 13.2%) of adults use some tobacco product, being the use higher among males (16.2%; 95% CI, 15.6 - 16.9%) than among females (9.9%; 95% CI, 9.3 - 10.3%). Considering the Vigitel household survey, there was a significant decrease in the prevalence of smoking in the adult population, with a 37.6% reduction from 2006 to 2019. However, there was a 0.5% increase in the prevalence from 2018 to 2019, suggesting a change in the trend and calling for attention.

• According to the GBD Study 2019, there was a reduction of 58.8% (95% UI, 56.2 - 61.1) in the smoking-attributable total mortality rate in Brazil from 1990 to 2019. The same trend was observed for both men and women, and in all Brazilian FUs. Likewise, the smoking-attributable CV mortality reduced by near 70% in the same period.

• The tobacco CV burden of disease decreased from 1990 to 2019, with a 69% (95% UI, 56 - 61) reduction in the age-standardized DALY rate. There was a heterogeneous reduction in the age-standardized DALY rates attributed to tobacco in the different FUs and regions of Brazil, more pronounced in the Southeastern, Southern and West-Central FUs, with a modest reduction in the Northern FUs and an even more discreet reduction in most Northeastern FUs.

• In a study using Markov probabilistic microsimulation economic model, the total direct cost of tobacco was estimated at US$ 11.8 billion per year, 70% corresponding to the direct cost associated with health care and the remainder associated with the indirect cost due to loss of productivity due to premature death and inability. Tobacco represented 22% of the direct costs of CVD in Brazil and 17% of the direct costs of stroke.

1. TOTAL CARDIOVASCULAR DISEASES

ICD-9 390 to 459; ICD-10 I00 to I99.

See Table 1-1 through 1-13 and Charts 1-1 through 1-16

Table 1-1. – Number of prevalent cases and age-standardized prevalence rates of cardiovascular diseases, per 100 000 inhabitants, and percent change of rates, according to age group and sex, in Brazil, in 1990 and 2019.

Cause of death and age group 1990 2019 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
Both
15-49 years 164612.9 (144806.1;186400) 214.8 (188.9;243.2) 215729.8 (190813.1;243619.6) 186.8 (165.2;210.9) -13 (-15.8;-10.1)
50-69 years 218837.1 (196759.4;243342.6) 1395 (1254.2;1551.2) 450185.8 (406572.8;498758) 1115.9 (1007.8;1236.3) -20 (-22.6;-17.2)
5-14 years 50036.9 (33169.3;71176.5) 141.6 (93.9;201.4) 45954.6 (30182.4;65586.3) 142.5 (93.6;203.4) 0.6 (-1.7;3.1)
70+ years 147631.3 (132225.3;164119.3) 3490 (3125.8;3879.8) 372585.5 (336268;412493) 2846.7 (2569.2;3151.6) -18.4 (-21;-15.7)
Age-standardized 593711.1 (555922.5;636828.7) 593.7 (558.1;636.4) 1095891 (1030085.3;1166807.2) 474.9 (447.1;506.5) -20 (-21.7;-18.4)
All Ages 593711.1 (555922.5;636828.7) 398.9 (373.5;427.9) 1095891 (1030085.3;1166807.2) 505.8 (475.4;538.5) 26.8 (23.3;30.4)
Under 5 12592.9 (9098.3;17056.8) 74.3 (53.7;100.7) 11435.3 (8280.9;15433.2) 73.8 (53.4;99.6) -0.7 (-3.6;2.2)
Female
15-49 years 81840.1 (71524.9;92783.6) 210.2 (183.7;238.3) 105700 (92430.3;120336.2) 180.7 (158.1;205.8) -14 (-16.8;-10.9)
50-69 years 102496.1 (91526.7;114514.7) 1255.7 (1121.3;1402.9) 208399.3 (186607.1;232143.7) 973.2 (871.4;1084) -22.5 (-25;-19.8)
5-14 years 26514.1 (17557.2;37666.8) 151.7 (100.4;215.5) 24476.1 (16014.6;34617.6) 154.6 (101.1;218.6) 1.9 (-1.4;5.7)
70+ years 77895.9 (69702.8;86822.5) 3321.7 (2972.3;3702.4) 200343.1 (180509.1;222408) 2653.3 (2390.6;2945.5) -20.1 (-22.9;-17.2)
Age-standardized 294962.9 (275518.3;317426.8) 557.5 (523.8;597.3) 544515.2 (512491.4;581529.1) 437.4 (411;468.6) -21.5 (-23.3;-20)
All Ages 294962.9 (275518.3;317426.8) 391.9 (366;421.7) 544515.2 (512491.4;581529.1) 491.1 (462.3;524.5) 25.3 (21.7;29.1)
Under 5 6216.7 (4434;8521.4) 74.5 (53.1;102.1) 5596.8 (3974;7644) 73.8 (52.4;100.8) -1 (-4;2.2)
Male
15-49 years 82772.8 (72882;93235) 219.5 (193.3;247.2) 110029.8 (97839.1;123670.6) 193 (171.6;216.9) -12.1 (-15.2;-8.8)
50-69 years 116341 (104908;129351.1) 1546 (1394.1;1718.9) 241786.5 (218258.2;268733.5) 1277.4 (1153.1;1419.7) -17.4 (-20.2;-14.2)
5-14 years 23522.8 (15573.9;33681.3) 131.8 (87.2;188.7) 21478.5 (14174.7;31018.6) 130.9 (86.4;189) -0.7 (-3.4;2)
70+ years 69735.4 (62169.2;77641.2) 3699.5 (3298.1;4118.9) 172242.4 (155338.1;190212.2) 3110.3 (2805.1;3434.8) -15.9 (-18.7;-12.9)
Age-standardized 298748.2 (279373.3;320526.9) 635.3 (595.3;681.3) 551375.8 (517313.3;587391.2) 520.8 (489.5;554.7) -18 (-19.8;-16.3)
All Ages 298748.2 (279373.3;320526.9) 406.1 (379.8;435.7) 551375.8 (517313.3;587391.2) 521.2 (489;555.2) 28.3 (24.6;32.2)
Under 5 6376.2 (4668.2;8561.1) 74.2 (54.3;99.6) 5838.5 (4282.6;7786) 73.8 (54.1;98.4) -0.5 (-4.1;3.5)
Grand Total 8978586.3 (7687971.2;10466915.3) 46326.6 (38506.4;55504.7) 15575150.5 (13460371.5;18007447.8) 37817.9 (31606;45148.7) 3435.8 (1527.7;5473.2)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 1-13. – Total value (in Int$2019) of surgical procedures for cardiovascular diseases by competence year, Brazil, 2008 to 2019.

Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019 Int$ 2019
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total
Atrial Fibrillation Ablation $ 353 617.84 $ 344 615.74 $ 397 272.89 $ 355 570.55 $ 497 391.02 528 806.26 479 232.88 523 954.67 378 199.92 356 993.60 367 232.71 464 934.26 5 047 822.34
Coronary Angioplasty $ 206 524 984.25 $ 243 854 115.30 $ 249 290 105.61 $ 263 002 841.99 $ 268 202 080.69 260 844 326.45 255 731 071.29 238 223 457.02 231 914 288.54 241 219 188.62 248 776 431.05 263 959 496.79 2 971 542 387.60
Coronary Artery Bypass Graft Surgery $ 172 684 555.11 $ 190 750 337.95 $ 180 856 551.64 $ 224 000 134.26 $ 214 701 072.80 194 862 784.28 183 350 901.63 167 442 522.38 153 057 970.91 145 846 544.88 138 017 698.57 134 627 464.36 2 100 198 538.77
Valve Surgery $ 123 559 115.42 $ 128 654 775.47 $ 120 060 127.13 $ 139 380 403.22 $ 132 111 420.33 119 760 766.01 111 985 310.80 102 217 742.13 93 772 533.78 91 038 538.47 89 090 521.41 90 566 473.09 1 342 197 727.26
Infarction - Angioplasty $ 44 406 396.77 $ 34 648 249.69 $ 31 294 082.75 $ 27 685 213.69 $ 25 622 992.36 25 008 629.14 28 531 954.26 32 432 386.78 35 576 965.46 37 020 064.48 36 838 128.17 36 204 812.15 395 269 875.70
Cardiomyopathies $ 165 778.94 $ 498 143.35 $ 162 195.08 $ 253 624.77 $ 314 364.02 237 299.47 190 003.14 172 443.73 281 829.50 233 514.51 213 753.93 195 688.07 2 918 638.51
Other Valvuloplasties $ 1 489 958.35 $ 1 519 473.85 $ 1 448 265.54 $ 1 493 075.29 $ 1 348 440.70 1 375 947.07 1 323 449.10 1 205 917.61 852 695.82 976 227.08 847 637.59 947 110.34 14 828 198.34
Mitral Valvuloplasty $ 3 056 009.45 $ 3 278 789.52 $ 2 653 870.12 $ 2 511 818.86 $ 1 959 557.38 1 992 178.33 1 746 460.58 1 383 225.79 736 820.50 889 279.87 733 290.91 691 235.63 21 632 536.94
Total $ 552 240 416.13 $ 603 548 500.87 $ 586 162 470.76 $ 658 682 682.63 $ 644 757 319.30 $ 604 610 737.01 $ 583 338 383.68 $ 543 601 650.11 $ 516 571 304.43 $ 517 580 351.51 $ 514 884 694.34 $ 527 657 214.69 $ 6 853 635 725.46

Source: Brazilian Mortality Information System – SIM/DATASUS.43

Chart 1-1. – Ranking of causes of death in Brazil, 1990 and 2019, according to age-standardized mortality rates per 100 000 inhabitants, both sexes, 1990 and 2019, and percent change of rates.

Chart 1-1

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 1-16. – Total number of hospitalizations for surgical procedures due to cardiovascular diseases, by competence year, Brazil, 2008 to 2019.

Chart 1-16

Source: Brazilian Mortality Information System – SIM/DATASUS. 43

Abbreviations Used in Chapter 1.

AHA American Heart Association
AMI Acute Myocardial Infarction
CABG Coronary artery bypass grafting
CI Confidence Interval
CVD Total Cardiovascular Diseases
DALYs Disability-Adjusted Life Years
DATASUS Brazilian Unified Health System Database
ELSA-Brasil The Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (in Portuguese , Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto )
FHP Family Health Program
FU Federative Units
GBD Global Burden of Disease
GDP Gross Domestic Product
HDI Human Development Index
HDIm Municipal Human Development Index
HF Heart Failure
IBGE Brazilian Institute of Geography and Statistics
ICD International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems
IHD Ischemic Heart Disease
NCD Noncommunicable Chronic Diseases
NHS National Health System
OR Odds Ratio
PAR Population Attributable Risks
RR Relative Risk
SDI Sociodemographic Index
SIDRA IBGE Automated Retrieval System (in Portuguese, Sistema IBGE de Recuperação Automática)
SIM Brazilian Mortality Information System (in Portuguese, Sistema de Informações sobre Mortalidade )
SUS Brazilian Unified Health System (in Portuguese, Sistema Único de Saúde )
UI Uncertainty Interval

Table 1-2. – Number of incident cases, age-standardized incidence rates of cardiovascular diseases (per 100 000 inhabitants), and percent change of rates in Brazil and its Federative Units, in 1990 and 2019.

Cause of death and Location 1990 2019 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2-Cardiovascular diseases
Brazil 593711.1 (555922.5;636828.7) 593.7 (558.1;636.4) 1095891 (1030085.3;1166807.2) 474.9 (447.1;506.5) -20(-21.7;-18.4)
Acre 1206.9 (1109.3;1324) 549.1 (513.6;588) 3266 (3049.1;3501.1) 471.7 (441.9;504.1) -14.1(-16.4;-11.8)
Alagoas 9183 (8506.9;9969.2) 581.1 (541.6;625.5) 15952 (14961.2;17073.7) 484.3 (454.2;517.6) -16.7(-19;-14.3)
Amapá 716.8 (656.5;788.6) 520.5 (486.1;559) 2653.7 (2476.6;2862.4) 440.7 (411.6;473.2) -15.3(-17.5;-13.2)
Amazonas 5629.9 (5174.7;6164.5) 531.1 (496.3;569.2) 14473.2 (13534.3;15528.2) 451.3 (422.1;482.1) -15(-17.2;-12.7)
Bahia 44112.1 (41105.1;47717.9) 562.8 (525.9;603.5) 75928.2 (71378.4;80995.6) 473.7 (444.5;506.6) -15.8(-18.2;-13.8)
Ceará 24076.6 (22398.9;25978.9) 524.8 (491.1;560.8) 45521.1 (42602.7;48610) 458.7 (429.6;490.7) -12.6(-14.8;-10.4)
Distrito Federal 4505.6 (4168.8;4888.6) 550.4 (515.5;590.1) 11843.1 (11093.6;12666.6) 433.2 (406.9;463.9) -21.3(-23.6;-19.1)
Espírito Santo 10124.4 (9476.6;10907.6) 597 (558.7;639.6) 20329.8 (19077.6;21677.9) 475.9 (446.4;508.7) -20.3(-22.7;-17.8)
Goiás 14164.8 (13166.4;15345) 559.3 (522.7;600.2) 30538.9 (28602.7;32638.9) 440.8 (412.6;470.9) -21.2(-23.5;-19)
Maranhão 16322.6 (15071;17739.8) 528.8 (493.8;568.2) 31679.3 (29575.4;34020.2) 453.8 (424.3;486.7) -14.2(-16.3;-11.9)
Mato Grosso 5861.4 (5416;6376.9) 560.1 (523.8;603.2) 15572.9 (14640.8;16594.5) 462.1 (433.4;493.7) -17.5(-19.8;-15.3)
Mato Grosso do Sul 6310.2 (5890.9;6820.4) 582.4 (545;624.2) 14125.2 (13252.9;15040.8) 483.8 (453;515.7) -16.9(-19.2;-14.7)
Minas Gerais 71837.8 (67116.6;77197) 662.2 (620.6;708.3) 134221.7 (125539.7;143761.7) 526.5 (492.9;563) -20.5(-22.8;-18.4)
Pará 14537.4 (13368.9;15902.3) 540 (505.1;579.9) 33318.7 (31088.5;35782.7) 443.4 (414;475.7) -17.9(-20.2;-15.7)
Paraíba 13732.3 (12775.8;14788.3) 549.2 (513.2;590) 20836.7 (19578.6;22302.1) 449.3 (420.7;482.1) -18.2(-20.8;-16)
Paraná 33688.5 (31469.4;36286) 607.4 (567.4;652) 61307.5 (57604;65450.1) 476.9 (448.7;509.1) -21.5(-23.7;-19.2)
Pernambuco 29154.2 (27148.1;31474) 575.5 (540.2;616.7) 48609.7 (45664.2;51831.3) 486.1 (455.6;518.8) -15.5(-17.8;-13.5)
Piaui 9035.6 (8358.6;9805.9) 543.1 (506.4;584.1) 17353.8 (16310.2;18496.1) 464.3 (436.1;495.3) -14.5(-16.9;-12)
Rio de Janeiro 64591.8 (60558.2;69272.2) 635.4 (597.7;678.7) 100862 (94708.7;107521.3) 473.2 (445;504.7) -25.5(-27.7;-23.5)
Rio Grande do Norte 9424.3 (8784.4;10171.1) 530.4 (495.3;570.5) 17234 (16146;18374.5) 450.5 (422;481.3) -15.1(-17.3;-12.6)
Rio Grande do Sul 43143.4 (40538.5;46255.1) 615.4 (577.1;659.5) 70448.5 (66035.9;75279.1) 482.5 (454.4;515.7) -21.6(-23.8;-19.4)
Rondônia 2951.5 (2701.4;3248.2) 565.1 (526.5;608.3) 7150.6 (6699;7664.9) 449.4 (419.3;481) -20.5(-23;-17.9)
Roraima 502 (459.5;551.6) 544 (508.2;584.8) 1917.1 (1781.8;2065.3) 445.2 (414.8;476.5) -18.2(-20.4;-15.9)
Santa Catarina 16812.6 (15702.4;18087.7) 573.7 (537.3;613.9) 37225 (35046.3;39624.9) 470.9 (442.5;502.4) -17.9(-20.4;-15.2)
São Paulo 133961.2 (125479.2;143345) 604.8 (567.2;644.6) 245976.9 (231441.1;261645.1) 470.8 (442.9;502.5) -22.2(-24.3;-20.1)
Sergipe 5348.7 (4961.9;5795.4) 572 (534.5;614.3) 11043.8 (10386.9;11787.7) 485.8 (456;518.7) -15.1(-17.4;-12.5)
Tocantins 2775.6 (2556.8;3025.5) 533.9 (499.9;572.8) 6501.8 (6086.7;6952.9) 440.7 (412.2;470.6) -17.5(-19.7;-15.2)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 1-3. – Number of deaths, age-standardized mortality rates due to cardiovascular diseases (per 100 000 inhabitants), and percent change of rates in Brazil and its Federative Units, in 1990 and 2019.

Cause of death and Location 1990 2019 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2-Cardiovascular diseases
Brazil 269722.7 (257743.7;277272.1) 355.4 (332.5;367.6) 397993 (361776.4;417773.2) 175.7 (159;184.8) -50.6(-52.7;-48.8)
Acre 349.6 (326.1;369) 279.6 (255.4;295.7) 912.7 (824.2;991.4) 171.2 (151.8;187) -38.8(-44.1;-33)
Alagoas 4147.2 (3861.4;4448.1) 345.1 (316.4;370.7) 6951.8 (6104.9;7772.3) 224.9 (196.8;250.8) -34.8(-42.4;-26.7)
Amapá 188.5 (174.2;200.2) 238.8 (214.9;254.2) 704 (637.8;762.4) 154 (137.2;167.9) -35.5(-40.4;-30.7)
Amazonas 1720.8 (1593.1;1851.7) 289.9 (266.6;311.4) 3750.6 (3301.4;4208.2) 143 (124.9;160.1) -50.7(-55.9;-44.6)
Bahia 17822.2 (16003.5;19631.3) 288.4 (255.5;317.4) 28572.6 (24486.2;32622.6) 176 (151.4;201.1) -39(-48.2;-28.5)
Ceará 9061.7 (7840.2;10176.8) 231.2 (198.8;260.9) 17908.4 (15189.3;20616.8) 182.6 (154.9;210.3) -21(-34.2;-4.9)
Distrito Federal 1643.6 (1503.3;1806.1) 444.2 (408.3;477.6) 3389.8 (3043.6;3756.2) 185.8 (165.1;204.6) -58.2(-62.4;-53.3)
Espírito Santo 4410.6 (4203.1;4562.4) 374.8 (348.4;389.6) 7850.8 (6919.7;8701.8) 191.8 (167.7;212.9) -48.8(-54.2;-43.7)
Goiás 6519.1 (5763.1;7447.3) 389.1 (347;440.7) 11384.2 (9683.2;13202.3) 176.2 (149.7;204.1) -54.7(-62;-46.4)
Maranhão 6817.6 (5871.1;7739.5) 288.3 (245.9;327.4) 15483.5 (13437.5;17842.1) 242.1 (210.4;278.9) -16(-29.3;1.4)
Mato Grosso 1985.3 (1769.3;2199.9) 319.4 (284.1;349) 4651.3 (4170.1;5171.1) 155.6 (137.5;172.7) -51.3(-56.6;-44.7)
Mato Grosso do Sul 2631.9 (2474.4;2769.5) 366 (338.5;386.8) 4856.1 (4328.6;5378.6) 177.3 (157.9;196.2) -51.6(-56.5;-46.5)
Minas Gerais 30599.1 (28786.2;32249.8) 375.8 (347.3;396.3) 38760 (34341.1;42744.9) 147.8 (130.9;163) -60.7(-64.4;-57)
Pará 5594.9 (5019.4;6163) 337 (300.4;370.7) 10746.4 (9457.6;11880.5) 163.8 (144;181.1) -51.4(-57;-45)
Paraíba 5822.3 (5293.6;6316) 264.8 (239.1;287.5) 8913.3 (7679.8;10085.3) 180.7 (157.5;204.5) -31.7(-40.4;-22.8)
Paraná 16189.6 (15581.2;16614.3) 423.1 (399.2;437.6) 22072.6 (19565;24449.1) 179.4 (158.4;198.7) -57.6(-61.6;-53.4)
Pernambuco 13939.5 (13198.3;14460) 352.1 (327.8;367.1) 21121.2 (18791.5;23336.3) 219.9 (195;243.1) -37.5(-43.7;-31.4)
Piaui 3829.3 (3497.7;4109.5) 331.2 (296.9;355.1) 6848.1 (5908.3;7614.1) 177.6 (154.4;197.1) -46.4(-52;-40.6)
Rio de Janeiro 36000.2 (34654.8;36880.4) 441.3 (417.7;454.5) 41989.3 (37764.1;46009) 192.5 (172.8;211.1) -56.4(-60;-52.4)
Rio Grande do Norte 3713.9 (3297.2;4074.3) 245.4 (216.6;269.9) 6158.7 (5180.9;7181.3) 154.5 (130.7;180.1) -37(-46.6;-26.1)
Rio Grande do Sul 19771.7 (18934.4;20371) 360.4 (338.1;373.8) 25731.6 (22928.2;28470.1) 168.3 (150.1;186.3) -53.3(-57.3;-49)
Rondônia 933.5 (827.7;1027.6) 461.4 (425.8;493.9) 2447.7 (2140.3;2781.4) 178.2 (155.3;201.6) -61.4(-66.2;-55.8)
Roraima 145.1 (132.4;156.2) 382.9 (355.3;404.4) 526.7 (481.9;570.5) 186.5 (166.8;201.7) -51.3(-55.3;-47.1)
Santa Catarina 7804.4 (7403.4;8174.6) 388.7 (361.6;408.4) 12033.1 (10731.6;13309.4) 164.6 (145.7;181.3) -57.7(-61.6;-53.6)
São Paulo 65063.6 (61927;67978.8) 403.5 (373.9;423.1) 87751.7 (77569.4;96216.6) 171.5 (150.9;187.8) -57.5(-61.2;-53.8)
Sergipe 2033.8 (1875.3;2190.6) 319 (292.8;343.3) 3755.8 (3258.8;4282.6) 173.6 (150.1;197.5) -45.6(-52.8;-37.6)
Tocantins 983.6 (877.3;1090.3) 355.3 (318.1;389.4) 2721 (2382.9;3072) 204 (178.1;230.4) -42.6(-50.2;-34.5)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 1-4. – Proportional mortality from cardiovascular diseases (CVD), ischemic heart diseases (IHD) and stroke by Brazilian Region and Federative Unit, and in Brazil, in 2019.

Regions/FUs CVD/Total IHD/CVD Stroke/CVD
% % %
North 22.9 30.8 33.1
RO 23.4 28.9 27.0
AC 22.6 36.5 30.0
AM 18.5 28.8 36.9
RR 22.0 27.2 35.7
PA 23.8 31.9 34.2
AP 20.2 30.5 32.8
TO 29.0 30.0 29.3
Northeast 27.3 32.5 29.9
MA 30.5 32.0 32.5
PI 31.3 30.1 33.7
CE 27.4 34.2 28.8
RN 28.2 41.1 24.4
PB 28.3 35.3 25.7
PE 27.8 37.9 28.5
AL 31.0 30.1 31.0
SE 23.3 27.4 32.4
BA 24.0 26.2 31.5
Southeast 27.7 32.6 25.3
MG 25.2 23.9 27.6
ES 28.8 33.7 29.2
RJ 26.9 33.8 24.6
SP 29.2 35.5 24.3
South 26.3 30.9 30.1
PR 27.2 29.4 30.2
SC 27.1 31.0 26.6
RS 25.1 32.1 31.7
West-Central 26.1 33.1 27.6
MS 29.1 39.2 25.8
MT 24.2 30.2 28.0
GO 26.2 32.1 26.6
DF 24.5 31.4 32.9
Brazil 27.0 32.3 27.8

Source: Brazilian Mortality Information System - SIM/DATASUS. 43

Table 1-5. – Number of DALYs, age-standardized DALY rates due to cardiovascular diseases (per 100 000 inhabitants), and percent change of rates in Brazil and its Federative Units, in 1990 and 2019.

Cause of death and Location 1990 2019 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2-Cardiovascular diseases
Brazil 7006215.8 (6793265.2;7175766.7) 7496.4 (7214.2;7700.4) 8861401.5 (8394308.2;9258967.5) 3769.7 (3563.7;3941.2) -49.7(-51.7;-47.9)
Acre 9825.4 (9146.4;10435.1) 5453.4 (5104.7;5755) 22488.6 (20552;24398.9) 3486.4 (3186.5;3773.4) -36.1(-41.5;-29.9)
Alagoas 110461.2 (103870.2;118711.8) 7466.1 (6979.1;8003.9) 163441.5 (145907.2;181349.4) 5003.3 (4464.2;5545.6) -33(-40.9;-24.4)
Amapá 5067.3 (4685.6;5415.9) 4630.7 (4327.3;4912.7) 18522.5 (17183.3;19974.3) 3307.7 (3047;3555.6) -28.6(-34.2;-23)
Amazonas 45754.5 (42072.2;49330.8) 5541.4 (5130.9;5952.4) 89897.2 (81155.2;99494.8) 2991.8 (2679.2;3314.4) -46(-51.9;-39.4)
Bahia 452812.5 (412140.4;496636) 6276.5 (5696.4;6892.4) 637197.3 (552757.5;722888.3) 3926.1 (3415.5;4453.8) -37.4(-47;-26.7)
Ceará 220789.6 (195330.6;246721.7) 5001.5 (4427.7;5606.9) 378371.9 (324694.5;435882.1) 3785.3 (3251.5;4360.4) -24.3(-37.3;-8.7)
Distrito Federal 52059.2 (47758.5;57091.7) 8173.4 (7548.7;8867.2) 81469.6 (73653.4;89826.9) 3262.3 (2942.3;3586.6) -60.1(-64.4;-55.1)
Espírito Santo 113555.9 (109578.7;117427) 7455 (7140.5;7713.2) 176105.4 (156866.3;194211.4) 4041.5 (3597.1;4452.3) -45.8(-51.3;-40.3)
Goiás 184416.2 (163600.3;210275.7) 8106 (7232.6;9221.2) 271049.9 (232375.2;312410.9) 3824.8 (3296.7;4398.5) -52.8(-60.8;-43.6)
Maranhão 201000.2 (172783.1;228799.1) 6794.1 (5859.4;7722.4) 335711.6 (289713.2;391241.8) 4982.5 (4297.2;5816.9) -26.7(-39.4;-9.2)
Mato Grosso 57476.4 (50382.9;64092.5) 6506.9 (5833.5;7149.3) 113821 (103871.1;125263.6) 3361.9 (3064.4;3696.7) -48.3(-54.4;-40.7)
Mato Grosso do Sul 72483.1 (68659.5;76315.7) 7521.8 (7098.7;7914.8) 111484.1 (100917.1;123161.6) 3765.4 (3415.8;4150) -49.9(-55;-44.4)
Minas Gerais 816075.2 (772344.5;861709.5) 7931.8 (7484.4;8365) 861429.4 (783971.7;940221.9) 3293.7 (2995.9;3591.5) -58.5(-62.3;-54.5)
Pará 142720.7 (128334.6;157462) 6482.5 (5843.6;7126.1) 254515.4 (229761.6;279907.4) 3522.1 (3175.7;3867.1) -45.7(-52.5;-38.1)
Paraíba 135924.9 (125409;147002) 5725.1 (5271.7;6197.9) 186763.1 (165980.5;210012.9) 3955.7 (3519.7;4448.8) -30.9(-39.7;-22.1)
Paraná 415852.5 (404061.8;427856.4) 8363.5 (8061.3;8600) 479641.4 (431236.2;529867.9) 3653.3 (3287.2;4026.1) -56.3(-60.4;-51.9)
Pernambuco 341781.1 (329624.5;354781.3) 7291 (6985.5;7564.9) 482460.4 (433602.6;531932.7) 4764.3 (4292.5;5249.2) -34.7(-41.2;-28.3)
Piaui 97460.7 (90810.1;104026.2) 6600.2 (6091;7040) 141273 (126999.6;154951.2) 3743.8 (3367.7;4104.8) -43.3(-49.3;-37)
Rio de Janeiro 945339.2 (918332.6;969826) 9470.4 (9161.4;9714.6) 946417.6 (860018.3;1034911.6) 4280.1 (3886.7;4676.3) -54.8(-58.6;-50.6)
Rio Grande do Norte 84287 (76592.3;91924.1) 5086.1 (4601.8;5568.9) 132013.6 (113876.1;152147.5) 3382.5 (2917;3896) -33.5(-43.7;-21.8)
Rio Grande do Sul 487134.2 (472994;500925.1) 7306.3 (7045;7526.8) 521946.9 (472984.7;572058.4) 3430.1 (3115.3;3752.2) -53.1(-57;-48.6)
Rondônia 29859.8 (25915;33218.3) 8384.3 (7681.5;9083.1) 58381.7 (51876.1;66033.5) 3711.8 (3304;4188) -55.7(-61.7;-48.5)
Roraima 4589 (4110.6;5005.9) 7068.2 (6561.2;7526.1) 13684.7 (12591.8;14854.5) 3543.2 (3254.2;3826.2) -49.9(-54.3;-44.8)
Santa Catarina 194673.4 (185924.3;203639.1) 7562 (7195.5;7917.7) 262278.8 (236530;291520.9) 3277.3 (2965.5;3629.3) -56.7(-60.8;-52.2)
São Paulo 1707145 (1633495.5;1778765.1) 8196.3 (7805.8;8547.4) 1975598 (1798088.4;2156089.9) 3684.9 (3354.2;4015.8) -55(-58.9;-51.1)
Sergipe 49627.8 (45878.5;53350.1) 6106.6 (5653.9;6589.7) 84931.7 (74523.6;96498.9) 3726.6 (3282.2;4226.8) -39(-47.1;-29.7)
Tocantins 28043.7 (25082.9;31090.9) 6599.3 (5948.1;7273.5) 60505.7 (53333.3;68340.1) 4170.5 (3667.3;4705.6) -36.8(-45.7;-27.2)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 1-6. – Number of YLLs, age-standardized YLL rates due to cardiovascular diseases (per 100 000 inhabitants), and percent change of rates, according to age group, in Brazil, in 1990 and 2019.

Cause of death by age group 1990 2019 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2-Cardiovascular diseases
Under 5 161337.8 (139792.5;192936.7) 952.5 (825.3;1139.1) 57843.6 (45826.5;71192.8) 373.3 (295.7;459.4) -60.8(-70.6;-48.9)
5-14 years 62158.5 (57376;66402.3) 175.9 (162.4;187.9) 30871.4 (26559.7;34588.1) 95.7 (82.4;107.3) -45.6(-52.8;-38.4)
15-49 years 1730356.8 (1689454.9;1774210.6) 2257.6 (2204.2;2314.8) 1478471.7 (1422955.7;1538181.6) 1280.2 (1232.1;1331.9) -43.3(-45.8;-40.6)
50-69 years 2840819.3 (2775664.6;2909002.7) 18108.6 (17693.3;18543.3) 3565725.8 (3424289;3705718.6) 8838.5 (8487.9;9185.5) -51.2(-53.3;-49)
70+ years 1841603.2 (1729243.4;1906089.7) 43536 (40879.8;45060.5) 2997320.6 (2653382.7;3166395.5) 22900.4 (20272.6;24192.2) -47.4(-50.3;-45.3)
All Ages 6636275.6 (6454323.9;6792691) 4458.8 (4336.5;4563.9) 8130233.2 (7701177.6;8447854.9) 3752.4 (3554.4;3899) -15.8(-19.8;-12.5)
Age-standardized 6636275.6 (6454323.9;6792691) 7122.2 (6860.4;7309.1) 8130233.2 (7701177.6;8447854.9) 3454.4 (3260.8;3591.7) -51.5(-53.4;-49.7)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 1-7. – Number of YLDs, age-standardized YLD rates due to cardiovascular diseases (per 100 000 inhabitants), and percent change of rates, according to age group, in Brazil, in 1990 and 2019.

Cause of death by age group 1990 2019 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2-Cardiovascular diseases
Under 5 1565.1 (1007.5;2281.2) 9.2 (5.9;13.5) 1412.2 (917.3;2069.4) 9.1 (5.9;13.4) -1.4(-6.5;4.4)
5-14 years 17436.6 (10966.3;26603.3) 49.3 (31;75.3) 16072.8 (9982.1;24508.3) 49.8 (31;76) 1(-2.9;4.9)
15-49 years 124044.8 (86673.5;165579.4) 161.8 (113.1;216) 185532 (128907.5;249696.9) 160.6 (111.6;216.2) -0.7(-3.9;2.5)
50-69 years 125877.6 (90345.3;162729.8) 802.4 (575.9;1037.3) 255231.2 (183302.9;334295.6) 632.6 (454.4;828.6) -21.2(-24.4;-18.1)
70+ years 101016.2 (73759.2;129937.3) 2388 (1743.7;3071.8) 272920.1 (198393.9;353367.6) 2085.2 (1515.8;2699.8) -12.7(-16;-9.2)
All Ages 369940.2 (272305.8;476273.8) 248.6 (183;320) 731168.4 (532797.5;954320.6) 337.5 (245.9;440.5) 35.8(31.6;40.3)
Age-standardized 369940.2 (272305.8;476273.8) 374.3 (276.1;480.5) 731168.4 (532797.5;954320.6) 315.3 (230.1;411.1) -15.8(-18.2;-13.6)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 1-8. – Total number of hospitalizations for clinical procedures for cardiovascular diseases by competence year, Brazil, 2008 to 2019.

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total
Chronic ischemic heart disease 12 393 9 743 9 300 8 497 8 000 7 197 7 581 6 403 6 317 6 171 6 292 6 703 94 597
Cerebrovascular disease 159 545 176 047 181 035 184 751 182 065 183 043 187 110 191 678 195 787 198 068 203 066 211 149 2 253 344
Valve disease 3 237 4 156 3 526 3 637 3 285 2 996 2 753 2 400 2 244 2 231 2 330 2 289 35 084
Atrial fibrillation 29 034 28 174 28 382 28 583 28 760 28 268 29 799 29 754 29 889 30 265 30 958 32 753 354 619
Myocardial Infarction (Clinical) 47 358 50 987 55 513 58 194 59 562 58 552 62 809 66 647 70 441 71 835 74 569 80 614 757 081
Heart failure 298 474 297 763 289 110 284 844 264 469 254 285 243 913 240 832 236 358 230 297 222 394 222 620 3 085 359
Cardiomyopathies 2 092 2 363 2 459 2 302 2 357 2 293 2 370 2 230 2 250 1 997 2 251 2 390 27 354
Acute coronary sindrome 63 300 68 833 72 912 71 523 75 734 73 432 76 945 72 686 70 430 70 713 68 413 70 204 855 125
Total 615 433 638 066 642 237 642 331 624 232 610 066 613 280 612 630 613 716 611 577 610 273 628 722 7 462 563

Source: Brazilian Mortality Information System – SIM/DATASUS. 43

Table 1-9. – Total number of hospitalizations for surgical procedures for cardiovascular diseases by competence year, Brazil, 2008 to 2019.

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total
Atrial Fibrillation Ablation 68 72 90 85 123 139 143 161 124 120 125 163 1 413
Coronary Angioplasty 38 635 45 648 49 492 55 931 60 959 63 838 66 492 66 550 69 802 73 971 78 575 85 518 755 411
Coronary Artery Bypass Graft Surgery 20 515 22 077 21 225 23 187 23 900 23 249 22 997 22 559 22 248 21 474 20 674 21 018 265 123
Valve surgery 12 201 12 664 12 169 13 181 13 435 13 067 12 993 12 624 12 432 12 277 12 088 12 771 151 902
Infarction - angioplasty 7 648 6 362 6 262 6 033 5 865 6 055 7 135 8 524 10 195 10 774 10 811 11 099 96 763
Cardiomyopathies 15 43 13 21 28 23 20 18 32 29 26 24 292
Other Valvuloplasties 451 477 445 486 456 527 515 513 399 427 391 450 5 537
Mitral Valvuloplasty 477 551 478 473 403 431 408 341 206 236 200 195 4 399
Total 80 010 87 894 90 174 99 397 105 169 107 329 110 703 111 290 115 438 119 308 122 890 131 238 1 280 840

Source: Brazilian Mortality Information System – SIM/DATASUS. 43

Table 1-10. – Total value (in Reais) of clinical procedures for cardiovascular diseases by competence year, Brazil, 2008 to 2019.

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total
Chronic ischemic heart disease 7 798 577.82 6 860 711.25 6 593 971.61 6 250 858.75 5 689 946.25 5 248 239.82 6 213 647.76 5 140 625.95 5 326 842.16 5 532 381.71 5 672 327.20 6 475 643.96 72 803 774.24
Cerebrovascular disease 142 061 641.70 188 450 404.06 198 812 522.26 205 447 974.55 218 628 105.94 228 140 748.46 242 663 800.69 252 440 767.47 263 770 567.49 272 140 330.46 286 293 302.84 303 838 674.47 2 802 688 840.39
Valve disease 1 051 959.34 1 589 247.64 1 439 424.14 1 606 640.13 1 509 338.04 1 509 785.49 1 584 222.50 1 672 410.55 1 675 284.06 1 678 874.30 2 043 385.62 1 999 540.54 19 360 112.35
Atrial fibrillation 13 790 984.47 17 396 138.42 18 537 031.69 18 858 448.37 20 371 040.61 19 968 864.00 22 636 728.19 23 329 786.10 23 929 183.91 26 060 564.58 26 971 390.07 28 743 440.36 260 593 600.77
Myocardial Infarction (Clinical) 65 019 330.51 84 308 216.56 92 969 057.67 97 323 922.15 104 897 640.92 106 246 319.66 119 582 977.33 128 723 964.23 134 911 984.37 136 437 974.90 143 349 385.91 151 123 021.25 1 364 893 795.46
Heart failure 272 280 662.78 322 849 486.97 327 913 746.49 330 492 446.60 317 585 920.25 321 711 992.20 326 140 931.65 337 610 340.87 345 565 633.18 346 841 126.90 348 832 330.32 359 301 690.55 3 957 126 308.76
Cardiomyopathies 1 287 646.38 1 901 574.84 2 143 534.84 1 899 610.88 2 110 498.65 2 301 691.59 2 696 303.97 2 681 816.09 3 065 112.69 2 556 468.20 3 119 717.43 3 173 903.30 28 937 878.86
Acute coronary sindrome 44 710 681.49 57 921 695.01 64 611 984.70 65 586 337.38 75 210 291.07 74 619 170.87 83 606 992.07 82 094 816.54 80 185 274.88 82 072 225.98 80 036 822.54 81 167 004.50 871 823 297.03
Total 548 001 484.49 681 277 474.75 713 021 273.40 727 466 238.81 746 002 781.73 759 746 812.09 805 125 604.16 833 694 527.80 858 429 882.74 873 319 947.03 896 318 661.93 935 822 918.93 9 378 227 607.86

Source: Brazilian Mortality Information System – SIM/DATASUS. 43

Table 1-11. – Total value (in Int$2019) of clinical procedures for cardiovascular diseases by competence year, Brazil, 2008 to 2019.

Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019 Int$2019
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total
Chronic Ischemic Heart Disease $ 7 650 265.61 $ 6 274 085.62 $ 5 560 158.75 $ 4 864 286.14 $ 4 101 608.01 $ 3 519 939.65 $ 3 863 867.68 $ 2 971 845.26 $ 2 849 164.90 $ 2 859 497.35 $ 2 845 701.28 $ 3 129 842.42 $ 50 490 262.67
Cerebrovascular Disease $ 139 359 934.26 $ 172 336 938.05 $ 167 642 393.83 $ 159 875 270.76 $ 157 598 464.21 $ 153 011 617.97 $ 150 897 001.54 $ 145 938 433.52 $ 141 082 806.42 $ 140 659 953.49 $ 143 628 036.74 $ 146 852 911.78 $ 1 818 883 762.57
Valve Disease $ 1 031 953.33 $ 1 453 358.90 $ 1 213 749.04 $ 1 250 253.39 $ 1 088 009.05 $ 1 012 597.36 $ 985 126.02 $ 966 836.61 $ 896 058.19 $ 867 752.24 $ 1 025 128.64 $ 966 428.49 $ 12 757 251.26
Atrial Fibrillation $ 13 528 709.55 $ 15 908 680.29 $ 15 630 767.78 $ 14 675 245.87 $ 14 684 501.34 $ 13 392 908.59 $ 14 076 324.52 $ 13 487 173.53 $ 12 798 988.35 $ 13 469 807.27 $ 13 531 045.80 $ 13 892 431.30 $ 169 076 584.19
Myocardial Infarction (Clinical) $ 63 782 802.43 $ 77 099 436.14 $ 78 393 227.96 $ 75 735 418.85 $ 75 615 653.52 $ 71 258 297.28 $ 74 360 958.09 $ 74 416 560.70 $ 72 160 292.77 $ 70 520 084.88 $ 71 915 726.50 $ 73 041 576.24 $ 878 300 035.36
Heart Failure $ 267 102 469.11 $ 295 244 217.24 $ 276 502 932.54 $ 257 182 235.55 $ 228 932 383.01 $ 215 768 874.17 $ 202 806 057.29 $ 195 175 782.35 $ 184 832 484.51 $ 179 270 219.50 $ 175 002 706.17 $ 173 659 589.44 $ 2 651 479 950.88
Cardiomyopathies $ 1 263 158.11 $ 1 738 980.54 $ 1 807 468.20 $ 1 478 237.03 $ 1 521 356.76 $ 1 543 720.52 $ 1 676 657.92 $ 1 550 383.65 $ 1 639 435.00 $ 1 321 350.27 $ 1 565 104.34 $ 1 534 027.69 $ 18 639 880.03
Acute Coronary Sindrome $ 43 860 380.31 $ 52 969 096.11 $ 54 482 019.85 $ 51 037 901.30 $ 54 215 473.87 $ 50 046 298.80 $ 51 989 808.02 $ 47 459 802.34 $ 42 888 650.24 $ 42 420 303.78 $ 40 152 988.47 $ 39 230 065.00 $ 570 752 788.09
Total $537 579 672.71 $623 024 792.89 $ 601 232 717.95 $566 098 848.89 $537 757 449.77 $509 554 254.34 $ 500 655 801.08 $ 481 966 817.96 $ 459 147 880.38 $ 451 388 968.78 $ 449 666 437.94 $ 452 306 872.36 $ 6 170 380 515.05

Source: Brazilian Mortality Information System – SIM/DATASUS. 43

Table 1-12. – Total value (in Reais) of surgical procedures for cardiovascular diseases by competence year, Brazil, 2008 to 2019.

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 019 Total
Atrial Fibrillation Ablation 360 473.27 376 837.24 471 138.73 456 926.51 690 004.54 788 451.61 770 674.50 906 324.09 707 088.34 690 689.60 732 003.78 961 948.99 7 912 561.20
Coronary Angioplasty 210 528 789.87 266 654 421.74 295 641 177.27 337 972 226.29 372 062 717.78 388 919 617.05 411 251 867.70 412 073 165.85 433 590 492.36 466 696 227.86 495 885 258.42 546 132 198.85 4 637 408 161.04
Coronary Artery Bypass Graft Surgery 176 032 311.77 208 585 452.82 214 483 618.24 287 851 733.82 297 843 568.00 290 540 953.96 294 854 279.38 289 638 019.51 286 159 517.75 282 175 032.32 275 110 233.84 278 544 223.76 3 181 818 945.17
Valve Surgery 125 954 499.60 140 683 968.83 142 383 177.39 179 111 011.96 183 271 263.12 178 563 635.59 180 088 277.85 176 813 774.47 175 318 559.92 176 135 832.05 177 583 849.27 187 382 032.83 2 023 289 882.88
Infarction - Angioplasty 45 267 283.32 37 887 853.46 37 112 662.15 35 576 928.51 35 545 437.05 37 287 935.69 45 883 433.02 56 100 757.09 66 515 237.46 71 624 171.14 73 429 322.18 74 907 756.33 617 138 777.40
Cardiomyopathies 168 992.82 544 719.64 192 352.38 325 920.92 436 100.76 353 814.17 305 552.03 298 288.99 526 912.73 451 789.68 426 075.02 404 878.61 4 435 397.75
Other Valvuloplasties 1 518 843.49 1 661 544.32 1 717 544.82 1 918 678.81 1 870 621.37 2 051 540.92 2 128 294.09 2 085 967.07 1 594 213.11 1 888 744.84 1 689 593.28 1 959 571.29 22 085 157.41
Mitral Valvuloplasty 3 115 254.91 3 585 355.62 3 147 310.18 3 227 816.88 2 718 391.46 2 970 343.43 2 808 556.55 2 392 670.47 1 377 571.02 1 720 524.66 1 461 666.40 1 430 166.52 29 955 628.10
Total 562 946 449.05 659 980 153.67 695 148 981.16 846 441 243.70 894 438 104.08 901 476 292.42 938 090 935.12 940 308 967.54 965 789 592.69 1 001 383 012.15 1 026 318 002.19 1 091 722 777.18 10 524 044 510.95

Source: Brazilian Mortality Information System – SIM/DATASUS. 43

Chart 1-2. – Ranking of causes of cardiovascular death in Brazil, 1990 and 2019, according to age-standardized mortality rate per 100 000 inhabitants, both sexes, 1990 and 2019, and percent change of rates.

Chart 1-2

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 1-3. – Ranking of causes of cardiovascular death per Brazilian Federative Unit in 1990, according to age-standardized mortality rates per 100 000 inhabitants, both sexes.

Chart 1-3

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 1-4. – Ranking of causes of cardiovascular death per Brazilian Federative Unit in 2019, according to age-standardized mortality rates per 100 000 inhabitants, both sexes.

Chart 1-4

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 1-5. – Cardiovascular disease percent prevalence, by sex, in Brazil, 1990-2019.

Chart 1-5

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 1-6. – Age-standardized prevalence rate of cardiovascular disease, per 100 000 inhabitants, by sex, Brazil, 1990-2019.

Chart 1-6

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 1-7. – Age-standardized mortality rate from cardiovascular disease, per 100 000 inhabitants, by sex, Brazil, 1990-2019.

Chart 1-7

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 1-8. – Proportional mortality from cardiovascular diseases, by sex, Brazil, 1990-2019.

Chart 1-8

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 1-9. – Geographic distribution of mortality rates per 100 000 inhabitants, standardized by age in the Federative Units of Brazil, according to sex, 2000 and 2019.

Chart 1-9

Source: Brazilian Mortality Information System (SIM/DATASUS) with redistribution of ill-defined causes and correction for underreporting (according to GBD 2019 estimates) and IBGE population. 43

Chart 1-10. – Age-standardized mortality rates from cardiovascular disease, per 100 000 inhabitants, by Brazilian region, for females, 1990-2019.

Chart 1-10

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 1-11. – Age-standardized mortality rate from cardiovascular disease, per 100 000 inhabitants, by Brazilian regions, for males, 1990-2019.

Chart 1-11

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 1-12. – Correlation between percent change of age-standardized mortality rates 2019/1990 and the 2019 sociodemographic index (SDI 2019).

Chart 1-12

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 1-13. – Age-standardized rates of DALYs due to cardiovascular diseases, per 100 000 inhabitants, 1990-2019, Brazil and its regions.

Chart 1-13

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 1-14. – Correlation between percent change of age-standardized DALY rates 2019/1990 and the 2019 sociodemographic index (SDI 2019).

Chart 1-14

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 1-15. – Total number of hospitalizations for clinical procedures due to cardiovascular diseases, by competence year, Brazil, 2008 to 2019.

Chart 1-15

Source: Brazilian Mortality Information System – SIM/DATASUS. 43

Overview

• Noncommunicable chronic diseases comprise the world’s leading group of causes of death, responsible for premature deaths, loss of quality of life, and adverse economic and social impacts. The NCD are responsible for approximately 70% of global deaths, equivalent to more than 38 million deaths annually, significantly exceeding deaths from external causes and infectious diseases. 23 Of all deaths due to NCD worldwide, nearly 45%, over 17 million, result from CVD. A similar distribution is observed in Brazil, where 72% of deaths are due to NCD, of which 30% are due to CVD, and 16% to neoplasms (Chart 1-1). 21 , 27 , 28

• The definition of CVD may vary according to the study, from including all diseases listed in ICD-10 Chapter IX to just grouping together the 3 main causes (IHD, stroke, and HF). For the GBD, the definition of total CVD comprises 10 causes: rheumatic heart disease, IHD, cerebrovascular disease, hypertensive heart disease, cardiomyopathy, myocarditis, atrial fibrillation and flutter, aortic aneurysm, peripheral vascular disease, and endocarditis. 29

• Cardiovascular diseases are the number 1 cause of death in Brazil. According to the GBD Study 2019 estimates, of the CVD, IHD was the leading cause of death in the country, followed by stroke in both 1990 and 2019 (Chart 1-2). In fact, in 2019, IHD was the leading cause of death in all Brazilian FUs, except for the state of Amazonas, in the Northern region. Three states in that region, Acre, Amapá, and Pará, showed no significant difference regarding the mortality rates due to IHD and stroke (Charts 1-3 and 1-4).

Prevalence

• Gonçalves et al. published in 2019 a cross-sectional study from the Brazilian National Health Survey conducted in 2013 on a sample of 60 202 adults aged over 18 years, stratified by sex and age groups, using a hierarchical binary logistic regression model. The self-reported diagnosis of heart disease in Brazil was 4.2% (95% CI, 4.0 - 4.3) and associated with the female sex (OR = 1.1; 95% CI, 1.1 - 1.1), individuals 65 years and older (OR = 4.7; 95% CI, 3.3 – 5), hypertension (OR = 2.4; 95% CI, 2.2 – 2.7), elevated cholesterol (OR = 1.6; 95% CI, 1.5 – 1.8), overweight (OR = 1.5; 95% CI, 1.4 – 1.8) or obesity (OR = 2.0; 95% CI, 1.7 – 2.2), sedentary behavior (OR = 1.5; 95% CI, 1.02 – 2.1), and tobacco use (OR = 1.2; 95% CI, 1.03 – 1.3). 30

• In the ELSA-Brasil, a cohort study that included 15 105 civil servants from 6 academic institutions (54% women, 35-74 years, with baseline assessment between 2008 and 2010), the self-reported prevalence was as follows: coronary heart disease, 4.7% (men=5.7%, women=4.0%); HF, 1.5% (men=1.9%, women=1.5%); stroke, 1.3% for both sexes; rheumatic fever, 2.9% (men=2.2%, women=3.4%); and Chagas disease, 0.4%, for both sexes. 31

• The prevalence of CVD increases significantly with age. In a longitudinal study in the elderly over 60 years of age, from the state of São Paulo in 2000, 2006 and 2010, the prevalence of CVD was defined as a positive response to the question: “Have you ever been told by a doctor or nurse you had a heart attack, coronary heart disease, angina, congestive disease, or other heart problems?”. The CVD prevalence was 17.9%, 22.2% and 22.9% for 2000, 2006, and 2010, respectively. The presence of CVD was associated with older age, smoking history, diabetes, and hypertension. 32

• According to the GBD Study 2019, the CVD prevalence was 6.1% of the population in 2019 and has increased from 1990 due to population growth and aging. However, the age-standardized CVD prevalence rate in Brazil decreased in the same period, from 6138 (95% UI, 5762 - 6519) to 5454 (95% UI, 5082 - 5838) per 100 000 inhabitants (Table 1-1).

• As compared to females, in 2019 males had a higher age-standardized prevalence rate (Charts 1-5 and 1-6) and, from 1990 to 2019, a prevalence rate decline of -8,7 (-10.2 to -7.2), lower than that of females (-12.8, 95% UI, -14.1 to -11.3) in the same period (Chart 1-6 and Table 1-1). Considering the total number in 2019, 12 946 932 (95% UI, 11 899 752 – 13 617 524) individuals had prevalent CVD in Brazil, and 51% of them were men. The prevalence rate declined among the elderly and increased among males and females aged 15-49 years (Table 1-1).

Incidence

• According to the GBD Study 2019, the age-standardized incidence rate of CVD in Brazil, in 2019, was 475 (95% UI, 447-507) per 100 000 inhabitants. From 1990 to 2019, that rate decreased -20% (-22 to -18) (Table 1-2).

• The age-standardized CVD incidence rate did not differ significantly among the FUs in 2019, varying from 441 in the state of Piauí to 486 in the state of Pernambuco. From 1990 to 2019, all FUs had a reduction in the age-standardized CVD incidence rate, and the state of Rio de Janeiro showed the highest percent change among them (-25.5%; 95% UI, -27.7 to -23.5) (Table 1-2).

Mortality

• In Brazil, Mansur et al . have shown that the age-standardized CVD mortality rate has declined significantly in recent decades. A 2016 study analyzed CVD mortality rates from the age of 30 years and older, by sex, per 100 000 inhabitants. The annual variations in cardiovascular mortality for the periods 1980-2006 and 2007-2012 were, respectively: for both sexes: -1.5% and -0.8%; men: -1.4% and -0.6%; women: -1.7% and -1.0%. 33

• Baptista et al . investigated how age composition and age-specific mortality rates are related to the observed difference in deaths from CVD in the adult population, by sex, in Brazilian microregions from 1996 to 2015. They suggested, after correcting for underreporting of death counts, that there was a decline in the rates of deaths from CVD in the period studied. However, the main driver of the change in mortality rates was heterogeneous across Brazilian microregions. In general, in the most socioeconomically developed areas, the age structure was more importantly related to the mortality rates, with older populations dying from CVD. Interestingly, there were differences in the main drivers of CVD mortality even within the Brazilian regions and FUs. 34

• Data from the GBD Study 2019 reveal that, although mortality rates from CVD in Brazil significantly decreased over the past few years, the total number of deaths due to CVD increased, as a result of population growth and aging. There were 269 722.7 (95% UI, 257 743.7 - 277 272.1) and 397 993 (95% UI, 361 776.4 – 417 773.2) deaths from CVD in the country in 1990 and 2019, respectively. The age-standardized mortality rate, per 100 000 inhabitants, was 355.4 (332.5 - 367.6) in 1990 and 175.7 (159 - 184.8) in 2019, decreasing by -50.6% (-52.7 to -0.5) in the period (Chart 1-7). Although the age-standardized mortality rates were higher for men throughout the whole period, the percent decrease was similar for both sexes, 48% for men and 52% for women (Chart 1-8).

• Table 1-3 shows the number of deaths, the age-standardized mortality rate due to CVD per 100 000 inhabitants, and the percent change of rates, by FU, in Brazil, in 1990-2019. The states of Maranhão and Alagoas had the highest risk for mortality, above the country average. The FUs with the greatest percent reductions in the period were Rondônia, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, and São Paulo, in that order.

• Chart 1-9 shows the geographical distribution of mortality rates per 100 000 inhabitants, standardized by age in the Brazilian FUs, by sex, in 2000 and 2019, according to the SIM, and using the IBGE population. There was a decrease in the standardized mortality rates for both sexes, except for males from the states of Roraima, Piauí and Alagoas, despite the redistribution of ill-defined causes and correction of underreporting according to the GBD 2019 coefficients. Malta et al. compared historical series of CVD mortality rates in Brazil using SIM database with and without correction and the GBD 2017 estimates between 2000 and 2017. The authors pointed out that the increase in mortality rates observed in 2017 in some Northern and Northeastern FUs was due to the improvement in death registration and in the definition of underlying causes of death in recent years. 6

• Brant et al. , analyzing GBD 2015 data, observed a decrease in age-standardized CVD mortality rate from 429.5 (1990) to 256.0 (2015) per 100 000 inhabitants (-40.4%), with marked differences across the FUs. That decrease was more pronounced in the FUs of the Southeastern and Southern regions and the Distrito Federal, regions that concentrate the largest populations and income, and more modest in most Northern and Northeastern states. 29

• Importantly, the annual reduction in CVD mortality rates in Brazil was lower in the final years when considering the 1990-2019 period, for males and females.

• Regarding the trend by age group, the largest reductions in the CVD mortality rates per 100 000, between 1990 and 2019, were observed in the ‘under 5’ age group [-60.9 (-70.7 to -48.9)], followed by the 50-69 years age group [-50.6 (-52.7 to -48.4)].

• The FHP coverage was associated with a reduction in hospitalizations and mortality from CVD that were included in the national ambulatory care-sensitive list in Brazil, and its effect increased according to the duration of the FHP implementation in the municipality. Rasella et al . observed reductions in the mortalities from cerebrovascular disease and heart disease of 0.82 (95% CI, 0.79 - 0.86) and 0.79 (95% CI, 0.75 - 0.80) respectively, reaching 0.69 (0.66 - 0.73) and 0.64 (0.59 - 0.68), respectively, when the FHP coverage was consolidated during all 8 years studied. 35

• According to the SIM database, in 2019, CVD corresponded to 27.0% of total deaths, with the highest proportion in the Southeastern region and lowest in the Northern region. Ischemic heart disease accounted for 32.3% of total deaths from CVD in Brazil, and stroke was responsible for 27.8% of those deaths. The highest proportion of IHD mortality occurred in the states of Mato Grosso do Sul, Pernambuco, and São Paulo, while the highest proportion of stroke deaths occurred in the states of Amazonas, Pará, and Amapá, and the Distrito Federal (Table 1-4).

• The proportion of deaths due to CVD decreased for men (from 30.1% to 27.6%) and for women (from 31.1% to 29.9%) from 2000-2002 to 2015-2017. Moreover, Lotufo noted a constant excess of premature male deaths due to CVD during that period, with a male-to-female ratio of 2:1. 36

There is a significant correlation of the SDI, an estimate of the socioeconomic level, with the CVD burden. Chart 1-12 shows the correlation of a greater reduction in the percent change of age-standardized CVD mortality rates, between 1990 and 2019, with a higher 2019 SDI, suggesting that the decrease in mortality from CVD followed the improvement in the local socioeconomic conditions, as observed in other studies. 5 , 37

• Lotufo et al . compared three different household income levels (high, middle, and low) with mortality rates due to CVD, in the city of São Paulo, from 1996 to 2010. The annual percent change and 95% CI for men living in the high, middle-, and low-income areas were -4.1 (-4.5 to -3.8), -3.0 (-3.5 to -2.6), and -2.5 (-2.8 to -2.1), respectively. The trend rates of women living in the high-income areas were -4.4 (-4.8 to -3.9) in 1996-2005 and -2.6 (-3.8 to -1.4) in 2005-2010. The reduction in deaths due to CVD was more significant for men and women living in the wealthiest neighborhoods, with a greater declining risk of death gradient for those living in the wealthiest areas as compared to the most deprived neighborhoods. 40

• An inverse association of the HDIm and the supplementary health coverage with mortality due to CVD was observed, suggesting a relationship between socioeconomic factors and CVD. 37 The HDIm increased between 2000 and 2010 in all FUs, in half of which it was 0.7 or higher. Supplementary health coverage increased in the country during the study period and was inversely associated with mortality due to CVD between 2004 and 2013. 37

• Soares et al . observed a decrease in CVD mortality in the states of Rio de Janeiro, São Paulo, and Rio Grande do Sul that preceded improvement in the socioeconomic index. The GDP per capita evolution, the child mortality decline, a higher educational level (represented by the schooling years of individuals over the age of 25 years), and the HDIm showed a high correlation with the reduction in the CVD mortality rate. A reduction in the mortality rates due to DCV, stroke, and IHD in the state of Rio de Janeiro State in past decades was preceded by an increase in the HDI. An increment of 0.1 in the HDI correlated with the following reductions in the number of deaths per 100 000 inhabitants: 53.5 for DCV; 30.2 for stroke; and 10.0 for IHD. 38 , 39

• Baptista et al . investigated the relationship between CVD mortality rate and economic development over time and space, measured by GDP per capita, in Brazilian microregions from 2001 to 2015. They used the databases of the SIM (DATASUS) and of the SIDRA (IBGE). The authors observed a rapid decline in CVD mortality in the Southern and Southeastern microregions and a slower decline in the West-Central region. On the other hand, the Northern and Northeastern regions had an increase in CVD mortality over time, maybe due to lower access to healthcare and socioeconomic factors. 41

• Silveira et al ., studying the effect of ambient temperature on cardiovascular mortality in 27 Brazilian cities, observed a higher number of cardiovascular deaths associated with low and high temperatures in most of the Brazilian cities and the West-Central, Northern, Southern, and Southeastern regions. The overall RR for Brazil was 1.26 (95% CI, 1.17–1.35) for the 1stpercentile of temperature and 1.07 (95% CI, 1.01–1.13) for the 99thpercentile of temperature versus the 79thpercentile (27.7 °C), in which RR was the lowest. 42

Burden of Disease

• Age-standardized DALY rates in Brazil were 6907 (95% UI, 6783-7039) per 100 000 inhabitants in 1990 and decreased to 3735 (95% UI, 3621-3849) per 100 000 inhabitants in 2019. The DALY rates declined in all five regions, with different patterns, faster in the South and Southeast and slower in the Northeast (Chart 1-13). There was a correlation between the percent decline in DALY rates and the increase in the SDI: the higher the SDI, the greater the decline in DALYs due to CVD. Distrito Federal, and the states of Rio de Janeiro and Santa Catarina had higher SDI and a great decline in DALY rates, while, the states of Alagoas, Piauí and Ceará had small declines in DALY rates and low SDI (Chart 1-14 and Table 1-5).

• Regarding YLLs, 8 130 233 years of life were lost in 2019 due to CVD mortality. It was higher among individuals aged 50-69 years as compared to the other age groups. The YLL rates have declined since 1990 for all age groups (Table 1-6). Age-standardized YLL rates decreased by 51.5% (95% UI, -53.4 to -49.7) from 1990 to 2019 (Table 1-6).

• Disability caused by CVD did not decline as observed with mortality. The age-standardized YLD rate declined by 15% from 1990 to 2019 (Table 1-7). The ‘50-69 years’ group had the greatest number of YLDs, followed close by the ‘15-49 years’ group. All age groups had a small decline in the age-standardized rates, and the ‘15-49 years’ group had the smallest (-0.7%) (Table 1-7).

Health Care Utilization and Cost

• In Brazil, from 2008 to 2019, the main groups of clinical and surgical cardiovascular procedures corresponded to 8 743 403 procedures paid by SUS. Of these, 7 462 563 were clinical procedures, led by HF, with 41.3% (3 085 359) of the admissions, followed by cerebrovascular diseases, 30.2% (2 253 344), acute coronary syndrome, 11.5% (855 125), and AMI with clinical approach, 10.1% (757 081) (Tables 1-8 and 1-9).

• Hospital admissions for clinical conditions of CVD decreased by 13 289 from 2008 to 2019 (Table 1-8), although the absolute numbers through the years were stable. In 2008, each clinical admission costed R$890 on average, and, in 2019, that cost was R$1488, a 67% increase (Table 1-10).

• Of the 1 280 840 cardiovascular surgical procedures performed from 2008 to 2019, 755 411 (58.9%) were coronary angioplasties, followed by 265 123 CABG surgeries (20.1%), and 151 902 valve surgeries (11.9%). The angioplasty/CABG ratio in 2008 was 1.8, increasing to 4.1 in 2019.

• Hospitalizations for surgical CVD procedures from 2008 to 2019 increased by 64% (Table 1-9). On average, each surgical procedure was reimbursed R$7036 in 2008, showing an unadjusted increase of 18% in 2019 as compared to 2008, at a cost of R$8319 per procedure (Table 1-12).

• Over the last 12 years, in Brazil, there has been a significant reduction in hospitalizations for HF and an increase in annual hospitalizations for AMI and cerebrovascular diseases, and flat trends in other groups of clinical procedures (Chart 1-15). Regarding the surgical approaches in the same years, there was a great increase in the annual number of coronary angioplasties and a trend towards stability in the number of other surgical procedures (Chart 1-16).

• Tables 1-10 and 1-11 show the amounts in Reais and International Dollars for the year 2019 (Int$2019), respectively, paid by the public health system for clinical cardiovascular admissions, in Brazil, from 2008 to 2019. The total amount spent on those hospitalizations was R$ 9 378 278, corresponding to Int$ 6 170 381 in 2019. Heart failure, cerebrovascular diseases and coronary artery disease syndromes were responsible for most of those values.

• The amounts paid for surgical procedures for CVD are shown in Reais in Table 1-12 and in Int$2019 in Table 1-13. Although they represent a smaller number as compared to clinical procedures, they were responsible for higher expenses, with R$ 10 524 044 spent, equivalent to Int$2019 6 853 635. The procedures used for the treatment of IHD, including coronary angioplasty and CABG, accounted for the largest fraction of those expenses.

Future Research

• The SIM, implemented in 1975, is an essential tool for monitoring mortality statistics in Brazil, because the registration of all deaths is mandatory in the FUs, with 98% coverage of the national territory in 2017, that coverage being lower in the Northern region than in the Southern region. The Northeastern region has the poorest coverage, still under 95%. 43 Although SIM has improved through specific Ministry of Health projects, 44 , 45 problems persist, such as ill-defined causes (around 6%), garbage codes and underreporting of deaths, which generate biases that may disrupt the metrics presented. As such, further research is needed to promote methodological adjustments for coverage, redistribution of ill-defined causes, especially in the older years of the historical series. On the other hand, the estimates from the GBD Study need additional research to implement models with better distribution of garbage codes adapted to local realities.

• It is worth mentioning that there is a lack of primary incidence data (cohorts) in Brazil, requiring research that allows us to understand how to face CVD in states and populations with low socioeconomic indices.

• Because of the reduction in the decline trend of age-standardized CVD mortality in the last 5 years, novel strategies to tackle CVD mortality must be studied. Understanding of the drivers of this change is essential to implement effective policies, particularly facing population aging, which will increase the number of individuals with CVD in the country.

2. STROKE (CEREBROVASCULAR DISEASES)

ICD-9 430 to 438; ICD-10 I60 to I69

See Tables 2-1 through 2-12 and Charts 2-1 through 2-3

Table 2-1. – Number of cases and age-standardized prevalence rates (per 100 000) of ischemic stroke, subarachnoid hemorrhage, and intracerebral hemorrhage in 1990 and 2019, and percent change of rates, in Brazil and its Federative Units.

Cause of death and location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.3.1-Ischemic stroke
Acre 2337 (2005;2670.8) 1179.3 (1021.6;1368) 5959.2 (5165.9;6781.1) 876.1 (762.2;998) -25.7(-30.7;-20.7)
Alagoas 20840.6 (17963.5;24003.8) 1415.7 (1222.3;1668.6) 33233.7 (29180.3;38341.4) 1016.1 (895.6;1175.5) -28.2(-33.5;-22.9)
Amapá 1384 (1196.3;1573.2) 1124.1 (970.4;1298.2) 5077.4 (4424.8;5767.2) 861.2 (746.8;984.5) -23.4(-28.6;-18)
Amazonas 11728.4 (10152.6;13440.3) 1240 (1069.8;1424.9) 26360.1 (23112.3;29848.5) 832.7 (729.8;950.6) -32.8(-37.7;-27.4)
Bahia 92983.6 (80433.9;106701.5) 1252.7 (1072.5;1448.2) 140578.2 (122673.2;160762.3) 870.8 (760.2;1001.2) -30.5(-35.3;-25.6)
Brazil 1287969.4 (1118323.7;1460716) 1327.6 (1151.2;1516) 2040376.9 (1784219.6;2330526) 870.1 (761.1;992.8) -34.5(-36.7;-32.2)
Ceará 45261 (38660.3;51639) 1031.5 (880.1;1192.4) 85094.6 (74109.4;97715.8) 851.1 (740.3;977.2) -17.5(-23;-11.4)
Distrito Federal 9491.3 (8108.7;10933.6) 1301.3 (1110.6;1516.4) 24286.9 (20992.9;28153.4) 885.1 (765.4;1030.9) -32(-36.7;-26.9)
Espírito Santo 22957.7 (19897.4;26104.4) 1423 (1222.2;1642.3) 39703.5 (34433.2;45287.7) 913.4 (795.3;1041.4) -35.8(-40.2;-31.2)
Goiás 30398.4 (26103.6;34903.4) 1266.7 (1089.5;1464) 57813.2 (50438.7;65757.5) 813.4 (711.9;925.3) -35.8(-40.6;-31.2)
Maranhão 33415.7 (28606.1;38354.7) 1174.6 (998.4;1372.4) 57772.9 (50605.5;65580.5) 839.2 (735.7;956.6) -28.6(-35;-20.2)
Mato Grosso 11695.9 (10093.3;13434.1) 1207.4 (1043.7;1397) 28745.8 (25006.5;32932) 838 (727.9;961.7) -30.6(-36;-25)
Mato Grosso do Sul 12959.8 (11279.9;14803.9) 1255.5 (1093.2;1450.7) 25831.6 (22483.5;29207.6) 870.8 (758.4;984.9) -30.6(-36.5;-25.4)
Minas Gerais 145398.6 (125793.7;168354.4) 1356.8 (1168.7;1571.8) 217642.4 (189023.2;251547) 843.5 (732.9;971.6) -37.8(-42.8;-32.7)
Pará 32096.8 (27597.1;36767.6) 1325.8 (1132;1527.9) 64670.6 (56252.5;73679.5) 869 (753.8;991.8) -34.5(-39.3;-29.4)
Paraíba 26607.1 (22881.2;30854.6) 1096.5 (940.9;1284.1) 37478 (32824.1;42797.6) 804.4 (704;921.6) -26.6(-32;-21.3)
Paraná 81476.8 (70660.4;93825.4) 1534.4 (1322.5;1786.7) 126272.5 (109037.2;145179.1) 960.2 (830.4;1100) -37.4(-42;-32.1)
Pernambuco 63426.2 (54597.3;73733.5) 1300.5 (1112.3;1536.8) 89359.9 (77947.2;102237.8) 884.3 (769.8;1015) -32(-36.4;-26.9)
Piaui 17859.3 (15361.8;20573.6) 1143.9 (986.6;1328.8) 31595 (27482.8;36104) 843.1 (733.5;963) -26.3(-31.3;-20.4)
Rio de Janeiro 151283.8 (130994.6;173336.9) 1489 (1283.3;1706.2) 197147.1 (170574.1;228003.1) 902.7 (783;1039.9) -39.4(-44.1;-34.7)
Rio Grande do Norte 18111.6 (15616.7;20695.6) 1056.5 (908.6;1217.1) 29607.2 (25837.3;34049.1) 766.9 (670.6;883.4) -27.4(-31.6;-22.4)
Rio Grande do Sul 98174.7 (84791.3;112264.8) 1410.7 (1218.8;1619.6) 138340.7 (118660.6;159686.5) 926.6 (799.2;1061.2) -34.3(-39.1;-29.5)
Rondônia 6438.9 (5505.5;7461.4) 1477.7 (1270.8;1735.5) 13891.4 (11998.5;15994.2) 861.5 (741.1;998.2) -41.7(-46.2;-36.8)
Roraima 980.8 (844.6;1128.1) 1199.9 (1033.2;1385.3) 3514.8 (3044.9;4034.3) 830.3 (719.9;952.8) -30.8(-35.5;-25.7)
Santa Catarina 38488 (33075.1;43771.1) 1392.8 (1183.7;1603) 68595.6 (59198.3;78591.2) 848.8 (733.7;970.5) -39.1(-43.9;-34.1)
São Paulo 295180.2 (255885.5;336598.3) 1344.1 (1162.1;1524.7) 458484.1 (395229.9;529532.9) 857 (741.3;982.9) -36.2(-40.8;-31.8)
Sergipe 11546.5 (9966.9;13183) 1306.7 (1118.5;1507.3) 21060.5 (18405.7;24150.7) 920.1 (799.5;1060.9) -29.6(-34.9;-25)
Tocantins 5446.7 (4686.9;6267.8) 1148 (974.7;1327.9) 12260 (10740.9;14034.4) 827.6 (721.1;948.7) -27.9(-32.9;-21.9)
B.2.3.2-Intracerebral hemorrhage (;)
Acre 954.6 (816;1099.4) 423.3 (363.8;486.7) 2357.5 (2036.2;2708.6) 312.6 (271.5;357.9) -26.1(-30.5;-21.2)
Alagoas 7759.2 (6563.3;8947.2) 487.7 (412.6;564.5) 12212.5 (10587.5;14019.8) 352.5 (305.3;404.1) -27.7(-32.4;-23)
Amapá 580.2 (496.8;667.5) 412.4 (356.1;474.8) 2046.9 (1773;2347.9) 303.5 (264;346.5) -26.4(-30.5;-21.6)
Amazonas 5190.3 (4456.4;5996.5) 481.6 (414.4;554.5) 10793.9 (9317.7;12412.6) 309.3 (268;353.8) -35.8(-39.8;-31.4)
Bahia 37762.4 (32554.4;43452.4) 480.3 (409.2;551.3) 53634.2 (46593.5;61495.6) 323.4 (281.1;370.3) -32.7(-37.5;-28)
Brazil 541445.3 (466619.8;621909.3) 507.5 (438.9;584.1) 757903 (659245.3;867100.5) 315.9 (275;361.4) -37.7(-40.5;-34.9)
Ceará 17834.5 (15383.5;20700.6) 390.6 (335.7;452.2) 31985.9 (27865.3;36677) 313.1 (273.4;358.8) -19.8(-24;-14.5)
Distrito Federal 4754.5 (4045.6;5533.3) 521.2 (448.3;599.5) 9476.3 (8096.4;10959.5) 312.1 (270.2;359) -40.1(-44.5;-35.6)
Espírito Santo 9923.8 (8526.1;11356.7) 553.1 (476.3;631.1) 15127.1 (13005.6;17294.3) 336.8 (291;385.1) -39.1(-43.1;-34.9)
Goiás 14065.7 (12162.2;16282.3) 513.3 (443.4;589.5) 22525 (19579.7;25806.5) 301 (261.7;345) -41.4(-45.5;-36.8)
Maranhão 12434.4 (10659.9;14397.9) 406.8 (349.9;471.3) 22610.6 (19506.8;26011.2) 315.1 (271.1;361.5) -22.6(-27.6;-17.4)
Mato Grosso 5048.2 (4327.5;5880.2) 432.5 (371.8;500.3) 10830.6 (9392.7;12448) 292.1 (254.7;333.1) -32.5(-36.9;-28.1)
Mato Grosso do Sul 6065.5 (5157.5;7014.4) 515.4 (441.4;596.7) 10049.7 (8640.4;11486.9) 325.5 (281.2;371.4) -36.8(-41.2;-32.6)
Minas Gerais 63178.6 (54522.8;72902.3) 536.4 (464.4;616.6) 80317.8 (69705.8;91963.5) 310.7 (269.7;355.8) -42.1(-46.7;-37.9)
Pará 13066 (11192.2;15083.4) 477.6 (408;553.7) 24092.9 (20923.5;27440.9) 296.6 (256.5;336.5) -37.9(-41.9;-33.6)
Paraíba 9857.1 (8470.4;11300.2) 404 (345;465.3) 15120.2 (13151.5;17216.3) 324.7 (282.5;369.1) -19.6(-25;-13.7)
Paraná 33661.9 (28718.5;38871.7) 555.3 (471;641.8) 42595 (36576.4;48876.7) 317.7 (273.5;363.3) -42.8(-47.4;-38)
Pernambuco 26388.4 (22669.9;30514.5) 512.8 (442.7;592.5) 35843.8 (31160.7;41052.3) 342.4 (298.8;390.8) -33.2(-37.5;-28.7)
Piaui 7154.6 (6136.8;8240.6) 424.7 (362.6;489.1) 11367.7 (9877.1;13067.2) 300.8 (261.7;345.3) -29.2(-33.2;-24.6)
Rio de Janeiro 67411.9 (57661.1;77654.6) 603.2 (517.9;694.9) 78112.1 (67686.5;89538.8) 357.8 (310.3;408.4) -40.7(-45.2;-35.4)
Rio Grande do Norte 6989.6 (6011.1;7956.2) 398 (342;455.7) 11368.6 (9897.4;13069.4) 288.4 (250.7;331.2) -27.5(-31.9;-22.8)
Rio Grande do Sul 40477.3 (34799.8;46418.5) 528.1 (457.3;604.3) 48534.9 (41907.9;55770.7) 331.4 (286.5;380) -37.3(-41.4;-32.7)
Rondônia 2937.5 (2502.1;3408.2) 508.6 (437;589.8) 5212 (4528.8;5996.9) 295.6 (257.4;339.4) -41.9(-46;-37.5)
Roraima 451.4 (384.2;525.4) 437.1 (375.7;504.9) 1327.3 (1137.7;1541.9) 273.8 (236.1;316.6) -37.4(-41.3;-32.9)
Santa Catarina 17321.8 (14777.5;19977.4) 546.2 (467.7;637.7) 25189.2 (21733.7;28815.9) 301.5 (260.5;343.6) -44.8(-49;-39.9)
São Paulo 123269.3 (105277.2;143037.4) 503.6 (431.8;583) 162501.2 (139844.8;186907.7) 299.1 (258.2;342.1) -40.6(-45.1;-35.6)
Sergipe 4551.5 (3900.5;5230.3) 481.6 (416.8;554.1) 7971.1 (6945.4;9114.2) 330.2 (288.3;376.9) -31.5(-36;-26.7)
Tocantins 2355.2 (2010.9;2701.8) 431 (373.5;496.1) 4699.2 (4080.2;5401.4) 300.2 (260.2;345.9) -30.4(-34.9;-25.1)
B.2.3.3-Subarachnoid hemorrhage (;)
Acre 361.4 (300.3;435.9) 152.2 (126;183.9) 990.2 (823.1;1197.9) 124.4 (104;150.2) -18.3(-22.6;-13.9)
Alagoas 2547.4 (2107.3;3083.5) 154.5 (127.6;187.9) 4406.8 (3654.6;5267.4) 123.5 (102.4;147.2) -20.1(-24.5;-15.4)
Amapá 232.1 (191.6;278.8) 155 (127.3;188.1) 902.6 (751;1079.4) 125.5 (104.2;151.7) -19(-23.5;-14.9)
Amazonas 1787.5 (1480.7;2176.3) 150.7 (123.5;183.8) 4505.5 (3742.5;5421.6) 121.9 (101.6;147.5) -19.1(-23.2;-14.9)
Bahia 12581 (10473.6;15135.6) 156.6 (129.2;189.2) 21268.5 (17762.4;25776.8) 125.7 (104.9;152.1) -19.8(-24.2;-15.7)
Brazil 178322.3 (147412.5;215453.5) 158.6 (131.7;192.4) 306334.8 (255287.2;369754.8) 124.8 (104.2;150.1) -21.3(-24.3;-18.6)
Ceará 7235.2 (5975.9;8843.8) 157.6 (130.3;193.1) 13166.1 (10906.1;15881) 126.6 (104.8;152.9) -19.7(-24.1;-15.1)
Distrito Federal 1789.8 (1478.1;2170.4) 165.8 (137.2;200.5) 4274.5 (3539.2;5205.6) 127.6 (106.3;155) -23(-28;-17.1)
Espírito Santo 3071.7 (2545.7;3713.8) 160.5 (131.9;194.5) 5799.8 (4800.4;7005.5) 125.4 (104.1;150.5) -21.8(-26.2;-17.1)
Goiás 4544.9 (3780.9;5488.7) 152.2 (126;184.1) 9354.7 (7742.9;11331.2) 119.6 (99.4;144.5) -21.5(-25.8;-16.7)
Maranhão 4907.9 (4058;5876.5) 157.5 (130.2;189.6) 9393.7 (7853.4;11298.1) 129.3 (107.2;156.1) -17.9(-22.4;-13.8)
Mato Grosso 1932.7 (1599.2;2343.7) 149.6 (123.5;182.8) 4740.3 (3954.5;5734.8) 120.7 (101.2;145.4) -19.3(-23.6;-14.3)
Mato Grosso do Sul 1977.1 (1624.8;2389.4) 154.9 (127.5;189) 3968.7 (3292.1;4814.3) 124 (103.4;150) -19.9(-24.3;-15.2)
Minas Gerais 20106.5 (16619.3;24414.9) 163.5 (134.5;198.3) 32921.5 (27309.6;39771.4) 125.7 (104.6;151.1) -23.1(-28.3;-18.2)
Pará 4512.4 (3724.9;5437.7) 152.3 (125.7;184.8) 10338 (8575.1;12465.8) 122.3 (101.6;147.1) -19.7(-24;-15.4)
Paraíba 3901.8 (3225.5;4735.4) 163.9 (135.7;200.2) 6045.8 (4997.5;7325.1) 128.7 (106.4;156.2) -21.5(-25.9;-17.1)
Paraná 10404.5 (8631.1;12629.7) 158 (130.9;191.8) 17179.4 (14139.7;20873.3) 124.7 (103.1;150.9) -21.1(-25.6;-16.1)
Pernambuco 7989.4 (6624.6;9835.5) 151.4 (124.4;187.4) 13170.6 (10925.4;15923.5) 122.4 (102.2;147.9) -19.1(-24.1;-14.6)
Piaui 2775.1 (2286;3362.5) 161 (132.6;196.5) 4913.8 (4082.1;5920.7) 129.1 (107.3;155.4) -19.9(-23.9;-15.1)
Rio de Janeiro 18926.8 (15641.4;22940.3) 161.2 (133.5;195) 27140.4 (22430.8;33138.9) 123.4 (102.3;149.7) -23.5(-27.8;-18.4)
Rio Grande do Norte 2710.1 (2246.3;3278) 156.1 (129;189.2) 5013.6 (4186.9;6053.4) 124.6 (103.6;150.3) -20.2(-24.5;-16.2)
Rio Grande do Sul 12748.3 (10540.8;15532.4) 157.7 (130.5;192.4) 18004.8 (14901.9;21850.4) 123.5 (102.9;148.8) -21.7(-25.9;-17.1)
Rondônia 991.8 (815.5;1209.9) 146 (120.3;177.6) 2239.9 (1839.2;2710.2) 119.4 (98.9;144.4) -18.3(-22.8;-13.7)
Roraima 168.9 (139.2;204.8) 142.1 (117.1;172.1) 602.9 (497.8;734.5) 115.7 (96.1;140.5) -18.5(-22.8;-14.3)
Santa Catarina 5514.6 (4565.3;6634.1) 159.2 (131.1;192.1) 10720.7 (8888.1;13027.3) 123.3 (102.8;149) -22.6(-27.3;-17.5)
São Paulo 42197.3 (34696.2;51220.6) 160.4 (132.4;194.9) 70133.3 (58163.2;84885.3) 126.1 (105.1;151.9) -21.4(-25.5;-16.9)
Sergipe 1498.7 (1239.1;1808.9) 154 (127.2;186.4) 3089.5 (2565.1;3754.7) 123.2 (102.8;149.3) -20(-24.3;-15.6)
Tocantins 907.2 (754.4;1098.1) 154.9 (128.2;187.3) 2048.9 (1698.5;2471.5) 126.2 (105.1;151.9) -18.5(-22.7;-14.1)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 2-1. – Age-standardized prevalence rates of stroke (A), ischemic stroke (B), intracerebral hemorrhage (C), and subarachnoid hemorrhage (D) (per 100 000 inhabitants), 1990-2019. Data derived from Global Burden of Disease Study 2019. 46 .

Chart 2-1

Chart 2-3. – Age-standardized mortality rates due to stroke (A), ischemic stroke (B), intracerebral hemorrhage (C), and subarachnoid hemorrhage (D) (per 100 000 inhabitants), 1990-2019. Data derived from Global Burden of Disease Study 2019. 46 .

Chart 2-3

Abbreviations Used in Chapter 2.

ACEI/ARB Angiotensin Converting Enzyme Inhibitor/Angiotensin Receptor Blocker
CHD Coronary Heart Disease
CI Confidence Interval
DALYs Disability-Adjusted Life Years
DATASUS Brazilian Unified Health System Database
GBD Global Burden of Disease
HS Hemorrhagic Stroke
ICD International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems
ICD-9 International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems, 9thRevision
ICD-10 International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems, 10thRevision
ICH Intracerebral Hemorrhage
IMPACT-AF Improve Treatment with Anticoagulants in Patients with Atrial Fibrillation
INR International Normalized Ratio
IRR Incidence Rate Ratio
IS Ischemic Stroke
MAPS Matão Preventing Stroke Study
MELAS Mitochondrial Encephalomyopathy, Lactic Acidosis and Stroke-Like Episodes
NOAC Non-Vitamin K Antagonist Oral Anticoagulant
OR Odds Ratio
PNS National Health Survey (in Portuguese, Pesquisa Nacional de Saúde )
PURE Prospective Urban Rural Epidemiological Study
RR Relative Risk
SAH Subarachnoid Hemorrhage
SD Standard Deviation
SDI Sociodemographic Index
SIM Brazilian Mortality Information System (in Portuguese, Sistema de Informações sobre Mortalidade )
SSQOL Stroke Specific Quality of Life Scale)
TIA Transient Ischemic Attack
UI Uncertainty Interval
VKA Vitamin K Antagonist
WHO World Health Organization
YLDs Years Lived with Disability
YLLs Years of Life Lost

Table 2-2. – Number of cases and age-standardized prevalence rates (per 100 000) of stroke, ischemic stroke, subarachnoid hemorrhage, and intracerebral hemorrhage in 1990 and 2019, and percent change of rates, in Brazil, according to age group.

Cause of death and age group 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.3-Stroke
Under 5 4182.3 (2610.7;6524.5) 24.7 (15.4;38.5) 3235.1 (2120.2;4898.9) 20.9 (13.7;31.6) -15.4 (-33;9.6)
15-49 years 623994.4 (545014.4;705854.8) 814.1 (711.1;920.9) 786738.6 (690686.9;888810.4) 681.2 (598.1;769.6) -16.3 (-19;-13.4)
50-69 years 825075.6 (723316.1;937034.1) 5259.4 (4610.7;5973.1) 1296990 (1151199.7;1476134) 3214.9 (2853.5;3658.9) -38.9 (-41;-36.8)
5-14 years 48928 (35610.6;66858.5) 138.5 (100.8;189.2) 40623.7 (30515;54156.4) 126 (94.6;167.9) -9 (-16.7;-0.1)
70+ years 410923.1 (347995.9;484341) 9714.3 (8226.7;11449.9) 857424.4 (735950.3;1005011.8) 6551 (5622.9;7678.6) -32.6 (-35.4;-29.7)
Age-standardized 1913103.4 (1735455;2095724.2) 1909.3 (1733.1;2100.1) 2985011.7 (2716616.7;3280843.8) 1256.6 (1142.6;1381.1) -34.2 (-35.8;-32.5)
All Ages 1913103.4 (1735455;2095724.2) 1285.4 (1166;1408.1) 2985011.7 (2716616.7;3280843.8) 1377.7 (1253.8;1514.2) 7.2 (4.4;10.4)
B.2.3.1-Ischemic stroke
Under 5 6688.4 (4586.3;9999.2) 39.5 (27.1;59) 5640.4 (3913.2;8255.7) 36.4 (25.3;53.3) -7.8 (-13.1;0.7)
15-49 years 343498.3 (275888.5;421506.2) 448.2 (360;549.9) 451442.9 (365495;550221.4) 390.9 (316.5;476.4) -12.8 (-16.3;-9.1)
50-69 years 539690.6 (446267.3;646791) 3440.2 (2844.7;4122.9) 839214.7 (703174.9;1002009.6) 2080.2 (1743;2483.7) -39.5 (-42.6;-36.7)
5-14 years 46198.9 (31663;66393) 130.8 (89.6;187.9) 38107.7 (26846.3;53603.5) 118.2 (83.2;166.2) -9.6 (-13.9;-4.3)
70+ years 351893.2 (283271.1;428872) 8318.8 (6696.6;10138.6) 705971.2 (577001.6;861003.9) 5393.8 (4408.5;6578.3) -35.2 (-38.3;-32)
Age-standardized 1287969.4 (1118323.7;1460716) 1327.6 (1151.2;1516) 2040376.9 (1784219.6;2330526) 870.1 (761.1;992.8) -34.5 (-36.7;-32.2)
All Ages 1287969.4 (1118323.7;1460716) 865.4 (751.4;981.4) 2040376.9 (1784219.6;2330526) 941.7 (823.5;1075.6) 8.8 (5;12.8)
B.2.3.2-Intracerebral hemorrhage
Under 5 1161.2 (784.1;1623.7) 6.9 (4.6;9.6) 1147 (789.8;1578.7) 7.4 (5.1;10.2) 8 (1.9;15.4)
15-49 years 218246.5 (176752.2;264569.5) 284.7 (230.6;345.2) 253649.5 (207356.6;301299.5) 219.6 (179.5;260.9) -22.9 (-26.2;-19.1)
50-69 years 240417.8 (196762.5;288416.9) 1532.5 (1254.3;1838.5) 341586.5 (285413.3;400854.7) 846.7 (707.5;993.6) -44.8 (-47.4;-41.8)
5-14 years 13416.1 (9141.6;18251.2) 38 (25.9;51.7) 12613.2 (8880.5;17085.2) 39.1 (27.5;53) 3 (-3;10.7)
70+ years 68203.7 (55601.8;84221.2) 1612.4 (1314.4;1991) 148906.8 (121630.5;183577) 1137.7 (929.3;1402.6) -29.4 (-34;-23.6)
Age-standardized 541445.3 (466619.8;621909.3) 507.5 (438.9;584.1) 757903 (659245.3;867100.5) 315.9 (275;361.4) -37.7 (-40.5;-34.9)
All Ages 541445.3 (466619.8;621909.3) 363.8 (313.5;417.9) 757903 (659245.3;867100.5) 349.8 (304.3;400.2) -3.8 (-8;0.3)
B.2.3.3-Subarachnoid hemorrhage
Under 5 253.7 (139.8;383.7) 1.5 (0.8;2.3) 245.7 (137.5;369) 1.6 (0.9;2.4) 5.9 (2.7;10.8)
15-49 years 92830.8 (74524.7;114996.4) 121.1 (97.2;150) 124691.1 (100254.7;154948.8) 108 (86.8;134.2) -10.9 (-13.5;-8.4)
50-69 years 71954.7 (56126.6;92135.2) 458.7 (357.8;587.3) 145941.5 (113631.8;186025.6) 361.7 (281.7;461.1) -21.1 (-24.4;-17.8)
5-14 years 2881.6 (1811.9;4260.4) 8.2 (5.1;12.1) 2715.1 (1735.5;4024.5) 8.4 (5.4;12.5) 3.2 (0.4;7.1)
70+ years 10401.5 (7385.5;13977.2) 245.9 (174.6;330.4) 32741.3 (24045.6;42870.8) 250.2 (183.7;327.5) 1.7 (-3.9;8.6)
Age-standardized 178322.3 (147412.5;215453.5) 158.6 (131.7;192.4) 306334.8 (255287.2;369754.8) 124.8 (104.2;150.1) -21.3 (-24.3;-18.6)
All Ages 178322.3 (147412.5;215453.5) 119.8 (99;144.8) 306334.8 (255287.2;369754.8) 141.4 (117.8;170.7) 18 (12.8;23.4)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 2-3. – Number of cases and age-standardized incidence rates (per 100 000) of stroke, ischemic stroke, subarachnoid hemorrhage, and intracerebral hemorrhage in 1990 and 2019, and percent change of rates, in Brazil and its Federative Units.

Cause of death and location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.3-Stroke (;)
Acre 411.9 (369.4;460.7) 210.4 (188.3;236.4) 887.5 (791.6;996.9) 133.5 (118.8;151.1) -36.5(-38.7;-34)
Alagoas 3525.9 (3156.5;3980.9) 241.9 (215.3;273.6) 5078.4 (4533.7;5720.3) 155.2 (138.5;175.1) -35.8(-37.9;-33.3)
Amapá 242.1 (217.7;270.6) 200 (178.2;226.3) 759.4 (676.7;858.9) 132 (117.3;149.8) -34(-36.3;-31.7)
Amazonas 1967.1 (1759.6;2201.3) 208.6 (186.4;234.7) 3964.4 (3537.2;4450) 127.4 (113.7;144.3) -38.9(-41.3;-36.7)
Bahia 16371.4 (14690.4;18405.9) 223.4 (200.3;252.7) 22215.8 (19841.1;25012.1) 136.9 (122.1;154.2) -38.7(-40.8;-36.4)
Brazil 216640.6 (193728.5;242758.9) 224.6 (201.6;251.8) 295510.5 (264160.9;331953.6) 127 (113.8;142.1) -43.5(-44.7;-42.2)
Ceará 8168.8 (7330.2;9148.3) 188.5 (169;212.2) 13059.6 (11671.9;14651.1) 130.8 (116.7;147.2) -30.6(-33.2;-28)
Distrito Federal 1677.4 (1505;1870.5) 223 (199.4;249.7) 3131.6 (2790.5;3507.5) 116.6 (104;131.1) -47.7(-49.7;-45.3)
Espírito Santo 3991.3 (3566.8;4491.6) 247.6 (219.9;279.8) 5720.5 (5104.5;6463.7) 132.7 (118.5;149.9) -46.4(-48.6;-44.3)
Goiás 5462.9 (4882.1;6113.3) 229.2 (204.1;257.5) 8554.8 (7617.5;9655.7) 122.6 (109.5;138) -46.5(-48.6;-44.1)
Maranhão 5729.8 (5149.3;6435.9) 203.2 (181.4;228.3) 9602.8 (8603.6;10833.2) 139.7 (124.9;157.8) -31.2(-33.9;-28.4)
Mato Grosso 2066.5 (1850.5;2302.2) 213.6 (190.7;242.1) 4224.3 (3790.6;4757.8) 125.1 (112.3;141.8) -41.4(-43.6;-38.9)
Mato Grosso do Sul 2349.4 (2107.6;2641.2) 228.7 (204.5;256.2) 3816 (3397.7;4324.3) 130.2 (116.1;146.7) -43(-45.2;-40.6)
Minas Gerais 25738.5 (23130.3;28837.3) 240.8 (215.7;270.8) 32636.7 (29004.9;36771.1) 126.8 (113;142.6) -47.3(-49.3;-45.4)
Pará 5334.6 (4779.3;5982.6) 220.2 (197;248.2) 9786.9 (8771.1;11013.3) 133 (118.6;150.4) -39.6(-42.1;-37.2)
Paraíba 4666.9 (4181;5252) 196.3 (175.9;220.6) 5957.2 (5352.3;6650.6) 126.3 (113.5;141.3) -35.7(-37.9;-33.3)
Paraná 13267.4 (11814.3;14914.7) 249.3 (222.8;281.2) 17372.2 (15503.4;19691.5) 134 (119.9;151.3) -46.3(-48.3;-44.2)
Pernambuco 10750.5 (9606;12078.3) 224.3 (200.4;252.3) 13678.5 (12252.1;15426) 136.1 (121.7;153.6) -39.3(-41.5;-36.9)
Piaui 3149.6 (2829.2;3542) 205.9 (184.8;232) 5037.5 (4505.3;5682.3) 133.4 (119.2;150.7) -35.2(-37.3;-32.7)
Rio de Janeiro 25814.8 (23106.8;29202.3) 254.6 (228.2;287.6) 28566.5 (25517.7;32324) 131.8 (118.1;148.5) -48.2(-50.2;-46.2)
Rio Grande do Norte 3299.3 (2948.3;3707) 196.4 (175.2;220.9) 4620.3 (4134.6;5184.7) 118.7 (106;133.6) -39.6(-41.8;-37.2)
Rio Grande do Sul 16023.3 (14290.6;18026.9) 232 (207.3;260.5) 19270.5 (17107.4;21805.9) 129.9 (115.6;146.2) -44(-46.1;-41.5)
Rondônia 1083.1 (962.8;1214) 238.5 (212.4;268.3) 2001.6 (1796.8;2250.1) 126.3 (113.1;142.4) -47.1(-49.1;-45)
Roraima 169.2 (150.9;189.3) 210 (187.1;237.4) 498.4 (443.6;559) 121.8 (108.8;137.9) -42(-44.2;-39.6)
Santa Catarina 6051.7 (5428.2;6799.7) 217.3 (194;244) 9233.2 (8225;10363.8) 116.9 (104.7;130.7) -46.2(-48.4;-43.9)
São Paulo 46409.7 (41385.4;52301.6) 211.8 (189;237.8) 60790.5 (54232.4;68365.1) 115.3 (103.1;129.1) -45.6(-47.6;-43.2)
Sergipe 1934 (1730;2172.7) 223.7 (199.5;252.8) 3130.2 (2788.5;3515.3) 137.5 (121.9;154.9) -38.5(-41;-36.1)
Tocantins 983.6 (880.8;1103.9) 209.4 (186.8;235.8) 1915.1 (1711.7;2149.6) 130.4 (116.1;146.8) -37.7(-39.9;-35.4)
B.2.3.1-Ischemic stroke (;)
Acre 234.7 (198.1;276) 129.1 (109.1;153.4) 519.9 (437.3;621.3) 83.1 (69.5;100.1) -35.7(-39;-32.1)
Alagoas 2126.1 (1797.7;2557.6) 152.1 (127.7;182.7) 3132.2 (2649.1;3741) 98.3 (83.1;117.5) -35.4(-38.5;-31.9)
Amapá 137.8 (116.4;163.5) 123.5 (104.7;146.9) 443.2 (371.4;527.4) 83 (69.3;100.2) -32.8(-36.4;-29.4)
Amazonas 1115.4 (942.3;1321.9) 128 (107.5;153) 2320 (1961.8;2766.2) 78.9 (66.2;94.7) -38.4(-41.8;-35.2)
Bahia 9662.6 (8194;11470.4) 137 (115.2;163.5) 13529.8 (11418.1;16201.2) 84.4 (71.3;101.4) -38.4(-41.6;-35.1)
Brazil 124392.2 (105330.6;147825.6) 136.6 (115.7;163.1) 179196.5 (151357.9;214373.1) 78.2 (66.1;93) -42.7(-44.3;-41)
Ceará 4856.7 (4120.9;5778.9) 114.8 (97.5;137.8) 7890.5 (6663.6;9437.6) 80 (67.3;95.9) -30.4(-34.1;-26.7)
Distrito Federal 868.1 (723.3;1033.8) 134 (112.8;159.3) 1809.8 (1509.1;2188.5) 72.3 (60.7;86.7) -46.1(-49.1;-42.6)
Espírito Santo 2275.7 (1914.3;2715.3) 150.5 (125.8;179.6) 3467 (2922.3;4169) 82.2 (69.5;98.8) -45.4(-48.6;-42.1)
Goiás 2992.8 (2527.4;3552.5) 136.8 (114.5;163.6) 5058.9 (4248.6;6087.8) 75.1 (63.2;89.3) -45.1(-48.1;-41.4)
Maranhão 3396.3 (2881.3;4007.1) 125.3 (105.4;149.2) 5690.4 (4787.9;6828.1) 84.6 (70.6;102.1) -32.5(-36.1;-28.1)
Mato Grosso 1153.3 (973;1377.4) 132.4 (111.5;158.9) 2517.5 (2120.5;3035.3) 78.1 (65.7;93.6) -41(-44.3;-37.3)
Mato Grosso do Sul 1292.2 (1089.1;1537.5) 136.7 (115.3;162.6) 2274.4 (1911.5;2740.1) 79.7 (67;95.5) -41.7(-44.5;-38.3)
Minas Gerais 14540.3 (12317.9;17373.4) 144.4 (122.3;173) 19901.1 (16652.3;23738.5) 77.6 (65.5;92.1) -46.3(-49;-43.5)
Pará 3096.2 (2613.6;3679.7) 136.9 (115.2;164) 5917.9 (4992.5;7076.2) 84.1 (70.4;101) -38.6(-42.2;-35.2)
Paraíba 2758.3 (2324.9;3314.4) 116.9 (98.1;139.2) 3468.1 (2933.9;4111.9) 73.2 (61.8;87.2) -37.3(-40.7;-33.6)
Paraná 7723.4 (6504.8;9218.1) 155.3 (130.9;185.7) 10972 (9206.3;13160.8) 85.9 (72.6;102.6) -44.7(-47.5;-41.6)
Pernambuco 6284.5 (5253.6;7513.5) 135.6 (114.1;162.7) 8045.9 (6746.4;9649) 81.9 (68.3;98.3) -39.6(-43;-35.9)
Piaui 1833.4 (1549.5;2202.9) 125.4 (106;151.7) 3104.4 (2627.3;3712.2) 82.4 (69.6;98.3) -34.3(-37.4;-30.3)
Rio de Janeiro 14572.8 (12240.7;17353.3) 152.1 (128.2;181.2) 17229.2 (14426.9;20533.9) 79.8 (67.5;94.4) -47.6(-50.4;-44.4)
Rio Grande do Norte 1983.6 (1678.6;2356) 120.1 (101.2;142.8) 2791.3 (2349.1;3316.4) 72.3 (60.9;85.8) -39.8(-43;-36.4)
Rio Grande do Sul 9402.5 (7929.3;11220) 143.6 (121.4;171.7) 12220.3 (10214;14674.4) 81.9 (68.8;97.5) -43(-46.1;-39.6)
Rondônia 593.2 (495.3;710.8) 149.9 (126;178.4) 1196.9 (1010.6;1430) 79.4 (66.9;94.5) -47(-49.9;-44.3)
Roraima 91.8 (76.6;108.4) 130.7 (109.5;155.8) 296.9 (251.5;353.1) 77.9 (66.1;92.9) -40.4(-43.5;-36.5)
Santa Catarina 3274.2 (2755.5;3906.2) 127.5 (107.2;151.8) 5606.5 (4695.5;6715.2) 73 (61.2;86.8) -42.8(-46;-39.1)
São Paulo 26425.9 (22386.7;31427.6) 129 (109.4;154.4) 36725.9 (30859.2;43889.2) 70.8 (59.9;83.9) -45.1(-47.9;-42)
Sergipe 1153.2 (971.2;1386.3) 139.3 (117.5;167.3) 1914.7 (1612.8;2293.7) 86.5 (72.8;104) -37.9(-41.4;-34.3)
Tocantins 547.4 (457.3;652.8) 126.5 (105.7;150.2) 1151.6 (970.8;1370.7) 81 (68.2;96.7) -35.9(-39;-32.4)
B.2.3.2-Intracerebral hemorrhage (;)
Acre 126.1 (107.3;149.1) 60 (50.8;70.3) 233.4 (196.3;275.5) 33 (27.8;39.1) -45(-47.6;-42.2)
Alagoas 1026.1 (872.9;1207.1) 67.1 (56.8;78.6) 1319.9 (1108.2;1573.9) 39 (32.8;46.8) -41.9(-44.8;-38.8)
Amapá 74.2 (62.7;87.1) 56.4 (47.6;66.1) 199.7 (167.3;235.8) 32 (26.9;38) -43.2(-46;-40.4)
Amazonas 619.5 (524.9;728) 60.9 (51.9;71.2) 1057.5 (883.3;1245.1) 32 (26.9;38.1) -47.4(-50.1;-44.8)
Bahia 4959.8 (4246;5818.1) 64.9 (55.4;76.4) 5735.4 (4853.1;6730) 34.9 (29.5;41) -46.1(-48.7;-43.3)
Brazil 67428.6 (57078.1;79099.3) 66 (56.1;77.9) 74671 (62811.6;88635.8) 31.6 (26.6;37.3) -52.1(-53.5;-50.5)
Ceará 2343.9 (1995.2;2740.3) 52.8 (44.8;62.2) 3351.2 (2826.3;3942.5) 33.2 (28;39) -37.1(-40.2;-33.7)
Distrito Federal 558.7 (471;663.8) 65.4 (55.8;77.3) 790.4 (654.4;941.1) 27.6 (23.2;32.8) -57.8(-60.2;-55.4)
Espírito Santo 1270.6 (1075.6;1501.2) 73.9 (62.8;87.5) 1461.3 (1228.6;1746.4) 33.1 (27.9;39.5) -55.1(-57.3;-52.7)
Goiás 1822.3 (1538.8;2124.8) 70.5 (60.1;82.8) 2248.2 (1886.2;2685.2) 31.1 (26.2;37) -55.9(-58.2;-53.5)
Maranhão 1641 (1394.3;1921.1) 55.7 (47.3;65.5) 2557.2 (2151.7;3039.5) 36.3 (30.3;43.1) -34.9(-38.2;-31.4)
Mato Grosso 646.7 (543.7;760.9) 60.2 (50.9;70.9) 1077.9 (903.8;1284.1) 30.4 (25.5;36.1) -49.6(-52.1;-47)
Mato Grosso do Sul 777.3 (655.6;912.7) 69.8 (59.4;82.2) 1002 (836;1189.7) 33.3 (28;39.4) -52.3(-54.8;-49.9)
Minas Gerais 8317.6 (7018;9699.9) 73.1 (62.5;85.2) 8217.1 (6891.1;9768.9) 31.9 (27;37.7) -56.4(-58.8;-54.2)
Pará 1633.3 (1385.5;1919.1) 62.8 (53.3;73.8) 2491 (2103.9;2941.4) 32.1 (27.1;38.1) -48.8(-51.2;-46.2)
Paraíba 1357 (1140.3;1598.3) 56.6 (47.7;66.5) 1652.8 (1391.8;1948.6) 35.2 (29.6;41.7) -37.7(-40.7;-34.5)
Paraná 4074.7 (3437.9;4796.7) 71.4 (60.1;84.1) 4081.4 (3406.8;4870) 31 (26.1;36.7) -56.6(-58.9;-54.1)
Pernambuco 3388.5 (2863;3953.6) 68.2 (57.9;79.9) 3762.9 (3169.8;4455.3) 36.6 (30.9;43.3) -46.4(-48.8;-43.8)
Piaui 933.5 (789.8;1101.7) 58.4 (49.1;68.8) 1256.6 (1061.5;1482.9) 33.3 (28.1;39.4) -42.9(-45.6;-40.3)
Rio de Janeiro 8489.5 (7139.9;9988.4) 79 (67.3;92) 7573.4 (6346.9;8980.5) 34.9 (29.5;41) -55.8(-58.3;-53.3)
Rio Grande do Norte 963.6 (817.6;1128.9) 56.4 (47.7;65.9) 1188.6 (1009.1;1401.6) 30.3 (25.7;35.8) -46.2(-48.5;-43.6)
Rio Grande do Sul 4943.9 (4168;5839) 67.4 (57.3;79.4) 4659.2 (3902;5531) 31.7 (26.8;37.4) -53(-55.5;-50.6)
Rondônia 351.8 (294.1;419.3) 67.5 (57.2;79.2) 508.8 (427;605) 30.4 (25.7;36) -54.9(-57.1;-52.8)
Roraima 54.6 (45.5;64.3) 59.6 (50.5;69.8) 125.4 (105.4;149.5) 28.4 (23.9;33.8) -52.4(-54.9;-49.7)
Santa Catarina 2023.7 (1711.8;2390.1) 67.8 (57.7;79.4) 2267.2 (1895.1;2697.9) 27.9 (23.5;32.9) -58.8(-61;-56.4)
São Paulo 14142.1 (11564.1;17144.7) 60.6 (49.9;73.2) 14566.1 (11933.1;17602.4) 27.1 (22.3;32.5) -55.2(-57.4;-52.4)
Sergipe 577.7 (491.6;674.3) 63.8 (53.9;74.8) 802.6 (679;952.8) 34.2 (28.9;40.7) -46.4(-49;-43.5)
Tocantins 311 (262.5;365.8) 61.3 (52.1;71.9) 483.8 (409.1;573) 31.8 (26.9;37.8) -48(-50.7;-45.6)
B.2.3.3-Subarachnoid hemorrhage (;)
Acre 51.1 (43.4;61.2) 21.4 (18;25.6) 134.1 (112.5;160.6) 17.5 (14.7;21.1) -18.3(-23.6;-13.3)
Alagoas 373.7 (317.3;440.8) 22.6 (19.1;26.8) 626.2 (523.3;750.7) 17.9 (15;21.4) -20.9(-26;-15.6)
Amapá 30.2 (25.5;35.7) 20.1 (16.9;24) 116.5 (97.9;137.7) 17 (14.2;20.1) -15.4(-20.4;-10.1)
Amazonas 232.3 (195.8;277.2) 19.7 (16.6;23.5) 586.9 (497;703.8) 16.5 (14;19.9) -16.2(-21.1;-11.1)
Bahia 1749 (1483.9;2051.6) 21.5 (18.2;25.7) 2950.6 (2469;3519.1) 17.6 (14.7;20.9) -18.3(-23.3;-13.3)
Brazil 24819.8 (21095;29388.3) 22.1 (18.6;26.3) 41643 (34891.4;50228.6) 17.2 (14.4;20.6) -22.2(-25.1;-19.3)
Ceará 968.2 (825.4;1146.9) 20.9 (17.8;25) 1817.9 (1524;2194.1) 17.7 (14.8;21.3) -15.7(-20.8;-10.8)
Distrito Federal 250.6 (211.3;301.2) 23.5 (19.8;28.1) 531.4 (441.6;644) 16.7 (14;20) -29(-33.2;-24)
Espírito Santo 445 (377.6;531.3) 23.2 (19.6;27.8) 792.1 (654.9;957.8) 17.4 (14.5;20.9) -25(-30;-19.8)
Goiás 647.8 (545.5;774.8) 22 (18.5;26.3) 1247.7 (1037.7;1523.1) 16.4 (13.7;19.9) -25.2(-29.7;-20.6)
Maranhão 692.5 (586.5;829.9) 22.1 (18.6;26.7) 1355.2 (1142.2;1621) 18.8 (15.8;22.7) -14.9(-20.1;-9.2)
Mato Grosso 266.6 (222.9;317.9) 20.9 (17.5;24.9) 628.9 (526.9;754.9) 16.6 (14;19.9) -20.6(-25.2;-15.5)
Mato Grosso do Sul 279.9 (237;330.7) 22.1 (18.7;26.4) 539.6 (447.2;649) 17.2 (14.4;20.6) -22.2(-27.2;-17.6)
Minas Gerais 2880.7 (2426.3;3418) 23.2 (19.5;27.6) 4518.6 (3782.4;5427.8) 17.3 (14.6;20.7) -25.4(-30.7;-20.3)
Pará 605.2 (511.4;718.8) 20.4 (17;24.7) 1378.1 (1167.4;1628.7) 16.8 (14.2;19.8) -17.8(-22.6;-12.3)
Paraíba 551.5 (469;654.5) 22.8 (19.3;27.4) 836.3 (703;998.7) 17.8 (15;21.3) -22.1(-27.1;-17.3)
Paraná 1469.3 (1239.3;1759.9) 22.6 (19.1;27.1) 2318.8 (1934.8;2839.6) 17.1 (14.4;20.8) -24.4(-29.3;-19.7)
Pernambuco 1077.4 (909.4;1293.2) 20.4 (17.1;24.8) 1869.7 (1556;2258.3) 17.7 (14.8;21.2) -13.5(-18.6;-7.9)
Piaui 382.7 (322.5;456.4) 22.2 (18.6;26.8) 676.5 (564.7;813.9) 17.8 (14.8;21.4) -19.8(-24.6;-14.5)
Rio de Janeiro 2752.4 (2313.7;3277.1) 23.5 (19.8;28.2) 3763.9 (3113.5;4544.3) 17.2 (14.3;20.6) -27(-31.6;-21.8)
Rio Grande do Norte 352.1 (296.8;418.4) 20 (16.7;23.9) 640.4 (533.2;768.3) 16.1 (13.4;19.3) -19.5(-24.2;-14.9)
Rio Grande do Sul 1676.9 (1410.2;2002.7) 20.9 (17.5;24.9) 2390.9 (1975.7;2914.1) 16.3 (13.7;19.7) -21.8(-26.6;-16.4)
Rondônia 138 (115.7;165.1) 21 (17.7;25.2) 295.9 (246.3;357) 16.4 (13.8;19.7) -22(-26.6;-17.1)
Roraima 22.8 (18.9;27.4) 19.7 (16.4;23.8) 76.1 (62.9;90.7) 15.5 (13;18.6) -21.3(-26;-15.8)
Santa Catarina 753.8 (635.9;895) 22 (18.4;26.3) 1359.5 (1133;1634.6) 16 (13.5;19) -27.2(-31.8;-22.4)
São Paulo 5841.7 (4872.1;7001.2) 22.2 (18.6;26.8) 9498.5 (7897.7;11571.9) 17.3 (14.5;21) -22.2(-27.1;-16.8)
Sergipe 203.1 (173;240.8) 20.7 (17.6;24.6) 413 (345.2;497.7) 16.8 (14;20.3) -18.7(-23.5;-13.7)
Tocantins 125.3 (106.8;148.7) 21.7 (18.4;26) 279.8 (234.6;335.7) 17.6 (14.8;21.1) -19.1(-23.8;-14.4)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 2-4. – Number of cases and age-standardized incidence rates (per 100 000) of stroke, ischemic stroke, subarachnoid hemorrhage, and intracerebral hemorrhage in 1990 and 2019, and percent change of rates, in Brazil, according to age group.

Cause of death and age group 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.3-Stroke
Under 5 4796.6 (3097.4;7039.4) 28.3 (18.3;41.6) 3972.4 (2556.8;5853) 25.6 (16.5;37.8) -9.5 (-12.9;-6.5)
15-49 years 63360.3 (54287.5;74063.7) 82.7 (70.8;96.6) 59083.8 (50210.7;69549.5) 51.2 (43.5;60.2) -38.1 (-40.9;-35.2)
50-69 years 87814.2 (73059.9;104528.3) 559.8 (465.7;666.3) 120686.6 (99991.1;144226.9) 299.1 (247.9;357.5) -46.6 (-48.1;-44.8)
5-14 years 7322.4 (4825.9;10780.3) 20.7 (13.7;30.5) 6041.7 (3937.9;8992.8) 18.7 (12.2;27.9) -9.6 (-13;-6.6)
70+ years 53347.1 (43596.4;65336.4) 1261.1 (1030.6;1544.6) 105726 (87241.1;128305.7) 807.8 (666.5;980.3) -35.9 (-38.7;-32.6)
Age-standardized 216640.6 (193728.5;242758.9) 224.6 (201.6;251.8) 295510.5 (264160.9;331953.6) 127 (113.8;142.1) -43.5 (-44.7;-42.2)
All Ages 216640.6 (193728.5;242758.9) 145.6 (130.2;163.1) 295510.5 (264160.9;331953.6) 136.4 (121.9;153.2) -6.3 (-9.4;-3.2)
B.2.3.1-Ischemic stroke
Under 5 4013.6 (2501.9;6255.9) 23.7 (14.8;36.9) 3297 (2025.3;5218) 21.3 (13.1;33.7) -10.2 (-14.5;-6.8)
15-49 years 24916.5 (18575.7;33199.8) 32.5 (24.2;43.3) 24363.2 (17402.1;33586.9) 21.1 (15.1;29.1) -35.1 (-40.1;-30.4)
50-69 years 51461.8 (38832.1;65653.7) 328 (247.5;418.5) 68841.4 (51313.9;88179.8) 170.6 (127.2;218.6) -48 (-49.9;-45.9)
5-14 years 4407.5 (2257.7;7655.6) 12.5 (6.4;21.7) 3662.4 (1838.8;6551.7) 11.4 (5.7;20.3) -9 (-14.4;-4.6)
70+ years 39592.8 (30181.9;51380.8) 936 (713.5;1214.7) 79032.5 (61618.1;100736.8) 603.8 (470.8;769.7) -35.5 (-39;-31.2)
Age-standardized 124392.2 (105330.6;147825.6) 136.6 (115.7;163.1) 179196.5 (151357.9;214373.1) 78.2 (66.1;93) -42.7 (-44.3;-41)
All Ages 124392.2 (105330.6;147825.6) 83.6 (70.8;99.3) 179196.5 (151357.9;214373.1) 82.7 (69.9;98.9) -1 (-5.4;3.1)
B.2.3.2-Intracerebral hemorrhage
Under 5 639.3 (316.8;1088.4) 3.8 (1.9;6.4) 544.8 (268.7;901) 3.5 (1.7;5.8) -6.9 (-11.6;-2.1)
15-49 years 25215.1 (19371.2;31655.2) 32.9 (25.3;41.3) 19485.6 (14722.1;24909.6) 16.9 (12.7;21.6) -48.7 (-51.5;-46.1)
50-69 years 27557.1 (20992.6;36179.2) 175.7 (133.8;230.6) 33135.5 (24835.4;43786.9) 82.1 (61.6;108.5) -53.2 (-55.3;-51.5)
5-14 years 2338.7 (1254.4;3880.9) 6.6 (3.6;11) 1875.7 (994.1;3114.7) 5.8 (3.1;9.7) -12.1 (-16.1;-7.6)
70+ years 11678.4 (8940.8;15312.2) 276.1 (211.4;362) 19629.4 (15234.8;25320.2) 150 (116.4;193.5) -45.7 (-48.6;-42.2)
Age-standardized 67428.6 (57078.1;79099.3) 66 (56.1;77.9) 74671 (62811.6;88635.8) 31.6 (26.6;37.3) -52.1 (-53.5;-50.5)
All Ages 67428.6 (57078.1;79099.3) 45.3 (38.3;53.1) 74671 (62811.6;88635.8) 34.5 (29;40.9) -23.9 (-27.7;-20.4)
B.2.3.3-Subarachnoid hemorrhage
Under 5 143.6 (68.7;277.7) 0.8 (0.4;1.6) 130.7 (62.9;249.2) 0.8 (0.4;1.6) -0.5 (-5.1;4.2)
15-49 years 13228.8 (10504.7;16567.2) 17.3 (13.7;21.6) 15235 (11825;19094.1) 13.2 (10.2;16.5) -23.6 (-27.8;-19.5)
50-69 years 8795.2 (6604.7;11436) 56.1 (42.1;72.9) 18709.7 (13924.4;24605.4) 46.4 (34.5;61) -17.3 (-20.8;-13.5)
5-14 years 576.3 (321.8;933.3) 1.6 (0.9;2.6) 503.5 (278.8;821.4) 1.6 (0.9;2.5) -4.3 (-8.3;-0.7)
70+ years 2075.8 (1530.9;2729.2) 49.1 (36.2;64.5) 7064 (5300.2;9103.7) 54 (40.5;69.6) 10 (3.8;16.6)
Age-standardized 24819.8 (21095;29388.3) 22.1 (18.6;26.3) 41643 (34891.4;50228.6) 17.2 (14.4;20.6) -22.2 (-25.1;-19.3)
All Ages 24819.8 (21095;29388.3) 16.7 (14.2;19.7) 41643 (34891.4;50228.6) 19.2 (16.1;23.2) 15.3 (8.2;22.1)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 2-5. – Number of deaths and age-standardized mortality rates (per 100 000) due to stroke, ischemic stroke, subarachnoid hemorrhage, and intracerebral hemorrhage in 1990 and 2019, and percent change of rates, in Brazil and its Federative Units.

Cause of death and location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.3-Stroke
Acre 143.8 (131.9;155.4) 116.6 (105.3;126.7) 346.6 (310.2;383.2) 65.4 (58;72.4) -43.9(-50.1;-36.7)
Alagoas 1893.6 (1719.9;2096.1) 159 (142.9;175.9) 2592 (2250.7;2940.1) 85.2 (73.4;96.7) -46.4(-54.8;-37.4)
Amapá 77.5 (70.7;83.5) 98.6 (88.6;106.2) 271.3 (240.2;300.2) 60.1 (52.3;66.6) -39.1(-45.1;-32.7)
Amazonas 751.6 (686.8;811.9) 122.6 (111.9;132.7) 1496.8 (1303.8;1681.6) 57.8 (49.9;65.1) -52.9(-58.2;-46.9)
Bahia 7365.2 (6492.7;8251.6) 118.4 (103.9;132.6) 10378.7 (8704.1;12165.3) 64.5 (54.1;75.7) -45.5(-55;-34.1)
Brazil 105603.9 (100300.3;109634.9) 137.8 (127.8;144) 131007 (119134.6;139017.7) 58.1 (52.6;61.8) -57.8(-60.4;-55.5)
Ceará 3804.6 (3224.5;4401.7) 97.6 (82.5;113.2) 6627.7 (5527.6;7761) 67.8 (56.7;79.3) -30.5(-44.4;-13.9)
Distrito Federal 605.3 (547.2;681.5) 161.8 (148;178.1) 1134.4 (1002.1;1274.2) 64.2 (56.4;71.8) -60.4(-65.2;-55)
Espírito Santo 2030 (1918.2;2129.2) 169.6 (156.7;178.3) 2591.1 (2257.7;2915.3) 63.8 (55.4;71.9) -62.4(-66.7;-58.1)
Goiás 2732.6 (2384.6;3201.9) 160 (140.7;186.4) 3477 (2933.1;4024.5) 54.5 (45.9;63.2) -65.9(-71.8;-59.1)
Maranhão 2727.7 (2300.3;3185.3) 118.4 (99.1;137.9) 5826.6 (4963;6787.8) 91.6 (78.1;106.9) -22.7(-37.2;-3.1)
Mato Grosso 731.8 (649;812.6) 116.9 (103.3;128.8) 1521.5 (1344;1716.5) 51.5 (45;58.1) -56(-61.6;-49.2)
Mato Grosso do Sul 1019.2 (949.8;1089.1) 137.6 (125.9;147.5) 1497.5 (1313.8;1684.4) 55.1 (48.2;61.9) -60(-64.3;-55.1)
Minas Gerais 12354.4 (11491.7;13383.7) 146.6 (135.3;158.3) 13090.3 (11454.5;14614.3) 50.1 (43.9;55.9) -65.9(-69.9;-61.9)
Pará 2536.9 (2266.4;2816.3) 151.5 (134;167.8) 4274.4 (3680.9;4778) 66.2 (56.9;74.1) -56.3(-61.8;-49.9)
Paraíba 2238.8 (1946.1;2517.7) 101.8 (88.2;114.8) 2887.6 (2473.2;3298) 58.8 (50.6;67.1) -42.2(-51.3;-31.1)
Paraná 6868.8 (6515;7188.2) 177.5 (165.7;186.5) 7742.1 (6777;8670.9) 63.5 (55.5;71) -64.2(-68.2;-60.3)
Pernambuco 5685.9 (5287.8;6033) 143.6 (131.7;153.4) 6749.5 (5954.7;7559.6) 70.9 (62.3;79.5) -50.6(-56.2;-44.6)
Piaui 1678.5 (1513.5;1851.4) 144.9 (128.4;160.8) 2546.2 (2165.1;2865.1) 66.3 (56.9;74.5) -54.3(-60.1;-47.9)
Rio de Janeiro 14063.6 (13347.2;14643.9) 168.9 (158.4;176.7) 12722.1 (11239.8;14074.9) 58.4 (51.7;64.6) -65.5(-68.8;-62)
Rio Grande do Norte 1363.5 (1194;1525.5) 89.9 (78.1;100.7) 1750.4 (1451.8;2056.2) 44.2 (36.8;52) -50.8(-59.2;-40.6)
Rio Grande do Sul 7690 (7244.8;8075.8) 141 (130.9;148.5) 9167.2 (8020.6;10250.4) 60.1 (52.4;67.3) -57.4(-61.5;-52.8)
Rondônia 395.6 (350;438) 195.7 (179.1;211.8) 825.4 (709.6;948.7) 60.9 (52.2;70.2) -68.9(-73.4;-63.5)
Roraima 53.7 (48.3;59.2) 145.2 (131.6;158.1) 170.8 (151.3;189.2) 61.1 (53.4;67.5) -57.9(-62.6;-52.6)
Santa Catarina 3221.9 (3005.7;3411.7) 161.2 (148.7;171.9) 3786.8 (3322.4;4250.2) 52.6 (45.9;58.9) -67.4(-71;-63.8)
São Paulo 22207.4 (20875;23529) 133.5 (123.7;141.7) 25162.9 (22011.3;27840.6) 49.3 (42.9;54.6) -63.1(-66.8;-59.2)
Sergipe 955.9 (866.9;1041.7) 148 (133.8;161.5) 1423.6 (1207;1642.1) 66.6 (56.5;76.8) -55(-61.9;-47.7)
Tocantins 406.1 (354.8;458.2) 146.8 (128.7;166) 946.9 (817.8;1082.4) 71.5 (61.4;81.5) -51.3(-58.8;-42.2)
B.2.3.1-Ischemic stroke (;)
Acre 70.1 (62.3;77.5) 72.3 (63.5;80.1) 181.6 (158.2;205.7) 38.9 (33.5;44.1) -46.2(-53.4;-37.2)
Alagoas 1044.8 (903.6;1192.7) 98.3 (84.9;111.7) 1480.4 (1261.6;1693.5) 51 (43.4;58.4) -48.1(-57.5;-37.6)
Amapá 39.7 (35.4;43.1) 61.6 (53.7;67.3) 139.6 (119.5;156.1) 35.8 (30.3;40.3) -41.9(-47.8;-35.4)
Amazonas 358.8 (324.9;390.4) 72.2 (64.7;78.8) 791 (664;897.8) 33.6 (28.2;38.2) -53.4(-59.1;-47.4)
Bahia 3842.8 (3286.8;4392.2) 67.9 (57.8;77.4) 5850.1 (4764.5;6852.8) 36.6 (29.9;43) -46(-57;-33.6)
Brazil 52583.6 (48875.7;55110.8) 80 (72.5;84.3) 73920.9 (64818.8;79592.8) 33.9 (29.7;36.6) -57.6(-60.9;-54.4)
Ceará 2118.4 (1732.9;2534.7) 57.3 (46.8;68.4) 3934.3 (3210.7;4689.3) 40.8 (33.4;48.6) -28.7(-44;-7.8)
Distrito Federal 220.4 (198.2;248.8) 97 (87.6;107.8) 605.3 (526.7;685.6) 42 (36.3;47.5) -56.7(-62.1;-50.5)
Espírito Santo 1014.7 (936;1080.7) 101.5 (92.4;108) 1430.6 (1220.2;1628.7) 37.2 (31.6;42.5) -63.3(-67.8;-58.7)
Goiás 1188.5 (1024.2;1385.5) 89.1 (77.8;102.5) 1817 (1514.1;2122.7) 30.9 (25.6;36.3) -65.3(-71.2;-58.6)
Maranhão 1407.4 (1117.9;1698.7) 71 (56.5;84.4) 3417.1 (2880.3;3967.2) 55.3 (46.7;64.2) -22.1(-39.3;1)
Mato Grosso 343.7 (302.2;384.8) 70.5 (61.1;78.3) 797.9 (683.6;907.2) 30 (25.4;34.2) -57.4(-63.1;-51.2)
Mato Grosso do Sul 444.6 (403;481.7) 76 (68.2;82.5) 792.9 (683.4;899.6) 31.2 (26.7;35.4) -59(-63.8;-53.6)
Minas Gerais 5799 (5307.3;6297.5) 82.7 (74.8;89.5) 7229.9 (6179.5;8168.3) 27.9 (23.8;31.6) -66.2(-70.2;-62.1)
Pará 1345.9 (1183.7;1495.4) 94.5 (81.9;104.9) 2458.5 (2074.9;2785.8) 40.6 (34.3;46) -57(-62.7;-50.5)
Paraíba 1316.8 (1091.7;1523) 61.9 (51.1;71.6) 1672.8 (1379.4;1924.3) 33.2 (27.7;38.1) -46.4(-56.5;-33.8)
Paraná 3462.5 (3204.1;3679.6) 108.1 (98.5;115.3) 4689.7 (4062.5;5269.4) 40.4 (34.7;45.3) -62.7(-67.1;-58.4)
Pernambuco 2975.1 (2658.4;3245.8) 83.7 (74.2;90.9) 3626.1 (3104.5;4110.4) 39.9 (34.1;45.3) -52.3(-58.9;-45)
Piaui 901 (780.3;1014.2) 89.9 (77.2;101.3) 1562.6 (1267.6;1778.7) 40.3 (33;45.8) -55.2(-62;-47.8)
Rio de Janeiro 6587.9 (6142.6;6974.8) 94 (86.6;99.7) 6704.8 (5839;7432.1) 31.5 (27.3;34.9) -66.5(-70;-63)
Rio Grande do Norte 782.5 (666.9;896.7) 53.8 (45.2;61.6) 1026.1 (825.4;1217.3) 25.7 (20.8;30.4) -52.1(-60.8;-40.6)
Rio Grande do Sul 4123.2 (3793.8;4390.4) 87.1 (78.9;92.8) 5640.7 (4783.8;6329.9) 37.3 (31.6;41.9) -57.2(-61.6;-52.3)
Rondônia 159.7 (142.5;177.4) 126.6 (115;137.7) 447.2 (378.1;519.2) 36.6 (30.8;42.4) -71.1(-75.6;-66.1)
Roraima 21.9 (19.8;23.9) 91.3 (81.4;99.8) 87.3 (76;97.2) 38.5 (32.9;43) -57.9(-63.3;-52.5)
Santa Catarina 1659.3 (1532.4;1780.8) 99 (90.2;106.5) 2258.1 (1953.1;2547.1) 33.5 (28.7;37.8) -66.2(-70.2;-62)
São Paulo 10643.9 (9783.4;11370) 77.8 (70.4;83.3) 13918.4 (11936.9;15470.3) 28.5 (24.3;31.7) -63.4(-67;-59.5)
Sergipe 523 (466.3;577.6) 92.2 (81.9;101.6) 819.2 (679.8;954) 40 (33.2;46.6) -56.7(-63.7;-48.4)
Tocantins 188.1 (162;215.5) 91.9 (79.3;104.4) 541.5 (457.2;626.5) 43.2 (36.3;50) -53(-61.6;-43.3)
B.2.3.2-Intracerebral hemorrhage (;)
Acre 58.9 (53.1;65.3) 37.4 (33.5;41.3) 125.5 (112.1;140.6) 20.8 (18.6;23.3) -44.4(-52;-35.1)
Alagoas 702.4 (602.1;808.7) 51.7 (44.2;59.7) 886.7 (770.1;1011.6) 27.6 (23.9;31.6) -46.6(-58.3;-33.5)
Amapá 31.1 (28.2;33.9) 32.1 (29;34.8) 101.4 (89.3;113.2) 19.4 (17;21.6) -39.5(-46.4;-31.5)
Amazonas 334 (302.8;367.5) 44.6 (40.3;49) 554.6 (485.6;628.3) 19.5 (17;22.2) -56.2(-61.9;-49.4)
Bahia 2951.9 (2566.8;3389.6) 43.3 (37.5;49.7) 3553.6 (2961.9;4213.8) 22 (18.3;26.1) -49.2(-59.8;-35.7)
Brazil 44537.3 (42391.2;46721) 49.8 (47.1;52.2) 43825.9 (40717.3;46438.1) 18.6 (17.3;19.8) -62.6(-65.3;-59.7)
Ceará 1391 (1155.5;1654.1) 33.9 (28;40.5) 2120.3 (1745.1;2510.6) 21.4 (17.6;25.3) -37(-52;-18.3)
Distrito Federal 305.4 (272.1;350.2) 55.6 (50;62.3) 382.9 (334.5;434.5) 16.6 (14.4;18.8) -70.2(-74.4;-65.2)
Espírito Santo 856.4 (808.2;905.6) 59.1 (55.5;62.8) 896.6 (777.8;1015.2) 20.7 (17.9;23.5) -65(-69.7;-60)
Goiás 1296.7 (1119.5;1552) 61.8 (53.7;73.2) 1269 (1068.7;1485.1) 18.3 (15.5;21.3) -70.4(-76;-63.8)
Maranhão 1056.1 (839.2;1317.7) 39.2 (30.8;49.2) 1867.8 (1566.3;2245.4) 28.5 (23.8;34.3) -27.3(-45.5;0)
Mato Grosso 314.1 (273.8;354.4) 39.8 (34.9;44.6) 543.3 (478;616.5) 16.5 (14.5;18.7) -58.5(-65.1;-50.7)
Mato Grosso do Sul 480.1 (444.8;519.9) 53.4 (49.4;57.7) 540.7 (473.4;616.2) 18.5 (16.2;21.2) -65.3(-69.7;-60.1)
Minas Gerais 5492.7 (5064.6;6110.2) 55 (50.7;60.6) 4397.3 (3880.7;4919.8) 16.6 (14.7;18.5) -69.9(-73.9;-65.3)
Pará 1022.3 (907.3;1149) 50.7 (44.9;56.9) 1421.5 (1232.5;1598.4) 20.4 (17.7;23.1) -59.7(-65.7;-52.5)
Paraíba 736.5 (612.7;889.3) 32 (26.6;38.7) 954.1 (827.2;1097.1) 20.1 (17.4;23.1) -37.3(-51.4;-20.3)
Paraná 2891.5 (2721.3;3082.7) 60.7 (56.7;64.6) 2314.2 (2019.3;2620.5) 17.6 (15.3;19.9) -71(-75;-67.1)
Pernambuco 2377.5 (2199.5;2588.7) 53.3 (49.1;58.1) 2491.7 (2197.6;2813.9) 24.9 (22;28.1) -53.4(-59.8;-46)
Piaui 643.2 (567.5;736.9) 46.8 (41;54) 775.3 (672.3;890.1) 20.5 (17.8;23.6) -56.1(-63.9;-47.4)
Rio de Janeiro 6351.1 (6010;6736.8) 64.9 (61.3;68.9) 4705.5 (4169.5;5275.8) 20.9 (18.5;23.5) -67.8(-71.5;-63.4)
Rio Grande do Norte 493.1 (431.4;561.6) 31.1 (27.1;35.4) 570.8 (468.7;677.4) 14.6 (12.1;17.4) -52.9(-62.4;-41.8)
Rio Grande do Sul 3066.7 (2873.9;3255.1) 47.3 (44.1;50.3) 2801.4 (2461.1;3171.1) 18 (15.8;20.3) -62(-66.5;-56.9)
Rondônia 196.6 (170.7;221.3) 61.5 (54.9;67.6) 288.5 (246.5;339.4) 19 (16.3;22.4) -69(-74.1;-62.4)
Roraima 26 (22.9;28.9) 47.3 (43;52) 63.2 (55.7;70.9) 17.8 (15.8;20) -62.3(-67.5;-56.6)
Santa Catarina 1330.5 (1234.2;1427.7) 54.7 (50.3;58.7) 1160.9 (1008.4;1314.2) 14.6 (12.7;16.5) -73.2(-76.6;-69.5)
São Paulo 9579.9 (8924.2;10296.7) 47.8 (44.3;51.4) 8239 (7219.3;9239.4) 15.3 (13.4;17.1) -67.9(-72;-63.7)
Sergipe 372 (329.2;416.2) 49.1 (43.3;55) 483.9 (411.5;563.2) 21.6 (18.4;25.2) -55.9(-63.9;-46.9)
Tocantins 179.6 (150.7;210.6) 47.4 (39.5;55.7) 316.3 (271.6;365.5) 22.4 (19.3;25.9) -52.6(-62.9;-40.4)
B.2.3.3-Subarachnoid hemorrhage (;)
Acre 14.9 (13;16.9) 6.9 (6.1;7.8) 39.5 (34.9;44.8) 5.7 (5;6.4) -18(-30.8;-0.2)
Alagoas 146.4 (123.5;172) 9 (7.6;10.7) 224.8 (191.5;261.7) 6.6 (5.6;7.7) -27.2(-43.3;-6.1)
Amapá 6.6 (5.8;7.7) 4.9 (4.4;5.8) 30.4 (26.9;35) 4.9 (4.3;5.6) -1.6(-15.3;14)
Amazonas 58.9 (52;67.4) 5.8 (5.2;6.8) 151.3 (131.4;174.4) 4.6 (4;5.4) -20.5(-34.1;-4.5)
Bahia 570.5 (494;662.3) 7.2 (6.2;8.5) 975 (798.2;1173.9) 5.9 (4.8;7.1) -18.8(-36.4;3.4)
Brazil 8483 (7668.1;8870.6) 8 (7.3;8.4) 13260.2 (12016.4;14155.9) 5.5 (5;5.9) -30.3(-36.2;-23.6)
Ceará 295.3 (243;351.7) 6.5 (5.3;7.7) 573 (473.5;700.2) 5.6 (4.7;6.9) -12.7(-32.5;18.3)
Distrito Federal 79.5 (70;89.6) 9.2 (8.1;10.4) 146.1 (122.3;168.3) 5.5 (4.4;6.4) -40.1(-51;-28.6)
Espírito Santo 158.9 (131.5;173) 8.9 (7.5;9.7) 263.9 (222.5;310.3) 5.9 (5;6.9) -33.7(-43.7;-21)
Goiás 247.4 (214.8;287.7) 9.2 (8;10.7) 391 (327.2;464.2) 5.3 (4.5;6.3) -41.8(-53.2;-28.4)
Maranhão 264.1 (196.8;343.7) 8.2 (6;10.7) 541.6 (438.5;658) 7.8 (6.3;9.5) -4.7(-31.9;33.9)
Mato Grosso 74.1 (62.4;86.7) 6.6 (5.7;7.7) 180.3 (156.6;208.1) 5 (4.3;5.8) -24.7(-38.2;-8.6)
Mato Grosso do Sul 94.5 (85.3;103.3) 8.2 (7.5;9) 163.9 (141.6;187.4) 5.4 (4.6;6.1) -34.8(-44.5;-24)
Minas Gerais 1062.8 (930.5;1162.6) 8.9 (7.9;9.7) 1463.2 (1232.6;1677.6) 5.6 (4.7;6.4) -37.7(-47.1;-27.8)
Pará 168.7 (146.9;194.8) 6.3 (5.5;7.3) 394.4 (341.7;451.6) 5.1 (4.4;5.8) -19.2(-33;-2.1)
Paraíba 185.5 (158.3;217.9) 7.8 (6.6;9.1) 260.6 (220.5;302.1) 5.5 (4.6;6.4) -29.3(-45.3;-10.4)
Paraná 514.8 (457.6;557.9) 8.7 (7.8;9.4) 738.2 (620.2;856.4) 5.5 (4.6;6.4) -36.7(-46.4;-26.8)
Pernambuco 333.2 (297.6;385.1) 6.6 (5.9;7.8) 631.7 (546.6;728.1) 6.1 (5.3;7) -7.2(-24.3;11.1)
Piaui 134.3 (116.3;153) 8.1 (7;9.3) 208.3 (177.5;242.9) 5.5 (4.7;6.4) -32.8(-46.4;-16.8)
Rio de Janeiro 1124.6 (903.7;1234.4) 10 (8.2;10.9) 1311.7 (1110.4;1494.2) 5.9 (5;6.8) -40.4(-48.8;-28.9)
Rio Grande do Norte 87.8 (74.9;111.2) 5.1 (4.3;6.6) 153.4 (124.8;196.3) 3.9 (3.1;4.9) -24.4(-40.4;-4.1)
Rio Grande do Sul 500 (459;551.6) 6.6 (6.1;7.3) 725.1 (623.3;839.4) 4.8 (4.1;5.5) -27.5(-38.3;-15.9)
Rondônia 39.2 (32;45.6) 7.7 (6.6;8.7) 89.6 (76.9;105.3) 5.3 (4.5;6.1) -31.4(-43.5;-15.5)
Roraima 5.8 (4.9;6.7) 6.6 (5.8;7.5) 20.3 (17.7;24.1) 4.8 (4.2;5.6) -27(-37.8;-13.1)
Santa Catarina 232.2 (211.8;254) 7.6 (6.9;8.3) 367.8 (315.9;426) 4.5 (3.8;5.1) -40.9(-49.2;-30.5)
São Paulo 1983.7 (1772.4;2164.2) 8 (7.3;8.7) 3005.4 (2542.4;3434.8) 5.5 (4.7;6.3) -30.7(-40.8;-20.3)
Sergipe 60.9 (52.9;70.3) 6.7 (5.8;7.8) 120.5 (101.5;144.9) 5 (4.3;6.1) -24.6(-40.5;-5.1)
Tocantins 38.4 (32;44.7) 7.5 (6.3;8.8) 89.1 (75.5;104.6) 5.8 (5;6.9) -22.1(-37.2;-1.3)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 2-6. – Number of deaths and age-standardized mortality rates (per 100 000) due to stroke, ischemic stroke, subarachnoid hemorrhage, and intracerebral hemorrhage in 1990 and 2019, and percent change of rates, in Brazil, according to age group.

Cause of death and age group 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.3-Stroke
Under 5 416.1 (303;567.7) 2.5 (1.8;3.4) 68.2 (49.6;93.1) 0.4 (0.3;0.6) -82.1 (-89.3;-70.1)
15-49 years 14553.1 (14010.9;15182.8) 19 (18.3;19.8) 9310.8 (8821.4;9798.8) 8.1 (7.6;8.5) -57.5 (-60.4;-54.7)
50-69 years 37192.4 (35828.1;38681) 237.1 (228.4;246.6) 37277.4 (35281.9;39071.1) 92.4 (87.5;96.8) -61 (-63.6;-58.6)
5-14 years 245.7 (219.2;270.1) 0.7 (0.6;0.8) 119.2 (100.6;138.7) 0.4 (0.3;0.4) -46.8 (-55.2;-37.2)
70+ years 53196.6 (48776.9;55833.8) 1257.6 (1153.1;1319.9) 84231.4 (73239.5;90754.4) 643.6 (559.6;693.4) -48.8 (-53;-45.4)
Age-standardized 105603.9 (100300.3;109634.9) 137.8 (127.8;144) 131007 (119134.6;139017.7) 58.1 (52.6;61.8) -57.8 (-60.4;-55.5)
All Ages 105603.9 (100300.3;109634.9) 71 (67.4;73.7) 131007 (119134.6;139017.7) 60.5 (55;64.2) -14.8 (-21;-9.8)
B.2.3.1-Ischemic stroke
Under 5 47.4 (34.3;62.7) 0.3 (0.2;0.4) 4.4 (3.3;5.9) 0 (0;0) -89.8 (-93.7;-83.7)
15-49 years 1810.7 (1667.6;1970.2) 2.4 (2.2;2.6) 925.6 (846.9;1018.1) 0.8 (0.7;0.9) -66.1 (-70.5;-60.5)
50-69 years 12625.4 (11913.9;13321.4) 80.5 (75.9;84.9) 11086.3 (10302.3;11863.9) 27.5 (25.5;29.4) -65.9 (-69.1;-62.2)
5-14 years 20.5 (17.4;23.6) 0.1 (0;0.1) 5.6 (4.7;6.6) 0 (0;0) -70 (-75.7;-62.8)
70+ years 38079.6 (34747.2;40122.2) 900.2 (821.4;948.5) 61898.9 (53255.8;67163.8) 472.9 (406.9;513.2) -47.5 (-52.1;-43.6)
Age-standardized 52583.6 (48875.7;55110.8) 80 (72.5;84.3) 73920.9 (64818.8;79592.8) 33.9 (29.7;36.6) -57.6 (-60.9;-54.4)
All Ages 52583.6 (48875.7;55110.8) 35.3 (32.8;37) 73920.9 (64818.8;79592.8) 34.1 (29.9;36.7) -3.4 (-12.1;4.4)
B.2.3.2-Intracerebral hemorrhage
Under 5 196.8 (133.4;285.8) 1.2 (0.8;1.7) 19.7 (13.7;27.7) 0.1 (0.1;0.2) -89.1 (-93.8;-80.6)
15-49 years 8947.6 (8497.2;9696.9) 11.7 (11.1;12.7) 4999.6 (4652.9;5309.3) 4.3 (4;4.6) -62.9 (-67.4;-59.5)
50-69 years 21158.6 (20191.1;22218.4) 134.9 (128.7;141.6) 20099.5 (19034.2;21157.5) 49.8 (47.2;52.4) -63.1 (-65.7;-60.4)
5-14 years 99.6 (87.6;112.2) 0.3 (0.2;0.3) 35.7 (29.7;42.1) 0.1 (0.1;0.1) -60.7 (-67.9;-52.1)
70+ years 14134.8 (13036.6;15040.8) 334.1 (308.2;355.6) 18671.4 (16453.6;20277.9) 142.7 (125.7;154.9) -57.3 (-61.8;-53.1)
Age-standardized 44537.3 (42391.2;46721) 49.8 (47.1;52.2) 43825.9 (40717.3;46438.1) 18.6 (17.3;19.8) -62.6 (-65.3;-59.7)
All Ages 44537.3 (42391.2;46721) 29.9 (28.5;31.4) 43825.9 (40717.3;46438.1) 20.2 (18.8;21.4) -32.4 (-37.5;-27.2)
B.2.3.3-Subarachnoid hemorrhage
Under 5 171.9 (106.6;232.7) 1 (0.6;1.4) 44.1 (32;60.8) 0.3 (0.2;0.4) -72 (-83.2;-45.1)
15-49 years 3794.8 (3298;3999.6) 5 (4.3;5.2) 3385.5 (3176.9;3702) 2.9 (2.8;3.2) -40.8 (-46;-27.3)
50-69 years 3408.5 (3110.6;3603.8) 21.7 (19.8;23) 6091.5 (5557.2;6562.1) 15.1 (13.8;16.3) -30.5 (-36.6;-22.3)
5-14 years 125.6 (110.2;138.6) 0.4 (0.3;0.4) 78 (65.7;91.2) 0.2 (0.2;0.3) -32 (-43.4;-18)
70+ years 982.3 (881.6;1178.5) 23.2 (20.8;27.9) 3661.1 (2977.6;4083.9) 28 (22.7;31.2) 20.5 (-16.5;40.4)
Age-standardized 8483 (7668.1;8870.6) 8 (7.3;8.4) 13260.2 (12016.4;14155.9) 5.5 (5;5.9) -30.3 (-36.2;-23.6)
All Ages 8483 (7668.1;8870.6) 5.7 (5.2;6) 13260.2 (12016.4;14155.9) 6.1 (5.5;6.5) 7.4 (-1.4;18.8)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 2-7. – Number of YLLs and age-standardized YLL rates (per 100 000) due to stroke, ischemic stroke, subarachnoid hemorrhage, and intracerebral hemorrhage in 1990 and 2019, and percent change of rates, in Brazil and its Federative Units.

Cause of death and location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.3-Stroke
Acre 3638.2 (3310.9;3958.3) 2093.3 (1918.9;2257.8) 7523.5 (6798.3;8291.5) 1189.9 (1074.3;1316.2) -43.2(-49.5;-35.9)
Alagoas 45113 (41108.8;49962.3) 3155.6 (2866.2;3497.6) 54270.7 (47737.5;61452.7) 1686.1 (1482.2;1904) -46.6(-55.1;-37.1)
Amapá 1871.7 (1693.8;2033.1) 1747.8 (1601.3;1882.8) 6259.1 (5602.4;6893.9) 1145.2 (1018.4;1264.8) -34.5(-41.4;-27.1)
Amazonas 18486.3 (16733.1;20143.4) 2261.8 (2062.1;2447.6) 31259.9 (27577.8;34979.3) 1063.1 (935.3;1192.8) -53(-58.6;-46.5)
Bahia 173368.1 (154540.2;193719) 2433.5 (2163.9;2731.4) 207268.2 (174444.1;242726.8) 1281 (1077.7;1498.2) -47.4(-56.9;-36)
Brazil 2590844.4 (2504589.7;2679788.7) 2778.6 (2659.5;2879.2) 2578166 (2413609.9;2702585.5) 1098.7 (1025.8;1153.7) -60.5(-62.7;-58.4)
Ceará 82644.5 (70969;95343.2) 1924.7 (1649.6;2235.2) 122875.8 (102778.9;144353.5) 1232.7 (1030.7;1448.8) -36(-49.2;-19.8)
Distrito Federal 18102.9 (16265.1;20466.9) 2863 (2605.7;3189.8) 23254.6 (20647.9;26147.6) 970.7 (860;1088.3) -66.1(-70.6;-61.2)
Espírito Santo 49253.6 (47109.2;51447.6) 3243 (3085.3;3392.1) 51706.5 (45154.4;58160.6) 1192.4 (1042.7;1341.7) -63.2(-67.7;-58.7)
Goiás 73040.8 (63335.6;85932.2) 3229.4 (2820.1;3792) 72966.1 (61930.4;85238.7) 1039.6 (884.3;1207.4) -67.8(-73.8;-60.8)
Maranhão 72614.6 (60933.2;85134.1) 2510.2 (2113.8;2938.1) 113620.3 (96360.6;135605.8) 1703.6 (1445.6;2028.8) -32.1(-46.4;-12.5)
Mato Grosso 19638.7 (16988.9;22162.1) 2261.8 (2005.3;2508.2) 32952.9 (29423.3;36884.6) 983 (874.9;1104) -56.5(-62.7;-49.4)
Mato Grosso do Sul 26812.2 (24991.9;28638.5) 2766 (2577.2;2952.7) 30540.2 (27071.5;34205.2) 1036.9 (917.8;1162.7) -62.5(-66.8;-57.5)
Minas Gerais 319806.1 (297709.9;348085.7) 3061.2 (2848.1;3318.7) 258108.8 (230977.9;288521.3) 982.5 (879.9;1097.6) -67.9(-72.1;-63.8)
Pará 59420.4 (52481.8;66484.2) 2749 (2447.2;3053.1) 88399.9 (77815.3;98126.2) 1248 (1088.7;1385.5) -54.6(-60.7;-47.6)
Paraíba 47314.8 (41644.2;53264.8) 2018.2 (1773.1;2272.7) 53969.6 (46911;61530.8) 1141.1 (993.1;1300.9) -43.5(-52.6;-32.1)
Paraná 165936.3 (158219.6;173304.8) 3360.2 (3187.9;3518.8) 146319.8 (128976.3;164812.7) 1119.8 (985.9;1255.3) -66.7(-70.7;-62.6)
Pernambuco 128500.4 (121005.2;135907.7) 2776.5 (2609.3;2936) 137705 (122806;154533.5) 1369.2 (1220.7;1532.8) -50.7(-56.6;-44.7)
Piaui 38717 (35046;42639.9) 2686.6 (2441.7;2953.8) 46373.2 (40842.1;52052.7) 1229.9 (1082.6;1381.8) -54.2(-60.2;-47.1)
Rio de Janeiro 356654 (340788.2;372187.5) 3545 (3366.4;3689.2) 257751.3 (231425.8;285548.3) 1160.2 (1041;1285) -67.3(-70.8;-63.3)
Rio Grande do Norte 28185.2 (25144.4;31483.9) 1719.5 (1525.9;1925.1) 32774.7 (27520.4;38814.4) 842.2 (707.4;996.9) -51(-59.9;-40.6)
Rio Grande do Sul 177413.9 (168848.5;185603.9) 2676.3 (2534;2802.4) 162756.9 (144795.8;181241.8) 1062.5 (943.6;1183.1) -60.3(-64.5;-55.8)
Rondônia 11663.2 (9984.6;13075.5) 3402.2 (3073;3718.5) 17514.3 (15097.2;20285.1) 1130.3 (975.8;1308.2) -66.8(-72;-60.6)
Roraima 1557.3 (1365.4;1731.4) 2508.3 (2278.1;2745.1) 3888.6 (3473.1;4323.7) 1039.6 (924.2;1150.6) -58.6(-63.8;-53)
Santa Catarina 74479.5 (69924.8;78924.5) 2941.9 (2754.1;3115.6) 70469.1 (62180.6;79237) 891.5 (787.2;997.1) -69.7(-73.2;-66)
São Paulo 565019.3 (533070.5;599374.7) 2670.9 (2511.6;2833.3) 500606.4 (446874;554035.6) 931.3 (830.3;1030.4) -65.1(-69;-61.1)
Sergipe 21056.2 (19196.7;23080.6) 2649.1 (2408.6;2894.5) 28150.9 (24094.5;32370.1) 1249.3 (1068.6;1436.4) -52.8(-60.5;-44.7)
Tocantins 10536.2 (9172.6;11978) 2567.4 (2248;2886.8) 18879.7 (16302.6;21715.4) 1312.8 (1135;1504.7) -48.9(-57.5;-38.5)
B.2.3.1-Ischemic stroke (;)
Acre 1241.7 (1095.2;1383.9) 981.6 (873.1;1086.6) 2796.4 (2477.3;3173.2) 532 (469.4;602.9) -45.8(-53.4;-35.6)
Alagoas 18153.8 (15408.7;20916.9) 1484.1 (1266.6;1704.1) 23104.8 (19903.4;26376.3) 775.5 (666.8;885.6) -47.7(-58.6;-35.5)
Amapá 666.5 (605.1;727.3) 829.8 (747.4;902.6) 2305.2 (2010.4;2562.1) 522.6 (452.5;581.9) -37(-43.8;-29.6)
Amazonas 6476 (5852.2;7075.5) 1033.9 (933.3;1123.7) 11701.7 (10136.3;13174.3) 468.4 (404.9;529) -54.7(-60.2;-48.5)
Bahia 65136.9 (55706.7;74484.5) 1040.2 (891.1;1186.3) 85232 (70691;100091.3) 543.1 (450.7;638.6) -47.8(-59;-33.8)
Brazil 947035.1 (895299.9;992583.8) 1211.1 (1133.8;1268.9) 1079632.1 (982065;1148602.5) 479.7 (435.1;510.8) -60.4(-63.5;-57.3)
Ceará 32503 (26515.3;39027.4) 836.2 (682;1004.7) 53233.6 (43945.9;63548.2) 548.9 (452.4;654.6) -34.4(-49.3;-12.5)
Distrito Federal 4730.7 (4219.7;5398.6) 1294 (1172.8;1442.7) 8959.4 (7866.4;10165) 484.9 (422.2;546.7) -62.5(-67.4;-57)
Espírito Santo 17951 (16791.8;19054.5) 1443.5 (1335.2;1530.5) 21006.8 (18047.5;23863.7) 517.2 (444.6;586.4) -64.2(-69;-59.3)
Goiás 23231.1 (19865.8;27417.6) 1336.2 (1158.6;1557.9) 27989.3 (23581.2;32754.8) 440.5 (370.5;514.7) -67(-73.1;-59.9)
Maranhão 25999 (19603.3;32038.4) 1095.2 (848.6;1331.4) 48031.8 (40676.2;56801.9) 763.5 (646.1;902.8) -30.3(-46.8;-2.9)
Mato Grosso 6760 (5891.9;7661.8) 1065.6 (935.9;1193.3) 12646.5 (11001.1;14370.4) 432.8 (375.9;491.6) -59.4(-65.2;-52.5)
Mato Grosso do Sul 8498.8 (7759.2;9203.4) 1137.4 (1029.6;1227.4) 11876.8 (10349.4;13471.1) 436.9 (379.4;494.6) -61.6(-66.2;-56)
Minas Gerais 108699.4 (99915.8;118951.1) 1257.1 (1151.5;1368.4) 105525.7 (91920.7;118346.2) 404.8 (352.7;453.6) -67.8(-71.9;-63.2)
Pará 23740.3 (20920.8;26550.4) 1352.4 (1192.7;1506.7) 37477.3 (32192.9;42111.1) 593.8 (509.4;667.4) -56.1(-62.3;-49)
Paraíba 20370.9 (16680.5;24037.9) 906.2 (745.9;1063.7) 22708.5 (19399.8;26237.8) 472.5 (404.1;546.5) -47.9(-58.3;-33.6)
Paraná 64464.8 (60374.7;68432.4) 1598.9 (1481.9;1695.9) 69504.9 (60465.7;78336.2) 559.2 (486.1;627.3) -65(-69.4;-60.4)
Pernambuco 50355.8 (45411.8;55130.7) 1224.2 (1104.8;1333.5) 53525 (46384.9;60987.6) 566.7 (492.7;645.2) -53.7(-60.7;-46.2)
Piaui 14999.3 (12981.2;16969) 1249.7 (1089.5;1408.4) 20827 (17690.4;23559.6) 552.8 (470.1;625.8) -55.8(-63;-47.4)
Rio de Janeiro 122527.2 (114879.3;129568.4) 1443 (1347.1;1525.5) 101343.1 (89470.7;112513) 460.6 (406.7;511.1) -68.1(-71.6;-64.3)
Rio Grande do Norte 12068 (10468.4;13932.6) 783.6 (678.3;903) 14096.8 (11589.3;16762) 367.4 (303;437.1) -53.1(-62.2;-40.7)
Rio Grande do Sul 71869.3 (66775;76379.1) 1270.7 (1174.6;1352.1) 78403.3 (67989.1;88418.6) 508.7 (440.8;573.8) -60(-64.5;-55.2)
Rondônia 3766.2 (3297.1;4198.3) 1782.2 (1621.8;1942.6) 7001 (5912.5;8182.5) 521.9 (441.4;607.5) -70.7(-75.5;-65.5)
Roraima 468.7 (419.6;519.8) 1237.8 (1123.4;1350.9) 1442.3 (1258.1;1619.2) 500 (436.7;556.5) -59.6(-64.9;-53.9)
Santa Catarina 29055.8 (27032.4;31053.7) 1417.3 (1310.5;1520.9) 32271.5 (28229.2;36649.5) 440.8 (384.6;499.4) -68.9(-72.7;-65)
São Paulo 201067 (186754.2;216302.7) 1168.1 (1074.4;1246.4) 206713.7 (181100.9;230259.8) 399.1 (348.7;444.2) -65.8(-69.3;-61.8)
Sergipe 8730.4 (7749.7;9702.2) 1292.3 (1151.2;1427.3) 11940.9 (10057.6;13906.4) 570.2 (478;664.6) -55.9(-63.6;-46.9)
Tocantins 3503.7 (2933.1;4088.3) 1216.2 (1047.7;1386.3) 7967 (6754.7;9233.1) 603.5 (512;697.2) -50.4(-60.1;-39.2)
B.2.3.2-Intracerebral hemorrhage (;)
Acre 1757.7 (1577.9;1961.3) 877 (793.1;970.4) 3337.8 (2971.3;3756) 484.3 (431.3;543.1) -44.8(-52.6;-35.3)
Alagoas 20756.3 (18072.7;23944.2) 1342.9 (1164.5;1545.8) 23503.2 (20270.5;26917.1) 696.8 (602.7;797.2) -48.1(-59;-36.1)
Amapá 925.7 (822.9;1016.6) 752.8 (682.5;819.5) 2845.7 (2495.7;3187.9) 469.8 (414.2;525.2) -37.6(-45.2;-28.4)
Amazonas 9619.8 (8639.1;10610.1) 1039.8 (942.8;1143.7) 14370.5 (12524.1;16340.8) 453.4 (396.4;515.7) -56.4(-62.3;-49.4)
Bahia 84677.6 (74285.2;96506.6) 1129.1 (987.5;1292.9) 90291.3 (74543.4;107505.2) 549.9 (454.1;654.9) -51.3(-61.8;-38.9)
Brazil 1303555.9 (1249976.5;1374489.1) 1283.5 (1227.7;1351) 1086463 (1025413.3;1141541.4) 449.2 (423.3;472.5) -65(-67.6;-62.5)
Ceará 38358.7 (32448.7;45304.9) 858.6 (718;1018.3) 51669 (42481.5;61768.7) 510.3 (419.3;609.2) -40.6(-54.8;-23.4)
Distrito Federal 10017.7 (8886.2;11645.6) 1273.3 (1137.5;1448.2) 9644.7 (8461.1;10976.3) 339.8 (296.7;385.6) -73.3(-77.2;-68.4)
Espírito Santo 24966.1 (23680.2;26430.9) 1488.7 (1411.4;1572.5) 22397.8 (19379;25441) 493.6 (428;560.4) -66.8(-71.4;-62.2)
Goiás 39798.3 (34140.5;47575.2) 1575.2 (1358.2;1885) 32574.2 (27320.6;38124) 438.6 (369.2;511.5) -72.2(-77.8;-65.5)
Maranhão 34728.9 (27796.6;43087.2) 1107.8 (881;1382.6) 47718.5 (39527.8;58098.6) 697.6 (577.8;850.1) -37(-52.3;-15.5)
Mato Grosso 9773.4 (8348.4;11190) 971.6 (847.6;1097.2) 14273.3 (12554.1;16136.1) 395.1 (348;447.4) -59.3(-66;-51.2)
Mato Grosso do Sul 14514.1 (13377.8;15746.3) 1346.4 (1249.4;1458.7) 13450.7 (11797.6;15347.6) 436 (383.3;495.6) -67.6(-72;-62.7)
Minas Gerais 167435.9 (153866.2;189273.2) 1474.3 (1357.6;1655.4) 108433.6 (96309;122277.7) 407.8 (362.1;459.1) -72.3(-76.6;-68)
Pará 28737 (25168.4;32327.3) 1183.6 (1047.4;1327) 37239.6 (32252.1;41938) 492.7 (426.7;553.4) -58.4(-64.9;-51)
Paraíba 19904.5 (16932.5;23582.1) 834.9 (707.5;992.8) 22961.4 (19839.1;26504.6) 491.2 (424.2;567.4) -41.2(-53.8;-25.7)
Paraná 81687.9 (76990.4;86999.7) 1468.5 (1382.2;1562.7) 54832.8 (47517.7;62195.1) 399.4 (347.3;452.6) -72.8(-76.5;-68.9)
Pernambuco 65139.7 (60440.4;70286) 1322.6 (1228;1428.4) 63855 (56085;72426.3) 612.4 (539.9;694) -53.7(-60.1;-46.5)
Piaui 18213.3 (16144.9;20912.9) 1151.7 (1020;1313.5) 18767.4 (16413.5;21459.4) 498.8 (437.3;570.2) -56.7(-63.9;-48.1)
Rio de Janeiro 189847.8 (178940.3;202216.9) 1738.9 (1643.7;1847.2) 117082.3 (103795.5;131957.4) 517.9 (459.5;584.3) -70.2(-73.7;-66)
Rio Grande do Norte 12755 (11224.4;14401) 759 (666.5;857.1) 13759.1 (11229.2;16571.9) 351.7 (287.4;423.3) -53.7(-63.2;-42.8)
Rio Grande do Sul 86550.1 (81293.4;91677.5) 1177.9 (1106.3;1248.7) 63875.4 (55424.1;72522) 412.8 (357.6;470.1) -65(-69.4;-60)
Rondônia 6250.9 (5307;7125.5) 1379.4 (1218.2;1535.9) 7486.2 (6402.6;8872.1) 445.2 (380.7;522.7) -67.7(-73.5;-60)
Roraima 841.1 (724.7;946.2) 1067.6 (952.2;1181.9) 1728 (1517.2;1949.5) 399.6 (352.9;448.2) -62.6(-68;-56.5)
Santa Catarina 36527.9 (33998.7;39097.7) 1274.8 (1186.5;1365.9) 27210.5 (23570;31005.4) 322.1 (279.3;365.9) -74.7(-78;-71)
São Paulo 284456.9 (263629.8;309048.7) 1216.8 (1131.4;1310.4) 202992.4 (179780.6;228623.2) 366 (324.4;411.6) -69.9(-73.9;-65.7)
Sergipe 9901 (8860.4;11012.8) 1129.8 (1004.7;1258.2) 12224.9 (10331.9;14328.5) 519.8 (440;608.4) -54(-62.4;-44.6)
Tocantins 5412.9 (4570.5;6344.5) 1100.5 (928;1289.6) 7937.7 (6755.7;9253.1) 526.6 (449.1;612.8) -52.1(-62.5;-39.9)
B.2.3.3-Subarachnoid hemorrhage (;)
Acre 638.8 (553.3;736.4) 234.8 (205;268) 1389.3 (1226.4;1577.6) 173.7 (153.4;196.9) -26(-38.1;-10.9)
Alagoas 6202.9 (5172.1;7328.1) 328.6 (273.4;385.4) 7662.7 (6534.3;8941.3) 213.9 (182.7;248.4) -34.9(-49;-16.4)
Amapá 279.6 (239.4;323.5) 165.2 (145;192.4) 1108.2 (988.3;1270.6) 152.8 (136;175.3) -7.5(-21;8.9)
Amazonas 2390.6 (2083.9;2722.8) 188.1 (166;215.7) 5187.7 (4523.3;6016.3) 141.4 (123.3;163.9) -24.9(-37.3;-10.1)
Bahia 23553.6 (20282.4;27063.9) 264.2 (227.7;306.7) 31744.9 (25977.8;38214.4) 188 (154.6;225.7) -28.8(-44.6;-9)
Brazil 340253.3 (301621.6;356874.5) 284 (253.8;297.2) 412071 (384850.3;438730) 169.8 (158.3;180.8) -40.2(-44.9;-32.6)
Ceará 11782.8 (9708;14149.8) 229.9 (189.8;273.3) 17973.3 (14699.9;22114) 173.5 (142;212.6) -24.5(-41.6;1.1)
Distrito Federal 3354.5 (2951.9;3778.2) 295.7 (260.6;333.6) 4650.5 (3988.1;5365) 145.9 (124.6;167.3) -50.6(-58.4;-41)
Espírito Santo 6336.6 (5170.6;6918.2) 310.8 (254.6;338.4) 8301.9 (7019.7;9774.7) 181.6 (154.2;212.4) -41.6(-50.6;-29.5)
Goiás 10011.5 (8705.3;11624.9) 318 (275.8;370) 12402.6 (10301.2;14840.8) 160.5 (133.8;190.7) -49.5(-59.9;-37.5)
Maranhão 11886.7 (8770.9;15728.3) 307.3 (228.6;399.9) 17869.9 (14341;21910.3) 242.5 (195.1;298.1) -21.1(-43.6;9.7)
Mato Grosso 3105.3 (2559.7;3680) 224.6 (190.2;262.6) 6033.1 (5267.1;6920.4) 155.1 (135.6;178.1) -30.9(-43.3;-14.6)
Mato Grosso do Sul 3799.2 (3420.5;4170.8) 282.1 (254.3;309.2) 5212.8 (4497.3;5959.5) 164 (141.9;187.1) -41.9(-50.3;-31.9)
Minas Gerais 43670.8 (37136.2;47942.6) 329.8 (283.9;362) 44149.6 (38291.3;50524.6) 170 (147.6;194) -48.5(-55.6;-39.3)
Pará 6943.1 (5981.5;7928.9) 213 (184.9;245) 13683 (11958.7;15648.5) 161.6 (141.3;184.9) -24.1(-37;-8)
Paraíba 7039.5 (6024;8166.2) 277.2 (236.8;324) 8299.7 (7006;9682) 177.4 (149.9;206.9) -36(-49.6;-19.4)
Paraná 19783.6 (17429.1;21454.1) 292.8 (259.2;317.4) 21982.1 (18625.7;25543.5) 161.2 (137.6;187.1) -44.9(-53.3;-35.9)
Pernambuco 13004.9 (11647.3;14757.9) 229.7 (205.5;263.4) 20325 (17670.8;23381) 190.1 (165.4;218.8) -17.3(-31;-1.2)
Piaui 5504.3 (4717;6353.5) 285.2 (246.2;325.6) 6778.8 (5793.9;7860.2) 178.2 (152.6;206.3) -37.5(-49.6;-22.1)
Rio de Janeiro 44279 (33962.9;48808.5) 363.1 (283.3;399.4) 39325.9 (34177.3;44894.3) 181.7 (158.8;207.1) -49.9(-57.8;-35)
Rio Grande do Norte 3362.3 (2890.3;4087.5) 176.8 (150.3;218.8) 4918.8 (3993.1;6328.9) 123.1 (100;157.3) -30.4(-45.1;-11.2)
Rio Grande do Sul 18994.6 (17368.3;20855.9) 227.8 (208.6;250.4) 20478.2 (17663.2;23770.2) 141 (122.3;162.6) -38.1(-46.9;-27.7)
Rondônia 1646.1 (1305.3;1948.2) 240.6 (199.8;277.8) 3027.1 (2591.3;3565.5) 163.2 (140.1;191.8) -32.2(-45;-13.4)
Roraima 247.5 (203.2;289.8) 202.9 (172.7;233.4) 718.3 (628.4;855.1) 140 (122.8;165.9) -31(-42.6;-16.3)
Santa Catarina 8895.8 (8096.2;9718.4) 249.7 (227.1;273.2) 10987.1 (9521;12815.9) 128.6 (111.7;149.5) -48.5(-55.9;-39)
São Paulo 79495.5 (68778.8;86635.1) 286 (251.5;311.9) 90900.3 (79393.9;103394.2) 166.1 (145.3;188.7) -41.9(-49.9;-31.7)
Sergipe 2424.8 (2108.6;2782.6) 227 (197;261.6) 3985.1 (3284.1;4788.7) 159.3 (131.8;191.9) -29.8(-44.6;-11.8)
Tocantins 1619.6 (1328.1;1906.4) 250.7 (210.1;292.7) 2975 (2491.9;3503) 182.6 (153.7;215.9) -27.1(-41.6;-7.4)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 2-8. – Number of YLLs and age-standardized YLL rates (per 100 000) due to stroke, ischemic stroke, subarachnoid hemorrhage, and intracerebral hemorrhage in 1990 and 2019, and percent change of rates, in Brazil, according to age group.

Cause of death and age group 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.3-Stroke
Under 5 36373.4 (26471.3;49662) 214.7 (156.3;293.2) 5970.3 (4335.4;8153.1) 38.5 (28;52.6) -82.1 (-89.2;-70)
15-49 years 716076.9 (689520.8;745933.4) 934.3 (899.6;973.2) 448555.9 (425616.6;472166.9) 388.4 (368.5;408.8) -58.4 (-61.2;-55.7)
50-69 years 1084139.7 (1044839.3;1128620.8) 6910.8 (6660.3;7194.3) 1067928.7 (1013004.9;1118810) 2647.1 (2511;2773.2) -61.7 (-64.3;-59.3)
5-14 years 19376.5 (17280.8;21317.5) 54.8 (48.9;60.3) 9330.4 (7859.9;10858.3) 28.9 (24.4;33.7) -47.2 (-55.7;-37.6)
70+ years 734877.8 (682090.6;768788.5) 17372.7 (16124.8;18174.4) 1046380.8 (932190.5;1117926.7) 7994.7 (7122.2;8541.3) -54 (-57.4;-51)
Age-standardized 2590844.4 (2504589.7;2679788.7) 2778.6 (2659.5;2879.2) 2578166 (2413609.9;2702585.5) 1098.7 (1025.8;1153.7) -60.5 (-62.7;-58.4)
All Ages 2590844.4 (2504589.7;2679788.7) 1740.7 (1682.8;1800.5) 2578166 (2413609.9;2702585.5) 1189.9 (1114;1247.4) -31.6 (-35.8;-28)
B.2.3.1-Ischemic stroke
Under 5 4135.2 (2990.3;5467.5) 24.4 (17.7;32.3) 384.4 (283.6;515.9) 2.5 (1.8;3.3) -89.8 (-93.7;-83.7)
15-49 years 86173.7 (79496.8;93439.3) 112.4 (103.7;121.9) 43383.5 (39668.9;47636.4) 37.6 (34.3;41.2) -66.6 (-71.1;-61.1)
50-69 years 349029.3 (329328.7;368931.8) 2224.9 (2099.3;2351.7) 299595.2 (278841.5;320496.5) 742.6 (691.2;794.4) -66.6 (-69.8;-62.9)
5-14 years 1620.3 (1376.7;1865.2) 4.6 (3.9;5.3) 440.2 (365;521.5) 1.4 (1.1;1.6) -70.2 (-75.9;-63.1)
70+ years 506076.5 (466579.2;530504) 11963.8 (11030.1;12541.3) 735828.9 (648142.4;789381.6) 5621.9 (4952;6031.1) -53 (-56.8;-49.5)
Age-standardized 947035.1 (895299.9;992583.8) 1211.1 (1133.8;1268.9) 1079632.1 (982065;1148602.5) 479.7 (435.1;510.8) -60.4 (-63.5;-57.3)
All Ages 947035.1 (895299.9;992583.8) 636.3 (601.5;666.9) 1079632.1 (982065;1148602.5) 498.3 (453.3;530.1) -21.7 (-28.4;-15.1)
B.2.3.2-Intracerebral hemorrhage
Under 5 17235.2 (11675.5;25057.4) 101.8 (68.9;147.9) 1730.8 (1199.6;2437.8) 11.2 (7.7;15.7) -89 (-93.8;-80.6)
15-49 years 436522.1 (414806.9;474485.7) 569.5 (541.2;619.1) 238357.1 (221826.9;252852.4) 206.4 (192.1;218.9) -63.8 (-68.4;-60.4)
50-69 years 627767.2 (600065.4;659989.2) 4001.7 (3825.1;4207.1) 582538.8 (551911.4;614231.7) 1444 (1368;1522.5) -63.9 (-66.5;-61.2)
5-14 years 7857.3 (6901.7;8868.3) 22.2 (19.5;25.1) 2786.3 (2314.7;3296.6) 8.6 (7.2;10.2) -61.1 (-68.2;-52.6)
70+ years 214174.1 (199342.6;227529) 5063.1 (4712.5;5378.8) 261050 (235043.8;282383) 1994.5 (1795.8;2157.5) -60.6 (-64.5;-56.9)
Age-standardized 1303555.9 (1249976.5;1374489.1) 1283.5 (1227.7;1351) 1086463 (1025413.3;1141541.4) 449.2 (423.3;472.5) -65 (-67.6;-62.5)
All Ages 1303555.9 (1249976.5;1374489.1) 875.8 (839.8;923.5) 1086463 (1025413.3;1141541.4) 501.4 (473.3;526.9) -42.7 (-47.2;-38.7)
B.2.3.3-Subarachnoid hemorrhage
Under 5 15002.9 (9308;20320.5) 88.6 (55;120) 3855.1 (2796.2;5324.8) 24.9 (18;34.4) -71.9 (-83.2;-44.9)
15-49 years 193381.1 (168039.5;203641.4) 252.3 (219.2;265.7) 166815.3 (156642.9;182531.3) 144.4 (135.6;158.1) -42.8 (-47.7;-29.9)
50-69 years 107343.3 (97585.4;113734.5) 684.3 (622.1;725) 185794.7 (169749.3;200067.8) 460.5 (420.8;495.9) -32.7 (-38.4;-24.3)
5-14 years 9898.9 (8666.6;10917.5) 28 (24.5;30.9) 6104 (5139.8;7158.2) 18.9 (15.9;22.2) -32.4 (-43.7;-18.4)
70+ years 14627.2 (13237.5;17395.9) 345.8 (312.9;411.2) 49501.9 (40527.8;55106.2) 378.2 (309.6;421) 9.4 (-23.2;27.2)
Age-standardized 340253.3 (301621.6;356874.5) 284 (253.8;297.2) 412071 (384850.3;438730) 169.8 (158.3;180.8) -40.2 (-44.9;-32.6)
All Ages 340253.3 (301621.6;356874.5) 228.6 (202.7;239.8) 412071 (384850.3;438730) 190.2 (177.6;202.5) -16.8 (-23.5;-5.2)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 2-9. – Number of YLDs and age-standardized YLD rates (per 100 000) due to stroke, ischemic stroke, subarachnoid hemorrhage, and intracerebral hemorrhage in 1990 and 2019, and percent change of rates, in Brazil and its Federative Units.

Cause of death and location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.3-Stroke
Acre 315.6 (232.9;404.1) 159.2 (118;201.2) 825.1 (606.5;1042.6) 120.9 (88.8;153.7) -24(-28.3;-19.3)
Alagoas 2754.3 (2009.9;3460.9) 186.9 (136.7;237.4) 4490.7 (3288.4;5698.7) 136.8 (100.5;172.9) -26.8(-31.5;-22)
Amapá 191.1 (139.4;243.8) 154.5 (112.9;196.4) 708.2 (515.4;897.8) 119 (86.8;151.2) -23(-27.3;-18.1)
Amazonas 1623 (1187.4;2072.9) 171.2 (126.4;216.2) 3713.3 (2706.4;4687.6) 116.6 (84.2;147.1) -31.9(-36.2;-27.3)
Bahia 12715.9 (9333.4;16054.2) 171.5 (125.5;218.1) 19723.7 (14433.8;24962.7) 121.4 (88.8;153.9) -29.2(-33.3;-24.7)
Brazil 175647 (130408.3;222000.4) 180.4 (133.2;228.8) 283557.2 (208451.8;357622.1) 120.9 (88.7;152.6) -33(-34.8;-31.1)
Ceará 6314.9 (4619.7;8000.2) 144.1 (104.7;182.6) 12030.7 (8775.1;15287.7) 119.9 (87.3;152.6) -16.8(-21.8;-11.3)
Distrito Federal 1358.4 (1002.7;1722) 182.6 (135.3;232) 3400.5 (2488.7;4353.9) 124.4 (90.4;159.5) -31.9(-36.4;-27.5)
Espírito Santo 3144.4 (2307.5;3997.4) 193.5 (140.7;246) 5509.3 (4060.9;6993.3) 126.9 (93.2;161.1) -34.4(-38.7;-30.1)
Goiás 4211.8 (3090.3;5372.3) 173.5 (126.6;222) 8042.5 (5907.7;10184.9) 113 (82.9;143.8) -34.8(-39.2;-30.8)
Maranhão 4463.2 (3280.2;5679.7) 157.7 (115.9;201) 8115.7 (5942.9;10311.5) 117.5 (86;148.7) -25.5(-31.1;-19)
Mato Grosso 1584.1 (1154.8;2003.3) 160.2 (117;202.9) 3944.7 (2881.2;5013.1) 114.7 (84;145.6) -28.4(-33.5;-23.4)
Mato Grosso do Sul 1798 (1331.6;2289.7) 172.1 (127.6;217.7) 3590.7 (2643.5;4545.9) 121.1 (89.7;153.8) -29.6(-34.4;-25.2)
Minas Gerais 19927.3 (14714.4;25139.3) 185.2 (135.1;232.7) 30355.4 (22430.4;38566.6) 117.6 (86.8;149.7) -36.5(-40.5;-32)
Pará 4349.2 (3209.4;5487.1) 178.9 (130.2;227) 8858.9 (6493.4;11120.3) 118.3 (87;150) -33.9(-38;-29.6)
Paraíba 3654.6 (2656.5;4661.7) 151.8 (110.6;193.6) 5438.7 (4011.3;6852.3) 116.1 (85.5;145.9) -23.5(-28.4;-18.1)
Paraná 10907.4 (7979;13836) 204.2 (149.8;259.5) 16967.1 (12436.9;21666.3) 129.6 (95.5;165.4) -36.5(-40.6;-32.1)
Pernambuco 8704.7 (6396.6;11162) 179.1 (131.2;230.4) 12587.5 (9228.9;16057.8) 124.4 (91.2;158.4) -30.5(-34.8;-25.9)
Piaui 2463.3 (1807.4;3116.9) 158.1 (115.7;201.3) 4431.3 (3229.6;5622.5) 117.8 (85.9;149.4) -25.5(-30.1;-20.6)
Rio de Janeiro 20883 (15402.8;26611.4) 204.7 (151.8;260.7) 27912.2 (20540.5;35371.1) 128.1 (94.1;162.2) -37.4(-41.5;-32.9)
Rio Grande do Norte 2501.1 (1834.2;3194.4) 146.5 (107.4;186.3) 4227.7 (3103.5;5405.8) 108.7 (79.8;138.8) -25.8(-30.3;-21.4)
Rio Grande do Sul 13338.6 (9727.6;16924) 191.3 (140.5;242.4) 19074.6 (13941.1;24256.3) 128.3 (94;162.9) -33(-37.3;-28.8)
Rondônia 859.9 (621.9;1087) 192.8 (141.5;246.6) 1890.5 (1368;2423.8) 116.7 (84.3;148.8) -39.5(-43.8;-35.2)
Roraima 132.7 (96.3;169.1) 159.1 (117.9;202.8) 474.1 (344.7;602.1) 111.9 (81.1;141.8) -29.6(-34;-24.8)
Santa Catarina 5369.6 (3950.9;6821.2) 192.6 (140.3;244.3) 9505.9 (6956.5;12073.4) 118.1 (86.4;150.3) -38.7(-42.9;-34.4)
São Paulo 39775.5 (29243.7;50394.2) 180.5 (132.3;225.6) 63114.8 (45994.9;80990.2) 118.2 (86.7;151) -34.5(-38.4;-30.2)
Sergipe 1556 (1134.5;1963.8) 177 (130;222.6) 2917.1 (2147.5;3706) 126.9 (93.1;161.1) -28.3(-32.9;-24.1)
Tocantins 749.2 (545.2;950.1) 157.4 (114.9;199.7) 1706.2 (1240.4;2167.6) 114.7 (82.9;145.9) -27.1(-31.7;-21.9)
B.2.3.1-Ischemic stroke (;)
Acre 203.3 (145;263.7) 108.6 (77.6;140.6) 533.3 (382.4;685.6) 81.8 (59.2;105.5) -24.7(-30.2;-18.4)
Alagoas 1867.4 (1326.7;2404.7) 130.8 (92.5;168.9) 3026.7 (2167.3;3859.2) 94.3 (68;121.7) -27.9(-33.9;-21.5)
Amapá 121.4 (87.9;157.1) 104.3 (75.8;134.5) 451.6 (323.1;583.8) 80.5 (57.6;102.8) -22.9(-28.5;-16.1)
Amazonas 1026.6 (733.4;1328) 115.4 (83.5;149.6) 2372.4 (1692.6;3054.5) 77.9 (56.5;100.8) -32.5(-38.2;-26)
Bahia 8358.5 (5907.2;10899.7) 115.6 (82.5;150.5) 13021.4 (9286.5;16835) 81.1 (57.7;104.9) -29.9(-35.1;-24)
Brazil 114029.9 (82236.3;147025) 122.2 (88;156.8) 188474.4 (134840.6;241680.6) 81.2 (58.3;104) -33.5(-35.9;-31)
Ceará 4119.6 (2917.8;5309.2) 95.6 (67.7;124.3) 7982.2 (5730.1;10296) 80.3 (57.6;103.6) -16(-22.6;-8.9)
Distrito Federal 806.4 (570.5;1047.1) 121.6 (86.5;157.4) 2191.9 (1539.4;2856.1) 84.2 (59.7;110) -30.7(-36.8;-24.3)
Espírito Santo 2031.2 (1453.3;2615.8) 131.1 (93.4;168.8) 3649.1 (2606.6;4719.9) 85.3 (60.9;110.5) -34.9(-40.2;-29.5)
Goiás 2635.3 (1878.6;3385.1) 115.6 (83;149.8) 5236.5 (3763.7;6709.3) 75.4 (53.8;97.2) -34.8(-40.4;-29.2)
Maranhão 2973.5 (2130.2;3851.3) 108.3 (77.7;141.6) 5283.4 (3803.4;6818.8) 77.8 (56.2;100.3) -28.2(-35.4;-19.5)
Mato Grosso 997.1 (707;1288.4) 109.7 (78;141.4) 2578.9 (1824.5;3344.9) 77.7 (55.5;100.7) -29.2(-35.5;-22.2)
Mato Grosso do Sul 1118.4 (811.3;1444.4) 113.9 (81.9;146.4) 2350.4 (1699.6;3034) 80.8 (58.3;104.2) -29.1(-35.7;-22.9)
Minas Gerais 12831.1 (9202.7;16648.4) 124.4 (89.1;161.7) 20194 (14245.6;25876.1) 78.4 (55.4;100.7) -37(-42.4;-31.2)
Pará 2842.7 (2038.8;3656.9) 123.4 (88.1;159.1) 5840 (4174.8;7513.5) 80.8 (57.8;103.8) -34.5(-39.9;-28.5)
Paraíba 2447.1 (1739.1;3198.3) 101.8 (72.6;133.1) 3526.2 (2527;4564.1) 75.2 (54;97.3) -26.1(-32.7;-19.2)
Paraná 7155.3 (5075.6;9228.7) 141.8 (99.8;184.4) 11638.4 (8284.6;14990.1) 89.8 (64;116.2) -36.7(-42.2;-30.9)
Pernambuco 5723.7 (4088.5;7503.4) 120.7 (86.7;157.3) 8240.2 (5882.1;10590) 82.7 (59.1;106.8) -31.4(-36.8;-25.1)
Piaui 1603.7 (1141;2086.3) 106.5 (75.5;139.2) 2968.6 (2131.1;3859.3) 79.2 (57;103) -25.7(-31.8;-18.7)
Rio de Janeiro 13465.6 (9762.2;17325.1) 137.6 (99.8;177.1) 18411.2 (13185;23879.7) 84.6 (60.4;109.4) -38.5(-43.9;-33.1)
Rio Grande do Norte 1649.9 (1192.7;2141.4) 97.6 (70.8;127) 2751.9 (1978.8;3570.7) 71.4 (51.5;92.5) -26.8(-32.2;-21.2)
Rio Grande do Sul 8764.4 (6296.6;11278.3) 131 (94.6;167.5) 13036 (9252.5;16922.7) 87.1 (62;112.8) -33.5(-38.6;-28.1)
Rondônia 533.7 (375;691.7) 135.9 (96.9;177.6) 1240.2 (865.9;1593.7) 79.6 (55.7;102.9) -41.4(-46.6;-36)
Roraima 81.3 (57.6;105.5) 109 (79.2;140.9) 308.1 (218.6;395.9) 77.2 (54.4;99.9) -29.2(-34.9;-22.6)
Santa Catarina 3412.5 (2447.8;4395.7) 130.3 (93.1;169.5) 6305.7 (4518.2;8157) 79.7 (57;103) -38.8(-44.7;-33.1)
São Paulo 25756.5 (18589.5;33126.7) 122.8 (89;158) 42288.6 (30369.4;54894.6) 79.9 (57.1;103.6) -34.9(-40.2;-29.3)
Sergipe 1032 (735.6;1325.6) 121 (85.9;156.1) 1936.1 (1385.7;2511.1) 86.1 (61.6;111.4) -28.8(-34.9;-23.1)
Tocantins 471.9 (336;606.2) 106 (75.9;137.7) 1111.6 (790.3;1438.5) 76.6 (54.3;98.8) -27.7(-33.9;-20.4)
B.2.3.2-Intracerebral hemorrhage (;)
Acre 81.3 (57.8;105.6) 37.2 (26.8;48.1) 205 (147.8;267.5) 28 (20.2;36.5) -24.7(-32.6;-16.8)
Alagoas 666 (479.2;863.2) 42.6 (30.7;55.1) 1072.4 (773.5;1397.4) 31.4 (22.6;40.8) -26.3(-33.2;-18.6)
Amapá 49.7 (35.7;64.6) 36.5 (26.6;46.8) 177.4 (127.5;229.8) 27.2 (19.7;35.4) -25.4(-32.1;-17.3)
Amazonas 442.4 (314.1;573.9) 42.5 (30.3;54.5) 944.7 (676.1;1221.9) 27.8 (19.8;36.1) -34.6(-41;-27.6)
Bahia 3261 (2355.6;4233.4) 42.1 (30.3;54.4) 4796.7 (3456.7;6283.3) 29 (20.8;38.1) -31(-38;-23.9)
Brazil 46180.6 (33564.1;59463.8) 44.3 (32.3;56.6) 67702.4 (49062.3;87760.6) 28.5 (20.7;36.9) -35.7(-38.8;-32.2)
Ceará 1560.2 (1120.4;2029.6) 34.5 (24.7;44.8) 2863.7 (2053.1;3744.4) 28.2 (20.2;36.9) -18.3(-26.3;-9.3)
Distrito Federal 398.7 (288.3;520.4) 46.4 (33.8;59.9) 832.9 (596;1089.9) 28.6 (20.5;37.5) -38.2(-44.6;-31.4)
Espírito Santo 846 (606.7;1104.9) 48.3 (34.4;62.6) 1342.8 (974.8;1759.2) 30.3 (22.2;39.6) -37.2(-44;-29.9)
Goiás 1186.2 (840.5;1549.1) 44.6 (32.1;58.1) 1980.3 (1412.5;2581.1) 27 (19.4;35.1) -39.5(-45.7;-32.8)
Maranhão 1061.3 (763.1;1378.4) 35.4 (25.6;46.3) 1993.1 (1432.7;2590.5) 28 (20.1;36.4) -20.8(-28.9;-12.2)
Mato Grosso 422.2 (301.3;553.9) 37.5 (27.2;49.5) 948.5 (689.3;1237.3) 26.2 (19.1;34.2) -30.1(-36.6;-23.1)
Mato Grosso do Sul 510.5 (362.3;665.6) 44.6 (31.9;58.2) 887.3 (629.4;1156.2) 29.2 (20.8;37.9) -34.6(-41.3;-27)
Minas Gerais 5358.3 (3909.3;6943.6) 46.5 (34.1;60) 7206.4 (5120.7;9398.5) 27.9 (19.9;36.4) -40(-46.2;-33)
Pará 1117.7 (800.9;1461.5) 42.1 (30.4;54.7) 2108 (1507.6;2730.8) 26.5 (19.1;34) -37.1(-43.3;-30.6)
Paraíba 863.4 (616.9;1116.4) 35.5 (25.5;46) 1368.4 (982.5;1785.8) 29.3 (21;38.1) -17.6(-26.4;-8)
Paraná 2855.1 (2053.2;3711.4) 48.5 (35.1;63.2) 3796.4 (2709;4981.8) 28.6 (20.5;37.4) -41(-47.5;-34.3)
Pernambuco 2285.5 (1644.5;2972.6) 45.1 (32.6;58.6) 3170.9 (2293.2;4123.8) 30.6 (22.1;39.8) -32.1(-38.3;-25.3)
Piaui 617.3 (443.9;801.9) 37.4 (26.9;48.8) 1020.9 (725.4;1325.9) 27 (19.3;35.1) -27.8(-34.9;-20.7)
Rio de Janeiro 5769.1 (4169.7;7533.4) 52.8 (38.4;68.4) 7054.1 (5057.4;9121.2) 32.4 (23.3;41.9) -38.6(-45;-31)
Rio Grande do Norte 613.5 (442.4;798.3) 35.2 (25.2;45.7) 1025.4 (733.4;1317.3) 26.1 (18.5;33.5) -25.9(-33.7;-17.2)
Rio Grande do Sul 3471.6 (2512.5;4482.4) 46.5 (33.7;60.1) 4412.9 (3174.2;5808.1) 30 (21.6;39.5) -35.4(-41.6;-28.5)
Rondônia 242 (171.6;314) 44.1 (31.5;56.7) 453.7 (325.9;593) 26.4 (19;34.3) -40.1(-46.2;-34.2)
Roraima 37.2 (26.4;48.9) 37.7 (27.2;49.3) 113.7 (80.6;149.1) 24.4 (17.6;31.7) -35.2(-41.5;-27.8)
Santa Catarina 1479.9 (1065.9;1929.2) 48.2 (34.7;63.2) 2246.6 (1606.6;2960) 27.3 (19.6;35.9) -43.3(-48.9;-36.8)
São Paulo 10391.4 (7440.7;13527) 43.7 (31.6;56.5) 14560.9 (10443.5;18974.8) 27 (19.4;35.2) -38.1(-44.4;-30.6)
Sergipe 393.6 (287.3;508.3) 42.5 (31.1;54.9) 705.9 (509.7;909.4) 29.7 (21.5;38.1) -30.3(-36.9;-23.2)
Tocantins 199.6 (142.4;259.6) 37.9 (27.3;48.7) 413.4 (296.3;532.6) 26.8 (19.2;34.5) -29.1(-36.8;-20.8)
B.2.3.3-Subarachnoid hemorrhage (;)
Acre 31.1 (21.8;41.5) 13.3 (9.3;17.8) 86.9 (60.8;117.1) 11.1 (7.8;15) -16.4(-26.3;-5)
Alagoas 220.9 (153;298.4) 13.6 (9.4;18.4) 391.6 (277;521.1) 11.1 (7.8;14.8) -18.3(-29.1;-5.6)
Amapá 20 (14;27.2) 13.6 (9.7;18.4) 79.2 (56.1;108.1) 11.3 (8;15.2) -17.2(-27.8;-6.2)
Amazonas 154 (108.4;211.1) 13.3 (9.4;18.1) 396.2 (280;541.1) 10.9 (7.8;14.8) -17.5(-27.3;-6.1)
Bahia 1096.5 (769.6;1497.5) 13.8 (9.7;18.7) 1905.6 (1334.1;2552.4) 11.3 (7.9;15.1) -18(-28.8;-6.8)
Brazil 15436.6 (10801.8;20590.3) 13.9 (9.7;18.6) 27380.3 (19490.9;36579.7) 11.2 (7.9;15) -19.5(-23.7;-15.4)
Ceará 635.1 (448.2;859.3) 13.9 (9.8;18.9) 1184.8 (841.8;1609.4) 11.4 (8.1;15.4) -17.8(-28;-5)
Distrito Federal 153.4 (106.7;206.6) 14.6 (10.2;19.6) 375.8 (263;514.2) 11.5 (8.1;15.6) -21.5(-31.6;-10.1)
Espírito Santo 267.2 (187.3;364.6) 14.2 (9.8;19) 517.4 (366;694.2) 11.3 (8;15.1) -20.3(-30.2;-9.5)
Goiás 390.3 (275.4;527.4) 13.3 (9.5;17.9) 825.7 (573.1;1116.1) 10.7 (7.5;14.4) -19.8(-29.7;-8.2)
Maranhão 428.5 (295.9;580.8) 14 (9.6;18.9) 839.1 (587.1;1128.2) 11.6 (8.2;15.6) -16.6(-27.6;-4.6)
Mato Grosso 164.7 (113.5;223.8) 13.1 (9;17.8) 417.3 (290.3;562.3) 10.8 (7.6;14.5) -17.2(-27.2;-6.4)
Mato Grosso do Sul 169.1 (116.8;228.9) 13.5 (9.3;18.1) 352.9 (245.4;473.9) 11.1 (7.7;14.9) -17.5(-27.2;-5.8)
Minas Gerais 1738 (1220.8;2333.7) 14.3 (10.1;19.2) 2955 (2086.3;3961.8) 11.3 (8;15.1) -21.2(-31.6;-10.1)
Pará 388.8 (271.9;523.7) 13.4 (9.3;17.9) 911 (642.8;1240.9) 11 (7.7;14.9) -18.2(-28.5;-6.6)
Paraíba 344.1 (240.1;462.5) 14.5 (10.1;19.4) 544.1 (387.2;728.3) 11.6 (8.2;15.5) -20.1(-30.1;-9.6)
Paraná 897 (622.7;1212.7) 13.9 (9.7;18.6) 1532.3 (1056.3;2071.6) 11.2 (7.8;15.3) -19.2(-29.7;-8.6)
Pernambuco 695.5 (480.5;944.5) 13.3 (9.3;18) 1176.4 (816.4;1591.5) 11 (7.7;14.9) -17.1(-27.7;-4.5)
Piaui 242.4 (170.3;330.5) 14.3 (9.9;19.5) 441.9 (307.3;600.4) 11.6 (8.1;15.8) -18.5(-28.9;-7.2)
Rio de Janeiro 1648.3 (1148.6;2261.6) 14.2 (10;19.5) 2446.9 (1721.6;3330.8) 11.1 (7.8;15.2) -21.8(-32.2;-9.4)
Rio Grande do Norte 237.7 (168.4;319) 13.7 (9.6;18.6) 450.4 (318.6;614) 11.2 (7.9;15.3) -18.3(-28.5;-6.6)
Rio Grande do Sul 1102.7 (770.5;1503.8) 13.8 (9.7;18.8) 1625.7 (1140.6;2203.7) 11.1 (7.8;15) -19.7(-29.5;-7.9)
Rondônia 84.2 (57.8;114.5) 12.8 (8.9;17.2) 196.6 (139.1;265.5) 10.7 (7.5;14.2) -16.4(-26.8;-4.3)
Roraima 14.2 (9.9;19.4) 12.3 (8.7;16.6) 52.3 (36.6;71.7) 10.3 (7.3;14) -16.3(-26.3;-5.7)
Santa Catarina 477.1 (333.1;650) 14 (9.9;18.9) 953.6 (666.5;1286.3) 11.1 (7.7;14.8) -21.1(-30.6;-9.4)
São Paulo 3627.6 (2524.6;4868.5) 14 (9.7;18.8) 6265.3 (4404.9;8442.8) 11.3 (8;15.2) -19.2(-29.3;-7.5)
Sergipe 130.4 (92.3;177) 13.5 (9.5;18.6) 275.1 (193.3;373.7) 11.1 (7.8;15) -18.1(-28.4;-6.7)
Tocantins 77.8 (54.6;106.2) 13.6 (9.5;18.5) 181.2 (127.9;246.5) 11.3 (8;15.3) -16.9(-26.7;-6.3)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 2-10. – Number of YLDs and age-standardized YLD rates (per 100 000) due to stroke, ischemic stroke, subarachnoid hemorrhage, and intracerebral hemorrhage in 1990 and 2019, and percent change of rates, in Brazil, according to age group.

Cause of death and age group 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.3-Stroke
Under 5 698.9 (446.2;1034.8) 4.1 (2.6;6.1) 605.5 (398;883.7) 3.9 (2.6;5.7) -5.3 (-10.4;1)
15-49 years 53038.7 (38137.5;68539.1) 69.2 (49.8;89.4) 67619.4 (48183.5;87875.3) 58.6 (41.7;76.1) -15.4 (-18.6;-12.1)
50-69 years 70829.2 (51187.2;90461.9) 451.5 (326.3;576.6) 111713.8 (80775.1;143720.1) 276.9 (200.2;356.2) -38.7 (-40.9;-36.1)
5-14 years 5159.6 (3356.4;7554.5) 14.6 (9.5;21.4) 4425.6 (2954.9;6303) 13.7 (9.2;19.5) -6 (-12.1;1.5)
70+ years 45920.6 (32727.2;59923) 1085.6 (773.7;1416.6) 99192.9 (70400.8;129782.2) 757.9 (537.9;991.6) -30.2 (-33.5;-26.8)
Age-standardized 175647 (130408.3;222000.4) 180.4 (133.2;228.8) 283557.2 (208451.8;357622.1) 120.9 (88.7;152.6) -33 (-34.8;-31.1)
All Ages 175647 (130408.3;222000.4) 118 (87.6;149.2) 283557.2 (208451.8;357622.1) 130.9 (96.2;165.1) 10.9 (7.7;14.4)
B.2.3.1-Ischemic stroke
Under 5 575 (352.9;900.4) 3.4 (2.1;5.3) 484.4 (305.1;735.3) 3.1 (2;4.7) -7.9 (-13.8;-0.3)
15-49 years 27491.8 (18751.4;37159.1) 35.9 (24.5;48.5) 36232.1 (24894.2;49392.8) 31.4 (21.6;42.8) -12.5 (-17.6;-7.1)
50-69 years 44745.5 (31538.3;58754.1) 285.2 (201;374.5) 70202.8 (49237;92286.4) 174 (122;228.8) -39 (-42.1;-35.7)
5-14 years 3772.3 (2249;5772.3) 10.7 (6.4;16.3) 3123.3 (1924.8;4738.2) 9.7 (6;14.7) -9.3 (-17.3;0.4)
70+ years 37445.3 (26156.1;50128.5) 885.2 (618.3;1185.1) 78431.8 (55156.5;105572.2) 599.2 (421.4;806.6) -32.3 (-35.9;-28.5)
Age-standardized 114029.9 (82236.3;147025) 122.2 (88;156.8) 188474.4 (134840.6;241680.6) 81.2 (58.3;104) -33.5 (-35.9;-31)
All Ages 114029.9 (82236.3;147025) 76.6 (55.3;98.8) 188474.4 (134840.6;241680.6) 87 (62.2;111.5) 13.5 (9.2;18.1)
B.2.3.2-Intracerebral hemorrhage
Under 5 101.8 (64.4;149.7) 0.6 (0.4;0.9) 99.8 (64.8;145.8) 0.6 (0.4;0.9) 7.1 (1.6;13.9)
15-49 years 17744.7 (12329.9;23735.5) 23.2 (16.1;31) 20847.3 (14380.3;27914.4) 18.1 (12.5;24.2) -22 (-27.3;-16.4)
50-69 years 19893.5 (14366.8;26543.6) 126.8 (91.6;169.2) 28759.2 (20440;38067.7) 71.3 (50.7;94.4) -43.8 (-47.2;-39.7)
5-14 years 1143.1 (714.8;1658.3) 3.2 (2;4.7) 1072.9 (668.4;1551.9) 3.3 (2.1;4.8) 2.8 (-3.2;11.1)
70+ years 7297.4 (5111.2;9866) 172.5 (120.8;233.2) 16923.3 (11862;22603.3) 129.3 (90.6;172.7) -25 (-31.1;-17.9)
Age-standardized 46180.6 (33564.1;59463.8) 44.3 (32.3;56.6) 67702.4 (49062.3;87760.6) 28.5 (20.7;36.9) -35.7 (-38.8;-32.2)
All Ages 46180.6 (33564.1;59463.8) 31 (22.6;40) 67702.4 (49062.3;87760.6) 31.2 (22.6;40.5) 0.7 (-4.8;6.3)
B.2.3.3-Subarachnoid hemorrhage
Under 5 22 (11.8;34.9) 0.1 (0.1;0.2) 21.2 (11.4;33.7) 0.1 (0.1;0.2) 5.3 (2.2;9.7)
15-49 years 7802.2 (5194.1;10669.3) 10.2 (6.8;13.9) 10540.1 (7231.3;14584) 9.1 (6.3;12.6) -10.3 (-16.3;-4.4)
50-69 years 6190.3 (4238.1;8554.9) 39.5 (27;54.5) 12751.8 (8762.5;17660.6) 31.6 (21.7;43.8) -19.9 (-26.1;-13.3)
5-14 years 244.2 (137.9;385.3) 0.7 (0.4;1.1) 229.4 (133.9;356.3) 0.7 (0.4;1.1) 2.9 (0.1;6.9)
70+ years 1177.9 (762.8;1668.6) 27.8 (18;39.4) 3837.8 (2504.8;5430.3) 29.3 (19.1;41.5) 5.3 (-4.4;17.1)
Age-standardized 15436.6 (10801.8;20590.3) 13.9 (9.7;18.6) 27380.3 (19490.9;36579.7) 11.2 (7.9;15) -19.5 (-23.7;-15.4)
All Ages 15436.6 (10801.8;20590.3) 10.4 (7.3;13.8) 27380.3 (19490.9;36579.7) 12.6 (9;16.9) 21.8 (14.2;29.3)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 2-11. – Number of DALYs and age-standardized DALY rates (per 100 000) due to stroke, ischemic stroke, subarachnoid hemorrhage, and intracerebral hemorrhage in 1990 and 2019, and percent change of rates, in Brazil and its Federative Units.

Cause of death and location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.3-Stroke
Acre 3953.9 (3619.8;4276.6) 2252.5 (2074;2424.4) 8348.6 (7568.7;9153.4) 1310.9 (1188.3;1433.8) -41.8(-47.8;-34.9)
Alagoas 47867.3 (43901.6;52819.4) 3342.5 (3046.7;3689.9) 58761.4 (51951.5;66173.7) 1822.9 (1616.1;2048.1) -45.5(-53.6;-36.4)
Amapá 2062.9 (1882.6;2227.6) 1902.2 (1747.3;2044.2) 6967.3 (6287.8;7620.7) 1264.2 (1135.5;1381.4) -33.5(-39.9;-26.7)
Amazonas 20109.3 (18325.7;21820.6) 2433.1 (2221.2;2622.4) 34973.2 (31325.3;39025.7) 1179.7 (1054.5;1317.2) -51.5(-56.6;-45.4)
Bahia 186084.1 (166927.6;207069.4) 2605 (2332.8;2895.8) 226991.9 (194303.9;262385) 1402.4 (1202.3;1619.2) -46.2(-55.2;-35.4)
Brazil 2766491.4 (2670978.2;2865452.2) 2959 (2829.6;3063) 2861723.2 (2683069.9;3012805.9) 1219.6 (1142;1285.5) -58.8(-61;-56.8)
Ceará 88959.4 (77643.6;101337.9) 2068.8 (1789.3;2379.4) 134906.6 (114270.4;156553.5) 1352.6 (1144.6;1568.4) -34.6(-47;-19.6)
Distrito Federal 19461.3 (17575.3;21841.7) 3045.6 (2783.3;3373) 26655.1 (23860.8;29674.3) 1095 (979.1;1216.4) -64(-68.4;-59.2)
Espírito Santo 52398 (50083.8;54649.4) 3436.5 (3269.6;3588.3) 57215.8 (50636.1;63791.6) 1319.3 (1168.5;1468.8) -61.6(-65.9;-57.3)
Goiás 77252.6 (67347.7;90376.8) 3403 (2985.6;3978.2) 81008.6 (69615.5;93585.6) 1152.6 (989.1;1328.7) -66.1(-72;-59.4)
Maranhão 77077.8 (65445.9;90039.2) 2667.9 (2263;3100.3) 121736 (103916.8;143735.3) 1821.1 (1552.9;2145.6) -31.7(-45.2;-13.3)
Mato Grosso 21222.8 (18529.1;23676.4) 2422.1 (2158.6;2674.9) 36897.6 (33242.4;40972.5) 1097.7 (988.4;1220.4) -54.7(-60.5;-47.8)
Mato Grosso do Sul 28610.2 (26745.4;30493.9) 2938 (2748;3130.6) 34130.9 (30562.2;38068.1) 1158 (1038.9;1289.2) -60.6(-64.7;-55.8)
Minas Gerais 339733.4 (316523.6;369110.1) 3246.5 (3019;3518.1) 288464.3 (260517.4;320004.4) 1100.1 (993.6;1219.9) -66.1(-70.2;-62.1)
Pará 63769.5 (56956.4;70739) 2927.8 (2631.3;3237.3) 97258.8 (86061.6;107948.3) 1366.3 (1208.8;1517) -53.3(-59.1;-46.8)
Paraíba 50969.4 (45276.3;56936.1) 2170 (1923.3;2422.3) 59408.3 (52413.8;67229.9) 1257.2 (1110.2;1421.9) -42.1(-50.7;-31.3)
Paraná 176843.7 (168958;184595.9) 3564.4 (3392.5;3730.9) 163286.9 (145233.7;181362.6) 1249.4 (1109.3;1379.5) -64.9(-68.8;-61)
Pernambuco 137205.1 (129269;145238.6) 2955.7 (2776.9;3127.6) 150292.6 (134781.7;166740.6) 1493.6 (1341;1658) -49.5(-55;-43.8)
Piaui 41180.3 (37581.7;45051.1) 2844.7 (2600.7;3108.1) 50804.6 (45057.7;56665.2) 1347.6 (1196.3;1503.9) -52.6(-58.5;-45.8)
Rio de Janeiro 377537 (359753.7;393981.6) 3749.7 (3570.9;3913.2) 285663.5 (256426.8;314757.9) 1288.3 (1157.8;1419.9) -65.6(-68.9;-62)
Rio Grande do Norte 30686.3 (27616.3;34007.4) 1866 (1666.5;2076.7) 37002.4 (31613.2;43051.1) 950.9 (813.7;1105.4) -49(-57.4;-39.5)
Rio Grande do Sul 190752.5 (181635.6;200277.2) 2867.6 (2718;3009.7) 181831.5 (162001.9;201216.5) 1190.7 (1061.7;1314.9) -58.5(-62.4;-54)
Rondônia 12523.1 (10831.5;13950.3) 3595 (3267.5;3918.2) 19404.8 (16963.8;22202.1) 1247 (1091;1418.6) -65.3(-70.3;-59.4)
Roraima 1690 (1492.5;1869) 2667.4 (2430.1;2899.2) 4362.7 (3925.8;4818.5) 1151.5 (1032.8;1263.9) -56.8(-61.8;-51.5)
Santa Catarina 79849.1 (75128.2;84605.6) 3134.4 (2945.7;3316.1) 79975 (71270.1;89055) 1009.6 (897.6;1124.2) -67.8(-71.1;-64.3)
São Paulo 604794.8 (569838.8;640063.1) 2851.4 (2681.9;3015.5) 563721.2 (507325.6;621571.8) 1049.5 (946.3;1153.5) -63.2(-66.7;-59.5)
Sergipe 22612.3 (20686.7;24655.8) 2826.1 (2577.3;3076.2) 31067.9 (26888.4;35427) 1376.1 (1192.8;1570.2) -51.3(-58.5;-43.8)
Tocantins 11285.4 (9918;12704.6) 2724.8 (2408.6;3041.8) 20585.9 (17987.9;23457.2) 1427.5 (1246.1;1620) -47.6(-55.8;-37.6)
B.2.3.1-Ischemic stroke (;)
Acre 1445 (1296.1;1599.1) 1090.2 (977.5;1196.9) 3329.6 (2969.8;3695.2) 613.7 (545.3;681.5) -43.7(-50.8;-34.4)
Alagoas 20021.2 (17255.8;22924.7) 1614.9 (1401.1;1835.8) 26131.5 (22660;29606.5) 869.8 (753.3;987.1) -46.1(-56.3;-34.9)
Amapá 787.9 (717;856.8) 934.1 (846;1013.2) 2756.8 (2429.7;3053.3) 603 (528.6;667) -35.4(-41.7;-28.9)
Amazonas 7502.6 (6829.2;8203.1) 1149.3 (1045.3;1247.4) 14074.1 (12487.8;15775.3) 546.2 (483;611.7) -52.5(-57.5;-46.9)
Bahia 73495.4 (63810.7;83067.2) 1155.9 (1004.3;1304.2) 98253.4 (83330.9;113726.8) 624.2 (529.5;723.8) -46(-56.1;-33.2)
Brazil 1061065 (999618.4;1116287.5) 1333.3 (1244.5;1403.6) 1268106.5 (1157551.8;1356041.6) 561 (510.4;599.8) -57.9(-61;-55)
Ceará 36622.7 (30420.4;43447.9) 931.9 (774.3;1101.8) 61215.8 (51448.4;71614.2) 629.2 (529.2;737.1) -32.5(-46.6;-13.1)
Distrito Federal 5537 (4963.6;6234.1) 1415.6 (1290.1;1562.9) 11151.2 (9927.9;12430.9) 569.1 (500.4;632.3) -59.8(-64.4;-54.7)
Espírito Santo 19982.1 (18630.5;21190.4) 1574.6 (1462.7;1670.2) 24655.8 (21593;27722.9) 602.5 (526.3;677) -61.7(-66.2;-57.1)
Goiás 25866.3 (22357.1;30295.8) 1451.8 (1263.5;1680.1) 33225.9 (28498.2;38313.9) 515.9 (443.4;592.1) -64.5(-70.3;-57.5)
Maranhão 28972.4 (22485.8;34775.6) 1203.5 (957.9;1438) 53315.2 (45693.2;61949.2) 841.3 (720.3;979.7) -30.1(-45.6;-6)
Mato Grosso 7757.1 (6804.9;8655.7) 1175.3 (1037.2;1298.1) 15225.4 (13520.5;17052.5) 510.5 (451;571.7) -56.6(-62;-50.3)
Mato Grosso do Sul 9617.3 (8855.7;10378.2) 1251.4 (1148.9;1348.5) 14227.2 (12650.7;15990) 517.7 (459.4;579.7) -58.6(-63.1;-53.4)
Minas Gerais 121530.5 (111693.4;132739.1) 1381.5 (1265.7;1498.9) 125719.7 (111263.1;139550.3) 483.1 (427.3;536.1) -65(-68.9;-60.8)
Pará 26583 (23751.3;29461.2) 1475.7 (1316.4;1624.1) 43317.3 (38006;48704.4) 674.6 (589;758.1) -54.3(-60.1;-47.8)
Paraíba 22818 (19197.4;26497.7) 1008 (850.9;1164.9) 26234.7 (22655.5;29851.3) 547.8 (474;624.8) -45.7(-55.8;-32.7)
Paraná 71620.1 (67166.7;76010) 1740.7 (1623.4;1845) 81143.3 (71177.3;90509.3) 649 (570;721.8) -62.7(-66.7;-58.4)
Pernambuco 56079.4 (50916.4;61089.4) 1344.9 (1218.5;1461.6) 61765.2 (54385;69585) 649.5 (572.4;731.4) -51.7(-58.2;-44.8)
Piaui 16603 (14591;18612.8) 1356.2 (1194.6;1513.5) 23795.6 (20662.8;26814) 632 (550.7;712.3) -53.4(-60.4;-45.4)
Rio de Janeiro 135992.8 (127706.6;144128.1) 1580.7 (1479.5;1669.4) 119754.3 (106880.1;131983.3) 545.1 (484.7;600.2) -65.5(-68.8;-62)
Rio Grande do Norte 13717.9 (11997.9;15557.9) 881.2 (767.8;996.2) 16848.6 (14243.9;19722) 438.8 (371;513.3) -50.2(-58.5;-39)
Rio Grande do Sul 80633.6 (75289.1;85992.1) 1401.7 (1302.2;1490) 91439.3 (80768.7;101588.9) 595.8 (526.8;661.3) -57.5(-61.5;-53.1)
Rondônia 4299.9 (3810.6;4771.5) 1918.2 (1743.4;2081.6) 8241.2 (7143.1;9486.9) 601.6 (518.8;692.2) -68.6(-73.1;-63.5)
Roraima 550 (496.1;608.2) 1346.9 (1226.1;1465.1) 1750.4 (1551.2;1947.6) 577.2 (511.8;639.3) -57.1(-62.2;-51.7)
Santa Catarina 32468.4 (30272.1;34691.7) 1547.6 (1440;1650.7) 38577.2 (33969.3;43198.7) 520.5 (460.4;581.1) -66.4(-70;-62.6)
São Paulo 226823.4 (210500.4;242557.8) 1290.9 (1189;1375.2) 249002.3 (221220;276006.2) 479 (424.5;530.4) -62.9(-66.2;-59.1)
Sergipe 9762.5 (8615;10829.7) 1413.3 (1257.8;1555.8) 13877 (11998.2;15919.3) 656.3 (566.1;753.4) -53.6(-60.8;-45.2)
Tocantins 3975.5 (3418.4;4557.8) 1322.2 (1158.6;1492.4) 9078.6 (7754.4;10411.6) 680.1 (579.8;780.2) -48.6(-57.9;-38.2)
B.2.3.2-Intracerebral hemorrhage (;)
Acre 1839 (1657.2;2040.1) 914.2 (827.4;1008.7) 3542.8 (3164.8;3962.9) 512.3 (459.6;572) -44(-51.5;-34.8)
Alagoas 21422.3 (18719.7;24577.7) 1385.5 (1204.8;1595.7) 24575.6 (21311.8;27913) 728.1 (634.3;828.1) -47.4(-58.2;-35.7)
Amapá 975.4 (873.5;1064.7) 789.3 (718.9;857.2) 3023.1 (2676.9;3387.4) 497.1 (440;554.1) -37(-44.2;-28.4)
Amazonas 10062.1 (9057.6;11050.1) 1082.4 (983.6;1184.9) 15315.2 (13500.3;17329.6) 481.2 (426.5;545.3) -55.5(-61.2;-48.8)
Bahia 87938.6 (77288.1;99639.1) 1171.2 (1030.7;1328.1) 95088 (79241.5;112242.3) 578.9 (483.3;682.9) -50.6(-60.7;-38.7)
Brazil 1349736.5 (1296807.8;1423036.1) 1327.8 (1274;1397.3) 1154165.4 (1091357.5;1217146.3) 477.6 (450.9;503.8) -64(-66.6;-61.6)
Ceará 39918.9 (33988.8;46866.7) 893.1 (750.3;1054.3) 54532.7 (45115.4;64606.6) 538.5 (446.4;637.3) -39.7(-53.7;-23.3)
Distrito Federal 10416.4 (9283.2;12008.7) 1319.7 (1186.3;1497.7) 10477.5 (9230.5;11872.3) 368.5 (324;415.9) -72.1(-75.8;-67.3)
Espírito Santo 25812.1 (24512.2;27292.3) 1537 (1456.4;1620.6) 23740.7 (20717.1;26779.4) 523.9 (458.6;590.2) -65.9(-70.3;-61.4)
Goiás 40984.5 (35216.1;48923.1) 1619.8 (1399.7;1933.9) 34554.4 (29125.6;40074.6) 465.6 (393.3;540.9) -71.3(-76.9;-64.6)
Maranhão 35790.2 (28841.3;44237.6) 1143.2 (915.9;1417.9) 49711.7 (41406;59969.3) 725.6 (604;877) -36.5(-51.4;-15.9)
Mato Grosso 10195.6 (8768.9;11594.7) 1009.1 (882.3;1135.1) 15221.9 (13452.7;17149.6) 421.3 (373.4;474.5) -58.3(-64.9;-50.3)
Mato Grosso do Sul 15024.7 (13886.9;16246.9) 1391 (1290.8;1500.3) 14338 (12701.5;16270.4) 465.1 (412.8;527.4) -66.6(-70.8;-61.7)
Minas Gerais 172794.2 (158931.3;194463.9) 1520.8 (1400.4;1698.4) 115640 (103297.7;129456.7) 435.7 (389;487.8) -71.4(-75.6;-67.2)
Pará 29854.6 (26395.2;33517.5) 1225.7 (1088;1368.5) 39347.5 (34472;44066.4) 519.2 (455.8;581.9) -57.6(-64;-50.5)
Paraíba 20767.9 (17738.6;24596.1) 870.4 (742.4;1026.4) 24329.8 (21197.1;27942.4) 520.5 (453.2;597.8) -40.2(-52.6;-25.2)
Paraná 84543 (79771.8;89664) 1517 (1432.2;1613.9) 58629.2 (51418.8;66053.2) 428.1 (376.1;481.6) -71.8(-75.5;-67.8)
Pernambuco 67425.3 (62725.9;72662.2) 1367.7 (1271.3;1473.7) 67025.9 (59208.3;75471.8) 643.1 (568.2;724) -53(-59.3;-46)
Piaui 18830.6 (16752.3;21434.6) 1189.1 (1056.4;1349.7) 19788.3 (17389.9;22475.7) 525.8 (463.1;597.1) -55.8(-62.9;-47.4)
Rio de Janeiro 195616.9 (184503.4;208076.4) 1791.7 (1692.6;1901.7) 124136.4 (110522.6;139387.9) 550.3 (490.7;617.8) -69.3(-72.7;-65.2)
Rio Grande do Norte 13368.5 (11836.1;15038.3) 794.2 (700.4;893.9) 14784.6 (12178.2;17578.3) 377.7 (311.1;448.6) -52.4(-61.8;-41.9)
Rio Grande do Sul 90021.7 (84641.8;95298.5) 1224.3 (1151.1;1296.8) 68288.3 (59641.3;76831.2) 442.9 (386.3;499.9) -63.8(-68.2;-59)
Rondônia 6492.8 (5543.7;7393) 1423.5 (1256.5;1588.5) 7939.9 (6835.3;9291.1) 471.6 (406.7;549.8) -66.9(-72.6;-59.1)
Roraima 878.3 (761.3;987.6) 1105.3 (988.9;1218.4) 1841.7 (1630.9;2065.2) 424.1 (375.7;473.5) -61.6(-67;-55.7)
Santa Catarina 38007.8 (35410.7;40721.5) 1323.1 (1232.3;1419.8) 29457 (25702.3;33414.7) 349.4 (304.4;395.8) -73.6(-76.8;-70)
São Paulo 294848.3 (273533.7;320151.5) 1260.5 (1173.1;1353.1) 217553.4 (194543.2;243976.7) 393.1 (351.9;440.7) -68.8(-72.7;-64.7)
Sergipe 10294.6 (9239.9;11405.8) 1172.3 (1047.6;1298.5) 12930.8 (11015.5;15067.4) 549.5 (468.4;639.3) -53.1(-61.2;-44.1)
Tocantins 5612.4 (4778.8;6561.7) 1138.4 (966.8;1324.8) 8351.1 (7162.9;9670.2) 553.5 (477.1;640.4) -51.4(-61.4;-39.4)
B.2.3.3-Subarachnoid hemorrhage (;)
Acre 669.8 (588.4;766.7) 248.1 (218.2;282) 1476.2 (1313.2;1664.4) 184.8 (165;208.1) -25.5(-37.1;-11.4)
Alagoas 6423.8 (5403.3;7533.8) 342.2 (288;399.9) 8054.3 (6938.2;9342.8) 225 (193.7;260.5) -34.3(-47.9;-16.6)
Amapá 299.6 (258.9;343.2) 178.9 (158.7;206.4) 1187.4 (1062.8;1353.1) 164.1 (146.3;186.4) -8.3(-20.6;7.2)
Amazonas 2544.6 (2247;2874) 201.4 (179;228.9) 5583.9 (4913.9;6445.9) 152.3 (134.3;175.8) -24.4(-36;-10.6)
Bahia 24650.1 (21393.8;28224.4) 278 (241.4;320.6) 33650.5 (27808.9;40181.7) 199.3 (165;237.9) -28.3(-43.4;-9.5)
Brazil 355689.9 (317037;373740.1) 297.9 (267.5;312.7) 439451.3 (411002.3;468439.5) 181 (169.4;192.8) -39.2(-43.8;-31.8)
Ceará 12417.9 (10343.3;14787.4) 243.8 (204.2;287.9) 19158.1 (15794.9;23207.8) 184.9 (153.1;223.6) -24.2(-40.5;0.1)
Distrito Federal 3507.9 (3110;3938.7) 310.3 (274.7;347.1) 5026.3 (4331.4;5790) 157.4 (135.3;179.7) -49.3(-56.7;-39.9)
Espírito Santo 6603.8 (5412.6;7189) 324.9 (268.7;352.5) 8819.3 (7521.5;10292.6) 192.9 (164.8;224.2) -40.6(-49.6;-29)
Goiás 10401.8 (9100.6;12049.3) 331.4 (289;383.9) 13228.3 (11078.7;15754.8) 171.2 (143.6;202.2) -48.3(-58.3;-36.4)
Maranhão 12315.2 (9170.6;16162.5) 321.2 (242.9;414.9) 18709.1 (15184.3;22615.2) 254.1 (205.3;308.8) -20.9(-42.8;8.5)
Mato Grosso 3270 (2710.8;3823.3) 237.6 (202.4;274.7) 6450.3 (5684.7;7409.4) 165.9 (146.5;189.9) -30.2(-42;-14.8)
Mato Grosso do Sul 3968.3 (3590;4343.7) 295.6 (268.3;323.2) 5565.7 (4859.9;6325) 175.2 (153.2;199) -40.7(-48.8;-31.2)
Minas Gerais 45408.7 (39218.4;49588.4) 344.1 (298.9;375.4) 47104.6 (41067.1;53672.3) 181.2 (158.9;206) -47.3(-54.1;-38.5)
Pará 7331.9 (6385;8336) 226.4 (197;258.7) 14594 (12863.3;16610.3) 172.5 (152.2;196.2) -23.8(-36.1;-8.5)
Paraíba 7383.6 (6372.6;8509.5) 291.7 (250.6;337.7) 8843.8 (7549.8;10263.5) 188.9 (161.6;219.4) -35.2(-48.3;-19.5)
Paraná 20680.6 (18344.4;22387.3) 306.7 (272.9;330.9) 23514.4 (20164.4;27053.9) 172.4 (148.7;197.6) -43.8(-51.9;-35.2)
Pernambuco 13700.4 (12356.5;15479.4) 243 (218.8;276.6) 21501.4 (18756.1;24644.5) 201.1 (176;229.8) -17.2(-30.4;-2.2)
Piaui 5746.7 (4929.9;6600.1) 299.4 (259.7;340.8) 7220.7 (6236.6;8335) 189.8 (164;218.6) -36.6(-48.3;-21.8)
Rio de Janeiro 45927.3 (35485.7;50624.3) 377.3 (297.1;415.1) 41772.9 (36465.3;47362.4) 192.9 (169.3;218.2) -48.9(-56.4;-34.3)
Rio Grande do Norte 3599.9 (3104.5;4304.3) 190.6 (163.1;232.6) 5369.2 (4435.8;6786.1) 134.4 (111.1;169.7) -29.5(-43.4;-11.8)
Rio Grande do Sul 20097.2 (18365.6;21848) 241.6 (221.4;263.4) 22103.9 (19284.4;25482.8) 152.1 (132.9;174.4) -37.1(-45.4;-27.1)
Rondônia 1730.4 (1389.1;2030.2) 253.4 (212.8;290.4) 3223.7 (2788.9;3765.4) 173.8 (150.7;202.1) -31.4(-43.6;-13.7)
Roraima 261.7 (217.1;304.3) 215.2 (185.3;246.4) 770.6 (680.9;905.9) 150.3 (133.5;176.3) -30.2(-41;-16.4)
Santa Catarina 9372.9 (8539.8;10192.6) 263.7 (240.5;287.5) 11940.7 (10397.6;13772.2) 139.7 (122.3;160.2) -47(-54;-37.9)
São Paulo 83123 (72075.6;90420.8) 300 (263.7;326.2) 97165.6 (85347.2;110658.3) 177.4 (156.3;200.9) -40.9(-48.5;-31.1)
Sergipe 2555.2 (2239.9;2912.1) 240.5 (210.7;275.3) 4260.2 (3562.3;5058.4) 170.4 (142.7;202) -29.2(-43.1;-12.2)
Tocantins 1697.4 (1407;1987.1) 264.2 (222.3;307.1) 3156.2 (2681.1;3702.9) 193.9 (165.3;227.7) -26.6(-40.7;-8.3)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 2-12. – Number of DALYs and age-standardized DALY rates (per 100 000) due to stroke, ischemic stroke, subarachnoid hemorrhage, and intracerebral hemorrhage in 1990 and 2019, and percent change of rates, in Brazil, according to age group.

Cause of death and age group 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.3-Stroke
Under 5 37072.3 (27007.4;50450.1) 218.9 (159.4;297.8) 6575.8 (4847.9;8823.2) 42.4 (31.3;56.9) -80.6 (-88.1;-68.6)
15-49 years 769115.6 (738502.6;803387.2) 1003.5 (963.5;1048.2) 516175.3 (483925.6;549638.4) 446.9 (419;475.9) -55.5 (-58.2;-52.7)
50-69 years 1154968.9 (1110879.7;1201696.6) 7362.3 (7081.2;7660.1) 1179642.5 (1118241.2;1239653.5) 2924 (2771.8;3072.8) -60.3 (-62.8;-57.9)
5-14 years 24536.1 (21707.5;27385.7) 69.4 (61.4;77.5) 13756 (11528.4;16101.8) 42.7 (35.7;49.9) -38.6 (-46;-30.7)
70+ years 780798.4 (727457.3;814613.1) 18458.3 (17197.3;19257.7) 1145573.7 (1032837.8;1220898) 8752.5 (7891.2;9328) -52.6 (-55.8;-49.7)
Age-standardized 2766491.4 (2670978.2;2865452.2) 2959 (2829.6;3063) 2861723.2 (2683069.9;3012805.9) 1219.6 (1142;1285.5) -58.8 (-61;-56.8)
All Ages 2766491.4 (2670978.2;2865452.2) 1858.8 (1794.6;1925.2) 2861723.2 (2683069.9;3012805.9) 1320.8 (1238.4;1390.5) -28.9 (-32.9;-25.3)
B.2.3.1-Ischemic stroke
Under 5 4710.2 (3531.7;6087.8) 27.8 (20.9;35.9) 868.8 (655.6;1164.7) 5.6 (4.2;7.5) -79.8 (-86.2;-70.6)
15-49 years 113665.5 (102596.5;125599) 148.3 (133.9;163.9) 79615.6 (67096;93825.9) 68.9 (58.1;81.2) -53.5 (-58.8;-47.3)
50-69 years 393774.7 (369506.2;418040.5) 2510.1 (2355.4;2664.8) 369798 (343143.9;399308) 916.6 (850.6;989.8) -63.5 (-66.5;-59.9)
5-14 years 5392.6 (3886.2;7362.5) 15.3 (11;20.8) 3563.5 (2394.7;5201.8) 11.1 (7.4;16.1) -27.6 (-35.6;-20.1)
70+ years 543521.9 (503524.5;570910.5) 12849 (11903.5;13496.5) 814260.7 (727889.1;874704.1) 6221.2 (5561.3;6683) -51.6 (-55.1;-48.3)
Age-standardized 1061065 (999618.4;1116287.5) 1333.3 (1244.5;1403.6) 1268106.5 (1157551.8;1356041.6) 561 (510.4;599.8) -57.9 (-61;-55)
All Ages 1061065 (999618.4;1116287.5) 712.9 (671.6;750) 1268106.5 (1157551.8;1356041.6) 585.3 (534.3;625.9) -17.9 (-24.2;-11.9)
B.2.3.2-Intracerebral hemorrhage
Under 5 17337.1 (11773.4;25176.4) 102.4 (69.5;148.6) 1830.6 (1306.1;2522.5) 11.8 (8.4;16.3) -88.5 (-93.4;-80)
15-49 years 454266.8 (431721.6;491490.4) 592.7 (563.3;641.2) 259204.3 (240714.6;276923.9) 224.4 (208.4;239.8) -62.1 (-66.6;-58.7)
50-69 years 647660.7 (618581.9;681800.7) 4128.5 (3943.1;4346.1) 611298 (579754.5;643680) 1515.2 (1437.1;1595.5) -63.3 (-65.9;-60.6)
5-14 years 9000.5 (7931.1;10146.9) 25.5 (22.4;28.7) 3859.1 (3235.5;4576.9) 12 (10;14.2) -53 (-60.8;-44.5)
70+ years 221471.5 (206213.9;234624.6) 5235.6 (4874.9;5546.6) 277973.3 (249008.1;299692.6) 2123.8 (1902.5;2289.7) -59.4 (-63.2;-55.7)
Age-standardized 1349736.5 (1296807.8;1423036.1) 1327.8 (1274;1397.3) 1154165.4 (1091357.5;1217146.3) 477.6 (450.9;503.8) -64 (-66.6;-61.6)
All Ages 1349736.5 (1296807.8;1423036.1) 906.9 (871.3;956.1) 1154165.4 (1091357.5;1217146.3) 532.7 (503.7;561.8) -41.3 (-45.6;-37.2)
B.2.3.3-Subarachnoid hemorrhage
Under 5 15024.9 (9326.8;20352.4) 88.7 (55.1;120.2) 3876.3 (2819.3;5345.7) 25 (18.2;34.5) -71.8 (-83.1;-44.7)
15-49 years 201183.3 (176381.8;212269.3) 262.5 (230.1;276.9) 177355.4 (166669.5;193612.9) 153.6 (144.3;167.6) -41.5 (-46.4;-29)
50-69 years 113533.5 (103789.1;120381) 723.7 (661.6;767.4) 198546.5 (182109.3;213801.4) 492.1 (451.4;530) -32 (-37.5;-24)
5-14 years 10143.1 (8918;11181) 28.7 (25.2;31.6) 6333.4 (5338.3;7382.5) 19.6 (16.6;22.9) -31.6 (-42.5;-17.8)
70+ years 15805.1 (14294.1;18534.2) 373.6 (337.9;438.2) 53339.7 (44065.9;59439) 407.5 (336.7;454.1) 9.1 (-21.6;25.3)
Age-standardized 355689.9 (317037;373740.1) 297.9 (267.5;312.7) 439451.3 (411002.3;468439.5) 181 (169.4;192.8) -39.2 (-43.8;-31.8)
All Ages 355689.9 (317037;373740.1) 239 (213;251.1) 439451.3 (411002.3;468439.5) 202.8 (189.7;216.2) -15.1 (-21.6;-4)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 2-2. – Age-standardized incidence rates of stroke, (A), ischemic stroke (B), intracerebral hemorrhage (C), and subarachnoid hemorrhage (D) (per 100 000 inhabitants), 1990-2019. Data derived from Global Burden of Disease Study 2019. 46 .

Chart 2-2

Prevalence

• Stroke prevalence estimates may differ slightly between studies because each study selects and recruits a sample of participants to represent the target study population (e.g., state, region, or country).

• In a community-based study in Brazil, using a questionnaire applied to 4496 individuals aged over 35 years, living in a deprived neighborhood in the city of São Paulo in 2011, Abe et al . found 243 individuals initially screened positive for stroke. The age-adjusted prevalence rate for men was 4.6% (95% CI, 3.5-5.7) and, for women, 6.5% (95% CI, 5.5-7.5). 47

• Using a screening tool, the Stroke Symptom Questionnaire, Fernandes et al. studied stroke prevalence in the town of Coari, in the Brazilian Amazon Basin, and compared stroke prevalence in riverside inhabitants to that in the urban population of the same municipality. Out of 4897 respondents in the urban area and 1028 in the rural area, the authors found a 6.3% crude prevalence of stroke in the rural area and 3.7% in the urban area, with differences maintained after sex and age adjustment. 48

• Using the WHO Stepwise Approach to Stroke Surveillance, Goulart et al. conducted a study to verify stroke mortality and morbidity rates in an area of São Paulo, Brazil. The questionnaire determining stroke prevalence was applied door to door in a family-health-program neighborhood (Step 3). Out of 3577 subjects over the age of 35 years evaluated at home, 244 (6.82%) cases of stroke survivors were identified via the questionnaire validated by a board-certified neurologist. 49

• Benseñor et al. analyzed a community-based epidemiological survey (PNS - 2013) with a Brazilian representative sample to assess the absolute numbers with respective prevalence rates of stroke and post-stroke disabilities. The authors estimated 2 231 000 strokes and 568 000 stroke cases with severe disabilities. The point prevalence estimates for stroke were 1.6% and 1.4% in men and women, respectively. 50

• According to data from the GBD Brazil Group, the age-standardized prevalence rates of IS per 100 000 were 1327.6 (1151.2 to 1516) in 1990 and 870.1 (761.1 to 992.8) in 2019, representing a percent change of -34.5 (-36.7 to -0.3) (Table 2-1 and Chart 2-1). The highest percent change occurred in the state of Rondônia -41.7 (-46.2 to -0.4) and the lowest in the state of Amapá -23.4 (-28.6 to -0.2) (Table 2-1). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -39.5 (-42.6 to -0.4) (Table 2-2). 46

• The age-standardized prevalence rates of ICH per 100 000 were 507.5 (438.9 to 584.1) in 1990 and 315.9 (275 to 361.4) in 2019, representing a percent change of -37.7 (-40.5 to -0.3) (Table 2-1 and Chart 2-1). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -44.8 (-47.4 to -0.4) (Table 2-2). 46

• The age-standardized prevalence rates of SAH per 100 000 were 158.6 (131.7 to 192.4) in 1990 and 124.8 (104.2 to 150.1) in 2019, representing a percent change of -21.3 (-24.3 to -0.2) (Chart 2-1 and Table 2-1). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -21.1 (-24.4 to -0.2) (Table 2-2). 46

Incidence

Stroke Subtypes

• Data from the Joinville community-based study showed that, when comparing different time periods (1995, 2005-2006, 2010-2011, and 2012-2013), the stroke incidence decreased. Over the last 18 years, the overall stroke (e.g., all major stroke types) incidence in Joinville decreased by 37% (95% CI, 32 - 42). 51

• The incidence of first ever stroke adjusted to the Brazilian population was 86.6 per 100 000 (95% CI, 80.5 - 93.0) in 2005-2006 and 113.46 per 100 000 (95% CI, 101.5 - 126.8) in 1995. 52 The overall incidence, age-adjusted to world population per 100 000 person-years was 143.7 (95% CI, 128.4–160.3) in 1995, fell to 105.4 (95% CI, 98.0–113.2) in 2005–2006, and then to 90.9 (95% CI, 85.1–96.9) in 2012-2013. The age-standardized incidence of first-ever stroke stratified by gender and age also decreased significantly over time. The reduction was 11% greater in men (42%; 95% CI, 35–49) than in women (31%; 95% CI, 23–39), and 16% greater in young people (≤ 44 years: 54%; 95% CI, 41–66) than in older people (>44 years: 38%; 95% CI, 33–43). 51

• From 1995 to 2013, the proportion of IS increased by 12%, whereas that of HS decreased by 16%. Meanwhile, the proportion of SAH remained relatively stable, ranging from 7.5% in 1995 to 6% in 2012-2013. The weight of the decrease in age-adjusted stroke incidence was proportionally higher for HS than for IS, whereas that of SAH remained stable. In the last 8 years, the incidences of IS and HS showed significant absolute decreases of 15% (95% CI, 1–28) and 60% (95% CI, 13–86), respectively. Meanwhile, the incidence of SAH showed a 29% nonsignificant absolute decrease (95% CI, 15–92). 46

• In the second Matão stroke registry study, all incident stroke events (81 cases) that occurred between August 1, 2015, and July 31, 2016, were registered. The mean age increased by 9%, from 65.2 (95% CI, 62.6–67.8) to 71.0 (95% CI, 68.1–73.8) years. Between 2003-2004 and 2015-2016, the age-adjusted incidence decreased by 39% (IRR 0.61; 95% CI, 0.46–0.79) and mortality by 50% (IRR 0.50; 95% CI, 0.31– 0.94). The 1-year case fatality was 26%; approximately 56% of the patients were functionally independent, while 7% had a recurrent stroke. 53 Compared with the results of the previous Matão stroke registry study, 54 these outcomes did not differ significantly.

• Data from the GBD Brazil Group show that the age-standardized incidence rates per 100 000 of stroke were 224.6 (201.6 to 251.8) in 1990 and 127 (113.8 to 142.1) in 2019, representing a percent change of -43.5 (-44.7 to -0.4) (Table 2-3 and Chart 2-2). The highest percent change occurred in Distrito Federal, -47.7 (-49.7 to -0.5), and the lowest in the state of Ceará, -30.6 (-33.2 to -0.3) (Table 2-3). The highest percent change was observed among people aged 15-49 years, -38.1 (-40.9 to -0.4) (Table 2-4). 46

• The age-standardized incidence rates of IS per 100 000 were 136.6 (115.7 to 163.1) in 1990 and 78.2 (66.1 to 93) in 2019, representing a percent change of -42.7 (-44.3 to -0.4) (Table 2-3 and Chart 2-2). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -48 (-49.9 to -0.5) (Table 2-4). 46

• The age-standardized incidence rates of ICH per 100 000 were 66 (56.1 to 77.9) in 1990 and 31.6 (26.6 to 37.3) in 2019, representing a percent change of -52.1 (-53.5 to -0.5) (Table 2-3 and Chart 2-2). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -53.2 (-55.3 to -0.5) (Table 2-4). 46

• The age-standardized incidence rates of SAH per 100 000 were 22.1 (18.6 to 26.3) in 1990 and 17.2 (14.4 to 20.6) in 2019, representing a percent change of -22.2 (-25.1 to -0.2) (Table 2-3 and Chart 2-2). For adults, the highest percent change was observed among people aged 15-49 years, -23.6 (-27.8 to -0.2) (Table 2-4). 46

Mortality

• In the stroke population-based study known as MAPS, between 2003–2004 and 2015–2016, mortality increased by 50% (IRR 0.50; 95% CI, 0.31–0.94). The 1-year case fatality was 26%. Approximately 56% of the patients were functionally independent, while 7% had a recurrent stroke. 53 Compared with the results from the first Matão stroke registry study, 54 these rates did not differ significantly.

• Results from a study assessing the association between the mortality due to cerebrovascular diseases and the Municipal Human Development Index and extent of supplementary health coverage in the Brazilian Federative Units, between 2004 and 2013, showed that the percentage of supplementary health coverage in Brazil increased in that period and had an inverse relationship with mortality. Additionally, the correlation coefficient between Municipal Human Development Index scores and the mortality rates weighted by ill-defined causes and standardized by age showed and inverse association. Thus, both increased Municipal Human Development Index and health coverages were associated with decreased mortalities. 37

• Data from the GBD Brazil Group show that the age-standardized mortality rates from stroke per 100 000 were 137.8 (127.8 to 144) in 1990 and 58.1 (52.6 to 61.8) in 2019, representing a percent change of -57.8 (-60.4 to -0.6) (Table 2-5 and Chart 2-3). The highest percent change occurred in the state of Goiás, -65.9 (-71.8 to -0.6), and the lowest, in the state of Maranhão, -22.7 (-37.2 to 0) (Table 2-5). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -61 (-63.6;-0.6) (Table 2-6). 46

• The age-standardized mortality rates from IS per 100 000 were 80 (72.5 to 84.3) in 1990 and 33.9 (29.7 to 36.6) in 2019, representing a percent change of -57.6 (-60.9 to -0.5) (Table 2-5 and Chart 2-3). For adults, the highest percent change was observed among people aged 15-49 years, -66.1 (-70.5 to -0.6) (Table 2-6). 46

• The age-standardized mortality rates from ICH per 100 000 were 49.8 (47.1 to 52.2) in 1990 and 18.6 (17.3 to 19.8) in 2019, representing a percent change of -62.6 (-65.3 to -0.6) (Table 2-5 and Chart 2-3). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -63.1 (-65.7 to -0.6) (Table 2-6). 46

• The age-standardized mortality rates from SAH per 100 000 were 8 (7.3 to 8.4) in 1990 and 5.5 (5 to 5.9) in 2019, representing a percent change of -30.3 (-36.2 to -0.2) (Table 2-6 and Chart 2-3). For adults, the highest percent change was observed among people aged 15-49 years, -40.8 (-46 to -0.3) (Table 2-6). 46

Temporal Trends

• The estimates from the GBD 2015 used to analyze the magnitude and trends of mortality rates and DALYs from cerebrovascular disease (ICD-10: I60-I69) in the 27 Brazilian Federative Units between 1990 and 2015, showed that, despite the increase in the absolute number of deaths due to cerebrovascular disease, the proportion of deaths under the age of 70 years was halved between 1990 and 2015. From 1990 to 2015, the risk of death attributable to stroke decreased for both men (-2.41% per year) and women (-2.51% per year). Nevertheless, the annual reduction in mortality rates adjusted for age, for both sexes, slowed between 2005 and 2015 when compared to the previous period of 1990-2005. States in the lower SDI tertile had less significant reductions (-1.23 and -1.84% per year) as compared to those in the middle (-1.94 and - 2.22%) and upper (-2.85 and -2.82%) SDI tertiles for men and women, respectively. In addition, the YLDs decreased among states, but less expressively. 55

• A study on age-adjusted stroke mortality trends among adults (30-69 years-old) from Brazilian regions between 1996 and 2011 evaluated the influence of the methods used to correct death rates in the final estimates. Corrections were implemented by reallocation of deaths with non-registered sex or age, redistribution of garbage codes and redistribution of ill-defined causes of deaths, and changed significantly the observed age-adjusted stroke mortality rates in 1996 and 2011, pre- and post-correction, respectively: 1) for men: in 1996, 82.9 and 113.6; and, in 2011, 49.6 and 60.9; and 2) for women: in 1996, 58.2 and 84.4; and, in 2011, 34.7 and 42.3. 56

• A study assessing regional differences in mortality transition and using data from the SIM from 1990 to 2012 showed a –48.05% variation in the mortality coefficient for stroke. Most regions showed a reduction in mortality rates: –61.99% in the Southeast, –55.49% in the South, –26.91% in the West-Central, and –20.78% in the North. Only the Northeast showed increased mortality rates (13.77%). 57

• In the city of São Paulo, from 1996 to 2011, 77 848 stroke deaths were confirmed with 51.4% of them among persons aged 35–74 years old. In that period, age-adjusted mortality rates from cerebrovascular diseases decreased by 46.6% in men and by 47.8% in women. For men in high-income neighborhoods, the downward trend was constant; in the middle-income area, there was a sharp decline from 1996 to 2000, followed by a slower pace between 2000 and 2011. In the low-income area, the annual percent change was higher between 1996 and 2002, with a mild decline in 2002–2011. For women in high income areas, there was a sharp decline from 1996 to 2003, and a lower decrease in the last half of the period; in the low- and middle-income areas, the decline was constant during all periods. For the full period, both sexes and age group of 35–74 years, the decline in age-adjusted rates were more pronounced among those residing in the wealthiest area as compared to those living in the poorest area. This same pattern, but with a decline in magnitude, was observed in people aged ≥75 years in all areas as compared to other age groups, for both sexes. Additionally, the temporal evolution of the ratios of age-adjusted rates between people aged 35–74 years living in low- and high-income areas was as follows: for men, from 1996 to 1998, the rate ratio was 2.03, and, from 2009 to 2011, 2.34; for women, from 1996 to 1998, the rate ratio was 2.09, and, from 2009 to 2011, 2.58. The trends of the ratios of age-adjusted rates between those areas showed an annual percent change growth of 1.4 (0.5–2.4) for men and 1.1 (0.1–2.0) for women. 58

Global Burden of Cerebrovascular Diseases

YLL

• Data from the GBD Brazil Group show that the age-standardized YLL rates due to stroke per 100 000 were 2778.6 (2659.5 to 2879.2) in 1990 and 1098.7 (1025.8 to 1153.7) in 2019, representing a percent change of -60.5 (-62.7 to -0.6) (Table 2-7). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -61,7 (-64,3 to -0,6) (Table 2-8). 46

• The age-standardized YLL rates due to IS per 100 000 were 1211.1 (1133.8 to 1268.9) in 1990 and 479.7 (435.1 to 510.8) in 2019, representing a percent change of -60.4 (-63.5 to -0.6) (Tables 2-7 and 2-8). For adults, the highest percent change was observed among people aged 15-49 years, -66,6 (-71,1 to -0,6) (Table 2-8). 46

• The age-standardized YLL rates due to ICH per 100 000 were 1283.5 (1227.7 to 1351) in 1990 and 449.2 (423.3 to 472.5) in 2019, representing a percent change of -65 (-67.6 to -0.6) (Tables 2-7 and 2-8). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -63,9 (-66,5 to -0,6) (Table 2-8). 46

• The age-standardized YLL rates due to SAH per 100 000 were 284 (253.8 to 297.2) in 1990 and 169.8 (158.3 to 180.8) in 2019, representing a percent change of -40.2 (-44.9 to -0.3) (Tables 2-7 and 2-8). For adults, the highest percent change was observed among people aged 15-49 years, -42,8 (-47,7 to -0,3) (Table 2-8). 46

YLD

• Data from the GBD Brazil Group show that the age-standardized YLD rates due to stroke per 100 000 were 180.4 (133.2 to 228.8) in 1990 and 120.9 (88.7 to 152.6) in 2019, representing a percent change of -33 (-34.8 to -0.3) (Tables 2-9 and 2-10). The highest percent change occurred in the state of Rondônia, -39.5 (-43.8 to -0.4), and the lowest in the state of Amapá, -23 (-27.3 to -0.2) (Table 2-9). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -38.7 (-40.9 to -0.4) (Table 2-10). 46

• The age-standardized YLD rates due to IS per 100 000 were 122.2 (88 to 156.8) in 1990 and 81.2 (58.3 to 104) in 2019, representing a percent change of -33.5 (-35.9 to -0.3) (Tables 2-9 and 2-10). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -39 (-42.1 to -0.4) (Table 2-10). 46

• The age-standardized YLD rates due to ICH per 100 000 were 44.3 (32.3 to 56.6) in 1990 and 28.5 (20.7 to 36.9) in 2019, representing a percent change of -35.7 (-38.8 to -0.3) (Tables 2-9 and 2-10). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -43.8 (-47.2 to -0.4) (Table 2-10). 46

• The age-standardized YLD rates due to SAH per 100 000 were 13.9 (9.7 to 18.6) in 1990 and 11.2 (7.9 to 15) in 2019, representing a percent change of -19.5 (-23.7 to -0.2) (Tables 2-9 and 2-10). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -19.9 (-26.1 to -0.1) (Table 2-10). 46

DALY

• Data from the GBD Brazil Group show that the age-standardized DALY rates due to stroke per 100 000 were 2959 (2829.6 to 3063) in 1990 and 1219.6 (1142 to 1285.5) in 2019, representing a percent change of -58.8 (-61 to -0.6) (Tables 2-11 and 2.12). The highest percent change occurred in the state of Santa Catarina -67.8 (-71.1 to -0.6) and the lowest in the state of Maranhão -31.7 (-45.2 to -0.1) (Table 2-11). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -60.3 (-62.8 to -0.6) (Table 2-12). 46

• The age-standardized DALY rates due to IS per 100 000 were 1333.3 (1244.5 to 1403.6) in 1990 and 561 (510.4 to 599.8) in 2019, representing a percent change of -57.9 (-61 to -0.6) (Tables 2-11 and 2-12). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -63.5 (-66.5 to -0.6) (Table 2-12). 46

• The age-standardized DALY rates due to ICH per 100 000 were 1327.8 (1274 to 1397.3) in 1990 and 477.6 (450.9 to 503.8) in 2019, representing a percent change of -64 (-66.6 to -0.6) (Tables 2-11 and 2-12). For adults, the highest percent change was observed among people aged 50-69 years, -63.3 (-65.9 to -0.6) (Table 2-12). 46

• The age-standardized DALY rates due to SAH per 100 000 were 297.9 (267.5 to 312.7) in 1990 and 181 (169.4 to 192.8) in 2019, representing a percent change of -39.2 (-43.8 to -0.3) (Tables 2-11 and 2-12). For adults, the highest percent change was observed among people aged 15-49 years, -41.5 (-46.4 to -0.3) (Table 2-12). 46

Healthcare Utilization

Hospital Admissions

• Using time-series analysis, Katz et al. evaluated the relationship between stroke-related unemployment rate and hospital admission in Brazil over a recent 11-year span. Data on monthly hospital admissions due to stroke from March 2002 to December 2013 were extracted from the DATASUS, revealing 1 581 675 admissions due to stroke in the period. The unemployment rate decreased from 12.9% in 2002 to 4.3% in 2013, while admissions due to stroke increased. However, the adjusted model showed no positive association between the unemployment rate and admissions due to stroke (estimate coefficient=2.40±4.34; p=0.58). 59

• Using data from the SIH, the SIM and the Brazilian Institute of Geography and Statistics, Adami et al. analyzed rates of stroke-related mortality and incidence of hospital admissions in Brazilians aged 15-49 years, according to region and age group, between 2008 and 2012. Stroke was defined according to the ICD-10 (I60-I64). Crude and standardized mortality (WHO reference) and incidence of hospital admissions per 100 000 inhabitants, stratified by region and age group, were estimated. The authors found 131 344 hospital admissions due to stroke in Brazilians aged 15-49 years between 2008 and 2012. During the same time, the rate of hospital admissions stabilized: 24.67 (95% CI, 24.66 - 24.67) in 2008 and 25.11 (95% CI, 25.10 - 25.11) in 2012 (β = 0.09, p = 0.692, r2 = 0.05). 60

• Dantas et al. performed a study to assess stroke-related hospitalizations in the Brazilian Unified Health System from 2009 to 2016. The authors selected hospitalization registries according to the stroke diagnosis codes from the ICD-10. From 2009 to 2016, the number of admissions increased from 131 122 to 146 950, and the absolute number of in-hospital deaths increased from 28 731 to 31 937. Younger age and male sex were significantly associated with patient survival. The annual age-adjusted hospitalization and in-hospital mortality rates decreased by 11.8% and 12.6%, respectively, but the case-fatality rate increased for patients older than 70 years. 61

• In a retrospective study using data from DATASUS and assessing the six leading causes of hospital admissions in elders from 2005 and 2015, stroke was the third cause of admissions in 2015 for both genders and the age group of 60-79 years, with a -2.6 variation. 62

Healthcare and Quality Indicators

• An analysis of the expansion trends of the family health strategy and hospitalization for conditions sensitive to primary care in Rio de Janeiro, between 1998 and 2015, showed a 7.6% decrease in hospitalizations for cerebrovascular diseases. 63

• A study assessing sociodemographic factors related to lack of hospital care for cerebrovascular disease deaths in the state of São Paulo in the periods of 1996-1998 and 2013-2015 showed that, of the 127 319 people who died due to stroke during the mentioned periods, 19 362 (15.2%) had no hospital care. In the latter period, a higher risk for death without care was identified for individuals of yellow race (RR = 1.48; 95% CI, 1.25-1.77), and a lower risk for black individuals (RR = 0,86; 95% CI, 0.76-0.95), married people (RR = 0.70; 95% CI, 0.64-0.75), and for those living in the city of São Paulo (RR = 0.92; 95% CI, 0.86-0.98). 64

• Data from a hospital-based study evaluating 2407 consecutive patients (mean age, 67.7 ± 14.4 years; 51.8% females) admitted to 19 hospitals in the city of Fortaleza showed that IS was the most frequent subtype (72.9%), followed by intraparenchymal hemorrhage (15.2%), SAH (6.0%), TIA (3%), and undetermined stroke (2.9%). The median time from symptom onset to hospital admission was 12.9 (3.8 –32.5) hours. Hypertension was the most common risk factor. Only 1.1% of the patients with IS received thrombolysis. The median time from hospital admission to neuroimaging was 3.4 (1.2–26.5) hours. 65

• A study evaluating factors that influence temporal trends in quality indicators for IS in a tertiary hospital, certified by the Joint Commission International as a primary stroke center, assessed 551 patients discharged with IS from January 2009 to December 2013 (median age 77.0 years, interquartile range: 64.0-84.0; 58.4% men). Ten predefined performance measures selected by the Get With the Guidelines-Stroke program were assessed. The quality indicators that improved with time were the use of cholesterol lowering therapy (P = 0.02) and stroke education (P = 0.04). The median composite perfect care did not consistently improve throughout the period (P = 0.13). After a multivariable adjustment, only thrombolytic treatment (OR 2.06, P < 0.01), dyslipidemia (OR 2.03, P < .01), and discharge in a Joint Commission International visit year (OR 1.8, P < 0.01) remained as predictors of a perfect care index of 85% or higher. The quality indicators with worse performance (anticoagulation for atrial fibrillation and cholesterol reduction) were similar in the tertiary and secondary community hospitals. The overall perfect care measure did not improve and was influenced by being discharged in a Joint Commission International visit year, having dyslipidemia, and having undergone thrombolytic treatment. 66

• An analysis of the stroke units in two centers from the cities of Curitiba and Botucatu, for the key performance indicators required by the Ministry of Health in Brazil, including the percentage of patients admitted to the stroke unit, venous thromboembolism prophylaxis in the first 48 hours after admission, pneumonia and hospital mortality due to stroke, and hospital discharge on antithrombotic therapy in patients without cardioembolic mechanism, showed that both centers admitted over 80% of the patients in their stroke unit. The incidence of venous thromboembolism prophylaxis was > 85% and that of in-hospital pneumonia was < 13%. The rate of in-hospital mortality from stroke was < 15% and that of hospital discharge on antithrombotic therapy was > 70%. 67

• A before and after study assessed the effect on mortality rates of the implementation of a dedicated cardiovascular and stroke unit in an emergency department of a tertiary public hospital in the city of Porto Alegre. The period prior to that unit implementation (2002 through 2005) included 4164 patients, and the vascular unit period (2007 to 2010) included 6280 patients. Overall, the case-fatality rate for acute vascular conditions decreased from 9% to 7.3% with the vascular unit implementation (p = 0.002). The in-hospital mortality rates from acute coronary syndrome dropped from 6% to 3.8% (p = 0.003) and from acute pulmonary embolism dropped from 32.1% to 10.8% (p < 0.001). The stroke case-fatality rate did not decrease despite improvements in the quality of stroke healthcare indicators. 68

• A cluster randomized trial assessed the effect of a multifaceted quality improvement intervention on adherence to evidence-based therapies for the care of patients with acute IS and TIA (including case management, reminders, a roadmap and checklist for the therapeutic plan, educational materials, and periodic audit and feedback reports to each intervention cluster). The study evaluated 1624 patients from 36 hospitals covering all Brazilian regions. The primary outcome was a composite adherence score for acute IS and TIA performance measures, and the secondary outcomes included an all-or-none composite endpoint of performance measures. The overall mean (SD) age of the patients enrolled in the study was 69.4 (13.5) years, and 913 (56.2%) were men. Overall mean (SD) composite adherence score for the 10 performance measures in the intervention group hospitals as compared to the control group hospitals was 85.3% (20.1%) vs. 77.8% (18.4%) (mean difference, 4.2%; 95% CI, -3.8% to 12.2%). As a secondary endpoint, 402 of 817 patients (49.2%) at the intervention group hospitals received all the therapies they were eligible for vs. 203 of 807 (25.2%) in the control group hospitals (OR, 2.59; 95% CI, 1.22-5.53; P = 0.01). The intervention did not result in a significant increase in the composite adherence score for evidence-based therapies in patients with acute IS or TIA. However, when using an all-or-none approach, the intervention resulted in improved adherence to evidence-based therapies and in improved thrombolysis rates. 69

Complications

Disability

• Benseñor et al. analyzed a community-based epidemiological survey (PNS - 2013) with a Brazilian representative sample to assess the absolute numbers with respective prevalence rates of stroke and post-stroke disabilities. The authors estimated 2 231 000 strokes and 568 000 stroke cases with severe disabilities. The point prevalence estimates for stroke were 1.6% and 1.4% in men and women, respectively. The prevalence of post-stroke disabilities was 29.5% for men and 21.5% for women. Stroke prevalence rates increased with aging, low education level, among people living in urban areas, and showed no difference according to self-reported skin color. The degree of post-stroke disability was not statistically different according to sex, race, education level or living area. 50

• In a subsequent assessment based on the PNS - 2013, access to rehabilitation is deficient: only 0.27% of the individuals underwent physical therapy for stroke and 0.12% performed some type of rehabilitation treatment, which impairs the user’s functional status. 70

• Carvalho-Pinto et al. conducted a retrospective observational study that collected data from medical records and home visits of post-stroke patients followed in a primary healthcare unit in the city of Belo Horizonte, Brazil, between May 2013 and May 2014. Data included health status, care received following stroke, personal and environmental contextual factors, functioning and disability, organized according to the International Classification of Functioning, Disability and Health conceptual framework. Most participants had good self-perception of manual ability (2.39 [SD, 2.29] logits) and limited walking ability (88%), were capable of improving natural gait speed, had a change in balance (51.43%) and functional mobility (54.16%) with risk of falling, and had a negative self-perception of quality of life (average score of 164.21 [SD, 35.16] points in the SSQOL-Brazil). 71

Cost

• A cost-effectiveness study assessing thrombolytic drugs in Brazil reported that, for a 1-year result, for men, the cost of treatment with rt-PA was higher than that of the conservative treatment. This result is mainly directed by the cost of the medication. Part of this additional cost is compensated by the lower cost of rehabilitation and less productivity losses as early as the first 2 years, because the patients treated with rt-PA presented fewer sequelae than those who received conservative treatment. After the second post-stroke year, for both sexes, treatment with rt-PA (alteplase), considering direct and indirect costs, started to have a lower cost when compared to conservative treatment. From this time horizon onward, the additional cost of the medication starts to be more than compensated by the smaller productivity losses and lower social security and patient rehabilitation costs. 72

Genetics/Family History

• Mitochondrial disorders, such as MELAS, may be responsible for up to one third of cryptogenic ISs in young patients. Stroke-like episodes can appear at any age in MELAS and occur in around 50% of the patients with the A3243G mitochondrial DNA mutation. The A3243G mutation has been reported in approximately 80% of the cases of MELAS, and other mitochondrial DNA mutations, such as T3271C, have also been described. In an investigation conducted by Conforto et al. both mutations were assessed in three groups of patients aged less than 46 years (Group 1: 15 patients with cryptogenic strokes; Group 2: 3 patients diagnosed with MELAS syndrome, including stroke-like episodes; Group 3: 20 healthy subjects). The A3243G mutation was absent in all subjects in Groups 1 and 3 but was present in all subjects in Group 2. Thus, these results do not support screening for those mutations to diagnose oligosymptomatic forms of MELAS in cryptogenic strokes in the absence of other features of the syndrome. 73

Prevention

• The PURE study examined rates and predictors of use of evidence-based secondary prevention medications (ACEI/ARB, antiplatelets, statins, and beta-blockers) in patients with cardiovascular diseases, including CHD and stroke in South American countries, including Brazil. The study showed that fewer stroke patients received antiplatelets (24.3%), ACEI/ARB (37.6%), and statins (9.8%) as compared with CHD patients (30.1%, 36.0%, and 18.0%, respectively). This underutilization of therapies in stroke patients varied substantially among countries, with the lowest use in Colombia (no prescription of statins). When CHD and stroke patients were combined, the proportion of utilization of antiplatelets was highest in Chile (38.1%) and lowest in Argentina (23.0%). The use of ACEI/ARB and statins was higher in Brazil (46.4% and 26.4%) and lower in Colombia (26.4% and 1.4%), respectively. Among CHD and stroke participants, the use was higher in those with higher education level relative to those with none, primary, or unknown education [35.6% vs. 23.6% for antiplatelets (p = 0.002); 20.6% vs. 10.9% for statins (p = 0.0007)]. Former smokers with CHD or stroke were more likely to receive proven therapies than current smokers or those who had never smoked (35.2% vs. 26.6% and 27.7%, respectively, for antiplatelets [p = 0.039]; 19.9% vs. 10.6% and 13.0% for statins [p = 0.004]). Only 4.1% of the patients received all 4 therapies (antiplatelets, beta-blockers, ACEI/ARB, and statins), with the highest rate in Brazil (5.5%), and the lowest in Colombia (0.5%) (p = 0.02). Moreover, the use of no medication was observed in 30% of Brazilian stroke patients. 74

• The IMPACT-AF, a clustered randomized trial to IMProve treatment with AntiCoagulanTs in patients with Atrial Fibrillation, a leading cause of stroke, conducted in Argentina, Brazil, China, India, and Romania, showed that, overall, two-thirds of patients were on oral anticoagulation at baseline, 83% were on a VKA, and 15% were on NOACs. Patients from Brazil were most often on oral anticoagulation at baseline (91%), whereas only 38% of patients from China were on anticoagulation at baseline. Of all patients taking VKAs in Brazil, 40.3% had INR values between 2 and 3 prior to the baseline visit. 75

Awareness, treatment, control

• Several studies have shown alarming lack of knowledge about stroke risk factors, stroke treatment, and recognition of stroke symptoms as a medical emergency. In a community-based study, Pontes-Neto et al. interviewed subjects in public places of four major cities in Brazil between July 2004 and December 2005, using a structured, open-ended questionnaire in Portuguese, based on a case presentation of a typical patient with acute stroke at home. The authors found 28 different Portuguese terms to name stroke. Twenty-two percent of the interviewees did not recognize any warning signs of stroke. Only 34.6% of the interviewees answered the correct nationwide emergency telephone number in Brazil (#192). Only 51.4% of the interviewees reported they would call an ambulance for a relative with symptoms of stroke. 76

• Falavigna A et al. used a closed-ended, self-administered questionnaire to assess the knowledge about stroke among 952 residents of the city of Caxias do Sul, Brazil. Lower income and lower educational level were independent predictors of inability to recognize that stroke affects the brain. Lower income and age < 50 years were independent predictors of lack of knowledge about stroke risk factors. 77

• In a community-based and cross-sectional study, Pitton Rissardo et al. applied a stroke knowledge survey to a convenience sample of 633 passers-by of a public square from December 2015 to October 2016, in the city of Santa Maria, state of Rio Grande do Sul. Of the respondents, 33% correctly reported the meaning of the acronym “AVC” (in Portuguese, acidente vascular cerebral ), the most recommended term to name stroke in Portuguese by the Brazilian Society of Cerebrovascular Diseases. Around 30% of subjects incorrectly localized stroke in the heart. Only 50% of the respondents correctly reported a warning sign of stroke. Individuals with a higher level of education were more likely to call an ambulance for a relative with stroke symptoms. 78

• In recent years, there have been several initiatives to improve public stroke awareness in Brazil, mainly around the World Stroke Day (October 29th) annual campaigns led by the World Stroke Organization. Despite these efforts, only 30–40% of patients with stroke are hospitalized within 4 hours of symptom onset. 79

Future Research

• The Brazilian research portfolio in vascular neurology has evolved largely in recent years, as illustrated by the foundation of the Brazilian Stroke Research Network. Still, there are several opportunities for improvement. The most expressive community studies on stroke prevalence and incidence derive mostly from two cities. While both examples represent a major achievement in stroke epidemiology, there is still a need for a broader assessment comprising a representation of all geographical regions, diverse cultures, income levels, and ethnicities.

• Additionally, there are inherent constrains related to studies relying on stroke identification using ICD codes. It is not uncommon for users to apply a broader code on admission, that might not be adjusted during hospital stay, thus not representing the actual stroke subtype (e.g., an IS might be coded as non-specified stroke or even as TIA). With the dawn of the big data technologies (e.g., text mining), additional clinical information from admission or discharge records could provide a reliable cross-reference source, thus confirming or correcting a given code.

3. ACUTE AND CHRONIC CORONARY HEART DISEASE

ICD-9-CM 410 to 414; ICD-10 I10 to I25

See Tables 3-1 through 3-3 and Charts 3-1 through 3-20

Table 3-1. – Number of cases, age-standardized prevalence rates (per 100 000) of ischemic heart disease in 1990 and 2019, and percent change of rates in the period, in Brazil and its Federative Units.

Location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
Acre 2744 (2323.2;3238.3) 1698.7 (1440.1;2001.1) 10165 (8757.7;11875.3) 1669.7 (1423.7;1950.1) -1.7(-5.2;1.9)
Alagoas 22487.5 (18952.7;26631.9) 1728.3 (1461.3;2055) 51311.8 (43528.7;60808.3) 1632 (1382.7;1929.3) -5.6(-9;-1.9)
Amapá 1435.5 (1221.4;1689.8) 1490.3 (1263.4;1756) 7640.2 (6545.1;9014.1) 1495.6 (1275.1;1755.7) 0.4(-3.2;4.2)
Amazonas 11671.4 (9935.2;13793.1) 1553.6 (1317.5;1820.5) 44391.2 (38294.2;52043.1) 1568.5 (1347.3;1835.6) 1(-2.5;4.5)
Bahia 108605.1 (92013.7;128033.5) 1657.4 (1405.6;1953.6) 276650.7 (236718;324478.5) 1729.9 (1472.1;2035.1) 4.4(0.4;8.6)
Brazil 1480208.9 (1271844.8;1725493.1) 1727.7 (1482.4;2017.9) 4003895.6 (3449807.8;4672110.4) 1708.7 (1465.5;1994.4) -1.1(-2.6;0.5)
Ceará 63391.6 (54165.9;74916.2) 1587.7 (1354.7;1877.1) 152544.4 (130121.9;178195.9) 1539.8 (1311;1803.3) -3(-6.6;0.3)
Distrito Federal 8632.3 (7371.6;10260.4) 1490 (1278;1748.5) 38394.4 (32946.6;44953.8) 1470.1 (1260.8;1707.5) -1.3(-4.5;1.9)
Espírito Santo 23779.7 (20442.8;28015.9) 1678.2 (1438.7;1965.6) 72337.9 (62145.1;84311.7) 1669.9 (1435.9;1948.4) -0.5(-3.8;3)
Goiás 31650 (26872.3;37325.5) 1580.9 (1340.4;1867.5) 112766.7 (95362.9;132919.9) 1634.4 (1385.1;1919.7) 3.4(-0.3;7)
Maranhão 39708.7 (33413.1;47193.9) 1581.3 (1332.7;1880.6) 100754.5 (85612.3;119041.2) 1549.1 (1312.2;1833) -2(-5.7;1.7)
Mato Grosso 12613.1 (10808.1;14884.5) 1681.9 (1435.6;1982.7) 53895 (46476.4;63120.2) 1662.6 (1429.2;1939.3) -1.1(-4.7;3)
Mato Grosso do Sul 14979.8 (12842.7;17679.7) 1752.6 (1499.2;2061.5) 53091.8 (45889.2;62249.5) 1820.7 (1570.5;2125) 3.9(0.3;7.6)
Minas Gerais 176140.3 (151248.2;205339.7) 1867.1 (1607;2172.4) 496702.3 (431006.5;576498.2) 1878.2 (1630.8;2178.4) 0.6(-2.4;4)
Pará 30506 (25805.7;36277.5) 1499.4 (1265.2;1775.8) 104725.1 (88987.6;123975.2) 1528.7 (1298;1810) 2(-1.6;5.7)
Paraíba 39766.3 (33685.5;46817.8) 1746.8 (1479.4;2053.9) 75707.5 (64303.6;89064.2) 1602.8 (1358.5;1890.4) -8.2(-11.3;-5)
Paraná 82034.4 (70312.4;96269) 1763.5 (1512.1;2066.3) 232096 (199173.2;272919) 1749.9 (1503.9;2050.1) -0.8(-4.1;2.6)
Pernambuco 73242.6 (62254.4;86784.7) 1652.2 (1410.2;1949.7) 165021.6 (141125.5;193595.4) 1660 (1410.8;1940.3) 0.5(-3.1;4.2)
Piauí 22358.8 (18937.4;26398.4) 1636.6 (1394.8;1927.9) 59627.3 (50948.3;69838) 1591.7 (1360.5;1865.5) -2.7(-6.2;1.3)
Rio de Janeiro 158350.6 (135303.3;186081.8) 1709.7 (1466.3;1999.9) 370396.8 (317368.2;433395.5) 1649.7 (1415.8;1922.9) -3.5(-6.7;0)
Rio Grande do Norte 25565.4 (21696.6;30114) 1625.3 (1379.4;1913.1) 61672.6 (52687.4;72269.3) 1603.6 (1369.5;1884.2) -1.3(-5.1;2.2)
Rio Grande do Sul 112630.6 (96716.3;132207.6) 1771.6 (1523;2061) 271808.2 (233542.4;319107.2) 1740.4 (1502.8;2036.2) -1.8(-4.7;1.5)
Rondônia 5685.1 (4817.2;6785.4) 1660.6 (1412;1967.5) 23529.2 (19995.2;27786.7) 1557.3 (1319.6;1833.5) -6.2(-10.2;-2.2)
Roraima 976.7 (827.5;1160.6) 1682.3 (1423.7;1991.1) 5879.7 (5000.2;6970.1) 1583.5 (1344.1;1873.9) -5.9(-9;-2.6)
Santa Catarina 42265.2 (36505.9;49567.5) 1727.3 (1479.7;2012.7) 142261.9 (121996.8;165916.3) 1752.8 (1509.2;2031.4) 1.5(-2;4.9)
São Paulo 349725.3 (301314.8;407755.5) 1818.8 (1563;2117.4) 961471 (831096;1119060.5) 1772.4 (1535.4;2056.1) -2.6(-5.9;0.8)
Sergipe 13056.6 (11064.9;15423.9) 1688.7 (1435;1987.3) 37283.3 (32043.6;43768.5) 1683.7 (1442.6;1980.3) -0.3(-3.7;3.3)
Tocantins 6206.4 (5271.1;7415.6) 1552.9 (1320.7;1839.1) 21769.6 (18644.8;25664.3) 1546.3 (1323.8;1824.2) -0.4(-4;3.1)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 3-1. – Crude and age-standardized prevalence rates (per 100 000) of ischemic heart disease in Brazil, 1990-2019. Shaded areas show 95% uncertainty intervals.

Chart 3-1

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 3-20. – Average amount in international dollars (Int$ 2019) reimbursed per hospital admission due to primary percutaneous coronary intervention (PCI), non-primary PCI, and coronary artery bypass graft (CABG) surgery to the public health system in Brazil, 2008-2019.

Chart 3-20

Source: Ministry of Health of Brazil – Hospital Information System of the Unified Health System (SIH/SUS). 95

Abbreviations Used in Chapter 3.

ACCEPT/SBC Brazilian Registry of Clinical Practice in Acute Coronary Syndromes of the Brazilian Society of Cardiology
ACS Acute Coronary Syndrome
AMI Acute Myocardial Infarction
ASA Acetylsalicylic Acid
BRACE Brazilian Registry in Acute Coronary Syndromes
BRIDGE-ACS Brazilian Intervention to Increase Evidence Usage in Acute Coronary Syndromes
BYPASS Brazilian Registry of Adult Patients Undergoing Cardiovascular Surgery
CABG Coronary Artery Bypass Grafting
CCS Chronic Coronary Syndrome
CENIC Brazilian Nationwide PCI Registry (in Portuguese, Central Nacional de Intervenções Cardiovasculares )
CHD Coronary Heart Disease
CI Confidence Interval
CVD Cardiovascular Diseases
DALYs Disability-Adjusted Life Years
DATASUS Brazilian Unified Health System Database
ERICO Strategy of Registry of Acute Coronary Syndrome (in Portuguese, Estudo de Registro de Insuficiência Coronariana )
GBD Global Burden of Disease
IHD Ischemic Heart Disease
MASS Medicine, Angioplasty, or Surgery Study
OR Odds Ratio
PCI Percutaneous Coronary Intervention
PNS National Health Survey (in Portuguese, Pesquisa Nacional de Saúde )
RBSCA Brazilian Registry of Acute Coronary Syndrome (in Portuguese, Registro Brasileiro de Síndrome Coronariana Aguda )
REPLICCAR-I São Paulo's Cardiovascular Surgery Registry (in Portuguese, Registro Paulista de Cirurgia Cardiovascular )
RESISST STEMI Registry from Salvador (in Portuguese, Registro Soteropolitano de Infarto Agudo do Miocárdio com Supra de ST )
SDI Sociodemographic Index
SIH Brazilian Hospital Information System (in Portuguese, Sistema de Informações Hospitalares )
STEMI ST-Elevation Myocardial Infarction
SUS Brazilian Unified Health System (in Portuguese, Sistema Único de Saúde )
UI Uncertainty Interval
VICTIM Via Crucis for the Treatment of Myocardial Infarction
YLDs Years Lived with Disability
YLLs Years of Life Lost

Table 3-2. – Number of deaths, age-standardized mortality rate (per 100 000) due to ischemic heart disease in 1990 and 2019, and percent change of rates in the period, in Brazil and its Federative Units.

Location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
Acre 138.6 (128.8;147.8) 113.1 (103.5;121.1) 349.4 (313.2;385.3) 65.3 (57.7;71.8) -42.3(-48;-35.7)
Alagoas 1502.2 (1377.7;1611.1) 128.7 (116.9;138.6) 2785.4 (2455.8;3121.3) 89.1 (78.6;99.8) -30.7(-39.3;-20.4)
Amapá 78.5 (72.4;84.2) 101 (91.1;108.3) 276.2 (247.5;301.5) 59.9 (52.6;65.5) -40.7(-46;-35.6)
Amazonas 695.4 (633.5;755.7) 124.3 (112.2;134.8) 1468.3 (1276.5;1651.5) 55.7 (47.9;62.8) -55.2(-60.4;-49.4)
Bahia 6853.8 (6096.3;7577.2) 113.9 (100.4;125.6) 11441.8 (9797.9;13115.2) 70.2 (60.4;80.3) -38.3(-47.5;-27)
Brazil 117247 (111650.1;121246.9) 157.9 (146.9;164) 171246.3 (156180;180511.2) 74.9 (67.9;79.1) -52.6(-54.9;-50.3)
Ceará 3607.4 (3080.1;4121.2) 94.1 (80;107.2) 7663.8 (6453.5;8924.8) 78 (65.6;90.8) -17.1(-31;1.4)
Distrito Federal 651.4 (589.4;727.4) 189.6 (171.6;207.4) 1273.5 (1126.9;1425.3) 67.3 (58.9;75.3) -64.5(-68.7;-59.7)
Espírito Santo 1673.8 (1588.5;1743.2) 147.3 (136.8;154.5) 3276.1 (2878.7;3654) 79.1 (69.7;88.2) -46.3(-51.9;-40.7)
Goiás 2416.9 (2113.1;2844.4) 149.9 (131.3;174.4) 4936.2 (4136;5760) 75 (62.8;87.1) -50(-58.6;-40.2)
Maranhão 3075.1 (2579.4;3583.6) 131.4 (109.2;152.5) 6670.2 (5691.2;7767.9) 104 (88.9;121) -20.9(-35.2;-0.8)
Mato Grosso 915.1 (813;1018.8) 151.1 (134.5;166) 1963.2 (1759.7;2180.3) 64.5 (57.2;71.8) -57.3(-61.9;-51.2)
Mato Grosso do Sul 1149.3 (1076.6;1218) 165.2 (151.3;175.7) 2165.9 (1920.3;2425.8) 78 (68.8;87.1) -52.8(-57.8;-47.3)
Minas Gerais 12398.7 (11565.9;13348) 161 (147.4;173.3) 15629.4 (13736.3;17428.7) 59.2 (52;66) -63.2(-67.3;-59.4)
Pará 2242 (1988.9;2500.7) 138.7 (122.8;153.4) 4412.1 (3894.1;4912.4) 66.5 (58.4;74) -52.1(-58.1;-45.1)
Paraíba 2460.3 (2223.5;2681.6) 113 (101.3;123.2) 4020.9 (3487.9;4554.8) 81.7 (71.4;92.4) -27.7(-37.2;-17.2)
Paraná 6738 (6451.3;7004.8) 180.6 (168.5;188.5) 9253.8 (8185.6;10317.7) 73.7 (65;82.2) -59.2(-63.4;-54.6)
Pernambuco 5902.4 (5528.3;6218.4) 150.7 (139;159.2) 9852.3 (8776.8;10963.6) 101.7 (90.2;113.1) -32.5(-39.8;-24.8)
Piauí 1420.5 (1287.7;1539.2) 125.4 (111.9;137.3) 2681.6 (2321.6;2993.7) 69.6 (60.6;77.8) -44.5(-51.1;-37.4)
Rio de Janeiro 16553 (15826.5;17095.4) 207 (193.3;215) 19404.4 (17334.6;21411.9) 88.3 (78.9;97.4) -57.3(-61.1;-53.1)
Rio Grande do Norte 1692.1 (1503.1;1855.9) 113.3 (100.1;124.4) 2945.9 (2469.4;3436.9) 74.1 (62.2;86.5) -34.6(-44.6;-23)
Rio Grande do Sul 9356.6 (8842.8;9711.2) 170.1 (157.9;177.7) 10964.6 (9615.9;12195.2) 71.2 (62.4;79.1) -58.2(-62.6;-53.9)
Rondônia 382.6 (340.8;423.2) 192.2 (175.4;207.2) 1071.8 (936.3;1224.9) 76.7 (66.9;87.5) -60.1(-65.5;-54.3)
Roraima 59.8 (54.7;64.9) 156.8 (144.6;167.7) 205.3 (186.3;224.3) 70.6 (63.1;77) -55(-59.2;-50.7)
Santa Catarina 3357.7 (3167.7;3535.1) 167.7 (156;177.4) 5223.5 (4616.9;5823.5) 69.7 (61.4;77.6) -58.4(-62.7;-53.5)
São Paulo 30795 (29080.1;32357.1) 198.6 (183.3;209.7) 38670.9 (34008.3;42716) 74.8 (65.4;82.4) -62.4(-65.9;-58.3)
Sergipe 744.1 (678;812.9) 121.6 (110.4;132.7) 1550.8 (1322.4;1775.1) 71 (60.4;81.2) -41.6(-49.6;-32.6)
Tocantins 386.8 (342.1;434.8) 140.7 (125;156.7) 1088.6 (945.9;1247.1) 80.7 (70.2;92) -42.7(-50.7;-33.9)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 3-3. – Number of DALYs, age-standardized DALY rates (per 100 000) due to ischemic heart disease in 1990 and 2019, and percent change of rates in the period, in Brazil and its Federative Units.

Location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
Acre 3404.1 (3139.6;3645.5) 2093.7 (1937.9;2235.9) 8056 (7281.6;8875.9) 1271.5 (1148.8;1398.9) -39.3(-45.8;-31.6)
Alagoas 35988 (33355.1;38794.7) 2642.2 (2445.9;2836.5) 64183.2 (57031.8;72062.4) 1957.6 (1742.2;2194.8) -25.9(-35.5;-15.1)
Amapá 1872.1 (1729.6;2006.7) 1865.3 (1728.2;1990.5) 6757.6 (6131;7326.5) 1234.7 (1114.1;1343.3) -33.8(-39.7;-27.6)
Amazonas 16169.9 (14743.4;17642.5) 2166.7 (1982.4;2353) 32551.7 (28674.8;36563.6) 1106.3 (973.8;1241.8) -48.9(-55.3;-42)
Bahia 157006.3 (140109.9;174887) 2308.3 (2064.6;2565.5) 248479.4 (212225.9;284940.9) 1523.6 (1300.4;1747.9) -34(-44.6;-20.8)
Brazil 2793361.6 (2696368.8;2875301.9) 3117.1 (2989.1;3214) 3721023.5 (3507748;3892657.2) 1563.3 (1472.1;1636.1) -49.8(-52.2;-47.6)
Ceará 75826 (65771.4;86754.3) 1860.5 (1616.9;2128.9) 155657.8 (131957.2;182735.2) 1556.1 (1322.1;1827.7) -16.4(-31.5;4.2)
Distrito Federal 18350.9 (16471.6;20617.2) 3247.2 (2939.1;3588.9) 28941.1 (25769.2;32405.2) 1147.9 (1017.5;1278.2) -64.6(-69.1;-59.5)
Espírito Santo 39315.3 (37642.8;40842.8) 2723.4 (2595.9;2826.1) 71428.3 (63301.5;80094.9) 1616.2 (1434.6;1806.8) -40.7(-47.6;-33.7)
Goiás 63256.2 (54931.7;74559.1) 2936.4 (2571.5;3439.6) 115723.9 (98226.5;135146.5) 1606.9 (1366.6;1870.7) -45.3(-55.3;-32.9)
Maranhão 81890.1 (68565.6;95781.4) 3036.4 (2553.7;3520.6) 144195.8 (121818.6;171277) 2156.5 (1826.3;2545.6) -29(-42.8;-9.2)
Mato Grosso 24136.6 (21151.7;27140.8) 2916.9 (2600.3;3235.1) 46201.2 (41637.4;51223.9) 1349.3 (1217.7;1495.9) -53.7(-59.4;-45.9)
Mato Grosso do Sul 29159.4 (27471.5;30999.4) 3186.1 (2989.1;3385.4) 48763.9 (43588.8;54656.4) 1625.7 (1454.1;1821.7) -49(-54.8;-42.4)
Minas Gerais 294064.9 (275086.6;318894.3) 3036.3 (2834.2;3277.7) 332544.7 (299215.8;369571) 1250.8 (1124.8;1388.1) -58.8(-63.6;-54.1)
Pará 52443.4 (46628.1;58642.3) 2533.3 (2253.3;2811.5) 100474.6 (89523.2;111319.9) 1396.9 (1245.5;1548.5) -44.9(-52.4;-35.9)
Paraíba 52628.5 (47840.1;57117.1) 2310.8 (2096;2507.7) 82129.3 (72301.8;93181.2) 1736.4 (1528.3;1969.4) -24.9(-35.2;-13.2)
Paraná 161480.7 (156250.5;167183) 3367.8 (3231.3;3489) 200724.6 (177943.7;223894) 1495.3 (1327.8;1670.7) -55.6(-60.4;-50.2)
Pernambuco 135058.1 (128395.1;141504.1) 2984.4 (2825.6;3128.2) 220562.4 (197651;245799) 2163.2 (1936.7;2404.8) -27.5(-35.5;-18.7)
Piauí 33451.5 (30836.8;36206.4) 2409.3 (2204.1;2608.6) 55492.6 (49570.2;61446.8) 1468.9 (1312.9;1626.4) -39(-46.4;-31)
Rio de Janeiro 407746.1 (394302.6;419720.2) 4171.5 (4011.9;4299.1) 427010.3 (384691.2;474730.2) 1899.1 (1712.3;2108.5) -54.5(-58.9;-49.4)
Rio Grande do Norte 34665.5 (31015.3;38186.2) 2189.7 (1958;2411.2) 61578.7 (52237.5;71777.6) 1573 (1335.7;1833.8) -28.2(-39.9;-14.1)
Rio Grande do Sul 218591.9 (209049.2;225505.3) 3319.3 (3158.8;3432.1) 220881.2 (195868.6;245433.1) 1424.1 (1263.9;1583.3) -57.1(-61.7;-52.5)
Rondônia 11257.2 (9744.8;12593.1) 3362.8 (3058.3;3657.7) 24715.8 (21437.5;28409.9) 1558.4 (1359.9;1783.2) -53.7(-60.3;-45.8)
Roraima 1722.5 (1541.1;1885.8) 2850.2 (2648.8;3067) 5071 (4637.9;5541.6) 1319.7 (1203;1436.8) -53.7(-58.3;-48.3)
Santa Catarina 78531.6 (74508.7;82564.6) 3139.7 (2968.8;3300.9) 112745.8 (100343.6;125606.6) 1372.9 (1220.7;1526.7) -56.3(-61;-51.2)
São Paulo 739272.4 (701242.6;775952.1) 3716.7 (3515.9;3898) 848171.4 (760424.2;937315.5) 1552.8 (1387.5;1711.6) -58.2(-62.4;-53.7)
Sergipe 16140.7 (14704.3;17710.1) 2146.4 (1961.4;2348) 33976.8 (29494.2;39095.9) 1483.8 (1289.8;1703.2) -30.9(-40.9;-19.3)
Tocantins 9931.6 (8722.7;11149.1) 2511.8 (2230.3;2811.7) 24004.5 (20790;27711.9) 1649.1 (1433.6;1900) -34.3(-44.4;-22.7)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 3-2. – Prevalence rate (per 100 000) of ischemic heart disease according to sex and age in Brazil, 2019. Error bars show 95% uncertainty intervals.

Chart 3-2

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 3-3. – Incidence rate (per 100 000) of ischemic heart disease according to sex and age. Brazil, 2019. Error bars show 95% uncertainty intervals.

Chart 3-3

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 3-4. – Mortality rate (per 100 000) due to ischemic heart disease according to sex and age in Brazil, 2019. Error bars show 95% uncertainty intervals.

Chart 3-4

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 3-5. – Crude and age-standardized mortality rates (per 100 000) due to ischemic heart disease in Brazil, 1990-2019. Shaded areas show 95% uncertainty intervals.

Chart 3-5

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 3-6. – Age-standardized mortality rate (per 100 000) from ischemic heart disease by Brazilian regions, 1990-2019.

Chart 3-6

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 3-7. – Correlation between the percent change in age-standardized mortality rates due to ischemic heart disease from 1990 to 2019 and the 2019 Sociodemographic Index (SDI).

Chart 3-7

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46 , 95

Chart 3-8. – In-hospital mortality rate due to acute coronary syndrome (ACS), acute myocardial infarction (AMI), percutaneous coronary intervention (PCI), and coronary artery bypass graft (CABG) surgery in the public health system of Brazil, 2008-2019.

Chart 3-8

Source: Ministry of Health of Brazil – Hospital Information System of the Unified Health System (SIH/SUS). 95

Chart 3-9. – Correlation between the in-hospital mortality rate due to acute coronary syndrome (ACS) in the public health system in 2019 and the 2019 Sociodemographic Index (SDI).

Chart 3-9

Sources: Ministry of Health of Brazil – Hospital Information System of the Unified Health System (SIH/SUS) 95 and Global Burden of Disease (GBD) Study 2019. 46

Chart 3-10. – Correlation between the in-hospital mortality rate due to acute myocardial infarction (AMI) in the public health system in Brazil in 2019 and the 2019 Sociodemographic Index (SDI).

Chart 3-10

Sources: Ministry of Health of Brazil – Hospital Information System of the Unified Health System (SIH/SUS) 95 and Global Burden of Disease (GBD) Study 2019. 46

Chart 3-11. – Crude and age-standardized DALY rates (per 100 000) due to ischemic heart disease in Brazil, 1990-2019. Shaded areas show 95% uncertainty intervals.

Chart 3-11

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 3-12. – Age-standardized DALY rates (per 100 000) due to ischemic heart disease by Brazilian regions, 1990-2019.

Chart 3-12

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 3-13. – Correlation between the percent change of age-standardized DALY rates due to ischemic heart disease from 1990 to 2019 and the 2019 Sociodemographic Index (SDI).

Chart 3-13

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46 , 95

Chart 3-14. – Number of hospital admissions for acute coronary syndrome (ACS), acute myocardial infarction (AMI), and chronic coronary syndrome (CCS) to the public health system in Brazil, 2008-2019.

Chart 3-14

Source: Ministry of Health of Brazil – Hospital Information System of the Unified Health System (SIH/SUS). 95

Chart 3-15. – Number of hospital admissions for primary percutaneous coronary intervention (PCI), non-primary PCI, and coronary artery bypass graft (CABG) surgery to the public health system in Brazil, 2008-2019.

Chart 3-15

Source: Ministry of Health of Brazil – Hospital Information System of the Unified Health System (SIH/SUS). 95

Chart 3-16. – Percentage of percutaneous coronary intervention (PCI) and coronary artery bypass graft surgery (CABG) out of myocardial revascularization procedures in the Brazilian public health system, 2008-2019.

Chart 3-16

Source: Ministry of Health of Brazil – Hospital Information System of the Unified Health System (SIH/SUS). 95

Chart 3-17. – Total amount in international dollars (Int$ 2019) reimbursed for hospital admissions due to acute coronary syndrome (ACS), acute myocardial infarction (AMI), and chronic coronary syndrome (CCS) to the public health system in Brazil, 2008-2019.

Chart 3-17

Source: Ministry of Health of Brazil – Hospital Information System of the Unified Health System (SIH/SUS). 95

Chart 3-18. – Average amount in international dollars (Int$ 2019) reimbursed per hospital admission due to acute coronary syndrome (ACS), acute myocardial infarction (AMI), and chronic coronary syndrome (CCS) to the public health system in Brazil, 2008-2019.

Chart 3-18

Source: Ministry of Health of Brazil – Hospital Information System of the Unified Health System (SIH/SUS). 95

Chart 3-19. – Total amount in international dollars (Int$ 2019) reimbursed for hospital admissions due to primary percutaneous coronary intervention (PCI), non-primary PCI, and coronary artery bypass graft (CABG) surgery to the public health system in Brazil, 2008-2019.

Chart 3-19

Source: Ministry of Health of Brazil – Hospital Information System of the Unified Health System (SIH/SUS). 95

Overview and Prevalence

• Ischemic heart disease, also known as CHD, comprises a spectrum of symptomatic and asymptomatic clinical conditions typically related to a reduction in blood flow to the heart muscle. The most common cause is atherosclerotic disease in the coronary arteries, a chronic condition with varied presentations, progressing from a long asymptomatic phase to stable angina, AMI, and unstable angina. Ischemic heart disease is a common cause of heart failure, with reduced or preserved left ventricular ejection fraction, ventricular arrhythmias, and sudden cardiac arrest.

• Ischemic heart disease was the leading cause of death in Brazil in the last decade, for men and women. Because of its wide range of clinical presentations, the reported IHD prevalence, incidence, and mortality vary widely, depending on the population and healthcare setting studied.

Ischemic Heart Disease

• According to data from the GBD study, the number of individuals living with IHD, defined as those with previous AMI, stable angina, or ischemic heart failure, in Brazil increased from 1.48 million in 1990 to more than 4 million in 2019 (Table 3-1), and the crude IHD prevalence increased from 0.99% to 1.85% in the period (Chart 3-1). These rates sharply increased with aging: 0.4%, 4.4%, and 14.0% among individuals aged 15-49 years, 50-69 years, and 70 years or older, respectively, in 2019. In all age strata, IHD was more frequent in males than in females (Chart 3-2). 46

• The continuous increase in the number of IHD cases can be explained by the population growth and aging, because the age-standardized prevalence rate remained stable from 1990 to 2019 (percent change: -1%, Table 3-1 and Chart 3-1). In 2019, the age-standardized IHD prevalence was 1709 (95% UI, 1466-1994) per 100 000 inhabitants in the total population (Table 3-1), 1046 (95% UI, 905-1209) per 100 000 females and 2534 (95% UI, 2170-2975) per 100 000 males. 46

• In general, there was a difference in the age-standardized IHD prevalence among the Brazilian regions in 2019, with the highest prevalence rates observed in the Southeastern and Southern regions (state of Minas Gerais: 1878 per 100 000 inhabitants; states of Paraná and Santa Catarina: ~1750 per 100 000), and the lowest prevalence rates in the Northern region (state of Amapá: 1496 per 100 000, Table 3-1). 46

• The self-reported prevalence of IHD was 2.7% in the baseline assessment of the ELSA-Brasil cohort in 2008-2010. This cohort was composed of more than 15 000 civil servants aged 35-74 years from six cities (Salvador, Vitória, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, and Porto Alegre). The prevalence was higher in males and individuals in the lower socioeconomic level. 80

Myocardial Infarction

• The reported prevalence of AMI was 4.0% in the May Measurement Month 2017 cross-sectional survey of 7260 individuals from different ethnicities and regions of Brazil. Participants (56% women; mean age, 51.6±16.1 years) were mainly recruited from hospitals and indexed clinics. 81

Types of Acute Coronary Syndrome

• The large prospective ACCEPT registry, planned by the Brazilian Society of Cardiology, enrolled 4782 patients with ACS in 53 institutions (public hospitals, health maintenance organizations, and private services) from the five Brazilian regions. The sites were mostly tertiary, with high availability of PCI and cardiac surgery. Participants were included between 2010 and 2014. The percentages of patients with unstable angina, non-STEMI, and STEMI were 30%, 34%, and 36%, respectively. 82

• The BRACE study, a cross-sectional, epidemiological registry of ACS patients, used a stratified “cluster sampling” methodology to select services that were representative of all hospitals with intensive care or cardiology unit in Brazil. Among 1150 patients from 72 hospitals included in the study from 2007 to 2009, 54% had STEMI. Among the remaining patients with non-ST elevation ACS, 67% had non-STEMI, while 33% had unstable angina. 83 , 84

• In the ERICO study, a prospective cohort of patients admitted with ACS in a university hospital in the city of São Paulo, among 964 participants recruited from 2009 to 2012, the initial diagnosis was unstable angina in 33%, non-STEMI in 39%, and STEMI in 28% of the cases. 85

• The BRIDGE-ACS trial was a cluster-randomized study involving 1150 patients with ACS recruited from general public hospitals in Brazilian major urban areas in 2011. The rates of diagnosis of unstable angina, non-STEMI, and STEMI were 24%, 36%, and 40%, respectively. 86

Stable Angina

• Regional population surveys conducted in 2007, applying the Angina Rose questionnaire, reported a prevalence of angina of 12.3% among adults aged ≥30 years in the city of Ribeirão Preto, and of 8.2% among individuals aged ≥40 years in the city of Pelotas. 87 , 88

• According to the 2013 PNS, an epidemiological home-based survey, country-wide representative, the overall prevalence rates of class I and class II angina were 7.6% (95% CI, 7.2%-8.0%) and 4.2% (95% CI, 3.9%-4.5%), respectively. 89

• Self-reported angina pectoris was more prevalent in females than in males in all studies described.

• It is important to note the higher prevalence rates observed in prospective surveys as compared to national statistics. Self-reported assessments of angina are very sensitive but not specific to CHD, because they require neither confirmatory exams nor health reports. In addition, national statistics might underrepresent the true epidemiology of CHD, considering its asymptomatic nature.

Incidence

• The GBD study estimated an incidence of 260 661 (95% UI, 230 100 - 293 617) IHD events (mainly myocardial infarction) in Brazil in 2019. As expected, the incidence rate was strongly associated with aging: 29 (95% UI, 23-36), 323 (95% UI, 268-386), and 737 (95% UI, 625-868) per 100 000 individuals aged 15-49 years, 50-69 years, and 70 years or older, respectively. In all age groups, IHD was more incident in males than in females (Chart 3-3). 46

• In 2019, the age-standardized incidence rate was 110 (95% UI, 97-124) per 100 000 inhabitants in the whole population, 78 (95% UI, 69-88) per 100 000 females, and 148 (95% UI, 130-166) per 100 000 males. 46

• While the crude IHD incidence rate continuously increased from 1990 to 2019, the age-standardized rate slightly decreased (-15%) from 1990 to 2000, remaining stable thereafter (percent change from 2000 to 2019: 3%). From 1990 to 2019, the percent change in the age-adjusted incidence rate of IHD was -12% (95% UI, -15% to -10%) in the total population, and 7% (95% UI, 1% to 12%), 2% (95% UI, -1% to 6%), and -19% (95% UI, -22% to -16%) among individuals aged 15-49 years, 50-69 years, and 70 years or older, respectively. 46

• In a systematic review from public health data in 2012, the incidence rates of AMI and ACS per 100 000 inhabitants were 29.8 and 38, respectively. 8

Mortality

• According to the GBD estimates, there were 171 246 deaths due to IHD in Brazil in 2019 (Table 3-2), corresponding to 12% (11%-13%) of total deaths in the country and 43% of all CVD deaths. 46

• The crude mortality rate attributed to IHD was 79 (95% UI, 72-83) per 100 000 inhabitants in 2019. The rates increased with aging: 11 (95% UI, 11-12), 149 (95% UI, 142-156), and 751 (95% UI, 651-807) per 100 000 individuals aged 15-49 years, 50-69 years, and 70 years or older, respectively. In all age groups, the mortality rate was higher in males than in females (Chart 3-4). 46

• In 2019, the age-standardized mortality rate due to IHD was 75 (95% UI, 68-79) per 100 000 inhabitants in the total population (Table 3-2), 58 (95% UI, 51-63) per 100 000 females and 96 (95% UI, 88-101) per 100 000 males. 46

• In 2019, IHD ranked as the number one cause of death in Brazil in all but two Federative Units (states of Amazonas and Amapá, where IHD was the second most frequent cause of death). In addition, IHD was the main cause of death in both females and males over 50 years of age, and the third cause of fatalities among men aged 15-49 years (after interpersonal violence and road injuries). 46

• According to the GBD study, the unadjusted mortality rate due to IHD mildly increased from ~2005 to 2019, while the age-standardized rate continuously decreased from 1990 to 2019 (cumulative percent change: -53%, Table 3-2 and Chart 3-5). 46

• The decrease in the mortality rate from 1990 to 2019 was less pronounced in individuals aged 15-49 years (-34.9%, 95% UI, -38.5% to -31,1%) as compared to those aged 50-69 years (-47.8%, 95% UI, -50.6% to -45,0%) or 70 years or older (-46.5%, 95% UI, -50.1% to -43,7%). 46

• Regional differences in age-adjusted mortality rates and trends over time were noted. In 1990, rates were higher in the Southern and Southeastern regions, and lower in the Northern and Northeastern states. From 1990 to 2019, a reduction in mortality rates was observed in all states (less impressive in the Northeastern) and the heterogeneity among regions was progressively attenuated (Chart 3-6). The mildest variations occurred in the states of Ceará (-17%) and Maranhão (-21%), whereas the most pronounced decreases were detected in the Distrito Federal (-65%) and the states of Minas Gerais (-63%) and São Paulo (-62%, Table 3-2). A negative correlation was observed between the change in age-standardized mortality rate from IHD in the period and the 2019 SDI ( r 20.61, p-value &lt; 0.01, Chart 3-7). 46 , 90 In 2019, the lowest death rates were observed in the states of Amazonas (56 per 100 000) and Minas Gerais (59 per 100 000), whereas the highest rates were noted in the states of Maranhão (104 per 100 000) and Pernambuco (102 per 100 000, Table 3-2). 46

• In a temporal analysis of data from the Brazilian Ministry of Health, the coefficient of death related to IHD remained stable for women in the Northern and West-Central regions between 1981 and 2001, whereas it decreased in the Southern and Southeastern regions, and increased in the Northeastern. For males, there was a trend towards a decrease in events in the Southern and Southeastern regions. 91

• An analysis conducted in the DATASUS from 1990 to 2009 demonstrated a reduction in the age-adjusted mortality rate due to IHD in Brazil. The rate reduced from 195 to 149 per 100 000 males (variation: -23.4%) and from 120 to 84 per 100 000 females (variation: -29.5%). 92

• The proportion of deaths caused by CVD has remained stable over the last decades, with reports ranging from 26% to 32%, according to the year. An ecologic study in the city of Porto Alegre, including individuals aged 45-64 years, demonstrated that CVD was responsible for 28.5% of all deaths in 2009. Of those, 40% were related to IHD, whose proportion was higher among those with a lower socioeconomic status (42.7%) than those with a higher socioeconomic status (26.3%). 93

• In a national ecologic study including individuals aged 35-64 years, the rate of death related to IHD was 84 ± 30 per 100 000 inhabitants from 1999 to 2001. The incidence of events was directly related to the poverty rate and lower educational attainment. Importantly, there was wide variability in the results across the 98 participating cities, probably due to data quality. 94

Mortality Related to Acute Coronary Syndromes

• According to the SIH/SUS, the in-hospital mortality rate among patients treated for ACS in the public service setting remained stable from 2008 to 2019 [2.2% (1404 deaths out of 63 913 admissions) and 2.1% (1449 out of 70 013), respectively] (Chart 3-8). There was a modest negative correlation between the in-hospital mortality rate during treatment for ACS in 2019 and the SDI ( r 20.27, p-value = 0.01), with higher rates detected in the Northeastern and Northern states (Chart 3-9). 90 , 95

• Among individuals admitted with AMI, the in-hospital mortality rate decreased from 15.9% (7627 deaths in 48 114 admissions) in 2008 to 12.9% (10 445 deaths in 80 944 admissions) in 2019, a percent change of -19% (Chart 3-8). A mild negative correlation between the in-hospital mortality rate during hospitalization for AMI in 2019 and the SDI was observed ( r 20.18, p-value = 0.03, Chart 3-10). 90 , 95

• Several Brazilian ACS registries reported the outcomes of individuals admitted with ACS. In general, the mortality rate in registries is lower than that reported in the SIH/SUS. Several studies highlighted regional differences in treatment practices and mortality, as well as poorer outcomes in patients treated in public services as compared to those admitted to private hospitals. 82

• In the ACCEPT registry, among 2485 ACS patients recruited from 47 Brazilian hospitals in 2010/2011, the all-cause mortality at 30 days was 1.8% for unstable angina, 3.0% for non-STEMI, and 3.4% for STEMI. 97

• In a subsequent report from the ACCEPT registry analyzing a total of 4782 patients recruited up to 2014, the rate of major cardiovascular events was 13.6% after 1 year of follow-up. Events occurred more frequently among patients from the SUS (16.6 per 100 patients/year), as compared to private patients or those with health insurance (9.1 per 100 patients/year). In addition, a regional discrepancy in the rate of death at 1 year was noted, with higher numbers in the Northern region (19.8%; 95% CI, 12.6%-27.0%) and lower rates in the Northeastern region (5.6%; 95% CI, 3.7%-7.5%). 82

• In the BRACE cross-sectional registry, the overall in-hospital mortality was 5.2% among 1150 ACS patients recruited from 2007 to 2009 in 72 hospitals representative of all national services with intensive care or cardiology unit. 83 , 84

• The RBSCA registry enrolled 2693 patients between 2003 and 2008, including 45% of AMI cases. The in-hospital mortality rate was 3.1% for those with unstable angina and 7.7% for those with AMI, leading to an overall rate of 5.5%. 98

• In a retrospective, multicenter study of 3745 patients admitted for ACS between 2010 and 2015, the in-hospital all-cause mortality was 3.3%, and 454 (12.2%) patients experienced at least one major adverse event (reinfarction, shock, bleeding, stroke, or death). 99

• In the ERICO study, the mortality rate was 4.4% at 30 days and 12% at 1 year among 964 patients admitted with ACS from 2009 to 2012. 85

• In an observational longitudinal study undertaken from 2011 to 2014 in a high-complexity hospital in the city of Belo Horizonte, the in-hospital mortality was 9.1% among 788 patients with STEMI and 7.6% among 341 patients with non-STEMI. 100

• In a study from the Minas Telecardio 2 Project, conducted in 2013 and 2014 in six emergency units in the city of Montes Claros, among 593 patients with ACS, the in-hospital mortality was 9.4%, ranging from 4.9% for unstable angina to 17% for STEMI cases. 101

• In the RESISST registry, 520 STEMI patients were admitted to public healthcare units interconnected through a Regional Integrated Care Network, from January 2011 to June 2013. Only 41% of the patients underwent reperfusion therapy, and the 30-day mortality rate was 15.3%. 102

• In the VICTIM Registry, statewide data from the state of Sergipe collected from 2014 to 2017 identified 707 cases of STEMI with in-hospital mortality of 10.9%. There was a significantly higher mortality rate for those admitted to public hospitals compared to those admitted to private services (11.9% versus 5.9%, respectively). 96

• Among 1263 non-STEMI patients admitted to a private hospital in the city of São Paulo from 2014 to 2018, the in-hospital mortality rate was 1.3%. 103

• Among 1852 STEMI patients admitted to municipal emergency rooms in the city of São Paulo from 2010 to 2016 and undergoing a pharmaco-invasive treatment, the in-hospital mortality was 4.0% among patients aged <75 years and 18.2% among those aged ≥75 years. 104

• Mortality rates were reported in a registry of 542 consecutive patients admitted with STEMI and undergoing primary PCI between March 2011 and February 2017 in a tertiary university hospital in the city of Porto Alegre. In-hospital death occurred in 10.7% during the study period and was stable from 2011 to 2016. The 1-year mortality rate was 16.6% with a decreasing trend from 2011 to 2016. 105

•A 21-year time series study explored trends in AMI-related mortality according to sex, regions of Brazil, and type of city (state capital versus non-capital). Mortality data were retrieved from the Mortality Information System of the Brazilian Ministry of Health and the authors applied procedures to correct mortality rates for ill-defined causes, use of garbage codes, and underreporting. From 1996 to 2016, the age-standardized mortality rate from AMI declined 44% in the country, with substantial regional differences (percent changes: +5% in the North, +11% in the Northeast, -35% in the West-Central, -68% in the Southeast, and -85% in the South). Moreover, temporal changes were more pronounced in females than in males, and in capital cities than in non-capital cities. The corrected age-standardized mortality rate from AMI decreased 49% and 23% in females living in capital cities and in other municipalities, respectively, from 1996 to 2016. Among males, the respective declines were 43% and 17%. Importantly, improvements in the quality of data (e.g., decrease in underreporting) have occurred over the years; this phenomenon is more recent in the Northern and Northeastern regions and in non-capital cities. 106

Mortality Related to Percutaneous Coronary Intervention

• According to the SIH/SUS, the in-hospital mortality rate among patients undergoing any PCI in public hospitals remained fairly stable from 2008 to 2019 [2.4% (1112 deaths out of 46 683 admissions) and 2.7% (2625 out of 96 930), respectively], with a percent change of 14% (Chart 3-8). In 2019, these rates ranged from 2.4% in the Southeastern to 3.5% in the Northeastern region. Among those who underwent primary PCI, the in-hospital mortality was 6.8% (765 fatalities out of 11 270 procedures), ranging from 5.9% in the Northern, Southern, and West-Central regions to 7.3% in the Southeastern region. 95

• In a cohort study undertaken from 2009 to 2013 (Brazilian PCI multicenter registry), among 4806 patients undergoing PCI (69% with recent AMI) in eight tertiary referral medical centers, the in-hospital mortality rate was 2.6%. 107

• In another PCI registry including 1249 consecutive patients in 2009, the total mortality rate was 2.3%, ranging from 0.2% for patients with stable angina to 6.1% for those with STEMI. 108

• In a study that evaluated PCIs in public hospitals from 2005 to 2008, 166 514 procedures were performed in 180 hospitals. The average in-hospital mortality was 2.3%, ranging from 0% to 11.4%. This rate was lower in the Southeastern region (2.0%) and higher in the Northern region (3.6%). The in-hospital mortality rate was 2.3% in high-volume hospitals, accounting for 101 218 (60.8%) PCIs, 2.3% in medium-volume hospitals, and 2.5% in low-volume hospitals. Mortality rate was higher among females and patients older than 65 years. 109

• Most reports originate from public institutions, and data from private hospitals are limited. An analysis of 440 procedures performed in a public and another private hospital in the city of Rio de Janeiro between 2013 and 2014 showed low mortality (0.5%), with similar rates in both institutions. 110

• Differences in in-hospital mortality after PCI according to femoral or radial access were retrospectively analyzed in 158 363 patients enrolled in the CENIC Registry between 2006 and 2016 (52% with stable CHD). Use of radial access progressively increased from 12% in 2006 to 50% in 2016 and was associated with lower in-hospital mortality rate as compared to femoral access in an analysis with propensity score matching (0.4% versus 0.7%; OR, 0.59; 95% CI, 0.47-0.74; p < 0.001; n = 54 242 patients). 111

• In 847 patients older than 90 years undergoing PCI (68% with ACS) and included in the CENIC Registry between 2006 and 2016, the in-hospital mortality rate was 4.8%. 112

• There are scarce data on long-term survival rates of patients undergoing PCI. In an analysis from procedures performed in the state of Rio de Janeiro between 1999 and 2000 in all public hospitals including 19 263 individuals, 1-year survival was 93% and 15-year survival was 57%. In that study, women, as compared to men, had a higher survival rate within 15 years after PCI. 113

Mortality Related to Coronary Artery Bypass Graft Surgery

• According to the SIH/SUS, the in-hospital mortality rate among patients undergoing CABG surgery in public institutions was 7.0% (1566 deaths in 22 537 procedures) in 2008 and 6.1% (1432 in 23 488 admissions) in 2019, a percent change of -12% (Chart 3-8). In 2019, the lowest rate was observed in the Northeastern region (4.4%), while the highest rate was found in the West-Central region (10.0%). 95

• The BYPASS registry is an ongoing database established in 2015 by the Brazilian Society of Cardiovascular Surgery and involves 17 institutions representing all Brazilian regions. Among 2292 patients enrolled until November 2018 who underwent isolated or combined CABG, the in-hospital mortality rate was 2.8%, while 5.3% stayed on mechanical ventilation for more than 24 hours and 1.2% had an in-hospital stroke. 114 , 115

• The MASS II trial was a single-center randomized clinical trial designed to compare the long-term effects of medical therapy, angioplasty, or surgical strategies for the treatment of multivessel CAD with stable angina and preserved ventricular function conducted before 2007. The in-hospital mortality rates for PCI and CABG were 2.4% and 2.5%, respectively. 116 The 10-year survival rates were not significantly different between the groups: 75% for CABG, 75% for PCI, and 69% for medical therapy (p=0.089). 117 In another trial of the same group (MASS III), similar 10-year survival rates were described. 118

• In the REPLICCAR-I Registry, 2961 patients underwent isolated CABG in 10 hospitals between 2013 and 2016. The all-cause mortality rate was 3.4% at 30 days and 5.3% at 4 years of follow-up. 119

• Several other single-center experiences, with both retrospective and prospective analyses, described short-term mortality for patients who underwent CABG ranging from 1.9% to 11.7%. 120

Burden of Disease

• The GBD 2019 estimated a rate of 1563 (95% UI, 1472-1636) DALYs lost per 100 000 individuals due to IHD (Table 3-3). This DALY rate was equivalent to 5.7% (95% UI, 5.1%-6.3%) of all DALYs, meaning that IHD was the second most common cause of DALYs in Brazil among females (after neonatal disorders) and males (after interpersonal violence) in 2019. 46

• From 1990 to 2019, the total number of DALYs attributable to IHD continuously increased, the crude DALY rate per 100 000 remained fairly stable, and the age-standardized DALY rate per 100 000 gradually declined 50% in the period (Table 3-3, Chart 3-11). 46

•When considering the Brazilian regions, the trend of age-standardized DALY rate from 1990 to 2019 resembles what was observed for mortality rates. In 1990, the highest rates were in the Southern and Southeastern regions, whereas the lowest rates were in the Northern and Northeastern regions. All states showed reductions in the age-adjusted DALY rate in the period, with variations of smaller magnitude in the Northern and Northeastern regions, so that the heterogeneity among the regions diminished (Chart 3-12). The states with the least pronounced decreases were Ceará (-16%), Paraíba (-25%), and Alagoas (-26%, Table 3-3). There was a negative correlation between the change in age-standardized DALY rate from IHD in the period and the SDI ( r 20.59, p-value < 0.01, Chart 3-13). 46 , 90 In 2019, the lowest DALY rate was reported in the state of Amazonas (1106 per 100 000), whereas the highest rates were noted in the states of Maranhão (2157 per 100 000) and Pernambuco (2163 per 100 000, Table 3-3). 46

• Most of the DALYs associated with IHD were due to YLLs. The age-standardized rate of YLL was 1501 (95% UI, 1408-1574) per 100 000. These YLLs represented 9.1% (95% UI, 8.6%-9.6%) of all YLLs in 2019. This rate halved from 1990 to 2019, with a percent change of -50.8% (95% UI, -53.1% to -48.5%). 46

• The age-adjusted rate of YLDs attributable to CHD was 63 (95% UI, 41-89) per 100 000. From 1990 to 2019, this rate reduced by 5% (95% UI, -7% to -3%). 46

Healthcare Utilization and Cost

• According to SIH/SUS administrative data, the absolute number of hospital admissions for ACS to public institutions remained stable from 2008 to 2019 (Chart 3-14). In 2019, there were 70 204 hospital admissions (33.4 per 100 000 inhabitants) due to ACS in the country. The number of hospitalizations due to AMI increased from 47 358 in 2008 to 80 614 in 2019 (percent change: 70%) or from 25.0 to 38.4 per 100 000 inhabitants (percent change: 54%, Chart 3-14). Hospital admissions due to CCSs decreased from 12 393 (6.5 per 100 000) in 2008 to 6703 (3.2 per 100 000) in 2019 (Chart 3-14). 95

•Hospital admissions in the public service for non-primary PCIs more than doubled from 2008 (n= 38 635) to 2019 (n= 85 518, Chart 3-15), while primary PCIs for AMI management increased by 45% (from 7 648 to 11 099). Considering rates per 100 000 inhabitants, the values for non-primary PCI were 20.4 in 2008 and 40.7 in 2019 (percent change: 100%) and those for primary PCI were 4.0 in 2008 and 5.3 in 2019 (percent change: 31%). Meanwhile, the total number of CABGs remained stable in the period (Chart 3-15), totalizing 21 018 procedures (10.0 per 100 000 inhabitants) in 2019. As a consequence, percutaneous myocardial revascularization increased as compared to surgery, from 69% of all procedures in 2008 to 82% in 2019 (Chart 3-16). 95

• Most PCIs performed in public hospitals in the last years were categorized as non-primary PCIs. The percentage of primary PCIs among all PCIs remained stable from 2009 to 2019 (between 9% and 13%). 95

• In 2019, the average lengths of hospital stay for ACS, AMI, PCI and CABG surgery in public hospitals were 5.4, 8.7, 3.8, and 12.0 days, respectively, remaining stable since 2008. 95

• According to the SIH/SUS, the unadjusted annual cost associated with all admissions due to ACS to public hospitals increased from R$ 44 710 681 in 2008 to R$ 81 167 005 in 2019. In the same period, the annual cost related to hospitalizations for AMI increased from R$ 65 019 331 to R$ 151 123 021, while the cost associated with CCSs decreased from R$ 7 798 578 to R$ 6 475 644. Converting to purchasing power parity-adjusted Int$ 2019, the amount associated with treatment for ACS has slightly decreased in recent years, reaching Int$ 39 230 065 in 2019; this expenditure has remained stable in the setting of AMI (Int$ 73 041 576 in 2019) and diminished for CCS (Int$ 3 129 842 in 2019, Chart 3-17). 95

•In international dollars, the average reimbursed amount per hospital admission due to ACS, AMI, or CCS decreased from 2008 to 2019 (Chart 3-18). In 2019, the average expenditures per admission were R$ 1156 (Int$ 559), R$ 1875 (Int$ 906), and R$ 966 (Int$ 467) for ACS, AMI, and CCS, respectively. 95

• The SUS administrative database showed that the total amount reimbursed for non-primary PCIs was R$ 546 132 199 (Int$ 263 959 497) in 2019. The correspondent cost for primary PCIs was R$ 74 907 756 (Int$ 36 204 812). The average expenditure paid per patient was R$ 6386 (Int$ 3087) for non-primary PCI and R$ 6749 (Int$ 3262) for primary PCI. Regarding CABG, the total amount reimbursed was R$ 278 544 224 (Int$ 134 627 464), corresponding to a mean value of R$ 13 253 (Int$ 6406) per surgical procedure. 95

•In international dollars, the total annual cost due to non-primary PCI increased in recent years, while the annual cost related to primary PCI remained stable and the CABG expenditure declined (Chart 3-19). The average amount reimbursed per hospital admission has decreased for both PCI and CABG since 2008 (Chart 3-20). 95

• A global modeling approach was performed in 2015 to assess the economic impact (health system and productivity) of four heart conditions in Brazil (hypertension, heart failure, AMI, and atrial fibrillation), providing estimates of the annual cost for the year 2015. The four heart conditions were estimated to affect ~45.7 million people in Brazil, corresponding to 32% of the adult population. AMI posed the greatest financial cost, with an estimated prevalence of 0.2% (334 978 cases), a health system cost per case of US$ 48 118, and a productivity cost of US$ 18 678. 124

• The annualized cost for an individual with chronic CHD was estimated to be around R$ 2733 ± 2307 by the SUS, with the outpatient cost being responsible for 54% of the total. For private insurance plans, the cost was estimated to be R$ 6788 ± 7842, with 69% of which related to inpatient costs. For outpatient costs, medications were responsible for R$ 1154, representing, for public and private payers, 77% and 55% of the outpatient costs and 42% and 17% of the total cost, respectively. 125

• In a report from a CHD clinic of a public hospital, the mean annual cost per outpatient was US$ 1521 (2015 currency). The mean cost per hospitalization was US$ 1976, and the expenses were higher in the first and last years of follow-up. Unstable angina, revascularization procedures, diabetes, hypertension, and obesity were predictors of higher hospitalization costs. 126

• Data from 2008 to 2014 estimated that 4 653 884 diagnostic tests were performed for CVD in Brazil, including 3 015 993 electrocardiograms, 862 627 invasive angiographies, and 669 969 nuclear tests, leading to an overall cost of US$ 271 million. In this national geospatial evaluation of health access, ACS mortality was associated with lower income, fewer nuclear tests, and an increase in exercise electrocardiogram tests and cardiac catheterization procedures. 127

• A study using micro costing methodology evaluated the costs associated with PCI in 40 patients from two public teaching hospitals in 2017. The median cost of PCI was R$ 4579 in one hospital and R$ 3156 in the other. Most of the expenditure was due to the prosthesis cost (72% and 81% of the total cost). 128

• In a quantitative, descriptive, and cross-sectional study carried out in a philanthropic hospital in the city of São Paulo, assessing 1913 consecutive patients who underwent CABG in 2012, the average cost per patient was US$ 7993 (median US$ 6463). The amount paid by the public health system was US$ 3450 (median US$ 3159), resulting in a deficit of 51% of the total cost for the providers. 129

• A retrospective analysis of medical claims of beneficiaries of health insurance plans was performed considering hospitalization costs for patients admitted with ACS between 2010 and 2012. The mean cost per patient on medical therapy only was R$ 18 262, for those undergoing PCI, R$ 30 611, and for those undergoing CABG, R$ 37 455. 130

• An analysis of 240 patients undergoing isolated CABG in a reference hospital in 2013 showed an average hospitalization cost of R$ 22 647 ± 28 106 (R$ 35 400 ± 40 509 for those with some complication and of R$ 13 997 ± 5 801 for those without complication). 131

• A cost analysis of 101 patients undergoing PCI at the SUS in 2014/2015 showed a median cost of R$ 6705 ± 3116 per patient. Costs were lower for elective PCI (R$ 5085 ± 16) than for PCI due to ACS (R$ 6854 ± 3396). 132

Quality of Care

• Several publications addressed the quality of care in ACS in Brazil. 82 , 83 , 85 , 86 , 96 , 100 These studies highlight the opportunities for healthcare improvement, as well as the regional differences and heterogeneity of public and private services that may impact the outcomes as described above. Moreover, some publications reported on the implementation of strategies to optimize the quality of care in ACS. 86 , 102 , 133 , 134

• In the prospective registry ACCEPT, the rate of full adherence to guideline-recommended medications (dual antiplatelet therapy, parenteral anticoagulants, statins, and beta-blockers) was 62% soon after admission for ACS. Among patients with STEMI (n=1714), 82% were treated with either fibrinolysis or primary PCI. Rates of reperfusion therapies for AMI differed according to the region of the country: 87%, 85%, 73%, 67%, and 66% in the Southern, Southeastern, Northeastern, West-Central, and Northern regions, respectively. Acetylsalicylic acid was prescribed in 95% of the cases on discharge and 86% at 12 months of follow-up. P2Y12 receptor inhibitors were prescribed in 92% of the instances on admission, 79% on discharge, and 47% after 12 months. Statins were recommended to 93% of the patients on discharge and 83% after 12 months. Therapy considered incomplete and hospitalization in a public institution, among other factors, were associated with major cardiovascular events. 82

• In the BRACE cross-sectional analysis, the quality of care in ACS was measured by a performance score that included ASA prescription on hospital admission, ASA/beta-blocker/statin prescription on discharge, and reperfusion therapy to STEMI patients within 12 hours from symptom onset, among other factors. Importantly, lower scores were independently associated with a higher risk for hard outcomes and in-hospital death. The score was lower in the Northern and Northeastern regions than in the rest of the country both within the first 24 hours and on hospital discharge. Higher scores were observed in teaching versus non-teaching hospitals. No significant difference in the scores was detected between public and private institutions, although reperfusion therapy for STEMI was more frequent in private hospitals (86% versus 75%), while ASA/statin prescription on discharge was more common in public hospitals. Overall, the percentages of patients prescribed ASA, statin, and beta-blocker at discharge were 86%, 82%, and 69%, respectively. 83

• Among participants included in the ERICO study between 2009 and 2012, reperfusion therapy was performed in 72% of STEMI cases. The rates of medical treatment during hospitalization were as follows: 98% for ASA, 96% for clopidogrel and heparin, 92% for statins, and 84% for beta-blockers. 85

• In the VICTIM study, the mean time between symptom onset and hospital admission was longer in the context of the public service as compared to private hospitals (25 ± 37 versus 9 ± 21 hours; respectively, P <0.001). The rate of primary PCI was lower in public services than in private hospitals (45% versus 78%, respectively, P <0.001). 96

• In a university hospital in the city of Belo Horizonte, compliance with 13 pre-specified performance measures was evaluated in 1129 patients with STEMI or non-STEMI hospitalized between 2011 and 2014. The median compliance was 83% and the treatment of 67% of the patients reached at least 80% of the quality measures. The rate of reperfusion therapy in STEMI cases was 56%. 100

• In a study from the Minas Telecardio 2 Project, 593 patients with ACS were included between 2013 and 2014. Among individuals with STEMI, 46% received reperfusion therapy, mostly primary PCI. The door-to-balloon time was greater than 90 minutes in 37.5% of those patients. Overall, the rates of ASA, P2Y12 inhibitor, and statin prescriptions were 97%, 86%, and 81% within 24 hours, and 93%, 69%, and 86% on discharge, respectively. 101

• In another publication from the Minas Telecardio Project 2, the quality of care for STEMI was evaluated before (n = 214) and after (n = 143) the implementation of a coordinated management protocol that took place between 2014 and 2015. The rate of reperfusion therapy increased from 71% to 81% (P = 0.045), while the percentage of patients being prescribed ASA and P2Y12 inhibitors increased from 94% and 88%, respectively, to 100% in both cases. In addition, a non-significant decrease in the odds of in-hospital death was reported (OR, 0.73; 95% CI, 0.34–1.60). 133

• In a retrospective observational study of public services in the city of Belo Horizonte, the in-hospital mortality rate reduced after the implementation of an AMI management system, including tele-electrocardiography (12% in 2009 and 7% in 2011, P < 0.001). 134

• The RESISST study reported outcomes in STEMI before and after the implementation of an integrated regional network supported by telemedicine in the city of Salvador, Bahia state. The authors reported an increase in the rates of primary reperfusion (from 29% to 54%, P <0.001), a decrease in the 30-day mortality rate (from 20% to 5%, P <0.001), and an increase in the use of dual antiplatelet therapy and statins. 102

• The BRIDGE-ACS trial was a cluster-randomized study that evaluated a multifaceted quality improvement program for the treatment of patients with ACS. Compared to routine practice, the intervention, which included educational materials for clinicians, reminders, algorithms, and case manager training, increased the odds of receiving eligible medications. Moreover, the rates of in-hospital cardiovascular event were 5.5% in the intervention group and 7.0% in the control group (population average OR [ORPA], 0.72 [95% CI, 0.36-1.43]), whereas the 30-day all-cause mortality rates were 7.0% and 8.4% in the intervention and control groups, respectively (ORPA, 0.79 [95% CI, 0.46-1.34]). 86

Future Research

• Additional data are needed for further understanding of the epidemiological distribution of CHD in Brazil, in particular:

1. development of nationwide databases aiming at gathering accurate and real-time information on the epidemiology of distinct clinical presentations of CHD, including delivery of care, performance, and outcome measurements;

2. systematic reviews of prevalence and mortality rates of ACS, stable angina, PCI, and CABG, including representative samples of all geographical areas of the country;

3. assessment of the effectiveness of structured nationwide programs for quality and performance measurement of different providers (public, non-for-profit, and for-profit) to understand the current situation, as well as for designing strategies aimed at reducing CVD morbidity and mortality;

4. additional economic and cost-effectiveness analyses of the impact of CHD and its diagnostic and therapeutic interventions, from a macro level and using micro costing methods for both the public and private healthcare systems;

5. development of structured programs to assess the prevalence, incidence, and clinical and economic impact of chronic CHD in the outpatient setting.

4. CARDIOMYOPATHY AND HEART FAILURE

ICD-10 I42; I50; B57.2

See Tables 4-1 through 4-12 and Charts 4-1 through 4-10

Table 4-1. – Number of prevalence cases, age-standardized prevalence rates (per 100 000) of cardiomyopathy and myocarditis, and percent change of rates, in Brazil and its Federative Units, 1990 and 2019.

Location 1990 2019 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) n (95% UI) Rate (95% UI)
Brazil 55954.8 (38550.4;80474.4) 76.6 (53.4;107.2) 164904.6 (115339.9;226269.4) 73 (51.1;100.1) -4.7(-9.5;0.8)
Acre 77.6 (51.6;113) 59.8 (41.8;84.7) 292.2 (203.7;411.2) 55.7 (39.2;77.4) -6.9(-20.7;9.3)
Alagoas 893 (594.6;1319.1) 78.1 (54;111.5) 2230.7 (1576.7;3140.2) 75 (52.4;105.5) -4.1(-17.2;11.5)
Amapá 53.5 (36.2;77.7) 68.9 (48.4;97) 273.7 (192.5;385.7) 64.4 (45.2;89.3) -6.5(-19.7;8.1)
Amazonas 350.6 (236.1;515.3) 60.3 (42.1;85.6) 1454.6 (1014.7;2010.9) 58.1 (40.5;81) -3.6(-17;11.8)
Bahia 3814.2 (2517.2;5533.9) 64.4 (43.6;91.4) 10094 (7121;14112.7) 63.7 (44.6;90.4) -1.1(-16.6;16.1)
Ceará 3069.9 (2131.5;4409.4) 80.8 (56.5;114.9) 7835.9 (5565.8;10891.2) 80.5 (56.9;111.8) -0.4(-13.8;15.1)
Distrito Federal 272.9 (165.7;416.5) 78.5 (52.8;112.3) 1545.6 (995;2290.9) 72.7 (48.6;102.9) -7.3(-20;6.7)
Espírito Santo 791.4 (533;1142.4) 66.3 (46;94.8) 2501.4 (1761.3;3478.5) 61 (43;84.1) -8(-20.4;6.7)
Goiás 1075.7 (651.2;1638) 74.8 (47.6;108.2) 4744.9 (3123.1;6832) 77.9 (51.8;110.8) 4.2(-9.8;20.3)
Maranhão 1059.9 (715.7;1564.1) 48.1 (33.1;68.5) 3064.9 (2111.4;4342) 49.1 (33.7;69.3) 2.2(-13.4;21.1)
Mato Grosso 351.2 (234.6;519.3) 65.6 (46;93) 1782.3 (1254;2514) 62.2 (44.1;87.1) -5.1(-18.9;11.9)
Mato Grosso do Sul 518.2 (340.8;741.9) 77.6 (53.1;110.1) 2082 (1444.7;2891.3) 76.7 (53.4;105.2) -1.1(-15.4;14.6)
Minas Gerais 6511.9 (4300.2;9654.8) 82.8 (56.3;117.4) 20996.2 (14121.1;29608.6) 80.2 (53.7;113.4) -3.1(-15.6;11.8)
Pará 984.4 (668;1427.3) 59.5 (41.7;83.5) 3612.3 (2515.8;5033) 57.8 (40.4;80.2) -3(-17.1;12.7)
Paraíba 2080.3 (1423.6;2989.5) 94 (65;132) 4211.6 (2938.5;5780.8) 86.6 (60;119.7) -7.9(-19.8;5.9)
Paraná 2664.2 (1754.8;3847.1) 71.5 (49.2;100.3) 8066.4 (5604.5;11456.8) 64.4 (45.1;90.7) -9.9(-21.9;4.4)
Pernambuco 2580.1 (1749.8;3669.6) 64.6 (44.8;90.5) 5776.7 (4013.6;8097.6) 61.1 (42.4;85.4) -5.5(-19.1;9.3)
Piauí 636.4 (430.3;916.8) 54.2 (37.3;76.4) 1883.9 (1312;2665.4) 49.8 (34.7;70.9) -8.2(-21.6;8.2)
Rio de Janeiro 6696.9 (4702.4;9614.9) 83.2 (58.6;115.6) 16891.5 (11678.1;23485.5) 76.5 (53;105.9) -8.1(-20;5.6)
Rio Grande do Norte 902.7 (620.2;1261.7) 59.7 (41.7;82.6) 2195.4 (1530.2;3005.3) 56.9 (39.5;79.2) -4.8(-18.6;11.8)
Rio Grande do Sul 3317.1 (2244.1;4733.2) 60.5 (42.4;85.4) 8432.1 (5886.6;11731.4) 53.8 (37.8;74.4) -11.1(-23.5;3.9)
Rondônia 111.4 (68.3;174.7) 57 (39.6;80.7) 705.9 (490.3;1010.1) 53.2 (37.2;74.8) -6.6(-20.8;10.9)
Roraima 34 (22;50) 94.5 (65.8;133.1) 254.9 (173.2;359.1) 84.8 (57.9;118.4) -10.3(-22.8;3.5)
Santa Catarina 1501.3 (1036.2;2151.8) 74.6 (52.4;103.4) 5218.7 (3607.9;7226.4) 68.7 (47.8;95.2) -7.9(-19.6;6.2)
São Paulo 14932.1 (10004;21456.5) 94.1 (64.2;132.4) 46530 (32481.2;63983.6) 89.2 (63.1;122.9) -5.2(-17.1;9.4)
Sergipe 513.3 (343.1;744.4) 75.3 (52.4;104.8) 1526.3 (1062.2;2129.8) 72.8 (51;102.2) -3.2(-15.8;11.3)
Tocantins 160.6 (102.1;248.9) 54.4 (37;78.4) 700.4 (467.8;1009) 53.9 (36;77.6) -0.9(-15.2;15.5)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 4-12. – Rates of YLDs due to heart failure (per 100 000) and percent change of rates, by age and sex, Brazil, 1990 and 2017.

Age group and sex 1990 2017 Percent Change (95% UI)
All
Age-standardized 112.2 (82.8;141.2) 108.8 (81.4;134.5) -3 (-6.7;0.3)
Under 5 4.5 (2.7;7) 4.3 (2.6;6.8) -3.4 (-6;-0.6)
5-14 years 3.2 (1.9;5.1) 3.2 (1.9;5) -1.4 (-4.4;1.5)
15-49 years 8.7 (5.7;12.6) 10.4 (6.8;14.8) 18.7 (12.3;25.5)
50-69 years 165.8 (112.7;226.8) 166.4 (115.3;228.9) 0.3 (-3.8;5.5)
70+ years 1263.1 (919.3;1599.5) 1308.3 (988.6;1586) 3.6 (-3.2;10.2)
All Ages 59 (42.9;75.4) 110.6 (82.3;137.5) 87.5 (78.8;96.2)
Male
Age-standardized 112.9 (86.9;137.4) 105.2 (81.6;127.1) -6.8 (-10.9;-2.6)
Under 5 4.5 (2.7;7.1) 4.3 (2.6;6.8) -4.2 (-7.8;-0.2)
5-14 years 3.2 (1.9;5) 3.1 (1.8;4.9) -2.2 (-6.4;2)
15-49 years 7.9 (5.1;11.6) 9.5 (6.1;13.8) 19.8 (10.2;29.3)
50-69 years 165.5 (111.9;230.9) 165.8 (113.5;229.4) 0.2 (-5.9;6.8)
70+ years 1282.5 (973.9;1555.8) 1225.7 (980;1439.6) -4.4 (-11.1;3.4)
All Ages 55 (40.6;68.5) 94.5 (72.6;115.7) 71.9 (63.1;81.5)
Female
Age-standardized 111.2 (79.9;145) 110.9 (80.1;140.6) -0.3 (-4.9;4.2)
Under 5 4.4 (2.7;7) 4.3 (2.6;6.7) -2.6 (-6.3;1.7)
5-14 years 3.2 (1.9;5.2) 3.2 (1.9;5.1) -0.6 (-4.5;3.2)
15-49 years 9.5 (6.3;13.4) 11.2 (7.4;15.9) 17.9 (10.5;26.4)
50-69 years 166.1 (112.5;225.8) 166.9 (116.6;228.9) 0.5 (-5;6.7)
70+ years 1247.5 (876.2;1659.2) 1368.3 (992.5;1714.5) 9.7 (0.6;17.6)
All Ages 62.9 (44.1;82.5) 125.9 (90.9;159.5) 100.2 (88.8;111.5)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 4-1. – Prevalence rate (A) and crude prevalence rate (B) of cardiomyopathy and myocarditis, per 100 000 inhabitants, Brazil, 1990-2019.

Chart 4-1

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 4-10. – Trends of mortality from heart failure, from 2007 to 2016, in Brazil (BR), in the state of Rio Grande do Sul (RS), and in the city of Porto Alegre (POA).

Chart 4-10

Source: Nicolao et al. 169

Abbreviations Used in Chapter 4.

BREATHE Brazilian Registry of Heart Failure
ChCM Chagas Cardiomyopathy
ChD Chagas Disease
CI Confidence Interval
DALY Disability-Adjusted Life Years
FU Federative Unit
GBD Global Burden of Disease
HCM Hypertrophic Cardiomyopathy
HF Heart Failure
HF-PEF Preserved Ejection Fraction Heart Failure
HF-REF Reduced Ejection Fraction Heart Failure
HR Hazard Ratio
ICD-10 International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems, 10thRevision
IQR Interquartile Range
NChC Non-Chagas Cardiomyopathies
OR Odds Ratio
PAR Population Attributable Risk
REMADHE Repetitive Education at Six-Month Intervals and Monitoring for ADherence in Heart Failure Outpatients trial
SDI Sociodemographic Index
SEADE Data Analysis State System Foundation (in Portuguese, Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados )
SIM Brazilian Mortality Information System (in Portuguese, Sistema de Informações sobre Mortalidade )
SUS Brazilian Unified Health System (in Portuguese, Sistema Único de Saúde )
UI Uncertainty Interval
US United States of America
YLD Years Lived with Disability
YLL Years of Life Lost

Table 4-2. – Number of incidence cases, age-standardized incidence rate (per 100 000) of cardiomyopathy and myocarditis, and percent change of rates, in Brazil and its Federative Units, 1990 and 2017.

Location 1990 2017 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) n (95% UI) Rate (95% UI)
Brazil 54520.4 (48574.3;61320.7) 46.3 (41.5;52.1) 103879.4 (92495.6;117294.5) 46.7 (41.8;52.6) 0.8 (-0.3;1.8)
Acre 125.8 (111;143) 44.8 (40;50.7) 340.7 (303.3;383.1) 46 (41.1;52) 2.8 (-0.5;6.4)
Alagoas 826.5 (732.4;929.4) 43.6 (38.8;49.3) 1551.4 (1378.8;1749) 46.5 (41.5;52.4) 6.8 (3.5;10.2)
Amapá 85.4 (75.2;97.2) 47.5 (42.5;53.4) 311.1 (274.3;352.6) 47.6 (42.5;53.6) 0.3 (-2.8;3.9)
Amazonas 645.3 (565.6;732.6) 46.4 (41.5;52.6) 1586.5 (1410.7;1793.3) 46.6 (41.6;52.8) 0.5 (-2.9;4.3)
Bahia 4183 (3713.7;4708.9) 45.3 (40.3;50.9) 7177 (6366.6;8059.8) 45.1 (40;50.7) -0.3 (-3.4;2.7)
Ceará 2232.8 (1990.7;2511.3) 43.2 (38.7;48.7) 4589.2 (4084.6;5197.2) 46.4 (41.4;52.7) 7.5 (3.4;11)
Distrito Federal 502.7 (439.4;574.4) 45.2 (40.3;51.3) 1258.3 (1107.5;1428.3) 45.3 (40.4;51) 0.2 (-3.3;3.7)
Espírito Santo 976.1 (856.5;1104.3) 48.1 (42.8;54.4) 1992.5 (1757;2263.2) 48.2 (42.9;54.4) 0.2 (-3.2;3.8)
Goiás 1391.1 (1220.9;1574.2) 46.3 (41.4;52.2) 3233.1 (2869.8;3671.6) 47.3 (42.2;53.5) 2.3 (-0.8;5.4)
Maranhão 1568.5 (1390.4;1771.6) 43.3 (38.6;48.9) 3314.6 (2958.6;3716.8) 46.7 (41.7;52.6) 8 (4.5;12)
Mato Grosso 628.1 (549.8;715.5) 45.6 (40.7;51.7) 1567.2 (1394.8;1780.2) 46.8 (41.9;52.9) 2.7 (-1;6.3)
Mato Grosso do Sul 648.6 (572.4;728) 48.6 (43.4;54.8) 1426.5 (1264.1;1616.6) 50.6 (45.2;57) 4.1 (0.8;7.7)
Minas Gerais 5880.7 (5207.1;6646.3) 46 (41;52) 11181 (10003.5;12646.6) 47 (42.2;53.2) 2.2 (-1;5.5)
Pará 1548.2 (1365.8;1749.4) 45.4 (40.6;51.3) 3561 (3155.4;4003.7) 45.5 (40.5;51.4) 0.2 (-3.2;3.9)
Paraíba 1181.3 (1051.4;1331.4) 43.2 (38.6;48.9) 2068.4 (1841.2;2347.2) 46.3 (41.2;52.5) 7.1 (3.6;10.5)
Paraná 3140.9 (2777.5;3572.6) 47.1 (41.9;53.3) 5728 (5060.1;6535.4) 47 (41.9;53.2) -0.2 (-3.8;3)
Pernambuco 2639 (2333.6;2961.8) 45.6 (40.5;51.3) 4609.7 (4098.5;5160.5) 46.1 (41.1;51.6) 1.1 (-2.4;4.5)
Piauí 865.4 (765.7;974.5) 43.8 (39;49.4) 1652.7 (1471;1863.8) 45.8 (40.7;51.6) 4.5 (0.8;8.3)
Rio de Janeiro 5321.9 (4706.8;6019.7) 46.7 (41.6;52.5) 9236.1 (8183.4;10524.9) 46.4 (41.3;52.5) -0.5 (-4.1;3.1)
Rio Grande do Norte 886.2 (790.4;995.2) 44.3 (39.7;49.8) 1723.7 (1535.1;1947.9) 46.2 (41.2;52.1) 4.2 (1;7.7)
Rio Grande do Sul 3927.6 (3482.4;4424.5) 49.5 (44.1;55.8) 6475.7 (5749;7325.7) 48.5 (43.2;54.5) -2.1 (-5.5;1.4)
Rondônia 330.5 (289.3;379.1) 45.6 (40.6;51.4) 746.3 (660.9;847.2) 46 (41.2;52.2) 0.9 (-2.6;4.4)
Roraima 61.2 (53.3;70.9) 46.1 (41.2;52) 212.3 (187.3;240.4) 46.4 (41.3;52.4) 0.9 (-2.4;4.2)
Santa Catarina 1694 (1503.4;1912.2) 47.8 (42.9;54.2) 3554.7 (3148.4;4033.5) 47.5 (42.4;53.4) -0.7 (-4.2;3.5)
São Paulo 12421.8 (10980.5;13984.7) 47.6 (42.4;53.5) 22999.9 (20352.4;26154.9) 46.6 (41.6;52.7) -1.9 (-5.5;1.4)
Sergipe 520.8 (463.6;584.1) 45.3 (40.5;51.4) 1075.4 (957.1;1218.6) 47.3 (42.1;53.4) 4.5 (1;7.8)
Tocantins 287 (253.9;325.8) 44.8 (40;50.5) 706.6 (629;798) 47.1 (42.1;53.1) 5.1 (1.6;8.9)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 152

Table 4-3. – Incidence rates of cardiomyopathy and myocarditis (per 100 000) and percent change of rates, by age and sex, Brazil, 1990 and 2019.

Sex and age group 1990 2019 Percent Change (95% UI)
Both sexes
15-49 years 10,9 (7,7;14,8) 11,5 (8,1;15,9) 5,3 (-1,3;12,9)
50-69 years 26 (17,2;35,7) 26,1 (17,1;36) 0,4 (-0,4;1)
5-14 years 6.8 (3,8;10,8) 6,8 (3,8;10,8) 0,3 (-0,1;0,9)
70+ years 65,5 (43,8;94,9) 68,7 (47,3;96,9) 4,9 (-0,4;11,8)
Age-standardized 15,8 (12,7;19,.2) 15,8 (12,7;19,2) -0,2 (-0,3;-0,2)
All Ages 12,5 (10;15,3) 16,6 (13,4;20,2) 32,6 (22,7;42,9)
Under 5 5.9 (3,6;8,5) 5,9 (3,6;8,5) 0,1 (0,1;0,2)
Female
15-49 years 9,1 (6,4;12,6) 9,6 (6,8;13,3) 5,4 (-1,5;13,3)
50-69 years 21,3 (14;29,4) 21,5 (14,1;29,.8) 0,9 (0;1,8)
5-14 years 5,6 (3,2;9,1) 5,6 (3,2;9,1) 0,2 (-0,2;0,7)
70+ years 56,8 (38,4;82,6) 60,5 (41,7;83,6) 6,6 (0,6;14,1)
Age-standardized 13,2 (10,6;16,1) 13,2 (10,6;16,1) -
All Ages 10,6 (8,4;13,1) 14,5 (11,6;17,8) 36,1 (25,6;47,3)
Under 5 4,8 (2,9;7,1) 4,8 (2,9;7,1) -
Male
15-49 years 12,7 (9;17,2) 13,4 (9,5;18,3) 5,1 (-1,2;12,2)
50-69 years 31 (20,3;42,9) 31,2 (20,5;43,2) 0,6 (0;1,1)
5-14 years 7,9 (4,5;12,5) 7,9 (4,5;12,5) 0,2 (-0,2;0,8)
70+ years 76,3 (50,4;111) 80 (54,3;114,6) 4,7 (0;10,.8)
Age-standardized 18,6 (15,1;22,7) 18,6 (15,1;22,7) -
All Ages 14,4 (11,5;17,6) 18,7 (15;22,9) 30,2 (20,7;40,1)
Under 5 7 (4,2;10) 7 (4,2;10) -

So urce: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 4-4. – Number of deaths, age-standardized mortality rates (per 100 000) of cardiomyopathy and myocarditis, and percent change of rates, in Brazil and its Federative Units, 1990 and 2019.

Location 1990 2019 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) n (95% UI) Rate (95% UI)
Brazil 13408.9 (10490.2;14283.2) 15.9 (12.4;17.1) 21425.7 (18940;25167.1) 9.4 (8.3;11.1) -40.8 (-46.4;-25.4)
Acre 17.8 (15.6;22.3) 11.1 (9.7;14.5) 40.6 (32.9;66) 7 (5.6;11.5) -37.3 (-50.5;-10.7)
Alagoas 252 (186.1;296.6) 17.2 (12.7;20.2) 338.7 (289.2;405.6) 10.6 (8.9;12.8) -38.7 (-51.1;-10.7)
Amapá 8.7 (7.6;11.1) 9.2 (8;11.7) 35 (29.5;49.9) 7 (5.8;10.1) -24.3 (-36.3;-6.6)
Amazonas 76.9 (68.3;96.6) 10.8 (9.5;13.3) 160.4 (126.1;276.9) 5.6 (4.3;9.9) -48 (-59.3;-20.6)
Bahia 945.3 (757.8;1076.4) 13.8 (11;15.9) 1209.7 (947.1;1895) 7.5 (5.8;11.7) -45.9 (-59.6;-6.3)
Ceará 544.6 (443.7;645.1) 11.9 (9.6;14.2) 862 (699.5;1105.8) 8.7 (7.1;11.2) -26.8 (-44.4;0.5)
Distrito Federal 115.1 (71.8;134.1) 23.8 (13.8;27.9) 262.2 (177.5;309.1) 13 (8.6;15.5) -45.2 (-54.4;-33.3)
Espírito Santo 186.7 (162.6;203.2) 14.1 (12.2;15.4) 329.7 (270;483.2) 7.9 (6.4;11.7) -43.9 (-54.6;-15.5)
Goiás 533 (287.6;636.2) 29.8 (15;35.7) 824.6 (614.7;999.2) 12.7 (9.4;15.4) -57.2 (-66.1;-34.2)
Maranhão 262.1 (178.7;422) 7.3 (5;13.4) 472.7 (356.7;908.9) 7 (5.2;13.8) -3.9 (-31.6;35.7)
Mato Grosso 103.7 (83.5;119.2) 14.3 (11.3;16.4) 234.8 (199.8;318.2) 7.7 (6.5;10.4) -46.3 (-56.3;-21.7)
Mato Grosso do Sul 157.5 (107.9;175.7) 19.9 (13.3;22.4) 264.2 (223.8;343.1) 9.6 (8.1;12.2) -51.9 (-61;-22.6)
Minas Gerais 1742.7 (1144.9;1958.6) 19.3 (12.8;21.8) 2284.8 (1929.8;2701.6) 8.9 (7.5;10.5) -54.1 (-62;-33)
Pará 201.4 (175.6;259.7) 10.4 (9.1;13.2) 407.4 (322.7;677.1) 5.9 (4.6;9.8) -43.5 (-54.9;-19.1)
Paraíba 363.4 (244.6;426.7) 15.4 (10.3;18.2) 522.5 (421.5;611.6) 10.7 (8.7;12.5) -30.2 (-43.9;-7.1)
Paraná 753.1 (572.7;822.2) 17.7 (13.1;19.5) 965.5 (791.3;1393.5) 7.9 (6.5;11.2) -55.3 (-64.4;-27.5)
Pernambuco 563.7 (492;634.8) 12.9 (11.2;14.6) 906.9 (766.5;1203.7) 9.3 (7.8;12.5) -28.2 (-39.6;-6.6)
Piaui 169.9 (145.7;201.3) 11.7 (9.8;14.5) 237.8 (187.3;387.2) 6.2 (4.9;10) -46.9 (-59.7;-22.1)
Rio de Janeiro 1214.1 (1020.8;1481.7) 13.9 (11.9;16.8) 2858.5 (1949.9;3341.5) 13.2 (9.1;15.4) -4.8 (-38.5;13)
Rio Grande do Norte 153.2 (132.1;193.4) 9.2 (7.8;11.9) 224.3 (167;392) 5.7 (4.2;9.8) -38.6 (-53.8;-9.5)
Rio Grande do Sul 586.9 (507.9;899.2) 10 (8.6;15.1) 931.9 (733;1581.7) 6.2 (4.9;10.5) -37.6 (-47.5;-21.5)
Rondônia 40.6 (33.5;51.5) 15.5 (12.9;18.2) 105.9 (84.9;156.8) 7.4 (6;11) -52.3 (-62.9;-30.9)
Roraima 11.4 (7.5;13.3) 24.2 (15.4;28.1) 43.6 (32.8;49.3) 13.9 (10.6;16) -42.4 (-51.6;-23.7)
Santa Catarina 351.2 (292.7;387.2) 16.2 (12.8;18) 598.5 (506;823.3) 8.1 (6.8;10.9) -50 (-58.9;-30.3)
São Paulo 3890.4 (2446.4;4363.8) 22 (13.2;24.9) 6025.5 (4305.2;7018) 11.9 (8.5;13.8) -46 (-53.6;-31)
Sergipe 109 (93.2;123) 15 (12.6;17.2) 163.4 (130.9;243.4) 7.4 (5.9;11.1) -50.7 (-62.1;-21.5)
Tocantins 54.6 (43;63.8) 15.2 (11.6;18) 114.6 (94.2;159.5) 8.3 (6.8;11.7) -45.2 (-57.4;-12.6)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 4-5. – Mortality rates of cardiomyopathy and myocarditis (per 100 000) and percent change of rates, by age and sex, Brazil, 1990-2019.

Sex and age group 1990 2019 Percent Change (95% UI)
All
Age-standardized 15.9 (12.4;17.1) 9.4 (8.3;11.1) -40.8 (-46.4;-25.4)
Under 5 5.7 (4.5;7.2) 2.5 (2;3.1) -55.5 (-68.3;-37.2)
5-14 years 0.5 (0.4;0.5) 0.3 (0.3;0.4) -24.9 (-39.7;-9.3)
15-49 years 3 (2.5;3.2) 2.5 (2;2.8) -17.3 (-25.6;-7.7)
50-69 years 29.2 (22;31.4) 17.2 (15.1;20) -41 (-47.2;-25.7)
70+ years 127.2 (96.5;138.3) 84.6 (72.1;104) -33.5 (-42;-10)
All Ages 9 (7;9.6) 9.9 (8.7;11.6) 9.8 (-1.4;37.4)
Female
Age-standardized 13.5 (9.9;14.7) 7.2 (6.2;9) -46.6 (-54.8;-17.5)
Under 5 5.8 (3.9;7.3) 2.3 (1.8;2.8) -60.5 (-71.2;-36.2)
5-14 years 0.4 (0.4;0.5) 0.3 (0.2;0.4) -30.9 (-42.1;-9.8)
15-49 years 2 (1.5;2.1) 1.4 (1.2;1.5) -30.6 (-39.3;-11)
50-69 years 21.9 (14.8;24.2) 10.9 (9.5;13.6) -50.1 (-58.5;-20.8)
70+ years 118.7 (85.2;131.5) 76.9 (63;97.4) -35.2 (-46;4.4)
All Ages 7.8 (5.7;8.4) 8.3 (7.1;10.3) 5.6 (-10.9;64.1)
Male
Age-standardized 18.7 (13.2;20.4) 12.1 (10;15.1) -35.4 (-43.3;-5.8)
Under 5 5.6 (3.8;7.7) 2.8 (2;3.5) -50.6 (-68.7;-20.8)
5-14 years 0.5 (0.4;0.6) 0.4 (0.3;0.5) -19.9 (-41.6;4)
15-49 years 4.2 (3.2;4.6) 3.7 (2.7;4.2) -11 (-26.7;2.7)
50-69 years 37 (25.8;40.4) 24.3 (19.5;28.9) -34.3 (-42.7;-7.6)
70+ years 137.9 (94;152.9) 95.2 (78.7;127.8) -31 (-42;9.4)
All Ages 10.2 (7.3;11.1) 11.6 (9.5;14.3) 13.4 (-0.7;63.1)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 4-6. – Number of DALYs, age-standardized DALY rates (per 100 000) due to cardiomyopathy and myocarditis, and percent change of rates, in Brazil and its Federative Units, 1990 and 2019.

Location 1990 2019 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) n (95% UI) Rate (95% UI)
Brazil 431381.3 (349546.5;465068.6) 399.4 (319.6;426.4) 545772.4 (484988.7;621356.8) 238.6 (213;272.3) -40.3(-45.8;-27.9)
Acre 722.8 (619.6;863.1) 272.1 (238.3;338.1) 1229.2 (1012.3;1861.1) 172.3 (141.3;266.4) -36.7(-48.7;-14)
Alagoas 10120.9 (7613.2;12457.1) 491.5 (368.6;575.8) 9795 (8429.4;11297.2) 287.2 (248.3;330.5) -41.6(-53.2;-22.6)
Amapá 297.3 (252.1;377.5) 209.2 (183.3;265) 1082.7 (939.5;1485.3) 174.1 (150.6;240.6) -16.8(-28.8;-0.8)
Amazonas 2624.3 (2276.7;3320.4) 238.6 (212.3;300.2) 4833.5 (3967;7682.5) 144.2 (117.3;234.9) -39.6(-50.3;-16.2)
Bahia 31147.8 (25438.5;35521.1) 360.6 (285.8;411.6) 33834.2 (27283.1;46340) 211.1 (169.7;287.7) -41.5(-55.2;-10.8)
Ceará 16413.7 (13000.4;20157.3) 260.6 (210.1;309.8) 18369.4 (16682.7;20144.2) 188.2 (170.6;206.9) -27.8 (-41.3;-10.1)
Distrito Federal 22092.3 (17022.6;28315.1) 375.8 (300.5;461.9) 23436.2 (19481.4;28927.2) 232.7 (193.4;287) -38.1(-53.2;-18.4)
Espírito Santo 4337.8 (2752.8;5019.5) 513.1 (321;593.1) 7071.6 (4676.3;8364.2) 264.3 (180.3;309.9) -48.5(-56.3;-37.4)
Goiás 5815.7 (5216;6419.7) 326.8 (289.2;356) 8951.2 (7601.8;12062.7) 209 (177.8;281.7) -36(-46.3;-14.9)
Maranhão 16299.6 (9819.3;19412.6) 652.4 (364.1;778.8) 20523.4 (15577.5;24450) 294.8 (224.3;350.1) -54.8(-64.3;-32.3)
Mato Grosso 14600.5 (9341.4;21713) 279.7 (193.3;432.5) 13913.1 (10913.9;22240.9) 185.5 (144.9;308) -33.7(-56.5;-3.8)
Mato Grosso do Sul 3653.5 (2937.1;4296.1) 329.9 (267.5;377.3) 6406.5 (5543;8476.1) 188.5 (163.6;246.6) -42.9(-53.3;-20.3)
Minas Gerais 4885.5 (3587.2;5423.8) 446.6 (313.4;496.6) 6646 (5713;8721.8) 227 (196.5;295.2) -49.2(-58;-23.3)
Pará 6504.4 (5594.8;8556.8) 234.7 (203.8;304.6) 11934.4 (9785.4;18602.1) 154.4 (126.4;242) -34.2(-46.7;-11.4)
Paraíba 12024.3 (8553.7;14204.9) 431.4 (300.4;502.6) 12785.5 (10190.5;14695.4) 275.2 (220.1;316.3) -36.2(-47.4;-20.6)
Paraná 22264.3 (17934.9;23976.9) 397.2 (309.5;430.3) 22812.7 (18990.6;32682.4) 182.6 (152.5;255.5) -54(-62.8;-27.9)
Pernambuco 18399.6 (15769.6;21268.1) 329.9 (284.7;372) 25233 (21518.1;30713.1) 247.5 (212.1;302.5) -25(-36.1;-11.2)
Piauí 6969.2 (5802.9;8446.6) 324.4 (276.8;385.1) 6207.9 (5130.4;9242.6) 165.6 (137;246.5) -49(-61.3;-27.4)
Rio de Janeiro 38312.2 (31811.2;46419.8) 357.1 (300.2;427.9) 71716 (46879.8;84553.9) 339.7 (225.5;397.7) -4.9(-40.6;13.4)
Rio Grande do Norte 5015.5 (4362.7;6077.7) 245.3 (213.5;305.8) 5882.6 (4598.4;9395.7) 152.6 (119.7;243.4) -37.8(-51.4;-15.2)
Rio Grande do Sul 16956.7 (14758;25507.2) 235.3 (205.2;353.1) 20924.4 (16731.2;34591.4) 148.7 (120.1;241) -36.8(-45.4;-23.2)
Rondônia 1570 (1255.2;2025) 320.2 (271.4;395.1) 2888.2 (2353.2;4117.1) 178.6 (146.2;255.3) -44.2(-55.8;-22.1)
Roraima 426.7 (289.1;506.9) 490.8 (321.1;566.9) 1273.9 (964.2;1442) 295.1 (225;332.4) -39.9(-49;-21.5)
Santa Catarina 10131 (9082.5;11640.1) 350.2 (302.4;387.2) 14421.3 (12268.6;20029.6) 185.8 (158.6;254.9) -47(-55.1;-30.5)
São Paulo 116500.2 (79828.7;128970.3) 509.1 (334.8;567.6) 149627 (103165.1;174050.1) 294.5 (205.5;340.4) -42.1(-49.3;-30.3)
Sergipe 3629 (3125.9;4094) 351.7 (303.7;394.9) 4389.6 (3599.6;6196.4) 190.2 (156.5;267.7) -45.9(-57.3;-21)
Tocantins 2297.9 (1812;2752) 362.6 (285.6;424.6) 3071.7 (2577.8;3989.1) 204.4 (171.7;268.2) -43.6(-55.4;-16.6)

Source: Data derived from Global

Table 4-7. – Rates of DALYs due to cardiomyopathy and myocarditis (per 100 000) and percent change of rates, by age and sex, Brazil, 1990 and 2019.

Age group and sex 1990 2019 Percent Change (95% UI)
All
Age-standardized 399.4 (319.6;426.4) 238.6 (213;272.3) -40.3 (-45.8;-27.9)
Under 5 498.4 (398.1;630.1) 222.3 (171.8;275.3) -55.4 (-68.1;-37)
5-14 years 37.1 (31.7;41.3) 27.9 (22.7;32.8) -24.7 (-39.2;-9.3)
15-49 years 156.7 (127.9;166.9) 127.2 (102;139.6) -18.8 (-26.7;-9.9)
50-69 years 865.7 (657.8;930.7) 516.7 (455.5;593.5) -40.3 (-46.6;-25.6)
70+ years 1841.8 (1402.3;2004.5) 1122.6 (969.8;1383.9) -39.1 (-46.4;-18.4)
All Ages 289.8 (234.9;312.5) 251.9 (223.8;286.8) -13.1 (-22.1;5.3)
Female
Age-standardized 321.1 (237.7;346.2) 165.7 (147.3;198) -48.4 (-55;-21.6)
Under 5 504.1 (343.7;638.6) 199.6 (160;250) -60.4 (-71.2;-36)
5-14 years 34.7 (29.5;39.3) 24.1 (20.1;29) -30.6 (-41.7;-9.8)
15-49 years 101.3 (78.6;109.6) 68.8 (61.5;77.4) -32.1 (-40.4;-13.7)
50-69 years 644.9 (441.8;712.1) 324.8 (283.4;403.2) -49.6 (-57.7;-21.2)
70+ years 1651.5 (1165.2;1824.5) 953.5 (799;1213.2) -42.3 (-51.4;-8.7)
All Ages 237.7 (176.4;258.6) 181.1 (160.3;216.3) -23.8 (-34.2;14.6)
Male
Age-standardized 484.8 (353.6;528.5) 320.4 (257.7;371.8) -33.9 (-41.8;-9.6)
Under 5 492.9 (334.4;675.3) 244.1 (181;309.8) -50.5 (-68.6;-20.5)
5-14 years 39.5 (31.2;46.4) 31.6 (23;38.5) -19.9 (-41.1;3.6)
15-49 years 213.9 (163.3;233.8) 187.1 (137.3;210.2) -12.5 (-27.6;0)
50-69 years 1105.3 (785.4;1210.3) 733.9 (585.9;861.6) -33.6 (-41.9;-8)
70+ years 2078.5 (1430.3;2306.7) 1353.1 (1144.9;1801.6) -34.9 (-44.9;1)
All Ages 343.1 (255.5;380.3) 326.1 (260.4;376.9) -5 (-17.6;28.2)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 4-8. – Number of deaths, age-standardized mortality rates (per 100 000) of Chagas disease, and percent change of rates, in Brazil and its Federative Units, 1990 and 2019.

Location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number of deaths (95% UI) Mortality Rate (95% UI) Number of deaths (95% UI) Mortality Rate (95% UI)
Brazil 7903.9 (2438.4;10073) 8.6 (2.8;10.9) 6523.3 (3350.2;11226.8) 2.8 (1.4;4.8) -67.5(-76.5;-0.4)
Acre 6.4 (3.6;18.3) 4 (2.3;11.4) 10.9 (5.1;31.4) 1.8 (0.8;5.1) -55.1(-75.4;2.3)
Alagoas 92.9 (38.9;165.2) 6.9 (2.9;12.5) 112.1 (73.1;189.6) 3.5 (2.3;5.9) -49.4(-68;0.7)
Amapá 2.5 (1.6;6.1) 2.5 (1.6;6.3) 6.9 (2.6;25.2) 1.3 (0.5;4.8) -48(-73;4.4)
Amazonas 22.3 (13.7;57.6) 2.8 (1.7;7.4) 38.1 (12.7;139.8) 1.3 (0.4;4.8) -53.7(-77.5;0)
Bahia 716 (174.3;1023.7) 10.4 (2.6;14.8) 750.6 (287.4;1055.3) 4.6 (1.8;6.5) -55.2(-68.1;2.8)
Ceará 120.7 (57.8;351.9) 3 (1.4;8.7) 177.6 (83.3;507.5) 1.8 (0.8;5.1) -39.9(-67.7;15.5)
Distrito Federal 198 (14.4;307.3) 35.1 (2.5;53.8) 172 (18.3;271) 7.7 (0.7;12.3) -78.1(-83.6;-5.2)
Espírito Santo 46.9 (33.7;102.7) 3.3 (2.3;7.3) 59.2 (24.3;205.2) 1.4 (0.6;4.7) -58.1(-78.4;2.1)
Goiás 1096.7 (67.1;1729.9) 52.3 (3.3;82.4) 705.6 (105.8;1137.9) 10.7 (1.5;17.3) -79.6(-84.3;-5.8)
Maranhão 89.2 (20.7;388.3) 3.5 (0.8;15.6) 121.2 (42.7;415) 1.8 (0.7;6.3) -47.6(-71.8;23.7)
Mato Grosso 52.8 (21.6;70.1) 6.4 (2.7;8.6) 77 (45.1;152.2) 2.3 (1.4;4.6) -63.6(-76.5;1.2)
Mato Grosso do Sul 67.7 (24.9;87) 7.4 (2.9;9.4) 66.9 (40.1;135.5) 2.3 (1.4;4.6) -69.1(-80.4;-5.3)
Minas Gerais 1976.9 (279.4;2880.5) 19.4 (2.9;28.1) 1215.5 (329.2;1749) 4.6 (1.2;6.6) -76.2(-82.1;-3.9)
Pará 86.3 (56.7;182.4) 4.1 (2.7;9) 110.3 (49.2;334.7) 1.6 (0.7;4.7) -61.9(-80.3;-1.1)
Paraíba 83.9 (42.3;228.1) 3.7 (1.9;10.2) 95.9 (54.3;236.1) 2 (1.1;4.9) -45.8(-68.2;2.2)
Paraná 415.3 (132.6;537) 8.4 (2.8;10.7) 316.7 (167.2;632.6) 2.4 (1.3;4.8) -70.7(-80.7;1)
Pernambuco 243.5 (128.6;419.2) 5.4 (2.9;9.5) 237.6 (150;541.9) 2.4 (1.5;5.4) -56(-73.2;2.4)
Piauí 86.7 (36.4;173.1) 6.4 (2.7;12.9) 101.6 (67.2;192.6) 2.7 (1.8;5.1) -58(-74.1;-0.2)
Rio de Janeiro 345.3 (224.4;698.8) 3.6 (2.4;7.2) 297.8 (135.9;1073) 1.3 (0.6;4.8) -62.9(-81.2;0)
Rio Grande do Norte 47.4 (27.1;134.3) 3 (1.7;8.5) 57.6 (24.3;176.4) 1.5 (0.6;4.5) -50.9(-73.2;-1.2)
Rio Grande do Sul 211 (149;418.7) 3.3 (2.3;6.5) 202 (91.2;715.3) 1.3 (0.6;4.7) -60.1(-79.8;0.7)
Rondônia 31.3 (10.4;42.3) 9.7 (3.3;12.9) 38.5 (24.9;79.8) 2.5 (1.6;5.1) -73.9(-84.2;-1.7)
Roraima 2.1 (1.3;5.7) 3.6 (2.2;9.9) 5.4 (1.9;19.7) 1.5 (0.5;5.3) -58.8(-79.3;4.7)
Santa Catarina 76.3 (55;170.7) 3.1 (2.2;7) 96.2 (38.7;352.7) 1.2 (0.5;4.3) -61.2(-80.7;0)
São Paulo 1718.8 (479.1;2275.6) 8.3 (2.5;10.8) 1352.9 (542.9;2400.9) 2.5 (1;4.5) -69.4(-78.6;-1.4)
Sergipe 29.8 (18.4;71.4) 3.9 (2.4;9.6) 39.2 (19.3;110.3) 1.7 (0.9;4.9) -56.1(-75;-8.1)
Tocantins 37.4 (10.8;60.2) 9.9 (2.8;16) 58.1 (22.9;82.6) 4.1 (1.6;5.8) -58.3(-75.5;2.4)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 4-9. – Number of prevalence cases, age-standardized prevalence rates (per 100 000) of heart failure from all causes, and percent change of rates, in Brazil and its Federative Units, 1990 and 2017.

Location 1990 2017 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
Brazil 670194.8 (589952.6;753672.6) 818.1 (718.1;922.8) 1686320.1 (1478563.8;1890537.3) 777.2 (680;874.8) -5 (-7.1;-3)
Acre 1235.9 (1083.5;1395.6) 764.3 (668.5;869) 4025.6 (3559.4;4534.9) 728.8 (638.1;830.1) -4.6 (-10.1;1.8)
Alagoas 9783 (8509.2;11210.5) 752.5 (654.5;861.9) 22691.5 (19784.3;25922) 764.8 (664.4;879.3) 1.6 (-5.7;8.3)
Amapá 748.2 (662;841.1) 779.1 (680.7;889.6) 3278.9 (2865.5;3672.3) 749.3 (651.9;845.2) -3.8 (-9.5;2.6)
Amazonas 6097.6 (5376.6;6855.3) 809.8 (709.1;919) 19459.2 (17131;21872.1) 775.9 (678.8;884.1) -4.2 (-10.2;1.9)
Bahia 52840.3 (46323.4;60082) 783.5 (685.2;893) 118062.7 (103361.3;134066.1) 753.3 (656.9;857.9) -3.8 (-9.6;2.5)
Ceará 30093.8 (26385.1;34137.4) 739.5 (648;842.1) 77144.8 (67097.6;87800.2) 785.5 (682.6;896) 6.2 (-0.8;14.2)
Distrito Federal 4256.7 (3710.8;4838.9) 813.3 (701.7;932) 16100.7 (13996.8;18333.4) 753.5 (654.5;850.2) -7.4 (-13.1;-0.6)
Espírito Santo 11320.9 (9847.7;12942.2) 841.5 (730.3;961.6) 31391.5 (27390.7;35566.7) 782.7 (680;889.7) -7 (-13.2;-0.6)
Goiás 14142 (12371.7;16150.6) 800.7 (703.5;912.7) 46168.1 (40298.2;52244.1) 753 (655.9;854) -6 (-12.9;1)
Maranhão 18235.7 (15857.1;20802.4) 747.2 (650.9;852.8) 49180.9 (43277;55993.9) 795.1 (697.6;907.8) 6.4 (0.2;13.5)
Mato Grosso 5774.8 (5067;6502.3) 819.3 (712.6;938) 21845.3 (19017.4;24622) 789.4 (688;895.4) -3.7 (-9.6;3)
Mato Grosso do Sul 6795.1 (5934.8;7652) 846.4 (740.2;961.2) 21183 (18418.4;24002) 816 (710.9;922.6) -3.6 (-9.3;3.4)
Minas Gerais 74411.2 (64608;84527.1) 826.9 (722;940.5) 187809.8 (163412.5;214570.5) 759.5 (659.4;867) -8.1 (-14.2;-1.6)
Pará 16002.3 (14153.8;18014.5) 789.4 (694.3;893.2) 46324.1 (40809.4;52186.1) 746.6 (652.1;844.8) -5.4 (-11.3;0.9)
Paraíba 17922.4 (15619.1;20442.3) 772 (675.4;881) 36827.2 (32186.6;41911.1) 794.6 (693.4;902.5) 2.9 (-3.6;10.2)
Paraná 35843.5 (31360.3;40661.2) 834.4 (726.6;948.5) 93386.5 (81689;106563.6) 779.7 (684;892.6) -6.6 (-12.2;0.1)
Pernambuco 34084.1 (29826.4;39017.2) 793.9 (695;908.1) 72004 (62756.3;81953.9) 753.9 (655.5;862.9) -5 (-11.2;1.3)
Piauí 11016.2 (9596.9;12503.6) 803.5 (698.9;912.6) 29097.2 (25425.9;33105.2) 812.7 (708.9;927) 1.1 (-5.6;8.5)
Rio de Janeiro 72976.8 (63619.5;83192) 850.4 (744;970.5) 162697.6 (140265.7;185508.6) 778.9 (674.2;887.1) -8.4 (-14.1;-1.7)
Rio Grande do Norte 13462.3 (11756.9;15396.2) 827 (720.5;948.1) 31332.8 (27529.6;35470.6) 839 (734;955.6) 1.5 (-4.9;8.1)
Rio Grande do Sul 51590.7 (45263.1;58166.6) 862.8 (754.1;980) 115132.9 (100064.2;130860) 787.4 (685.2;894.6) -8.7 (-14.7;-2.9)
Rondônia 2451.8 (2150.6;2766.5) 813.4 (710.9;925.4) 9980.6 (8742.3;11325) 766 (669.2;872.1) -5.8 (-11.9;1)
Roraima 419.1 (368.5;471.8) 809.3 (706.3;925) 2297.9 (2000.3;2611) 774.6 (674.4;884.7) -4.3 (-10.5;2)
Santa Catarina 19387.5 (16978;21842.4) 847 (741.4;957.7) 55662.9 (48893.1;63470.8) 779.6 (685.4;894.9) -8 (-13.7;-2)
São Paulo 150009 (131202;169778.7) 842.8 (734.6;959.2) 387169.5 (336629;442688.8) 787.9 (685;899.2) -6.5 (-12.8;-0.4)
Sergipe 6409.8 (5592.5;7302.6) 754.4 (657.2;860.7) 15587.4 (13661.6;17664.6) 763.8 (668.4;870.4) 1.2 (-4.7;8.8)
Tocantins 2884.2 (2501.8;3284.4) 789.5 (691.7;906.1) 10477.4 (9147.4;11899) 796.5 (692.4;907.9) 0.9 (-5.9;8.5)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 4-10. – Prevalence rates of heart failure (per 100 000) and percent change of rates, by age and sex, Brazil, 1990 and 2017.

Age group and sex 1990 2017 Percent Change (95% UI)
Age-standardized 818.1 (718.1;922.8) 777.2 (680;874.8) -5 (-7.1;-3)
Under 5 46.3 (32;63.8) 45 (30.8;61.9) -2.9 (-5.5;-0.1)
5-14 years 34.7 (24.2;47.2) 34.1 (23.6;46.7) -1.6 (-4.5;1.3)
15-49 years 107.1 (90.7;124.8) 119 (100.2;139.3) 11.1 (5.5;15.6)
50-69 years 1391.6 (1172.1;1627.5) 1330.4 (1125.6;1570.4) -4.4 (-6.9;-1.8)
70+ years 8249.1 (6918.9;9752.5) 8530.2 (7265.9;9922.9) 3.4 (-1;8)
All Ages 448.5 (394.8;504.4) 796.1 (698.1;892.6) 77.5 (72.3;82.4)
Male
Age-standardized 811.8 (714;916.9) 750.6 (656.2;845) -7.5 (-10.2;-4.8)
Under 5 46.8 (32.2;64.5) 45.2 (31;62.1) -3.6 (-7.2;0.4)
5-14 years 34.3 (23.7;46.9) 33.4 (23.1;45.9) -2.5 (-6.6;1.7)
15-49 years 105.3 (89;122.4) 114.2 (95.6;134.7) 8.5 (0.5;14.2)
50-69 years 1386.9 (1164.2;1643.5) 1311.3 (1102.4;1555.5) -5.4 (-9.1;-1.5)
70+ years 8083.9 (6784.9;9549.3) 7926.1 (6721.2;9286.2) -2 (-6.4;2.9)
All Ages 415.6 (367.7;466.8) 685 (602.9;770) 64.8 (59.3;70.4)
Female
Age-standardized 820.9 (721;933.2) 794.7 (694.4;900.6) -3.2 (-6.5;-0.1)
Under 5 45.8 (31.6;63.3) 44.8 (30.7;63.3) -2.1 (-5.7;2.2)
5-14 years 35.1 (24.7;47.9) 34.9 (24.3;47.2) -0.7 (-4.6;3.1)
15-49 years 109 (91.7;126.6) 123.7 (103.9;144) 13.5 (8.8;18.3)
50-69 years 1395.9 (1183.9;1632.2) 1347.3 (1137.1;1586.4) -3.5 (-6.9;0.3)
70+ years 8381.9 (7012.1;9982.4) 8968.9 (7622.9;10482.3) 7 (1.1;12.8)
All Ages 480.8 (422.3;544.4) 902.3 (790.2;1020.9) 87.7 (81;94.4)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 4

Table 4-11. – Number and age-standardized rates of YLDs (per 100 000) due to heart failure from all causes, and percent change of rates, in Brazil and its Federative Units, 1990 and 2017.

Location 1990 2017 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
Brazil 88114.2 (64078.1;112623.9) 112.2 (82.8;141.2) 234168.9 (174338.9;291187.7) 108.8 (81.4;134.5) -3 (-6.7;0.3)
Acre 188.7 (140.7;234.7) 123.8 (95.3;148.9) 636.8 (490.6;767.6) 119.8 (93.4;142.4) -3.2 (-9.6;5.2)
Alagoas 1230.4 (880.5;1587.3) 97.7 (70.9;124.1) 2951 (2189.4;3685.1) 101 (75;125.8) 3.3 (-5.8;12)
Amapá 100.2 (73.7;127.2) 112.2 (84.5;139.2) 451.5 (337.3;558.9) 108.9 (83.4;132.6) -3 (-9.5;5)
Amazonas 810.4 (592.2;1020.8) 115.9 (87.9;141.5) 2702.1 (2050;3305.1) 112.2 (86.1;135.8) -3.1 (-10;3.9)
Bahia 6684.8 (4893.5;8540.9) 101.7 (75.5;129) 15736.9 (11812.7;19456) 100.8 (75.3;125.3) -0.8 (-7.7;7.9)
Ceará 3969.6 (2897.9;5084.5) 99.2 (72.8;126.2) 10451.4 (7838.4;12882.6) 106.6 (79.8;132) 7.4 (-1.3;17)
Distrito Federal 431.1 (298.6;581.8) 97.6 (70.8;128.8) 1940.3 (1366.1;2560) 96.9 (69.9;125.4) -0.8 (-8.1;9.2)
Espírito Santo 1462.1 (1054.4;1878.9) 113.4 (84.3;143.6) 4162.7 (3063.9;5243.2) 104.9 (77.5;131.9) -7.5 (-14.4;0.1)
Goiás 1592.7 (1128;2094.6) 103.8 (76.7;132.4) 6291.2 (4685;7868.1) 106.1 (79.5;131.7) 2.2 (-6.5;11.5)
Maranhão 2190.7 (1560.1;2873.3) 92 (66.4;119.5) 5992.2 (4402.4;7553.5) 97.8 (72;122.9) 6.3 (-1.6;15.9)
Mato Grosso 725.4 (526.7;941) 113.1 (83.9;142.3) 3003 (2248.2;3728.7) 112 (84.7;137.3) -0.9 (-8.1;7.7)
Mato Grosso do Sul 850.1 (609.1;1106.8) 113.3 (83.8;142.8) 2829.1 (2072.2;3549.4) 110.8 (82.1;137.7) -2.2 (-9.5;6.5)
Minas Gerais 9477.1 (6808.4;12335.3) 110.9 (82.3;141.3) 25557 (18974.8;31992.6) 103.6 (77.2;129.4) -6.5 (-14.4;1.6)
Pará 2221.3 (1651.1;2795.8) 115.7 (88.1;142.8) 6624.9 (5036.2;8052.8) 109.8 (84.8;132.1) -5.2 (-12.2;2.3)
Paraíba 2298.3 (1666.9;2947.6) 99.5 (72.4;126.3) 4808 (3560.3;5995.7) 103.4 (76.3;129.4) 4 (-4.2;12.5)
Paraná 4964.3 (3563.3;6413.6) 123.5 (92.3;154.2) 13883.5 (10128.6;17249.1) 117 (86.8;144.4) -5.2 (-12.7;3.3)
Pernambuco 4627.4 (3326;5865.3) 110.9 (81.9;137.8) 10375.1 (7650.4;12784) 109.6 (81;134.6) -1.2 (-9;7.3)
Piauí 1230.3 (866.5;1647.8) 92.1 (65.6;122) 3402.3 (2478.9;4365.3) 95.1 (69.4;122.2) 3.3 (-5;11.9)
Rio de Janeiro 9922.7 (7229.9;12662.8) 119.7 (88.6;150.3) 22953.2 (16743.8;28786) 110 (81.3;137.7) -8.1 (-14.7;-0.4)
Rio Grande do Norte 1606.1 (1145.6;2057.5) 99.5 (71.8;126.6) 3856.8 (2838.4;4879.3) 103.5 (75.7;132) 4 (-3.9;12)
Rio Grande do Sul 8134 (5994.6;10280.5) 140.5 (106.7;171.9) 18696.6 (14241.9;22612.8) 126.9 (97;152.5) -9.7 (-16.6;-2.5)
Rondônia 300.3 (209.4;397.4) 117.4 (86.9;145.5) 1408.5 (1062.2;1750.7) 111.9 (85.8;137) -4.7 (-11.7;4.4)
Roraima 46.3 (32.4;62.3) 101.5 (74.8;130.8) 276.8 (197.7;358.6) 98.7 (72.2;125.2) -2.8 (-9.7;5)
Santa Catarina 2880 (2095.3;3688.1) 133.3 (99.4;165.6) 8433.4 (6334.3;10482.5) 119.7 (90.8;147.4) -10.2 (-16.8;-3.4)
São Paulo 18988.5 (13523.4;24849.5) 112.8 (81.9;144.5) 53360.6 (38622.8;68602.6) 109.6 (80.1;140.1) -2.9 (-10.6;5.1)
Sergipe 853.9 (627.3;1082.5) 102.4 (75.6;129) 2085.5 (1551.2;2578.3) 103.7 (77.4;127.2) 1.3 (-6.3;9.9)
Tocantins 327.5 (226.3;438.8) 96.4 (69.6;126.2) 1298.6 (952.1;1635.1) 100.3 (73.9;125.9) 4 (-4.3;14.5)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 4-2. – Age-standardized and all ages mortality rate due to cardiomyopathy and myocarditis, per 100 000 inhabitants, Brazil, 1990-2019.

Chart 4-2

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 4-3. – Correlation between the sociodemographic index (SDI) and the age-standardized mortality rate due to cardiomyopathy and myocarditis, per 100 000 inhabitants, 1990 and 2019.

Chart 4-3

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 4-4. – Age-standardized and all ages rates of DALYs attributable to cardiomyopathy and myocarditis, per 100 000 inhabitants, in Brazil, from 1990 to 2017.

Chart 4-4

Data derived from Global Burden of Disease Study 2017 (GBD 2017). 152

Chart 4-5. – Age-standardized and all ages mortality rates attributable to Chagas Disease, per 100 000 inhabitants, in Brazil from 1990 to 2019.

Chart 4-5

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 4-6. – Correlation between percent change in age-standardized mortality rates due to Chagas disease, per 100 000 inhabitants, from 1990 to 2019 and the Sociodemographic Index (SDI) in 1990 and in 2019.

Chart 4-6

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 4-7. – Spatial distribution of mean mortality rates related to Chagas disease, per 100 000 inhabitants, based on multiple causes of death by municipality, Brazil, 1999–2007.

Chart 4-7

Source: Martins-Melo et al. 141

Chart 4-8. – Standardized mortality rate due to Chagas disease in Brazil according to age range (in years) and year of occurrence, from 2000 to 2010.

Chart 4-8

Source: Nóbrega et al. 142

Cardiomyopathy and Myocarditis

Prevalence and Incidence

• According to GBD Study 2019 estimates, the age-standardized prevalence of cardiomyopathy and myocarditis decreased in Brazil, from 76.6 (95% UI, 53.4-107.2) in 1990 to 73.0 (95% UI, 51.1-100.1) in 2019, a decrease of 4.7% (95% UI, - 9.5 to 0.8) in the period (Chart 4-1.A and Table 4-1). In absolute numbers, estimates of the prevalence of cardiomyopathy and myocarditis in Brazil increased from less than 60 000 in 1990 to over 160 000 in 2019, mainly due to population growth and aging (Chart 4-1.B). The cardiomyopathy and myocarditis prevalence was greater in men (98.9; 95% UI, 69.5-137.2) than in women (54.1; 95% UI, 38.4-73.8) in 2019, although there was a prevalence decrease of 5 (95% UI, -11.6 - 0) for women and of 2.9 (95% UI, -9.1 - 0) for men in that period. 46

• According to GBD Study 2019 estimates, the prevalence of cardiomyopathy and myocarditis is highly variable amongst Brazilian FUs, and the percent change varied unevenly between 1990 and 2019 (Table 4-1). In 2019, the highest rates were observed in São Paulo, Paraíba, and Roraima. From 1990 to 2019, increased age-standardized prevalence rates were observed in Goiás and Maranhão, while age-standardized prevalence decreased in all other FUs. 46

• Regarding age-standardized incidence rates per 100 000 per-year, the GBD Study 2019 estimates were 15.8 (95% UI, 12.7-19.2) in 1990, and 15.8 (95% UI, 12.7-19.2) in 2019, with a small change of -0.2% (95% UI, -0.3 to -0.2) during that period (Table 4-2). Absolute numbers of incident cases were 18 583 (95% UI, 14 825-22 718) in 1990 and 35 863 (95% UI, 28 946-43 756) in 2019; that increase is related to population growth and aging. Table 4-3 depicts the incidence rates of cardiomyopathy and myocarditis per 100 000 inhabitants, by age, for both sexes, in 1990 and 2019, and the percent change of the rates. In 1990 and 2019, the highest rates were observed in the ‘70+ years’ group. From 1990 to 2019, the incidence increased in the ‘15-49 years’ and the ‘70+ years’ age groups for both women and men. 46

Mortality

• According to the GBD Study 2019 estimates, the mortality rates due to cardiomyopathy and myocarditis seemed to increase in the 1990s but decreased in the following 2 decades (Chart 4-2). As shown in Table 4-4, the mortality rates were 15.9 (95% UI, 12.4-17.1) in 1990 and 9.4 (95% UI, 8.3-11.1) in 2019, per 100 000 inhabitants, a decrease of 40.8% (95% UI, -46.6 to -25.4). Despite this decrease in mortality rates, the number of deaths from cardiomyopathy and myocarditis increased in that period due to population growth and aging. Cardiomyopathy and myocarditis were responsible for 13 408 (95% UI, 8417-10 163) deaths in 1990, rising to 21 425 (95% UI, 17 885-21 745) deaths in 2019. The GBD Study 2019 estimates of mortality rates due to cardiomyopathy refer to cases with cardiomyopathy listed as an underlying cause of death. Death due to HF related to other specific causes are attributed to the underlying disease, i.e., deaths related to ischemic cardiomyopathy are coded as due to ischemic heart disease. Moreover, for the GBD project, HF is not considered a primary cause of death, and all deaths coded as related to HF are recoded to the baseline condition (see below). 46

• Table 4-4 also depicts the total number of deaths and age-standardized mortality rate (per 100 000 inhabitants) due to cardiomyopathy and myocarditis, as well as the percent change of rates, by FU, in Brazil, in 1990 and 2019. All FU had decreased mortality rates, with the highest percentages of reductions observed between 1990 and 2019 in the states of Goiás and Paraná. In 2019, the FUs with the lowest mortality rates (below 6.0) were the states of Amazonas, Rio Grande do Norte and Pará.

• Table 4-5 shows mortality rates due to cardiomyopathy and myocarditis according to sex and by age groups, from the GBD Study 2019 estimates. Women had lower age-standardized mortality rates, as well as a more pronounced reduction from 1990 to 2019. Rates in women were 13.5 (95% UI, 9.9-14.7) in 1990 and 7.2 (95% UI, 6.2 - 9) in 2019, a reduction of 46.6% (95% UI, -54.8 to -0.2). Rates in men were 18.7 (95% UI, 13.2 - 20.4) in 1990 and 12.1 (95% UI, 10 - 15.1) in 2019, a variation of -35.4% (95% UI, -43.3 to -0.1). As expected, the highest mortality rate was observed in the 70+ years group, with rates of 127.2 (95% UI, 96.5-138.3) in 1990 and of 84.6 (95% UI, 72.1-104) in 2019 per 100 000. For the 50-69 years group, rates were 29.2 (95% UI, 22 – 31.4) per 100 000 in 1990 and 17.2 (95% UI, 15.1 - 20) in 2019. Overall, mortality rates decreased from 1990 to 2019 in all age groups. 46

• The GBD Study 2019 uses the SDI as an estimate of the socioeconomic level of a location. Chart 4-3 depicts the correlation between the SDI and the age-standardized mortality rate due to cardiomyopathy and myocarditis, per 100 000, both in 1990 and 2019. There was no correlation between age-standardized mortality rates and the SDI in 1990 (R = - 0.36, p=0.068). However, there was a significant correlation between age-standardized mortality rates and the SDI in 2019 (R = 0.4, p=0.041). 90

• In a study reporting data from the SEADE, from the state of São Paulo, cardiomyopathies were responsible for a total of 3571 deaths, representing 23.3% of HF-related deaths in 2006: dilated cardiomyopathy accounted for 17.2% of the deaths; alcoholic cardiomyopathy, for 0.45%; and restrictive cardiomyopathies, for 0.37%. Chagas disease and alcoholic cardiomyopathy were responsible for 7.8% and 0.45% of the HF-related deaths, respectively. 135

• Data on specific cardiomyopathies are scarce. A cohort study of 214 patients with HCM reported data from a 7-year follow-up in a tertiary hospital in São Paulo, Brazil. The mean age was 37±16 years, and 52% were women. There were 22 deaths (10%), 15 directly related to HCM (11 sudden deaths). The cumulative survival rates were 94.5% at 5 years, 91% at 10 years, and 87.9% at 15 years, with an annual mortality rate of 1%, which is low, considering that the study was conducted in a referral center. 136

Burden of Disease

• According to the GBD 2019 estimates, the trends of age-standardized DALY rates due to cardiomyopathy and myocarditis were similar to those of mortality, with a small increase in the 1990s and a decrease during the following decades. As shown in Table 4-6, age-standardized DALY rates were 399.4 (95% UI, 319.6-426.4) in 1990 and 238.6 (95% UI, 213-272.3) in 2019, per 100 000 inhabitants, a decrease of 40.3% (95% UI, -45.8 to -27.9). These changes are similar to those observed in the mortality rates. Despite that decrease in DALY rates, cardiomyopathy and myocarditis resulted in 431 381 (95% UI, 349,546-465,068) DALYs in Brazil in 1990 and in 545 772 (95% UI, 484 988-621 356) in 2019, which represents 0.62% of all DALYs. 46

• Table 4-7 shows DALY rates due to cardiomyopathy and myocarditis according to sex and by age groups, from the GBD Study 2019 estimates. The age-standardized DALY rates were lower in women, and the reduction from 1990 to 2019 was also more pronounced in women. The DALY rates for women were 321.1 (95% UI, 237.7-346.2) in 1990 and 165.7 (95% UI, 147.3 - 198) in 2019, a reduction of 48.4% (95% UI, -55 to – 0.2). The DALY rates for men were 484.8 (95% UI, 353.6 – 528.5) in 1990 and 320.4 (95% UI, 257.7 – 371.8) in 2019, a reduction of 33.9% (95% UI, -41.8 to -0.1). As expected, the highest DALY rate was observed in the 70+ years group, followed by that of the 50-69 years group. Overall, DALY rates decreased from 1990 to 2019 in all age groups (Chart 4-4). 46

Chronic Chagas Disease and Chagas Cardiomyopathy

Prevalence and Incidence

• The 2010 prevalence of ChD in Brazil was estimated at 1 156 821 by the World Health Organization, 137 which is the last official available estimate, published in 2015. According to that statement, the estimated number of individuals with ChCM in Brazil is 231 364 subjects. 137 Those numbers reveal a significant decreasing trend of ChD human cases in Brazil in relation to previous estimates, which was attributed to various factors, mainly the almost complete interruption of the vectorial and transfusion-related transmission in Brazil.

• According to the GBD Study 2019 estimates, the age-standardized prevalence of ChD markedly reduced in Brazil, by 37.7% (95% UI, -40.2 to -35.2) from 1990 to 2019: from 1463 (95% UI, 1240-1711) in 1990 to 912 (95% UI, 788-1048) in 2019 per 100 000 inhabitants. The prevalence of ChD in Brazil in 2019 was higher in men [987 (95% UI, 856.4 – 1141.3)] than in women [841 (95% UI, 723.2-962)]. 46

• In a systematic review of population-based studies on ChD prevalence in Brazil, performed from 1980 until September 2012, 42 articles with relevant prevalence data were identified from a total of 4985 references. 138 The pooled estimate of ChD prevalence across studies for the entire period was 4.2% (95% CI, 3.1-5.7), ranging from 4.4% (95% CI, 2.3-8.3) in the 1980s to 2.4% (95% CI: 1.5-3.8) after 2000. The estimated ChD prevalence for males and females was similar (4.1% [95% CI, 2.6-6.6], 4.2% [95% CI, 2.6-6.8], respectively). The highest pooled prevalence was observed in individuals aged >60 years (17.7%; 95% CI, 11.4-26.5), and in the Northeastern (5.0%; 95% CI, 3.1-8.1) and Southeastern (5.0%; 95% CI, 2.4-9.9) regions and in mixed (urban/rural) areas (6.4%; 95% CI, 4.2-9.4). About 4.6 million (95% CI, 2.9-7.2 million) people are estimated to have been infected with T. cruzi in 2010. These estimates are much higher than those from the World Health Organization for 2010. 137 The authors observed a high degree of heterogeneity in most pooled estimates (I(2)>75%; p<0.001).

• In the NIH REDS-II Chagas retrospective cohort study, initially healthy blood donors with an index T. cruzi -seropositive donation and age, sex, and period-matched seronegative donors were followed up for 10 years. 139 The differential incidence of cardiomyopathy was 1.85 per 100 person-years attributable to T. cruzi infection in the first 10 years of follow-up, and 0.9 per 100 person-years in the following 10 years. T. cruzi antibody level in the second visit was associated with development of cardiomyopathy (adjusted OR of 1.4, 95% CI 1.1-1.8) in the last visit. 140

Mortality

• According to the GBD Study 2019, the number of deaths due to ChD in Brazil has decreased over the past decades (Chart 4-5). In the 1990s, ChD was responsible for 7903 (95% UI, 2438-10 073) deaths, reducing to 6523 (95% UI, 3350-11 226) deaths in 2019. The age-standardized mortality rate showed more striking decrease (-67.5% change), from 8.6 (95% UI, 2.8-10.9) deaths per 100 000 inhabitants in 1990 to 2.8 (95% UI, 1.8-4.8) per 100 000 inhabitants in 2019, accounting for 1.6% of all cardiovascular deaths in the country. In 2019, men had higher age-standardized mortality rates than women (3.5, 95% UI, 1.4-6.2; and 2.2, 95% UI, 0.9-4.3, respectively). 46

• Table 4-8 demonstrates the total number of deaths and age-standardized mortality rates due to ChD (per 100 000 inhabitants), for both sexes, and the percent change of rates, by FU, in Brazil, in 1990 and in 2019. There is striking variability among the FUs regarding the number of deaths and death rates for both years. In 1990, higher mortality rates (> 10 per 100 000 inhabitants) were observed in the Brazilian central FUs of Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais and Bahia, with a peak in Goiás (52.3 per 100 000, 95% UI, 3.3-82.4). All FUs showed a reduction in mortality rates, varying from 39.9% (95% UI, 67.7 to 15.5) in the state of Ceará to 79.6% (95% UI, -84.3 to -5.8) in the state of Goiás.

• The estimated mortality in children under 5 years is practically zero. In the other age groups, the reduction in mortality rates was more pronounced (76.2 % change, UI -86.5 to 29.5) in the age group of 15-49 years, from 2.6 (UI 0.6-3.5) to 0.6 (UI 0.4-1.3) per 100 000 inhabitants. Most deaths occurred in individuals aged 70+ years, who presented the lowest percent reduction (-54.7%, UI -65-6.3) during the 1990-2019 period: from 53 (UI 19.2-66.3) to 24 (10.4-36.1) per 100 000 inhabitants. The decrease in age-standardized mortality rate per 100 000 inhabitants correlates with the SDI of Brazilian FUs in 1990 (R = - 0.56, p=0.003) and in 2019 (R = - 0.63, p<0.001) (Chart 4-6).

• Several population-based studies showed a reduction in mortality due to ChD in Brazil in the last decades. Martins-Melo et al . 141 reported that nationwide standardized mortality rates reduced gradually, from 3.78 (1999) to 2.78 (2007) deaths/year per 100 000 inhabitants (-26.4%). Nobrega et al . 142 showed that the nationwide standardized mortality rate decreased by 32.4%, from 3.4% in 2000 to 2.3% in 2010. The mortality rate due to cardiac involvement decreased in all regions of Brazil, except for the Northern region, where it increased by 1.6%. The Northeastern region had the smallest and the West-Central had the largest decrease. Simões et al . 143 studied the evolution of ChD mortality in Brazil from 1980 to 2014 and forecasted the mortality from years 2015 to 2034. Those authors estimated a progressive decline in ChD mortality, which would be highest among the young. The expected average reduction was 76.1% as compared to the last period observed (2010-2014) and the last period predicted (2030-2034). The West-Central, Southeastern, and Southern regions had a reduction in the rate of ChD deaths between 2000 and 2014. The mortality rate in the Northeastern region did not statistically differ in any period analyzed, while, in the Northern region, it showed an increasing trend.

• In a study analyzing all death certificates of individuals who died between 1999 and 2007 in Brazil, 141 based on the nationwide SIM, ChD was mentioned in 53 930 (0.6%) death certificates, as an underlying cause in 44 537 (82.6%) death certificates, and as an associated cause of death in 9387 (17.4%) death certificates. Acute ChD was responsible for 2.8% of the deaths. The mean standardized mortality rate was 3.36 per 100 000 inhabitants/year. This is 21% higher than the mortality rate considering merely the underlying cause of death (2.78 deaths per 100 000 inhabitants/year). The proportional mortality considering multiple causes of death was 0.6%. Individuals who died from ChD were predominantly males (57%), aged over 60 years (62.8%), and residing in the Southeastern region (53.6%). The West-Central region showed the highest proportional mortality of all regions (2.17%). 141

• In the same database, calculating the mean mortality rate for each municipality of residence and using Empirical Bayesian smoothing, the spatial analysis identified a large cluster of high risk for mortality by ChD, involving nine states in the central region of Brazil (Chart 4-7). 144

• Nobrega et al ., in a descriptive study using data from the SIM of all individuals who died of ChD in Brazil between 2000 and 2010, observed that, in the 2000-2010 period, most of the deaths due to ChD (85.9%) occurred in males aged > 60 years and were caused by cardiac involvement. During the studied period, the mortality rate decreased in all age groups, except for that of 80 years and over (Chart 4-8). 142

• In a retrospective cohort study, probabilistic linkage was used to identify among blood donors from 1996 to 2000 (2842 seropositive and 5684 seronegative for ChD) those who died until 2010. 145 The authors identified 159 deaths among the 2842 seropositive blood donors (5.6%) and 103 deaths among the 5684 seronegative blood donors (1.8%). Chagas seropositive donors had a 2.3 times higher risk of death due to all causes (95% CI, 1.8-3.0) than seronegative donors. Among seropositive donors, only 26 had the ICD-10 code indicating ChD as the underlying cause of death (B57.0/B57.5). 145 The authors concluded that ChD is an underreported cause of death in the Brazilian mortality database.

• Ayub-Ferreira et al . compared the mechanism of death in HF due to ChCM with that of other etiologies in a prospective clinical trial, the REMADHE trial, which included patients aged 18 years or older with irreversible chronic HF of at least 6 months and left ventricular ejection fraction of less than 50%. Of the 342 patients analyzed, 185 (54.1%) died. Death occurred in 56.4% of ChD patients and in 53.7% of non-ChD patients. Of all ChD group deaths, 48.4% were related to HF worsening, 25.7% to sudden death, and 6.4% to stroke. The cumulative incidence of all-cause mortality and HF mortality was significantly higher in ChD patients as compared to non-ChD patients. 146 There was no difference in the cumulative incidence of sudden death mortality between the two groups. In severe Chagas heart disease, progressive HF is the most important mechanism of death.

• In the Bambuí Cohort Study, a large population-based cohort study of elderly residing in an area where ChD is endemic, 1479 subjects aged 60 years and over (38.1% positive T. cruzi test) were followed up from 1997 to 2007. During a mean 8.72-year follow-up, 567 participants died. T. cruzi infection was a predictor of mortality among cohort members, and this association remained largely significant after adjustments for age, sex, and conventional cardiovascular risk factors (HR = 1.56; 95% CI, 1.32-1.85). Overall, the PAR for mortality due to T. cruzi infection was 13.2% (95% CI, 9.8-16.4). 147

• Nadruz et al . studied the temporal trends in PAR of ChCM for 2-year mortality among patients with HF enrolled in 2002-2004 (era 1) and in 2012-2014 (era 2) in a Brazilian university hospital. They prospectively studied 362 (15% with ChCM) and 582 (18% with ChCM) HF patients with ejection fraction ≤50% in eras 1 and 2, respectively, and estimated the PAR of ChCM for 2-year mortality. Although the absolute death rates decreased over time in the ChCM and NChC groups, the PAR of ChCM for mortality increased among patients with HF [PAR(era 1)= 11.0 (95% CI, 2.8-18.5%); PAR(era 2)= 21.9 (95% CI, 16.5-26.9)%; p=0.023 versus era 1], driven by increases in the HR associated with ChD. 148

• In a cohort study, 298 ChD patients were followed up from March 1995 to September 2019 in the municipality of Virgem da Lapa, located in the state of Minas Gerais, Brazil. In the 24-year study period, 113 (37.9%) deaths were recorded in the cohort, 107 (35.9%) of which were attributed to heart disease: only 10 (11.6%) occurred in the 86 patients without cardiomyopathy, 49 (31.4%) in the 156 patients with cardiomyopathy, and 48 (85.7%) in the 56 patients with left ventricle aneurysm. The risk of death was 7.4 times significantly higher in patients with left ventricle aneurysms. 149

• In a cohort study that followed up 1637 ChD patients residing in 21 municipalities in which ChD is endemic, for two years, 205 (12.5%) patients showed new cardiovascular events, 134 of whom (8.2%) died, 28 (1.7%) developed atrial fibrillation, and 43 (2.6%) required pacemaker implantation. Individuals living in municipalities with a larger rural population had protection against cardiovascular events (OR = 0.5; 95% CI, 0.4-0.7), while those residing in municipalities with fewer physicians per 1000 inhabitants (OR = 1.6; 95% CI, 1.2-2.5) and those living in municipalities with lower primary health care coverage (OR = 1.4; 95% CI, 1.1-2.1) had higher chances of experiencing cardiovascular events. 150

• In a cohort study including 1551 patients with ChCM from the state of Minas Gerais, Brazil, a score to predict 2-year mortality was developed. The score included simple variables, such as age, New York Heart Association functional class, heart rate, QRS duration, and abnormal NT-proBNP adjusted by age. The observed mortality rates in the low-, intermediate-, and high-risk groups were 0%, 3.6%, and 32.7%, respectively, in the derivation cohort, and 3.2%, 8.7%, and 19.1%, respectively, in the validation cohort, with C statistics of 0.82 and 0.71, respectively. It seems to be a helpful and simple score that could be used in remote areas with limited technological resources. 151

Burden of Disease

In the GBD Study 2019, 174 194 DALYs (95% UI, 109 039-302 974) due to ChD were estimated in Brazil, with a relative reduction of 32.1% as compared to that of 1990 (256 380 DALYs, 95% UI, 81 697-328 720). Age-standardized DALY rates declined at national level (-70.5%) and in all Brazilian FUs between 1990 and 2019, but with different regional patterns ( Chart 4-9 ). The decrease in the DALY rates was driven primarily by a consistent reduction in the YLL rates, the main component of total DALYs for ChD. The highest fatal and non-fatal burden due to ChD was observed among males, the elderly, and in the Brazilian FUs encompassing important endemic areas of vectorial transmission in the past, such as the states of Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Bahia, and the Distrito Federal. 46

Chart 4-9. – Age-standardized rates of DALYs due to Chagas disease, per 100 000 population, in Brazil, in 2016. Source: Martins-Melo et al. 144 .

Chart 4-9

Heart Failure

• Because HF is not considered an underlying cause of death (i.e., garbage code) in the GBD study, all deaths attributed to HF in death certificates are reclassified and/or redistributed to other causes, according to the GBD method. As such, there is no data from GBD on mortality from HF. Because HF is classified by GBD as an “impairment”, the only indicators we have for HF from the GBD are prevalence and YLDs, which is the morbidity component of DALYs.

Prevalence and Incidence

• According to the GBD Study 2017 estimates, age-standardized prevalence of HF changed in Brazil from 818 (95% UI, 718-923) in 1990 to 772 (95% UI, 680-875) in 2017, with a decrease of 5% (95% UI, -7.1 to -3) in the period (Table 4-9). In absolute numbers, estimates for the prevalence of HF in Brazil rose from 0.67 million in 1990 to almost 1.7 million in 2017, mainly due to population growth and aging. The prevalence of HF is variable amongst Brazilian FUs, and the percentage of change varied unevenly between 1990 and 2017 (Table 4-9). In 2017, the highest rates were observed in the state of Rio Grande do Norte, and the lowest, in the state of Acre. From 1990 to 2017, decreased age-standardized prevalence rates were observed in most FUs, and increases in rates occurred in 8 FUs, mostly in the Northeastern region. 152

• Table 4-10 depicts HF prevalence according to sex and age groups, from the GBD Study 2017 estimates. HF prevalence was higher in women (795; 95% UI, 694-901) than in men (751; 95% UI, 656-845) in 2017, and the reduction in prevalence from 1990 to 2017 was more pronounced in men [the percentage of decrease was 7.5 (95% UI, -10.2 to -4.8) for men and 3.2 (95% UI, -6.5 to -0.1) for women]. Regarding age groups, there is a 10-fold increase in the incidence rates from the ‘15-49 years’ group to the ‘50-69 years’ group, as well a 6-fold increase from the latter to the ‘70+ years’ group, and these increases are similar for women and men. From 1990 to 2017, the prevalence increased only in the ‘15-49 years’ group, while decreased in the others, probably associated with increased ischemic events in that age group. 152

• A systematic review evaluated the burden of HF in Latin America and included 143 articles published between January 1994 and June 2014, with at least 50 participants aged ≥ 18 years; most studies included (64%) were from Brazil. 153 The patients’ mean age was 60±9 years, and the mean ejection fraction was 36±9%. The prevalence of HF was 1% (95% CI, 0.1-2.7). Of the studies included, only one assessed incidence, with 1091 individuals identified through multistage probability sampling in the city of Porto Alegre, Brazil. The mean age was 42.8±16.9 years, and 55% were women. The incidence of HF in the single population study providing this information was 199 cases per 100 000 person-years. 154

• In a population-based study in primary care of a medium-sized city in Brazil, 633 individuals aged ≥45 years were randomly selected and registered in a primary care program of a medium-sized city in Brazil. The mean age was 59.6±10.4 years, and 62% were females; the prevalence of symptomatic HF (stage C) was 9.3%, and the prevalence of stage B HF (structural abnormalities) was 42.7%. Of the patients with HF, 59% presented with HF-PEF and 41%, with HF-REF. 155

• A study from the Brazilian National Health Survey held in 2013, with data on 59 655 adults (≥ 18 years), found a prevalence of self-rated HF of 1.1%, which would represent about 1.7 million people. In those aged over 60 years, the prevalence was 3.3%. 156

• Another population-based study of residents in Zona da Mata, state of Minas Gerais, involved 7113 frail elderly. The mean age was 72.4 ± 8.0 years, 67.6% were women, and the prevalence of HF was 7.9%. 157

• In a study that included 166 patients from the rural area of Valença, state of Rio de Janeiro, the mean age was 61±14 years, and 51% were men. The main etiologies were hypertensive and ischemic, and 51% of the patients had HF-REF, showing characteristics similar to those of cohorts from non-rural tertiary centers. 158

Mortality

• In a study evaluating data from the SIM, from 2008 to 2012, HF was a frequently used garbage code in Brazil. It was listed as the underlying causes of death in 123 268 (3.7%) of those records and as a multiple cause of death in 233 197 (7%). By using two redistribution methods to specific causes of death, only 38.7-44.8% could be reclassify to a defined cause of death with the principal diagnosis, depending on the reclassification method. 159 Although HF should not be considered the underlying cause of deaths and rather be in the chain of events that led to death, any analysis of SIM data that uses HF as the underlying cause of death from death certificates must be interpreted with caution, because it may be wrongly estimating the true burden of HF.

• Data obtained from the SEADE for mortality in the state of São Paulo in 2006 evaluated 242 832 deaths in estimated 41 654 020 inhabitants. 135 Heart failure and etiologies associated with HF (except primary valvular disease) were responsible for 6.3% of the total deaths. For these data, there was neither distribution nor reclassification of the underlying causes of death, and all etiologies associated with HF were included when considering the impact of HF on total mortality.

• A study of mortality due to HF in three states of Brazil (Rio de Janeiro, São Paulo, and Rio Grande do Sul) included data from 2 960 857 death certificates from 1999 to 2005. The percentages of deaths due to HF were 3.0% in the restricted form (HF as the underlying cause of death) and 9.0% in the comprehensive form (HF mentioned in any line of the death certificate) in 1999. The percentages decreased over time and were 2.4% and 8.6%, respectively, in 2005. The mortality rates decreased in most age groups, except for the group aged 80 years or older. The rates increased with age and were clearly higher among men up to 80 years of age. 160

• A Brazilian cohort study showed data of 1220 outpatients in a specialized HF clinic followed up for 26±26 months from 1991 to 2000. Patients were in functional classes III and IV, had a mean age of 45.5±11 years, and 78% were men. The main etiologies were dilated cardiomyopathy (37%), ChD (20%), and ischemic cardiomyopathy (17%). In the follow-up period of 26±26 months, 415 (34%) patients died, and 71 (6%) patients underwent heart transplantation. Chagas disease was a predictor of poor prognosis. 161

• More recent data from 700 consecutive patients with HF-REF from the outpatient clinic of a tertiary health center in São Paulo, Brazil, showed 1-year mortality of 6.8% (47 patients). The composite outcome of death and hospitalization was 17.7% (123 patients) and 1% (7 patients) underwent heart transplantation. The patients’ mean age was 55.4±12.2 years, and 67% were men. The main etiologies were hypertensive (26.0%), ischemic (21.9%), and Chagasic (17.0%) forms of cardiomyopathy. High levels of blood urea nitrogen and brain natriuretic peptide, as well as low systolic blood pressure, were independent predictors of 1-year overall mortality in this sample. 162

• In a study reporting data from a National Database of Multisite Pacemaker including 3526 patients from 2002 to 2007 cared for at the SUS, the patients’ mean age was 59.8±13.3 years, and 66% were men. The overall survival of patients submitted to cardiac resynchronization therapy in Brazil was 80.1% (95% CI, 79.4–80.8) in 1 year and 55.6% (95% CI, 54.6–56.6) in 5 years, whereas the median overall survival was 30.3 months (IQR, 16.1–50.9). Furthermore, improved survival was observed in the cohort studied, from 2002 throughout 2007 (p=0.055). 163

Hospitalizations

• Hospital admissions are the main consequences of decompensated HF, resulting in worse prognosis and increasing costs. The BREATHE Study evaluated a sample of patients admitted due to acute decompensated HF. A total of 1263 patients were included from 51 centers from different Brazilian regions in 2011 and 2012. In-hospital mortality was 12.6%, and care quality indicators based on hospital discharge recommendations were reached in less than 65% of the patients. 164

• Other studies reporting mortality rates before the BREATHE Study 165 , 166 showed similar rates of in-hospital mortality, ranging from 9% to 17%. 165

• In a comparison of decompensated HF patients in tertiary care teaching hospitals in Brazil and in the US, US patients were older (p < 0.01) and had higher prevalence of the ischemic etiology (p < 0.01). Length-of-stay was significantly shorter (5 [IQR, 3-9] vs. 11 [IIQ, 6-19] days; p < 0.001) and in-hospital mortality was lower (2.4% vs. 13%; p < 0.001) in the US cohort, but fewer clinical events within 3 months after discharge were observed in the Brazilian patients (42% vs. 54%; p = 0.02). That study highlights the importance of improving knowledge about HF in Brazilian patients to improve care and outcomes. 167

• In the previously cited systematic review that evaluated the burden of HF in Latin America (64% included studies from Brazil), 153 the hospital admission rates were 33%, 28%, 31%, and 35% at 3, 6, 12, and 24 to 60 months of follow-up, respectively. The median hospital length of stay was 7.0 [IQR, 5.20-11.00] days. In-hospital mortality was 11.7% (95% CI, 10.4%-13.0%), and the rate was higher in patients with a reduced ejection fraction, ischemic heart disease, or ChD. The 1-year mortality rate was 24.5% (95% CI, 19.4-30.0).

• Using data from the SUS, the numbers of hospitalizations and deaths due to HF were described in São Paulo, Brazil, from 1992 to 2010. The in-hospital mortality rate due to HF was 15%. Comparing the 1992-1993 and 2008-2009 periods, there was a 32% decrease in the number of hospitalizations due to HF (p = 0.002), a 15% increase in mortality (p = 0.004), and increased hospital length of stay due to HF (from 8.8 to 11.3 days, p = 0.001). 168

• Another study with data from the DATASUS evaluated HF admissions over a 10-year period (2007 to 2016) in Brazil as compared to those in the state of Rio Grande do Sul and in the city of Porto Alegre (a city with several referral centers). As depicted in Chart 4-10, that study showed a decline in in-hospital mortality rates from 2007 to 2016, in both Brazil (19% decline) and the state of Rio Grande do Sul (25% decline), and a more pronounced decline in the city of Porto Alegre (65%). 169

• In 2020, a more recent study with data from the DATASUS evaluating HF admissions between 2008 and 2017 in Brazil, described 51 172 HF hospitalizations in the period, representing the main cause of hospitalizations for cardiovascular diseases (29.4%). Similarly to the study mentioned above, this study showed a reduction in hospitalizations in the period (34%; p = 0.004). When stratified by age, individuals aged over 60 years accounted for 73% of all cases of HF hospitalization in Brazil. The mortality rate due to HF between 2008 and 2015 was 14.0 per 100 000 (± 0.53), with a 7.7% reduction in the observed period. 170

Burden of Disease

• According to the GBD 2017 estimates (Table 4-11), the age-standardized YLD rates due to HF were 112 (95% UI, 83-141) in 1990 and 109 (95% UI, 81-134) in 2017, per 100 000 inhabitants, corresponding to a decrease of 3% (95% UI, -6.7 to 0.3). These changes are similar to the observed in the HF prevalence rates. Despite this decrease in YLD rates, HF resulted in 88 114 (95% UI, 64 078-112 624) DALYs in Brazil in 1990 and in 234 169 (95% UI, 174 338-291 188) in 2017, due to population growth and aging. 152

• Table 4-12 shows YLD rates due to HF according to sex and by age groups, from the GBD Study 2017 estimates. The age-standardized YLD rates were similar in women and men in 1990, but the 2017 rates were 105 (95% UI, 82-127) for men and 111 (95% UI, 80-1416) for women, due to a 6.8% reduction (95% UI, 110.9 to -2.6) for men as compared to almost no reduction for women (-0.3%; 95% CI, -4.9 to 4.2). As expected, the highest YLD rate was observed in the ‘70+ years’ group, followed by the ‘50-69 years’ group. Similarly to the changes observed in prevalence, from 1990 to 2017, the greatest YLD increases were observed in the ‘15-49 years’ group. 152

Health Care Utilization and Cost

(Refer to Tables 1-6 through 1-9 and Charts 1-15 through 1-1 6)

• According to data from the SUS, there were 3 085 359 hospitalizations due to HF from 2008 to 2019. This number represents one-third of total clinical admissions related to cardiovascular conditions in the period studied. Unadjusted costs were R$ 3 957 126 308. In international dollars, adjusted total values converted to purchasing power parity for 2019US$ were $ 2 651 479 951. 95

• During the period observed, there was a reduction in the number of clinical admissions due to HF from 298 474 (157 per 100 000) in 2008 to 222 620 (105 per 100 000) in 2019, with an even reduction over the years. Despite that reduction in the number of admissions, unadjusted healthcare expenditure estimates from the direct payment for the care of HF patients increased from 2008 to 2019 by almost 32%, from R$ 272 280 662 (2019 Int$ 267 102 469) in 2008 to R$ 359 301 691 (2019 Int$ 173 659 589) in 2019. The decreased number of admissions and increased expenditure represent higher costs per admission throughout the observed period (R$ 912 in 2008 to R$ 1568 in 2018). Heart failure accounted for most costs related to clinical admissions due to cardiovascular diseases.

• The economic burden of HF in Brazil was assessed using the standard cost of illness framework in 2015. The analysis assessed the prevalence and associated expenditures on healthcare treatment, productivity losses from reduced employment, costs of providing formal and informal care, and lost wellbeing. The study found that HF imposes a financial cost of R$ 22.1 billion/US$ 6.8 billion, the second out of four major heart conditions in Brazil: myocardial infarction, HF, hypertension, and atrial fibrillation. 124

• In the study by Nicolao et al ., 169 the DATASUS data on HF admissions over a 10-year period (2007 to 2016) showed a 97% increase in the mean per-patient cost of HF-related hospitalizations from 2007 to 2016. Data from the city of Porto Alegre (a city with several referral hospitals) showed an even more pronounced increase (135%), but also a more pronounced decrease in mortality as compared to overall data of Brazil (see above).

Open Heart Transplantation and Assist Device Placement

• The number of heart transplantations performed in Brazil increased from 149 in 2006 to 357 in 2016. Although the number of heart transplantations increased significantly in that period, it represents approximately one-fifth of the estimated population need. The 1-year survival was 73% (data for survival collected from 2010). 171

• An analysis of cost for heart transplantation in Brazil, of all consecutive heart transplant recipients at a single center from July 2015 to June 2017, showed an average total cost for the 27 patients included of US$ 74 341, which is lower than those reported for developed countries, but exceeds the reimbursement value per patient by 60%. 172

• In a descriptive study of a public reference hospital in cardiology, located in the city of Fortaleza, Brazil, 16 patients were submitted to ventricular assist device implantation from 2008 to 2015. Mean age was 40.1 ± 3.4 years, and 87.5% were men. Chagas heart disease was the main etiology (37.5%). All patients experienced complications during the use of the device, bleeding being the most frequent (11 [68.8%]). Regarding the clinical outcome, 10 patients (62.5%) underwent cardiac transplantation and 5 patients (31.3%) died. 173

Future Research

• Because HF is considered a garbage code when assigned as the underlying cause of death, studies investigating the better method to reclassify and redistribute this cause are needed to reduce bias and promote better data comparability to enhance health policies.

• Brazilian cohort studies for cardiomyopathies are scarce, and some clinical studies in Brazil reported HF data, but there are few multicenter studies with Brazilian population data. It is worth noting the importance of having data for both HF and cardiomyopathy and for both outpatients and hospitalized ones, in addition to fully understanding the increasing burden of HF on cardiovascular diseases. More multicenter large-scale studies are needed to better describe the burden, outcomes, and costs of HF in the Brazilian population.

• In addition, studies exploring quality of care and costs in HF would help develop health policies to improve awareness, access to life-saving interventions, organ donation, and the better use of resources in this complex and demanding disease.

• Mortality rates due to ChD decreased substantially in the last decades and they are expected to continue to decline in the coming years. Indeed, there is evidence that ChD is an underreported cause of death, and, probably, of hospitalization as well. More data on the hospitalization rates and outcomes in ChCM patients are needed.

5. VALVULAR HEART DISEASE

ICD-9 424; ICD-10 I34 to I38

See Table 5-1 through 5-5 and Charts 5-1 through 5-11

Table 5-1. – Age-standardized prevalence rates of valvular heart disease per 100 000, in 1990 and 2019, and percent change of rates, in Brazil and its Federative Units.

Cause of death and Location 1990 2019 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.1-Rheumatic heart disease (;)
Acre 3450.4 (2590.5;4467.5) 871.3 (675.4;1091.9) 8765.8 (6801.6;11017.2) 889.9 (698.1;1114.6) 2.1(-4.3;8.5)
Alagoas 21422.5 (16168.7;27275.5) 870.4 (671.7;1095.4) 34480.6 (26684.6;43431.6) 911.8 (708.5;1147.6) 4.8(-1.4;12.1)
Amapá 2291.4 (1738.2;2949.2) 877.6 (686.6;1102) 8204.3 (6320.1;10401.1) 893.7 (695.8;1127.2) 1.8(-3.6;8.2)
Amazonas 17173.8 (12858.6;21944.2) 859.3 (662.8;1072.3) 39188.9 (30084;49139) 877.9 (681.7;1093.7) 2.2(-4.5;8.7)
Bahia 102924.7 (78855.6;131748.4) 883.1 (691.6;1106.3) 153263.4 (118427;190547.8) 923.2 (714.7;1146.6) 4.5(-1.6;10.7)
Brazil 1352613.2 (1040490.6;1695888.8) 899.6 (699.8;1119.1) 2102091.3 (1639303.8;2606302.5) 918.5 (716;1142.5) 2.1(0.2;4)
Ceará 54893.6 (41770.6;69929.9) 879.9 (684.7;1108.8) 94345.5 (73759;117854.4) 907.6 (712.2;1133.8) 3.1(-3;9.6)
Distrito Federal 14943.3 (11322.7;18780.2) 882.4 (685.5;1098.2) 29679.7 (23036.6;37007.4) 884.6 (683;1107.7) 0.3(-5.5;6)
Espírito Santo 23622.8 (18038;29882.3) 883.7 (685.2;1105.3) 37781 (29560.4;47163.4) 895.2 (696.3;1123.7) 1.3(-4.7;8)
Goiás 38342.4 (29158;48881.8) 894.2 (695;1119.9) 68040.7 (52578.2;84812.4) 911.1 (703.6;1137.2) 1.9(-3.8;9.3)
Maranhão 40195 (30705.5;51338.9) 862.1 (667.6;1078.8) 74568.2 (57721.4;93956.1) 894 (691.7;1118.2) 3.7(-2.4;11)
Mato Grosso 17655.9 (13403.8;22630.5) 866.2 (670.9;1092.4) 34380.9 (26531.8;42865.4) 881.9 (679;1099.6) 1.8(-4.1;7.9)
Mato Grosso do Sul 16461.5 (12566.8;20841.5) 900.8 (701.7;1128.6) 27971.6 (21773.1;34975) 923.4 (716.7;1154.5) 2.5(-3.6;9.2)
Minas Gerais 145136.4 (111832;182475) 893.7 (700.5;1114) 210129.5 (164841.3;261917.1) 917.3 (715.3;1146) 2.6(-3.5;8.1)
Pará 41348.9 (31068.7;52497.1) 871.9 (674.1;1090.2) 87391.4 (67117.7;110404) 890.7 (690.9;1115.6) 2.2(-3.4;8.6)
Paraíba 27841.4 (21209.4;35301.7) 888.2 (685.4;1106.3) 40854.4 (31738.7;51294) 912.9 (708.4;1149.3) 2.8(-3.3;8.8)
Paraná 81156 (62014.8;102568.9) 919.2 (710.1;1145.5) 113818.3 (88747.4;140998) 939.4 (730.5;1177.7) 2.2(-3.3;7.8)
Pernambuco 63259.3 (48155.2;80253) 886 (681.7;1107.1) 96588.1 (74881.1;120052) 913.6 (707.8;1139.5) 3.1(-2.5;10.4)
Piauí 22494.3 (16958.5;28886.4) 890.4 (687.3;1117.5) 34073.1 (26412.8;42807.5) 906.3 (700.6;1139.5) 1.8(-4.7;8.5)
Rio de Janeiro 124439.1 (95279.2;157326.7) 902.8 (694.5;1137.9) 172188.9 (135252.5;212372.6) 920.6 (712.8;1140.7) 2(-4.1;7.9)
Rio Grande do Norte 21271.9 (16243;26755.5) 895.1 (696.6;1119.8) 35469.3 (27439.4;44530.2) 910 (704;1144.4) 1.7(-4.1;8.4)
Rio Grande do Sul 89482.7 (68907.8;113899.5) 930.3 (722.5;1165.4) 111269 (87372;139471) 937.4 (724.5;1173) 0.8(-5.2;6.6)
Rondônia 9709.1 (7330.4;12319.3) 862 (671.8;1077.8) 16995.1 (13142.4;21253.2) 879.4 (681;1097.4) 2(-4;8.1)
Roraima 1816.1 (1377.7;2311.1) 854.8 (666.6;1069.7) 5547.7 (4230.2;6961.8) 878.9 (678.9;1101.6) 2.8(-3.3;8.7)
Santa Catarina 44246.8 (34096.9;55614.1) 936.1 (728;1169.1) 72819.1 (57156.6;90488.1) 942.9 (735.4;1169.9) 0.7(-5.1;6.9)
São Paulo 306459.4 (235629.4;380385.5) 917.2 (710.2;1138) 455434.6 (356653.1;565502.4) 934.7 (731.5;1171.7) 1.9(-3.4;7.7)
Sergipe 12997.3 (9939.7;16567.3) 889.4 (692.3;1115.1) 23773.4 (18367.2;29453.9) 925.7 (715.4;1147.8) 4.1(-2.9;11.1)
Tocantins 7577.3 (5704.2;9694.6) 859.4 (660.2;1078.4) 15068.9 (11720.2;18871.1) 868.5 (675.1;1087.3) 1.1(-4.9;8)
B.2.5-Non-rheumatic valvular heart disease (;)
Acre 45.9 (37.3;55) 21.8 (18.2;25.8) 237.7 (200.3;276.7) 33.6 (28.4;39) 53.9(29.2;85.5)
Alagoas 317.7 (260.6;374.9) 20.8 (17.1;24.3) 1007.7 (843.5;1167.9) 29.5 (24.7;33.9) 41.6(15.4;74.6)
Amapá 31.6 (26.1;37.8) 24.8 (20.8;29) 236.1 (197;275.5) 38.4 (32.5;44.8) 54.7(27.4;87.3)
Amazonas 247.3 (204;295.5) 24.3 (20.5;28.5) 1237.1 (1037.9;1449.9) 37.7 (31.7;43.8) 55.2(30.6;84.6)
Bahia 1717.8 (1432.8;2026.8) 23 (19.5;27.1) 4952.1 (4171.7;5747.9) 29.8 (25.1;34.6) 29.2(6.4;55.7)
Brazil 26255.7 (23385;28824.5) 25.3 (22.4;27.8) 95300.5 (82828.7;108921.1) 39 (33.9;44.6) 54.3(41.1;68.3)
Ceará 938.5 (780.3;1092.3) 21.5 (18;25) 3319.7 (2799.3;3846.7) 32.5 (27.4;37.8) 51(25;84)
Distrito Federal 277.5 (231.5;328.5) 30.8 (26.2;35.6) 3271.6 (2650.9;3935.7) 110 (89.2;132) 256.6(194.9;333.7)
Espírito Santo 421.7 (344.2;499.2) 24.1 (20.2;28.2) 1776.4 (1477;2076.8) 38.5 (32.2;44.9) 59.9(32.5;91.1)
Goiás 626.9 (524.7;740.6) 23.6 (20.1;27.7) 2652.7 (2242.2;3112.3) 35 (29.6;40.9) 47.9(23.9;78.7)
Maranhão 583.9 (482.4;690.1) 20.1 (16.8;23.5) 1807.7 (1525;2100.4) 26.1 (22;30.2) 29.9(4.9;59.3)
Mato Grosso 252.7 (209.6;298.6) 23 (19.5;26.7) 1498.6 (1253.1;1755.6) 40.7 (34.2;47.7) 77.2(48.5;112)
Mato Grosso do Sul 288.6 (237.7;341.2) 25.5 (21.3;29.8) 1356.1 (1126;1592) 43.4 (36;51) 70.2(40.9;104.5)
Minas Gerais 2731.8 (2280;3218.2) 23.9 (20.2;28) 8965.3 (7605.9;10440.9) 33.4 (28.3;38.9) 39.9(17.1;69.5)
Pará 577.7 (476.5;682.4) 22 (18.4;25.6) 2437.5 (2051.8;2854.5) 31.4 (26.6;36.5) 42.9(19.1;71.9)
Paraíba 505.8 (426.6;591) 21.8 (18.4;25.4) 1401.1 (1193;1612.9) 29.8 (25.4;34.3) 36.7(13.3;66.1)
Paraná 1569.6 (1320.1;1846.9) 26.2 (22.3;30.5) 5786.1 (4865.1;6888.9) 41.5 (34.8;49.4) 58.4(32.8;87.6)
Pernambuco 1120.9 (946.9;1304.1) 22.4 (19.1;26) 3402.5 (2879.5;3968.3) 32.3 (27.2;37.6) 44(17.7;72.8)
Piauí 333.2 (271.4;393.2) 20.7 (17.2;24.2) 1013.3 (857.1;1175.3) 26.7 (22.6;31) 29.3(6.9;57.3)
Rio de Janeiro 2932 (2439;3452.2) 26.4 (22.3;31) 8945.1 (7447;10466.6) 39.3 (32.8;46) 48.6(23.7;76.8)
Rio Grande do Norte 384.4 (318.7;451.3) 23.2 (19.4;27.1) 1382.3 (1144.1;1600.7) 35 (29;40.5) 50.8(25.6;82.7)
Rio Grande do Sul 2261.2 (1899.8;2643.1) 29.7 (25.1;34.4) 6749.2 (5633.2;7857.4) 43.5 (36.4;50.6) 46.3(23.8;72.5)
Rondônia 130 (107.2;154.2) 23.1 (19.2;26.7) 648.6 (544.5;759.1) 37.4 (31.3;43.7) 61.6(34.5;95.9)
Roraima 21.3 (17;25.7) 22.2 (18.6;25.9) 162.4 (134.6;189.9) 35.6 (29.9;41.3) 60.2(30.6;93.9)
Santa Catarina 841.9 (702.4;975.8) 26.9 (22.6;31.1) 3775.8 (3163.4;4442.1) 43.5 (36.6;51) 61.7(36.3;93.4)
São Paulo 6786.6 (5675;7889) 28.1 (23.7;32.6) 26025.6 (21778.6;30883.2) 46.2 (38.8;54.9) 64.2(38.6;94.8)
Sergipe 196.5 (162.9;230.2) 21.7 (18.1;25.3) 738.2 (628.7;864.3) 30.6 (26;35.7) 41.2(16.6;72.3)
Tocantins 112.9 (93.1;134.4) 21.3 (18;25.1) 514 (434;596.7) 33.4 (28.2;38.7) 56.3(29.1;89.9)
B.2.5.1-Non-rheumatic calcific aortic valve disease (;)
Acre 10.1 (8;12.6) 5 (4;6.2) 123.4 (98;151.9) 18.5 (14.6;22.9) 266.7(224.6;314.6)
Alagoas 56.9 (45.1;70.2) 3.8 (3.1;4.7) 444.1 (354.3;546.4) 13.4 (10.7;16.5) 249.8(212;294.5)
Amapá 9.2 (7.3;11.3) 7.6 (6;9.4) 133.4 (106.8;163.6) 23.2 (18.7;28.5) 204.1(173.5;241.7)
Amazonas 70.2 (55.6;86.4) 7.3 (5.8;9) 705.8 (562.7;866.4) 22.6 (18;28) 210.8(179.8;251.5)
Bahia 404.7 (324.5;495.1) 5.5 (4.4;6.8) 2294.2 (1832.8;2814.7) 14.1 (11.2;17.3) 154.2(129.8;184.4)
Brazil 7905.4 (6333;9659.2) 7.9 (6.3;9.6) 57152.9 (45926.6;70348.4) 23.7 (19.1;29) 201.8(177.5;231.8)
Ceará 196.4 (154.7;244.3) 4.6 (3.6;5.6) 1730 (1381.8;2137) 17.2 (13.7;21.3) 276.5(231.9;332)
Distrito Federal 108.8 (85.4;132.8) 13.2 (10.5;16.3) 2764 (2173.3;3401.8) 94.8 (75;117.1) 618.3(520.2;732.3)
Espírito Santo 111.5 (88.6;136.7) 6.6 (5.3;8.2) 1049.8 (835.9;1303.9) 23.2 (18.5;28.6) 251.4(211.7;295)
Goiás 164.1 (130.9;201.4) 6.5 (5.2;8) 1421.1 (1139.4;1754.3) 19.4 (15.6;23.8) 198.4(168;237.7)
Maranhão 95.1 (74.8;119.1) 3.3 (2.6;4.1) 695.4 (554.8;852.2) 10.3 (8.2;12.6) 209.2(176.7;247.1)
Mato Grosso 63.4 (49.8;78.4) 6.2 (4.9;7.6) 919.2 (726;1132.8) 26 (20.7;32) 321(274.6;376.5)
Mato Grosso do Sul 86.4 (68.8;106) 8.1 (6.4;10) 867.8 (687.5;1078.8) 28.3 (22.6;34.8) 249.9(214.5;294)
Minas Gerais 727.1 (568.6;898.5) 6.5 (5.1;8) 4835 (3834.5;5958.1) 18.1 (14.4;22.2) 177.8(150.7;214.2)
Pará 129.4 (102.4;159.9) 5.2 (4.1;6.3) 1199.8 (951.4;1476.5) 16.2 (12.8;20) 214.6(179.7;254.2)
Paraíba 106 (83.3;131.7) 4.5 (3.6;5.7) 669.2 (532.7;821.2) 14.3 (11.4;17.6) 215(182.9;255.2)
Paraná 500.8 (399;618.4) 8.8 (7;10.8) 3677.2 (2950.2;4581.6) 26.7 (21.5;33.1) 204.3(171.8;239.2)
Pernambuco 243.8 (191.2;302.7) 5 (3.9;6.2) 1696 (1349.5;2086.2) 16.5 (13.1;20.2) 230.5(196;271.1)
Piauí 61.4 (48.4;75.5) 3.9 (3.1;4.8) 410.2 (324.2;499.1) 10.9 (8.6;13.3) 180(152.3;219.4)
Rio de Janeiro 907.3 (714.4;1122.4) 8.5 (6.8;10.5) 5421.6 (4290.2;6733.4) 23.8 (18.9;29.4) 181(153.8;214.6)
Rio Grande do Norte 95.8 (76.2;118.1) 5.8 (4.6;7.2) 762.9 (606.7;931.8) 19.6 (15.6;24) 238.6(204.2;283.4)
Rio Grande do Sul 894.7 (716.2;1105) 12.2 (9.7;15) 4459.5 (3551.3;5500.3) 28.5 (22.9;34.9) 133.9(112.6;159.4)
Rondônia 32.2 (25.2;39.9) 6.3 (5;7.8) 369.3 (291;456.9) 22.4 (17.7;27.6) 252.9(213.9;300.7)
Roraima 5.4 (4.2;6.8) 6.1 (4.8;7.5) 88.3 (69.6;109.8) 20.8 (16.6;25.8) 242(206.2;283.6)
Santa Catarina 288.2 (232.8;354) 9.6 (7.7;11.8) 2440.1 (1939.3;3004.9) 28.6 (22.9;35) 198(167.5;231)
São Paulo 2472.7 (1981.2;3024.5) 10.6 (8.5;13) 17366.6 (13732.1;21578.8) 31.1 (24.7;38.6) 193(162;227.9)
Sergipe 39.7 (31.1;49.7) 4.5 (3.6;5.6) 346.4 (275.9;428.6) 14.9 (11.8;18.5) 232(196.5;272.4)
Tocantins 24.3 (19.1;30.2) 4.8 (3.8;6) 262.7 (209.8;323.3) 17.7 (14.1;21.7) 265.3(224.9;313.9)
B.2.5.2-Non-rheumatic degenerative mitral valve disease (;)
Acre 47.4 (43.9;50.9) 21.7 (20.2;23.3) 163.5 (151.5;176.9) 21.6 (20;23.2) -0.5(-4.7;4.2)
Alagoas 346 (320;372.4) 22.2 (20.6;23.9) 761.9 (707.8;817.9) 21.9 (20.3;23.5) -1.6(-6;2.8)
Amapá 30.3 (28;32.5) 22.2 (20.6;23.8) 147.5 (135.3;160) 21.8 (20.1;23.6) -1.8(-5.6;2.1)
Amazonas 239.6 (222.1;258.5) 22.1 (20.5;23.8) 760.6 (700.6;827) 21.6 (20;23.4) -2.4(-6.9;2.3)
Bahia 1701.1 (1585.3;1824.1) 22.3 (20.7;23.9) 3654.4 (3395.5;3938.8) 21.8 (20.2;23.4) -2.3(-6.1;1.9)
Brazil 24034.9 (22437.7;25715.6) 22.5 (21;24) 53918.2 (50205.1;57756.5) 22 (20.5;23.5) -2.3(-4;-0.4)
Ceará 979.8 (914;1051.6) 22.1 (20.6;23.7) 2248.8 (2085.5;2425.1) 21.8 (20.2;23.4) -1.6(-6.1;2.6)
Distrito Federal 224.3 (207.5;242.2) 23.1 (21.5;24.7) 731.7 (675.1;789.5) 22.5 (20.9;24.2) -2.4(-7.1;2)
Espírito Santo 409.4 (381;439.6) 22.6 (21.1;24.2) 1025 (949;1104.5) 22.2 (20.6;23.9) -1.7(-5.8;2.5)
Goiás 608.1 (564.3;652.9) 22.1 (20.5;23.7) 1678.8 (1548.4;1815.2) 21.8 (20.1;23.5) -1.3(-5.6;3)
Maranhão 641.7 (595.4;691.4) 21.7 (20.2;23.4) 1520.8 (1402.1;1649.9) 21.4 (19.8;23.2) -1.5(-6.6;2.8)
Mato Grosso 251.2 (232.1;271.5) 21.6 (20.1;23.1) 828.9 (766.4;894.9) 21.7 (20.1;23.3) 0.4(-4;4.9)
Mato Grosso do Sul 261.3 (241.6;281.7) 22.1 (20.5;23.7) 692.5 (640.2;746.3) 21.9 (20.3;23.5) -1.1(-5.7;3.5)
Minas Gerais 2629.8 (2444.6;2826.8) 22.5 (21;24.1) 5799.3 (5351.7;6249.1) 21.9 (20.3;23.6) -2.6(-7;1.7)
Pará 599.1 (557;645.2) 22 (20.4;23.5) 1752.1 (1625.8;1905.2) 21.5 (20;23.3) -1.9(-6.1;2.7)
Paraíba 519.3 (482.7;555.7) 22.2 (20.6;23.7) 1015.4 (940.1;1094.2) 21.6 (20;23.3) -2.6(-6.7;1.8)
Paraná 1395.4 (1296.6;1498.3) 22.6 (21;24.2) 3058.4 (2831.7;3304.5) 22.1 (20.5;23.9) -1.9(-6.4;2.6)
Pernambuco 1150 (1065.2;1234.1) 22.6 (20.9;24.3) 2351 (2177.2;2534.8) 22.1 (20.5;23.7) -2.5(-6.6;2.2)
Piauí 357.2 (330.8;383.5) 21.9 (20.2;23.4) 819.1 (761.2;882.8) 21.5 (20;23.2) -1.4(-6.2;3.2)
Rio de Janeiro 2586.9 (2403.3;2775) 22.9 (21.3;24.6) 4954.2 (4572.2;5335.5) 22.2 (20.5;23.9) -3.2(-7.4;1.5)
Rio Grande do Norte 376.6 (350.1;404) 22.2 (20.7;23.9) 869 (804.6;936.1) 21.7 (20.1;23.4) -2.3(-6.4;1.7)
Rio Grande do Sul 1774.1 (1650.6;1908.7) 22.8 (21.3;24.5) 3317.6 (3070.6;3580.6) 22.2 (20.5;23.9) -2.9(-7;1.2)
Rondônia 128.5 (118.7;139.3) 21.5 (20;23) 389.8 (359.5;421.6) 21.5 (19.9;23.3) 0.2(-3.9;5.1)
Roraima 21.8 (20.1;23.6) 20.9 (19.4;22.5) 104.3 (96;112.7) 21.2 (19.5;22.8) 1.5(-2.6;5.8)
Santa Catarina 740.9 (687.2;794.5) 22.7 (21.1;24.3) 1915.3 (1772.8;2077.6) 22.1 (20.5;23.9) -2.9(-6.9;1.5)
São Paulo 5691.2 (5272.3;6125.5) 22.8 (21.2;24.5) 12477.6 (11520.7;13408) 22.3 (20.6;23.9) -2.4(-6.8;2)
Sergipe 207.1 (192.7;221.7) 22.4 (20.9;23.9) 536.6 (497.6;577.2) 21.8 (20.3;23.5) -2.4(-6.4;1.9)
Tocantins 117 (108.8;126.2) 21.6 (20.2;23.3) 344.2 (318.6;371.1) 21.7 (20.1;23.4) 0.4(-4;4.5)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 5-5. – Total number of admissions and associated costs in Brazilian Reais (R$) and International Dollars 2019 (Int$) for surgical and clinical procedures to treat valvular heart disease in Brazil, from 2008 to 2019.

Procedure: 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total
Valve surgeries (N) 12,201 12,664 12,169 13,181 13,435 13,067 12,993 12,624 12,432 12,277 12,088 12,771 151,902
Valve surgeries (R$) R$ 125,954,499 R$ 140,683,968 R$ 142,383,177 R$ 179,111,011 R$ 183,271,263 R$ 178,563,635 R$ 180,088,277 R$ 176,813,774 R$ 175,318,559 R$ 176,135,832 R$ 177,583,849 R$ 187,382,032 R$ 2,023,289,882
Valve surgeries (Int$) $123.559.115 $128.654.775 $120.060.127 $139.380.403 $132.111.420 $119.760.766 $111.985.310 $102.217.742 $93.772.533 $91.038.538 $89.090.521 $90.566.473 $1.342.197.727
Other valvuloplasties (N) 451 477 445 486 456 527 515 513 399 427 391 450 5,537
Other valvuloplasties (R$) R$ 1,518,843 R$ 1,661,544 R$ 1,717,544 R$ 1,918,678 R$ 1,870,621 R$ 2,051,540 R$ 2,128,294 R$ 2,085,967 R$ 1,594,213 R$ 1,888,744 R$ 1,689,593 R$ 1,959,571 R$ 22,085,157
Other valvuloplasties (Int$) $1.489.958 $1.519.473 $1.448.265 $1.493.075 $1.348.440 $1.375.947 $1.323.449 $1.205.917 $852.695 $976.227 $847.637 $947.110 $14.828.198
Mitral valvuloplasty (N) 477 551 478 473 403 431 408 341 206 236 200 195 4,399
Mitral valvuloplasty (R$) R$ 3,115,254 R$ 3,585,355 R$ 3,147,310 R$ 3,227,816 R$ 2,718,391 R$ 2,970,343 R$ 2,808,556 R$ 2,392,670 R$ 1,377,571 R$ 1,720,524 R$ 1,461,666 R$ 1,430,166 R$ 29,955,628
Mitral valvuloplasty (Int$) $3.056.009 $3.278.789 $2.653.870 $2.511.818 $1.959.557 $1.992.178 $1.746.460 $1.383.225 $736.820 $889.279 $733.290 $691.235 $21.632.536
Total surgical (N) 13,129 13,692 13,092 14,140 14,294 14,025 13,916 13,478 13,037 12,940 12,679 13,416 161,838
Total surgical (R$) R$ 130,588,598 R$ 145,930,868 R$ 147,248,032 R$ 184,257,507 R$ 187,860,275 R$ 183,585,519 R$ 185,025,128 R$ 181,292,412 R$ 178,290,344,05 R$ 179,745,101 R$ 180,735,108 R$ 190,771,770 R$ 2,075,330,668
Total surgical (Int$) $128.105.083 $133.453.038 $124.162.262 $143.385.297 $135.419.418 $123.128.891 $115.055.220 $104.806.885 $95.362.050.10 $92.904.045 $90.671.449 $92.204.819 $1.378.658.462
Valve disease (clinical) (N) 3,237 4,156 3,526 3,637 3,285 2,996 2,753 2,400 2,244 2,231 2,330 2,289 35,084
Valve disease (clinical) (R$) R$ 1,051,959 R$ 1,589,247 R$ 1,439,424 R$ 1,606,640 R$ 1,509,338 R$ 1,509,785 R$ 1,584,222 R$ 1,672,410 R$ 1,675,284 R$ 1,678,874 R$ 2,043,385 R$ 1,999,540 R$ 19,360,112
Valve disease (clinical) (Int$) $1.031.953 $1.453.358 $1.213.749 $1.250.253 $1.088.009 $1.012.597 $985.126 $966.836 $896.058 $867.752 $1.025.128 $966.428 $12.757.251

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 5-1. – A: Age-standardized and crude prevalence rates of Rheumatic Heart Disease in Brazil from 1990 to 2019. B: Total prevalent cases of Rheumatic Heart Disease in Brazil from 1990 to 2019.

Chart 5-1

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 5-11. – Expenses associated with the surgical treatment of cardiovascular diseases in Brazil, according to the type in SUS, from 2008 to 2020 (Currency: International Dollars). 95 .

Chart 5-11

Abbreviations Used in Chapter 5.

AF Atrial Fibrillation
ARF Acute Rheumatic Fever
CABG Coronary Artery Bypass Graft
CAD Coronary Artery Disease
CI Confidence Interval
DALYs Disability-Adjusted Life Years
ECG Electrocardiogram
FU Federative Unit
GBD Global Burden of Disease
HIC High-Income Countries
ICD International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems
IL Interleukine
NRVD Non-rheumatic Valvular Heart Disease
RHD Rheumatic Heart Disease
SUS Brazilian Unified Health System (in Portuguese, Sistema Único de Saúde )
TAVI Transcatheter Aortic Valve Implantation
UI Uncertainty Interval
YLLs Years of Life Lost

Table 5-2. – Death and DALY rates per 100 000 in 1990 and 2019, and percent change of rates, by age, sex, and cause of death, Brazil.

Cause and Location Death rate 1990 Death rate 2019 Percent change for death rate (95% UI) DALY rate 1990 DALY rate 2019 Percent change for DALY rate (95% UI)
(95% UI) (95% UI) (95% UI) (95% UI)
B.2.1-Rheumatic heart disease
Both
15-49 years 1.7 (1.6;1.8) 0.6 (0.6;0.7) -64.6 (-68.3;-60.4) 159.1 (132.1;193.1) 95.5 (68.7;130.8) -40 (-48.4;-32.1)
50-69 years 6 (5.5;6.5) 2.6 (2.4;2.9) -55.9 (-61.1;-50.4) 214.1 (194.3;236.2) 113.4 (97.5;132.9) -47 (-53.2;-40.7)
5-14 years 0.7 (0.6;0.7) 0.1 (0.1;0.2) -78.1 (-81.9;-73.6) 78.4 (64.6;99) 39 (25.8;60.5) -50.3 (-62;-38.6)
70+ years 12.5 (11.4;13.6) 6.8 (6;7.6) -45.4 (-52.5;-38.4) 202.1 (184.6;218.4) 111.1 (98.3;123.3) -45.1 (-51.7;-39.1)
Age-standardized 2.8 (2.7;3) 1.2 (1.1;1.2) -59.4 (-63.1;-55.4) 144.6 (126.8;167.3) 79.3 (61.6;102.6) -45.1 (-52.1;-38.2)
All Ages 2.1 (2;2.2) 1.3 (1.2;1.3) -39.6 (-45.2;-33.9) 132.8 (114.5;156.3) 85 (66.3;109.9) -36 (-43.2;-29.2)
Under 5 0.4 (0.3;0.6) 0 (0;0.1) -88.2 (-93.4;-79.6) 35 (24.5;50.2) 6.6 (4.6;9.2) -81.3 (-89.1;-69.5)
Female
15-49 years 2 (1.9;2.1) 0.7 (0.7;0.8) -63.3 (-67.4;-58.2) 179.2 (149.4;216.1) 109.5 (79.7;149.9) -38.9 (-47;-30.7)
50-69 years 6.9 (6.3;7.6) 3.1 (2.8;3.4) -55.2 (-60.7;-49) 250.3 (225.4;278.8) 134.8 (115.2;158.4) -46.2 (-52.5;-39)
5-14 years 0.7 (0.6;0.7) 0.1 (0.1;0.2) -77.6 (-81.5;-73.3) 80.8 (65.9;102.2) 42 (27.5;64.6) -48.1 (-59.8;-36.8)
70+ years 12.7 (11.5;13.9) 7.6 (6.5;8.4) -40.5 (-48.8;-32) 207.1 (187.7;226) 121.4 (106.1;136) -41.4 (-48.5;-34.2)
Age-standardized 3.2 (3;3.4) 1.3 (1.2;1.4) -58.1 (-62.5;-53.3) 162.2 (142.3;187) 90.5 (70.7;116.5) -44.2 (-51.1;-36.9)
All Ages 2.4 (2.3;2.5) 1.5 (1.4;1.7) -35.8 (-42.3;-28.6) 149.3 (129.2;174.9) 98.6 (78.1;126) -34 (-40.9;-26.9)
Under 5 0.4 (0.3;0.6) 0.1 (0;0.1) -87.3 (-93.2;-77.3) 37.8 (24.7;56.3) 7.4 (5.1;10.3) -80.5 (-89.1;-66.6)
Male
15-49 years 1.5 (1.4;1.6) 0.5 (0.4;0.5) -66.5 (-70.6;-61.4) 138.3 (113.9;169.9) 81.2 (57.8;112.1) -41.3 (-50.3;-33.4)
50-69 years 4.9 (4.5;5.4) 2.1 (1.9;2.3) -57.6 (-63.4;-50.7) 174.8 (157.8;193.8) 89.3 (76;105.2) -48.9 (-55.5;-41.7)
5-14 years 0.7 (0.6;0.7) 0.1 (0.1;0.2) -78.6 (-82.9;-73.3) 76 (62.4;95.1) 36.1 (23.5;56.5) -52.5 (-64.3;-40.3)
70+ years 12.3 (11.2;13.6) 5.8 (5.1;6.5) -52.5 (-60.3;-44.5) 196 (179;215.5) 96.9 (86.2;108.4) -50.5 (-57.7;-43.1)
Age-standardized 2.5 (2.4;2.7) 1 (0.9;1) -62 (-66.7;-56.7) 126.1 (109.6;146.8) 67.3 (51.7;87.7) -46.7 (-54.4;-39.3)
All Ages 1.8 (1.7;1.9) 1 (0.9;1.1) -45.3 (-51.7;-37.8) 116 (99.4;137) 70.9 (54.3;92.9) -38.9 (-46.7;-31.5)
Under 5 0.3 (0.2;0.5) 0 (0;0.1) -89.2 (-94.4;-77.5) 32.3 (20.7;47.8) 5.8 (3.9;8.5) -82.1 (-90.2;-68)
B.2.5.1-Non-rheumatic calcific aortic valve disease
Both
15-49 years 0.4 (0.4;0.5) 0.2 (0.2;0.3) -49.3 (-55.6;-38.9) 23.1 (20.5;26.7) 11.2 (9.6;12.7) -51.5 (-57.4;-41.8)
50-69 years 3.5 (3.1;3.8) 2.3 (2.1;2.7) -32.7 (-39.1;-23) 102 (90;111.9) 67 (60.3;78.1) -34.3 (-40.4;-25.1)
70+ years 14.8 (12.7;16) 17.3 (14.4;20.2) 17 (2;38.5) 209.2 (179.7;226.3) 216.7 (184.1;251.7) 3.6 (-9.5;22.6)
Age-standardized 1.8 (1.6;2) 1.5 (1.3;1.8) -15.6 (-24;-4) 41.9 (37;45.9) 29.2 (26.3;33.4) -30.3 (-36.3;-21.3)
All Ages 1 (0.9;1.1) 1.6 (1.4;1.8) 58 (42.2;78.7) 28.6 (25.4;31.8) 31.5 (28.4;36.2) 10.3 (0.7;25)
Female
15-49 years 0.3 (0.2;0.4) 0.2 (0.1;0.2) -42.2 (-55.2;-23.5) 14.5 (10.9;19.6) 8 (5.7;10.7) -44.7 (-57.3;-26.8)
50-69 years 2.3 (1.8;2.8) 1.8 (1.5;2.3) -23.2 (-32.8;-7.1) 66 (51.1;81.1) 49.4 (40.9;64.3) -25.1 (-34.2;-9.7)
70+ years 14.6 (11.9;16.2) 17.3 (14;21.1) 18.3 (0.1;45.7) 194.7 (158;215.7) 203 (167;248.8) 4.2 (-12.2;29.4)
Age-standardized 1.5 (1.3;1.7) 1.4 (1.1;1.7) -10.9 (-21.9;7.4) 30.8 (24.5;36.6) 23.8 (20.3;29.5) -22.8 (-31.2;-6.5)
All Ages 0.8 (0.7;1) 1.6 (1.3;2) 89.3 (65.8;129.5) 20.7 (16.3;25.4) 27.6 (23.6;34.3) 33.2 (18.6;62.1)
Male
15-49 years 0.6 (0.5;0.7) 0.3 (0.2;0.3) -52.8 (-58.3;-43.6) 32.1 (28.3;35.7) 14.5 (12.4;17.1) -54.7 (-60.2;-46)
50-69 years 4.8 (4.3;5.2) 3 (2.7;3.4) -37.1 (-44;-29.1) 141 (126.3;151.6) 86.8 (77.9;97.5) -38.4 (-45.1;-30.9)
70+ years 15.1 (12.9;16.3) 17.4 (14.9;19.8) 15.5 (0.7;34.7) 227.2 (195.3;246.1) 235.4 (203.9;267.6) 3.6 (-9.8;20.7)
Age-standardized 2.1 (1.9;2.3) 1.7 (1.5;2) -18.1 (-27;-8.8) 53.6 (47.6;57.5) 35.3 (31.7;40) -34.1 (-40.3;-26.6)
All Ages 1.2 (1;1.3) 1.6 (1.4;1.8) 35.2 (21.4;50.8) 36.7 (32.8;39.8) 35.7 (32.2;40.4) -2.7 (-11.7;8.4)
B.2.5.2-Non-rheumatic degenerative mitral valve disease
Both
15-49 years 0.3 (0.2;0.4) 0.2 (0.2;0.2) -42.1 (-50.5;-30.1) 17.1 (13.2;19.4) 9.4 (8;11.3) -45 (-52.9;-33.2)
50-69 years 1.6 (1.3;2) 1.2 (0.9;1.4) -23.6 (-37.4;-13.3) 48.2 (38.8;58.8) 36 (27.5;41.3) -25.4 (-38.6;-15.6)
70+ years 4 (3.3;5.7) 4.6 (2.9;5.5) 16.5 (-18.5;48.7) 59 (49.4;84) 64.3 (40.8;75.7) 9 (-23.4;39.2)
Age-standardized 0.7 (0.6;0.9) 0.6 (0.4;0.7) -19 (-34.8;-5.8) 20.4 (16.3;24.6) 14.1 (10.8;16.3) -30.7 (-41.6;-22.6)
All Ages 0.4 (0.4;0.6) 0.6 (0.4;0.7) 36.2 (11.4;56.6) 15.6 (12.4;18.4) 15.6 (11.9;18) 0.2 (-13.5;11.1)
Female
15-49 years 0.4 (0.3;0.5) 0.2 (0.2;0.3) -46.6 (-56.6;-32.4) 21.5 (15.4;25) 10.9 (8.8;13.7) -49.3 (-58.5;-35.8)
50-69 years 2 (1.5;2.5) 1.4 (1;1.7) -28.5 (-43.6;-17.8) 59.8 (44.2;75.6) 41.8 (28.8;51) -30.1 (-44.9;-19.8)
70+ years 4.3 (3.2;6.7) 5 (2.6;6.3) 15.1 (-26.4;55.5) 63.8 (48.6;98.2) 68 (36.8;85) 6.7 (-31.3;43.3)
Age-standardized 0.8 (0.6;1.1) 0.6 (0.4;0.8) -24.4 (-43.5;-10) 24.9 (18.5;31.3) 15.9 (11.1;19.4) -36.1 (-48.5;-27.9)
All Ages 0.6 (0.4;0.7) 0.7 (0.5;0.9) 30.4 (-1.6;52.8) 19.6 (14.5;24) 18.5 (12.9;22.4) -5.8 (-23.4;5.7)
Male
15-49 years 0.2 (0.2;0.3) 0.2 (0.1;0.2) -33.9 (-45.9;-17.2) 12.5 (8.9;15.6) 7.9 (5.9;10.1) -37.3 (-48.4;-19.9)
50-69 years 1.2 (0.9;1.6) 1 (0.7;1.2) -15.6 (-30.5;0.7) 35.7 (27.1;47.2) 29.4 (19.6;35.8) -17.5 (-31.5;-1.8)
70+ years 3.5 (2.8;5.2) 4.2 (2.6;5) 17.6 (-18;45.5) 53.1 (42.5;78) 59.2 (37.3;71.1) 11.5 (-22.3;39)
Age-standardized 0.6 (0.4;0.7) 0.5 (0.3;0.6) -11 (-28.8;4.2) 15.5 (11.7;20.1) 12.1 (8.6;14.5) -22 (-33.3;-10.2)
All Ages 0.3 (0.2;0.4) 0.5 (0.3;0.6) 45.4 (19.8;69.1) 11.4 (8.4;14.6) 12.6 (8.8;15.2) 10.2 (-5.1;26.4)
B.2.5-Non-rheumatic valvular heart disease
Both
15-49 years 0.8 (0.7;0.8) 0.4 (0.4;0.4) -45.5 (-50;-40.3) 40.8 (39.1;42.5) 21.2 (19.8;22.7) -47.9 (-52;-42.9)
50-69 years 5.1 (4.9;5.4) 3.6 (3.4;3.9) -29.4 (-34.7;-24.3) 151.3 (145.2;158.3) 104.4 (97.1;111.5) -31 (-36;-25.9)
70+ years 18.9 (17.3;20.1) 22.2 (18.8;24.3) 17.2 (5.4;27.4) 270.2 (250.3;285.3) 283.7 (247;309.3) 5 (-5.3;13.8)
Age-standardized 2.5 (2.4;2.7) 2.1 (1.9;2.3) -16.2 (-22.5;-10.3) 62.8 (60.3;65.2) 44 (40.7;47) -30 (-34.5;-25)
All Ages 1.5 (1.4;1.5) 2.2 (2;2.4) 51.9 (39.8;62.7) 44.6 (43.1;46.2) 47.9 (44.4;51.1) 7.3 (0;15.1)
Female
15-49 years 0.7 (0.6;0.7) 0.4 (0.3;0.4) -43.9 (-49.8;-36.2) 36.5 (34.5;38.7) 19.5 (17.7;21.4) -46.5 (-52;-39.4)
50-69 years 4.3 (4;4.6) 3.2 (2.9;3.5) -25.1 (-32.7;-16.5) 126.9 (119.5;134.6) 92.7 (84.7;101.1) -26.9 (-34.1;-18.9)
70+ years 19 (17.1;20.5) 22.5 (18.7;25.3) 17.9 (4.6;31.3) 260.1 (235.5;279.4) 273.4 (233;304.6) 5.1 (-6;17.2)
Age-standardized 2.4 (2.2;2.5) 2 (1.8;2.2) -15.2 (-23.2;-7.1) 56.2 (53.1;59) 40.3 (36.6;43.8) -28.2 (-34.5;-21.2)
All Ages 1.4 (1.3;1.5) 2.4 (2.1;2.6) 66.5 (49.8;83) 40.7 (38.8;42.8) 46.8 (42.5;50.9) 14.9 (4.5;26.7)
Male
15-49 years 0.8 (0.8;0.9) 0.4 (0.4;0.5) -46.9 (-52.1;-40.8) 45.2 (42.7;48.1) 23 (21.1;25.1) -49.1 (-54.1;-43.3)
50-69 years 6 (5.7;6.4) 4.1 (3.7;4.4) -32.5 (-38.7;-25.7) 177.9 (168.9;188.4) 117.6 (108;127.5) -33.9 (-39.8;-27.2)
70+ years 18.8 (17.2;20) 21.8 (19;23.8) 16.1 (2.6;27.5) 282.7 (260.4;301.7) 297.6 (262.9;325) 5.3 (-6.1;16)
Age-standardized 2.7 (2.5;2.8) 2.3 (2;2.4) -16.4 (-23.9;-9.5) 69.8 (66.7;73.1) 48.1 (44.5;51.7) -31 (-36.5;-25)
All Ages 1.5 (1.5;1.6) 2.1 (1.9;2.3) 38 (25.8;50.3) 48.6 (46.5;51.1) 49 (45.4;52.7) 0.9 (-7.3;9.9)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 5-3. – Number of deaths, age-standardized mortality rate (per 100 000) in 1990 and 2019, and percent change of rates, by cardiovascular groups of causes of death, in Brazil and its Federative Units.

Cause of death and Location 1990 2019 Percent Change for rate (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.1-Rheumatic heart disease (;)
Acre 6.4 (5.3;7.6) 2.7 (2.3;3.1) 9 (7.3;10.8) 1.3 (1;1.5) -52.1(-63.3;-39.3)
Alagoas 50.6 (40.4;65.3) 2.8 (2.2;3.6) 43.4 (35.3;53.2) 1.3 (1;1.6) -54.9(-68.5;-37)
Amapá 1.9 (1.5;2.2) 1.3 (1.1;1.4) 4.7 (3.8;5.7) 0.7 (0.6;0.9) -41.1(-53.3;-24.9)
Amazonas 18.5 (15.8;21.2) 1.6 (1.4;1.9) 23.6 (19.4;28.7) 0.7 (0.6;0.9) -56.2(-65.2;-44.6)
Bahia 243.8 (210.7;286.5) 2.7 (2.3;3.2) 208.7 (169.5;258.2) 1.3 (1;1.6) -53.5(-65.1;-39.3)
Brazil 3088.2 (2938.9;3256) 2.8 (2.7;3) 2715.2 (2505.1;2913.1) 1.2 (1.1;1.2) -59.4(-63.1;-55.4)
Ceará 78.8 (64.9;94.7) 1.6 (1.3;1.9) 81.7 (67.6;98.7) 0.8 (0.7;1) -49(-60;-35.2)
Distrito Federal 43.1 (37.3;50.1) 5.1 (4.4;5.9) 40.7 (32.8;49.6) 1.6 (1.3;1.9) -68.5(-75.1;-60.2)
Espírito Santo 47.6 (42.9;52.4) 2.6 (2.3;2.9) 56.1 (45.2;68.8) 1.3 (1;1.6) -50.4(-60.3;-38.2)
Goiás 112.9 (95.8;136.2) 4.1 (3.4;4.9) 114.7 (92.7;139.8) 1.6 (1.3;1.9) -60.6(-69.3;-50.6)
Maranhão 78.1 (60.4;101.6) 2.2 (1.7;2.9) 69.1 (55.6;84.5) 1 (0.8;1.2) -56(-69.1;-37)
Mato Grosso 25.9 (20.9;31.2) 2.2 (1.9;2.6) 33 (26.5;39.8) 0.9 (0.8;1.1) -57.5(-66.7;-45)
Mato Grosso do Sul 28.5 (25.2;32.3) 2.4 (2.1;2.7) 29 (23.8;34.8) 1 (0.8;1.2) -59.7(-67.5;-50.6)
Minas Gerais 419.6 (379.7;465.1) 3.5 (3.2;3.9) 336.6 (280.4;394.5) 1.3 (1.1;1.5) -63.1(-69.9;-55.1)
Pará 58 (49.7;68) 2 (1.7;2.3) 65.4 (55.3;77) 0.8 (0.7;1) -57.8(-66;-47.2)
Paraíba 60.7 (49.1;76.6) 2.4 (1.9;3) 50.3 (40.1;62) 1.1 (0.8;1.3) -54.9(-68.1;-37.8)
Paraná 197.9 (178.1;217.7) 3.3 (3;3.7) 192.9 (161.2;227.3) 1.5 (1.2;1.7) -56.2(-63.6;-47.6)
Pernambuco 149.6 (128.8;175.6) 2.7 (2.3;3.2) 148.4 (122.5;179.2) 1.4 (1.2;1.7) -46.4(-58.4;-33.3)
Piauí 31.3 (26.1;36.7) 1.8 (1.5;2.1) 28.4 (23.5;33.8) 0.8 (0.6;0.9) -58.3(-67;-47.1)
Rio de Janeiro 295.5 (273.1;320.9) 2.7 (2.5;2.9) 232.3 (193.1;276.8) 1.1 (0.9;1.3) -59.6(-66.7;-50.8)
Rio Grande do Norte 40.1 (34;46.9) 2.1 (1.8;2.5) 42.3 (33.7;52.1) 1.1 (0.9;1.3) -49.9(-61.8;-36.2)
Rio Grande do Sul 149.9 (135.7;165.7) 2 (1.8;2.2) 126 (104.6;150) 0.9 (0.7;1) -58.3(-65.3;-49.8)
Rondônia 13.9 (10.7;16.9) 2.7 (2.3;3.2) 17.7 (14.6;21.1) 1.1 (0.9;1.3) -60.7(-68.6;-50.3)
Roraima 1.7 (1.3;2) 1.8 (1.6;2.1) 3.5 (2.9;4.3) 0.8 (0.7;1) -53.1(-62;-41.8)
Santa Catarina 79.4 (70.8;89.1) 2.6 (2.3;2.9) 82.7 (67.8;99.3) 1 (0.9;1.2) -60.5(-67.8;-51.4)
São Paulo 815.4 (739.4;897.2) 3.5 (3.1;3.9) 629.3 (531.7;737.8) 1.2 (1;1.4) -65.9(-71.7;-59)
Sergipe 26.5 (22.1;31.4) 2.7 (2.2;3.2) 30.1 (24.1;37.3) 1.3 (1;1.6) -53(-64.1;-38.5)
Tocantins 12.6 (10.1;15.4) 2.4 (2;2.9) 15.9 (12.6;19.7) 1.1 (0.8;1.3) -56.4(-67.1;-41.3)
B.2.5-Non-rheumatic valvular heart disease (;)
Acre 2.7 (2.4;3.1) 1.8 (1.6;2.1) 10.2 (8.9;11.6) 1.8 (1.6;2.1) -1.6(-17.9;18.5)
Alagoas 23 (20;26.8) 1.8 (1.5;2.1) 61.5 (52.3;70.5) 2 (1.7;2.2) 9.3(-12.2;33.3)
Amapá 2 (1.8;2.2) 2.1 (1.9;2.4) 9.7 (8.6;10.8) 2 (1.7;2.2) -7.2(-18.6;6.7)
Amazonas 17.1 (15.5;19) 2.3 (2.1;2.6) 46.7 (40.1;53.4) 1.7 (1.4;1.9) -27.7(-37.5;-16.4)
Bahia 143.8 (124.5;162.7) 2.2 (1.9;2.5) 275.3 (228.2;324.4) 1.7 (1.4;2) -22(-37.2;-4)
Brazil 2189.8 (2092.3;2275.8) 2.5 (2.4;2.7) 4842.8 (4326;5225.5) 2.1 (1.9;2.3) -16.2(-22.5;-10.3)
Ceará 48.5 (39.4;59.8) 1.2 (1;1.5) 158 (130.5;188.1) 1.6 (1.3;1.9) 33.8(1.7;75.5)
Distrito Federal 19.6 (17.5;22) 4 (3.5;4.5) 47.9 (41.1;54.8) 2.5 (2.1;2.9) -38.1(-47.5;-27.5)
Espírito Santo 41.1 (38;44.3) 3 (2.8;3.2) 109.3 (92.8;124.7) 2.7 (2.2;3) -11.7(-23.5;0.9)
Goiás 62.7 (54.1;74.3) 3.2 (2.8;3.7) 138.3 (114.9;164.7) 2.1 (1.7;2.5) -34.2(-45.8;-20.5)
Maranhão 29.8 (22.6;39.3) 1.2 (0.9;1.6) 97.4 (82.5;114.8) 1.5 (1.3;1.8) 24.4(-11.1;71.3)
Mato Grosso 18.4 (15.6;21) 2.4 (2.1;2.7) 56.2 (48.7;64) 1.8 (1.6;2.1) -24.3(-36.1;-9.3)
Mato Grosso do Sul 23.7 (21.7;25.8) 2.8 (2.6;3.1) 56.5 (48.7;65.2) 2 (1.7;2.3) -28.4(-38.2;-16.9)
Minas Gerais 256.2 (235.7;280.3) 2.7 (2.5;3) 511.4 (442.8;577.5) 2 (1.7;2.2) -28.2(-37.5;-18.6)
Pará 44.3 (39;50) 2.2 (2;2.5) 110 (95.1;124.9) 1.6 (1.4;1.8) -27.9(-39.5;-14.1)
Paraíba 25.9 (21.9;31.3) 1.2 (1;1.4) 57 (48.1;66.6) 1.2 (1;1.4) 1.2(-21.4;26.7)
Paraná 152 (143.6;161.2) 3.4 (3.1;3.6) 350.6 (301.7;397.4) 2.8 (2.4;3.2) -16.2(-27.2;-5.2)
Pernambuco 97.7 (89.1;106.5) 2.3 (2;2.5) 217.6 (189.9;246.3) 2.3 (2;2.6) -0.4(-14.9;16)
Piauí 18.3 (16;21.3) 1.5 (1.2;1.7) 46.5 (38.9;53.4) 1.2 (1;1.4) -17.1(-32.8;1.3)
Rio de Janeiro 218.6 (205.1;230.2) 2.4 (2.2;2.5) 418.7 (367;475.5) 1.9 (1.7;2.2) -19.8(-29.3;-8.9)
Rio Grande do Norte 23.2 (19.7;27) 1.5 (1.2;1.7) 59.8 (49.2;71.6) 1.5 (1.2;1.8) 2.1(-19.5;28.7)
Rio Grande do Sul 189.2 (176.5;200.4) 3.1 (2.8;3.3) 447 (383.4;510.1) 2.9 (2.5;3.3) -5.1(-17.6;8.1)
Rondônia 8.4 (7;9.6) 2.9 (2.6;3.3) 25.1 (21.4;29.2) 1.8 (1.5;2) -39.9(-49.5;-28.5)
Roraima 1.2 (1;1.3) 2.3 (2.1;2.6) 5.3 (4.7;6) 1.8 (1.5;2) -24.8(-34.5;-13.2)
Santa Catarina 84.9 (78.8;91.3) 3.7 (3.4;4) 216.9 (187.3;247.6) 3 (2.5;3.4) -20.8(-31.6;-9.4)
São Paulo 619.5 (580.7;656.9) 3.2 (3;3.4) 1251.4 (1078.1;1408.6) 2.4 (2.1;2.8) -23.4(-33.1;-14.5)
Sergipe 11.2 (9.9;12.6) 1.6 (1.4;1.8) 29.3 (24.8;34.2) 1.3 (1.1;1.6) -15.7(-29.9;2.7)
Tocantins 6.9 (5.8;8.2) 2.2 (1.8;2.6) 29.4 (24.7;34.1) 2.2 (1.8;2.5) -2.8(-22.3;22)
B.2.5.1-Non-rheumatic calcific aortic valve disease (;)
Acre 1.8 (1.4;2.1) 1.3 (1;1.6) 7 (6;8.1) 1.3 (1.1;1.5) -2.1(-20.8;27)
Alagoas 14 (11;16.6) 1.1 (0.9;1.4) 40.3 (33.9;49.1) 1.3 (1.1;1.6) 13.9(-9.6;53.2)
Amapá 1.4 (1.2;1.5) 1.6 (1.3;1.8) 6.4 (5.6;7.6) 1.4 (1.2;1.6) -11(-24.5;7.9)
Amazonas 12.2 (9.9;13.8) 1.8 (1.4;2) 33.7 (28.5;39.4) 1.2 (1;1.5) -29.2(-40.3;-14.3)
Bahia 102.5 (82;119.3) 1.6 (1.3;1.9) 190.6 (155.8;234) 1.2 (1;1.4) -26.6(-42.6;-2.3)
Brazil 1507.5 (1326;1636.7) 1.8 (1.6;2) 3467.3 (3000.8;4002.6) 1.5 (1.3;1.8) -15.6(-24;-4)
Ceará 29.4 (21.7;37.7) 0.7 (0.6;1) 103.9 (84.3;130.5) 1.1 (0.9;1.3) 42.1(5.4;107)
Distrito Federal 12.7 (11;15.4) 3 (2.5;3.4) 32.7 (27.3;40) 1.8 (1.5;2.2) -38.4(-48.2;-26.4)
Espírito Santo 26.7 (23.8;30.6) 2.1 (1.8;2.4) 75.4 (62.3;92.7) 1.9 (1.5;2.3) -10.8(-24.5;4.8)
Goiás 42.8 (36.5;52.2) 2.3 (2;2.8) 97.5 (79.5;121.2) 1.5 (1.2;1.9) -35.4(-46.9;-21.7)
Maranhão 19.2 (13.4;26.8) 0.8 (0.6;1.1) 67.3 (53.9;81.9) 1 (0.8;1.3) 30.3(-9.6;85.7)
Mato Grosso 12.5 (10.3;14.3) 1.8 (1.5;2) 38.3 (32.6;45.5) 1.3 (1.1;1.5) -27.6(-40.7;-10.1)
Mato Grosso do Sul 16.3 (14.2;18.4) 2.1 (1.8;2.3) 39.7 (33.7;47.3) 1.5 (1.2;1.7) -30.3(-40.8;-17.4)
Minas Gerais 177.8 (159.3;198.2) 2 (1.7;2.2) 370.4 (313;436.4) 1.4 (1.2;1.7) -28.2(-38.2;-17.2)
Pará 28.5 (23.9;33.1) 1.5 (1.3;1.8) 70.5 (58.8;85.4) 1.1 (0.9;1.3) -31.4(-44;-14.3)
Paraíba 16.8 (12.2;20.8) 0.8 (0.6;0.9) 39.5 (32.4;46.8) 0.8 (0.7;0.9) 5.5(-18.6;41.8)
Paraná 104.6 (91.7;117.3) 2.5 (2.1;2.7) 257.8 (215.7;308.6) 2.1 (1.8;2.5) -14.4(-26.4;-1.4)
Pernambuco 60.3 (52.8;68.1) 1.5 (1.3;1.6) 143.8 (120;178.2) 1.5 (1.3;1.9) 3.4(-14.6;27.3)
Piauí 11.3 (9.1;13.6) 1 (0.8;1.2) 30.3 (24.7;37.8) 0.8 (0.6;1) -17.5(-35.8;4.5)
Rio de Janeiro 143.6 (120.7;157.7) 1.7 (1.4;1.8) 301.5 (259.8;349) 1.4 (1.2;1.6) -15.9(-27.3;-1.2)
Rio Grande do Norte 16.1 (12.4;19.2) 1 (0.8;1.3) 42.1 (34;51.4) 1.1 (0.9;1.3) 1.6(-21.9;37)
Rio Grande do Sul 134.9 (116.1;149.5) 2.3 (1.9;2.5) 343 (283.6;408) 2.3 (1.9;2.7) -1.7(-15.5;15.7)
Rondônia 5.6 (4.6;6.5) 2.2 (1.9;2.5) 17.5 (14.7;20.6) 1.3 (1.1;1.5) -42.8(-52.4;-29.8)
Roraima 0.9 (0.6;1) 1.9 (1.5;2.1) 3.9 (3.3;4.5) 1.4 (1.2;1.6) -25.9(-36.6;-11.7)
Santa Catarina 61 (53.1;69) 2.8 (2.4;3.2) 166.5 (137;196.3) 2.3 (1.9;2.7) -18.6(-30.6;-6.3)
São Paulo 443.5 (387.3;491.7) 2.4 (2.1;2.6) 910.2 (757.6;1083.5) 1.8 (1.5;2.1) -24.2(-35.1;-10.3)
Sergipe 6.8 (5.2;8) 1 (0.8;1.2) 18.4 (15.1;22.4) 0.8 (0.7;1) -16.9(-33.6;7.9)
Tocantins 4.1 (3.3;4.9) 1.5 (1.2;1.8) 18.9 (14.9;24.7) 1.4 (1.1;1.8) -3.8(-25.5;25.5)
B.2.5.2-Non-rheumatic degenerative mitral valve disease (;)
Acre 0.8 (0.7;1.1) 0.5 (0.4;0.7) 2.9 (2.3;3.9) 0.5 (0.4;0.6) -2.8(-22.4;27.2)
Alagoas 8.7 (6.7;10.9) 0.6 (0.5;0.8) 20.2 (15.5;25) 0.6 (0.5;0.8) 0.3(-25.3;38)
Amapá 0.6 (0.5;0.8) 0.6 (0.5;0.7) 3 (2.2;3.6) 0.6 (0.4;0.7) 0.4(-18.2;21.6)
Amazonas 4.8 (3.9;6.6) 0.5 (0.4;0.8) 12.2 (9.8;16) 0.4 (0.3;0.5) -24.5(-40.7;-5.6)
Bahia 40 (31.9;52.4) 0.6 (0.4;0.7) 81.1 (61.1;101.9) 0.5 (0.4;0.6) -10(-33.1;20.8)
Brazil 663.1 (535.3;818.9) 0.7 (0.6;0.9) 1315.1 (943.8;1507) 0.6 (0.4;0.7) -19(-34.8;-5.8)
Ceará 17.9 (12.6;23.3) 0.4 (0.3;0.6) 50.6 (36.3;63.9) 0.5 (0.4;0.6) 19.3(-13.5;64.8)
Distrito Federal 6.7 (5;8.1) 1 (0.7;1.4) 14.4 (9.8;17.7) 0.6 (0.4;0.8) -39(-57.4;-24)
Espírito Santo 14 (9.6;16.4) 0.9 (0.6;1) 32.3 (20.7;40.6) 0.8 (0.5;1) -15.2(-30;2.6)
Goiás 19.3 (14.4;27.3) 0.8 (0.6;1.2) 38.9 (28.3;50.8) 0.6 (0.4;0.7) -32.3(-50.2;-13.3)
Maranhão 9.8 (6.6;12.9) 0.4 (0.2;0.5) 27.6 (21.3;39.4) 0.4 (0.3;0.6) 11.3(-23.4;59.6)
Mato Grosso 5.7 (4.4;7.2) 0.6 (0.5;0.8) 17 (12.9;20.5) 0.5 (0.4;0.6) -16.6(-33.9;4.6)
Mato Grosso do Sul 7.3 (5.6;8.8) 0.7 (0.6;0.9) 16.3 (11.7;19.9) 0.6 (0.4;0.7) -23.9(-39.7;-6.4)
Minas Gerais 76.3 (63;100.7) 0.7 (0.6;1) 135 (99.2;162.8) 0.5 (0.4;0.6) -29.4(-48.9;-13)
Pará 15.1 (11.8;18.4) 0.7 (0.5;0.8) 36.2 (26.8;44.4) 0.5 (0.4;0.6) -22.9(-39;-3.7)
Paraíba 8.5 (6.1;11.5) 0.4 (0.3;0.5) 16 (12.3;23) 0.3 (0.3;0.5) -8.3(-33.3;25.8)
Paraná 46.1 (33.9;56.6) 0.9 (0.6;1.1) 88.4 (56.8;110.5) 0.7 (0.4;0.9) -22.7(-40.5;-4.3)
Pernambuco 36.4 (27.1;41.8) 0.8 (0.6;0.9) 70.7 (47.2;85.4) 0.7 (0.5;0.9) -8.6(-27;13.4)
Piauí 6.7 (5.1;8) 0.5 (0.4;0.6) 15.1 (11.2;19) 0.4 (0.3;0.5) -17.5(-34.4;3.1)
Rio de Janeiro 73.5 (62.9;94.3) 0.7 (0.6;1) 113.6 (88.7;145.7) 0.5 (0.4;0.7) -29.3(-42.5;-16.2)
Rio Grande do Norte 6.7 (5.2;9.2) 0.4 (0.3;0.6) 16.2 (12.3;21) 0.4 (0.3;0.5) 1.1(-24.9;35.4)
Rio Grande do Sul 52.8 (39;64.3) 0.8 (0.6;1) 99.5 (60.4;126.5) 0.6 (0.4;0.8) -16.5(-35.5;3.2)
Rondônia 2.7 (2.1;3.5) 0.7 (0.6;1) 7.2 (5.7;9.4) 0.5 (0.4;0.6) -32.7(-51;-16)
Roraima 0.3 (0.2;0.5) 0.4 (0.3;0.8) 1.1 (0.8;2.1) 0.3 (0.2;0.6) -27(-39.1;-11.7)
Santa Catarina 23.4 (16;30.1) 0.9 (0.6;1.2) 48.7 (30.4;61.4) 0.6 (0.4;0.8) -28.5(-44.4;-12)
São Paulo 172.3 (133.2;223.6) 0.8 (0.6;1.1) 330.3 (211.8;399.1) 0.6 (0.4;0.8) -21.7(-44.6;-2.1)
Sergipe 4.2 (3.3;5.4) 0.5 (0.4;0.7) 10.4 (7.6;13.1) 0.5 (0.3;0.6) -14.7(-33.1;13)
Tocantins 2.7 (1.8;3.4) 0.7 (0.5;0.9) 9.9 (6.4;12.5) 0.7 (0.4;0.9) -1.6(-23.1;29.2)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 5-4. – Number of DALY, age-standardized DALY rates (per 100 000) in 1990 and 2019, and percent change of rates, by cardiovascular groups of causes of death, in Brazil and its Federative Units.

Cause of death and Location 1990 2019 Percent Change for rate (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
B.2.1-Rheumatic heart disease (;)
Acre 478.6 (384.9;587.3) 134.1 (109.9;161.8) 753.3 (566.2;993.1) 82.6 (62.9;106.6) -38.4(-49.7;-27.2)
Alagoas 3473.1 (2746.4;4365.8) 149.5 (120;186) 3192.6 (2447.9;4092.5) 86.5 (66.7;110.6) -42.1(-56;-27.5)
Amapá 197.9 (146.9;261.3) 83.6 (64.4;107) 573.8 (413;795.1) 66.6 (49.3;90.8) -20.4(-31.2;-9.4)
Amazonas 1696.9 (1318.6;2188.4) 95.4 (77.2;119.6) 2745.7 (1929.8;3783.2) 64.7 (46.3;87.8) -32.1(-43.3;-21.6)
Bahia 16674.5 (13969;19833.8) 148 (124.8;175.3) 14372 (11188.8;18390.2) 86.4 (67.4;111) -41.6(-52.4;-30.7)
Brazil 197716.1 (170430.6;232611.3) 144.6 (126.8;167.3) 184224.8 (143687.3;238145.9) 79.3 (61.6;102.6) -45.1(-52.1;-38.2)
Ceará 6153.3 (4892.5;7694.2) 101.7 (81.3;125.6) 7192 (5239.3;9577.4) 69.5 (50.6;92.6) -31.6(-43.4;-20.6)
Distrito Federal 2733 (2325.3;3194.9) 202.3 (175.2;232.6) 2748.9 (2101.9;3590.4) 85.6 (65.8;109.5) -57.7(-65.7;-49.1)
Espírito Santo 3228.8 (2710.2;3880.5) 133.5 (113.7;157.1) 3625.4 (2794.7;4689.5) 84.1 (64.7;109) -37(-47.1;-27.4)
Goiás 6941.8 (5867.3;8245.7) 186.2 (158.6;219.8) 6955 (5375.9;8927.3) 92.7 (71.8;118.7) -50.2(-59.9;-39.7)
Maranhão 5793.2 (4511.6;7327) 128.3 (100.7;161.8) 5937.4 (4413.8;8026.1) 74 (55.7;99.1) -42.3(-55.9;-27.7)
Mato Grosso 2061.6 (1608.5;2580.3) 117.3 (95.7;140.7) 2777.9 (2060.8;3705.6) 72.4 (53.8;96.2) -38.3(-49.5;-26.2)
Mato Grosso do Sul 2052.3 (1689.3;2521.1) 126.6 (106.3;152) 2259.9 (1708.7;2978.9) 74.2 (56.2;98.2) -41.4(-51.5;-32.2)
Minas Gerais 25212.5 (21921.1;29506.4) 170.8 (149.3;197.7) 19945.3 (15436.6;25464.7) 83 (63.9;107.9) -51.4(-59.8;-42.7)
Pará 4685.7 (3688.2;5883) 110.3 (89.1;134.6) 6570.4 (4804.8;8902.7) 70.1 (52;93.5) -36.5(-46.9;-26.3)
Paraíba 3869.2 (3097.1;4891.2) 130.2 (104.2;163.2) 3595.1 (2709.1;4709.2) 79.5 (59.9;104.8) -39(-51.9;-25.6)
Paraná 12144.3 (10386.1;14396.5) 156.5 (135.8;181.9) 11030.6 (8623;14136.8) 87.1 (67.7;113.1) -44.3(-53;-35.7)
Pernambuco 9944.8 (8279.9;11968.4) 144.5 (121.6;173.2) 9819.1 (7641.7;12313.8) 92.9 (72.5;116.8) -35.7(-47.6;-24.6)
Piauí 2500.4 (1977.2;3115.3) 105.7 (85.2;129.1) 2580.9 (1896.6;3474.4) 68.7 (50.3;92.8) -35(-46.1;-23.5)
Rio de Janeiro 18562 (15876.8;22061.5) 142.9 (123.1;167.2) 15385.3 (11850;19928.5) 78.6 (59.8;103.2) -45(-53.8;-35.9)
Rio Grande do Norte 2723.6 (2217.2;3328.6) 120.4 (99.1;146.3) 3111.1 (2330.5;4079) 79.7 (59.7;104.4) -33.8(-45.4;-23.4)
Rio Grande do Sul 10128.1 (8278.3;12485.4) 113.1 (93.9;138.1) 8733.1 (6508.8;11731.9) 69.5 (50.3;94.7) -38.5(-48.3;-29.6)
Rondônia 1122.1 (847.6;1419.2) 124.4 (99.6;149.5) 1430.6 (1081.9;1885.8) 76.1 (58;99.1) -38.8(-49.7;-26.2)
Roraima 165.6 (124.9;220.2) 95.7 (76.1;120.8) 398 (288.9;538.5) 67.2 (50.1;89.6) -29.7(-41;-18.6)
Santa Catarina 5344.1 (4385.8;6550.2) 128.9 (108.3;153.5) 5883.4 (4408.2;7698.3) 74.6 (55.6;98.4) -42.1(-51.6;-33.2)
São Paulo 47070.4 (40270.9;55070.9) 159.3 (138.6;182.7) 39172.3 (30110.2;51125.7) 77.3 (58.5;101.5) -51.5(-59.2;-43)
Sergipe 1807.3 (1481.5;2208.5) 135.6 (111.5;164.9) 2176.7 (1655.5;2835) 86.2 (66;111.8) -36.4(-48.6;-23.1)
Tocantins 950.7 (747.3;1192.2) 120.7 (97.2;147.6) 1258.9 (933;1679.4) 74.7 (55.7;98.9) -38.1(-49.6;-24.9)
B.2.5-Non-rheumatic valvular heart disease (;)
Acre 85 (73.5;98.7) 40 (34.9;45.5) 260.4 (229.9;292.8) 37.9 (33.4;42.6) -5.4(-22.2;15)
Alagoas 663.4 (578.5;772.7) 42.2 (36.8;49.3) 1538.5 (1313.5;1768.2) 45.8 (39.1;52.5) 8.5(-12.8;33.5)
Amapá 64.3 (55.6;72) 47.3 (42;52.1) 262.1 (234.9;291.7) 43.2 (38.4;47.9) -8.7(-20.5;5.9)
Amazonas 542.6 (482.1;605.8) 52.2 (47.2;57.7) 1191.1 (1029.4;1356.5) 36.9 (31.9;42.1) -29.2(-38.9;-17.1)
Bahia 4048.8 (3511.8;4582) 51.8 (45.1;58.6) 6278.5 (5226.1;7459.1) 38.3 (31.9;45.4) -26.1(-41;-8.1)
Brazil 66419.8 (64127.5;68749.3) 62.8 (60.3;65.2) 103773.8 (96149.3;110720) 44 (40.7;47) -30(-34.5;-25)
Ceará 1261.9 (1037.7;1575.1) 28 (23;34.8) 3539.9 (2933.6;4257.3) 35 (29;42) 25.3(-5.1;65.1)
Distrito Federal 704 (622.6;794.5) 84.4 (74.9;94.3) 1148.6 (990.1;1325.1) 44.2 (38.2;50.5) -47.7(-55.2;-38.2)
Espírito Santo 1268.1 (1174.9;1371.7) 70.7 (65.4;75.9) 2457.5 (2119.5;2803.4) 56.2 (48.5;64) -20.5(-31.2;-8.9)
Goiás 2042 (1745.9;2416.1) 76 (65.4;90.2) 3337.7 (2797;3975.1) 46.2 (38.6;54.9) -39.2(-50.8;-25.1)
Maranhão 893.7 (677.8;1170.3) 30.1 (22.7;39.8) 2260.7 (1897.2;2699.7) 32.7 (27.5;39.1) 8.6(-22.6;51.1)
Mato Grosso 619 (510.5;721.6) 55.9 (47.8;63.7) 1407.6 (1228.7;1606.9) 40.1 (35.1;45.8) -28.1(-40.1;-12.5)
Mato Grosso do Sul 755 (693.1;822.6) 66.2 (60.9;72.1) 1317.8 (1132.8;1518.3) 43.9 (37.7;50.6) -33.8(-43.3;-23)
Minas Gerais 8073.1 (7457.7;8872) 68.9 (63.6;75.5) 10888.8 (9597;12210.7) 41.6 (36.7;46.7) -39.5(-47.1;-31.2)
Pará 1375.1 (1191.3;1561) 51 (44.7;57.4) 2787.7 (2449.2;3195.9) 36.5 (32;41.7) -28.4(-40.7;-14.4)
Paraíba 643.9 (553.1;788.6) 26.7 (22.9;32.7) 1264.3 (1090.6;1484.8) 26.9 (23.2;31.5) 0.9(-22.1;27)
Paraná 4629.9 (4386.7;4909.4) 79.1 (75;83.9) 7300 (6383.8;8258.8) 55.3 (48.3;62.5) -30(-39;-20.5)
Pernambuco 2816.5 (2575.4;3061.6) 54.9 (50.3;59.6) 5002 (4359.4;5687.4) 49.1 (42.7;55.6) -10.6(-24.1;5.1)
Piauí 503.5 (441.6;578) 31.9 (27.9;36.9) 1047.2 (909.9;1190.8) 27.7 (24.1;31.5) -13.2(-28.9;6)
Rio de Janeiro 6715.9 (6311.1;7069.2) 60.6 (57;63.8) 8742.8 (7701.7;9962.7) 39.9 (35.2;45.2) -34.2(-42.3;-24.9)
Rio Grande do Norte 596.3 (510.5;694.2) 34.2 (29.3;39.8) 1331.5 (1102.2;1581.2) 33.9 (28.1;40.3) -0.8(-23;25.9)
Rio Grande do Sul 5430.1 (5055.9;5757.8) 73.2 (68.5;77.5) 8355.5 (7203.2;9441.7) 55.1 (47.6;62.2) -24.7(-33.8;-14.7)
Rondônia 307.5 (249.9;356.2) 61.6 (53.6;69.4) 627.6 (533.9;731.3) 38.1 (32.6;44.2) -38.1(-48.8;-24.8)
Roraima 42.8 (36;48.6) 48.3 (43.2;53.2) 139.9 (122.9;158.7) 33.9 (29.9;38.5) -29.8(-39.2;-18.5)
Santa Catarina 2458.1 (2272.3;2657.3) 81.9 (75.9;88.1) 4423.2 (3874.6;5006.2) 55.2 (48.5;62.4) -32.5(-41.1;-22.9)
São Paulo 19362.4 (18240;20529.6) 79.7 (74.8;84.5) 25466.7 (22329.9;28597.2) 47.4 (41.5;53.1) -40.6(-47.7;-33.3)
Sergipe 305.9 (269.7;348.4) 34.1 (30.1;38.4) 705.3 (592.8;831.7) 30 (25.3;35.2) -12(-28.6;7.7)
Tocantins 211.1 (176.1;249.7) 44.4 (37.2;52.3) 691 (578.1;805.1) 46.1 (38.7;53.5) 3.8(-17.6;31)
B.2.5.1-Non-rheumatic calcific aortic valve disease (;)
Acre 51.9 (39;62) 26.5 (20.1;30.9) 163.7 (139;188.2) 25 (21.3;28.7) -5.7(-24.3;23.4)
Alagoas 363.6 (285.3;425.5) 24.4 (19.2;28.7) 917.3 (762.5;1134.3) 27.8 (23.2;34.4) 14.3(-9.7;53.2)
Amapá 39.3 (32.3;44.9) 31.5 (26.4;35.4) 158.8 (137.4;187.6) 27.7 (24;32.5) -11.9(-25.8;6.8)
Amazonas 359.5 (291.9;408.9) 36.9 (29.8;41.7) 795.3 (671.5;926.9) 25.5 (21.5;29.8) -30.7(-41.3;-15.5)
Bahia 2641.7 (2109.8;3085.6) 35.1 (28.2;40.9) 3989.3 (3247;4860.7) 24.5 (19.9;29.9) -30.3(-45.8;-6.7)
Brazil 42579 (37870.3;47363.9) 41.9 (37;45.9) 68342.2 (61550;78453.3) 29.2 (26.3;33.4) -30.3(-36.3;-21.3)
Ceará 681.1 (502.2;869.2) 15.6 (11.6;20.1) 2097.8 (1692.1;2650.6) 20.9 (16.9;26.5) 33.7(-1.7;94.9)
Distrito Federal 427.6 (364;525.3) 57 (49.2;67.7) 727.9 (616;894.4) 29.6 (25;36.1) -48(-55.7;-37.2)
Espírito Santo 751.9 (666.4;894.9) 44.4 (39.5;51.6) 1547.9 (1278.5;1956.8) 35.8 (29.6;45.1) -19.5(-31.6;-6.3)
Goiás 1300.3 (1084.7;1633.2) 51.4 (43.6;63.1) 2186.1 (1774;2711.5) 30.8 (25.2;38.2) -40.1(-51.9;-26)
Maranhão 537.9 (372.1;749.1) 18.8 (13.1;26.1) 1430.7 (1131.3;1752.5) 21.1 (16.7;25.8) 12.2(-22.4;60.8)
Mato Grosso 389.5 (311.5;457.7) 37.9 (31.6;43.6) 886.3 (752;1040.4) 26 (22.2;30.6) -31.6(-44;-14.5)
Mato Grosso do Sul 480 (417.5;547.4) 44.8 (39.3;50.6) 861 (731.5;1024) 29 (24.7;34.5) -35.2(-45;-22.5)
Minas Gerais 5239 (4676.4;5973.4) 46.4 (41.5;52.2) 7257.9 (6282.1;8566.6) 27.7 (24;32.7) -40.3(-48.2;-31.3)
Pará 799.5 (667.7;934.9) 32 (26.8;37.2) 1621.9 (1376.2;1975) 22 (18.6;26.6) -31.3(-44.2;-14.2)
Paraíba 374.9 (262.1;468.5) 15.8 (11.2;19.7) 796.6 (649.7;956) 16.9 (13.8;20.3) 6.6(-17.4;43)
Paraná 2959.8 (2640.8;3386.2) 53.3 (46.9;60.2) 5001.5 (4227.4;5984.7) 38.2 (32.3;45.7) -28.2(-38.2;-17.4)
Pernambuco 1574.6 (1396;1798.1) 31.9 (28.2;36.2) 3016.7 (2526.4;3737.7) 30 (25.1;37.2) -6.1(-22.4;14.8)
Piauí 280.7 (223.7;336.3) 18.8 (15.2;22.5) 616.2 (516.4;769.6) 16.3 (13.6;20.3) -13.3(-31.2;9.6)
Rio de Janeiro 4090.8 (3468;4549.8) 38.3 (32.4;42.2) 5758.8 (4921.1;6639.2) 26.2 (22.4;30.2) -31.6(-40.4;-20.5)
Rio Grande do Norte 375 (285.6;450.5) 22.1 (16.9;26.5) 853.2 (693.3;1040.7) 21.8 (17.7;26.7) -1.2(-24.8;32.9)
Rio Grande do Sul 3619.1 (3136.5;4083.7) 50.4 (43.6;56.2) 5938 (4979.2;7063.4) 38.9 (32.7;46.1) -22.8(-33.1;-10.4)
Rondônia 195.6 (154.3;229.2) 43.3 (36.2;49.3) 403.1 (335.6;477.7) 25.2 (21.1;29.8) -41.8(-52.8;-26.8)
Roraima 29.8 (21.7;35.6) 36.3 (27.8;41.9) 95.9 (77;112.8) 24.5 (20.4;28.5) -32.5(-42.3;-18.5)
Santa Catarina 1638.4 (1417.6;1889.5) 57.6 (50.3;65.5) 3162.9 (2677;3733.4) 40 (34;47.1) -30.5(-40;-19.9)
São Paulo 13095.7 (11482.2;14641.3) 55.8 (48.6;62.1) 17256.1 (14768.7;20498.9) 32.3 (27.6;38.3) -42.1(-49.8;-30.8)
Sergipe 167.8 (127.4;201.3) 19.8 (15.2;23.5) 398.4 (324.4;492.7) 17.3 (14.1;21.3) -12.8(-31.7;13.9)
Tocantins 113.9 (91.9;138.5) 26.4 (21.3;31.6) 402.9 (317;537.4) 27.5 (21.8;36.7) 4.2(-20.2;39)
B.2.5.2-Non-rheumatic degenerative mitral valve disease (;)
Acre 30.8 (24.8;40.5) 12.7 (10.2;17.1) 87.5 (70.5;117.6) 11.7 (9.4;15.7) -7.5(-26.1;15.3)
Alagoas 289 (228.4;353.5) 17.2 (13.4;21.2) 594.5 (467.7;729.3) 17.2 (13.4;21) -0.4(-23.6;32.1)
Amapá 23.9 (18.7;29.1) 15.1 (12;18.8) 95.5 (74.7;115.9) 14.3 (10.9;17.4) -5.1(-20.3;12.4)
Amazonas 176.4 (144.8;232.6) 14.8 (12.2;20.3) 370.2 (300.2;480.1) 10.7 (8.7;13.8) -27.5(-40.3;-11.6)
Bahia 1363.3 (1095.7;1693.3) 16.2 (13;20.5) 2193.7 (1725.5;2681.5) 13.2 (10.3;16.2) -18.4(-36.8;5.3)
Brazil 23163.9 (18446.7;27428.1) 20.4 (16.3;24.6) 33793.5 (25861.5;39014.6) 14.1 (10.8;16.3) -30.7(-41.6;-22.6)
Ceará 545 (408.1;692.2) 11.6 (8.6;14.9) 1346.8 (1010.7;1698.5) 13.2 (9.9;16.6) 13.7(-17.1;54)
Distrito Federal 268.7 (201.2;319.7) 26.6 (19.4;32.9) 398.9 (287.1;482.7) 13.8 (9.8;16.7) -48.3(-61.4;-37.1)
Espírito Santo 502.3 (340.2;588.9) 25.5 (17.4;29.8) 867.1 (599.1;1068.3) 19.4 (13.3;23.9) -23.9(-36.2;-9.6)
Goiás 720.9 (530.3;979.3) 24 (17.8;33.5) 1095.9 (824.4;1416.4) 14.7 (11;18.9) -38.8(-53.3;-21.5)
Maranhão 326.5 (222.8;439) 10.5 (7.2;13.9) 762.9 (582.9;1040.8) 10.7 (8.2;14.7) 2.2(-30.8;47.5)
Mato Grosso 222.5 (166.6;275.9) 17.4 (13.4;21.6) 495.7 (391.1;597.1) 13.5 (10.5;16.3) -22.4(-37.3;-4.2)
Mato Grosso do Sul 269.3 (203.6;315.4) 21 (16.1;25) 443.9 (337.5;538.1) 14.4 (10.9;17.5) -31.4(-43.9;-17.7)
Minas Gerais 2759.7 (2198.7;3466.3) 21.9 (17.7;28) 3473.5 (2676;4153.8) 13.3 (10.3;15.9) -39.1(-53.7;-27.4)
Pará 547.6 (420.2;655.9) 18.1 (14.1;21.9) 1063.7 (825.2;1291.4) 13.2 (10;16.1) -26.7(-40.6;-9.5)
Paraíba 248.7 (184.3;329) 10.1 (7.4;13.2) 427.3 (334.8;609.2) 9.2 (7.1;13) -9(-35.2;22.2)
Paraná 1622.1 (1205.7;1926.7) 25.1 (18.5;30.1) 2183.5 (1520.6;2709.5) 16.2 (11.3;20) -35.3(-47.5;-22.5)
Pernambuco 1209.1 (901.4;1393.7) 22.4 (16.7;25.8) 1901.1 (1367.5;2278.3) 18.3 (13.1;21.9) -18.3(-32.7;-1)
Piauí 211.4 (164.6;250.5) 12.5 (9.6;14.9) 404 (321.8;497.4) 10.7 (8.5;13.2) -14.5(-31.4;4.9)
Rio de Janeiro 2576.8 (2159.7;3166.9) 21.9 (18.4;27.3) 2889.1 (2339.7;3691.9) 13.2 (10.7;16.8) -39.6(-49.2;-29.6)
Rio Grande do Norte 207.9 (165.8;270.9) 11.4 (9.1;15) 439.4 (341.2;567.7) 11.1 (8.7;14.4) -2.5(-27.6;27.6)
Rio Grande do Sul 1762.1 (1287.4;2066.8) 22.2 (16.4;26.5) 2310.3 (1546.4;2837.7) 15.4 (10.5;18.9) -30.5(-42.4;-17)
Rondônia 108.1 (81.9;139.1) 17.6 (14;23.7) 210.4 (169.3;274.4) 12.1 (9.7;15.7) -31.4(-47.3;-13.3)
Roraima 11.7 (7.8;20.6) 10.8 (7.4;19.5) 36.3 (24;64.6) 7.8 (5.2;14) -28.4(-41.2;-12.2)
Santa Catarina 801.5 (548.8;987.9) 23.8 (16.2;29.7) 1215.4 (818.2;1494.1) 14.7 (9.8;18.1) -38.3(-49.6;-26.3)
São Paulo 6133.9 (4630.3;7686.7) 23.4 (17.9;29.9) 7925.7 (5513.9;9414) 14.5 (10.2;17.2) -37.9(-52.3;-26.2)
Sergipe 132.8 (103.6;165.3) 13.7 (10.8;17.5) 290.8 (222.2;361.9) 12 (9.2;15) -12.3(-30.2;13.9)
Tocantins 91.9 (63.5;114.4) 17.1 (11.4;21.3) 270.5 (184.9;338) 17.4 (11.8;21.9) 2.1(-20.4;32.7)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 5-2. – A: Age-standardized and crude prevalence rates of Non-Rheumatic Valvular Heart Disease in Brazil from 1990 to 2019. B: Number of prevalent cases of Non-Rheumatic Valvular Heart Disease in Brazil from 1990 to 2019.

Chart 5-2

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 5-3. – A: Age-standardized and crude mortality rates attributable to Rheumatic Heart Disease in Brazil from 1990 to 2019. B: Total number of deaths attributable to Rheumatic Heart Disease in Brazil from 1990 to 2019.

Chart 5-3

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 5-4. – Correlation between the percent change in age-standardized mortality rates associated with Rheumatic Heart Disease and the Sociodemographic Index (SDI) in the Brazilian Federative Units in 1990 (A) and 2019 (B).

Chart 5-4

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 5-5. – A: Age-standardized and crude mortality rates attributable to Non-Rheumatic Valvular Heart Disease in Brazil from 1990 to 2019. B: Total number of deaths attributable to Non-Rheumatic Valvular Heart Disease in Brazil from 1990 to 2019.

Chart 5-5

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 5-6. – Correlation between the age-standardized mortality rates attributable to calcific aortic valve disease and the Sociodemographic Index (SDI) in the Brazilian Federative Units in 1990 (A) and 2019 (B).

Chart 5-6

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 5-7. – A: Age-standardized death rates attributable to Rheumatic Heart Disease in Brazil and each region from 1990 to 2019. B: Age-standardized DALY rates attributable to Rheumatic Heart Disease in Brazil and each region from 1990 to 2019.

Chart 5-7

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 5-8. – Correlation between the percent change in DALY rates attributable to Rheumatic Heart Disease from 1990 to 2019 and the Sociodemographic Index (SDI) in the Brazilian Federative Units in 1990 (A) and 2019 (B).

Chart 5-8

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 5-9. – A: Age-standardized death rates attributable to Non-Rheumatic Valvular Heart Disease in Brazil and each region from 1990 to 2019. B: Age-standardized DALY rates attributable to Non-Rheumatic Valvular Heart Disease in Brazil and each region from 1990 to 2019.

Chart 5-9

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 5-10. – Correlation between the age-standardized DALY rates attributable to Non-Rheumatic Valvular Heart Disease and the Sociodemographic Index (SDI) in the Brazilian Federative Units in 1990 (A) and 2019 (B).

Chart 5-10

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Prevalence

Rheumatic Heart Disease

• According to the Global Atlas on Cardiovascular Disease Prevention and Control, updated by the GBD 2019, RHD is estimated to currently affect about 40.5 million people worldwide, accounting for 1-1.5% (306 000 deaths) of all cardiovascular deaths. 4 , 174 Until the middle of the 20th century, RHD was the leading cause of heart valve disease in the world. Improved health conditions, early identification of Streptococcus pyogenes infections, and antibiotic use have significantly decreased RHD prevalence in HIC. Published data from 2016 estimate that RHD is the primary cause of 2.5% of valvular heart diseases in the United States and Canada, reaching up to 22% in Europe. 175 Even higher rates have been reported in Brazil, accounting for about 50% of the heart valve surgeries in SUS. 176

• In low- to middle-income countries, the prevalence of RHD remains around 444 per 100 000 inhabitants. 4 , 179 In Brazil, it persists as the main etiology of valvular heart disease, especially in patients from the SUS. Previous evaluations have shown prevalence of 360 per 100 000 in our country. 180 Other evaluations have found a prevalence ranging from 100 to 700 per 100 000 schoolchildren. 181

• In Brazil, of 174 patients presenting with acute valvular heart disease to the emergency room at the São Paulo Heart Institute, rheumatic involvement was observed in 60%, followed by degenerative aortic valve disease (15%), and mitral valve prolapse (13%). At total, 27.5% of the patients had isolated mitral regurgitation and 11% had mitral stenosis, with aortic valve disease present in the remaining patients. 182

• A recent study in Brazil has shown that the regression rates of valvular heart disease, especially in patients with moderate/severe ARF, may be lower than previously described. Only 22/69 patients had total regression of mitral regurgitation after rheumatic carditis (31.9%). Aortic regurgitation also has a lower total regression rate than those observed in studies prior to the echocardiographic era (18%). However, most cases persisted with mild mitral or residual aortic regurgitation. 183 In another study involving 258 children and adolescents with ARF followed up from 2 to 15 years, valve lesions healed in 25% of the patients with mild carditis, in 2.5% of those with moderate carditis, while no healing was observed in those with severe carditis. 184

• Regarding disease progression, an echocardiographic risk score for prediction of mid-term outcomes in children with echo-detected RHD has been derived from a Brazilian cohort, 185 with good discrimination in a second screening sample in the country 186 (C-statistic=0.71, 95% CI, 0.63 - 0.80) and in pooled cohorts from 3 other countries (C-statistic=0.70, 95% CI, 0.64 - 0.76). Its application may be useful for detecting individuals at higher risk for late sequelae. 187

• In addition to the echo score, other markers of unfavorable outcomes of latent and clinical RHD (noticeably progression to clinically prevalent disease and the need for valve intervention, respectively) have been evaluated in Brazil. Among individuals with latent RHD, IL-4, IL-8 and IL-1RA seem to be the best predictors of clinical disease. In addition, the co-regulated expression of IL-6 and TNF-α is associated with severe valve dysfunction, whereas high IL-10 and IL-4 levels predicted subsequently adverse outcomes in individuals with established disease. 188

• In another genetic study comparing samples from individuals with latent and clinical RHD and controls, clinical disease associated with higher levels of all cytokines, IL-4, CXCL8 and IL-1RA being its strongest predictors compared to latent RHD. An association of polymorphisms in IL-2, IL-4, IL-6 and IL-10 genes and clinical RHD was observed, and gene polymorphism and phenotypic expression of IL-4 accurately discriminate latent versus clinical RHD, and may potentially guide clinical management in the future. 189

• According to the GBD 2019, from 1990 to 2019, the age-standardized prevalence of RHD had a slight 2.1% (95% UI, 0.2 – 4.0) increase, from 899.6 (95% UI, 699.8 – 1119.1) to 918.5 (95% UI, 716 – 1142.5) per 100 000, remaining higher in women than in men in the whole period (Table 5-1 and Chart 5-1.A). Although small for both sexes, the percent increase was numerically more pronounced in women (3.5%) than in men, who had a stable trend (0.1%, 95% UI, -2.4 – 2.8). The percent increases were higher in the states of Alagoas, Bahia, and Sergipe, from the lowest-income Northeastern region. Although the central estimates were higher in these states, the 95% UIs were wide, and overlap with those of other FUs (Table 5-1). 190 However, it may be hypothesized that the small increase of RHD prevalence observed in the period may reflect the progress of epidemiological data collection and health statistics, as well as the systematic inclusion of definite subclinical RHD. 4 , 18

• The crude prevalence of RHD, however, increased 6.8% (95% UI, 1.7 – 12.5%) from 1990 to 2019, from 908.8 (95% UI, 699.1 - 1139.4) to 970.2 (95% UI, 756.6 - 1202.9) per 100 000, also remaining higher in women in the whole period (Chart 5-1.B). Similarly to the trend observed for age-standardized prevalence rates, the increase in crude prevalence was more pronounced for women than for men (8.4% vs. 4.2%). 4 , 18

• Even with the relatively stable trends depicted by the GBD 2019 modeling, RHD is the most prevalent cause of mitral valve disease in Brazil according to published data, when both mitral stenosis (over 90%) and mitral regurgitation (about 55-60%) are considered. 182

• Mitral stenosis occurs in a much higher frequency in women than in men, in a ratio of 3:2. It is a frequent sequela of ARF, reaching more than 85% of cases even in HIC, such as those in Europe, 191 with a similar pattern still observed in Brazil. 178 , 182 More rarely, mitral stenosis associates with other diseases, such as mitral annulus calcification, mucopolysaccharidosis, rheumatoid arthritis, and congenital carcinoid syndrome. 175 , 182

• Recent large-scale screening study looking at subclinical RHD has shown a prevalence of 42 per 1000 in schoolchildren (mean age of 11 years) in the Southeastern state of Minas Gerais: 37 per 1000 borderline RHD and 5 per 1000 definite RHD. In that study, higher prevalence was observed in females (48 per 1000 vs. 35 per 1000) and in children older than 12 years. 176 The same project has concluded that primary care centers are the ideal scenario for RHD screening, considering the higher population participation and involvement rates. 192

• Echo screening in the primary care setting has also been tested as an additional tool, on top of clinical variables, to predict major abnormalities in standard echo (including significant valve disease and RHD) and prioritize referrals in Brazil. The combined score – derived from 603 patients in waiting lists for echocardiography, and validated in a similar sample of 1526 individuals – had good discrimination, with C-statistic = 0.72, sensitivity = 99% and negative predictive value = 97%, and emerges as a promising tool for early diagnosis of valve disease/RHD, estimation of disease burden and priority referrals. 193

• One additional tool for estimating the prevalence of subclinical RHD is artificial intelligence. The machine learning system (Convolutional Neural Network) currently under development in Brazil from screening studies has shown good accuracy (normal=72.8±10.2; borderline RHD=64.3±12.2; and definite RHD=85.8±11.3) and may help broaden the availability of early echocardiographic diagnosis in the future. 194

Non-rheumatic Valvular Heart Disease

• According to the GBD 2019, the age-standardized prevalence of NRVD had a marked increase in Brazil from 1990 to 2019, with a significant 54.3% increase from 25.3 (95% UI, 22.4 - 27.8) per 100 000 in 1990 to 39 (95% UI, 33.9 - 44.6) per 100 000 in 2019. The percent change was considerably higher for men compared to women (105.9% vs. 20.9%) (Chart 5-2.A). The increasing trend was mostly driven by calcific aortic valve disease (201.8%), from 7.9 (95% UI, 6.3 - 9.6) per 100 000 in 1990 to 23.7 (95% UI, 19.1 - 29) per 100 000 in 2019, for both men (218.8%) and women (182.2%). Conversely, for mitral degenerative valve disease the age-standardized prevalence was stable, with a slight percent change: -2.3% (95% UI, -4 to -0.4) (Table 5-1). 4 , 18

• Aligned with age-standardized rates, the crude prevalence of NRVD showed a marked 149.3% (95% UI, 126.7 - 173.3) increase from 1990 [17.6 (95% UI, 15.7 - 19.4)] to 2019 [44 (95% UI, 38.2 - 50.3)] per 100 000 (Table 5-1 and Chart 5-2.B). Again, the increase was more pronounced for men than for women, and the steeper inclination compared to age-standardized rates suggests that prevalence is increasing disproportionally in the elderly (Chart 5-2.B). 4 , 18

• Unlike mitral valve disease, aortic valve disease is predominantly degenerative or calcific. Observational studies show that aortic stenosis is seen in 4.5% of the population >75 years in HIC, such as the United States. 195 According to observational studies 182 , 196 and the GBD 2019 data, 18 in Brazil, as well as in the rest of the world, an increasing trend towards degenerative aortic valve disease has been observed as compared to other etiologies, such as RHD.

• Thus, the increase in all-age prevalence of NRVD has been mostly driven by calcific aortic valve disease [396.6% (95% UI, 353.1 – 450.0)], especially for older age groups (>70 years) (Table 5-2), but increasing trends have been also significant for mitral degenerative valve disease [54.1% (95% UI, 50.4 – 58.0)] and other NRVDs, although data quality remains limited for the latter, despite the improvement of data sources (Table 5-1). 4 , 18

• Contrary to that observed for the rheumatic etiology, there has been an increase in mitral valve prolapse as the etiology of primary mitral regurgitation in Brazil: although in the overall population it reaches rates around 1-2.5%, with good prognosis in most cases, of the patients admitted with valve disease in a Brazilian emergency department in 2009 (56±17 years, 54% female), 13% had that etiology. 181 Conversely, in a hospital registry of heart surgeries in one of the largest capitals of the country (city of Salvador), from 2002 to 2005, only a small proportion of cases was associated with mitral prolapse, 178 similarly to the results of a study with 78 808 patients utilizing 2 large national databases (the Brazilian Hospital Information System and the Mortality Information System) from 2001 to 2007, in which only 0.24% (187) of the cases reported that undelaying cause. 197 However, data may be biased by the absence of coding for etiologies of valvular haert disease in the public and most of the private health systems.

Incidence

• According to a study based on in-hospital medical charts in Northeastern Brazil from 2002 to 2005 (1320 surgeries), the mean annual incidence for cardiac valve surgeries was 4.75 per 100 000 residents and positively associated with age. The mean annual incidence of RHD and degenerative valvular disease were 2.86 and 0.73 per 100 000, respectively. 178

Rheumatic Heart Disease

• For RHD, the age-specific incidence followed a bimodal distribution according to the source of surgery reimbursement, increasing almost linearly by 1 case per 100 000 population for each decade of life until the age of 40–49 years, peaking at 4.85 cases per 100 000 population. Following a decline, a second peak occurred at 60–69 years of age (6.54 cases per 100 000 population). 178

• The incidence of RHD remained stable [percent increase: 0.5% (95% UI, -1.2 - 2.6)] in Brazil, ranging from 53.9 (95% UI, 40.4 - 67.5) per 100 000 (95 299 cases) in 1990 to 54.2 (95% UI, 40.7 - 68.5) per 100 000 (108 204 cases) in 2019, according to GBD 2019 data. This stable trend was relatively homogeneous across the country, with overlapping 95% UIs even in the lower resourced states of the Northern and Northeastern regions. 4 , 18

• In general, a significant reduction in the incidence of RHD was observed in the age group 15 – 49 years [-12.7% (95% UI, -17.2 to -6.8)], while trends were stable in the other age groups. This pattern may be associated with improved disease diagnosis and prevention in younger groups (noticeably 5 – 18 years, the peak of ARF incidence) in past decades, resulting in a lower incidence in teenagers and adults. However, the decrease in the age group 5 – 14 years was not captured by the model, presumably influenced by the lack of data on subclinical RHD prior to 2014. 4 , 18

Non-Rheumatic Valvular Heart Disease

• In a different pattern as compared to that of RHD, the NRVD age-standardized incidence rates had a significant 11.1% (95% UI, 6.5 - 16.4) increase from 3.6 (95% UI, 3.3 – 4.0) per 100 000 in 1990 to 4.0 (95% UI, 3.6 - 4.5) per 100 000 in 2019, according to the GBD 2019 estimates. This increase was mostly driven by the 20.1% (95% UI, 12.9 - 28.4) increase in calcific aortic valve disease, markedly in individuals aged 50 - 69 years [56.9% (95% UI, 39.8 - 75.6)]. 4 , 18

• However, the aforementioned increasing incidence of calcific aortic valve disease in middle-age individuals [15 – 49 years: 56.9% (95% UI, 39.8 - 75.6)] is atypical, considering the disease epidemiology, and may be cautiously interpreted as a possible limitation of the GBD modeling, 18 , 46 because primary data for this cause are scarce in Brazil. In addition, a non-expected stable pattern in individuals >70 years was modelled. 4

Mortality

• Valvular heart disease is one of the leading causes of cardiovascular death in Brazil, particularly in economically underserved regions, and RHD – the most socially driven etiology – ranked as the 8th/9thcause in past decades. 18 In the most underserved setting, RHD has been playing an important role for decades, with decreasing trends – not always adequately captured by statistical modeling – following socioeconomic improvement. 174 , 179 , 197

• Although nationwide data are still scarce, the sub-analysis of a multicenter cohort with 920 patients who underwent heart valve surgeries (isolated aortic valve replacement, 34%; isolated mitral valve replacement, 25%; 81% covered by the public health system) showed an acceptable surgical mortality rate (7.3%) 198 as compared to previous series (11.9%). 178

Rheumatic Heart Disease

• Contrasting with the increasing trend of prevalence, age-standardized mortality rates attributable to RHD significantly decreased by 59.4% in Brazil, from 2.8 (95% UI, 2.7 – 3.0) to 1.2 (95% UI, 1.1 - 1.2) per 100 000, according to the GBD 2019 study. The percent decrease was similar for men (62.0%) and women (58.1%) (Table 5-3 and Chart 5-3.A). A similar trend was observed for the crude mortality rates (Chart 5-3.B). During the period, the total number of deaths decreased from 3088 (95% UI, 2939 - 3256) to 2715 (95% UI, 2505 - 2913) in 1990 and 2019, respectively, despite population growth (Table 5-3). These trends may reflect improvement in health conditions, and better and earlier access to healthcare. 4 , 18

• In 1990, RHD ranked 10thamong the causes of death in Brazil (9thto 12thin different states), and moved to 12thin 2019 (10thto 13thin most states, and 14thonly in the West-Central state of Mato Grosso do Sul). 4 , 18

• The more compelling decrease in mortality rates was observed in lower ages, especially in the ‘5-14 years’ and ‘15-49 years’ age groups: -78.1% (95% UI, -81.9 to -73.6) and -64.6% (95% UI, -68.3 to -60.4) per 100 000, respectively (Table 5-2). 4 , 18 This may be associated with the better treatment of pharyngitis, ARF, and early presentations of RHD, while chronic sequelae still persist as a challenge. 199 , 200

• According to the GBD 2019 data, there was a significant negative correlation between the percent change in age-standardized mortality rates and SDI in 1990 (Chart 5-4) (r=-0.41, p=0.03) and in 2019 (r=-0.44, p=0.02). 4 , 18 Considering RHD as the most socially-driven etiology of valvular disease, this antecipated pattern differed from the GBD 2017 estimates, which did not reach statistical significance in 2017. This may suggest that, despite the undoubtable socioeconomic improvements observed in all Brazilian regions since 1990, which impacted different aspects of disease prevention and healthcare and significantly reduced the sociodemographic gap, inequality still plays an important role in RHD mortality. 4 , 18

Non-rheumatic Valvular Heart Disease

• According to the GBD 2019 study, age-standardized mortality rates attributable to NRVD showed a 16.2% (95% UI, 10.3 - 22.5) decrease from 1990 to 2019 (Table 5-3 and Chart 5-5.A). However, for crude mortality rates a significant increase was observed [51.9% (95% UI, 39.8 - 62.7)], with a considerable contribution of older ages, markedly over 70 years [17.2% (95% UI, 5.4 - 27.4)] (Table 5-3 and Chart 5-5.B). The patterns were similar for men and women. Similar trends were observed for calcific aortic valve disease mortality rates, with a marked 17% (95% UI, 2.0 - 38.5) increase in the elderly (≥70 years), reflecting the association with population aging and prevalent cardiovascular risk factors (Table 5-2). For mitral degenerative valve disease, the age-standardized mortality rates decreased 19.0% (95% UI, 5.8 - 34.8 ), as opposed to a 36.2% increase in the crude prevalence (Tables 5-1 and 5-3), as a result of the increasing rates [16.5% (95% UI, -18.5 - 48.7)] in septuagenarians and older (Table 5-2), however with wide UIs. 4 , 18 , 19

• The increasing mortality rates in older ages due to NRVD noticeably contrasts with the trends observed for RHD, possibly reflecting a higher prevalence and, consequently, mortality in the age groups >70 years, for both aortic and mitral NRVD (Table 5-2). From 1990 to 2019, an increasing burden of calcific aortic valve disease, in both males and females, associated with an increase in mortality in that age group. The 95% UIs are overall wide for NRVD mortality estimates, especially for each specific valvular involvement in separate. 4 , 18

• In 1990 NRVD ranked 10thamong causes of death in Brazil (8thto 11thin different states), and proportionally increased to 9thin 2019 (8thto 10thin most states), the opposite trend of RHD (Chart 5-4). 18

• GBD 2019 data demonstrated significant correlations between the changes in age-standardized mortality rates of NRVD in general and SDI in 1990 (r= -0.55, p=0.003) and 2019 (r= -0.58, p=0.001), and a similar pattern for calcific aortic valve disease (1990: r= -0.51, p=0.007; 2019: r= -0.54, p=0.003). Strong positive correlations were observed between age-standardized mortality and SDI in both 1990 (r=0.80, p<0.001) and 2019 (r=0.70, p<0.001) (Chart 5-6). As socioeconomic development correlates with epidemiological transition and life expectancy, a higher SDI associates with more elderly individuals at risk for degenerative valvular conditions and less prone to infectious etiologies, such as RHD. However, in Brazil, socioeconomic conditions – and possibly access to optimal healthcare – still played an important role on changes in NRVD mortality over time. 18

• Similar correlations were observed for degenerative mitral valve disease. On the other hand, for other NRVDs, no significant correlation was observed between age-standardized mortality rates – and their percent changes over time – and SDI. 18

Burden of Disease

Rheumatic Heart Disease

• According to GBD 2019 data, the age-standardized DALY rate attributable to RHD significantly decreased 45.1% in Brazil, from 144.6 (95% UI, 126.8 - 167.3) per 100 000 in 1990 to 79.3 (95% UI, 61.6 - 102.6) per 100 000 in 2019 (Chart 5-7.A). The decreasind rates observed in the period were similar for men and women, -46.7% (95% UI, -54.4 to -39.3) and -44.2% (95% UI, -51.1 to -36.9), respectively (Table 5-4). 201

• Age-standardized DALY rates decreased in all Brazilian states, with a steeper trend in the regions with highest rates in 1990: the West-Central and Southeast (Table 5-2). The Southeastern and West-Central regions had the highest age-standardized DALY rates and proportional DALYs in 1990, while four states of the Northeast (Sergipe, Bahia, Alagoas, and Pernambuco), one from the South (Paraná), and one from the West-Central (Goiás) topped the list in 2019. 4 , 18

• A similar downward pattern was observed for the age-standardized YLL rates due to RHD, which ranged from 102.1 (95% UI, 97.5 - 107.3) per 100 000 in 1990 to 35.8 (95% UI, 33.5 - 38.4) per 100 000 in 2019, with a 64.9% (95% UI, 61.6 - 67.9) decrease. 4 , 18

• The GBD 2019 estimates showed no correlation between age-standardized DALY rates due to RHD and SDI in 1990 or in 2019. Similarly, the SDI did not correlate with the percent change in age-standardized DALY rates in 1990 (r= -0.36, p=0.06), and a weak correlation was observed in 2019 (r= -0.41, p=0.03) (Chart 5-8), suggesting that the effects of socioeconomic development were less pronounced over morbidity, compared to mortality.

Non-rheumatic Valvular Heart Disease

• According to the GBD 2019, the age-standardized DALY rates of NRVD decreased (30%) in Brazil, from 62.8 (95% UI, 60.3 - 65.2) per 100 000 in 1990 to 44 (95% UI, 40.7 - 47) per 100 000 in 2019 (Table 5-4 and Chart 5-9.B). The decrease pattern observed in the period was similar for men (-31%) and women (-28%). Regarding specific diseases, rates decreased equally for mitral degenerative valve disease [-30.7% (95% UI, -41.6 to -22.6)] as compared to calcific aortic valve disease [-30.3% (95% UI, -36.3 to -21.3)]. For other NRVD, the age-standardized rates tended to increase [19.1% (95% UI, -21.1 - 68.5)], although UIs were considerably wide, including the 0, in this case. The trends observed for YLLs were similar. 4 , 18

• The downward trend was relatively homogeneous accross Brazilian states, and the age-standardized DALY rates remained higher for the Southern and Southeastern regions during the whole period, in addition to the Northeastern state of Pernambuco (5thplace in 2019) (Chart 5-9.B). The most significant decrease was also observed in the Southeastern and West-Central regions (Distrito Federal and the states of São Paulo, Minas Gerais, Goiás and Rio de Janeiro) in addition to the Northern state of Rondônia (which lacks primary data for most estimates). 4 , 18

• Similarly to that observed for mortality, the decreasing age-standardized DALY rates of NRVD contrast with the slight increase of crude rates [7.3% (95% UI, 0 - 15.1)] in the period (1990 – 2019), driven by the >70 age-group (+5%) and again suggesting that morbidity associated with NRVD is shifting to the elderly, presumably following changes in the population age composition. 4 , 18

• The proportional DALY rates in Brazil increased, and, from 1990 to 2019, the Southern and Southeastern regions accounted for the highest DALY proportions in the period, according to GBD estimates. 201 ,202201

• In addition, according to GBD 2019 data, there were significant positive correlations between the age-standardized DALY rates of NRVD in general and the SDI in 1990 (r=0.80, p<0.001) and in 2019 (r=0.55, p<0.001) (Chart 5-10). Percent changes in age-standardized DALY rates (1990 – 2019) also correlated with the SDI in 1990 (r= -0.72, p<0.001) and in 2019 (r= -0.72, p<0.001). For calcific aortic valve disease, significant correlations were observed between DALYs and the SDI in 1990 (r2=0.80, p<0.001) and in 2019 (r2=0.62, p<0.001), as well as between percent changes in DALY rates and the SDI in both years, suggesting that socioeconomic development is also a determinant of degenerative NRVD, linked to aging and risk factors.

• For degenerative mitral valve disease, a positive correlation between age-standardized DALY rates and the SDI was observed in 1990, but not in 2019, whereas percent changes in DALY rates correlated negatively with the SDI in 1990 and in 2019, suggesting some impact of socioeconomic markers on this condition.

Complications and Associated Diseases

Arrhythmias Associated with Valve Disease

• For patients with valvular heart disease, AF is also an aggravating factor and usually occurrs in those with more advanced natural history. It is more commonly associated with mitral valve disease, especially mitral stenosis. In a cohort of 427 patients (mean age 50±16 years, 84% female) with severe mitral stenosis, AF was observed in 34% of them, being more frequent in those who died during follow-up (27 of 41; 66%) as compared to survivors (114 of 378; 30%), reinforcing its role as a prognosis marker in valve disease. 203

• In addition, AF can develop in severe aortic valve disease, especially in older and postoperative patients. In a retrospective cohort of 348 patients (mean age, 76.8±4.6 years), postoperative AF was observed in 114 (32.8%), but rates were higher in patients ≥ 80 years as compared to 70-79-year-old patients (42.9% vs. 28.8%, p=0.017). 204

• In another retrospective assessment conducted in the state of Pernambuco (Northeastern Brazil), involving 491 consecutive patients after heart valve surgery, the incidence of AF was 31.2% and was associated with age >70 years (OR=6.82; 95% CI, 3.34 - 14.10, p <0.001), mitral valve disease (OR=3.18; 95% CI, 1.83 - 5.20, p<0.001), and no postoperative use of beta-blockers, among other factors. 205

• Valvular heart disease (17.5%) and arrhythmias (AF and atrial flutter, 50.7%) were the main cardioembolic sources of stroke in a study involving 256 patients (60.2 ± 6.9 years, 132 males) in the Southern region of Brazil. 206

• In the BYPASS registry, a multicenter cohort, of the patients undergoing valve heart surgeries, the most frequent postoperative complications were arrhythmias (22.6%), followed by infections (5.7%), and low-output syndrome (5.1%). 198

Association Between Valvular Heart Disease and Coronary Artery Disease

• Due to the increased surgical risk of combined valve procedures and coronary revascularization, it is essential to recognize the prevalence of obstructive CAD in association with valvular heart disease. Studies have shown a lower prevalence of CAD in patients with RHD as compared to those with NRVD, possibly as a reflection of the lower median age of RHD patients and the higher prevalence of coronary risk factors in NRVD. 207

• In a study in Rio de Janeiro (Southeastern Brazil) including 1412 candidates for cardiac surgery of any indication, 294 with primary valvular heart disease of rheumatic and non-rheumatic etiologies were selected. All 294 patients were ≥40 years-old and had coronary angiography performed. The prevalence of obstructuve CAD in RHD and NRVD patients was 4% and 33.6% (p <0.0001), respectively. Characteristics and risk factors, such as age, typical chest pain, hypertension, diabetes mellitus, and dyslipidemia, were significantly associated with obstructive CAD. 208

• In another study in Brazil, evaluating 712 patients with valvular heart disease (mean age, 58±13 years), the incidence of obstructive CAD was 20%. However, in younger patients (<50 years) prevalence was much lower (3.3%). 209 These data are similar to those observed in another study that included 3736 patients (mean age, 43.7 years), in which prevalence of obstructive CAD combined with valvular heart disease was 3.42%. 207

Healthcare Utilization and Cost

• According to the SUS administrative database, the total crude expenses (reimbursement) with hospital admissions for clinical treatment of valvular heart disease in Brazil showed a significant 90% increase, from R$ 1 051 959 in 2008 to R$ 1 999 540 in 2019 in an almost-linear pattern. Ajusting and converting these values to international dollars in 2019, the total costs for the public system were $ 1 031 953, in 2008, and $ 966 428, in 2019, for the treatment of hospitalization due to valvular conditions, a 6.3% reduction. 210

• Similarly, unadjusted costs associated with valvular surgical/interventional procedures (codes related to valve surgery, percutaneous mitral commissurotomy, other types of valvuloplasty) also increased from 2008 to 2019, from R$ 130 588 598 (2019 Int$ 128 105 083) to R$ 190 771 771 (2019 Int$ 92 204 819), although with less magnitude as compared to clinical admissions (46% vs. 90%). After adjustment for Int$, a remarkable 28.0% reduction was observed. The total expense with surgical procedures for the SUS in this time series (2008 – 2019) was R$ 10 524 044 511 (Int$ 6 853 635 725) (Table 5-5 and Chart 5-11). 210

• The number of surgical/interventional admissions related to valve diseases remained relatively stable in Brazil from 2008 to 2019, ranging from 12 679 in 2008 to 14 294 in 2019. This is presumably associated with the growing complexity and costs of interventions (markedly, hospital costs, devices and prostheses) and denotes the economic burden posed by the incorporation of new procedures and technologies, but it is also a marked effect of inflation on healthcare costs – considering the lower values in 2019 when adjusted to Int$. In this scenario, the future incorporation of well established therapies not yet reimbused by the SUS, such as TAVI, will contribute to increase the economic burden, although expenses with judicial demands may easily overcome ordinary costs. 211

• The total number of hospital admissions due to valve disease (clinical and surgical) in this period was 196 922, and most of them occurred in the Southeastern region (41.2%), followed by the Northeastern (25.7%), Southern (20.2%), West-Central (7.5%), and Northern (5.4%) regions (Table 5-5). 210

• A dramatic drop was observed for some types of procedures, despite their growing indications, such as the percutaneous mitral commissurotomy. For this specific procedure, the downward numbers may be associated with the lagged reimbursement tables of the SUS, limiting the number of hospitals that perform this intervention. The absolute number of open heart valve surgeries remained stable, from 12 201 in 2008 to 12 771 in 2019, despite the growing number of cases of valvular heart disease – especially NRVD – and the growing burden in the elderly, as population ages. 190 , 211

• In none of the periods, the increase in the number of admissions paralleled the increasing expenses, suggesting not only a progressive complexity – and, consequently, cost – of the procedures to treat heart valve disease, but also inflation over medical devices and associated hospital costs (considering the Int$ values) (Table 5-5 and Chart 11). 210

• From the SUS administrative database, valve procedures associated with RHD sequelae cannot be differentiated from those associated with other etiologies, since no specific coding is available, and the reporting of the ICD coding is imprecise. 210

• Interestingly, observational studies have reinforced that RHD remains as the main etiology associated with cardiac surgery in young people in Brazil, reaching up to 60% in a study performed in the city of Salvador, Bahia (Northeastern Brazil). 178 At the São Paulo Heart Institute (Southeastern region), the number of heart valve surgeries associated with RHD increased substantially over the past 10 years, from around 400 surgeries/year in 1990 to over 600 after 2000. 121 Between 2008 and 2015, there were 26 054 hospital admissions due to ARF sequelae, 45% of which due to heart disease, leading to a possibly underestimated total cost of US$ 3.5 million annually. 177 , 210

• According to observational studies and hospital-based registries, overall valve diseases of rheumatic origin account for about 90% of the cardiac surgeries in children and for over 30% of the cardiac surgeries in adults, most of them in young ages. 135 However, few epidemiological studies estimated the cause-specific burden of valve diseases in Brazil.

• Echocardiographic screening for latent RHD has proven to be cost-effective in one study conducted in Brazil. A strategy based on task-shifting, with imaging acquisition by non-physicians utilizing handheld devices and remote telemedicine interpretation by experts, resulted in an Incremental Cost-Effectiveness Ratio of $10 148.38 per DALY averted, below the estimated threshold of 3 times the gross domestic product per capita, suggested by the World Health Organization. 212

• Data from the national database of the SUS (DATASUS) show that from 2008 to 2017 there were 42 720 and 78 966 hospital admissions due to ARF and chronic RHD, respectively, accounting for 0.4% and 0.7% of cardiovascular admissions in the country, respectively. This analysis, however, lacks data from specific NRVD. 213

Mitral Valve Disease

• Based on SUS administrative data from 2001 to 2007 and regarding mitral valve surgery, in a retrospective series of 78 808 consecutive surgical patients, the mean age was 50.0 years (35.9 - 62.5) and 40 106 were females (50.9%). Again, RHD was the main etiology, accounting for 53.7% of the total patients undergoing surgery and for over 94% of those undergoing procedures due to mitral stenosis. Mitral stenosis was the largest single surgical indication, accounting for 38.9% of the total. Overall, valve replacement was done in 69.1% of the surgeries. In-hospital mortality was 7.6%. 197

• Surgical mortality was slightly higher in women than in men (7.8% vs. 7.3%; p <0.001), and considerably higher in people ≥80 years. On the other hand, the lowest mortality was observed for those between 20 and 39.9 years (p <0.001). Patients with combined aortic and mitral surgeries (reflecting rheumatic etiology) were the youngest (median, 43.3 years). Surgery for aortic stenosis was more common in older individuals (median, 58.0 years) (p <0.001). Valve repair had lower mortality (3.5%) as compared to valve replacement (6.9%), multiple valve repair and/or replacement (8.2%), and concomitant CABG (14.6%) (p<0.001). Associated CABG occurred in 7147 patients (9.1% of the sample). 197

• Regarding percutaneous mitral commissurotomy, studies in Brazil show a much higher proportion of females (85%) – coincident with the epidemiology of RHD and noticeably mitral stenosis – and of young people (<40 years). 214 , 215 As local expertise in this procedure develops, technical aspects are being investigated, such as the routine utilization of conscious sedation (low-dose midazolam and fentanyl) resulting in anxiolysis and analgesia, without hemodynamic effects. 216 Furthermore, there are continuous efforts to define predictors of long-term clinical outcomes, such as changes in invasive and non-invasive atrioventricular compliance. 217

• In a retrospective study aimed at evaluating mitral valve repair in 54 Brazilian children (<16 years) with early chronic RHD, no perioperative death was recorded. The most frequent late (>7 days) outcomes were residual mitral lesion (n=11) and need for reoperation (n=3). Thus, mitral repair remains a reasonable strategy for RHD at younger ages. 218

Aortic Valve Disease

• A cohort of 724 consecutive patients, who underwent cardiac surgery at the São Paulo Heart Institute, has evidenced, similarly to other studies, a higher percentage of women (55%) and predominance of RHD (60%). However, in that series, there was a great proportion of aortic valve disease (396 cases) over mitral valve disease (306 cases) as compared to other series. Of the patients with mitral valve disease, 39.9% had stenosis, 38.4% regurgitation, and 21.7% mitral prosthesis dysfunction. In patients undergoing aortic valve interventions, stenosis was observed in 51.6%, regurgitation in 29.3%, and prosthesis dysfunction in 19.1%. The study suggests an increase in aortic valve disease as compared to mitral valve disease in a tertiary hospital in the Southeastern region of Brazil. 219

• Another retrospective cohort study has been conducted in the city of Porto Alegre (Southern Brazil) with 1065 patients (mean age, 61.4 ± 11.8 years; 38% women). Aortic valve replacement was done in 18.8% and mitral valve replacement, in 13.4%. Concomitant coronary revascularization was performed in 60.3% of the sample, and valve surgeries in 32.7%. Overall in-hospital mortality was 7.8%, being lower for isolated CABG (5.9%), intermediate for valve surgery (aortic and/or mitral and/or tricuspid = 8.6%), and higher for combined valve and CABG procedures (20.0%). 220

Transcatheter Aortic Valve Implantation in Brazil

• As in other countries, TAVI gained importance in Brazil in the past 20 years. It is estimated that over 100 000 percutaneous aortic valve implantations have been performed worldwide to date. 196 , 211 The first TAVI in Brazil occurred in 2008. The Brazilian TAVI registry reported 418 TAVI in 18 centers until 2014, and this number has grown exponentially since then. Femoral access was the choice in 96.2% of the procedures, and the prostheses used were CoreValve® (86.1%) and Sapien XT® (13.9%). Of that initial experience, all-cause mortality at 30 days and 1 year were 9.1 and 21.5%, respectively. 221

• Data from the TAVI registry updated in 2017 revealed a total of 819 patients under clinical follow-up, demonstrating that the procedure has a low incidence of complications – especially early hard cliical outcomes – and highlighting rates of postprocedural renal failure around 18%. 222 , 223

• In another assessment performed in the city of Rio de Janeiro, of 136 patients undergoing TAVI [median age, 83 (80-87) years; 51% males], perioperative mortality was 1.5%; 30-day mortality, 5.9%; in-hospital mortality, 8.1%; and 1-year mortality, 15.5%. 224

• Of 819 percutaneous aortic valves implanted until 2017, 135 patients (20.1%) required permanent pacemaker implantation. These patients were older (82.5 vs. 81.1 years; p=0.047), predominantly male (59.3% vs 45%; p=0.003), and had previous right bundle-branch block (OR=6.19, 95% CI, 3.56 - 10.75, p≤0.001). The use of CoreValve® prosthesis (OR=3.16, 95% CI, 1.74 - 5.72, p≤0.001) and baseline transaortic gradient >50 mm Hg (OR=1.86, 95% CI, 1.08 - 3.20, p=0.025) were independent predictors of permanent pacemaker implantation. 223

Future Research

• Even considering the noticeable improvement in past decades, there is still paucity of primary data about the epidemiology of valvular heart disease in Brazil, and room for future research.

• Administrative data collection should be included, with the development of specific coding to allow for discrimination of variables, such as the valve involved, type of valvular dysfunction, type of prosthesis, and, especially, etiology and association with systemic diseases. This is especially important in the SUS.

• In addition, the development of nationwide registries on valve disease and procedures is warranted. Refining the coding system and implementing mandatory clinical and surgical reports – as previously done for percutaneous coronary interventions – may be an initial step to improve data acquisition.

• As the country has significant cohorts of patients with valvular heart disease, mid- and long-term follow-up of these samples are warranted. Of note, there are research initiatives that require incentives and funding for their continuation, such as ongoing studies on long-term prognosis of subclinical RHD in children and adolescents, 176 , 192 genetic and immune determinants of response to streptococcal infections leading to RHD, 225 clinical and procedural predictors of short- and long-term events after percutaneous mitral commissurotomy, 203 , 226 and a national TAVI registry. 221

• One study suggests that echo screening for RHD is cost-effective in Brazil, 212 thus, its application outside research and integration into health systems should be investigated in large-scale programs.

• In addition, continuing efforts have been directed to the development of vaccines for streptococcal infections, 225 and collaborative studies on their efficacy and clinical application to reduce RHD burden are warranted.

• As reimbursement for TAVI has just been approved in the Brazilian private health system, its incorporation in the Brazilian SUS seems to be close, 211 and a comprehensive evaluation of its actual clinical, budgetary and social impact on public healthcare outcomes requires extensive research and funding.

• Finally, promising strategies to provide early diagnosis and prioritization of referrals in low-resourced areas should be further investigated in Brazil. As an example, the availability of imaging modalities for the management of valvular heart disease – markedly echocardiography – is limited and unequally distributed in the country. In this scenario, the implementation of tele-echocardiography, with task-shifting of imaging acquisition to non-physicians (still not allowed by Brazilian healthcare regulations outside research) and remote reading, has already been evaluated, and implementation should be considered. 227 Despite its good overall diagnostic performance and discrimination of patients at higher cardiovascular risk, 227 the impact on clinical outcomes and cost-effectiveness of the strategy are yet to be explored.

• There is room for improvement of remote cardiac diagnosis in Brazil, through the expansion of tele-ECG, AF screening, 228 remote consultations – including those for infective conditions, such as COVID-19 229 – and the incorporation of imaging innovations to improve access to cardiovascular care. Extensive discussions are required, based on robust scientific evidence.

6. ATRIAL FIBRILLATION AND ATRIAL FLUTTER

ICD-10 I48

See Tables 6-1 through 6-5 and Charts 6-1 through 6-3

Table 6-1. – Number of prevalent cases and age-standardized prevalence rates (per 100 000 inhabitants) of atrial fibrillation and flutter in 1990 and 2019, with percent change of rates, according to sex and age group, in Brazil.

Sex and Age 1990 2019 Percent change
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI) (95% UI)
Both
15-49 years 19888 (12331.5;30044) 25.9 (16.1;39.2) 42502.2 (26157.4;64165.2) 36.8 (22.6;55.6) 41.8 (37.2;46.9)
50-69 years 164660.9 (115683.1;228396.1) 1049.6 (737.4;1455.9) 444122.5 (311101;613445.2) 1100.9 (771.1;1520.6) 4.9 (2.9;6.8)
70+ years 217157.3 (158121.9;292116.4) 5133.7 (3738;6905.7) 740228.7 (542333.8;984791.4) 5655.6 (4143.6;7524.1) 10.2 (6.8;15)
Age-standardized 401706.1 (302349.2;518702.6) 519.4 (393;668.6) 1226853.4 (934018.3;1577999.6) 537.3 (409.2;692.5) 3.5 (1.8;5.1)
All Ages 401706.1 (302349.2;518702.6) 269.9 (203.1;348.5) 1226853.4 (934018.3;1577999.6) 566.2 (431.1;728.3) 109.8 (103.4;117.4)
Female
15-49 years 7612.1 (4581.8;11533.4) 19.6 (11.8;29.6) 16625.9 (10080.7;25447.2) 28.4 (17.2;43.5) 45.4 (38.6;52.3)
50-69 years 68973.4 (48140.1;96070) 845 (589.8;1177) 191525.6 (133320.6;267053.6) 894.4 (622.6;1247.1) 5.8 (3;8.5)
70+ years 105220.9 (76305.5;141439.1) 4486.9 (3253.9;6031.4) 379236.7 (275610.2;508021.7) 5022.5 (3650.1;6728.1) 11.9 (7.5;18)
Age-standardized 181806.4 (136384.7;235600.5) 437.3 (331.2;566.3) 587388.3 (445578.6;762442.3) 454.9 (345.1;591.9) 4 (1.9;6.5)
All Ages 181806.4 (136384.7;235600.5) 241.5 (181.2;313) 587388.3 (445578.6;762442.3) 529.8 (401.9;687.7) 119.4 (111.3;129.4)
Male
15-49 years 12275.9 (7602.8;18468.4) 32.6 (20.2;49) 25876.3 (16054.7;38681.1) 45.4 (28.2;67.9) 39.4 (33.9;45.1)
50-69 years 95687.5 (67028.6;132303.1) 1271.6 (890.7;1758.1) 252596.9 (176982;344940.7) 1334.5 (935;1822.3) 4.9 (2.3;7.6)
70+ years 111936.4 (81555.8;150612.8) 5938.2 (4326.5;7990) 360992 (264762;481432) 6518.7 (4781;8693.6) 9.8 (6.4;14)
Age-standardized 219899.7 (164842.2;283209.5) 618.6 (468.5;792.3) 639465.2 (486071.9;821088.6) 643.4 (489.2;828.7) 4 (1.9;6)
All Ages 219899.7 (164842.2;283209.5) 298.9 (224.1;385) 639465.2 (486071.9;821088.6) 604.4 (459.4;776.1) 102.2 (96.2;108.8)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 6-5. – Number of DALYs and age-standardized DALY rates (per 100 000 inhabitants) due to atrial fibrillation and flutter in 1990 and 2019, with percent change of rates, according to sex and age group, in Brazil.

Sex and Age 1990 2019 Percent change
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI) (95% UI)
Both
15-49 years 4251 (3336.7;5517.3) 5.5 (4.4;7.2) 8855.5 (6876;11253.8) 7.7 (6;9.7) 38.3 (16.9;51.2)
50-69 years 25126.7 (19600.3;32757.4) 160.2 (124.9;208.8) 66612.8 (51964.2;86102.4) 165.1 (128.8;213.4) 3.1 (-6.2;7.9)
70+ years 42042.9 (34764.9;51839.4) 993.9 (821.9;1225.5) 154647.9 (126905.8;188279.2) 1181.6 (969.6;1438.5) 18.9 (7.2;25.7)
Age-standardized 71420.6 (58907.9;88622.2) 98.7 (81.8;121.3) 230116.3 (189167;279885.9) 102.5 (84.3;124.5) 3.9 (-6.4;8.7)
All Ages 71420.6 (58907.9;88622.2) 48 (39.6;59.5) 230116.3 (189167;279885.9) 106.2 (87.3;129.2) 121.3 (99.5;133.3)
Female
15-49 years 1789.8 (1436.2;2324.2) 4.6 (3.7;6) 3878.6 (2980.7;4931.9) 6.6 (5.1;8.4) 44.3 (19.3;62.4)
50-69 years 11044.7 (8663.5;14294.3) 135.3 (106.1;175.1) 30304.9 (23538.7;39110.9) 141.5 (109.9;182.6) 4.6 (-5.3;11.8)
70+ years 22605.8 (18670.3;27843.4) 964 (796.2;1187.3) 89454.8 (70991.4;107212.8) 1184.7 (940.2;1419.9) 22.9 (8;32.8)
Age-standardized 35440.3 (29438.2;43933.5) 91 (75.8;111.6) 123638.3 (100891.8;148053.7) 95.8 (78;114.7) 5.3 (-7.3;12.5)
All Ages 35440.3 (29438.2;43933.5) 47.1 (39.1;58.4) 123638.3 (100891.8;148053.7) 111.5 (91;133.5) 136.9 (109.4;155.1)
Male
15-49 years 2461.2 (1840.7;3237) 6.5 (4.9;8.6) 4976.9 (3658.8;6398.8) 8.7 (6.4;11.2) 33.8 (13.8;50.7)
50-69 years 14082 (10693.3;18706.2) 187.1 (142.1;248.6) 36307.9 (27210.5;47858.4) 191.8 (143.8;252.8) 2.5 (-7.3;8.9)
70+ years 19437.2 (15002.9;24958.6) 1031.1 (795.9;1324.1) 65193.2 (50511.1;82124.3) 1177.2 (912.1;1483) 14.2 (4;21.4)
Age-standardized 35980.3 (28333.3;46350.5) 107.5 (85;136.9) 106478 (82477.5;133352.6) 110.2 (85.5;137.8) 2.6 (-6.4;8.3)
All Ages 35980.3 (28333.3;46350.5) 48.9 (38.5;63) 106478 (82477.5;133352.6) 100.6 (78;126) 105.8 (87;117.7)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 6-1. – All ages and age-standardized rates of atrial fibrillation/flutter between 1990 and 2019, in Brazil. A. Prevalence, B. Incidence, C. Deaths, D. YLLs, D. DALYs, E. YLDs. 46 .

Chart 6-1

Chart 6-3. – Deaths (per 100 000) due to atrial fibrillation and flutter attributable to risk factors in Brazil in 1990 and 2019, and percent change, for both sexes, males, and females.

Chart 6-3

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Abbreviations Used in Chapter 6.

AF Atrial Fibrillation
BNP B-type Natriuretic Peptide
CABG Coronary Artery Bypass Grafting
ChD Chagas Disease
CI Confidence Interval
DALYs Disability-Adjusted Life Years
ECG Electrocardiogram
ELSA-Brasil The Brazilian Longitudinal Study of Adult Health
FU Federative Unit
GARFIELD-AF The Global Anticoagulant Registry in the FIELD-AF
GBD Global Burden of Disease
HF Heart Failure
HR Hazard Ratio
ICD-10 International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems, 10thRevision
IMPACT-AF A Multifaceted Intervention to Improve Treatment With Oral Anticoagulants in Atrial Fibrillation
INR International Normalized Ratio
NOAC New Oral Anticoagulants
OR Odds Ratio
PPP Purchasing Power Parity
SDI Sociodemographic Index
SUS Brazilian Unified Health System (in Portuguese, Sistema Único de Saúde )
TIA Transient Ischemic Attack
TTR Time in Therapeutic Range
UI Uncertainty Interval
VKA Vitamin K Antagonists
YLDs Years Lived with Disability
YLLs Years of Life Lost

Table 6-2. – Number of prevalent cases and age-standardized prevalence rate (per 100 000 inhabitants) of atrial fibrillation and flutter in 1990 and 2019, with percent change of rates, in Brazil and Brazilian Federative Units.

Location 1990 2019 Percent change
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI) (95% UI)
Acre 658 (494.3;846.9) 477.6 (363.8;609.8) 2719.6 (2059.4;3482.1) 495.6 (375.3;633.2) 3.8(-1.2;8.8)
Alagoas 5737.2 (4311.7;7420.5) 480.6 (364.9;617.3) 14985.3 (11478;19154.2) 496.6 (379.7;636.9) 3.3(-1.9;7.6)
Amapá 382.2 (289.6;491.2) 460 (350.2;590.3) 2167.2 (1660.1;2770.8) 481.3 (367.1;620.4) 4.6(-0.5;9.8)
Amazonas 3032.8 (2269.6;3906.7) 474.9 (360.2;611.7) 12830.4 (9829.7;16439.3) 492.9 (376.6;632.3) 3.8(-1;9)
Bahia 29515.5 (22145.1;37849.7) 481.3 (364.7;615.4) 78718.3 (60254.3;100714.7) 496.7 (377.6;636.5) 3.2(-1.3;7.9)
Ceará 18182.8 (13882.4;23457.1) 473 (361.6;609.1) 47310.1 (35919.5;61015.3) 484.6 (367.2;624.8) 2.4(-1.9;7.3)
Distrito Federal 2005 (1503.1;2616.3) 466.1 (355;598.2) 11277.1 (8448.4;14707.1) 487.8 (371;633.6) 4.6(0;10.2)
Espírito Santo 6046.9 (4508.7;7782.4) 477 (360.7;609.5) 20591.3 (15508.9;26528) 494.1 (373.4;637) 3.6(-1.8;9)
Goiás 8112.6 (6103;10537.3) 473.8 (358.8;618.5) 31759.2 (24091.6;40630.4) 488.7 (373.2;628) 3.1(-2;8.8)
Maranhão 10154.6 (7606.6;13258.2) 445.1 (337.1;576.8) 29373.5 (22463.1;37530) 464.8 (354.9;593) 4.4(-0.6;9.4)
Mato Grosso 2967.4 (2238;3853.5) 481.9 (367.5;627) 14898.3 (11378.3;19217.4) 495.9 (376.2;641.8) 2.9(-2.8;7.8)
Mato Grosso do Sul 3568 (2677.8;4589.9) 484.9 (370.2;623.5) 13928.3 (10490.8;17874.3) 500.6 (375.5;643.5) 3.2(-1.8;7.8)
Minas Gerais 71781.4 (53528.5;93821.9) 831.3 (627.8;1079.1) 223364.2 (168276.2;291716.3) 849.1 (640.5;1103.7) 2.1(-2.2;6.6)
Pará 8234.5 (6281.7;10593.5) 464.3 (354.2;598.1) 31143.2 (23903;39996.1) 485.2 (370.9;626) 4.5(-0.6;9.4)
Paraíba 10701.6 (8052.8;13746.5) 480.4 (363.4;614.6) 23515.3 (17936.4;30396.6) 489.9 (372.3;633.8) 2(-3.8;7.4)
Paraná 19787.5 (14787;25568.1) 487.8 (370.8;626.5) 64224.8 (48888.4;83035.5) 502.7 (383.3;651.8) 3(-1.4;8.1)
Pernambuco 19150.2 (14364.7;24937.2) 463.9 (351.7;600.9) 46115.3 (35058;59389.5) 480.9 (366.5;621.5) 3.7(-1.2;9.9)
Piauí 5728.6 (4318.8;7395.8) 463.3 (353.4;598.2) 18024 (13731.2;23287.2) 479.1 (364.2;620.3) 3.4(-1.1;8.2)
Rio de Janeiro 39769.7 (29930.9;51462.6) 475.4 (358.3;613.4) 109091.6 (82434.2;141021.5) 492 (373.7;634.7) 3.5(-0.9;8.6)
Rio Grande do Norte 7220.3 (5485.8;9275.2) 473.5 (362.3;608.7) 18814.8 (14363.2;24105.1) 489.4 (373.6;630.9) 3.4(-1.1;7.9)
Rio Grande do Sul 27957.6 (20979.2;36240.9) 486.8 (370.7;628.7) 78012.2 (58643;101476.3) 499.6 (376.5;646.6) 2.6(-1.9;7.8)
Rondônia 1196.4 (871.8;1563.9) 477.4 (358.7;611) 6770.9 (5121.3;8697.4) 487.5 (367.9;627) 2.1(-2.6;7)
Roraima 201.9 (151.7;260.8) 476.4 (364.9;615.4) 1589.6 (1203.7;2062.2) 495.4 (377.6;632.2) 4(-0.2;8.6)
Santa Catarina 10427.4 (7849.1;13416.7) 489.4 (370.8;623.4) 38974 (29337.7;50470.5) 504.9 (384.6;648.6) 3.2(-2;8.2)
São Paulo 84287.7 (63124.6;108978.1) 495.8 (379.2;636.4) 269601.2 (204582.8;347991.5) 511.2 (388.9;664) 3.1(-2.8;8.2)
Sergipe 3387.4 (2523.5;4411.4) 480.9 (364.7;627.1) 10672.7 (8098.7;13831.9) 502 (380.7;652.5) 4.4(0.3;9.3)
Tocantins 1510.8 (1130;1956.4) 452.5 (345.4;588) 6381 (4850.7;8197.6) 476.1 (363.6;612.1) 5.2(0.3;10.9)
Brazil 401706.1 (302349.2;518702.6) 519.4 (393;668.6) 1226853.4 (934018.3;1577999.6) 537.3 (409.2;692.5) 3.5(1.8;5.1)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 6-3. – Number of deaths and age-standardized mortality rates (per 100 000 inhabitants) due to atrial fibrillation and flutter in 1990 and 2019, with percent change of rates, according to sex and age group, in Brazil.

Sex and Age 1990 2019 Percent change
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI) (95% UI)
Both
15-49 years 57.3 (48.3;76.1) 0.1 (0.1;0.1) 118.1 (91.1;138.6) 0.1 (0.1;0.1) 36.7 (7.7;52.4)
50-69 years 432.5 (370.3;566.3) 2.8 (2.4;3.6) 1125 (918.5;1355.3) 2.8 (2.3;3.4) 1.1 (-16;10.3)
70+ years 2169.7 (1822.6;2747) 51.3 (43.1;64.9) 9568.3 (7433.7;11342.6) 73.1 (56.8;86.7) 42.5 (20.2;54.1)
Age-standardized 2659.5 (2263.6;3342.6) 4.8 (4;6) 10811.4 (8636.5;12800.8) 5 (4;6) 5.4 (-10.6;13.1)
All Ages 2659.5 (2263.6;3342.6) 1.8 (1.5;2.2) 10811.4 (8636.5;12800.8) 5 (4;5.9) 179.3 (133.7;202.2)
Female
15-49 years 25.6 (23.2;35.2) 0.1 (0.1;0.1) 55.5 (43.6;63.2) 0.1 (0.1;0.1) 44.6 (10.2;65.6)
50-69 years 202.6 (183.8;264.5) 2.5 (2.3;3.2) 550 (447;619.2) 2.6 (2.1;2.9) 3.5 (-15.5;15.7)
70+ years 1278.4 (1060.8;1636.8) 54.5 (45.2;69.8) 6122.4 (4570;7074.9) 81.1 (60.5;93.7) 48.7 (21.8;65.3)
Age-standardized 1506.6 (1266.7;1935.4) 4.8 (4;6.2) 6727.9 (5082;7750.1) 5.2 (3.9;6) 7.6 (-11.2;19)
All Ages 1506.6 (1266.7;1935.4) 2 (1.7;2.6) 6727.9 (5082;7750.1) 6.1 (4.6;7) 203.2 (148.8;236.1)
Male
15-49 years 31.8 (23.1;47.1) 0.1 (0.1;0.1) 62.6 (39.9;81.3) 0.1 (0.1;0.1) 30.3 (3.6;51.7)
50-69 years 229.9 (168.9;336.6) 3.1 (2.2;4.5) 575 (392.4;780.2) 3 (2.1;4.1) -0.6 (-17.5;11.1)
70+ years 891.3 (645;1258.4) 47.3 (34.2;66.8) 3445.9 (2286;4594.7) 62.2 (41.3;83) 31.6 (12.7;45.6)
Age-standardized 1153 (843.8;1633.3) 4.7 (3.4;6.6) 4083.4 (2781.1;5478.5) 4.8 (3.2;6.4) 1.2 (-13;11)
All Ages 1153 (843.8;1633.3) 1.6 (1.1;2.2) 4083.4 (2781.1;5478.5) 3.9 (2.6;5.2) 146.3 (109.6;172.8)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 6-4. – Number of deaths and age-standardized mortality rate (per 100 000 inhabitants) due to atrial fibrillation and flutter in 1990 and 2019, with percent change of rates, in Brazil and Brazilian Federative Units.

Location 1990 2019 Percent change
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI) (95% UI)
Acre 4 (3.2;4.7) 5.1 (4;6.1) 24.7 (19.2;28.8) 5.7 (4.4;6.6) 10.7(-5.8;25.5)
Alagoas 37.4 (30.3;46.3) 4 (3.3;5) 137.2 (106.1;169.5) 4.6 (3.5;5.7) 14.7(-3.6;34.2)
Amapá 2.9 (2.2;3.3) 5.2 (4;6) 19.8 (14.1;22.9) 5.4 (3.9;6.3) 3.5(-8.1;13.7)
Amazonas 19.3 (15.9;23.8) 4.8 (3.9;5.9) 95.7 (72.8;119.1) 4 (3.1;5) -15.9(-26.3;-5.6)
Bahia 219.2 (166.6;261) 4.3 (3.2;5.1) 801.9 (552.5;974.5) 4.8 (3.3;5.8) 11.8(-8.3;33.5)
Ceará 121.8 (89.5;156.9) 3.4 (2.5;4.4) 489.1 (375.1;592.4) 5 (3.9;6.1) 48.5(14.2;83.8)
Distrito Federal 14.3 (12.2;20) 9.2 (7.3;12.5) 104.6 (84;133.8) 8.8 (7;11.2) -3.8(-22.1;14.1)
Espírito Santo 39.3 (33.4;50.9) 4.9 (4.1;6.5) 193.5 (154.7;236) 5.2 (4.1;6.3) 5(-10.7;17.7)
Goiás 56.1 (47.5;77.4) 5.5 (4.6;7.6) 265.9 (209.7;336.1) 4.8 (3.7;6) -13.8(-30.5;1.2)
Maranhão 77.7 (42.2;105.3) 4.4 (2.4;6) 445.9 (240.1;554) 7.2 (3.9;9) 65.4(29.7;118)
Mato Grosso 17.7 (14.5;22.4) 4.6 (3.7;5.7) 108.3 (85.9;137.8) 4.3 (3.3;5.4) -6.7(-18.3;6.1)
Mato Grosso do Sul 23.7 (20.1;30.2) 5.3 (4.3;6.6) 117.1 (94.2;146.4) 4.8 (3.8;6) -9(-18.7;1)
Minas Gerais 290.7 (249.5;374.6) 5.3 (4.4;6.7) 1193.3 (889.8;1407.2) 4.6 (3.4;5.4) -13.2(-35.8;-0.4)
Pará 63.2 (48.7;73.1) 5.5 (4.1;6.3) 267 (195.7;317.4) 4.4 (3.2;5.2) -19.8(-30.7;-7.9)
Paraíba 74.9 (57.3;92.5) 3.8 (2.9;4.7) 221.3 (167.4;273.4) 4.1 (3.2;5.1) 9.5(-10.2;27.9)
Paraná 126.5 (108.6;178.9) 5 (4.2;7.1) 541.3 (444.9;678.3) 4.9 (4;6.1) -1.6(-18.3;11.1)
Pernambuco 133.9 (113.2;175.8) 4.4 (3.6;5.9) 438.3 (357;561.5) 4.9 (4;6.3) 11.3(-3;25.9)
Piauí 37.9 (29.3;46.4) 4.6 (3.4;5.7) 161.3 (116.8;193.7) 4 (2.9;4.8) -12.7(-27.6;1.3)
Rio de Janeiro 297.6 (256.7;435.5) 5.2 (4.5;7.6) 1074.4 (853.7;1362.3) 5.2 (4.1;6.6) -0.7(-21.7;14)
Rio Grande do Norte 54.5 (41.3;66) 4 (3;4.8) 182.9 (136.5;224) 4.3 (3.2;5.3) 8.9(-13.2;29.6)
Rio Grande do Sul 189.9 (162.8;272.6) 4.7 (4;6.7) 733.7 (590.2;905.4) 4.9 (3.9;6.1) 5.3(-17.5;19.9)
Rondônia 5.3 (4.3;7.1) 6.9 (5.4;9) 55.1 (44.3;70.3) 4.7 (3.7;6.1) -31.6(-42.5;-17)
Roraima 1.2 (0.9;1.5) 7.2 (5.6;8.6) 13.2 (10.5;15.4) 7 (5.6;8.2) -3(-13.9;8.4)
Santa Catarina 74.8 (64.6;101.5) 5.3 (4.5;7.2) 333.7 (265.1;409.5) 5.2 (4.1;6.4) -1.4(-19.6;11.7)
São Paulo 642.9 (547.6;820.7) 5.9 (4.9;7.4) 2630.3 (1986.8;3101.9) 5.6 (4.2;6.7) -3.6(-21.8;9)
Sergipe 24.2 (20.1;30.2) 5.1 (4.3;6.4) 92 (70.5;113.9) 4.4 (3.4;5.5) -14.2(-27.6;-0.9)
Tocantins 8.7 (6.5;10.6) 6 (4.6;7.3) 69.9 (51.4;84.5) 5.7 (4.2;6.9) -4.6(-21.2;13.3)
Brazil 2659.5 (2263.6;3342.6) 4.8 (4;6) 10811.4 (8636.5;12800.8) 5 (4;6) 5.4(-10.6;13.1)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 6-2. – Correlation of the 2019 Sociodemographic Index (SDI) and the percent change in age-standardized mortality rates due to atrial fibrillation and flutter per 100 000 inhabitants from 1990 to 2019.

Chart 6-2

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Prevalence and Incidence

• According to the GBD Study 2019 estimates, the age-standardized prevalence rates due to AF and atrial flutter increased slightly in Brazil from 519 (95% UI, 393-669) in 1990 to 537 (95% UI, 409-692) in 2019, per 100 000 inhabitants, for both sexes, with 3.5% (95% UI, 1.8-5.1) change in this period. The prevalence of AF and atrial flutter was higher in men [in 1990, 619 (95% UI, 468-792); in 2019, 643 (95% UI, 489-829)] than in women [in 1990, 499 (95% UI, 418-587); in 2019, 522 (95% UI, 440-610)], although the percent change was similar for both sexes (women, 4.0%; 95% UI, 1.9-6.5; and men, 4.0%; 95% UI, 1.9-6.0) in this period. In absolute numbers, estimates for the prevalence of AF and atrial flutter in Brazil rose from 0.4 million in 1990 to 1.2 million in 2019, mainly due to population growth and aging (Table 6-1 and Chart 6-1), as suggested by growing crude prevalence rates. In 2019, the proportion of subjects with prevalent AF was 0.59% (95% UI, 0.45-0.76). Stratifying by Brazilian FUs, the prevalence rate of AF and atrial flutter is similar in most Brazilian FUs, except for Minas Gerais, whose rate is nearly twice that of other states (Table 6-2). Importantly, Minas Gerais is the only state for which the Institute for Health Metrics and Evaluation has primary data, what may explain this difference and suggest that the AF prevalence may be even higher in Brazil than that estimated by the GBD. 46

• Regarding the age-standardized incidence rate, per 100 000, per-year, the GBD Study 2019 estimates were 44 (95% UI, 33-56) in 1990 and 45 (95% UI, 34-58) in 2019, also higher for men in both time periods [women, 1990: 37 (95% UI, 28-48) and 2017: 39 (95% UI, 29-50); men: 1990: 50 (95% UI, 38-64) and 2017: 52 (95% UI, 39-67)].

• Data from population-based studies showed prevalence varying from 0.3% to 2.4%. In the ELSA-Brasil cohort study, which included 14 424 adults with valid ECG (45.8% men; age range, 35-74 years), the AF and atrial flutter prevalence was 0.3% (men, 0.5%; women, 0.2%), with the highest prevalence in the age range of 65-74 years (women: OR, 17; 95% CI, 2.1-135.9; men: OR, 52.3; 95% CI, 3.1-881.8). There was no difference in prevalence according to self-reported race, for both sexes. 230 In a cross-sectional study with 1524 elderly in São Paulo, the prevalence of AF or atrial flutter was 2.4% (men 3.9%; women, 2.0%). 231

• Data from telehealth centers across Brazil have provided information on the prevalence of AF and atrial flutter based on ECG from primary care. 232 In the ECG dataset of the Telehealth Network of Minas Gerais including 1 558 421 individuals (mean age, 51±18 years; 40.2% men) with ECG performed between 2010 and 2017, the AF prevalence was 1.33%, higher in men (1.81% vs. 1.02%), and increasing with age (OR 1.08, CI 95% 1.08-1.08), reaching 7.0% in octogenarians (8.4% in men vs. 5.9% in women). 236

• Data from 676 621 ECG (mean age, 51±19 years; 57.5% women) performed from 2009 to 2016 were analyzed at the Federal University of São Paulo telemedicine center and revealed a 7-year AF prevalence of 2.2% and a countrywide 2025 projected AF prevalence of 1.7%. 234

• The GARFIELD-AF is a hospital-based registry that included patients (≥18 years) with AF diagnosed within the previous 6 weeks and at least one additional risk factor for stroke. In Brazil, 41 sites included 1065 patients with non-valvular AF between 2010 and 2014 (mean age, 68±13 years; 55% males). New-onset AF diagnosed within the previous 6 weeks was recorded in 52% of the patients, paroxysmal in 25%, persistent in 14%, and permanent in 8%. 237

Mortality

• In the GBD Study 2019, the number of deaths from AF in Brazil has increased over the past few years, due to population growth and aging. In the 1990s, AF was responsible for 2659 (95% UI, 2263-3342) deaths, which rose to 10 811 (95% UI, 8636-12801) in 2019. However, the age-standardized mortality rate due to AF remained stable in the period, 4.8 (95% UI, 4.0-6.0) deaths per 100 000 inhabitants in 1990 and 5.0 (95% UI, 4.0-6.0) per 100 000 inhabitants in 2019, accounting for 0.8% (95% UI, 0.6-0.9) of all deaths in the country. Although age-standardized prevalence rates were consistently higher in men, women had a higher age-standardized mortality rate in 2019 [(women, 5.2 (95% UI, 3.9-6.0); men, 4.8 (95% UI, 3.2-6.4)], consistent with data from other countries. 238 , 239 For individuals > 70 years old, the mortality rate increased from 1990 (51, 95% UI, 43-65) to 2019 (73, 95% UI, 57-87) (Table 6-3). Of note, because mortality based on vital registration data alone provides an implausibly steep increase over time possibly due to changes in ascertainment rather than AF epidemiology, the GBD Study 2019 assumes, a priori, that age and sex-specific mortality rates are neither increasing nor decreasing over time. 4 As such, the small changes over time herein reported are intentionally lower than the real changes in raw data.

• Chart 6-1 shows that, although age-standardized mortality rates are stable, crude mortality rates are rising because of population aging and the growing number of individuals living longer with chronic heart diseases. Moreover, the YLL, a metric used in GBD for premature death, is also rising when not standardized to age.

• Table 6-4 shows the total number of deaths and the age-standardized mortality rates (per 100 000 inhabitants) due to AF and flutter, in 1990 and 2019, and percent change, for both sexes, in Brazil and its FUs. The FU with the highest mortality rates in 2019 were Distrito Federal, Maranhão, and Roraima, while those with the lowest were Piauí, Amazonas, and Paraíba. However, due to reporting issues, these data can be inconsistent and should be interpreted with caution.

• The GBD Study 2019 uses the SDI as an estimate of the socioeconomic level of a location. As demonstrated in Chart 6-2, there was a modest association of higher SDI in 2019 and greater percent change in AF age-standardized mortality rate from 1990 to 2019 (r=-0.44, p=0.02), revealing that the most developed FUs had a greater reduction in mortality, possibly due to health investments and a greater reduction in the cardiovascular disease burden as a whole.

• From a dataset of 1 558 421 ECGs from primary care patients (Telehealth Network of Minas Gerais) linked to the Brazilian Mortality Information System, the overall mortality rate was 3.34% in a mean follow-up of 3.68 years. After adjusting for age and comorbidities, patients living with AF had a higher risk of overall (HR 2.10; 95% CI, 2.03–2.17) and cardiovascular (HR 2.06; 95% CI, 1.86–2.29) death, with increased risk in women, who lost their survival advantage over men when AF was present. 236

• In a 10-year follow-up of 1462 individuals aged ≥ 60 years (mean age, 69 years; 61% women) included in 1997 in the Bambuí Cohort Study, AF or flutter was independently associated with an increase in all-cause mortality (HR, 2.35; 95% CI, 1.53-3.62) among patients with and without ChD (HR,1.92; 95% CI, 1.05-3.51). 240

• In the GARFIELD-AF, a worldwide hospital-based study that included 1061 patients in Brazil (≥18 years) who had AF diagnosed within the previous 6 weeks and at least one additional risk factor for stroke, the all-cause mortality rate per 100-person-years was 6.19 (CI 95%, 4.83-7.94), and 38.7% were cardiovascular deaths. 237

Burden of Disease

• According to GBD 2019 estimates, AF resulted in 230 116 (95% UI, 189 167 – 279 885) DALYs in Brazil in 2019, representing 0.35% of all DALYs. The age-standardized DALY rate was 103 (95% UI, 84-125) per 100 000 in 2019, greater for men (110; 95% UI 86-138) than for women (96; 95% UI, 78-115), although the proportion of DALYs is higher for women (0.42%; 95% UI, 0.35-0.48) than for men (0.30%; 95% UI, 0.24-0.37) (Table 6-5).

• Chart 6-1 and Table 6-4 reveal the same pattern for mortality rates: while the age-standardized mortality rate remained stable from 1990 to 2019, the crude rate increased.

Complications

Stroke

• Of all 429 cases of stroke (87.2% ischemic strokes) that occurred in the city of Joinville in 2015 and were included in a registry, AF was detected in 11.4% of all patients and in 58% of the cardioembolic strokes. 241 Similarly, AF was detected in 58% of 359 patients with cardioembolic stroke from a one-center, consecutive sample in the city of Curitiba, Brazil. 242

• Age (OR=1.04; 95% CI, 1.02-1.08), National Institutes of Health Stroke Scores on admission (OR=1.10; 95% CI, 1.05-1.16), and the presence of left atrial enlargement (OR=2.5; 95% CI, 1.01-6.29) were predictors of AF (C-statistic, 0.76; 95% CI, 0.69-0.83) among patients hospitalized for acute ischemic stroke or TIA in a Brazilian cohort. 243

• In a cohort of 1121 ischemic stroke patients in a 12-year follow-up, AF was independently associated with increased overall (HR 1.82; 95% CI, 1.43-2.31) and cardiovascular (HR 2.07; 95% CI, 1.36-3.14) mortality. 244

Dementia

• In a cross-sectional study with 1524 participants aged >65 years, dementia was diagnosed in 11% of those with AF versus 4% among those without AF (p=0.07); the authors found an odds ratio of dementia of 2.8 (95% CI, 1.0-8.1; p = 0.06) among subjects with AF. 245

Association of Risk Factors for AF/Flutter

• According to the GBD Study 2019, AF deaths were attributed to six risk factors in 1990 and 2019: high blood pressure, high body mass index, dietary risks, alcohol use, tobacco, and other environmental risks. For both sexes, high systolic blood pressure was the most important risk factor for death due to AF, accounting for 35.8% (95% UI, 29.7-42.2) of deaths for men and 34.4% (95% UI, 27.5-41.7) for women in 2019. High body mass index ranked 2 for both sexes and was responsible for 23.9% of AF deaths (95% UI, 12-38) in men and 28.8% (95% UI, 16.7-43.2%) in women, in 2019. Importantly, while the risk attributed to high blood pressure increased slightly from 1990 to 2019 (7.1% change for men and 10.7% for women), the AF deaths attributable to high body mass index are increasing steeply (74.4% change for men and 79.5% for women). The risk for death from AF attributable to alcohol use is also rising, particularly for women (Chart 6-3).

• Data from the Telehealth Network of Minas Gerais with ECGs of 1 558 421 individuals (mean age, 51±18 years; 40.2% men) performed between 2010 and 2017 revealed in multivariable models adjusted for age and sex that the following self-reported comorbidities related to the presence of AF: ChD (OR 3.08; 95% CI, 2.91-3.25), previous myocardial infarction (OR 1.74; 95% CI, 1.56-1.93), chronic obstructive pulmonary disease (OR 1.48; 95% CI, 1.33-1.66), hypertension (OR 1.31; 95% CI, 1.27-1.34), dyslipidemia (OR 1.09; 95% CI, 1.03-1.16). Current smoking and diabetes were not associated with prevalent AF. 236

• A cross-sectional study comparing AF subjects with healthy controls found a higher frequency of sleep apnea in the AF group than in the control group (81.6% versus 60%, p = 0.03). 246

Associated Comorbidities

Atrial Fibrillation and Other Heart Diseases

• The incidence of AF among 300 elderly patients (mean age, 75±8 years; 56% women) monitored with pacemakers, free from AF at baseline, was 22% in a 435-day follow-up 247 and reached 85% of the patients with pacemakers and chronic kidney disease in a 1-year follow-up. 248

• On echocardiogram, AF was associated with heart disease (OR = 3.9; 95% CI, 2.1 - 7.2, p <0.001) in 1518 patients (mean age, 58±16 years; 66% female) from a waiting list for echocardiogram in primary care, who were also screened for AF with a portable device (AF prevalence of 6.4%). The authors suggest that AF screening could be a useful primary care tool to stratify risk and prioritize echocardiography. 228

• Heart failure and AF coexist in many patients as they share similar pathophysiological pathways. In a retrospective study of 659 patients hospitalized for decompensated HF in 2011, the AF prevalence was 40% (73% permanent AF), and AF was associated with increasing age (p < 0.0001), non-ischemic etiology (p = 0.02), right ventricular dysfunction (p = 0.03), lower systolic blood pressure (p = 0.02), higher ejection fraction (p < 0.0001), and enlarged left atrium (p < 0.0001). Patients with AF had longer hospital length of stay (20.5 ± 16 days versus 16.3 ± 12, p = 0.001). 249

• Of the patients with cardiovascular disease visiting the emergency department, the prevalence of AF was 40% among patients with decompensated HF 22 and 44% among those with valvular heart disease. 182

• A study including critically ill patients found an AF incidence of 11% during their intensive care unit stay. 250

Perioperative Atrial Fibrillation and Cardiovascular Surgery

• Of patients undergoing cardiac surgery, 12% to 33% had AF in the postoperative period. 204 , 251 , 252 Surgeries for valve replacement were associated with a higher occurrence of AF (31-33%) as compared to CABG (12-16%) during hospitalization.

• Advanced age, mitral valve disease, and no beta-blocker use were associated with postoperative AF in valvular surgery. 205 Among those who underwent CABG, the postoperative AF incidence was associated with left atrial > 40.5mm and age > 64.5 years. 253

Atrial Fibrillation and Chagas Disease

• AF has been consistently associated with ChD and increases the risk of death in ChD patients. 254 In the Bambuí Cohort Study, 1462 participants aged ≥ 60 years (mean age, 69 years; ChD n=557, 38.1%), with baseline ECG, were followed up for 10 years. AF was more frequently observed in ChD subjects [6.1% vs 3.4% (OR: 3.43; 95% CI, 1.87-6.32, adjusted for age, sex, and clinical variables)], in whom it was an independent risk factor for death (HR: 2.35; 95% CI, 1.53-3.62 adjusted for age, sex, clinical variables and BNP levels). 240

• In a large sample of 264 324 patients undergoing tele-ECG in primary health care units in 2011, ChD was self-reported by 7590 (2.9%). The mean age of ChD subjects was 57.0 ± 13.7 years, while that of non-ChD subjects was 50.4 ± 19.1 years, with 5% of octogenarians in both groups. AF was observed in 5.35% of the ChD subjects and in 1.65% of non-ChD ones (OR: 3.15; 95% CI, 2.83-3.51, adjusted for age, sex, and self-reported comorbidities). 254

• Rojas et al . evaluated, in a systematic review and meta-analysis, the frequency of electrocardiographic abnormalities in ChD in the general population. Forty-nine studies were selected, including 34 023 individuals (12 276 ChD and 21 747 non-ChD). The AF prevalence was significantly higher in ChD patients (OR: 2.11; 95% CI, 1.40-3.19). 256

• In a sample of 424 ChD patients under the age of 70 years (41.7% female; mean age, 47±11 years), followed up for 7.9 ± 3.2 years, Rassi et al . found an AF prevalence of 13.3±3.1% and a strong association with the risk of death [HR: 5.43 (2.91–10.13)] on univariate analysis. 257

Health Care Utilization and Cost

(Refer to Tables 1-6 through 1-9 and Charts 1-15 and 1-16)

• From 2008 to 2019, there were 354 619 hospitalizations for AF, and 1413 ablation procedures for AF and atrial flutter were performed by the SUS, with unadjusted costs of R$ 260 593 600 and R$ 7 912 561, respectively. After adjusting for Brazilian inflation, the costs were R$ 451 530 532 and R$ 13 710 094, respectively, and, in international dollars, converted to PPP-adjusted to US$ 2019, $ 169 076 584 and $ 5 047 822, respectively.

• An analysis of the economic burden of heart conditions in Brazil estimated an AF prevalence of 0.8% (n=1 202 151 cases) in 2015. The authors estimated a total cost for AF of R$ 3.921 billion (US$ 1.2 billion), 94% due to direct healthcare costs. 124

• A study on data from a private outpatient clinic regarding anticoagulation analyzed the annual cost per AF patient (n=1220; mean age, 64 years) and found that 64% of all costs (US$ 10 679) during a 1.5-year follow-up were attributed to inpatient costs. 258

Awareness, Treatment, and Control

Anticoagulation

• There was a high variation in the use of anticoagulation in patients with AF, from 1.5% to 91%. Studies with samples from primary care were more likely to have low anticoagulation use as compared to samples recruited from tertiary centers or cardiologists, as detailed below.

• Of the 4638 subjects with AF in primary care centers of 658 municipalities of the Minas Gerais state (mean age, 70±14 years; 54% men), who underwent ECG using telehealth in 2011, VKA use was reported by 1.5% and aspirin, by 3.1%. 233

• Of 125 primary care centers from nine states in four Brazilian regions, from January 2009 to April 2016, a subset of 301 patients had AF, 189 (63%) of whom were at high risk for stroke; only 28 (15%) were regular oral anticoagulant users, and 102 (54%) were on aspirin. 234

• In the GARFIELD-AF registry, of the 1061 patients included (82.3% by cardiologists) in Brazil between 2010 and 2014 (mean age, 68±13 years; 55% males), 86% had CHA2DS2-VASc score ≥ 2, 19% were not using anticoagulation therapy at baseline, 26% were only receiving antiplatelet therapy, 29% were using VKA, and 26% were receiving NOAC. 237

• The IMPACT-AF, 259 a clustered randomized trial to improve treatment with anticoagulants in patients with AF conducted in Argentina, Brazil, China, India, and Romania, showed that two-thirds of the patients were on oral anticoagulation at baseline: 83% were on a VKA and 15% were on NOAC. The patients from Brazil (n=360) were most often on oral anticoagulation at baseline (91%) and 27% were on NOAC. Of all patients taking VKA in Brazil, 40.3% had INR values between 2 and 3 prior to the baseline visit.

• A stroke registry in the city of Joinville described all 429 cases of stroke that occurred in 2015, and AF was detected in 49 (11.4%) patients. Of the 26 patients with known prior AF, 19 (73%) were not anticoagulated, 20 (77%) had a CHA2DS2-VASc score ≥ 3, and 21 (81%) had a HAS-BLED score < 3. 241

• In a cohort of 1121 ischemic stroke patients, 200 of whom had AF, anticoagulation for AF was inversely associated with all-cause mortality (oral anticoagulant time-dependent effect: multivariable HR, 0.47; 95% CI, 0.30–0.50) and stroke mortality (oral anticoagulant time-dependent effect ≥ 6 months: multivariable OR, 0.09; 95% CI, 0.01–0.65), but not with cardiovascular mortality. 244

• The quality of warfarin therapy has been evaluated using the parameter TTR in different samples in Brazil. The TTR of anticoagulation for AF has ranged from 31% to 67% in the studies. 258 , 260 Anticoagulation Therapy in Patients with Non-valvular Atrial Fibrillation in a Private Setting in Brazil: A Real-World Study 258 , 260 Age >65 years, but not health literacy, was associated with a higher TTR value. 262 In a retrospective analysis of 1220 patients from the private setting, those with low TTR had more severe bleeding and 40% higher health costs in a median 1.5-year follow-up. 258

Rhythm or Rate Control (Medication, Cardioversion, Catheter Ablation)

• A cross-sectional study with 167 AF patients found that rate control was more common than rhythm control as treatment strategy (79% vs. 21%; p < 0.001). Among those in rhythm control, amiodarone (43%), sotalol (16%), and propafenone (14%) were the most prescribed drugs. Beta-blockers were prescribed in 81% of the patients on rate control. 264 Amiodarone was mentioned by 83% of doctors as the choice for the rhythm control strategy. 265

• Data from 125 primary care centers showed that of 301 patients with AF, 91 (30.2%) were receiving neither rate nor rhythm control therapy. Of the remaining 210 patients undergoing treatment, 147 (70%) used rate control agents (beta-blockers, digoxin, diltiazem, or verapamil) and 25 (12%) used at least one antiarrhythmic drug (amiodarone or propafenone). The simultaneous use of antiarrhythmic drugs and beta-blockers was reported by 36 (17%). 234

Future Research

• Ongoing cohort studies have the potential to fill information gaps on incidence, risk factors, risk prediction, and prevention of AF in Brazil. To our knowledge, there is no original published study with information on the AF incidence in Brazil or longitudinal data on risk factors.

• Studies designed to screen AF in population-based or selected populations using ECG or screening devices are ongoing and should bring information on the relevance of including this strategy in primary care or specialized centers.

• The First Brazilian Cardiovascular Registry of Atrial Fibrillation, the RECALL study, finished the inclusion of 4584 patients in 2019 and its results are awaited. It will be the largest Brazilian registry regarding AF patient characteristics and treatment from 73 centers from all Brazilian geographic regions. 266

• Implementation strategies to enhance anticoagulation use among AF patients should be encouraged, particularly in primary care settings.

• Studies using artificial intelligence to diagnose or predict AF may be a tool to improve AF diagnosis and personalize screening strategies.

7. HYPERTENSION

ICD-10 - I10

See Tables 7-1 through 7-6 and Charts 7-1 through 7-7

Table 7-1. – Rates of self-reported hypertension in individuals aged 18 years or more and 95% confidence intervals, by sex, in Brazil, its regions, Federative Units and residence areas (urban or rural), 2019.

Self-reported hypertension rates (%)
Total Sex
Male Female
Rate 95% CI Rate 95% CI Rate 95% CI
Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit
Brazil 23.9 23.5 24.4 21.1 20.4 21.7 26.4 25.8 27.1
Urban 24.0 23.5 24.6 21.4 20.7 22.1 26.3 25.5 27.0
Rural 23.2 22.3 24.1 19.1 18.0 20.2 27.9 26.4 29.4
North 16.8 16.0 17.6 14.0 13.1 15.0 19.4 18.2 20.5
Rondônia 18.8 16.9 20.7 16.1 13.7 18.6 21.4 18.3 24.4
Acre 19.2 17.3 21.0 17.7 15.0 20.4 20.5 17.9 23.1
Amazonas 16.0 14.6 17.3 13.9 12.1 15.7 17.9 16.0 19.8
Roraima 15.7 14.0 17.4 12.7 10.5 14.8 18.6 16.0 21.3
Pará 15.3 14.0 16.7 12.0 10.3 13.6 18.4 16.4 20.5
Amapá 18.2 15.7 20.7 15.3 12.5 18.0 20.9 17.4 24.4
Tocantins 22.5 20.2 24.8 20.3 17.3 23.3 24.6 21.6 27.6
Northeast 23.1 22.5 23.7 19.5 18.6 20.4 26.2 25.4 27.1
Maranhão 19.3 18.0 20.6 16.8 15.1 18.6 21.5 19.8 23.3
Piauí 23.6 21.6 25.6 22.9 19.9 25.9 24.3 21.7 26.8
Ceará 21.3 19.8 22.7 17.1 15.2 19.0 24.9 22.8 26.9
Rio Grande do Norte 21.9 20.3 23.5 18.5 16.6 20.4 24.8 22.5 27.2
Paraíba 25.1 23.1 27.1 22.0 19.1 24.9 27.7 25.3 30.1
Pernambuco 23.4 22.2 24.7 18.4 16.4 20.3 27.5 25.7 29.4
Alagoas 23.9 22.4 25.4 19.1 16.7 21.5 27.9 25.8 30.0
Sergipe 22.5 20.8 24.3 18.6 15.9 21.3 26.0 23.6 28.3
Bahia 25.2 23.6 26.8 21.8 19.4 24.2 28.3 26.0 30.5
Southeast 25.9 25.0 26.8 23.1 21.9 24.3 28.3 27.0 29.5
Minas Gerais 27.7 25.9 29.5 25.5 23.1 27.9 29.7 27.2 32.1
Espírito Santo 25.5 23.9 27.2 23.7 21.7 25.7 27.1 24.5 29.7
Rio de Janeiro 28.1 26.7 29.4 24.8 22.8 26.7 30.7 28.9 32.5
São Paulo 24.2 22.8 25.6 21.3 19.4 23.2 26.8 24.8 28.8
South 24.5 23.5 25.5 22.0 20.8 23.3 26.7 25.3 28.2
Paraná 22.9 21.2 24.7 22.6 20.2 25.0 23.2 20.9 25.6
Santa Catarina 23.6 22.0 25.2 20.5 18.5 22.5 26.6 24.4 28.7
Rio Grande do Sul 26.6 24.8 28.4 22.5 20.4 24.5 30.3 27.6 32.9
West-Central 21.9 20.9 23.0 20.5 18.9 22.1 23.2 21.8 24.6
Mato Grosso do Sul 24.5 22.7 26.4 23.2 20.6 25.7 25.7 23.3 28.1
Mato Grosso 21.6 19.8 23.5 20.4 17.3 23.4 22.8 20.0 25.5
Goiás 23.4 21.4 25.4 22.0 19.1 25.0 24.7 22.2 27.2
Distrito Federal 16.6 14.7 18.4 14.6 12.3 16.9 18.2 15.5 20.9

Source: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Table 7-6. – Age-standardized mortality rates (per 100 000) due to high systolic blood pressure from cardiovascular diseases and percent change of rates, by sex, in Brazil and its Federative Units, 1990 and 2019.

Location Female Male
1990 Rate (95% UI) 2019 Rate (95% UI) Percent Change (95% UI) 1990 Rate (95% UI) 2019 Rate (95% UI) Percent Change (95% UI)
Acre 116.1(92;136.8) 71.2(57.1;84.6) -38.6(-49.2;-25.6) 166.2(135.5;196.1) 109.8(90.3;129.4) -33.9(-44.7;-21.2)
Alagoas 167.8(138.8;198.4) 117.2(95;141) -30.1(-43.9;-13.2) 197.2(163.7;232.3) 143.5(115.7;175.4) -27.2(-42.5;-8.6)
Amapá 95.4(75;118) 59.8(47.9;73.3) -37.3(-49.7;-22.3) 124.2(102.1;147.7) 86.5(71.9;102.9) -30.4(-41.6;-16.8)
Amazonas 124.8(96.6;153.6) 53.2(41.7;66.1) -57.4(-66.4;-44.5) 153.7(126.8;183) 90.4(73.8;107.4) -41.2(-52.1;-29.4)
Bahia 144.4(112.7;173.9) 77.6(59.9;97.5) -46.2(-58.1;-30) 172.6(141.2;205.3) 133.3(105.4;166.6) -22.8(-40.6;0.9)
Brazil 161.6(140.1;182.2) 76.8(64.8;87.4) -52.5(-56;-49) 212.6(187.4;236) 113(98.4;126.1) -46.8(-50.3;-43.3)
Ceará 96.4(72.7;121.8) 74.9(56.2;95.5) -22.3(-41.9;7.6) 121.1(93.5;151.1) 105.1(80.4;135) -13.2(-36.8;19.1)
Distrito Federal 191.7(152.8;233.2) 80.5(63.2;97.7) -58(-67.1;-47.4) 246.2(197.3;298.1) 95.3(74.6;116.3) -61.3(-68.9;-52.5)
Espírito Santo 167.5(135.3;198.4) 83.6(67.4;100.9) -50.1(-59.9;-39) 218.1(189.1;250.9) 129(105.5;152.6) -40.9(-51.2;-30.1)
Goiás 168.1(130.5;211.1) 73.2(56.6;91.3) -56.5(-66.7;-42.1) 214.9(170.3;259.1) 105.1(82;129.8) -51.1(-62.6;-36.4)
Maranhão 81.4(59.6;104) 85.3(65.2;107.9) 4.8(-21;45.1) 233.6(180.1;289.3) 169.5(134.7;213.8) -27.5(-44.8;-2.6)
Mato Grosso 138.1(108.7;167.9) 71.7(56.8;86.7) -48.1(-59.2;-35.2) 158.8(124.8;193.6) 84.3(67.9;102.4) -46.9(-57.3;-33.4)
Mato Grosso do Sul 166.1(132.8;194.5) 80(65.6;96.7) -51.8(-60.4;-40.5) 200.8(169.6;229.9) 110.6(91;131.6) -44.9(-54.4;-33.7)
Minas Gerais 161.1(134.2;189.5) 63.8(50.8;77.3) -60.4(-67.5;-52.6) 210.2(177.7;242.6) 88.3(72.7;104.7) -58(-64.7;-50.3)
Pará 148.2(115.8;183.2) 65.9(51.9;78.9) -55.5(-65.5;-43.1) 169.4(132.3;206.5) 96.3(77.9;116.1) -43.1(-54.6;-27)
Paraíba 122.2(98.6;147.3) 78.9(62.4;98.4) -35.5(-48.9;-17.3) 142.5(114.7;174.1) 112.6(90.9;138.4) -21(-38.4;-0.6)
Paraná 203.1(165.1;237) 82.7(65.9;99) -59.3(-67.3;-50.7) 248.6(214.7;283.2) 118.6(96.7;141.2) -52.3(-59.9;-43.4)
Pernambuco 160.4(130.4;189.8) 90.5(73.1;109.2) -43.6(-54.5;-29.7) 194.3(165.6;222.6) 142.2(115.1;170.4) -26.8(-39.2;-11.1)
Piauí 128.2(101.6;154.5) 76.2(60.1;93.2) -40.6(-52.2;-24.4) 208(170.5;246) 112.9(93.3;134.1) -45.7(-55;-34.3)
Rio de Janeiro 202.8(166.2;236.8) 82.9(67.3;99.5) -59.1(-66.1;-49.7) 264.8(223.9;301.9) 121.3(99.5;143.2) -54.2(-61.3;-44.7)
Rio Grande do Norte 106.4(83.3;130.8) 66.2(50.3;82.6) -37.7(-52.4;-19) 141.8(115.1;172.8) 101.5(79.2;127.3) -28.4(-45.6;-6.9)
Rio Grande do Sul 176.3(149.6;201.7) 74.8(60.4;90) -57.6(-64.4;-49.4) 218.6(189;244.8) 109.8(92.9;130.2) -49.8(-57.1;-41.8)
Rondônia 228.3(183.1;274.5) 84.6(67.3;102.1) -62.9(-70.3;-53.3) 208.2(167.3;250.2) 99.9(79.6;121.2) -52(-62.1;-38.7)
Roraima 149.9(116.9;180.6) 75.2(60.5;90.3) -49.9(-59.2;-36) 228.8(193.7;265.3) 117.3(98.4;135.8) -48.7(-56.2;-39.3)
Santa Catarina 189.7(154.5;224.4) 78.4(62.5;94.6) -58.7(-66;-49.6) 230.8(196.7;264.2) 103.7(85.9;122.8) -55.1(-62.5;-46.9)
São Paulo 186.2(152.7;219.7) 78(62.6;93.7) -58.1(-65.7;-48.7) 262.4(225.1;297.9) 115.2(96;134.4) -56.1(-62.3;-48.6)
Sergipe 152.1(119.4;183) 86.2(68.7;106.3) -43.3(-55.5;-26.5) 180.6(149.3;214.3) 112.2(87.2;137.6) -37.9(-50.7;-20.7)
Tocantins 135.5(105.4;166.9) 72.7(55.6;89.7) -46.3(-58.8;-29.5) 165.3(128.4;203.8) 120.2(94.5;148.6) -27.3(-43.4;-4.1)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 7-1. – Number of deaths (A) and mortality rates (B) attributable to high systolic blood pressure in Brazil, 1990-2019.

Chart 7-1

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 7-7. – Rates of YLLs (A), YLDs (B), and DALYs (C) due to hypertension, in Brazil, 1990-2020.

Chart 7-7

Abbreviations Used in Chapter 7.

CI Confidence Interval
CVD Cardiovascular Disease
DALYs Disability-Adjusted Life Years
DBP Diastolic Blood Pressure
ELSA English Longitudinal Study of Ageing
ELSA-Brasil Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (in Portuguese , Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto )
ERICA Brazilian Study of Cardiovascular Risk in Adolescents (in Portuguese, Estudo dos Riscos Cardiovasculares em Adolescentes )
FU Federative Unit
GBD Global Burden of Disease
HIPERDIA SUS’ Program for Arterial Hypertension and Diabetes
HR Hazard Ratio
HRQOL Health-Related Quality of Life
IBGE Brazilian Institute of Geography and Statistics (in Portuguese, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística )
ICD-10 International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems, 10thRevision
IPAQ International Physical Activity Questionnaire
OR Odds Ratio
PR Prevalence Ratio
SBC Brazilian Society of Cardiology (in Portuguese, Sociedade Brasileira de Cardiologia)
SBP Systolic Blood Pressure
SDI Sociodemographic Index
SUS Brazilian Unified Health System (in Portuguese, Sistema Único de Saúde )
UI Uncertainty Interval
YLD Years Lived with Disability
YLL Years of Life Lost

Table 7-2. – Rates of self-reported hypertension in individuals aged 18 years or more and 95% confidence intervals, according to sociodemographic variables, Brazil, 2019.

Self-reported hypertension rates
Variable Rate 95% CI
Lower limit Upper limit
Age group
18-29 years 2.8 2.4 3.3
30-59 years 20.3 19.6 20.9
60-64 years 46.9 44.9 48.9
65-74 years 56.6 54.9 58.2
75 or more 62.1 60.1 64.1
Education level
None or incomplete elementary 36.6 35.7 37.4
Elementary or incomplete High School 20.4 19.1 21.6
High School or incomplete College 15.4 14.7 16.1
College 18.2 17.1 19.3
Race/skin color
White 24.4 23.6 25.1
Black 25.8 24.4 27.2
Brown 22.9 22.2 23.5
Employment status
Employed 16.9 16.4 17.4
Unemployed 11.9 10.1 13.7
Not in labor force 38.7 37.8 39.6
Monthly income (minimum wage)
None - ¼ 16.4 15.1 17.8
1/4 - 1/2 18.7 17.6 19.8
1/2 - 1 25.8 24.9 26.8
1 - 2 25.7 24.9 26.6
2 - 3 25.3 23.5 27.1
3 – 5 25.2 23.2 27.3
More than 5 25.0 23.0 27.1
Total 23.9 23.5 24.4

Source: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Table 7-3. – Number of deaths, age-standardized mortality rates (per 100 000) due to high systolic blood pressure from all causes, and percent change of rates, Brazil, 1990 and 2019.

Age group 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
15-49 years 19166.8 (16242.9;22027.6) 25 (21.2;28.7) 17477.5 (15011.4;19693.6) 15.1 (13;17.1) -39.5 (-43.9;-34.5)
50-69 years 62163.9 (55971.7;67686.6) 396.3 (356.8;431.5) 82839 (74580.1;90234.2) 205.3 (184.9;223.7) -48.2 (-51.1;-45.1)
70+ years 71875.6 (61751.8;81924.4) 1699.2 (1459.8;1936.7) 139099.3 (116155.4;157920.7) 1062.8 (887.5;1206.6) -37.5 (-42.3;-33)
Age-standardized 197.3 (174.7;218.9) 104.8 (91.2;116.2) -46.9 (-49.6;-44)
All Ages 153206.3 (137435.7;167785.4) 102.9 (92.3;112.7) 239415.9 (209603.5;264681.2) 110.5 (96.7;122.2) 7.3 (0.7;13.6)

– Age-standardized mortality rates (per 100 000) due to high systolic blood pressure from all causes, and percent change of rates, by sex, in Brazil and its Federative Units, 1990 and 2019.

Table 7-4. – Age-standardized mortality rates (per 100 000) due to high systolic blood pressure from all causes, and percent change of rates, by sex, in Brazil and its Federative Units, 1990 and 2019.

Location Female Male
1990 Rate (95% UI) 2019 Rate (95% UI) Percent Change (95% UI) 1990 Rate (95% UI) 2019 Rate (95% UI) Percent Change (95% UI)
Acre 126.7 (101.3;148.1) 83.3 (67.6;98.4) -34.2 (-45;-21.4) 184.6 (152.2;215.6) 131.1 (109.6;153.2) -29 (-39.8;-15.8)
Alagoas 181.3 (150.6;212.5) 130 (105.7;156.2) -28.3 (-42.1;-11.6) 212.2 (177.3;247.4) 159.9 (129.1;193.4) -24.7 (-39.9;-5.6)
Amapá 105 (83.5;128.6) 71.1 (57.5;85.9) -32.2 (-45;-16.7) 138 (114.7;162.8) 102.3 (85.6;120.5) -25.9 (-37.3;-11.7)
Amazonas 134.2 (105.1;164) 63.1 (49.8;77.6) -53 (-63;-39.3) 166.9 (138.9;196.7) 106.1 (86.9;124.8) -36.4 (-48.2;-23.5)
Bahia 154.2 (120.8;185.7) 87.3 (67.7;109.1) -43.4 (-55.8;-26.3) 186 (153;220.6) 152.5 (121.1;189.6) -18 (-36.5;6.2)
Brazil 171.3 (149.6;192.2) 86.3 (73.4;97.2) -49.6 (-53.2;-45.8) 225.9 (199.7;249.4) 126.9 (111.6;140.4) -43.8 (-47.2;-40.1)
Ceará 102.6 (77.9;128.7) 82.5 (62.2;104.9) -19.6 (-39.7;11.6) 128.5 (99.9;159.6) 116.7 (89.8;148.5) -9.2 (-33.8;24.7)
Distrito Federal 202.9 (162.3;245.4) 89.7 (71.3;107.4) -55.8 (-64.8;-44.8) 267.3 (216.5;320.7) 110.3 (87.4;133.3) -58.7 (-66.5;-49.6)
Espírito Santo 176.5 (143;207.5) 93.4 (75.7;112.1) -47.1 (-57.4;-35.6) 230.4 (201;264) 143.1 (117.4;168.7) -37.9 (-48.8;-26.8)
Goiás 179 (140.1;224.8) 83.8 (65.6;104.1) -53.2 (-64;-37.8) 231.5 (184.9;278.1) 119.5 (93.5;147.2) -48.4 (-60.4;-33.1)
Maranhão 88 (65.4;111.3) 94.7 (73;119.2) 7.6 (-19.2;49) 250.9 (195.5;309.1) 188.8 (151.6;236.6) -24.8 (-42.6;0.3)
Mato Grosso 148.2 (117.7;179.1) 82.7 (66.3;99.4) -44.2 (-56.1;-30.5) 170.8 (134.9;207.7) 97 (78.7;117) -43.2 (-54;-28.9)
Mato Grosso do Sul 175.7 (141.9;204.8) 89.5 (73.8;107.9) -49.1 (-57.9;-37.1) 213.9 (181.9;244.1) 123.1 (101.6;145.8) -42.4 (-52.4;-31.3)
Minas Gerais 172.1 (144.1;201.1) 73.2 (58.7;88.1) -57.5 (-65;-49.3) 226.1 (191.8;260.6) 100.2 (83;118.2) -55.7 (-62.7;-47.9)
Pará 158.8 (124.9;195.2) 75.6 (60.2;89.5) -52.4 (-62.9;-38.9) 183.4 (144.7;222.4) 109.8 (89.4;131.2) -40.1 (-51.9;-23.7)
Paraíba 132.6 (107.2;159.1) 88.2 (70.5;109.8) -33.5 (-46.9;-15.2) 153.1 (124.2;184.7) 126.9 (102.5;155.4) -17.1 (-34.9;3.8)
Paraná 213.3 (175;248.8) 92.9 (74.8;110.3) -56.5 (-65;-47.4) 261.2 (227;296.5) 132.3 (108;156.9) -49.3 (-57.4;-40.1)
Pernambuco 170.1 (139.5;200.4) 100.2 (81.5;119.8) -41.1 (-51.9;-27) 206 (176.3;235) 156.7 (127.7;186.6) -23.9 (-36.7;-7.9)
Piauí 135.9 (107.9;163.4) 83.3 (65.7;101.5) -38.7 (-50.4;-22) 220.5 (182.2;259.1) 124.1 (102.9;146.2) -43.7 (-53.1;-32.3)
Rio de Janeiro 212.6 (175.4;247.1) 94.3 (77.2;112.4) -55.6 (-63.1;-45.6) 278.6 (236.7;316.6) 137.6 (114.4;161.6) -50.6 (-58;-40.7)
Rio Grande do Norte 113.2 (88.6;138.2) 74.4 (56.7;92.4) -34.3 (-49.7;-15.2) 151 (123.3;182.8) 114.1 (89.5;143) -24.4 (-42.3;-1.8)
Rio Grande do Sul 185.7 (158.2;211.6) 84 (68.5;100) -54.8 (-61.7;-46.4) 231.4 (201;258.6) 122.6 (104;144.7) -47 (-54.7;-38.7)
Rondônia 245.2 (197.8;292.3) 98.3 (79.4;117.4) -59.9 (-67.7;-50.1) 225.2 (182.5;268.9) 115.6 (92.7;139.2) -48.6 (-59.4;-34.8)
Roraima 165 (130.7;198) 89.4 (72.9;106.3) -45.8 (-55.6;-31.9) 250.1 (213.1;288.5) 136.2 (115.7;156.1) -45.5 (-53.2;-35.9)
Santa Catarina 200.1 (163.1;235.6) 88.1 (71.1;105) -56 (-63.7;-46.3) 243.6 (209.6;278.2) 115.6 (96.3;136) -52.6 (-60.2;-44.3)
São Paulo 196.5 (162.4;231.3) 87.1 (70.3;104) -55.7 (-63.4;-46) 277.6 (238.9;313.9) 128.2 (107.7;148.6) -53.8 (-60.5;-46.1)
Sergipe 163.7 (129.8;196.1) 96.4 (77.8;118) -41.1 (-53.6;-23.7) 197.3 (163.7;231.9) 128.4 (101.1;157.4) -34.9 (-48.2;-17.2)
Tocantins 145.9 (113.6;178.7) 82.2 (64;100.5) -43.7 (-56.5;-26.6) 180.1 (141.7;220.5) 137.9 (109.1;169.5) -23.5 (-40.2;0.1)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 7-5. – Number of deaths, age-standardized mortality rates (per 100 000) due to high systolic blood pressure from cardiovascular diseases, and percent change of rates, by age group. Brazil, 1990 and 2019.

Age group 1990 2019 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
15-49 years 18030.1 (15194.2;20699.9) 23.5 (19.8;27) 16125.8 (13748;18241.4) 14 (11.9;15.8) -40.6 (-45.2;-35.6)
50-69 years 58938.4 (52867.6;64283.7) 375.7 (337;409.8) 74600.9 (66631.3;81646.5) 184.9 (165.2;202.4) -50.8 (-53.6;-47.9)
70+ years 67682.3 (57758.8;77603.7) 1600 (1365.4;1834.6) 122839.6 (101314.4;141062.5) 938.5 (774.1;1077.8) -41.3 (-45.9;-37.3)
Age-standardized 144650.8 (129424.1;159074) 186.1 (163.8;206.7) 213566.3 (185076;237650.4) 93.4 (80.2;104.2) -49.8 (-52.5;-47.1)
All Ages 144650.8 (129424.1;159074) 97.2 (87;106.9) 213566.3 (185076;237650.4) 98.6 (85.4;109.7) 1.4 (-5.1;7.3)

Chart 7-2. – Proportional mortality due to high systolic blood pressure according to age groups, by sex, in Brazil, 2019.

Chart 7-2

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 7-3. – Age-standardized mortality rates of diseases attributable to high systolic blood pressure, stratified by all causes, in Brazil, 1990 and 2019.

Chart 7-3

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 7-4. – Age-standardized mortality rates of diseases attributable to elevated systolic blood pressure, stratified by cardiovascular diseases, in Brazil, 1990 and 2019.

Chart 7-4

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 7-5. – Correlation between the 2019 sociodemographic index (SDI) and the percent change of mortality rates from cardiovascular disease attributable to high systolic blood pressure from 1990 to 2019, in Brazil.

Chart 7-5

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 7-6. – Absolute number of YLLs (A), YLDs (B), and DALYs (C) due to hypertension, in Brazil, 1990-2020.

Chart 7-6

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Overview

• For standardization purposes, in this document arterial hypertension was characterized as sustained blood pressure levels equal to or greater than 140 mm Hg for SBP and/or equal to or greater than 90 mm Hg for DBP. 267 The percentage prevalence values will be presented, followed by 95% CIs or 95% UIs, as available in the cited studies.

• In population studies, hypertension can be either measured or self-reported. The former derives from direct blood pressure measurement using standardized techniques and is described in each document, while self-reported hypertension is characterized by a positive answer to a question about the presence of that medical diagnosis or by a positive answer regarding the use of antihypertensive medications, 268 depending, therefore, on the patient’s access to the diagnosis and understanding of this information.

• When the GBD Study is the data source, the risk is attributable to high SBP, as described in a previous publication. 269

Prevalence and Incidence

Incidence

• In a 2021 study by Lopes et al. analyzing 8154 participants from the ELSA-Brasil study, the incidence of hypertension per 1000 person-years was 43.2, 51.6 in men and 37.3 in women. Still, the incidence per 1000 person-years was higher in the ‘70-74 years’ age group (88.8), in black (55.9), obese (79.7), or diabetic (91.4) individuals, and in those with lower socioeconomic status (58.9). 270

Prevalence

• Data on the prevalence of hypertension may differ between studies, depending on the type of research and the study population, especially in a country with continental dimensions and substantial miscegenation like Brazil.

Measured Hypertension

• According to Malta et al ., in an analysis of the 2013 National Health Survey data, the prevalence of measured hypertension in individuals older than 18 years was 22.8% (95% CI, 22.1 - 23.4%) in a sample of 59 402 individuals. 271 In individuals older than 75 years, the estimated prevalence was 47.1% (95% CI, 44.1 - 50.2%), and, in an analysis stratified by sex, in the age groups between 18 years and 74 years, the prevalence was higher in men, with women showing a slight predominance only in the age group ‘above 75 years’ (47.8%, 95% CI, 43.9 -51.7 versus 46.2%, 95% CI, 41.3 - 51.3%), revealing a possible survival bias. The analysis by region showed that the Southeastern (25%, 95% CI, 23.8 - 26.1%) and Southern (25%, 95% CI, 23.5 - 26.5%) regions had the highest prevalence in both sexes. 271

• In the ELSA study, Chor et al . observed a hypertension prevalence of 40.1% in men and 32.2% in women, with a progressive increase with age, reaching 63.7% in individuals aged 65 years to 74 years. 6 In addition, there was a lower prevalence in individuals with postgraduation (28.4%), when compared with those without a complete secondary education (44%), and in those with a per capita family income above USD $1000.00 (30.7%), when compared with those with an income below USD $500.00 (40.9%). The evaluation by race showed a higher prevalence among blacks (49.3%) as compared to other race/color categories. 272

• In a cross-sectional study carried out in a population from the semiarid region of the state of Pernambuco, Santiago et al. observed that the prevalence of measured hypertension was similar among individuals who were white (28.9%, 95% CI, 19.8 - 39.4%) versus those who were brown or black (27%, 95% CI, 22.3 - 32.2%). 7 When the education level was considered in the analysis, the prevalence was 44.6% (95% CI, 36.4 - 53%) in those who had never attended school, almost twice as high as in those who had completed elementary or secondary/higher education. The assessment by employment status showed a higher prevalence in individuals without any work activity (30.3%, 95% CI, 24.4 - 36.7%) when compared with those who worked (23.9%, 95% CI, 18.0 - 30.7%). Still, the prevalence was higher in individuals belonging to the upper and middle classes (20.5%, 95% CI, 15.3 - 26.4%) compared with those belonging to the lower class (35.2%, 95% CI, 28.5 - 42.3%). 273

• Barbosa et al . estimated the prevalence of hypertension and its associated factors in the less developed regions of Brazil in a cross-sectional study carried out with 835 individuals >18 years of age, who completed a structured household questionnaire. 274 Measurements of blood pressure, weight, height, and waist circumference were taken, and other risk factors for CVD were assessed. Age varied from 18 to 94 years (mean age, 39.4 years), 293 (35.1%) individuals were normotensive and 313 (37.5%) were prehypertensive. The hypertension prevalence was 27.4% (95% CI, 24.4% - 30.6%) and higher among men (32.1%) than among women (24.2%). In the adjusted analysis, the following variables remained independently associated with hypertension: male sex (PR 1.52, 95% CI, 1.25 - 1.84); age ≥ 30 years (PR 6.65, 95% CI, 4.40 - 10.05 for ≥60 years of age); overweight (PR 2.09, 95% CI, 1.64 - 2.68); obesity (PR 2.68, 95% CI, 2.03 - 3.53); and diabetes (PR 1.56, 95% CI, 1.24 - 1.97). 274

Self-reported Hypertension

• Self-report is the most frequently used criterion to assess the prevalence of hypertension in Brazil. Picon et al ., in a meta-analysis involving 120 018 individuals, demonstrated that, despite different criteria for hypertension diagnosis in the 1980s and 1990s, the prevalence of hypertension reduced from 36.1% (95% CI, 28.7 - 44.2%) to 28.7% (95% CI, 26.2 - 31.4%) over 30 years. 274 However, in the early 2000s, the prevalence estimate on telephone inquiries was still 20.6% (95% CI, 19.0 - 22.4%). 275

• An analysis of data from the 2013 National Health Survey showed a prevalence of hypertension in men of 18.3% (95% CI, 17.5 - 19.1%), according to the self-reported criterion, of 25.8% (95% CI, 24.8 - 26.7%), when measured by an instrument, and of 33% (95% CI, 32.1 - 34.0%), when measured by an instrument and/or use of antihypertensive medication reported. In women, the observed percentages were higher according to the self-reported criterion [24.2% (95% CI, 23.4 - 24.9%)] and lower according to all other diagnostic criteria: 20% (95% CI, 19.3 - 20.8%), when measured by an instrument, and 31.7% (95% CI, 30.9 - 32.5%), when measured by an instrument and/or use of antihypertensive medication reported. 268 These differences can be explained by the fact that women seek health services more frequently and are more likely to be diagnosed with hypertension. The Southeastern and Southern regions and the urban areas of the country had the highest prevalence when the geographic regions and the area of residence were analyzed, respectively. 268

• In the VIGITEL study, 276 based on telephone interviews carried out in 26 capitals and in the Distrito Federal in 2019, the prevalence of hypertension was 24.5%, specifically 27.3% in women and 21.2% in men. The highest prevalence was observed in the Distrito Federal (29.6%) and the cities of Porto Alegre (27.2%) and Recife (26%) for men, and in the cities of Rio de Janeiro (32.8%), Recife (30.2%), and Salvador (30%) for women. 276 In addition, that study assessed the relation to level of education and found that, in individuals with up to 8 years of schooling, hypertension prevalence was approximately three times higher than that of individuals with at least 12 years of schooling, for both sexes. 276

• Using estimates from the GBD Study 2017, Nascimento et al . reported an increased prevalence in age-standardized high SBP from 16.9% (95% UI, 16.5 - 17.3%) in 1990 to 18.9% (95% UI, 18.5 - 19.3%) in 2017, which was higher among men throughout the study period. Furthermore, the growth rate in the country was +0.4% per year among adults older than 25 years. 11 When analyzed by sex, the highest prevalence in 2017 was observed in the state of Santa Catarina (28.8%, 95% UI, 26.6-31%) in the male sex and in the state of Sergipe (19.8%, 95% UI, 17.7-21.9%) in the female sex. 277

• Table 7-1 shows the prevalence of self-reported hypertension in Brazil according to sex in adults aged 18 years or more in 2019, as reported by the IBGE. The prevalence of hypertension was 23.9% in the country and higher in the female as compared to the male sex (26.4% versus 21.1%, respectively). There was a higher prevalence in urban areas as compared to rural ones (24.0% versus 23.2%, respectively), and in the Southeastern region for both sexes (23.1% for men and 28.3% for women).

• Table 7-2 shows the prevalence of self-reported hypertension according to sociodemographic variables, as reported by the IBGE. Of note, the highest prevalence rates were observed in individuals older than 75 years (62.1%), in those who had no education or few schooling years (36.6%), and in black (25.8%) and unemployed (38.7%) individuals. In contrast, when the income criterion was used, those with lower income had a lower prevalence of hypertension (18.7%), probably reflecting the lack of access to the health care system.

Mortality

Total Mortality Attributable to Hypertension

• Oliveira et al . compared the all-cause mortality attributable to hypertension in two population groups, a Brazilian and an English. The data used were obtained from the ELSA cohort, with 3205 individuals, and from the Bambuí cohort, with 1382 participants, all of them older than 60 years. Of note, the sociodemographic characteristics were different between the two cohorts, and the levels of education and family income were higher in the English cohort, while the rates of smoking and diabetes were higher in the Brazilian cohort. Regarding relative risks, in the English cohort, there was no difference when hypertension was assessed alone, while in the Brazilian cohort, hypertension conferred a relative risk of 1.43 (95% CI, 1.06 - 1.94, p=0.028) for mortality in 6 years. Furthermore, deaths attributable to hypertension in the Brazilian cohort were 25.3% (95% CI, 8.2 - 39.3%), far surpassing the English cohort, in which the result was borderline and without adequate statistical precision. 278

• Table 7-3 shows the number of deaths and the age-standardized mortality rates attributable to high SBP from all causes according to the GBD Study 2019 data. Note that in older age groups, the number of deaths and the mortality rate are higher, as expected for this disease. However, the mortality rate attributable to high SBP in 2019 was 104.8 per 100 000 inhabitants; there was a 46.9% reduction over the study period, which may represent a lower incidence and greater therapeutic control of hypertension, as well as an improvement in the socioeconomic conditions observed in the period. 37 , 279

• Table 7-4, depicting the age-standardized mortality rates attributable to high SBP from all causes according to sex and Brazilian FUs, shows an almost 50% decrease in mortality rates between 1990 and 2019 for both sexes, and the reduction was higher in women as compared to men (49.6% versus 43.8%, respectively). However, for women, except for the state of Rondônia — which had the greatest percentage reduction in mortality rate attributed to high SBP — the greatest reductions were found in the FUs of the Southeastern and Southern regions, and in the Distrito Federal. The state of Maranhão was the only FU that showed an increase in the rates during the study period. Among men, all FUs showed a reduction in mortality attributed to high SBP, with the largest percentage decreases recorded in the FUs of the Southern and Southeastern regions, as observed for women (Table 7-4) .

• Chart 7-1 shows the number of deaths (A) and mortality rates (B) attributable to high SBP between 1990 and 2019. With increasing life expectancy, the consequent aging of the population, and the data observed in the previous tables, the number of deaths related to high SBP was also expected to increase, as shown in Chart 7-1A. However, when the effect of age was mitigated by age-standardization of the rates, a decrease in mortality rate was observed over time (1B).

• The proportional mortality by age groups in 2019 is shown in Chart 7-2. Of note, there is a greater proportion of deaths in the groups between 55 years and 74 years for women; however, for men, the greatest proportion is observed in the age groups 10 years younger (45 years to 64 years). Importantly, the age groups ‘above 75 years’ for women and ‘above 65 years’ for men may have other concurrent diseases; therefore, the proportion of deaths from high SBP tends to decrease due to competitive causes, which may, at least in part, explain the data described above.

• Chart 7-3 presents the age-standardized mortality rates of diseases attributable to high SBP, stratified for all causes, between 1990 and 2019. As shown, most deaths are related to major CVDs, i.e., ischemic heart disease, cerebrovascular disease, and hypertensive diseases, all three of which decreased between 1990 and 2019. Notably, hypertensive diseases showed the smallest reduction when compared with the other two diseases. This may be related to the rules for the selection of the underlying cause of death in death certificates, in which, because of the use of specific algorithms, hypertensive disease is rarely selected as the underlying cause of death. 280

Cardiovascular Mortality Attributable to Hypertension

• Regarding cardiovascular mortality attributable to high SBP, Table 7-5 shows the number of deaths, mortality rates, and the percent change of rates between 1990 and 2019 according to GBD estimates. There was a decrease by almost 50% in the period, from 186.1 per 100 000 inhabitants in 1990 to 93.4 per 100 000 inhabitants in 2019 (Table 7-5), and, similarly to all-cause mortality, the highest rates were observed in the older age groups.

• Table 7-6 presents the mortality from CVDs attributed to high SBP by FU and sex, indicating a trend similar to that shown in Tables 7-3 and 7-4, both of which show mortality from all causes and include evaluation by age group and FU. Thus, there was a reduction in the cardiovascular mortality attributable to hypertension by 52.5% among women and by 46.8% among men between 1990 and 2019 in Brazil. For females, the FUs with the greatest reductions were the states of Rondônia, Minas Gerais, Paraná, and Rio de Janeiro, and the Distrito Federal, with 62.9%, 60.4%, 59.3%, 59.1%, and 58%, respectively (Table 7-6), while, for males, the greatest reductions were observed in the Distrito Federal, and the states of Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, and Rio de Janeiro, with 61.3%, 58%, 56.1%, 55.1%, and 54.2%, respectively.

• Chart 7-4 shows the age-standardized mortality rates of diseases attributable to elevated SBP, stratified by CVDs, between 1990 and 2019. The mortality rates from chronic kidney disease remained stable, while those from ischemic heart diseases, stroke, hypertensive diseases, and cardiomyopathies and myocarditis decreased over that period.

• Finally, Chart 7-5 shows the relationship between the 2019 SDI and the percent change in deaths from CVD attributable to high SBP from 1990 to 2019, in Brazil, by FU. Chart 7-5 shows that the greatest reductions in age-standardized mortality rate occurred in those FUs with the highest SDI values in an almost linear relationship, with a correlation coefficient of 0.78 and p-value=0.

Burden of Disease

• Chart 7-6 shows the absolute number of YLLs (A), YLDs (B), and DALYs (C) related to hypertension between 1990 and 2020. It is worth noting the trend towards an increase in YLLs (A) and mainly in YLDs (B), with a consequent impact on the DALYs curve (A). These observations can be justified, at least partially, by population growth and aging.

• In contrast, the age-standardized rates in Chart 7-7 show a reduction in YLLs (A) and in YLDs (B) with a consequent impact on DALYs (C). These curves reflect the attenuation of the population aging effect on the disease burden, with a smaller influence on YLDs, which may be partially explained by the inequality of access to the healthcare system, hindering the treatment of more severe diseases, with a consequent impact on YLDs.

Impact on Cardiovascular Health

•Fuchs et al. investigated the association between clustering of risk factors and self-reported CVD among 1007 women living in the city of Porto Alegre, Southern Brazil. 281 The prevalence of hypertension, diabetes, physical activity, and the diet pattern were evaluated regarding their association, in a clustered fashion, with CVD, which was defined as the self-report of history of myocardial infarction, heart failure, stroke or coronary artery bypass surgery. The investigators found hypertension and diabetes as the main cluster associated with CVD, accounting for an independent risk ratio of 8.5 (95% CI, 3.0 - 24.5).

• Carvalho et al. , evaluating, in a sample of 333 individuals with treated hypertension or without hypertension, the association between hypertension and quality of life measured by the SF-36, showed that hypertensive patients had lower quality of life than their normotensive counterparts. 282 They found that normotensive individuals have higher HRQOL questionnaire scores as compared to hypertensive patients in all domains except for the ‘Emotional Aspect’. With respect to ‘Grouped Physical Component’, male hypertensive patients scored 298.4±72.6 as compared to 333.1±52.1 of normotensive males (P<0.01), and female hypertensive patients scored 243.8±84.0 as compared to 318.7±58.5 of normotensive females (P<0.01). Among males, the difference was significant for the ‘Functional Capacity’, ‘Social Aspect’, and ‘Mental Health’ domains of the SF-36, and, among females, the difference was observed for the ‘Emotional Aspect’ domain.

• To investigate the association of hypertension, prehypertension, age, duration of diagnosis, and blood pressure, Menezes et al . used the ELSA-Brasil data, which included 7063 patients, with a mean age of 58.9 years at baseline (2008-2010). The authors verified that hypertension was associated with the greatest decline in memory, fluency, and global cognitive score. Prehypertension was also an independent predictor of greater decline in the verbal fluency test and global cognitive score. Moreover, among treated individuals, blood pressure control at baseline was inversely associated with the decline in both global cognitive and memory test scores. 283

The association of CVD (coronary artery disease, myocardial infarction, and stroke) with diabetes, hypertension, and diabetes plus hypertension was investigated by Santos et al. in 2691 patients enrolled in the HIPERDIA program in the city of Fortaleza. 284 The authors confirmed a significant association of hypertension with stroke, coronary artery disease, and myocardial infarction (P<0.001).

Costs and Healthcare Utilization

• Estimating the costs of hypertension, diabetes, and obesity in SUS patients in 2018, Nilson et al. noticed that the total cost of hypertension, diabetes, and obesity paid by the SUS reached R$ 3.45 billion (95% CI, 3.15 - 3.75), more than US$890 million. Of that total amount, 59% was spent with hypertension, 30% with diabetes, and 11% with obesity. When obesity was considered separately a risk factor for hypertension and diabetes, the cost attributable to this disease reached R$ 1.42 billion (95% CI, 0.98 - 1.87), corresponding to 41% of the total cost. 285

• Marinho et al. , investigating healthcare costs of patients with diabetes and hypertension, compared the direct costs of outpatient procedures with the amount reimbursed by the SUS. Their study’s main conclusion was that direct costs of the operation was higher than what SUS had been reimbursing, characterizing a public healthcare underfunding in real life that may compromise the quality of the control of cardiovascular risk factors. Of the costs, that with medications was the highest, followed by outsourced services and human resources. 286

• Queiroz et al . investigated the association between the number of cardiovascular risk factors or CVD and hospitalizations among 514 users of the SUS in the city of Presidente Prudente, São Paulo state. They concluded that hypertension, arrythmias, lower levels of physical activity, and myocardial infarction were associated with the number of days of hospitalization. In addition, they reported that the number of cardiovascular risk factors or CVD per patient was associated with the number of days of hospitalization. Nevertheless, rates of hospitalization in the last 12 months were independently higher only for those with arrythmias (OR 3.04, 95% CI, 1.74 - 5.31) and history of myocardial infarction (OR 3.07, 95% CI, 1.34 - 7.01). 287

Hypertension Awareness, Treatment, and Control

• Using data from the 2013 National Health Survey, Macinko et al . estimated that about 36% of the Brazilian population (51.4 million) had a previous diagnosis and/or measured blood pressure of 140/90 mm Hg or more. Of these, 89% had contacted the health system in the previous 2 years, but only 65% were aware of their condition. From those aware of their hypertensive condition, 62% regularly sought care, 92% of whom had been prescribed medications. Of those who reported receiving medications, only 56% reported that ongoing care for their condition was free of barriers and included advice about managing important risk factors and behavior. Of the entire hypertensive population, about 33% had their blood pressure under control. 288

• To estimate prevalence, awareness, types of anti-hypertensive treatment, and the association of hypertension control with social status, data from the ELSA-Brasil baseline (2008-2010) were collected in 15 103 individuals. 273 Blood pressure was measured by the oscillometric method, and 35.8% of those individuals were classified as hypertensive, and 76.8% of them were on anti-hypertensive medication. Women were more aware than men (84.8% versus 75.8%) and more often on medication (83.1% versus 70.7%). Use of at least one anti-hypertensive drug was reported by 76.8% (n = 4147) of the participants classified as having hypertension and was also more frequent among women in all age groups. Of the users of anti-hypertensives, 69.4% showed controlled blood pressure levels (65.5% of the men and 72.9% of the women). Considering all the hypertensive individuals, about 53% showed appropriate blood pressure levels. Among those on drug treatment, controlled blood pressure was more likely in the higher educated group than among participants with less than secondary school education (PR 1.21; 95% CI, 1.14 - 1.28), and among Asian (PR 1.21; 95% CI, 1.12 - 1.32) and Whites (PR 1.19; 95% CI, 1.12 -1.26) as compared to Blacks.

• In a cross-sectional population-based study, carried out through a household survey and randomized cluster sampling, from the Health Status of the Elderly Population of the Municipality of Goiânia, state of Goiás, investigating 912 non-institutionalized elderly (≥ 60 years) living in urban areas, Sousa et al . reported a 74.9% prevalence of hypertension, higher (78.6%) among men (OR 1.4, 95% CI, 1.04 - 1.92). The treatment rate was 72.6%, with higher rates observed among smokers (OR 2.06, 95% CI, 1.28 - 3.33). The rate of hypertension control was 50.8%, higher among women (OR 1.57, 95% CI, 1.19 - 2.08). 289

• In a cross-sectional study investigating 502 users of the Family Health Strategy to control hypertension, Rocha et al . compared three different instruments to measure patient’s adherence to hypertension treatment (the Morisky and Green test, the Qualiaids team’s Medication Adherence Questionnaire, and the Haynes’ Questionnaire). The authors reported the following non-adherence prevalence rates: 29.28%, measured by the Morisky and Green test; 60.16%, by the Qualiaids Questionnaire; and 13.15%, by the Haynes questionnaire. This indicates room for improvement even in a structured program such as the Family Health Strategy. Despite the great variability in the adherence rates depending on the instrument used to measure it, the authors noticed a significant association of adherence to treatment and blood pressure control. 290

• To assess the evolution of hypertension prevalence, awareness, and control for over 10 years in the state of Pernambuco, two cross-sectional studies were conducted based on random samples of urban and rural households in 2006 and 2015/2016, involving adults aged 20 years or older. Approximately one third of the adult population of Pernambuco had hypertension in 2006 and this prevalence was maintained in 2015/2016. In rural areas, awareness concerning hypertension rose from 44.8% in 2006 to 67.3% in 2015/2016, and control, from 5.3% to 27.1%, so that awareness and control were similar in urban and rural areas in 2015/2016. A logistic regression analysis was conducted to estimate the influence of the social, behavioral, and anthropometric determinants on hypertension. Although social and behavioral factors improved in the 10-year period, overweight and abdominal obesity increased. After an adjustment for potential confounding factors, the likelihood of having hypertension more than doubled among men (OR 2.03; p < 0.001), young adults (OR 4.41; p < 0.001), the elderly (OR 14.44; p < 0.001), and those with abdominal obesity (OR 2.04; p < 0.001) in urban areas, as well as among young adults (OR 2.56; p < 0.001), and less educated (OR 2.21; p = 0.006) and overweight individuals (OR 2.23; p < 0.001) in rural areas. 291

• In a prospective study, Krieger et al . investigated the prevalence of resistant hypertension in a cohort of 1597 patients with stage 2 hypertension submitted to a step drug protocol. From 1597 patients recruited, 187 (11.7%) fulfilled the resistant hypertension criteria, defined as the lack of hypertension control evaluated by office blood pressure ≥140/90 mm Hg and mean 24-hour ambulatory blood pressure monitoring ≥ 130/80 mm Hg despite treatment with three drugs (enalapril or losartan, amlodipine and chlorthalidone) for 12 weeks. In addition, investigating the clinical predictors of hypertension, they noticed that history of stroke, diabetes mellitus, and office blood pressure ≥ 180/110 mm Hg at study entry were independently associated with resistant hypertension. 292

• In the HealthRise, a program of community-based interventions for the detection and management of hypertension and diabetes in underserved communities implemented in 2017-2018, more patients met treatment targets for hypertension [45.9% (43.0%–48.9%)] at endline than at baseline [35.4% (32.6%–38.6%), p<0.001], in the city of Vitória da Conquista, Bahia state. In the other city included in the project, Teófilo Otoni, Minas Gerais state, more patients met hypertension treatment targets at endline [52.2% (49.3–55%)] as compared to baseline [48.3% (45.5–51.2%); p<0.05], suggesting that these community-based interventions have the potential to improve hypertension control. 293

Risk Factors and Prevention

• Treff CA Jr, in his dissertation, investigated the relationship between hypertension and physical activity levels according to the ‘leisure’ and ‘transportation’ domains of the IPAQ questionnaire. By using the databank of the ELSA-Brasil study, that author observed that leisure-time physically active individuals had lower SBP (p=0.007) and DBP (p=0.001) levels. On the other hand, no relationship was identified between hypertension and the levels of physical activity performed as a form of transportation. 294

• Investigating the potential role of diet leading to blood pressure elevation and expression of other cardiovascular risk factors, Pavan et al . studied 1110 subjects aged 22–89 years divided into three matched groups by sex and age (370 from Tanzania and Uganda, 370 from the Amazonian region of Brazil, and 370 from northern Italy; 111 men and 259 women in each group). The SBP of Africans eating a low-salt ‘fish and vegetable’ diet was lower than that of Brazilians, whose diet was based on cereals and meat, and that of highly urbanized Italians (144.1±21.9, 155.4±26.8, and 159.7±22.9 mm Hg, respectively, < 0.0001). The same occurred for DBP (83.2±11.8, 94.5±15.5, 94.7±11.6 mm Hg, respectively, < 0.0001). The SBP was correlated to the body mass index of all three populations, but with age only for the Brazilians and Italians. Total cholesterol level and body mass index, both of which are low among Africans, increased progressively with increasing economic level. Transition from a rural to an urbanized lifestyle seems to be accompanied by a rise in rates of cardiovascular risk factors; in addition, environmental, rather than racial factors, have a crucial impact on the risk pattern of populations. 295

• In a descriptive, observational, cross-sectional population-based study, Jardim et al . evaluated 1739 individuals and observed that hypertension was prevalent in 36.4% of the total population, and higher among males (41.8%) than females (31.8%). Hypertension was positively correlated to age ≥60 years versus age of 18-29 years (OR 8.92, 5.94 – 14.11; P<0.000), male gender (OR 1.86, 1.47–2.35; P<0.000), and body mass index (OR 1.44, 1.13 – 1.83; P=0.004). Prevalences of overweight and obesity were 30.0% and 13.6%, respectively. Overweight was higher among females and obesity among males. The prevalence of smoking was 20.1%, higher among males (27.1%) as compared to females (16.4%). A sedentary lifestyle was observed in 62.3% of the population, with no difference between genders. Regular alcohol consumption was reported by 44.4% of the individuals, being more frequent among males. 296

• Using data from the VIGITEL survey, Moreira et al . tried to identify and measure the relationships of sociodemographic and behavioral characteristics, food consumption characteristics, and health indicators related to hypertension and diabetes. The independent variables analysed in the study were selected based on their importance for determining the total burden of disease, as estimated by the World Health Organization for the Americas region. 297 The adjusted analysis relating to the women’s data showed that age ≥ 65 years (PR 1.3; 1.0-1.7), excessive body weight (PR 1.7; 1.3-2.2), self-rated poor health (PR 1.3; 1.0-1.8), and a previous medical diagnosis of dyslipidemia (PR 1.5; 1.2-1.8) remained independently associated with higher prevalence of hypertension. Consuming whole-fat milk remained associated with lower prevalence of hypertension in women (PR 0.7; 0.6-0.9). In the adjusted analysis for men, overweight (PR 1.7; 1.1-2.5) and self-rated poor health were independently associated with hypertension (PR 1.9; 1.4-2.5).

• Investigating whether blood pressure response to salt intake would be sex-specific, Mill et al . studied the changes in blood pressure according to different salt intake by men and women in 12 813 individuals with a validated 12-hour overnight urine collection in which salt intake was estimated. A set of questionnaires, clinical examination, and laboratory tests were carried out during a single visit. Salt intake was 12.9 ± 5.9 g/d among men and 9.3 ± 4.3 g/d among women. As expected, the authors concluded that blood pressure increased as salt intake increased, regardless of using blood pressure-lowering medication. Nevertheless, the slope of increase in blood pressure elicited by salt intake was significantly higher in women than in men. They concluded that salt intake was elevated in this large sample of Brazilian adults and only a few participants were compliant with the guidelines’ recommendations. Moreover, the higher responsiveness to salt intake observed in women as compared to men, even after controlling for confounders, indicates higher salt sensitivity and may have pathophysiological implications. 298

Children and Adolescents

• Hypertension, obesity, poor diet, and physical inactivity in childhood and adolescence are an emerging epidemiological concern. Moreover, early identification and intervention may prevent premature CVD in adult life.

• To estimate the prevalence of hypertension and obesity and the role of obesity in hypertension in Brazilian adolescents, data from participants in the ERICA Study were evaluated by Bloch et al . Prevalence and 95% CI of arterial hypertension and obesity, both on a national basis and in the Brazilian regions, were estimated by sex and age groups, as was the proportion of hypertension due to obesity in the population. The study assessed 73 399 students, 55.4% female, mean age of 14.7 ± 1.6 years. The prevalence of hypertension was 9.6% (95% CI, 9.0 - 10.3), the lowest being in the Northern (8.4%; 95% CI, 7.7 - 9.2) and Northeastern (8.4%; 95% CI, 7.6 - 9.2) regions, and the highest in the Southern region (12.5%; 95% CI, 11.0 - 14.2). The mean prevalence of obesity was 8.4% (95% CI, 7.9 - 8.9), which was lower in the Northern region and higher in the Southern region. The prevalences of hypertension and obesity were higher among males. Obese adolescents presented a higher prevalence of hypertension, 28.4% (95% CI, 25.5 - 31.2), than overweight adolescents, 15.4% (95% CI, 17.0 - 13.8), or eutrophic adolescents, 6.3% (95% CI, 5.6 - 7.0), as commonly noticed. The proportion of hypertension due to obesity was estimated at 17.8%. The authors concluded that the control of obesity could lower the prevalence of hypertension among Brazilian adolescents by approximately 20%. 299

• Christofaro et al . analysed the relationship between hypertension of adolescents and their parents’ sociodemographic characteristics and lifestyle. For this task, 1231 adolescents, 1202 mothers, and 871 fathers were investigated. The prevalence of hypertension was higher among adolescents with older parents, with both parents reporting hypertension, and with overweight mothers. In multivariate analysis, adolescents with older mothers (OR 2.36; 95% CI, 1.12 - 4.98), hypertensive mothers (OR 2.22; 95% CI, 1.26 - 3.89), and hypertensive fathers (OR 1.70; 95% CI, 1.03 - 2.81) were more likely to have hypertension. In the analysis that considered clusters of health risk factors, higher risks of hypertension were observed in adolescents whose mothers had four or more aggregated risk factors (OR 2.53; 95% CI, 1.11 - 5.74). 300

• To estimate the presence of cardiovascular risk (obesity and hypertension) in schoolchildren and its potential interactions with cardiorespiratory fitness, Burgos et al . performed a cross-sectional study conducted in 1666 schoolchildren, aged 7-17 years, 873 (52.4%) of them males. The following variables were evaluated: SBP, DBP, body mass index, body fat percentage, and cardiorespiratory fitness. Systolic blood pressure and DBP were correlated with waist circumference, waist-hip ratio, sum of skin folds, and cardiorespiratory fitness. The authors reported that 26.7% of them were overweight or obese, and 35.9% had body fat percentage over moderately high. They also found that 13.9% and 12.1% of the students were borderline or hypertensive, for SBP and DBP, respectively. There was a significant correlation of SBP and DBP with all variables, and a weak to moderate correlation with age, weight, height, body mass index, and waist circumference. These data indicate a cluster of hypertension, obesity, and lack of cardiorespiratory fitness in early life and must elicit the development of effective prevention programs to reduce CVD in adulthood. 301

• Schommer et al . investigated the association between anthropometric variables and blood pressure levels in schoolchildren from 5th to 8th grade to identify which parameter more strongly correlated with blood pressure levels. Using a cross-sectional study with probabilistic population-based cluster sampling of schoolchildren, they enrolled schoolchildren from 5th to 8th grade in public elementary schools of the city of Porto Alegre. The participants’ mean age was 12.6 ± 1.6 years, and 55.2% of them were females. Abnormal blood pressure levels were found in 11.3% of the sample and borderline values, in 16.2%. Of the anthropometric variables analyzed, hip circumference showed the strongest correlation with increased blood pressure (r = 0.462, p < 0.001), followed by waist circumference (r = 0.404, p < 0.001) and abdominal skinfold (r = 0.291, p < 0.001). 302

Future Research

• Because of its prevalence and impact, hypertension is the leading cardiovascular risk factor for disability and death around the globe and in Brazil. Despite this current knowledge, more representative and comprehensive data is lacking to better quantify the current incidence, the trends of hypertension, the life course trajectories and their determinants, and the morbidity and mortality related to hypertension, stratified by regions, sex, age, and socioeconomic status in Brazil.

• Planning to decrease cardiovascular burden in Brazil, there is a huge gap regarding a deeper and more integrated knowledge about how to improve hypertension prevention, awareness, treatment, and control, as well as its relationship with other cardiovascular unfavorable behaviors and risk factors, such as proposed by the American Heart Association with the seven metrics to measure cardiovascular health at the population level. 303 The current understanding points out to the global cardiovascular risk, at the population level, as the main determinant of cardiovascular morbidity and mortality nationwide. Therefore, better data on outcomes and health service research to measure population end-results and healthcare system performance, and on implementation science investigating strategies of how to improve these outcomes are urgently needed in Brazil. 304

• Moreover, we must move on from only generating evidence to a model of continuously translating the evidence into good health care policies. 305 National population strategies with effective campaigns to promote healthy habits (i.e.: decrease salt in diet, taxation of unhealthy foods, increase in physical activity), allied to more effective identification and treatment of the individuals at greater cardiovascular risk, and objective surveillance of results must be more disseminated to all levels of our healthcare system.

• Another theme that deserves better research is related to disparities regarding access, timelines, and outcomes of hypertensive patients using the SUS as compared to patients using private healthcare services. 96 Considering that more than three-quarters of Brazilians are SUS users, it is imperative to measure continuously the outcomes of hypertension programs implemented by the SUS, such as the Family Health Strategy, and to compare to those reached by the private healthcare system.

8. DIABETES MELLITUS

ICD-10 E10 to E14; ICD-10-CM E8 to E13

See Tables 8-1 to 8-5 and Charts 8-1 through 8-4

Table 8-1. – Prevalence of diabetes mellitus (glycosylated hemoglobin ≥ 6.5% or use of antidiabetic drugs): total, according to sex and Brazilian regions.

Variables % 95% CI
Total 8.4 7.6 – 9.1
Sex
Female 9.7 8.6-10.7
Male 6.9 5.9-7.9
Regions
North 6.3 5.3 – 7.3
Northeast 7.6 6.7 – 8.6
Southeast 9.3 7.9 – 10.7
South 7.4 5.9 – 8.9
West-Central 9.4 7.6 – 11.2

Source: Malta et al. 345

Table 8-5. – Number of DALYs and age-standardized DALY rates (per 100 000) from cardiovascular disease attributable to diabetes for both sexes, in Brazil and its Federative Units, 1990 and 2019.

Location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
Acre 1335.2 (912.8;1888.1) 941.8 (633.3;1371) 3934.6 (2782.2;5669) 683.4 (475.1;986) -27.4 (-38.8;-10)
Alagoas 17722.1 (12411.8;24790.4) 1387.3 (965.4;1978.1) 35556 (25585.2;48957.8) 1134.8 (819.4;1566.4) -18.2 (-34.2;3.8)
Amapá 630.7 (433.5;914.9) 723.1 (475.3;1095) 3022.1 (2113.7;4226.6) 623.3 (427.4;894.6) -13.8 (-31.8;11.6)
Amazonas 6428.5 (4391;9409.2) 965.9 (641.4;1472.8) 16437.5 (11420;23668.2) 608.2 (420.8;881.9) -37 (-50.4;-17.8)
Bahia 60323 (41070.5;88143.3) 926.4 (622.4;1396.6) 120282.6 (83918;176491.9) 757.4 (525.9;1119.6) -18.2 (-39.5;10.1)
Ceará 26051.4 (16968.5;39656.1) 662.4 (424.8;1021.6) 71929.9 (49135.3;103619.2) 733.5 (497.6;1060.9) 10.7 (-18.6;51.3)
Distrito Federal 8468 (5993.5;11589.3) 1726.1 (1219.3;2443.4) 14639.6 (10394.9;20195.3) 632 (440.7;895.3) -63.4 (-71.5;-52.8)
Espírito Santo 15740.9 (11037.6;22572.5) 1165.3 (797.7;1722) 29886.8 (21156.3;42438) 697.7 (488.3;1000.8) -40.1 (-53.1;-22.7)
Goiás 22199.6 (15278.2;32417.9) 1165 (776.4;1711.4) 43263.8 (29225.9;64727.4) 632.8 (428.1;953.8) -45.7 (-59.9;-24.9)
Maranhão 30853.4 (20729.6;44978.9) 1241.5 (845.8;1830.5) 68520.9 (47179.2;99823.3) 1062.6 (731.1;1556.5) -14.4 (-35.9;13.9)
Mato Grosso 7137.7 (4910.7;10348.6) 1035.9 (688.5;1536.7) 19808.7 (13578.4;28204) 622.3 (424.8;897) -39.9 (-53.1;-20.8)
Mato Grosso do Sul 10808.6 (7735.6;15042.3) 1319.5 (913.6;1871.1) 20964.7 (14543.3;29539.1) 726 (504.9;1024.7) -45 (-56.3;-29.1)
Minas Gerais 90445.6 (65437.6;127258.5) 961.2 (684.3;1390.3) 119023.5 (80740.1;174655.1) 450.2 (303.6;661.3) -53.2 (-63.3;-39.1)
Pará 20697.3 (14113;30025.6) 1124.9 (747.8;1683) 49334.3 (34295.7;68456.6) 739.9 (504;1037.5) -34.2 (-48.3;-14.2)
Paraíba 22665.6 (15429.1;32837.2) 993.8 (674.6;1439.3) 39309.5 (27360.3;56659.5) 837 (582.8;1205.1) -15.8 (-34.2;10)
Paraná 58887.3 (40717.4;84598.3) 1354.2 (894.9;2009.2) 91772.5 (62792.3;129456.7) 699.4 (477.5;991.9) -48.4 (-58.9;-32.9)
Pernambuco 59380 (41231.5;83117.2) 1366 (942.4;1923.6) 100595.8 (70745.7;143053.9) 1017.4 (711.7;1452.2) -25.5 (-39.4;-6.5)
Piaui 12857.4 (8842.4;19094.9) 998.5 (673.1;1525.2) 27097.6 (18663.2;39307.5) 724.6 (499.2;1055.2) -27.4 (-43.3;-3.5)
Rio de Janeiro 176130.1 (123280.1;244011.1) 1888.9 (1331.8;2618.9) 178623.1 (126398.8;254598.7) 790 (561;1127) -58.2 (-66.3;-47.6)
Rio Grande do North 14427.4 (9841.6;21299.8) 924.2 (630.3;1361.8) 26480.8 (17460.1;37536.8) 693.6 (455.8;984.5) -25 (-41.7;-2.5)
Rio Grande do Sul 65930.3 (46174.7;94957.8) 1075 (740.8;1584.9) 87421.8 (58608.1;129018) 558.7 (375.7;819) -48 (-59.9;-32.9)
Rondônia 4693.9 (3130.2;6604.9) 1850.9 (1256.7;2680.8) 11161.5 (7688.3;16108.6) 761.7 (520.9;1110) -58.8 (-67.1;-48.3)
Roraima 701.7 (486.9;981.2) 1510.3 (1042.4;2179.8) 2550 (1822.3;3524.3) 737.4 (521.9;1032.2) -51.2 (-58.6;-41.4)
Santa Catarina 29444.9 (20595.6;41977.2) 1315.9 (886.4;1907.9) 45537.1 (31491;64303.7) 577.1 (396.9;820.5) -56.1 (-65.4;-44.1)
São Paulo 295196.3 (209790.2;409567) 1609.4 (1116.3;2263.4) 315407.1 (218126;449199.4) 586.5 (403.7;842.8) -63.6 (-71.1;-55.1)
Sergipe 9507.4 (6819.9;13407.5) 1308.1 (916.3;1874.8) 17955.5 (12531.5;25018.5) 821.4 (570.1;1153.4) -37.2 (-49.4;-21)
Tocantins 3644.4 (2521.7;5217.6) 1085.4 (724.5;1612.6) 10599.2 (7112.5;14982.1) 766.2 (510;1096.3) -29.4 (-46.1;-5.5)
Brazil 1072308.9 (784276.4;1484959.3) 1279.7 (922.2;1800.5) 1571116.4 (1140912.3;2203187.8) 673.5 (485.1;947.7) -47.4 (-52.2;-41.9)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 8-1. – Total number of deaths due to diabetes (A). From cardiovascular disease attributable to diabetes: number of deaths (B), age-standardized mortality rate (per 100 000) (C), and DALY rate (D). Brazil, 2019.

Chart 8-1

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 8-4. – Correlation between the sociodemographic index (SDI) of 2019 and the percent change in deaths from cardiovascular disease attributable to diabetes from 1990 to 2019, in Brazil and its Federative Units.

Chart 8-4

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Abbreviations used in Chapter 8.

BMI Body Mass Index
CI Confidence Interval
CVD Cardiovascular Diseases
DALYs Disability-Adjusted Life Years
ELSA-Brazil Longitudinal Study of Adult Health - Brazil
ERICA Brazilian Study of Cardiovascular Risk in Adolescents (in Portuguese, Estudo dos Riscos Cardiovasculares em Adolescentes )
FU Federative Unit
GBD Global Burden of Disease
HbA1c Glycosylated Hemoglobin
HDL High Density Lipoprotein
HR Hazard Ratio
IBGE Brazilian Institute of Geography and Statistics (in Portuguese, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística )
ICD-10 International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems, 10thRevision
IDF International Diabetes Federation
LDL Low Density Lipoprotein
MASS The Medicine, Angioplasty or Surgery Registry (in Portuguese, Registro de Medicina, Angioplastia ou Cirurgia )
OR Odds Ratio
PNAUM Survey on the Access, Utilization and Promotion of Rational Use of Medications in Brazil (in Portuguese, Pesquisa Nacional sobre o Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasi l)
PNS National Health Survey (in Portuguese, Pesquisa Nacional de Saúde )
PR Prevalence Ratio
REACT Registry of Clinical Practice in Patients at High Cardiovascular Risk (in Portuguese, Registro do Paciente de Alto Risco Cardiovascular na Prática Clínica )
SBC Brazilian Society of Cardiology (in Portuguese, Sociedade Brasileira de Cardiologia )
SDI Sociodemographic Index
SF-36 Short Form 36 quality of life questionnaire
SIM Brazilian Mortality Information System (in Portuguese, Sistema de Informações sobre Mortalidade )
SUS Brazilian Unified Health System (in Portuguese, Sistema Único de Saúde )
UI Uncertainty Interval
VIGITEL Surveillance System of Risk and Protection Factors for Chronic Diseases by Telephone Survey (in Portuguese, Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico )
YLDs Years Lived with Disability
YLLs Years of Life Lost

Table 8-2. – Prevalence of diabetes mellitus (glycosylated hemoglobin ≥ 6.5% or use of antidiabetic drugs) according to age range and sociodemographic characteristics.

Variables % 95% CI
Age range (years)
18-29 1.5 0.7 – 2.2
30-44 3.5 2.5 – 4.4
45-59 12.6 10.9 – 14.3
≥ 60 20.6 18.2 – 22.9
Schooling
None 12.3 11.0 – 13.7
Elementary 7.4 5.6 – 9.2
Complete middle-school 5.3 4.4 – 6.3
Race/skin color
White 8.4 7.3 – 9.6
Black 10.3 7.5 – 13.0
Mixed 7.9 6.9 – 8.9
Other 7.7 3.3 – 12.1
Body mass index
Under/normal weight 4.0 3.3 – 4.8
Overweight 8.5 7.3 – 9.8
Obesity 16.9 14.7 – 19.0

Source: Malta et al . 345

Table 8-3. – Number of deaths and age-standardized mortality rate (per 100 000) from cardiovascular disease attributable to diabetes for both sexes, in Brazil and its Federative Units, 1990 and 2019.

Location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
Acre 64.6 (43.5;94.8) 57.1 (36;92.4) 195.1 (133.9;284.1) 38.3 (25.4;58.4) -32.9 (-43.8;-16.9)
Alagoas 864.2 (581.3;1270.1) 75.2 (48.9;113) 1708.7 (1203.3;2458.4) 56.7 (39.4;82) -24.6 (-38.9;-5.4)
Amapá 31.6 (20.7;48.7) 43.9 (27.1;71) 141.6 (94.9;204.8) 33.2 (21.7;49.5) -24.3 (-39.9;-1.8)
Amazonas 315.8 (206.7;490.7) 58.6 (36.7;96.6) 824.9 (548.9;1222.8) 33 (21.6;49.5) -43.6 (-54.8;-26.8)
Bahia 2955.3 (1921.1;4621.9) 49.6 (31.6;78.7) 6101.2 (4096.4;9411.7) 38.5 (25.7;59.2) -22.4 (-41.5;4.7)
Ceará 1422.3 (869.1;2289.7) 37.7 (22.9;62.1) 3981.1 (2517.4;5969.7) 41.1 (25.8;62) 8.9 (-18.9;47.8)
Distrito Federal 327.1 (232.6;446.1) 105.4 (70.3;160.3) 710.8 (488.7;1014.2) 40 (26;62.3) -62 (-70.9;-50.5)
Espírito Santo 759.3 (500.7;1136.6) 68.2 (43.5;110.6) 1536.2 (1024.7;2294.8) 38 (25.1;57.9) -44.3 (-56.7;-27.9)
Goiás 990.7 (650.4;1477.2) 65.5 (41.1;104.7) 2109.1 (1393.4;3211.1) 33.3 (21.5;51.5) -49.1 (-61.8;-30.4)
Maranhão 1388.1 (920.9;2107.1) 62.3 (40.6;96) 3568.4 (2352.1;5390) 56.8 (37.2;86) -8.9 (-30.1;17.6)
Mato Grosso 319.9 (210.4;476) 59.6 (37.3;92.5) 951.3 (626.1;1401.9) 32.9 (21.2;49.4) -44.7 (-56.6;-27.6)
Mato Grosso do Sul 489.1 (334.7;696.2) 75.2 49;114.6) 1050.2 (708.3;1526.9) 38.9 (25.8;57.4) -48.2 (-58.6;-33.4)
Minas Gerais 4033.5 (2792.7;5941.5) 52.2 (34.4;79.9) 6101.6 (3909.3;9406) 23.3 (14.9;35.9) -55.3 (-65.7;-41.7)
Pará 1048.9 (680.6;1613.8) 68.1 (42.1;109.9) 2461.9 (1641.9;3553.9) 39 (25.6;57.2) -42.7 (-54.7;-23.9)
Paraíba 1208.7 (785.1;1848.2) 55 (35.5;85.2) 2106.7 (1395;3164.2) 43.4 (28.9;65) -21 (-36.7;0.4)
Paraná 2811 (1846.6;4153.8) 79.2 (49.4;126.7) 4756.2 (3146.9;7007.4) 38.6 (25.2;58.5) -51.3 (-61.1;-36.6)
Pernambuco 2973.6 (1992.5;4385.2) 76.4 (49.9;115.9) 5047.3 (3437.1;7374.5) 53.3 (35.7;78.6) -30.2 (-42.6;-12.1)
Piaui 655.7 (425.9;1025.4) 59.5 (36.7;96.6) 1481.3 (951.6;2261.5) 39 (25.1;59.3) -34.5 (-48.3;-12.3)
Rio de Janeiro 7914.2 (5433.6;11183.9) 98.7 (65;142.3) 8936.3 (6041.8;13238.2) 40.6 (27.3;60.1) -58.9 (-66.3;-49.1)
Rio Grande do North 785.8 (515.7;1213.6) 52.5 (33.6;82.2) 1402.4 (894.9;2075.7) 36.1 (23;53.7) -31.1 (-44.9;-12.2)
Rio Grande do Sul 3206.9 (2141.9;4941.3) 61.2 (39.5;97.9) 4779.8 (3012.6;7502.5) 31 (19.4;49.1) -49.3 (-61.2;-34)
Rondônia 187.3 (122.5;266.3) 114.4 (73.6;177.2) 547.6 (363.6;815.8) 41.3 (27.1;62.4) -63.9 (-70.7;-55.7)
Roraima 28.9 (20.2;40.9) 90.6 (59.2;137.9) 116.6 (82.4;166.8) 42.3 (28.1;64.5) -53.3 (-59.3;-46.1)
Santa Catarina 1462.2 (975.1;2147.5) 78.1 (49.8;119.2) 2392.6 (1603.5;3597.3) 32.9 (21.3;51.3) -57.9 (-66.4;-46.9)
São Paulo 13914.2 (9600.8;19624.5) 93.2 (59.9;141.8) 16291.4 (10698.7;24578.1) 31.9 (20.5;49.5) -65.7 (-72.4;-57.6)
Sergipe 483.5 (334;711.7) 76.9 (50.1;119.9) 904.8 (609.4;1323.8) 42.9 (28.8;63.6) -44.2 (-54.7;-29.4)
Tocantins 169.8 (114.4;250.5) 68.7 (42.5;112.8) 549 (355.4;810.2) 42 (26.6;63.4) -38.9 (-53.3;-18.9)
Brazil 50812.4 (35649.3;73136.9) 70.4 (47.4;106.1) 80754.1 (55922.4;118175.4) 35.9 (24.5;53) -49 (-53.4;-43.9)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 8-4. – Age-standardized mortality rate (per 100 000) from cardiovascular disease attributable to diabetes, for men and women, in Brazil and its Federative Units, 1990 and 2019.

Location Women Men
1990 2019 Percent change (95% UI) 1990 2019 Percent change (95% UI)
Acre 42.7 (25.5;69.4) 27.8 (17.1;44.3) -35 (-51.6;-9.2) 76.5 (46.8;125.2) 51.6 (33.8;79.5) -32.5 (-45.7;-13.3)
Alagoas 65.3 (40.5;102.6) 48.6 (31.7;71.5) -25.5 (-44.5;3.8) 86.6 (54.3;132.5) 67 (44.9;96.2) -22.7 (-41.8;6.9)
Amapá 33.9 (19.5;56.2) 23.3 (14.2;37) -31.3 (-50.9;-2.4) 56.1 (33.4;90.8) 45 (28.8;66.6) -19.8 (-39.3;12.5)
Amazonas 54.2 (32.8;92.4) 24.8 (15.2;39) -54.2 (-67.5;-35.7) 62.9 (37.9;103.7) 42 (27.6;62.6) -33.3 (-49.6;-3.2)
Bahia 43.9 (26.7;70) 26.4 (16.4;42.5) -40 (-59;-12.2) 56.2 (33.6;95.8) 54.6 (34.4;84.2) -2.9 (-34.1;51.1)
Ceará 31 (17.4;54.3) 32.2 (18.4;51.1) 4 (-29.2;58.8) 45.6 (25.9;77.9) 52.5 (32.6;80.4) 15.1 (-22.2;77.8)
Distrito Federal 91 (56.3;144.1) 33.8 (20.3;54.2) -62.9 (-74.3;-48) 137.1 (88.8;210.4) 49.3 (31.2;79.1) -64 (-73.6;-51.5)
Espírito Santo 58.2 (35;96.8) 28.7 (18;44.9) -50.7 (-65.1;-28.8) 79.3 (48.3;127.4) 49.8 (31.9;76.7) -37.1 (-54.7;-13)
Goiás 57.8 (34.7;94.5) 25.9 (15.6;42.7) -55.1 (-69.7;-31.8) 75.1 (45.4;126.3) 41.8 (25.7;65.1) -44.3 (-61.8;-16.1)
Maranhão 30 (17.7;49.5) 36.5 (22.2;58) 21.8 (-19;82.1) 123.1 (77.8;194.1) 85.5 (54.6;132.5) -30.6 (-48;-5.9)
Mato Grosso 53.2 (31.6;84.4) 27 (16.7;42.2) -49.2 (-64.7;-27.4) 65.1 (37.4;107) 38.7 (24.2;58.8) -40.5 (-57.6;-12.9)
Mato Grosso do Sul 66.5 (41.6;105.4) 31.1 (19.7;47.9) -53.2 (-66.4;-34.4) 83.3 (52.6;126.6) 47.8 (30.4;71.3) -42.6 (-57.2;-22.3)
Minas Gerais 44.7 (28.8;73.4) 18.2 (11.3;29.9) -59.3 (-72.3;-42) 61.1 (40.5;97.5) 29.6 (17.6;47.8) -51.6 (-66.4;-30.7)
Pará 59.1 (34;98.7) 28.5 (17.6;44.5) -51.7 (-65.3;-27.8) 78.4 (45.6;129.7) 50.6 (32.9;76) -35.4 (-52.2;-7.8)
Paraíba 51.7 (31.8;81.4) 35.5 (21.8;54.7) -31.3 (-50.2;-5.1) 58.6 (36.9;91.6) 53.5 (35.4;80.3) -8.7 (-31.2;25.2)
Paraná 67.8 (40.3;113.2) 29.8 (18.2;47.9) -56 (-68.8;-36.7) 91.1 (54.7;146.6) 49.3 (31.5;75) -45.9 (-59;-22.2)
Pernambuco 70 (44.3;108.9) 42.1 (26.9;63.4) -39.9 (-54;-21.3) 84 (52.6;127.2) 68.6 (45.5;101.7) -18.4 (-38.8;12.1)
Piaui 43.6 (25.9;74.3) 30.1 (18.5;48.5) -31 (-50;-2.3) 79.6 (47.9;136.7) 49.8 (31.8;77.7) -37.4 (-53.4;-12.4)
Rio de Janeiro 75.1 (45.5;115.2) 28.9 (17.7;45.2) -61.6 (-72.4;-46.8) 133.4 (90.5;193.4) 57.3 (38.8;85.3) -57 (-65.4;-45.8)
Rio Grande do North 41.4 (25.9;65.1) 27.1 (16.4;42.4) -34.4 (-53.4;-8.6) 65.4 (40.9;104.5) 47.8 (29;72.4) -26.9 (-46.5;2.8)
Rio Grande do Sul 51.5 (30.9;85) 25 (14.7;41.7) -51.4 (-66.2;-28.2) 74.2 (46.6;120.3) 38.7 (23.8;62.6) -47.9 (-63.9;-23.2)
Rondônia 115.4 (73.3;180.4) 32.5 (19.9;50.4) -71.8 (-79.7;-62.9) 112.4 (69.3;172.3) 50 (32.3;75.3) -55.5 (-66.3;-42.3)
Roraima 74 (47.5;115.5) 34.2 (22.1;53.7) -53.8 (-61.4;-44.2) 104.5 (65.8;159.2) 49.8 (32.7;75.5) -52.3 (-59.9;-42.5)
Santa Catarina 69.3 (42.1;112.3) 25.7 (15.4;42.3) -62.9 (-73.5;-47.7) 88.3 (54.6;139.3) 41.8 (26.5;63.9) -52.7 (-64.8;-34.7)
São Paulo 75.9 (46.7;120.5) 24.1 (14.7;40.3) -68.2 (-77.2;-55.4) 115 (75.2;168.4) 42.2 (25.8;64.6) -63.3 (-72;-53)
Sergipe 67.2 (42.4;106.5) 35.6 (22.4;55.6) -47 (-61.7;-28.1) 89.2 (56.6;139.4) 52.3 (34.3;78.7) -41.4 (-54.9;-20.5)
Tocantins 61.7 (38.1;101.7) 31.1 (19.5;48.5) -49.6 (-63.3;-29.6) 76.7 (44.9;130.4) 55.1 (33.7;86.8) -28.1 (-50.2;4)
Brazil 58.1 (38.4;88.3) 27.2 (18;41.6) -53.2 (-59.3;-46.1) 85.4 (58.1;128.3) 47.1 (32.1;68.6) -44.9 (-50.4;-37.8)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 8-2. – Proportional mortality from cardiovascular diseases attributable to diabetes according to sex and age group. Brazil, 2019.

Chart 8-2

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 8-3. – Deaths attributable to diabetes stratified by all causes and by cardiovascular diseases. Brazil, 2019.

Chart 8-3

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Introduction

• Diabetes mellitus is a chronic and progressive disease, characterized by metabolic changes due to persistent hyperglycemia resulting from defects in the secretion and/or action of the insulin produced by the pancreatic beta cells. In the long run, persistent hyperglycemia causes microvascular (retinopathy, nephropathy, neuropathy) and macrovascular (coronary artery disease, cerebrovascular disease, and peripheral artery occlusive disease) complications. Prediabetes (reduced glucose tolerance and impaired fasting plasma glucose) refers to the condition in which glycemia is elevated as compared to normal parameters, but without meeting the diagnostic criteria for diabetes. The identification of prediabetes is important because it increases the risk for diabetes and CVD; in addition, interventions related to lifestyle changes have proven to reduce the risk of diabetes in those individuals.

• The classification of diabetes is based on its etiology. The most prevalent types are type 2 and type 1 diabetes, representing 90-95% and 5-10% of the cases, respectively. Type 2 diabetes usually occurs in adults over the age of 30-40 years, has a complex and multifactorial etiology, involving polygenic inheritance and influence of familial and environmental factors – unhealthy food habits, physical inactivity, and sedentary lifestyle. Its pathophysiology involves insulin resistance and initial increase in insulin production, followed over the years by pancreatic failure to produce that hormone. 307

• Type 1 diabetes usually affects children, adolescents, or young adults, has an autoimmune, polygenic etiology resulting from the destruction of pancreatic beta cells and complete insulin deficiency. It can occur in adults (former LADA – latent autoimmune diabetes in adults, currently known as type 1 adult diabetes). It is subdivided into types 1A and 1B depending on the presence of autoantibodies. Autoantibodies are detected in type 1A diabetes, as well as a genetic predisposition associated with environmental factors that trigger the immune response (viral infections, components of the diet and of the intestinal microbiota). Type 1B diabetes is autoantibody-negative and its etiology is idiopathic. Cardiovascular disease is the major cause of death in patients with diabetes, who have twice the risk of major cardiovascular events as compared to the population without the disease, in addition to worse response to treatment and worse outcomes after a cardiovascular event (acute myocardial infarction, stroke). The classic cardiovascular risk factors [smoking, arterial hypertension, high levels of LDL-cholesterol, low levels of HDL-cholesterol] maximize that risk, the duration of diabetes, and the coexistence of microvascular complications. The cardiovascular complications of diabetes include coronary artery disease, cerebrovascular disease, and peripheral artery disease. 308 , 309

• Diabetes directly affects the quality of life, productivity, and survival, in addition to having an important economic impact on health systems. Meeting glycemic targets and control of other cardiovascular risk factors are known to contribute to prevent and delay the progression of the disease’s chronic complications. The systemic impairment of several organs and the disease’s complexity require global care for the patient, comprising several aspects of the treatment. 309

• In this chapter, diabetes mellitus is approached as a cardiovascular risk factor, as it has been identified since the classic Framingham study. 308 The presence of diabetes mellitus in association with smoking, systemic arterial hypertension, and dyslipidemia increases by two to three times the risk of CVD. 310

Prevalence

• Teló et al ., in a systematic review with meta-analysis of Brazilian observational studies from 1980 to 2015, including 50 articles, have shown the increasing prevalence of diabetes in recent decades. The prevalence of diabetes was as follows: 5.6% (95% CI: 5.0 – 6.3) by self-report (36 studies); 6.6% (95% CI: 4.8 – 8.9) by fasting plasma glucose (7 studies); and 11.9% (95% CI: 7.7 – 17.8) by oral glucose tolerance test (7 studies). In trend analyses, increase in the prevalence of diabetes was observed over time, the biggest increase being observed in studies using the oral glucose tolerance test in the diagnosis: 7.4% (95% CI: 7.1 – 7.7) in the 1980s, 12.1% (95% CI: 10.5 – 13.8) in the 1990s, 14.5% (95% CI: 13.1 – 16.0) in the 2000s, and 15.7% (95% CI: 9.8 – 24.3) in the 2010s. 311

• Considering the IDF data published in 2019, Brazil ranked 5th regarding the number of adults with diabetes worldwide, totaling 16.8 million (95% CI: 15.0 – 18.7) people with that disease, 46% of whom did not know they had the disease. The prevalence of prediabetes was 9.5% (15.1 million people). 312

• Data from the PNS (2014 to 2015) have shown the following prevalence of diabetes according to different criteria: 6.6% (95% CI: 5.9 – 7.2) [HbA1c ≥ 6.5%]; 8.4% (95% CI: 7.6 – 9.1) [HbA1c ≥ 6.5% or use of antidiabetic drugs]; 9.4% (95% CI: 8.6 – 10.1) [HbA1c ≥ 6.5% or history of diabetes], and 7.5% (95% CI: 6.7 – 8.2) [history of diabetes]. That information is presented according to sex, Brazilian geographical regions (Table 8-1), age range, educational level, self-reported skin color, and BMI (Table 8-2), considering the most comprehensive criterion (HbA1c ≥ 6.5% or use of antidiabetic drugs). For all criteria, the prevalence was higher in women, individuals aged over 30 years, and among those with overweight or obesity. Higher educational level was associated with lower prevalence of diabetes, and the West-Central region had the highest prevalence of all Brazilian regions. 28

• Malta et al. , in a cross-sectional study including self-reported data of 60 202 Brazilians, have analyzed the inequalities in the self-reported prevalence of noncommunicable diseases, including diabetes. The prevalence of diabetes was higher among illiterate individuals or those with incomplete elementary education and those with incomplete secondary education [9.61% (PR 1.42, 95% CI: 1.13-1.77) and 5.36% (PR 1.59, 95% CI: 1.23-2.06), respectively], while those with higher education had a 4.18% prevalence. 28

• Iser et al. have shown, using data from the PNS (2014 to 2015), that the prevalence of prediabetes was 18.5% (95% CI: 17.4 – 19.7), according to the American Diabetes Association (HbA1c: 5.7-6.4%), and 7.5% (95% CI: 6.7 – 8.3), according to the World Health Organization criterion (HbA1c: 6.0-6.4%). 313

• In 2019, Teló et al. have published the results of a big cross-sectional study developed in a representative sample of Brazilian students aged 12 to 17 years showing that, of the 37 854 young individuals enrolled, 3.3% (95% CI: 2.9 – 3.7) had type 2 diabetes (HbA1c: ≥6.5% or fasting plasma glucose ≥ 126 mg/dL or history of diabetes) and 22.0% (95% CI: 20.6 – 23.4) had prediabetes (HbA1c: between 5.7% and 6.5% or fasting plasma glucose between 100 and 126 mg/dL). 314

Incidence

• Most studies on the incidence of diabetes have reported data from high-income countries, and usually from the adult population, thus reflecting mainly the incidence of type 2 diabetes. In children and adolescents, type 2 diabetes has been increasing in several countries because of the increase in the prevalence of overweight, obesity, physical inactivity, and sedentary lifstyle. 312

• Schmidt et al. have recruited from 2008 to 2010 and followed up for 3.7 ± 0.63 years 11 199 civil servants without diabetes from the Brazilian multicenter study, the ELSA-Brazil Study. Diabetes was diagnosed in the follow-up if fasting plasma glucose ≥ 126 mg/dL or glycemia after oral glucose tolerance test ≥ 200 mg/dL or HbA1c ≥ 6.5%. The cumulative incidence of diabetes was 2.0 per 100 person-years (95% CI: 1.8 – 2.1), similar in men and women, higher in individuals over the age of 65 years [2.8%; 95% CI: 2.3 – 3.4], obese (3.8%; 95% CI: 3.4 – 4.3) and those with lower educational level (3.0%; 95% CI: 2.6 – 3.6). 315

• Sitnik et al ., in a prospective cohort of 1536 individuals without diabetes in 1998 (fasting plasma glucose collection date), civil servants of the University of São Paulo, participants of the ELSA-Brazil Study, aged 23-63 years, have assessed the association of fasting plasma glucose, incidence of diabetes, subclinical atherosclerosis and cardiovascular events. The adjusted diabetes incidence rate was 9.8/1000 person-years (95% CI: 7.7 – 13.6 /1000 person-years). 316

• The number of children and adolescents with type 1 diabetes has increased worldwide, approximately 3% per year, although with important regional differences. 312 , 317 ,3186, 12 , 13 Brazil ranks third in the number of new cases of children and adolescents aged 0-14 years with type 1 diabetes (7.3 cases per 1000/year), in addition to the prevalence of the disease in that same age range (51.1 per 1000). 312

• Negrato et al. have described the annual incidence of type 1 diabetes from 1986 to 2015 in the city of Bauru, São Paulo state, in children ≤ 14 years of age, using individual case report and capture and recapture method. In that period, 302 cases were identified, an incidence of 12.8 per 100 000 inhabitants (95% CI: 11.2 – 14.4), ranging from 2.8 per 100 000 inhabitants in 1987 to 25.6 per 100 000 inhabitants in 2013, without difference between sexes. 319

Mortality

Overall Mortality Attributable to Diabetes

• Klafke et al. have described trends in mortality from acute complications of diabetes (ketoacidosis, hyperosmolarity and hypoglycemia) in Brazil, for all ages, from 1991 to 2010, when the SUS was implemented. Using data from the IBGE and the SIM, over that period, 694 769 deaths from diabetes were registered, of which 81 208 (11.7%) were due to acute complications. In 1991, 2070 men died from acute complications of diabetes, with an age-adjusted mortality rate per 100 000 inhabitants of 7.4 (95% CI: 7.2 – 7.6), while 2832 women died, with mortality rate of 9.7 per 100 000 inhabitants (95% CI: 9.1 – 9.6), yielding a woman/man mortality rate of 1.3. As compared to 1991, in 2010, 1600 men died from acute complications of diabetes, with mortality rate of 2.4 per 100 000 inhabitants (95% CI: 2.3 – 2.5), while 2141 women died, with mortality rate of 2.5 per 100 000 inhabitants (95% CI: 2.4 – 2.6), yielding a woman/man mortality rate of 1.0. Thus, mortality from complications of diabetes in 20 years decreased 70.9% (95% CI: 67.2 – 74.5), from 8.42 (95% CI: 8.3 – 8.6) deaths per 100 000 inhabitants in 1991 for both sexes to 2.45 per 100 000 inhabitants (95% CI: 2.4 – 2.5) in 2010. That reduction occurred in both sexes, all ages, and in all Brazilian regions. 320

• Malhão et al. have assessed the diabetes mortality trends in Brazil, per sex, in adults ≥ 20 years of age, from 1980 to 2012, using data from IBGE and SIM. From 1980 to 2012, 955 455 individuals had diabetes as their underlying cause of death, and 551 016 were women (57.7%) and 404 439, men (42.3%). In that period, the age-standardized mortality rate per 100 000 inhabitants increased from 20.8 (95% CI: 20.2 – 21.5) to 47.6 (95% CI: 47.0 – 48.2) for men, and from 28.7 (95% CI: 27.9 – 29.4) to 47.2 (95% CI: 46.7 – 47.7) for women. Considering the entire period analyzed, that rate increased 2.9% per year for men (mean annual percent change of 2.9; 95% CI: 2.6 – 3.1) and 1.7% for women (mean annual percent change of 1.7; 95% CI: 1.5 – 1.9). Considering diabetes as the underlying or associated cause of death from 2001 to 2012, there were 1 076 434 deaths [603 686 women (56.1%); 472 748 men (43.9%)]. In that period, the age-standardized mortality rate increased from 76.1 per 100 000 inhabitants (95% CI: 75.2 – 77.0) to 95.6 per 100 000 inhabitants (95% CI: 94.8 – 96.5) in men, and from 83.7 per 100 000 inhabitants (95% CI: 82.9 – 84.6) to 93.3 per 100 000 inhabitants (95% CI: 92.6 – 94.1) in women. 321

• Duncan et al. , using data on diabetes and hyperglycemia from the GBD Study 2015 for all ages, have shown that in Brazil, in 2015, the diabetes mortality rate was 26.8 per 100 000 inhabitants (95% CI: 25.0 – 28.5) for men and 33.2 per 100 000 inhabitants (95% CI: 31.1 – 35.2) for women. 322

• Duncan et al. , using data on diabetes and hyperglycemia from the GBD Study 2016-2017 for all ages, have shown that, in that period, type 1 diabetes age-standardized mortality rate decreased by more than 50% for women and about 10% for men, thus the sex-specific mortality rates, which were different in the beginning of the period, converged. Age-standardized mortality rates for type 2 diabetes, however, remained stable during the period, with a slight reduction for women and slight increase for men. When considering the crude overall rates, however, mortality from type 2 diabetes increased dramatically, basically doubling in the period. In addition, those authors have shown that the highest mortality rates from diabetes in 2017 occurred mainly in the Northeastern states, and the highest increases in mortality from 1990 to 2017 were observed in the Northern, Northeastern and West-Central regions, and the greatest reductions in the Southeastern region. 323

• Data from the GBD Study 2019 have shown that, although the age-standardized mortality rates from diabetes have substantially decreased in recent years in Brazil, the total number of deaths from diabetes has increased (Chart 8-3A). There were 87 644 (95% CI: 71 924 -110 625) and 174 198 (95% CI: 142 704 – 217 111) deaths from diabetes in Brazil in 1990 and 2019, respectively (Chart 8-1A). Age-standardized mortality rate per 100 000 inhabitants was 116.8 (95% CI: 92.8 – 152.0) in 1990 and 77.0 (95% CI: 63.0 – 96.7) in 2019, decreasing by 34% (95% CI: -40.1 to -28.1) in that period. That reduction was not homogeneous in the Brazilian regions and FUs, being more pronounced in the Southeastern, West-Central and Southern regions and the Distrito Federal, with a slight to small reduction in several Northern FUs. It is worth noting that the reduction trend in age-standardized mortality rate from diabetes occurred in all age groups, but more significantly in the age group from 5 to 14 years (-45.8%; 95% CI: -57.2 to -33.1) and less significantly in the age group from 15 to 49 years (-24.8%; 95% CI: -30.7 to -18.5), with intermediate reductions in the age groups > 70 years (-26%; 95% CI: -33.2 to -18.2) and 50-69 years (-33.2%; 95% CI: -40.1 to -26.4). 46

Cardiovascular Mortality Attributable to Diabetes

• Mortality from CVD attributable to diabetes for all ages in Brazil, according to GBD 2019 data, increased in absolute numbers from 50 812 deaths (95% CI: 35 649 -73 137) in 1990 to 80 754 (95% CI: 55 922 – 11 8175) in 2019 (Table 8-3 and Chart 8-1B). However, the age-standardized mortality rates per 100 000 inhabitants decreased from 70.4 (95% CI: 47.4 – 106.1) in 1990 to 35.9 (95% CI: 24.5 – 53.0) in 2019, a reduction of -49.0% (95% CI: -53.4 to -43.9) (Chart 8-1C). This reduction trend occurred in a non-uniform way in the FUs, with a more significant reduction in most FUs of the Southern, Southeastern, West-Central and Northern regions and the Distrito Federal, and only modest reductions in the FUs of the Northeastern region. When comparing between sexes, women had greater mortality rate reductions than men in most Brazilian FUs regarding data from 1990 and 2019, except for the states of Maranhão and Piauí and the Distrito Federal (Table 8-4). Regarding the trend according to age group, the reduction in the mortality rate from CVD attributable to diabetes occurred in all age groups: 15 to 49 years (-37.3%; 95% CI: -46.8 to -25.3), 50 to 69 years (-46.0%; 95% CI: -54.2 to -35.5), and > 70 years (-43.5%; 95% CI: -50.3 a -36.7). It is worth noting that, in 2019, when comparing sex and age groups (Chart 8-2), women had lower proportional mortality rates from CVD attributable to diabetes in almost all age groups described. 46

• Although data from the GBD Study 2019 showed that the total number of deaths attributable to diabetes for all ages and stratified for all causes increased in Brazil from 1990 to 2019 (Chart 8-3A), the age-standardized mortality rate per 100 000 inhabitants decreased in the same period from 116.8 (95% CI: 92.8 – 152.0) to 77 (95% CI: 63.0 – 96.7). It is worth noting that more than 85% of that reduction occurred due to the decrease in the rates of ischemic heart disease, from 39.8% (95% CI: 21.3 - 65.3) in 1990 to 20.9% (95% CI: 11.6 – 34.4) in 2019, and of stroke, from 30.3% (95% CI: 18.2 – 54.8) in 1990 to 14.7% (95% CI: 8.6 – 25.6) in 2019 (Chart 8-3B). 46

• The SDI is an estimate of the socioeconomic level of a certain place and Chart 8-4 shows the relation of that index in 2019 and the percent change in deaths from CVD attributable to diabetes from 1990 to 2019. The data show the correlation between the greater percent change in the age-standardized mortality rate from 1990 to 2019 and the SDI in 2019, suggesting that the reduction in CVD mortality followed the improvement in socioeconomic conditions. The FUs with lower SDI had smaller percent changes in deaths (more deaths), except for Roraima and Rondônia, while the FUs with higher SDI had higher percent changes in deaths (less deaths), such as São Paulo, Rio de Janeiro, and the Distrito Federal.

Burden of Disease

Burden of Disease Attributable to Diabetes

• Data from the GBD Study 2019 estimated a reduction in the age-standardized DALY rates per 100 000 inhabitants attributable to diabetes in Brazil of -26.1% (95% CI: -31.7 to -20.9) from 1990 to 2019, despite the increase in the total number of DALYs from 2 448 714.5 (95% CI: 2 087 403.6 – 2 919 735.6) to 4 778 225.9 (95% CI: 4 017 716.8 – 5 709 063.5) in the period. The reduction in the DALY rate, although occurring in all age groups, was more pronounced in the FUs of the Southeastern, Southern and West-Central regions and the Distrito Federal, being less significant in many FUs of the Northern and Northeastern regions, including the increase in the DALY rate in the states of Amapá, Ceará, and Maranhão. When comparing between sexes, the DALY rate reduction was more significant in women (-37.7%; 95% CI: 44.2 to -31.1) than in men (-29.9%; 95% CI: 36.9 to -22.3) for the same period. 46

Burden of Cardiovascular Disease Attributable to Diabetes

• Data from the GBD Study 2019 regarding the burden of CVD estimated a reduction in the age-standardized DALY rates attributable to diabetes in Brazil (Chart 8-1D and Table 8-5) of -47.4% (95% CI: -52.2 to -41.9) per 100 000 inhabitants from 1990 to 2019, despite the increase in the total number of DALYs from 1 072 309 (95% CI: 784 276 - 1 484 959) to 1 571 116 (95% CI: 1 140 912 – 2 203 188) in the period. This rate reduction occurred due to the reduction in the YLLs of -33.4% (95% CI: -42.5 to -15) from 1990 to 2019. In the same period, there was an increase in the YLDs of 17.6% (95% CI: 0.4 – 50.5). 46

• There was a heterogeneous reduction in the age-standardized DALY rates attributable to diabetes among the Brazilian FUs and regions, more marked in the FUs of the Southeastern, Southern, and West-Central regions and the Distrito Federal, with a mild reduction in the FUs of the Northern region and an even milder reduction in most FUs of the Northeastern region.

• Data from the GBD Study 2019 showed that the reduction in the age-standardized DALY rates attributable to diabetes from 1990 to 2019 occurred in all age groups: 15-49 years (-36.5%; 95% CI: -46.0 to -24.5), 50-69 years (-45.5%; 95% CI: -53.4 to -35.2) and > 70 years (-46.2%; 95% CI: -52.5 to -39.1). For men of all ages, the variation was -43.1% (95% CI: -49.4 to -35.1), and for women of all ages, the variation was -52.0% (95% CI: -58.5 to -44.5). Only in the states of Maranhão and Piauí, men had a higher reduction as compared to women. 46

Impact on Cardiovascular Health

• Fuchs et al. , in a cross-sectional study carried out in 2005 in the city of Porto Alegre, Rio Grande do Sul state, with adults (18 to 90 years of age), assessed the association of clustering of risk factors and self-reported CVD. The participants were interviewed at home about the presence of diabetes, physical activity, and diet pattern, in addition to assessed regarding the presence of systemic arterial hypertension. The sample consisted of 1007 women, mostly white (73.0%), mean age of 44.8±0.8 years, and mean schooling of 9.3±0.3 years. Arterial hypertension, diabetes, obesity, low fruit and vegetable intake, and lack of vigorous or moderate physical activity were clustered into a combination of risk factors, which independently associated with the self-reported CVD. The major cluster included the presence of arterial hypertension and diabetes, representing an independent risk ratio of 8.5 (95% CI: 3.0 – 24.5). 281

• Cardoso el al. reported the results of a prospective observational study carried out in Rio de Janeiro from August 2004 to December 2008 with 620 adults with type 2 diabetes, followed up until August 2013 in a diabetes outpatient clinic from a Brazilian university-affiliated hospital. Those authors aimed to relate the HbA1c levels with cardiovascular outcomes. The HbA1c levels were measured at baseline and 3-4 times per year during follow-up. The primary endpoints were a composite of total fatal and nonfatal cardiovascular events, major cardiovascular events, and all-cause mortality. Cardiovascular and noncardiovascular mortalities were the secondary endpoints. The sample’s mean age was 60.4±9.4 years, 37.1% were men, 55% Caucasians. After a median follow-up of 79 [59-93] months, 125 total cardiovascular events occurred (90 major events), with a total of 111 deaths (64 due to CVD). After statistical adjustment to other cardiovascular risk factors, baseline HbA1c and mean HbA1c in the first year were predictors of total cardiovascular events (HR 1.13; 95% CI: 1.04 – 1.23 and HR 1.26; 95% CI: 1.12 – 1.41, respectively), of major cardiovascular events (HR 1.15; 95% CI: 1.04 – 1.28 and HR 1.27; 95% CI: 1.11 –1.45, respectively), of all-cause mortality (HR 1.10; 95% CI: 1.00 – 1.21 and HR 1.18; 95% CI: 1.04 – 1.35, respectively) and cardiovascular mortality (HR 1.14; 95% CI: 1.01 – 1.27 and HR 1.27; 95% CI: 1.08 – 1.50, respectively). Every 1% increase in the mean HbA1c in the first year increased by 27.0% (95% CI: 11.0 – 45.0) the risk of major cardiovascular events. Cardiovascular protection was observed up to HbA1c levels lower than 6.5%. On the second year, however, HbA1c was not a predictor of any endpoint (HR 1.12; 95% CI: 0.98 – 1.28; p=0.09 for total cardiovascular events; HR 1.09; 95% CI: 0.92 – 1.29; p=0.32 for major cardiovascular events). 324

• Sitnik et al. , in a prospective cohort of 1536 individuals without diabetes in 1998 (fasting plasma glucose collection date), civil servants of the University of São Paulo, participants of the ELSA-Brazil Study, aged 23-63 years, aimed to assess the association of fasting plasma glucose and incidence of diabetes with subclinical atherosclerosis and cardiovascular events. Fasting plasma glucose levels of 110-125mg/dL were associated with higher carotid intima-media thickness (β 0.028; 95% CI: 0.003 – 0.053). Excluding the individuals who developed diabetes in the follow-up, there was a borderline association between higher carotid intima-media thickness and fasting plasma glucose levels of 110-125mg/dL (β 0.030; 95% CI: -0.005 to 0.065). Diabetes was associated with higher carotid intima-media thickness (β 0.034; 95% CI: 0.015 – 0.053), coronary artery calcium scores ≥ 400 (OR 2.84; 95% CI: 1.17 – 6.91) and the combined outcome of coronary artery calcium score ≥ 400 or cardiovascular event (OR 3.50; 95% CI: 1.60 – 7.65). 316

• Schaan et al. , analyzing data from the REACT Study, a Brazilian multicenter registry, carried out from July 2010 to May 2016, aimed to establish the long-term risk for clinical events of patients at high cardiovascular risk in Brazil. The project was idealized and coordinated by the SBC, with the participation of private and public centers from all Brazilian regions, respecting the population distribution according to IBGE data. A total of 5006 individuals aged ≥ 45 years were included and divided in the following four groups: no diabetes and no previous cardiovascular event (n = 430); diabetes and no previous cardiovascular event (n = 1138); no diabetes and previous cardiovascular event (n = 1747); and diabetes and previous cardiovascular event (n = 1691). Previous cardiovascular event was defined as evidence of coronary artery disease, stroke or transient ischemic accident, peripheral artery disease, presence of three cardiovascular risk factors – except for diabetes (arterial hypertension, dyslipidemia, age > 70 years, family history of coronary artery disease, asymptomatic carotid artery disease). Major clinical events (all-cause mortality, nonfatal myocardial infarction, nonfatal cardiopulmonary arrest, and nonfatal stroke) were observed in 332 patients during the 1-year follow-up. Previous cardiovascular event was associated with a higher risk for another event during follow-up (HR 2.31; 95% CI: 1.74 – 3.05, p<0.001), as was the presence of diabetes (HR 1.28; 95% CI: 1.10 – 1.73, p=0.005). Patients with diabetes, failing to meet the HbA1c target, had worse event-free survival as compared to patients with good metabolic control (HR 1.70; 95% CI: 1.01 – 2.84, p=0.044). 325

• Rezende et al. , in a retrospective cohort study, included 888 patients with type 2 diabetes and multivessel coronary artery disease in the MASS Registry from the Instituto do Coração of the University of São Paulo from January 2003 to December 2007. The patients were followed-up with outpatient visits every 6 months and prospectively assessed for cardiovascular events. Of the 888 patients, 725 (81.6%) had complete clinical and HbA1c data for analysis. The sample’s characteristics were as follows: median age, 62.4 years (55.7 – 68.0); 467 men (64.4%); median follow-up, 10.0 years (8.0 – 12.3); and a mean amount of 9.5±3.8 HbA1c values for each patient. The composite endpoint of death, myocardial infarction or ischemic stroke occurred in 262 patients (36.1%). An increase of 1 point in the longitudinal HbA1c value was significantly associated with a 14% higher risk of the combined endpoint of all-cause mortality, myocardial infarction, and ischemic stroke (HR 1.14; 95% CI: 1.04 – 1.24; p=0.002) in the unadjusted analysis. After adjusting for baseline factors (age, sex, 2-vessel or 3-vessel coronary artery disease, initial coronary artery disease treatment, ejection fraction, creatinine and LDL-cholesterol levels), a 1-point increase in the longitudinal HbA1c value was associated with a 22% higher risk of the combined endpoint (HR 1.22; 95% CI: 1.12 – 1.35; p<0.001). 326

Knowledge, Treatment and Control Diabetes

• The treatment of diabetes is based on three pillars: diet, physical exercise, and drugs (oral antidiabetic drugs and insulin). A cross-sectional multicenter study published in 2016 by Gomes and Negrato 327 with a convenience sample of 1698 patients with type 1 diabetes from 10 Brazilian cities, assessed adherence to treatment (Morisky medication scale questionnaire), which was maximal in 9.8% of them, moderate in 42.2%, and minimal in 48.0%. Lower adherence was associated with higher HbA1c values (9.2 ± 2.2%, 8.9 ± 2.0%, and 8.6 ± 1.9%, respectively) for each group cited. 327

• A randomized clinical trial involving 238 patients with type 2 diabetes has compared an empowerment program for selfcare based on a behavior change protocol and its effect on glycemic control, and showed that the group randomized for the intervention had lower Hba1c levels (7.5 ± 1.7% vs. 8.1 ± 2.2%). 328

• In 2017, Meiners et al. , based on data from a household population-based survey (PNAUM) with cross-sectional design and a probabilistic sample of the Brazilian population, have assessed the access and adherence to treatment of 2624 patients with diabetes aged > 20 years. Total access to the medications studied was 98%, while adherence was probable in 71% (95% CI: 67.2 – 74.5), probably low in 9.8% (95% CI: 8.0 – 12.0), and low in 17.2% (95% CI: 14.6 – 20.1), with better adherence rates in the West-Central region. 329

• Self-reported adherence to treatment and its associated factors were assessed by Marinho et al. in 2018 in a cross-sectional study with 476 patients with diabetes in a tertiary hospital. Good adherence was 93.5% for medication use, 59.3% for foot care, 56.1% for glycemic monitoring, 29.2% for diet, and 22.5% for physical exercise. The following were associated with good adherence: younger age, lower BMI, presence of macrovascular complications, better occupational performance and emotional domain of SF-36. 330

• In 2018, Silva et al. conducted a household survey in 63 municipalities of Minas Gerais state, selected by convenience, aimed at assessing the use of drugs in patients with diabetes. The study assessed 2619 patients with diabetes (83.7% with type 2 diabetes and 10.4% with type 1 diabetes, mean age of 61.3 ± 16.4 years) and reported the use of 13 629 drugs, 35% were generic drugs and 60% acquired in public drugstores. The most frequently used drugs were metformin, losartan, glybenclamide, and simvastatin. Polypharmacy (use of five or more drugs) was identified in 56.5% (95% CI: 3.4) of the respondents. The factors associated with the occurrence of polypharmacy were age group of 40-59 years (OR 2.46; 95% CI: 1.68 – 3.61), age > 60 years (OR 4.58; 95% CI: 3.18 – 6.60), self-perception of poor or very poor health (OR 1.75; 95% CI: 1.26 – 2.38), presence of five or more comorbidities (OR 3.45; 95% CI: 2.84 – 4.19), mean time of diagnosis > 10 years (OR 1.64; 95% CI: 1.36 – 1.98), having at least four medical visits within the past year (OR 1.79; 95% CI: 1.48 – 2.16), lack of regular physical activity (OR 1.47; 95% CI: 1.22 – 1.78), interruption of the usual activities in the past 15 days (OR 1.30; 95% CI: 1.03 – 1.64), and having private health insurance (OR 1.39; 95% CI: 1.13 – 1.70). 331

• Leitão et al. , in a cross-sectional population-based study with individuals aged ≥ 20 years, reporting a medical diagnosis of diabetes and interviewed over the telephone (VIGITEL System) from 2012 to 2018, estimated the prevalence of use and distribution of sources of oral antidiabetic drugs in Brazil, according to sociodemographic variables. The prevalence of the use of oral antidiabetic drugs in Brazil increased from 77.4% (95% CI: 74.3 – 80.1) in 2012 to 85.2% (95% CI: 82.8 – 87.2) in 2018, and, in the Southern region, that use increased from 73.4% (95% CI: 67.8 – 78.4) in 2012 to 84.9% (95% CI: 79.7 – 88.9) in 2018. There was a decrease in the access to oral antidiabetic drugs in the public health system (SUS) pharmacies and an increase in the access to those drugs in popular pharmacies, without significant changes in that access in private drugstores. 332

• A cross-sectional study with convenience sampling from 20 Brazilian medical centers, regarding healthcare provided between 2006 and 2007, described the glycemic control of 5692 patients with diabetes > 18 years (1904 men and 3788 women). Of those, 72% of the men and 74% of the women had HbA1c levels > 7.0%. 333

• Schneiders et al ., in a retrospective cohort with 488 patients of primary (n=192) and tertiary (n=192) healthcare, have assessed the following diabetes care quality indicators in patients whose HbA1c level had been assessed in the past year: annual assessment of diabetic nephropathy, retinopathy and neuropathy, lipid profile, nutritional assessment, and inquiry about tobacco use. From the included patients, only 14 (7.3%) in primary healthcare and 52 (27.0%) in tertiary healthcare had at least 50% of those quality indicators covered. The major differences between the healthcare provided to patients in primary and tertiary healthcare were: assessment of diabetic nephropathy (84.8% vs. 95.8%, respectively), retinopathy (13.2% vs. 35.9%, respectively) and neuropathy (9.5% vs. 58.9%), in addition to nutritional assessment (17.2% vs. 38.0%, respectively). 334

• Alessi et al . have conducted a cross-sectional multicenter study on primary and tertiary healthcare to elderly with type 2 diabetes (>65 years, n=322, 160 in primary and 162 in tertiary healthcare) to assess the number of patients with proper glycemic control considering the need for individualized glycemic targets in a good part of that population. Patients meeting the glycemic targets were those with the following characteristics: HbA1c of 7.0-7.5% for an estimated life expectancy >10 years; HbA1c of 7.5-8.0% for an estimated life expectancy of 5-10 years; and HbA1c of 8.0-8.5% for an estimated life expectancy <5 years. In primary and tertiary healthcare, HbA1c level was over the target in 49.1% and 50.3% of the patients, respectively. In the entire sample, 42.2% of the patients were over the HbA1c target, 28.9% met the target, and 28.9% were below the target. 335

Risk Factors and Prevention

• Obesity, diet pattern, physical inactivity and sedentary lifestyle are well-known risk factors for the development of type 2 diabetes. The prevalence of diabetes clearly increases as the prevalence of obesity increases. 336 Diabetes can be prevented or its onset postponed with lifestyle changes, diet pattern changes, and use of drugs, mostly oral antidiabetic drugs.

• A systematic review with meta-analysis published by Sbaraini et al. in 2021 included 151 studies on the prevalence of overweight and obesity in Brazilian adolescents aged 10-19 years. They reported an increase in overweight prevalence as follows: 8.2% (95% CI: 7.7 – 8.7) up to 2000, 18.9% (95% CI: 14.7 – 23.2) from 2000 to 2009, and 25.1% (95% CI: 23.4 – 26.8) from 2010 onwards, a pattern similar to that of the prevalence of obesity. The Southeastern and Southern regions had higher prevalence of overweight and obesity, without difference between the sexes. 337

• Those same authors have shown that of 37 892 adolescents enrolled in the ERICA Study, 17.2% were overweight, 5.6% were obese, and 1.3% were severely obese, increasing the chance of adverse cardiometabolic outcomes according to higher BMI, including higher fasting plasma glucose [RP 5.30 (95% CI: 1.94 – 14.50)] and HbA1c (2.04; 95% CI: 1.29 – 3.25). 338

• Flor et al. have estimated the relation of type 2 diabetes in adults aged > 20 years and its percentage attributable to overweight and obesity in Brazil (Burden of Disease Project 2008 – Brazil). The results showed that 49.2%, 58.3% and 70.6% of diabetes in women were attributable to overweight, obesity, and excess weight, respectively. Regarding men, those percentages were 40.5%, 45.4%, and 60.3%, respectively. Differences were observed in the different Brazilian regions, and the most developed ones, South and Southeast, showed high percentages of diabetes attributable to obesity, while, in the Northern region, diabetes was related to overweight. This behavior might be related to a late epidemiological transition in less favored regions. 339

• In the baseline of the ELSA-Brasil Study, the analysis of 14 912 Brazilian civil servants has shown higher prevalence of diabetes among individuals with BMI of 25-29.9 kg/m2(18.9%; 95% CI: 18.0 – 19.9%) and above 30 kg/m2(32.1%; 95% CI: 30.6 – 33.6%) as compared to those with BMI ≤ 24.9 kg/m2(11.7; 95% CI: 10.9 – 12.6%). 340

• In a cross-sectional population-based study (VIGITEL, 2014), Moreira et al . have assessed the sociodemographic, behavioral, and dietary characteristics of 867 adults aged > 45 years in the city of João Pessoa, Paraíba state, and their associations with the presence of systemic arterial hypertension and diabetes. In an adjusted analysis, the prevalence of diabetes was higher among women with lower educational level (0-4 years of schooling, PR 3.3; 95% CI: 1.4 – 7.5) and no regular consumption of beans (PR 1.6; 95% CI: 1.0 – 2.8). Among men, the age ranges of 55-64 years (PR 5.1; 95% CI: 1.9 – 13.4) and ≥ 65 years (PR 4.0; 95% CI: 1.4 – 10.9) and being married (PR 17.7; 95% CI: 2.0 – 153.0) were associated with a higher prevalence of diabetes. 297

• In a cross-sectional population-based study conducted from 2006 to 2016 (VIGITEL, 2014), 297 Oliveira et al . assessed the sociodemographic, behavioral, and dietary characteristics of 572 437 adults aged >18 years from the Brazilian capitals and Distrito Federal and their association with self-reported diabetes. Individuals with diabetes had fewer risky and more protective behaviors as follows: higher intake of fruits and vegetables [34.0% (95% CI: 33.8 – 34.3) in controls and 40.7% (95% CI: 39.7 – 41.8) in individuals with diabetes, adjusted PR 1.05]; lower consumption of meat with excess fat [24.3% (95% CI: 23.3 – 25.2) vs. 32.3% (95% CI: 31.9 – 32.5), adjusted PR 0.95], of whole milk [44.5% (95% CI: 43.5 – 45.5) vs. 55.4% (95% CI: 55.1 – 55.7%), adjusted PR 0.87] and of soft drinks and sugar-sweetened beverages [9.5% (95% CI: 8.5 – 10.5) vs. 25% (95% CI: 24.6 – 25.4), adjusted PR 0.57]. Individuals with diabetes reported lower consumption of alcoholic beverages [15.9% (95% CI: 14.7 – 17.1) vs. 26.8% (95% CI: 26.4 – 27.2), adjusted PR 0.86] and less leisure-time physical activity [24.0% (95% CI: 23.1 – 25.0) vs. 34.6% (95% CI: 34.3 – 34.9), adjusted PR 0.92] than individuals without diabetes. 341

• In a cross-sectional analysis of the ELSA-Brazil Study, an adjusted model has shown an inverse association of diabetes and the intake of at least four servings per day of dairy products [0.76 (95% CI: 0.59 – 0.97)] in 10 010 adults. 342

• Considering leisure-time physical activity, the ELSA-Brazil Study has shown a lower chance of diabetes in active men and women as compared to inactive ones: 0.73 (95% CI: 0.61 – 0.87) and 0.83 (95% CI: 0.67 – 1.03), respectively. 343

• Werneck et al ., in 2018, based on data from the PNS-2013, have assessed the self-reported levels and patterns of television watching of 60 202 Brazilian adults and their association with type 2 diabetes. Television watching for more than 4 hours per day increased the likelihood of developing diabetes for men (1.64; 95% CI: 1.23 – 2.17) and women (1.33; 95% CI: 1.09 – 1.63) as compared to those watching television less than 2 hours per day. 344

• Teló et al ., in a cross-sectional study with 37 854 adolescents, have shown a higher likelihood of type 2 diabetes in those with obesity (OR 1.59; 95% CI: 1.20 – 2.11) and increased waist circumference (OR 1.51; 95% CI: 1.13 – 2.01), with no association with physical inactivity (< 60 min/day). 314

Future Research

• The evidence is still insufficient whether diabetes prevention through lifestyle changes would also prevent cardiovascular and microvascular complications of the disease.

• Studies on the incidence of type 1 and type 2 diabetes with national representativity, aimed at social and behavioral determinants are required.

• Considering the SUS coverage and the possibility of reaching many patients with type 1 and type 2 diabetes, studies focused on assessing the efficacy and effectiveness of the care provided to these patients in Brazil are required.

• Considering the several publications on the increase of the overweight and obesity incidence in the Brazilian population in all age ranges, mostly in the lower socioeconomic levels, efficient public policies to prevent obesity should be prioritized to reduce new cases of diabetes and its complications. Some exemples are: 1. Taxation of high caloric foods; 2. Mandatory labeling of food products; 3. Creation of programs to prevent and treat obesity in communities, rescuing individuals predisposed to diabetes by using simple tools (questionnaires); 4. Training of multiprofessional teams to engage in lifestyle change programs to prevent and treat diabetes; 5. Integration of physical education professionals into those programs.

9. DYSLIPIDEMIA

CID-10 E78 (E78.0 – E78.9); CID-10-CM E78 (E78.0 – E78.9)

See Tables 9-1 through 9-8 and Charts 9-1 through 9-5

Table 9-1. – Mean plasma lipid levels, prevalence of borderline and high levels, and estimated population with abnormal levels, by sex and age group. ERICA-Brasil, 2013-2014.

Lipids Mean Borderline High Estimated population with abnormality
mg/dL 95% CI % 95% CI % 95% CI
Total cholesterol
General population 148.1 147.1-149.1 24.2 22.7-25.8 20.1 19.0-21.3 2 940 705
Men 143.6 142.4-144.8 22.7 20.4-25.2 15.3 13.9-16.9 1 256 102
Women 152.6 151.4-153.9 25.7 24.5-27.0 24.9 23.4-26.5 1 684 602
12-14 years 149.4 148.0-150.7 25.8 24.3-27.4 20.7 19.1-22.5 937 793
15-17 years 147.1 145.8-148.3 22.8 20.8-24.9 19.6 18.0-21.2 2 002 911
LDLc
General population 85.3 84.5-86.1 19.5 18.5-20.5 3.5 3.2-4.0 1 526 733
Men 83.4 82.2-84.5 17.4 16.0-18.9 2.9 2.3-3.6 669 805
Women 87.2 86.3-88.1 21.5 20.2-22.9 4.3 3.7-4.9 856 928
12-14 years 86.2 85.1-87.3 20.6 19.0-22.4 3.7 3.1-4.4 467 877
15-17 years 84.5 83.5-85.5 18.4 17.2-19.7 3.4 2.9-4.1 1058 856
Triglycerides
General population 77.8 76.5-79.2 12.0 11.0-13.0 7.8 7.1-8.6 1 312 329
Men 76.4 74.7-78.1 10.9 9.8-12.2 7.6 6.5-8.8 610 449
Women 79.3 77.8-80.7 13.0 11.8-14.2 8.1 7.3-9.0 701 880
12-14 years 78.9 76.7-81.0 12.7 11.0-14.6 8.3 7.2-9.5 434 638
15-17 years 76.9 75.8-78.1 11.3 10.2-12.4 7.4 6.6-8.4 877 690
HDLc Mean Low
General population 47.3 46.7-47.9 46.8 44.8-48.9 - - 3 104 161
Men 44.9 44.4-45.5 55.9 53.7-58.2 - - 1 256 003
Women 49.6 48.9-50.3 37.8 35.4-40.2 - - 1 848 158
12-14 years 47.4 46.7-48.1 45.0 42.3-47.8 - - 819 980
15-17 years 47.2 46.4-48.0 48.4 45.9-50.8 - - 2 284 181

*Modified from Faria Neto et al. 349 LDLc: low-density-lipoprotein cholesterol; HDLc: high-density-lipoprotein cholesterol a: change = borderline + high values. b: Population estimates for the domains were obtained by processing the microdata from the 2000 and 2010 Demographic Census from the Brazilian Institute of Geography and Statistics.

Chart 9-1. – Change in age-standardized mortality rates due to ischemic heart disease and stroke attributable to high LDL-cholesterol levels between 1990 and 2019.

Chart 9-1

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46 Rates per 100,000 inhabitants.

Chart 9-5. – Numbers and age-standardized rates of DALYs and YLDs attributable to high LDL-cholesterol levels between 1990 and 2019.

Chart 9-5

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46 Rates per 100,000 inhabitants.

Abbreviations Used in Chapter 9.

AMI Acute Myocardial Infarction
CI Confidence Interval
CVD Cardiovascular Diseases
DALYs Disability-Adjusted Life Years
ELSA-Brasil The Brazilian Longitudinal Study of Adult Health
ERICA Brazilian Study of Cardiovascular Risk in Adolescents (in Portuguese, Estudo dos Riscos Cardiovasculares em Adolescentes )
FU Federative Unit
GBD 2019 Global Burden of Disease 2019
HDLc High-Density-Lipoprotein Cholesterol
LDLc Low-Density-Lipoprotein Cholesterol
OR Odds Ratio
PNAUM Study on the Access to, Use, and Promotion of Rational Use of Medicines in Brazil (in Portuguese, Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil )
PNS National Health Survey (in Portuguese, Pesquisa Nacional de Saúde )
SDI Sociodemographic Index
SUS Brazilian Unified Health System (in Portuguese, Sistema Único de Saúde )
TC Total Cholesterol
TG Triglycerides
UI Uncertainty Interval
YLDs Years Lived with Disability
YLLs Years of Life Lost

Table 9-2. – Prevalence of total cholesterol ≥ 200 mg/dL according to sex, age group, educational level, skin color, and country region. Brazil, PNS 2014-2015.

Total Men Women
% 95% CI p % 95% CI p % 95% CI p
Total 32.7 31.5 - 34.1 30.1 28.2 - 32.1 35.1 33.4 - 36.8 < 0.001
Age group (years)
18 - 29 17.9 15.7 - 20.4 < 0.001 13.9 11.2 - 17.4 < 0.001 21.9 18.7 - 25.5 < 0.001
30 - 44 31.0 28.7 - 33.4 34.9 31.2 - 38.8 27.6 24.9 - 30.5
45 - 59 43.4 40.8 - 46.0 39.4 35.7 - 43.4 47.0 43.5 - 50.5
≥ 60 41.9 39.1 - 44.8 33.5 29.5 - 37.9 48.4 44.7 - 52.2
Education (school years)
0 - 8 37.1 35.2 - 39.1 < 0.001 31.6 28.9 - 34.5 0.237 42.2 39.6 - 44.8 < 0.001
9 - 11 28.6 25.5 - 32.0 26.6 22.2 - 31.6 30.6 26.4 - 35.2
≥ 12 30.4 28.4 - 32.5 30.0 26.9 - 33.3 30.8 28.3 - 33.4
Skin color
White 33.9 31.9 - 36.0 0.146 30.8 27.8 - 33.9 0.669 36.6 33.9 - 39.4 0.196
Black 33.2 29.0 - 37.6 30.0 23.9 - 37.0 36.0 30.5 - 41.8
Mixed 31.5 29.8 - 33.3 29.5 26.9 - 32.4 33.4 31.1 - 35.7
Others 23.3 14.8 - 34.6 19.6 9.7 - 35.4 25.8 14.2 - 42.2
Region
North 32.5 30.4 - 34.6 0.195 31.0 27.9 - 34.3 0.376 33.9 31.2 - 36.7 0.291
Northeast 34.0 32.3 - 35.8 30.2 27.7 - 33.0 37.4 35.1 - 39.8
Southeast 31.5 29.1 - 34.1 28.7 25.1 - 32.6 34.1 30.9 - 37.4
South 34.7 31.7 - 37.8 33.4 28.9 - 38.3 35.8 32.0 - 39.8
West-Central 31.7 28.7 - 34.8 30.1 25.7 - 34.9 33.0 29.1 - 37.2

Source: Malta et al. 348

Table 9-3. – Prevalence of low HDL-cholesterol (< 40 mg/dL) according to sex, age group, educational level, skin color, and Brazilian region, PNS 2014-2015.

Total Men Women
% 95% CI P % 95% CI p % 95% CI p
Total 31.8 30.5 - 33.1 42.8 40.6 - 45.0 22.0 20.6 - 23.5 < 0.001
Age group (years)
18 - 29 29.1 26.2 - 32.2 0.070 39.7 34.9 - 44.7 0.159 18.7 15.9 - 21.9 0.046
30 - 44 31.8 29.4 - 34.2 41.8 37.9 - 45.7 23.0 20.4 - 25.9
45 - 59 34.1 31.6 - 36.6 44.8 40.9 - 48.8 24.3 21.5 - 27.4
≥ 60 32.4 29.8 - 35.2 46.5 42.1 - 51.1 21.5 18.7 - 24.6
Education (school years)
0 - 8 33.7 31.8 - 35.7 < 0.001 43.3 40.2 - 46.4 0.006 24.9 22.8 - 27.2 < 0.001
9 - 11 38.5 34.9 - 42.2 50.0 44.3 - 55.6 27.0 22.9 - 31.5
≥ 12 27.8 25.9 - 29.9 39.6 36.2 - 43.2 18.1 16.1 - 20.3
Skin color
White 31.0 29.0 - 33.1 0.072 43.0 39.7 - 46.5 0.586 20.6 18.4 - 23.0 0.006
Black 28.5 24.3 - 33.2 41.8 34.5 - 49.4 16.6 12.6 - 21.6
Mixed 33.5 31.7 - 35.4 43.0 40.0 - 46.1 24.8 22.8 - 27.0
Others 24.7 15.8 - 36.5 27.7 15.1 - 45.2 22.7 11.6 - 39.5
Country region
North 36.6 34.4 - 38.8 < 0.001 47.2 43.7 - 50.7 0.036 26.7 24.2 - 29.4 < 0.001
Northeast 34.8 33.0 - 36.6 44.3 41.4 - 47.2 26.4 24.3 - 28.6
Southeast 30.8 28.3 - 33.4 43.1 38.9 - 47.3 20.0 17.4 - 22.9
South 26.1 23.3 - 29.0 36.3 31.6 - 41.2 16.8 14.1 - 20.0
West-Central 34.3 31.1 - 37.6 45.0 39.8 - 50.3 24.7 21.2 - 28.6

Source: Malta et al. 348

Table 9-4. – Prevalence of high LDL-cholesterol (> 130 mg/dL) according to sex, age group, educational level, skin color, and Brazilian region, PNS 2014-2015.

Total Men Women
% 95% CI p % 95% CI p % 95% CI p
Total 18.6 17.5 - 19.7 17.1 15.6 - 18.8 19.9 18.5 - 21.3 0.012
Age group (years)
18 - 29 8.8 7.2 - 10.7 < 0.001 6.6 4.8 - 9.0 < 0.001 11.0 8.7 - 14.0 < 0.001
30 - 44 17.5 15.7 - 19.5 20.2 17.3 - 23.6 15.2 13.0 - 17.6
45 - 59 25.6 23.3 - 27.9 23.2 20.0 - 26.7 27.7 24.7 - 30.9
≥ 60 24.5 22.2 - 27.0 19.5 16.3 - 23.2 28.4 25.1 - 31.9
Education (school years)
0 - 8 21.5 20.0 - 23.2 < 0.001 17.8 15.7 - 20.1 0.525 24.9 22.8 - 27.2 < 0.001
9 - 11 16.8 14.3 - 19.7 15.2 11.8 - 19.3 18.5 15.0 - 22.6
≥ 12 16.7 15.1 - 18.4 17.2 14.8 - 20.0 16.2 14.2 - 18.4
Skin color
White 20.1 18.5 - 21.9 0.009 18.8 16.4 - 21.4 0.131 21.3 19.1 - 23.8 0.095
Black 16.6 13.6 - 20.2 15.2 10.9 - 20.8 17.9 13.9 - 22.7
Mixed 17.4 16.1 - 18.8 15.9 13.9 - 18.1 18.8 17.0 - 20.7
Others 10.1 6.0 - 16.6 8.6 3.6 - 19.1 11.2 5.7 - 20.7
Country region
North 16.2 14.7 - 17.9 0.136 15.5 13.2 - 18.1 0.355 17.0 14.9 - 19.2 0.195
Northeast 19.8 18.4 - 21.3 17.5 15.5 - 19.8 21.9 19.9 - 23.9
Southeast 17.9 16.0 - 19.9 16.1 13.4 - 19.3 19.4 16.8 - 22.2
South 20.0 17.6 - 22.6 19.8 16.2 - 24.0 20.1 17.1 - 23.5
West-Central 17.8 15.4 - 20.4 17.8 14.3 - 21.9 17.8 14.8 - 21.3

Source: Malta et al.348

Table 9-5. – Numbers of deaths and age-standardized mortality rates attributable to high LDL-cholesterol levels in 1990 and 2019, and percent change of rates, in Brazil and Federative Units.

Death due to high LDL cholesterol and location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
Acre 80.9 (63.6;101.6) 64.4 (46.8;87.3) 210.6 (165.1;270.7) 38.3 (28.2;51.5) -40.5 (-46.4;-32.9)
Alagoas 936.8 (725.7;1212.7) 78.9 (58.7;106.1) 1690.1 (1304.7;2141.2) 53.4 (40.6;69.2) -32.3 (-40.6;-21.2)
Amapá 47.3 (37.8;59.9) 58.5 (43.4;79.3) 172.7 (139.2;218.4) 36 (27.5;47.8) -38.5 (-44.6;-31.8)
Amazonas 411.7 (325.7;521.4) 69.7 (51.1;94.9) 883.6 (663.9;1167.2) 32.7 (23.5;44.5) -53.1 (-59;-46.4)
Bahia 4070.8 (3156.6;5194.6) 66.4 (49.6;87.6) 6786.7 (5077.9;8762.6) 41.3 (30.8;53.8) -37.8 (-48;-25.8)
Brazil 68327.1 (55096.6;83767.8) 88.6 (67.8;114.8) 99375.3 (78038.6;126142.7) 43.1 (33.4;55.9) -51.3 (-53.8;-48.6)
Ceará 2062.8 (1514.7;2733.1) 53.3 (38.8;71.8) 4448.1 (3298.5;6074.6) 45.1 (33.2;62) -15.5 (-29.9;4.8)
Distrito Federal 411.5 (339.1;499.7) 107.1 (77.1;144.1) 791.7 (603.6;1004) 41.7 (29.3;57.5) -61.1 (-66.1;-55.6)
Espírito Santo 1032.7 (822.4;1303.7) 87.8 (64.6;117.7) 1923.6 (1488.8;2494.9) 45.9 (34.8;60.9) -47.7 (-53.9;-41)
Goiás 1506.3 (1190.3;1897.7) 87.5 (64.1;116.2) 2894.6 (2210.2;3652.8) 43.1 (32.6;55.7) -50.7 (-59.5;-40.2)
Maranhão 1836.1 (1417.7;2352.5) 77.1 (57.8;102.6) 3879.6 (2906.2;5171.6) 59.8 (44.1;80.6) -22.5 (-37;-3.5)
Mato Grosso 548.4 (436.1;671.6) 82.5 (62;107.9) 1170.8 (904.1;1482.8) 37.4 (27.8;49.1) -54.7 (-60.1;-48.1)
Mato Grosso do Sul 681 (555.3;829.6) 91.6 (70;117.2) 1255.2 (983.2;1596.2) 44.5 (33.9;58) -51.5 (-56.8;-45.5)
Minas Gerais 7931.1 (6430.8;9675) 98.8 (75.7;126.6) 9517.5 (7373.8;12338.1) 36 (27.7;46.8) -63.6 (-67.7;-59.3)
Pará 1367.8 (1062.2;1781.8) 81.3 (59.4;112.2) 2690.8 (2065;3506.2) 39.7 (29.8;53) -51.1 (-57.5;-43.6)
Paraíba 1382.7 (1045.4;1805.4) 64 (48;83.7) 2269.8 (1696.4;3012.5) 46.2 (34.9;60.3) -27.9 (-37.2;-16.6)
Paraná 4091.5 (3306.9;5040.5) 104.8 (79;139.1) 5530.9 (4235;7223) 43.9 (33.1;58.3) -58.1 (-62.3;-53.2)
Pernambuco 3428.3 (2704;4329.7) 86.5 (65.4;113.9) 5636 (4347.5;7062.3) 57.6 (44;73.1) -33.4 (-40.4;-24.4)
Piauí 847.6 (658.5;1106.6) 73.5 (53.9;100.8) 1584.5 (1179.1;2110.5) 41 (30.9;54.7) -44.2 (-51;-36.5)
Rio de Janeiro 9443.4 (7744.9;11437.7) 112.3 (87.4;141.7) 10806.8 (8418.7;13551.9) 49.1 (37.8;62.2) -56.3 (-60.6;-51.7)
Rio Grande do Norte 916.4 (688.2;1212) 61.3 (45.6;81.8) 1644.4 (1223.6;2156.1) 41 (30.9;53.6) -33.1 (-43.6;-20.3)
Rio Grande do Sul 5115.6 (4086.6;6345.7) 90.4 (68.2;117.4) 6199.1 (4632.3;8338.2) 40.5 (30;54.5) -55.2 (-59.9;-50.7)
Rondônia 242 (196.1;293.9) 108.9 (78.7;147.6) 630.4 (483.6;801.3) 43.7 (32.4;57.5) -59.9 (-65.6;-52.8)
Roraima 36.7 (30;44.4) 87.6 (64.5;118.2) 123.9 (98.8;152.6) 41 (30.3;54.8) -53.1 (-57.7;-47.9)
Santa Catarina 1997.2 (1608.5;2492.3) 96.8 (72.5;128.5) 3061.3 (2351.4;3875.8) 40.6 (30.1;52.9) -58.1 (-62.4;-53.1)
São Paulo 17219.5 (13928.7;21011.3) 104.1 (79.1;133.6) 21988.1 (16961;27558.7) 42.2 (31.9;53.6) -59.5 (-63.6;-54.9)
Sergipe 450.3 (344;592.6) 72.8 (52.1;100.4) 935.9 (707.3;1229.3) 42.3 (31.4;56.2) -41.9 (-51;-30)
Tocantins 230.7 (179.4;291) 80.5 (57.9;110.3) 648.6 (491.9;860.9) 47.3 (35.1;63.8) -41.3 (-50.2;-30.1)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46 Rates per 100,000 inhabitants.

Table 9-6. – Mortality rate (age-standardized) attributable to high LDL-cholesterol levels in 1990 and 2019, and percent change of rates, stratified by sex, in Brazil and its Federative Units.

Mortality rate attributable to high LDL cholesterol Women Men
1990 2019 Percent change (95% UI) 1990 2019 Percent change (95% UI)
Acre 49.4(35.1-67.2) 28.8(20.5-39.9) -41.6(-49.4--31.2) 82.5(59.6-112.2) 49.9(37-66.7) -39.5(-48--29.1)
Alagoas 67.9(48.6-92.7) 45(32.9-61) -33.8(-44.2--19.6) 91.3(68.3-122) 63.5(46.7-82.4) -30.4(-42.8--14.1)
Amapá 47.1(34.3-65.4) 27.1(19.5-37.3) -42.5(-49.6--34.3) 71(53.5-95.4) 46(34.8-61.1) -35.2(-42.9--26.7)
Amazonas 63.5(44.2-88.4) 25(17.2-35.2) -60.6(-66.4--53.3) 75(55.5-100.1) 40.7(29.6-54.8) -45.8(-54.5--35.8)
Bahia 57.9(41.7-79.8) 30.6(20.8-41.7) -47.1(-58--32.6) 75.8(56.3-101) 54.7(39.5-72.8) -27.9(-44.4--6.6)
Brazil 72.9(54.2-97.8) 33.8(25-45.1) -53.7(-56.9--50.4) 105.7(82.4-133.6) 54.2(42.3-68.4) -48.8(-52.1--44.9)
Ceará 45.4(31.7-62) 36.8(25.1-51.3) -18.9(-36.8-7.7) 62.4(44.6-86.9) 54.9(38.8-76.8) -12(-33.7-19)
Distrito Federal 89.4(63.8-121.1) 34.3(22.9-48.5) -61.6(-68.4--54.8) 137.9(97.6-187.2) 51.7(36.6-70.3) -62.5(-67.8--56)
Espírito Santo 76.2(54.7-104.6) 35.9(26.2-48.7) -52.9(-59.3--45) 100.1(75.8-131.4) 57.7(43.9-76.4) -42.4(-51.3--32.6)
Goiás 74(52.2-102.8) 34.5(24.7-47.2) -53.4(-62.3--41.9) 102(75.4-134.7) 52.6(38.9-68.4) -48.4(-60--32.7)
Maranhão 42.3(29.7-57.3) 41.8(30.2-58.5) -1(-23.3-31.9) 134.1(95.5-185) 84.3(59.8-116.1) -37.2(-51.1--18.1)
Mato Grosso 68.8(50.2-91.4) 30.3(21.6-41.1) -56(-62.7--47.7) 93.8(70.5-124) 44.3(33.6-58.2) -52.7(-60.3--42.7)
Mato Grosso do Sul 78.6(57.9-103.8) 34.8(24.6-47.5) -55.7(-61.6--48.8) 102.9(79-131) 54.9(41.8-70.3) -46.7(-54.6--37.6)
Minas Gerais 83.7(61.4-111.4) 28.9(20.8-39.5) -65.4(-70.4--60.1) 114.8(89.2-144.7) 43.9(33.5-56.7) -61.8(-67.5--55.4)
Pará 68.9(47.9-97.3) 29.6(20.9-41.1) -57(-63.9--48.4) 93.6(68.8-127.3) 50.5(37.6-67.7) -46(-55.7--33.7)
Paraíba 58.3(42-78.4) 38.1(27.7-51.7) -34.6(-45.1--20.4) 70.9(52.5-93.2) 55.7(41.7-73) -21.4(-37--1.5)
Paraná 92.9(67.9-126.1) 35.2(25.2-48.3) -62.1(-67.2--56.8) 116.5(89.3-151.1) 53.9(39.8-70.7) -53.7(-60.2--46.2)
Pernambuco 75.6(55.6-100.1) 45(32.8-59.3) -40.4(-48.7--31.2) 99.1(76.5-127.5) 73.5(55.7-93.5) -25.8(-37.2--12.3)
Piauí 55.8(39-78.6) 32.7(23.3-46.5) -41.5(-50.7--30.6) 94.6(70.4-130.5) 50.6(38.7-66.1) -46.5(-55--35.8)
Rio de Janeiro 88.4(66-117.8) 36.7(27.2-48.4) -58.4(-63.5--52.5) 142(111.6-176.7) 64.9(50-83.1) -54.3(-60.1--47.7)
Rio Grande do Norte 49.7(35.3-66.6) 31.1(21.9-41.4) -37.3(-49.4--22.6) 75.1(55.3-100.5) 52.9(38.4-70.5) -29.5(-45.8--8.5)
Rio Grande do Sul 76.3(55.9-102.2) 34(24.4-47.2) -55.4(-60.8--49.6) 105.6(81.6-134.5) 47.5(35-62.7) -55(-61--48.5)
Rondônia 103.6(71.7-145.3) 35.2(25.2-47.9) -66.1(-71.6--59.5) 112.1(81.3-152.8) 52.1(37.9-68.5) -53.5(-62.4--41.9)
Roraima 68.1(48.4-95.3) 31.9(22.5-43.8) -53.1(-58.4--47.9) 103(76.2-135.5) 49.4(36.7-65.5) -52.1(-58.1--44.6)
Santa Catarina 84(60.1-115.4) 32.7(22.9-45.3) -61.1(-66.2--55.1) 110.1(84.9-143.3) 49.2(37.2-63.2) -55.3(-61.6--48.3)
São Paulo 84.8(61.3-112.9) 32.9(23.6-44.3) -61.2(-66.3--55.5) 125.3(96.9-159) 53.1(40.3-68.1) -57.6(-63.1--51)
Sergipe 64.6(45.3-89.8) 35.9(25.6-50) -44.5(-55.1--30.6) 82.4(58.7-115) 50(36.1-66.6) -39.3(-52.3--21.8)
Tocantins 67(46.4-94.9) 33.2(23.9-45.5) -50.5(-59.7--38.3) 93.5(66-129.9) 64.1(46.5-86.8) -31.5(-44.9--13.7)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46 Rates per 100,000 inhabitants.

Table 9-7. – Numbers and rates of deaths, DALYs, YLLs, YLDs attributable to high LDL-cholesterol levels in 1990 and 2019, and percentage change of rates, by age group, in Brazil.

Deaths
1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
15-49 years 11169.2 (10105.5-12136.3) 14.6 (13.2-15.8) 10693.4 (9673.6-11619.4) 9.3 (8.4-10.1) -36.5 (-40.2--32.6)
50-69 years 28552.5 (23642.8-33735.4) 182 (150.7-215) 37840.3 (31377.7-43975.3) 93.8 (77.8-109) -48.5 (-51.8--45.1)
05-14 years
70+ years 28605.4 (18724.9-41561.4) 676.2 (442.7-982.5) 50841.6 (32880.6-75444.8) 388.4 (251.2-576.4) -42.6 (-47.5--38.6)
Age-standardized 88.6 (67.8-114.8) 43.1 (33.4-55.9) -51.3 (-53.8--48.6)
All ages 68327.1 (55096.6-83767.8) 45.9 (37-56.3) 99375.3 (78038.6-126142.7) 45.9 (36-58.2) -0.1 (-7.4-6.7)
Under 5
DALYs
1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
15-49 years 547499.7 (493892-595058.5) 714.3 (644.4-776.4) 529727.6 (476934.4-574563.7) 458.7 (413-497.5) -35.8 (-39.3--32)
50-69 years 884741.5 (742881.3-1036354.8) 5639.7 (4735.5-6606.2) 1184341.7 (997186.1-1365623.1) 2935.7 (2471.8-3385) -47.9 (-51.1--44.7)
5-14 years
70+ years 389558.3 (259395.2-568128) 9209.3 (6132.2-13430.7) 649071.5 (432523.4-944262.9) 4959.1 (3304.6-7214.4) -46.2 (-50.3--42.5)
Age-standardized 1940.1 (1614.4-2322.9) 981.3 (817.1-1162.4) -49.4 (-52--46.8)
All ages 1821799.5 (1548456.3-2139062.9) 1224 (1040.4-1437.2) 2363140.8 (1985655.3-2781317.9) 1090.7 (916.5-1283.7) -10.9 (-16--6.1)
Under 5
YLLs
1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
15-49 years 527862.7 (477315.3-573651.8) 688.7 (622.8-748.4) 498313.6 (450959.6-540989.3) 431.5 (390.5-468.4) -37.3 (-40.9--33.5)
50-69 years 855877 (719469.5-1001509.1) 5455.7 (4586.2-6384.1) 1123815.9 (947867-1297638.5) 2785.6 (2349.5-3216.5) -48.9 (-52.2--45.7)
5-14 years
70+ years 375390.1 (246447.5-550544.6) 8874.3 (5826.1-13015) 608617.9 (406217-887792.4) 4650 (3103.6-6783) -47.6 (-51.8--44)
Age-standardized 1874.3 (1560.8-2234.9) 925.9 (773.1-1093.9) -50.6 (-53.2--47.9)
All ages 1759129.8 (1501507.3-2056575.1) 1181.9 (1008.8-1381.8) 2230747.4 (1880846.6-2617317) 1029.6 (868.1-1208) -12.9 (-18--8)
Under 5
YLDs
1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
15-49 years 19637 (12830.1-27604.3) 25.6 (16.7-36) 31414 (20934.9-43414) 27.2 (18.1-37.6) 6.2 (-0.5-13.9)
50-69 years 28864.5 (18492.9-41136.1) 184 (117.9-262.2) 60525.8 (38344.5-87578.5) 150 (95-217.1) -18.5 (-24.7--12.1)
5-14 years
70+ years 14168.2 (7112.4-23987.6) 334.9 (168.1-567.1) 40453.6 (21750.9-67619.8) 309.1 (166.2-516.6) -7.7 (-17.4-3)
Age-standardized 65.7 (42.2-92.3) 55.4 (36.3-77.7) -15.8 (-20.6--11)
All ages 62669.7 (41368.3-87014.6) 42.1 (27.8-58.5) 132393.4 (87120.9-184088.9) 61.1 (40.2-85) 45.1 (35.5-54.6)
Under 5

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46 Rates per 100,000 inhabitants.

Table 9-8. – Age-standardized rates of DALYs attributable to high LDL-cholesterol levels in 1990 and 2019, and percent change of rates, stratified by sex, in Brazil and its Federative Units.

Location Female Male
1990 2019 Percent change (95% UI) 1990 2019 Percent change (95% UI)
Acre 933.9(730.9-1172.4) 563.1(440-713.7) -39.7(-48.2--28.8) 1652.5(1305.3-2048.3) 1072.6(861.3-1321) -35.1(-44.5--23.2)
Alagoas 1400.3(1097.3-1750.5) 983.1(768.6-1227.2) -29.8(-41.7--14.9) 2166.9(1748.7-2660.8) 1601.9(1262.7-1987.3) -26.1(-39.5--8.7)
Amapá 863.2(685.6-1082.8) 557.2(444.5-697.8) -35.5(-43.4--27) 1506.7(1243.3-1837.2) 1055.6(864.5-1291.4) -29.9(-38.6--20.4)
Amazonas 1084.7(838.7-1405.1) 471.7(360-607.7) -56.5(-62.8--48.8) 1573.5(1265.9-1945.1) 927.4(722.3-1172.9) -41.1(-50.9--30.3)
Bahia 1193.9(932.9-1513.8) 677.8(508.4-866.2) -43.2(-55.6--27.8) 1814(1435.9-2248.1) 1320.7(1009.4-1689) -27.2(-44--4.8)
Brazil 1425.8(1165.2-1745.1) 692.2(567-842.5) -51.5(-54.8--47.9) 2496(2090.2-2980.2) 1310.6(1097.4-1543) -47.5(-50.9--43.8)
Ceará 922(698.3-1185.5) 712.9(526.1-940) -22.7(-41.2-4.2) 1404.6(1054.1-1827.7) 1263.1(956.6-1661.9) -10.1(-32.7-23)
Distrito Federal 1520.2(1186.9-1929.7) 544.6(407.7-712.1) -64.2(-70.5--57.9) 2657(2070.6-3340.4) 1013.4(795.3-1273.3) -61.9(-67.4--54.6)
Espírito Santo 1382.6(1115.2-1751.2) 725.3(575.8-910.9) -47.5(-54.9--39.1) 2181.2(1802.6-2663.3) 1347.5(1080.9-1677.9) -38.2(-48--27.8)
Goiás 1441.1(1105-1866.5) 721.4(555.1-931.4) -49.9(-60.2--36.6) 2336.7(1833.9-2936.5) 1313.5(1013.1-1659.3) -43.8(-56.9--26.3)
Maranhão 971.1(720.4-1247.8) 884.4(670.7-1156.5) -8.9(-30.8-26.9) 3147.1(2354.6-4071.7) 1880.2(1403.5-2520.1) -40.3(-54.9--19.2)
Mato Grosso 1355.4(1081.9-1688.7) 614.4(480.1-776.8) -54.7(-61.9--46.1) 2116.8(1663.5-2650) 1083.4(867.6-1325.6) -48.8(-57.5--37)
Mato Grosso do Sul 1505.9(1226.7-1853.2) 714(558.4-902) -52.6(-59.1--44.9) 2387.8(1980.9-2867.9) 1338.7(1082.1-1637.9) -43.9(-52.7--33.9)
Minas Gerais 1549.5(1261.2-1917.9) 601.5(481.6-767.4) -61.2(-66.7--55.1) 2620.9(2197.5-3117.1) 1075.8(870.3-1303.7) -59(-65.2--52.1)
Pará 1237.1(959.3-1603.7) 612.2(470.3-777.2) -50.5(-58.7--40.1) 1992.2(1570.9-2548.5) 1187.9(936-1495) -40.4(-51.8--26.4)
Paraíba 1196.6(938.8-1467.9) 797.1(621.6-1009) -33.4(-44.6--18.4) 1724.1(1365.9-2161) 1391.5(1089.9-1748.8) -19.3(-35.7-1.7)
Paraná 1695.8(1366.5-2120.4) 686.8(532.4-876.2) -59.5(-65.2--53.6) 2599.9(2167-3137.2) 1268.8(994.8-1596.1) -51.2(-58--43.1)
Pernambuco 1508.5(1223.5-1864.7) 939(738.7-1166.5) -37.8(-46.8--28.1) 2311.8(1933.4-2767.6) 1818.3(1446.6-2218.6) -21.3(-33.9--7.1)
Piauí 1055.1(828.3-1348.6) 662.4(520.5-848) -37.2(-47.3--25.5) 2056.7(1662.2-2564.9) 1231.8(999.6-1495.1) -40.1(-49.5--28.7)
Rio de Janeiro 1784.1(1474.1-2152) 792.4(632.7-970.2) -55.6(-61--49) 3442(2926.8-4060.3) 1622.7(1322-1965.5) -52.9(-59.2--45.8)
Rio Grande do Norte 996.1(779.7-1245.5) 660.3(494.9-838) -33.7(-46.7--17.5) 1673.9(1313.8-2102.4) 1309.4(983.6-1656.2) -21.8(-40.2-1.6)
Rio Grande do Sul 1452(1181.6-1788.3) 656.1(514-845.5) -54.8(-60.4--48.4) 2481(2041.4-2989.1) 1115.5(880.1-1384.5) -55(-61.1--48.5)
Rondônia 1767.1(1344.4-2274.7) 702.6(551.9-888.8) -60.2(-66.9--52.1) 2277.1(1790.4-2862.2) 1224.4(942.4-1536.4) -46.2(-56.6--32.5)
Roraima 1199.6(947-1536.6) 554.7(430.9-695.3) -53.8(-59.1--47.9) 2103.1(1689.7-2625.6) 1075.6(865.6-1312.8) -48.9(-56--40.4)
Santa Catarina 1514.2(1206.4-1898.2) 609.7(474.3-774.7) -59.7(-65.5--53.8) 2427.5(2005.9-2959.6) 1134.2(907.3-1399.6) -53.3(-60--45.5)
São Paulo 1547.8(1237-1892.5) 662.1(527.8-827) -57.2(-62.9--50.7) 2906.3(2421.4-3472.8) 1310.8(1075.3-1602.9) -54.9(-60.8--47.8)
Sergipe 1149.9(884.9-1477) 745.5(574.6-978.8) -35.2(-48--18.6) 1693.4(1339.3-2177.8) 1194.7(913.1-1516.8) -29.4(-44.7--9.5)
Tocantins 1177(907.1-1521.7) 689.2(539.2-869) -41.4(-52.3--26.8) 1904(1458.8-2435.4) 1415.8(1094.7-1824.6) -25.6(-41.2--4.2)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46 Rates per 100,000 inhabitants.

Chart 9-2. – Correlation between the percent change in age-standardized mortality rate from 1990 to 2019 and the 2019 Sociodemographic Index of each federative unit.

Chart 9-2

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 12 Rates per 100,000 inhabitants.

Chart 9-3. – Proportional mortality attributable to high LDL-cholesterol levels by age group, Brazil, 2019.

Chart 9-3

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 9-4. – Numbers of deaths and YLLs and age-standardized rates of mortality and YLLs attributable to high LDL-cholesterol levels between 1990 and 2019.

Chart 9-4

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46 Rates per 100,000 inhabitants.

Introduction

• Dyslipidemia is defined as abnormal serum lipid levels, including cholesterol, its subfractions and/or TG. Dyslipidemia is a well-defined risk factor for CVD, in which its causal role has been unequivocally established. 346 Its treatment, even in primary prevention, has been shown to effectively reduce CVD. 347 Data on mean cholesterol levels and prevalence of dyslipidemia were obtained for adults primarily from the PNS 2015 and for adolescents from the ERICA Study. Smaller prevalence studies (regionally based) were also used when appropriate.

• Throughout this chapter we will usually describe data on TC, LDLc, HDLc, and TG when available. Definitions of dyslipidemia vary historically and according to the positions of local cardiology societies. In this chapter, for the purpose of classification and unless stated otherwise, we will use the term dyslipidemia as follows: for adults, TC ≥ 200 mg/dL, LDLc ≥ 130 mg/dL, HDLc < 40 mg/dL, and TG ≥ 150 mg/dL; 348 and for children and adolescents, TC ≥ 170 mg/dL, LDLc ≥ 130 mg/dL, HDLc < 45 mg/dL, and TG ≥ 130 mg/dL. 349

Prevalence

Youth

• In the nationwide ERICA Study, Faria Neto et al . 349 evaluated 38 069 schoolchildren (60% girls) aged 12 to 17 years from the capitals of the 27 Brazilian FUs, in addition to five sets of municipalities with more than 100 000 inhabitants, in all five Brazilian geographic regions. 349 Mean TC was 148 mg/dL (95% CI, 147-149 mg/dL), LDLc 85 mg/dL (95% CI, 84-86 mg/dL), HDLc 47 mg/dL (95% CI, 47-48 mg/dL) and TG 78 mg/dL (95% CI, 76-79 mg/dL). Regarding the prevalence of abnormal values, 20.1% (95% CI, 19-21.3%) showed an increase in TC, 3.5% (95% CI, 3.2-4%) in LDLc, and 7.8% (95% CI, 7.1-8.6%) in TG. The prevalence of low HDLc was 47% (95% CI, 45-49%). Such data stratified by age and sex can be seen in Table 9-1 .

• For children aged 6 to 12 years, there data is scanty. In a study conducted in Santa Catarina with 1011 students aged 6 to 14 years (52.4% girls), the following mean levels were reported: TC, 172 (± 27) mg/dL in girls, 170 (± 28) mg/dL in boys; LDLc, 104 (± 24) mg/dL in girls, 104 (± 27) mg/dL in boys; HDLc, 49 (± 11) mg/dL in girls, 49 (± 11) mg/dL in boys; and TG, 80 (24-459) mg/dL in girls, 77 (14-752) mg/dL in boys. 350

• A study conducted in the city of Vitória with 511 children (age, 6 to 9 years; 46.77% boys) found high TC in 32.7% of them, high LDLc in 9.2%, low HDLc in 27%, and elevated TG levels in 4.1%. 351 In the city of Salvador, of 1131 children evaluated (age, 7 to 15 years; 50.1% boys), 25.5% (95% CI, 22.7 – 28.3) were found to be dyslipidemic (TC ≥ 170 mg/dL and/or TG ≥ 130 mg/dL). Dyslipidemia was associated with excess body weight (OR: 3.40; 95% CI, 2.07-5.58) and moderate to high consumption of high-risk food (OR: 1.49; 95% CI, 1.01-2.19). 352

Adults

• According to a study by Malta et al . 348 using data from the PNS 2014-2015, in the Brazilian adult population, the prevalence of high TC was 32.7%, of high LDLc, 18.6%, and of low HDLc, 31.8%. In that study, the mean levels were as follows: TC, 185 mg/dL; LDLc, 105 mg/dL; and HDLc, 46 mg/dL. While the prevalence of high TC was higher in women, the prevalence of low HDLc was higher in men. Detailed information on the prevalence of elevated TC and LDLc and of low HDLc stratified by sex, for different age groups, educational attainment, skin color and country region are presented in Tables 9-2 to 9-4. In general, higher levels of education were related to lower prevalence of high TC and LDLc and of low HDLc. Older age groups had higher prevalence of elevated TC and LDLc. Residing in the Southern and Southeastern regions of Brazil were related to lower prevalence of low HDLc. An association between self-reported skin color and lipid profile was less clear, but black women had a lower prevalence of low HDLc. 348 Other factors associated with lipid profile changes that have been reported in the Brazilian population include physical activity 353 and seasonal variations. 354

• The ELSA-Brasil study found the following percentages in women and men, respectively: high LDLc, 57.6% and 58.8%; low HDLc, 20.7% and 14.7%; and hypertriglyceridemia, 23.2% and 40.7%. In addition, the ELSA-Brasil study reported small differences, whose clinical impact seem to be limited, in the lipid profile according to skin color. 355

• In 2003, Martinez et al . reported on the evaluation of 81 262 individuals (51% male; 44.7 ± 15.7 years) from 13 large Brazilian cities. 356 Mean TC was 199.0 ± 35.0 mg/dL and 13% of the sample had a TC above 240 mg/dL.

Attributable Risk

Mortality

• The absolute number of deaths and mortality rates countrywide and by FU (including percent change) can be seen in Table 9-5. According to the GBD Study 2019 estimates, between 1990 and 2019, the cardiovascular mortality attributable to high levels of LDLc in Brazil increased in absolute numbers, from 68 327 (95% CI, 55 097 - 83 768) to 99 375 (95% CI, 78 039 - 126 143), but had a 51.3% reduction in the age-standardized rate [88.6 (95% CI, 67.8 - 114.8) to 43.1 (95% CI, 33.4 - 55.9) per 100,000], as a result of population aging. Of the states, Minas Gerais had the highest reduction in mortality rate (-63%) and Ceará, the lowest (-15%).

• Table 9-6 describes the mortality rates attributable to elevated LDLc stratified by sex. For women, the rate went from 72.9 (54.2-97.8) in 1990 to 33.8 (25-45.1) in 2019, a reduction of 53.7% (-56.9 to -50.4) at national level. The greatest reduction was observed in the state of Rondônia (-66.1%) and the smallest, in the state of Maranhão (-1%). For men, the overall percent change was -48.8% (-52.1 to -44.9), from 105.7 (82.4-133.6) in 1990 to 54.2 (42.3-68.4) in 2019, and Distrito Federal had the greatest reduction (-61.9%) and Ceará, the lowest (-10.1%).

• The specific causes of death attributable to high LDLc followed the same trend. Mortality from ischemic heart disease went from 57 020 (95% CI, 46 252 - 68 541) to 83 759 (95% CI, 65 742 - 101 543) and cerebrovascular from 11 306 (95% CI, 5 270 - 21 619) to 15 615 (95% CI, 5 522 - 32 805) with a reduction in the age-standardized mortality rate for both. 46 The change in the age-standardized mortality rate due to ischemic heart disease and stroke attributable to high LDLc, from 1990 to 2019, is represented in Chart 9-1.

• The SDI is a composite index that measures per capita income, fertility, education, and sociodemographic development. The SDI allows the comparison of states and countries according to their development. The reduction in age-standardized mortality rate was greater in the FUs with higher SDI (Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro), and smaller in those with lower SDI, such as the FUs in the Northeastern region (Chart 9-2).

• Absolute numbers of deaths and mortality rates by age group are demonstrated in Table 9-7. There was a reduction in the mortality rate for all age groups. The age group of 50-69 years experienced the highest reduction in the mortality rate (-48.5%). Chart 9-3 depicts the proportion of mortality by age group attributable to high LDLc. This risk factor seems to have greater impact on those aged 40 to 64 years.

Years of Life Lost

• The same phenomenon observed for mortality rates can be evidenced for the metric of YLLs, which varied in absolute numbers from 1 759 130 (95% CI, 1 501 507 – 2 056 575) to 2 230 747 (95% CI, 1 880 847 – 2 617 317). The age-standardized rate varied from 1874.3 (95% CI, 1561 - 2235) to 926 (95% CI, 773-1094). 12 The increase in the number of deaths and YLLs attributable to LDLc and the reduction in the age-standardized rates of both between 1990 and 2019 are shown in Chart 9-4. The absence of a reduction in the mortality rate, when removing the age-standardization, is explained by population aging.

Burden of Disease

• In addition to the fatal complications of CVD attributable to dyslipidemia, non-fatal complications, such as non-fatal AMI and non-fatal stroke, can be partially attributed to dyslipidemia. The impact of these conditions can be measured by YLDs and DALYs, the latter being the sum of YLLs and YLDs. Between 1990 and 2019, the absolute number of YLDs increased from 62 670 (95% CI, 41 368 - 87 015) to 132 393 (95% CI, 87 121 - 184 089), with rate (per 100,000) ranging from 65.7 (95% CI, 42.2-92.3) to 55.4 (36.3-77.7), a negative variation of 15.8% (Table 9-7). 46

• Regarding DALYs, following the same trend of that of mortality, there was an increase in the absolute numbers of DALYs, from 1 821 799 (95% CI, 1 548 456 - 2 139 063) to 2 363 141 (95% CI, 1 985 655 - 2 781 318). This increase was accompanied by a reduction in its age-standardized rate [1940.1 (95% CI, 1614.4 - 2322.9) to 981.3 (95% CI, 817.1 - 1162.4)], a percent change of -49.4%. These changes are illustrated in Chart 9-5.

• Table 9-8 shows the age-standardized DALY rates attributable to high LDLc levels in 1990 and 2019, and the percent change in the period, stratified by sex, in Brazil and FUs. In women, the national rate went from 1425.8 (1165.2 - 1745.1) in 1990 to 692.2 (567-842.5) in 2019, a percent change of -51.5% (-54.8 to -47.9). The greatest change was seen in Distrito Federal, -64.2% (-70.5 to -57.9), and the smallest, in the state of Maranhão, -8.9% (-30.8 to -26.9). For men, the rate of DALYs went from 2496 (2090.2 - 2980.2) to 1310.6 (1097.4 - 1543), with a change of -47.5% (-50.9 to -43.8) in Brazil. The FU with the greatest improvement was the Distrito Federal, -61.9% (-67.4 to -54.6), while the state of Ceará showed the smallest percent change, -10.1% (-32.7 to -23).

• Table 9-7 shows the numbers and rates of deaths, DALYs, YLLs, YLDs attributable to high LDLc in 1990 and 2019, with their respective percent changes, by age group.

Familial Dyslipidemia

• The prevalence of familial dyslipidemia diagnosed by the Dutch Lipid Clinic Network (DLCN) criteria was assessed in the ELSA-Brasil study, with a documented prevalence of 1 in 263 individuals. This condition was more prevalent in blacks (1 in 156) and brown races (mixed ethnicity; 1 in 204) than in white people (1 in 417). 357

• Despite controversies on the use of cascade screening to identify relatives of individuals with familial dyslipidemia, a Brazilian study demonstrated that 59% of the relatives of individuals with mutations were also carriers of such mutations, suggesting a high prevalence of familial dyslipidemia in this selected subgroup. 358

Awareness and Statin Use in Brazil

• An analysis conducted in the ELSA-Brasil study, including 15 096 adults aged 35-74 years, explored the prevalence of high LDLc (according to the NCEP-ATP-III criteria) and the proportion of participants aware of this diagnosis. 340 The frequency of participants with elevated LDLc was 45.5%, of which only 58.1% were aware of the diagnosis. Among those participants with elevated LDLc, 42.3% were using some lipid-lowering medications as treatment and 58.3% reached the target defined by the NCEP-ATP-III panel.

• In an analysis based on the PNAUM between 2014 and 2015, the use of statins in SUS primary care in the five Brazilian regions was assessed. 359 Among the 8803 respondents, the prevalence of statin use was 9.3%, and 81.4% of these users reported having dyslipidemia. Simvastatin was the most widely used statin (90.3%), followed by atorvastatin (4.7%) and rosuvastatin (1.9%).

• Regarding familial dyslipidemia awareness and treatment, Santos et al . reported results from a database of 70 000 individuals undergoing a mandatory employer-sponsored routine health evaluation in a private hospital in São Paulo. 359 Among 70 000 patients, 1987 met the established criteria for familial dyslipidemia (LDLc ≥ 190 mg/dL or LDLc ≥ 160 mg/dL on statin). A sample of 200 was selected to complete a questionnaire. From the 200 patients, familial dyslipidemia was suspected by the attending physician in only 29 (14.5%), although most of them (97%) were aware of their high blood cholesterol levels. Only 18% had the perception they were at high risk for CVD, only 30% were aware of their LDLc goals, and 37% were not on lipid-lowering medication.

Dyslipidemia and Subclinical Atherosclerosis

• Subclinical atherosclerosis, including markers like coronary artery calcium score and carotid intima-media thickness, has been used as surrogate for atherosclerosis and CVD. Thus, its association with abnormal lipid profiles can be of epidemiological interest.

• In a study of more than 3600 individuals, Generoso et al . demonstrated that HDLc was associated with coronary artery calcium even after adjustment for traditional cardiovascular risk factors in a Brazilian population. However, this association was no longer significant after adjustment for TG. 360 In addition, that study evaluated HDLc subfractions and demonstrated they were not associated with coronary artery calcification once adjusted for total HDLc. Furthermore, the same group showed the association between HDLc and carotid intima-media thickness, and its modification by the presence of diabetes. 361

• Laurinavicius et al . studied the association between very high HDLc levels and carotid intima-media thickness. 362 Very high HDLc likely characterizes hyperalphalipoproteinemia, a dysfunctional HDLc condition. Despite prior evidence, their study did not demonstrate an association between such profile and carotid intima-media thickness. 362

• In an analysis of TG-rich lipoproteins in the ELSA-Brasil study, Bittencourt et al . demonstrated that those particles are associated with coronary artery calcification even after adjusting for significant risk factors. 363

• In a study of octogenarian Brazilians, the authors found that the association between LDLc and coronary artery calcification weakens with age, whereas the association of HDLc does not. 364

• Collectively, those studies demonstrate a robust association of lipid profile with subclinical atherosclerosis, corroborating findings of the association between dyslipidemia and CVD.

Future Research

• Current data on the epidemiology of dyslipidemia in the contemporary Brazilian population is limited. Additional studies on its prevalence in the broad population as well as in specific high-risk groups, such as those with a lower socioeconomic status, are needed.

• The frequency of cholesterol screening in Brazil, according to sex and age groups, needs to be investigated.

• Local Brazilian data on dyslipidemia impact on the healthcare system, including costs, are yet to be addressed.

10. OBESITY AND OVERWEIGHT

ICD-10 E66

See Tables 10-1 through 10-14 and Charts 10-1 through 10-10

Table 10-1. – Prevalence of excess weight and obesity in the total population aged 18 years and over, by sex and age groups, in Brazil, in 2019.*.

Age groups Prevalence of excess weight and obesity in the population aged 18+ years
Total Sex
Male Female
Prevalence % 95% confidence interval Prevalence % 95% confidence interval Prevalence % 95% confidence interval
Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit
Excess weight
Total 60.3 58.3 62.1 57.5 54.8 60.2 62.6 59.1 66.0
18-24 years 33.7 27.4 40.6 25.7 19.1 33.7 41.7 31.1 53.1
25-39 years 57.6 53.1 62.1 58.3 52.3 64.1 57.0 50.0 63.8
40-59 years 70.3 67.4 73.1 67.1 62.1 71.8 73.1 68.8 77.0
60+ years 64.4 60.5 68.1 63.3 56.9 69.2 65.3 60.6 69.7
Obesity
Total 25.9 22.9 29.2 21.8 19.2 24.7 29.5 25.4 34.0
18-24 years 10.7 7.7 14.7 7.9 4.8 12.8 13.5 8.8 20.4
25-39 years 23.7 18.3 30.1 19.3 15.3 24.1 27.9 18.8 39.2
40-59 years 34.4 29.7 39.4 30.2 24.8 36.3 38.0 32.3 44.0
60+ years 24.8 20.9 29.1 21.2 15.6 28.1 27.5 23.0 32.5

* Source: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Table 10-14. – Number of DALYs, crude and age-standardized rates of DALYs due to cardiovascular disease attributable to high BMI, in 1990 and 2019, by age group, and percent change of rates in the period, in Brazil.

High BMI 1990 Number (95% UI) 1990 Rate (95% UI) 2019 Number (95% UI) 2019 Rate (95% UI) Percent change (95% UI)
15-49 years 11876.9 (7042;16974.1) 15.5 (9.2;22.1) 13729.8 (10494.6;16942) 11.9 (9.1;14.7) -23.3 (-35.3;2.7)
50-69 years 25692.7 (15086.6;37700.4) 163.8 (96.2;240.3) 43871.8 (30231.8;58205.9) 108.7 (74.9;144.3) -33.6 (-42.5;-16.5)
5-14 years
70+ years 15077.1 (7374.5;24799.9) 356.4 (174.3;586.3) 40905.3 (25123.3;59857.6) 312.5 (191.9;457.3) -12.3 (-28.3;20.2)
Age-standardized 58.5 (32.7;89.7) 41.8 (28.1;56.8) -28.5 (-38.8;-8.6)
All ages 52646.7 (30085.3;78950.7) 35.4 (20.2;53) 98506.9 (66815.9;133940.7) 45.5 (30.8;61.8) 28.5 (11.1;63.2)
Under 5

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 10-1. – Number of deaths due to all causes attributed to high BMI, all ages, from 1990 to 2019. Data from the Global Burden of Disease (GBD) 2019 Study. 46 .

Chart 10-1

Chart 10-10. – Age-standardized rates of DALYs due to cardiovascular diseases attributed to high BMI, in Brazil, 1990 and 2019. Data from the Global Burden of Disease (GBD) 2019 Study. 46 .

Chart 10-10

Abbreviations Used in Chapter 10.

BMI Body Mass Index
BMI_i Imputed Body Mass Index
CI Confidence Interval
CVD Cardiovascular Diseases
DALYs Disability-Adjusted Life-Years
ELSA-Brasil The Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (in Portuguese , Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto )
ERICA Brazilian Study of Cardiovascular Risk in Adolescents (in Portuguese, Estudo dos Riscos Cardiovasculares em Adolescentes )
FU Federative Unit
GBD Global Burden of Disease
HR Hazard Ratio
ICER Incremental Cost-Effectiveness Ratio
NCD Noncommunicable Chronic Diseases
OR Odds Ratio
PNS Brazilian National Health Survey (in Portuguese, Pesquisa Nacional de Saúde )
PR Prevalence Ratio
QALYs Quality-Adjusted Life-Years
RR Relative Risk
SABE Health, Well-Being, and Aging survey (in Spanish, Salud, Bienestar y Envejecimiento )
SDI Sociodemographic Index
SUS Brazilian Unified Health System (in Portuguese, Sistema Único de Saúde )
UI Uncertainty Interval
VIGITEL Telephone Survey for Surveillance of Non-Communicable Chronic Diseases (in Portuguese, Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico )
WHO World Health Organization
YLDs Years Lived with Disability
YLLs Years of Life Lost

Table 10-2. – Percentage of overweight adults, according to an imputation method (BMI_i ≥ 25 kg/m2), by sex, in the capitals of the Brazilian states and the Distrito Federal.*.

Capitals / Distrito Federal Total 95% CI 95% CI Male 95% CI 95% CI Female 95% CI 95% CI
Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit
ARACAJU 53.6 50.5 56.7 56 50.8 61.2 51.7 48 55.3
BELEM 53.3 50.1 56.6 53.8 48.3 59.3 53 49.1 56.8
BELO HORIZONTE 52.5 49.7 55.3 57.1 52.7 61.4 48.6 45.1 52.2
BOA VISTA 54.3 49.5 59.2 60.1 52.7 67.5 49 43 55
CAMPO GRANDE 58 54.7 61.3 63.7 58.6 68.9 52.9 48.8 56.9
CUIABA 55.8 52.7 59 58.1 53 63.1 53.8 49.8 57.8
CURITIBA 53.7 50.6 56.9 59.5 54.6 64.4 48.8 44.8 52.8
FLORIANOPOLIS 53.6 50.3 56.8 58.9 53.9 63.8 48.7 44.6 52.8
FORTALEZA 55.6 52.4 58.7 57.7 52.5 63 53.8 50 57.6
GOIANIA 52.7 49.6 55.8 58.3 53.5 63.2 47.8 43.9 51.7
JOAO PESSOA 54.7 51.5 58 56.6 51.2 62.1 53.1 49.2 57
MACAPA 53.3 48.7 57.9 53 45.6 60.4 53.6 48 59.3
MACEIO 54.4 50.9 58 56.6 50.5 62.8 52.6 48.6 56.7
MANAUS 60.9 57.5 64.4 61.1 55.4 66.8 60.8 56.6 65
NATAL 56.6 53.3 59.8 60.8 55.6 66 52.9 48.9 56.9
PALMAS 49.9 46.2 53.6 56.8 50.8 62.7 43.7 39.2 48.1
PORTO ALEGRE 59.2 56 62.3 63 57.9 68.1 56 52 60
PORTO VELHO 56.6 52.9 60.3 62.2 56.6 67.7 50.6 46.1 55
RECIFE 59.5 56.5 62.5 60.4 55.5 65.2 58.8 55.1 62.5
RIO BRANCO 56.6 52.6 60.7 58 51 64.9 55.4 50.8 59.9
RIO DE JANEIRO 57.1 54 60.2 57.9 52.9 63 56.3 52.5 60.1
SALVADOR 51.8 48.6 54.9 47.2 41.9 52.5 55.5 51.8 59.2
SAO LUIS 50.3 46.9 53.7 57.6 51.9 63.2 44.4 40.5 48.3
SAO PAULO 55.8 53 58.6 56.6 52 61.2 55.1 51.6 58.6
TERESINA 52.7 49.5 55.9 56.3 51.1 61.6 49.7 45.8 53.5
VITORIA 49.1 45.8 52.3 50.6 45.3 55.8 47.8 43.8 51.7
DISTRITO FEDERAL 55 51.2 58.9 55.8 49.2 62.5 54.3 50.1 58.6

(*) Inquiries from 2006 to 2019, with weights calculated by the Rake Weighting Method. Consultation: 03/06/2021. Source: Vigitel 2019. 276

Table 10-3. – Percentage of obese adults, according to an imputation method (BMI_i ≥ 30 kg/m2), by sex, in the capitals of the Brazilian states and the Distrito Federal.*.

Capitals / Distrito Federal Total 95% CI 95% CI Male 95% CI 95% CI Female 95% CI 95% CI
Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit
ARACAJU 20.6 18.1 23 18.7 14.7 22.6 22.1 19 25.2
BELEM 19.6 17.1 22.1 20.1 15.9 24.3 19.1 16.1 22.1
BELO HORIZONTE 19.9 17.7 22.2 20.7 17 24.4 19.2 16.5 22
BOA VISTA 21.2 16.8 25.5 24.6 17.1 32.2 17.9 13.5 22.3
CAMPO GRANDE 22.5 19.8 25.1 23 18.8 27.2 22 18.7 25.4
CUIABA 22.5 19.9 25 21.9 17.9 25.9 23 19.6 26.3
CURITIBA 19.4 17 21.8 21.1 17.2 25 17.9 14.9 20.9
FLORIANOPOLIS 17.8 15.5 20.1 18.8 15.1 22.5 16.8 14 19.7
FORTALEZA 19.9 17.5 22.4 18.9 15.1 22.6 20.9 17.6 24.1
GOIANIA 19.5 17.1 21.8 20.6 16.7 24.4 18.6 15.7 21.4
JOAO PESSOA 20.4 17.6 23.2 18.6 14 23.2 21.8 18.4 25.2
MACAPA 22.9 19 26.7 20.4 14.8 26 25.2 19.9 30.4
MACEIO 20 17.3 22.7 17.5 13.2 21.8 22 18.6 25.5
MANAUS 23.4 20.3 26.5 21 16.4 25.6 25.7 21.6 29.7
NATAL 22.5 19.7 25.4 24.3 19.5 29.1 21 17.8 24.2
PALMAS 15.4 12.8 18 16.6 12.2 21 14.3 11.3 17.3
PORTO ALEGRE 21.6 19 24.3 23.2 18.7 27.7 20.3 17.2 23.4
PORTO VELHO 19.9 16.8 23 21.6 16.5 26.7 18 14.7 21.4
RECIFE 21.7 19.2 24.3 19.7 15.8 23.5 23.4 20 26.8
RIO BRANCO 23.3 19.8 26.8 23.3 17.6 28.9 23.4 19 27.7
RIO DE JANEIRO 21.7 19.2 24.2 20.1 16.1 24.1 23.1 19.9 26.3
SALVADOR 18.1 15.8 20.4 15.5 11.7 19.3 20.3 17.5 23
SAO LUIS 17.2 14.2 20.1 18.8 13.4 24.2 15.8 12.8 18.8
SAO PAULO 19.9 17.7 22 18.5 15.1 21.8 21.1 18.3 23.9
TERESINA 17.6 15.3 19.9 17.1 13.5 20.6 18 15.1 21
VITORIA 17.6 15.3 19.9 16 12.3 19.6 19.1 16.1 22
DISTRITO FEDERAL 19.6 16.3 22.8 18.6 13.1 24 20.4 16.5 24.3

(*) Inquiries from 2006 to 2019, with weights calculated by the Rake Weighting Method. Consultation: 03/06/2021. Source: Vigitel 2019. 276

Table 10-4. – Number of deaths, age-standardized mortality rates due to all causes attributable to high BMI, per 100 000 inhabitants, in 1990 and 2019, and percent change of rates in the period, in Brazil and Federative Units.

Cause of death and Location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
High BMI
Acre 80.1 (40.3;128.7) 50.9 (23.5;84.4) 443.6 (305.1;590.6) 75.3 (50.7;102.5) 47.9 (11.7;140.2)
Alagoas 926 (477;1462.1) 69.8 (35.1;111.7) 3244.2 (2234.3;4349.1) 101.1 (69.1;137.2) 44.9 (9;123.8)
Amapá 53.2 (31.5;78.4) 54.7 (30.3;83.8) 365.3 (259.2;478.3) 71.5 (49.3;96.1) 30.6 (6.2;77.4)
Amazonas 525.2 (312.4;765.4) 70.6 (40.5;106.3) 2009.3 (1400.6;2636.9) 71.2 (49;94.7) 0.9 (-17.4;35.7)
Bahia 4395.5 (2318.1;6785.9) 65.3 (33.6;102.3) 13225.3 (8827.3;18489.3) 81.1 (54.1;113.1) 24.1 (-5.4;86.8)
Brazil 74266.2 (43491.7;110056.9) 84.4 (48.1;127.9) 177939.7 (124637.7;237783) 76.2 (52.9;102.1) -9.7 (-23.1;16.2)
Ceará 1762.6 (831.5;2903.1) 43.8 (20.4;72.5) 7194.6 (4786.1;10036.6) 72.5 (48.2;101.2) 65.4 (19.9;172.1)
Distrito Federal 657.1 (439;908.9) 121.9 (75.5;176.5) 1751.1 (1220.7;2263) 80.6 (54.6;107.6) -33.8 (-45.2;-14.6)
Espírito Santo 1089 (608.6;1642.8) 75.8 (40.9;117.6) 3588.6 (2472.9;4828.9) 83.7 (57.3;112.7) 10.4 (-13;61.5)
Goiás 1610.1 (830.7;2574.7) 76.8 (38.1;126.3) 5058.6 (3482;6954.6) 73.9 (50.3;101.7) -3.8 (-29.4;49.2)
Maranhão 1245.2 (489.7;2212.8) 48.2 (18.5;87.4) 5846.2 (3709.8;8423.6) 89 (56;128.6) 84.8 (25.5;250.7)
Mato Grosso 511.1 (276.4;794.5) 63.8 (32.6;101.1) 2471.7 (1734.2;3272.6) 76.8 (52.7;102.4) 20.5 (-9.1;85.8)
Mato Grosso do Sul 746.8 (436.4;1106.5) 83.3 (46.1;128.2) 2223.5 (1521.9;2976.5) 77 (52;103.9) -7.6 (-26;24.5)
Minas Gerais 7763 (4227.8;11827.3) 79.5 (41.8;123.4) 16660.8 (11377.3;22486.1) 62.7 (42.8;84.8) -21.1 (-36.5;13.9)
Pará 1320.3 (711.4;2041.6) 65.2 (33.7;103.8) 5128.9 (3498.2;6897.9) 74 (49.8;100.6) 13.5 (-12.8;70.3)
Paraíba 1273.5 (638.4;2048.7) 56.6 (28.1;91.7) 3974.9 (2740.4;5388.3) 82 (56.8;111.2) 45 (9.4;129.3)
Paraná 4468.1 (2563.7;6646.6) 94.2 (52.1;145) 10015.1 (6653;13717.2) 77.1 (50.8;106.2) -18.2 (-31.9;9.1)
Pernambuco 3345.4 (1772.7;5178.4) 75.4 (38.8;118.8) 9471.3 (6571.7;12641.6) 95.3 (65.8;128.2) 26.3 (0.7;83.6)
Piauí 669.5 (287.7;1133.6) 49.6 (20.4;86.2) 2676.8 (1799.4;3642.1) 70.1 (47.1;94.8) 41.3 (3.1;159.1)
Rio de Janeiro 11589.1 (7176.8;16646.3) 120.7 (72.9;175.6) 19470.2 (13465.9;26105.1) 87.3 (60.2;117.2) -27.7 (-39.7;-6.8)
Rio Grande do Norte 835.1 (404.9;1341) 53.2 (25.5;85.9) 2990.3 (1997;4137.2) 75.7 (50.4;104.7) 42.2 (4.4;128.1)
Rio Grande do Sul 6158.4 (3741.6;8880.7) 96.3 (56.6;142.5) 11470.3 (7637.2;15714.9) 73.8 (49.1;101.1) -23.3 (-34.4;-4.2)
Rondônia 306.4 (175.6;451.6) 92.2 (48.4;144.4) 1256.6 (872.4;1680.6) 84.2 (57.6;113.1) -8.7 (-29.9;33.9)
Roraima 47.4 (27.1;70.9) 84.5 (44.7;131.4) 305.1 (221;394.8) 91 (64.2;119.8) 7.8 (-14.7;58.5)
Santa Catarina 2262.4 (1388.2;3300.1) 93.3 (55.9;139.1) 5617.9 (3838.4;7494) 72.1 (49;96.8) -22.7 (-35.5;-1.7)
São Paulo 19864.6 (12062.3;28733.9) 102.9 (60.7;151.2) 38343.9 (26476.1;51560.4) 72.4 (49.6;97.8) -29.6 (-41;-9.3)
Sergipe 547.1 (307.2;815.2) 73.4 (39.6;112.1) 1885.1 (1288.8;2533.3) 84.4 (57.5;114.3) 14.9 (-11.8;65.8)
Tocantins 214 (97.3;356.9) 56.9 (24.3;99.6) 1250.5 (836.2;1702.4) 89.4 (59.9;122.4) 57.1 (11.6;185)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 10-5. – Age-standardized mortality rates due to all causes attributable to high BMI, per 100 000 inhabitants, by sex, in 1990 and 2019, and percent change of rates in the period, in Brazil and Federative Units.

Cause of death and Location Female Male
1990 Rate (95% UI) 2019 Rate (95% UI) Percent Change (95% UI) 1990 Rate (95% UI) 2019 Rate (95% UI) Percent Change (95% UI)
High BMI
Acre 52.3 (27.5;83.3) 69.6 (49;92.1) 33 (0.8;108.3) 50.7 (19.9;90.3) 81.5 (50.6;116.5) 60.9 (18;201.5)
Alagoas 75.5 (40.3;117.1) 101.7 (70.8;137.2) 34.7 (-0.2;108.7) 63.4 (27.3;109.8) 99.3 (60.9;145.1) 56.8 (12.2;174.2)
Amapá 54.4 (31.6;80.9) 67.1 (46.8;88) 23.3 (-2;68.1) 54.7 (27.1;88.3) 75.6 (48.2;106.2) 38.3 (7.6;107.4)
Amazonas 76.4 (45.2;113) 66.4 (45.8;87.1) -13 (-30.5;17.1) 63.8 (32.7;102.1) 75.5 (49.5;105.1) 18.3 (-10;80.3)
Bahia 70.6 (39.7;108.4) 72 (47.6;101.6) 2 (-24.9;50.3) 59.1 (25.6;101.4) 91.4 (56.3;134.8) 54.7 (5.8;173)
Brazil 83.7 (50.6;122.1) 70.1 (50.5;91.3) -16.3 (-28.8;6) 84.2 (43.8;131.9) 82.4 (54.2;114.6) -2.1 (-19;35.5)
Ceará 45.5 (22.1;73.7) 69.9 (46.1;98.7) 53.6 (5.5;166.7) 41.8 (17;73.8) 74.2 (44.2;110.6) 77.4 (17.1;234.1)
Distrito Federal 116.2 (74.3;165.2) 71.8 (48.2;96.6) -38.2 (-49.9;-20.6) 130.6 (75.3;197.1) 92 (60.1;126) -29.5 (-45.3;-0.6)
Espírito Santo 77.1 (43.8;116.5) 76.1 (52.3;101.2) -1.3 (-24.9;43.5) 74 (36.2;119.1) 91.5 (57.7;129.2) 23.7 (-8.1;95.6)
Goiás 80.3 (42.5;128.8) 72 (50.2;97.1) -10.4 (-35.9;42.1) 73 (31.1;126.2) 75.5 (47.6;109.8) 3.3 (-28.9;78)
Maranhão 37.3 (15.6;65.4) 78 (50.1;113) 109 (39.4;294.2) 63 (21.9;121.2) 102.8 (58.2;158.4) 63.1 (4.4;230.1)
Mato Grosso 65.8 (35.4;102.9) 73 (50.5;96.4) 11.1 (-16.8;70.4) 62.2 (28.6;104) 80.4 (53;111.3) 29.2 (-7.9;117.6)
Mato Grosso do Sul 84.6 (49.5;124.6) 72.3 (49.8;97.8) -14.5 (-32;16.7) 81.7 (42.3;129.2) 81.5 (52.1;114.8) -0.3 (-22.7;49.6)
Minas Gerais 82.1 (47.2;122.4) 59.5 (41;79.5) -27.6 (-42.6;1.4) 75.5 (33.6;124.5) 65.7 (41.5;94.2) -13.1 (-34.7;47.3)
Pará 65.2 (35.5;102.6) 67.6 (46.6;89) 3.6 (-22.3;58.8) 64.3 (30.1;107.6) 80.3 (50.2;113.2) 24.9 (-9.8;103.8)
Paraíba 62.3 (32.2;97.1) 78.6 (55;105.9) 26.2 (-6.2;105.4) 50.5 (21.7;86.3) 85.3 (54;120.7) 69 (18.3;199.6)
Paraná 95.6 (55.4;142.8) 72.2 (49.2;97.3) -24.5 (-38.5;2.3) 92.5 (46.2;146.6) 81.8 (49.4;117.3) -11.6 (-29.7;27)
Pernambuco 79.8 (43.8;122) 87 (59.9;115.6) 9 (-16.1;59.4) 69.8 (31.5;115.5) 104.8 (66.6;145.7) 50.1 (12;143.7)
Piauí 49 (21.8;82) 70.4 (48.4;94.3) 43.8 (3.6;160.8) 50.3 (17.7;93.3) 68.7 (43.1;97.9) 36.5 (-6.1;178.4)
Rio de Janeiro 113.2 (71.2;160.1) 77.6 (55.3;101.3) -31.5 (-43.8;-10) 128.5 (70.8;196.1) 98.7 (63.2;138.8) -23.2 (-38.8;5.4)
Rio Grande do Norte 53.2 (26.7;84.4) 68.4 (45.7;94) 28.5 (-7.2;103.3) 53.5 (22.8;92.1) 84 (52.4;123.4) 57 (8.2;180.2)
Rio Grande do Sul 89.1 (55.1;129.2) 67.2 (46.7;90.5) -24.6 (-37.2;-2.6) 103.7 (57.5;157.1) 80.3 (49.6;114.1) -22.5 (-36.5;1.2)
Rondônia 105.7 (58.6;159.8) 82.4 (57.4;110.3) -22 (-40.3;15.8) 81.8 (39.2;136.8) 85.9 (54.4;121.8) 5 (-26.4;73.5)
Roraima 86.5 (47.7;130.6) 92.5 (66.8;120.6) 6.9 (-15.6;59) 82.2 (39.5;133.8) 88.4 (57.3;121.5) 7.6 (-17.9;72.3)
Santa Catarina 93.6 (57.7;135.6) 66.9 (46;88.7) -28.5 (-41.7;-6.6) 91.8 (49.8;143) 76.5 (47.8;107.1) -16.7 (-33.4;15.5)
São Paulo 99.9 (62;144.6) 65.5 (45.9;86.5) -34.4 (-46.3;-14.3) 104.1 (57.6;159.8) 79.6 (51.1;113.1) -23.5 (-38.8;5.9)
Sergipe 80.5 (45.7;119.6) 81.4 (55.2;111.5) 1.2 (-23.9;46.9) 64 (29.9;105.5) 86.9 (53.4;123.4) 35.8 (-4.1;125.1)
Tocantins 58.7 (26.5;98.5) 81.1 (56.5;108.8) 38 (-4.1;153.9) 54.8 (20.9;100.6) 99.3 (60.2;146.9) 81.2 (22.4;268.4)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 10-6. – Number of deaths, crude and age-standardized mortality rates due to all causes attributable to high BMI, by age group, in Brazil in 1990 and 2019, and percent change of rates in the period.

Age group 1990 2019 Percent Change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
Under 5 20.3 (8;37.7) 0.1 (0;0.2) 5.8 (2.5;10.8) 0 (0;0.1) -68.8 (-82.5;-39.7)
5-14 years 3.9 (1.9;6.3) 0 (0;0) 3.2 (1.6;5.1) 0 (0;0) -10.4 (-33.3;23.2)
15-49 years 14678.5 (8877.8;20807.9) 19.2 (11.6;27.1) 19019.1 (14656.4;23409) 16.5 (12.7;20.3) -14 (-27.5;14.5)
50-69 years 36499.3 (22180.1;53036.6) 232.7 (141.4;338.1) 76441.7 (54807.4;99553.2) 189.5 (135.9;246.8) -18.6 (-29.6;2.6)
70+ years 23064.2 (11761.5;37147.7) 545.2 (278;878.2) 82469.9 (53033.1;116025.8) 630.1 (405.2;886.5) 15.6 (-5.5;59.7)
Age-standardized 74266.2 (43491.7;110056.9) 84.4 (48.1;127.9) 177939.7 (124637.7;237783) 76.2 (52.9;102.1) -9.7 (-23.1;16.2)
All Ages 74266.2 (43491.7;110056.9) 49.9 (29.2;73.9) 177939.7 (124637.7;237783) 82.1 (57.5;109.7) 64.6 (42.2;107.4)

Table 10-7. – Number of deaths, age-standardized mortality rates due to cardiovascular diseases attributed to high BMI (per 100 000 inhabitants), in 1990 and 2019, and percent change of rates in the period, in Brazil and its Federative Units.

Cause of death and Location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
High BMI
Acre 54.3 (26.3;88.1) 32.9 (15.1;55.2) 240.7 (162;324.9) 39.4 (25.6;54.4) 19.7 (-9.2;92.6)
Alagoas 602.6 (298.9;970) 44.4 (21.4;72.2) 1771.2 (1198.6;2438.8) 54.5 (36.5;75.4) 22.7 (-7.3;89.6)
Amapá 35.8 (20.9;53.5) 35.1 (19.3;54.9) 197.1 (135.5;262.4) 36.8 (24.6;50.4) 4.7 (-14.7;42.6)
Amazonas 352.5 (205.6;520.2) 45.9 (25.7;70.8) 998.7 (674.7;1337.4) 34.4 (22.8;46.8) -25 (-38.9;-0.1)
Bahia 2885.5 (1491.2;4533.3) 42.2 (21.1;67.7) 6924.3 (4434.5;9803.3) 42.3 (26.9;59.8) 0.1 (-24.1;51.2)
Brazil 52646.7 (30085.3;78950.7) 58.5 (32.7;89.7) 98506.9 (66815.9;133940.7) 41.8 (28.1;56.8) -28.5 (-38.8;-8.6)
Ceará 1165.6 (535.6;1957) 28.6 (13;48.7) 4027.1 (2576.7;5720.1) 40.3 (25.6;57.4) 40.9 (2.3;132.4)
Distrito Federal 474.2 (311.9;658.5) 82.1 (49.6;120.5) 976.1 (663.5;1284.2) 43.3 (28;58.5) -47.2 (-56.5;-31.5)
Espírito Santo 806.5 (446.2;1222.5) 54.8 (29;85.3) 2070.4 (1400.5;2823.1) 47.8 (32.1;65.4) -12.9 (-31;26.8)
Goiás 1188 (602.6;1919.7) 54.8 (26.6;91.9) 2871.2 (1930.6;3989.4) 41 (27.3;57.6) -25.2 (-45.4;15.5)
Maranhão 835.9 (316.7;1531.8) 31.4 (11.6;58.7) 3369.1 (2093.2;4945.6) 50.7 (31;75) 61.6 (9.6;208.8)
Mato Grosso 368.8 (196.9;581.3) 44.2 (22.1;72.3) 1348.7 (914.3;1828.4) 40.8 (26.9;56.1) -7.9 (-30.1;42.4)
Mato Grosso do Sul 564 (324.8;844.1) 60.9 (33.8;94.8) 1326.7 (903.8;1798.1) 45.2 (30.2;61.7) -25.7 (-40.2;0.7)
Minas Gerais 5533 (2941.6;8429.9) 55.5 (28.4;87.4) 8966.4 (6002.5;12276.5) 33.7 (22.5;46.3) -39.2 (-51.4;-12.9)
Pará 947 (500.7;1486.5) 45.6 (23.1;73.8) 2780.4 (1825.6;3803.1) 39.2 (25.4;54.2) -14 (-33.6;27.9)
Paraíba 798.3 (387.4;1308.8) 35.2 (17.2;58.2) 2099.6 (1385.9;2931.4) 43.5 (28.8;60.4) 23.5 (-7.9;96)
Paraná 3348.7 (1894.5;4987.2) 69.1 (37.4;105.8) 5507.9 (3564.2;7725.2) 42 (27;59) -39.2 (-49.7;-18.6)
Pernambuco 2291.3 (1176;3613.6) 50.9 (25.4;81.3) 5351.1 (3592.7;7304.5) 53.1 (35.3;73.1) 4.4 (-16.8;51)
Piauí 475.8 (196.1;816.3) 34.5 (13.7;61) 1548.3 (1017.4;2156.1) 40.5 (26.6;56.2) 17.4 (-14.5;118.3)
Rio de Janeiro 8407 (5110.5;12228.9) 86 (51.1;126.6) 10753.6 (7228;14568.8) 48 (32.2;65.1) -44.1 (-53.2;-27.8)
Rio Grande do Norte 526.5 (245.4;861.5) 33.3 (15.5;55) 1521.9 (977.9;2172.1) 38.4 (24.7;54.6) 15.4 (-15.8;85.6)
Rio Grande do Sul 4455.3 (2668.3;6541.9) 68.1 (39.9;100.4) 6132.7 (3977.2;8434.1) 39.5 (25.7;54.5) -41.9 (-50.4;-27.6)
Rondônia 221.7 (124.2;331.6) 63.7 (32.7;102.5) 696.4 (475.8;952.7) 45.3 (30.3;62.8) -28.9 (-45.6;5.2)
Roraima 31.1 (17.3;47.7) 52.7 (26.9;83.6) 150.4 (104.8;199.1) 43.5 (29.1;59.3) -17.4 (-34.7;24.4)
Santa Catarina 1628.2 (981.8;2402.5) 65.3 (38.5;100) 3055.7 (2029.3;4095.5) 38.6 (25.3;52.5) -40.9 (-50.6;-23.7)
São Paulo 14175.3 (8410.5;20750.5) 71.6 (40.9;107.2) 22149.9 (15099.6;29984.3) 41.3 (27.9;56.3) -42.3 (-51.9;-24.9)
Sergipe 320.9 (173.8;492.9) 41.9 (21.9;66.2) 956.8 (634.6;1320.9) 42.1 (27.9;58.6) 0.6 (-23.4;44.7)
Tocantins 152.9 (67.6;258.2) 38.9 (16.1;68.7) 714.7 (463.1;986.3) 50.3 (32.2;70.2) 29.4 (-7.6;134.9)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 10-8. – Age-standardized mortality rates due to cardiovascular diseases attributed to high BMI (per 100 000 inhabitants), by sex, in 1990 and 2019, and percent change of rates in the period, in Brazil and its Federative Units.

Cause of death and Location Female Male
1990 Rate (95% UI) 2019 Rate (95% UI) Percent change (95% UI) 1990 Rate (95% UI) 2019 Rate (95% UI) Percent change (95% UI)
High BMI
Acre 32.4(17;52) 34.5(23.7;46.3) 6.6(-20;65.5) 34.2(13.3;60.8) 44.8(27.4;64.7) 31.1(-5.3;138.8)
Alagoas 44.9(23.6;70.8) 52.1(35.1;70.8) 16(-15.1;81.4) 43.8(18.5;76.5) 56.9(34.2;83) 30(-8.7;125.4)
Amapá 32.7(18.8;49.3) 31.8(21.4;42.2) -2.8(-22.6;32.1) 37.6(18.6;60.8) 42(26.3;59.5) 11.8(-11.9;66.4)
Amazonas 47.2(27.3;70.1) 29.5(19.7;39.5) -37.5(-50.1;-15.8) 44.1(22.4;71.6) 39.3(24.8;56) -10.8(-31.6;35.7)
Bahia 43.7(23.9;68.7) 36(23.1;51.7) -17.5(-40;22.8) 40.5(17.3;69.9) 49.6(29.8;74.6) 22.5(-16.1;111.6)
Brazil 54.7(32.2;81.1) 36.2(25.4;48.4) -33.9(-43.7;-16.7) 62.1(32.4;98.6) 47.9(30.4;66.8) -22.8(-35.9;6.2)
Ceará 27.7(13.2;45.7) 36.3(23.2;51.8) 31.3(-9;128.3) 29.6(11.8;52.6) 44.5(26.2;66.2) 50.2(-0.7;188.2)
Distrito Federal 74.7(46.2;108.6) 37(23.9;51.4) -50.4(-60.4;-35.8) 92.7(51.8;141.2) 51.3(32.7;72.2) -44.6(-57.4;-21.5)
Espírito Santo 52.8(29.2;80.6) 40.7(27.5;55.5) -22.9(-40.7;9.6) 56.8(27.9;91.3) 55.5(35;79.3) -2.3(-28;52.5)
Goiás 54.8(28.6;89) 37.5(25.4;51.6) -31.6(-50.7;8.2) 54.7(23.3;93.9) 44.7(27.3;66.5) -18.2(-44.3;42)
Maranhão 21.9(9.1;39.4) 41.5(26.1;60.2) 89.9(27.4;262.4) 44(14.8;86.5) 62.2(34.7;98.8) 41.4(-8.9;193.3)
Mato Grosso 42.4(22.4;67.5) 36(24.3;49) -15.1(-36.9;28.3) 45.8(20.9;77.5) 45.3(28.9;64.1) -1(-29.5;65.5)
Mato Grosso do Sul 58.7(33.7;87.7) 39.5(26.8;53.7) -32.6(-46.3;-8.6) 62.7(32.3;99.6) 51.2(32.3;72.4) -18.3(-36.6;21.6)
Minas Gerais 54.2(30.4;81.5) 30.1(20.6;41.2) -44.5(-55.9;-21.8) 56.3(24.8;94.4) 37.5(23.3;53.8) -33.3(-50.3;12.1)
Pará 43.3(23.1;69.4) 32.7(21.7;45) -24.7(-42.7;16.7) 47.3(21.7;79.9) 45.9(28.1;65.8) -3(-29.4;56.1)
Paraíba 36(18.3;57.7) 39.4(26.9;54.9) 9.4(-19.9;77.9) 34.6(14.5;59.6) 48.2(29.2;69.8) 39.5(-2.3;147.5)
Paraná 66.9(38.1;100.1) 37.1(24.9;51.3) -44.5(-55.1;-25.5) 71(35.1;112.4) 47.2(28;69.5) -33.6(-47.6;-4.3)
Pernambuco 50.8(27.5;78.8) 45(30.2;61.9) -11.5(-31.4;29.2) 50.6(22.3;84.4) 62.9(39.3;89.1) 24.3(-7.4;100.1)
Piauí 31.7(13.8;54.2) 38.3(25.1;53.6) 20.9(-13.4;119.7) 37.7(13.1;70.7) 42.6(25.9;61.8) 13(-21.6;128.8)
Rio de Janeiro 76.5(47.9;110) 40.1(27.7;53.3) -47.6(-57.2;-31.5) 96.8(53;148.2) 57.7(36.1;81.9) -40.4(-52.8;-18.7)
Rio Grande do Norte 30.5(14.8;49.7) 31.8(20.4;45.2) 4.2(-24.7;66.3) 36.5(15.5;63.2) 46.1(27.8;68.6) 26.5(-13.5;124.4)
Rio Grande do Sul 60.5(36.6;87.9) 34.4(23.3;47.1) -43.2(-52.8;-26.6) 76.3(41.7;116.5) 45(27;64.8) -41.1(-51.6;-22.1)
Rondônia 68.8(36.8;105.7) 41.2(28.1;56.5) -40.1(-54.7;-11.5) 59.6(28.2;99.8) 49.3(31;71.5) -17.3(-42;35.9)
Roraima 48.6(26.2;74.9) 38.8(26.2;52.7) -20.1(-36.9;20) 55.6(26.4;92.2) 47.1(29.3;65.9) -15.3(-35.3;34.7)
Santa Catarina 62.1(37.4;91.4) 33.8(22.3;47) -45.6(-56;-27.5) 68.2(36.7;107.4) 43.4(26.7;61.3) -36.5(-49.7;-12.6)
São Paulo 65.5(39.5;96.3) 35.3(24.2;47.8) -46.1(-56.1;-29.6) 77.3(41.6;119.3) 47.9(30.7;68.1) -38(-50.2;-14.6)
Sergipe 42.8(23.7;65.1) 39.3(25.9;55.1) -8.1(-32.2;34) 40.3(18.6;68) 45.2(26.7;66.2) 12(-21.5;82.9)
Tocantins 37.9(16.6;65.6) 42.1(28.1;58.2) 11.2(-22.3;105.1) 39.5(14.7;73.3) 59.5(35.5;88) 50.5(1.6;202)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 10-9. – Number of deaths, crude and age-standardized mortality rates due to cardiovascular disease attributable to high BMI, by age group, in 1990 and 2019, and percent change of rates in the period, in Brazil.

High BMI 1990 Number (95% UI) 1990 Rate (95% UI) 2019 Number (95% UI) 2019 Rate (95% UI) Percent change (95% UI)
15-49 years 11876.9 (7042;16974.1) 15.5 (9.2;22.1) 13729.8 (10494.6;16942) 11.9 (9.1;14.7) -23.3 (-35.3;2.7)
50-69 years 25692.7 (15086.6;37700.4) 163.8 (96.2;240.3) 43871.8 (30231.8;58205.9) 108.7 (74.9;144.3) -33.6 (-42.5;-16.5)
5-14 years
70+ years 15077.1 (7374.5;24799.9) 356.4 (174.3;586.3) 40905.3 (25123.3;59857.6) 312.5 (191.9;457.3) -12.3 (-28.3;20.2)
Age-standardized 58.5 (32.7;89.7) 41.8 (28.1;56.8) -28.5 (-38.8;-8.6)
All ages 52646.7 (30085.3;78950.7) 35.4 (20.2;53) 98506.9 (66815.9;133940.7) 45.5 (30.8;61.8) 28.5 (11.1;63.2)
Under 5 0 (0;0) 0 (0;0) 0 (0;0) 0 (0;0) 0 (0;0)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 10-10. – Number of DALYs and age-standardized rates of DALYs due to all causes attributable to high BMI (per 100 000 inhabitants), in 1990 and 2019, and percent change of rates in the period, in Brazil and Federative Units.

Cause of death and Location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
High BMI
Acre 80.1 (40.3;128.7) 50.9 (23.5;84.4) 443.6 (305.1;590.6) 75.3 (50.7;102.5) 47.9 (11.7;140.2)
Alagoas 926 (477;1462.1) 69.8 (35.1;111.7) 3244.2 (2234.3;4349.1) 101.1 (69.1;137.2) 44.9 (9;123.8)
Amapá 53.2 (31.5;78.4) 54.7 (30.3;83.8) 365.3 (259.2;478.3) 71.5 (49.3;96.1) 30.6 (6.2;77.4)
Amazonas 525.2 (312.4;765.4) 70.6 (40.5;106.3) 2009.3 (1400.6;2636.9) 71.2 (49;94.7) 0.9 (-17.4;35.7)
Bahia 4395.5 (2318.1;6785.9) 65.3 (33.6;102.3) 13225.3 (8827.3;18489.3) 81.1 (54.1;113.1) 24.1 (-5.4;86.8)
Brazil 74266.2 (43491.7;110056.9) 84.4 (48.1;127.9) 177939.7 (124637.7;237783) 76.2 (52.9;102.1) -9.7 (-23.1;16.2)
Ceará 1762.6 (831.5;2903.1) 43.8 (20.4;72.5) 7194.6 (4786.1;10036.6) 72.5 (48.2;101.2) 65.4 (19.9;172.1)
Distrito Federal 657.1 (439;908.9) 121.9 (75.5;176.5) 1751.1 (1220.7;2263) 80.6 (54.6;107.6) -33.8 (-45.2;-14.6)
Espírito Santo 1089 (608.6;1642.8) 75.8 (40.9;117.6) 3588.6 (2472.9;4828.9) 83.7 (57.3;112.7) 10.4 (-13;61.5)
Goiás 1610.1 (830.7;2574.7) 76.8 (38.1;126.3) 5058.6 (3482;6954.6) 73.9 (50.3;101.7) -3.8 (-29.4;49.2)
Maranhão 1245.2 (489.7;2212.8) 48.2 (18.5;87.4) 5846.2 (3709.8;8423.6) 89 (56;128.6) 84.8 (25.5;250.7)
Mato Grosso 511.1 (276.4;794.5) 63.8 (32.6;101.1) 2471.7 (1734.2;3272.6) 76.8 (52.7;102.4) 20.5 (-9.1;85.8)
Mato Grosso do Sul 746.8 (436.4;1106.5) 83.3 (46.1;128.2) 2223.5 (1521.9;2976.5) 77 (52;103.9) -7.6 (-26;24.5)
Minas Gerais 7763 (4227.8;11827.3) 79.5 (41.8;123.4) 16660.8 (11377.3;22486.1) 62.7 (42.8;84.8) -21.1 (-36.5;13.9)
Pará 1320.3 (711.4;2041.6) 65.2 (33.7;103.8) 5128.9 (3498.2;6897.9) 74 (49.8;100.6) 13.5 (-12.8;70.3)
Paraíba 1273.5 (638.4;2048.7) 56.6 (28.1;91.7) 3974.9 (2740.4;5388.3) 82 (56.8;111.2) 45 (9.4;129.3)
Paraná 4468.1 (2563.7;6646.6) 94.2 (52.1;145) 10015.1 (6653;13717.2) 77.1 (50.8;106.2) -18.2 (-31.9;9.1)
Pernambuco 3345.4 (1772.7;5178.4) 75.4 (38.8;118.8) 9471.3 (6571.7;12641.6) 95.3 (65.8;128.2) 26.3 (0.7;83.6)
Piauí 669.5 (287.7;1133.6) 49.6 (20.4;86.2) 2676.8 (1799.4;3642.1) 70.1 (47.1;94.8) 41.3 (3.1;159.1)
Rio de Janeiro 11589.1 (7176.8;16646.3) 120.7 (72.9;175.6) 19470.2 (13465.9;26105.1) 87.3 (60.2;117.2) -27.7 (-39.7;-6.8)
Rio Grande do Norte 835.1 (404.9;1341) 53.2 (25.5;85.9) 2990.3 (1997;4137.2) 75.7 (50.4;104.7) 42.2 (4.4;128.1)
Rio Grande do Sul 6158.4 (3741.6;8880.7) 96.3 (56.6;142.5) 11470.3 (7637.2;15714.9) 73.8 (49.1;101.1) -23.3 (-34.4;-4.2)
Rondônia 306.4 (175.6;451.6) 92.2 (48.4;144.4) 1256.6 (872.4;1680.6) 84.2 (57.6;113.1) -8.7 (-29.9;33.9)
Roraima 47.4 (27.1;70.9) 84.5 (44.7;131.4) 305.1 (221;394.8) 91 (64.2;119.8) 7.8 (-14.7;58.5)
Santa Catarina 2262.4 (1388.2;3300.1) 93.3 (55.9;139.1) 5617.9 (3838.4;7494) 72.1 (49;96.8) -22.7 (-35.5;-1.7)
São Paulo 19864.6 (12062.3;28733.9) 102.9 (60.7;151.2) 38343.9 (26476.1;51560.4) 72.4 (49.6;97.8) -29.6 (-41;-9.3)
Sergipe 547.1 (307.2;815.2) 73.4 (39.6;112.1) 1885.1 (1288.8;2533.3) 84.4 (57.5;114.3) 14.9 (-11.8;65.8)
Tocantins 214 (97.3;356.9) 56.9 (24.3;99.6) 1250.5 (836.2;1702.4) 89.4 (59.9;122.4) 57.1 (11.6;185)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 10-11. – Number of DALYs, crude and age-standardized rates of DALYs due to all causes attributable to high BMI in Brazil, in 1990 and 2019, by age group, and percent change of rates in the period.

Cause of death and Location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
High BMI
15-49 years 861762.6 (516176.5;1233120.2) 1124.3 (673.5;1608.8) 1370603.6 (1050414.8;1717233.6) 1186.8 (909.5;1486.9) 5.6 (-11.6;44.5)
50-69 years 1295145.7 (795232.8;1864296.5) 8255.8 (5069.2;11883.8) 2994279.6 (2154207.4;3881777.3) 7422 (5339.7;9621.9) -10.1 (-22.2;13.7)
5-14 years 6200.5 (2476.5;12237.7) 17.5 (7;34.6) 11291 (4692.6;22536.7) 35 (14.6;69.9) 99.5 (53.1;158.3)
70+ years 412245.5 (213001.8;647980.5) 9745.6 (5035.4;15318.4) 1437648.1 (953535.3;1955964.7) 10984.1 (7285.3;14944.1) 12.7 (-7.1;54.6)
Age-standardized 2569.4 (1528.8;3742.3) 2404.5 (1733.3;3121.6) -6.4 (-19.6;19.1)
All ages 2579849.9 (1556675.2;3720770.6) 1733.4 (1045.9;2499.9) 5817938.7 (4197826.2;7541630) 2685.2 (1937.5;3480.8) 54.9 (33.7;96.5)
Under 5 4495.6 (1661.7;8306.5) 26.5 (9.8;49) 4116.5 (1548;8183.5) 26.6 (10;52.8) 0.1 (-37.3;55.2)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 10-12. – Number of DALYs and age-standardized rates of DALYs due to cardiovascular diseases attributed to high BMI (per 100 000 inhabitants), in 1990 and 2019, and percent change of rates in the period, in Brazil and Federative Units.

Cause of death and Location 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (95% UI)
High BMI
Acre 1780.2 (889.4;2831.6) 883.9 (440;1418.2) 7206.1 (5100.2;9394.6) 1016.6 (702.7;1344.8) 15 (-11.4;79.5)
Alagoas 18827.9 (9699.9;29802.6) 1258.7 (648.4;1992) 50787.6 (35418;68595.7) 1487.6 (1027.8;2014.5) 18.2 (-10.2;77.2)
Amapá 1192.5 (719.1;1727.5) 957.2 (564.6;1414.6) 6210.3 (4496.9;8037.8) 994.6 (700.1;1313) 3.9 (-14.1;36.2)
Amazonas 11139.6 (6646;16127.6) 1182.8 (693.9;1745.6) 29209.5 (20703.6;38137.7) 898.5 (624.3;1187.5) -24 (-37.1;-0.6)
Bahia 89200.9 (47500.8;135753) 1206 (642.6;1848.6) 192247.1 (129702.6;260980.6) 1157.8 (781.1;1574.5) -4 (-27;40.7)
Brazil 1639034.2 (961484.2;2409951.1) 1611.6 (936.5;2376) 2696796.3 (1898493.9;3537093.7) 1108.9 (778.3;1460.7) -31.2 (-40.5;-12.4)
Ceará 34076.1 (16343.8;55265) 791.3 (381.9;1288.2) 107555.9 (72801.4;147276.2) 1052.9 (706.8;1446.7) 33.1 (-3.5;117.9)
Distrito Federal 16685.1 (11186.2;22749) 2031.2 (1322.9;2849.8) 27936 (19529.6;35968.2) 971 (668.6;1257.6) -52.2 (-59.9;-39.2)
Espírito Santo 25631.5 (14621.7;37654.9) 1506.1 (843.5;2239.7) 56314.7 (39334.5;74972.3) 1235.5 (864.8;1650.3) -18 (-34.3;14.2)
Goiás 39404.4 (20135.7;61905.7) 1525.8 (774.6;2442) 81966.4 (56554.9;110604.8) 1089.1 (745.8;1476.4) -28.6 (-48.1;8.5)
Maranhão 27659.1 (10640.5;49579.6) 950.3 (364.3;1710.5) 95781.1 (62438.9;135543.8) 1378.7 (888.2;1959.2) 45.1 (-3;180.4)
Mato Grosso 12499.7 (6759.1;19413.5) 1201.3 (643.5;1888.1) 39147.3 (27640.9;51142.7) 1069 (743.3;1406.8) -11 (-31.8;33.7)
Mato Grosso do Sul 18472.6 (10922.8;27010.7) 1676.8 (976.7;2488.9) 36983.9 (26120.2;48494.8) 1188 (836.9;1566.2) -29.2 (-42.1;-5.4)
Minas Gerais 178307.9 (96726.7;266926.7) 1573.5 (846.8;2377.1) 248509.9 (172433.1;331499.9) 933.9 (649.9;1243.3) -40.6 (-52.4;-16.3)
Pará 29622.4 (15900.2;45428.6) 1197 (637.6;1854.3) 81046 (55976.2;107682.3) 1049.9 (718;1411.2) -12.3 (-31.7;28.5)
Paraíba 22695.5 (11404.9;36547.5) 978.7 (497.2;1568) 54880.5 (37966.1;73798.1) 1165.1 (803.2;1567.4) 19 (-10.5;81.8)
Paraná 102453.2 (59672.3;149681.7) 1806.7 (1032.7;2664.8) 146167.1 (99521.6;198031.2) 1063.6 (719.1;1446.9) -41.1 (-51;-22.6)
Pernambuco 68159.2 (35857.2;104510) 1393.8 (728;2142.4) 149066.6 (103475.9;196806.9) 1418.1 (980.7;1879.4) 1.7 (-18.6;45.6)
Piauí 14484 (6173;24176.3) 930.8 (392.4;1565.3) 40804 (28043.3;54462) 1076.5 (738.6;1442.1) 15.7 (-15.3;109.8)
Rio de Janeiro 265346.7 (163837;376942.1) 2415.5 (1492.4;3462.6) 294309.2 (203915.1;389667.6) 1306.1 (905;1730.1) -45.9 (-54.6;-32)
Rio Grande do Norte 15080.4 (7424.1;23973.7) 915.4 (450.8;1457.1) 40596.4 (27349.8;55821.9) 1024.7 (691.1;1412.5) 11.9 (-16.1;73.8)
Rio Grande do Sul 134076.3 (82681;189686) 1812.7 (1106.9;2606) 154005.5 (103910.1;205502.3) 1003.2 (683.1;1332.5) -44.7 (-52.5;-32.3)
Rondônia 7633.3 (4329.7;11286.4) 1575 (856.2;2405.9) 20049.9 (14029.6;26530.5) 1168.3 (810.5;1568) -25.8 (-42.9;6.3)
Roraima 1085.3 (607.1;1643.6) 1310.2 (715.6;2019) 4525.5 (3246.3;5829.3) 1035.1 (726.4;1359.5) -21 (-36.8;13.5)
Santa Catarina 48419.9 (29534.7;69616.8) 1659.7 (1004;2418.4) 80459.3 (55267.9;107093.5) 946.7 (647.5;1260.8) -43 (-52.2;-27.3)
São Paulo 440645.2 (266543;633017.1) 1887.2 (1129.4;2747.7) 604648.5 (420556.1;807155.9) 1086.9 (754.4;1451.7) -42.4 (-51.5;-25.9)
Sergipe 9519.2 (5300.6;14142.7) 1093.9 (604;1638.1) 26778.2 (18413.5;36053.3) 1120.1 (765.6;1518) 2.4 (-21.7;44.2)
Tocantins 4936 (2229;8219) 996.3 (440.5;1672.6) 19603.7 (13269.9;26463.2) 1283.3 (859.7;1742.7) 28.8 (-7.3;125.2)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 10-13. – Age-standardized rates of DALYs due to cardiovascular diseases attributed to high BMI (per 100 000 inhabitants), by sex, in 1990 and 2019, and percent change of rates in the period, in Brazil and Federative Units.

Cause of death and Location Female Male
1990 Rate (95% UI) 2019 Rate (95% UI) Percent change (95% UI) 1990 Rate (95% UI) 2019 Rate (95% UI) Percent change (95% UI)
High BMI
Acre 1666.7 (945.5;2533) 2215.7 (1633.1;2831.2) 32.9 (5;90.2) 1462.7 (626.1;2473.2) 2477.1 (1665.7;3353.4) 69.4 (26.3;202.2)
Alagoas 2332.8 (1335.3;3446.4) 3140.8 (2273.2;4072.8) 34.6 (4;96.1) 2000.7 (894.3;3324.9) 3218.7 (2106.4;4491.3) 60.9 (16.5;177.9)
Amapá 1739.8 (1088.9;2470.2) 2201.4 (1625;2869.5) 26.5 (4.4;60.9) 1696.2 (917.9;2578.9) 2439.5 (1674.7;3243.9) 43.8 (15.6;105.3)
Amazonas 2213.9 (1411.8;3085.8) 2146.7 (1574.1;2758.1) -3 (-19.4;23.3) 1937.2 (1052.2;2967) 2412 (1655.5;3272.9) 24.5 (-1.5;80)
Bahia 2273.3 (1364;3342.5) 2393.3 (1694.4;3160.6) 5.3 (-18.2;48.7) 1872.6 (851.1;3100.8) 2828 (1877.7;3973.6) 51 (6.2;161.3)
Brazil 2522.2 (1618.1;3530.4) 2218.9 (1660.5;2838.6) -12 (-23.8;8.9) 2607.5 (1429.4;3944.7) 2606.2 (1811.8;3456.8) -0.1 (-16.5;36.8)
Ceará 1445.3 (749.4;2281.7) 2141.3 (1518.3;2869.9) 48.2 (8.6;135.5) 1311.6 (563.9;2209.6) 2384.6 (1546.8;3346.4) 81.8 (25.1;231.1)
Distrito Federal 3223.9 (2167.8;4339.7) 2101.8 (1524.3;2716.4) -34.8 (-44.7;-20) 3532.8 (2200.7;5211.7) 2622.5 (1830.6;3414.5) -25.8 (-39.8;-0.9)
Espírito Santo 2299.2 (1369.2;3332.5) 2367.6 (1715.7;3054.1) 3 (-17.2;39.6) 2302.7 (1204.6;3522.3) 2798 (1890.3;3832) 21.5 (-6;84.9)
Goiás 2409 (1360.3;3691.8) 2230.6 (1605;2906.5) -7.4 (-30.5;36.5) 2267.1 (1034;3714.1) 2441.9 (1619.5;3440.1) 7.7 (-24.4;83.1)
Maranhão 1294.4 (572.5;2152.6) 2534.5 (1733.4;3481.5) 95.8 (33.9;254.2) 1938.3 (708.5;3561.7) 3090.5 (1889.2;4607.6) 59.4 (3.1;222)
Mato Grosso 2039 (1201.2;3066.6) 2322.2 (1696.7;2988.7) 13.9 (-11.8;63.8) 1887 (929;3042) 2551.9 (1798;3417) 35.2 (-0.9;124.5)
Mato Grosso do Sul 2607.8 (1637.8;3665.6) 2345.2 (1719.7;3027) -10.1 (-26.4;16.3) 2534.7 (1380.1;3834.3) 2644.9 (1803.1;3572.2) 4.3 (-18.1;49.9)
Minas Gerais 2525.3 (1521.6;3620.3) 1987.2 (1443.5;2594.3) -21.3 (-35.7;5.1) 2368.8 (1119.3;3800) 2178 (1441.1;2993.5) -8.1 (-30.2;52.3)
Pará 1934.7 (1111.7;2925.6) 2204.2 (1600.9;2887.9) 13.9 (-10.9;63.4) 1924.2 (965.8;3098.7) 2540.5 (1704.3;3421.4) 32 (-1.7;108.5)
Paraíba 1899.2 (1060.3;2852.9) 2439.5 (1774.9;3210.3) 28.5 (-0.8;96.3) 1594.8 (721.9;2636.9) 2742.3 (1819.5;3764.3) 71.9 (23.7;195.3)
Paraná 2714.9 (1685.9;3894) 2208.6 (1595;2896.2) -18.7 (-32.2;5.6) 2724.5 (1450.3;4154.4) 2551.3 (1664.5;3540.3) -6.4 (-24.7;32.5)
Pernambuco 2406 (1411.2;3488.8) 2649.2 (1900.4;3456) 10.1 (-12;52.1) 2159.8 (1023.9;3415.9) 3236.4 (2147.8;4376.2) 49.8 (13.8;135.2)
Piauí 1477.2 (720.6;2368.7) 2204.5 (1603.4;2884.7) 49.2 (10.6;150.6) 1504.4 (573.7;2651.8) 2313.5 (1535.8;3212.2) 53.8 (7.4;209.8)
Rio de Janeiro 3436.9 (2263.2;4669) 2455.3 (1792.8;3163.6) -28.6 (-39.4;-10.7) 3970.5 (2328.9;5904.3) 3083.7 (2101.7;4138) -22.3 (-36.9;5.4)
Rio Grande do Norte 1726.8 (947.3;2643.6) 2215.7 (1544.3;2943.3) 28.3 (-0.8;91.8) 1660.8 (767;2717.1) 2688.8 (1800.5;3760.4) 61.9 (16.8;171.5)
Rio Grande do Sul 2588.6 (1691.5;3570.9) 2064.1 (1490.8;2671.4) -20.3 (-31.6;-0.6) 3051.2 (1777.5;4503.7) 2457.2 (1632.3;3370.7) -19.5 (-32.3;4.3)
Rondônia 2864.4 (1727.9;4164.1) 2500.5 (1825.5;3218.3) -12.7 (-29.4;17.4) 2306.9 (1185.4;3619.5) 2676.4 (1809.3;3626.4) 16 (-14.5;82)
Roraima 2485.3 (1513.2;3620.5) 2671.9 (1987.3;3404.1) 7.5 (-12.2;45.5) 2285.2 (1167.1;3580.1) 2652.2 (1828.6;3518.3) 16.1 (-11.2;77.4)
Santa Catarina 2588.5 (1693.7;3628.3) 1998.8 (1455.5;2620.4) -22.8 (-34.8;-3.5) 2643.6 (1500.7;3972) 2338.3 (1570.6;3175.8) -11.5 (-28.3;22.1)
São Paulo 2837.6 (1833.2;3917.5) 2053.6 (1507.5;2641.7) -27.6 (-38.7;-9.2) 3171.7 (1783.1;4669.5) 2531.2 (1733.6;3432.3) -20.2 (-35;8.7)
Sergipe 2331.9 (1433.6;3333.1) 2538.5 (1822.8;3342.3) 8.9 (-15.2;47.5) 1939.7 (981.7;3024.1) 2777.4 (1831.7;3783.5) 43.2 (5;129.3)
Tocantins 1721.5 (846.4;2717.9) 2523.8 (1842.5;3288.3) 46.6 (7.8;144.4) 1554.5 (636;2746.6) 2856.4 (1884.3;3998.6) 83.7 (27.8;251.3)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 10-2. – Crude and age-standardized mortality rate due to all causes attributed to high BMI, per 100 000, in Brazil, from 1990 to 2019. Data from the Global Burden of Disease (GBD) 2019 Study. 46 .

Chart 10-2

Chart 10-3. – Proportional mortality due to all causes attributed to high BMI, by age group and sex, in Brazil, 2019. Data from the Global Burden of Disease (GBD) 2019 Study. 46 .

Chart 10-3

Chart 10-4. – Age-standardized mortality rates due to diseases attributed to high BMI, stratified by all causes in Brazil, 1990 and 2019. Data from the Global Burden of Disease (GBD) 2019 Study. 46 .

Chart 10-4

Chart 10-5. – Age-standardized mortality rates due to specific causes attributed to high BMI, per 100 000 inhabitants, by sex (women to the left and men to the right), in the Brazilian Federative Units, in 2019. The colored bars represent the specific causes of death according to the legend. Data from the Global Burden of Disease (GBD) 2019 Study. 46 .

Chart 10-5

Chart 10-6. – Correlation between the Sociodemographic Index (SDI) 2019 and the percent change of the age-standardized rates of mortality from cardiovascular disease attributed to high BMI, 1990 - 2019. Data from the Global Burden of Disease (GBD) 2019 Study. 46 .

Chart 10-6

Chart 10-7. – Absolute number of YLLs (A), YLDs (B), and DALYs (C) due to high BMI, all ages, both sexes, Brazil, from 1990 to 2019. Data from the Global Burden of Disease (GBD) 2019 Study. 46 .

Chart 10-7

Chart 10-8. – Rates of YLLs (A), YLDs (B), and DALYs (C) attributed to high BMI for all ages and age-standardized, per 100 000, both sexes, Brazil, from 1990 to 2019. Data from the Global Burden of Disease (GBD) 2019 Study. 46 .

Chart 10-8

Chart 10-9. – Age-standardized rates of DALYs due to specific causes attributed to high BMI, per 100 000 inhabitants, by sex (women to the left and men to the right), in the Brazilian Federative Units, in 2019. The colored bars represent the specific causes of death according to the legend. Data from the Global Burden of Disease (GBD) 2019 Study. 46 .

Chart 10-9

Overview

• According to the WHO, obesity is defined as abnormal or excessive fat accumulation that presents a risk to health, being present when the BMI is equal to or greater than 30 kg/m2. Obesity is a multifactorial condition, related not only to the imbalance between calorie intake and expenditure, which results from a diet rich in high-sugar and high-fat foods, but also to genetic, metabolic, environmental, economic, and sociocultural factors, which eventually lead to the accumulation of excess body fat. In addition to being included in the NCD group, obesity is considered an important risk factor for conditions such as diabetes mellitus, hypertension, and CVD. Obesity is currently considered a pandemic, with impact on both developed and developing countries and consequences for the individual, social, familial, and financial levels. Overweight, defined as BMI over 25 kg/m2, is also associated with the complications observed in obese individuals, which increase in parallel with BMI increase. 365 Despite the limitations of the use of BMI to assess excess weight, such as its inability to define the amount of body fat that contributes to body weight, 366 the WHO currently uses that variable for its definitions.

• The deaths and disease burden attributed to obesity increased globally between 1990 and 2019: from 2.20 (95% UI, 1.21 – 3.43) to 5.02 (95% UI, 3.22 – 7.11) million deaths, and from 67.3 (95% UI, 38 - 104) to 160 (95% UI, 106 - 219) million DALYs in absolute numbers. Obesity contributed to more YLLs [119 million (79.6 - 164)] than YLDs [40.9 million (24.5 - 60.9)] worldwide in 2019. Most of that increase might have resulted from population growth and aging, evidenced after age standardization (4,9% {7,3-24,6} deaths, 18% {2,2- 42,3} DALYs, and 8,3% [-6,6–31,2] YLLs). 4

• Obesity contributes to compound most cardiovascular risk factors, particularly to increase blood pressure, blood glucose, and serum lipid levels, and has adverse effects due to serum inflammation and changes in heart structure and function. This association manifests in the relationship existing between obesity and the increased prevalence of hypertension, coronary artery disease, heart failure, and atrial fibrillation. Thus, although there is no clear consensus whether obesity is a disease or a risk factor, this chapter approaches obesity as a cardiovascular risk factor. 367

• It is worth noting that, for the purpose of age-standardization of the rates, we considered the global population used by the GBD Study.

Prevalence

• Table 10-1 shows the prevalence of excess weight and obesity among individuals aged 18 years and over, by sex and age group, in Brazil, in 2019, according to anthropometric data from the PNS. In Brazil, the percentages of adults (age ≥18 years) with excess weight and obesity in 2019 were, respectively, 57.5% (95% CI, 54.8 – 60.2) and 21.8 % (95% CI, 19.2 – 24.7) for men, and 62.6% (95% CI, 59.1 – 66.0) and 29.5% (95% CI, 25.4 – 34.0) for women. Progressive increase of excess weight was observed with age increase, ranging from 33.7% (95% CI, 27.4 – 40.6) [male: 25.7% (95% CI, 19.1 – 33.7); female: 41.7% (95% CI, 31.1 – 53.1)] in the age group of 18-24 years to 70.3% (95% CI, 67.4 – 73.1) [male: 67.1% (95% CI, 62.1 – 71.8); female: 73.1% (95% CI, 68.8 -77.0)] in the age group of 40-59 years. For the age group of 60+ years, there was a slight reduction in the excess weight prevalence, 64.4% (95% CI, 60.5 – 68.1) [male: 63.3% (95% CI, 56.9 – 69.2); female: 65.3% (95% CI, 60.3 – 69.7)]. The same occurred with obesity, a progressive increase with age increase, ranging from 10.7% (95% CI, 7.7 – 14.7) [male: 7.9% (95% CI, 4.8 – 12.8); female: 13.5% (95% CI, 8.8 – 20.4)] in the age group of 18-24 years to 34.4% (95% CI, 29.7 – 39.4) [male: 30.2% (95% CI, 24.8 – 36.3); female: 38.0% (95% CI, 32.3 - 44.0)] in the age group of 40-59 years. For the age group of 60+ years, there was a slight reduction in obesity prevalence, 24.8% (95% CI, 20.9 – 29.1) [male: 21.2% (95% CI, 15.6 – 28.1); female: 27.5% (95% CI, 23.0 -32.5)]. It is worth noting the higher prevalence of excess weight and obesity in the female sex for all age groups.

• Table 10-2 shows the percentage of overweight adults, according to a method of imputation (BMI_i ≥ 25 kg/m2), by sex, in the Brazilian capitals and the Distrito Federal, according to Vigitel 2019 data. The capitals Campo Grande, Cuiabá, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, and São Paulo showed percentages higher than the national values for both sexes. For men, the capitals Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiana, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, and Rio Branco showed percentages higher than the national values. It is worth noting that, for female excess weight, the number of capitals above the national mean was smaller: Manaus, Natal, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, and Distrito Federal.

• Table 10-3 shows the percentages of adults with obesity, according to a method of imputation (BMI_i ≥ 30 kg/m2), by sex, in the Brazilian capitals and the Distrito Federal, according to Vigitel 2019 data. The capitals Aracajú, Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Macapá, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Branco, and Rio de Janeiro showed percentages higher than the national values for both sexes. For men, the capitals Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Goiânia, Macapá, Manaus, Natal, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, and Rio de Janeiro showed percentages higher than the national values. Women had higher percentages of obesity compared to men, contrary to that observed for excess weight. The capitals with female obesity percentage above the national mean were Aracajú, Campo Grande, Cuiabá, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, and São Paulo.

• Felisbino-Mendes et al ., using data from the GBD study 2017, have reported that the age-standardized prevalence of obesity in Brazil was higher in the female sex (29.8%) compared to that in the male sex (24.6%) in 2017. However, men showed a higher increase of obesity (244.1%) compared to women (165.7%) from 1990 to 2017. An annual increase over 300% was observed in most states of the Northern and Northeastern regions for men, probably due to the delay in the epidemiological transition in those regions. More than half of the population had excess weight in most Brazilian states, except for Maranhão and Piauí. 368 These findings are consistent with those indicating higher prevalence of obesity in more challenged populations that migrated from under-nutrition to over-nutrition, contributing to inadequate nutrition around the world. 369

• Flores-Ortiz et al ., assessing self-reported weight and height data of 572 437 adults of both sexes in the Brazilian capitals and the Distrito Federal, from 2006 to 2016, have estimated the overall prevalence of obesity, which increased from 11.7% to 18.1% in men, and from 12.1% to 18.8% in women, being more marked in the Northern, Northeastern, and West-Central regions. 370

• Araújo et al ., using Vigitel data from 2008 to 2015, reported an increase in overweight and obesity in Brazilian women of reproductive age, which occurred independently of age, formal education, marital status, race/skin color, and household region (except for women aged 30-39 years, black, and living in the Southern region). Those authors emphasized that, compared to the general population, there was a higher increase of obesity in women aged 18-49 years, in addition to an increase in the prevalence of overweight in women aged 18-29 years in the period, indicating the early occurrence of that risk factor for CVD and NCD. 371 It is worth noting that the Vigitel uses self-reported diagnosis.

• A cross-sectional population-based study was conducted in 2002 and 2003 with participants from the “Household inquiry on risk behavior and self-reported morbidity from NCDs”. The study assessed 23 457 individuals aged 15 years or older, living in 16 Brazilian capitals (Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, and Vitória). There were 3142 elderly, of whom 1868 (59.4%) were women and 1274 (40.6%) were men. The mean age was 69.5±0.19 years, and 1742 (55.4%) were 60-69 years old. The prevalence of obesity was 17.7% in the age group ‘60-69 years’, 22.9% in the age group ‘70-79 years’, and 17.5% in the age group ‘80+ years’. Obesity was more frequent in women (19.3%; 95% CI, 16.6 - 22.3; χ2= 9.5; p = 0.03). 372

• A study with 157 postmenopausal women from two public outpatient clinics in the city of São Paulo, Brazil, has reported mean BMI of 28.0 kg/m2and 34.4% of obesity, which was classified as class I in 26.1%, class II in 5.7%, and class III in 2.6%. There was a statistically significant association of the overall obesity prevalence with education level (p=0.006), physical activity (p<0.001), use of hormone-replacement therapy in menopause (p=0.007), and number of pregnancies (p=0.002). Abdominal obesity prevalence was 73.8%. The proportion of women with abdominal obesity was higher among those with up to 7 years of schooling (p=0.030). 373

• A population-based cross-sectional study using data from the PNS 2013 has reported ideal BMI (<25 kg/m2) in 46.8% of the women (95% CI, 45.5 - 48.1), 40.5% of the men (95% CI, 39 - 42), and 43.7% of the total sample (95% CI, 42.7 - 44.7). When stratifying by age group, the ideal BMI prevalence was 54.2% (95% CI, 52.4 - 55.8) in the age group ‘18-35 years’, 36.8% (95% CI, 35.4 - 38.2) in the age group ‘36-59 years’, and 40.9% (95% CI, 38.6 - 43.2) in the age group ‘60+ years’. Ideal BMI was more frequent in the Northeastern region (47.5%) and less frequent in the Southern region (40.4%) of Brazil. 374

• The ELSA-Brasil is a cohort of 15 105 voluntary active or retired civil servants from universities or research institutions from 6 Brazilian cities, enrolled from August 2008 to December 2010, aged between 35 and 74 years, composed mostly of women (54%) and middle-aged adults (78% aged <60 years). A sub-study including 14 545 participants aged 35-74 years, mostly (54.1%) women, has shown that 22.7% (n = 3298) of the participants were obese and 40.8% (n = 5934), overweight. In addition, a ‘metabolically healthy status’, according to multiple criteria, was identified in 12.0% (n = 396) of the obese and in 25.5% (n = 1514) of the overweight individuals, being associated with younger age, female sex, lower BMI, and weight change in all BMI categories after the age of 20 years. 375 Another sub-study, including 6453 men and 7686 women and assessing the association of BMI and waist circumference with the socio-occupational class, has shown that, for women, the effects of low and intermediate socio-occupational class were greater for those with waist circumference between 80 and 88 cm or overweight, while for men, the low and intermediate socio-occupational class associated with adequate waist circumference or normal BMI. 376 Another sub-study assessing the entire cohort has reported a higher prevalence of overweight among men, while obesity was more common among women. Insufficient time for self-care and leisure was associated with overweight (PR = 1.29; 95% CI, 1.04 - 1.61) and obesity (PR = 1.65; 95% CI, 1.28 - 2.12) among women working more than 40 hours/week, and the authors concluded that the results were due to gender inequality involving the relation between time use and health. 377 Another study using multilevel logistic regression models adjusted to age, education, skin color, state of residence, individual level, and social cohesion and perceived violence scores has shown that women living in less socially cohesive areas and more violent neighborhoods were more likely to be obese as compared to their counterparts (OR 1.25, 95% CI, 1.02 - 1.53; OR 1.28, 95% CI, 1.04 - 1.56, respectively). 378

Children and Adolescents

• The increase in obesity prevalence has also been observed among Brazilian children and adolescents. A meta-analysis of 21 studies with 18 463 Brazilian children/adolescents has estimated a 14.1% obesity prevalence, 16.1% for boys and 14.95% for girls, with no significant difference between sexes (PR = 1.06; 95% CI, 0.81 - 1.40; p> 0.05). 379

• The ERICA study has assessed 73 399 students, 55.4% of the female sex, with mean age of 14.7±1.6 years. The prevalence of obesity was 8.4% (95% CI, 7.9 - 8.9), lower in the Northern region and higher in the Southern region, and, regarding sex, higher among men. Obese adolescents had a higher prevalence of hypertension, 28.4% (95% CI, 25.5 - 31.2), as compared to overweight adolescents, 15.4% (95% CI, 17.0 - 13.8), and eutrophic adolescents, 6.3% (95% CI, 5.6 - 7.0). The fraction of hypertension attributable to obesity was 17.8%. 299

• A systematic review with meta-analysis published by Sbaraini et al. in 2021 compiled data from 151 studies on overweight and obesity prevalence in Brazilian adolescents aged 10-19 years. An increase in overweight prevalence was observed in recent decades: 8.2% (95% CI, 7.7 - 8.7) up to 2000, 18.9% (95% CI, 14.7 - 23.2) from 2000 to 2009, and 25.1% (95% CI, 23.4 - 26.8) from 2010 onward, a pattern similar to that of obesity prevalence. The Southeastern and Southern regions had the highest overweight and obesity prevalence, with no difference between sexes. 337

• The determinants of obesity prevalence increase include diet changes, environment, greater offer of high-energy food, marketing, urbanization, and reduced time and space for physical activities. 380

Incidence

• A study derived from the ELSA-Brasil cohort with a 3.8-year follow-up of 13 625 men and women aged 35-74 years, included from 2008 to 2010, showed 7.7% and 10.6% global incidence of overweight and obesity, respectively. The highest percentages were observed among low education level (35.0%) and black (28.5%) women and young men (21.1%). The authors reported overweight increase with age, low per capita income, and fewer years of schooling. 381

• Using data from the Vigitel, obesity incidence and persistence were estimated among Brazilian adults from 2006 to 2009. The authors observed that the overweight incidence at the age of 20 years is estimated at 40% for men and 30% for women. The persistence of obesity, however, is estimated at 65% for the male sex and 47% for the female sex. The authors highlight the need to elaborate public policies, particularly for the youth, to reduce dietary risks and promote physical activity. 382

Mortality

• A meta-analysis of 239 prospective studies has shown a consistent relationship of overweight and obesity (all grades) with all-cause mortality in different populations around the world. The authors hypothesized the possibility of metabolically healthy obese individuals. 383

• A study assessing 1450 individuals aged 60 years or more from the Bambuí Cohort Study of Aging has reported the inverse relationship of continuous BMI (HR 0.85; 95% CI, 0.80 - 0.90) with mortality, even after adjusting to confounding variables. Obesity occurred in 12.5% of the elderly and was positively associated with the female sex, higher family income, and the presence of hypertension and diabetes, and inversely associated with physical activity. Overweight was inversely (HR 0.76; 95% CI, 0.61 - 0.93) associated with mortality. Individuals with BMI between 25 kg/m2and 35 kg/m2had the lowest absolute rates of death at 10-year follow-up. The authors concluded that the usual BMI cut-off points should not be used to guide public policies for the elderly in Brazil. 384

All-cause Mortality Attributable to High BMI

• Table 10-4 shows the age-standardized rates of mortality due to all causes attributable to high BMI, per 100 000 inhabitants, and percent change of the rates, in Brazil and FUs in 1990 and 2019 (GBD 2019). The greatest decreases in the mortality percentages occurred in the Brazilian states with the highest incomes. Distrito Federal showed the greatest reduction -33.8 (-45.2;-14.6), followed by São Paulo -29.6 (-41;-9.3), Rio de Janeiro -27.7 (-39.7;-6.8), Santa Catarina -22.7 (-35.5;-1.7), Minas Gerais -21.1 (-36.5;13.9), Paraná -18.2 (-31.9;9.1, Bahia -9.7 (-23.1;16.2), Rondônia -8.7 (-29.9;33.9), Mato Grosso do Sul -7.6 (-26;24.5), and Goiás -3.8 (-29.4;49.2). Regarding obesity in men, according to Table 10-5, most FUs had a positive percent change in the death rates due to high BMI, which ranged from 7.6 (-17.9;72.3) in the state of Roraima to 63.1(4.4;230.1) in the state of Maranhão.

• Regarding obesity in women, according to Table 10-5, most FUs had a positive percent change in the death rates due to high BMI, ranging from 1.2 (-23.9;46.9) in the state of Sergipe to 109 (39.4;294.2) in the state of Maranhão, except for Distrito Federal, which showed the greatest reduction -38.2 (-49.9;-20.6), followed by São Paulo -34.4 (-46.3;-14.3), Rio de Janeiro -31.5 (-43.8;-10), Santa Catarina -28.5 (-41.7;-6.6), Minas Gerais -27.6 (-42.6;1.4), Paraná -24.5 (-38.5;2.3), Rio Grande do Sul -24.6 (-37.2;-2.6), Mato Grosso do Sul -14.5 (-32;16.7), Amazonas -13 (-30.5;17.1), Goiás -10.4 (-35.9;42.1), and Espírito Santo -1.3 (-24.9;43.5). The greatest decreases in the mortality percentages in Brazil occurred for women -16.3 (-28.8;6) as compared to men, -2.1 (-19;35.5) (Table 10-5).

• Table 10-6 shows the number of deaths and the crude and age-standardized mortality rates due to all causes attributable to high BMI in Brazil, by age group, in 1990 and 2019, in addition to the percent change of the rates in the period, according to GBD 2019 data. Considering age-standardized rates in the period, there was a percent reduction of -9.7 (-23.1;16.2).

• Chart 10-1 shows the increase in the number of deaths due to all causes attributable to high BMI, in Brazil. Chart 10-2 shows the crude and age-standardized mortality rates due to all causes attributable to high BMI from 1990 to 2019. While the crude rates increased, the age-standardized rates showed stability in the period, suggesting that population aging is the determinant of the increase. According to Brant et al ., regarding the ranking of the age-standardized mortality rates due to CVD attributable to risk factors, by sex, in 1990 and 2019, there was an increase in the incidence of high BMI, and that ranking passed from 6th to 3rd in women and from 7th to 4th in men. 269

• Chart 10-3 shows the distribution of proportional mortality due to all causes attributed to high BMI, by age group and sex. Proportional mortality attributed to high BMI is higher in the age group ‘50-69 years’ in men and women, with a predominance of women. Age-standardized proportional mortality was 84.4 (48.1;127.9) in 1990 and 76.2 (52.9;102.1) in 2019, with a percent change of -9.7 (-23.1;16.2).

• Chart 10-4 shows the age-standardized mortality rates due to diseases attributed to high BMI, stratified by all causes in Brazil, 1990 and 2019, according to GBD 2019. High BMI contributed mainly to mortality from: ischemic heart disease [number of deaths: 21 732.5 (11 703.8;34 207.7) in 1990 and 45 210.1 (29 102.5;63 084.1) in 2019; proportional mortality: 25.1% (13.2%;40.2%) in 1990 and 19.1 (12.2%;27.0%) in 2019]; stroke [number of deaths: 24 398.5 (14 209.8;35 441.2) in 1990 and 35 124.7 (24 073.7;46 859.7) in 2019; proportional mortality: 25% (14.2%;37.1%) in 1990 and 14.6% (9.9%;19.6%) in 2019]; and diabetes [number of deaths: 10 862.5 (6 997.5;15 055.0) in 1990 and 33 811.0 (24 964.7;43 247.8) in 2019; proportional mortality: 12.2% (7.7%;17.3%) in 1990 and 14.5% (10.5%;18.6%) in 2019]. The contribution to all causes of death was 74 266.2 (43 491.7;110 056.9) and 177 939.7 (124 637.7;237 783.0) in numbers of deaths in 1990 and 2019, respectively.

• Chart 10-5 shows the age-standardized mortality rates due to specific causes attributed to high BMI, per 100 000 inhabitants, in the FU, for all ages, by sex, according to the GBD 2019. Mortality varied in the FUs differently by sex. The highest age-standardized mortality rates (per 100 000 inhabitants) due to CVD and diabetes attributed to high BMI in women were observed in Alagoas (52.1), Pernambuco (45.0), Tocantins (42.1), Espírito Santo (40.7), Maranhão (40.5), Rondônia (40.2), and Rio de Janeiro (40.1). For men, those rates were higher in Pernambuco, Maranhão, Rio de Janeiro, Tocantins, and Alagoas. Felisbino-Mendes et al . have reported that, in 2017, obesity accounted for 12.3% of all deaths, making up a total of 165 954 deaths. Proportional mortality attributed to high BMI was more expressive in women (14.6%, 95% UI, 10.7 - 18.9) than in men (10.5%, 95% UI, 7.2 - 14.1). 368

• Chart 10-6 shows the correlation between the SDI 2019 and the percent change of the age-standardized mortality rates from CVD attributed to high BMI between 1990 and 2019, for all ages and both sexes. The reduction in mortality from CVD attributed to high BMI correlated with the socioeconomic improvement in the FUs and might have resulted from the late epidemiological transition and competing causes of death in the regions with the lowest income.

Mortality from Cardiovascular Diseases Attributable to High BMI

• Tables 10-7 and 10-8 show the number of deaths and age-standardized mortality rates from CVD attributed to high BMI, per 100 000 inhabitants, in 1990 and 2019, and the percent change of rates in the period, in Brazil and its FUs (GBD 2019). Most FUs showed a negative percent change of the rates of death due to high BMI in men, which ranged from -1 (-29.5;65.5) in Mato Grosso to -44.6 (-57.4;-21.5) in the Distrito Federal. The highest decreases in the percent of mortality occurred in the FUs with higher income in Brazil. The highest positive percent changes occurred in the FUs of the Northern [Tocantins 50.5 (1.6;202.0)] and Northeastern [Ceará 50.2 (-0.7;188.2)] regions. In Brazil, there was a negative change in the mortality rates from CVD attributable to high BMI for men [-22.8 (-35.9;6.2)].

• Regarding women, most states had a negative percent change of mortality rates from CVD attributable to high BMI, which ranged from -2.8 (-22.6;32.1) in Amapá to -50.4 (-60.4;-35.8) in the Distrito Federal. The highest decreases in the percent of mortality occurred in the FUs with higher income in Brazil. The highest positive percent changes occurred in the FUs of the Northern [Maranhão 89.9 (27.4;262.4)]. In Brazil, there was a negative change in the mortality rates from CVD attributable to high BMI for women [-33.9 (-43.7;-16.7)], which was higher than that for men [-22.8 (-35.9;6.2)] (Table 10-8).

• Table 10-9 shows the number of deaths, the crude and age-standardized mortality rates from CVD attributed to high BMI in Brazil, in 1990 and 2019, by age group, and the percent change of rates in the period, according to the GBD 2019. Considering the age-standardized rates in the period, the percent change was -28.5 (-38.8;-8.6).

Burden of disease

Burden of Disease from All Causes Attributable to High BMI

• Table 10-10 shows DALY in absolute numbers, age-standardized DALY rates (per 100 000 inhabitants) due to all causes of death attributed to high BMI, and the percent change of rates in Brazil and FUs in 1990 and 2019 (GBD 2019). Regarding the burden of disease in 2019, high BMI accounted for 177 939.7 (124 637.7;237 783) DALYs [76.2 (52.9;102.1) per 100 000 inhabitants]. The percent change was -9.7 (-23.1;16.2) in relation to 1990, for when 74 266.2 (43 491.7;110 056.9) DALYs [84.4 (48.1;127.9) per 100 000 inhabitants] were estimated. The FUs of the Northern [Maranhão 84.8 (25.5;250.7)] and Northeastern [Ceará 65.4 (19.9;172.1)] regions had the highest positive percent changes.

• Table 10-11 shows the number of DALYs, the crude and age-standardized DALY rates due to all causes attributed to high BMI in Brazil, in 1990 and 2019, by age group, and the percent change of the rates in the period, according to GBD 2019 data. The highest positive percent change occurred in children and adolescents, from 5 to 14 years [99.5 (53.1;158.3)].

• Charts 10-7 and 10-8 show the graphic representation of the absolute numbers and the age-standardized and all age rates of YLLs, YLDs, and DALYs due to high BMI, from 1990 to 2019, in Brazil, respectively. It is worth noting the growth trend of all absolute numbers and crude rates per 100 000 inhabitants. However, the age-standardized rates of DALYs and YLLs showed a trend towards decrease in the period, while those of YLDs increased, suggesting a growing impact on morbidity due to obesity even regardless of population aging. Felisbino-Mendes et al . have estimated that the DALYs, for both sexes, increased by 96% and 42% due to population aging and growth, respectively, and by 130% due to change in exposure to risk. 368

• Chart 10-9 shows the age-standardized DALYs rates due to specific causes attributed to high BMI, per 100 000 inhabitants, in the FUs, for all ages, by sex, according to GBD 2019. The DALYs varied in the FUs differently by sex. Diabetes and kidney diseases were the second major causes of DALYs attributed to high BMI, being preceded by CVD. The highest age-standardized rates of DALYs due to diabetes and kidney diseases attributed to high BMI in women (per 100 000 inhabitants) were observed in Alagoas (1320.1), Roraima (1250.8), Sergipe (1253.6), Pernambuco and Maranhão (1013.5), Paraíba (990.4), Rondônia (989.3), and Tocantins (981.7). Regarding men, those rates (per 100 000 inhabitants) were higher in Alagoas (1263.9), Sergipe (1168.1), Maranhão (1130.8), Pernambuco (1104.7), Bahia (1086.2), Roraima (1071.7), Paraíba (1047.4), Rio de Janeiro (1042.5), and Rio Grande do Norte (1024.5).

Burden of Cardiovascular Disease Attributable to High BMI

• Regarding burden of disease in 2019, high BMI accounted for 177 939.7 (95% UI, 124 637 – 237 783) DALYs due to CVD [76.2 (95% UI, 52.9 – 102.1) per 100 000 inhabitants], with higher relevance to ischemic heart disease [45 210.1 (95% UI, 29 102.5 – 63 084.1)] and stroke [35 124.7 (95% UI, 24 073.7 – 46 859.7)]. In Brazil, this risk factor contributed, in 2019, to 5 817 938.7 (95% UI, 4 197 826.2 – 7 541 630) DALYs [2404.5 (95% UI, 1733.3 – 3121.6) per 100 000 inhabitants]. The percent reduction was -6.4 (95% UI, -19.6 to 19.1) in relation to 1990, for when 2 579 849.9 (95% UI, 1 556 675.2 – 3 720 770.6) DALYs [35 124.7 (95% UI, 24 073.7 – 46 859.7)] were estimated (Chart 10-10).

• Tables 10-12 and 10-13 show the age-standardized rates of DALYs due to CVD attributed to high BMI, per 100 000 inhabitants, in 1990 and 2019, and the percent change of rates in the period, by sex, in Brazil and FUs (GBD 2019). Most FUs had a decrease in the DALYs for women in the period, which was more marked in the Distrito Federal [-34.8 (-44.7;-20)], Rio de Janeiro [-28.6 (-39.4;-10.7)], São Paulo -27.6 (-38.7;-9.2)], Santa Catarina [-22.8 (-34.8;-3.5)], Minas Gerais [-21.3 (-35.7;5.1)], and Rio Grande do Sul [-20.3 (-31.6;-0.6)]. The state of Maranhão had the highest increase between 1990 and 2019 [95.8 (33.9;254.2].

• Similar behavior was observed for men, with a percent decrease of obesity from 1990 to 2019. The highest percent decreases were observed in the Distrito Federal [-25.8 (-39.8;-0.9)], Rio de Janeiro [-22.3 (-36.9;5.4)], São Paulo [-20.2 (-35;8.7)], Rio Grande do Sul [-19.5 (-32.3;4.3)], Santa Catarina [-11.5 (-28.3;22.1)], and Minas Gerais [-8.1 (-30.2;52.3)], smaller than those observed for women. Ceará had the highest increase between 1990 and 2019 [81.8 (25.1;231.1)]. In addition, the highest percent increases were observed for women in the period (Table 10-13). It is worth noting that the same pattern was observed for Brazil as a whole, with higher percent decrease for women [-12 (-23.8;8.9)] as compared to men [-0.1 (-16.5;36.8)].

• Table 10-14 shows the number of DALYs, the crude and age-standardized rates of DALYs due to CVD attributed to high BMI in Brazil, in 1990 and 2019, by age group, and the percent change of the rates in the period, according to data from GBD 2019. The highest negative percent change occurred in the age group ‘50-69 years’ [-33.6 (-42.5;-16.5)]. There was a percent reduction of -31.2 (-40.5;-12.4) regarding the age-standardized rates in the period (Table 10-12).

Impact on Cardiovascular Health

• High BMI causes chronic systemic inflammation and high sympathetic activity, which can contribute to insulin resistance and hypertension, leading to endothelial dysfunction and atherosclerosis, contributing to diabetes mellitus. Its effect is mainly mediated by other intermediate risk factors, such as hypertension, hypercholesterolemia, and hyperglycemia. 385 Obesity has a multifactorial nature and is one of the major factors to explain the increase in NCD because of its frequent association with CVD, such as arterial hypertension, stroke, heart failure, dyslipidemia, diabetes, atrial fibrillation, and sudden death. The interventions that reduce hypertension, and cholesterol and glucose levels could solve half of the risk for coronary artery disease and three-quarters of the risk for stroke associated with high BMI. 386

• Rimes-Dias and Canella have hypothesized that the NCDs associated with obesity usually require drug treatment and carried out a study with data from the PNS 2013, with 59 402 individuals aged 18 years or older. They assessed the number of medications used to treat nine NCDs related to obesity (arterial hypertension, CVD, stroke, diabetes, arthritis and rheumatism, chronic kidney disease, lung disease, chronic low back pain, and depression). The use of medications increased progressively with BMI increase. The risk of having to use medications to treat two or more NCDs was 70% greater among overweight individuals (adjusted RR = 1.66; 95% CI, 1.46 – 1.89), 170% greater among those with class I obesity (adjusted RR = 2.68; 95% CI, 2.29 – 3.12), 340% greater among those with class II obesity (adjusted RR = 4.44; 95% CI, 3.54 – 5.56), and 450% greater among those with class III obesity (adjusted RR = 5.53; 95% CI, 3.81 – 8.02) as compared to normal-weight individuals. 387

• A cross-sectional study, assessing the presence of cardiovascular risk factors according to the pattern of body fat distribution, was conducted with 113 Brazilians aged 80 years or more (mean age, 83.4 years), of both sexes, recruited from 2009 to 2010 in the city of Presidente Prudente, São Paulo state, as part of the SABE survey. The authors reported the association of abdominal and total obesity with risk factors for CVD, such as higher levels of total cholesterol and triglycerides. There was a significant association of arterial hypertension and total obesity. 388

• A cohort of 12-month duration, assessing 89 adolescents aged 11-14 years in the city of Presidente Prudente, has shown, after adjusting to gender, age, biological maturation, and physical activity, that the changes in femoral intima-media thickness associate with changes in body fat: for each percent increase in body fat, the femoral intima-media thickness increased by 0.007 mm. 389

Risk Factors and Prevention

• Rabacow et al . have estimated the proportion of deaths from NCDs that could be reduced in Brazil by reducing population-wide BMI by using data from the PNS 2013. The population-wide BMI reduction to a theoretical minimum risk exposure level (22.0 kg/m2) could prevent approximately 168 431 deaths per year in Brazil, of which 106 307 from CVD. The reduction to a BMI level of 24.6 kg/m2could prevent 65 721 deaths, representing 10% of the deaths from NCDs and 5.8% of all deaths. A reduction by 1.0 kg/m2in BMI at population level could prevent 30 715 deaths, representing 4.6% of the deaths from NCDs and 2.7% of all deaths. This data set emphasizes the need for adopting anti-obesity measures at national level. 390

• A study, analyzing data from the Household Budget Survey 2002/2003 and 2008/2009 and from the PNS 2013, with 234 791 adults aged 20-59 years, has shown that the highest education levels were associated with obesity and excess weight for men, and the middle school level was associated with an increase in obesity for women. The authors concluded that the findings reveal the need for nutritional education, in addition to campaigns and policies to hold the obesity epidemic. 391

Health Care Utilization and Cost

• A study assessed the 1-year total direct costs associated with the outpatient and inpatient care to overweight- and obesity-related diseases, from the perspective of the SUS, in Brazil, between 2008 and 2010. The values were estimated at US$ 2.1 billion, of which US$ 1.4 billion (68.4% of the total costs) due to hospitalizations and US$ 679 million due to outpatient procedures. Using the population attributable risk, the authors reported that approximately 10% of those costs were attributable to overweight and obesity. The costs for women were higher than those for men, because of higher outpatient clinic expenses (73.3% vs. 26.7%). 392 Another study has estimated the total direct cost of overweight/obesity at 3.02% of the total costs with hospitalization for men and 5.83% for women, corresponding to 6.8% and 9.3% of all hospitalizations (excluding pregnant women), respectively. 393

• A study has assessed the cost-utility of gastric bypass surgery as compared to clinical treatment for severe obesity with and without diabetes from the SUS perspective. A 10-year time horizon and a 5% discount rate were considered in the Markov model. Over 10 years, gastric bypass surgery increased the QALYs and costs as compared to clinical treatment, resulting in an ICER of Int$ 1820.17/QALY and Int$ 1937.73/QALY for individuals with and without diabetes, respectively. The sensitivity analysis showed that the utility values and direct costs of the treatments were the parameters that affected most the ICER. The authors concluded that gastric bypass surgery has a good cost-benefit ratio for severely obese individuals from the SUS perspective, with better results for obese individuals with diabetes. 394

• A study concluded that the total costs of hypertension, diabetes, and obesity in the SUS reached R$ 3.45 billion (95% CI, 3.15 – 3.75) in 2018 (US$ 890 million). Regarding obesity as a risk factor for hypertension and diabetes, the attributable costs reached R$ 1.42 billion (95% CI, 0.98 – 1.87), representing 41% of the total costs. 395

• A micro-simulation model was used to project the extent of obesity and obesity-related diseases and associated healthcare costs in Brazil by 2050. The model considered 13 diseases (coronary artery disease, stroke, hypertension, diabetes, osteoarthritis, and 8 types of cancer), simulating 3 hypothetical intervention scenarios: no intervention, and 1% and 5% reduction in BMI. The authors estimated that the healthcare costs will double by 2050 (US$ 10.1 billion), reaching US$ 330 billion in the 2010-2050 period. However, effective interventions, such as 1% and 5% reductions in mean BMI across the population, can reduce costs to US$ 302 billion and US$ 273 billion, respectively. 396

Future Research

• Gaps in primary data on mortality attributable to high BMI in Brazil and its FUs have been observed. Nationwide registries with measured data should be built to enable the development of more effective public policies to control obesity, which has been increasing in Brazil in both sexes and several age groups.

• Most public policies have failed to reduce obesity in adults and children, probably because obesity is multifactorial and involves many socioeconomic interests. It is worth emphasizing the role played by the food industry, which includes the offer of ultra-processed foods at lower costs, the absence of communication about the risks associated with overweight and obesity in social medias, in addition to the lifestyle in the big cities, where children are increasingly sedentary and eat high-calorie diets. Future studies with multifactorial interventions involving the whole family need to be conducted, to benefit mainly children and adolescents. 397

• The patient-centered care for obesity requires future research and is an essential component of high-quality healthcare that can improve clinical outcomes and patient satisfaction, reducing healthcare costs. A study has suggested the following topics for obesity research: development of research agendas that emphasize the study of tools and techniques of patient-centered healthcare; prioritization of the analysis of patient’s barriers that prevent weight loss and assessment of tools to overcome such barriers; assessment of cultural and environmental factors that can affect one’s ability to lose weight; and implementation of evidence-based metrics for obese patients. 398

• More recent data have highlighted abdominal obesity, assessed by waist circumference, as a CVD risk marker that is independent of BMI. Studies quantifying fat depots, including ectopic fat, with imaging methods have shown that excess visceral adiposity is an independent indicator of poor cardiovascular outcomes. Studies assessing abdominal obesity in the Brazilian population need to be performed to investigate its incremental role in cardiovascular risk stratification in both sexes and several age groups. 399

11. SMOKING AND TOBACCO USE

Smoking and the consequences for cardiovascular diseases in Brazil and Federative Units, 1990 to 2019

ICD-10: Z.72.0

See Tables 11-1 through 11-13 and Charts 11-1 through 11-12

Table 11-1. – Percentage of 9th grade students who experimented with cigarettes, by sex and type of school, in Brazil, its regions and Federative Units.

Major regions and Federative Units Total Sex Type of school
Male Female Public Private
Total 95% UI Total 95% UI Total 95% UI Total 95% UI Total 95% UI
Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit
Brazil 18.4 17.8 19.0 19.4 18.7 20.2 17.4 16.6 18.2 19.4 18.7 20.0 12.6 11.6 13.6
North 20.1 18.8 21.3 22.7 21.1 24.3 17.6 16.2 18.9 20.8 19.5 22.2 11.8 8.9 14.6
Rondônia 21.5 18.9 24.2 22.4 18.8 26.0 20.7 18.0 23.4 21.9 19.1 24.7 16.1 11.6 20.7
Acre 26.2 23.7 28.6 28.3 25.6 31.1 24.0 21.0 27.0 27.1 24.5 29.6 12.1 5.8 18.4
Amazonas 21.1 19.1 23.0 23.3 20.8 25.7 18.9 16.7 21.1 21.9 19.9 24.0 9.5 3.2 15.7
Roraima 28.2 25.3 31.2 30.6 27.5 33.7 25.8 21.9 29.6 29.2 26.1 32.3 12.4 1.5 23.3
Pará 18.7 16.3 21.1 22.3 19.1 25.5 15.5 13.0 18.1 19.4 16.9 22.0 12.3 7.7 16.9
Amapá 21.5 19.5 23.6 22.4 20.2 24.7 20.7 18.1 23.2 22.5 20.3 24.6 12.5 7.3 17.8
Tocantins 15.1 12.1 18.1 17.1 13.2 21.1 13.1 10.4 15.8 15.6 12.3 18.9 8.6 5.2 12.1
Northeast 14.2 13.5 14.9 16.3 15.4 17.3 12.4 11.6 13.3 15.1 14.3 15.9 9.3 8.3 10.4
Maranhão 11.9 10.6 13.2 15.4 13.4 17.5 9.0 7.5 10.4 12.2 10.8 13.6 8.8 6.0 11.6
Piauí 12.8 11.3 14.3 15.5 13.1 17.8 10.5 8.8 12.2 13.3 11.7 15.0 9.4 6.4 12.5
Ceará 18.7 16.5 20.9 19.6 17.1 22.2 17.7 14.9 20.5 19.9 17.4 22.4 11.7 8.8 14.6
Rio Grande do Norte 10.9 9.6 12.1 13.3 11.3 15.3 8.7 7.3 10.2 11.7 10.3 13.2 7.1 5.1 9.1
Paraíba 15.3 13.6 17.1 16.6 14.4 18.8 14.3 12.2 16.4 16.4 14.3 18.5 10.5 8.7 12.4
Pernambuco 14.0 12.4 15.5 14.7 12.6 16.8 13.2 11.2 15.3 15.0 13.1 16.9 9.3 7.4 11.2
Alagoas 13.0 10.9 15.0 13.6 11.5 15.8 12.4 9.7 15.1 13.5 11.1 15.9 11.0 7.6 14.3
Sergipe 9.3 8.1 10.5 11.4 9.5 13.2 7.7 6.5 8.9 9.9 8.5 11.2 7.3 4.8 9.8
Bahia 14.6 12.7 16.4 17.8 15.2 20.5 12.0 9.8 14.2 15.6 13.5 17.7 8.0 4.8 11.2
Southeast 18.3 17.1 19.4 18.2 16.7 19.6 18.4 16.7 20.0 19.2 17.9 20.5 13.5 11.6 15.4
Minas Gerais 17.6 15.5 19.6 17.4 15.2 19.6 17.7 15.2 20.3 18.5 16.3 20.7 9.1 4.9 13.3
Espírito Santo 17.6 15.5 19.7 18.3 15.7 20.9 16.9 14.5 19.4 18.3 15.9 20.6 13.4 9.9 16.9
Rio de Janeiro 16.6 14.8 18.3 15.3 13.2 17.4 17.7 15.4 20.1 18.0 15.8 20.2 13.0 10.2 15.7
São Paulo 19.2 17.4 21.1 19.5 17.1 21.9 19.0 16.3 21.7 20.0 17.9 22.1 15.1 12.0 18.3
South 24.9 23.5 26.3 25.2 23.4 27.0 24.6 22.7 26.4 26.0 24.5 27.5 14.9 12.2 17.7
Paraná 25.5 23.2 27.7 26.4 23.8 29.0 24.4 21.4 27.4 27.4 24.9 30.0 12.0 8.2 15.8
Santa Catarina 22.1 19.5 24.6 24.2 20.9 27.6 20.2 16.9 23.4 22.8 20.0 25.6 16.2 11.9 20.6
Rio Grande do Sul 26.4 24.0 28.8 24.1 20.3 27.9 28.7 25.4 31.9 26.7 24.2 29.1 22.2 15.3 29.2
West-Central 22.1 20.9 23.2 24.2 22.6 25.7 20.0 18.6 21.4 22.9 21.6 24.1 17.5 15.5 19.5
Mato Grosso do Sul 27.0 24.9 29.2 29.4 26.7 32.1 24.7 21.9 27.6 28.2 25.8 30.6 15.5 13.4 17.6
Mato Grosso 23.2 21.0 25.4 25.6 22.2 29.1 20.7 18.0 23.3 23.9 21.5 26.2 15.5 10.7 20.4
Goiás 18.8 17.1 20.5 20.2 18.2 22.2 17.4 15.0 19.8 19.1 17.2 21.0 17.1 13.9 20.3
Distrito Federal 23.7 20.8 26.6 26.8 22.6 31.0 20.9 18.0 23.9 25.2 21.6 28.7 19.4 15.7 23.0

Source: IBGE, PeNSE 2015. 410

Table 11-13. – Distribution of persons aged 15 and over, using electronic devices with liquid nicotine or chopped tobacco leaf, according to major regions and federation units.

Major regions and federation units Prevalence of Active users 95% CI
Lower limit Upper limit
Brazil 0.6 0.5 0.8
North 0.2 0.1 0.2
Rondônia 0.7 0.1 1.4
Acre 0.1 0.0 0.2
Amazonas 0.0 0.0 0.1
Roraima 0.0 0.0 0.1
Pará 0.1 0.0 0.2
Amapá 0.1 0.0 0.3
Tocantins 0.4 0.0 0.7
Northeast 0.1 0.1 0.2
Maranhão 0.1 0.0 0.2
Piauí 0.5 0.1 0.8
Ceará 0.3 0.0 0.5
Rio Grande do Norte 0.0 0.0 0.1
Paraíba 0.0 0.0 0.1
Pernambuco 0.0 0.0 0.1
Alagoas 0.2 0.0 0.4
Sergipe 0.1 0.0 0.2
Bahia 0.1 0.0 0.2
Southeast 0.7 0.5 1.0
Minas Gerais 0.2 0.0 0.3
Espírito Santo 0.4 0.0 0.8
Rio de Janeiro 0.2 0.0 0.3
São Paulo 1.3 0.8 1.7
South 1.1 0.7 1.5
Paraná 2.1 1.2 3.0
Santa Catarina 1.0 0.5 1.6
Rio Grande do Sul 0.2 0.0 0.3
West-Central 1.5 1.1 1.8
Mato Grosso do Sul 2.1 1.2 3.0
Mato Grosso 0.4 0.2 0.7
Goiás 1.4 0.7 2.0
Distrito Federal 2.2 1.4 2.9

Source: PNS 2019. 13

Chart 11-1. – Current smoking prevalence trends according to the GBD 2017 estimates and Brazilian surveys (crude values) of individuals aged 20 years and more, Brazil, 1989 to 2017.

Chart 11-1

Source: Malta DC et al. 400

Chart 11-12. – Time trend of the rates of DALYs due to tobacco use from 1990 to 2019.

Chart 11-12

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Abbreviations Used in Chapter 11.

ANVISA Brazilian National Health Surveillance Agency (in Portuguese, Agência Nacional de Vigilância Sanitária )
DALYs Disability-Adjusted Life Years
NCDs Noncommunicable Chronic Diseases
CVD Cardiovascular Diseases
ELSA-Brasil The Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (in Portuguese , Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto )
ERICA Brazilian Study of Cardiovascular Risk in Adolescents (in Portuguese, Estudo dos Riscos Cardiovasculares em Adolescentes )
FU Federative Unit
GBD Global Burden of Disease
PeNSE National Survey of Schoolchildren Health (in Portuguese: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar )
PNS Brazilian National Health Survey (in Portuguese, Pesquisa Nacional de Saúde )
SDI Sociodemographic Index
Vigitel Telephone Survey for Surveillance of Non-Communicable Chronic Diseases (in Portuguese, Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico )
YLDs Years Lived with Disability
YLLs Years of Life Lost

Table 11-2. – Percentage of 9th grade students who smoked in the 30 days prior to the survey, by sex and type of school, in Brazil, its regions and Federative Units.

Major regions and Federative Units Total Sex Type of school
Male Female Public Private
Total 95% CI Total 95% CI Total 95% CI Total 95% CI Total 95% CI
Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit
Brazil 5.6 5.3 5.9 5.8 5.4 6.3 5.4 4.9 5.8 5.9 5.5 6.3 3.6 3.0 4.3
North 6.1 5.4 6.7 7.1 6.2 8.0 5.1 4.4 5.8 6.3 5.6 7.0 3.7 2.0 5.4
Rondonia 5.3 4.2 6.4 5.8 4.1 7.6 4.9 3.7 6.0 5.5 4.3 6.6 3.2 0.7 5.8
Acre 7.1 6.1 8.1 8.2 6.8 9.7 6.0 4.6 7.3 7.4 6.4 8.5 2.4 0.0 4.8
Amazonas 6.6 5.3 7.9 7.7 6.0 9.3 5.5 4.0 7.0 6.8 5.4 8.2 3.6 0.0 7.2
Roraima 10.4 8.4 12.4 12.1 10.0 14.2 8.6 6.3 10.9 10.8 8.7 12.9 3.9 0.0 9.0
Pará 5.5 4.3 6.7 6.5 4.8 8.3 4.6 3.3 5.9 5.7 4.3 7.0 4.2 1.4 7.0
Amapá 7.7 6.6 8.8 8.2 6.9 9.6 7.2 5.8 8.7 8.0 6.9 9.2 4.8 1.1 8.6
Tocantins 4.9 3.5 6.3 5.7 3.8 7.6 4.1 2.8 5.4 5.2 3.7 6.7 1.0 0.4 1.6
Northeast 4.0 3.6 4.3 4.5 4.0 5.0 3.5 3.1 4.0 4.3 3.8 4.7 2.2 1.8 2.7
Maranhão 3.2 2.5 3.8 3.7 2.6 4.8 2.7 1.9 3.5 3.2 2.5 3.9 2.9 1.4 4.3
Piauí 3.2 2.6 3.9 4.0 2.9 5.1 2.5 1.8 3.2 3.4 2.7 4.2 1.6 0.5 2.8
Ceará 5.9 4.8 7.1 5.8 4.4 7.2 6.1 4.6 7.6 6.4 5.0 7.7 3.5 1.9 5.1
Rio Grande do Norte 1.9 1.4 2.3 2.2 1.5 3.0 1.6 1.1 2.1 2.1 1.6 2.7 0.9 0.3 1.5
Paraíba 4.2 3.3 5.0 5.2 4.0 6.4 3.4 2.4 4.3 4.4 3.4 5.4 3.3 1.8 4.8
Pernambuco 4.2 3.3 5.0 4.4 3.3 5.5 3.9 2.7 5.1 4.6 3.5 5.7 2.1 1.2 3.0
Alagoas 3.6 2.6 4.6 3.3 2.3 4.3 3.9 2.7 5.1 3.6 2.5 4.7 3.6 2.2 5.0
Sergipe 1.6 1.1 2.0 1.8 1.2 2.4 1.4 0.8 2.0 1.7 1.2 2.2 1.1 0.4 1.9
Bahia 4.0 3.0 4.9 5.2 3.6 6.8 3.1 2.0 4.2 4.4 3.3 5.5 1.2 0.4 2.1
Southeast 6.0 5.3 6.7 5.8 4.9 6.8 6.2 5.2 7.2 6.4 5.6 7.2 4.1 2.9 5.3
Minas Gerais 4.7 3.7 5.8 4.9 3.5 6.3 4.5 3.4 5.7 4.9 3.8 6.1 2.8 0.8 4.8
Espírito Santo 5.0 3.6 6.3 5.2 3.7 6.7 4.7 3.2 6.3 4.9 3.4 6.4 5.4 2.6 8.2
Rio de Janeiro 5.5 4.5 6.5 5.0 3.9 6.0 6.1 4.6 7.5 6.1 4.8 7.4 4.2 3.1 5.3
São Paulo 6.9 5.7 8.1 6.6 5.0 8.2 7.2 5.4 9.0 7.4 6.0 8.7 4.4 2.2 6.5
South 7.0 6.2 7.7 7.0 5.9 8.1 6.9 5.9 7.9 7.2 6.3 8.1 4.8 3.1 6.5
Paraná 7.8 6.3 9.2 8.0 6.1 9.8 7.6 5.7 9.5 8.3 6.7 10.0 3.9 1.3 6.6
Santa Catarina 5.4 4.3 6.6 5.4 3.8 6.9 5.4 3.9 7.0 5.4 4.1 6.6 5.8 3.0 8.5
Rio Grande do Sul 7.1 5.8 8.3 6.8 4.8 8.9 7.3 5.7 8.8 7.1 5.8 8.4 5.9 3.9 7.9
West-Central 6.5 6.0 7.1 7.2 6.5 8.0 5.8 5.2 6.5 6.9 6.3 7.5 4.5 3.4 5.6
Mato Grosso do Sul 8.2 6.9 9.5 8.6 6.7 10.4 7.8 6.1 9.5 8.7 7.3 10.2 3.0 1.1 4.8
Mato Grosso 7.6 6.2 8.9 7.9 5.9 9.9 7.2 5.7 8.8 7.9 6.4 9.3 4.1 0.2 8.1
Goiás 5.6 4.8 6.3 6.4 5.4 7.4 4.7 3.6 5.8 5.8 4.9 6.6 4.3 2.9 5.8
Distrito Federal 6.1 4.9 7.4 7.3 5.2 9.3 5.1 3.9 6.3 6.4 4.9 7.9 5.3 3.4 7.3

Source: IBGE, PeNSE 2015. 410

Table 11-3. – Percentage of 9th grade students who used other tobacco products in the 30 days prior to the survey, by sex and type of school, in Brazil, its regions and Federative Units.

Major regions and Federative Units Total Sex Type of school
Male Female Public Private
Total 95% CI Total 95% CI Total 95% CI Total 95% CI Total 95% CI
Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit
Brazil 6.1 5.7 6.4 6.5 6.1 7.0 5.6 5.1 6.0 6.2 5.8 6.6 5.2 4.5 5.9
North 3.0 2.6 3.4 3.7 3.1 4.2 2.4 2.0 2.8 3.0 2.6 3.4 3.1 1.8 4.3
Rondônia 5.4 4.1 6.8 4.7 3.3 6.1 6.1 4.4 7.9 5.4 3.9 6.8 6.3 2.7 10.0
Acre 5.0 4.0 5.9 6.3 4.7 7.9 3.6 2.5 4.7 5.1 4.1 6.1 3.4 1.1 5.8
Amazonas 2.8 2.1 3.5 3.4 2.4 4.4 2.3 1.5 3.0 2.9 2.2 3.6 1.5 0.2 2.7
Roraima 5.2 4.0 6.3 6.4 4.9 7.8 4.0 2.6 5.3 5.1 4.0 6.1 6.8 0.0 15.3
Pará 2.0 1.4 2.7 2.9 1.9 3.9 1.3 0.7 1.9 1.9 1.3 2.6 3.1 0.9 5.2
Amapá 2.7 2.1 3.3 3.3 2.5 4.2 2.2 1.4 2.9 2.7 2.1 3.4 2.6 1.3 3.9
Tocantins 4.1 2.8 5.4 4.8 2.9 6.8 3.4 2.3 4.6 4.2 2.8 5.6 3.2 0.3 6.2
Northeast 2.3 2.0 2.6 2.9 2.5 3.3 1.8 1.5 2.1 2.3 2.0 2.7 2.1 1.7 2.5
Maranhão 1.7 1.2 2.1 2.1 1.4 2.8 1.4 0.8 1.9 1.6 1.1 2.1 2.6 1.0 4.3
Piauí 1.9 1.4 2.5 2.4 1.6 3.2 1.6 0.9 2.3 2.0 1.4 2.5 1.6 0.0 3.8
Ceará 3.0 1.9 4.0 3.1 2.1 4.2 2.8 1.6 4.1 3.1 1.9 4.3 2.3 1.1 3.5
Rio Grande do Norte 1.5 1.0 1.9 1.8 1.1 2.6 1.2 0.7 1.6 1.5 1.0 2.1 1.2 0.4 2.0
Paraíba 2.4 1.8 2.9 3.7 2.7 4.6 1.3 0.8 1.8 2.3 1.7 3.0 2.6 1.5 3.7
Pernambuco 2.3 1.7 2.9 2.9 2.1 3.7 1.6 1.0 2.3 2.4 1.7 3.1 1.7 1.0 2.3
Alagoas 2.0 1.4 2.6 2.3 1.6 3.0 1.7 0.9 2.5 1.8 1.2 2.4 2.7 0.9 4.5
Sergipe 1.5 1.1 1.9 2.2 1.5 3.0 0.9 0.5 1.3 1.6 1.1 2.0 1.2 0.6 1.8
Bahia 2.6 1.8 3.4 3.5 2.3 4.8 1.9 1.2 2.6 2.7 1.8 3.5 2.3 1.6 3.0
Southeast 7.5 6.8 8.2 7.8 7.0 8.7 7.2 6.2 8.1 7.8 7.0 8.6 6.0 4.8 7.3
Minas Gerais 4.6 3.8 5.5 5.4 4.2 6.6 3.9 2.7 5.1 4.8 3.9 5.8 2.9 1.6 4.2
Espírito Santo 3.3 2.5 4.1 3.6 2.5 4.6 3.0 2.0 4.0 3.1 2.3 4.0 4.2 2.3 6.0
Rio de Janeiro 4.5 3.7 5.3 4.8 3.9 5.7 4.2 3.1 5.3 4.7 3.7 5.7 3.9 2.6 5.2
São Paulo 10.2 9.0 11.4 10.3 8.9 11.7 10.2 8.6 11.8 10.6 9.3 12.0 8.3 6.0 10.6
South 9.6 8.5 10.6 9.6 8.4 10.8 9.6 8.2 11.0 9.8 8.7 11.0 7.7 5.5 9.9
Paraná 13.8 11.9 15.8 13.8 11.6 16.1 13.8 11.3 16.4 14.5 12.3 16.7 9.3 5.6 13.0
Santa Catarina 8.3 6.2 10.5 8.1 6.0 10.1 8.6 5.7 11.5 8.6 6.2 11.0 6.5 3.2 9.8
Rio Grande do Sul 4.6 3.6 5.6 4.6 3.2 6.0 4.6 3.0 6.1 4.6 3.6 5.6 4.6 2.6 6.6
West-Central 10.0 9.2 10.8 10.4 9.4 11.4 9.6 8.6 10.6 10.0 9.1 10.8 10.2 8.2 12.1
Mato Grosso do Sul 13.9 12.1 15.7 15.1 12.8 17.3 12.8 10.7 14.9 14.1 12.2 16.0 12.1 6.2 18.1
Mato Grosso 9.4 7.9 10.8 8.3 6.3 10.3 10.5 8.6 12.4 9.4 7.9 11.0 8.6 3.7 13.5
Goiás 7.8 6.6 9.0 8.4 7.0 9.8 7.2 5.6 8.7 7.5 6.2 8.9 9.3 7.1 11.5
Distrito Federal 12.2 10.2 14.2 13.6 11.0 16.2 10.9 8.7 13.2 12.5 10.3 14.7 11.4 7.1 15.7

Source: IBGE, PeNSE 2015. 410

Table 11-4. – Proportion of current users of tobacco products aged 18 years and over, by sex, in Brazil, its regions, Federative Units, and urban and rural areas.

Major regions, Federative Units, rural and urban area Total Sex
Male Female
Proportion 95% CI Proportion 95% CI Proportion 95% CI
Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit
Brazil 12.8 12.4 13.2 16.2 15.6 16.9 9.8 9.3 10.3
Urban 12.6 12.1 13.0 15.8 15.0 16.5 9.9 9.4 10.4
Rural 14.3 13.4 15.2 18.6 17.4 19.9 9.3 8.3 10.2
North 10.7 9.9 11.5 15.5 14.2 16.8 6.2 5.4 7.1
Rondônia 10.8 9.2 12.4 16.6 14.1 19.1 5.2 3.4 7.1
Acre 15.1 13.2 17.1 19.0 15.7 22.2 11.5 9.2 13.9
Amazonas 10.2 9.0 11.4 16.0 13.6 18.4 4.8 3.6 5.9
Roraima 11.6 9.8 13.3 16.5 13.6 19.4 6.8 5.0 8.6
Pará 10.1 8.6 11.5 14.3 12.0 16.6 6.1 4.5 7.8
Amapá 10.9 8.8 12.9 15.0 11.3 18.6 7.0 4.9 9.2
Tocantins 12.8 10.7 14.9 17.6 14.0 21.1 8.1 5.9 10.3
Northeast 11.1 10.5 11.7 14.7 13.7 15.6 7.9 7.3 8.6
Maranhão 11.3 10.2 12.4 16.0 14.1 17.9 7.0 5.9 8.2
Piauí 11.7 10.3 13.2 15.9 13.4 18.4 7.9 5.8 10.0
Ceará 12.2 11.1 13.4 15.4 13.3 17.4 9.5 8.1 10.9
Rio Grande do Norte 11.3 9.6 13.1 15.9 12.9 18.8 7.4 5.8 9.1
Paraíba 11.8 10.1 13.4 14.5 11.8 17.2 9.4 7.8 11.0
Pernambuco 11.3 9.6 13.0 14.7 11.3 18.2 8.5 7.1 9.9
Alagoas 10.6 9.3 12.0 13.9 11.6 16.1 7.9 6.6 9.2
Sergipe 9.4 8.2 10.6 11.6 9.5 13.7 7.5 5.9 9.0
Bahia 10.1 8.4 11.7 13.7 11.3 16.0 6.8 5.1 8.5
Southeast 13.5 12.7 14.3 16.8 15.5 18.1 10.6 9.7 11.5
Minas Gerais 13.2 11.8 14.6 17.1 14.8 19.4 9.7 8.2 11.3
Espírito Santo 10.4 9.1 11.6 14.0 11.6 16.3 7.1 5.7 8.6
Rio de Janeiro 12.1 10.9 13.3 14.6 12.8 16.5 10.0 8.6 11.5
São Paulo 14.4 13.1 15.7 17.7 15.7 19.7 11.5 10.0 12.9
South 14.7 13.8 15.7 17.1 15.7 18.5 12.6 11.4 13.8
Paraná 14.7 13.0 16.4 17.3 14.9 19.7 12.3 10.2 14.5
Santa Catarina 13.1 11.6 14.6 15.7 13.5 18.0 10.6 8.8 12.4
Rio Grande do Sul 15.8 14.3 17.4 17.8 15.3 20.2 14.1 12.2 16.1
West-Central 13.7 12.7 14.7 17.6 15.9 19.2 10.2 9.1 11.3
Mato Grosso do Sul 16.3 14.5 18.2 20.8 17.9 23.7 12.4 10.5 14.3
Mato Grosso 13.0 11.3 14.8 16.3 13.2 19.3 10.0 7.9 12.1
Goiás 13.9 12.1 15.8 18.1 15.0 21.2 10.1 8.1 12.1
Distrito Federal 11.6 9.9 13.4 15.1 12.3 17.9 8.7 6.6 10.8

Source: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Table 11-5. – Proportion of current tobacco users aged 18 years and over, by sex, in Brazil, its regions, Federative Units, and urban and rural areas.

Major regions, Federative Units, rural and urban area Total Sex
Male Female
Proportion 95% CI Proportion 95% CI Proportion 95% CI
Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit
Brazil 12.6 12.2 13.0 15.9 15.3 16.6 9.6 9.2 10.1
Urban 12.4 12.0 12.9 15.6 14.8 16.3 9.8 9.2 10.3
Rural 13.7 12.8 14.6 17.9 16.6 19.1 8.9 7.9 9.9
North 10.5 9.7 11.3 15.2 13.9 16.5 6.1 5.2 7.0
Rondônia 10.4 8.8 12.0 15.8 13.3 18.3 5.2 3.4 7.0
Acre 13.9 12.0 15.7 17.0 13.7 20.2 10.9 8.7 13.2
Amazonas 10.2 8.9 11.4 15.9 13.5 18.3 4.7 3.6 5.9
Roraima 11.4 9.7 13.2 16.2 13.3 19.1 6.8 5.0 8.6
Pará 9.8 8.4 11.3 14.1 11.8 16.4 5.9 4.3 7.6
Amapá 10.9 8.8 12.9 15.0 11.3 18.6 7.0 4.9 9.2
Tocantins 12.6 10.4 14.7 17.4 13.8 21.0 7.9 5.6 10.1
Northeast 10.8 10.2 11.4 14.2 13.3 15.2 7.7 7.1 8.3
Maranhão 11.0 9.9 12.1 15.7 13.9 17.6 6.8 5.6 8.0
Piauí 11.0 9.5 12.5 15.2 12.7 17.7 7.2 5.3 9.1
Ceará 11.6 10.4 12.7 14.5 12.5 16.4 9.0 7.7 10.4
Rio Grande do Norte 11.0 9.2 12.7 15.1 12.2 18.0 7.4 5.8 9.1
Paraíba 11.7 10.0 13.3 14.3 11.6 17.0 9.4 7.8 11.0
Pernambuco 11.2 9.6 12.9 14.7 11.2 18.1 8.5 7.0 9.9
Alagoas 10.6 9.3 11.9 13.8 11.6 16.1 7.9 6.6 9.2
Sergipe 9.2 8.0 10.5 11.4 9.3 13.5 7.3 5.8 8.9
Bahia 9.8 8.2 11.4 13.3 11.0 15.6 6.6 5.0 8.3
Southeast 13.3 12.5 14.1 16.6 15.3 17.8 10.4 9.5 11.3
Minas Gerais 12.7 11.3 14.1 16.4 14.1 18.7 9.4 7.9 10.9
Espírito Santo 10.2 8.9 11.5 13.9 11.5 16.2 6.9 5.4 8.4
Rio de Janeiro 12.0 10.8 13.2 14.6 12.8 16.5 9.9 8.4 11.4
São Paulo 14.3 13.0 15.6 17.6 15.6 19.6 11.4 10.0 12.8
South 14.7 13.7 15.6 17.0 15.6 18.4 12.5 11.4 13.7
Paraná 14.6 12.9 16.3 17.2 14.9 19.6 12.2 10.1 14.3
Santa Catarina 13.0 11.5 14.5 15.6 13.4 17.9 10.6 8.8 12.4
Rio Grande do Sul 15.8 14.2 17.3 17.8 15.3 20.2 14.0 12.1 16.0
West-Central 13.1 12.1 14.1 16.5 14.9 18.1 10.0 8.9 11.1
Mato Grosso do Sul 14.9 13.2 16.7 18.0 15.4 20.7 12.2 10.3 14.1
Mato Grosso 12.9 11.2 14.6 16.0 13.0 19.0 9.9 7.9 12.0
Goiás 13.4 11.6 15.2 17.3 14.3 20.2 9.9 7.9 11.9
Distrito Federal 11.0 9.3 12.8 14.0 11.2 16.8 8.5 6.4 10.6

Source: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Table 11-6. – Proportion of current tobacco users aged 18 years and over, by age group, in Brazil, its regions, Federative Units, and urban and rural areas.

Major regions, Federative Units, rural and urban area Total Age groups
18 – 24 years 25 - 39 years 40 - 59 years ≥ 60 years
Proportion 95% CI Proportion 95% CI Proportion 95% CI Proportion 95% CI Proportion 95% CI
Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit
Brazil 12.8 12.4 13.2 10.8 9.6 12.0 12.0 11.2 12.7 14.9 14.2 15.6 11.9 11.2 12.6
Urban 12.6 12.1 13.0 11.1 9.7 12.4 12.0 11.2 12.9 14.5 13.7 15.3 11.1 10.4 11.9
Rural 14.3 13.4 15.2 9.0 6.9 11.0 11.6 10.1 13.1 17.5 15.9 19.0 16.2 14.6 17.9
North 10.7 9.9 11.5 8.0 6.3 9.6 11.1 9.7 12.5 12.2 10.8 13.7 9.9 8.4 11.3
Rondônia 10.8 9.2 12.4 12.6 7.9 17.3 10.5 7.8 13.1 11.7 9.0 14.3 7.9 5.1 10.7
Acre 15.1 13.2 17.1 14.1 9.9 18.3 11.4 8.5 14.3 18.3 15.0 21.7 17.3 13.3 21.3
Amazonas 10.2 9.0 11.4 7.4 4.6 10.1 12.0 9.4 14.5 11.1 8.8 13.4 8.0 5.6 10.3
Roraima 11.6 9.8 13.3 9.1 5.1 13.0 12.8 10.0 15.7 13.2 10.0 16.4 7.9 5.0 10.9
Pará 10.1 8.6 11.5 6.5 3.6 9.5 10.8 8.3 13.4 11.4 8.8 14.0 9.6 7.0 12.2
Amapá 10.9 8.8 12.9 9.2 5.9 12.5 9.2 5.0 13.3 14.1 10.1 18.1 10.1 6.2 14.0
Tocantins 12.8 10.7 14.9 8.0 3.9 12.1 11.7 8.3 15.1 15.1 11.0 19.2 14.1 10.1 18.1
Northeast 11.1 10.5 11.7 7.5 6.2 8.9 9.0 8.1 9.8 13.4 12.2 14.6 12.8 11.7 13.9
Maranhão 11.3 10.2 12.4 7.9 5.3 10.6 10.2 8.4 12.0 13.3 11.3 15.4 12.6 10.2 15.1
Piauí 11.7 10.3 13.2 7.7 3.3 12.1 10.4 7.6 13.1 12.6 9.7 15.4 14.9 11.3 18.4
Ceará 12.2 11.1 13.4 5.3 2.8 7.9 10.5 8.3 12.6 14.1 12.0 16.2 16.5 13.9 19.2
Rio Grande do Norte 11.3 9.6 13.1 10.2 4.7 15.7 8.0 5.4 10.6 14.3 11.5 17.1 12.3 9.4 15.2
Paraíba 11.8 10.1 13.4 6.9 3.8 10.0 8.8 6.4 11.1 15.7 12.6 18.8 13.0 9.7 16.3
Pernambuco 11.3 9.6 13.0 9.5 6.3 12.7 10.4 7.9 12.8 13.0 9.9 16.2 10.9 8.6 13.2
Alagoas 10.6 9.3 12.0 8.1 4.5 11.7 8.3 6.1 10.4 13.2 10.5 15.8 11.7 8.9 14.6
Sergipe 9.4 8.2 10.6 5.2 1.7 8.7 8.2 6.0 10.4 12.0 9.4 14.6 10.0 7.1 13.0
Bahia 10.1 8.4 11.7 7.2 3.3 11.0 6.8 4.7 8.9 12.9 9.6 16.2 11.8 8.8 14.9
Southeast 13.5 12.7 14.3 12.8 10.2 15.3 12.8 11.3 14.2 15.6 14.3 16.8 11.5 10.2 12.8
Minas Gerais 13.2 11.8 14.6 11.7 7.1 16.3 11.7 9.6 13.8 15.2 12.8 17.6 12.7 10.3 15.0
Espírito Santo 10.4 9.1 11.6 8.2 3.7 12.7 10.0 7.7 12.4 12.2 10.2 14.1 9.2 6.8 11.6
Rio de Janeiro 12.1 10.9 13.3 10.2 6.7 13.6 12.8 10.4 15.2 13.2 11.4 15.0 10.8 8.8 12.8
São Paulo 14.4 13.1 15.7 14.6 10.4 18.7 13.5 11.0 15.9 16.9 14.8 18.9 11.4 9.3 13.5
South 14.7 13.8 15.7 12.6 9.7 15.5 15.2 13.3 17.2 16.5 15.0 18.1 12.4 11.1 13.8
Paraná 14.7 13.0 16.4 14.3 9.4 19.1 16.2 12.6 19.8 15.4 12.4 18.3 11.7 9.3 14.2
Santa Catarina 13.1 11.6 14.6 9.7 5.1 14.3 13.0 10.3 15.7 15.2 12.7 17.7 11.7 9.1 14.2
Rio Grande do Sul 15.8 14.3 17.4 12.5 7.3 17.6 15.7 12.4 19.1 18.6 16.1 21.1 13.5 11.3 15.6
West-Central 13.7 12.7 14.7 12.7 10.0 15.3 13.3 11.6 15.0 15.4 13.6 17.3 11.7 9.9 13.5
Mato Grosso do Sul 16.3 14.5 18.2 17.3 12.3 22.3 16.6 13.3 19.8 17.8 15.0 20.6 12.8 9.6 16.0
Mato Grosso 13.0 11.3 14.8 13.5 7.6 19.5 14.0 10.6 17.4 14.3 10.9 17.7 7.9 5.2 10.5
Goiás 13.9 12.1 15.8 11.2 6.6 15.8 12.3 9.4 15.2 16.6 13.0 20.2 13.3 10.1 16.6
Distrito Federal 11.6 9.9 13.4 11.3 6.9 15.8 11.9 8.7 15.0 12.1 9.2 15.0 10.5 6.9 14.1

Source: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Table 11-7. – Proportion of current tobacco users aged 18 years and over, by education level, in Brazil, its regions, Federative Units, and urban and rural areas.

Major regions, Federative Units, rural and urban area Total Education level
Without instruction and incomplete primary Complete primary and incomplete secondary Complete secondary and incomplete college Complete college
Proportion 95% CI Proportion 95% CI Proportion 95% CI Proportion 95% CI Proportion 95% CI
Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit
Brazil 12.8 12.4 13.2 17.6 16.8 18.4 15.5 14.3 16.6 9.6 8.9 10.2 7.1 6.3 7.8
Urban 12.6 12.1 13.0 17.4 16.5 18.3 16.2 14.8 17.5 9.9 9.2 10.5 7.1 6.4 7.9
Rural 14.3 13.4 15.2 18.2 17.0 19.5 11.2 9.3 13.1 5.5 4.5 6.6 4.4 2.4 6.3
North 10.7 9.9 11.5 16.7 15.1 18.4 11.0 9.1 12.9 6.4 5.4 7.4 4.0 2.7 5.2
Rondônia 10.8 9.2 12.4 15.3 12.6 18.1 14.0 9.4 18.6 5.6 3.3 7.9 4.7 1.5 7.8
Acre 15.1 13.2 17.1 25.5 21.9 29.1 14.3 9.8 18.7 8.6 5.9 11.4 4.4 1.7 7.0
Amazonas 10.2 9.0 11.4 16.0 13.5 18.6 11.7 8.2 15.1 6.7 4.7 8.6 4.7 2.1 7.3
Roraima 11.6 9.8 13.3 18.9 15.0 22.8 16.5 10.5 22.4 8.2 6.2 10.2 5.2 2.7 7.6
Pará 10.1 8.6 11.5 15.8 12.9 18.7 9.6 6.5 12.6 5.4 3.7 7.2 3.0 0.6 5.4
Amapá 10.9 8.8 12.9 15.1 11.2 19.0 10.0 5.4 14.7 10.1 6.9 13.3 5.3 1.4 9.2
Tocantins 12.8 10.7 14.9 20.4 16.6 24.3 12.4 6.5 18.3 7.3 4.6 10.0 4.0 1.5 6.4
Northeast 11.1 10.5 11.7 16.8 15.7 17.9 10.3 9.0 11.7 5.6 4.8 6.3 3.6 2.8 4.5
Maranhão 11.3 10.2 12.4 18.1 16.2 20.0 10.3 7.7 12.9 3.8 2.5 5.1 3.6 1.8 5.3
Piauí 11.7 10.3 13.2 17.8 15.2 20.5 8.9 4.1 13.7 5.0 3.3 6.6 6.8 2.9 10.6
Ceará 12.2 11.1 13.4 18.5 16.5 20.6 10.3 7.4 13.3 7.6 5.7 9.4 3.1 0.9 5.4
Rio Grande do Norte 11.3 9.6 13.1 19.5 16.1 22.9 8.2 4.9 11.5 5.2 3.4 6.9 2.6 0.8 4.4
Paraíba 11.8 10.1 13.4 17.4 14.7 20.2 9.3 5.9 12.8 5.9 3.8 8.0 4.7 2.5 6.9
Pernambuco 11.3 9.6 13.0 16.1 13.2 19.0 13.7 9.6 17.7 7.1 5.0 9.2 4.5 2.4 6.6
Alagoas 10.6 9.3 12.0 15.8 13.7 17.9 12.7 8.3 17.0 4.8 2.7 6.8 1.7 0.5 3.0
Sergipe 9.4 8.2 10.6 14.9 12.6 17.3 7.7 4.5 10.9 4.5 2.8 6.2 1.7 0.5 3.0
Bahia 10.1 8.4 11.7 15.2 12.3 18.1 9.5 5.9 13.1 4.3 2.6 6.1 3.3 1.1 5.4
Southeast 13.5 12.7 14.3 17.4 15.8 19.1 18.0 15.7 20.3 11.2 10.0 12.3 8.6 7.4 9.8
Minas Gerais 13.2 11.8 14.6 17.3 14.9 19.6 16.2 12.4 19.9 10.1 7.9 12.2 6.4 4.4 8.4
Espírito Santo 10.4 9.1 11.6 13.3 10.9 15.7 13.4 9.3 17.5 8.9 6.8 10.9 4.4 2.7 6.2
Rio de Janeiro 12.1 10.9 13.3 14.6 12.2 17.1 16.0 12.3 19.8 10.9 9.2 12.6 8.2 6.3 10.1
São Paulo 14.4 13.1 15.7 19.0 16.0 22.0 20.2 16.2 24.2 11.9 10.1 13.7 9.6 7.7 11.5
South 14.7 13.8 15.7 19.0 17.3 20.6 19.3 16.6 22.1 12.1 10.6 13.5 7.6 6.1 9.1
Paraná 14.7 13.0 16.4 20.3 17.3 23.3 21.2 16.3 26.1 11.1 8.3 13.9 6.1 3.9 8.2
Santa Catarina 13.1 11.6 14.6 17.6 14.8 20.5 16.2 12.6 19.9 10.6 8.7 12.6 6.4 4.2 8.7
Rio Grande do Sul 15.8 14.3 17.4 18.5 16.0 21.0 19.9 15.0 24.8 14.0 11.4 16.5 10.0 7.0 13.0
West-Central 13.7 12.7 14.7 20.9 18.9 23.0 14.8 12.5 17.1 10.5 9.1 11.9 6.0 4.3 7.7
Mato Grosso do Sul 16.3 14.5 18.2 21.1 17.9 24.4 17.4 12.6 22.1 15.9 12.4 19.3 5.8 3.7 7.8
Mato Grosso 13.0 11.3 14.8 17.5 13.5 21.5 20.0 14.6 25.4 9.5 6.6 12.4 3.3 1.5 5.1
Goiás 13.9 12.1 15.8 22.4 18.8 26.0 11.1 7.7 14.4 9.2 6.9 11.4 7.3 2.8 11.8
Distrito Federal 11.6 9.9 13.4 21.1 16.7 25.5 15.8 10.7 20.8 10.5 7.6 13.4 6.3 4.0 8.7

Source: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Table 11-8. – Proportion of current tobacco users aged 18 years and over, by skin color or race, in Brazil, its regions, Federative Units, and urban and rural areas.

Major regions, Federative Units, rural and urban area Total Color or race
White Black “Pardos” or mixed race involving African ancestry
Proportion 95% CI Proportion 95% CI Proportion 95% CI Proportion 95% CI
Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit
Brazil 12.8 12.4 13.2 11.8 11.2 12.4 13.7 12.5 15.0 13.5 12.9 14.2
Urban 12.6 12.1 13.0 11.9 11.2 12.5 13.4 12.1 14.7 13.1 12.4 13.8
Rural 14.3 13.4 15.2 11.4 10.3 12.6 15.9 13.2 18.6 15.6 14.3 16.9
North 10.7 9.9 11.5 8.5 7.0 9.9 11.0 8.9 13.0 11.2 10.2 12.3
Rondônia 10.8 9.2 12.4 9.3 6.3 12.3 12.2 7.4 16.9 11.1 8.9 13.3
Acre 15.1 13.2 17.1 9.6 5.8 13.4 24.1 16.6 31.5 15.1 12.8 17.4
Amazonas 10.2 9.0 11.4 8.2 5.1 11.3 8.4 4.0 12.9 10.7 9.2 12.1
Roraima 11.6 9.8 13.3 7.6 4.6 10.6 16.9 9.7 24.1 12.0 10.0 13.9
Pará 10.1 8.6 11.5 7.7 5.2 10.3 7.8 4.5 11.0 11.0 9.1 12.8
Amapá 10.9 8.8 12.9 9.4 5.0 13.9 16.7 10.2 23.3 9.8 7.2 12.3
Tocantins 12.8 10.7 14.9 10.4 7.0 13.9 14.6 9.8 19.5 13.0 10.2 15.8
Northeast 11.1 10.5 11.7 8.8 7.9 9.7 11.9 10.3 13.5 11.9 11.1 12.7
Maranhão 11.3 10.2 12.4 10.0 7.5 12.4 10.4 7.8 13.0 11.9 10.5 13.3
Piauí 11.7 10.3 13.2 8.4 5.5 11.3 9.2 6.0 12.4 13.3 11.4 15.2
Ceará 12.2 11.1 13.4 11.7 9.2 14.1 15.1 10.7 19.4 12.2 10.8 13.6
Rio Grande do Norte 11.3 9.6 13.1 7.5 5.4 9.7 22.1 15.3 28.9 12.4 9.9 14.8
Paraíba 11.8 10.1 13.4 8.5 6.3 10.7 20.8 14.8 26.8 12.2 10.3 14.1
Pernambuco 11.3 9.6 13.0 9.2 7.1 11.3 17.1 11.1 23.1 11.6 9.5 13.8
Alagoas 10.6 9.3 12.0 7.7 5.2 10.2 14.4 9.4 19.4 11.3 9.6 13.0
Sergipe 9.4 8.2 10.6 8.0 5.3 10.7 12.9 8.3 17.5 9.2 7.5 10.9
Bahia 10.1 8.4 11.7 6.5 4.0 8.9 9.0 6.2 11.7 11.9 9.3 14.5
Southeast 13.5 12.7 14.3 12.3 11.3 13.4 14.3 12.1 16.5 14.9 13.5 16.2
Minas Gerais 13.2 11.8 14.6 11.0 9.0 13.0 13.0 9.8 16.2 15.4 13.3 17.6
Espírito Santo 10.4 9.1 11.6 8.5 6.5 10.6 13.6 9.7 17.5 10.9 8.8 13.0
Rio de Janeiro 12.1 10.9 13.3 11.6 10.0 13.1 12.1 9.2 15.0 12.3 10.3 14.2
São Paulo 14.4 13.1 15.7 13.2 11.7 14.8 17.0 12.2 21.7 16.2 13.7 18.6
South 14.7 13.8 15.7 13.2 12.2 14.2 17.3 13.4 21.3 18.9 16.3 21.5
Paraná 14.7 13.0 16.4 12.4 10.6 14.2 18.1 11.6 24.7 18.2 14.4 22.0
Santa Catarina 13.1 11.6 14.6 11.7 10.1 13.3 15.5 7.7 23.3 19.1 14.3 23.9
Rio Grande do Sul 15.8 14.3 17.4 14.7 13.1 16.3 17.3 11.4 23.2 20.2 15.4 25.0
West-Central 13.7 12.7 14.7 11.7 10.1 13.2 18.0 14.9 21.2 14.2 12.8 15.6
Mato Grosso do Sul 16.3 14.5 18.2 15.2 12.3 18.1 19.5 12.9 26.0 17.4 14.9 19.9
Mato Grosso 13.0 11.3 14.8 11.2 8.0 14.3 18.2 13.0 23.4 13.0 10.8 15.2
Goiás 13.9 12.1 15.8 10.2 7.4 13.0 18.1 12.2 23.9 15.3 12.6 17.9
Distrito Federal 11.6 9.9 13.4 11.6 8.5 14.7 17.2 11.7 22.6 10.2 8.3 12.2

Source: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Table 11-9. – Prevalence of smokers over 18 years of age in the main Brazilian capitals, by sex, according to the Vigitel household survey.

Indicator Sex 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Smokers Male 19.3 19.6 18 17.5 16.8 16.5 15.5 14.4 12.8 12.8 12.7 13.2 12.1 12.3
Female 12.4 12.3 12 11.5 11.7 10.7 9.2 8.6 9 8.3 8 7.5 6.9 7.7
Total 15.6 15.7 14.8 14.3 14.1 13.4 12.1 11.3 10.8 10.4 10.2 10.1 9.3 9.8

Source: Vigitel – 2006 to 2019. 276

Table 11-10. – Age-standardized rate (per 100 000) of deaths attributed to tobacco, and percent change of rates, by sex, in Brazil and Federative Units, 1990 and 2019.

Location of death Female Male
1990 (95% UI) 2019 (95% UI) Percent change (95% UI) 1990 (95% UI) 2019 (95% UI) Percent change (95% UI)
Acre 143.9 (122.5;164.7) 79.9 (68.9;90.7) -44.5 (-52.9; -34.2) 240.9 (221.2;262.2) 123.8 (109.7;138.8) -48.6 (-55.2; -41.7)
Alagoas 125.3 (105.4;145.5) 58.8 (49.7;69.2) -53 (-62; -42.4) 216.2 (194.6;237.4) 103.7 (88.1;122.3) -52 (-60; -42.6)
Amapá 86.3 (73;101.2) 48.5 (41.9;55.6) -43.8 (-53.6; -31.9) 154.4 (139.7;169.1) 83.4 (74.4;93.4) -46 (-52.5; -38.4)
Amazonas 101.3 (83.2;121.7) 44.4 (38.1;52.1) -56.1 (-64.7; -44.8) 183.1 (162.3;204.2) 87.3 (75.6;100.5) -52.3 (-59.7; -43.4)
Bahia 91.7 (75.5;109.9) 39.9 (32.3;48.9) -56.5 (-66.7; -43.2) 177.1 (151.9;205.9) 101.1 (82;123.8) -42.9 (-55.6; -26.8)
Brazil 139.7 (126.3;153.1) 57.1 (52.8;61.5) -59.1 (-63.1; -54.9) 271.6 (258.6;285) 115.1 (108.1;123.3) -57.6 (-60.2; -54.8)
Ceará 99.4 (80.3;120.4) 60.8 (49.3;74.3) -38.8 (-53.3; -18.8) 164.7 (136.9;195.2) 103.3 (82.5;127.2) -37.3 (-52.5; -16.8)
Distrito Federal 149.4 (122.9;178.2) 52.7 (45.2;62) -64.7 (-71.1; -56.2) 303.7 (270;339.3) 97.3 (84.2;112) -68 (-72.7; -61.9)
Espírito Santo 118.7 (101.7;137.1) 48.6 (41.3;56.8) -59 (-66.3; -49.6) 239.1 (223.2;254.8) 111.2 (94.7;128.1) -53.5 (-60.6; -46.1)
Goiás 155.7 (126.5;190.4) 60.4 (49.8;72.9) -61.2 (-69.9;-49.5) 284.3 (242.7;333.5) 115.3 (94.2;139.5) -59.4 (-68.1;-49.2)
Maranhão 69.8 (55.7;86.8) 46.1 (37.4;57.1) -34 (-49.7;-11.3) 226 (187.6;269.3) 101.9 (80.7;124.6) -54.9 (-65.7;-41.5)
Mato Grosso 116 (96.6;137.2) 50.3 (43.3;58.7) -56.6 (-65;-46.1) 211.5 (182.9;242.8) 94.2 (81.3;108.2) -55.5 (-63.1;-45.6)
Mato Grosso do Sul 142.4 (122.5;164.1) 55.2 (47.4;63.9) -61.2 (-67.7;-53.6) 251.9 (230.7;273.9) 108.8 (94.9;125.6) -56.8 (-63.1;-49.4)
Minas Gerais 139.8 (120.7;159.9) 50 (43.2;57.6) -64.3 (-70.3;-57) 275 (252.2;298.7) 102.9 (90;117.3) -62.6 (-67.7;-56.9)
Pará 103.7 (84.8;125.5) 43.1 (36.5;50.9) -58.5 (-66.9;-48.3) 200.2 (170.7;233.3) 89.2 (76;102.8) -55.4 (-63.8;-45.8)
Paraíba 102.9 (86.3;120.6) 50.9 (42.4;60.5) -50.5 (-60.4;-37.7) 162.6 (145.6;180.1) 95.5 (79.7;113.3) -41.2 (-52.5;-29.3)
Paraná 172.6 (149.9;195.8) 67.2 (57.6;77.6) -61.1 (-67.7;-53.1) 298.6 (281.7;315.6) 127.2 (109.9;146.8) -57.4 (-63.5;-50.7)
Pernambuco 140 (122;161) 71.1 (60.5;82.2) -49.2 (-57.6;-38.9) 221 (205.5;235.5) 133.7 (114.3;154) -39.5 (-48.9;-29.4)
Piauí 88.5 (74.5;105.1) 41.1 (34.8;48.2) -53.5 (-62;-42.2) 186.3 (166.6;208) 77.1 (65.4;89.2) -58.6 (-65.3;-51)
Rio de Janeiro 170 (149.8;190.3) 62 (53.9;71.8) -63.5 (-69.1;-56.6) 352.4 (334;371.2) 129.1 (112.8;147.9) -63.4 (-67.9;-57.8)
Rio Grande do Norte 97.7 (80;116.8) 49.5 (40.1;60.3) -49.4 (-60.8;-35) 160.4 (139;183.6) 86.6 (69.6;106.1) -46 (-58;-31.3)
Rio Grande do Sul 175.5 (155.4;197) 75.4 (65.5;85.6) -57 (-63.4;-49.5) 366.9 (346.6;386.8) 144.2 (125.6;165.1) -60.7 (-65.4;-54.7)
Rondônia 181.8 (154.2;213.4) 63.6 (54.3;74.6) -65 (-71.6;-57.1) 257.6 (230.2;287) 102.7 (85.9;122.8) -60.1 (-67.6;-51.2)
Roraima 130.3 (111.6;151) 57.2 (50.2;65.2) -56.1 (-62.7;-47.9) 252.8 (228.8;278.4) 96 (84.4;107.7) -62 (-67;-56.1)
Santa Catarina 146.8 (127.3;167.9) 53.5 (46.2;61.2) -63.5 (-69.9;-55.9) 320.4 (296.4;344.5) 124.3 (109.2;141.8) -61.2 (-66.4;-55)
São Paulo 164.6 (144.2;185.2) 61 (53;69.1) -62.9 (-68.5;-56.5) 341.7 (318.2;366.2) 127.3 (111.7;145) -62.7 (-67.6;-57.3)
Sergipe 89.8 (74;108.2) 40.2 (33;48.8) -55.2 (-65.2;-41.2) 183.1 (160.2;205.8) 85.2 (69.6;102.8) -53.5 (-62.5;-42.2)
Tocantins 95.9 (79.5;115.5) 46.7 (38.9;55.9) -51.3 (-61.4;-38.1) 193.5 (165.8;223.1) 99.1 (83.2;117.7) -48.8 (-58.8;-36)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 11-11. – Number and age-standardized rates (per 100 000) of deaths attributed to tobacco, and percent change of rates, in Brazil and Federative Units, 1990 and 2019.

Location of death 1990 2019 Percent change (95% UI)
Number (95% UI) Rate (95% UI) Number (95% UI) Rate (CI 95%)
Acre 268.1 (244.8;290.2) 188.3 (171.9;204.5) 555.2 (499.8;608.6) 99.8 (89.7;109.8) -47 (-52.6; -40.8)
Alagoas 2251 (2031.3;2493.1) 168.1 (152.9;183.3) 2450.4 (2147.3;2781.5) 78.6 (68.9;89.1) -53.2 (-59.7; -46.6)
Amapá 105 (95.2;114.6) 118.1 (107.2;129.5) 314.7 (286.5;346.4) 65 (59;71.6) -45 (-50.8; -38.8)
Amazonas 980.5 (881.8;1086.3) 141.1 (126.2;156.8) 1754.9 (1565;1970) 64.8 (57.7;72.8) -54 (-60; -47.2)
Bahia 8778 (7710.9;9868.5) 131.7 (115.9;147.5) 10687.3 (9048.9;12468.7) 66.6 (56.3;77.7) -49.5 (-58.5; -39.1)
Brazil 168443.1 (159638.4;176773.3) 199.9 (189.1;210.6) 191.127.5 (180887.1;202595.5) 82.4 (77.9;87.5) -58.8 (-61.1; -56.3)
Ceará 5309.1 (4636.5;6033.6) 130.1 (114;148.4) 7831.3 (6685.7;9108.7) 79.6 (68;92.7) -38.8 (-50.1; -25.6)
Distrito Federal 955.1 (851.9;1072.6) 203.1 (178.6;230) 1524.6 (1362.5;1715) 70.6 (63.2;79.2) -65.2 (-69.8; -60)
Espírito Santo 2358.2 (2208.3;2512.6) 176.2 (163.1;189.5) 3245.8 (2865.4;3627.9) 76.2 (67.2;85.1) -56.8 (-62.1; -50.9)
Goiás 4064.4 (3535.8;4726.8) 215.6 (188.9;248.5) 5719 (4862.5;6648.2) 85.9 (73.2;99.7) -60.2 (-67; -51.9)
Maranhão 3580.9 (2990.5;4188.3) 132.9 (112.6;154.1) 4554 (3835.5;5406) 70.2 (59.2;83.1) -47.2 (-57.1; -34.3)
Mato Grosso 1196.6 (1045.2;1341.9) 167.7 (148;187) 2265.3 (2030.9;2507.8) 72.4 (64.8;80.2) -56.8 (-62.7; -49.4)
Mato Grosso do Sul 1602.9 (1488.1;1726.3) 198.8 (183.3;215) 2279.7 (2040;2569) 80.3 (72;90.3) -59.6 (-64.4; -54.3)
Minas Gerais 18482.8 (17049.2;20105.5) 200.8 (185.2;218.2) 19486.7 (17571.9;21630.8) 73.7 (66.5;81.9) -63.3 (-67.2; -58.7)
Pará 2922 (2551.9;3292) 149.7 (131.3;168.8) 4359.3 (3833.9;4910.9) 65.1 (57.5;73.3) -56.5 (-62.7; -49.3)
Paraíba 2969.5 (2689.7;3264.7) 131.1 (118.9;144) 3391.9 (2965.5;3853) 70.3 (61.4;80.1) -46.4 (-53.8; -38.3)
Paraná 10355.6 (9761.2;10941.2) 234.4 (218.8;249.7) 12142 (10811.1;13558.7) 94 (83.7;104.9) -59.9 (-64.5; -55.2)
Pernambuco 7749.4 (7180.2;8368.7) 176.8 (164;190.9) 9553.9 (8501;10648.7) 97.7 (87;108.7) -44.8 (-51.4; -37.8)
Piaui 1774 (1606;1950.4) 133.2 (120.4;146.4) 2162.9 (1901.9;2425.6) 57.4 (50.5;64.3) -56.9 (-62.7; -51.2)
Rio de Janeiro 22495.9 (21190.9;23737.9) 246.4 (230.1;262.6) 20055.2 (18102.7;22233) 89.7 (80.9;99.3) -63.6 (-67.3; -59.3)
Rio Grande do Norte 2027.5 (1804.3;2269.4) 127.2 (113.2;141.9) 2549.6 (2176.1;2966.6) 65.7 (56.1;76.6) -48.3 (-57.1; -38.1)
Rio Grande do Sul 15779.3 (14859.6;16593.5) 257.8 (241.2;273.4) 16325.6 (14743.7;18073.6) 104.6 (94.4;115.9) -59.4 (-63.6; -54.7)
Rondônia 613.6 (537.2;687.9) 226.1 (205.9;249) 1200.6 (1047.7;1377.8) 83.3 (73.1;95.5) -63.2 (-68.7; -57.2)
Roraima 94.8 (84.7;103.6) 196.2 (180.3;214.2) 254.2 (230.2;279.4) 76.7 (69.3;84.8) -60.9 (-65.1; -56.1)
Santa Catarina 5228.8 (4848.3;5603.6) 227 (209.9;244.5) 6668.9 (6011;7389.5) 84.5 (76.1;93.6) -62.8 (-66.9; -58)
São Paulo 45041.6 (42124.3;47925.1) 243.1 (226.1;260.4) 47506.6 (42991.3;52327.4) 89.1 (80.7;98.4) -63.3 (-67; -59.3)
Sergipe 958.8 (859.2;1064.6) 130.8 (116.6;146.4) 1314.9 (1124.3;1520.3) 59.7 (51.2;68.7) -54.4 (-61.8; -46.2)
Tocantins 499.9 (438;568.3) 142.2 (124.8;159.8) 973.1 (847.1;1113.9) 70.7 (61.5;81) -50.3 (-57.8; -40.9)

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Table 11-12. – Proportion of non-smokers aged 18 years and over exposed to secondhand smoke in the closed workplace, by sex, in Brazil, its regions, Federative Units, and urban and rural areas.

Major regions, Federative Units, rural and urban area Total Sex
Male Female
Proportion 95% CI Proportion 95% CI Proportion 95% CI
Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit Lower limit Upper limit
Brazil 8.4 7.8 9.0 10.4 9.4 11.3 6.7 6.1 7.4
Urban 8.3 7.7 8.9 10.3 9.3 11.3 6.6 5.9 7.3
Rural 10.2 8.6 11.7 11.6 9.4 13.8 9.0 6.8 11.2
North 7.8 6.8 8.8 10.1 8.5 11.7 5.6 4.4 6.8
Rondônia 9.8 6.9 12.8 12.9 7.5 18.3 7.4 3.8 11.0
Acre 5.9 3.9 8.0 6.9 3.2 10.7 5.1 2.7 7.5
Amazonas 7.9 5.7 10.0 10.5 7.1 13.9 5.0 2.8 7.1
Roraima 7.9 5.5 10.3 9.0 5.3 12.7 6.9 4.1 9.7
Pará 6.7 5.0 8.4 8.7 6.1 11.3 4.8 2.8 6.9
Amapá 7.6 4.8 10.3 9.6 5.4 13.8 5.8 2.0 9.5
Tocantins 10.8 7.9 13.6 15.0 10.0 20.0 7.7 4.5 10.9
Northeast 9.2 8.4 10.0 11.0 9.8 12.3 7.7 6.7 8.8
Maranhão 10.4 8.5 12.3 12.4 9.2 15.5 8.8 6.3 11.3
Piauí 13.2 9.9 16.6 15.4 10.8 20.0 11.4 6.6 16.2
Ceará 8.5 6.6 10.4 9.0 5.9 12.1 8.1 5.7 10.5
Rio Grande do Norte 10.6 7.4 13.9 13.5 8.7 18.3 8.2 4.8 11.7
Paraíba 10.1 7.9 12.3 11.2 8.2 14.2 9.2 6.1 12.2
Pernambuco 8.8 6.8 10.9 9.9 7.2 12.6 7.8 5.2 10.5
Alagoas 8.7 6.4 11.1 10.5 6.7 14.3 7.2 4.5 10.0
Sergipe 8.3 6.3 10.3 9.3 6.4 12.2 7.4 4.4 10.3
Bahia 8.2 6.3 10.1 11.1 7.9 14.3 6.0 3.6 8.3
Southeast 8.8 7.7 9.8 10.4 8.6 12.2 7.3 6.1 8.6
Minas Gerais 11.5 9.0 13.9 15.8 10.8 20.8 8.2 5.9 10.5
Espírito Santo 9.1 7.2 11.0 12.6 9.3 15.8 6.2 3.9 8.6
Rio de Janeiro 6.8 5.3 8.2 7.8 5.7 10.0 5.8 3.8 7.8
São Paulo 8.3 6.7 9.9 9.1 6.7 11.6 7.6 5.7 9.5
South 6.3 5.2 7.4 9.0 7.1 11.0 3.8 2.8 4.9
Paraná 5.8 3.9 7.6 8.5 5.2 11.8 3.2 1.7 4.7
Santa Catarina 5.4 4.1 6.7 7.0 4.9 9.2 3.8 2.3 5.3
Rio Grande do Sul 7.4 5.5 9.3 10.9 7.1 14.7 4.5 2.5 6.5
West-Central 9.0 7.6 10.4 11.3 8.8 13.8 6.9 5.4 8.4
Mato Grosso do Sul 7.2 5.3 9.0 9.8 6.6 12.9 4.8 3.0 6.7
Mato Grosso 9.2 6.7 11.7 10.3 6.8 13.8 8.2 4.8 11.6
Goiás 11.5 8.5 14.5 14.8 9.3 20.3 8.4 5.4 11.4
Distrito Federal 5.8 4.0 7.6 6.8 4.2 9.3 4.8 2.7 6.9

Source: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2019. 306

Chart 11-2. – Trend of smoking prevalence, by sex, according to the Vigitel data, in Brazilian capitals, between 2006 and 2019.

Chart 11-2

Source: Vigitel – 2006 to 2019. 276

Chart 11-3. – Mortality rate and age-standardized mortality rate, by sex, absolute number of deaths associated with tobacco use, and mortality rates (all ages and age-standardized), from 1990 to 2019.

Chart 11-3

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 11-4. – Proportional mortality attributable to tobacco by age group and sex, Brazil, 2019.

Chart 11-4

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 11-5. – Absolute number of deaths attributed to tobacco and secondhand smoke, by all causes of deaths, for both sexes, 2019.

Chart 11-5

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 11-6. – Age-standardized mortality rates due to smoking and secondhand smoke for both sexes, by all causes of death, Brazil, 1990 and 2019.

Chart 11-6

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 11-7. – Total number of deaths due to cardiovascular diseases attributed to tobacco and secondhand smoke, for both sexes. Each color represents a specific cause of cardiovascular death, 1990.

Chart 11-7

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 11-8. – Total number of deaths due to cardiovascular diseases attributed to tobacco and secondhand smoke, for both sexes. Each color represents a specific cause of cardiovascular death, 2019.

Chart 11-8

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 11-10. – Time trend of the rates of YLLs due to tobacco use from 1990 to 2019.

Chart 11-10

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 11-9. – Correlation between the 2019 Sociodemographic Index (SDI) and percent change of mortality rates attributable to smoking between 1990 and 2019, in Brazil.

Chart 11-9

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Chart 11-11. – Time trend of the rates of YLDs due to tobacco use from 1990 to 2019.

Chart 11-11

Source: Data derived from Global Burden of Disease Study 2019, Institute for Health Metrics and Evaluation, University of Washington. 46

Overview

Definitions

• Current smoker: An adult who has smoked cigarettes in his or her lifetime and who currently smokes cigarettes. 19 , 400 Adolescents who smoked at least one day in past 30 days were considered current cigarette smokers. 401

• Secondhand smoke: Also called passive smoking. Usually refers to cigarette smoke in the environment of a nonsmoker. 400

• Former (past) smoker: An adult who has smoked in his or her lifetime but who had quit smoking at the time of interview. 400

• Experimenting with tobacco use: Defined as having tried cigarettes at least once in life. 401

• Electronic smoking devices, more commonly called electronic cigarettes or e-cigarettes, are battery-operated devices that provide nicotine, flavors, and other chemicals to the user in an aerosol. 3 , 402 The liquids used in these devices can be quite different in terms of chemical composition, nicotine concentration, and additives used, and more than 8000 flavors of electronic cigarettes have been described. Discrepancy between the composition declared on the packaging and the actual composition of the product has been shown.

• The SDI is a composite index that measures per capita income, fertility, and education. It mirrors sociodemographic development. The SDI allows you to compare states and countries according to their development. 403

Tobacco and total CVD

• Tobacco use is one of the main preventable causes of death in Brazil and worldwide. 19 , 400 Tobacco is one of the main risk factors for NCDs, such as CVD, cancer, chronic respiratory diseases, intrauterine growth restriction, and predisposition to premature birth. 3 The negative impact of tobacco on health results from both the direct consumption of various forms of tobacco products (smoked, inhaled or chewed) and the exposure to secondhand smoke. 400 , 404

• Tobacco is an independent risk factor for CVD and multiplies the risk when associated with other risk factors, such as hypertension, dyslipidemia, and diabetes mellitus. 405 There is a marked increase in the risk of CVD even at low levels of tobacco exposure, including secondhand smoke and cigar smoking. In addition, the risk grows, but to a lesser extent, with the increase in the number of cigarettes per day. 34

• Current or past smoking is associated with an increased risk of heart failure with reduced and preserved ejection fraction. 406 , 407

• Tobacco consumption through different forms of smoking is associated with an increased risk for cardiovascular events, with an OR of 1.67 (95% CI, 1.25 - 2.24) for the association of ischemic heart disease and heart failure with waterpipe smoking. 408

• Non-smokers exposed to secondhand smoke at home or at work have their risk of developing CVD increased by 25% to 30%. 4 , 8 Exposure to secondhand smoke increases the risk of stroke by 20% to 30% and is associated with increased mortality after the event. 3 , 405

Measurements

• The prevalence of smoking will be addressed according to the most recent population surveys in Brazil: the ELSA-Brasil Study; the PNS 2019 (containing estimates for the population aged 18 years and over); the PeNSE 2015 Survey, containing estimates for teenagers aged 13 to 15 years; the ERICA Study, which included 74 589 adolescents aged 12 to 17 years, from municipalities with over 100 000 inhabitants; and trend estimates for adults in the Brazilian capitals between 2006 and 2019. 401 , 409 , 410

• Mortality rates and adjusted hazard ratios of the association between smoking and death are shown in Brazilian cohorts. 19 , 404

• Mortality rates and absolute numbers of deaths attributable to tobacco will be presented for Brazil and its 27 FUs in 1990 and 2019. Estimates are from the GBD Study 2019. 19

Prevalence

Prevalence of tobacco use among adolescents

• Tables 11-1 to 11-3 show the prevalence of smoking indicators among adolescents of the ninth grade, aged 13 to 15 years, according to data from the PeNSE 2015 survey. 410

• In addition, according to data from the PeNSE 2015 survey, 18.4% (95% CI, 17.8 - 19) of the adolescents aged 13 to 15 years have already tried cigarettes in their lifetime. The prevalence was higher among males (19.4%; 95% CI, 16.6 - 18.2) than among females (17.4%; 95% CI, 18.7 - 20.0). The share of adolescents who tried smoking ranged from 27.0% in Mato Grosso do Sul to 9.3% in Sergipe, being highest in the Southern (24.9%) and lowest in the Northeastern region. 410

• The prevalence of current smoking or having smoked in the 30 days prior to the survey was 5.6% (95% CI, 5.3 - 5.9), with no difference according to sex (male 5.8%; 95% CI, 5.4 - 6.3; female 5.4%; 95% CI, 4.9 - 5.8). The use of other tobacco products was 6.1% (95% CI, 5.7 - 6.4) among male adolescents and 5.6% (95% CI, 5.1 - 6.0) among females. 410

• The ERICA study, a cross-sectional, nationwide, school-based study of cardiovascular risks, included 74 589 adolescents aged 12 to 17 years, from municipalities with over 100 000 inhabitants. The results showed that 18.5% (95% CI, 17.7-19.4) of the adolescents had smoked at least once in life, 5.7% (95% CI, 5.3 - 6.2) smoked at the time of the research, and 2.5% (95% CI, 2.2 - 2.8) smoked often, without significant difference between sexes. 401

• In the Southern region, there was a higher prevalence of experimenting with tobacco use (23.3%; 95% CI, 21.5 - 25.3), current tobacco use (7.3%; 95% CI, 6.2 - 8.7), and tobacco use for 7 consecutive days (3.8%; 95% CI, 2.8 - 5.1) as compared to the Northern (19.2%, 5.9%, and 2.2%, respectively) and Northeastern regions (15.2%, 4.7%, and 1.5%, respectively).

• There was no statistically significant difference in the prevalence of tobacco use according to socioeconomic indicators (reported ethnicity, education level, mother’s education level, and father’s education level) for both sexes.

• The prevalence was higher among adolescents who had paid jobs in the year prior to the study, for both sexes [9.3% (95% CI, 8.1 - 10.5) vs 5.0% (95% CI, 4.3-5.6) for males; 8.8% (95% CI, 7.5 - 10.1) vs 4.6% (95% CI, 4.0-5.1) for females]. In addition, there was a higher prevalence among those who did not live with both parents as compared to those who did [8.0% (95% CI, 6.8 - 9.2) vs 4.8% (95% CI, 4.0-5.5) for males; 6.4% (95% CI, 5.7 – 7.1) vs 4.4% (95% CI, 3.8 - 5.1) for females].

• Females attending public schools reported smoking more often [5.7% (95% CI, 5.1 - 6.2)] than those from private schools [3.7% (95% CI, 2.3 - 5.1)]. In the male sex, the difference was not significant, 6.1% (95% CI, 5.6 - 6.9) and 5.2% (95% CI, 3.5 - 7.0), respectively.

• Adolescents having the presence of smokers at home had a higher prevalence of smoking, 8.1% (95% CI, 6.7 - 9.6) vs no presence, 5.4% (95% CI, 4.7 - 6.1), for males, and 7.1% (95% CI, 6.2 - 8.0) vs no presence, 4.5% (95% CI, 4.0 - 5.1), for females. Furthermore, a higher prevalence was seen in those in contact with smokers outside home: males, 9.9% (95% CI, 8.6 - 11.1) vs 3.6% (95% CI, 3.0 - 4.3); and females, 7.6% (95% CI, 6.8 - 8.4) vs 2.7% (95% CI, 2.2 - 3.3).

Prevalence of tobacco use among adults

• PNS 2019 data, identified in Table 11-4, indicate that 12.8% (95% CI, 12.4 - 13.2) of adults use some tobacco product, being the use higher among males (16.2%; 95% CI, 15.6 - 16.9), than among females (9.9%; 95% CI, 9.3 - 10.3). 306

• The prevalence of some tobacco product use is higher in the rural area (14.3%) than in the urban area (12.6%), as well as higher in the Southern (14.7%) than in the Northern (10.7%) region.

• The proportion of tobacco smokers over 18 years of age in 2019 was 12.6% (95% CI, 12.2 - 13.0), and, according to sex, 15.9% (95% CI, 15.3 - 16.6) of males and 9.6% (95% CI, 9.2 - 10.1) of females (Table 11-1). 306 Regarding age groups, the prevalence was as follows, from the highest to the lowest: 14.9% (95% CI, 14.2 - 15.5) in the 40-59 years group; 10.8% (95% CI, 9.6 - 12.0) in the 18-24 years group; 12.0% (95% CI, 11.2 - 12.7) in the 25-39 years group; and 11.9% (95% CI, 11.2 - 12.6) in the 60 years or older group (Table 11-5). 306

• The prevalence is lower in populations with higher education and income, being 17.6% (95% CI, 16.8 - 18.4) among those without education or with incomplete primary education, 15.5% (95% CI, 14.3 - 16.6) among those with complete primary education and incomplete secondary education, 9.6% (95% CI, 8.9 - 10.2) among individuals with complete secondary education and incomplete college education, and 7.1% (95% CI, 6.3 - 7.8) among those with complete college education (Table 11-7). 306

• The prevalence of smoking was higher among black individuals (13.7%; 95% CI, 12.5 - 15) as compared to “pardos” or mixed race involving African ancestry (13.5%; 95% CI, 12.9 - 14.2) and white individuals (11.8%; 95% CI, 11.2 - 12.4) (Table 11-8). 306

• The Vigitel 2019 showed a frequency of adult smokers of 9.8%, higher in males (12.3%) than in females (7.7%). In the total population, the frequency of smokers tended to be lower among young adults (less than 25 years of age) and among those aged 65 years and over. The frequency of smoking decreased with increasing schooling, and was particularly high among men with up to 8 years of schooling (16.8%). 410

• According to the GBD Study 2019, in Brazil, the prevalence of secondhand smoke at home is 9.2% (95% UI, 8.8 - 9.8%), higher among females (10.2%; 95% CI, 8.7 - 10.8%) than among males (7.9%; 95% UI, 7.3 - 8.5%). 19

• The prevalence of secondhand smoke at work is 8.4% (95% CI, 8.8 - 9.8), higher among males (10.4%; 95% CI, 9.4 - 11.3) than among females (8.7%; 95% CI, 6.1 - 7.4) (Table 11-12). 19

• The use of electronic cigarettes was measured for the first time in the PNS 2019, revealing a prevalence of 0.6%, with greater electronic cigarette use in the Distrito Federal (2.2%) and in the states of Mato Grosso do Sul (2.1%) and Paraná (2.1%) (Table 11-13). 405

Prevalence trend

• The prevalence obtained in the main national household surveys, in the Vigitel telephone survey for participants aged 18 years or older, and in the PNS points to a significant decrease in the prevalence of smoking in the adult population, with a 37.6% reduction from 2006 to 2019. This trend is similar to that found in other national studies (Table 11-9, Chart 11-1). 306 , 400 , 410 , 411 However, the index is 0.5% higher than that calculated in 2018.

• According to Vigitel data, in the Brazilian capitals, between 2006 and 2019, there was a decline in smoking for both sexes. After 2015, the decline was smaller, even with stability for males (Table 11-9 and Chart 11-2). 400 , 411

• Among adolescents, in comparison with the PeNSE 2012 survey, the prevalence of current smoking remained unchanged at 5.0% (2012) and 5.6% (2015). However, the use of other tobacco products increased from 4.8% (95% CI, 4.6 - 5.0) in 2012 to 6.1% (95% CI, 5.7 - 6.4) in 2015, with a higher proportion among males. Cigarette smoking together with the use of other tobacco products increased by 18%, from 7.6% (2012) to 9.0% (2015). The hookah was the most used product in 2015 (71.6%; 95% CI, 68.8 - 74.2), being more frequent among females (4% among male adolescents and 5.6% among female adolescents). 405 , 412

• According to the GBD Study 2019, passive smoking deaths decreased between 1990 and 2019. The main causes of passive smoking death from CVD were ischemic heart disease and stroke. 19 In 1990, there were 7489 (5.03 per 100 000 inhabitants) deaths from ischemic heart disease due to secondhand smoke and, in 2019, there were 6934 deaths (3.2 per 100 000 inhabitants). 19 In 1990, there were 4400 (2.96 per 100 000 inhabitants) deaths from stroke due to secondhand smoke and, in 2019, it decreased to 3219 (1.3 per 100 000 inhabitants). 19

Mortality

Tobacco and total mortality

•Table 11-10 shows the age-standardized rate of deaths (per 100 000 inhabitants) attributed to tobacco, and the percent change of rates by sex between 1990 and 2019, in Brazil and each FU. Table 11-11 shows the number and age-standardized rate of deaths attributed to tobacco and percent change of rates. These data were estimated by the GBD considering the existing literature and the population attributable fraction due to smoking, that is, the proportion of cases attributed to tobacco use (Chart 11-3). 19

• According to GBD data in 1990, the absolute number of deaths attributed to tobacco was 168 443 (95% UI, 159 638 – 176 773) and in 2019 it increased to 191 127 (95% UI, 180 887 – 202 595) deaths (Table 11-11). 19

• The absolute number of deaths attributed to tobacco increased, mainly due to population aging and growth; however, there was a reduction by 58.8% (95% UI, 56.3 - 61.1) in mortality rates attributable to smoking, from 199.9 per 100 000 inhabitants (95% UI, 189.1 - 210.6) in 1990 to 82.4 per 100 000 inhabitants (95% UI, 77.9 - 87.5) in 2019 (Table 11-11). This reduction occurred due to the reduction in risk or the prevalence of smokers. 19

• Mortality rates due to tobacco decreased in all Brazilian FUs and, in 2019, the highest mortality rate attributable to smoking was found in the states of Rio Grande do Sul (104.6; 95% UI, 94.4 -115.9), Acre (99.8; 95% UI, 89.7 - 109.8), and Pernambuco (97.7; 95% UI, 87 - 108.7). 19

• Chart 11-4 shows the Proportional mortality attributable to tobacco by age group. The proportion is highest among men, aged 60 to 74 years, male.

• Chart 11-5 shows the absolute numbers of deaths attributed to tobacco and secondhand smoke. The use of smoked tobacco has contributed to more than 190 000 deaths from NCDs and others, including CVD (65 693), cancer (53 000: lungs, oral cavity, breast), chronic respiratory diseases, infectious respiratory diseases and tuberculosis, diabetes, digestive diseases, kidney diseases (Charts 11-5 and 11-6). 19

Tobacco and CVD mortality

• Analysis of the specific causes of deaths attributable to smoking indicates that CVD mortality decreased from 88.0 per 100 000 inhabitants (95% UI, 81.3 - 94.3) in 1990 to 26.3 per 100 000 inhabitants (95% CI, 23.8 - 28.9) in 2019. 19

• In 2019, smoking was responsible for 65 696 deaths from CVD. In addition, there was a decrease in the mortality rates of some CVDs attributable to smoking, such as ischemic heart disease and stroke, in the studied period (Charts 11-7 and 11-8). 19 Among CVDs, the greatest reduction in mortality attributed to smoking was observed for ischemic heart disease. There was a reduction from 41 564 deaths [47.2 (95% UI, 43.8 - 50.4) per 100 000 inhabitants] in 1990 to 35 218 deaths [14.7 (95% UI, 16.0 - 13.5) per 100 000 inhabitants] in 2019. 19

• Stroke deaths decreased from 28 468 [31.8 (95% UI, 29.0 - 34.8) per 100 000 inhabitants] in 1990 to 17 577 [7.4 (95% UI, 6.6 - 8.3) per 100 000 inhabitants] in 2019. The deaths from aortic aneurysm increased from 1678 [7.4 (95% UI, 1.7 - 2.0) per 100 000 inhabitants] in 1990 to 3999 [1.7 (95% UI, 1.5 - 1.9) per 100 000 inhabitants] in 2019, and the deaths from peripheral arterial diseases increased from 343 [0.4 (95% UI, 0.2 - 0.8) per 100 000 inhabitants] in 1990 to 674 [0.3 (95% UI, 0.1 - 0.6) per 100 000 inhabitants] in 2019. 19

• Overall, larger reductions in smoking-attributable mortality rates were observed in the FUs with higher SDI, with the highest declines observed in those with high SDI (Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais) and the smallest reductions in the UFs of the Northern and Northeastern regions of Brazil, with lower SDIs (Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Pará, Paraíba) (Pearson correlation: 0.637; p < 0.001) (Chart 11-9). 34

Burden of Disease

Tobacco total burden of disease

• Charts 11-10, 11-11 and 11-12 show the trends from 1990 to 2019 for the metrics YLLs, YLDs and DALYs. In all situations, crude and age-standardized rates declined. 19

• GBD 2019 data estimated a reduction in the age-standardized DALY rate attributable to tobacco per 100 000 inhabitants in Brazil by 59% (95% UI, 56% - 61%) between 1990 [4614.5 (95% UI, 4372.3 - 4888.0)] and 2019 [1893.7 (95% UI, 1768.6 - 2028.0)]. The differences in the curves in Chart 11-12 reflect DALYs adjusted for differences in the age distribution of the population, with the ‘all ages’ curve driven mainly by a combination of population growth and aging.

• The reduction in DALY rates is a consequence of the decrease in YLLs by 61% (95% UI, 58 - 63%) between 1990 and 2019. In both instances, a combination of reduced smoking exposure and reduced risk-deleted DALY rates contributed to overall reductions.

• There was a heterogeneous reduction in age-standardized DALYs attributed to tobacco in the different FUs and regions of Brazil, more pronounced in the Southeastern, Southern and West-Central FUs, with a modest reduction in the Northern FUs and an even more discreet reduction in most Northeastern FUs.

Tobacco cardiovascular burden of disease

• GBD 2019 data estimated age-standardized DALY rates attributable to tobacco per 100 000 inhabitants in Brazil of 650 (95% UI, 604 - 701), a reduction of 69% (95% UI, 67 - 71) as compared to the 1990 age-standardized DALY rate, 2124 (95% UI, 1993 - 2254).

• The age-standardized YLL rates per 100 000 inhabitants were 2040 (95% UI, 1919 - 2164) in 1990 and 611 (95% UI, 568 - 657) in 2019, a reduction of 70% (95% UI, 68% - 72%) in the period.

• The age-standardized YLD rates per 100 000 inhabitants were 84 (95% UI, 60 - 108) in 1990 and 39 (95% UI, 28 - 51) in 2019, a reduction of 54% (95% UI, 50-57%).

Economic Impact of Tobacco

In Brazil, the economic impact of tobacco, including the direct cost (costs of diagnosis, treatment, and follow-up), was recently estimated using a developed probabilistic microsimulation economic model of the natural history, medical costs, and quality-of-life losses associated with the most common tobacco-related diseases. Data inputs were obtained through literature review, vital statistics, and hospital databases. Chronic obstructive pulmonary diseases, CVD, lung cancer, and stroke accounted for 78% of that cost. In 2015, the total direct cost of tobacco was estimated at US$ 11.8 billion per year, 70% corresponding to the direct cost associated with health care and the remainder associated with the indirect cost due to the loss of productivity due to premature death and inability. Tobacco represented 22% of the direct costs of CVD in Brazil and 17% of the direct costs of stroke. The cost attributed to secondhand smoke was US$ 1.36 billion. 413 , 414

The health costs attributed to the use of tobacco represent an estimate of 5.7% of all government spending on health and 0.7% of the gross domestic product. It is estimated that, in Brazil, 25.6% of the resources spent are recovered through taxes on tobacco. 413 , 414

Future Research

Due to the lack of longitudinal data, the long-term CVD risks associated with e-cigarette use are unknown. Limited information on the health risks of electronic tobacco products is currently available. More research and extended follow-up are still necessary because e-cigarette, including electronic hookah use, have become prevalent among youth.

Finally, despite the positive results of the tobacco control program, advances in tobacco control are still necessary in the country. The following steps include regulatory measures (price/taxation increase, warning spaces on the packaging, adoption of plain packaging), social measures (support for small farmers to move forward from replacing tobacco cultivation with other crops), and legal actions (supervision of tobacco products, border control and combat of illegal trade, support policies to create tobacco control funds to compensate for smoking-related healthcare costs at federal and subnational level).


Articles from Arquivos Brasileiros de Cardiologia are provided here courtesy of Sociedade Brasileira de Cardiologia

RESOURCES